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QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

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QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES. CONSIDERAÇÕES INICIAIS. QUESTÕES INCIDENTES São fatos que podem acontecer no curso do processo e que deve ser decidido pelo juiz antes de adentrar no mérito da causa principal. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• QUESTÕES INCIDENTES– São fatos que podem acontecer no curso do

processo e que deve ser decidido pelo juiz antes de adentrar no mérito da causa principal.

• PRÉVIA – em face da necessidade lógica de ser apreciada em primeiro lugar, diz-se que a questão incidente é previa, eis que o exame da causa, via de regra, dependerá do seu desfecho.

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Julio Fabbrine Mirabete. Processo Penal. 14 ed. São Paulo: Atlas

• Divide os incidentes em:• QUESTÕES PREJUDICIAIS – Estas são as que devem ser resolvidas

previamente porque se ligam ao mérito da questão principal, ou seja há uma dependência lógica entre as duas questões.

• PROCESSOS INCIDENTAIS (stricto sensu)– Dizem respeito ao próprio processo, podendo ser

resolvidas pelo próprio juiz criminal.

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QUESTÃO PREJUDICIAL X QUESTÃO PRELIMINAR

• QUESTÃO PREJUDICIAL – é autônoma, existe independentemente da questão principal com a possibilidade de ser objeto de processo distinto– Se caracterizam também pela autonomia e pela possibilidade de

não serem julgadas pelo juízo criminal.• Ex: julgamento do furto de forma autônoma em relação ao

crime de receptação.• Ex.: art. 235 CP• QUESTÃO PRELIMINAR – é o fato processual ou de mérito,

que impede que o juiz aprecie o fato principal, não sendo autônoma, depende da existência da questão principal e devendo sempre ser decidida no mesmo processo ou procedimento onde é julgada a questão principal.– São absolutamente dependentes e sempre são julgadas pelo

juízo criminal.– Ex._ suspeição do juiz

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QUESTÕES INCIDENTES• Serão apreciadas em processos apartados, em regra

apensos ao principal, se subdividem em:– QUESTÕES PREJUDICIAIS– EXCEÇÕES– INCOMPATIBILIDADES– IMPEDIMENTOS– CONFLITO DE JURISDIÇÃO– RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS– MEDIDAS ASSECURATÓRIAS– INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL– INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL– PREVISÃO LEGAL – ART. 92 a 154 CPP.

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Eugênio Pacelli de Oliveira. Curso de Processo penal

• Classifica os processos incidentes em:– QUESTÕES TIPICAMENTE PRELIMINARES – devem ser

resolvidas antes do exame do mérito da ação. Ex.: exceções de incompetência do juízo, ilegitimidade das partes etc.

– QUESTÕES DE NATUREZA ACAUTELATÓRIA DE CUNHO PATRIMONIAL . Ex.: restituição de coisa apreendida, sequestro, arresto etc.

– QUESTÕES TIPICAMENTE PROBATÓRIAS – incidente de insanidade mental, incidente de falsidade documental.

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QUESTÕES PREJUDICIAIS• O QUE É UMA COISA PREJUDICIAL?– Significa aquilo que deve ser julgado

antecipadamente. – Reclama uma decisão prévia– Está ligado ao mérito da causa.

• A questão prejudicial se caracteriza por ser um antecedente lógico e necessário da prejudicada, cuja solução condiciona o teor do julgamento desta, trazendo ainda consigo a possibilidade de se constituir em objeto de processo autônomo – Antônio Scarance.

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CLASSIFICAÇÃO DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS

• Questão prejudicial homogênia/heterogênia• Questão prejudicial obrigatória/facultativa• Questão prejudicial total/parcial• Questão prejudicial devolutiva e não

devolutiva

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QUESTÕES PREJUDICIAIS HOMOGÊNIAS/HETEROGÊNIAS

• Se refere ao poder-dever de prestação jurisdicional, o que se permite falar, para efeitos didáticos, em jurisdição penal e cível.

• PREJUDICIAL HOMOGÊNIA, COMUNS ou IMPERFEITAS – são questões prejudiciais que pertencem e podem ser resolvida na mesma jurisdição ou no mesmo ramo do direito.– Ex.: investigação de paternidade e inventário.

Crime de calúnia e exceção da verdade art. 138 §3º CP

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• PREJUDICIAL HETEROGÊNIA, JURISDICIONAIS ou PERFEITAS – são as prejudiciais que transbordam os limites da jurisdição da causa prejudicada (causa principal) e vão produzir efeitos em outras esferas do direito.– Ex.:repercussão no espólio (jurisdição cível)

daquele que, em virtude de sentença penal condenatória (jurisdição penal), tem o dever de indenizar a vítima.

– Art. 93 CPP

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QUESTÕES PREJUDICIAIS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS

• Leva em consideração a faculdade ou o dever do juiz de suspender o processo principal (prejudicado), em face da presença da prejudicial

• OBRIGATÓRIAS – quando o juiz tiver que suspender o processo prejudicado até o deslinde da questão prejudicial.

• Ex.: questão atinentes ao estado civil das pessoas (art. 92 CPP). Diante de tal hipóteses, o processo criminal ficará suspenso, juntamente com o curso do prazo prescricional (art. 116, I CP), até o trânsito em julgado da decisão cíviel.

Page 12: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• FACULTATIVAS – ganham forma quando o reconhecimento do crime depende de solução de questão diversa do estado civil das pessoas. A suspensão não é obrigatória, cabendo ao juiz decidir se suspende ou não o processo. (art. 93 CPP).

• Ex.:discussão sobre a titularidade do bem no delito de furto, quando o réu afirma que a coisa lhe pertence, em tese defensiva que almeja o reconhecimento da atipicidade do fato alegado na denúncia. Por se tratar de discussão sobre a propriedade, caberá ao juiz criminal decidir se suspende ou não o processo, para que a matéria fique esclarecida no cível.

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QUESTÃO PREJUDICIAL TOTAL/PARCIAL

• A classificação se dá em razão da influência que a prejudicial terá sobre a decisão final a respeito do crime objeto da ação principal.

• PREJUDICIAL TOTAL – se a solução da questão prejudicial tiver o condão de fulminar a existência do crime, ex.: o reconhecimento da invalidade do casamento anterior e o crime de bigamia

• PREJUDICIAL PARCIAL – limita-se ao mero reconhecimento de uma circunstância (agravante, atenuante, qualificadoras etc) deixando incólume a existência do crime.

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QUESTÃO PREJUDICIAL DEVOLUTIVA e NÃO DEVOLUTIVA

• Leva em conta a jurisdição ou o ramo do direito.

• DEVOLUTIVAS – as enviadas para conhecimento e solução em outra esfera jurídica

• NÃO DEVOLUTIVAS – são reconhecidas e solucionadas no mesmo ramo do direito.

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PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA

• Revela a ideia de ser o juiz criminal competente para solucionar a questão principal e eventualmente as prejudiciais que surjam ao logo do processo, isto é, a ação pena é suficiente para tato.

• Nosso CPP não prevê expressamente a ideia de suficiência da ação penal. Entretanto, esse princípio decorre do sistema, significando dizer que a ação penal é apta para, por si só, prestar tutela jurisdicional, sem a necessidade de propositura de outras demandas para solução de questão prejudicial que surjam no curso do processo penal.

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• Como exceção ao princípio da suficiência da ação penal, existe a possibilidade de uma ação penal ser suspensa até que seja resolvida um questão prejudicial noutro juízo.

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QUESTÕES DEVOLUTIVAS – Luiz Flávio Gomes

• Diz que são bipartidas em:– ABSOLUTAS (ou obrigatórias art. 92 CPP) –

questões que devem ser julgadas necessariamente por outro juízo, que não o criminal. Versam sobre estado civil das pessoas.

– RELATIVAS (ou facultativas art. 93 CPP) – questões cíveis distintas do estado civil das pessoas, que podem ou não ser julgadas no âmbito criminal.

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NATUREZA JURÍDICA das questões prejudiciais

• Há divergência doutrinária• Todavia, reconhece-se que as prejudiciais é

forma de conexão, por existir entre a prejudicial e a prejudicada, dependência lógica e necessária. Uma está geneticamente ligada a outra.

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SISTEMAS DE SOLUÇÃO (questões prejudiciais)

• Onde e como deve ser julgada a prejudicial,• São conhecidos 4 sistemas– PREDOMÍNIO DA JURISDIÇÃO PENAL– SEPARAÇÃO ABSOLUTA OU PREJUDICIALIDADE

OBRIGATÓRIA– PREJUDICIALIDADE FACULTATIVA– MISTO OU ECLÉTICO: ADOTADA NO BRASIL

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• SISTEMA DE PREDOMÍNIO DA JURISDIÇÃO PENAL: quem conhece da ação, conhece da exceção. Logo, o juiz criminal seria o competente para decidir a prejudicial.

• SISTEMA DE SEPARAÇÃO ABSOLUTA OU PREJUDICIALIDADE OBRIGATÓRIA: a questão prejudicial deve ser remetida ao juízo especializado, haja vista que, utilizando-se o juiz criminal da decisão do cível, estaria evitando decisões contraditórias.

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• SISTEMA DA PREJUDICIALIDADE FACULTATIVA: a remessa ou não da prejudicial ao juízo cível deve levar em conta a prevalência cível ou criminal sobre a questão sob apreciação.

• SISTEMA MISTO OU ECLÉTICO: DOTADA NO BRASIL – a decisão sobre as prejudiciais pode caber tanto ao juízo cível quanto ao criminal. Depende tão somente, do disciplinamento legal aplicável à situação posta para o magistrado (art. 92 e 93 CPP)

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PROCESSAMENTO DAS PREJUDICIAIS OBRIGATÓRIAS

• PREJUDICIAL OBRIGATÓRIA (art 92 CPP) –– O juiz suspenderá o curso do processo penal– Suspendera o curso do prazo prescricional (art.

116, I CP)– Aguardar o trânsito em julgado da decisão cível– Sem prejudicar na esfera criminal da realização de

providências urgentes– NÃO PRECISA TER HAVIDO O INÍCIO DA AÇÃO

CÍVEL PARA QUE OCORRA A SUSPENSÃO DO PROCESSO CRIMINAL.

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PROCESSAMENTO DAS PREJUDICIAIS FACULTATIVAS

• Esta só pode ser suscitada se já existir no cível ação discutindo a matéria.

• Sendo a matéria de difícil solução, o juiz criminal poderá suspender o processo, fixando o prazo em que aguardará o advento da sentença cívil

• Não é necessário o trânsito em julgado.• Como a lei não estabelece o prazo de suspensão,

ficará ao prudente arbítrio do juiz criminal indicar o quanto pretende aguardar.

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• Findo o prazo sem que advenha a sentença cível admite-se– Prorrogação do prazo de suspensão do processo

criminal ou– Andamento ao processo criminal decidindo toda a

matéria (princípio da ação penal)• Obs.: corre-se o risco, sobrevindo sentença cível, que

esta seja contraditória à decisão criminal, o que merece apreciação na fase recursal ou eventualmente no âmbito de revisão criminal.

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• SENDO O CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA, O MP DEVE INTERVIR NA SEARA CÍVEL, COM O PROPÓSITO DE IMPRIMIR MAIR RAPIDEZ.

• Note-se que o MP não poderá propor a ação, haja vista que, por tratar de questão prejudicial facultativa a ação cível já deve estar tramitando.

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SUSPENSÃO DO PROCESSO CRIMINAL

• IMPORTA OBSERVAR QUE:• 1 – a suspensão pode ser decretada de ofício ou

a requerimento das partes (art. 94 CPP)• 2 – não cabe prejudicial no inquérito policial• 3 – vinculação temática: ocorrendo a suspensão

do processo em virtude da prejudicial, o juiz criminal estará vinculado ao que foi decidido na esfera cível, sendo indiferente tratar-se de prejudicial obrigatória ou facultativa.

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RECURSOS

• O despacho que nega a suspensão do processo criminal para a solução da prejudicial na esfera extrapenal é IRRECORRÍVEL.

• HC, correição parcial ou MS é a forma de combater o ato do magistrado.

• Da decisão que determina a suspensão do processo cabe recurso em sentido estrito. (art. 581, XVI do CPP)

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PRESCRIÇÃO

• CP - Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:

• I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;

• Rogério Greco – quando for decidida a questão prejudicial, o processo retoma o seu curso normal, assim como se tem por reiniciado o lapso prescricional.

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EXCEÇÕES• CONCEITO• É uma forma de defesa por meio da qual o

acusado objetiva a extinção do processo sem o julgamento do mérito, ou apenas a procrastinação do feito.

• Manifesta-se na forma de exceção:– suspeição– Incompetência– Ilegitimidade da parte– Litispendência– Coisa julgada (art. 95 CPP)

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EXCEÇÕES - classificação

• No que concerne aos efeitos que exercem sobre o processo as exceções podem ser:

• PEREMPTÓRIAS – extinguem o processo sem julgamento do mérito. Ex.: coisa julgada

• DILATÓRIAS – prorrogam o curso do processo, procrastinando-o, ex.: incompetência ou suspeição

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ESPÉCIES DE EXCEÇÕES

• EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO• EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA• EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA• EXCEÇÃO DE ILEGITIMIDADE DA PARTE• EXCEÇÃO DE COISA JULGADA

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• CPP - Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de:

• I - suspeição;• II - incompetência de juízo;• III - litispendência;• IV - ilegitimidade de parte;• V - coisa julgada.

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EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO e seu processamento

• Os casos de suspeição do juiz dizem respeito a fatos e circunstâncias, subjetivos ou objetivos, que, de alguma maneira, podem afetar a imparcialidade do julgador na apreciação do caso concreto.

• Vide art. 254 CPP

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• CPP - Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

• I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;• II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver

respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

• III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

• IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;• V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das

partes;• Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade

interessada no processo.

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PARTES NA EXCEÇÃO

• EXCEPIENTE – aquele que alega a exceção• EXCEPTO – pessoa em face de quem se alega a

exceção.– Podem ser exceptos: os magistrados (art. 98 CPP), os

membros do MP (art. 104 CPP); os peritos, intérpretes, funcionários da justiça e serventuários (art. 105) e jurados (art. 459 §2º, e art. 460 CPP)

– Autoridade policial – nunca pode ser excepto – art. 107 CPP. Cabe ao delegado de polícia, entendendo-se suspeito, declarar-se.

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ARGUIÇÃO DA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO

• Pode ser reconhecida ex officio• CPP Art. 97. O juiz que espontaneamente

afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito, declarando o motivo legal, e remeterá imediatamente o processo ao seu substituto, intimadas as partes.

Page 37: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• A suspeição pode ser arguida pelas partes através da competente exceção

• CPP Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas.

Page 38: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• A exceção pode ainda, ser apresentada por procurador com poderes especiais.

• A exceção de suspeição deve preceder às demais salvo se o motivo for superveniente.

• CPP Art. 96. A argüição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.

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PETIÇÃO de exceção de suspeição

• Deve ser fundamentada, assinada pela própria parte ou por procurador com poderes especiais.

• Deve vir acompanhada de prova documental e rol • CPP Art. 98. Quando qualquer das partes

pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas.de testemunha, sendo imprescindível.

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PROCEDIMENTO da exceção de suspeição

• Impetrada a exceção de suspeição, o juiz singular, reconhecendo-se suspeito, suspende o andamento do processo e remete os autos ao seu substituto legal, intimando a parte da sua decisão.

• CPP Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, mandará juntar aos autos a petição do recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarará suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto.

Page 41: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• Caso o juiz não aceita a alegação da suspeição,• Ordena que seja autuada a petição em autos

apartados• O juiz presentará resposta em 3 dias, podendo

intrui-la ou apresentar rol de testemunhas.• Findo este prazo, o magistrado determina a

remessa dos autos de exceção, dentro de 24 horas, ao tribunal.

Page 42: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

CPP Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a petição, dará sua resposta dentro em três dias, podendo instruí-la e oferecer testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção remetidos, dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o julgamento.

Page 43: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• No Tribunal, o rito é o estabelecido pelo art. 103 CPP.

• Quando arguida a exceção de suspeição pela parte, e sendo ela resistida pelo magistrado, o rito no que for aplicável, é o mesmo estabelecido para o juízo singular.

Page 44: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• Sendo EXCEPTO o órgão do MP, o juiz decidirá depois de ouvi-lo. Se necessário admitirá a produção de provas no prazo de 3 dias.

• CPP Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.

Page 45: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• CPP Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata.

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• Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata.

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EFEITOS DA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO

• O propósito da exceção de suspeição é afastar do processo aquele sobre quem, reconhecidamente, paira a suspeição

• Sendo arguida em face de magistrado e uma vez reconhecida, a exceção de suspeição gera o seu afastamento e remessa dos autos ao juiz substituto. Além de serem declarados nulos os atos do processo a partir do motivo causador da suspeição

Page 48: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• Se o substituto legal do magistrado suspeito que reconheceu de ofício a suspeição sem amparo legal, atuando de má-fé para livrar-se do processo, poderá arguir conflito negativo de competência, a ser dirimido perante o tribunal.

Page 49: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• Caso a suspeição seja do membro do MP, funcionarios, serventuários ou de auxiliares da justiça, só ocorrerá a nulidade processual se houver demonstração de prejuízo.

Page 50: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

• A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para cria-la, pois ninguém pode se valer da sua própria torpeza para c

• CPP Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.onseguir afastar o magistrado da causa.