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Qualidade Ambiental - Verão 2002 Este trabalho apresenta alguns indicadores da qualidade ambiental da Cidade obtidos a partir de diversos monitoramentos e da avaliação dos projetos realizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente durante o Verão de 2002. Nesta edição, foram incluídas referências disponíveis na internet para maior entendimento e ilustração dos temas. Cópia digital deste trabalho poderá ser encontrada na página da SMAC (www.rio.rj.gov.br/smac), no Armazém de Dados do Instituto Pereira Passos (http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ ) ou solicitado através do e-mail da Secretaria ([email protected] ).

Qualidade Ambiental - Verão 2002 · Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13 Ponto 14 Ponto 15 Ponto 16 Ponto 17 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20 PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS DBO (mg/l) Limite

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Qualidade Ambiental - Verão 2002

Este trabalho apresenta alguns indicadores da qualidade ambiental da Cidade obtidos a partir de diversos monitoramentos e da

avaliação dos projetos realizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente durante o Verão de 2002. Nesta edição, foram

incluídas referências disponíveis na internet para maior entendimento e ilustração dos temas. Cópia digital deste trabalho poderá ser

encontrada na página da SMAC (www.rio.rj.gov.br/smac), no Armazém de Dados do Instituto Pereira Passos

(http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/) ou solicitado através do e-mail da Secretaria ([email protected]).

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Q u a l i d a d e d a Á g u a

P r a i a s

Pensando na qualidade de vida daqueles que freqüentam as

nossas praias, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente avalia

e prognostica a qualidade das águas, divulgando-a

diariamente, através dos meios de comunicação e do site

www.rio.rj.gov.br/smac/balneab. Aqui, apresentamos os

resultados da avaliação1 nos pontos de coleta, localizados em

diversas praias da cidade, através do cálculo do número de

vezes em que a água se apresentou própria para o banho.

No Verão de 2002 os melhores resultados ocorreram nas

praias do Recreio, Pontal, Prainha e Grumari que estiveram

todos os dias da estação próprias para o banho; da mesma

forma os pontos de monitoramento na praia de Copacabana

(República do Peru, Barão de Ipanema e Souza Lima)

apresentaram excelentes resultados: acima de 90% dos dias

do Verão esta praia esteve própria ao banho.

Entretanto, em relação à Primavera de 2001 percebe-se uma

sutil piora, em boa parte das praias. De 33 pontos de praia

monitorados2, 7 estavam com resultados melhores em relação

à primavera, 4 apresentaram estabilidade (até 3% de variação)

e 22 apresentaram um número maior de dias com praia

imprópria ao banho. Em algumas praias, os resultados

demonstram franca redução da balneabilidade, como em São

Conrado (Asa Delta), que de 4% dos dias impróprios na

Primavera passa a 22% no Verão, ou na Praia da Moreninha,

Paquetá, onde de 22% aumenta para 61% de dias sem

condições adequadas ao banho. Como esta última, as outras

1 As águas das praias são classificadas de acordo com a Resolução

CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000

(http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res00/res27400.html).2 Durante o último verão, foram adicionados mais dois pontos de coleta ao

monitoramento, na Praia das Brisas e na Reserva (Recreio), totalizando 35

pontos.

praias da Ilha de Paquetá, Imbuca e José Bonifácio,

apresentam crescente perda de qualidade.

Em algumas o resultados é inverso, com significativos índices

de melhora na qualidade entre a Primavera de 2001 e o Verão

de 2002, caso da Praia Vermelha (31% para 10% de dias sem

condições de balneabilidade) e de Ipanema - Maria Quitéria

(14% para 10%).

Balneabilidade das Praias - Verão de 2002

Os piores resultados

Praia

% de dias

impróprios -

Primavera

% de dias

impróprios -

Verão

Variação

%

Prim.-Verão

Guanabara 100 100 0

Ramos 100 100 0

Engenhoca 83 100 20

Botafogo 100 92 -8

Sepetiba 95 92 -3

Os melhores resultados

Praia

% de dias

impróprios -

Primavera

% de dias

impróprios -

Verão

Variação

%

Prim.-Verão

Grumari 0 0 0

Prainha 0 0 0

Recreio (Pontal) 0 0 0

Recreio 0 0 0

Copacabana (B. de

Ipanema)3 0 _

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L a g o a s

Da mesma forma que a Secretaria Municipal de Meio

Ambiente monitora constantemente a qualidade das águas do

mar, também o faz em relação às lagoas do Município. Este

cuidado se deve tanto ao caráter recreativo que estes corpos

hídricos representam, quanto ao seu significado para o

ecossistema costeiro da nossa cidade.

A periodicidade das análises dos parâmetros físicos, químicos

e biológicos é mensal. Foram escolhidos 3 destes parâmetros

para serem apresentados e servir de padrão de avaliação da

qualidade das lagoas, principalmente no que diz respeito à sua

poluição por esgoto sanitário. São eles: Oxigênio Dissolvido

(OD), Escherichia coli e Demanda Bioquímica de Oxigênio

(DBO).

Os limites permitidos para estes parâmetros encontram-se

assinalados nos gráficos correspondentes3.

3 Os gráficos fazem menção à Classe 7. Segundo o CONAMA, diz

respeito às águas salobras destinadas à recreação de contato

primário, à proteção das comunidades aquáticas e à aqüicultura.

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O Verão teve como principal característica uma piora geral

na qualidade da água nas lagoas oceânicas, com níveis

mais elevados dos indicadores de poluição. O pior mês foi

janeiro, quando ocorreu um forte aumento dos índices de

colimetria, indicativo de poluição por esgotos domésticos, e

menor registro de oxigênio dissolvidos nas águas.

A Lagoinha vem apresentando sensível degradação, tendo

sido fevereiro o mês com maiores índices de poluição.

A Lagoa Rodrigo de Freitas vêm se apresentando melhor em

relação aos índices de coliformes fecais da estação anterior,

exceto nas imediações do canal do Jardim de Alah que ainda

recebe águas residuárias constantemente.

Lagoas de Marapendi, Jacarepaguá, Camorim e Tijuca

rr r r

rr r r

r

r

rr

r

rr

rr

rr

r

Ponto4

Pont o 1Ponto 2

Pont o 3

Ponto 5Po nto 6 Ponto 7

Ponto 8

Ponto 9

Ponto 13 Po nt o 1 2

Po nto 11

Ponto 10

Ponto 18

Pont o 1 7

Ponto 16

Ponto 15

Ponto 14Po nto 19

Ponto 20

JACARE PAGUÁ

ITANHANGÁ

BARRA DA T IJUCA

JACARE PAGUÁ

LAGOAS DE JACAREPAGUÁ, TIJUCA E CAMORIM - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13 Ponto 14 Ponto 15 Ponto 16 Ponto 17 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

OD

(mg

/l)

16/01/02 27/02/02 13/03/02

Limite mínimo para Classe 7, segundo o

CONAMA

LAGOAS DE JACAREPAGUÁ, CAMORIM E TIJUCA - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

1

10

100

1000

Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13 Ponto 14 Ponto 15 Ponto 16 Ponto 17 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

DB

O (

mg

/l)

16/01/02 27/02/02 13/03/02Limite máximo para Classe 7, segundo o CONAMA

*

* Valor da medição < 1

*

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LAGOAS DE JACAREPAGUÁ, CAMORIM E TIJUCA - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE ESCHERICHIA COLI

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

10000000

Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13 Ponto 14 Ponto 15 Ponto 16 Ponto 17 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

E. C

OL

I (N

MP

/100

ml)

16/01/02 27/02/02 13/03/02Limite máximo para condições de balneabilidade segundo o

CONAMA

LAGOA DE MARAPENDI - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

OD

(m

g/l)

16/01/02 27/02/02 13/03/02Limite mínimo para Classe 7, segundo o CONAMA

LAGOA DE MARAPENDI - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

DB

O (

mg

/l)

16/01/02 27/02/02 13/03/02Limite máximo para Classe 7, segundo o

CONAMA

LAGOA DE MARAPENDI - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE ESCHERICHIA COLI

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

10000000

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

E. C

OL

I (N

MP

/100

ml)

16/01/02 27/02/02 13/03/02Limite máximo para condições de balneabilidade

segundo o CONAMA

Lagoinha

LAGOINHA - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO

0

1

2

3

4

5

6

7

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

OD

(m

g/l)

23/01/02 09/02/02 20/03/02Limite mínimo para Classe 7, segundo o

CONAMA

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LAGOINHA - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Ponto 1 Ponto 2

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

DB

O (

mg

/l)

23/01/02 09/02/02 20/03/02Limite máximo para Classe 7, segundo o

LAGOINHA - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE ESCHERICHIA COLI

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

10000000

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

E. C

OL

I (N

MP

/100

ml)

23/01/02 09/02/02 20/03/02Limite máximo para condições de balneabilidade segundo o CONAMA

Lagoa Rodrigo de Freitas

LAGOA RODRIGO DE FREITAS - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

1

10

100

1000

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

DB

O (

mg

/l)

09/01/02 20/02/02 19/03/02Limite máximo para Classe 7, segundo o CONAMA

* * * * *

* Medições com valores < 1

LAGOA RODRIGO DE FREITAS - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO

0

2

4

6

8

10

12

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

OD

(m

g/l

)

09/01/02 20/02/02 19/03/02Limite mínimo para Classe 7, segundo o CONAMA

LAGOA RODRIGO DE FREITAS - VERÃO 2002MEDIÇÕES DE ESCHERICHIA COLI

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5

PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS

E.

CO

LI

(NM

P/1

00m

l)

09/01/02 09/01/02 19/03/02Limite máximo para condições de balneabilidade segundo o CONAMA

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Qualidade do ar

A SMAC vem monitorando a qualidade do ar na Cidade do Rio

de Janeiro desde setembro de 2000 através de quatro

estações fixas instaladas na Praça Cardeal Arcoverde

(Copacabana), no Largo da Carioca (Centro), na Praça Saens

Peña (Tijuca) e no Campo de São Cristóvão (São Cristóvão)4.

A rede de monitoramento é composta também por uma

estação móvel que tem o objetivo de monitorar o ar por um

período pré-fixado em locais que até o presente não possuem

estações fixas. No momento, a estação móvel se encontra no

Jardim do Méier (Méier).

Mapa das Estações de Monitoramento do Ar

As estações fixas monitoram monóxido de carbono (CO),

dióxido de enxofre (SO2) e partículas inaláveis (PM10), além

da temperatura e umidade relativa do ar. A estação móvel

monitora, além dos parâmetros já citados para as estações

fixas, ozônio (O3), óxidos de nitrogênio (NOx), direção e

velocidade do vento, radiação solar e pressão atmosférica. O

ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR que a SMAC, a CETESB e a

maioria dos outros órgãos ambientais brasileiros utilizam foi

desenvolvido pela agência ambiental norte-americana, US-

EPA, e tem dois objetivos principais: o primeiro de suprimir as

4 Para maoires detalhes do Programa de Monitoramento do Ar visite

a página http://www.rio.rj.gov.br/smac/mon_polui_ar.htm

unidades de concentração (g/m3, ppm, ppb, etc.) que variam

de um poluente para outro e o segundo unificar a informação

sobre a qualidade do ar que a população respira, fazendo que

a leitura seja prática e direta em qualquer lugar e em qualquer

idioma. Em uma estação, o poluente que apresentar o pior

Índice de Qualidade do Ar irá classificar a qualidade do ar

daquele ponto.

A avaliação da qualidade do ar para o verão de 2002, em

comparação ao verão de 2001, à primeira vista indica uma

piora no período. Entretanto, é fundamental considerar que,

em função das fortes chuvas ocorridas no verão de 2001,

houve danos aos sensores de PM-10, responsáveis pelo

monitoramento da concentração de partículas inaláveis (PI) no

ar. Os resultados têm indicado este poluente como o mais

importante para a qualificação do ar na cidade. Com a

ausência das informações sobre o PI, a qualidade do ar passa

a ser classificada por outro poluente, que neste caso poderá

ser o monóxido de carbono (CO) ou o dióxido de enxofre

(SO2), que tem apresentado concentrações relativamente

baixas quando comparadas ao PI.

Comparativo do % de dias segundo as classes de Qualidade do Ar Verão 2001 - Verão 2002

20%

64%

71%

53%

39%41%

33%

37%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

São Cristóvão Saens Peña Carioca Arcoverde

Boa Verão 2002(%) Boa Verão 2001(%)

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De um modo geral, o Largo da Carioca e São Cristóvão são os

locais onde a qualidade do ar responde mais rapidamente

quando as condições de dispersão tornam-se desfavoráveis,

como pode ser notado pelo percentual de condição regular em

ambas as estações de monitoramento. Arcoverde sempre

apresenta as melhores condições em relação às demais, tanto

pelas melhores condições de dispersão, auxiliada pela brisa

sempre presente, bem como pelo menor número de fontes

presentes.

20%

64%71%

80%

36%29%

63%

15%

15%

37%

63%

3%3%

São Cristóvão Saens Peña Carioca Arcoverde Jardim do Méier (Unidade Móvel)

ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO

Boa (%) Regular (%)Inadequada (%) Má (%)sem informação (%)

PERCENTUAL DE DIAS SEGUNDO AS CLASSES DE QUALIDADE DO ARVERÃO 2002

Em relação à Unidade Móvel, que neste período esteve no

Jardim do Méier, a qualidade do ar chegou a ser classificada

como inadequada e má em decorrência da concentração de

ozônio observada. É possível que este poluente tenha grande

cobertura espacial na cidade, dado os resultados de outras

localidades. Para as estações fixas, e a maior parte dos dias

monitorados pela unidade móvel, a concentração de material

particulado inalável é a responsável pela classificação da

qualidade do ar como regular a maior parte dos dias.

Vale lembrar, entretanto, que tanto a condição de qualidade do

ar boa quanto a regular estão dentro dos padrões de qualidade

do ar definidos pela Resolução CONAMA 03/905.

Fumaça Negra

Nos grandes centros urbanos os veículos automotores

constituem uma das principais fontes de poluição atmosférica.

Neste contexto, a estratégia de controle da qualidade do ar na

Cidade do Rio de Janeiro passa obrigatoriamente por um

programa permanente de fiscalização de emissões de veículos

de transporte coletivo.

Em 1995, a Secretaria iniciou a campanha Limpando o Ar com

o objetivo de medir as emissões de ônibus e caminhões e

assim ter subsídios para minimizar os efeitos da poluição

gerada principalmente pelos veículos movidos a diesel.

A medição utiliza a Escala Ringelmann, que se baseia na

inspeção visual utilizando um gabarito impresso com cinco

padrões de cinza, associados a cinco níveis de emissão de

fuligem:

Resultados 1 e 2: É fixado no veículo um selo verde.

Resultados 3 e 4: É fixado no veículo um selo amarelo; o

veículo não é retirado de circulação nesta etapa, mas seu

proprietário é multado e terá um prazo de 15 dias para se

adequar.

Resultado 5: É fixado um selo vermelho, devendo o veículo

ser recolhido à sua própria garagem. O proprietário é multado

e o veículo somente voltará à circulação quando os seus

índices de emissão de fumaça encontrarem-se dentro dos

padrões 1 ou 2.

5 Cópia digital da Resolução no endereço

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.html

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No Verão, a campanha vistoriou 727 veículos: em 80% dos

veículos foram afixados selo verde (2% a mais do que a última

estação), 16% selo amarelo e 4% o selo vermelho. Em relação

à Primavera observa-se uma pequena redução da participação

dos veículos fora dos padrões de emissão: os veículos com

selos amarelo ou vermelho caem de 22% para 20% do total

nesta estação.

Programa Fumaça NegraVistorias - Vrão 2002

102 100

131115

133

13 16

14 4724

144

4

46

AP1 AP2 AP3 AP4 AP5

Selo Verde Selo Amarelo Selo Vermelho

Poluição Sonora

A poluição sonora nos grandes centros urbanos se constitui

em um dos maiores problemas ambientais. Como reflexo do

agravamento do problema, a Cidade do Rio de Janeiro

vivencia nos últimos anos um grande crescimento na demanda

pelos serviços de medição de níveis de ruído.

As fontes de ruído fixas, oriundas de estabelecimentos

comerciais, recreativos, indústrias, templos etc. constituem-se

nas principais causas de denúncias à SMAC, cuja estratégia

de controle passa por um programa permanente de

fiscalização6.

6 Para maiores detalhes do Programa de Combate à Poluição Sonora visite

o site http://www.rio.rj.gov.br/smac/polui_som.htm

No verão de 2002 foram emitidos 948 relatórios de vistoria, 18

% a menos que na estação anterior. A AP2 foi a que mais

gerou relatórios: 311, indicador de intensa demanda por este

tipo de fiscalização na área.

Relatórios de Vistoria por AP

AP19%

AP233%

AP329%

AP419%

AP510%

O bairro da Tijuca foi o que registrou o maior número de

ações, seguido de perto pelo Centro e Vila Isabel, conforme

mostra a tabela a seguir.

Poluição Sonora - Bairros com maior número de

atendimentos ( Verão 2002 )

BairroRelatórios de

VistoriaAP

Tijuca 59 2

Centro 53 1

Vila Isabel 50 2

Copacabana 49 2

Barra da Tijuca 48 4

Campo Grande 46 5

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Medida compensatória

Na análise dos pedidos de supressão de vegetação tem-se

buscado compatibilizar o desenvolvimento urbano com a

manutenção dos índices de cobertura vegetal da cidade. Isto é

feito de acordo com o que estabelece o artigo 477 da Lei

Orgânica do Município do Rio de Janeiro e a Resolução SMAC

093/01, através de medidas como:

a. adaptação dos projetos para manutenção da vegetação

relevante existente na área de influência dos

empreendimentos,

b. transplante de espécimes, quando a alternativa anterior

não é possível, e implantação de medida compensatória ao

corte, pelo plantio de mudas em quantidade definida de acordo

com a vegetação a ser suprimida.

A medida compensatória é um instrumento de controle do

corte de vegetação que possibilita, em alguns casos,

incrementar os índices de cobertura vegetal na escala local.

Outro benefício é a manutenção de permeabilidade do solo,

contemplada em norma legal específica (Resolução

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SMU/SMAC 005/98 7) e objeto de criteriosa análise durante a

instrução de processos de licenciamento.

No período de verão foram autorizados 216 cortes de árvores,

88 a mais que na estação anterior. Entretanto, quando

calculada a média de replantios para cada árvore retirada,

observa-se que nesta estação o número aumenta de 7,1 para

9,5. Foram propostos 2042 plantios como parte de medidas

compensatórias.

Medida Compensatór ia Proposta - Verão 2002

1

1 0

1 0 0

1000

Bo

tafo

go

La

go

a

Tiju

ca

Vila

Isa

be

l

Ca

cha

mb

i

Ca

mp

inh

o

De

l Ca

stilh

o

Jard

im G

ua

na

ba

ra

no. de

Reflorestamento

A recomposição da cobertura florestal e a ampliação da oferta

de trabalho em áreas favelizadas, são os dois grandes

objetivos do Projeto Mutirão Reflorestamento 8.

Como resultados do reflorestamento das encostas pode-se

enumerar:

a. a estabilização do solo, garantindo uma maior

segurança à população contra os riscos geotécnicos;

7 A íntegra da resolução pode ser encontrada no endereço

http://www.rio.rj.gov.br/smac/resol_smu_5.htm8 O projeto está detalhado na página

http://www.rio.rj.gov.br/smac/refloresta.htm

b. prevenção contra a obstrução da rede de drenagem;

c. limitação da expansão das comunidades carentes

sobre as áreas de risco ou de proteção;

d. recuperação do ecossistema original da Floresta

Atlântica e de Mangue.

Até o Verão de 2002, foi implantada uma área reflorestada de

1371 ha e plantadas 3.103.174 mudas, atendendo a 83

comunidades em todo o município.

Na estação foram implantados 49 hectares, mesmo número da

primavera, e plantadas 76.561 mudas, demonstrando a grande

intensidade do trabalho de recuperação ambiental.

Atualmente, participam do projeto cerca de 400 pessoas em

35 frentes de trabalho, 3 a mais que a primavera. As novas

áreas atendidas são: Caixa d'Água/Colina (Praça Seca), Mato

Alto (Praça Seca) e Jequiá (Cacuia).

As obras que no período tiveram a maior área implantada

foram a de São Geraldo,em Quintino, e do Parque Licurgo, em

Madureira (respectivamente 7,3 ha e 6,8 ha).

Page 12: Qualidade Ambiental - Verão 2002 · Ponto 10 Ponto 11 Ponto 12 Ponto 13 Ponto 14 Ponto 15 Ponto 16 Ponto 17 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20 PONTO DE COLETA DAS AMOSTRAS DBO (mg/l) Limite