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Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA Londrina -PR 25 e 26 de junho de 2013 ANAIS Realização:

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE LEITES COMERCIAIS · PDF filedensidade e crioscopia do leite ... estudo da qualidade do leite e da Água de pequenos produtores do municÍpio de teixeira

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

ANAIS

Realização:

1

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

COMISSÃO ORGANIZADORA

Profa. Dra. Vanerli Beloti – Coordenadora do Simpósio

Prof. Dr. Augusto Jose Savioli de Almeida Sampaio

Profa. Dra. Deonisia Martinichen

Prof. Dr. Geraldo Tadeu dos Santos

Dr. Ronaldo Tamanini

Dra. Lívia Cavaletti Correa da Silva

Alberto koji Yamada

Edson Antonio Rios

Juliana Ramos Pereira

José Carlos Riberio Junior

Nayara da Silva Antonio

João Paulo Andrade de Araújo

Juliana Mareze

Natália Gonzaga

Paulo Henrique Fodi

Eric Hiroyoshi Ossugui

2

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25 e 26 de junho de 2013

SUMÁRIO

PROGRAMAÇÃO.................................................................................................. 6

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE COMERCIALIZADO EM

DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS............................................................

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE DE CABRA IN NATURA...... 9

EMPREGO DO TESTE DA LACTOFERMENTAÇÃO COMO

FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO DA QUALIDADE BACTERIANA DO

LEITE PASTEURIZADO DE LONDRINA, PR.....................................................

10

INCIDÊNCIA DE MICRO-ORGANISMOS MESÓFILOS E

TERMODÚRICOS EM LEITE PASTEURIZADO DE LONDRINA, PR............

11

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE UHT INTEGRAL E

DETERMINAÇÃO DA PROTEÓLISE DURANTE ARMAZENAMENTO.......

12

EFEITO DO ARMAZENAMENTO SOBRE ÍNDICE DE

HIDROXIMETILFURFURAL E A QUALIDADE DO LEITE UHT...................

13

ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL – RELATO DE CASO.................................... 14

COMPORTAMENTO E PREFERÊNCIA DE VACAS EM LACTAÇÃO

ENTRE SISTEMA SILVIPASTORIL E CONVENCIONAL...............................

15

ANÁLISE QUALITATIVA DE RESÍDUOS DE AGROQUÍMICOS EM

IOGURTES VENDIDOS NO COMÉRCIO DE LONDRINA ENTRE O

PERÍODO DE JANEIRO A MAIO DE 2013........................................................

16

VARIAÇÃO SAZONAL DA QUALIDADE DO LEITE PRODUZIDA EM

MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PR..............................................................

17

CARACTERIZAÇÃO DO SABOR DO LEITE BOVINO E CAPRINO

ATRAVÉS DE ANÁLISE SENSORIAL...............................................................

18

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE SWABS DE SUPERFÍCIES E MÃOS

DE MANIPULADORES DE LATÍCINIOS ENCAMINHADOS AO SERVIÇO

DE ROTINA DO LACOMA, UFPR......................................................................

19

3

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS TIPO

MUSSARELA PRODUZIDOS POR LATICÍNIOS DA REGIÃO OESTE DO

PARANÁ E SUBMETIDOS À ROTINA DE ANÁLISE DO LACOMA,

UFPR.......................................................................................................................

20

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA

DE AMOSTRAS DE LEITES PASTEURIZADOS SUBMETIDOS AO

SERVIÇO DE ROTINA DO LACOMA, UFPR....................................................

21

ANÁLISE QUALITATIVA DE RESÍDUOS AGROQUÍMICOS EM LEITE

INTEGRAL NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ ENTRE O PERÍODO DE

JANEIRO A MAIO DE 2013.................................................................................

22

CORRELAÇÃO ENTRE PH, ACIDEZ DORNIC, PORCENTAGEM DE

LACTOSE E CONTAGEM BACTERIANA TOTAL EM LEITES ESTÁVEIS

E INSTÁVEIS AO ÁLCOOL.................................................................................

23

EFEITO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FORTIFICANTE NA

DENSIDADE E CRIOSCOPIA DO LEITE...........................................................

24

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE PRATELEIRA DE LEITES

PASTEURIZADOS................................................................................................

25

INFLUÊNCIA DA CULTURA LÁTICA NA ACIDEZ DO SORO DO

LEITE.......................................................................................................................

26

ANÁLISE DA QUALIDADE DO LEITE NA REGIÃO DOS CAMPOS

GERAIS E A IDENTIFICAÇÃO DAS POSSÍVEIS CAUSAS QUE

DESENCADEIAM A SÍNDROME DO LEITE ANORMAL................................

27

ESTUDO DA QUALIDADE DO LEITE E DA ÁGUA DE PEQUENOS

PRODUTORES DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA SOARES..............................

28

FRACIONAMENTO DE COMPOSTOS NITROGENADOS NO RESÍDUO

ÚMIDO DE CERVEJARIA ENSILADO POR DIFERENTES PERÍODOS.........

29

TESTE TRIANGULAR DO LEITE DE VACAE LEITE DE CABRA

INTEGRAL E DESNATADO.................................................................................

30

VARIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE EM FUNÇÃO DO VOLUME DE

PRODUÇÃO EM PROPRIEDADES DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON-

PR.............................................................................................................................

31

A UTILIZAÇÃO DE TANQUES COMUNITÁRIOS EM

ASSENTAMENTOS............................................................................................... 32

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CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DAS PROPRIEDADES LEITEIRAS

DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PR.........................................................

33

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS DO LEITE BOVINO

E CAPRINO.............................................................................................................

34

PROJETO AMIGA – AÇÕES EXTENSIONISTAS NO MEIO RURAL.............. 35

RESÍDUOS DE ANTIBIÓTICOS EM LEITES COMERCIALIZADOS EM

DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS.............................................................

36

INFLUÊNCIA DO TIPO DE ORDENHA E RESFRIAMENTO SOBRE A

QUALIDADE DO LEITE.......................................................................................

37

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS DO LEITE DE CABRA E LEITE

DE VACA................................................................................................................

38

UNIDADE MÓVEL DE QUALIDADE DE LEITE: UMA IMPORTANTE

FERRAMENTA PARA A QUALIDADE DO LEITE JUNTO À

AGRICULTURA FAMILIAR.................................................................................

39

PRODUTOS ELABORADOS COM CONCENTRADO PROTEICO DE SORO

DE LEITE: BARRA DE CEREAL COM WPC35 – PARAMENTROS

SENSORIAIS...........................................................................................................

40

MICRO-ORGANISMOS TERMODÚRICOS MESÓFILOS E

TERMODÚRICOS PSICROTRÓFICOS EM LEITES UHT PRODUZIDOS NA

REGIÃO SUL DO BRASIL....................................................................................

41

MICRO-ORGANISMOS DETERIORANTES EM LEITES UHT

PRODUZIDOS NA REGIÃO SUL DO BRASIL...................................................

42

AVALIAÇÃO DA GELEIFICAÇÃO E SEDIMENTAÇÃO EM LEITES UHT

PRODUZIDOS NA REGIÃO SUL DO BRASIL...................................................

43

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISICO QUIMICA DE LEITES UHT:

GORDURA, SÓLIDOS NÃO GORDUROSOS (SNG), ACIDEZ TITULÁVEL

E ESTABILIDADE AO ÁLCOOL 68%.................................................................

44

AVALIAÇÃO DA CRIOSCOPIA EM LEITES UHT PRODUZIDOS NA

REGIÃO SUL DO BRASIL....................................................................................

45

ALTERAÇÕES NO PONTO DE CONGELAMENTO DO LEITE POR

ADIÇÃO DO ESTABILIZANTE FOSFATO DE SÓDIO.....................................

46

PESQUISA DE SALMONELLA EM QUEIJOS COLONIAL SERRANO

COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE LAGES-SC....................................

47

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QUALIDADE MICROBIOLOGICA DE QUEIJOS COLONIAL SERRANO

COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE LAGES-SC....................................

48

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LEITES

PASTEURIZADOS.................................................................................................

49

DURAÇÃO DA LACTAÇÃO EM BOVINOS DA RAÇA HOLANDESA DE

UM REBANHO EM SANTA CRUZ DO RIO PARDO – SP................................

50

PRODUÇÃO DE LEITE POR LACTAÇÃO DE BOVINOS DA RAÇA

HOLANDESA DE UM REBANHO EM SANTA CRUZ DO RIO PARDO –

SP..............................................................................................................................

51

DETECÇÃO DE FRAUDE POR ADIÇÃO DE ÁGUA EM LEITE

PASTEURIZADO INTEGRAL...............................................................................

52

MICRO-ORGANISMOS INDICADORES EM AMOSTRAS DE LEITE DE

LONDRINA E REGIÃO NORTE DO

PARANÁ..................................................................................................................

53

RASTREAMENTO DE CONTAMINAÇÕES MICROBIOLÓGICAS E

RESÍDUOS DE PROTEÍNA EM INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS......................

54

POPULAÇÃO E INFLUÊNCIA DOS MICRO-ORGANISMOS

PSICROTRÓFICOS NO LEITE CRU REFRIGERADO.......................................

55

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS PARA O VÍRUS DE LEUCOSE

ENZOOTICA EM PROPRIEDADE LEITEIRA DE ARAPOTI – PR...................

56

POLIMORFISMO DO GENE DA ENZIMA COAGULASE DE

STAPHYLOCCUS SPP. ISOLADOS DE MASTITE SUBCLÍNICA...................

57

CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS DO ÚBERE E SUAS RELAÇÕES COM

A PRODUTIVIDADE EM VACAS DA RAÇA GIROLANDO............................

58

CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA DE PRODUTORES DE LEITE

DO PARANÁ...........................................................................................................

59

CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES LEITEIRAS DO PARANÁ........ 60

IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA DE UMA COMUNIDADE FORRAGEIRA

SOB SISTEMA FAXINAL, NO MUNICIPIO DE REBOUÇAS,

PARANÁ..................................................................................................................

61

FRAUDE NO LEITE POR ADIÇÃO DE UREIA..................................................

62

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PROGRAMAÇÃO

25/06/13 (Terça-Feira)

Horário Tema Palestrante

07:45h – 08:20h Entrega de material

08:20h – 09:15h Abertura do Simpósio: Ciência, Tecnologia

e Inovação no Paraná.

Profa. Dra. Janesca Alban

Roman

Diretora Científica da Fundação

Araucária

09:15h – 10:05 Inovação nos processos de obtenção,

purificação e aplicação de componentes do

leite bovino

Prof. Dr. Valdemiro C. Sgarbieri

UNICAMP

10:05h – 10:25h Milk break

10:25h – 11:10h Centros Mesorregionais de Excelência em

Tecnologia do Leite: Missão e Desafios.

Prof. Deocy França

UFPR

Centro Mesorregional de Excelência em

Tecnologia do Leite de Curitiba – Projetos

e Resultados

11:10h – 12:00h Qualidade e Rastreabilidade do Leite no

Mundo

Profa. Dra. Vanerli Beloti

UEL

12:00h – 12:20h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite Norte Central –

Projetos e Resultados

Dr. Ronaldo Tamanini

UEL

12:20h – 14:00h Intervalo para almoço

14:00h – 14:45h Higienização de Tetos e Teteiras na

Redução de Microorganismos do Leite in

natura

Prof. Dr. Eder Paulo Fagan

UENP

14:45h – 15:05h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite Centro-Sul – Projetos

e Resultados

Ma. Anna Carolina Leonelli

Pires de Campos

UENP

15:05h – 15:50h Potencial de Utilização de Produtos

Derivados do Soro de Leite

Profa. Dra. Patrícia Barcellos

Costa

UNIOESTE

15:50h – 16:10h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite Oeste – Projetos e

Resultados

Me. Loreno Taffarel

UNIOESTE

16:10h – 16:30h Milk break

16:30h – 17:15h Modulação da Gordura do Leite Via

Manipulação da Alimentação da Vaca

Prof. Dr. Geraldo T. Santos

UEM

17:15h – 17:35h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite Noroeste – Projetos e

Resultados

Prof. Dr. Geraldo T. Santos

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PROGRAMAÇÃO

26/06/13 (Quarta-Feira)

HORARIO TEMA PALESTRANTE

08:20h – 09:05h Experiência do IAPAR nas Redes de

Referência: pesquisa e campo;

desenvolvimento e validação de

tecnologias para os sistemas leiteiros do

Paraná

Profa. Dra. Simony N. Bernardo

Lugão

IAPAR

09:05h – 09:25h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite IAPAR – Projetos e

Resultados

Prof. Dr. José Antonio Cogo

Lançanova

IAPAR

09:25h – 10:10h Tratamento Inovador de Efluentes de

Laticínios

Prof. Dr. Gilberto Leal

LEAL Engenharia

10:10h – 10:30h Milk break

10:30h – 11:15h Queijo Reblochon: tecnologia,

processamento e avaliação da maturação

Prof. Dr. Guilherme de Almeida

Souza Tedrus

UEPG

11:15 h – 11:35h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite da Região Centro

Oriental – Projetos e Resultados

Guilherme Garabeli Trojan

UEPG

11:35 h – 12:00h Discussão sobre atividades dos CMETL e

encaminhamentos

12:00 h – 14:00h Intervalo para almoço

14:00h – 14:45h Viabilização técnica e econômica na

criação de machos leiteiros

Prof. Dr. Mikael Neumann

UNICENTRO

14:45h – 15:30h Sistema de integração Lavoura Pecuária na

Produção Leiteira

Profa. Dra. Tangriani Simioni

Assmann

UTFPR

15:30h – 15:50h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite Sudoeste – Projetos e

Resultados.

Profa. Dra. Tangriani Simioni

Assmann

UTFPR

15:50h – 16:10h Milk break

16:10h – 16:55h Situação das Pastagens no Estado do PR

para a Produção de Leite

Prof. Dr. Sebastião Brasil

Campos Lustosa

UNICENTRO

16:55h – 17:15h Centro Mesorregional em Excelência e

Tecnologia do Leite Centro-Sul – Projetos

e Resultados

Profa. Dra. Deonisia Martinichen

UNICENTRO

17:15h – 17:30h Encerramento

17:30h – 18:00h Entrega de certificados

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QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE COMERCIALIZADO EM

DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS

WUERGES, K. L.1*

; RIBEIRO, D. L.2

1

Mestranda em Ciência de Alimentos, Universidade Estadual de Londrina (UEL),

Londrina/PR.2

Tecnóloga em Alimentos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

(UTFPR), Medianeira/PR. *Emai-l: [email protected]

O consumo de leite é elevado em nosso país, desempenhando uma das atividades mais

importantes da economia brasileira, por esse motivo deve-se ter atenção especial com

relação à segurança e qualidade dos produtos disponíveis no mercado. O controle de

qualidade físico-química da matéria-prima e produto final é essencial para garantir a

saúde da população e deve constituir-se num procedimento rotineiro nos laticínios.

Além disso, as diferentes análises que são realizadas auxiliam na detecção de fraudes

que são realizadas frequentemente por produtores e verificação de falta de higiene que

ocorrem durante os processos. Assim, o objetivo deste trabalho é reunir informações

sobre a qualidade físico-química dos leites crus refrigerados, pasteurizados e UAT

(Ultra Alta Temperatura) comercializados em 12 regiões diferentes do Brasil, através de

revisão bibliográfica. Os estudos mostraram irregularidades no leite em grande

quantidade. Apenas Mato Grosso e o Paraná (Região Norte) obedeceram aos padrões

físico-químicos estabelecidos pela Instrução Normativa no51 de 2002. Os estados do

Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná (Região Oeste) apresentaram resultados não

conformes para crioscopia. A Bahia, Santa Catarina, Alagoas e Mato Grosso do Sul,

além da crioscopia, o teor de gordura também ficou fora dos limites. O Tocantins e o

Mato Grosso apresentaram as análises de acidez e crioscopia fora dos padrões e o

Maranhão demonstrou os resultados insatisfatórios para as análises de acidez, gordura,

densidade e crioscopia. As fraudes caracterizadas nesses trabalhos foram adição de

água, utilizada para aumentar o rendimento do produto, e o desnate realizado com a

intenção de aumentar a densidade e não alterar a crioscopia. A análise de acidez

mostrou resultados irregulares nos estudos, indicando falta de higiene durante a ordenha

e armazenamento do leite. Também é importante ressaltar que para a detecção de

fraudes deve existir uma combinação de análises físico-químicas, pois a composição

química do leite pode interferir nos resultados. É essencial a adoção de medidas que

visem melhorar a qualidade do leite, bem como a conscientização e orientação dos

produtores e de quem trabalha com o leite nas plataformas dos laticínios, para que não

ocorram fraudes nem falhas por falta de higiene, para que no final consiga-se a obtenção

de um produto seguro para os consumidores.

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25 e 26 de junho de 2013

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE DE CABRA IN NATURA

WUERGES, K. L.1*

; RIBEIRO, D. L.2

1

Mestranda em Ciência de Alimentos, Universidade Estadual de Londrina (UEL),

Londrina/PR. 2

Tecnóloga em Alimentos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

(UTFPR), Medianeira/PR. *Emai-l: [email protected]

O consumo de leite de cabra vem aumentando ao longo dos anos, sendo indicado por

médicos e nutricionistas por ser um alimento rico em vitaminas e minerais. Comparando

com o leite de vaca, possui maior quantidade de cálcio, e menor quantidade de

colesterol. Não apresenta a β-lactoglobulina, podendo ser consumido por pessoas com

alergia ao leite de vaca. Os glóbulos de gordura e micelas de caseína possuem pequenas

dimensões tornando fácil a digestão e fabricação de derivados. Sua fonte nutricional

transforma-se num excelente substrato para o crescimento de bactérias. Desta forma, o

leite de cabra deve obedecer aos padrões de higiene e temperaturas adequadas durante a

ordenha até o beneficiamento visando a garantia da qualidade do produto final, pois a

microbiota influencia grandemente a qualidade do leite cru e consequentemente dos

subprodutos obtidos. Assim, este trabalho descreve informações sobre a qualidade

microbiológica dos leites de cabras in natura beneficiado por regiões brasileiras, através

de revisão bibliográfica. Foram consultados 13 trabalhos, onde a maioria foi realizado

na região Nordestina, que é responsável por grande parte da produção e manejo do

rebanho. A maioria dos trabalhos (9) apresentou resultados insatisfatórios de contagem

bacteriana total, não cumprindo os padrões estabelecidos pela Instrução Normativa n°

37 de 2000. A presença de agentes patogênicos no leite cru está ligada à contaminação

que ocorre principalmente durante a ordenha. Sugere-se que seja realizada a melhoria

das condições de higiene de ordenha, principalmente nas propriedades que realizam

ordenha manual. Na ordenha mecânica devem ser tomados cuidados, sobretudo em

relação à limpeza e manutenção do equipamento. Esses dados ressaltam também a

importância do desenvolvimento de programas de boas práticas agropecuárias nas

propriedades, orientando melhor o produtor sobre maneira correta de execução da

ordenha e armazenamento do leite, objetivando melhorar as condições de higiene desde

a obtenção até o seu beneficiamento.

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EMPREGO DO TESTE DA LACTOFERMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA

NO DIAGNOSTICO DA QUALIDADE BACTERIANA DO LEITE

PASTEURIZADO DE LONDRINA, PR1.

GOLLNER-REIS, K. T. M.2*; SANTANA, E. H. W.

3; SOUZA, C. H. B.

3; GOLLNER-

REIS, J. P4; MASSAGUER ROIG, S.

5

1Parte integrante da dissertação de Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite,

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Londrina/PR. 2Docente, Engenharia de

Alimentos Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Mestranda, Mestrado em Ciência

e Tecnologia do Leite, Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Londrina/PR. 3Docente, Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite, Universidade Norte do Paraná –

UNOPAR, Londrina/PR. 4Técnico Laticinista, Instituto de Laticínios Candido Tostes –

ILCT, Juiz de Fora/MG. 5Coordenador, Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite,

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Londrina/PR. *E-mail:

[email protected]

A lactofermentação (LAC) é muito empregada em usinas de laticínios, como forma de

avaliar a qualidade da matéria prima e do leite de processo da fabricação de queijos.

Este teste é descrito como uma prova que permite o diagnóstico qualitativo da

microbiota predominante no leite, a partir do aspecto do coagulo obtido e o tempo

necessário para sua formação, podendo sugerir a origem dos micro-organismos e

possíveis conseqüências tecnológicas da utilização deste leite. Considerando esses fatos,

este trabalho teve como objetivo, diagnosticar a incidência do tipo de microbiota

mesofílica predominante em 80 amostras de leite pasteurizado (LP) comercializados na

cidade de Londrina – PR. Após incubação das amostras a 36ºC (±1ºC)/24h (±2h)

interpretou-se o resultado de acordo com o coagulo formado, onde foram obtidos 4 tipos

de resultados: Homogêneo, dessorado, digerido e liquido. No contexto geral a LAC

homogêneo e dessorado, perfez o valor de 63,7% das amostras analisadas, o que

demonstrou uma melhora significativa na qualidade microbiológica da matéria prima

em toda a sua cadeia produtiva, bem como, do processo de beneficiamento realizado

pela plantas de laticínios. A incidência de 16,25%(13 amostras) como coágulo digerido

apresentou-se com relevância, pois está associado a presença de enzimas termoestáveis

de psicrotróficos e/ou termodúricos proteolíticos, que podem levar à formação de sabor

desagradável (amargo) e/ ou redução do tempo de vida de prateleira (VP). A prova da

lactofermentação pode ser usada em LP como ferramenta para sugerir o tipo de carga

microbiana presente, bem como prever possíveis problemas de sabor e de redução da

VP.

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INCIDÊNCIA DE MICRO-ORGANISMOS MESÓFILOS E TERMODÚRICOS

EM LEITE PASTEURIZADO DE LONDRINA, PR1.

GOLLNER-REIS, K. T. M.2*

; SANTANA, E. H. W.3; SOUZA, C. H. B.

3; GOLLNER-

REIS, J. P4; MASSAGUER ROIG, S.

5

1Parte integrante da dissertação de Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite,

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Londrina/PR. 2Docente, Engenharia de

Alimentos Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Mestranda, Mestrado em Ciência

e Tecnologia do Leite, Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Londrina/PR. 3Docente, Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite, Universidade Norte do Paraná –

UNOPAR, Londrina/PR. 4Técnico Laticinista, Instituto de Laticínios Candido Tostes –

ILCT, Juiz de Fora/MG. 5Coordenador, Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite,

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Londrina/PR. *E-mail:

[email protected].

Estudos científicos demonstram a importância dos micro-organismos termodúricos

(TER), como fator limitante do tempo de vida útil de leites pasteurizados (LP). Por

serem capazes de sobreviver ao processo de pasteurização, os TER, formadores ou não

de esporos, podem estar presentes no leite pasteurizado, como representantes da

microbiota do leite cru. Apesar da concentração de TER pode ter papel decisivo na

qualidade do LP, a legislação brasileira não apresenta parâmetros para a população

destes micro-organismos. Desta forma, este trabalho teve como objetivos determinar a

concentração de micro-organismos TER em leite pasteurizado da cidade de

Londrina/PR, bem como, a relação desta microbiota com a população de aeróbios

mesófilos sobre sua microbiota mesofílica. Foram coletadas 30 amostras de LP, no

período de outubro a novembro de 2010, em Londrina – PR. As análises de contagem

de micro-organismos aeróbios mesófilos (MAM) foram realizadas com incubação a

36ºC/48h. Para contagem de TER as amostras foram previamente termizadas a 62ºC/30

min. e imediatamente resfriadas a 10ºC com incubação a 32ºC/48h. Os resultados

indicaram uma baixa carga bacteriana de MAM, com média de 4,52 x 103 UFC/mL.

Para a carga TER, as populações médias observadas foram de 9,70x 101 UFC/mL. O

resultado médio da frequência de TER/MAM foi de 20,9%. Considerando-se que a

relação TER/MAM para LP seja semelhante ao limite de 10% preconizado pelo

RIISPOA/1997 para psicrófilos e termófilos, neste trabalho 20 amostras (74%)

apresentaram essa relação superior aos 10%. A alta incidência de termodúricos no LP

pode estar associada a tecnificação na produção leiteira da região norte do PR, a

aspectos regionais da captação e qualidade da matéria-prima, acrescida às características

operacionais do beneficiamento (termização e bactofugação). Neste trabalho foi

evidenciada uma incidência relevante de micro-organismos termoresistentes. Tais

resultados demonstram a influência da qualidade da matéria-prima frente à qualidade do

produto acabado. Desta forma, pode-se concluir que a tecnificação da cadeia produtiva,

pode ter gerado a redução da carga bacteriana mesofílica, porém agregou a modificação

do tipo de microbiota predominante neste produto.

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25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE UHT INTEGRAL E

DETERMINAÇÃO DA PROTEÓLISE DURANTE ARMAZENAMENTO.

REAL, C.G.A1.; ANTUNES, G

1.; SILVA, L.C.C

2.; COSTA, M.R

3.; ARAGON-

ALEGRO, L.C1.; SOUZA, C.H.B

1.; SANTANA, E.H.W

1*.

1Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados, Universidade Norte do

Paraná; 2 Universidade do Oeste Paulista, Curso de Medicina Veterinária.

3

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia (FAMEZ) *E-mail: [email protected]

Devido à facilidade no seu armazenamento à temperatura ambiente durante períodos de

até quatro meses, o consumo de leite UHT tem aumentado nos últimos anos. O objetivo

deste estudo foi avaliar a qualidade físico-química, microbiológica e índice de proteólise

de amostras de leite UHT integral em cinco períodos diferentes (30, 60, 90, 120, e 150

dias). Análises físico-químicas incluíram determinação da porcentagem de gordura,

acidez titulável, estabilidade ao álcool, sólidos totais (ST), sólidos não gordurosos

(SNG), pH, densidade e ponto de congelamento. Para estimativa da proteólise,

nitrogênio total, nitrogênio não-caseico (NNC) e nitrogênio não-protéico (NNP) foram

quantificados. Também foi realizada estimativa de geleificação e contagem de micro-

organismos aeróbios mesófilos. Durante os 150 dias de armazenamento o pH e a acidez

titulável das 3 marcas se mantiveram dentro dos padrões estabelecidos pela legislação.

Em relação aos demais parâmetros físico-químicos não foram observadas alterações

significativas (p>0,05) durante os 150 dias. Contudo, irregularidades foram detectadas:

25 (83,3%) das amostras com gordura abaixo de 3%; 20 (66,67%) e 26 (86,67%) das

amostras irregulares para SNG e ST, respectivamente; 4 (13,3%) amostras estavam

abaixo do esperado para densidade e acima do máximo para a crioscopia (-0,530°H).

Nas 3 marcas durante os 150 dias, foi observada um aumento progressivo de proteólise

primária e secundária, evidenciado pelo aumento percentual de NNC (r2=91.68%) e

NNP (r2=97.81%). Quando se comparou a correlação entre NNC, NNP e o processo de

gelificação, uma forte correlação (r =0,83) entre NNC e NNP foi encontrada, e uma

correlação moderada foi observada entre NNP X gelificação (r =0,54) e NNP x

gelificação (r =0,68). Duas das 3 marcas, não atenderam aos padrões microbiológicos

aos 120 dias. Houve aumento da geleificação para as 3 marcas analisadas, associado ao

aumento da viscosidade e da proteólise. A geleificação teve início a partir de 60 dias de

estocagem em 66,67% das amostras. Após 150 dias, 66,67% atingiram grau 2 na escala

utilizada, que corresponde a sedimento ou geleificação de aproximadamente 25% do

conteúdo.

13

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

EFEITO DO ARMAZENAMENTO SOBRE ÍNDICE DE

HIDROXIMETILFURFURAL E A QUALIDADE DO LEITE UHT.

HONÓRIO, R3.; TOMÉ, L.C.D

3.; HUBARYK, E.L

3.; REAL, C.G.A

1.; COSTA, M.R

2.;

ARAGON-ALEGRO, L.C1.; SOUZA, C.H.B

1.; SANTANA, E.H.W

1*.

1Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados, Universidade Norte do

Paraná; 2 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia (FAMEZ); 3

Curso de Farmácia, Universidade Norte do Paraná

*E-mail: [email protected]

O tratamento térmico do leite não garante apenas a segurança microbiológica e aumento

do tempo de vida de prateleira, mas também causa alterações nas propriedades

nutricionais, sensoriais e/ou tecnológicas como a gelificação e a sedimentação. Outra

reação induzida pelo calor é a reação de Maillard, que tem o Hidroximetilfurfural

(HMF) como um produto intermediário ou final, formado pela degradação das hexoses

e um dos primeiros compostos usados para indicar tratamento térmico intenso no leite.

O objetivo deste estudo foi avaliar durante 150 dias a qualidade de 3 marcas (dois

lotes/marca) de leite UHT através de parâmetros físico químicos (teor de gordura,

acidez titulável, sólidos não gordurosos – SNG, densidade, índice crioscópico),

microbiológicos (aeróbios mesófilos), sedimentação, gelificação e índice de HMF livre

e total. Foram observados nas marcas estudadas alterações nos seguintes padrões de

qualidade: extrato seco desengordurado, com valores abaixo do mínimo estabelecido;

teor de gordura, com redução ao longo dos 150 dias de armazenamento, porém

atingindo valores fora do limite legal a partir dos 120 dias. Se considerarmos os padrões

de qualidade de leite pasteurizado para a densidade e crioscopia, que são importantes na

qualidade, os resultados indicaram adição de água e de solutos nas amostras de leite

UHT analisadas. Todas as amostras atenderam aos padrões para contagem de aeróbios

mesófilos. A sedimentação foi observada nas 3 marcas, aumentando ao longo dos 150

dias, com variação entre fraco (1,00 g) e moderado (1,01 a 2,99g). A gelificação

encontrada foi somente no fundo da embalagem em duas marcas com 120 e 150 dias. O

HMF total e livre foi crescente nas 3 marcas durante os 150 dias, indicando perdas

nutricionais no leite. Os valores obtidos de HMF aos 30 dias variaram de 117,63 a

124,63 µmol de HMF livre/L e 124,20 e 131,64 µmol de HMF total/L. Com 150 dias os

valores máximos foram 157,02 µmol de HMF livre/L e 170,59 µmol de HMF total/L.

Os resultados obtidos neste estudo indicaram problemas na qualidade físico-química e

nutricional das marcas avaliadas.

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25 e 26 de junho de 2013

ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL – RELATO DE CASO

GERON, C. C.1*

1Médica Veterinária Graduada pela Universidade Estadual do Centro-Oeste/PR; Pós

Graduanda em Clínica Médica, Reprodução e Nutrição de Bovinos pela TUIUTI,

Curitiba/PR *E-mail: [email protected]

Uma maior produção leiteira e lucratividade levou a bovinocultura leiteira brasileira a

profundas modificações, submetendo os animais a extremos em relação à exigência

nutricional. O emprego dos confinamentos e semiconfinamentos estão sendo cada vez

mais expandido; nesses sistemas, o uso de dietas ricas em concentrado tem se tornado

frequente. As dietas ricas em grão energético aumentam a produção leiteira e

apresentam grande facilidade de armazenamento e distribuição no cocho. Por um lado,

essas dietas são vantajosas, mas por outro podem predispor a enfermidades digestivas e

metabólicas, como a acidose láctica ruminal (ALR). A ALR caracteriza-se por ingestão

exagerada de alimentos hiperglicídicos (grãos) ou concentrados comerciais, os quais,

fermentados no rúmen, produzem grandes quantidades de ácido láctico, provocando

acidose ruminal e atonia neste órgão, seguida de acidose sistêmica, desidratação severa,

diarreia com presença de bolhas de ar, prostração, coma e até morte. O presente trabalho

descreve um relato de caso sobre ALR em um free stall que ocorreu no oeste do Paraná,

o qual foi tratado com a normalização da dieta, que tinha sido alterada pelo produtor

sem prescrição do médico veterinário responsável, e adição de bicarbonato. O free stall

atendido possuía 40 vacas da raça Holandesa em lactação, todas destinadas à produção

leiteira. Após a avaliação dos sinais clínicos presentes, verificou-se que todas as vacas

apresentam ALR, sendo que 7,5% estavam em um quadro grave, apresentando sangue e

mucosa intestinal nas fezes. Foi indicado o fornecimento de maior quantidade de fibras

na dieta, que deve ser picada e provida adequadamente para que as vacas não

selecionem, além da adição de bicarbonato (300g por animal), fracionamento da

alimentação em três refeições e fornecimento de menor quantidade de concentrado até a

recuperação dos animais. Os resultados demonstraram que através dos sinais clínicos foi

possível chegar a um diagnóstico conclusivo e que a alteração da dieta provocou o

quadro de ALR, a qual foi controlada com sucesso após o atendimento. Em uma semana

nenhum animal apresentava sinais clínicos. Concluiu-se que a acidose clínica ou

subclínica acarreta grandes prejuízos na produção leiteira, pois há perda da produção e

vitalidade dos animais, e que as dietas inadequadas são a grande causa desta

enfermidade, como no caso relatado.

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25 e 26 de junho de 2013

COMPORTAMENTO E PREFERÊNCIA DE VACAS EM LACTAÇÃO ENTRE

SISTEMA SILVIPASTORIL E CONVENCIONAL

CESTARI, A. A.1*

; FREGONESI, J. A.2; LANÇANOVA, J. A. C.

3; MEDEIROS, F.

M.4; FRIAS, D. B

5; CAMILOTI, T. V.

1

1Bolsista CAPES, doutoranda em Ciência Animal, Universidade Estadual de Londrina

(UEL), Londrina/PR; 2Professor Dr., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Departamento

de Zootecnia, UEL, Londrina/PR; 3Pesquisador Dr., Instituto Agronômico do Paraná

(IAPAR), Estação Experimental Raul Juliatto, Ibiporã/PR; 4Mestranda em Agronomia,

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Bandeirantes/PR e bolsista DTI-C

CNPq/FINEP/IAPAR; 5Graduando em Agronomia, Centro Universitário Filadélfia

(Unifil), Londrina/PR e técnico em Agropecuária, IAPAR. *E-mail:

[email protected]

Os sistemas silvipastoris se caracterizam pela diversificação do uso da terra, nos quais

cultivos arbóreos são explorados em integração com pastagens e criação de animais.

Benefícios como a conservação do solo e melhora do bem-estar através da redução da

carga térmica radiante que incide sobre os animais, estão entre os apontados na

utilização deste sistema. Este trabalho avaliou o comportamento e a preferência de

vacas em lactação por sistema silvipastoril (SSP) ou sistema convencional parcialmente

sombreado (SC). Um teste de preferência dividido em duas fases foi aplicado: fase

restrita na qual os animais foram monitorados no SSP ou SC; fase de livre escolha,

quando os animais tiveram livre acesso aos dois sistemas. Vinte e quatro vacas foram

divididas em oito subgrupos de acordo com (média ± DP) dias em lactação (215,7 ±

76,8 d), número de partos (2,5 ± 1,3) e produção de leite (13,2 ± 2,9 kg/vaca/d),

alocados aleatoriamente a um dos tratamentos, SSP ou SC. As vacas (n = 8) foram

monitoradas alternadamente durante três dias em cada sistema. Na fase de livre escolha

os subgrupos do SSP e SC foram fundidos (n = 4) e monitorados por três dias. As

atividades de pastejo, ruminação e ócio em pé e deitado foram notificadas em intervalos

de 10 min por um período total de 9,5 h consecutivas (das 09:30 às 19:00), assim como

a localização do animal durante a fase de livre escolha. Os dados foram analisados

através do pacote estatístico SAS 9.1 (2002). Durante a fase restrita as vacas pastaram

em média 52,1 versus 47,7% do tempo total de observações (P < 0,05) e permaneceram

deitadas ruminando em média 7,5 versus 11,4% no SSP e SC (P < 0,01),

respectivamente. Já na fase de livre escolha os animais despenderam em media 23,0

versus 4,1 % em pé; 9,5 versus 0,2 % em pé ruminando; 5,5 versus 0,9 % deitados e 3,0

versus 0,0 % deitados ruminando (P < 0,01) no SSP e SC, respectivamente. O tempo

que os animais despenderam pastando não diferiu entre os tratamentos (P = 0,0906). No

entanto, durante o período das 11:30 às 13:30 h. as vacas pastaram em média 26,2

versus 7,7 % (P < 0,05) no SSP e SC, respectivamente. Concluindo, vacas leiteiras

manejadas a pasto mostram preferência pelo sistema SSP e passam mais tempo

pastando nesse sistema nas horas mais quentes do dia.

Suporte financeiro: CAPES (concessão das bolsas de doutorado);

CNPq/FINEP/IAPAR (concessão da bolsa DTI-C, convênio 01.10.0730.00 -

Ref.1617/10).

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

ANÁLISE QUALITATIVA DE RESÍDUOS DE AGROQUÍMICOS EM

IOGURTES VENDIDOS NO COMÉRCIO DE LONDRINA ENTRE O

PERÍODO DE JANEIRO A MAIO DE 2013

SOUZA, L. F. C. B,.¹*; NETTO, D. P.² HORTA, D. F.³; SOUZA, A. C. B.4; DELA

COLETA, K.4; GARCIA, L. N. H.

4; MONTEIRO, K. C.

4;OLIVEIRA, J. S.

4;

PETILLO, H. M. K. F.4;ONO, M. Y. K.

4, SALLAS, B.

4;FIUZA, E. V.

4;

¹ Residente de Toxicologia Veterinária, Universidade Estadual de Londrina (UEL),

Londrina/PR; ² Professora Dra. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva

(DMVP), UEL, Londrina/PR; ³ Residente de Toxicologia Veterinária, UEL; 4

Graduando em Medicina Veterinária, UEL. *Email: [email protected]

A crescente demanda na produção de alimentos e o aumento da população mundial têm

resultado em grande aumento do consumo de praguicidas, resultando em resíduos na

água, alimentos e para o homem, sendo os organofosforados e carbamatos amplamente

utilizados em agropecuária como inseticidas. É considerado iogurte o leite obtido por

fermentação láctica, através da adição de bactérias láticas ao leite, pasteurizado ou

concentrado, com ou sem aditivos opcionais. Alguns estudos demonstram que a

presença de praguicidas no leite, assim como antibióticos, inibem o crescimento das

bactérias láticas adicionadas. A adição de frutas contaminadas em iogurtes também

podem gerar resíduos no produto final. Foram coletadas 24 amostras de iogurtes

vendidos no comércio da cidade de Londrina, de diferentes marcas e sabores, para

análise quanto à presença dos inseticidas. A presença de organofosforados e carbamatos

foi pesquisada pela técnica de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), conforme

metodologia AOAC(1995) e adaptada por Adolfo Lutz (1996). Em cada amostra foram

realizados exames para organofosforados e carbamatos, utilizando cromatoplacas de

CCD e respectivos padrões de Dimetoato e Carbaril, na concentração de 150µg/mL,

Foram detectados resíduos em 23 amostras, sendo 11 amostras positivas para

carbamatos (45,8%) e 23 para organofosforados (95,8%).Conclui-se que há a presença

de organofosforados em iogurte, porém dados sobre resíduos de inseticidas em iogurte

são escassos na literatura, mostrando a necessidade de que se desenvolvam mais

pesquisas e que se estabeleça um controle e monitoração desses resíduos.

17

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

VARIAÇÃO SAZONAL DA QUALIDADE DO LEITE PRODUZIDO EM

MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PR

TAFFAREL, L. E.¹*; COSTA, P. B.²; TSUTSUMI, C.Y.²; CAVILHÃO, C.³; HERMES,

P. R.³; PILZ, D. F.4

¹Doutorando do programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade estadual do

Oeste do Paraná (Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR; ²Professor adjunto, Centro

de Ciências Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Mestrando do

Programa de Pós-Graduação, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; 4Graduação em

Zootecnia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. *Email:

[email protected]

Nas diferentes épocas do ano podem ocorrer variações em um ou mais parâmetros da

qualidade do leite. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito dos meses do ano

sobre o ponto de congelamento do leite, o percentual de gordura, a contagem de células

somáticas (CCS) e a contagem bacteriana total (CBT), em propriedades de Marechal

Cândido Rondon-PR. A pesquisa foi realizada no Centro Mesorregional de Excelência e

Tecnologia do Leite–Oeste em parceria com uma indústria láctea da região Oeste do

Paraná, que cedeu os dados oriundos de 602 produtores da microrregião de Marechal

Cândido Rondon-PR sobre a qualidade o leite, referentes ao período de outubro de 2009

a setembro de 2010. O total de registros utilizados nos doze meses para cada informação

(gordura, CCS e CBT) foi de 7.105. Os valores de gordura do leite foram reduzidos

durante o período de outono e inverno. Durante esse período há redução na oferta de

forragem e concomitante aumento no fornecimento de concentrado, contribuindo para

diminuição no percentual de gordura do leite. Sabe-se que a utilização de concentrados

na dieta de vacas leiteiras tende reduzir o conteúdo de gordura no leite de forma

proporcional. A CBT e CCS apresentaram valores superiores nos meses mais chuvosos,

primavera e verão. A maior CBT nesse período está relacionada à dificuldade de

resfriamento e higienização, devido as maiores temperaturas e precipitação que ocorrem

nesses meses. Tal ambiente também está relacionado ao aumento no número de CCS,

pois a higienização e desinfecção adequadas podem ser prejudicadas se o ambiente onde

as vacas permanecem ou dormem tem excesso de barro, o que leva ao aumento da

ocorrência de mastites, e consequentemente número elevado de CCS. Assim infere-se

que ocorrem variações estacionais no teor de gordura, contagem bacteriana total e

contagem de células somáticas.

18

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

CARACTERIZAÇÃO DO SABOR DO LEITE BOVINO E CAPRINO ATRAVÉS

DE ANÁLISE SENSORIAL

CAVILHÃO, C.¹*; COSTA, P. B.²; HERMES, P. R.¹; KARVATTE JUNIOR, N.¹;

TAFFAREL, L. E.³; TRAUNTENMÜLLER, H4

¹Mestrando do Programa de Pós-Graduação, Universidade estadual do Oeste do Paraná

(Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR. ²Professor adjunto, Centro de Ciências

Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Doutorando do programa de Pós-

Graduação em Agronomia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; 4Graduação em

Zootecnia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. *Email:

[email protected]

Os leites bovino e caprino apresentam composição química semelhante. Entretanto, a

qualidade dos seus compostos altera expressivamente o sabor apresentado por ambos.

Objetivou-se caracterizar o sabor do leite caprino em relação ao leite bovino, através de

análise sensorial realizada por alunos matriculados no Curso de Zootecnia, da

Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Amostras do leite bovino e caprino,

integrais e desnatadas, foram oferecidas aos acadêmicos, que após o consumo

classificaram o sabor dos leites em sabor rançoso, amargo, ácido ou doce. No intervalo

de consumo de cada amostra os alunos foram orientados a ingerir água a fim de limpar

as papilas gustativas e evitar a contaminação de sabor. O leite de vaca, tanto integral

quanto desnatado, foi classificado por 77,58% dos alunos como sendo de sabor doce, os

outros 22,42% classificaram-no como amargo, ácido e rançoso. O leite caprino

desnatado foi considerado de sabor amargo e rançoso pela maioria dos alunos, 34,48% e

31,03%, respectivamente; outros 20,69% julgaram o leite como ácido e apenas 13,79%

como sendo doce. Quanto ao leite de cabra integral 24,14% dos acadêmicos

qualificaram-no de sabor doce e 10,34% como sabor ácido. A maioria dos alunos

classificou o leite de cabra integral como rançoso e amargo, com percentuais de 34,48 e

31,03%, respectivamente. O leite de vaca apresentou sabor mais doce em relação ao

leite de cabra, fundamentado pelo menor conteúdo de lactose apresentado pelo leite de

cabra, que possui cerca de 0,2 a 0,5% menos lactose do que o leite de vaca. As maiores

concentrações dos ácidos capróico, caprílico e cáprico no leite de cabra, responsáveis

pelo odor e sabor característico, aliadas a falta de hábito de consumo são os principais

fatores que contribuem para a baixa aceitação sensorial do leite de cabra. O leite de

vaca, integral ou desnatado, é caracterizado como doce, enquanto o leite de cabra é

classificado como de sabor rançoso ou amargo, seja integral ou desnatado.

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Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE SUPERFÍCIES E MÃOS DE

MANIPULADORES DE LATÍCINIOS ENCAMINHADOS AO SERVIÇO DE

ROTINA DO LACOMA, UFPR

VIANA, C.1; ZIECH, R. E

1.;INAGAKI, J. M. F.

1.;RAYMUNDO, N. K.

1; WESSLING,

C. R.1;LAMPUGNANI, C.

2; PERIN, A. P.

2; SOARES, V. M.

3; MAITO, R. R. A

4,

PEREIRA, J. G.5; BARCELLOS, V. C.

5; BERSOT, L. S.

5*

1Mestrado em Ciência Animal, Área de Microbiologia Aplicada a Produção Animal,

UFPR/Palotina, PR. 2

Residência em Inspeção de Produtos de Origem Animal,

UFPR/Palotina, PR. 3

Doutorado em Medicina Veterinária, UNESP/Botucatu, SP. 4Técnica do LACOMA, UFPR/Palotina, .

5 Professor de Inspeção e Tecnologia DE

POA Universidade Federal do Paraná – UFPR/Palotina, PR *Email:

[email protected]

Procedimentos adequados de higiene e sanitização nas indústrias de alimentos, bem

como a higiene dos manipuladores, são ferramentas imprescindíveis para garantia da

qualidade e inocuidade do alimento; falhas nestes processos podem acarretar na

disseminação de micro-organismos patogênicos e deterioradores no ambiente e para os

alimentos que entram em contato com ele. Assim, no presente estudo foi realizado um

levantamento de dados analíticos oriundos de fábricas de laticínios a partir de amostras

de swabs de superfícies e manipuladores submetidos pelos programas de controle de

qualidade de laticínios à rotina do LACOMA, UFPR, Setor Palotina, entre março de

2009 e outubro de 2011. No total foram analisadas 120 amostras, sendo 60 swabs de

superfície de equipamentos e utensílios após higiene pré-operacional e 60 swabs de

mãos de manipuladores após realização de antissepsia. A partir dos swabs foi realizada

a contagem de mesófilos aeróbios viáveis segundo a metodologia oficial do MAPA.

Como não há no Brasil legislação específica para tolerância de micro-organismos em

superfícies e utensílios, adotou-se como referência padrões sugeridos pela APHA, no

qual é recomendado que a contaminaçãodeva ser inferior a 2 UFC/cm², para ser

considerada satisfatória. Seguindo-se esta recomendação 56% das amostras de

superfícies de equipamentos estiveram dentro dos padrões higiênicos recomendados. Os

resultados da avaliação microbiológica de mãos de manipuladores foram divididos em

três faixas de intervalo de aceitabilidade (em UFC/mão): até 100 (bom); entre 101 e

1.000 (regular); entre 1.001 e 10.000 (ruim). Desta forma 53% das amostras de

manipuladores foram consideradas satisfatórias, 20% regulares e 26% ruins. Pelos

resultados encontrados conclui-se que, apesar da maioria das amostras estarem dentro

dos padrões microbiológicos propostos, um percentual elevado de amostras com

contaminações consideradas insatisfatórias foram detectadas, mostrando-se a

necessidade de que os procedimentos de higiene pré-operacional sejam constantemente

monitorados e modificados, quando necessário, devendo-se considerar ainda a

importância de que treinamentos dos manipuladores sejam realizados constantemente a

fim de reduzir os perigos biológicos para níveis aceitáveis, para alcançar a segurança

microbiológica dos produtos lácteos.

20

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS TIPO

MUSSARELA PRODUZIDOS POR LATICÍNIOS DA REGIÃO OESTE DO

PARANÁ E SUBMETIDOS À ROTINA DE ANÁLISE DO LACOMA, UFPR

INAGAKI, J. M. F.1; ZIECH, R. E.

1; VIANA, C.

1; RAYMUNDO, N. K.

1;

WESSLING, C. R.1; LAMPUGNANI, C.

2; PERIN, A. P.

2; SOARES, V. M.

3; MAITO,

R. R. A4, PEREIRA, J. G.

5; BARCELLOS, V. C.

5; BERSOT, L. S.

5*

1 Mestrado em Ciência Animal, Área de Microbiologia Aplicada a Produção Animal,

UFPR/Palotina, PR. 2

Residência em Inspeção de Produtos de Origem Animal,

UFPR/Palotina, PR. 3

Doutorado em Medicina Veterinária, UNESP/Botucatu, SP. 4Técnica do LACOMA, UFPR/Palotina, .

5 Professor de Inspeção e Tecnologia DE

POA Universidade Federal do Paraná – UFPR/Palotina, PR *Email:

[email protected]

No Brasil a produção de leite e queijos vem crescendo nos últimos anos sendo a maioria

destinada ao mercado interno. Diversas regiões do país assim como o oeste do Paraná,

caracterizam-se por possuírem pequenas propriedades leiteiras e laticínios de pequeno e

médio porte. O queijo tipo mussarela é um produto de bom rendimento tecnológico e

aceitação no mercado e sua qualidade depende diretamente das características

microbiológicas e físico-químicas da matéria-prima e também das BPF aplicadas em

todas as etapas do processo de fabricação. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar

uma compilação dos resultados das análises microbiológicas de queijos tipo mussarela

realizadas no Laboratório de Controle Microbiológico de Água e Alimentos

(LACOMA) da UFPR, Setor Palotina. Foram recebidas 114 amostras de queijo

provenientes de três laticínios no período compreendido entre novembro de 2009 e abril

de 2013. Os parâmetros avaliados foram coliformes a 30oC (87 amostras), coliformes a

45oC (114 amostras), Staphylococcus coagulase positiva (46 amostras), Salmonella spp.

(112 amostras) e Listeria monocytogenes (93 amostras). Conforme os limites máximos

estabelecidos pelos RTIQ de Produtos Lácteos e Queijo tipo Mussarela (Portaria No 146

de 7 de março de 1996 e Portaria No 364 de 4 de setembro de 1997, respectivamente),

2,30% das amostras estavam acima do padrões para coliformes a 30oC e 2,63% para

coliformes a 45oC. Todos os outros parâmetros estavam dentro dos padrões

estabelecidos. Do total de amostras analisadas, 3,5% apresentaram algum resultado fora

dos limites máximos estabelecidos pelos respectivos regulamentos. Considerando a

RDC No 12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA, nenhuma amostra ficou fora dos

padrões máximos estabelecidos, ressaltando-se que esta normativa trata dos parâmetros

microbiológicos de produtos expostos à venda e com vistas à preservação da saúde do

consumidor. Estes resultados demonstram que os queijos tipo mussarela analisados

possuem, em sua maioria, qualidade microbiológica aceitável.

21

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE

AMOSTRAS DE LEITES PASTEURIZADOS SUBMETIDOS AO SERVIÇO DE

ROTINA DO LACOMA, UFPR

ZIECH, R. E.1; INAGAKI, J. M. F.

1; VIANA, C.

1; RAYMUNDO, N. K.

1; WESSLING,

C. R.1; LAMPUGNANI, C.

2; PERIN, A. P.

2; SOARES, V. M.

3; MAITO, R. R. A.

4;

PEREIRA, J. G.5; BARCELLOS, V. C.

5; BERSOT, L. S.

5*

1Mestrado em Ciência Animal - UFPR/Palotina, PR;

2Residência em Inspeção de

Produtos de Origem Animal - UFPR/Palotina, PR; 3Doutorado em Medicina

Veterinária, UNESP/Botucatu, SP; 4Técnica do LACOMA - UFPR/Palotina, PR;

5Professor de Inspeção e Tecnologia de POA - UFPR/Palotina, PR *Email:

[email protected]

O suprimento de produtos lácteos de qualidade depende da harmonia em toda cadeia

produtiva do leite, desde a propriedade rural até o consumidor final. O leite é

considerado um excelente meio de cultura e geralmente pode ser contaminado por

microrganismos mesófilos e psicrotróficos. A qualidade microbiológica do leite cru

reflete o status higiênico-sanitário da propriedade e a do leite pasteurizado pode sugerir

falhas no processo de industrialização. As análises físico-químicas também remetem à

qualidade do leite, podem dar indício de fraudes como acréscimo de água, desnate,

superaquecimento, entre outras. Este estudo refere-se à compilação de dados de

amostras de leite pasteurizado integral, submetidas à análise microbiológica e físico-

química no Laboratório de Controle Microbiológico de Água e Alimentos (LACOMA)

da UFPR, Setor Palotina. No período de janeiro 2009 a abril de 2012 foram analisadas

105 amostras oriundas de seis laticínios localizados na região oeste do Paraná e um na

região sul do Mato Grosso do Sul. Os parâmetros microbiológicos e físico-químicos das

amostras foram comparados com os padrões previstos pela legislação nacional em

vigor, de acordo com o período de realização da análise. Das 105 amostras de leite

pasteurizado recebidas e analisadas, foram verificadas contagens que ultrapassaram os

valores máximos permitidos e, portanto, consideradas em não conformidade com a

legislação em 5,7% das contagens de mesófilos (CPP), 25,7% das contagens de

coliformes a 35ºC e 10,4% das contagens de coliformes a 45ºC. Com relação às análises

físico-químicas, 11,4% apresentaram índice crioscópico fora dos padrões da legislação,

o que pode sugerir fraude por adição de água no leite. Quatro amostras tiveram acidez

superior a 18°D e somente uma amostra teve o teste de fosfatase alcalina positivo

indicando pasteurização ineficiente. Pelos resultados obtidos é possível concluir que a

qualidade dos leites avaliados apresentou não conformidade microbiológica e físico-

química em percentuais variados e que tais resultados podem estar relacionados à

higiene precária, ao mau funcionamento de equipamentos, ao abuso na estocagem em

refrigeração e fraude por adição de água. Um maior rigor no controle de qualidade na

produção primária e industrial, bem como uma ação fiscal mais rigorosa são fatores que

podem minimizar tais ocorrências constatadas.

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ANÁLISE QUALITATIVA DE RESÍDUOS AGROQUÍMICOS EM LEITE

INTEGRAL NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ ENTRE O PERÍODO DE

JANEIRO A MAIO DE 2013

HORTA, D. F.¹; NETTO, D. P.²; SOUZA, L. F. C. B.³; SOUZA, A. C. B.4; DELA

COLETA, K.4; GARCIA, L. N. H.

4; MONTEIRO, K. C.

4;OLIVEIRA, J. S.

4;

PETILLO, H. M. K. F.4;

ONO, M. Y. K.4, SALLAS, B.

4;FIUZA, E. V.

4;

¹ Residente de Toxicologia Veterinária, Universidade Estadual de Londrina (UEL),

Londrina/PR; ² Professora Dra., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Departamento de

Medicina Veterinária Preventiva (DMVP), UEL, Londrina/PR; ³ Residente de

Toxicologia Veterinária, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina/PR; 4

Graduando em Medicina Veterinária, UEL, Londrina/PR. Email:

[email protected]

O uso de praguicidas é ainda a principal estratégia no campo para o combate e a

prevenção de pragas agrícolas, garantindo alimento suficiente e de qualidade para a

população. No ano de 2010 o Brasil apresentou uma produção de 31.667.600 toneladas

de leite estando como o 5° maior produtor do mundo, este é um alimento de grande

importância, devido ao seu elevado valor nutritivo, sendo fonte de proteínas, lipídeos,

carboidratos, minerais, vitaminas e ainda matéria prima para diversos derivados como o

queijo, manteiga, iogurtes dentre outros. No entanto, os praguicidas aos quais os

animais em produção são expostos, com origem em diferentes fontes, podem ser

incorporados ao leite e também aos derivados, visto que nenhuma etapa do seu

processamento é capaz de eliminar esses resíduos, estes podem causar danos à saúde do

consumidor. Os praguicidas mais utilizados na agricultura são do grupo químico dos

organofosforados (OF) e carbamatos (CB), que possuem sua atividade inseticida devido

à inibição da enzima acetilcolinesterase. Foram coletadas entre o período de janeiro a

maio de 2013, 86 amostras de leite de diferentes laticínios oriundos da região norte do

Paraná, que foram analisadas no Laboratório de Toxicologia Veterinária da

Universidade Estadual de Londrina quanto a presença de resíduos de inseticidas. A

presença de organofosforados e carbamatos foi pesquisada pela técnica de

Cromatografia em Camada Delgada (CCD), conforme metodologia AOAC (1995). Em

cada amostra foram realizados exames para organofosforados e carbamatos, utilizando

cromatoplacas de CCD e respectivos padrões de Dimetoato e Carbaril, na concentração

de 150µg/mL. Das 86 amostras analisadas 60 (69,7%) amostras se mostraram positivas

para organofosforado outras 23 (26,7%) amostras positivas tanto para organofosforado

quanto para carbamato, e apenas 3 (3,4%) amostras não apresentaram resíduos de

praguicidas. A contaminação do leite por praguicidas indica que o manejo realizado

nesses animais pode ter sido realizado de forma incorreta desrespeitando o período de

carência na aplicação de medicamentos veterinários, e ainda o alimento e ou ambiente

possam estar contaminados, sendo necessários estudos mais detalhados para identificar

onde os animais são expostos a estes praguicidas para que sejam tomadas as medidas

necessárias para que seus resíduos não se encontrem no leite.

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CORRELAÇÃO ENTRE PH, ACIDEZ DORNIC, PORCENTAGEM DE

LACTOSE E CONTAGEM BACTERIANA TOTAL EM LEITES ESTÁVEIS E

INSTÁVEIS AO ÁLCOOL

FAGNANI, R1.; BATTAGLINI, A.P.P.

2; BELOTI, V.

3; CARRARO, P.E

4.;

BRONZOL; J.C.5

1Professor Dr., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Setor de Veterinária e Prod.

Animal (SVPA), UENP, Bandeirantes/PR; 2Doutoranda do Programa de Pós-Graduação

em Ciência Animal, UEL, Londrina/PR; 3Professora Dra., Centro de Ciências

Agrárias (CCA), Departamento de Medicina Veterinária Preventiva (DMVP), UEL,

Londrina/PR; 4Graduando em Medicina Veterinária, UENP, Bandeirantes/PR.

5

Graduanda em Medicina Veterinária, UENP, Bandeirantes/PR. *E-mail:

[email protected]

O leite instável não ácido (LINA) não apresenta acidez microbiológica e mesmo assim é

instável ao teste do álcool. Sua ocorrência pode trazer prejuízos para o produtor. O

objetivo foi relacionar o pH, a contagem bacteriana total (CBT), acidez Dornic (oD) e a

porcentagem de lactose do leite instável não ácido, comparando-o com o leite normal e

o leite ácido. As 322 amostras de leite cru provenientes de latões da região norte do

Paraná foram classificadas em três grupos: LINA, com acidez titulável de 14 a 18oD e

precipitação na prova do álcool 72o (v/v); leite normal, com acidez entre 14 e 18

oD e

sem precipitação na prova do álcool; e ácidas, quando a acidez foi superior à 18oD e

coagulação na prova do álcool. Em cada grupo, as variáveis submetidas pela correlação

de Spearman foram o pH, a contagem bacteriana total, acidez Dornic e a porcentagem

de lactose, utilizando o software STATISTICA 7.0. Para o leite normal houve uma

fraca, porém significativa correlação (p<0,05; r= -0,20) entre a CBT e a porcentagem de

lactose. Dessa forma para cada ciclo logarítmico na CBT há um decréscimo de 0,05%

na lactose. As demais variáveis do leite normal não se correlacionaram (p>0,05) entre

si. O leite ácido se comportou de maneira oposta. Todas as variáveis se correlacionaram

(p<0,05) entre si. O pH apresentou uma forte correlação negativa com os valores da

acidez Dornic (p<0,05; r= -0,54) e com a CBT (p,0,05; r= -0,42), ou seja, quanto maior

a acidez Dornic menores são os valores do pH e maiores são as contagens bacterianas.

A porcentagem de lactose ainda se correlaciona fracamente com a CBT (p<0,05; r= -

0,26), e para cada ciclo logarítmico de CBT há um decréscimo em 0,06% na lactose. No

leite classificado como LINA não houve nenhuma correlação significativa entre as

variáveis analisadas. Nesse grupo, conforme a CBT aumenta, a porcentagem de lactose

ou o pH tendem a diminuir, porém não necessariamente juntos, como no caso do leite

ácido. Os resultados mostram que as variáveis analisadas se comportam de maneira

distinta em leites LINA, normais e ácidos.

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EFEITO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FORTIFICANTE NA

DENSIDADE E CRIOSCOPIA DO LEITE

FAGNANI, R.1; BRONZOL, J. C.

2 CARRARO, P. E.

3

1 Professor Dr., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Setor de Veterinária e Prod.

Animal (SVPA), UENP, Bandeirantes/PR; 2

Graduando (a) em Medicina Veterinária,

UENP, Bandeirantes/PR; 3Graduando em Medicina Veterinária, UENP,

Bandeirantes/PR. *E-mail: [email protected]

O programa paranaense Leite das Crianças, cujo objetivo é combater a desnutrição

infantil, regulamenta a adição de vitaminas A, D e ferro no leite pasteurizado. A adição

de sólidos diminui ponto de congelamento e aumenta a densidade e, dependendo da

quantidade adicionada, as alterações podem deixar margem para a adição fraudulenta de

água. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes

concentrações de fortificante (Granolab – BIO VLM 001) na densidade e crioscopia do

leite. As concentrações analisadas foram: 0% (controle), 0,007% (recomendação do

fabricante), 0,014%, 0,056%, 0,22% e 0,44%. Cada concentração foi mensurada em

triplicata para crioscopia e densidade à 15ºC. A análise de variância mostrou que o

fortificante foi capaz de influenciar a densidade e a crioscopia (p<0,05). Quando

adicionado ao leite em concentrações maiores que 0,05%, o fortificante foi capaz de

diminuir (p<0,05) a crioscopia em 0,0024oH quando comparado ao tratamento controle.

A média da densidade diferiu (p<0,05) apenas no grupo com adição de 0,44% de

fortificante, com aumento médio de 0,0034g/cm3 em relação ao tratamento controle. Na

diluição preconizada pelo fabricante (0,007%) e até oito vezes mais concentrado

(0,056%), o fortificante não alterou (p>0,05) as médias de densidade e crioscopia do

leite. Ainda, através da função polinomial gerada pela densidade e pela crioscopia em

função da concentração de fortificante, foi possível propor uma fórmula para calcular

essas variáveis. A fórmula para crioscopia é: Cf= Ci + 0,0198CF – 0,341CF² , onde

“Cf” e “Ci” correspondem a crioscopia final e inicial respectivamente, enquanto “CF”

corresponde à concentração de fortificante adicionada. Para a densidade, a fórmula

proposta é: Df = Di – 0,001CF + 0,0201CF² , onde “Df” corresponde a densidade final e

“Di” corresponde a densidade inicial. Os resultados mostraram que a adição do

fortificante na concentração recomendada pelo fabricante não altera a densidade e a

crioscopia do leite, não deixando margem para a adição fraudulenta de água.

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AVALIAÇÃO DO TEMPO DE PRATELEIRA DE LEITES PASTEURIZADOS

RAMA JUNIOR, L. F. P.1; CONTER, J. A. N.

2; CAMPOS, A. C. L. P.

3; FAGAN,

E.P.4*

Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/FA1, Universidade Estadual do Norte do Paraná

(UENP), Bandeirantes/PR; 2Bolsista Jr. Centro Mesorregional de Excelência em

Tecnologia do Leite, UENP, Bandeirantes/PR, Bióloga Bolsista Técnico/FA, UENP,

Bandeirantes/PR, Professor Dr., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Setor de

Veterinária e Produção Animal (SVPA), UENP, Bandeirantes/PR. *E-mail:

[email protected]

A produção de leite tem aumentado tanto no mercado nacional quanto no mundial, e

este pasteurizado, para ser considerado apto para o consumo e de boa qualidade deve

apresentar características sensoriais normais e estar de acordo com a Instrução

Normativa 62 de 29 de dezembro de 2011. Por ser um leite com baixo tempo de

prateleira, o presente trabalho avaliou a qualidade microbiológica e físico-química de

diferentes tipos de leites pasteurizados comercializados na cidade de Bandeirantes, no

Estado do Paraná. Foi avaliado o leite pasteurizado integral “A” e o leite pasteurizado

homogeneizado ”B” em triplicata no período de março a maio de 2013. Foram coletadas

12 amostras de cada tipo e as análises feitas durante nove dias, onde o tempo de

prateleira era avaliado de três em três dias. Foi realizada contagem padrão em placas e

análise de coliformes a 35 e 45°C e as físico-químicas: gordura e acidez Dornic. Para as

amostras de leite pasteurizado integral “A” obtivemos um aumento significativo de

100% na contagem padrão em placas, onde o leite analisado no dia da pasteurização

apresentou 4700 UFC/mL e no último 9400 UFC/mL. Para o leite homogeneizado “B”,

a contagem padrão em placas, teve um aumento significativo de 480%, passando de

40.000 UFC/mL no dia da pasteurização para 192.000 UFC/mL no último dia,

tornando-se impróprio para consumo de acordo com a legislação. Na análise de

coliformes, a quantidade de 0,33 NMP/mL se estendeu durante todo o período de

análises, tanto para o leite “A” quando para o “B”. Nas provas físico-químicas também

verificou-se um aumento na acidez para ambos os leites. O leite pasteurizado integral

“A” apresentou aumento de 14° para 16° Dornic, enquanto o leite pasteurizado

homogeneizado “B” deixou de ser 16° para alcançar os 18° Dornic no último dia de

prateleira. A gordura teve uma queda esperada tanto no leite “A” quanto no leite “B”, já

que pela ação lipolítica de microrganismos psicrotróficos, o teor de gordura do leite “A”

passou de 4,5 para 4,0. Já o leite “B” decresceu de 3,5 para 3,2. Conclui-se então que o

tempo de prateleira altera tanto as qualidade microbiológicas quanto as físico-química,

assim é de extrema importância armazenar adequadamente e consumi-lo rapidamente.

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INFLUÊNCIA DA CULTURA LÁTICA NA ACIDEZ DO SORO DO LEITE

CONTER, J. A. N.1; RAMA JUNIOR, L. F. P.

2; CAMPOS, A. C. L. P.

3; FAGAN,

E.P.4*

Bolsista Jr. Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite1, UENP,

Bandeirantes/PR, Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/FA2, Universidade Estadual do

Norte do Paraná (UENP), Bandeirantes/PR; Bióloga Bolsista Técnico/FA3, UENP,

Bandeirantes/PR, Professor Dr.4, Centro de Ciências Agrárias (CCA), Setor de

Veterinária e Produção Animal (SVPA), UENP, Bandeirantes/PR. *E-mail:

[email protected]

O soro de leite é obtido a partir da coagulação do leite destinado a fabricação de queijos.

Pode ser apresentado na forma líquida, concentrada ou em pó. O soro de leite para ser

beneficiado deve ser mantido em temperatura menor ou igual a 5°C para que não haja

alteração significativa no pH e na acidez titulável. Dessa forma, o presente trabalho teve

por objetivo produzir queijos com diferentes culturas starters e monitorar a acidez

titulável dos soros ao longo de 48h, de hora em hora, e os mesmos mantidos a

temperatura de 5 e 25ºC. Foram feitas análises em soros produzidos a partir de três tipos

de queijos: Minas frescal (sem adição de cultura), queijo prato (Lactococcus lactis lactis

e Lactococcus lactis cremoris) e queijo muçarela (Streptococcus thermophilus,

Lactobacillus delbrueckii ssp. Bulgaricus e Lactobacillus helveticus). Durante a

fabricação do queijo Minas frescal (sem adição de cultura), durante as 48h, o soro

mantido a 5°C variou entre 9 e 10° Dornic, porém o mesmo soro mantido a 25°C

apresentou uma elevação gradativa até alcançar 33° Dornic ao final de 48h. Na

fabricação do queijo prato a cultura influenciou significativamente na acidez, quando o

soro foi conservado a 25ºC, e, ao final do monitoramento esteve com 52° Dornic,

enquanto que o soro refrigerado atingiu 10º Dornic. O soro do queijo muçarela

refrigerado atingiu 13° Dornic e o mesmo, mantido a 25°C, manteve-se durante as

quatro últimas horas, 43° Dornic. Portanto, a cultura starter adicionada para a produção

de queijos interfere diretamente na acidificação do soro e, por isso, a importância de

mantê-lo refrigerado adequadamente (5ºC) na indústria, e não em temperatura superior,

para que o mesmo chegue até a usina de beneficiamento nas condições descritas em

legislação.

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ANÁLISE DA QUALIDADE DO LEITE NA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS

E A IDENTIFICAÇÃO DAS POSSÍVEIS CAUSAS QUE DESENCADEIAM A

SÍNDROME DO LEITE ANORMAL

GADENS,A.1;RODIS, I. C.

1; JUDACEWSKI,P.;

2 TEDRUS,G.A.S

3

1Bolsista do Programa de Extensão BEC/Fundação Araucária, Universidade Estadual de

Ponta Grossa (UEPG)/PR; 2 Bolsista do Centro Mesorregional de Excelência em

Tecnologia do Leite- UEPG; 3 Coordenador do Centro Mesorregional de Excelência em

Tecnologia do Leite- UEPG. E-mail: [email protected]

O leite é considerado um alimento completo, e por isso, fundamental para a nutrição

humana. Muitos estudos estão sendo desenvolvidos na busca por melhorias na

qualidade deste produto. Na composição do leite existem muitos nutrientes que mudam

sua concentração de acordo com fatores intrínsecos e extrínsecos do animal que o

produz. Estes fatores que interferem na composição destes nutrientes estão relacionados

com a genética, exigências nutricionais, idade, estágio de lactação, número de lactações,

fatores ambientais, e também pela sanidade do animal. Isso está relacionado com a

ocorrência do leite instável, conhecido como SILA (Síndrome do Leite Anormal). Desta

forma, este trabalho teve por objetivo a identificação das possíveis causas que

desencadeiam esta síndrome. As amostras analisadas foram coletadas da Fazenda

Escola – UEPG e de pequenos produtores dos municípios de Teixeira Soares e

Fernandes Pinheiro, análises para verificação da qualidade do leite e da ocorrência da

SILA nas amostras. Foram realizadas análises de pH, acidez titulável, teste do alizarol,

teste do álcool e teste da fervura em diferentes dias de coleta. Para a verificação da

ocorrência da SILA o pH deve ser maior que 6,75, a acidez titulável menor que 13°D e

o teste do álcool ser positivo (instável). Foi verificado que nas amostras coletadas na

Fazenda Escola, mesmo não apresentando resultados de acidez abaixo de 13ºD,

resultados de pH, na maioria acima de 6,75 e instabilidade ao teste de álcool. No

município de Teixeira Soares o resultado também foi compatível com SILA, uma vez

que a maioria das amostras foi instável aos testes e acidez e pH fora do estabelecido.

Em Fernandes Pinheiro, os resultados obtidos foram normais, indicando a não

ocorrência da síndrome. Sendo assim, concluímos que a SILA é de fundamental

importância para o produtor e para a indústria. Uma vez identificadas às principais

alterações nos componentes do leite, pode-se então avaliar as prováveis causas, e assim,

estabelecer critérios para que o leite de boa qualidade não seja rejeitado pelo laticínio,

causando prejuízos do produtor até o consumidor final.

Suporte Financeiro: Fundação Araucária e FINEP (concessão das bolsas de extensão

BEC/UEPG e da bolsa CMETL -UEPG).

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ESTUDO DA QUALIDADE DO LEITE E DA ÁGUA DE PEQUENOS PRODUTORES

DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA SOARES

JUDACEWSKI P.1; KARNOPP A.R.1; TROJAN G.G.1;TULLIO F.G.;1 GLINSKI C.2; KOLODA S.2 GADENS,A.2;RODIS, I. C.2; TEDRUS G.A.S.3

1Bolsista do Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite – UEPG; 2Bolsista do Programa de Extensão BEC/Fundação Araucária, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)/PR; 3Coordenador do Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite- UEPG. *E-mail: [email protected] Produzir leite de qualidade é um tema de grande importância para os produtores de Teixeira Soares, principalmente no que diz respeito aos limites exigidos pelo Ministério da Agricultura. Quando se trata de pequenos produtores, encontra-se uma maior dificuldade para enquadrar os valores estabelecidos pela IN n° 62/2011, pois eles apresentam menor infraestrutura e pouca disponibilidade de recursos para investimentos. O presente trabalho trata-se de um comparativo na qualidade do leite durante assistência do Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite – centro oriental (CMETL) e avaliação da água utilizada nessas propriedades. Nos anos de 2009, 2010, 2012 e 2013 foram coletadas, em cada propriedade, amostras de leite que foram submetidas a análises de Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Em 2009 e 2013 foram coletadas também amostras de água. Todas as amostras foram enviadas para a Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. A menor CCS foi observada no ano de 2012 (674.000 cél/mL leite). A CCS é influenciada por vários fatores, mas especialmente pela presença de infecções intramamárias. Já a CBT está relacionada principalmente com fatores externos, como as condições gerais de manejo e higiene na ordenha além da temperatura e o tempo de armazenagem do leite. Os menores resultados encontrados foram nos anos de 2009 e 2013, 323.000 UFC/mL de leite e 358.000 UFC/mL de leite, respectivamente. Na maioria das propriedades a água não se apresentou própria para o consumo. Deve-se ficar atento com a qualidade da água, pois a mesma pode acabar servindo de veículo para agentes biológicos e químicos. Com o intuito de melhorar a qualidade do leite produzido, são realizadas, frequentemente, visitas técnicas para orientar os produtores quanto à importância do manejo de ordenha adequado, utilização de soluções pré e pós-dipping, higienização dos equipamentos de ordenha. Com relação à utilização da água, todos os produtores receberam orientação sobre a cloração antes do consumo. Conclui-se que esses produtores ainda apresentam resultados insatisfatórios na qualidade do leite, estando muito acima dos limites estabelecidos pela IN nº62/2011. Somente três produtores possuem água dentro dos padrões da Portaria nº 518/2004. Suporte Financeiro: Fundação Araucária e FINEP (concessão das bolsas de extensão BEC/UEPG e da bolsa CMETL -UEPG).

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FRACIONAMENTO DE COMPOSTOS NITROGENADOS NO RESÍDUO

ÚMIDO DE CERVEJARIA ENSILADO POR DIFERENTES PERÍODOS1

ECKSTEIN, E. I.2*

; ZAMBOM, M. A.3; SILVEIRA, G. C.

2; DAMASCENO, D. O.

2;

SOUZA, L. C.4; CASTAGNARA, D. D.

5; FERNANDES, T.

6

1Parte da proposta ICV do primeiro autor;

2Graduanda do curso de Zootecnia–

UNIOESTE, Paraná, Brasil; 3Prof. do curso de Zootecnia-UNIOESTE, Paraná, Brasil;

4Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – UEM, Paraná, Brasil;

5Pós-Doutoranda, PNPD-UNIOESTE, Paraná, Brasil;

6Mestranda do Programa de Pós-

Graduação em Zootecnia-UNIOESTE, Paraná, Brasil. *E-mail:

[email protected]

O resíduo úmido de cervejaria é um subproduto e pode ser utilizado na alimentação de

bovinos leiteiros por ser oriundo da cevada, tendo alto teor proteico, porém, rico em

detergente neutro (FDN). Devido à sua composição, pode ser usado para substituir parte

do concentrado ou volumoso da dieta de ruminantes. A fim de estabelecer meios para

garantir uma melhor conservação e utilização, objetivou-se estimar as frações proteicas

do resíduo úmido de cervejaria in natura e ensilado. O ensaio foi conduzido nas

dependências do Laboratório de Zootecnia pertencente à Universidade Estadual do

Oeste do Paraná. O resíduo úmido de cervejaria (RUC) foi obtido em indústria

cervejeira localizada no município de Toledo – PR e ensilado em silos experimentais

confeccionados com canos de PVC com 500 mm de altura e 100 mm de diâmetro,

dotados de tampas com válvulas do tipo Bunsen para o livre escape dos gases. O

fracionamento de compostos nitrogenados foi estudado nas silagens de RUC obtidas

com os sete tempos de abertura dos silos: 30; 60; 90; 120; 150; 180 e 210 dias após a

ensilagem, de acordo com metodologia descrita por Sniffenet al., (1992). Para análise

dos dados adotou-se o delineamento inteiramente ao acaso com sete tratamentos

(períodos de ensilagem) e quatro repetições. Houve significância dos períodos de

ensilagem sobre as frações A, B1, B3 e C da silagem de resíduo úmido de cervejaria.

Para a fração A, que é a fração solúvel, foi observada regressão linearpositiva (Ŷ=

32,562 + 0,076x; R² = 0,87), a fração B1 apresentou redução linear em resposta ao

aumento nos dias do período de ensilagem (Ŷ = 4,075 – 0,0135x; R² = 0,64), essa fração

corresponde aos compostos nitrogenados de rápida fermentação ruminal. A fração B2,

que possui degradação intermediária no rúmem, não foi alterada significativamente (Ŷ

= 20,85). Representando a fração de lenta degradação ruminal, a fração B3 apresentou

resposta quadrática (Ŷ = 10,68 – 0,19x + 0,0011x²; R² = 0,89). A fração C, nitrogênio

indigestível, apresentou redução linear (Ŷ = 44,396 – 0,151x; R² = 0,83). A ensilagem

do resíduo úmido de cervejaria até os 210 dias ocasiona aumento do nitrogênio não

protéico e redução nos peptídeos e oligopeptídeos e no nitrogênio indigestível, sem

alterar o conteúdo de proteína verdadeira nas silagens obtidas, demonstrando eficiência

da ensilagem na conservação deste resíduo.

Agradecimentos: Indústria cervejeira, Colônia, pela doação do resíduo úmido de

cervejaria.

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TESTE TRIANGULAR DO LEITE DE VACA E LEITE DE CABRA INTEGRAL

E DESNATADO

HERMES, P. R.¹*; COSTA, P. B.²; CAVILHÃO, C.¹; KARVATTE JUNIOR, N.¹;

TAFFAREL, L. E.³; LIBARDI, K. D. C.³

¹Mestrando do Programa de Pós-Graduação, Universidade estadual do Oeste do Paraná

(Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR. ²Professor adjunto, Centro de Ciências

Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Doutorando do programa de Pós-

Graduação em Agronomia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; *E-mail:

*[email protected]

O método de análise sensorial pelo teste triangular é utilizado para avaliar diferenças

sensoriais entre dois ou mais produtos, baseado na diferença percebida após o consumo

dos mesmos. O objetivo do trabalho foi comparar as características organolépticas do

leite de vaca e do leite de cabra pelo teste triangular. Foram realizadas duas análises

sensoriais através de testes triangulares de diferenciação, uma utilizando leite integral e

outra, leite desnatado. Em ambos os testes, três amostras de leite, duas de leite de vaca e

uma de leite de cabra, foram oferecidos a acadêmicos do curso de Zootecnia, da

Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Após o consumo das amostras os alunos

apontaram qual das três amostras foi a diferente. O mesmo procedimento foi realizado

para o leite integral e o desnatado. Entre as amostras os alunos foram orientados a tomar

água, a fim de limpar as papilas gustativas e evitar contaminação. Tanto para o leite

integral, quanto para o leite desnatado, 81,25% dos acadêmicos identificaram qual foi o

leite diferente. O leite de cabra é caracterizado por odor e sabor peculiar. Alguns dos

fatores que podem influenciar o sabor característico do leite de cabra são a maior

concentração de ácidos graxos livres e de cadeia curta e os compostos voláteis como o

ácido 4-etiloctanóico. O leite caprino apresenta quantidades mais altas de ácidos

cáprico, caprílico, capróico e láurico (5,0 %) do que o leite de vaca. Estes ácidos graxos,

assim como os supracitados, estão associados com as características de flavor do leite

caprino e seus derivados. Cabe salientar, que o perfil de ácidos graxos é um fator

intrínseco responsável pelo flavor característico do leite caprino. A presença de machos

próximos às cabras ordenhadas constitui um fator externo responsável por odores

desagradáveis e defeitos de sabor no leite caprino. O mau cheiro, denominado hírcino, é

transmitido pelo bode quando está perto das cabras em lactação, impregnando-as, além

de transmiti-lo diretamente ao leite. Tal odor é proveniente da secreção de pequenas

glândulas sebáceas localizadas na base dos chifres e o componente principal é o 6-trans-

noneal. Somado a esses fatores cita-se ainda, que a falta de hábito deingestão do leite

caprino torna o paladar do consumidor ainda mais particular e a diferença é facilmente

identificada por assíduos consumidores de leite bovino.

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

VARIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE EM FUNÇÃO DO VOLUME DE

PRODUÇÃO EM PROPRIEDADES DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PR

TAFFAREL, L. E.¹*; COSTA, P. B.²; TSUTSUMI, C.Y.²; HERMES, P. R.³;

CAVILHÃO, C.³; LIBARDI, K. D. C.³

¹Doutorando do programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade estadual do

Oeste do Paraná (Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR; ²Professor adjunto, Centro

de Ciências Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Mestrando do

Programa de Pós-Graduação, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. **E-mail:

[email protected]

A qualidade do leite tem influencia direta sobre a remuneração do produtor, dessa

forma, objetivou-se verificar o efeito de três volumes de leite sobre a qualidade do leite

de propriedades de Marechal Cândido Rondon-PR. A pesquisa foi realizada no Centro

Mesorregional de Excelência e Tecnologia do Leite–Oeste em parceria com uma

indústria láctea da região Oeste do Paraná, que cedeu os dados mensais de volume de

produção, percentual médio de gordura, contagem de células somáticas (CCS),

contagem bacteriana total (CBT) e tipos de resfriadores e de sistemas de ordenhas. Os

dados de outubro de 2009 a setembro de 2010, oriundos de 602 produtores da

microrregião de Marechal Cândido Rondon-PR, foram classificados pelo volume

mensal comprado de cada produtor (até 4.500 litros, entre 4.501-15.000 litros e mais

que 15.000 litros). O percentual de gordura foi maior nos rebanhos com até 4.500 litros

mensais. Sabe-se que há uma correlação negativa entre produção de leite por vaca e teor

de gordura no leite. Assim como a gordura do leite, o valor de CBT também foi superior

nos produtores com volume até 4.500 litros mensais. A grande proporção de produtores

desse extrato, que utilizam resfriador tipo imersão e ordenhadeira tipo balde ao pé,

auxilia a explicar níveis maiores de CBT. Tipicamente leite estocado em resfriadores a

granel possuem menor CBT em relação ao leite conservado em resfriador tipo imersão

ou freezer; da mesma forma, leite oriundo de sistemas de ordenha canalizados possuem

menor CBT em relação ao leite ordenhado de forma manual ou balde ao pé. O maior

(p<0,01) índice de células somáticas (935.340 cel./mL) foi alcançado pelos produtores

com produção entre 4.501 a 15.000 litros mensais em relação às faixas de menor e

maior volume mensal. O leite oriundo de produtores com volumes superiores a quinze

mil litros mensais possui menor teor de gordura, contagem bacteriana total e contagem

de células somáticas.

32

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

A UTILIZAÇÃO DE TANQUES COMUNITÁRIOS POR PEQUENOS

PRODUTORES DE LEITE

ABADE, CRISTIANE C.1*

1

Médica Veterinária, Mestre em Ciência Animal pela Universidade Estadual de

Londrina. *E-mail: [email protected]

Nas últimas décadas a pecuária leiteira vem sendo marcada por um intenso processo de

modernização, sendo o resfriamento e a granelização do leite tendências irreversíveis na

produção . No entanto, ocorre a inviabilização da introdução de pequenos produtores

nesse processo, uma vez que do ponto de vista financeiro uma produção de menos de 50

litros de leite/d não apresenta escala suficiente para remunerar a aquisição de tanques de

resfriamento. Como forma de manter tais produtores na atividade e evitar o êxodo rural,

além de coibir o comércio ilegal do leite o Ministério de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento admitiu a utilização de tanques comunitários através da IN 21/2002, que

regulamenta a qualidade do leite cru. A utilização de tais tanques que tem por objetivo a

redução do custo e consequentemente o aumento do preço pago pelo leite através do

aumento de escala de produção, tornou-se desde então uma prática comum no meio

rural. Segundo Rosolen (2006) 35,9% dos produtores do estado de São Paulo entregam

leite para estabelecimentos de inspeção federal utilizam tanques coletivos de

resfriamento. Uma pesquisa semelhante no estado do Goiás constatou uma freqüência

de 60,2% para a utilização de tanques comunitários (GOMES, 2009). Já no estado de

Minas Gerais, um estudo realizado na Zona da Mata, identificou que 62% dos

produtores de leite resfriavam o leite em tais tanques (ZOCCAL, 2004). Esses trabalhos

evidenciam a importância do resfriamento coletivo de leite no país. Porém Gomes

(2006) ressalta que pequenos produtores podem enfrentar dificuldades na manutenção

da qualidade do leite frente à utilização de tanques comunitários. O acúmulo de falhas

individuais no manejo de ordenha e a dificuldade de manutenção da temperatura no

tanque, devido ao recebimento do leite de diversos produtores em horários diferentes

elevando a temperatura do produto armazenado, podem propiciar a multiplicação de

microorganismos contaminantes no leite, afetando assim sua qualidade (EMBRAPA,

2004; BUENO et al., 2004). No entanto diversos autores afirmam que é possível

produzir leite de qualidade dentro dos padrões utilizando-se tanques comunitários desde

que as normas de boas práticas de produção sejam obedecidas (BRITO; DINIZ, 2005;

BRITO et al., 2003; SOUZA et al., 2009).

33

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DAS PROPRIEDADES LEITEIRAS DE

MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PR

TAFFAREL, L. E.¹*; COSTA, P. B.²; TSUTSUMI, C.Y.²; HERMES, P. R.³;

CAVILHÃO, C.³; KIPPER, M. R.4

¹Doutorando do programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade estadual do

Oeste do Paraná (Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR; ²Professor adjunto, Centro

de Ciências Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Mestrando do

Programa de Pós-Graduação, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. 4Graduação em

Zootecnia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. *E-mail:

[email protected]

Considerando a importância da pecuária leiteira para as diversas regiões do Brasil,

objetivou-se caracterizar o município de Marechal Cândido Rondon quanto ao volume

de leite produzido e os tipos de ordenhadeira e de resfriamento utilizados. A pesquisa

foi realizada no Centro Mesorregional de Excelência e Tecnologia do Leite–Oeste em

parceria com uma indústria láctea da região Oeste do Paraná, que cedeu os dados do

período de outubro de 2009 a setembro de 2010, oriundos de 602 produtores da

microrregião de Marechal Cândido Rondon-PR. Tais dados foram classificados pelo

volume mensal de cada produtor (até 4500 litros, entre 4501-15.000 litros e mais que

15.000 litros), sistemas de ordenha (manual, balde ao pé, canalizado e com transferidor)

e tipos de resfriadores (imersão, granel e freezer) utilizados em cada uma das

propriedades. Contatou-se que 67,25% dos produtores produziram até 4.500 litros por

mês. Desses, a maioria (55,55%) resfriaram o leite com resfriador do tipo imersão,

36,96% possuíam resfriador a granel e 7,49% resfriaram o leite com freezer, embora

este equipamento não esteja previsto na legislação. Nesse grupo ainda averiguou-se que

a maioria possuía ordenhadeira do tipo balde ao pé (89,56%), 5,69% do tipo canalizada,

4,12% realizaram a ordenha de forma manual e os outros 0,63% mecânica com

transferidor. A faixa de produção entre 4.501 a 15.000 litros mensais representou

26,33% dos produtores, dos quais 21,65% resfriaram o leite com resfriadores do tipo

imersão e outros 78,35% resfriaram o leite com resfriadores do tipo granel. Ainda nessa

estratificação verificou-se que a maioria utiliza ordenhadeira do tipo balde ao pé

(56,87%), seguido pela ordenhadeira canalizada (31,91%) e 11,22% com transferidor.

Nos produtores com faixa de produção superior a 15.000 litros mensais, a distribuição

percentual sobre o tipo de resfriador utilizado foi semelhante à faixa anterior, onde

21,49% utilizam resfriador do tipo imersão e 78,51% utilizam do tipo granel. Com

relação a ordenhadeira a maioria dos produtores utilizam do tipo canalizada (63,60%),

27,19% utilizaram ordenhadeira do tipo balde ao pé e outros 9,21% com transferidor. A

região Oeste do Paraná é formada em sua maioria por produtores com produção mensal

inferior a 4.501 litros por mês, entretanto apresentam-se tecnificados, com a utilização

de ordenhadeira balde ao pé e resfriadores tipo imersão.

34

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS DO LEITE BOVINO E

CAPRINO

HERMES, P. R.¹*; COSTA, P. B.²; CAVILHÃO, C.¹; KARVATTE JUNIOR, N.¹;

TAFFAREL, L. E.³; PAULUS, C. E.4

¹Mestrando do Programa de Pós-Graduação, Universidade estadual do Oeste do Paraná

(Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR. ²Professor adjunto, Centro de Ciências

Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Doutorando do programa de Pós-

Graduação em Agronomia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; 4Graduação em

Zootecnia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. *E-mail:

[email protected]

Diferenças entre os perfis de ácidos graxos do leite bovino e caprino são os principais

fatores responsáveis pelas características sensoriais apresentadas pelos dois tipos de

leite, sobretudo no que diz respeito ao odor e sabor. A fim de avaliar os atributos

sensoriais do leite de vaca e de cabra, foi realizada a análise sensorial dos leites

desnatados das espécies bovina e caprina, fornecidos a alunos matriculados no Curso de

Zootecnia, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Para tanto, foi utilizada uma

escala hedônica estruturada de nove pontos, ancorados em 1 equivalente a baixa

aceitação e 9 a alta aceitação, que foi utilizada para atribuir valores aos atributos de

odor, cor, sabor e aspecto geral. Entre as amostras os alunos foram orientados a tomar

água, a fim de limpar as papilas gustativas e evitar contaminação entre as amostras. Os

dados foram submetidos à análise estatística com aplicação do teste Tukey para

comparação de médias, pelo programa estatístico SISVAR (2003). Não houve diferença

significativa (P<0,05) para o atributo de cor entre os tipos de leite, com média de 5,96.

Para as demais características, o leite caprino apresentou menores médias em relação ao

leite bovino, com valores de 4,69; 3,62 e 4,97, para os atributos de odor, sabor e aspecto

geral. O leite de vaca apresentou para as mesmas características de odor, sabor e aspecto

geral, médias de 6,25; 6,67 e 6,55, respectivamente. O leite desnatado deve conter no

máximo 0,5% de gordura, dessa forma, esperava-se que o menor teor de gordura

contido em ambas as amostras pudessem atenuar as diferenças entre os dois tipos de

leite, entretanto, como observado, isso não ocorreu inferindo-se que outros fatores

podem estar relacionados ao odor e sabor característicos apresentado pelo leite caprino.

Ao ser ordenhado, o leite de cabra apresenta sabor agradável, levemente adocicado e

com pouco aroma, dessa forma, o aparecimento de sabores e odores indesejáveis no

leite de cabra e seus derivados pode ser resultado da presença de machos próximo às

fêmeas que serão ordenhadas, resfriamento inadequado, mastite, contaminação por

produtos utilizados na limpeza, entre outros fatores. Desta forma, conclui-se que o odor

e sabor peculiar do leite caprino não advêm apenas da gordura, inferindo-se que outras

causas estejam envolvidas.

35

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

PROJETO AMIGA – AÇÕES EXTENSIONISTAS NO MEIO RURAL

ZAMBÃO, J. A. P.1; RODRIGUES, B. A.

1 ; BECEGATTO, D. B.

1; CARRILHO, D. P.

S.1; FADELLI, E. A.

1 ; DE SOUZA, F. A.

1 ; PIRES, P. C. D.

1 ; FAEIRSTEIN, R. O.

1;

SAMPAIO, A. J. S. A.2 GOMES, R. G.

3

1 Graduando em Medicina Veterinária, UEL, Londrina/PR;

2 Professor Dr., Centro de

Ciências Agrárias (CCA), Departamento de Clinicas Veterinárias (DCV), UEL,

Londrina/PR; 3 Professora Msc., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Departamento de

Clinica Veterinária (DCV), UEL, Londrina/PR; *Email: [email protected]

A região onde se encontram inseridos o município de Londrina e a UEL, possui um

perfil agropecuário, com várias pequenas propriedades rurais em cultura de exploração

de subsistência. São sitiantes e chacareiros que criam animais pecuários, sobretudo

bovinos e sobrevivem da comercialização informal de leite e derivados, a maioria sem

condições para custeio de assistência técnica de médico veterinário. Este cenário é ideal

as atividades do Projeto A.M.I.G.A – Ações Extensionistas no Meio Rural, que em

2013 completa 17 anos e atua de forma integrada com o Projeto de Implantação de

centros mesorregionais de excelência em tecnologia do leite, no apoio e incentivo do

pequeno produtor leiteiro. O projeto vem também propiciando atuações práticas aos

acadêmicos de Medicina Veterinária, com atendimento clínico sob supervisão direta dos

docentes. O atendimento é gratuito e os medicamentos utilizados provem de doações à

Universidade. O objetivo da atividade é conscientizar os pequenos produtores rurais

para que possam usufruir da assistência técnica de maneira mais próxima possível,

elevando índices de produtividade de suas criações e minimizando suas perdas, através

da orientação higiênico-sanitária e de manejo criatório de seus animais. As visitas

constituem-se num apoio logístico real e fundamental aos pequenos produtores,

incentivando o princípio da sustentabilidade, promovendo-se diretamente o fomento à

pecuária leiteira do pequeno produtor, colaborando para uma maior fixação do homem

no campo e contribuindo para a diminuição do êxodo rural. Entre abril de 2012 a março

de 2013, foram realizadas 33 visitas técnicas operacionais. Na área de Medicina

Veterinária Preventiva foram realizados exames para diagnóstico de brucelose e

tuberculose. Na área de clínicas foram desenvolvidos 314 procedimentos, incluindo-se

entre outros, diagnósticos e tratamentos de mastite (n=11), diagnósticos de gestação

(n=24), vermifugações e vacinações (n=88), procedimentos cirúrgicos como descorna

(n=13). A experiência demonstrou a necessidade de assistência técnica contínua ao

pequeno produtor, para que haja uma melhoria da sanidade animal cumprindo os

objetivos do projeto. Para os alunos participantes é proporcionado a prática veterinária e

uma vivência acadêmica enriquecedora, que contribui para a formação de profissionais

mais conscientes exercendo ações reais de cidadania rural.

36

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

RESÍDUOS DE ANTIBIÓTICOS EM LEITES COMERCIALIZADOS EM

DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS

RIBEIRO, D. L.1

; WUERGES, K. L.2.

1

Tecnóloga em Alimentos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),

Medianeira/PR. 2

Mestranda em Ciência de Alimentos, Universidade Estadual de

Londrina (UEL), Londrina/PR. *Email: [email protected]

Associado à grande produção e produtividade do leite no Brasil, deve estar presente a

preocupação com a qualidade do leite já que a garantia da sua qualidade é questão de

saúde publica. Se a mastite é um problema, o seu controle através do uso de antibióticos

impõe outro desafio para a manutenção da qualidade do leite: o resíduo de antibióticos

no produto. Alguns dos motivos da presença desses resíduos no leite é consequência da

utilização indiscriminada de medicamentos na prática veterinária, não cumprimento do

período de carência dessas substâncias, higienização inadequada de equipamentos e

utensílios da indústria ou adição fraudulenta para minimizar a deficiência da qualidade

higiênica do leite. O objetivo do trabalho é abordar a problemática da presença de

resíduos de antibióticos no leite cru e pasteurizado comercializados em diferentes

regiões do Brasil através de uma revisão bibliográfica. Os estudos relataram que todas

as regiões analisadas, apresentaram resultado positivo em relação à presença de resíduos

de antibióticos, que segundo o RIISPOA não é permitido. Em pesquisa realizada no

estado do Paraná utilizando-se 79 amostras de leite pasteurizado, de diferentes marcas,

15,2% apresentaram contaminação por resíduos de antibióticos, o leite analisado

constitui um risco para a saúde do consumidor, visto que esses resíduos permanecerão

nesta matriz alimentar e em seus derivados. A quantificação desses resíduos se torna

importante para o monitoramento do nível de contaminação na alimentação, definindo,

assim, o risco de exposição aos consumidores. Em estudo detectando a presença de

resíduos de antibióticos em 210 amostras de leite cru, coletadas em quatro regiões

produtoras de leite no Brasil, detectaram a presença desses resíduos em vinte e quatro

(11,43%) amostras. Vale ressaltar a necessidade de implementação de um programa de

monitoramento, de controle eficiente de resíduos de antibióticos no leite. Constatou-se

que as questões que envolvem a melhoria da qualidade do leite ao nível de produção são

complexas e requerem o esforço conjunto de todos os setores relacionados, como

serviços de inspeção, vigilância sanitária e campanhas periódicas de esclarecimentos

visando principalmente os produtores.

37

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

INFLUÊNCIA DO TIPO DE ORDENHA E RESFRIAMENTO SOBRE A

QUALIDADE DO LEITE

TAFFAREL, L. E.¹*; COSTA, P. B.²; TSUTSUMI, C.Y.²; CAVILHÃO, C.³; HERMES,

P. R.³; COSTA, A. T. B.4

¹Doutorando do programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade estadual do

Oeste do Paraná (Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR; ²Professor adjunto, Centro

de Ciências Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Mestrando do

Programa de Pós-Graduação, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; 4Graduação em

Zootecnia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. *Email:

[email protected]

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito dos tipos de resfriadores e sistemas de

ordenha sobre a contagem de células somáticas (CCS) e a contagem bacteriana total

(CBT). A pesquisa foi realizada pelo Centro Mesorregional de Excelência e Tecnologia

do Leite–Oeste em parceria com uma indústria láctea da região Oeste do Paraná, que

cedeu os dados sobre os tipos de resfriadores e ordenhadeiras utilizados em 602

propriedades da microrregião de Marechal Cândido Rondon, além dos dados mensais de

CCS e de CBT, referentes ao período de outubro de 2009 a setembro de 2010. As

informações foram classificadas pelos sistemas de ordenha (manual, balde ao pé,

canalizado e com transferidor) e tipos de resfriadores (imersão, granel e freezer)

utilizados por cada produtor. O leite resfriado em freezer e imersão apresenta maior

CBT, em relação aquele resfriado a granel. Isso ocorreu, possivelmente, devido à

incapacidade de resfriamento a 4ºC após duas horas da ordenha. A CBT oriunda da

ordenhadeira manual e balde ao pé foi maior que aquela oriunda da ordenha canalizada

e da ordenha com transferidor. Apesar de fatores ambientais contribuírem para alta

CBT, acredita-se que maior causa seja a baixa utilização de práticas adequadas de

higienização, principalmente quanto a lavagem dos utensílios de ordenha, latões, baldes

e teteiras. O valor de CCS não foi influenciado pelos tipos de resfriadores e sistemas de

ordenha. A alta CCS é mais frequentemente relatada como indicativo de maior

prevalência de mastite, riscos de contaminação de leite por antibióticos e probabilidade

de ocorrência de bactérias patogênicas. Entretanto, o adequado funcionamento da

ordenhadeira pode interferir sobre a incidência de casos de mastite. Diferenças de

pressão e no número de pulsações do sistema de ordenha podem estar relacionadas a

infecções na glândula mamária e consequentemente, ao aumento da CCS. Desta forma

conclui-se que os valores de contagem bacteriana total são menores no leite oriundo de

resfriamento a granel, assim como no obtido pelo sistema de ordenha canalizada e com

uso de transferidor e que a CCS não é influenciada pelos sistemas de ordenha ou de

resfriamento do leite.

38

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS DO LEITE DE CABRA E LEITE

DE VACA

CAVILHÃO, C.¹*; COSTA, P. B.²; HERMES, P. R.¹; KARVATTE JUNIOR, N.¹;

TAFFAREL, L. E.³; EBERT, R. E.4

¹Mestrando do Programa de Pós-Graduação, Universidade estadual do Oeste do Paraná

(Unioeste), Marechal Cândido Rondon, PR. ²Professor adjunto, Centro de Ciências

Agrárias, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; ³Doutorando do programa de Pós-

Graduação em Agronomia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR; 4Graduação em

Zootecnia, Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR. *Email:

[email protected]

Na pecuária, a vaca assume papel de destaque na produção leiteira, gozando de

universalidade indiscutível, entretanto, o leite de cabra tem sido bastante utilizado como

alternativa para alimentação de crianças e adultos sensíveis ou alérgicos ao leite de

vaca. Visualmente não é possível diferenciar o leite de vaca do leite de cabra, a

diferenciação somente pode ocorrer pelo odor e sabor. Dessa forma, objetivou-se avaliar

as diferenças sensoriais do leite de vaca e do leite de cabra. Para tanto foi realizada a

análise sensorial pelo uso de uma escala hedônica de nove pontos. Amostras de leite de

vaca e de leite de cabra integrais foram oferecidas a alunos do curso de Zootecnia, da

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, assíduos consumidores de leite. Notas de 1 a

9 foram atribuídas aos diferentes tipos de leite após o consumo, para os atributos de

odor, cor, sabor e aspecto geral, onde 1foi referente a baixa aceitação e 9 a alta

aceitação. Entre as provas os alunos foram orientados a tomar água, a fim de limpar as

papilas gustativas e evitar contaminação entre as amostras. Os dados foram submetidos

à análise estatística com a aplicação do teste Tukey para comparação de médias, pelo

programa estatístico SISVAR (2003). Não houve diferença significativa para o atributo

de cor entre os tipos de leite, com média de 6,38. Para os demais atributos, o leite de

cabra apresentou notas mais baixas em relação ao leite de vaca, obtendo médias de 5,34;

4,00 e 5,24, para os atributos de odor, odor, sabor e aspecto geral, respectivamente,

enquanto o leite de vaca apresentou para os mesmos atributos as médias de 6,22; 6,89 e

6,67. O leite de vaca e de cabra é semelhante em sua composição química, entretanto,

apresentam diferenças na qualidade desses nutrientes. O leite de cabra apresenta em sua

composição uma estrutura diferente para a proteína. Além disso, o tamanho das

partículas de gordura no leite caprino é menor, facilitando o processo de digestão. Na

gordura do leite de cabra são encontrados duas vezes mais os ácidos capróico, caprílico

e cáprico, responsáveis pelo odor e sabor característico do leite caprino. Entretanto, o

principal fator que contribui para menor aceitação do leite de cabra em relação ao leite

bovino, é a falta de hábito em consumir tal leite. O leite caprino apresentou menor

aceitação sensorial em relação ao leite bovino.

39

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

UNIDADE MÓVEL DE QUALIDADE DE LEITE: UMA IMPORTANTE

FERRAMENTA PARA A QUALIDADE DO LEITE JUNTO À AGRICULTURA

FAMILIAR

FARIÑA L. O.1*

; TESSER I. C.2; BARTH, A. P.

3; BUSARELLO, J. J.

4; BRAGA, E.

4

1.Professora Dra. Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas. - UNIOESTE,

Cascavel/PR 2. Mestranda em Desenvolvimento Rural Sustentável. 3. Bolsista de

Extensão - UNIOESTE/Fundação Araucária. 4. SEBRAE, Cascavel. *E-mail:

[email protected]

O Projeto da Unidade Móvel de Qualidade de Leite (UMQL) é um projeto inovador em

que um veículo automotor de passeio foi adaptado para funcionar como Laboratório

Móvel, com adaptação de seu porta-malas e implantação de aparelhos portáteis,

utensílios de laboratório e recursos de materiais de consumo necessários para análise de

leite diretamente no campo. Com ele são realizadas vistas às propriedades rurais de

produtores de leite da agricultura familiar da região da Cantuquiriguaçu com objetivo de

promover a adoção de medidas higiênico-sanitárias adequadas para a produção de leite

com qualidade, o que vem contribuindo para o aumento da produtividade da pecuária

leiteira na região. O principal objetivo da UMQL é levar ao agricultor familiar o

conhecimento a respeito da qualidade do leite produzido como conseqüência das

condições de produção adotadas na propriedade. O projeto, coordenado pelo

Laboratório de Alimentos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE -

Campus de Cascavel), associado ao Centro Mesorregional de Tecnologia de Leite do

Oeste, foi inicialmente apoiado pela Fundação Araucária por meio do projeto

Universidade Sem Fronteiras (USF) e também pelo do SEBRAE-PR, unidade de

Cascavel. Atualmente o projeto segue contando com o apoio incisivo do SEBRAE para

sua realização. Somente no território da CANTUQUIRIGUAÇU - PR, o projeto já

atendeu cerca de cento e cinquenta propriedades nos municípios de Campo Bonito,

Diamante do Sul e Guaraniaçu, agregando aos seus beneficiados uma assistência

importante para o desenvolvimento da produção leiteira. As análises realizadas na

UMQL são: gordura, proteínas, carboidratos, crioscopia, % de água, pH, acidez,

densidade, presença de antibióticos beta-lactâmicos, contagem de células somáticas,

CMT. Também são coletadas amostras para realização de CBT. Desde que foi iniciado

o projeto tem trazido um grande benefício aos agricultores familiares locais que tem

solicitado cada vez mais o apoio do projeto na região. Em relação à assistência aos

agricultores familiares, os principais problemas observados nas propriedades são

relacionados à falta de higienização nos processos e nos leites analisados são observadas

temperaturas inadequadas de armazenamento, altas contagens de bactérias totais, alta

contagem de células somáticas em leites de conjunto e leites individuais e a presença de

antibióticos em leites individuais. Existe uma grande demanda a respeito da

possibilidade de identificação dos agentes etiológicos da mastite, que ainda não

conseguimos atender.

Suporte Financeiro: Fundação Araucária pela Concessão da bolsa de Extensão –

PROEX/UNIOESTE; Unioeste – Campus de Cascavel pelo apoio financeiro e SEBRAE

Cascavel pelo apoio logístico e financeiro.

40

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

PRODUTOS ELABORADOS COM CONCENTRADO PROTEICO DE SORO

DE LEITE: BARRA DE CEREAL COM WPC35 – PARAMENTROS

SENSORIAIS

FARIÑA L. O.1*

; RICHARD F.2; MARTINS A.

3

Professora Dra. Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas. Colegiado de Farmácia -

UNIOESTE, Cascavel/PR 2. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/Fundação

Araucária. 3. Graduando em Farmácia, UNIOESTE, Cascavel/PR. Universidade

Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel/PR *E-mail:

[email protected]

Neste estudo foram elaboradas diferentes formulações de barras de cereais contendo

concentrado protéico de soro de leite com a finalidade de avaliar aceitação global das

formulações. A formulação básica das barras de cereais foi desenvolvida por meio da

mistura de aveia fina, aveia grossa, açúcar mascavo, amêndoas, castanha do Pará,

amendoim, flocos de arroz e concentrado protéico de soro de leite. Foram elaborados

oito tratamentos contendo além dos componentes citados, também 1-óleo de canola, 2-

margarina light, 3-leite desnatado, 4-água, A– farinha de trigo integral e B–farinha de

arroz. A mistura destes componentes com os anteriores originou os tratamentos 1A, 1B,

2A, 2B, 3A, 3B, 4A, 4B. A análise sensorial foi realizada em duas etapas onde cada

provador recebeu dois tratamentos por vez. Participaram 40 provadores não treinados,

escolhidos aleatoriamente entre os alunos e funcionários da instituição. Na primeira

etapa foi avaliada a preferência entre as formulações contendo A e B. Na segunda etapa

testaram-se os tratamentos selecionados na primeira etapa de acordo com a preferência

entre os componentes contendo 1, 2, 3 e 4. O teste aplicado foi o de ordenação e a

avaliação estatística dos resultados obtidos na análise sensorial foi realizada por meio do

programa estatístico R, sendo realizada ANOVA e teste de comparação de médias

(Tukey 5%). Na primeira etapa de avaliação sensorial, os provadores não identificaram

diferenças quanto à preferência entre as formulações avaliadas. Assim, foram

selecionados os tratamentos com aceitação acima de 80% entre os pares de formulações

avaliados, para realização da segunda etapa de avaliação sensorial. Esses tratamentos

foram 1B: Óleo de canola e farinha de arroz com maior preferência global de 50%, com

média 1,78a; 2A: Margarina e farinha de trigo integral, com 23% de aceitação e média

2,63b; 3A: Leite desnatado e farinha de trigo integral com 15% de aceitação e média

2,77c; 4A: Água e farinha de trigo integral com 13% de aceitação e média de 2,83

d. A

combinação do concentrado protéico de soro de leite (WPC35), o óleo de canola,

farinha de arroz e os demais ingredientes presentes conferiram características

particulares à formulação da barra de cereais que levaram a uma maior preferência

global desta formulação. Essa preferência observada mostra o potencial do uso do

WPC35 na elaboração deste produto, aumentando o nível da aplicação do soro como

ingrediente nutritivo e funcional.

Suporte Financeiro: Fundação Araucária - Concessão da bolsa de Iniciação Científica

– PIBIC/UNIOESTE. SOORO Concentrado Indústria de Produtos Lácteos LTDA,

Marechal Candido Rondon – Financiamento.

41

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

MICRO-ORGANISMOS TERMODÚRICOS MESÓFILOS E TERMODÚRICOS

PSICROTRÓFICOS EM LEITES UHT PRODUZIDOS NA REGIÃO SUL DO

BRASIL

TAMANINI, R1.; PEREIRA, J. R.

2; RIOS, E. A.

2; YAMADA, A. K.

3; SILVA, L. C. C.

4; SEIXAS, F. N.

3; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

2; ANDRADE, J. P.

5; ANTONIO, N.S.

5;

BELOTI, V6*

. 1Médico Veterinário. LIPOA, DMVP/CCA, UEL,

2Mestrando de Pós-graduação em

Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL, Londrina PR.3Doutorando de Pós-

graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 4Docente Curso de

Medicina Veterinária – UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista. 5 Médico

Veterinário Residente em Inspeção de Leite e Derivados, CCA, DMVP, UEL,

Londrina/PR 6Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva – LIPOA/

DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail: [email protected]

O tratamento UHT tem o objetivo de eliminar totalmente as formas vegetativas de

micro-organismos presentes no leite, mas formas esporuladas, altamente resistentes ao

calor, poderão estar presentes no produto e enzimas microbianas previamente

produzidas podem permanecer ativas. Por estas razões a qualidade do leite cru tem

efeito direto na qualidade e prazo de validade do leite UHT. O objetivo deste trabalho

foi avaliar a presença de micro-organismos termodúricos em 60 amostras de leite UHT,

sendo 30 de leite integral e 30 de leite desnatado, comercializadas em supermercados da

cidade de Londrina/PR. As amostras foram encaminhadas ao LIPOA -UEL, onde foram

incubadas a 36°C, em sua embalagem original fechada, durante 7 dias, e após foi

realizada a contagem micro-organismos termodúricos mesófilos e termodúricos

psicrotróficos. Para realização das análises cada amostra foi aquecida em tubo estéril em

banho-maria a 62,8ºC durante 30 minutos. A amostra foi, então, resfriada a 10ºC e 0,1

ml foi semeado em ágar PCA, em superfície, incubando-se a 35ºC por 48 horas para os

termodúricos mesófilos e 7°C por 10 dias para os termodúricos psicrotróficos. A

contagem de termodúricos mesófilos variou de não detectável (<10) a 1500 UFC/mL. A

média encontrada foi de 235 UFC/mL para o leite integral e de 71 UFC/mL para o leite

desnatado. Os termodúricos mesófilos foram detectados em 43 (71,7%) amostras. Já os

termodúricos psicrotróficos foi encontrados em 27 (45,0%) amostras, e apresentaram

variação de não detectável (<10) a 470 UFC/mL. As médias encontradas foram de 32

UFC/mL para o leite integral de 56 UFC/mL para o leite desnatado. Entre os

microrganismos termodúricos destacam-se os formadores de esporos, nesta forma são

capazes de resistir ao tratamento UHT, e são representados principalmente pelos

gêneros Bacillus e Paenibacillus. A diferença estatística encontrada entre os tipos de

leites para os termodúricos mesófilos se deve provavelmente a retirada de parte esporos

no processo de desnate. Alta contagem de bactérias termodúricas é frequentemente

associada com deficiências de limpeza dos equipamentos de ordenha e beneficiamento.

Indica também possibilidade de rachadura nos componentes de borracha ou presença de

depósitos chamados de pedras de leite nas tubulações dos equipamentos do

processamento industrial.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

42

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

MICRO-ORGANISMOS DETERIORANTES EM LEITES UHT PRODUZIDOS

NA REGIÃO SUL DO BRASIL

TAMANINI, R1.; PEREIRA, J. R.

2; RIOS, E. A.

2; YAMADA, A. K.

3; SILVA, L. C. C.

4; SEIXAS, F. N.

3; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

2; ANDRADE, J. P.

5; ANTONIO, N.S.

5;

BELOTI, V6*

.

1Médico Veterinário. - LIPOA, DMVP/CCA, UEL,

2Mestrando de Pós-graduação em

Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL, Londrina PR.3Doutorando de Pós-

graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 4Docente Curso de

Medicina Veterinária – UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista. 5 Médico

Veterinário Residente em Inspeção de Leite e Derivados, CCA, DMVP, UEL,

Londrina/PR 6Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva – LIPOA/

DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail: [email protected]

Um dos maiores desafios na produção de leite UHT é manter sua qualidade durante o

extenso prazo de validade. As alterações ocorridas neste período são decorrentes

principalmente da contaminação por micro-organismos deteriorantes ou suas enzimas.

A RDC n°12 do Ministério da Saúde estabelece que o leite UHT não deve apresentar

micro-organismos patogênicos e causadores de alterações físicas, químicas e

organolépticas do produto, em condições normais de armazenamento. O objetivo deste

trabalho foi avaliar a presença de micro-organismos deteriorantes em 60 amostras de

leite UHT, comercializadas em supermercados da cidade de Londrina/PR. As amostras

foram encaminhadas ao LIPOA -UEL, onde foram incubadas a 36°C, em sua

embalagem original fechada, durante 7 dias, e após foi realizada a enumeração de

micro-organismos proteolíticos utilizando ágar leite suplementado, semeando-se por

superfície e incubando a 32ºC por 72 horas. A enumeração de micro-organismos

lipolíticos foi realizada utilizando ágar tributirina, semeado em superfície e incubadas a

32ºC por 48 horas. A contagem de micro-organismos proteolíticos variou de não

detectável (<10) a 8.650 UFC/mL. A média encontrada foi de 309 UFC/mL e foram

detectados em 31 (51,7%) amostras. As proteases produzidas por estes micro-

organismos são capazes de hidrolisar a caseína disponível no leite em peptídeos

solúveis. O efeito direto desta proteólise é o aparecimento de sabor amargo no leite e

aumento da viscosidade. A contagem de micro-organismos lipolíticos variou de não

detectável (<10) a 240 UFC/mL. A média encontrada foi de 18 UFC/mL e foram

detectados em 27 (45,0%) amostras. As lipases atuam sobre os triglicerídeos o que

confere um sabor de ranço ao leite Os micro-organismos proteolíticos e lipolíticos

podem reduzir a vida de prateleira e a qualidade do leite devido ao potencial

deteriorante. A ocorrência de micro-organismos deteriorantes pode estar relacionada a

problemas no tratamento térmico, contaminação pós-processamento e problemas na

integridade das embalagens utilizadas no armazenamento destes leites De acordo com

as normas da RDC № 12, 43 (71,7%) amostras de leites UHT estariam em desacordo, e

todas as marcas analisadas apresentaram pelo menos uma amostra contendo micro-

organismos causadores de alterações físicas, químicas e organolépticas tornando este

produto improprio para o consumo.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

43

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA GELEIFICAÇÃO E SEDIMENTAÇÃO EM LEITES UHT

PRODUZIDOS NA REGIÃO SUL DO BRASIL

TAMANINI, R1.; PEREIRA, J. R.

2; RIOS, E. A.

2; YAMADA, A. K.

3; SILVA, L. C. C.

4, ANDRADE, J. P.

5; ANTONIO, N. S.

5; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

2; BELOTI, V

6*.

1Médico Veterinário. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal - LIPOA,

DMVP/CCA, UEL, 2Mestrando de Pós-graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP,

CCA, UEL, Londrina PR.3Doutorando de Pós-graduação em Ciências Animal,

LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 4Docente Curso de Medicina Veterinária –

UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista. 5Médico Veterinário Residente.

Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal - LIPOA, DMVP/CCA, UEL 6Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva – LIPOA/ DMVP,

CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail: [email protected]

O leite UHT é definido como leite homogeneizado submetido durante 2 a 4 segundos a

uma temperatura entre 130ºC e 150ºC, mediante processo térmico de fluxo contínuo, e

imediatamente resfriado à temperatura inferior a 32ºC, envasado sob condições

assépticas em embalagens estéreis e hermeticamente fechadas. Diversos autores

sugerem que apenas as análises previstas na legislação não são suficientes para o

controle de qualidade do leite UHT, pois o mesmo está sujeito a problemas que não são

observados no leite pasteurizado como a sedimentação e a geleificação. O presente

trabalho teve como objetivo a avaliação da geleificação e sedimentação. Foram

avaliadas 60 amostras de leite UHT com média de 36 dias após fabricação,

comercializadas em supermercados da cidade de Londrina/PR. fabricação. A avaliação

da geleificação foi realizada através do extravasamento gradual do produto da

embalagem através de uma peneira e pesando-se o conteúdo geleificado. Após o

escoamento total da embalagem foi realizada a determinação da sedimentação, a

embalagem foi cortada na altura de 4 cm a partir da base. Inverteu-se a embalagem por

10 minutos, e cortou-a novamente, de forma que a mesma ficasse plana. A embalagem

foi mantida por 48 horas com a face interna voltada para cima. Foi pesada, e então

removeu-se completamente o sedimento seco, e pesou-se novamente a embalagem. A

massa de sedimentos foi obtida pela diferença entre as duas pesagens. Com relação à

geleificação, apenas 2 (6,7%) amostras continham conteúdo geleificado. Estas amostras

apresentaram 0,621g e 1,018g de conteúdo geleificado. A geleificação ocorre

principalmente devido à ação proteolítica de enzimas termoresistentes, produzidas por

micro-organismos contaminantes do leite cru antes do processamento térmico, e que

permanecem ativas mesmo após a embalagem. Quanto a sedimentação a média

encontrada foi de 0,046 g/L, com os resultados variando de não detectável a 0,633g/L.A

sedimentação é considerada um dos maiores problemas apontados pelas indústrias, pois

gera necessidade de interrupções com maior frequência para limpeza dos equipamentos

e tubulações, além de reduzir o tempo de prateleira e ocasionar rejeição pelo

consumidor. Os problemas observados tendem a agravarem-se com o passar do tempo.

Os resultados demonstram, que a legislação do leite UHT deve ser complementada, de

modo a estabelecer parâmetros confiáveis controle de qualidade deste produto.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

44

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISICO QUIMICA DE LEITES

UHT: GORDURA, SÓLIDOS NÃO GORDUROSOS (SNG), ACIDEZ

TITULÁVEL E ESTABILIDADE AO ÁLCOOL 68%

TAMANINI, R1.; PEREIRA, J. R.

2; RIOS, E. A.

2; YAMADA, A. K.

3; SILVA, L. C. C.

4; ANDRADE, J. P.

5; ANTONIO, N. S.

5; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

2; BELOTI, V

6*.

1Médico Veterinário. LIPOA, DMVP/CCA, UEL,

2Mestrando de Pós-graduação em

Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL, Londrina PR.3Doutorando de Pós-

graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 4Docente Curso de

Medicina Veterinária – UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista. 5Médico

Veterinário Residente. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal -

LIPOA, DMVP/CCA, UEL 6Docente do Departamento de Medicina Veterinária

Preventiva – LIPOA/ DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail: [email protected]

Segundo a Portaria legislação vigente, o leite UHT deve atender as seguintes

características sensoriais: aspecto líquido, cor branca, odor e sabor característicos, sem

sabores nem odores estranhos e as seguintes características físico-químicas: acidez entre

14 e 18ºD, estabilidade ao álcool 68% e, para o leite integral, no mínimo 3% de gordura

e 8,2% de sólidos não gordurosos (SNG). Já o leite desnatado deve apresentar no

máximo 0,5% de gordura e no mínimo 8,4% de SNG. O presente trabalho teve como

objetivo verificar a qualidade físico-química em leites UHT produzidos na região sul do

Brasil. Foram avaliadas 60 amostras de leite UHT, sendo 30 de leite integral e 30 de

leite desnatado, comercializadas em supermercados da cidade de Londrina/PR,

pertencentes a 15 marcas diferentes. As amostras foram encaminhadas ao Laboratório

de Inspeção de Produtos de Origem Animal, da Universidade Estadual de Londrina,

homogeneizadas e submetidas as análises de acidez titulável e estabilidade ao álcool

68%. As análises gordura e sólidos não gordurosos, foram realizadas no Laboratório do

Programa de Análise do Leite da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da

Raça Holandesa (APCBRH) em Curitiba/PR. Dos leites integrais 3 (10,0%) amostras

apresentaram porcentagens de gordura inferior ao estabelecido pela legislação, enquanto

dos desnatados, 3 (10,0%) amostras estavam acima do padrão. Com relação aos sólidos

não gordurosos (SNG), foram encontradas 2 (6,7%) amostras para leite integral e 2

(6,7%) amostras para o leite desnatado fora dos padrões. Todas as amostras se

apresentaram estáveis à prova do álcool 68%. Em relação à acidez Dornic 58 (96,7%)

amostras apresentaram-se dentro do intervalo normal. Apenas 1 (1,7%) amostra

apresentou resultado superior ao valor máximo e 1 (1,7%) apresentou resultado abaixo

de 14°D. As análises demonstraram, que a maioria das amostras de leite UHT

estudadas, estavam dentro dos parâmetros oficiais. Sendo os principais problemas

observados relativos à qualidade, imprecisões e fraudes como o desnate.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

45

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA CRIOSCOPIA EM LEITES UHT PRODUZIDOS NA

REGIÃO SUL DO BRASIL

TAMANINI, R1.; PEREIRA, J. R.

2; RIOS, E. A.

2; YAMADA, A. K.

3; SILVA, L. C

4.

C., ANDRADE, J. P.5; ANTONIO, N.S.

5; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

2; BELOTI, V

6*.

1Médico Veterinário. LIPOA, DMVP/CCA, UEL,

2Mestrando de Pós-graduação em

Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL, Londrina PR.3Doutorando de Pós-

graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 4Docente Curso de

Medicina Veterinária – UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista. 5Médico

Veterinário Residente. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal -

LIPOA, DMVP/CCA, UEL 6Docente do Departamento de Medicina Veterinária

Preventiva – LIPOA/ DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail: [email protected]

O mercado de leite no Brasil vem crescendo nos últimos anos e um dos produtos que

mais crescem em produção foi o leite UHT. A produção nacional de leite UHT em 2011

foi de 5,81 bilhões de litros, representando 78% do total do leite fluido consumido no

Brasil. Diversos estudos sugerem que apenas as análises previstas na legislação não são

suficientes para o controle de qualidade do leite, um dos grandes problemas verificados

é que a adição dos estabilizantes de proteína, como o citrato de sódio, alteram a

crioscopia e a densidade do leite não havendo parâmetros legais para estas provas, nem

provas alternativas para verificar fraudes por adição de água e/ou reconstituintes. O

presente trabalho teve como objetivo a realização da análise de crioscopia, como prova

na avaliação da qualidade em leites UHT produzidos na região Sul do Brasil. Foram

avaliadas 60 amostras de leite UHT, que foram homogeneizadas e submetidas à análise

de crioscopia (PZL 7000). A média encontrada para essa análise foi de –0,545°H. Não

há padrão estabelecido na legislação de leite UHT para a crioscopia, pois a adição de

sais estabilizantes altera estes parâmetros. Entretanto pode-se obter um parâmetro

considerando a crioscopia inicial do leite e a crioscopia após o acréscimo dos

estabilizantes da proteína que ocorre antes do processamento térmico. De acordo com a

legislação vigente, é permitido a adição de até 0,1% de estabilizantes no processamento,

que tem como objetivo promover um aumento na estabilidade térmica do leite. Porém,

estudos realizados no Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem animal (UEL)

observaram que a adição de 0,1% de citrato de sódio provoca aprofundamento no ponto

de congelamento do leite, alterando a crioscopia em -0,020°H. Portanto a crioscopia do

leite citratado deveria estar entre -0,550ºH a -0,570°H. Se esse intervalo fosse utilizado

como padrão, 48 (80,0%) amostras estariam fora do padrão, com índices mais próximos

de zero. As amostras com crioscopia maior que -0.550°H provavelmente apresentavam

água como resíduo do processamento térmico por injeção de vapor, ou adulteração por

adição de água. Esta análise evidenciou problemas como a água residual, ou ainda uma

possível fraude, mostrando a fragilidade do controle de qualidade vigente do leite UHT,

recomendando que a legislação deva ser complementada, de modo a estabelecer

parâmetros confiáveis e controle de qualidade que possibilitem a avaliação dos

principais problemas encontrados neste produto.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

46

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

ALTERAÇÕES NO PONTO DE CONGELAMENTO DO LEITE POR ADIÇÃO

DO ESTABILIZANTE FOSFATO DE SÓDIO

RIOS, E. A1; TAMANINI, R.

2; PEREIRA, J. R.

1; YAMADA, A. K.

3; BELOTI, V

4*.

1Mestrando de Pós-graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL,

Londrina PR 2

Médico Veterinário. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem

Animal - LIPOA, DMVP/CCA, UEL.3Doutorando de Pós-graduação em Ciências

Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 4Docente do Departamento de Medicina

Veterinária Preventiva – LIPOA/ DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail:

[email protected]

A produção de leite UHT no Brasil tem se destacado nos últimos anos. O consumidor

brasileiro adquiriu preferência pelo produto devido a sua praticidade de estocagem e

maior vida de prateleira. A legislação do Leite UHT permite que sejam adicionados

estabilizantes ao leite, separados ou em combinação não superior a 0,1%, sendo eles:

citrato de sódio, monofosfato de sódio, difosfato de sódio e trifosfato de sódio. A adição

deve ocorrer antes do processamento à alta temperatura para evitar a desestabilização de

proteína e a geleificação. Porém, a adição dos estabilizantes interfere diretamente na

quantidade de moléculas dissolvidas no leite, aprofundando significativamente o seu

ponto de congelamento. Este estudo teve como objetivo investigar as alterações no

ponto de congelamento e densidade em amostras de leite integral homogeneizado,

decorrentes da adição de diferentes concentrações dos estabilizantes fosfatos de sódio.

O fosfato de sódio utilizado foi uma mistura proporcional de todos os fosfatos

permitidos. Para avaliar as alterações provocadas pela adição do estabilizante no leite

foram preparadas 10 alíquotas de leite integral pasteurizado homogeneizado, com

diferentes concentrações da mistura de fosfatos: 0%, 0,001%, 0,01%, 0,05%, 0,075%,

0,1%, 0,1075%, 0,1125%, 0,125% e 0,15%. As alíquotas foram submetidas à prova da

densidade a 15°C e a prova de crioscopia utilizando crioscópio digital M.90/BR. Cada

alíquota foi testada em nove repetições e em triplicata para a crioscopia. Como esperado

o aprofundamento da crioscopia é proporcional ao aumento da concentração de fosfato.

Nas amostras com 0% de estabilizante, a média da crioscopia ficou em -0,537°H, já o

leite com a concentração máxima testada de 0,15% ficou em -0,565°H, sendo que em

0,1% que é o limite máximo permitido pela legislação o ponto de congelamento médio

ficou em -0,554°H, ou seja, foi capaz de aprofundar -0,017°H. A prova de densidade

não revelou grandes alterações, o que pode ter ocorrido pelo fato da densidade se tratar

de uma prova de menor sensibilidade, quando comparada à crioscopia. Como esperado,

o fosfato de sódio adicionado tornou o ponto de congelamento do leite mais negativo,

podendo mascarar inclusões de água durante o processamento. Além das alterações

provocadas pela adição do estabilizante fosfato de sódio, é importante detectar a

quantidade original de água na matéria-prima para uma correta recomposição pós-

tratamento térmico por injeção de vapor, bem como para definir uma determinação legal

do ponto de congelamento do leite UHT, que não é contemplado na legislação atual.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

47

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

PESQUISA DE SALMONELLA EM QUEIJO COLONIAL SERRANO

COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE LAGES-SC

SEIXAS F. N.1, FAGNANI R.

4, PEREIRA J. R.

2, RIOS E. A.

2, SILVA; F. A.

4,

BELOTI V.3

1Doutorando de Pós-graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina

PR.2 Mestrando de Pós-graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL,

Londrina PR.3 Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva – LIPOA/

DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. 4Médico Veterinário. Laboratório de Inspeção de

Produtos de Origem Animal - LIPOA, DMVP/CCA, UEL, Caixa Postal 6001, CEP:

86051-990, Email: [email protected]

O queijo Colonial Serrano, produzido no município de Lages – Santa Catarina é um

queijo de massa crua, elaborado de forma artesanal com leite cru, e maturado por tempo

inferior a 60 dias. Pode apresentar falhas na higiene durante a ordenha permitindo a

contaminação por patógenos. A legislação brasileira prevê a ausência de Salmonella em

25g de queijo. Este estudo objetivou determinar a presença de Salmonella spp. em

queijo Colonial Serrano. Foram analisados 20 peças de queijos artesanais Colonial

Serrano, recolhidos aleatoriamente em diferentes pontos de comercialização (mercado

público, frutarias, armazéns) no município de Lages - SC, durante o mês de Janeiro de

2012. As amostras foram encaminhadas para análises ao Laboratório de Inspeção de

Produtos de Origem Animal da Universidade Estadual de Londrina (LIPOA). Utilizou-

se o método rápido Compact Dry® SL (Nissui Pharmaceutical Co., Ltd., Tokyo, Japan)

para a pesquisa de Salmonella spp.. Uma alíquota de 25 g de cada amostra foi

adicionada a 225 mL de água peptonada 1% (Laborclin), após homogeneização em

“stomacher”, foi incubada a 37o

C por 24h. Após a fase de pré-enriquecimento, 0,1 mL

da cultura em água peptonada foi aplicada a 1 cm da borda da placa, na sequência foi

aplicado 1 mL de água estéril na região oposta à região a amostra. As placas foram

incubadas entre 41 a 43º C invertidas por 24 horas. Não foi identificado Salmonella spp.

nas 20 amostras avaliadas, isto pode ser porque este patógeno é sensível a ação deletéria

dos metabólitos produzidos por outras bactérias presente em maior número nos

alimentos, como as bactérias ácido láticas presente no queijos.

48

Universidade Estadual de Londrina - Anfiteatro do CESA

Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

QUALIDADE MICROBIOLOGICA DE QUEIJOS COLONIAL SERRANO

COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE LAGES-SC

SEIXAS F. N.1, FAGNANI R.

4, PEREIRA J. R.

2, RIOS E. A.

2, YAMADA A. K.

1,

SILVA F. A.4, TAMANINI R.

4, BELOTI V.

3

1Doutorando de Pós-graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina

PR. 2 Mestrando de Pós-graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL,

Londrina PR. 3Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva – LIPOA/

DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. 4Médico Veterinário. Laboratório de Inspeção de

Produtos de Origem Animal - LIPOA, DMVP/CCA, UEL, Caixa Postal 6001, CEP:

86051-990, Email: [email protected]

O queijo produzido no município de Lages, Santa Catarina, tem como matéria prima o

leite cru, é classificado como de média ou alta umidade, é maturado por tempo inferior a

60 dias e pode representar um sério problema à saúde pública. Quando apresenta pouca

higiene na sua obtenção e elaboração, pode servir de veículo a vários patógenos. O

presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade do queijo Colonial Serrano

através da enumeração de Escheria coli. Foram analisados 20 peças de queijos Colonial

Serrano, recolhidos aleatoriamente em diferentes pontos de comercialização (mercado

público, frutarias, armazéns) no município de Lages - SC, durante o mês de Janeiro de

2012. As amostras foram encaminhadas para análises ao Laboratório de Inspeção de

Produtos de Origem Animal (LIPOA) da Universidade Estadual de Londrina. Uma

alíquota de 25 g de cada amostra foi adicionada a 225 mL de água peptonada 1%

(Lacorclin) e 1 mL das diluições (10-1

, 10-3

e 10-5

) de cada amostra de queijo foram

inoculadas em placas Petrifilm™ EC e incubadas a 35oC por 48h. Após a incubação, as

colônias azuis com gás na área semeada foram consideradas como E. coli.. Os

resultados foram calculados de acordo com a diluição utilizada e expressos em UFC/g.

Dos 20 queijos avaliados, três amostras foram negativas para E. coli.. Das amostras

positivas a contagem variou de 5,0x10-1

UFC/g a 4,1x10-6

UFC/g. Neste trabalho os

queijos foram classificados como de média umidade, e pela atual legislação brasileira, o

limite máximo de coliformes a 45°C ou termotolerantes é de 500 UFC/g. 50% das

amostras encontram-se fora do limite higiênico-sanitário permitido, sendo consideradas

de risco à saúde pública. A presença de E. coli nas amostras avaliadas, indica

contaminação fecal. O grupo dos coliformes termotolerantes, no qual a E. coli

representa mais de 95%, é utilizado como indicador microbiológico de segurança

alimentar, contaminação de origem fecal e possível presença de outros patógenos de

origem fecal.

49

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LEITES

PASTEURIZADOS

SILVA, L. C. C. 1

; TAMANINI, R2.; PEREIRA, J. R.

3; RIOS, E. A.

3; YAMADA, A.

K.4; ANDRADE, J. P.

5; ANTONIO, N. S.

5; BELOTI, V

6*.

1Docente Curso de Medicina Veterinária – UNOESTE - Universidade do Oeste

Paulista. 2Médico Veterinário. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal -

LIPOA, DMVP/CCA, UEL, 3Mestrando de Pós-graduação em Ciências Animal,

LIPOA/DMVP, CCA, UEL, Londrina PR.4Doutorando de Pós-graduação em Ciências

Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 5Médico Veterinário Residente. - LIPOA,

DMVP/CCA, UEL 6Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva –

LIPOA/ DMVP, CCA, UEL, Londrina PR. *E-mail: [email protected]

O leite, pela sua riqueza em nutrientes, constitui-se em importante fonte alimentar para

o homem e excelente meio de cultura para o desenvolvimento de um grande número de

micro-organismos. A qualidade, conservação e segurança no consumo deste alimento,

estão diretamente relacionadas à sua carga microbiana que varia conforme a

contaminação inicial, à aplicação de tratamento térmico adequado e à ocorrência de

contaminação após o processamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade

microbiológica de amostras de leite pasteurizado e confrontá-los com os parâmetros

determinados pela legislação vigente. Foram analisadas 100 amostras de leite

pasteurizado integral provenientes de 10 laticínios, do estado do Paraná, no período

entre 01 de agosto e 31 de outubro de 2012. As amostras foram enviadas ao Laboratório

de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA), da Universidade Estadual de

Londrina, Londrina-PR por agentes da Vigilância Sanitária ou pelos próprios laticínios

para controle de qualidade. Foram realizadas diluições decimais seriadas em solução

salina peptonada 0,1%. A enumeração de micro-organismos aeróbios mesófilos foi

realizada em Agar Padrão para Contagem (PCA), utilizando-se três diluições decimais

(10-1

, 10

-2, 10

-3) em duplicata, com incubação à 36˚±1˚C por 48 horas. A enumeração de

coliforme totais e Escherichia coli foi feita em placas PetrifilmTM

EC, semeando-se a

amostra integral e incubando-a à 36oC ± 1

oC por 24 horas para enumeração de

coliformes totais e por 48 horas para enumeração de E. coli.. Na avaliação, 10 amostras

(10%), oriundas de 7 dos 10 laticínios avaliados estavam fora dos padrões estabelecidos

para leite pasteurizado. Destas, 9 (9%) continham coliformes totais acima de 4

UFC/mL, 3 (3%) apresentaram aeróbios mesófilos acima de 8 x 104 UFC/mL. Em três

(3%) amostras foi detectada a presença de Escherichia coli, acima do limite

estabelecido para coliformes à 45ºC o que pode representar risco à saúde do consumidor

por indicar a possível presença de enteropatógenos. No entanto, a maioria das amostras

apresentou boa qualidade microbiológica, com baixas contagens de aeróbios mesófilos e

ausência de coliformes.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

50

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

DURAÇÃO DA LACTAÇÃO EM BOVINOS DA RAÇA HOLANDESA DE UM

REBANHO EM SANTA CRUZ DO RIO PARDO – SP

MARESTONE, B. S.1; MARQUES, C. P.

1; SANTOS, E. R.

1; ALVES, R. C. M.

1;

ALVES, K. B.; ALVES, M. V.1, MUNIZ, C. A. S. D.

2*

1

Graduando no curso de Zootecnia, UEL, Londrina/PR. 2 Prof

a. D

ra., Centro de Ciências

Agrárias (CCA), Departamento de Zootecnia, UEL, Londrina/PR. *E-mail:

[email protected]

A duração da lactação é um fator importante dentro de um rebanho de bovinos de leite e

deve ser considerado para o controle do plantel na propriedade e seleção de animais

mais persistentes. O período de lactação, preconizado para raças leiteiras, é de

aproximadamente dez meses, ou 305 dias. O objetivo do presente estudo foi analisar a

duração da lactação em um rebanho de bovinos da raça Holandesa. Foram analisadas

130 observações de duração da lactação (DL) de bovinos da raça Holandesa, de um

rebanho em Santa Cruz do Rio Pardo no Estado de São Paulo. Os animais foram criados

em sistema de semi-confinamento, com acesso às pastagens e alimentação volumosa e

concentrada fornecida em cochos. As fontes de variação consideradas foram o grupo de

contemporâneas (GC), constituído de vacas paridas no mesmo mês e ano, idade da vaca

ao parto (IVP) e ordem de lactação (OL). As ordens de lactação consideradas nas

análises foram de 1 a 5, sendo que a última envolvia animais com cinco ou mais

lactações. Nenhuma das fontes de variação consideradas na análise de DL afetou o

desempenho dos animais. A média geral estimada pelo modelo foi 382,68 dias em

lactação com coeficiente de variação de 31,96% e R² de 32,55%. As médias estimadas

para os GC variaram de 291,04 dias a 488,22 dias. As médias estimadas (em dias) para

OL foram: (1ª.) 368,44; (2ª.) 366,52; (3ª.) 418,36; (4ª.) 364,72 e (5ª.) 409,34. Entretanto

deve-se ressaltar que as médias para DL de acordo com GC e OL não foram diferentes

entre si. As médias estimadas para DL verificadas no presente estudo foram próximas

do valor padrão de 305 dias. Provavelmente o fato dos animais não sofrerem restrição

alimentar em decorrência de estacionalidade forrageira, GC não afetou o desempenho

das vacas. Embora a ordem do parto normalmente seja uma fonte de variação sobre DL,

neste estudo não se verificou esse efeito.

51

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25 e 26 de junho de 2013

PRODUÇÃO DE LEITE POR LACTAÇÃO DE BOVINOS DA RAÇA

HOLANDESA DE UM REBANHO EM SANTA CRUZ DO RIO PARDO - SP

MARESTONE, B. S.1; SANTOS, E. R.

1; MARQUES, C. P.

1; ALVES, R. C. M.

1;

ALVES, K. B.; ALVES, M. V.1, MUNIZ, C. A. S. D.

2*

1

Graduando no curso de Zootecnia, UEL, Londrina/PR. 2 Prof

a. D

ra., Centro de Ciências

Agrárias (CCA), Departamento de Zootecnia, UEL, Londrina/PR. *E-mail:

[email protected]

A produção de leite é a característica de maior impacto econômico nos sistemas de

produção de leite sendo influenciadas por fatores individuais e ambientais, as vacas da

raça Holandesa apresentam como principal qualidade a capacidade de produzir grandes

quantidades de leite, por longos períodos de lactação. O objetivo deste estudo foi

verificar a produção de leite por lactação (PL) de um rebanho de vacas Holandesas.

Foram utilizadas 52 observações de PL (em litros) de vacas da raça Holandesa criadas

em uma propriedade em Santa Cruz do Rio Pardo no Estado de São Paulo. Os animais

foram criados em sistema de semi-confinamento, a alimentação volumosa e concentrada

é fornecida em cochos durante todo o ano. As fontes de variação incluídas no modelo de

análise foram grupo de contemporâneas (GC), constituído de vacas paridas no mesmo

mês e ano, idade da vaca ao parto (IVP) e ordem de lactação (OL). As ordens de

lactação foram de 1 a 5, sendo que a última envolvia animais com cinco ou mais

lactações. A média geral estimada pelo modelo para PL foi de 4725 litros de leite por

lactação, com coeficiente de variação de 36,26% e R² de 67,51%. IVP não afetou PL,

entretanto OL afetou PL (p<0,01). As médias estimadas (em litros) de acordo com a

ordem foram: (1ª.) 2365,12; (2ª.) 6009,64; (3ª.) 5582,58; (4ª.) 3919,05 e (5ª.) 6211,72.

Não foi observado aumento linear na produção de leite conforme a ordem de lactação

foi maior, provavelmente em razão da variação na quantidade de animais de cada

ordem, sendo que a 2ª. e 5ª. ordem possuíram menor número de observações (6 e 7

observações, respectivamente) enquanto a 1ª., 3ª. e 4ª. ordem com 14, 14 e 11

observações, respectivamente. GC afetou PL (P<0,0001), foram verificados valores de

1526,39 a 9109,87 l de leite por lactação entre os diferentes GC. Essa diferença pode ser

consequência da alimentação oferecida aos animais, em quantidade e qualidade. Assim

devem-se considerar as fontes de variação ambiental ao comparar o desempenho dos

animais.

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25 e 26 de junho de 2013

DETECÇÃO DE FRAUDE POR ADIÇÃO DE ÁGUA EM LEITE

PASTEURIZADO INTEGRAL

ANTONIO, N. S.1; BELOTI, V.

2*; TAMANINI, R.

3; ARAÚJO, J. P. A.

1; PEREIRA, J.

R.4; RIOS, E. A.

4; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

4; OSSUGUI, E. H.

5

1 Médico Veterinário Residente em Inspeção de Leite e Derivados, CCA, DMVP, UEL,

Londrina/PR; 2

Professora Dra., CCA, Preventiva DMVP, UEL, Londrina/PR; 3 Médico

Veterinário, CCA, DMVP, UEL, Londrina/PR; 4 Mestrando do Programa de Pós-

Graduação em Ciência Animal, UEL, Londrina/PR; 5 Acadêmico de Medicina

Veterinária, UEL, Londrina/PR. *E-mail: [email protected]

Dentre as provas físico-químicas realizadas durante a análise do leite, a crioscopia é

determinante para identificação da fraude por adição de água. A prova é realizada com o

auxílio do aparelho eletrônico crioscópio, que tem como princípio o super

congelamento de uma amostra. Este trabalho teve como objetivo identificar fraudes por

adição de água em amostras de leite pasteurizado integral provenientes da região norte e

central do Paraná, analisadas no Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem

Animal da Universidade Estadual de Londrina no período de janeiro a dezembro de

2012. Foram analisadas um total de 411 amostras utilizando-se o aparelho crioscópio

eletrônico PZL-7000, seguindo as normas da Instrução Normativa n°68 (MAPA, 2006)

para a determinação do ponto de congelamento do leite. Os resultados foram

comparados aos padrões da Instrução Normativa n°62 (MAPA, 2011), que determina o

intervalo de -0,530 à -0,550°H (graus Hortvet) para o índice crioscópico. Os resultados

apresentaram uma variação de -0,524°H a -0,560°e média de -0,537°H. Do total de

amostras analisadas, 400 amostras (97,32%) estavam dentro do padrão. Porém, 11

amostras (2,68%) apresentaram-se fora do padrão vigente; 2 amostras com resultados

mais negativos que -0,550°H e 9 amostras acima de -0,530°H (mais próximas de 0°C).

Os resultados obtidos demonstram que nas 9 amostras acima de -0,530°H pode-se

constatar a adição de água, pois essas amostras obtiveram resultados aproximados ao

ponto de congelamento da água. Já as 2 amostras com crioscopia mais aprofundada

provavelmente sofreram adição de água e substâncias reconstituintes em solução

perfeita como por exemplo o sal ou açúcar (substâncias em suspensão como a farinha

não são lidas pelo aparelho), com o objetivo de fazer o índice crioscópico da amostra

retornar ao seu intervalo normal, compensando assim o volume de água adicionada.

Outra possível causa de temperaturas mais negativas de congelamento do leite é o

excesso de acidez, mas as amostras não estavam ácidas. Pode-se concluir então que a

fraude por adição de água ao leite continua sendo uma das principais fraudes, tornando

o aparelho de crioscópio uma importante ferramenta para garantir a qualidade e

segurança do produto ao consumidor, visto que esta forma de adulteração normalmente

estará associada à adição de outras substâncias.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

53

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

MICRO-ORGANISMOS INDICADORES EM AMOSTRAS DE LEITE DE

LONDRINA E REGIÃO NORTE DO PARANÁ.

ARAÚJO, J. P. A1; BELOTI, V.

2*; TAMANINI, R.

3; PEREIRA, J. R.

4; RIOS, E. A.

4;

ANTONIO, N. S.5; RIBEIRO JÚNIOR, J. C.

4; OSSUGUI, E. H.

6

1Médico Veterinário Residente em Inspeção de Leite e Derivados, CCA, DMVP, UEL,

Londrina/PR; 2 Professora Dra., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Departamento de

Medicina Veterinária Preventiva (DMVP), UEL, Londrina/PR; 3 Médico Veterinário

do LIPOA, CCA, DMVP, UEL/Londrina, PR; 4Mestrando em Ciência Animal, CCA,

DMVP, UEL, Londrina/PR. 5Médica Veterinária Residente em Inspeção de Leite e

Derivados, CCA, DMVP, UEL, Londrina/PR; 6Graduando em Medicina Veterinária,

UEL, Londrina/PR. *E-mail: [email protected]

O controle microbiológico em alimentos deve ser realizado periodicamente,

principalmente, através da pesquisa de micro-organismos indicadores. Estes, quando

presentes, podem fornecer informações importantes sobre as condições sanitárias da

produção, do processamento, do armazenamento e, ainda, indicar a presença ou

ausência de patógenos e a estimativa da vida de prateleira do produto. Os principais

grupos de micro-organismos indicadores de qualidade do leite são os aeróbios mesófilos

(AM), os coliformes 30°C (CT) e coliformes 45°C (C45). No presente trabalho,

objetivou-se quantificar a presença de micro-organismos AM, CT e C45 em 411

amostras de leite pasteurizado integral encaminhadas ao LIPOA - UEL, no período de

janeiro de 2012 a dezembro de 2012. Para a numeração de AM, utilizou-se a técnica de

Contagem Padrão em Placas e para estimativa de CT e C45, utilizou-se a técnica de

Número Mais Provável (NMP) de acordo com a Instrução Normativa 62 de 2003 do

MAPA. Foram realizadas, ainda as provas físico-químicas de fosfatase e peroxidase de

acordo com a Instrução Normativa 68 de 2006 do MAPA. Os resultados comparados

com os padrões vigentes regulamentados pela Instrução Normativa 62 de 2011 do

MAPA. A média das contagens de AM foi de 29.025 UFC/mL, sendo que 36 (8,8%)

amostras apresentaram contagens superiores ao padrão legal de 80.000 UFC/mL, o que

pode indicar re-contaminação pós-processamento, uma vez que a pasteurização foi

eficiente, conforme demonstrado pela presença da enzima fosfatase que apresentou

resultado negativo em todas as amostras. Com relação aos CT as contagens variaram

entre menor do que 0,3 NMP/mL a mais do que 110 NMP/mL. Sendo que 58 (14,1%)

amostras apresentaram resultados acima do limite máximo permitido pela legislação que

é de 4 UFC/mL, o que pode confirma a contaminação ambiental do produto após a

pasteurização. Para a enumeração dos C45, as contagens variaram entre menor do que

0,3 NMP/ml a maior do que 110 NMP/mL e 12 (2,9%) amostras apresentavam acima de

2 NMP/mL, o que indica, provável contaminação fecal das amostras e possível presença

de enteropatógenos. Constatou-se que 84 (20,4%) amostras apresentaram pelo menos

uma análise fora do padrão estabelecido. A qualidade microbiológica do leite

pasteurizado não foi satisfatória, pois um número elevado de amostras não atendeu aos

padrões estabelecidos pela legislação. O grupo dos coliformes totais foi o grupo de

micro-organismos encontrado com maior frequência em desacordo com a legislação.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

54

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

RASTREAMENTO DE CONTAMINAÇÕES MICROBIOLÓGICAS E

RESÍDUOS DE PROTEÍNA EM INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS

YAMADA, A. K.1; TAMANINI, R.

2; SILVA, L. C. C.

3; GARCIA, D. T.

4; SILVA, F.

A.4; MANTOVANI, F. D.

4; SILVA, M. R.

4; BELOTI V.

5*

1Doutorando de Pós-graduação em Ciência Animal, UEL, Londrina, PR.

2Médico

Veterinário - Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, UEL, Londrina,

PR.3Docente do Curso de Medicina Veterinária – UNOESTE - Universidade do Oeste

Paulista. 4Médico Veterinário

5Docente do Departamento de Medicina Veterinária

Preventiva, UEL, Londrina, PR. *E-mail: [email protected]

Além de representar uma importante fonte alimentar para o homem, o leite é um

excelente meio de cultura para o desenvolvimento um elevado número de micro-

organismos. Portanto, detectar rapidamente e solucionar o problema das contaminações

no leite é um desafio para a indústria de alimentos. Este trabalho teve como objetivo

determinar os principais pontos de contaminação dentro da indústria de leite

pasteurizado bem como os pontos que apresentam resíduos de alimento após a limpeza.

Foram colhidas amostras de leite e swabs de superfície dos equipamentos envolvidos no

processo de pasteurização de 8 laticínios em 9 rastreamentos no estado do Paraná para

determinar a contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos (AM), coliformes totais

(CT) e Escherichia coli (EC). Para contagem de AM realizou-se a semeadura em Ágar

Padrão de Contagem (PCA). Para enumeração de CT e E. coli foi utilizado o sistema

3M™ Petrifilm™ e para detectar resíduos de proteínas no equipamento utilizou-se o

teste Clean-Trace™ Surface Protein Plus 3M™. Os principais pontos de contaminação

do leite pasteurizado por AM, CT e EC foram o tanque de equilíbrio antes da

empacotadeira, o tanque pulmão da empacotadeira e as partes internas da

empacotadeira. Os pontos que apresentaram resultado positivo para presença de

resíduos de proteína foram a tubulação de entrada do tanque de equilíbrio antes da

empacotadeira, o tanque de equilíbrio antes da empacotadeira e a tubulação de entrada

de leite no tanque pulmão da empacotadeira. Além da dificuldade de limpeza inerente

ao designe do equipamento, os laticínios utilizam concentrações e temperaturas

inadequadas para circulação das substâncias utilizadas na limpeza e sanitização dos

equipamentos, o que resulta em higienização ineficiente ou ainda comprometimento do

equipamento ao provocar corrosão das superfícies e desgaste precoce das borrachas de

vedação. O teste para detecção de resíduos de proteínas pode representar uma

importante ferramenta para avaliar a eficiência da limpeza de equipamentos, uma vez

que oferece resultados imediatos, permitindo correções que podem evitar perdas e

problemas aos laticínios. Em muitos casos não se conseguiu detectar contaminações em

superfícies da empacotadeira, por terem origem em pontos internos, inacessíveis à

coleta de amostras. No entanto, ficou evidente a relação desses pontos com a

contaminação do leite pasteurizado embalado, já que este apresentou contagens de AM,

CT e EC superiores às do leite antes de passar pela empacotadeira.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária.

55

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

POPULAÇÃO E INFLUÊNCIA DOS MICRO-ORGANISMOS

PSICROTRÓFICOS NO LEITE CRU REFRIGERADO

SCHNEIDER, C. R.1*

; POZZA, M. S. S.2; JOBIM, C.C.

2; KRAUSE, D. C.

1; HAAB, C.

A.1; CASTAGNARA, D. D.

3; FERNANDES, T.

4; ZAMBOM, M. A.

5

1Alunas de Graduação de Zootecnia–UNIOESTE.

2Prof. do curso de Zootecnia

/UEM/Departamento de Zootecnia – Maringá. [1]Pós doutoranda – PNPD /

UNIOESTE.. 4Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia –

UNIOESTE. 5Profª do curso de Zootecnia – UNIOESTE. *E-mail:

[email protected]

O resfriamento do leite previne a acidificação do mesmo, porém, não impede o

desenvolvimento das bactérias psicrotróficas que possuem a capacidade de se

desenvolver em temperaturas inferiores a 7ºC. O estudo foi conduzido em 11 rebanhos

leiteiros distribuídos em propriedades familiares do município de Santa Helena - PR. As

coletas se efetivaram de forma asséptica, com o acondicionamento do leite em frascos

esterilizados transportados sob condições isotérmicas ao laboratório de Microbiologia

da UNIOESTE. Diluições de 10¹, 10², 10³ em água peptonada (0,1%) estéril foram

inoculadas em placas de Petri utilizando-se Agar caseinato padrão (SMCA)e incubadas

em um período de 10 dias a 7ªC, para a determinação da contagem de psicrotróficos

proteolíticos. As mesmas diluições foram inoculadas em placas Petrifilm ®

para

contagem de aeróbios, e incubadas por um período de 10 dias para a contagem de

psicrotróficos. Também determinou-se os teores de proteína, lactose, gordura, minerais

e a densidade do leite por equipamento automatizado Milkoscope Expert®. As

populações médias de psicrotróficos e psicrotróficos proteolíticos foram de 2,70 x 105 e

2,80 x 104 UFC/mL, respectivamente. Em se tratando dos constituintes físicos químicos,

a maior variação foi observada para os teores de gordura, porém, todos os parâmetros

atendem os intervalos descritos na Instrução Normativa 62. Foi observada correlação

positiva (r=0,57*) entre a população de micro-organismos psicrotróficos e

psicrotróficos proteolíticos, porém, estes não apresentaram correlação com os

componentes físico-químicos do leite. A densidade apresentou correlção positiva com

os teores de proteína (r=0,83**) e lactose (r=0,83**) e gordura (r=0,081**) do leite. Os

minerais apresentaram correlação positiva com a proteína (r=0,98**) e lactose

(r=0,98**) e com a densidade do leite (r=0, **). Apesar de não haverem parâmetros na

normativa para psicrotroficos contagens em leite cru acima de 106

UFC/ml são

consideradas insatisfatórias para a fabricação de produtos lácteos.

56

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS PARA O VÍRUS DE LEUCOSE

ENZOOTICA EM PROPRIEDADE LEITEIRA DE ARAPOTI – PR

NEGRI FILHO, L.C.¹, AFFONSO, M. Z. ², BRONKHORST, D.E. ¹, MORAES, E.M.S.

³, FABRIS, J.T. ³, SILVA, L.C. ⁴, HEADLEY, S.A. ⁴, OKANO, W⁴.

¹ Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/PIBIT/CNPq, Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), Arapongas. ² Mestrando do Programa de Pós graduação em Saúde e

Produção de Ruminantes, UNOPAR, Arapongas/PR, ³ Bolsista Funadesp/UNOPAR,

graduando em Medicina Veterinária da UNOPAR, Arapongas/PR, ⁴ Docente, Dr.,

Medicina Veterinária, UNOPAR, Arapongas/PR. Email: [email protected]

A leucose enzoótica bovina (LEB) é causada por um vírus da família Retroviridae,

subfamília Oncovirinae. Vírus da Leucemia Bovina (VLB). Devido ao manejo

intensivo, os rebanhos leiteiros têm maior prevalência da doença, cuja transmissão é

horizontal, de forma iatrogênica com fômites contaminados, agulhas, instrumentos

cirúrgicos e luvas de palpação. Esta enfermidade gera perdas econômicas devido à

infertilidade, queda na produção de leite, descarte e morte de animais. Foram colhidas

354 amostras de soro sanguíneo de bovinos, fêmeas, da raça Holandesa Preto e Branco

de uma propriedade em Arapoti – PR, em fevereiro de 2013. A pesquisa de anticorpos

séricos anti VLB foi realizada no laboratório de Imunologia do Curso de Medicina

Veterinária, UNOPAR, Arapongas/PR, através da prova de Imunodifusão em Gel de

Agar (IDGA). Das amostras analisadas os valores absolutos e relativos de animais

positivos e negativos na prova de IDGA foram respectivamente, 23/354 (6,49%) e

331/354 (93,50%). No Paraná Sponchiado (2008) descreveu a prevalência de 49,04%,

Leuzzi Junior et al. (2003), 40,7%, Carvalho et al. (1996) 18,4% e Kantek et al. (1983)

20,7%. Apesar da soroprevalência da propriedade estar abaixo dos índices citados pelos

demais pesquisadores, um fato preocupante é que dos 23 animais soropositivos, cinco

tem idade abaixo de dois anos. Dos cinco animais dois serão retestados quando

atingirem a idade de sete meses para descartar a interferência dos anticorpos colostrais,

porém três desses animais já ultrapassaram a idade de sete meses.

Suporte Financeiro: CNPq (concessão da bolsa de Iniciação Científica –

PIBIC/PIBIT/FUNADESP/UNOPAR)

57

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Londrina -PR

25 e 26 de junho de 2013

POLIMORFISMO DO GENE DA ENZIMA COAGULASE DE Staphylococcus

spp. ISOLADOS DE MASTITE SUBCLÍNICA (DADOS PARCIAIS).

ZANIN, E.M. 1; AUGUSTO, N. D.

1 ; SANTOS, T.L.

1 ; NEGRI FILHO, L.C.

2 ; NETO

CORREA, A. 3 ; ASSUNÇÃO, K. R.

4; PEREIRA, T.G. ⁵., OKANO, W.⁶ ; BOGADO,

A.L.G. ⁶; SANTANA, E.H.W.⁶; SILVA, L. C. ⁶.

1 Iniciação Científica, Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) Arapongas - PR; 2

Bolsista PIBIT/CNPq/UNOPAR; 3 Bolsista FUNADESP /UNOPAR; 4 Técnica

laboratório CDMV – UNOPAR- Arapongas- PR, 5 - Mestranda do Programa Saúde e

Produção de Ruminantes. 6 – Professores Curso de Medicina Veterinária

UNOPAR/Mestrado Saúde e Produção de Ruminante. Email:

[email protected]

As perdas de produção de leite devidas ao aumento da CCS são absolutas, isto é,

independem do nível de produção dos animais e entre os patógenos mais frequentes,

estão Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae,

Streptococcus uberis, Escherichia coli. Os Staphylococcus spp. são os agentes mais

importantes na mastite clínica e subclínica em bovinos. Na rotina do exame

microbiológico para diagnóstico de mastite, o teste de produção de coagulase em tubo é

empregado para classificar os Staphylococcus em dois grupos: os coagulase positivos e

os coagulase negativos. A produção da enzima coagulase é um importante fator de

patogenicidade usado no mundo inteiro para identificação de Staphylococcus aureus. A

técnica de RPFL (Restriction fragment length polymorphism) direcionado ao gene da

enzima coagulase tem sido utilizada para determinar diferenças em Staphylococcus

coagulase positiva no conteúdo genético e inferir sobre mudanças no comportamento

epidemiológico. Em uma propriedade em Jaguapitã com 162 vacas em lactação, foi

realizado o teste de CMT (California Mastitis Test) e foram identificados 86 tetos com

reação positiva de grau 3 em 45 vacas. Foram colhidas amostras de leite em frascos

estéreis e o leite submetido ao laboratório de Microbiologia do CDMV da UNOPAR

para diagnóstico microbiológico. Foram isoladas 16 amostras de Staphylococcus

coagulase positivos e as colônias obtidas foram submetidas a PCR (Reação em cadeia

da Polimerase) direcionadas ao gene da enzima coagulase e logo após realizada a RFLP

onde apresentaram amplificação de um produto com 750 pb (PCR) e após digestão com

enzima Alul o produto obtido foi de dois fragmentos com 430 e 220 pb. Foi observada a

estabilidade genética do agente microbiológico indicando a sua alta infecciosidade.

Suporte Financeiro: FUNADESP (concessão da bolsa de Iniciação Científica –

Funadesp / UNOPAR)

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25 e 26 de junho de 2013

CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS DO ÚBERE E SUAS RELAÇÕES COM

A PRODUTIVIDADE EM VACAS DA RAÇA GIROLANDO

SANCHEZ, A. F.1; GASPARINI, M. J.

1, FRANÇOSO, M. C.

2, BAYSE, J.

2, REGO, F.

C. A.3, LIMA, L. D.

3

1Bolsistas de Iniciação cientifica FUNADESP, Universidade Norte do Paraná,

Arapongas/PR, 2 Mestrandas do Programa de Mestrado em Saúde e Produção de

Ruminantes - UNOPAR, 3 Professoras Dra. do Programa de Mestrado em Saúde e

Produção de Ruminantes – UNOPAR.

As correlações existentes entre a morfometria do úbere com as características

produtivas e sanitárias em vacas são de extrema importância, pois servem como

ferramenta para a seleção de vacas mais adaptadas, produtivas e resistentes. O objetivo

desta pesquisa foi avaliar as características fenotípicas de úbere em vacas da raça

Girolando, utilizando-se 60 vacas (5/8 + 3/8) de primeira a quarta ordem de lactação.

Os úberes foram avaliados quanto ao tipo: ideal, degrau, anterior, posterior ou

primitivo. Foram avaliadas também algumas medidas de morfometria de úbere e tetos,

como altura do úbere anterior (ALA) e posterior (ALP), forma dos tetos (ideal, garrafa,

curto, grosso). No rebanho avaliado observou-se superioridade de úberes do tipo ideal

(66,6% das vacas) com relação aos demais tipos. Os índices de úbere em degrau e

posterior foram similares; sendo 11,67 e 16,67%, respectivamente. Da mesma forma os

úberes dos tipos anterior e primitivo também foram semelhantes, sendo 1,6 e 3,3%

respectivamente. Essa diferenciação de tipos de úbere tem grande relevância na

incidência de mastite, uma vez que determinados tipos favorecem o contágio, a

migração e estabelecimento de infecção bacteriana. A média geral da altura de úbere

anterior e posterior foi de 6,32 cm (± 0,64) e 6,30 cm (±0,64) respectivamente.

Descrevendo esses dados em intervalos verificou-se que 11,67% das vacas

apresentaram úbere anterior mais próximos ao solo (entre 4,5 a 5,5 cm) e 15%

apresentaram úbere posterior mais próximos ao solo. Grande parte das vacas (85%)

apresentou AUA entre os intervalos de 5,6 a 6,5 e 81,67% das vacas apresentaram AUP

entre 6,6 a 7,5. Observou-se ainda que apenas 3,33% das vacas apresentaram ALA e

ALP acima de 7,6 cm do solo. Com relação ao formato de tetos observou-se que 70%

dos tetos eram do tipo ideal, 0,8% do tipo garrafa, 0,8% do tipo grosso e 28,8% do tipo

curto. Das variáveis analisadas houve correlação entre a AUA e produtividade (-0,16) e

entre AUP e produtividade (-0,11). Para obter maior consistência nas correlações entre

medidas morfométricas e produtividade dos rebanhos seria necessário avaliar diferentes

rebanhos e um número maior de animais.

Suporte Financeiro: FUNADESP UNOPAR

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CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA DE PRODUTORES DE LEITE DO

PARANÁ

MARTINICHEN, D.1; LUSTOSA, S.B.C.

1; GALBEIRO, S.

2; PEDROSO, E.M. de

S.R.3, E. MENDES, B.S.M.

3.

1 Professor (a) Dr(a) do Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-

Oeste (UNICENTRO), Guarapuava/PR; 3 Professor (a) Dr(a) do Departamento de

Medicina Veterinária, UNICENTRO, Guarapuava/PR; 2 Bolsista de Iniciação Científica

FA, UNICENTRO. E-mail: [email protected]

Os sistemas de produção de leite são bastante diversificados no Paraná, bem como as

condições socioeconômicas dos produtores rurais que atuam neste contexto. Assim,

objetivou-se avaliar as características socioeconômicas dos produtores de leite nas

diferentes regiões do Paraná. O trabalho foi realizado na Universidade Estadual do

Centro-Oeste, Guarapuava-PR, de agosto de 2008 a dezembro de 2009, quando foram

realizados 38 Cursos de Capacitação para Produtores Rurais vinculados a Laticínios

cadastrados no Programa Leite das Crianças. No início de cada curso foi aplicado um

questionário sobre as características socioeconômicas dos participantes. Os

questionários respondidos foram agrupados nas quatro regiões do Paraná: Norte, 211

questionários; Oeste, 108 questionários; Sul, 36 questionário e Leste, 23 questionários.

Os resultados obtidos foram avaliados por regiões. Com relação a Escolaridade, a região

Norte é a que apresenta maior número de produtores com ensino superior (20,4%),

seguida pela Sul (11,1%), Leste (8,7%) e Oeste (8,3%). Com ensino fundamental

incompleto o maior número de produtores está na região Leste (56,5%), seguida pela

Sul (27,8%), Norte (25,1%) e Oeste (15,7%). Os produtores mais jovens, de até 30 anos

de idade estão na região Sul (83,3%), seguida da Leste (60,9%), Oeste (53,7%) e Norte

(49,3%). A região Oeste possui o maior número de produtores da faixa etária de 31 a 50

anos, seguida pela Norte (42,2%), Leste (34,8%) e Sul (16,7%). No Sul do Estado há a

maior porcentagem de produtores solteiros (80,6%), seguido pela Leste (60,9%), Norte

(36,5%) e Oeste (29,6%). No estado civil casado, ocorreu o inverso do resultado dos

produtores solteiros. Com relação ao número de filhos de até dois anos a região Oeste é

a que apresenta o maior número (49,1%), seguida pela Leste (30,4%), Norte (34,1%) e

Sul (13,9%). Os produtores que não possuem filhos estão distribuídos nas regiões, de

forma semelhante aos produtores solteiros. A maior renda mensal dos produtores (acima

de seis salários mínimos) está na região Norte (11,4%), seguida pela Leste (8,7%),

Oeste (8,3%) e Sul (8,3%). Os menores salários (até dois salários mínimos) estão na

Leste (56,5%), seguida pela Norte, Sul e Oeste (22,2%). A principal atividade além da

pecuária, exercida pelos produtores é a agricultura. Conclui-se que quanto menor a

escolaridade dos produtores, menor a renda mensal.

Suporte Financeiro: Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior – SETI e Unidade Gestora do Fundo Paraná – UGF.

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CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES LEITEIRAS DO PARANÁ

GALBEIRO, S.1; MARTINICHEN, D.

2; LUSTOSA, S.B.C.

2;.VITAL, D.D.

2; LIMA,

T.U.N.V.2.

1 Professor (a) Dr(a) do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Estadual

do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava/PR; 2Professor (a) Dr(a) do

Departamento de Agronomia, UNICENTRO, Guarapuava/PR; 3Bolsista de Iniciação

Científica FA, UNICENTRO. E-mail: [email protected].

Os sistemas de produção de leite são bastante diversificados no Paraná, bem como o

tamanho das propriedades e sua tecnologia. Assim, objetivou-se avaliar as

características tecnológicas de propriedades leiteiras nas diferentes regiões do Estado. O

trabalho foi realizado na Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava-PR, de

agosto de 2008 a dezembro de 2011, quando foram realizados 38 Cursos de Capacitação

para Produtores Rurais vinculados a Laticínios cadastrados no Programa Leite das

Crianças. No início de cada curso foi aplicado um questionário sobre as propriedades

dos participantes. Os questionários respondidos foram agrupados nas quatro regiões do

Paraná: Norte, 211 questionários; Oeste, 108 questionários; Sul, 36 questionário e Leste,

23 questionários. Os resultados obtidos foram avaliados por regiões. Com relação ao

tamanho da propriedade, a região Sul é a que apresenta maior área (acima de 30

hectares), com 38,9%, seguida pela Oeste (23,1%), Leste (21,7%) e Norte (8,3%).

Propriedades com até 15 ha estão principalmente nas regiões Norte (57,3%) e Leste

(56,5%), seguida pela Oeste e Sul. A área destinada às atividades leiteira em

propriedades acima de 30 ha está na Leste e Oeste, enquanto que nas propriedades de

até 15 ha, estão na Norte, Oeste, Sul e Leste, respectivamente. A ordenha mecânica faz

parte de 91,7% no Oeste e Sul, seguida de 63,5% no Norte e 34,8% no Sul. Somente no

Oeste é que ocorrem três ordenhas diárias e no Sul ocorrem 100% duas ordenhas

diárias. A região Oeste possui a maior produção diária de leite por animal (acima de 20

kg) (21,3%), seguida pela Sul (16,7%), Leste (13,0%) e Norte (7,6%). A menor

produção (até 10 kg) está no Leste (56,%), seguida do Norte (49,3%), Sul (27,8%) e

Oeste (11,1%). Com relação à suplementação alimentar, o Oeste é o que mais utiliza a

suplementação de ração e silagem. Já o Norte é o que menos utiliza suplementação

(27,5%), seguido do Leste (26,1%), Sul (19,4%) e Oeste (11,1%). As regiões Oeste e

Sul são as que mais utilizam a inseminação artificial (75,5%), seguida da Norte (45,5%)

e Leste (34,8%). A região Leste é a que possui propriedades acima de 30 hectares com

maior área destina a atividade leiteira, porém é a que menos demonstrou tecnologia no

sistema de produção de leite. As regiões Oeste e Sul são as que possuem tamanho

intermediário de propriedade (de 16 a 30 ha), porém, as que demonstram melhor nível

tecnológico no sistema de produção de leite.

Suporte Financeiro: Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior – SETI e Unidade Gestora do Fundo Paraná – UGF.

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IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA DE UMA COMUNIDADE FORRAGEIRA SOB

SISTEMA FAXINAL, NO MUNICIPIO DE REBOUÇAS, PARANÁ

MEYER JUNIOR, W.H.¹*; WATZLAWICK, L.F.²; MARTINICHEN, D.3; LUSTOSA,

S.B.C.3

¹* Mestrando em Produção Vegetal, Bolsista Capes, UNICENTRO,

[email protected]. ² Professor Adjunto do Departamento de Agronomia da

UNICENTRO, Bolsista produtividade CNPq, [email protected]. 3Professor Adjunto do Departamento de Agronomia da UNICENTRO.

O Sistema Faxinal é um sistema silvipastoril peculiar, encontrado somente no estado do

Paraná, onde ocorre o uso de espécies naturais de pastagem, sob um remanescente da

Floresta Ombrófila Mista. Em um ambiente com diversas limitações como longo tempo

de pressão antrópica, a baixa fertilidade natural, sombreamento e super pastejo, é que

ocorrem algumas plantas forrageiras que compõe a dieta das diversas espécies animais,

mantidos sob pastejo contínuo. A projeção da expressão produtiva dessas forrageiras, já

adaptadas ás condições ambientais dos faxinais, depende primeiramente da identificação

das espécies presentes, possibilitando-se avaliar a aplicação de tecnologia e seu nível de

resposta, o potencial de produção forrageira e consequentemente à produção de leite e

carne. Realizadas um total de 64 amostragens em dois Faxinais, as espécies de interesse

forrageiro encontradas foram: Axonopus compressus (Sw) P. Beauv.; Ichnanthus

pallens. Paspalum notatum; Desmodium incanum DC; Hipoxis Decumbens L.; Além

disso, foram identificadas outras espécies consideradas as plantas infestantes: Bacharis

trimera, Cophea mesostemom, Conyza bonariensis, Dichondra microcalix,

Elephantous molis, Hipoxis decumbens, Hypocheris brasiliensis, Leandra australis,

Oxalis corniculata, Senecio brasiliensis, Senna ocidentalis, Sida sp., Spermacoci

latifolia, Solanum viarum, Veronica pelegrina, Vernonia polysphaera. O Sistema

Faxinal, encontra-se em fase de desagregação, e não existem até o presente momento,

estudos realizados no sentido de se conhecer e caracterizar a produção forrageira

visando se estabelecer bases para o conhecimento do sistema e seu entendimento

científico.

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25 e 26 de junho de 2013

FRAUDE NO LEITE POR ADIÇÃO DE UREIA

BELOTI, V1*

; TAMANINI, R2.; PEREIRA, J. R.

3; RIOS, E. A.

3; YAMADA, A. K.

4,

ANDRADE, J. P.5; ANTONIO, N. S.

5; MAREZE, J.

5 GONZAGA, N.

5

1Docente do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva – LIPOA/ DMVP,

CCA, UEL, Londrina PR. 2Médico Veterinário. Laboratório de Inspeção de Produtos de

Origem Animal - LIPOA, DMVP/CCA, UEL, 3Mestrando de Pós-graduação em

Ciências Animal, LIPOA/DMVP, CCA, UEL, Londrina PR.4Doutorando de Pós-

graduação em Ciências Animal, LIPOA/DMVP, UEL, Londrina PR. 5Médico

Veterinário Residente. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal -

LIPOA, DMVP/CCA, UEL *E-mail: [email protected]

A ureia é um composto orgânico cristalino, incolor solúvel em água e em álcool. Entre

outras aplicações, é utilizada na alimentação de ruminantes e em fertilizantes agrícolas.

O leite bovino normalmente apresenta 12 a 18 mg/dL de ureia. A ureia tem sido

utilizada para mascarar a fraude por adição de água ao leite. O método de excelência

para pesquisar a adição de água ao leite é a aferição do ponto de congelamento através

da crioscopia, que se aproxima de zero, saindo do parâmetro determinado por lei de -

0,530 a -0,550° Hortvet. Nos propusemos a verificar as alterações provocadas pela

adição de ureia no pH, acidez, estabilidade ao alizarol, condutividade, densidade e

crioscopia do leite, no Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal do

Centro Mesoregional de Excelência em Tecnologia do leite do Norte Central/

Universidade Estadual de Londrina. Avaliamos também as alterações provocadas na

análise de composição por infravermelho, método utilizado pela Rede Brasileira de

Monitoramento da Qualidade de Leite. Para isso, as amostras foram enviadas ao

Laboratório da APCBRH (Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça

Holandesa), que integra a rede. Amostras de leite pasteurizado foram adicionadas de

ureia fertilizante granulada com nitrogênio total de 45%, em concentrações que

variaram entre 0,05% e 0,5%. Como resultado, obtivemos que, nas concentrações

testadas, a uréia não altera o pH, a acidez, a estabilidade ao alizarol, a condutividade,

nem a densidade do leite. No entanto, altera a crioscopia. A adição de 0,1% de ureia

altera a crioscopia, tornado-a mais negativa em -0,032°H, o que permite a adição de

cerca de 3,2% a 5% de água, dependendo da crioscopia original do leite. A combinação

de água e ureia em proporções adequadas torna a fraude por adição de água

imperceptível ao crioscópio. Se a ureia utilizada na fraude for a utilizada como

fertilizante, ela traz resíduos de formol que pode ser detectado pela prova específica

para formol. Na análise de composição, 0,1% aumenta 27,5 mg/dL no teor de ureia do

leite e aumenta também o teor de proteína, indicando que o método não diferencia

proteína de nitrogênio não proteico. Pode-se observar ainda redução dos teores de

lactose, nos quais a ureia não interfere, mas a água adicionada provoca diluição deste

componente. A quantificação de ureia como análise complementar à avaliação de

composição por infravermelho apresentará teores elevados de ureia que é indicativo de

fraude.

Agradecimentos: Ao Centro Mesorregional de Excelência Em Tecnologia do Leite do

Norte Central – UEL financiado pela FINEP e Fundação Araucária e a Associação

Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa.

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