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Aula 00 Questões Comentadas de Português p/ INSS - Técnico de Seguro Social Professor: Rafaela Freitas 00000000000 - DEMO

Questões comentadas de português

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Questões comentadas de português

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    Questes Comentadas de Portugus p/ INSS - Tcnico de Seguro Social

    Professor: Rafaela Freitas

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    INTELECO DE TEXTO. MECANISMO DE COESO DE TEXTUAL. REDAO

    (CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E

    INCORRETAS)

    SUMRIO

    APRESENTAO......................................................................................1

    CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO......................................................2

    1. INTRODUO.....................................................................................4

    QUESTES COMENTADAS........................................................................5

    LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA......................................58

    GABARITOS..........................................................................................96

    Observao importante: este curso protegido por direitos autorais

    (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a

    legislao sobre direitos autorais e d outras providncias.

    Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os

    professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe

    adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)

    APRESENTAO

    Ol, caros alunos do Estratgia Concursos! com muita satisfao que

    comearemos com esta aula um curso inteiro com questes comentadas que

    ir prepar-lo para o certame do INSS Tcnico de Seguro Social!! No d para ficarmos esperando o edital, pois sabemos que ser um concurso

    concorrido e quanto antes comear a sua preparao, mais completa ela ser!

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    Minha funo aqui ajud-lo da melhor maneira possvel a alcanar o seu

    objetivo, pois o seu sucesso tambm o meu!

    Para que me conhea, falarei brevemente sobre mim: meu nome

    Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de

    Juiz de Fora, onde resido, e ps-graduada em Ensino de Lngua

    Portuguesa, pela mesma instituio (UFJF). Desde que me formei, em 2008,

    tenho trabalhado com a preparao dos alunos para os mais diversos

    concursos pblicos, em cursos presenciais, no que tenho colocado nfase em

    minha carreira, embora tambm trabalhe com turmas preparatrias para

    vestibulares. Sou uma apaixonada pela nossa lngua me e por ensin-la!

    Tenham a certeza de que o portugus, j neste curso, no ser um problema,

    mas sim a soluo! Voc sabe muito mais dessa lngua do que imagina! Confie

    em mim e principalmente em seu potencial!

    Alunos que esto comeando a se preparar encontraro aqui todos os

    PDFHWHVHGLFDVGHTXHSUHFLVDPSDUDXPHVWXGRREMHWLYR2VFRQFXUVHLURVj experientes tero com o curso uma fonte de reviso para se aprimorarem e

    se atualizarem bastante na Lngua Portuguesa. Todos sairo ganhando!

    OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO

    Este curso tem por objetivo trazer para os alunos questes comentadas

    de lngua portuguesa, tendo como base o ltimo edital para INSS. Como

    no sabemos qual ser abanca organizadora do prximo certame, vou usar

    questes de uma das bancas mais tradicionais do Brasil: Fundao Carlos

    Chagas. Obviamente, to logo saia edital e no sendo a FCC a banca

    organizadora, incluirei uma aula com anlise e questes da banca escolhida!

    Para que o curso seja completo e satisfatrio, proponho que seja dividido

    da seguinte maneira:

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    CRONOGRAMA

    AULA MATRIA LIBERAO

    0 Questes comentadas sobre compreenso e interpretao de textos, tipologia textual, significao das palavras.

    13/02/2015

    1 Questes comentadas sobre redao de correspondncias oficiais.

    23/02/2015

    2 Questes comentadas sobre ortografia oficial, acentuao grfica, pontuao.

    03/03/2015

    3 Questes comentadas sobre emprego das classes de palavras.

    13/03/2015

    4 Questes comentadas sobre sintaxe da orao e do perodo.

    23/03/2015

    5 Questes comentadas sobre concordncia nominal e verbal

    03/04/2015

    6 Questes comentadas sobre regncias nominal e verbal, emprego do sinal indicativo de crase.

    13/04/2015

    Desde j, coloco-me disposio para qualquer dvida ou esclarecimento,

    pelo e-mail: [email protected] ou ainda pelo

    frum de dvidas.

    Ser um prazer t-lo como aluno! Bons estudos!

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    1. INTRODUO

    INTELECO (INTERPRETAO) TEXTUAL

    (YLGentemente, tudo pode ser visto nos textos, l que todo tipo de fenmeno acontece. (ANTUNES, 2007, p. 139)

    Ler o mundo atravs dos mais diversos textos com os quais nos

    deparamos em nosso cotidiano uma tarefa no mnimo reveladora!

    Caros, alunos, o contedo desta aula de suma importncia para o

    desenvolvimento de toda a prova do certame do qual vocs iro participar.

    Digo toda a prova, pois a interpretao no est presente apenas na prova de

    Lngua Portuguesa, preciso interpretar em todas as outras disciplinas! So

    textos e enunciados que trazem informaes implcitas e explcitas que

    precisam ser compreendidas para que voc, concurseiro, atinja o seu objetivo

    maior que a aprovao.

    Diante disso, devo dizer aquilo que talvez voc j saiba: A leitura o

    meio mais eficaz para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos

    aprender a ler! A leitura precisa se tornar um hbito na vida de um

    concurseiro. Um candidato antenado com os acontecimentos atuais, conhecedor de textos literrios, entendedor de charges e textos de humor

    chegar ao sucesso com mais facilidade (ou menos dificuldade, rsrs) do que

    aquele que l pouco ou nada. E digo ler de verdade! No passar os olhos! Ler

    dar sentido vida e ao mundo, dominar a riqueza de qualquer texto, seja

    literrio, narrativo, instrucional, jornalstico, persuasivo, possibilidades que se

    misturam e se tornam infinitas.

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    A dificuldade na compreenso e interpretao de textos deve-se a falta do

    hbito da leitura. Sim! Ento, desenvolva o hbito da leitura. Que tal

    estabelecer agora uma meta de ler, pelo menos, um livro por ms? Leia o que

    voc mais gosta! No importa o gnero. Crie o hbito da leitura e o gosto por

    ela. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu

    funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a ns mesmos.

    No se deixe levar pela falsa impresso de que ler no faz diferena.

    QUESTES COMENTADAS

    Leia o texto a seguir.

    Em fins do ano passado foi aprovada na Comisso de Constituio e

    Justia do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que

    introduz no artigo 6 da Constituio Federal, relativo aos direitos sociais, frase

    com a meno de que so essenciais busca da felicidade.

    Pondera-se tambm que a busca individual pela felicidade pressupe a

    observncia da felicidade coletiva. H felicidade coletiva quando so

    adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a

    sociedade ser mais feliz se todos tiverem acesso aos bsicos servios pblicos

    de sade, educao, previdncia social, cultura, lazer, entre outros, ou seja,

    justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivduos a

    busca da felicidade.

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    Pensa-se possvel obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingnuo

    entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituio serem os direitos sociais

    essenciais busca da felicidade, se vai, ento, forar os entes pblicos a

    garantir condies mnimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a

    Constituio.

    A meno felicidade era prpria da concepo de mundo do Iluminismo,

    quando a deusa razo assomava ao Pantheon e a consagrao dos direitos de

    liberdade e de igualdade dos homens levava crena na contnua evoluo da

    sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra.

    Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalos que a Histria

    produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado

    de Direito um anacronismo patente, sendo inaceitvel hoje a incluso de

    convices apenas compreensveis no irrepetvel contexto ideolgico do

    Iluminismo.

    Confunde-se nessas proposies bem-intencionadas, politicamente

    corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educao, a segurana, a

    sade, o lazer, a moradia e outros mais so considerados direitos

    fundamentais de cunho social pela Constituio exatamente por serem

    essenciais ao bem-estar da populao no seu todo. A satisfao desses direitos

    constitui prestao obrigatria do Estado, visando dar sociedade bem-estar,

    sendo desnecessria, portanto, a meno de que so meios essenciais busca

    da felicidade para se gerar a pretenso legtima ao seu atendimento.

    O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do

    Mundo de Futebol, mas no h felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A

    felicidade um sentimento individual to efmero como varivel, a depender

    dos valores de cada pessoa. Em nossa poca consumista, a felicidade pode ser

    vista como a satisfao dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas

    celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade,

    passvel de ser desfeita por um desastre, por uma doena.

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    Assim, os direitos sociais so condies para o bem-estar, mas nada tm

    a ver com a busca da felicidade. Sua realizao pode impedir de ser infeliz,

    mas no constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz.

    (Miguel Reale Jnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espao Aberto, 5 de fevereiro de 2011,

    com adaptaes)

    01. (INSS 2012 - Perito Mdico Previdencirio FCC) Afirma-se corretamente que o autor

    (A) est convencido de que uma sociedade s poder ser plenamente feliz

    se lhe for permitida a realizao de todas as suas expectativas, principalmente

    quanto aos seus direitos bsicos.

    (B) critica, tomando por base as obrigaes do Estado de Direito e os

    conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda

    Constitucional por consider-la incua e defasada.

    (C) defende a concesso, pelo Estado, de garantias constitucionais para

    que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindvel sensao de bem-

    estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral.

    (D) censura a tardia preocupao do Senado brasileiro em oferecer

    condies mnimas de qualidade de vida populao, com a oferta dos direitos

    bsicos que venham a garantir a felicidade geral.

    (E) faz referncia necessria conscientizao de que o bem-estar da

    populao um bem indiscutvel, especialmente quanto liberdade e

    igualdade, a partir dos princpios que embasaram o Iluminismo.

    Comentrio: a alternativa B responde corretamente ao enunciado.

    Vejamos o que h de errado nas outras:

    (A) est convencido de que uma sociedade s poder ser plenamente feliz

    se lhe for permitida a realizao de todas as suas expectativas, principalmente

    quanto aos seus direitos bsicos. ERRADA. O autor se coloca contra a ideia de que a garantia dos direitos bsicos so tambm garantia de

    uma sociedade feliz (confirme no ltimo pargrafo).

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    (C) defende a concesso, pelo Estado, de garantias constitucionais para

    que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindvel sensao de bem-

    estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. ERRADA. A posio do autor justamente contrria. Segundo ele, o Estado deve

    garantir os direitos bsicos para gerar bem-estar sociedade. A

    felicidade individual e depende de cada um (confirme nos pargrafos

    6 e 7).

    (D) censura a tardia preocupao do Senado brasileiro em oferecer

    condies mnimas de qualidade de vida populao, com a oferta dos direitos

    bsicos que venham a garantir a felicidade geral. ERRADA. O autor no censura e nem diz achar tardia a preocupao do Senado.

    (E) faz referncia necessria conscientizao de que o bem-estar da

    populao um bem indiscutvel, especialmente quanto liberdade e

    igualdade, a partir dos princpios que embasaram o Iluminismo. ERRADA. Para o autor a viso iluminista no se aplica nos dias de hoje da

    mesma maneira. Tal ideia seria hoje um anacronismo, porque

    funcionou para aquela poca (confirme no pargrafo 5).

    GABARITO: B

    02. (INSS 2012 - Perito Mdico Previdencirio FCC) Em relao ao desenvolvimento textual, est INCORRETO o que consta em:

    (A) Os dois primeiros pargrafos introduzem o assunto que ser analisado

    a seguir.

    (B) H passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor

    sobre o assunto em pauta.

    (C) No 4 pargrafo identifica-se a argumentao de que se vale o autor

    para embasar a opinio que ser defendida no pargrafo seguinte.

    (D) O exemplo tomado Copa do Mundo, no 6 pargrafo, compromete o

    encadeamento das ideias defendidas no texto.

    (E) O ltimo pargrafo constitui uma concluso coerente de toda a

    discusso apresentada.

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    Comentrio: trata-se de um texto argumentativo. O autor discorda da

    chamada Emenda Constitucional da Felicidade e formula a sua tese a fim de

    contestar o que diz nela. Dentre as alternativas desta questo, a nica

    INCORRETA (cuidado com o que pede o enunciado, para marcar a errada)

    a D, pois o exemplo da copa do mudo foi usada acertadamente pelo autor

    para confirmar o argumento de que bem-estar coletivo no o mesmo que

    felicidade.

    GABARITO: D

    Diante do futuro

    Que me importa o presente? No futuro que est a existncia dos

    verdadeiros homens. Guyau*, a quem no me canso de citar, disse em uma de

    suas obras estas palavras: 3RUYHQWXUD VHL HX VH viverei amanh, se viverei mais uma hora, se a minha mo poder terminar esta linha que comeo? A

    vida est por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo,

    trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus

    pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a

    contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente,

    estende-se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse

    consumo seja uma perda estril, imponho-me privaes, contando que o

    futuro as resgatar e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possvel a minha

    liberdade o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo,

    dispe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder

    no equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho,

    PDLVHVSHUR * Jean-Marie Guyau (1854-1888), filsofo e poeta francs. (PRADO, Antonio Arnoni

    (org.). Lima Barreto: uma autobiografia literria. So Paulo: Editora 34, 2012. p. 164)

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    03. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para defender a tese de que

    (A) as projees do futuro s importam quando estiverem visceralmente

    ligadas s experincias do presente.

    (B) o futuro ganha plena importncia quando temos a convico de que

    todas as nossas aes so duradouras.

    (C) as aes do presente tm sua importncia determinada pelo valor

    intrnseco de que se revestem.

    (D) as aes do presente ganham sentido quando projetadas e

    executadas com vistas ao futuro.

    (E) o futuro s do nosso domnio quando nossas aes no tempo

    presente logram antev-lo e ilumin-lo.

    Comentrio: esta questo quer saber a tese do autor. Em um texto

    argumentativa, a tese a opinio de quem o escreve sobre determinado

    assunto. No texto em questo o autor usa a citao de Guyau sobre o futuro

    concordando com ele. Esta a tese: viver o presente projetando e executando

    aes para o futuro.

    GABARITO: D

    04. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) O fato de nossa vida estar cercada pelo Desconhecido no deve implicar uma restrio aos empreendimentos

    humanos, j que, para Guyau,

    (A) a incerteza do futuro no elimina a possibilidade de tom-lo como

    parmetro dos nossos empreendimentos.

    (B) os nossos atos tendem a se tornar estreis quando pautados por uma

    viso otimista do futuro.

    (C) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o

    presente com o mximo de intensidade.

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    (D) o fundamento da moral especulativa est em planejar o futuro sem

    atentar para as circunstncias presentes.

    (E) o trabalho estril executado no presente acumula energias que sero

    desfrutadas no futuro.

    Comentrio: O autor citado tem um otimismo latente no que se refere ao

    futuro. Ainda que no seja certo, o autor vive pensando nele. Vive o presente

    voltado para o futuro, sem pensar que a energia perdida hoje seja estril. O

    fundamento especulativo viver com a certeza do futuro, mesmo que, na

    verdade, seja incerto.

    GABARITO: A

    Questo de gosto

    A expresso parece ter sido criada para encerrar uma discusso. Quando

    algum DSHODSDUDDWDOGDTXHVWmRGHJRVWRpFRPRVHGLVVHVVHFKHJDGHFRQYHUVDLQ~WLOGLVFXWLU

    A partir da nenhuma polmica parece necessria, ou mesmo possvel.

    9RFrJRVWDGH%HHWKoven? Eu prefiro ouvir fanfarra GHFROpJLR4XHVWmRGHgosto.

    /HYDGD D VpULR UDGLFDOL]DGD D TXHVWmR GH JRVWR GLVSHQVD razes e argumentos, estanca o discurso crtico, desiste da reflexo, afirmando

    despoticamente a instncia definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,

    e pronto, estamos conversados.

    Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto

    prprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto no se discute. Mas se tudo

    questo de gosto, a vida vale a morte, o silncio vale a palavra, a ausncia

    vale a presena tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, no h lugar para uma razo tica,

    uma definio de princpios, uma preocupao moral, um empenho numa

    anlise esttica. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga

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    as diferenas reais e proclama a servido ao capricho. Mas h quem goste das

    frmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas

    contradies.

    (Emiliano Barreira, indito)

    05. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Definida como instncia definitiva da mais rasa subjetividade, a questo de gosto ope-se, terminantemente,

    (A) atribuio de mrito naturalidade de uma primeira impresso.

    (B) ao primado do capricho pessoal, ao qual tantas vezes se apela.

    (C) dinmica de argumentos criteriosos na conduo de uma polmica.

    (D) ao subterfgio de que nos valemos para evitar um princpio de

    discusso.

    (E) ao princpio da recusa a qualquer fundamentao racional numa

    discusso.

    Comentrio: A instncia definitiva da mais rasa subjetividade a tal

    questo de gosto, citada no texto, quando as discusso deixam de acontecer,

    porque gosto no se discute. Dessa forma, no adianta argumentar, discutir,

    gosto gosto. Isso se opes ento dinmica de argumentao e polmica.

    GABARITO: C

    06. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Atente para as seguintes afirmaes:

    I. No 1 pargrafo, a meno a Beethoven e a fanfarra de colgio ilustra

    bem a disposio do autor em colocar lado a lado manifestaes artsticas de

    valor equivalente.

    II. No 2 pargrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual

    alguns interlocutores dispem-se a desenvolver uma polmica.

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    III. No 3 pargrafo, a expresso servido ao capricho reala a

    acomodao de quem no se dispe a enfrentar a argumentao crtica.

    Em relao ao texto est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I.

    (B) I e II.

    (C) II.

    (D) II e III.

    (E) III.

    Comentrio: a nica alternativa correta a III, pois, ao estarem

    acomodados nas suas prprias opinies, a argumentao no faz sentido.

    Vamos ver o que h de errado nas outras:

    I. No 1 pargrafo, a meno a Beethoven e a fanfarra de colgio ilustra

    bem a disposio do autor em colocar lado a lado manifestaes artsticas de

    valor equivalente. tais manifestaes artsticas so de valor opostos. II. No 2 pargrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual

    alguns interlocutores dispem-se a desenvolver uma polmica. No se desenvolve polmica despoticamente, pois dessa maneira as opinies no

    seriam levadas em conta.

    GABARITO: E

    07. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Ao longo do texto o autor se vale de expresses de sentido antagnico, para bem marcar a oposio entre uma razo crtica e

    uma mera manifestao do gosto. o que se constata quando emprega

    (A) encerrar uma discusso e nenhuma polmica.

    (B) engolir em seco e impedido de argumentar.

    (C) desafio de ponderar e estanca o discurso crtico.

    (D) tudo questo de gosto e tudo se relativiza.

    (E) servido ao capricho e frmulas ditatoriais.

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    Comentrio: esta questo busca uma alternativa que tenha antagonismo

    entre as partes, ou seja, uma oposio. o que temos na alternativa C. Nas

    outras, uma expresso est em conformidade com a outra.

    GABARITO: C

    Sobre a publicao de livros

    Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restries na

    publicao de livros. Veja-se o que dizia o filsofo Voltaire, em 1777: 1mRYRVparece, senhores, que em se tratando de livros, s se deve recorrer aos

    tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido

    nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas s poder

    faz-lo por meio de livros: que os imprima, ento, mas que responda por sua

    obra. Se ela for ruim, ser desprezada; se for provocadora, ter sua rplica; se

    for criminosa, o autor ser punido; se for boa, ser aproveitada, mais cedo ou

    PDLVWDUGH (Voltaire, O preo da justia. Trad. Ivone Castilho Benedetti. So Paulo: Martins

    Fontes, 2001. p. 56)

    08. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) A posio de Voltaire est corretamente resumida na seguinte frase:

    (A) A publicao de livros uma questo de Estado e somente na

    instncia do Estado deve ser administrada. (B) Os autores de livros, soberanos

    para emitir suas opinies, devem permanecer margem das sanes dos

    tribunais.

    (C) A nica consequncia admissvel da publicao de um livro a reao

    do pblico leitor, a quem cabe o juzo definitivo.

    (D) Afora alguma razo de Estado, no se deve incriminar um autor pela

    divulgao de suas ideias.

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    (E) O Estado s deve ser invocado para julgar um livro quando isso

    constituir manifesta exigncia do pblico.

    Comentrio: a opinio de Valtaire est resumida na alternativa D.

    Vejamos as outras:

    (A) A publicao de livros uma questo de Estado e somente na

    instncia do Estado deve ser administrada. A publicao de livros NO uma questo de Estado.

    (B) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opinies, devem

    permanecer margem das sanes dos tribunais. Voltaire descorda disso, ele acha que, se os autores so soberanos para emitir suas opinies,

    devem responder por elas, no ficarem s margens dos tribunais.

    (C) A nica consequncia admissvel da publicao de um livro a reao

    do pblico leitor, a quem cabe o juzo definitivo. Voltaire no afirmou isso. (E) O Estado s deve ser invocado para julgar um livro quando isso

    constituir manifesta exigncia do pblico. Voltaire no falou sobre isso. GABARITO: D

    Ateno: Para responder questo a seguir, considere o texto:

    O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro

    comea a avanar pelos vastos e desertos prados do Cazaquisto, deixando

    para trs a fronteira com a China.

    O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendria Rota da

    Seda, antigo caminho que ligava a China Europa e era usado para o

    transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, at cair

    em desuso, seis sculos atrs.

    Hoje, a rota est sendo retomada para transportar uma carga igualmente

    preciosa: laptops e acessrios de informtica fabricados na China e enviados

    por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.

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    A Rota da Seda nunca foi uma rota nica, mas sim uma teia de caminhos

    trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando

    ;LDQ cidade do centro-oeste chins, mais conhecida por seus guerreiros de WHUUDFRWD era a capital da China.

    As caravanas comeavam cruzando os desertos do oeste da China,

    viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e

    ento percorriam as pouco povoadas estepes da sia Central at o mar Cspio

    e alm.

    Esses caminhos floresceram durante os primrdios da Idade Mdia. Mas,

    medida que a navegao martima se expandiu e que o centro poltico da

    China se deslocou para Pequim, a atividade econmica do pas migrou na

    direo da costa.

    Hoje, a geografia econmica est mudando outra vez. Os custos

    trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na ltima dcada. Por

    isso as indstrias esto transferindo sua produo para o interior do pas.

    O envio de produtos por caminho das fbricas do interior para os portos

    GH6KHQ]KHQRX;DQJDL e de l por navios que contornam a ndia e cruzam o FDQDOGH6XH] algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para trs semanas. A rota martima ainda mais barata do que o

    trem, mas o custo do tempo agregado por mar considervel.

    Inicialmente, a experincia foi realizada nos meses de vero, mas agora

    algumas empresas planejam usar o frete ferrovirio no prximo inverno

    boreal. Para isso adotam complexas providncias para proteger a carga das

    temperaturas que podem atingir 40C negativos.

    (Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

    09. (TRT-19 2014 - ANALISTA JUDICIRIO FCC) Depreende-se corretamente do texto:

    (A) A lendria Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de

    camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da regio.

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    (B) A expanso da navegao martima colaborou para que, no passado, a

    atividade comercial da China migrasse na direo da costa.

    (C) O frete ferrovirio deve ser substitudo pelo transporte martimo no

    inverno, j que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas

    temperaturas.

    (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fbricas chinesas voltaram a

    exportar quantidades significativas de especiarias.

    (E) A navegao chinesa se expandiu e o transporte martimo atingiu o

    seu auge durante a poca em que ;LDQHUDDFDSLWDOGD&KLQD

    Comentrio: este modelo de questo tpico das provas da FCC.

    Depreender do texto poder afirmar algo a partir da leitura dele. Vamos

    analisar as alternativas:

    (A) A lendria Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de

    camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da regio. -

    ERRADA. A lendrio Rota da Seda foi abandonada quando a atividade

    econmica do pas mudou para a costa, devido s grandes navegaes

    e ao deslocamento do centro poltico da China para Pequim.

    (C) O frete ferrovirio deve ser substitudo pelo transporte martimo no

    inverno, j que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas

    temperaturas. ERRADA. Os cuidados para que as cargas no sejam

    danificadas pelas baixas temperaturas devero ser tomados, mas a

    ideia que, mesmo durante o inverno boreal, o transporte seja

    ferrovirio.

    (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fbricas chinesas voltaram a

    exportar quantidades significativas de especiarias. ERRADA. O texto no fala

    nada sobre as empresas voltarem a vender especiarias.

    (E) A navegao chinesa se expandiu e o transporte martimo atingiu o

    VHXDXJHGXUDQWHDpSRFDHPTXH;LDQHUDDFDSLWDOGD&KLQD ERRADA. O desenvolvimento e o auge do transporte martimo levaram a capital da

    China para Pequim.

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    GABARITO: B

    Leia o texto a seguir.

    Falo somente do que falo:

    do seco e de suas paisagens,

    Nordestes, debaixo de um sol

    ali do mais quente vinagre:

    que reduz tudo ao espinhao,

    cresta o simplesmente folhagem,

    folha prolixa, folharada,

    onde possa esconder-se a fraude.

    Falo somente por quem falo:

    por quem existe nesses climas

    condicionados pelo sol,

    pelo gavio e outras rapinas:

    e onde esto os solos inertes

    de tantas condies caatinga

    em que s cabe cultivar

    o que sinnimo da mngua

    Falo somente para quem falo:

    quem padece sono de morto

    e precisa um despertador

    acre, como o sol sobre o olho:

    que quando o sol estridente,

    a contrapelo, imperioso,

    e bate nas plpebras como

    se bate numa porta a socos.

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    (TUHFKRGH*UDFLOLDQR5DPRV-RmR&DEUDOGH0HOR1HWR Melhores poemas de Joo Cabral de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), So Paulo: Global, 2013, formato

    ebook)

    10. (TRT-19 2014 - ANALISTA JUDICIRIO FCC) Considere as afirmaes abaixo.

    I. Ao lanar mo da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta

    visa a chamar para uma situao de misria a ateno de um leitor indiferente.

    II. expressa no poema a inteno de dar voz a pessoas submetidas a

    um contexto de privao.

    III. Depreende-se do poema que a misria provocada pela seca se

    esconde nas folhas prolixas da paisagem.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I e III.

    (B) II e III.

    (C) II.

    (D) III.

    (E) I e II.

    Comentrio: trata-se de um texto literrio, de um poema dividido em trs

    estrofes. Na primeira, o eu-lrico fala de DOJR)DORVRPHQWHGRTXHIDORQDsegunda ele fala por DOJXpP)DORVRPHQWHSRUTXHPIDORHQD WHUFHLUDHOHfala para DOJXpP )DOR VRPHQWH SDUD TXHP IDOR 2 WHPD p D VHFD D YLGDdifcil e miservel do serto, tema recorrente de Joo Cabral de Melo Neto.

    Depois dessa breve anlise, vamos ver as assertivas:

    I. Ao lanar mo da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta

    visa a chamar para uma situao de misria a ateno de um leitor indiferente.

    CORRETO. O eu-lrico (voz do poeta) chama a ateno do leitor desatento como se ele precisasse de um despertador para acordar e

    ver o que se passa!

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    II. expressa no poema a inteno de dar voz a pessoas submetidas a

    um contexto de privao. - CORRETA. O eu-lrico fala pelos miserveis, d

    a voz para aqueles que no podem se expressar

    III. Depreende-se do poema que a misria provocada pela seca se

    esconde nas folhas prolixas da paisagem. ERRADA. A misria provocada

    pela seca no se esconde, se mostra na folhagem seca, cresta e

    abundante.

    GABARITO: E

    As 4 questes a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.

    Sobre a efemeridade das mdias

    Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se questo da efemeridade

    dos suportes de informao, desde a tbua de argila, o papiro e o pergaminho

    at o livro impresso e os atuais meios eletrnicos. O livro impresso, at agora,

    demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas s quando se trata de livros

    feitos de papel de trapos. A partir de meados do sculo XIX, passou-se ao

    papel de polpa de madeira, e parece que este tem uma vida mxima de 70

    anos (com efeito, basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 para ver

    como muitos se desfazem ao ser folheados). H muito tempo se realizam

    estudos para salvar todos os livros que abarrotam nossas bibliotecas; uma das

    solues mais adotadas escanear todas as pginas e pass-las para um

    suporte eletrnico.

    Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmisso e a

    conservao de informaes, da foto ao filme, do disco memria do

    computador, so mais perecveis que o livro. As velhas fitas cassetes, com

    pouco tempo de uso se enrolavam todas, e saam mascadas; as fitas de vdeo

    perdem as cores e a definio com facilidade. Tivemos tempo suficiente para

    ver quanto podia durar um disco de vinil sem ficar riscado demais, mas no

    para verificar quanto dura um CD-ROM, que, saudado como a inveno que

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    substituiria o livro, ameaa sair rapidamente do mercado, porque podemos

    acessar on-line os mesmos contedos por um custo menor. Sabemos que

    todos os suportes mecnicos, eltricos ou eletrnicos so rapidamente

    perecveis, ou no sabemos quanto duram e provavelmente nunca chegaremos

    a saber. Basta um pico de tenso, um raio no jardim para desmagnetizar uma

    memria. Se houvesse um apago bastante longo, no poderamos usar

    nenhuma memria eletrnica.

    Os suportes modernos parecem criados mais para a difuso do que para a

    conservao das informaes. possvel que, dentro de alguns sculos, a

    nica forma de ler notcias sobre o passado continue sendo a consulta a um

    velho e bom livro. No, no sou um conservador reacionrio. Gravei em disco

    rgido porttil de 250 gigabytes as maiores obras primas da literatura

    universal. Mas estou feliz porque os livros continuam em minha biblioteca uma garantia para quando os instrumentos eletrnicos entrarem em pane.

    (Adaptado de Umberto Eco UOL Notcias NYT/ 26/04/2009)

    11. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) Analisando diferentes mdias, o autor tem sua ateno voltada, sobretudo, para

    (A) o grau de obsolescncia dos livros antigos, mormente os centenrios.

    (B) a conservao dos livros, que se vem revelando cada vez mais

    precria.

    (C) o conservadorismo de quem rejeita os suportes modernos de

    informao.

    (D) a preservao das informaes, quaisquer que sejam seus suportes.

    (E) a fidedignidade das informaes que circulam em suportes eletrnicos.

    Comentrio: o autor do texto tem o objetivo de falar sobre a conservao

    das informaes. Ele analisa a efemeridade dos meios, ou seja, o quanto eles

    duram pouco. O autor gosta de livros impressos, mas no dispensou guardar

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    as maiores obras primas da literatura em um disco rgido, pois no importa o

    suporte, mas sim que as informaes sejam preservadas.

    GABARITO: D

    12. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) Atente para as seguintes afirmaes:

    I. No primeiro pargrafo, afirma-se que vem sendo processada a cpia

    eletrnica de livros para preservar a massa de informaes dos volumes que

    lotam nossas bibliotecas.

    II. No segundo pargrafo, considera-se no apenas a efemeridade dos

    ltimos suportes de mdia, mas tambm aspectos ticos envolvidos na

    transmisso de informaes on-line.

    III. No terceiro pargrafo, o autor sugere que informaes impressas em

    livro esto mais seguras do que as que se veem processando em suportes

    mais avanados.

    Est correto o que se afirma em

    (A) III, apenas.

    (B) II e III, apenas.

    (C) I, II e III.

    (D) I e II, apenas.

    (E) I e III, apenas.

    Comentrio: vejamos cada assertiva:

    I. No primeiro pargrafo, afirma-se que vem sendo processada a cpia

    eletrnica de livros para preservar a massa de informaes dos volumes que

    lotam nossas bibliotecas. CORRETA. Os livros tm sido escaneados e preservados em cpia eletrnica.

    II. No segundo pargrafo, considera-se no apenas a efemeridade dos

    ltimos suportes de mdia, mas tambm aspectos ticos envolvidos na

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    transmisso de informaes on-line. - ERRADA. Nada foi falado sobre

    aspectos ticos.

    III. No terceiro pargrafo, o autor sugere que informaes impressas em

    livro esto mais seguras do que as que se veem processando em suportes

    mais avanados. - CORRETO. Segundo o autor, os livros duram mais.

    GABARITO: E

    13. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) O autor nega que seja um conservador reacionrio negativa que pode ser justificada atentando-se para o segmento

    (A) consulta a um velho e bom livro.

    (B) Gravei em disco rgido porttil.

    (C) mais para a difuso do que para a conservao das informaes.

    (D) nica forma de ler notcias sobre o passado.

    (E) os livros continuam em minha biblioteca.

    Comentrio: a alternativa correta a B. O autor justifica o fato de no ser

    um conservador reacionrio por fazer cpias em disco rgido.

    GABARITO: B

    14. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) correto deduzir das afirmaes do texto que

    (A) a confiabilidade de suportes simples pode superar a dos mais

    complexos.

    (B) a limitao da mdia eletrnica revela-se na transmisso de

    informaes.

    (C) j houve tempo suficiente para se precisar a durabilidade do disco

    rgido.

    (D) a obsolescncia de todos os suportes de informao tem a mesma

    causa.

    (E) os livros feitos de papel de trapo no resistem mais que cinco sculos.

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    Comentrio: a questo pede que voc faa uma inferncia do texto, que

    deduza algo segundo as informaes dadas. A alternativa A est correta, pois

    os suportes simples como o papel podem ser mais confiveis. Analisando o que

    h de errado nas outras:

    B a limitao da mdia est na conservao das informaes, no na transmisso.

    C O autor no fala nada sobre isso. D Essa generalizao do TODOS est equivocada. E Os livros feitos de papel de trapo resistem pelo menos 500 anos, ou

    seja, pode durar mais do que cinco sculos.

    GABARITO: A

    As 5 questes a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.

    Caipiradas

    A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar

    e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma

    pessoa est acostumada com o que prescrito de maneira tirnica pelas

    modas moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dana, nos espetculos, na gria. A moda logo passa; por isso, a gente da

    cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como

    consequncia, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que no

    mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrs e

    respondem a um cumprimento com certa frmula desusada; que no sabem

    qual o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em

    contato com gente assim, o citadino diz que ela caipira, querendo dizer que

    atrasada e portanto meio ridcula.

    Diz, ou dizia; porque hoje a mudana to rpida que o termo est

    saindo das expresses de todo dia e serve mais para designar certas

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    sobrevivncias teimosas ou alteradas do passado: msicas caipiras, festas

    caipiras, danas caipiras, por exemplo. Que, alis, na maioria das vezes,

    conhecemos no praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e

    usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco.

    Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral est mudando

    depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que no se pode falar

    mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou.

    O que h impulso adquirido, resto, repetio ou pardia e imitao deformada, mais ou menos parecida. H, registre-se, iniciativas culturais com

    o fito de fixar o que sobra de autntico no mundo caipira. o caso do disco

    Caipira. Razes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que ser

    altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura to especial, e

    j quase extinta.

    (Adaptado de Antonio Candido, Recortes)

    15. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) No primeiro pargrafo, estabelece-se uma contraposio entre as expresses

    $ORJRSDVVDHHVWDUHPGLD, destacando parmetros adotados pelos caipiras.

    %GHPDQHLUDWLUkQLFDe HVWiDFRVWXPDGDenfatizando as crticas dos citadinos aos modos caipiras.

    &GHYHHSRGHPXGDU, sublinhando os impulsos a que os caipiras tm que se render.

    'pDWUDVDGDHmHLRULGtFXOD, acentuando a variabilidade que ocorre com as modas.

    (PDLVFLYLOL]DGRVHIyUPXODGHVXVDGD, identificando pontos de vista adotados pelos citadinos.

    Comentrio: a nica oposio apresentada a que existe entre mais FLYLOL]DGRVHfrPXODGHVXVDGD, pois indica o modo bom e o modo ruim de ser, segundo um citadino.

    GABARITO: E

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    16. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) Atente para as seguintes afirmaes sobre o primeiro pargrafo:

    ,&RPDH[SUHVVmRo que prescrito de maneira tLUkQLFD, o autor est qualificando modos de ser, pensar e agir, com cuja imposio os citadinos

    esto acostumados.

    II. A submisso dos citadinos aos valores da moda a causa de uma

    alternncia de valores que reflete uma clara hesitao entre o que velho e o

    que novo.

    III. No ltimo e longo perodo, a sequncia de pontos e vrgulas destaca

    uma enumerao de traos que identificam um caipira aos olhos do citadino.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma em:

    (A) II e III, apenas.

    (B) I e II, apenas.

    (C) I, II e III.

    (D) III, apenas.

    (E) I e III, apenas.

    Comentrio: Vamos analisar as afirmaes:

    I. CORRETA

    II. A submisso dos citadinos aos valores da moda a causa de uma

    alternncia de valores que reflete uma clara hesitao entre o que

    velho e o que novo. ERRADA. Os citadinos buscam sempre o que novo. O que velho caipira.

    III. CORRETA

    GABARITO: E

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    17. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) Atentando-se para o 2 pargrafo, correto afirmar que o segmento

    $ 'L] RX GL]LD sugere a velocidade com que um novo elemento da moda aprimora um anterior.

    % FHUWDV VREUHYLYrQFLDV WHLPRVDV RX DOWHUDGDV designa a precria permanncia de costumes caipiras.

    & R WHUPRHVWi VDLQGRGDVH[SUHVV}HVGH WRGRGLD refere-se moda que deixa de ser seguida.

    ' XP SURGXWR FRPHUFLDO SLWRUHVFR traduz a maneira pela qual o citadino reconhece a moda que ele mesmo promove.

    (DUHDOLGDGHGRVHXPXQGRest-se referindo ao universo do citadino.

    Comentrio: vamos reler o 2 pargrafo.

    'L] RX Gizia; porque hoje a mudana to rpida que o termo est saindo das expresses de todo dia e serve mais para designar certas

    sobrevivncias teimosas ou alteradas do passado: msicas caipiras, festas

    caipiras, danas caipiras, por exemplo. Que, alis, na maioria das vezes,

    conhecemos no praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e

    XVDDUHDOLGDGHGRVHXPXQGRFRPRXPSURGXWRFRPHUFLDOSLWRUHVFR A No.. 'L] RXGL]LD LQGLFDTXH WXGRPXGDDWpD IRUPDGH IDODU Hdesignar algo.

    B Sim... sobrevivncia teimosa a dos hbitos caipiras. C No... a moda continua a ser seguida, o que muda o nome que se

    d queles que no a seguem.

    D No... o produto comercial pitoresco no a moda, mas o que foge dela.

    E No... refere-se quele que finge ser caipira. GABARITO: B

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    18. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) Ao afirmar que o universo do caipira (...) quase acabou, o autor emprega o termo quase em

    funo

    (A) de remanescerem repeties e pardias que aludem ao mundo caipira.

    (B) de as mudanas do nosso tempo ocorrerem em alta velocidade.

    (C) de iniciativas culturais que reavivam e fortalecem os costumes

    caipiras.

    (D) da fermentao cultural que se propaga criativamente nesse universo.

    (E) da autenticidade que o citadino ainda reconhece nos costumes

    caipiras.

    &RPHQWiULRYDPRVFRQWH[WXDOL]DURWUHFKRUHWLUDGRGRWH[WRporque o mundo em geral est mudando depressa demais, e nada pode ficar parado.

    Hoje, creio que no se pode falar mais de criatividade cultural no universo do

    caipira, porque ele quase acabou. O que h impulso adquirido, resto,

    repetio ou pardia HLPLWDomRGHIRUPDGDPDLVRXPHQRVSDUHFLGD Ao ler o trecho dentro do contexto, fica claro que a alternativa correta a

    A.

    GABARITO: A

    Da utilidade dos prefcios

    Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em

    100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de

    falar bem do autor e da obra em questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio

    ainda aponta caractersticas evidentes do texto que vir, que o leitor poderia

    ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefcio

    adianta elementos da histria a ser narrada (quando se trata de fico), ou

    antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a

    serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que

    intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.

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    Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios e

    prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda o que no justifica a generalizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em

    muitos livros que li, a melhor coisa era o prefcio fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistncia

    das ideias defendidas, muito mais slidas do que as expostas no texto

    principal. H casos clebres de bibliografias que indicam apenas o prefcio de

    uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio. E ningum controla a

    possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e

    inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final

    vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio e o texto

    principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem de ser

    bem mais curto.

    H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos

    maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de

    uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como

    se fosse uma Ceclia Meireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm

    linda). No havia dvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando

    o poder de seduo da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele

    conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moa que o prefcio

    acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginao de um grande gnio

    potico.

    (Aderbal Siqueira Justo, indito)

    19. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) O primeiro e o segundo pargrafos estabelecem entre si uma relao de

    (A) causa e efeito, uma vez que das convices expressas no primeiro

    resultam, como consequncia natural, as expostas no segundo.

    (B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a

    compreender a mesma tese defendida e desenvolvida no primeiro.

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    (C) inteira independncia, pois o tema do primeiro no se espelha no

    segundo, j que o autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos.

    (D) contraposio, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro

    confrontada com outra que a relativiza e nega no segundo.

    (E) similitude, pois so ligeiras as variaes do argumento central que

    ambos sustentam em relao utilidade e necessidade dos prefcios.

    Comentrio: O primeiro pargrafo apresenta a perspectiva de que os

    prefcios so inteis. Tal perspectiva refutada, confrontada pela opinio

    contrria do autor. Segundo ele, os prefcios so importantssimos, podendo

    chegar at a sobressair com relao obra em si.

    GABARITO: D

    20. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Considere as afirmaes abaixo.

    I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres

    traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos

    inteis.

    II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese

    defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte

    melhor de um livro.

    III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para

    demonstrar que o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios

    igualmente criativos.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I.

    (B) II.

    (C) III.

    (D) I e II.

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    (E) II e III.

    Comentrio: vamos analisar cada afirmao:

    I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres

    traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos

    inteis. ERRADA. No primeiro pargrafo temos duas perspectivas para os prefcios: so inteis e estraga-prazeres. As duas coexistem, se

    adicionam.

    II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese

    defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte

    melhor de um livro. CORRETA

    III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para

    demonstrar que o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios

    igualmente criativos. ERRADA. O caso demonstra que quem faz o prefcio pode estar melhor preparado do que autores iniciantes das

    obras prefaciadas.

    GABARITO: B

    21. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Ao lado de razes mais pessoais, marcadas por alguma subjetividade, o autor indica, como prova objetiva da utilidade de

    certos prefcios, o fato de que

    (A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta conciso

    de que seriam capazes.

    (B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos

    essenciais compreenso do texto principal.

    (C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento

    do texto principal do livro.

    (D) as apresentaes da poesia de Ceclia Meireles faziam ver tanto a

    beleza dos poemas como a da escritora.

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    (E) os prefaciadores so escolhidos a partir de um critrio inteiramente

    idneo, o que impede favoritismos.

    Comentrio: o autor prova a utilidade dos prefcios ao citar que em

    algumas bibliografias so citados apenas os prefcios das obras, sendo o

    UHVWDQWH FODUDPHQWH GHVQHFHVViULR H casos clebres de bibliografias que indicam apenas o prefcio de uma obra, ficando claro que o restante

    GHVQHFHVViULR GABARITO: C

    22. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

    (A) Garantido o tom elogioso (1 pargrafo) = assumido o teor

    argumentativo.

    (B) generalizao devastadora (2 pargrafo) = interao improdutiva.

    (C) glosar uma observao (2 pargrafo) = variar uma considerao.

    (D) ningum controla a possibilidade (2o pargrafo) = no se pode

    esboar a hiptese.

    (E) consistncia das ideias defendidas (2 pargrafo) = subservincia s

    teses propaladas.

    Comentrio: vejamos cada alternativa:

    (A) Garantido o tom elogioso (1 pargrafo) = assumido o teor

    argumentativo ERRADA: elogiar no argumentar. (B) generalizao devastadora (2 pargrafo) = interao improdutiva

    ERRADA: conceitos bem diferentes.

    (C) glosar uma observao (2 pargrafo) = variar uma considerao CORRETA: glosar = variar

    (D) ningum controla a possibilidade (2 pargrafo) = no se pode

    esboar a hiptese. ERRADA: controlar diferente de esboar.

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    (E) consistncia das ideias defendidas (2 pargrafo) = subservincia s

    teses propaladas ERRADA: consistncia diferente de subservincia. GABARITO: C

    Considere o texto abaixo um fragmento de O esprito das leis, obra clssica do filsofo francs Montesquieu, publicada em 1748.

    [Do esprito das leis]

    Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto

    o mundo fsico, pois ainda que o mundo inteligente possua tambm leis que

    por sua natureza so invariveis, no as segue constantemente como o mundo

    fsico segue as suas. A razo disso reside no fato de estarem os seres

    particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente,

    sujeitos a erro; e, por outro lado, prprio de sua natureza agirem por si

    mesmos. (...)

    O homem, como ser fsico, tal como os outros corpos da natureza,

    governado por leis invariveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as

    leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele prprio estabeleceu. Tal ser

    poderia, a todo instante, esquecer seu criador Deus, pelas leis da religio, chamou-o a si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo

    os filsofos advertiram-no pelas leis da moral. (Montesquieu Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)

    23. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) A razo invocada por Montesquieu para afirmar que Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto

    o mundo fsico deve-se ao fato de que

    (A) as leis que regem o mundo fsico acabam por ser menos previsveis do

    que aquelas elaboradas pelos homens.

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    (B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis

    que eles prprios modificam ou transgridem.

    (C) o governo do mundo fsico a aspirao que tm os homens de

    controlarem tudo o que est ao seu alcance.

    (D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapam

    completamente jurisdio humana.

    (E) o mundo inteligente, ao contrrio do mundo fsico, tem leis mais

    flexveis e mais justas que as da natureza.

    &RPHQWiULR YDPRV YROWDU DR WH[WR Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto o mundo fsico, pois ainda que o

    mundo inteligente possua tambm leis que por sua natureza so invariveis,

    no as segue constantemente como o mundo fsico segue as suas.

    (...)Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e

    modifica as que ele prprio estabeleceu O homem viola e modifica as leis que ele mesmo estabeleceu.

    GABARITO: B

    24. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Considere as seguintes afirmaes:

    I. No primeiro pargrafo, afirma-se que da natureza humana buscar agir

    em estrita conformidade com as leis divinas, materializadas no mundo fsico.

    II. No primeiro pargrafo, depreende-se que Montesquieu considera que

    as leis que governam o mundo fsico so exemplos de uma eficincia que os

    homens deveriam perseguir no governo do mundo inteligente.

    III. No segundo pargrafo, a religio e a filosofia surgem, cada uma em

    sua esfera, como possveis corretivos para as negligncias e os desvios da

    conduta humana.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma em

    (A) I, II e III.

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    (B) I e II, apenas.

    (C) I e III, apenas.

    (D) II e III, apenas.

    (E) III, apenas.

    Comentrio: a nica errada a afirmativa I, pois, ao contrrio do que est

    nela, o homem vive burlando as leis.

    GABARITO: D

    25. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) De acordo com a lgica do texto, as afirmaes O homem esquece seu criador e Deus chama-o para si esto clara e

    corretamente articuladas na seguinte frase:

    (A) Ainda quando se esquea de seu criador, o homem busca seu

    chamado.

    (B) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu criador.

    (C) No obstante o homem possa esquecer seu criador, este o chama

    para si.

    (D) Deus chama o homem para si, conquanto ele no deixe de esquec-lo.

    (E) Mesmo que viesse a esquec-lo, o chamado de Deus seria ouvido pelo

    homem.

    Comentrio: a ideia que, mesmo que o homem se esquea de Deus, Ele

    o chama para si.

    GABARITO: C

    Leia o texto a seguir:

    Fotografias

    Toda fotografia um portal aberto para outra dimenso: o passado. A

    cmara fotogrfica uma verdadeira mquina do tempo, transformando o que

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    naquilo que j no mais, porque o que temos diante dos olhos

    transmudado imediatamente em passado no momento do clique. Costumamos

    dizer que a fotografia congela o tempo, preservando um momento passageiro

    para toda a eternidade, e isso no deixa de ser verdade. Todavia, existe algo

    que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francs, imagem e magia

    contm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem magia, e

    nosso olhar a varinha de condo que descongela o instante aprisionado nas

    geleiras eternas do tempo fotogrfico.

    Toda fotografia uma espcie de espelho da Alice do Pas das Maravilhas,

    e cada pessoa que mergulha nesse espelho de papel sai numa dimenso

    diferente e vivencia experincias diversas, pois o lado de l como o albergue

    espanhol do ditado: cada um s encontra nele o que trouxe consigo. Alm

    disso, o significado de uma imagem muda com o passar do tempo, at para o

    mesmo observador.

    Variam, tambm, os nveis de percepo de uma fotografia. Isso ocorre,

    na verdade, com todas as artes: um msico, por exemplo, capaz de perceber

    dimenses sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da mesma forma,

    um fotgrafo profissional l as imagens fotogrficas de modo diferente

    daqueles que desconhecem a sintaxe da fotografia, D HVFULWDGD OX]0DVpdifcil imaginar algum que seja insensvel magia de uma foto.

    (Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trs daquela foto. So Paulo: Companhia das

    Letras, 2010)

    26. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) O segmento do texto que ressalta a ao mesma da percepo de uma foto :

    (A) A cmara fotogrfica uma verdadeira mquina do tempo.

    (B) a fotografia congela o tempo.

    (C) nosso olhar a varinha de condo que descongela o instante

    aprisionado.

    (D) o significado de uma imagem muda com o passar do tempo.

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    (E) Mas difcil imaginar algum que seja insensvel magia de uma foto.

    Comentrio: a percepo da foto vem pelo olhar que descongela a

    imagem na memria. A ao da percepo da imagem essa.

    GABARITO: C

    27. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) No contexto do ltimo pargrafo, a referncia aos vrios nveis de percepo de uma fotografia remete

    (A) diversidade das qualidades intrnsecas de uma foto.

    (B) s diferenas de qualificao do olhar dos observadores.

    (C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma foto.

    (D) s relaes que a fotografia mantm com as outras artes.

    (E) aos vrios tempos que cada fotografia representa em si mesma.

    Comentrio: como acontece com todas as artes e com a fotogrfica no

    diferente, quem conhece mais sobre elas possuem uma percepo melhor. o

    caso de um fotgrafo analisando uma imagem fotogrfica, ele ter uma

    percepo mais apurada, embora mantenha sempre a magia.

    GABARITO: B

    28. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Atente para as seguintes afirmaes:

    I. Ao dizer, no primeiro pargrafo, que a fotografia congela o tempo, o

    autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa foto j no pertence

    a tempo algum.

    II. No segundo pargrafo, a meno ao ditado sobre o albergue espanhol

    tem por finalidade sugerir que o olhar do observador no interfere no sentido

    prprio e particular de uma foto.

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    III. Um fotgrafo profissional, conforme sugere o terceiro pargrafo, v

    no apenas uma foto, mas os recursos de uma linguagem especfica nela

    fixados.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma SOMENTE em

    (A) I e II.

    (B) II e III.

    (C) I.

    (D) II.

    (E) III.

    Comentrio: apenas a III est correta. Vejamos as outras duas:

    I. Ao dizer, no primeiro pargrafo, que a fotografia congela o tempo, o

    autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa foto j no pertence

    a tempo algum. ERRADA: a realidade apreendida pertence ao passado. Est congelada na fotografia apenas.

    II. No segundo pargrafo, a meno ao ditado sobre o albergue espanhol

    tem por finalidade sugerir que o olhar do observador no interfere no sentido

    prprio e particular de uma foto. ERRADA: interfere sim, pois cada um traz consigo as lembranas s quais a imagem se referem.

    GABARITO: E

    Discriminar ou discriminar?

    Os dicionrios no so teis apenas para esclarecer o sentido de um

    vocbulo; ajudam, com frequncia, a iluminar teses controvertidas e mesmo a

    incendiar debates. Vamos ao Dicionrio Houaiss, ao verbete discriminar, e l

    encontramos, entre outras, estas duas acepes: a) perceber diferenas;

    distinguir, discernir; b) tratar mal ou de modo injusto, desigual, um indivduo

    ou grupo de indivduos, em razo de alguma caracterstica pessoal, cor da

    pele, classe social, convices etc.

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    Na primeira acepo, discriminar dar ateno s diferenas, supe um

    preciso discernimento; o termo transpira o sentido positivo de quem reconhece

    e considera o estatuto do que diferente. Discriminar o certo do errado o

    primeiro passo no caminho da tica. J na segunda acepo, discriminar

    deixar agir o preconceito, disseminar o juzo preconcebido. Discriminar

    algum: faz-lo objeto de nossa intolerncia.

    Diz-se que tratar igualmente os desiguais perpetuar a desigualdade.

    Nesse caso, deixar de discriminar (no sentido de discernir) permitir que uma

    discriminao continue (no sentido de preconceito). Estamos vivendo uma

    poca em que a bandeira da discriminao se apresenta em seu sentido mais

    positivo: trata-se de aplicar polticas afirmativas para promover aqueles que

    vm sofrendo discriminaes histricas. Mas h, por outro lado, quem veja

    nessas propostas afirmativas a forma mais censurvel de discriminao... o

    caso das cotas especiais para vagas numa universidade ou numa empresa:

    uma discriminao, cujo sentido positivo ou negativo depende da convico de

    quem a avalia. As acepes so inconciliveis, mas esto no mesmo verbete

    do dicionrio e se mostram vivas na mesma sociedade.

    (Anbal Lucchesi, indito)

    29. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) A afirmao de que os dicionrios podem ajudar a incendiar debates confirma-se, no texto, pelo fato de que o verbete

    discriminar

    (A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando por isso inmeras

    controvrsias entre os usurios.

    (B) apresenta um sentido secundrio, variante de seu sentido principal,

    que no reconhecido por todos.

    (C) abona tanto o sentido legtimo como o ilegtimo que se costuma

    atribuir a esse vocbulo.

    (D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se trata de

    determinar a origem de um vocbulo.

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    (E) desdobra-se em acepes contraditrias que correspondem a

    convices incompatveis.

    Comentrio: O verbete da palavra discriminar traz duas acepes

    controversas, contraditrias entre si, isso nos demonstra a dificuldade

    existente para determinar a origem dos vocbulos.

    GABARITO: E

    30. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Diz-se que tratar igualmente os desiguais perpetuar a desigualdade.

    Da afirmao acima coerente deduzir esta outra:

    (A) Os homens so desiguais porque foram tratados com o mesmo critrio

    de igualdade.

    (B) A igualdade s alcanvel se abolida a fixao de um mesmo critrio

    para casos muito diferentes.

    (C) Quando todos os desiguais so tratados desigualmente, a

    desigualdade definitiva torna-se aceitvel.

    (D) Uma forma de perpetuar a igualdade est em sempre tratar os iguais

    como se fossem desiguais.

    (E) Critrios diferentes implicam desigualdades tais que os injustiados

    so sempre os mesmos.

    Comentrio: Para termos de fato uma sociedade igualitria, no devemos

    continuar tratando igualmente os desiguais. Cada caso necessita ser tratado

    com seu critrio especfico para que todos possam ter as mesmas chances e

    possibilidades.

    GABARITO: B

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    Violncia e naturalidade

    H na fico do grande Machado de Assis pginas to admirveis quanto

    duras ou mesmo cnicas, preferem alguns. Lembremos HVWH WUHFKR IDPRVRGR URPDQFH4XLQFDV%RUED No h

    morte. O encontro de duas expanses, ou a expanso de duas formas, pode

    determinar a supresso de uma delas; mas, rigorosamente, no h morte, h

    vida, porque a supresso de uma a condio da sobrevivncia de outra, e a

    destruio no atinge o princpio universal e comum. Da o carter conservador

    e benfico da guerra. Supe tu um campo de batatas e duas tribos famintas.

    As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire

    foras para transpor a montanha e ir outra vertente, onde h batatas em

    abundncia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo,

    no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanio. A paz, nesse

    caso, a destruio; a guerra a conservao. Uma das tribos extermina a

    outra e recolhe os despojos. Da a alegria e ousadia da vitria, os hinos,

    aclamaes, recompensas pblicas e todos os demais efeitos das aes blicas.

    Se a guerra no fosse isso, tais demonstraes no chegariam a dar-se, pelo

    motivo real de que o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel ou

    vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ao

    que virtualmente a destri. Ao vencido, dio ou compaixo; ao vencedor, as

    EDWDWDV Aqui, Machado leva ao extremo a tese que chancela a lei do mais forte, a

    competitividade brutal que esmaga o perdedor. Parece concordar com ela,

    apesar do tom extremamente ir{QLFR H WDOYH] FRQFRUGH PHVPR mas a caprichosa naturalidade com que o nosso escritor aborda as violncias mais

    radicais faz desconfiar que ele tambm nos esteja provocando. Machado sabe

    que uma das formas mais eficazes de mostrar a barbrie est em naturaliz-la.

    uma operao sutil, em que ele prefere apresentar os atos mais selvagens

    como se fizessem parte da plena rotina. Os leitores mais sensveis acusaro o

    golpe, e tero que enfrentar a pergunta tremenda: se tanta violncia decorre

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    com tamanha naturalidade, que sentido ter aquilo que os homens vm

    chamando de civilizao?

    (Diego Munhoz, indito)

    31. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) No trecho citado de Quincas Borba, o narrador deseja demonstrar que no h

    morte baseado na convico de que

    (A) ao fim e ao cabo todos acabamos nos submetendo aos princpios da

    natureza que regem nossas vidas.

    (B) as aclamaes dos vitoriosos sobrepem-se aos lamentos e s aflies

    dos derrotados na batalha.

    (C) a extino de uma das partes vista, acima de tudo, como a

    proclamao da vida da outra parte.

    (D) a natureza opera de modo a evitar conflitos, pois o que importa a

    conservao de cada indivduo.

    (E) as lutas no interior das espcies tm por objetivo aprimorar e

    desenvolver suas qualidades naturais.

    Comentrio: esta questo faz lembrar da mxima: preciso que um chore

    para o outro sorrir. A morte no existe se representa a vida para o outro. Foi

    isso que o autor quis demonstrar citando Quincas Borba.

    GABARITO: C

    32. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) Atente para as seguintes afirmaes:

    I. Com a frase A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a

    conservao, pretende-se demonstrar que muitas vezes os efeitos da paz que

    se segue guerra so mais perniciosos que a prpria guerra.

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    II. Com a expresso o homem s comemora e ama o que lhe

    aprazvel o autor quer justificar, ironicamente, o fato de que por vezes os

    prprios vencidos acabam participando das aclamaes dos vitoriosos.

    III. Com a frase nenhuma pessoa canoniza uma ao que

    virtualmente a destri o autor deseja mostrar que as comemoraes dos

    vitoriosos de uma guerra constituem uma compreensvel e natural celebrao

    da vida.

    Em relao ao texto est correto o que se afirma SOMENTE em

    (A) I.

    (B) II.

    (C) I e II.

    (D) III.

    (E) II e III.

    Comentrio: apenas a III est correta. Vejamos o erro das outras:

    I. Com a frase A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a

    conservao, pretende-se demonstrar que muitas vezes os efeitos da paz que

    se segue guerra so mais perniciosos que a prpria guerra. ERRADA. Pernicioso algo prejudicial. A assertiva est dizendo que a paz ps-

    guerra mais prejudicial do que a prpria guerra.

    II. Com a expresso o homem s comemora e ama o que lhe

    aprazvel o autor quer justificar, ironicamente, o fato de que por vezes os

    prprios vencidos acabam participando das aclamaes dos vitoriosos. ERRADA. Os vencidos no participam das aclamaes dos vitoriosos.

    Com a expresso o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel, o

    DXWRUTXHUMXVWLILFDURSUD]HUGDJXHUUD GABARITO: D

    33. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) No terceiro pargrafo do texto, e com base na citao de Machado de Assis,

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    elabora-se a seguinte interpretao do modo pelo qual nosso grande autor

    acerca-se da violncia humana:

    (A) o humor e a ironia tpicos do escritor acabam suavizando os efeitos

    das violncias que descreve.

    (B) tratar a violncia como se ela fosse trivial acaba redundando,

    sutilmente, em sua intensificao.

    (C) visando a escandalizar os leitores mais sensveis, o escritor exagera

    na expresso dos atos violentos.

    (D) a lei do mais forte adotada implacavelmente pelo autor, que no

    apenas a reconhece como a defende.

    (E) os leitores desse grande ficcionista so por ele levados a crer que o

    triunfo da civilizao indiscutvel.

    Comentrio: Machado fala sobre a violncia de maneira que ela parece ser

    natural na vida humana. Na verdade e a est o questionamento ao qual ele

    quer nos levar: com tanta violncia, intensificada e crescente, cad o que

    chamamos de civilizao?

    Dessa forma, o autor NO suaviza a violncia (A), no quer escandalizar o

    leitor (B). Machado no defende a Lei do mais forte (D). O autor no quer nos

    levar a crer que o triunfo civilizao indiscutvel, pelo contrrio,

    questionvel.

    GABARITO: B

    34. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um

    segmento em:

    (A) no chegam a nutrir-se suficientemente (2 pargrafo) = mal

    conseguem locupletar-se.

    (B) recolhe os despojos (2pargrafo) = assenhora-se dos galardes.

    (C) virtualmente a destri (2 pargrafo) = imaginariamente a perpetra.

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    (D) apesar do tom extremamente irnico (3 pargrafo) = malgrado a

    tonalidade de um enorme sarcasmo.

    (E) uma operao sutil (3 pargrafo) = trata-se de uma interveno

    displicente.

    Comentrio: esta questo quer saber sobre o seu conhecimento lexical,

    alm da interpretao textual. possvel que voc no conhea todas as

    palavras envolvidas nas alternativas, ento, vamos recorrer a um dicionrio

    para chegarmos ao gabarito! A seguir vai um glossrio com algumas das

    palavras.

    Glossrio:

    Locupletar = v.t.d. e v.pron. Ocasionar sua prpria riqueza; aumentar

    fortuna; enriquecer; v.t.d. v.bit. e v.pron. Fazer ficar cheio; ocasionar o

    acmulo ou preenchimento de; encher ou encher-se.

    Despojos = s.m.pl. Restos ou fragmentos; tudo o que pode ser

    considerado sobra; aquilo que resta.

    Galardo = s.m. Reconhecimento e/ou compensao por servios de um

    valor muito elevado. Figurado. Em que h premiao; homenagem ou glria

    Perpetra = do verbo Perpetrar: v.t. Cometer, praticar, realizar (ato

    condenvel).

    Malgrado = s.m. Quem est em desagrado com; ausncia de agrado;

    desprazer: o jantar, a malgrado do cozinheiro, esteve fora dos padres.

    prep. No obstante; apesar de.

    Displicente = pessoa descuidada.

    GABARITO: D

    Fundas canes

    ([LVWLUPRVDTXHVHUiTXHVHGHVWLQD"SHUJXQWDXPverso de Caetano Veloso em suD EHOD FDQomR &DMXtQD QDVFLda numa visita a amigo em Teresina. Que faz numa cano popular essa pergunta fundamental sobre o

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    propsito mesmR GD YLGD KXPDQD" perguntaro aqueles que preferem separar bem as coisas, julgando que VRPHQWH RV JrQHURV VpULRV SRdem querer dar conta das questeVVpULDV2SUHFRQFHLWRHVWiem no admitir que KDMD LQWHOLJrQFLD H GDV IXOJXUDQWHV FRPR D dH &DHWDQR 9HORVR entre artistas populares. O fato que a pergunta dessa cano, to sinttica e

    pungente, incide sobre o primeiro dos nossos enigmas: o da finalidade da

    nossa existncia.

    No seria difcil encontrarmos em nosso cancioneiro exemplos outros de

    pontos de reflexo essencial sobre nossa FRQGLomRQRPXQGR(P$YLGa um PRLQKRGH&DUWRODRXHP(VVHVPRoRVGH/XSLFtQLR Rodrigues, ou ainda HP -Xt]R ILQDO GH 1HOVRQ &DYDTXLQKR h agudos lampejos reflexivos, nascidos de experincias curtidas e assimiladas. No se trata GH VDEHGRULDSRSXODUpVDEHGRUia mesmo, sem adjetivo, filtrada por espritos sensveis que encontraram na cano os meios para decantar a maturidade de suas

    emoes. At mesmo numa marchinha de carnaval, FRPR $ MDUGLQHLUD GR%UDJXLQKDSHUJXQWDPRVMDUGLQHira, por que ests to triste? Mas o que foi TXH WH DFRQWHFHX" SDUD VDEHU TXH D WULVWH]Ddela vem da morte de uma camlia. Essa pequena tragdia, cantada enquanto se dana, mistura-se

    alegria de todos e funde no canto da vida o advento naWXUDOGDPRUWH)RLDcamlia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois PRUUHX

    Mesmo em nosso folclore, compositores annimos alcanaram um tom

    elevado na dico aparentemente ingnua de uma cantiga de roda. Enquanto

    se brinca, canta-VH 0HQLQDminha menina / Faz favor de entrar na roda / Cante um verso bem bonito / Diga adeus e v-VHHPERUD1mRVHUiHVVDXPDexpresso justa do sentido mesmo de nossa vida: entrar na roda, dizer a que

    veio e ir-se embora? o que cantam as alegres crianas de mos dadas, muito

    antes de se preocuparem com a metafsica ou o destino da humanidade.

    (BARROSO, Silvino, indito)

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    35. (TCE/PI - 2014 - Mdico FCC) O sentido essencial desse texto, considerado no conjunto e na perspectiva adotada pelo autor, est

    adequadamente expresso na seguinte formulao:

    (A) da natureza mesma da arte popular expressar, em linguagem

    rebuscada e hermtica, os temas que perturbam os filsofos e costumam ecoar

    nos seus mais altos tratados.

    (B) a cano popular encontra a justificativa mesma da