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Curso de Direito Disciplina Direito Constitucional II Professor José Arthur Castillo de Macedo NOME: _____________________________________________________________ 1. O que se pode entender por divisão espacial do poder? Qual a diferença dessa expressão em relação a divisão funcional do poder? Divisão espacial do poder é forma como o Estado está organizado e estruturado. Forma de Governo, Sistema de Governo e Forma de Estado. A primeira esta relacionada a forma como está estruturado e organizado o poder, e a segunda no sentido como funciona estes poderes, suas competências... 2. Por que há na Federação uma divisão espacial do poder? 3. O que são entes federados? São os estados, Distrito Federal e os Municipios. 4. Diferencie a Confederação da Federação (levando em consideração a história dos Estados Unidos da América do Norte). Enfatize as diferenças políticas e jurídicas, se for necessário, monte um quadro com tais diferenças. 5. Qual é ou quais são, do ponto de vista do Direito Constitucional, as diferenças entre soberania e autonomia? 6. Em uma federação, quais entes são dotados de soberania? Todos os entes federados são dotados , apenas, de autonomia. Não há que se falar em soberania de um ente federado sobre outro, 7. Explique os “momentos” da federação norte-americana destacando as principais características jurídicas e políticas de cada período. 8. O Brasil sempre foi uma Federação desde o início. Comente e aponte eventuais erros a esta afirmação. 9. Disserte sobre a história do federalismo no Brasil destacando: i) a relação entre centralização e

Questões sobre Federação básico

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Page 1: Questões sobre Federação básico

Curso de DireitoDisciplina Direito Constitucional IIProfessor José Arthur Castillo de Macedo

NOME: _____________________________________________________________

1. O que se pode entender por divisão espacial do poder? Qual a diferença dessa expressão em relação a divisão funcional do poder? Divisão espacial do poder é forma como o Estado está organizado e estruturado. Forma de Governo, Sistema de Governo e Forma de Estado. A primeira esta relacionada a forma como está estruturado e organizado o poder, e a segunda no sentido como funciona estes poderes, suas competências...

2. Por que há na Federação uma divisão espacial do poder?

3. O que são entes federados? São os estados, Distrito Federal e os Municipios.

4. Diferencie a Confederação da Federação (levando em consideração a história dos Estados Unidos da América do Norte). Enfatize as diferenças políticas e jurídicas, se for necessário, monte um quadro com tais diferenças.

5. Qual é ou quais são, do ponto de vista do Direito Constitucional, as diferenças entre soberania e autonomia?

6. Em uma federação, quais entes são dotados de soberania? Todos os entes federados são dotados, apenas, de autonomia. Não há que se falar em soberania de um ente federado sobre outro,

7. Explique os “momentos” da federação norte-americana destacando as principais características jurídicas e políticas de cada período.

8. O Brasil sempre foi uma Federação desde o início. Comente e aponte eventuais erros a esta afirmação.

9. Disserte sobre a história do federalismo no Brasil destacando: i) a relação entre centralização e descentralização; ii) as continuidades (permanências) e as descontinuidades (mudanças-rupturas) a cada nova Constituição.

10. Quais são os entes da Federação Brasileira hoje? Ela sempre foi composta por esses entes?

11. Os territórios e as regiões metropolitanas são entes federados no Brasil. Essa afirmação está correta? Por quê?

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12. Diferencie desconcentração de descentralização. Forneça pelo menos dois exemplos.

13. Diferencie descentralização política de descentralização administrativa. Dê exemplos no Direito pátrio (nacional).

14. Por que o Paraguai não é uma Federação?

15. Quais são as semelhanças entre França, Espanha e Itália, no que diz respeito à divisão espacial do poder? Por que eles não são federações?

16. Qual é a principal diferença entre um Estado Unitário politicamente descentralizado e uma Federação? No Estado Unitário politicamente descentralizado, não depende de as decisões políticas do poder centralizador, ele toma as suas próprias decisões. Na federação o poder é centralizado.

17. De que formas podemos classificar as federações? Enumere pelo menos quatro.

18. Diferencie: federalismo dual de federalismo cooperativo; federalismo orgânico e de integração; e, por fim, do chamado “federalismo de equilíbrio”.

DUAL: No federalismo dual, a separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente rígida, não se falando em cooperação ou interpenetração entre eles. COOPERATIVO: Nesse modelo, as atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto. ORGÂNICO: o Estado deve ser considerado um "organismo". Busca-se, dessa forma sustentar a manutenção do "todo" em detrimento da "parte". INTEGRAÇÃO: verifica-se a preponderância do Governo central sobre os demais entes, atenuando, assim, as características do modelo federativo. EQUILÍBRIO: traduz a ideia de que os entes federativos devem manter-se em harmonia, reforçando-se as instituições.

19. Disserte sobre o federalismo simétrico e assimétrico. Dê exemplos dessas formas de organização no mundo hoje.

No federalismo simétrico verifica-se homogeneidade de cultura e desenvolvimento, assim como de língua, como é o caso dos Estados Unidos. Por outro lado, o federalismo assimétrico pode decorrer da diversidade de língua e cultura, como se verifica, por exemplo, nos quatro diferentes grupos étnicos da Suíça (cantões), ou, também, no caso do Canadá, país bilíngue e multicultural.

20. Disserte sobre o federalismo cooperativo. Explicite: i) qual é o contexto de surgimento dessa forma de federalismo; ii) que problemas ela veio resolver; iii) quais foram as experiências internacionais de

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federalismo cooperativo; iv) sua aplicabilidade para o Brasil, iv) aponte, ainda, porque podemos considerar que a atual Constituição Federal adotou essa forma de federalismo.

Este modelo cooperativo, especialmente durante o século XX, com o surgimento do Estado do Bem-Estar Social, ou Estado-providência. Nesse modelo, as atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto. Assim, modernamente, percebe-se, cada vez mais, uma gradativa substituição do federalismo dual pelo cooperativo. A doutrina adverte o risco de, a pretexto do modelo cooperativo, instituir-se um federalismo de "fachada", com fortalecimento do órgão central em detrimento dos demais entes federativos e, assim, havendo sobreposição da União, a caracterização de um federalismo de subordinação. O modelo brasileiro pode ser classificado como um federalismo cooperativo.

21. Classifique as experiências históricas de federalismo no Brasil a partir da taxonomia (classificação) apresentada em sala de aula, isto é, classifique a experiência brasileira da federação como: simétrica/não simétrica; dual/cooperativa, etc.

22. Para quê serve as técnicas de repartição de competências?

23. Qual é o “princípio” (regra, na verdade) que rege a repartição constitucional das competências? Explique-o.

24. É possível determinar em tese, isto é, em abstrato, qual tema é de interesse “geral”, “regional” ou “local”? Além dos parâmetros estabelecidos pela doutrina (pelos teóricos), quais critérios podem ser utilizados para solucionar conflitos de competências?

25. Disserte sobre os diversos sistemas de repartição rígida (constitucional) de competências no mundo. Explique qual técnica eles adotam e cite exemplos de países estrangeiros.

26. Comente a afirmação de Fernanda Dias Menezes de Almeida: “Conhecidas as diferentes técnicas de repartição de competências testadas ao longo do tempo, não é difícil identificar no modelo adotado pela Constituição brasileira de 1988 a combinação de praticamente tudo o que já se experimentou na prática federativa.” Você concorda com a autora? Fundamente sua resposta com a indicação dos dispositivos (enunciados) constitucionais que respaldam as suas conclusões.

27. A partir das lições de José Afonso da Silva, classifique as competências quanto à forma, ao conteúdo, quanto à extensão e quanto à origem. Exemplificando, em todos os casos, com dispositivos da Constituição Federal.

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28. A União tem um rol de competências maior (que predomina) em relação às outras entidades federadas no Brasil, ainda que os Estados possuam competências remanescentes. Você concorda com essa afirmação? Justifique apontando quais dispositivos constitucionais levaram a sua conclusão.

29. O que é a União federal? Quais papéis ela pode desempenhar do ponto de vista do direito interno e externo?

30. Quais as consequências em termos institucionais (especialmente para o Poder Executivo e Legislativo) do fato de que a União representa a Federação (a República).

31. Explique se há diferença entre leis federais e leis nacionais. Se possível, relacione em sua resposta cada “tipo” de lei com os diferentes papéis que a União desempenha no Direito brasileiro.