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Antecedentes da Formação-Ação:
•Projeto piloto lançado em 1998 com
IEFP – Programa REDE
AIP
AEP
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
•Medida 2.2. Formação e Desenvolvimento Organizacional do POEFDS
Tipologia 1 - Formação/Consultoria destinada a PME
IEFP – Programa REDE
AIP
AEP
Outros (CAP, IAPMEI, INFTUR, CCP…)
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Enquadramento Legal no POPH
Tipologia de intervenção n.º 3.1.1 “Programa de Formação - Ação para PME”, do eixo n.º 3 “Gestão e aperfeiçoamento profissional
Regulamento Específico aprovado pelo despacho n.º 18363/2008, de 20 de junho de 2008, do Senhor Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, publicado no Diário da República n.º 131, 2.ª Série, de 9 de julho de 2008
Modalidade de formação que integra o quadro do Sistema Nacional de Qualificações - vide artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Definição Metodológica
“Este processo de formação é centrado sobre os problemas a resolver ou sobre os projetos a executar. Estes problemas ou projetos são específicos de uma determinada empresa ou grupo de empresas. Situam-se no tempo e no espaço, contextualizados, marcados pelo quotidiano. Não se trata de “problemas académicos” nem de “estudo de casos”, mas de problemas específicos que se colocam aos atores da empresa e relativamente aos quais estes têm de encontrar uma solução no quadro das condicionantes e dos recursos disponíveis”
GUY LE BOTERF, L´ingénierie et l´évaluation de la formation, Les Editions d’ Organisation, 1990, pag 90 e ss
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Operacionalização
a) Formação-ação padronizada, com vista a proporcionar serviços de formação e
consultoria definidos em função de caraterísticas e necessidades comuns aos
destinatários do mesmo setor de atividade e de idêntica dimensão, assentes em
diagnósticos de necessidades e em planos estratégicos de âmbito setorial;
b) Formação-ação individualizada, com vista a proporcionar serviços de formação e
consultoria definidos em função das necessidades específicas dos destinatários,
tendo por base o diagnóstico das suas necessidades individuais, estabelecendo-se o
plano estratégico de intervenção que responda a essas necessidades, podendo
integrar dirigentes, responsáveis funcionais e trabalhadores da empresa na
formação a desenvolver, sob a coordenação de um formador-consultor
A formação-ação padronizada tem uma duração máxima de seis meses,
podendo prolongar-se por mais três meses, mediante aprovação do organismo
intermédio, de modo a permitir concluir a formação, devendo o formador-
consultor estruturar a sua intervenção no sentido de promover a adequação
das respostas padronizadas às necessidades específicas das empresas
destinatárias.
A formação-ação individualizada tem uma duração máxima de 12 meses,
podendo prolongar-se por mais 6 meses, mediante aprovação do organismo
intermédio, de modo a permitir concluir a formação.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Ambas as ações visam proporcionar serviços de formação e consultoria, ao nível da
• gestão,
• da organização do trabalho, e
• da qualificação dos trabalhadores,
sendo o diagnóstico de necessidades e o plano estratégico desenvolvidos em estreita
articulação com o responsável máximo das empresas destinatárias, e o plano de
ação formalmente acordado entre estes e o formador-consultor.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
De uma forma geral esta intervenção nas empresas é realizada em três fases:
Uma primeira fase, que conta com a intervenção do consultor responsável pela
empresa, resultará na elaboração de um diagnóstico, de acordo com uma
metodologia pré-definida a nível do projeto, a que se seguirá a preparação de
um Plano de Ação, envolvendo quer aspetos estruturantes e organizacionais da
empresa, quer necessidades em termos de recursos humanos.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Uma segunda fase, designada por fase de execução do Plano de Ação, e que
envolve dois tipos de intervenção (componentes da formação):
Ações de formação previstas no Plano de Ação e dirigidas, quer a empresários e
responsáveis funcionais, quer a trabalhadores.
Consultoria que inclui toda a coordenação e acompanhamento da execução do
Plano e que será direcionado, fundamentalmente, para as mudanças organizativas
e de gestão. Pode definir-se como um momento de formação personalizada ou
individualizada, visando não só abordar os aspetos inerentes à implementação das
mudanças organizacionais previstas no plano de ação, como capacitar os agentes
responsáveis pela sua execução, tendo em atenção as suas necessidades de
aprendizagem individuais, pelo que o consultor deve adaptar ao perfil em causa a
sua estratégia de ensino.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
E uma terceira fase de intervenção na qual caberá ao consultor, com a
colaboração dos formadores envolvidos, produzir um relatório final de
avaliação de resultados a nível de cada organização.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Financiamentos envolvidos no âmbito do POPH
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Milhões de Euros
2009 - 2011 2011 - 2014
Dotação Execução
Dotação Execução
Montante Taxa Montante Taxa AIP 26,2 22,2 84% 25,6 6,2 24% AEP 33,5 31,4 94% 32,4 12,8 40% CCP 20,6 17,7 86% 19,5 5,1 26% CAP 5,9 5,3 90% 6,79 2,3 35% AI Minho 11,2 10,7 96% 10,7 3,2 31% CEC 8,89 7,8 88% 8,5 1,3 16% IAPMEI 3,6 2,7 75% 4,2 1,3 32%
109,89 97,8 89% 107,69 32,2 30%
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
Empresas abrangidas distribuídas por região (apenas Formação-Ação) , por ano
Abrangidas no
ano de 2007 Abrangidas no
ano de 2008 Abrangidas no
ano de 2009 Abrangidas no
ano de 2010 Abrangidas no
ano de 2011
Total empresas únicas abrangidas
2007-2011
Orga
nism
os in
term
édio
s: AEP - 319 1.359 1.794 872 1.817
AIP - 0 863 1.704 1.796 1.833 CCP - 0 822 1.133 869 1.284 CAP - 0 505 1.031 525 1.031 AIM - 0 285 441 299 579 CEC - 0 224 419 226 440 IAPMEI - 0 290 549 276 549
Total, por ano - 319 4.348 7.071 4.863 7.533
Regi
ões:
Região Norte - 203 2.391 3.623 2.371 3.945
Região Centro - 86 1.347 2.347 1.672 2.448
Região Lisboa - - - - - -
Região Alentejo - 1 488 919 687 958
Região Algarve - 29 122 182 133 182
Total, por ano - 319 4.348 7.071 4.863 7.533
Alguns dados das avaliações realizadas:
• As empresas intervencionadas pelo Programa são diferenciadas quanto ao escalão
do número de trabalhadores (mas as empresas no escalão 10/49 são
preponderantes nos OI multisectoriais e as micro empresas na CCP e CAP), e ao
sector de atividade, que apresenta uma dispersão significativa.
• O desenvolvimento de ações de melhoria da empresa e a oportunidade de
desenvolver as competências dos trabalhadores, constituem os fatores
motivacionais mais relevantes para os empresários aderirem ao Programa
• Quanto menos trabalhadores a empresa tem, maior é a proporção de empresários
que está preocupado em desenvolver competências de gestão e quanto maior é a
empresa, mais o foco se encontra na melhoria das competências dos colaboradores
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
• O Programa apresenta resultados positivos na generalidade das dimensões em que
se propõe atuar, ao nível das empresas e dos indivíduos (empresários/ dirigentes e
colaboradores).
• Os resultados nas empresas incidiram de forma mais intensa nas dimensões
“aprendizagem organizacional” (motivação, satisfação, espírito de equipa,
qualificação dos recursos humanos, …), “processos internos” (processo de produção,
qualidade, …) e “qualidade da gestão global e novas práticas de gestão empresarial”
(planeamento, organização interna, diagnóstico, recursos humanos, …).
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
• Os resultados ao nível da melhoria das competências dos colaboradores e dos
empresários/ dirigentes são igualmente significativos, sobretudo em termos
da evolução das competências relacionadas com as áreas técnicas
(comercial, qualidade, clientes, produção, …). É mais restrita a abrangência dos
resultados junto dos empresários/dirigentes nas matérias da gestão estratégica dos
negócios, porque se trata de um domínio que incidiu fundamentalmente nas
empresas de menor dimensão.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
• A apreciação mais qualitativa das áreas de incidência dos resultados do Programa
revela a elevada dispersão temática e funcional das áreas de penetração do
Programa nas empresas – visão da empresa, mentalidades, trabalho em equipa,
planeamento e organização da empresa, diagnóstico da empresa, processos de
qualidade, mercados e clientes, imagem e comunicação, instrumentos de apoio à
gestão, competências nas áreas comercial, financeira, higiene e segurança no
trabalho, atendimento … Esta dispersão acentua como elemento identitário do
Programa a lógica da intervenção “à medida” em função das necessidades e
características das empresas, aspeto que é particularmente valorizado pelos
empresários/ dirigentes.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
• A produção de impactos do Programa ao nível das dimensões económica e
financeira e de mercado revela-se menos expressiva na maioria das empresas, mas
ainda assim os empresários inquiridos referem impactos com significado:
35% dos empresários inquiridos refere que o Programa produziu “impacto positivo
importante/ muito importante” na situação financeira (volume de vendas, redução
de custos, produtividade….) e 37% nos clientes (novos clientes, fidelização,
satisfação dos clientes, aumento da quota de mercado, …).
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
• Estes resultados encontram-se alinhados com as expectativas iniciais dos
empresários. Embora essa expectativa não contemplasse de forma evidente a
melhoria das suas próprias competências, o inquérito aos empresários revela uma
apreciação muito positiva dos efeitos do Programa ao nível das competências de
gestão empresarial, sobretudo nas empresas de menor dimensão.
Nestas empresas, os resultados do Programa são tendencialmente mais
valorizados, especialmente a evolução das competências do empresário/ dirigente
(gestão da empresa e áreas técnicas específicas), e as melhorias ao nível da
qualidade da gestão global da empresa. Mas estes empresários valoram também de
forma comparativamente mais positiva outras dimensões de resultado,
nomeadamente a evolução da situação financeira e dos clientes.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha
• Todavia, está em curso a realização de um trabalho de compilação dos vários
exercícios de avaliação produzidos pela Quaternaire Portugal que irá sistematizar
não só o modelo de intervenção como os principais aspetos positivos e negativos
desta modalidade de formação.
Qualidade e boas práticas – formação-ação PME – uma aposta ganha