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QUESTIONÁRIOS I E II DE IMUNOLOGIA
Aluna: Amanda Lacerda Freire
QUESTIONÁRIO I
1 – Fale sobre a história da imunologia.
A imunologia é uma ciência relativamente nova. Sua origem tem sido atribuída a Edward Jenner,
que descobriu em 1796 que a vacínia ou cowpox induzia proteção contra a varíola humana.
Jenner deu ao processo o nome de vacinação. Quando Jenner introduziu a vacinação, nada
sabia dos agentes infecciosos que causam doenças. Mais tarde no século XIX, que Robert Koch
provou que doenças infecciosas eram causadas por microorganismos. As descobertas de Koch e
de outros grandes microbiologistas do séc. XIX possibilitaram o desenvolvimento da imunologia e
estenderam o xelmplo da vacinação de Jenner para outras doenças.
2 – Descreva a função e estrutura dos órgãos linfóides 1º e 2º.
Órgãos linfóides primários representam o local onde ocorrem as principais fases de
amadurecimento dos linfócitos. O timo e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local
onde amadurecem os linfócitos T e B respectivamente. Os tecidos primários não formam células
ativas na resposta imune, formam até o estágio de pró-linfócitos. O timo é um órgão linfático que se
localiza no tórax, anterior ao coração. É dividido em dois lobos, o direito e o esquerdo. É revestido por
uma cápsula fibrosa, que histologicamente vai penetrando pelo parênquima tímico e formando os
septos conjuntivos que vai dividindo os lobos em inúmeros lóbulos. Sobre esta cápsula aparece um
aglomerado de adipócitos que forma o tecido adiposo extra tímico. A medula óssea é constituída por
células reticulares, associadas às fibras reticulares, que juntos dão o aspecto esponjoso da medula e
tem a função sustentadora e indispensável ao desenvolvimento das células que participam da
hematopoiese. No meio deste tecido reticular encontramos uma enorme quantidade de capilares
sanguíneos sinusóides, com grandes poros que permite a saída de células maduras.
Os tecidos linfóides secundários são os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela
humoral ou celular. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos
primários, que migraram pela circulação e atingiram o tecido. Neles estão presentes linfonodos,
as placas de Peyer, tonsilas, BALT, MALT, GALT, baço e amígdalas. Linfonodos são órgãos
pequenos em forma de feijão que aparecem no meio do trajeto de vasos linfáticos. Normalmente
estão agrupados na superfície e na profundidade nas partes proximais dos membros, como nas
axilas, na região inguinal, no pescoço... Também encontramos linfonodos ao redor de grandes vasos
do organismo. Eles filtram a linfa que chega até eles, e removem bactérias, vírus, restos celulares,
etc. O baço é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa, situado no quadrante
superior esquerdo do abdômen. É o maior órgão linfático secundário do organismo e tem como
função imunológica, a liberação de linfócitos B, T, plasmócitos, e outras células linfóides maduras e
capazes e capazes de realizar uma resposta imune para o sangue e não para a linfa. As tonsilas são
aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. As tonsilas eram conhecidas como
amigdalas, e estão localizadas na cavidade bucal (tonsilas palatinas) próximas ao arco palatofaríngeo,
na parte posterior da língua (tonsilas linguais), e na parte posterior da nasofaringe encontramos as
tonsilas faríngeas. Os folículos (das tonsilas e das Placas de Peyer) são típicos, semelhante ao dos
linfonodos, com o seu centro germinativo e zona periférica com linfócitos B maduros. As Placas de
Peyer também são aglomerados de nódulos linfáticos localizados principalmente na mucosa do íleo
abaixo das glândulas de Leiberkühn, mas podem atingir a submucosa se a muscular da mucosa
estiver dissociada. Elas têm a mesma atividade que as tonsilas.
3 – Desenhe e fale da função das células linfóide e mielóide.
Linfóides:
Linfócitos B: reconhecimento das macromoléculas (antígenos) através de receptores de superfície
(anticorpos).
LTCD4: reconhece antígenos externos.
LTCD8: reconhece antígenos endógenos.
NK: células capazes de lisar células infectadas por vírus e células tumorais.
Mielóide:
Eritrócito ou hemácia: transporta oxigênio e armazena antígeno em sua membrana.
Plaquetas: podem liberar mediadores inflamatórios quando ativadas durante a trombogênese ou
por complexos antígeno-anticorpo.
Basófilos: sua membrana possui receptores para a imunoglobulina e (IgE).
Eosinófilos: responsável pela resposta imunogênica à alergia e a parasitas.
Neutrófilo: tem como função a fagocitose e é uma célula apresentadora de antígeno. É a primeira
responsável pelo processo inflamatório.
Monócitos ou monófagos: executa a fagocitose e é a segunda célula na ação inflamatória. É uma
apresentadora de antígenos.
4 – O que é inflamação?
A inflamação é a resposta do sistema imune a um processo infeccioso no qual oorre:
- Aumento do fluxo sanguíneo na área afetada;
- Aumento da permeabilidade capilar, permitindo que mediadores solúveis da imunidade atinjam o
local da infecção;
- Migração dos leucócitos dos capilares para os tecidos circundantes. Primeiramente os
neutrófilos e depois os monócitos e linfócitos.
5 – Explique o que leva à dor, calor, rubor e edema na inflamação.
- Dor: prostaglandina e leucócitos (substânca P neurotransmissor);
- Calor: prostaglandina, consumo de ATP pelas células do sistema imune e vasodilatação para a
migração das células;
- Rubor: hiperemia (aumento da vermelhidão causada pela vasodilatação);
- Edema: acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a
pressão hidrostática e osmótica.
6 – Descreva a fisiologia da célula no sistema imune.
As células brancas do sangue são produzidas a partir de uma única célula precursora: a célula
hematopoiética pluripotente. Os granulócitos (65%), eosinófilos, neutrófilos, e basófilos circundam
no sangue e estão envolvidos nas respostas inflamatórias. Os monócitos (5-10%) migram no
sangue e se transformam em macrófagos. As células dendríticas ativam e dão os estímulos
iniciais aos linfócitos. Os linfócitos (25-35%) se dividem em dois subtipos:
- B: reconhecimento do antígeno e secreta anticorpos;
- T: células-chave que distinguem o próprio sistema imune dos tecidos estranhos e dos agentes
infecciosos.
7 – Desenhe o processo de diapedese e explique como ele ocorre.
A indução do sistema integrina/ICAM no tecido inflamado aumenta a afinidade
neutrófilo/endotélio, habilitando os neutrófilos a parar de rolar e passar através do endotélio
naquele local. O ato de atravessar o endotélio é chamado de diapedese.
8 – Desenhe a estrutura dos anticorpos.
9 – Cite os tipos de anticorpos e suas funções.
- IgA (α): tem função de ser internalizado pelas células da mucosa em seus complexos de golgi.
- IgG ( ): é subdividido em IgG, IgG2, IgG3 e IgG4. Tem a função de passar a barreira placentária
e imunizar o feto.
- IgM (µ): Molécula pentamérica. É o melhor anticorpo ativador do sistema complemento pois
possui regiões FC próximas uma das outras.
- IgE (ε) molécula dimérica ou monomérica. Tem a função de ativar os eosinófilos e basófiolos
para promover a liberação de SUS grânulos citoplasmáticos. Subtipos: IgE1 e IgE2.
- IgD (Δ) : tem a finalidade de determinar a mudança da produção de IgM para IgG. É uma
molécula facilitadora/ opsonizadora de membrana para a ativação de linfócitos B.
10 – O que são antígeno, imunógeno e epítopo?
- Um antígeno é toda partícula ou molécula capaz de iniciar uma resposta imune como vírus,
bactérias. Fngos, protozoários, proteínas etc.
- Imunógeno é a partícula do antígeno que induz o reconhecimento do sistema imune para
desencadear uma reação imunológica.
11 – Para que serve a s integrinas, e selectinas na inflamação?
As integrinas são moléculas de adesão presentes na membrana celular. Na inflamação elas
resultam na aderência dos neutrófilos ao tecido lesionado de forna harmniosa dando a
oportunidade deles penetrarem nesse tecido.
12 – Qual a função do linfócito CD4?
O CD4 é o gestor do sistema imune pois entra em mitose e se diferencia em 2 tipos de células:
- TH1: responsável pela imunidade celular inata;
- TH2: responsável pela imunidade celular humoral;
13 – Quando uma pessoa nasce sem o timo (atímico), como fica sua resposta imune?
A pessoa atímica não terá linfócitos T maduros na corrente sanguínea tronando-se vulnerável a
infecções, pois embora não sejam capazes de produzir anticorpos por si mesmo, os linfócitos T
auxiliam os linfócitos B em sua função.
14 – Fale sobre imunidade inata e adquirida.
A imunidade inata é aquela presente no indivíduo ao nascer. Características:
- não especifica;
- não muda a intensidade conforme a exposição;
- é composta por barreiras mecânicas (cílios, pele), secreções (mucosas) e células (granulócitos e
células NK);
- protege contra bactérias, fungos, e vermes.
A imunidade adquirida, como diz o nome, é adquirida de acordo com o desenvolvimento de cada
um. Características:
- respostas específicas;
- aumenta em intensidade de acordo com a exposição;
- é composta por produtos secretados e células (linfócitos);
- Protege contra: bactérias (incluindo a infecção intracelular), vírus e protozoários.
15 – O que é resposta imunológica humoral?
É o principal mecanismo de defesa contra microorganismos extracelulares e suas toxinas pois os
anticorpos podem se ligar a eles e ajudar na sua eliminação. Os anticorpos reconhecem
antígenos microbianos, neutralizam a infecciosidade dos microorganismos e os preparam para
serem eliminados por diversos mecanismos efetores.
16 – Porque na resposta imunológica ocorre aumento de PCR (proteína C
reativa) e febre?
A PCR é produzida pelo fígado e normalmente está em baixos níveis. Apos um trauma ou
infecção aguda a PCR é rapidamente sintetizada pelos hepatócitos em resposta à liberação de
citoguinas na circulação pela ativação dos leucócitos. A febre é a elevação da temperatura
corporal causada pelo aumento da concentração de prostaglandina e hemácias e pelo alto
consumo de ATP das células do sistema imune.
17 – Quais as substâncias existentes no grânulos das eosinófilas?
Dentro dos grânulos do eosinófilo há histamina (vasidilatação e bronquioconstrição), heparina
(anticoagulante), serotonina, prostaglandina (aumenta a temperatura), bradicinina e cinina.
18 – Descreva a função das hemácias e plaquetas.
As hemácias, além de transportar oxigênio, armazenam em sua membrana antígenos que são
levados até o baço onde são removidos.
19 – O que é seleção linfocitária tímica e qual a célula responsável por essa função?
Algumas células T podem possuir receptores capazes de reconhecer alguns autocomponentes.
Essas células serão deletadas pelo processo de seleção linfocitária tímica, que ocorre nas
camadas mais profundas do córtex. Os timócitos interagem com o antígeno, com células
interdigitantes e com macrófagos. Aqueles que não conseguem reconhecer os auto-antígenos,
prosseguem no seu processo normal de desenvolvimento. As demais células sofrem apoptose e
são fagocitadas pelos macrófagos.
20 – Quando uma pessoa tem deficiência de anticorpos, como atua seu sistema imune?
Os anticospos têm por função primária a ligação aos antígenos. Em alguns casos isso tem um
efeito direto, por exemplo, na neutralização das toxinas bacterianas ou na prevenção da fixação
do vírus na célula hospedeira. Quando uma pessoa tem deficiência de anticorpos seu sistema
imune não terá uma resposta específica e não haverá memória. Somente as células da resposta
imune inata estará agindo e possivelmente poderá estar ocorrendo infecções graves no
organismo.
21 – O que é molécula opsonizadora?
Uma molécula opsonizadora é aquela que contém proteínas com atividade opsônica que cobrem
bactérias ou outro patógennos e facilitam a sua remoção. Opsoninas são proteínas que
reconhecem o antígeno. Receptores específicos para proteínas opsonizadoras estão presentes
nas paredes dos macrófagos que se ligam ao complexo opsonina-bactéria, fagocitam e
matam_na através de mecanismos oxidativos e enzimáticos.
QUESTIONÁRIO II
1 - Descreva as proteínas do sistema complemento.
- C1: Um complexo molecular multimérico composto de uma subunidade C1q, associada a duas
moléculas C1r e duas moléculas C1s. C1q é a subunidade que se liga à molécula de
imunoglobulina. C1r e C1s são esterases necessárias para a progressão da ativação da
cascata2.
- C2: Consiste de uma cadeia. A clivagem desta molécula forma C2a e C2b26. O componente C3
será descrito posteriormente.
- C3: possui uma estrutura singular contendo uma ligação interna trioéster formada entre um
resíduo de glutamina e um resíduo de cisteína. O C3 pode ser clivado em C3a e C3b.
- C4: É uma betaglobulina composta por três cadeias polipeptídicas denominadas alfa, beta e
gama. A molécula de C4 contém uma ligação tioéster na cadeia alfa. A clivagem de C4 por C1s
forma C4a e C4b. Como resultado desta clivagem, a ligação tioéster da cadeia alfa converte-se
em uma ligação instável, suscetível ao ataque de grupos nucleofílicos26.
- C5: É uma betaglobulina similar a C3 e C4, mas não contendo a ligação tioéster. A clivagem de
C5 pela C5-convertase, tanto da via clássica como alternativa, forma C5a e C5b. C5a é uma
potente anafilatoxina, além de ser o mais importante fator quimiotático derivado do SC28.
- C6 e C7: São beta-2-globulinas com características similares. Ambos estão compostos de
cadeias simples.
- C8: É uma gama-1-globulina, composta de três cadeias alfa, beta e gama. A cadeia beta contém
o sítio de interação com C5b6728.
- C9: É uma alfaglobulina constituída por uma cadeia simples. Uma característica importante
desta molécula é a sua capacidade de formar polímeros40, propriedade importante na formação
do CLM41.
2 - Fale e desenhe de forma detalhada as três vias do S.C.
A via clássica (1ª a ser descoberta), utiliza uma proteína plasmática chamada C1 para detectar
anticorpos IgM, IgG1ou IgG3 ligados à superfície de um microorganismo ou de uma estrutura. A
via alternativa é filogeneticamente mais antiga que a via clássica e é desencadeada pelo
reconhecimento direto de certas estruturas da superfície microbiana e é, assim, um componente
da imunidade inata. Por fim, a via da lectina que é desencadeada por uma proteína plasmática
chamada lectina de ligação à manose, que reconhece resíduos terminais de manose em
glicoproteínas e glicolipídios microbiano. O reconhecimento do microorganismo por qualquer uma
dessas vias resulta no recrutamento e na reunião seqüencial de proteínas adicionais do
complemento em complexos de proteases.
3 – O que é HLA e quais os tipos?
HLA (antígeno leucocitário humano) é o complexo principal de histocompatibilidade humano
(MHC). Ele está sitiado no cromossomo 6. Seus tipos são:
- HLH I: processa antígenos endógenos (vírus, mutação, nuclear e carcinogênios) e apresentam
para o TCD8.
- HLA II: estão presentes em células apresentadoras de antígenos (neutrófilos, macrófagos,
células dendríticas, kupfer, astócitos). Elas processam e apresantam o antígeno exógeno (vírus,
parasitas, fungos, alimentos) ao linfócito TCD4.
4 – O que é haplótipo, alelo e lócus gênico?
- Haplótipo é um conjunto de genes presentes no cromossomo 6.
- Alelo: gens herdados pelo pai e pela mãe.
- Lócus gênico: região do cromossomo onde está localizado o gen.
5 – Desenhe as estruturas do HLA de classe I e II.
6 – Descreva sobre a resposta auto imune.
Auto imunidade é a perda da capacidade que o organismo tem de diferenciar o antígeno próprio
do não próprio.
7 – Fale detalhadamente sobre hipersensibilidade do tipo I, II, III e IV.
Hipersensibilidade tipo I: é uma reação alérgica desencadeada por uma sensibilização prévia
estimulada pelos anticorpos IgE e pelos eosinófilos. É uma reação denominada citotoxicidade
dependente de anticorpo. Ela pode ser dividida em três níveis: imediata, tardia e choque
anafilático que depende:
- Da concentração de antígeno;
- Do número de eosinófilos;
- Da intensidade da resposta imune.
Hipersensibilidade tipo II: é uma imunidade modulada pela formação de anticorpos contra
proteínas, receptores celulares, células, tecidos, órgãos e glândulas levando a destruição e perda
da função do mesmo.
Hipersensibilidade tipo III: é uma resposta imune desencadeada contra um determinado tipo de
antígeno que irá formar um imunocomplexo (antígeno + anticorpo solúvel) que pode se ligar aos
receptores endoteliais nas células retículoendoteliais do baço e nos glomérulos/néfrons renais,
levando-o a um enfarto ou formação de trombos, insuficiência renal crônica e lesões vasculares.
Hipersensibilidade tipo IV: esta ocorre após o contacto com o antigénio- retardada, e é mediada
por células T juntamente com células dendríticas, macrófagos e citoquinas; a persistência do
antigénio resulta na formação de granulomas e por vezes inflamação crónica. Esta reacção é
caracterizada pela chegada ao foco inflamatório de um grande número de células não específicas
do antigénio com predomínio de fagócitos mononucleares. A grande quantidade de tecido
lesionado constitui uma forma de reacção contra agentes patogénicos intracelulares que incluem
bactérias, parasitas e substâncias tóxicas.
8 – Descreva sobre imunodeficiência e seus principais tipos.
Celular: Caracteriza-se por deficiência de anticorpos autolimitada que incide em ambos os sexos,
com início entre 3-6 meses e persiste dos 6-18 meses. Algumas vezes ocorre o aumento de
infecções. Este distúrbio resulta de um retardo no início da síntese de Ig, apesar da existência de
números normais de células B. As células T auxiliares podem estar baixas. O portador deste tipo
de imunodeficiência apresenta infecções piogênicas recorrentes como pneumonia, otite média e
sinusite.
A imunodeficiência que ocorre posteriormente na vida (imunodeficiência adquirida) geralmente é
causada por doenças. Algumas delas causam apenas um pequeno comprometimento do sistema
imune, enquanto outras podem destruir a capacidade do corpo de combater as infecções. A
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), a qual resulta na síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS), é bem conhecida. Mas esse tipo de imunodeficiência também
pode ser causada por química, bactéria ou radiação
Protéica:
9 – Descreva sobre a imunodeficiência causada pela AIDS.
A infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é provocada por um dos
dois vírus que destroem progressivamente os linfócitos (um tipo de leucócito), causando a
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e outras doenças decorrentes do
comprometimento da imunidade. No início da década de 1980, os epidemiologistas identificaram
um súbito aumento de duas doenças entre os homossexuais masculinos americanos: o sarcoma
de Kaposi, um câncer raro, e a pneumonia por Pneumocystis, um tipo de pneumonia que ocorre
apenas em indivíduos com comprometimento do sistema imunológico. Os pesquisadores logo
descobriram que um vírus estava causando a AIDS.
Os dois vírus que causam a AIDS são o HIV-1 e o HIV-2. Para estabelecer a infecção em
um indivíduo, o vírus deve invadir células como os linfócitos, um tipo de leucócito. O material
genético do vírus é incorporado ao DNA da célula infectada. Ele se reproduz no interior da célula
e acaba destruindo a célula e liberando novas partículas virais. A seguir, essas novas partículas
virais infectam outros linfócitos e também podem destruí-los. O vírus fixa-se aos linfócitos que
apresentam uma proteína receptora denominada CD4 em sua membrana externa. As células com
receptores CD4 são comumente denominadas células CD4-positivas (CD4+), ou linfócitos T
auxiliares. Os linfócitos T auxiliares atuam ativando e coordenando outras células do sistema
imunológico, como os linfócitos B (produtores de anticorpos), os macrófagos e os linfócitos T
citotóxicos (CD8+). Todas elas auxiliam na destruição de células cancerosas e de microrganismos
invasores.
Como a infecção pelo HIV destrói os linfócitos T auxiliares, ele enfraquece o sistema do
organismo responsável por sua proteção contra infecções e cânceres.A infecção pelo HIV
também altera a função dos linfócitos B, componentes do sistema imunológico que produzem
anticorpos, fazendo com que eles produzam um excesso de anticorpos. Esses anticorpos são
direcionados sobretudo contra o próprio HIV e contra as infecções com as quais o indivíduo teve
contato prévio, mas não são úteis contra muitas infecções oportunistas que ocorrem na AIDS. Ao
mesmo tempo, a destruição de linfócitos CD4+ pelo vírus reduz a capacidade do sistema
imunológico de reconhecer os novos invasores e identificá-los para o ataque.
10 – Descreva o que a imunologia promoveu em seu saber e o que pode ser feito para
melhorar.
Através do estudo da imunologia eu compreendi como realmente o nosso organismo
combate e reage aos milhares de corpos estranhos ao quais estamos expostos todos os dias. O
sistema imunológico é extremamente complexo e organizado quase chegando à perfeição, mas
como nada é perfeito, cabe a nós auxiliar da melhor forma possível nosso organismo praticando
noções básicas de higiene todo o tempo e cuidando da alimentação.
Sobre as aulas, gostaria de dizer que elas foram muito enriquecedoras, mas eu senti um
pouco de dificuldade no início e até me assustei porque eu senti falta de um material didático
(livro ou apostila) para seguir as aulas juntamente com o professor. No mais, agradeço ao
professor, por ter me tornado mais esclarecida e à “Deus por ter misericórdia e permitir que eu
viva!” Obrigada, professor.