Questoes as Marcos Pacco

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Marcos Pacco

Cespe/UnB

Questes Comentadas

Gramtica

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Marcos Pacco

Cespe/UnB

Questes Comentadas

Gramtica

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10/2011 Editora Sintagma

v pala ra l e gn cspr ts o u g au uaa tes n aos sp g gc e ls cetu ao ac snart l nSintagmaEditora

Pacco, Marcos. Questes Comentadas: Gramtica Marcos Pacco 2011 Editora Sintagma Braslia, DF: Sintagma Editora, 2011 164 p. 1. Brasil: Questes Comentadas: Gramtica. CDD 469 Editor Marcos Pacco Conselho Editorial Marcos Pacco Renata Ribeiro Tiago Frana Diagramao Antnio Francisco Pereira Capa Guilherme Alcntara Reviso Lucas RibeiroEditora Sintagma SIG, Quadra 01, Lote 495, Braslia-DF Ed.: Baro do Rio Branco Sala 110 CEP.: 71.610.410 Tel.: 3033-8475 Esta obra parte integrante da Novssima Gramtica Aplicada ao Texto, mas pode ser vendida separadamente.TODOS OS DIREITOS RESERVADOS De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperao de informaes ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrnico ou mecnico sem o prvio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.

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o meu Mestre, Jesus Cristo, minha fonte de vida. Aos meus familiares, minha fonte de apoio. Aos meus alunos, minha fonte de inspirao.

APRESENTAO

Este livro o primeiro volume da srie QUESTES COMENTADAS DE PORTUGUS. Acreditamos que, assim como um atleta profissional precisa dedicar-se proficuamente aos treinos fsicos para obter xito nas competies, os concursandos e vestibulandos precisam dedicar-se ao treino intelectual para alcanarem a to sonhada vaga no servio pblico ou na universidade, respectivamente. Esta obra rene vrias provas do Cespe/UnB e as classifica por tema, em conformidade com o contedo programtico dos editais. Alm de separadas por assunto, as questes possuem respostas comentadas pelo autor. Alguns comentrios chegam a ser verdadeiros resumos de aulas de Gramtica. Resolver questes de provas anteriores , comprovadamente, um dos mtodos mais eficazes de preparao para concursos e vestibulares. A Editora Sintagma tem a imensa satisfao de contribuir, por meio desta obra, para o sucesso dos candidatos que se preparam para tal finalidade. Cremos termos feito um bom trabalho. Entretanto, quaisquer crticas e sugestes que visem ao seu aperfeioamento sero bem vindas.

Bom treino! O Editor

SUMRIO

Captulo 1 Classes Gramaticais Variveis ............................................................... 13 Artigos, substantivos, adjetivos e numerais .................................... 13 Pronomes ........................................................................................ 15 Verbos ............................................................................................. 22 Captulo 2 Classes Gramaticais Invariveis ............................................................ 27 Preposies ..................................................................................... 27 Conjunes ..................................................................................... 30 Advrbios e palavras denotativas ................................................... 32 Captulo 3 Regncia Verbal e Nominal ................................................................... 35 Captulo 4 Crase ...................................................................................................... 43 Captulo 5 Sintaxe do Perodo Simples................................................................... 49 Captulo 6 Sintaxe do Perodo Composto ............................................................... 55 Captulo 7 Pontuao .............................................................................................. 63 Captulo 8 Partcula Se ............................................................................................ 77

Captulo 9 Concordncia Verbal e Nominal............................................................ 81 Captulo 10 Colocao Pronominal .......................................................................... 89 Captulo 11 Domnio das Relaes Morfossintticas, Semnticas e Discursivas..... 93 Captulo 12 Acentuao e Ortografia........................................................................ 97 Captulo 13 Gabarito Comentado ........................................................................... 101 Classes Gramaticais Variveis ...................................................... 101 Classes Gramaticais Invariveis ................................................... 111 Regncia Verbal e Nominal .......................................................... 116 Crase ............................................................................................. 122 Sintaxe do Perodo Simples .......................................................... 126 Sintaxe do Perodo Composto ...................................................... 129 Pontuao...................................................................................... 136 Partcula Se ................................................................................... 145 Concordncia Verbal e Nominal ................................................... 148 Colocao Pronominal .................................................................. 155 Domnio das Relaes Morfossintticas, Semnticas e Discursivas ...........................................................................157 Acentuao e Ortografia ............................................................... 161

CESPE/UnBQuestes Comentadas: GramtiCa

Artigos, substantivos, adjetivos e numeraisMachado pode ser considerado, no contexto histrico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peas nos leitores e nele mesmo. 1. No texto, o termo o que precede que (.2), fato (.3) e tempo (.3) classifica-se como artigo nas trs ocorrncias. As vivncias do tempo e do espao constituem dimenses fundamentais de todas as experincias humanas. O ser, de modo geral, s possvel nas dimenses reais e objetivas do espao e do tempo. 2. Na linha 2, o termo s possvel indica que ser est empregado como verbo, no como substantivo, sinnimo de pessoa. XV Trabalhar com metodologia interativa: grupos, seminrios, jogos, estudo do meio, experimentao, problematizao, temas geradores, projetos e monitoria. 3. Em XV, as aluses a metodologias interativas esto representadas apenas pelos substantivos abstratos experimentao e problematizao.1

Uma deciso singular de um juiz da Vara de Execues Criminais de Tup, pequena cidade a 534 km da cidade de So Paulo, impondo13

Captulo

Classes Gramaticais Variveis

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Marcos Pacco

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critrios bastante rgidos para que os estabelecimentos penais da regio possam receber novos presos, confirma a dramtica dimenso da crise do sistema prisional.

4.

As palavras singular (.1) e dramtica (.4) qualificam, respectivamente, os substantivos deciso (.1) e dimenso (.4). Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesas nunca foram to bonitas, embora to poucas.

5.

No trecho fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro (.1-2), a substituio de dos infernos por infernal manteria a correo gramatical e o sentido do texto. O problema poltico essencial para o intelectual no criticar os contedos ideolgicos que estariam ligados cincia nem fazer com que sua prtica cientfica seja acompanhada por uma ideologia justa; mas saber se possvel constituir uma nova poltica da verdade.

6.

A correo gramatical e o sentido do texto seriam mantidos com a substituio do termo da verdade (.4) pelo adjetivo verdadeira. Foi assim que o mais importante crtico literrio do mundo, o norte-americano Harold Bloom, 77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gnio Os 100 Autores Mais Criativos da Histria da Literatura (Ed.Objetiva, 2002), os melhores escritores do mundo segundo seus critrios e gosto particular.

7.

No texto, destaca-se o emprego do superlativo. Sendo positivo, o livro aprovado junto ao conselho, que decide por sua publicao.

8.

Em Sendo positivo, o livro aprovado junto ao conselho (.1), embora seguido de vrgula, o adjetivo positivo qualifica livro. Entre prises e renncias ao cargo, a Universidade perdeu os melhores professores escolhidos pelo reitor Darcy Ribeiro. At aquela data, o que existia de melhor em matria de ensino estava na Universidade de Braslia.

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Recurso retrico para indicar o grau mais intenso da qualidade de algo, o superlativo foi empregado para qualificar os professores que atuavam na UnB em 1964 na expresso os melhores professores (.1-2). Segundo o Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa, cidadania a qualidade ou estado do cidado.

10. A palavra segundo est sendo empregada como numeral em: Segundo o Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa (.1).

Pronomes Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro. 11. No trecho deixa-me experimentar primeiro (.1), o pronome exerce a funo de complemento das formas verbais deixa e experimentar. Imaginem a expectao pblica e a curiosidade dos outros filsofos, embora incrdulos de que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos possuam. Entretanto, esperavam todos. Os dois hspedes eram apontados na rua at pelas crianas. 12. No trecho que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos possuam (.2-3), o termo as exerce a funo sinttica de complemento direto da forma verbal possuam.1

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A poltica de comrcio exterior do Brasil envolveu historicamente um grande debate nacional. Governo e lideranas sociais a ela vincularam as possibilidades do desenvolvimento econmico, desde as suas origens, na primeira metade do sculo XIX. Em trs perodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de insero internacional:

13. As duas ocorrncias do pronome ela (.3 e 5) se referem ao mesmo antecedente: A poltica de comrcio exterior do Brasil (.1). Ei-los ss e mudos, em estado de dicionrio. Convive com teus poemas, antes de escrev-los. Tem pacincia, se obscuros. Calma, se te provocam.15

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14. Um pronome oblquo o(s), colocado aps uma palavra terminada em -s, no necessariamente um verbo, assume a forma -lo(s). Foi o que ocorreu em Ei-los (.1). Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O ser humano se caracteriza, na verdade, por uma estupidez. Ele s descobre que um bem fundamental quando deixa de possu-lo. 15. No trecho quando deixa de possu-lo (.3), o pronome encltico refere-se ao termo um bem. No sendo condicionado por natureza, o homem capaz de vivenciar novas experincias, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou explorar o mundo subaqutico, quando no foi dotado por natureza para voar e permanecer sob a gua. 16. No desenvolvimento das relaes de coeso do texto, o pronome lhe (.2) retoma homem (.1) e, por isso, sua substituio pelo pronome o preservaria a coerncia e a correo gramatical do texto. A idiomaticidade relativa a um sujeito emprico, um sujeito que se situa a si e ao outro em relao a um tempo e um espao. 17. Embora a nfase criada pela redundncia no uso dos pronomes se e si, em um sujeito que se situa a si e ao outro (.1-2), reforce a argumentao, a opo pelo emprego de apenas um deles como, por exemplo, um sujeito que situa a si e ao outro preservaria a clareza, a coerncia e a correo gramatical do texto. Esse folclore em seu sentido mais amplo traz luz a compreenso de determinados povos sobre o meio que os cerca, mas de maneira bastante particular. 18. Preservam-se a correo gramatical do texto e a coerncia entre os argumentos ao se substituir o pronome os pelo correspondente lhes antes de cerca (.2), escrevendo-se o meio que lhes cerca.1

Achava que voc tinha de ficar isolado com um pequeno grupo de pessoas, pensando em uma soluo inovadora. Depois, percebi que a inovao est dentro de cada um de ns. De repente, me dei conta

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de que a forma certa de a inovao acontecer deixar a coisa fluir. Quando todo mundo est impregnado do esprito da inovao, ela vem at voc, todos os dias. Se eu abrir espao para voc dar vazo a sua paixo, a mudana acontece.

19. O pronome de tratamento voc (.1 e 6) empregado, na fala da entrevistada, em sentido genrico, em referncia a qualquer pessoa e, no, especificamente, ao interlocutor. Essas perguntas esto na raiz do que se pode chamar de pauta de vanguarda do Supremo Tribunal Federal ou seja, expressam o contedo das futuras polmicas que a Corte ter de resolver. 20. Em na raiz do que se pode chamar (.1), a substituio de do por daquilo mantm a correo gramatical do texto. O alvio dos que, tendo a inteno de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imigrao do Aeroporto Internacional de Barajas no dura muito tempo. 21. No trecho alvio dos que (.1), a substituio de dos por daqueles prejudica a correo gramatical do perodo.1

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Para ser democrtico, deve contar, a partir das relaes de poder estendidas a todos os indivduos, com um espao poltico demarcado por regras e procedimentos claros, que, efetivamente, assegurem o atendimento s demandas pblicas da maior parte da populao, elegidas pela prpria sociedade, atravs de suas formas de participao/representao. Para que isso ocorra, contudo, impe-se a existncia e a eficcia de instrumentos de reflexo e o debate pblico das questes sociais vinculadas gesto de interesses coletivos...

22. O pronome isso (.7) exerce, na organizao dos argumentos do texto, a funo coesiva de retomar e resumir o fato de que as demandas pblicas da maior parte da populao (.4-5) so escolhidas por meio de formas de participao/representao (.5-6).1

E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plcido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria assinada pelo ministro da17

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Justia, Tarso Genro. Antes, porm, realizou-se uma sesso de julgamento da Comisso de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguio poltica sofrida por Chico Mendes no incio dos anos 80 do sculo passado.

23. Na linha 4, o vocbulo cujo estabelece relao sinttico-semntica entre os termos resultado e Comisso de Anistia. Nas sociedades orais, aquelas que no dispunham de nenhum sistema de escrita, as mensagens eram recebidas no tempo e no lugar em que eram emitidas. 24. No perodo acima, as duas ocorrncias do pronome relativo que exercem funes sintticas distintas.1

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Cidade e corte, que desde muito tinham notcias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um recebimento rgio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas ideias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, prpuras. Eles, porm, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filsofo, e que o suprfluo era um dissolvente.

25. Nos trechos que desde muito tinham notcias dos nossos dois amigos (.1-2) e que a filosofia bastava ao filsofo, e que o suprfluo era um dissolvente (.5-6), os elementos gramaticais grifados exercem a mesma funo sinttica. A possibilidade de utilizao de um ou de outro combustvel, conforme sua necessidade e seu desejo, d ao consumidor uma liberdade de escolha com que ele no contava em experincias anteriores de uso do lcool como combustvel automotivo. 26. A substituio de com que (.3) por com a qual prejudica a correo gramatical do perodo. Os ganhos de eficincia da indstria brasileira tm uma caracterstica nova: seus benefcios esto sendo partilhados entre as empresas e os trabalhadores, cujos aumentos salariais, portanto, no pressionam os preos.18

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27. A substituio do termo cujos (.3) por dos quais prejudica a correo gramatical do perodo. Nela, 130 pases signatrios do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime. 28. Mantm-se a correo gramatical do perodo com a substituio de os quais (.3) por cujos ou os que. Agora, ao v-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, temia que me abordasse para conversar sobre o filho. 29. A correo gramatical do texto seria mantida se o pronome que, em que me escapavam (.2), fosse substitudo por qu. gora (praa pblica onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decises). 30. O pronome relativo onde foi empregado como uma referncia a local, como exige a norma padro, em onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decises (.1-2).1

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Muitas dessas ocupaes esto ligadas rea de tecnologia, cujo avano permanente cria novas demandas por gente mais especializada. (...) diagnosticando profissionais que faltam s empresas; e o farmacoeconomista, cuja funo analisar a viabilidade econmica de um remdio, incluindo-se a demanda existente e a relao custo-benefcio.

31. Os segmentos cujo avano permanente (.1-2) e cuja funo (.4) equivalem, no texto, respectivamente, a o avano permanente da rea de tecnologia e a funo do farmacoeconomista. Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso na Internet, Cristovam Buarque desenhava um idlico mundo futuro, liberto das soberanias nacionais, em que tudo seria de todos.19

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32. Mantm-se a correo gramatical do texto e respeitam-se suas relaes argumentativas ao se substituir em que (.3) por onde. Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesas nunca foram to bonitas, embora to poucas. 33. Na linha 1, o pronome relativo onde se refere ao adjunto adverbial numa cidade. Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem de ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto. 34. No trecho Um dia ele me disse que era uma pena (.1), o pronome que exerce a funo sinttica de sujeito da orao. Nessa concepo, surge a democracia grega, onde somente 10% da populao determinava os destinos de toda a cidade (eram excludos os escravos, as mulheres e os artesos). 35. A orao 10% da populao determinava os destinos de toda a cidade (.1-2) teria o mesmo sentido caso o termo sublinhado o artigo a fosse eliminado.1

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As pesquisas com clulas-tronco embrionrias, que apontam para imensos recursos teraputicos, exigem um mnimo acordo sobre o momento inicial da vida humana. (...) Mas a vida humana, como precisar o seu primeiro momento? As variadas respostas indicam suas dependncias dos pontos de vista adotados. No h consenso.

36. O desenvolvimento das ideias do texto mostra que o pronome suas (.6) estabelece relao com o incio do texto, por associar dependncias (.6) a pesquisas (.1).1

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A crise, que tem levado muitos negcios bancarrota, provocou efeito oposto para o McDonalds, a maior rede de fast-food do mundo. Esse ritmo de crescimento 60% mais veloz que o registrado no mesmo perodo de 2008, justamente antes da crise.

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(...) Eles dizem que os brasileiros j comearam a trocar o restaurante pelo fast-food. 37. Os termos que (. 1), Esse (.3) e Eles (.6) so pronomes. 38. Considerando as relaes de coeso textual, assinale a opo correta a respeito do uso de pronomes no texto. As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em funo de sua pertinncia. a) O desenvolvimento do texto permite que o pronome se em se repelem (.1-2) seja retirado e fique apenas subentendido. As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em funo de sua pertinncia. No existe o homem s, mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer. b) O uso do pronome em se construir (.3) e entender-se (.3) mostra que deve ser usado o pronome tambm em pertencer (.4): pertencer-se.1

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Essa pertinncia vai desde a linguagem, passa pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes e, at mesmo, as idiossincrasias. As sociedades no so essencialmente harmnicas. Elas sempre se esto transformando a partir dos conflitos e das contradies que as fazem mover-se e transformar-se.

c) Na linha 5, preservam-se a coerncia dos argumentos e a correo gramatical do texto ao se deslocar o pronome as para depois do verbo fazem do seguinte modo: fazem as mover-se. No mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou cdigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformaes e os avanos histricos da humanidade. d) A forma verbal traduzem (.2) est flexionada no plural porque o sujeito da orao, o pronome que (.2) retoma a expresso no plural leis ou cdigos (.1).21

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No mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou cdigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformaes e os avanos histricos da humanidade. No se pode mais entend-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como 5 a expresso coativa de tenses e contradies engendradas pelos embates de interesses e projetos de grupos sociais. e) Em entend-los (.4), o pronome substitui o vocbulo conflitos (.2).1

Fruto de um longo debate, seu maior objetivo, segundo o ministro do trabalho, Carlos Lupi, era: Proporcionar a milhes de jovens estudantes brasileiros os instrumentos que facilitem sua passagem do ambiente escolar para o mundo do trabalho. 39. Na expresso seu maior objetivo (.1), o pronome refere-se a ministro do trabalho, Carlos Lupi (.2).

VerbosNos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupao e integrao do espao nacional, foi apresentada sempre a construo de uma rede unificada de transportes como a nica forma de assegurar a integridade do territrio. 40. A expresso que durou (.1) indica que o processo de ocupao e integrao do espao nacional est sendo considerado como completo. Foi por participar de um ato pblico, em 1980, que Chico Mendes passou a ser fichado e perseguido pelos militares. Em Rio Branco, o seringueiro fez um discurso exaltado contra a violncia no campo provocada pelos fazendeiros. 41. O verbo participar (.1) est empregado, no perodo, como termo substantivo.1

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Um cenrio polmico embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de excluso, diretamente proporcional ao avano tecnolgico, cuja projeo futura indica que a automao do trabalho exigir cada vez menos trabalhadores implicados tanto na produo propriamente dita quanto no controle da produo.

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42. Preserva-se tanto a correo gramatical quanto a coerncia textual ao se empregar o infinitivo desencadear, com funo de substantivo, em lugar do substantivo desencadeamento (.1). Nas interrelaes pessoais, inconteste que cada um d sua prpria verso dos fatos e da vida, segundo suas particulares experincias e com base na formao que tenha acumulado ao longo de sua existncia. 43. O emprego do modo subjuntivo em tenha (.3) sintaticamente exigido pela orao subordinada iniciada pelo pronome relativo que (.3).1

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No que tange pesquisa, vem sendo publicamente proposto que uma poltica de cincias, tecnologia e inovao em sade deva ter como pressupostos essenciais a busca da equidade e a observncia de rigorosos princpios bioticos na pesquisa e na experimentao em geral.

44. O uso do modo subjuntivo em deva (.2) respeita as regras gramaticais, porque esse verbo ocorre em uma orao iniciada pela conjuno que (.1) H a necessidade de que a pesquisa feita na universidade e nos laboratrios seja menos terica e mais voltada para aplicaes prticas, diz Rodrguez. E o setor privado precisa investir mais em pesquisa e desenvolvimento. 45. As formas verbais seja (.2) e precisa (.3) esto flexionadas no modo subjuntivo, porque ambas se referem a uma situao hipottica.1

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Penetra surdamente no reino das palavras. L esto os poemas que esperam ser escritos. Esto paralisados, mas no h desespero, h calma e frescura na superfcie intata. Ei-los ss e mudos, em estado de dicionrio. Convive com teus poemas, antes de escrev-los. Tem pacincia, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra o seu poder de silncio.23

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46. No trecho Espera que cada um se realize (.8), seguindo o padro dos verbos conviver (.6) e ter (.7), o poeta faz uma recomendao ao interlocutor, usando o modo imperativo. 47. As formas verbais Penetra (.1) e Convive (.6) esto no imperativo afirmativo, que, no texto, o modo da exortao do poeta, que se dirige ao interlocutor empregando o verbo na segunda pessoa; caso o fizesse na terceira pessoa, teria de empregar, nesses versos, as formas Penetre e Conviva, alm das alteraes que deveria fazer no restante do poema.1

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Claro est que no nos referimos ao carrancudo portugus, que, em meio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa os dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunio da Rua do Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas dos cafs da Avenida, em toda parte. Queremos falar do pequenino garoto de dez anos, o brasileirito trfego, ativo, tagarela como uma pega, travesso como um tico-tico. Por aqui, por ali, vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas com uma rapidez de raio, persegue os veculos, desliza entre automveis como uma sombra. Parece invulnervel.

48. Ao empregar formas verbais na primeira pessoa do plural, como referimos (.1) e Queremos (.6), o autor diminui significativamente a subjetividade do texto e adota posio impessoal em relao ao tema, recurso de linguagem condizente com o tipo textual desenvolvido. Se voc mdico, ponha de lado aquele seu livrinho com o juramento de Hipcrates e aprenda a traduzir hierglifos. 49. Na linha 1, a forma verbal ponha, flexionada no modo imperativo, dirige-se a quem se identifica com o pronome voc, empregado na orao anterior. Mais uma vez, o Brasil permanece entalado no que parece ser uma incapacidade crnica de converter sua produo acadmica em invenes que gerem patentes 50. No texto, seria incorreto substituir que gerem (.3) por que possam gerar.24

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A Conveno de Palermo recomenda, ainda, que os pases agravem as sanes contra a corrupo e estabelece as bases para o confisco, a apreenso e a disposio de bens e ativos financeiros obtidos por meio de atividades criminosas, tambm aplicveis aos equipamentos usados nessas atividades.

51. O emprego do modo subjuntivo em agravem (.1) justifica-se por tratar-se de uma afirmao categrica. Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha de informao. A verdade que a culpa acabar genericamente atribuda tecnologia. 52. O uso do futuro do presente em acabar(.3) expressa que a verdade referida ainda no foi comprovada. O Brasil no dispunha de uma lei que regulamentasse claramente os direitos e deveres das empresas, das escolas e dos estagirios. 53. Em O Brasil no dispunha (.1), o verbo dispor est no presente. Por exemplo, se cada caador reparte sua presa apenas com a famlia imediata, mais provvel que a caa se torne fortemente competitiva. 54. A forma verbal torne (.2) est condicionada estrutura sinttica em que ocorre; por isso, sua substituio por torna desrespeitaria as regras gramaticais. Nos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupao e integrao do espao nacional, foi apresentada sempre a construo de uma rede unificada de transportes como a nica forma de assegurar a integridade do territrio. 55. A substituio da locuo verbal foi apresentada (.2) por apresentou-se prejudica a correo gramatical do perodo.1

Atualmente, o PEFC composto por 30 membros representantes de programas nacionais de certificao florestal, sendo que 21 deles25

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j foram submetidos a rigoroso processo de avaliao e possuem seu reconhecimento, representando uma rea de 127.760.297 hectares de florestas certificadas, que produzem milhes de toneladas de madeira certificadas com a marca PEFC.

56. A substituio da expresso composto (.1) por compem-se mantm a correo gramatical do perodo. Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto n. 5.296, que regulamenta a Lei n. 10.048/2000 que dispe sobre a prioridade de atendimento s pessoas portadoras de deficincia, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianas de colo. 57. A substituio de foi editado (.1) por editou-se mantm a correo gramatical do perodo. E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anos anteriores, com ganhos salariais para os 13 trabalhadores. Dados recentes indicam que essa tendncia deve se manter. 58. A substituio de deve se manter (.3) por deve ser mantida preserva a correo gramatical do perodo. Na lista datada do meio do sculo XIX a.C., encontram-se produtos farmacuticos como mel, resinas e alguns metais conhecidos como antibiticos para o tratamento de feridas. 59. Preservam-se a coerncia e a correo gramatical do texto ao se substituir encontram-se (.1) por outra forma de voz passiva gramatical, tal como foi encontrado. Foi divulgado um novo ranque de pases segundo seu desempenho na inovao cientfica 60. No texto, seria incorreto substituir Foi divulgado (.1) por Divulgaram-se.

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PreposiesA nossa herana cultural, desenvolvida atravs de inmeras geraes, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relao ao comportamento daqueles que agem fora dos padres aceitos pela maioria da comunidade. 1. No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou incoerncia textual. A omisso de em relao (.2). Com um alto grau de urbanizao, o Brasil j apresenta cerca de 80% da populao nas cidades, mas, como advertem estudiosos do assunto, o pas ainda tem 4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. 2. A substituio de cerca de (.1) por acerca de manteria a correo gramatical do perodo. A polcia est pelas ruas, uniformizada ou paisana, e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes frequentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulso de brasileiros no ano passado. 3. A substituio de cerca de (.3) por acerca de mantm a correo gramatical do perodo.27

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Classes Gramaticais Invariveis

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Com um alto grau de urbanizao, o Brasil j apresenta cerca de 80% da populao nas cidades, mas, como advertem estudiosos do assunto, o pas ainda tem muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. 4. Em muito a aprender (.3), a preposio. De imediato, existe o alerta: onde morar em metrpoles? melhor optar por uma casa ou um apartamento o mais distante possvel a dois quarteires, no mnimo das ruas e avenidas mais movimentadas. 5. Manteria a correo gramatical e o sentido do texto a insero de h dois quarteires no lugar de a dois quarteires (.2-3). Seu tcnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiais dali a 12 anos, nos Jogos Olmpicos de 2008. 6. Em lugar da expresso dali a 12 anos (.2), estaria igualmente correta a grafia dali h 12 anos.1

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Acreditavam, tambm, que a existncia de meios de comunicao viria promover mudanas estruturais na economia brasileira, ao permitir o povoamento das reas de baixa densidade demogrfica e, sobretudo, por possibilitar a descoberta e o 25 desenvolvimento de novos recursos que jaziam ocultos no vasto e inexplorado interior da nao.

7.

Prejudicaria a correo gramatical do perodo a substituio de ao, em ao permitir (.2), pela preposio por.1

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Seja qual for a funo ou a combinatria de funes dominantes em um determinado momento de comunicao, postula-se que preexiste a todas elas a funo pragmtica de ferramenta de atuao sobre o outro, de recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/locutor o v e o concebe, ou para fazer o 10 destinatrio tomar atitudes, assumir crenas e eventualmente desejos do locutor.

8.

No perodo sinttico postula-se que (...) desejos do locutor (.2-5), as trs ocorrncias da preposio de estabelecem a dependncia dos termos que regem para com o termo funo pragmtica (.3), como mostra o esquema seguinte.

28

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb

funo pragmtica:

de ferramenta de atuao sobre o outro de recurso para fazer o outro conceber o mundo

Agora que o desastre aconteceu, importante entender por que ele foi to grave afinal, h muitas regies com o mesmo tipo de risco no pas. De todas as medidas j tomadas e dos estudos em curso, algumas concluses podem ser tiradas sobre o que preciso fazer: 1) Conter o desmatamento nas cabeceiras dos rios Em um terreno com vegetao nativa, a gua das chuvas leva mais tempo para chegar ao curso dgua. As prprias folhas das rvores absorvem parte da chuva e reduzem o impacto das gotas no solo. Alm disso, troncos e folhas no cho ajudam a reter a gua. O solo, menos compactado,absorve mais gua. 9. Na expresso curso dgua, o apstrofo marca a eliso da vogal final da preposio. Assim, faz-se necessria a realizao de um estudo sobre a rede da assistncia social no Brasil, com informaes sobre os servios prestados, de modo a orientar investimentos estratgicos. 10. O conectivo de modo a (.3) pode ser substitudo por a despeito de sem que haja alterao no significado original do texto.1

5

Em nosso continente, a colonizao espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou portuguesa: por uma aplicao insistente em assegurar o predomnio militar, econmico e poltico da metrpole sobre as terras conquistadas, mediante a criao de grandes ncleos de povoao estveis e bem ordenados.

11. A respeito do uso das estruturas lingusticas no texto na linha 3, o autor evita a repetio da preposio por ao usar o termo mediante a, que estabelece relaes significativas semelhantes.1

5

At hoje respondamos questo QUANDO COMEA A VIDA? das mais diversas maneiras, com a despreocupao dos inconsequentes. Isso mudou. As pesquisas com clulas-tronco embrionrias, que apontam para imensos recursos teraputicos, exigem um mnimo acordo sobre o momento inicial da vida humana.29

Marcos Pacco

12. O perodo iniciado pela expresso As pesquisas (.3) estabelece, na argumentao do texto, uma razo, um motivo para a ideia da orao anterior; por isso admite ser assim iniciado: Por causa das pesquisas. No incio do sculo 19, o filsofo Hegel chegou a dizer que a leitura dos jornais era a orao matinal do homem moderno. 13. Em chegou a dizer (.1), a preposio exigida pela regncia de chegou. Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tnis, nadava, nunca pegara uma gripe at ter um derrame cerebral. Vivia envolvido com sirigaitas, como minha me as chamava, e com fracassos comerciais crnicos. 14. Na linha 1, com estabelece uma comparao entre as namoradas e o termo sirigaitas (.2). Egito, Filipinas, Indonsia e Costa do Marfim sofreram ondas de saques em busca de alimentos. Na Tailndia, tropas foram mobilizadas para conter a invaso aos campos de arroz. 15. No trecho Na Tailndia, tropas foram mobilizadas para conter a invaso aos campos de arroz (.2-3), o conector para estabelece uma relao de consequncia entre as aes verbais das oraes.

ConjunesPor ironia, as notcias mais frequentes produzidas pelas pesquisas cientficas relatam no a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agresses impingidas aos oceanos pela ao humana. 16. O termo mas (.3) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. No ano passado, a produo industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indstria aumentou 1,8%.30

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17. O termo enquanto (.1) pode, sem prejuzo para a correo gramatical e para as informaes originais do perodo, ser substitudo por qualquer um dos seguintes: ao passo que, na medida que, conquanto.1

5

Sua sentena foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que ir recorrer ao Tribunal de Justia, sob a alegao de que, se os estabelecimentos penais no puderem receber mais presos, os juzes das varas de execues no podero julgar rus acusados de crimes violentos, como homicdio, latrocnio, sequestro ou estupro.

18. Na linha 1, o emprego da conjuno Contudo estabelece uma relao de causa e efeito entre as oraes. Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, como nos ltimos anos. Mas, afinal, o que cidadania? 19. Em como nos ltimos anos (.1-2), a palavra como tem valor conformativo. A imagem da metrpole no sculo XX a dos arranha-cus e das oportunidades de emprego, mas Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pela realidade dos cenrios de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do sculo XXI. 20. A conjuno mas (.2) possui valor semntico aditivo no contexto em que est inserida.1

5

Este o momento adequado do resgate do professor como sujeito histrico de transformao, porque se est atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu to pouco a ele, do ponto de vista tanto da formao quanto da remunerao e das condies de trabalho.

21. Por ser empregada duas vezes no mesmo perodo, a palavra nunca (.3) pode ser substituda, nas duas ocorrncias, pela conjuno nem, sem prejuzo para o sentido do texto.1

Este o momento adequado do resgate do professor como sujeito histrico de transformao, porque se est atravessando uma conjun31

Marcos Pacco

5

tura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu to pouco a ele, do ponto de vista tanto da formao quanto da remunerao e das condies de trabalho.

22. A combinao tanto (...) quanto (.4) pode ser substituda pela combinao no s (...) mas tambm, mantendo-se a ideia de adio de informaes. Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesas nunca foram to bonitas, embora to poucas. 23. No trecho mas suas freguesas nunca foram to bonitas, embora to poucas (.2-3), as conjunes coordenativas mas e embora expressam valores adversativos.

Advrbios e Palavras DenotativasBSB, 8/3/2009. Excelentssima Senhorita: 1. O abaixo-assinado, aluno compulsivo de cursos preparatrios para concursos pblicos, dotado da esperana frrea de se tornar brevemente um eminente funcionrio pblico, vem, mui respeitosamente, por meio desta informar a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provimento de vaga no cargo de Analista de Trnsito do DETRAN/DF, e, por esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o noivado que mantm com a Excelentssima Senhorita, para se dedicar integralmente ao estudo das matrias constantes do respectivo edtal. 2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe tambm, outrossim, a inteno de retomar, to logo seja aprovado, minhas funes de noivo junto a Vossa Excelentssima, haja visto o grande amor que te devoto. 3. Reitero protestos de estima e considerao.

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24. No segundo pargrafo, o advrbio outrossim, frequente em expedientes oficiais, est empregado de forma redundante por estar antecedido do advrbio tambm.1

5

No que tange pesquisa, vem sendo publicamente proposto que uma poltica de cincias, tecnologia e inovao em sade deva ter como pressupostos essenciais a busca da equidade e a observncia de rigorosos princpios bioticos na pesquisa e na experimentao em geral. Tambm que essa poltica se estruture principalmente no compromisso do ganho social em todas suas vertentes sade, indstria, comrcio e cultura cientfica , na extenso do conhecimento e na abrangncia de todos que se envolvem com a pesquisa em sade.

25. O desenvolvimento da argumentao do texto permite subentender que a orao iniciada por Tambm (.5) d continuidade ideia do que vem sendo publicamente proposto (.1).1

5

A mdia confunde muito o direito do Cidado com o direito do Consumidor, por isso questiono o aspecto ideolgico dessa confuso. (...) Um dos grandes problemas no Brasil, alm da impunidade e da corrupo endmicas, a m distribuio de renda, situao em que muitos tm pouco e poucos tm muito.

26. Nas oraes A mdia confunde muito o direito do Cidado com o direito do Consumidor (.1-2) e poucos tm muito (.5), a palavra muito tem o mesmo valor adverbial. do direito de acesso que o povo brasileiro necessita e no de leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades. 27. Na orao do direito de acesso que o povo brasileiro necessita (.1), a expresso (...) que serve para enfatizar aquilo de que o povo brasileiro necessita.1

5

Nessa acepo, razo e verdade deixam de ser valores absolutos para se transformarem em valores temporariamente vlidos, de acordo com o veredicto dos atores envolvidos na situao, os quais estabelecem consensualmente o processo pelo qual a verdade e a razo podem ser conquistadas em um contexto dado.33

Marcos Pacco

28. Mantm-se a correo gramatical e as relaes semnticas responsveis pela coerncia textual caso se desloque, na linha 4, o advrbio consensualmente para antes de estabelecem.1

5

Em virtude disso, dessa discusso sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, seno repetir apenas as formas do idntico e, assim, fechar as possibilidades do novo, do espontneo e do autntico na histria.

29. A expresso por outro lado (.4) explicita a caracterizao do segundo dos dois momentos importantes (.2).1

5

Cometi apenas um erro. No soube ser feliz. Nunca: nem um s dia, nem sequer uma hora. A prpria criao, um prazer para os poetas mais sensveis, foi para mim sempre mais angustiante que redentora. A causa primeira do meu infortnio, conheo-a agora. Tive sempre medo da vida.

30. Em Cometi apenas um erro (.1) e Tive sempre medo da vida (.4-5), a mudana na ordem dos termos adverbiais para Apenas cometi um erro e Sempre tive medo da vida mantm inalterado o sentido desses perodos no texto.

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A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror no podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente so, impunemente. 1. No trecho A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror (.1-2), o emprego da preposio com facultativo. Um homem do sculo XVI ou XVII ficaria espantado com as exigncias de identidade civil a que ns nos submetemos com naturalidade 2. O emprego da preposio antes do pronome, em a que (.2), atende regra gramatical que exige a preposio a regendo um dos complementos do verbo submeter. Ambas as construes sero tidas como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1.Esses so os recursos de que o Estado dispe. 2.O Governo insiste que a negociao importante.1

3.

5

Por isso, temos de conscientizar-nos de que a superao de conflitos ticos dinmica e envolve uma ampla interao de necessidades, obrigaes e interesses dos vrios envolvidos: o governo, por ser o agente protetor, regulador, financiador e comprador maior; a indstria e os fornecedores, que exercem grande presso inflacionria para a incorporao de seus produtos ou bens; as instituies e os profissionais de sade, que pressionam pela atualizao da sua capacidade instalada, variedade de oferta de servios e atualizao tecnocientfica.35

Captulo

Regncia Verbal e Nominal

3

Marcos Pacco

4.

Na linha 1, a preposio em de que exigida pelo verbo conscientizar-nos, por isso sua retirada do texto provocaria erro gramatical. A cultura refinada nunca foi para muita gente. A cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenmeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes.

5.

A organizao dos argumentos no texto mostra que o pronome relativo que (.3) obrigatoriamente regido pela preposio em, pois a preposio tem a funo semntica de atribuir valor locativo ao termo, localizando as barreiras de acesso (.3) no fenmeno restrito (.2).1

5

Em relao etapa de verificao, constatou-se que todas as recomendaes propostas, decorrentes da anlise do relatrio que marcou o incio do processo de acompanhamento, foram incorporadas integralmente no relatrio final de acompanhamento.

6.

Em do relatrio (.2-3), o emprego da preposio em est de acordo com a prescrio gramatical, que estabelece para o uso formal da linguagem uma nica regncia para o termo incorporado.1

5

... para clientes de planos de sade e para empregados de empresas; o gerente de diversidade, que, em um setor de recursos humanos, quem tem uma viso mais panormica do quadro de empregados, diagnosticando profissionais que faltam s empresas; e o farmacoeconomista, cuja funo analisar a viabilidade econmica de um remdio, incluindo-se a demanda existente e a relao custo-benefcio.

7.

No trecho diagnosticando profissionais que faltam s empresas (.5), o verbo sublinhado rege dois complementos: um direto, representado pelo termo profissionais, e outro indireto, representado por s empresas. Fazer cincia implica descobrir, inventar e produzir coisas novas. Antes de o capitalismo se estabelecer como sistema socioeconmico dominante, fazer cincia era uma atividade individual e privada.

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Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb

8.

Na linha 2, segundo as regras da norma culta da lngua portuguesa, a preposio de no sofre contrao com o artigo de o capitalismo por que este termo desempenha a funo de sujeito da orao subordinada. No entanto,observa-se que uma das dificuldades da vida social a aceitao da diferena.

9.

O respeito s regras da norma culta, requisito da redao de documentos oficiais, exigiria que a contrao em das dificuldades (.1) fosse desfeita, grafando-se de as dificuldades, se o perodo em que ocorre esse termo constasse de um texto oficial. Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo os talentos e as virtudes.

10. O trecho Temos coisa melhor do que esses tratados (.1) admite, sem prejuzo para a correo gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: Temos coisa melhor que esses tratados. Agora, a onda so os produtos com novas funcionalidades para atender a novas necessidades do consumidor. 11. A omisso da preposio a, em atender a novas necessidades do consumidor (.2), no prejudica a correo gramatical nem o sentido original do texto. O conhecimento e a aprendizagem sobre a escala local proporcionados pelas informaes estatsticas vm responder s exigncias imediatas de compreenso da heterogeneidade estrutural no Brasil,... 12. Mantm a correo gramatical do texto a seguinte reescrita do trecho responder s exigncias imediatas (.2-3): responder a exigncias imediatas. At hoje respondamos questo QUANDO COMEA A VIDA? das mais diversas maneiras, com a despreocupao dos inconsequentes.37

Marcos Pacco

13. Na linha 1, a presena do sinal indicativo de crase em questo indica que o verbo responder, como est empregado no texto, exige o uso de ao, se, mantida a coerncia textual, o vocbulo questo for substitudo por questionamento. 14. O verbo chamar, no sentido de convocar, mandar vir, rege complemento sem proposio. Assinale a opo que apresenta um exemplo desse sentido e dessa regncia do verbo chamar. a) O telefone chamava insistentemente. b) O m chama o ferro. c) O diretor chamou para si toda a responsabilidade. d) V cham-los para o jantar. e) Chamava pelo amigo de infncia. 15. Assinale a opo em que a regncia verbal da frase apresentada est em desacordo com os padres gramaticais. a) Assistiu o espetculo pelo telo, pois estava longe do palco. b) O f, extasiado, assistiu ao desfile de carnaval. c) Rpido, o corpo de bombeiros assistiu o acidentado. d) Piamente, acreditava em todos. Tais dinmicas no se reportam apenas ao carter negativo do poder, de opresso, punio ou represso, mas tambm ao seu carter positivo, de disciplinar, controlar, adestrar, aprimorar. 16. O uso da preposio em ao carter (.1) deve-se s exigncias sintticas do verbo reportar, na acepo usada no texto. Esse conceito pressupe que todos sejam forados a viver em casas idnticas, ganhar os mesmos salrios, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores? 17. O desenvolvimento da argumentao permite a insero da preposio a imediatamente antes de ganhar (.2), de comer (.2) e de acreditar (.2), sem se prejudicar a correo gramatical do texto.1

A crise, que tem levado muitos negcios bancarrota, provocou efeito oposto para o McDonalds, a maior rede de fast-food do mundo. Nmeros recentes, relativos ao primeiro trimestre deste ano,

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5

mostram que as vendas j aumentaram quase 5% nos Estados Unidos da Amrica (EUA), onde mais de um tero das 31.000 lojas da rede esto localizadas. Esse ritmo de crescimento 60% mais veloz que o registrado no mesmo perodo de 2008, justamente antes da crise.

18. As formas verbais provocou (.1) e (.6) so verbos de ligao. 19. Acerca da sintaxe do trecho Os nmeros so semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaas, pode-se afirmar que o vocbulo so est empregado como verbo de ligao. A objetividade, portanto, no existe, apenas seu efeito, que criado por meio de mecanismos lingusticos que do outros ecos e valores significativos mensagem. 20. Preservando-se a correo gramatical e a coerncia argumentativa do pargrafo, a funo que a expresso mecanismos lingusticos (.1-2) exerce no texto poderia ser marcada apenas pela preposio por, sem necessidade de se recorrer ao emprego de por meio de (.2).1

5

Existem dvidas se possvel, democraticamente, um controle social e tico sobre os conhecimentos cientficos e os avanos tecnolgicos em geral. Discute-se tambm se, do ponto de vista do direito, as questes ticas devem ser objeto de leis ou de normas, ou de ambas. Assim como se indaga muito se a sociedade no estaria exercendo um controle social e tico sobre as tecnocincias mediante normas (cdigos de tica) em detrimento dos poderes legalmente constitudos nos estados democrticos, menosprezando as leis e superestimando os cdigos de tica.

21. A insero da preposio sobre antes da orao condicional iniciada por se possvel (.1) manteria a coerncia da argumentao do texto, bem como respeitaria as regras gramaticais.1

5

Tendo como principal propsito a interligao das distantes e isoladas provncias com vistas constituio de uma nao-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoo dos transportes no pas explicitavam firmemente a sua crena de que o crescimento era enormemente inibido pela ausncia de um sistema nacional de comunicaes e de que o desenvolvimento dos transportes constitua um fator crucial para o alargamento da base econmica do pas.39

Marcos Pacco

22. A preposio em de que o desenvolvimento (.6) exigida pela regncia da palavra crena (.4). A informao atualizada ferramenta essencial para a formulao e a implementao de polticas pblicas, especialmente em reas em que a prestao de servios descentralizada, como o caso da assistncia social. 23. O trecho para a formulao e a implementao de polticas pblicas (.1-2) complementa o sentido do adjetivo essencial (.1). Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificao, nossa energia, nossa imaginao. 24. A retirada da preposio em de transformar (.2) violaria as regras de gramtica da lngua portuguesa, j que essa expresso complementa capacidade (.2). Dada a inexistncia de encanamento para fazer a drenagem, tornava-se impossvel a distribuio de gua nas casas. 25. O segmento Dada a inexistncia de encanamento (.1) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Devido inexistncia de encanamento. Todo indivduo tem direito proteo de sua liberdade, de sua integridade fsica e de outros bens que so necessrios para que uma pessoa no seja rebaixada de sua natureza humana. 26. Na linha 1, a repetio da preposio de antes de sua liberdade, sua integridade e outros bens indica que se trata de trs expresses que complementam proteo, e no direito. O fato que, desde os seus primrdios, as coletividades humanas no apenas pactuaram normas de convivncia social, mas tambm foram corporificando um conjunto de conceitos e princpios orientadores da conduta no que tange ao campo tico-moral.40

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27. Na linha 3, a preposio a, que compe o termo ao campo tico-moral, exigida pelo substantivo conduta. Com um visual colorido e irreverente, os vinte cartazes buscam propagar a ideia de que possvel tomar medidas que diminuam as chances de contrair cncer e de que a deteco precoce da doena amplia significativamente as chances de cura. 28. As duas ocorrncias da preposio de em de que (.2) mostram o incio de oraes que complementam o termo ideia (.2). O mercado cria inevitavelmente a ideia de que o lucro de um pode ser o prejuzo do outro e que cada um deve defender os prprios interesses.. 29. Alteram-se as relaes semnticas entre os termos da orao e desrespeitam-se as regras gramaticais de regncia ao se inserir a preposio de antes de que cada um (.2), escrevendo-se e de que cada um. Ouvinte atenta dos relatos dos trabalhadores sobre ameaas sofridas por parte de fazendeiros e sobre a situao degradante de sobrevivncia a que so submetidos, a entidade apura os fatos e leva as denncias aos rgos competentes do Estado para a adoo de medidas. 30. A presena de preposio em aos rgos competentes (.4) justifica-se pela regncia de denncias (.3).

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Crase

4

Evidentemente, isso leva a perceber que h um conflito entre a autonomia da vontade do agente tico (a deciso emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores so dados externos ao sujeito). 1. pela acepo do verbo levar, em leva a perceber (.1), que se justifica o emprego da preposio a nesse trecho, de tal modo que, se for empregado o substantivo correspondente a perceber, percepo, a preposio continuar presente e ser correto o emprego da crase: percepo.1

5

Mais preocupante, no entanto, a situao criada pelo relator da ONU para o direito alimentao, Jean Ziegler, que classificou os biocombustveis como um crime contra a humanidade, garantindo que o mundo teria milhes e milhes de novos famintos pela escalada nos preos dos alimentos que seriam usados para fazer funcionar os motores dos automveis do mundo rico.

2.

Em direito alimentao (.2), o uso de sinal indicativo de crase um recurso imprescindvel para a compreenso do texto. Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalizao s ser aceitvel quando se cumprirem duas premissas.

3.

Mantm-se a coerncia de ideias e a correo gramatical do texto ao se empregar o sinal indicativo de crase no a, em a internacionalizao (.1), situao em que esse termo seria empregado como objeto direto preposicionado.43

Captulo

Marcos Pacco

Pode-se dizer, no que concerne complexidade, que h um plo emprico e um plo lgico e que a complexidade aparece quando h simultaneamente dificuldades empricas e dificuldades lgicas. 4. A retirada do sinal indicativo de crase em no que concerne complexidade (.1) altera as relaes de sentido entre os termos, mas preserva sua correo gramatical. No o tamanho, em termos de nmero de habitantes ou da rea espacial ocupada, que conta; conta sua funcionalidade em termos das manipulaes financeiras, que caracterizam a era da globalizao. 5. Atenderia prescrio gramatical a alterao do segmento em termos das manipulaes financeiras (.2-3) para relativamente as manipulaes financeiras.1

5

o nacional-desenvolvimentismo e sua carga poltica e ideolgica cederam vontade de abrir a economia e o mercado, de forma irracional e reativa, onda de globalizao e de neoliberalismo que penetrava o pas vinda de fora. Ao substitu-lo na presidncia, Itamar Franco recuou momentaneamente aos parmetros anteriores do Estado desenvolvimentista, sem, contudo, bloquear a conscincia da necessidade de se prosseguir com as adaptaes aos novos tempos.

6.

O emprego do sinal indicativo de crase em onda (.3) justifica-se pela regncia de abrir (.2) e pela presena de artigo definido feminino singular Pode-se dar a entender que se viajou, que se conhecem lnguas. Uma palavra estrangeira em uma placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro pas, por seu prestgio

7.

Pelo fato de associado (.3) exigir que seu complemento seja regido pela preposio a, pode ser empregado o sinal indicativo de crase em a outra cultura. Assim como o banco em que trabalha, Hugo se tornou mais ligado s questes ambientais com o passar dos anos.

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8.

A substituio da expresso questes ambientais (.2) por sinnimos textuais, como, por exemplo, temas ambientais ou problemas ambientais, preserva a coerncia da argumentao e a correo gramatical do texto. E apostando nessa segunda opo que os verdadeiros democratas insistem em proporcionar informaes a todas as pessoas.

9.

No termo a todas as pessoas (.2), ao se eliminar o pronome todas, necessrio eliminar a preposio a e colocar sinal indicativo de crase em as pessoas.1

5

O reconhecimento do programa brasileiro significa que as nossas florestas atendem s prticas internacionais de manejo sustentvel, so socialmente justas, economicamente viveis e ambientalmente corretas, o que facilita o aumento das exportaes das empresas brasileiras, devido queda de barreiras tcnicas.

10. A substituio de s prticas (.2) por a prticas prejudica a correo gramatical do perodo. 11. Assinale a opo em que a frase apresenta o emprego correto do acento grave indicativo de crase. a) Isto no interessa ningum. b) No costumamos comprar roupas prazo. c) O estudante se dirigiu diretoria da escola. d) Caminhamos devagar at entrada do estabelecimento. e) Essa a instituio que nos referimos na conversa com o presidente. ... Mudado seu modo de pensar, o pesquisador j no concebe aquele tema da mesma forma e, assim, j no capaz de estabelecer uma relao exatamente igual do experimento original. 12. Em do experimento (.3), o sinal indicativo de crase est empregado de forma semelhante ao emprego desse sinal em expresses como moda, s vezes, em que o uso do sinal fixo. ... verdades falsas que, quando se disseminam dentro de um grupo ou comunidade, tendem a hostilizar formas de pensamento e de comportamento que, de alguma forma, no se conformam quela verdade.45

Marcos Pacco

13. Na linha 3, justifica-se o sinal indicativo de crase em quela pela exigncia de iniciar o complemento de se conformam com a preposio a. No incio, Michael no gostava de treinar, mas aos poucos as coisas comearam a mudar. Aos 11 anos, ele resolveu parar de tomar plulas para controlar a hiperatividade. 14. Se a locuo aos poucos (.1) fosse trocada por uma outra com palavra feminina, o emprego da crase seria obrigatrio, como em s pressas as coisas comearam a mudar. Caiu a ltima trincheira de resistncia contra a ferramenta. O autor de Ensaio sobre a Cegueira e O Evangelho Segundo Jesus Cristo decidiu criar um espao para comentrios, reflexes, simples opinies sobre isto ou aquilo, o que vier a talhe de foice. 15. Preserva-se a correo gramatical ao se reescrever a expresso a talhe de foice (.4) com crase: talhe de foice.1

5

Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesas nunca foram to bonitas, embora to poucas. (...). s vezes, eles discutiam na hora do jantar; na verdade, minha me brigava com ele, que ficava calado; se ela no parava de brigar, ele se levantava da mesa e saa para a rua.

16. Nas linhas 2 e 3, o emprego do sinal indicativo de crase em falncia e s vezes justifica-se pela regncia verbal. O capitalismo pode ser definido como a coexistncia entre a enorme capacidade de criar, transformar e dominar a natureza, suscitando desejos, ambies e esperanas, e as limitaes intrnsecas sua capacidade de entregar o que prometeu. 17. No trecho e as limitaes intrnsecas sua capacidade de entregar o que prometeu (. 3-4), o emprego do sinal indicativo de crase facultativo.1

No conseguia dormir direito por no conseguir juntar dinheiro sequer para retornar minha cidade e rever a famlia, relatou.

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5

Quando uma fazenda no municpio paraense de Piarras foi fiscalizada em junho deste ano, Copaba foi localizado pelo Grupo Mvel, resgatado e recebeu de indenizao trabalhista mais de R$ 5 mil.

18. O sinal indicativo de crase em retornar minha cidade (.2) facultativo e a sua omisso preservaria os sentidos do texto e a correo das estruturas lingusticas.1

5

10

O nosso planeta azul vive um paradoxo dramtico: embora dois teros da superfcie da Terra sejam cobertos de gua, uma em cada trs pessoas no dispe desse lquido em quantidade suficiente para atender s suas necessidades bsicas. (...) Calcula-se, ainda, que 30% das maiores bacias hidrogrficas perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que levou reduo da quantidade de gua. (...) O restante corresponde gua salgada dos mares (97%) e ao gelo nos plos e no alto das montanhas.

19. Nos trechos atender s suas necessidades (. 3-4), levou reduo da quantidade de gua (.6-7) e O restante corresponde gua salgada dos mares (.8), o emprego de crase obrigatrio. Passar da condio de devedor de credor internacional fato indito, mas no surpreendente. 20. Antes da expresso de credor (.1), subentende-se a repetio da palavra condio.

47

Sintaxe do Perodo Simples

5

Do sucesso no circuito comunicacional dependem a existncia e a felicidade pessoal. 1. No perodo acima, o sujeito composto a existncia e a felicidade pessoal est posposto ao ncleo do predicado verbal. O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas, mas a indiscutvel preferncia do consumidor pelo modelo flex tem outras razes. 2. No trecho O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas (.1), o sujeito das formas verbais vive e estimula o mesmo.1

5

Desapareceram os grandes personagens, que foram a verdadeira histria da UnB. Restaram apenas mgoas e ressentimentos, medo e desconfiana, um sentimento de desgosto e de tristeza no meio de toda aquela gente se evadindo ou assistindo com pavor violncia e 13 desmoralizao de seus colegas e familiares sem que nada se pudesse fazer.

3.

A indeterminao do sujeito um recurso usado quando o autor no quer ou no pode revelar quem fez determinada ao, como ocorre em: Desapareceram (.1); Restaram (.2). Segundo a observao de H. von Stein, ao ouvir a palavra natureza, o homem dos sculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do sculo XIX pensa em uma paisagem.49

Captulo

Marcos Pacco

4.

Em o homem dos sculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do sculo XIX pensa em uma paisagem (.2-3), o ncleo do sujeito est elptico, na segunda ocorrncia do verbo pensar. A etapa de avaliao quantitativa e a de avaliao qualitativa dos resultados compe o prximo captulo.

5.

Para se garantir a coerncia e a correo gramatical da frase, deve-se transformar o sujeito, que composto, em sujeito simples, retirando-se o trecho a de avaliao e deixando-se o verbo compor como est, no singular. Apenas 1% de toda a gua existente no planeta apropriado para beber ou ser usado na agricultura. O restante corresponde gua salgada dos mares (97%) e ao gelo nos plos e no alto das montanhas. Administrar essa cota de gua doce j desperta preocupao.

6.

A orao Administrar essa cota de gua doce (.3) exerce funo sinttica de sujeito. O poluente associado maior probabilidade de morte dos fetos o monxido de carbono (CO), um gs sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustveis.

7.

O trecho um gs sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustveis (.2-3) exerce a funo de aposto. Talento s no basta, disse Phelps na entrevista coletiva aps a sexta medalha de ouro. Muito trabalho,muita dedicao, uma combinao de tudo... Tentar dormir e se recuperar, armar cada sesso de treino da melhor forma possvel e acumular muito treino.

8.

No ltimo pargrafo, o sujeito dos verbos Tentar, recuperar, armar e acumular o pronome tudo, que funciona como aposto. Mais preocupante, no entanto, a situao criada pelo relator da ONU para o direito alimentao, Jean Ziegler, que classificou os biocombustveis como um crime contra a humanidade,...

9.50

O nome Jean Ziegler (.2) est entre vrgulas por constituir um vocativo.

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb

Marx, herdeiro e defensor das postulaes do Iluminismo, indagou se as relaes de produo e as foras produtivas do capitalismo permitiriam, de fato, a realizao da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. 10. O trecho herdeiro e defensor das postulaes do Iluminismo (.1) exerce, na orao, a funo sinttica de vocativo. O IRIB e o Colgio Notarial sentem-se orgulhosos de poder contribuir com o desenvolvimento das atividades notariais e registrais do estado. 11. Na linha 1, a palavra orgulhosos um adjetivo que est, no contexto, exercendo a funo sinttica de predicativo de IRIB e Colgio Notarial, ambos objetos diretos. Os nmeros so semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaas 12. No trecho Os nmeros so semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaas, o termo nmeros predicativo do sujeito. 13. A expresso Confisses de Allan Poe, no ttulo de um texto, e construo de Braslia so estruturas semelhantes sintaticamente, pois so formadas por substantivo abstrato mais preposio de seguida de outro substantivo, o qual, no ttulo do texto, desempenha papel de agente pelo qual se entende que Allan Poe fez uma confisso e, em construo de Braslia, desempenha papel de paciente.1

5

O fulcro da questo que ou garantimos os direitos sociais a todos os trabalhadores, em todas as posies na ocupao assalariados, estatutrios, cooperantes, avulsos, terceirizados etc. ou ser cada vez mais difcil garanti-los para uma minoria cada vez menor de trabalhadores que hoje tm o status de empregados regulares.

14. As alternativas expressas entre as linhas 1-5 complementam o sentido do sujeito da orao O fulcro da questo (.1).1

Ele s descobre que um bem fundamental quando deixa de possu-lo. Preso naquele poro, eu descobria que a liberdade mais impor51

Marcos Pacco

5

tante que existia era a liberdade de ir e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras liberdades, preso no poro de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religio (caso quisesse uma), de escolher minhas convices polticas.

15. A orao que um bem fundamental (.1) exerce a mesma funo sinttica que todas as outras liberdades (.4).1

5

Alm das estatsticas, o autor revela as histrias trgicas que os dados frios no mostram, como as crianas abandonadas pelas famlias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas feiticeiras, ou a nuvem de gs letal expelida pela fbrica da Union Carbide na ndia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que no tinham informao sobre os riscos ou opo de morar em outro local.

16. Na linha 1, a expresso os dados frios objeto direto do verbo mostram.1

5

Um analista de palavra-chave, por exemplo, tem a nica misso de combinar as palavras de um stio de modo que as ferramentas de busca o situem, sempre, entre os primeiros da lista. Em uma outra frente, surgiram funes relativas a assuntos ambientais, como a do consultor de sustentabilidade, profissional que, entre outras coisas, faz estudos de impacto sobre o ambiente. algo bsico para muitos negcios.

17. Pelos sentidos do texto, depreende-se que, no trecho de modo que as ferramentas de busca o situem, sempre, entre os primeiros da lista (.2-3), o termo sublinhado, que complemento do verbo situar, est empregado em referncia a Um analista de palavra-chave (.1). Machado pode ser considerado, no contexto histrico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peas nos leitores e nele mesmo. 18. O pronome me (.2) funciona como complemento indireto da forma verbal encanta (.6).52

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb1

5

O Instituto de Registro Imobilirio do Brasil (IRIB), seo de So Paulo, em parceria com o Colgio Notarial do Brasil, tambm seo de So Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justia de So Paulo, congrega esforos para promover e realizar seminrios de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeioamento tcnico de notrios e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na rea.

19. As expresses em parceria (.2) e com o apoio (.3) exercem a funo sinttica de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem ser substitudas, sem prejuzo do sentido, por juntamente. Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lanava o filme Dr. Strangelove. Nele, um oficial norte-americano ordena um bombardeio nuclear Unio Sovitica e comete suicdio em seguida, levando consigo o cdigo para cancelar o bombardeio. 20. A expresso Unio Sovitica (.3) complemento da forma verbal ordena (. 2).

53

1

5

H, porm, outras mais graves, que se instalam lentamente no organismo, como o aumento da presso arterial e a ocorrncia de paradas cardacas. Estas podem passar despercebidas, j que nem sempre apresentam uma relao to clara e direta com o fator ambiental. De imediato, existe o alerta: onde morar em metrpoles?

1.

A locuo j que (.3) estabelece uma reao de comparao no perodo. Apesar de pequena, a funo do INMETRO fundamental, j que a instituio est contribuindo para a promoo da igualdade social.

2.

A substituio de Apesar de (.1) por Embora prejudica a correo gramatical do perodo. Eles, porm, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filsofo, e que o suprfluo era um dissolvente.To nobre resposta encheu de admirao tanto aos sbios como aos principais e mesma plebe.

3.

No trecho To nobre resposta encheu de admirao tanto aos sbios como aos principais e mesma plebe (.2-3), a substituio de como por quanto mantm a correo gramatical do texto. O resultado obtido no estudo, publicado na revista PNAS, mostra que a falta de comida, nos primeiros meses de gestao, altera o material gentico dos filhos. Nenhum deles, porm, nasceu abaixo do peso ou com algum problema evidente de sade.55

Captulo

Sintaxe do Perodo Composto

6

Marcos Pacco

4.

No trecho Nenhum deles, porm, nasceu abaixo do peso ou com algum problema evidente de sade (.3-4), a conjuno adversativa pode, sem prejuzo para o sentido original do texto, ser substituda por contudo, todavia ou no entanto. Por ironia, as notcias mais frequentes produzidas pelas pesquisas cientficas relatam no a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agresses impingidas aos oceanos pela ao humana.

5.

O termo mas (.2) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. O processo de acompanhamento foi estruturado em dois estgios interdependentes entre si: as aes desenvolvidas pela Agncia, enquanto parte avaliada, e as aes sob responsabilidade do avaliador do processo a Comisso de Acompanhamento e Avaliao.

6.

No trecho enquanto parte avaliada (.2), o emprego de enquanto contraria recomendaes de alguns gramticos relativas ao uso da norma padro da lngua portuguesa em contextos escritos formais. A despeito da desacelerao econmica nas naes ricas, as cotaes das commodities agrcolas, minerais e energticas persistem em ascenso. Segundo o FMI, os preos dos alimentos subiram 48% do final de 2006 ao incio de 2008.

7.

A expresso A despeito da (.1) pode, sem prejuzo para a correo gramatical e as informaes originais do perodo, ser substituda por qualquer uma das seguintes: Apesar da, Embora haja, No obstante a. As pessoas no nascem iguais. Elas possuem habilidades e talentos prprios. O principal papel de um governo no ir contra essa realidade e forar algo que no existe nem existir.

8.

O desenvolvimento das ideias no texto permite a insero, na linha 1, de conectivo de valor explicativo entre as oraes, da seguinte forma: iguais, pois elas possuem.

56

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb

De to habituados a viver em relao com os demais, poucas vezes percebemos ou constatamos sua importncia ou sua influncia em nossos comportamentos ou em nossas decises. A vida humana grupal. 9. Em De to habituados (.1), a preposio De introduz orao de valor causal que, entre outras estruturas, corresponde a Porque estamos to habituados ou a Por estarmos to habituados. Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela, saa maltratado, repelido. 10. Em Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela (.1), a expresso Cada vez que pode ser substituda por medida que, sem alterao de sentido. Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios. 11. Com o deslocamento da conjuno pois para o incio da orao Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios (.1), com os devidos ajustes de maisculas e minsculas, preserva-se o sentido original do perodo. Porm, mal experimentava a iluso de pela poesia ter exorcizado a perseguio dos meus pavores, logo outras alucinaes, outros pesadelos, outras bizarrias macabras e fnebres assaltavam sem trgua a minha pobre alma acabrunhada. 12. Em Porm, mal experimentava a iluso (...) a minha pobre alma acabrunhada (.1-3), o termo mal empregado com sentido temporal. A lenda urbana surge com a oportunidade do inusitado, do espetacular, do fantasioso. o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo alm do que se conhece. 13. Preservam-se a correo gramatical do texto e a coerncia entre os argumentos ao se ligar o segundo perodo sinttico do texto ao primeiro por uma conjuno, da seguinte forma: (...) do fantasioso, posto que o momento (...).57

Marcos Pacco

Tem pacincia, se obscuros. Calma, se te provocam. 14. O trecho Tem pacincia, se obscuros constitui um perodo simples, uma orao absoluta.1

5

O vendedor de jornais o tipo mais despreocupado e alegre do mundo. Tem uma alma de pssaro. Claro est que no nos referimos ao carrancudo portugus, que, em meio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa os dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunio da Rua do Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas dos cafs da Avenida, em toda parte.

15. Os dois primeiros pargrafos do texto so formados, respectivamente, por uma orao absoluta e uma frase nominal, e o terceiro pargrafo constitudo por perodo composto por coordenao e subordinao.1

5

Seu fsico naturalmente perfeito para a natao. O corpo lembra a forma de um peixe. Tem articulaes flexveis e enormes mos que parecem ps. Ter nascido no pas com a melhor estrutura para deteco e lapidao de talentos esportivos tambm ajudou uma vez bem-sucedido em competies escolares, Phelps seguiu naturalmente o caminho que o levou equipe olmpica norte americana.

16. So exemplos de oraes coordenadas adversativas as duas oraes da seguinte passagem do texto: Seu fsico naturalmente perfeito para a natao. O corpo lembra a forma de um peixe (.1).1

5

Todos os Estados promovero a cooperao internacional com o objetivo de garantir que os resultados do progresso cientfico e tecnolgico sejam usados para o fortalecimento da paz e da segurana internacionais, a liberdade e a independncia, assim como para atingir o desenvolvimento econmico e social dos povos e tornar efetivos os direitos e liberdades humanas de acordo com a Carta das Naes Unidas.

17. Por causa das ocorrncias da conjuno e no mesmo perodo sinttico, o conectivo assim como (.4) tem a dupla funo de marcar a relao de adio entre as oraes e deixar clara a hierarquia das relaes semnticas.58

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V Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para ser avaliado VI Desenvolver em aula a responsabilidade coletiva pela aprendizagem e disciplina 18. As propostas apresentadas tanto em V quanto em VI esto formuladas como perodos compostos por subordinao. Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educao e pela cultura, que disso decorrem diferenas relevantes e irredutveis aos genes muito difcil. 19. As oraes que precedem a forma verbal (.3) constituem o sujeito que leva esse verbo para o singular. A consequncia imediata desse processo que o produto do IGF2 pode servir de combustvel para o desenvolvimento de tumores no futuro. 20. No perodo A consequncia (...) tumores no futuro (.1-2), o trecho que o produto do IGF2 pode servir de combustvel para o desenvolvimento de tumores no futuro exerce a funo sinttica de sujeito. XII Solicitar a colaborao dos aprendizes na elaborao de questes 21. Transformando-se em perodo composto a sugesto XII Solicitar a colaborao dos aprendizes na elaborao de questes , tem-se: Solicitar aos aprendizes que colaborem na elaborao de questes.1

5

Era porta de uma igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem gua benta, para conduzi-las nossa casa, onde estavam hospedadas. Tinham vindo de Sapucaia, pelo Carnaval, e demoraram-se dois meses na corte. Era eu que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor, porque minha me, com o seu reumtico, mal podia mover-se dentro de casa, e elas no sabiam andar ss.

22. No texto, as oraes que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem gua benta (.1-2) e que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor (.4) exercem a mesma funo sinttica e, por isso, tm a mesma classificao.59

Marcos Pacco

IX Fazer contrato de trabalho com os alunos X Garantir clima de respeito em sala de aula 23. Juntando-se as sugestes IX e X em uma nica orao, estar sintaticamente correta e preservar o sentido original do texto a seguinte sugesto: Fazer contrato com os alunos com cujo clima de respeito em sala de aula estar garantido o trabalho. No fim, tinha um pequeno armarinho sempre tivera lojas que fossem frequentadas principalmente por mulheres na rua Senhor dos Passos. 24. Na linha 1, a orao adjetiva que fossem frequentadas principalmente por mulheres apresenta valor explicativo.1

5

Os poluentes emitidos pelo motor de 31 automveis, nibus e caminhes geralmente se espalham por um raio de at 150 metros a partir do ponto em que so lanados e transformam as grandes avenidas em imensas chamins que despejam sobre a cidade toneladas de partculas e gases txicos.

25. A orao que despejam sobre a cidade toneladas de partculas e gases txicos (.3-4) restringe o sentido da palavra chamins (.4).1

5

O caso de Chico Mendes foi relatado pela conselheira Sueli Bellato. Emocionada, ela disse ter lido muito sobre o seringueiro morto para, ento, encadear os argumentos que a fizeram acatar o pedido de reconhecimento e indenizao interposto por Izalmar Mendes. Chico Mendes foi vereador em Xapuri, onde nasceu, e se firmou como crtico de projetos governamentais de graves consequncias ambientais, como a construo de estradas na regio amaznica.

26. O termo onde (.5) introduz orao adjetiva de sentido explicativo. Minha me costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por l. 27. No trecho Minha me costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por l (.1), a orao iniciada pela preposio para expressa finalidade.60

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb

O INMETRO tem realizado estudos aprofundados que visam diagnosticar a realidade do pas e encontrar melhores solues tcnicas para que o Programa de Acessibilidade para Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz. 28. O termo para que (.2) estabelece uma relao de finalidade entre oraes do perodo. ... Mesmo que no possamos olhar de um curso nico para a histria, os projetos humanos tm um assentamento inicial que j permite abrir o presente para a construo de futuros possveis. 29. Preservam-se as relaes entre os argumentos do texto caso se empregue em lugar de que no possamos (.1), uma orao correspondente com o gerndio: no podendo. Todo indivduo tem direito proteo de sua liberdade, de sua integridade fsica e de outros bens que so necessrios para que uma pessoa no seja rebaixada de sua natureza humana. 30. Mantm-se o texto coerente e gramaticalmente correto ao se substituir que uma pessoa no seja (.2-3) por uma pessoa no ser.

61

Pontuao

7

Segundo a observao de H. von Stein, ao ouvir a palavra natureza, o homem dos sculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do sculo XIX pensa em uma paisagem. 1. No final do texto, em o do sculo XIX pensa em uma paisagem, as relaes sintticas do trecho permitem a colocao de uma vrgula entre o do sculo XIX e pensa. Estas indagaes, possivelmente existentes desde que o homem comeou a pensar, tm ocupado o tempo e o esforo de elaborao dos filsofos ao longo dos sculos. 2. Mantm-se a correo gramatical e a coerncia textual caso seja retirada a vrgula logo aps o termo indagaes (.1). As consequncias mais imediatas e moderadas de encher os pulmes todos os dias com o ar das metrpoles so logo sentidas: entupimento das vias areas, mal-estar, crises de asma, irritao dos olhos. 3. Nas linhas 3 e 4, as vrgulas utilizadas no interior do perodo que termina na palavra olhos tm a funo de separar elementos de mesma funo gramatical componentes de uma enumerao. Eu tinha todas as outras liberdades, preso no poro de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religio (caso quisesse uma), de escolher minhas convices polticas.63

Captulo

Marcos Pacco

4.

No trecho de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religio (caso quisesse uma), de escolher minhas convices polticas (.1-3), a vrgula empregada para separar termos que exercem a mesma funo sinttica. Toda empresa tem uma cultura, uma personalidade, uma cara. Essa cultura acaba impressa nas pessoas que trabalham ali.

5.

Nos termos enumerados na linha 1, a substituio da vrgula colocada antes de uma cara pela conjuno e preservaria a correo gramatical do texto, mas enfraqueceria a indicao semntica de que se trata de termos praticamente sinnimos.1

O DNA Paulistano, srie de pesquisas realizadas, no ano passado, pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas de pessoas que, nas diversas regies da cidade, costumam caminhar at o trabalho

6.

De acordo com a gramtica normativa da lngua portuguesa, o emprego da vrgula no primeiro perodo do texto no tem justificativa gramatical. No ano passado, a produo industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indstria aumentou 1,8%.

7.

O emprego da vrgula logo aps passado (.1) justifica-se por isolar o adjunto adverbial de tempo anteposto orao principal.1

5

Entretanto, pode-se constatar que, at dentro de uma mesma nao, os benefcios do processo no so distribudos de maneira mais ou menos equitativa. Em certos casos, essa distribuio torna-se mesmo bastante injusta, com uma grande acumulao de benefcios para pequenos setores sociais, em detrimento da grande maioria da populao.

8.

O emprego das vrgulas no ltimo perodo sinttico do texto mostra que a circunstncia expressa por com uma grande acumulao de benefcios para pequenos setores sociais (.4-5) pode ser deslocada tanto para antes de essa distribuio (.3) quanto para depois de populao (.5), sem prejudicar a coerncia entre os argumentos.

64

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb

Um dos grandes problemas no Brasil, alm da impunidade e da corrupo endmicas, a m distribuio de renda, situao em que muitos tm pouco e poucos tm muito. 9. As duas primeiras vrgulas do ltimo pargrafo isolam o aposto, ou seja, um termo que explica uma palavra ou expresso j mencionada. Fruto de um longo debate, seu maior objetivo, segundo o ministro do trabalho, Carlos Lupi, era: Proporcionar a milhes de jovens estudantes brasileiros os instrumentos que facilitem sua passagem do ambiente escolar para o mundo do trabalho. 10. A expresso Carlos Lupi (.1) est entre vrgulas por tratar-se de aposto explicativo. Meu tio Jos Ribeiro, pai destas primas, foi o nico, de cinco irmos, que l ficou lavrando a terra e figurando na poltica do lugar. 11. No trecho Meu tio Jos Ribeiro, pai destas primas, foi o nico, de cinco irmos (.1), pai destas primas uma orao explicativa e, por isso, est separada por vrgulas.1

5

No surpreende que, como mostraram o fsico Roberto Nicolsky e o engenheiro Andr Korottchenko de Oliveira, em artigo publicado recentemente, o Brasil venha caindo na classificao dos pases que mais registram patentes no escritrio norte-americano que cuida do assunto, o USPTO (sigla do nome em ingls).

12. Na linha 4, logo aps a palavra assunto, a vrgula foi empregada para isolar o vocativo subsequente.1

5

As empresas ficaram mais eficientes e esto repartindo os ganhos com o trabalhador, e isso muito bom, porque o aumento da renda alimenta a expanso da demanda domstica, diz o assessor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Jlio Srgio Gomes de Almeida.

13. O emprego da vrgula logo aps Industrial (.4) deve-se necessidade de se isolar o vocativo subsequente.65

Marcos Pacco

H, no entanto, um preconceito que parece ser mais resistente do que os outros, o lingustico. 14. A vrgula antes do termo o lingustico (.2) tem a funo de marcar um verbo subentendido; mesmo papel que desempenha no seguinte exemplo: A formiga trabalhadora; a cigarra, cantora.1

5

Tempo, espao e matria so, pois, ideias que penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais primitivo, e que evoluram por meio das especulaes filosficas at as modernas investigaes cientficas, que as integraram em um nvel mais profundo de sntese, uma unificao que levou milnios para ser atingida.

15. Na linha 1, caso se deslocasse a conjuno pois para o incio da orao, a coerncia da argumentao seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vrgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessrios ajustes nas letras maisculas e minsculas. fato que, em alguns momentos da crise iniciada em julho, marcada pela queda de liquidez dos bancos, ocorreram episdios de exigncia de taxas melhores por parte de investidores, mas em nenhum momento aconteceu uma piora no perfil da dvida brasileira. 16. A vrgula logo aps investidores (.2) utilizada para separar oraes coordenadas. As estradas da Gr-Bretanha tinham sido construdas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carruagens romanas. 17. A vrgula que precede a conjuno e (.2) indica que esta liga duas oraes de sujeitos diferentes; mas a retirada desse sinal de pontuao preservaria a correo e a coerncia textual.1

Os dois relatrios especficos de acompanhamentos elaborados pela ANS e submetidos apreciao da Comisso foram o 1. Relatrio Semestral do Contrato de Gesto 2006/2007, de julho de 2007, e o Relatrio Final do Contrato de Gesto 2006/2007, de maro de 2008.

66

Questes Comentadas de Gramtica CESPE/Unb5

O primeiro atua como marco inicial do processo de acompanhamento, e o segundo, como o marco final do estgio de acompanhamento sob responsabilidade da ANS.

18. Na linha 3, o emprego de vrgulas uma antes de e e outra aps segundo justifica-se, de acordo com as normas de pontuao da lngua portuguesa, respectivamente, pelo fato de as oraes apresentarem o mesmo sujeito Relatrio e pela ocorrncia de uma exemplificao, introduzida por como. Vivia envolvido com sirigaitas, como minha me as chamava, e com fracassos comerciais crnicos. 19. No trecho Vivia envolvido com sirigaitas, como minha me as chamava, e com fracassos comerciais crnicos (.1-2), facultativo o emprego da vrgula antes da conjuno coordenada e. Mas basta percorrer essa e outras reas do centro onde, compreensivelmente, mais se caminha para notar o estado precrio das caladas e as constantes irregularidades. 20. A substituio de travesses por vrgulas, nas linhas 1 e 2, manteria a correo gramatical do perodo e suas informaes originais.1

5

O Brasil obteve o reconhecimento internacional do Programa Brasileiro de Certificao de Manejo de Florestas (CERFLOR) durante a 19. Reunio Plenria do Program for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), maior frum de programas nacionais de certificao de manejo florestal.

21. Na linha 3, o emprego de vrgula aps (PEFC) justifica-se por isolar expresso apositiva subsequente.1

5

Enquanto outros pases em desenvolvimento, como China, ndia e Coria, investem na formao de pesquisadores e se transformam em produtores de conhecimentos que dinamizam suas economias, o