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Luciano Freitas é profissional de áudio, fez

curso de piano erudito, Full Masterering no

Füller Studios (Miami). É técnico em áudio na

Pro Studio Americana e foi professor de teclado

no Conservatório Musical Joelson Vieira.

Me diga como ouves

CCom a proximidade dofinal do ano, muitosencontram nessaépoca um ótimomomento para fazerum upgrade em seuvelho companheiro deguerra em busca denovos timbres quemotivem cada vezmais sua inspiraçãomusical. A evoluçãotecnológica dispõe acada ano de ummelhor custo efetivode peças, criandoteclados queofereçam os recursosdesejados semestourarem oorçamento.

que te direi quem és

om os recursos de amostragens di-gitais existentes no momento, édifícil falar que uma empresa não

possua tecnologia suficiente para criarum teclado com timbres decentes. A res-ponsabilidade geralmente cai sobre osound designer (profissional responsávelpela criação dos timbres para o teclado)que utiliza todo seu conhecimento e ex-periência para criar algo que supere asexpectativas dos usuários.

Horas e mais horas para gravar, editar,processar e armazenar esses timbres paradepois você conectá-lo naquele velho e ul-trapassado sistema de amplificação? Creioque esse não é o desejo desses profissionais.Usar aquele sistema 3 em 1 da época dasua avó para amplificar seu teclado certa-mente não reproduzirá a resposta de fre-qüências utilizada nos laboratórios das em-presas que criaram os timbres.

Para solucionar essa lacuna do merca-do, muitas empresas, sejam elas produto-ras de teclados ou não, investem na pes-quisa de sistemas dedicados de amplifica-ção para teclados quepermitam um duetobem mais saudável.O sistema mais sim-ples encontrado pa-ra músicos de palcosão os amplificadoresdo tipo “combo”, queagregam em um mes-mo equipamento umsistema de alto-falan-tes (transdutores),um amplificador eum pequeno mixer

para não limitar o músico à utilização deum único instrumento conciliado a umaboa relação custo-benefício. A grandevantagem desses equipamentos é a pra-ticidade do “ligou, funcionou”, sem perdade tempo para conectar vários cabos.

Vejamos agora quais são os principaisícones dessa categoria de equipamentosque o mercado nos fornece hoje:

Roland KC 550 - Combo dotado demixer com quatro canais, sendo um paramicrofone e um canal auxiliar, todos comcontroles de volumes individuais mais umequalizador de três bandas para a seçãomaster. Seu amplificador fornece 180 wattsRMS através de um transdutor para graves(15 polegadas) mais um tweeter. Sua seçãode saídas fornece, além de uma dedicadapara subwoofer (propriamente para o mo-delo KCW-1), saídas servo- balanceadaspara gravação ou para direcionamento doáudio para um P.A., link para se comunicarcom outro KC 550 para uso em estéreo(com controle de volume através do KCmaster) e uma saída para headphones. Pa-

ra facilitar sua loco-moção, possui rodasao invés de pés deborracha.

Alesis Sumo 300

- Oferecendo 300watts RMS em umaembalagem de pre-ço bem atrativo, essecombo, além de ofe-recer quatro canaisestéreos (com equa-lizador de graves eagudos por canal),

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ainda possui uma entrada dedicada paramicrofone (a qual pode também utilizar omultiefeitos estéreo interno com 15 presetstrazendo reverbs, chorus, flagers, delays eefeitos de alto-falantes rotativos, muitoutilizado para simular as caixasLeslie). Sua saída de headphones si-lencia seus alto-falantes (15 polega-das + tweeter) para permitir ao usu-ário utilizá-lo apenas para monito-ração. Possui ainda equalizador de trêsbandas para a saída master, saída Link parautilização em estéreo com outro Sumo 300e rodas para transporte.

Traynor Keymaster K4 - A grandejogada dessa empresa foi criar um comboestéreo onde o áudio, após ser divididopor um crossover interno, fosse dire-cionado para um transdutor de graves de12 polegadas com 200 watts RMS (queapresenta a soma do grave dos dois ca-nais para um único alto-falante), dois

transdutores de mé-dios de 4.5 polegadas com 30 watts RMSe mais dois transdutores de compressãocom 2.5 polegadas para agudos de 20watts RMS. Para criar diferentes sonori-dades, o K4 possui no primeiro dos seusquatro canais de entradas duas válvulas12AX7, permitindo ao usuário resgatar osom dos antigos mas veneráveis amplifi-cadores, controlando um pouco dos har-

mônicos estridentes de muitos tecla-dos digitais e adicionando um pou-co da compressão natural ao áudioque apenas as válvulas podem nosproporcionar. Com o auxílio dopedal de controle AFS-1, o usuá-rio pode controlar a distorção daválvula escolhendo entre Leadou Overdrive, permitindo a emu-

lação da sonoridade característicasdo Hammond do Deep Purple, ainda

tendo o auxílio de um equalizador detrês bandas e cinco presets com formatosdiferentes de interação do som da válvu-la com o equalizador (voicing presets). Jáo quarto canal possui uma entrada extraque não passa pelo controle master etambém não é enviada para suas saídasde linha (balanceadas) permitindo aousuário monitoração de uma fonte sono-ra que não se deseja enviar ao P.A. (porexemplo, um gerador de click).

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e-mail para esta coluna:

luciuspro@ig.com.br

Groove Tubes SFX 100 - Sendo oprimeiro produto dedicado a teclados daempresa, que tem como principais pro-dutos os microfones, o pequeno e inova-dor produto promete dispersão sonora de300 graus utilizando um alto-falantecoaxial de 8 polegadas na frente da caixaem conjunto com um tweeter de 1 pole-gada e outro alto-falante de 6.5 polega-das especialmente desenvolvido e mon-tado na lateral da caixa 90 graus fora docentro dos falantes frontais, ambos ali-mentados por dois amplificadores classeD de 100 watts RMS cada um. A suposta“Mágica Estereofônica” é conseguidaatravés do processo SFX (desenvolvidopela Groove Tubes em conjunto com aFender), onde ambos os sinais, do ladoesquerdo e direito, são codificados aindano mixer de entrada e são apenas deco-dificados nos amplificadores de cada ca-nal. Possui também entrada dedicadapara microfone (dotada de phantompower) e controle para otimizar a disper-são sonora em conformidade com a acús-tica do local onde será montada.

Motion Sound KeyPro 200S - Com-bo estéreo que possui forma de pentágonopara otimizar sua dispersão sonora. Mesmosendo estéreo, seus canais (direito e es-querdo, cada um com 100 watts RMS etransdutores de 10 e 3.5 polegadas) são in-dependentes e podem ser usados comoduas unidades separadas, cada um comdois canais de entrada individuais que po-

dem ser uti-

lizados em conjun-to. Possui entradade microfone, saí-das de linha (balan-ceadas) e dedicadapara subwoofer.

Hartke KM 200

- A famosa marcados alto-falantes comcone de alumínio cri-ou um combo de 200watts RMS para ostecladistas com an-gulação para facilitar a monitoração nospalcos. Pensando nas vezes em que otecladista fica sem retorno no palco (ge-ralmente pelo fato de seu instrumentoser enviado diretamente ao P.A., deixan-do o músico imune ao volume dos ampli-ficadores dos guitarristas e baixistas), aempresa separou o controle de volumegeral da saída de linha que geralmente éa que vai para o P.A. (independente-mente das mudanças no volume geral,na saída de linha o controle será o volu-me de cada um dos quatro canais). Pos-sui um equalizador master de sete ban-das para melhor controle do seu campode freqüências que vai de 56Hz a 20kHz(graças aos transdutores de 15 polegadase titanium de 1 polegada).

Para as pessoas que desejam um siste-ma um pouco mais elaborado, boa escolhasão as caixas tipo “light PA” trabalhandoem conjunto com um pequeno mixer. Es-ses sistemas, comparados aos combos domesmo tamanho e peso, oferecem maiorpoder sonoro e menos coloração do áudiograças ao sistema bi-amplificado, melho-rando o alinhamento da fase (amplifica-dores separados para os transdutores degraves e agudos). Hoje também existemvários modelos de diversas marcas dessetipo de produto, mas os modelos mais co-mentados e utilizados, segundo os fórunsde tecladistas, são o JBL Eon15 G2 e oMackie SRM 450. Ambos possuem carac-

terísticas bem pareci-das (embora o JBLpossua transdutor degraves de 15 polega-das e o Mackie de 12polegadas). Ambosproduzem 300 wattsno transdutor de gra-ves e 100 watts notransdutor de agu-dos, mas, devido aotamanho do wooferda JBL, sua resposta

de freqüência se inicia em 42Hz contra os55Hz do Mackie. Outro recurso que a JBLtambém superou foi a quantidade de en-tradas, tendo três balanceadas (uma paramicrofone) contra apenas uma da Mackie.Qualidade sonora? Muito boa nos doisequipamentos, apenas poderia dizer queseria comparar uma Mercedes Benz comuma BMW.

Para quem deseja apenas usar o tecla-do em casa, a tacada certa seria a aquisi-ção de um bom par de monitores. Tam-bém nesse caso a diversidade de modelosé gigantesca. Genelec, Dynaudio, B&We Tannoy são algumas das marcas maisconhecidas, mas hoje já existem bonsmonitores de outras marcas com preçosbem atrativos. Caso seu teclado possua sa-ída de áudio em algum formato digital,procure algum modelo de monitor quelhe ofereça essas entradas, evitando assimperda de qualidade de áudio com conver-sões desnecessárias. Esses produtos serãocomentados em um futuro próximo emnossa coluna.

Quando o orçamento não permitir acompra do melhor ou desejado equipa-mento pense que, às vezes, é melhor ter umbom fone de ouvido de algum marca respei-tada do que ter que ouvir seu trabalho emuma caixa utilizada para apicultura.