22
QUEVEDO HELENISTA (EL ANACREÓN CASTELLANO) 1 Son numerosas en la obra de Quevedo las versiones castellanas de autores extranjeros, antiguos y modernos; denotan por cierto un loable deseo de difundir en España la cultura universal; pero, a la vez, porporcionan al poliglota ocasiones de desplegar, no sin pedan- tesca vanidad 2 , sus conocimientos. Los contemporáneos de Quevedo, sin poner en duda su erudición lingüística, le prodigaron las alabanzas más encendidas. Su amigo Lope, en el Laurel de Apolo, no vacilaba en saludar en él al nuevo "Lipsio de España"; otro compañero, Vicente Mariner, helenista co- nocido, le dedicó versos latinos, celebrando su afición a la ciencia 3 ; su editor Jusepe Antonio González de Salas aseguraba en 1648: "Hasta hoy no conozco poeta alguno versado más, en los que viven, de hebreos, griegos, latinos y franceses; de cuyas lenguas. . . tuvo buena noticia". Tan arraigada era la fama de su ciencia lingüística, que en varias ocasiones se le encargó a Quevedo el prólogo laudato- rio de algún libro docto 4 o se le confió la censura de una obra sabia 5 : 1 Este artículo reproduce varias de las conclusiones del "Mémoire de Di- plome d'Études Supérieures" preparado con los consejos de los profesores Ba- taillon y Rumeau, y presentado en la Sorbona en mayo de 1959. 2 Véase E. MÉRIMÉE, Essai sur la vie et les œuvres de Quevedo, Paris, 1886, p. 414. También nota González de Salas la ostentación de Quevedo en las "Pre- venciones al lector" que encabezan el Parnaso español: "La felicidad del ingenio de nuestro don Francisco, fuera es de toda duda que reinó en la poesía...; yo lo tuve bien advertido siempre, aun cuando más presumió de otras erudiciones, y ansiosa y afectadamente las profesó. . ." (Ob, 3, p. 348a).—Citamos con la abre- viatura Ob (1, 2, 3) las Obras de Quevedo en la BAAEE, ts. 23, 48 y 69, y con la abreviatura ObV sus Obras: Verso, ed. L. Astrana Marín, Madrid, 1952. 3 V. Mariner, Oda a don F. de Quevedo: "Únanos siempre en sacrosanto lazo / amor de ciencia..." (\Ob, 1, p . lxxx). 4 Véase "Chria" de don F. de Quevedo a A. de Rojas (1611), Ob, 2, p. 479. 5 Censura de don F. de Quevedo, etc. (del Fénix y su historia natural de José Pellicer de Salas y Tobar, 1628), Ob, 2, p. 495: "Confieso que es uno de los más doctos y más varios libros que en extranjeros y naturales he leído: porque la erudición tan honda, la diversidad de las lenguas, hebrea, griega, latina, fran- cesa e italiana (que de todas éstas se muestra docto), cuyos lugares examina, en- mienda y averigua con maestría y con inteligencia..., hacen que se estime... tanta doctrina".

QUEVEDO HELENISTA - Académicaaleph.academica.mx/.../27822/1/14-001-002-1960-0051.pdf · 2019-03-08 · taillon y Rumeau presentad, y en loa Sorbon maya e dnoe 1959. 2 Véas E. MÉRIMÉEe

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Q U E V E D O H E L E N I S T A

( E L ANACREÓN CASTELLANO)1

S o n n u m e r o s a s e n l a o b r a de Q u e v e d o las v e r s i o n e s castel lanas

d e a u t o r e s e x t r a n j e r o s , a n t i g u o s y m o d e r n o s ; d e n o t a n p o r c i e r t o u n

l o a b l e deseo de d i f u n d i r e n E s p a ñ a l a c u l t u r a u n i v e r s a l ; p e r o , a l a

vez, p o r p o r c i o n a n a l p o l i g l o t a ocasiones de desplegar , n o s i n p e d a n ­

tesca v a n i d a d 2 , sus c o n o c i m i e n t o s .

L o s c o n t e m p o r á n e o s de Q u e v e d o , s i n p o n e r e n d u d a s u e r u d i c i ó n

l i n g ü í s t i c a , le p r o d i g a r o n las a labanzas m á s e n c e n d i d a s . S u a m i g o

L o p e , e n e l Laurel de Apolo, n o v a c i l a b a e n s a l u d a r e n él a l n u e v o

" L i p s i o de E s p a ñ a " ; o t r o c o m p a ñ e r o , V i c e n t e M a r i n e r , h e l e n i s t a co­

n o c i d o , l e d e d i c ó versos l a t i n o s , c e l e b r a n d o s u a f i c i ó n a l a c i e n c i a 3 ;

s u e d i t o r J u s e p e A n t o n i o G o n z á l e z de Salas a s e g u r a b a e n 1648:

" H a s t a h o y n o c o n o z c o p o e t a a l g u n o v e r s a d o m á s , e n los q u e v i v e n ,

d e h e b r e o s , gr iegos, l a t i n o s y franceses; d e cuyas l e n g u a s . . . t u v o

b u e n a n o t i c i a " . T a n a r r a i g a d a e r a l a f a m a d e s u c i e n c i a l i n g ü í s t i c a ,

q u e e n var ias ocasiones se l e e n c a r g ó a Q u e v e d o e l p r ó l o g o l a u d a t o ­

r i o d e a l g ú n l i b r o d o c t o 4 o se le conf ió l a c e n s u r a de u n a o b r a s a b i a 5 :

1 Este art ículo r e p r o d u c e varias de las conc lus iones d e l " M é m o i r e de D i ­

p l o m e d 'Études Supér ieures" p r e p a r a d o c o n los consejos de los profesores B a ­

t a i l l o n y R u m e a u , y presentado e n l a S o r b o n a e n m a y o de 1959. 2 Véase E . M É R I M É E , Essai sur la vie et les œuvres de Quevedo, P a r i s , 1886,

p . 414. T a m b i é n n o t a González de Salas l a ostentación de Q u e v e d o e n las " P r e ­

v e n c i o n e s a l l e c t o r " q u e encabezan e l Parnaso español: " L a f e l i c i d a d d e l i n g e n i o

d e n u e s t r o d o n Francisco , fuera es de t o d a d u d a q u e re inó e n l a p o e s í a . . . ; yo

l o tuve b i e n a d v e r t i d o s iempre, a u n c u a n d o más presumió de otras erudic iones ,

y ansiosa y afectadamente las profesó . . . " (Ob, 3, p . 348a) .—Citamos c o n l a abre­

v i a t u r a Ob (1, 2, 3) las Obras de Q u e v e d o e n l a BAAEE, ts. 23, 48 y 69, y c o n

l a a b r e v i a t u r a ObV sus Obras: Verso, ed . L . A s t r a n a M a r í n , M a d r i d , 1952. 3 V . M a r i n e r , Oda a don F. de Quevedo: " Ú n a n o s s iempre e n sacrosanto

lazo / a m o r de c i e n c i a . . . " (\Ob, 1, p . l x x x ) . 4 V é a s e "Chria" de don F. de Quevedo a A. de Rojas (1611), Ob, 2, p . 479. 5 Censura de don F. de Quevedo, etc. (del Fénix y su historia natural de José

P e l l i c e r de Salas y T o b a r , 1628), Ob, 2, p . 495: " C o n f i e s o que es u n o de los más

doctos y más varios l i b r o s que e n extranjeros y natura les he le ído: p o r q u e la

e r u d i c i ó n t a n h o n d a , l a d i v e r s i d a d de las lenguas, hebrea , griega, l a t i n a , f ran­

cesa e i t a l i a n a (que de todas éstas se m u e s t r a docto) , cuyos lugares e x a m i n a , en­

m i e n d a y aver igua c o n maestría y c o n i n t e l i g e n c i a . . . , h a c e n q u e se e s t i m e . . .

t a n t a d o c t r i n a " .

52 SYLVIA B É N I C H O U - R O U B A U D N R F H , X I V

n o parece s i n o q u e u n a a p r o b a c i ó n firmada p o r él c o n s a g r a b a defi­

n i t i v a m e n t e e l m é r i t o de t a l o c u a l t r a b a j o e r u d i t o . L o s b i b l i ó g r a f o s

y los p r i m e r o s b i ó g r a f o s d i f u n d i e r o n esta h a l a g ü e ñ a r e p u t a c i ó n ; N i ­

colás A n t o n i o , e n l a Bibliotheca Hispana vetusQ, m e n c i o n a a Q u e v e d o ,

d e s t a c a n d o su b r i l l a n t e e r u d i c i ó n ; y T a r s i a , e n 1663, escr ibe c o n su

a c o s t u m b r a d o f e r v o r de p a n e g i r i s t a : " E s t u d i ó , a d e m á s ele l a l a t i n a , l a

l e n g u a gr iega , l a i t a l i a n a , l a h e b r e a , l a francesa y l a a r á b i g a , c o n t a n t o

p r i m o r , q u e fue e x c e l e n t e e n todas el las y casi las h e r m a n ó c o n l a

c a s t e l l a n a " 7 .

E n este c o r o de a labanzas , sólo se e leva u n a voz d i s c o r d a n t e , l a

de G ó n g o r a , q u e , p r e c i s a m e n t e a p r o p ó s i t o d e l Anacreón, d e c l a r a su

i n c r e d u l i d a d e n c u a n t o a los c o n o c i m i e n t o s h e l é n i c o s d e Q u e v e d o .

L a j u s t a p o é t i c a q u e o p u s o a los dos l i t e r a t o s d u r ó a l g u n o s años . E n

1609, u n soneto de G ó n g o r a atacó e l Anacreón (es e l q u e e m p i e z a :

" A n a c r e o n t e e s p a ñ o l , n o h a y q u i e n os t o p e " ) :

. . . C o n c u i d a d o especial vuestros antojos

dicen que q u i e r e n t r a d u c i r el griego,

n o habiéndolo m i r a d o vuestros ojos (ObV, p. 1098).

E n s u contes tac ión , Q u e v e d o cree suf ic iente evocar los supuestos orí­

genes j u d í o s de G ó n g o r a , p a r a p r o b a r l a i n c a p a c i d a d de éste e n cues­

t i o n e s de h e l e n i s m o :

Y o te untaré mis versos con t o c i n o . . . ¿Por qué censuras tú l a lengua griega s iendo solo rabí de l a judía, cosa que t u nar iz a u n no lo niega?

A u n n u e v o a t a q u e de G ó n g o r a — e n e l r o m a n c e " A u n q u e e n t i e n d o

p o c o g r i e g o " — Q u e v e d o r e s p o n d i ó c o n o t r o r o m a n c e ( " P o e t a d e : o h

q u é l i n d i c o " ) , d e f e n d i e n d o l a e x c e l e n c i a de A n a c r e o n t e , p e r o n o su

p r o p i a c i e n c i a h e l é n i c a :

. . . ¿Quién te mete entre los griegos a u n no siendo tú troyano? ¿Por qué de lo que no has visto hablas como papagayo? ¿Qué te hizo A n a c r e o n t e e n los versos castellanos, q u e le alabas cuando más pretendes v i tupera l lo? (ObV, p. 176).

G Véanse los elogios de d o n F . de Q u e v e d o , Ob, 1, p . c x x x i . D o n N . A n t o n i o e n su Bibliotheca vetus: " D o n F r a n c i s c o de Q u e v e d o . . . , v i r i n t e r n o s ' . . . e r u -d i t i o n e c l a r u s " . E n l a Bibliotheca Hispana nova (ed. de M a d r i d , 1783, p . 461), e n e l art ículo sobre Q u e v e d o , N . A n t o n i o señala, apoyándose en e l t e s t i m o n i o de T a m a y o de Vargas , sus diversos c o m e n t a r i o s de escritos ant iguos.

7 Vida de Don Francisco de Quevedo y Villegas. .. escrita por don Pablo Antonio de Tarsia... ( M a d r i d , 1663), r e p r o d u c i d a p o r L . A s t r a n a M a r í n en ObV, p . 857.

N R F H , X I V QUEVEDO HELENISTA 53

C o n s t a , pues, q u e d u r a n t e l a v i d a de Q u e v e d o su saber l i n g ü í s t i c o

y a e r a puesto e n d u d a , y hasta negado, p o r l o m e n o s e n l o q u e se

ref iere a l g r i e g o , q u e es l o q u e a q u í nos i n t e r e s a .

T a n d i f íc i l es, e m p e r o , a b r a z a r e l p a r t i d o de los p a n e g i r i s t a s de

Q u e v e d o c o m o e l de su d e t r a c t o r : las acusaciones de éste p i e r d e n su

v a l o r p o r f o r m a r p a r t e de u n a p o l é m i c a l i t e r a r i a p o c o o b j e t i v a ,

s e g ú n m u e s t r a 3a v i o l e n c i a de las i n j u r i a s q u e se asestan a m b o s ad­

versar ios ; y las a f i r m a c i o n e s de a q u é l l o s sólo descansan e n e l r u m o r

p ú b l i c o y e n l a e n u m e r a c i ó n a d m i r a t i v a de las t r a d u c c i o n e s de Q u e ­

v e d o . T a m p o c o s o n dec is ivos los datos basados sobre l a b i o g r a f í a

de sus años de c o l e g i o y de estudios; s e g ú n A s t r a n a M a r í n , Q u e v e d o

a p r e n d i ó e n e l C o l e g i o de jesuí tas de M a d r i d , d u r a n t e c u a t r o años

(1592-1596), los r u d i m e n t o s d e l g r i e g o 8 ; p e r o este h e c h o n o es c o n -

c l u y e n t e p o r sí, pues L o p e y C a l d e r ó n , a l u m n o s d e l m i s m o C o l e g i o ,

s a l i e r o n de él s i n t e n e r n o c i ó n a l g u n a de g r i e g o . T a m p o c o p u e d e

s e r v i r c o m o p r u e b a d e f i n i t i v a l a p e r m a n e n c i a de Q u e v e d o e n A l c a l á ,

p o r q u e a u n q u e l a U n i v e r s i d a d c o m p l u t e n s e fuese m á s d o c t a q u e l a

s a l m a n t i n a 9 , n o es seguro q u e los r e q u i s i t o s p a r a a p r o b a r e l b a c h i ­

l l e r a t o o i a l i c e n c i a t u r a e x i g i e r a n u n c o n o c i m i e n t o m á s q u e r u d i ­

m e n t a r i o d e l g r i e g o 1 0 .

E l p r o b l e m a s igue s i n reso lver , pues m i e n t r a s u n o s cr í t icos m o ­

d e r n o s , f a v o r a b l e s a Q u e v e d o , c r e e n q u e éste a d q u i r i ó u n h o n d o

c o n o c i m i e n t o de l a l e n g u a g r i e g a 1 1 , o tros p i e n s a n q u e s u h e l e n i s m o

8 L u í s A S T R A N A M A R Í N , La vida turbulenta de Quevedo, 2* ed. , M a d r i d ,

1945, p p . 30-31: "Estos estudios se re forzaban c o n su tanto de griego. A l p r i n c i ­

p i o se traducía a Isócrates, E s o p o y L u c i a n o ; luego a Aristófanes, T u c í d i d e s ,

Demóstenes, etc." . .. 0 L . A S T R A N A M A R Í N , op. cit., p . 42: " N o era l a U n i v e r s i d a d c o m p l u t e n s e tan

r i c a y l i n a j u d a c o m o l a de S a l a m a n c a , pero sí más docta , d o n d e n o tenía aco­

m o d o a q u e l r e f r a n c i l l o escolar de: Gracum est, non legitur". 1 0 L o s cuadernos de matr ículas de Alca lá , conservados e n el A r c h i v o Histórico

N a c i o n a l , establecen q u e Q u e v e d o o b t u v o e l grado de b a c h i l l e r en octubre de

1599, y l a l i c e n c i a t u r a en d i c i e m b r e de 1600. Véase ObV, p p . 906 y 908 (docs.

X X I I I y x x v i ) . — E n c u a n t o a l c o n o c i m i e n t o d e l griego, e l ú n i c o r e q u i s i t o que he­

mos h a l l a d o es e l que m e n c i o n a A . Fernández G u e r r a (cit. e n ObV, p . 904, n . 3)

a propósi to de l a matr ícula de s u m u l i s t a , es decir , de estudiante d e p r i m e r a ñ o :

"Para, o b t e n e r matr ícu la en Súmulas , debía presentarse cédula de e x a m e n en

gramática firmada p o r los catedráticos de retórica y gr iego" . L o s l ímites de

nuestro estudio n o nos h a n p e r m i t i d o l l e v a r más lejos nuestras invest igaciones

sobre este p u n t o . 1 1 E . M É R I M É E , op. cit., p . 7, supone que Q u e v e d o se per fecc ionó p o r cuen­

ta p r o p i a . A . P A P E L L , Quevedo, su tiempo, su vida, su obra, B a r c e l o n a , 1947,

p. 33, a f i r m a q u e Q u e v e d o cursó griego en A l c a l á y e n u m e r a sus maestros com­

plutenses. P a r a A S T R A N A M A R Í N , loe. cit., e l h e l e n i s m o de Q u e v e d o n o es de

n i n g u n a m a n e r a sospechoso. E M M A G R E G O R E S , " E l h u m a n i s m o de Q u e v e d o " , AFC,

6 (1953-54), 91-105, t a m b i é n a f i r m a q u e las dudas son i n f u n d a d a s y que " l a

erudic ión de Q u e v e d o n o es post iza n i a ñ a d i d a " . N o f a l t a q u i e n i n v o q u e e l fa­

moso e log io q u e L i p s i o t r i b u t a a Q u e v e d o : ¿ ¡¿¿ya KVSOS 'Ifirjpayv ( " ¡ o h gran

g l o r i a de los españoles!") . P o c o p r o b a b l e es que este e l o g i o d e b a interpretarse

54 SYLVIA BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

f u e p o c o m á s q u e s u p e r f i c i a l , y c o n f i r m a n esta o p i n i ó n c o n e l e jem­

p l o d e var ias m i s t i f i c a c i o n e s l i n g ü í s t i c a s de d o n F r a n c i s c o 1 2 . E m i l i o

C a r i l l a d i c e q u e "sus c o n o c i m i e n t o s de l a l e n g u a g r i e g a . . . d i s t a r o n

d e ser p r o f u n d o s " 1 3 . ¿ P o d r á e l Anacreón castellano b r i n d a r n o s u n a

r e s p u e s t a sat i s factor ia y decis iva? H a s t a a h o r a s u e j e m p l o h a s i d o

u t i l i z a d o t a n t o p o r los detractores c o m o p o r los p a r t i d a r i o s d e l hele­

n i s m o de Q u e v e d o 1 4 . P e r o e n u n e x a m e n d e t e n i d o de l a o b r a y e n

u n c o t e j o m i n u c i o s o de l a v e r s i ó n c a s t e l l a n a c o n e l t e x t o g r i e g o y

sus t r a d u c c i o n e s l a t i n a s se h a l l a t a l vez l a c l a v e d e l m i s t e r i o .

F U E N T E S D E L T R A B A J O D E Q U E V E D O

E l Anacreón castellano, t a l c o m o se p r e s e n t a e n los m a n u s c r i t o s

y e n las p r i n c i p a l e s e d i c i o n e s 1 5 , c o m p r e n d e : u n a A d v e r t e n c i a , l a

V i d a d e A n a c r e o n t e , u n a d e d i c a t o r i a a l D u q u e de O s u n a y, p o r fin,

l a t r a d u c c i ó n de las O d a s , a c o m p a ñ a d a s a l g u n a s de c o m e n t a r i o s .

L a V i d a de A n a c r e o n t e , s e g ú n i n d i c a Q u e v e d o , está sacada de l a

Historia de los poetas de L i l i o G r e g o r i o G i r a l d o 1 6 , " c o r r e g i d a y a u -

a l p i e de l a l e t r a , pues a ú n era Q u e v e d o m u y j o v e n c u a n d o le fue t r i b u t a d o ,

y además, e l h u m a n i s t a be lga n o d e b i ó tener ante los ojos muestras d e l hele­

n i s m o de su discípulo. T a l e s exc lamaciones h iperból icas son frecuentes entre los

e r u d i t o s de l a época; y ésta es alusión a u n verso h o m é r i c o , j u e g o de e r u d i t o

deseoso de ostentar su v i r t u o s i s m o (véase a l respecto e l Epistolario completo de

don Francisco de Quevedo y Villegas, ed . A s t r a n a M a r í n , M a d r i d , 1946, p p . 8-9,

y R A I M U N D O L I D A , Letras hispánicas, M é x i c o - B u e n o s A i r e s , 1958, p . 108). 1 2 S u c o n o c i m i e n t o d e l francés n o parece h a b e r s ido t a n sólido c o m o se h a creí­

d o ; R . L I D A , " Q u e v e d o y l a Introducción a la vida devota", NRFH, 7 (1953), 638-

658 (=op. cit., p p . 124-141), p r u e b a q u e Q u e v e d o , a pesar de sus declaraciones,

" a p e n a s consultó e l texto francés y apenas l o u t i l i z ó " . E n c u a n t o a su hebraísmo,

R A Ú L A . D E L P I E R O , NRFH, 12 (1958), p . 52, c o n c l u y e q u e "sus repet idas citas

d e l l l a m a d o Parafrastes caldeo [ t í tulo c o n q u e se d e s i g n a b a n las antiguas versio­

nes r a b í nicas d e l a B i b l i a , d e l h e b r e o a l arameo] c o i n c i d e n s iempre , l e t r a p o r

l e t r a , c o n l a versión l a t i n a d e l T a r g u m i n c l u i d a e n l a Biblia Regia". 1 3 E . C A R I L L A , Quevedo entre dos centenarios, T u c u m á n , 1949, p . 69, n o t a 3

(ci ta l a o p i n i ó n d e M a r í a R o s a L i d a ) . 1 4 C a r i l l a sugiere q u e l a versión d e l Anacreón c o n t i e n e los elementos de u n a

r e f u t a c i ó n de l a c i e n c i a gr iega de Q u e v e d o , m i e n t r a s E M M A GREGORES, art . cit. ,

y D O N A L D G . C A S T A N I E N , " Q u e v e d o ' s Anacreón castellano", SPh, 55 (1958), 568-

575, se f u n d a n e n e l Anacreón p a r a sostener l a o p i n i ó n c o n t r a r i a . 1 5 N o se trata de hacer aquí u n estudio crít ico de los m a n u s c r i t o s y de las

p r i n c i p a l e s edic iones; además de q u e resultaría m u y c o m p l e j o , n o es necesario

p a r a e l fin q u e m e p r o p o n g o . H a s t a a h o r a t a l t rabajo n o se h a hecho en f o r m a

c o m p l e t a . I n d i c a c i o n e s sobre los m a n u s c r i t o s se h a l l a r á n e n \ObV, p p . 1530-1572.

L a s p r i n c i p a l e s edic iones son: l a princeps, I m p r e n t a de Sancha, M a d r i d , 1794; la

q u e figura e n \Ob, 3; o t r a q u e se h a l l a e n l a ed . de las Obras poéticas, p o r

l a S o c i e d a d de Bibl ióf i los A n d a l u c e s , t. 2, S e v i l l a , 1903; y l a de ObV. C i taré

s i e m p r e e l Anacreón castellano p o r l a e d . de Ob, 3. 1 6 L i l i o G r e g o r i o G i r a l d o , ferrarense n a c i d o e n 1479, fue a m i g o de P i c o

d e l a M i r á n d o l a y p r o t e g i d o de l a p r i n c e s a R e n a t a de Este. Escribió obras d i ­

versas e n que transluce su asombrosa e r u d i c i ó n : u n a Historia de Deis gentium,

N R F H , X I V QUEVEDO H E L E N I S T A 55

m e n t a d a e n d i s c u l p a de A n a c r e o n t e c o n autores y c o n j e t u r a s " . E n

efecto, Q u e v e d o v i e r t e l i t e r a l m e n t e d e l l a t í n a l cas te l lano l a m a y o r

p a r t e de l a b i o g r a f í a q u e figura e n e l d i á l o g o I X de los Histories poetarum tam Grcecorum quam Latinorum dialogi decem. S i n e m ­b a r g o , m o d i f i c a a l g ú n t a n t o e l o r d e n de datos y citas e s t a b l e c i d o p o r

G i r a l d o . Éste ofrece p r i m e r o l a g e n e a l o g í a de A n a c r e o n t e , c o m e n t a

d e s p u é s s u a m o r a l v i n o y a los m a n c e b o s , y p o r fin ref iere , n o s i n

c i e r t a c o n f u s i ó n , l a é p o c a e n q u e v i v i ó e l p o e t a , c o n a n é c d o t a s d e s u

v i d a , e l carácter de sus p o e m a s , y los deta l les de s u m u e r t e , a c a b a n d o

c o n u n a reseña de sus o b r a s . M á s m e t ó d i c a , l a b i o g r a f í a de Q u e v e d o

c o n s t a de c u a t r o partes : g e n e a l o g í a ; just i f i cac ión de los " v i c i o s de

A n a c r e o n t e " , q u e c o n c e n t r a todos los datos y a n é c d o t a s f a v o r a b l e s ;

i n d i c a c i ó n de las fechas de l a v i d a d e l p o e t a y de los d e t a l l e s d e s u

m u e r t e ; e n u m e r a c i ó n de sus obras . Q u e v e d o c o m e t e a l g u n o s e r r o r e s

y c o n t r a s e n t i d o s s o r p r e n d e n t e s e n s u t r a d u c c i ó n d e l l a t í n : c o n v i e r t e

pusionem ' j o v e n z u e l o ' e n u n i m a g i n a r i o n o m b r e p r o p i o T u s i ó n ' ;

m i e n t r a s e l l a t í n reza : " b á r b i t o n a i t A n a c r e o n t i s poetas i n v e n t u m

fuisse u t t r i g o n u m I b y c i " ( 'dice q u e e l b á r b i t o n f u e i n v e n t a d o p o r

A n a c r e o n t e , c o m o e l t r í g o n o l o fue p o r í b i c o ' ) , Q u e v e d o e s c r i b e :

" d i c e q u e A n a c r e o n t e h a l l ó e l g é n e r o de i n s t r u m e n t o q u e l l a m a n

b á r b i t o n , c o m o los de í b i c o e l t r í g o n o " , i n t e r p r e t a n d o , a l p a r e c e r , e l

Ibyci l a t i n o c o m o u n n o m i n a t i v o p l u r a l , y n o u n g e n i t i v o s i n g u l a r ,

l o c u a l es u n a b s u r d o . A d e m á s , Q u e v e d o n o s ó l o m o d i f i c a e l o r d e n

d e l a b i o g r a f í a de G i r a l d o , s i n o q u e l a r e t o c a c o m p l e t a m e n t e , o m i ­

t i e n d o las citas des favorables y a ñ a d i e n d o otras de í n d o l e e l o g i o s a .

L o s C o m e n t a r i o s s o n t r a d u c c i ó n de las o b s e r v a c i o n e s de H e n r i

E s t i e n n e sobre las odas a n a c r e ó n t i c a s , o b i e n , a n o t a c i o n e s d e l p r o p i o

Q u e v e d o . E s t i e n n e n o h a b í a c o m e n t a d o c a d a u n a de las odas s i n o l a

m a y o r í a d e el las; sus o b s e r v a c i o n e s , s e g ú n e l caso, se r e f e r í a n a l a lec­

t u r a d e l t e x t o g r i e g o y d e sus v a r i a n t e s p o s i b l e s , a las d i f i c u l t a d e s

filológicas o g r a m a t i c a l e s o m é t r i c a s , y a los p u n t o s d i f íc i les de e n t e n ­

d e r , a c l a r a d o s c o n e j e m p l o s sacados d e otros poetas; e n c o n t a d o s

casos h a c í a a p r e c i a c i o n e s l i t e r a r i a s . E n e l Anacreón, las odas q u e v a n

seguidas d e l c o m e n t a r i o d e E s t i e n n e t r a d u c i d o , t o t a l o p a r c i a l m e n t e ,

y de o t r o d e Q u e v e d o , s o n siete (odas I - V , I X , X X I I I ) ; las q u e t i e n e n

u n o s Histories poetarum tam Grcecorum quam Latinorum dialogi decem (esta

o b r a , p u b l i c a d a p o r p r i m e r a vez e n 1545 c o n u n a "epístola n u n c u p a t o r i a " d i r i ­

g i d a a H é r c u l e s I I de Este, es l a q u e c o n t i e n e las biografías d e todos los poetas

griegos y l a t inos , bajo l a f o r m a de u n d i á l o g o ficticio entre e l n a r r a d o r , Li l io„

deseoso de o l v i d a r los estragos de l a peste e n su c i u d a d n a t a l , y dos oyentes, e l

e r u d i t o P i s o y e l j o v e n P i c o , r e u n i d o s los tres e n u n sit io a m e n o y campestre

cerca de C a r p i ) , u n l i b r o De Poetis suorum temporum, u n a Parénesis adversus

ingratos, etc. C f . L I L I I G R E G O R I I G Y R A L D I . . . Opera Omnia... quee exhibet

Joannes Jensius, L u g d u n i - B a t a v o r u m , 1696. Q u e v e d o m e n c i o n a l a Parcenesis e n

Las cuatro pestes del mundo (Oh, 2, p . 107) .—Gira ldo fue a d m i r a d o p o r sus c o n ­

temporáneos , y a d q u i r i ó f a m a e u r o p e a . M o n t a i g n e (Essais, I , 35) r e c u e r d a los

detal les d e su muerte , en m e d i o de l a e n f e r m e d a d y l a pobreza .

56 SYLVIA BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

s o l a m e n t e e l c o m e n t a r i o de Q u e v e d o s o n dieciséis (odas V I I , X , X I I I ,

X V I I I , X I X , X X V I I - X X I X , X X X I I , X X X V I , X L , X L I I I , X L V I ,

L I I , L V , f r a g m e n t o I I ) . E n t r e éstas, hay c u a t r o q u e n o t e n í a n n i n ­

g ú n c o m e n t a r i o e n E s t i e n n e (odas V I I , X I I I , X I X , X X V I I ) ; las otras

l l e v a b a n c o m e n t a r i o s q u e i n s p i r a r o n los de Q u e v e d o : e n tres casos,

e n efecto, Q u e v e d o i n d i c a q u e h a v i s t o las a n o t a c i o n e s de E s t i e n n e

(odas X X I X , X L I I I , X L V I ) , y e n dos casos se a p o y a e n el las s i n i n ­

d i c a r l o (oda X X V I I I , f r a g m e n t o I I ) .

L a t r a d u c c i ó n de textos a n a c r e ó n t i c o s c o m p r e n d e c i n c u e n t a y

c i n c o odas y dos f r a g m e n t o s . S i n e n t r a r e n e l e x a m e n de las d i fe­

r e n c i a s c u a n t i t a t i v a s y c u a l i t a t i v a s q u e s e p a r a n l a v e r s i ó n q u e v e d e s c a

d e l t e x t o o r i g i n a l , baste señalar q u e e n n i n g u n o de sus p o e m a s cas­

t e l l a n o s se c i ñ e Q u e v e d o a l n ú m e r o a p r o x i m a t i v o de los versos gr ie­

gos; sus a ñ a d i d u r a s , a d e m á s de ser c o n s i d e r a b l e s , c o n t i e n e n i n e x a c ­

t i t u d e s o glosas q u e u n a s veces o s c u r e c e n y otras t r a t a n de e x p l i c a r

e l p e n s a m i e n t o de su m o d e l o .

Estas i n f i d e l i d a d e s s u g i e r e n l a hipótes is de q u e e l p o e t a español

t u v o e n t r e sus m a n o s y a u n t e x t o d i f e r e n t e , y a otras t r a d u c c i o n e s de

l a c o l e c c i ó n a n a c r e ó n t i c a . L a p r i m e r a s u p o s i c i ó n d e b e descartarse: el

ú n i c o t e x t o c o n o c i d o e n l a é p o c a de Q u e v e d o e r a e l q u e h a b í a p u ­

b l i c a d o p o r p r i m e r a vez E s t i e n n e e n e l s i g l o x v i ; y n o existe l a

m e n o r p r o b a b i l i d a d de q u e Q u e v e d o h a y a c o n s u l t a d o a l g ú n m a n u s ­

c r i t o 1 7 , n i él p r e t e n d e h a b e r l o h e c h o . S e g u r o es q u e s i a l g u n a c o m u ­

n i c a c i ó n o c o r r e c c i ó n r e l a c i o n a d a c o n u n m a n u s c r i t o h u b i e s e l l e g a d o

1 7 L a h i s t o r i a d e l m a n u s c r i t o —o de los m a n u s c r i t o s — de A n a c r e o n t e es com­

plej ísima, y n o está d e l todo ac larado e l m i s t e r i o q u e e n v u e l v e l a publ icac ión

de las odas p o r E s t i e n n e , e l c u a l n u n c a reveló sus fuentes c o n precisión. U n a

exposic ión c lara de las v ic is i tudes y de las peregr inac iones d e l ú n i c o códice hoy

c o n o c i d o , en q u e figura l a colección de los ' A N A K P E O N T O ^ T H I O Y

I I O ^ I A K A ' H M I A M B I A y q u e l l e v a el n o m b r e de códice P a l a t i n o —o P a r i s i n o

p o r hal larse a h o r a en l a B . N . P . — se puede ver e n l a I n t r o d u c c i ó n a l a Antho-

logie grecque, ed. " L e s Be l les L e t t r e s " , Première p a r t i e , París, 1928, p p . x x x v i i i -

x x x i x . E n OhV, p p . 1377-1384, A s t r a n a M a r í n inserta también u n A p é n d i c e ex­

p l i c a t i v o . P a r a conocer l a p o l é m i c a e n t a b l a d a respecto a l p r o b l e m a de l a i d e n t i d a d

d e l códice P a l a t i n o c o n el que t u v o E s t i e n n e a su disposición, cf. los respectivos

prefac ios de V . R O S E y de K . P R E I S E N D A N Z a sus edic iones consecutivas de A n a ­

creonte en l a B i b l i o t e c a T e u b n e r i a n a , L e i p z i g , 1890 y 1912.

E l hecho i m p o r t a n t e , p o r l o q u e se refiere a l a versión de Q u e v e d o , es que

e l códice P a l a t i n o —cuyo 43^ quaternion (pp. 676-691) c o n t i e n e l a colección

anacreónt ica— fue descubierto apenas e n 1606, en l a B i b l i o t e c a P a l a t i n a de H e i ­

d e l b e r g , p o r Salmasio , q u i e n n i s i q u i e r a advirt ió entonces los Anacreontea. A d e ­

más, las d i ferenc ias d e l texto p a l a t i n o c o n e l de E s t i e n n e son pocas y, de todos

modos , n o p u e d e n e x p l i c a r las discrepancias y las adic iones de l a versión de

Q u e v e d o . O t r o i n d i c i o q u e arguye e n c o n t r a de l a ut i l ización p o r Q u e v e d o

de u n m a n u s c r i t o es e l hecho de que éste r e p r o d u c e las odas en el m i s m o

o r d e n que E s t i e n n e , y que ese o r d e n es m u y d i ferente d e l seguido p o r e l códice

P a l a t i n o .

N R F H , X I V QUEVEDO HELENISTA 57

a s u p o d e r , O u e v e d o , q u e q u e r í a c o m p e t i r c o n E s t i e n n e , se h u b i e r a

p r e c i a d o de e l l o . C u a n d o d e c l a r a , e n e l t í t u l o , q u e su " p a r á f r a s i " está

h e c h a 4 "según e l o r i g i n a l g r i e g o m á s c o r r e g i d o " , q u i e r e s i g n i f i c a r q u e

h a escogido las mejores e n t r e las v a r i a n t e s griegas propuestas p o r Es-

t i e n n e 1 8 .

P e r o n o es n a d a i m p o s i b l e , e n c a m b i o , q u e Q u e v e d o , p a r a c o m ­

p o n e r l a suya, h a y a u t i l i z a d o otras vers iones de las odas griegas

— u t i l i z a c i ó n ésta p o c o h o n r o s a y, p o r l o t a n t o , p o c o d i g n a de ser d i ­

v u l g a d a . C a b e , s i n e m b a r g o , e l i m i n a r las t r a d u c c i o n e s españolas q u e

p u d i e r o n h a b e r e j e r c i d o sobre l a de O u e v e d o a l g u n a i n f l u e n c i a : su

Anacreón es, a todas luces, l a p r i m e r a paráfrasis c o m p l e t a y sistemá­

t i c a p u b l i c a d a e n E s p a ñ a ; las vers iones a n t e r i o r e s — s i las h u b o — de­

b i e r o n ser m u y f r a g m e n t a r i a s . H a c i a 1582, F e r n a n d o de H e r r e r a , e n

su Contestación al prete Jacopin — n o m b r e s u p u e s t o d e l a u t o r de u n

o p ú s c u l o q u e v i t u p e r a b a las Anotaciones de H e r r e r a a las Obras de

G a r c i l a s o — c i t a u n f r a g m e n t o de u n a v e r s i ó n m é t r i c a de A n a c r e o n t e ,

e s c r i t a p o r u n C o n d e de H a r o 1 9 . L o s versos conservados p o r H e r r e r a

s o n p o q u í s i m o s (pp . 120 y 122 e n l a e d i c i ó n de A s e n s i o ) , y n o p e r m i ­

t e n s a b e r . a c i e n c i a c i e r t a s i l a v e r s i ó n e r a t o t a l o p a r c i a l , pues los

e j e m p l o s c i tados p e r t e n e c e n a l a t r a d u c c i ó n de só lo tres de las odas

gr iegas ( la V I I I , l a X I I I y l a X X I X , de a c u e r d o c o n l a n u m e r a c i ó n

de E s t i e n n e ) .

C i t a m o s a c o n t i n u a c i ó n todos los versos q u e figuran e n l a Con­testación de H e r r e r a , j u n t o c o n sus e q u i v a l e n t e s e n e l Anacreón de

O u e v e d o ; s i se t i e n e e n c u e n t a e l h e c h o de q u e a m b a s t r a d u c c i o n e s

se a s e m e j a n f o r z o s a m e n t e p o r e n t r o n c a r c o n e l m i s m o t e x t o o r i g i ­

n a l , se c o m p r e n d e r á q u e las escasas c o i n c i d e n c i a s n o p e r m i t e n supo­

n e r u n a i m i t a c i ó n p o r p a r t e de Q u e v e d o :

1 8 Véanse los siguientes c o m e n t a r i o s de Q u e v e d o : o d a I I I , p . 4406: " N o p o n g o

las d e m á s notas de H e n r i c o , p o r q u e c o m o yo l ie seguido en m i versión sus en­

m i e n d a s y l ie le ído c o n él lo griego, es poco i m p o r t a n t e . . . " ; o d a X X I X ,

p. 4516: " N o expreso sus e n m i e n d a s p o r h a b e r le ído e l texto p o r e l l a s . . . " ;

o d a X L V I , p . 458a: " L a s e n m i e n d a s v a n e n m i traducc ión p o r h a b e r leído con

él las pocas que t r a d u j o " (sic). E n dos ocasiones, Q u e v e d o corr ige e l m i s m o

texto gr iego aceptado p o r E s t i e n n e : c o m e n t a r i o de l a o d a X L , p . 455b.' " A y u ­

d ó m e esta a d v e r t e n c i a e l l i c e n c i a d o R i o j a , e n m e n d a n d o , c u a n d o se l a c o m u n i ­

q u é , e l postrer verso de esta o d e . . . " , y c o m e n t a r i o de l a o d a X X I X , p . 452a:

" Y o l e o c o n D a n i e l H e i n s i o . . . n o v e r b o s ino p a r t i c i p i o . . . " ; p o r úl t imo, e n u n a

ocasión prefiere e l texto griego a l a e n m i e n d a de E s t i e n n e : c o m e n t a r i o de la

o d a I X , p . 444a. 1 9 E s t e C o n d e de H a r o parece ser d o n J u a n F e r n á n d e z de Velasco, condesta­

b l e de C a s t i l l a : los ataques de H e r r e r a c o n t r a él h a n hecho q u e se le i d e n t i f i q u e

c o n e l famoso prete J a c o p i n , e l crítico de las Anotaciones. Véase JOSÉ M A R Í A

A S E N S I O , Fernando de Herrera: Controversia sobre sus "Anotaciones a las Obras

de Garcilaso", Soc iedad d e Bibl ióf i los A n d a l u c e s , S e v i l l a , 1870. (Este v o l u m e n

c o n t i e n e e l o p ú s c u l o d e l prete J a c o p i n y l a Contestación de H e r r e r a ) . N o t e m o s

e n fin q u e en l a Bibliotheca de Nico lás A n t o n i o n o hay rastro de esta traduc­

ción e n t r e las obras de J u a n F e r n á n d e z de Velasco .

58 S Y L V I A BÉNICHOU-ROUBAUD NRFH, XIV

H A R O Q U E V E D O

O d a V I I I :

Sobre u n cobertor T y r i o gozando... Sobre u n tapete que de T y r o v i -( n o . . .

A s í v iéndome solo desdichado Desperté y aumentó m i sent imiento me volví luego a l sueño comenzado el h a l l a r m e apartado

d e l engaño que fue m i dulce due-(ño,

y así p a r a cobrarle volví a l sueño.

O d a X I I I :

E l h i j o de A m p h i a r a o s furioso estava . . . A t i s

loco p o r los montes altos

O d a X X I X : Y también v i l s i lencio par lero . Mésela, p i n t a algo anchuelo el ros-

(tro b e l l o . A i e l A d o n i s el cuel lo b l a n c o y deslizadero. OÍ v i d a va esto hecho de M e r c u r i o le trae manos y

p e c h o 2 0 .

Q u e a u n hasta el s i lencio m u d o esté par lero en l a cera.

A l e g r e y desenfadado le p i n t a e l rostro; haz que venza su cuel lo a l de A d o n i s b lanco y harás que de m a r f i l sea. C o n las manos generosas, pecho de M e r c u r i o muestra.

N o p u e d e n contarse t a m p o c o los casos a is lados e n q u e a l g ú n

p o e t a de l a g e n e r a c i ó n a n t e r i o r i m i t ó a A n a c r e o n t e . Se h a n s e ñ a l a d o

e n H u r t a d o de M e n d o z a t r a d u c c i o n e s d e las odas X V y X V I I , c u y o

e s t i l o r a m p l ó n está m u y a l e j a d o d e l de Q u e v e d o ; p o r e j e m p l o , l a d e

l a o d a X V I I :

H a z m e u n vaso de p l a t a h o n d o y ta l , que meta San M a r t í n siete cuart i l los y o tro santo demás con su c a u d a l 2 1 .

D e m o d o q u e l a ú n i c a a d a p t a c i ó n a n a c r e ó n t i c a i m p o r t a n t e , e n l a

é p o c a de Q u e v e d o , es l a de V i l l e g a s , p o s t e r i o r a l Anacreón — p u e s

n o f u e p u b l i c a d a hasta 1618— y, p o r l o t a n t o , a j e n a a n u e s t r o e s t u d i o .

P e r o q u e d a n otras v e r s i o n e s q u e p u d i e r o n i n f l u i r e n Q u e v e d o , y

q u e é l m i s m o m e n c i o n a : las tres l a t i n a s echas p o r E s t i e n n e , p o r A n ­

d r ó y p o r L u b i n , y l a f r a n c e s a de R é m y B e l l e a u . L a v e r s i ó n l a t i n a

d e E s t i e n n e a c o m p a ñ a todas sus e d i c i o n e s de A n a c r e o n t e (1554, 1556,

1560, e t c . ) 2 2 . L a v e r s i ó n de É l i e A n d r é — e r u d i t o a q u i e n se d e b e ,

2 0 R e p r o d u z c o estos versos a lgo incoherentes t a l c o m o los c i t a H e r r e r a ; co­

r r e s p o n d e n a u n trozo bastante d i s c u t i d o de l a o d a griega. 2 1 Véase I R V I N G P . R O T H B E R G , " H u r t a d o de M e n d o z a a n d the G r e e k epi -

g r a m s " , HR, 25 (1958), 171-187. 2 2 Se h a sospechado q u e esta versión, p u b l i c a d a p o r E s t i e n n e c o m o p r o p i a ,

N R F H , X I V QUEVEDO HELENISTA 5g

a d e m á s , u n p o e m a l a t i n o sobre l a paz y u n a t r a d u c c i ó n de T e o d o r o

de G a z a — a p a r e c i ó p o r p r i m e r a vez e n P a r í s ( n o e n P u t s c h , s e g ú n

d i c e n M é r i m é e y A s t r a n a M a r í n ) e n 1555, e n u n v o l u m e n a i s l a d o ;

p e r o se e n c u a d e r n ó c o n l a e d i c i ó n de E s t i e n n e d e 1554, p u b l i c a d a

pocos meses antes. L a v e r s i ó n de L u b i n fue e d i t a d a e n R o s t o c k , e n

1597. L a de B e l l e a u sa l ió a l a l u z e n París , 1556. L a s c u a t r o s o n ver­

s iones m é t r i c a s ; Q u e v e d o las m e n c i o n a todas, l a d e E s t i e n n e c o n t i ­

n u a m e n t e , l a de É l i e A n d r é ( H e l i a A n d r e a ) c u a t r o veces ( c o m e n t a r i o s

d e l a o d a I I , p . 4 3 9 a ; de l a o d a V , p . 4 4 2 a ; d e l a o d a X X V I I I ,

p . 4 5 1 « ; de l a o d a X L , p . 4 5 5 ? ^ l a de L u b i n ( H e i l h a r d o L u v i n o )

s o l a m e n t e u n a vez ( c o m e n t a r i o de l a o d a V , p . 442a), y l a de B e l l e a u

( R e m i V e l a u ) t a m b i é n u n a s o l a vez ( c o m e n t a r i o d e l a o d a V , p . 44.2b).

Q ü E V E D O Y L A E D I C I Ó N D E H E N R I E S T I E N N E

P o r u n l a d o , Q u e v e d o se ref iere c o n s t a n t e m e n t e a los c o m e n t a r i o s

d e E s t i e n n e , y a las t r a d u c c i o n e s l a t i n a s de éste y de A n d r é ; p o r

o t r o l a d o , t u v o a l a v i s t a e l t e x t o o r i g i n a l fijado p o r E s t i e n n e , pues

c a d a u n a d e las odas caste l lanas v a encabezada , a m o d o de t í t u l o , p o r e l

p r i m e r verso de l a o d a g r i e g a c o r r e s p o n d i e n t e , y o t r o s versos gr iegos

se i n c l u y e n e n los c o m e n t a r i o s 2 3 . L o l ó g i c o es, p o r l o t a n t o , s u p o n e r

q u e Q u e v e d o se s i rv ió d e l a e d i c i ó n d e A n a c r e o n t e q u e r e u n í a estos

e l e m e n t o s — r e p r o d u c c i ó n d e l t e x t o o r i g i n a l , c o m e n t a r i o s , vers iones

l a t i n a s — , es d e c i r de l a e d i c i ó n de H e n r i E s t i e n n e . I m p r e s a p r i m e ­

r a m e n t e p o r e l g r a n h u m a n i s t a francés e n 1 5 5 4 2 4 , esta e d i c i ó n fue

r e p r o d u c i d a p o r sus sucesores e n 1 5 5 6 2 5 ; p e r o E s t i e n n e i n c l u y ó t a m ­

b i é n , c o n a l g u n a s m o d i f i c a c i o n e s , s u " A n a c r e o n t e T e i o " e n u n a co­

l e c c i ó n p o s t e r i o r de las o b r a s de P í n d a r o q u e i n c l u y e las de otros

poetas g r i e g o s 2 3 . L a c o l e c c i ó n a n a c r e ó n t i c a ( c o n sus t r a d u c c i o n e s l a -

n o es o b r a suya, s i n o de D o r a t , e l célebre maestro de l a " P l é i a d e " . Sobre este

p u n t o , cf. P I E R R E DE N O L H A C , Ronsard et Vhumariisme, París , 1921, p . 113; M . - J .

D U R R Y , " U n e lettre inédi te de D o r a t " , Mélanges offerts a H. Chamard, P a r i s ,

1951 (se r e p r o d u c e e n este art ículo u n a carta de D o r a t e n q u e a l u d e a l a i n g r a ­

t i t u d de a lgunos q u e a p r o v e c h a n sus escritos s i n agradecérselo).

2 3 S i n c o n t a r los vocablos o los versos griegos q u e figuran e n los comentar ios

t r a d u c i d o s d e E s t i e n n e , Q u e v e d o c i t a : ¿wl AomVats- re 7róais> v. 2 de l a o d a I V

(comentar io , p . 441a); ypá<j>e xetAos ola UetOovs, v . 24 d e l a o d a X X V I I I (p. 451a);

"Epcús, oo-ois o~v fiaXkus* ú l t i m o verso d e l a o d a X L , p . 4556. 2 4 'AvaKpéovTos Trftov pLeX-rj- Anacreontis odce ab Henrico Stephano luce et

latinitate nunc primum donata, P a r i s i i s , 1554 (edición princeps). 2 5 'AvaKpiovros Trjíov KOL a\X(ov TLV&V XvpiKÚv ¡JiéXn- Anacreontis et aliorum

lyricorum aliquot poetarum odce, P a r i s i i s , 1556. E s t a ú l t i m a l l e v a e l n o m b r e de

edic ión " m o r e l i a n a " , p o r h a b e r s ido i m p r e s a " a p u d G u i l . M o r e l i u m " . 2 6 Este v o l u m e n , i n t i t u l a d o Pindari ¡Olympia, Pythia, Nemea, Isthmia, cetero-

rum octo lyricorum carmina, Alcai, Sapphus, Stesichori, Ibyci, Anacreontis,

Bacchylidis, Simonidis, Alcmanis, fue d e d i c a d o a M e l a n c h t h o n y e d i t a d o p o r

p r i m e r a vez e n 1560; edic iones idénticas a p a r e c i e r o n e n los años sucesivos: l a

" e d i t i o 11" es de G i n e b r a , 1566; hay o t r a de 1567, i m p r e s a e n l a "of f ic ina p l a n -

6o S Y L V I A BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

t inas) figura, pues, e n dos categor ías de e d i c i o n e s : l a p r i m e r a está

c o n s a g r a d a ú n i c a m e n t e a A n a c r e o n t e , y l a s e g u n d a está r e p a r t i d a

e n t r e P i n d a r o y v a r i o s autores . ¿ C u á l fue l a e d i c i ó n c o n s u l t a d a p o r

Q u e v e d o ?

U n e x a m e n c u i d a d o s o de a m b a s c a te go r í a s nos b r i n d a l a respues­

ta. E n efecto, e n l a s e g u n d a , l a de las e d i c i o n e s " p i n d á r i c a s " , l a o b r a

de c a d a p o e t a v a p r e c e d i d a de l a r e l a c i ó n (en la t ín) de su v i d a , sa­

c a d a l i t e r a l m e n t e d e las Hìstorice poetarum de L i l i o G r e g o r i o G i r a l ­

d o . D e al l í c o p i ó Q u e v e d o l a b i o g r a f í a de A n a c r e o n t e 2 7 ; n o c o n s u l t ó

d i r e c t a m e n t e l a o b r a de G i r a l d o , pues e n ese caso n o h a b r í a come­

t i d o e r r o r e s q u e c o i n c i d e n c o n l a e d i c i ó n " p i n d à r i c a " . Q u e v e d o es­

c r i b e q u e l a Vida de A n a c r e o n t e está "sacada de los I X l i b r o s de

L i l i o G r e g o r i o G i r a l d o e n l a Historia de los poetas": parece i g n o r a r

q u e l a o b r a de G i r a l d o consta , n o de n u e v e , s i n o de d i e z d i v i s i o n e s ,

q u e éstas l l e v a n e l n o m b r e y l a f o r m a de d i á l o g o s (dialogi decem), y q u e e l t í t u l o c o m p l e t o d e l l i b r o es Historia poetarum tam Grceco-rum quam Latinorum dialogi decem; estos errores n o t i e n e n o t r o o r i ­

g e n q u e las i n d i c a c i o n e s p r o p o r c i o n a d a s p o r l a e d i c i ó n " p i n d à r i c a " ,

q u e d a así e l t í t u l o de l a b i o g r a f í a a n a c r e ó n t i c a : " V i t a A n a c r e o n t i s e x

L i l i i G r e g o r i i G i r a l d i l i b r o I X , D e p o e t a r u m h i s t o r i a " . C o m o todas las

b i o g r a f í a s i n c l u i d a s e n l a e d i c i ó n p r o c e d e n d e l d i á l o g o I X , Q u e v e d o ,

i g n o r a n d o l a e x i s t e n c i a de u n d é c i m o d i á l o g o , c o n c l u y ó q u e l a o b r a

d e G i r a l d o a c a b a b a e n e l " l i b r o " n o v e n o . E s t o de e s c r i b i r " l i b r o " e n

vez de " d i á l o g o " ofrece, a d e m á s , u n a p i s t a i n t e r e s a n t e , p u e s obedece

a u n a e r r a t a q u e aparece e n todas las e d i c i o n e s " p i n d á r i c a s " , e n e l

t í t u l o de l a V i d a de A n a c r e o n t e ; e n e l t í t u l o de las b iograf ías de

los o t r o s poetas figura e l t é r m i n o e x a c t o de " d i á l o g o " , p o r e j e m p l o :

" V i t a I b y c i ex L i l i i G r e g o r i i G i r a l d i d i a l o g o I X , D e p o e t a r u m his to­

r i a " . P r o b a b i l í s i m o es, pues, q u e Q u e v e d o t u v i e s e a l a v i s t a u n a de

las e d i c i o n e s " p i n d á r i c a s " 2 8 .

S i n e m b a r g o , n o es éste e l ú n i c o v o l u m e n de q u e d i s p u s o . E n l a

e d i c i ó n " p i n d à r i c a " n o figuran e n s u t o t a l i d a d los c o m e n t a r i o s de

t i n i a n a " ; l a " e d i t i o m a " es de G i n e b r a , 1586; l a " e d i t i o i v a " , de L y o n , 1598;

hay o t r a de G i n e b r a , 1600; las demás n o interesan, p o r ser posteriores a l

Anacreón. 2 7 Ésta n o figura en las edic iones de l a p r i m e r a "categor ía" , las de 1554

y iòò6-2 8 L a presentación de l a colección anacreónt ica e n esta edic ión " p i n d à r i c a "

es l a s iguiente: V i d a de A n a c r e o n t e p o r G i r a l d o , e n lat ín; — Prafatio de Es-

t i e n n e e n lat ín; — texto griego de las c i n c u e n t a y c i n c o odas e n las páginas de

l a i z q u i e r d a , genera lmente , y traducciones l a t i n a s correspondientes e n las de l a

d e r e c h a ( a l t e r n a n las de E s t i e n n e [ " H . St ." = H e n r i c u s Stephanus] cuya tra­

d u c c i ó n , p a r c i a l , sólo abarca t r e i n t a y u n a odas, c o n las de Élie A n d r é [ "E.

A n . " = E l i a s A n d r e a s ] ) ; — texto de di ferentes fragmentos anacreónticos y de

poemas d e a u t e n t i c i d a d dudosa , c o n u n a traducc ión l a t i n a a n ó n i m a ; — resto

d e las traducc iones ele A n d r é , p a r a las 31 odas ya traducidas p o r E s t i e n n e ; —

y, trasladados a l final d e l v o l u m e n , c o m e n t a r i o s de E s t i e n n e , f ragmentarios y

muy abreviados.

i N K r i l , X I V Q U E VEDO HELENISTA 6 l

E s t i e n n e , s i n o a l g u n a s o b s e r v a c i o n e s a b r e v i a d a s y c o n d e n s a d a s e n

tres pág inas ; Q u e v e d o , p a r a r e p r o d u c i r e n caste l lano, c o m o l o h i z o ,

los largos c o m e n t a r i o s "s te fanienses" q u e a c o m p a ñ a n a siete de los

p o e m a s d e l Anacreón, r e c u r r i ó s e g u r a m e n t e a u n a de las p r i m e r a s

e d i c i o n e s , e n t e r a m e n t e d e d i c a d a a A n a c r e o n t e y su o b r a , l a e d i c i ó n

" p r i n c e p s " o l a " m o r e l i a n a " 2 9 , e n q u e éstos figuran in extenso. C r e o

q u e es l a " p r i n c e p s " de 1554 l a q u e u t i l i z ó Q u e v e d o . E n efecto, su co­

m e n t a r i o d e l f r a g m e n t o I I se a p o y a e n l a c o m p a r a c i ó n de u n verso

a n a c r e ó n t i c o c o n u n a e x p r e s i ó n h o m é r i c a , r e p r o d u c i d a e n g r i e g o . E s t a

c o m p a r a c i ó n , a u n q u e n o l o d i g a Q u e v e d o , figura e n l a Prcefatio de Es-

t i e n n e a l a e d i c i ó n de 1554 y a las e d i c i o n e s " p i n d á r i c a s " ( e n l a de

1556 se r e e m p l a z ó c o n l a b i o g r a f í a h e c h a p o r Suidas) : p e r o m i e n t r a s

este p r e f a c i o se p u b l i c a e n g r i e g o e n 1554, e n las e d i c i o n e s " p i n d á ­

r i c a s " está v e r t i d o a l la t ín , y c o n él , l a e x p r e s i ó n h o m é r i c a . Q u e v e d o ,

a l r e p r o d u c i r l a e n g r i e g o , m u e s t r a q u e c o p i a e l p r e f a c i o de 1554.

E s t e e x a m e n , m i n u c i o s o e n exceso, n o carece de interés; e n p r i ­

m e r l u g a r , p e r m i t e d e t e r m i n a r c o n p r e c i s i ó n q u e Q u e v e d o , a d e m á s

d e h a b e r v is to e l o r i g i n a l g r i e g o , c o n s u l t ó d i r e c t a m e n t e dos, p o r l o

m e n o s , de las t r a d u c c i o n e s l a t i n a s a q u e a l u d e e n sus c o m e n t a r i o s ,

r e c u r r i e n d o a dos categor ías de e d i c i o n e s de A n a c r e o n t e 3 0 ; p o r o t r o

2 9 H e aquí l a disposición de estas dos ediciones, m u y parecidas, salvo algunas

discrepancias , Prcefatio de E s t i e n n e e n griego (1554), o V i d a de A n a c r e o n t e ,

t a m b i é n en griego, sacada de Suidas (1556); — texto de las odas; — texto de los

fragmentos; — algunos poemas de A l c e o y de Safo; — comentar ios de E s t i e n n e ;

—traducción de 31 odas p o r E s t i e n n e . L a traducción de 55 odas p o r A n d r é , l a

c u a l f o r m a u n l i b r o aparte, d e d i c a d o a P i e r r e de M o n t d o r é , b i b l i o t e c a r i o rea l

de F o n t a i n e b l e a u , v a e n c u a d e r n a d a c o n e l resto en ciertos ejemplares.

L a publ icac ión de l a princeps e n 1554 t u v o u n a r u i d o s a acogida en los círcu­

los erudi tos y l i terar ios de E u r o p a ; mereció e l aplauso de los curiosos, a quienes

r e v e l a b a , p o r fin, u n a o b r a que se creía p e r d i d a (véase P . DE N O L H A C , op. cit.,

p . 107); pero también suscitó e l esceptic ismo de algunos sabios que p u s i e r o n en

d u d a l a p a t e r n i d a d y l a a u t e n t i c i d a d d e los poemitas , cuya fuente m a n u s c r i t a

E s t i e n n e se rehusaba a d i v u l g a r : entre éstos se c u e n t a n R o b o r t e l l o (De arte

sive ratione corrigendi, P a d o v a , 1557) y F u l v i o U r s i n o , que p u b l i c ó u n a edic ión

de A n a c r e o n t e en que sólo incluía los fragmentos citados p o r autores ant iguos

(Carmina novem illustrium feminarum. . . , A n t v e r p i a e , ex off icina C . P l a n t i n i ,

1568). Q u e v e d o n o parece h a b e r estado a l tanto de estas polémicas, o quizá las

pasó p o r a l to d e l i b e r a d a m e n t e . H o y creen los helenistas que l a colección ana­

creónt ica no es d e l A n a c r e o n t e d e l siglo v i a. C , s ino, en su mayoría , u n a

imitac ión a l e j a n d r i n a de época p o s t e r i o r (véase M . CROISET, Hisíoire de la litté-

rature grecque, 3 a ed., París, 1914, t. 2, p p . 266-268). 3 0 Pocos años antes de ser e d i t a d o p o r p r i m e r a vez el Anacreón e n l a i m ­

p r e n t a de Sancha, a fines d e l siglo x v m , u n censor redactó u n i n f o r m e acerca

d e l a o b r a , r e m i t i d a p a r a su censura a l Conse jo de C a s t i l l a . Este interesante

i n f o r m e , escrito p o r d o n C a s i m i r o F lórez Canseco, catedrático de gr iego e n los

E s t u d i o s de San Is idro , se r e p r o d u c e e n M . S E R R A N O Y S A N Z , " E l C o n s e j o de Cas­

t i l l a y l a censura ele l i b r o s en e l s ig lo x v m " , RABM, 10 (1907), 206-216, y en

A . R U M E U DE A R M A S , Plistoria de la censura gubernativa en España, M a d r i d ,

1940, p p . 214-223. E l i n f o r m e , q u e l l e v a l a fecha de 1786 (así se lee dos veces

62 SYLVIA BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

l a d o , nos p r o p o r c i o n a a l g u n o s i n d i c i o s sobre e l m o d o de t r a b a j a r d e l

Q u e v e d o e r u d i t o : a pesar de presentarse e l Anacreón castellano c o n

t o d o e l a p a r a t o de u n t r a b a j o d o c t o , Q u e v e d o , a n o ser e n las citas

a ñ a d i d a s a l a b i o g r a f í a , o e n sus c o m e n t a r i o s personales , n o l l e v ó a

c a b o i n v e s t i g a c i o n e s trabajosas, n i c o m p i l a c i o n e s c o m p a r a b l e s c o n

las de G i r a l d o o E s t i e n n e . C a s i t o d o l o h a l l ó e n las e d i c i o n e s de

A n a c r e o n t e q u e p o s e í a 3 1 . N o se c o n t e n t ó , s i n e m b a r g o , c o n u n a e d i ­

c i ó n ú n i c a : e s t u d i ó v a r i o s e j e m p l a r e s y e x t r a j o de c a d a u n o de e l los ,

d i s l o c a n d o e l o r d e n y a p r o v e c h a n d o hasta deta l les m í n i m o s , t o d o l o

q u e p o d í a a d o r n a r s u Anacreón.

L A T R A D U C C I Ó N D E Q U E V E D O Y L A S

T R A D U C C I O N E S L A T I N A S A N T E R I O R E S

E l Q u e v e d o e r u d i t o e x p l o t ó , c o m o h e m o s v i s t o , los recursos q u e

le p r o p o r c i o n a b a n las e d i c i o n e s "s te fanienses" . ¿Hasta q u é p u n t o

u t i l i z ó t a m b i é n e l ' ' h e l e n i s t a " las t r a d u c c i o n e s la t inas? U n t r i p l e

c o t e j o 3 2 d e l t e x t o e s p a ñ o l c o n e l g r i e g o p o r u n l a d o , y c o n e l l a t i n o

p o r o t r o , p e r m i t e contes tar esta p r e g u n t a .

L a v e r s i ó n e s p a ñ o l a está, e n s u c o n j u n t o , bastante a l e j a d a d e l m o ­

d e l o g r i e g o ; Q u e v e d o h a a b r e v i a d o o d e s a r r o l l a d o c i e r t o s temas poé­

t icos q u e e n l a c o l e c c i ó n a n a c r e ó n t i c a se p r e s e n t a n de m a n e r a d i fe ­

r e n t e ; h a i n v e n t a d o otros , q u e n o se h a l l a n e n e l o r i g i n a l ; e n s u m a ,

h a p r o c e d i d o e n s u paráfrasis c o n n o t a b l e l i b e r t a d . P e r o n o todas

las m o d i f i c a c i o n e s s o n d e s u cosecha; a l g u n a s d i s c r e p a n c i a s q u e ale­

j a n e l Anacreón de s u m o d e l o g r i e g o p r o c e d e n de las t r a d u c c i o n e s

l a t i n a s 3 3 .

e n S E R R A N O Y S A N Z ; e n R U M E U DE A R M A S se lee "1786" e n l a p . 214, y "1780" en

l a p . 223), es a veces i n j u s t o ; p o r e j e m p l o , Flórez Canseco d e c l a r a que , a pesar

de l o q u e a f i r m a l a D e d i c a t o r i a , n o existe c o m e n t a r i o a l g u n o , " n i copioso n i

escaso", y q u e n o hay señales de q u e se h a y a n c o n s u l t a d o var ias edic iones o

escogido entre di ferentes lecciones. E l profesor R u m e a u nos sugiere q u e e l texto

somet ido a l a censura e n 1786 p u d o d i f e r i r d e l que i m p r i m i ó S a n c h a en 1794. 3 1 H a y q u e reconocer q u e Q u e v e d o pocas veces o c u l t a , e n e l Anacreón, las

fuentes a q u e h a r e c u r r i d o . H o n r a d a m e n t e m e n c i o n a a sus predecesores la t inos ,

y e n g e n e r a l señala a los autores a quienes c o p i a . Es , hasta c ierto p u n t o , exacta

su dec laración de q u e él n o hace " v o l u m e n de ajenos trabajos, c o m o los que

h a c e n ostentación p r o p i a l o q u e tras ladan de otros" ( c o m e n t a r i o de l a o d a

X I I I , p . 445a). 3 2 F lórez Canseco, p r i m e r censor d e l Anacreón, esboza u n cotejo p a r c i a l ,

señalando las modi f i cac iones impuestas p o r Q u e v e d o a l texto gr iego, e n las odas

I I a V I I I y e n l a X X I I . Sus observaciones p u e d e n repart i rse e n dos grupos:

a lgunas se ref ieren a i n e x a c t i t u d e s l ingüísticas, y otras a ad ic iones poéticas. L a s

p r i m e r a s p e c a n casi s iempre de i n c o m p l e t a s p o r n o h a b e r t o m a d o bastante en

c u e n t a e l texto l a t i n o ; r e p r o c h a n , p o r l o tanto , a l Anacreón errores q u e éste

n o h a h e c h o s ino r e p r o d u c i r , c o p i a n d o e l lat ín. S i n embargo , e n los casos en

q u e Q u e v e d o comete errores personales, son exactas las notas de Canseco, según

iré i n d i c a n d o e n los lugares correspondientes . 3 3 Según e l caso, Q u e v e d o sigue a E s t i e n n e o a A n d r é . C u a n d o p a r a u n a

J N K J b H , X I V Q U E V E D O H E L E N I S T A 63

E s caracter íst ica l a m a n e r a c o m o t r a t a Q u e v e d o los n o m b r e s g r i e ­

gos d e dioses o de l o c a l i d a d e s ; e n l a t r a d u c c i ó n l a t i n a figuran éstos

casi s i e m p r e , c o m o es n a t u r a l , b a j o s u f o r m a l a t i n a c o r r e s p o n d i e n t e ,

o b a j o o t r a f o r m a g r i e g a l a t i n i z a d a ; Q u e v e d o a d o p t a g e n e r a l m e n t e

l a l e c c i ó n d e l t e x t o l a t i n o ; e n s u v e r s i ó n , c o m o e n las de E s t i e n n e y

A n d r é , e l "Epws g r i e g o n o es Eros, s i n o Amor o Cupido; d e l m i s m o

m o d o a d o p t a l a l a t i n i z a c i ó n de otras d e n o m i n a c i o n e s 3 4 :

I I I , 2 ''Apuros ('la constelación de A r t u r o ' ) — E : U r s a ; Q : Osa. ¡| V , 11 Aevwo-e ( 'Dioniso') — E : Lyaee; Q : L y e o . || X I I I , 6 $oí/3ov — A : A p o l l i n i s ; Q : A p o l o . || X V I , 2 ®pvy(ov ('de los frigios') — A : T r o i a n a ; Q : de T r o y a . || X V I I , 2 " H i e r r e - E : V u l c a n e ; Q : V u l -cano. || X V I I , 8 "A/¿a£as ('la constelación de l Carro ' ) — E : P l a u s t r a ; Q : P laustro . || X V I I I , 11 Ba* X ov - A : L y a e u m ; Q : L y e o . || X I X , 5 TJXLOV — E : P h o e b u m ; Q : P h e b o . || X X , 1 ^ TavrdXov ('la [hija] de Tánta lo ' ) - E : N i o b e ; Q : N í o b e . || X X I X , 14 "Aprjo* - E : M a r ­te; Q : M a r t e . || X X I X , 37 líair^v ( 'la [diosa] de Pafos') - E : amores; Q : amores. || X X X , 2 Zevs — E : Júpiter; Q : Júpiter. || X X X I X , 20 KvVptv — A : V e n e r e m ; Q : V e n u s . || X L I , 2 B¿KXOV —

A : B r o m i u m ; Q : B r o m i o . || X L I I , 1 Aiovvaov — A : B r o m i o ; Q : B r o m i o .

M á s r e v e l a d o r e s a ú n s o n los casos e n q u e l a i n t e r p r e t a c i ó n de

Q u e v e d o c o i n c i d e c o n l a de E s t i e n n e y de A n d r é , c u a n d o e l t r a ­

d u c t o r e s p a ñ o l h u b i e r a p o d i d o e v i t a r a m p l i f i c a c i o n e s superf luas ,

c o n s e r v a r l a s i n t a x i s d e l o r i g i n a l y e l e g i r e x p r e s i o n e s d i ferentes . E n

p r i m e r l u g a r , s o n m u c h a s las a m p l i f i c a c i o n e s q u e p a s a n de l a v e r s i ó n

l a t i n a a l a c a s t e l l a n a :

I I , 2 Ó7rÁas; — A : úngulas firmas; Q : cascos fuertes. | | T I I , 27 ravveí — E : súbito tendit ; Q : y al momento l a d o b l a . || V , 1 rb póSov ró T<av sEp(f)T(tiv — E : rosam dicatam A m o r i b u s ; Q : l a rosa dedicada a los Amores . || V I I , 1 ¡xe — A : morantem [me]; Q : v i e n d o que pe­rezoso [yo]. || X I , 8 TOVTO 83 olSa — E : certe scio; Q : tengo por cierto. || X I I , 6-7 wsr 6 T-npevs... e/c ept co ('te l a cortaré como Tereo') — E : T e r e u s fecisse fertur; Q : c u a l dicen te l a cortó T e r e o . || X I I I , 10 rov ¡jivpov Kopeo-Oek ( 'hartado de perfume') — A : n a r d i fragantis satur; Q : de l a fragancia de l n a r d o . || X I V , 1 OiXu OCXOÍ fakrjvaL — E : l ibet , l i b e t jara amare; Q : ya me he resuelto en amar. || X I V , 9 ¿Veos

'AxiAAev? — E : ut olim A c h u l e s ; Q : como, en un tiempo A c h u l e s .

o d a gr iega existen t raducc iones de ambos, escoge u n a u o t r a , de pre ferenc ia

l a de E s t i e n n e . Y u t i l i z a l a de A n d r é c u a n d o n o d i s p o n e más q u e de e l la , pues

E s t i e n n e sólo t radujo estas 31 odas: I -V, I X , X I , X I I , X I V - X V I I , X I X , X X ,

X X I I I , X X V I , X X V I I I , X X I X , X X X I , X X X I I I - X X X V , X X X V I I , X L , X L I I I -

X L V I I , L i l i , L V . 3 4 P a r a este cotejo u t i l i z a m o s e l texto gr iego t a l c o m o figura e n las ediciones

de E s t i e n n e ; las letras E y A d e s i g n a n respect ivamente l a traducción l a t i n a d e

E s t i e n n e y l a de A n d r é (estas t raducc iones n o ofrecen c a m b i o s e n t r e u n a edic ión

y o tra) ; l a l e t r a Q des igna e l texto de Q u e v e d o e n \Ob, 3, p p . 433-462.

64 S Y L V I A BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

|| X V , 12 Kol irlve — A : bibas oportet; Q : importa que bebamos. ¡|

X V I , 7 arparos--, ¿ir3 o ^ á r a v ¡xe fiáWuv ( 'un ejército que desde

unos ojos me ataca') — E : agmen d o m i n a e insidens ocell is; Q : u n ejército que aloja en los dos ojos de m i dueño. || X V I I I , 7 ró. . . TOJV reXerojv ('el r i t o de las ceremonias religiosas') — A : nefarium

sacrorum r i t u m ; O : e l r i t o de los nefarios sacrificios. || X V I I I , 19 &ot/3os — A : venustus Phoebus; O : Phebo hermoso. |j X X I I , 8 rU — A : quis viator; Q : caminante . || X X V I I , 9 3k<f>poUra — A : alma C y p r i s ; O : V e n u s santa. || X X V I I I , 29 o-róXtaov ('vístela') — E : ad ultimum i n d u a t u r ; O : al fin vestirás. || X X I X , 10 ¡JATÍOTTOV — E :

teneram f rontem; O : frente tierna. || X X X I , 15 ¡mr ádiríBos — E : septemplicemque p a r m a m ; Q : e l escudo de siete orbes finísimos

labrado. || X X X I X , 2 0 K w p i v — A : V e n e r e m jocosam; Q : la bur­

lona Venus. || X L , 13 nova — E : tantum facit d o l o r e m ; O : puede dar d o l o r tan grande. || X L I , 2 B¿KXOV — A : B r o m i u m patrem; O : B r o m i o padre. || L I I , 23 fiera yap v¿o)v — A : petulante c u m j u v e n t a ;

Q : con la mocedad discreta (sic).

Q u e v e d o r e p i t e a veces u n verso e n t e r o i n v e n t a d o p o r e l t r a d u c ­

t o r l a t i n o s i n n i n g ú n f u n d a m e n t o e n e l t e x t o g r i e g o :

X I I , entre los vs. 9 y 10, E : meas strepens ad aures; O : mis orejas a porfía / hieres.

A s í t a m b i é n , las o m i s i o n e s de l a v e r s i ó n c a s t e l l a n a c o i n c i d e n c o n

las d e l l a t í n :

X X X I , 5 XevKOTrovs 'Opéo-T-ns ('Orestes, e l de los pies blancos') — E : Orestes; O : Orestes. || X X X I I , 21 K ^ T T ? ? TTJ? airavr kxovtrq* ( 'Greta,

l a que lo tiene todo') — A : Cretae; Q : Creta .

A los a n t e r i o r e s e j e m p l o s se agregan a q u e l l o s e n q u e Q u e v e d o

i m i t a l a i n t e r p r e t a c i ó n l a t i n a , a veces n o m u y fiel, c u a n d o h u b i e r a

p o d i d o escoger l a s u y a p r o p i a :

I I I , 5 KÓTTÍÚ ha¡xívra ( 'domado p o r l a fatiga') — E : fessuní labore; Q : cansados del trabajo. || I I I , 11 ^ ^o/S-rjo-at — E : m e t u m pone; Q : deja e l m i e d o que tienes. || I I I , 15 ¿va, Xvxvov axj/as ( 'colgando m i farol ') E : accendo l u m e n ; Q : encendí luz. || I V , 8 ploros ('vida') — E : setas; Q : edad. || V , 6 ^ipiarov avdos ('la mejor de las flores') — E : h o n o r decusque florum; O : gala y h o n r a de los prados. || V I , 16 /xeVacn ( 'toman parte') — A : p r o p e r a n t videre; O : v ienen a ver. || V I I I , 14 náXiv rjOeXov KaOevoeiv ('quise d o r m i r otra vez') — A : repeto n u p e r soporem; Q : y así p a r a cobrarle volví a l sueño. || X I I , 1 Tí aoi OéXets TTOÍ7]O-(Ú ('¿qué quieres que te haga?') — E : q u i b u s te plectaní poenis; O : de qué ma ne ra castigarte. || X I V , 12 efavyov ('huí') — E : vertebam at ipse terga; O : h u i r las espaldas vueltas. || X V I , 1 ra ®r¡f3r¡^ — E : T h e -b a n a b e l l a ; O : guerras de T h e b a s . || X X , 4 Traís iror opvis í-n-rn TLavhíovos ('la h i j a de Panchón voló hecha ave') — E : fertur novis volasse pennis; Q : v o l a b a con p l u m a s nuevas. || X X I , 9 encenago) ('resguardo') — A : condo; Q : tengo escondidos. || X X I I I , 1-2 ' O UXOVTOS etye xpvo~°v / ró £r¡v fiporol*; irapelxtv ('si P lutO, a cambio de

NRFH, XIV Q U E V E D O H E L E N I S T A 65

oro, otorgase v i d a a los mortales') — E : si prorogare v i t a m vis u l l a a u r i possit; Q : si grande copia de oro p u d i e r a alargar l a v ida . || X X V I I , 4 fLeOvSoras Cqne d a vino') — A : d u l c i rigans l i q u o r e ; Q : regala con dulce h u m o r . || X X V I I I , 15-17 [se trata de u n rostro representado p o r u n artista] éxiTb>... / T6 kekrjOÓTM o~vvo<¡>pvv / pke-<f)¿p(úv ITVV K€\aivr¡v ('que tenga el arco de las cejas secretamente u n i d o ' ) — E : sed junge sic ut anceps d i v o r t i u m r e l i n q u a s ; Q : que esté dudoso el d i v o r c i o . || X X I X , 6-7 ékevBipovs . . . ara/era ( l i ­b r e s . . . , s in orden') — E : i n o r d i n a t o s . . . lege n u l l a ; Q : desorde­nados. . . s in ley. || X X X I I , 11 6ptm0ovs ( 'hilera') — A : agmen; Q : escuadrón. || X X X I I , 27 '¿puras — A : calores; Q : calores. || X X X I I I , 18-19, o v 7aP o~$evo) Toaovrovs I "E/owras- ÍKfior¡o~ai ('no tengo fuerzas p a r a contar tantos amores') — E : j a m tot u n a l i n g u a / n o n possit expl icare; Q : u n a lengua n o basta / p a r a contar t a n abundante casta. || X X X I V , 3 crol 7ráp€o-Tw I avOos ¿K/xatov ( t ú estás en la flor de l a lozanía') — E : q u o d t i b i color sit / rosas p r i o r colore; Q : p o r q u e venzan tus flores a las flores. || X X X I V , 5 ('no rechaces') — E : neo spernas; Q : n i desprecies. || X X X V , 6 TVJV

Oákao-o-av eirkevde ('cruzó e l mar') — E : et sc indi t úngula undas; Q : cortando con las uñas las olas. || X L I , 15 T ó . . . 7ro/m kafioypev ('coja­mos el fruto') — A : oneremur ergo v i n o ; Q : carguémonos, pues, de v i n o . || X L I I , 17 fííov r¡vvxov ^ípoifit ('¡ojalá v i v a u n a v i d a tran­qui la ! ' ) — A : juvat o t i u m et quies; Q : q u i e t u d m e a l i m e n t a y ocio. II X L V I , 3"4 xa^e7r(*)T€P0V ^ TTÚVTÜÍV I á7roTvyxáv£w <f>tkovvTa ('nada es más penoso que fracasar p a r a e l amante') — E : d u r i s s i m a o m n i u m res amare nec p o t i r i ; Q : amor s in posesión es desgracia. || X L V I , 11 Sea TOVTOV OV roKrjes ('por su causa no hay hijos') — E : s p e r n u n t u r h i n c parentes; Q : n i se respetan los padres. || X L V I I I , 6 viro (Tüifypovos o\ kvo-aws ('bajo e l efecto de u n t e m p l a d o frenesí') — A : rabie furens honesta; Q : con descompostura honesta. || L I I , 23 fiera yap vewv — A : c u m juventa ; Q : c o n l a mocedad. || L I I , 24 araKra iraí^ei ('juega juegos desordenados') — A : i t a l u d i t insolenter; Q : es provechosa insolencia .

M á s c o n v i n c e n t e s a ú n s o n los g i r o s s intáct icos q u e Q u e v e d o i n ­

t r o d u c e e n s u Anacreón r e p i t i e n d o los de l a v e r s i ó n l a t i n a c u a n d o

éstos se a p a r t a n de l a c o n s t r u c c i ó n l i t e r a l de l a frase g r i e g a :

I I I , 6-7 TOT "Epco? é7no-ra0eU fiev / Ovpéwv eKoirr* o^a? ('entonces, lle­gando Eros , toca a m i s puertas') — E : s u p e r v e n i t . . . et pulsat; Q : l legó y toca. || V , 12-15 w-apa o-oU O-WKOU... xopeww ('cerca de tu santuario danzaré') — E : templis tuis ut ads lem; Q : porque e n t u t e m p l o asista. || V I I , 11 av yap ov ovvr¡ <¡>ikf¡o-aL ('en efecto, n o sa­bes amar') — A : quia n o n vales amare; Q : porque n o eres amante. || V I I I , 11 lOékovra Se <f>tkrjo-aL ( 'queriendo besarlas') — A : volui sua-v i a r i ; Q : quise besar. || X I I , 9 viropOpíaio-i [ xovat?] ( 'con [voces] ma­tutinas') — E : ante lucem; Q : antes que se abra e l día. || X I I , 10 a<t>r¡p7ráa-<i<s ( 'arrebatando') — E : rapis; Q : arrebatas. |¡ X X X I I I , 18 ov o-Oévo) — E : ut u n a l i n g u a n o n possit; Q : de tanto. . ., que u n a lengua n o b a s t a . . .

66 S Y L V I A BÉNICHOU-ROUBAUD NRFH, XIV

Q u e v e d o suele apegarse a l a v e r s i ó n l a t i n a hasta e n las i n e x a c ­

t i t u d e s de v o c a b u l a r i o o de s e n t i d o g e n e r a l . L o s e j e m p l o s s o n fre­

c u e n t í s i m o s :

I, 1-2 Aeyetv... aSeiv — E : cantem.. . cantem; Q : cantar. .. cantar.

|| I, 4 y 12 r¡x€t. . . aBet — E : s o n a n t . . . sonabat; Q : s u e n a . . .

suena. || II, i ravpo^ — A: juvencis; Q : novillos. || II, 3 7roSo)K¿r)v ( 'agilidad') — A : pedes; Q : pies. || III, 20-21 7ra\áfxaL(Ti et/oa? avrov / áv¿6a\7íov ( 'calentaba sus manos c o n m i s palmas') — E : manibus manus foveo; Q : y con mis propias manos l impié sus manos. || I V ,

2 eVl Priváis Te Tróats ('sobre u n a p r a d e r a de lotos') — E : superque

vírente loto; Q : sobre verde loto. || V , 5 yeXwvres ('riendo') — E :

jocemus; Q : juguemos. || V I I I , 2 a\nrop<t>vpoiari rá^cu ('sobre u n a

a l f o m b r a carmesí') — A : Tyrio i n tapete; Q : sobre u n tapete que de Tyro vino. || I X , 17 <j>r)<yív — E : pollicetur; Q : prométeme; || I X ,

32 cnry/caAifyío ('yo oculto') — E : obumbro; Q : le suelo /zacer som­bra. || X I I I , 2 yjfxíOvXvv ( 'mitad mujer ') — A : gallus ('castrado'); Q :

capón. || X I V , 7 fx eXvaev — E : resolvit artus; Q : desatando mis miembros. || X V , 13 Kal o-7reV8e rw Avato) ('y b r i n d a en h o n o r de

L i e o ' ) — A : l ibans voces L y a e o ( 'br indando e n h o n o r de L i e o , llá­

malo ' ) ; Q : que a B a c o e n b r i n d i s llamemos. || X V I , 1 Aeyet? ra ©rjfívs — E : T h e b a n a b e l l a cantas; Q : guerras de Thebas cantas. || X V I I I , 9 lo-TÓprjfxa (sentido i n c i e r t o : ' p r o b l e m a ' , 'relato') — A :

imago; Q : imagen. || X V I I I , 16 a/^reAov eweraAov ('la v i d frondo­

sa') — A : v i t is sacra; Q : v i d sagrada. || X X , 2 $pvyG>v lv 6x0ai<> ('en

escarpadas riberas de F r i g i a ' ) — E : ad fluenta Troia; Q : junto a los ríos de Troya. || X X I , 1 yWat/ces — A : puellce; Q : muchachas. || X X I , 2 A ó r e . . . Bpo¡xíov ineiv ( 'dadme a beber B r o m i o ' ) — A :

d a t e . . . cyathum; Q : d a d m e un vaso. || X X I I , 2 KaXbv.. . 8evS/oov —

A : a r b o r e m virentem; Q : árbol verde. \\ X X I I I , 10 Oaveív el TríirpuTai

('si queda determinado que yo muera') — E : si certa m o r t i me fata destinarunt; Q : si los ciertos hados. . . me tienen destinado ya a la

muerte. || X X I I I , 13 TTÍOVTL h3 olvov ( 'bebiendo v ino ' ) — E : mero

v o l ó madere; Q : mojado con el v i n o . || X X V I I , 2 ó Xvo~í<t>p(úv Auato?

( 'Lieo, e l que aleja los cuidados') — A : Líber pater, Lyaeus; Q :

Libero padre y L y e o . || X X V I I I , 3 Koípave ( 'príncipe') — E : magis-ter; Q : maestro. \\ X X I X , 39 [hablando d e l arte imperfecto de l

p i n t o r ] ¿Ve y}} ra víora 8cí£at / Svvaaat ('ya q u e n o puedes mostrar

sus espaldas') — E : daré quae vetat v i d e n d a ; Q : que nos las mues­

tres te veda. \\ X X X V I , 7 irm&iv ( 'divertirse') — A : ridere; Q : ría.

|| X X X I X , 6-7 ¡jiépipivaí I woXvcfipóvTLhes re povXaí ('los cuidados y los

pensares inquietos ' ) — A : molesta cura. . . operosa c o n s i l i i vis; Q :

los cuidados más molestos / y su fuerza trabajosa.

D e c i s i v o , e n fin, es e l h e c h o de q u e Q u e v e d o acepte s i n v a c i l a r

c i e r t o s errores e i n e x a c t i t u d e s de las v e r s i o n e s l a t i n a s , o se deje

e n g a ñ a r p o r sus a m b i g ü e d a d e s :

(1) III, 24-26 [en e l m o m e n t o en que Eros , empapado p o r l a l l u v i a ,

se p r e p a r a a her i r a l poeta, que le h a dado albergue] cfrepe,

N R F H , XIV QUEVEDO H E L E N I S T A 67

<f>r}(JLv, TT€ipáo~(i)fxev / T O S C ro¿ov d TI fxoi vvv ¡ /3Xá/3eTaL ppax^era vevprj

(Vamos, d i jo , probemos este arco p a r a ver s i e l nerv io , enco­

gido, se me h a estropeado'); E : probemus, i n q u i t , a r c u m an

Icesus imbre n e r v u s . . . ; Q : probemos, d i jo , e l arco, p o r si l a

cuerda, floja, mojada... [ E l fipaxeíva fue interpretado correc­

tamente p o r Est ienne e n el sentido de 'encogido p o r l a l l u v i a ' ,

si b i e n su traducción Tcesus i m b r e ' es imprecisa: Quevedo, a su

vez, interpretó ICESUS 'aflojado', l o c u a l habría sido i m p o s i b l e si

se h u b i e r a f i jado en el fipaxáva o r i g i n a l ] .

(2) X X I I , 1-2 LTapa rr¡v aKtrjv BaOvXXov ¡ KaBiaov KaXbv ró Sevopov ( 'A

la sombra de B a t i l o siéntate; hermoso es el árbo l ' ) 3 5 ; A : agedum

B a t h y l l i a d u m b r a m slatue arborem virentem; Q : A l a sombra

de B a t y l o / pon, p i n t o r , un árbol verde™. (3) X L I , 6 B¿KXOV. . . TOV epw/xevov TLv6i\pr)s ('Baco, e l que es amado

p o r Citere ') ; A : B r o m i o calet Cytherea; Q : y con B r o m i o Ci terea

/ da nueva vida a su cuerpo. [ E n este caso, e l latín es traduc­

ción correcta de l griego; pero Quevedo n o entendió el calet ('arde de amor') , y t o m a n d o Bromio ( = 'Baco') e n e l sentido

de 'v ino ' , interpretó: 'se cal ienta con v i n o ' , l o c u a l demuestra

evidentemente que n o se fijó en e l ípápevov griego, q u e excluye

toda ambigüedad].

(4) X L V I , 9 irpwros... 6 TOV apyvpov </>tA?j(ra<? ('el p r i m e r o que amó la

plata ') ; E : q u i p r i m u s a u t h o r a u r i ; Q : [el] p r i m e r o / q u e a su

estimación d i o causa 3 7 .

(5) X L I X , 3-4 (f>iXoirmypLove<s Se Ba/cyat / €Tepo7rv¿ovs ivavXovs [estos ver­

sos, de sentido y sintaxis m u y oscuros, se consideran interpola-

8 6 T e x t o y sent ido inc ier tos ; doy l a interpretac ión más genera lmente a d m i ­

t i d a . L o interesante e n este caso es q u e Q u e v e d o sigue exactamente e l la t ín de

A n d r é . 3 6 E n su censura (loe. cit.), F lórez Canseco v i t u p e r a este error : " L a traduc­

ción l a t i n a n o p u e d e servir de d i s c u l p a , pues es de b u l t o l a i n c o n s e c u e n c i a de

p o n e r a l a s o m b r a d e l j o v e n B a t i l o u n árbol v e r d e " . T i e n e razón e l b u e n

catedrát ico; este e j e m p l o m u e s t r a , de m a n e r a d e f i n i t i v a , c o n q u é p o c o d iscerni ­

m i e n t o aceptaba Q u e v e d o los mayores disparates d e l a versión l a t i n a . — A

p r o p ó s i t o de este error , debemos señalar e l art ículo de H A N S F . F R A N K E L , " P O -

etry a n d p a i n t i n g : Chínese a n d W e s t e r n views of t h e i r c o n v e r t i b i l i t y " , GL, 9

(1957), 289-307. E n efecto, F r a n k e l n o t a e n Q u e v e d o l a introducc ión d e l " p i n ­

t o r " q u e n o figura e n l a o d a griega, y saca de e l lo conclus iones sobre las

relac iones de l a poesía b a r r o c a c o n l a p i n t u r a ; l a adición d e l p i n t o r t iene, según

él, u n sent ido p r o f u n d o , y refleja e l interés de a lgunos poetas d e l siglo x v n

p o r l a p i n t u r a , e levada a u n r a n g o i g u a l a l de l a poesía. Y o creo, e n r e a l i d a d ,

q u e l a apar ic ión d e l " p i n t o r " t iene su o r i g e n en el t í tulo d a d o p o r e l t r a d u c t o r

l a t i n o a esta o d a : " I n effigiem B a t h y l l i " y q u e e l concepto d e p i n t u r a n o es

p r o p i o de Q u e v e d o . E l art ículo de F r a n k e l m e fue señalado p o r d o n R a i m u n d o

L i d a ; a p r o v e c h o esta o p o r t u n i d a d p a r a agradecer a l profesor L i d a los consejos

q u e m e d i o en l a t e m p o r a d a q u e pasé e n H a r v a r d , y l a gent i leza c o n q u e me

faci l i tó e l uso de l a W i d e n e r L i b r a r y . 3 7 Este g i r o , a u n q u e p r ó x i m o a l a traducción l a t i n a , quizá se i n s p i r e a ú n más

d i r e c t a m e n t e e n l a versión de B e l l e a u , q u e dice : "et q u i F e s t i m a le p r e m i e r " .

E x c e p t o e n este caso, n o me h a n p a r e c i d o m u y semejantes e l A n a c r e o n t e de

Q u e v e d o y e l de B e l l e a u .

68 S Y L V I A BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

dos; corresponden a ellos, en A , los cuatro siguientes]: Berecyn-

thiasque vento / m i n i m e suo sonantes / age tibias jocosis / pe-

ni tus r e l i n q u e Bacchis ('deja de l todo a las bacantes festivas las

flautas frigias que suenan con v iento ajeno'); Q : oye, mas no

con su v iento / sonar las suaves cuerdas, / y deja a Baco sus

flautas, [ E l hecho de que Quevedo d i v i d a en dos l a frase única

d e l lat ín se puede e x p l i c a r p o r u n a errata de l a edición " p i n -

dárica", que trae u n p u n t o después de sonantes].

D e este cotejo se d e s p r e n d e n , pues, c o n c l u s i o n e s i n d u d a b l e s e n

c u a n t o a l a u t i l i z a c i ó n , p o r Q u e v e d o , de las a d a p t a c i o n e s de E s t i e n -

n e y de A n d r é 3 8 . N o parece e x a g e r a d o d e c i r q u e e l Anacreón caste­llano es, e n s u m a y o r p a r t e , t r a d u c c i ó n de t r a d u c c i ó n , v e r s i ó n espa­

ñ o l a de u n a v e r s i ó n l a t i n a a n t e r i o r .

¿ C ó m o t o m a r e n ser io , entonces , las d e c l a r a c i o n e s r e i t e r a d a s de

Q u e v e d o de h a b e r c o n s u l t a d o c o n s t a n t e m e n t e e l o r i g i n a l , y s u e m ­

p e ñ o e n d a r l a i m p r e s i ó n de q u e h a t r a d u c i d o d i r e c t a m e n t e , esco­

g i e n d o las m e j o r e s v a r i a n t e s y r e s p e t a n d o c o n m á x i m o e s c r ú p u l o e l

o r i g i n a l ? 3 9 ¿ C ó m o c o n v e n c e r n o s d e l v a l o r y s o l i d e z de s u h e l e n i s m o

a l v e r q u e , s i n a t e n d e r a l t e x t o g r i e g o — a pesar de t e n e r l o a m a n o — ,

casi s i e m p r e se c o n f o r m ó c o n e l e s q u e m a q u e le o f rec ía e l lat ín?

I N I C I A T I V A S P R O P I A S D E Q U E V E D O

H a s t a a h o r a sólo h e s e ñ a l a d o los casos e n q u e Q u e v e d o s igue los

textos l a t i n o s s i n valerse s i q u i e r a d e l o r i g i n a l g r i e g o p a r a e v i t a r

e r r o r e s i m p e r d o n a b l e s . Ser ía m e n o s d u d o s o s u h e l e n i s m o s i p u d i e r a n

c i tarse e j e m p l o s opuestos , q u e d e m u e s t r e n q u e Q u e v e d o se a p o y a a

veces e n e l o r i g i n a l p a r a d e p u r a r e l t e x t o d a d o p o r los t r a d u c t o r e s

l a t i n o s , o q u e p r o p o n e c o r r e c c i o n e s v e r d a d e r a m e n t e e r u d i t a s y o r i ­

g i n a l e s .

P o r desgrac ia , n o s o n m u y fe l ices las i n i c i a t i v a s de Q u e v e d o

3 8 Q u e v e d o n o parece h a b e r u t i l i z a d o , a u n q u e l a m e n c i o n a u n a vez (véase

supra, p . 59), l a t raducción de L u b i n . É s t a es más escrupulosa y l i t e r a l que

las d e E s t i e n n e y de A n d r é ; r a r a vez a m p l i f i c a o glosa; hay, además, numerosas

discrepancias entre e l l a y las de los dos franceses. U n b u e n e j e m p l o es e l de l a

o d a X X I I , v. 1. Y a hemos visto q u e Q u e v e d o , apegándose a A n d r é , t raduce:

" A l a s o m b r a de B a t y l o / p o n , p i n t o r , u n árbol v e r d e " ; e n c a m b i o , L u b i n , q u e

h a p r e f e r i d o o t r a lección d e l verso griego c o n BáflvÁÁe e n vocat ivo , escribe:

" A g e d u m , B a t h y l l e , a d u m b r a m statue a r b o r e m . . . " 8 0 E n c u a n t o a las var iantes , véanse los siguientes c o m e n t a r i o s de Q u e v e d o :

o d a I I I , p . 440&; o d a X X I X , p . 4 5 i b , y o d a X L V I , p . 458^. Sobre e l respeto a l

o r i g i n a l , e l c o m e n t a r i o de l a o d a I X , p . 444a, y e l de l a o d a X L , p . 4556; " Y o

toco r e l i g i o s a m e n t e los or ig ina les , y así n u n c a , a u n q u e le hal lé fa l to , corregí el

v e r s o . . . " E x p r e s i o n e s parecidas usa Q u e v e d o en l a d e d i c a t o r i a d e su traduc­

c ión de S a n F r a n c i s c o de Sales: " Y o c o n desvelo re l ig ioso he s o l i c i t a d o . . . " , y,

s in embargo , R A I M U N D O L I D A (loe. cit.) h a p r o b a d o q u e Q u e v e d o poco o nada

recurrió a l texto francés.

J N K J F l i , X I V Q U E V E D O H E L E N I S T A 69

c u a n d o se a p a r t a d e l m o d e l o l a t i n o . N o só lo n o e l i m i n a n i a t e n ú a

los e r r o r e s d e l la t ín , s i n o q u e los e m p e o r a y les a ñ a d e c o n t r a s e n t i d o s

d e s u p r o p i a cosecha:

(1) I I , 7"9 [^vcrt? e$ü)K€v]. . . TOt<? avopáariv <¡>póvn¡xa, / yvvai&v OVK eV

«xev ('la N a t u r a l e z a d i o a los hombres l a valentía, y a las m u ­jeres ya n o p u d o dársela'); E : N a t u r a . . . p r u d e n t i a m vir is dat / at fceminis n e q u i v i t ; Q : a los hombres d i o esfuerzo y osadía: / que dar a las mujeres no tenía. [Supongo que debe leerse qué dar, l o cua l a l tera el sentido d e l griego; además, esta traducción contradice el verso siguiente d e l m i s m o Quevedo: "y d i o l a s . . . l a h e r m o s u r a " ; Flórez Canseco ya censuró esta fal ta de lógica].

(2) X , 14-15 [el poeta i n v o c a u n a efigie de Eros , hecha de cera]

*EpÜ)S, UV 8* €V6Í(ÚS ¡JL€ / 7TVp(ú(TOV €1 Se (TV / KOLTOL ( AoyÓ? TaKrj(T7¡

('Eros, abrásame a m í a l m o m e n t o , que si n o l o haces, yo te derretiré en las l lamas'); A : at t u s l a t i m , C u p i d o / . . .fac ca-leseam, / n a m , si negabis ipse, / flamma s l a t i m liquesces [tra­ducción exacta]; Q : ardiente fuego sin piedad me abrasa, / y si acaso no hace que mi dueño / . . .por mí se derrita, / yo te prometo que p o r pena a l ciego / le haga yo que se derr i ta a l fuego [sentido completamente desfigurado].

(3) X X X , 1-3 At Movom rbv "Epwra. . . T W KáÁÁet 7rape8o)Kav ('las M u -sas entregaron el A m o r a l a Bel leza ') ; A : . . . d a n t q u e decori ; Q : a Lycor le entregaron. [ Inexpl icablemente , sustituye l a Bel leza alegórica con u n personaje m u y diverso, y comenta: " a L y c o r , p o r q u i e n p u d o / b r a m a r Júpiter sancto". E l error no tiene justificación alguna, a n o ser que e l oído de Quevedo confun­diera e l decori de l a versión l a t i n a con u n Lycori, que suena de manera p a r e c i d a ] 4 0 .

(4) X L I I , 13 o-Tvyecúv pL¿xa<i napoívovs ( 'odiando las riñas de borrachos'); A : fugio execrorque semper / epul is c i ta ta festis / genialibus-que be l la ; Q : las mesas d o n d e e l a d o r n o / da devoción o res­peto, / n i las busco n i las toco.

T a l e s e j e m p l o s p e r m i t e n c o m p r o b a r r e p e t i d a m e n t e q u e Q u e v e d o

m a n e j a b a l a l e n g u a g r i e g a c o n bastante t o r p e z a . E n v e r d a d , n o l a

i g n o r a b a d e l t o d o , p e r o e n n i n g ú n caso nos d e j a v e r e l Anacreón a l h e l e n i s t a e r u d i t o y f u l g u r a n t e q u e nos p i n t a n sus panegir i s tas .

E l ú l t i m o y m a y o r a r g u m e n t o i n v o c a d o p o r éstos es e l h e c h o de

q u e Q u e v e d o d i s c u t e a q u í y a l l í e l t e x t o e s t a b l e c i d o p o r E s t i e n n e ,

4 0 E n l a l is ta de errores cometidos p o r Q u e v e d o n o i n c l u i m o s e l que figura e n l a o d a X X X I . L o s versos 10-12 d e l gr iego d i c e n : 'Hpa/cA^.. • KXOVWV (j>ap¿rp-nv I KOÍ TO¿OV 3I<¡>LTeiov ( 'Heracles e s g r i m i e n d o l a a l j a b a y e l arco if iteo' , es decir , las armas d e íf i to, m u e r t o y despojado p o r H e r a c l e s ) . E n todas las ediciones (Oh, Bibl ióf i los andaluces, ObV) e l texto caste l lano c o n t i e n e u n e r r o r grosero: " H é r c u l e s c o n e l arco, y Phiteo c o n l a a l j a b a " . Sospecho q u e se trata de u n a l e c t u r a i n e x a c t a d e l m a n u s c r i t o d e l Anacreón p o r los impresores, o de u n a erra­ta d e l amanuense de Q u e v e d o .

7o SYLVIA BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

o s u t r a d u c c i ó n l a t i n a 4 1 . E n r e a l i d a d , Q u e v e d o d e s l u m h r a a sus lec­

tores c o n m u y p o c o gasto; sus r e f u t a c i o n e s d e E s t i e n n e n o r e v e l a n ,

e n efecto, l a a u t o r i d a d i n d i s c u t i b l e q u e se les h a c o n c e d i d o .

(1) E n su comentario de l a o d a I I , Q u e v e d o no acepta l a interpre­tación que da Est ienne de l a p l a b r a <j>póvn(xa, y en vez de pru-dentiam, prefiere esfuerzo y osadía. Esta preferencia, s i n em­bargo, n o se basa e n observaciones propias: es el p r o p i o Est ienne q u i e n en sus notas reconoce que <¡>p¿vr¡im tiene otro sentido: 'fe­r o c i d a d y grandeza de ánimo' (y esta nota de Est ienne fue tra­d u c i d a p o r Quevedo, p. 4386); además, Quevedo confiesa que h a seguido a A n d r é , q u i e n tradujo audacíam ( "Yo volv í es­fuerzo y osadía: así H e l i a A n d r e a en lat ín", p. 439^); p o r úl­t imo, l a argumentación de Quevedo n o es de índole lingüística, s ino l i terar ia , f u n d a d a e n l a a u t o r i d a d de Cicerón, Estrabón, H o m e r o e Isócrates. E n cuanto a los equivalentes griegos de 'prudencia ' insertos a l final de l comentario , e l p r i m e r o , $p¿vn<Ti$, figura en las notas de Est ienne ("Interpretatus s u m ^póv-nfia p r u -d e n t i a m ut i d e m sit hoc loco q u o d <ppóvr¡o-i<;'), y los demás b i e n p u d o hal lar los Quevedo en u n léxico.

(2) E n sus notas a l a o d a I X , Est ienne proponía corregir e l texto griego, algo difícil , p a r a hacer lo i n t e l i g i b l e ; no se e x p l i c a b a la sintaxis de l a frase rU con, aol fxeXet Se ( l i teralmente, 'quién es, a t i te importa ' ) y, apoyado en u n pasaje análogo de T e ó c r i t o , proponía rí 8' iarí 0-01 ¡líXnjxa, ('¿y a t i qué te importa? ') . Que­vedo, en su comentar io , parece defender l a lección d e l manus­cr i to (sus frases son en verdad m u y oscuras), y traduce "¿Quién eres tú, que te metes en esto?" S i n entrar en l a discusión de este difícil pasaje, se verá que semejante traducción es i m p o s i ­ble, pues se toma p o r segunda persona ("eres") l a tercera per­sona ¿(TTL.

(3) E n el comentar io de l a o d a X X V I I , Quevedo comete u n enor­me despropósito a l t r a d u c i r u n a c i ta de Teócr i to . L a c i ta de Quevedo, en latín ( " V i n u m , o chare puer, d ic i t e t iam veré") ,

responde a l texto g r i e g o 4 2 : «ofvos», ¿ <j>íXc iral, Xíyerai / «/caí

¿Xadea» ('en e l v i n o , q u e r i d o niño, dice e l refrán, está l a ver­d a d ' ; l i tera lmente , 'e l v i n o y l a verdad, según dicen, q u e r i d o niño') . Quevedo, que h a visto e l texto o r i g i n a l , dis loca l a frase y p r o p o n e u n a traducción absurda desde el p u n t o de vista de l a gramática griega: " E l v i n o también dice las verdades / como tú, n iño hermoso" ; su c o m e n t a r i o es igualmente desastroso: " Y o ent iendo así ¿ c¡>íXe iral Xíjerai, p o r q u e aún acá lo decimos: niños y locos d icen las verdades. Y l o hago en e l sentido comparat ivo a l m u c h a c h o . . . "

4 1 Véase D O N A L D G . C A T A N I E N , art . c i t . T a m b i é n E M M A G R E G O R E S , art . c it . ,

r e c u e r d a las notas " e n q u e se d i s c u t e n las i n t e r p r e t a c i o n e s de E s t i e n n e c o n u n

g r a n d o m i n i o de l a m a t e r i a " . é 2 Véase Bucoliques grecs, t. 1 (Théocrite), ed . " L e s B e l l e s L e t t r e s " , París,

1946, I d y l l e X X I X , p . 204, versos 1-2.

N R E H , X I V QUEVEDO HELENISTA 71

(4) E n e l comentar io de l a o d a X X V I I I , discute Quevedo l a tra­ducción de UetOá) ('[diosa de] l a Persuasión'). L o que esto p r u e b a es que v i o e l texto o r i g i n a l , pero no arguye hondos conocimien­tos: Quevedo, después de citar l a traducción de Est ienne, que latinizó HeiQovs en Pithus, y l a de André , que prefirió el apodo l a t i n o de Suada, rechaza las dos y se decide p o r e l término cas­te l lano Persuasión: " P o r esto traduje yo, no l a diosa con nom­bre l a t i n o como H e l i a s A n d r e a , n i con n o m b r e griego como H e n r i c o Stéphano, s ino l o que significa, que es lo que más hace a l in tento de l poeta" .

(5) E n e l comentar io de l a oda X X I X , Q u e v e d o no acepta el texto griego de l a edición stefaniense, algo dif íci l de entender: ¡xéya Se

7rpócr(D7rov ecTTco / TÓ $S 'ASÚVLOOS 7rapr¡X0ov ¡ éXec^ávrtvos r/aa^Aos. Si­se acepta l a conjetura de Estienne (que se sobreentienda eo-rw en e l tercer verso), e l pasaje significa: 'que su rostro sea ancho (o lv idaba e l de A d o n i s ) , y que su cue l lo sea semejante a l mar­fil'. Q u e v e d o corrige e l segundo verso, inspirándose en u n a n o t a de D a n i e l H e i n s i o 4 3 ; este ú l t imo se asombra de que dos sabios como Est ienne y A n d r é hayan cometido u n doble error, t o m a n d o iraprjXOov como verbo en e l sentido de ' o m i t i r ' , 'o lv i ­dar ' ; p r o p o n e leer -irapiXdov, p a r t i c i p i o n e u t r o a p l i c a d o a Trpóowov, y sugiere e l sentido 'facieque latus esto superansque A d o n i d e a m ' (para e l tercer verso m a n t i e n e l a conjetura de Estienne). Que­vedo dice que adopta l a e n m i e n d a de H e i n s i o , pero demuestra no h a b e r l a e n t e n d i d o de l todo, pues traduce equivocadamente como si e l p a r t i c i p i o neutro se aplicase a l rpáxnXos (masculino) de l tercer verso: " H a z que venza / su cuel lo a l de A d o n i s " .

(6) E n el comentar io de l a oda X L censura también l a lección establecida p o r Est ienne, apoyándose esta vez en u n a corrección de l l i cenc iado R i o ja . E n lugar de wóaov SOKCU irovovaw, / "E/ocas, oo-ovs av /SáÁAei?; ( '¿Cuánto crees que sufren, Eros, aquellos a quienes hieres?'), p r o p o n e leer *EPtú<¡, ¿Ws- o-v fiáXXeis; y tradu­ce: " ¿ C u á n t o mayor [dolor] le darás / tú con las flechas que arrojas?" C r e o que n o es aceptable esa corrección. E l texto es perfectamente correcto y c laro con oaovs acusativo: 'sufren [aquellos] a quienes hieres'. N o sería i m p o s i b l e u n oo-ot? (— TOO-OVTOLS </3e\e<nv> ova) /SáAÁets ('con las flechas que arro­jas'), pero e n ese caso habría que entender irovovcnv s i n sujeto. L a e n m i e n d a , inúti l p a r a e l sentido, es m u y d i s c u t i b l e desde el p u n t o de vista gramat ica l .

C o m o se ve, n o s o n m u y acertadas las c o r r e c c i o n e s p r o p u e s t a s p o r

Q u e v e d o p a r a e n m e n d a r e l t e x t o g r i e g o , o, c u a n d o l o s o n , n o sólo

e m a n a n de a l g ú n o t r o e r u d i t o , s i n o q u e Q u e v e d o las e c h a a p e r d e r

a veces c o n u n a i n t e r p r e t a c i ó n e r r ó n e a .

4 8 Véase D A N I E L H E I N S I U S , edic ión de Silius Italiens, ex O f f i c i n a P l a n t i n i a n a ,

Academiae L u g d u n i - B a t a v o r u m , 1600, p p . 402-403.

72

C O N C L U S I O N

S Y L V I A BÉNICHOU-ROUBAUD N R F H , X I V

U n e x a m e n d e t e n i d o d e l Anacreón castellano, c o m p a r a d o c o n e l

o r i g i n a l y c o n las t r a d u c c i o n e s l a t i n a s , c o n d u c e a c o n c l u s i o n e s m u y

desfavorables p o r l o q u e se ref iere a l h e l e n i s m o d e Q u e v e d o . R e v e l a

q u e éste u t i l i z ó s i s t e m á t i c a m e n t e , c o n p o c o e s c r ú p u l o y m e n o s dis­

c e r n i m i e n t o , las vers iones de sus predecesores; q u e , p o r o t r a p a r t e ,

sus i n i c i a t i v a s p r o p i a s a b u n d a n e n n u e v o s e r r o r e s ; y q u e n o f u e r o n

m u y fel ices sus i n i c i a t i v a s personales e n e l c a m p o de l a l i n g ü í s t i c a

g r i e g a o de las c o n j e t u r a s e r u d i t a s . Estas m u e s t r a s de i g n o r a n c i a c o n ­

t r a s t a n p e n o s a m e n t e c o n las r e i t e r a d a s a f i r m a c i o n e s q u e hace Q u e ­

v e d o d e h a b e r l e í d o y t e n i d o s i e m p r e a n t e los ojos las odas o r i g i n a l e s .

S i n e m b a r g o , n o d e b e m o s ser d e m a s i a d o severos c o n él . S u jac­

t a n c i a n o es d e l t o d o i n j u s t i f i c a d a : los c o m e n t a r i o s e n q u e t r a t a de

a c l a r a r t a l o c u a l p u n t o o s c u r o d e l p e n s a m i e n t o de A n a c r e o n t e , o

e x p l i c a r c iertas c o s t u m b r e s a n t i g u a s y l e y e n d a s m i t o l ó g i c a s 4 4 , va l ién­

dose de e j e m p l o s sacados de autores d iversos , s o n f r u t o de lecturas

v a r i a d í s i m a s y r e p r e s e n t a n u n t r a b a j o c o n s i d e r a b l e de c o m p i l a c i ó n

e i n v e s t i g a c i ó n .

A d e m á s , a pesar de sus d e c l a r a c i o n e s , n o se le o c u l t a b a n a Q u e ­

v e d o las fa l las d e s u Anacreón. E l h e c h o de q u e l o c a l i f i c a r a de

" p a r á f r a s i " parece i n d i c a r u n deseo de a d e l a n t a r s e a los crít icos q u e

p o d r í a n c e n s u r a r las i n f i d e l i d a d e s de s u t r a b a j o . A n á l o g a m o d e s t i a

ref le ja l a c o n c l u s i ó n : " A c a b é esta paráfras i y notas c o m o p u d e y

s u p e , y n o c o m o q u i s i e r a , y p r o m e t o a g r a d e c i m i e n t o a l q u e p i a d o s o

p e r d o n a r e m i s d e s c u i d o s , y d o c t o e n m e n d a r e los y e r r o s . . . " .

N o seamos i n s e n s i b l e s a este r u e g o , n i a c h a q u e m o s ú n i c a m e n t e a

Q u e v e d o l a r e p u t a c i ó n e x a g e r a d a de q u e goza c o m o h e l e n i s t a . V e r ­

d a d es q u e Q u e v e d o n o l a r e c h a z ó , y hasta se c o m p l a c i ó e n f o m e n ­

t a r l a ; p e r o f u e r o n sus a d m i r a d o r e s y p a n e g i r i s t a s q u i e n e s l a acepta­

r o n y p r o c l a m a r o n ; u n l e c t o r p r u d e n t e a d v i e r t e q u e e l Anacreón, q u e e m p i e z a c o n o r g u l l o s a s a f i r m a c i o n e s de c i e n c i a , a c a b a c o n de­

m o s t r a c i o n e s de h u m i l d a d .

S Y L V I A B É N I C H O U - R O U B A U D

París.

4 4 V é a n s e los siguientes comentar ios d e Q u e v e d o : o d a I, p . 438a; o d a I V ,

p . 44ia6; o d a X , p . 444a; o d a X I I I , p . 445a; o d a X V I I I , p . 4466; oda X I X ,

p . 447b; o d a X X X I I , p . 453a.