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Aula 4 Espectrometria Molecular UV-VIS
Julio C. J. Silva
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Cincias Exatas
Depto. de Qumica
Juiz de For a, 2013
QUI 070 Qumica Analtica V Anlise Instrumental
Espectrometria de Absoro Molecular no Ultravioleta/Visvel
Espectrometria de Absoro Molecular no Ultravioleta/Visvel
Espectrometria de Absoro Molecular no Ultravioleta/Visvel
Espectrometria de Absoro Molecular no Ultravioleta/Visvel
Busca do diagnstico na tentativa de evitar a contaminao
O episdio do isolamento do HIV-1 no Brasil e na Amrica Latina, que culmina com a publicao do
artigo que descreve o trabalho na revista Memrias do Instituto Oswaldo Cruz em 1987, tem incio
dois anos antes, de forma bastante pitoresca. Em 1985, o casal de pesquisadores Hlio e Marguerite
Pereira ela, chefe do Laboratrio de Sade Pblica de Londres; ele, renomado virologista brasileiro
naturalizado ingls forneceu a Bernardo Galvo duas garrafinhas que abrigavam clulas humanas
infectadas pelo vrus da Aids. O material, cedido a Peggy como Marguerite era conhecida pelo
pesquisador norte-americano Robert Gallo, envolvido no isolamento do HIV-1 nos Estados Unidos,
serviu de base para os estudos que levaram ao isolamento do vrus da Aids na Amrica Latina.
Com o material em mos, o primeiro passo dos pesquisadores do IOC foi trabalhar para implantar as
tcnicas necessrias para a identificao sorolgica da infeco causada pelo HIV-1, dando incio ao
processo de desenvolvimento do primeiro kit diagnstico brasileiro, realizado por
imunofluorescncia tcnica que sinaliza, por iluminao ultravioleta, a presena de antgenos
ligados a anticorpos especficos. Quando recebemos as amostras de vrus cedidas por Robert
Gallo, o HIV-1 j havia sido isolado na Frana e nos Estados Unidos. O mais urgente, para ns, era
desenvolver um mtodo de diagnstico que permitisse a confirmao da doena em casos suspeitos,
Galvo ressalta.
Espectrometria de Absoro Molecular no Ultravioleta/Visvel
Regio do espectro 160 780 nm
Medidas de absoro da radiao UV-Vis ampla aplicao na quantificao de espcies inorgnicas e orgnicas
Espectrometria UV-Vis Transmitncia (T), Absorvncia (A), Clulas transparentes, Caminho tico (b)
Concentrao (c) relao linear com A
Transmitncia
Po P
b
c
Quando um feixe de radiao monocromtica atravessa uma soluo contendo uma espcie absorvente, uma parte dessa energia absorvida, enquanto a outra transmitida Transmitncia atenuao sofrida pelo feixe de radiao incidente Absorvncia depende do nmero de centros absorventes (concentrao)
absorbncia:
transmitncia: 100 x %T ou
o o P
P
P
P T = =
log log log P
P
P
P T A o
o
= - = - =
feixe incidente, Po
feixe emergente, P
reflexo espalhamento
Medidas de Transmitncia e Absorbncia
P P
P
P A o
solu
solvente log log o
=
0 %T: realizado na ausncia de radiao, compensar a corrente de escuro
100 %T: compensar absorbncia do solvente
Distribuio Espectral
Transmitncia ou Absorvncia versus
Lei de Lambert-Beer A quantidade de radiao monocromtica absorvida por uma
amostra descrita pela lei de Beer-Bernard-Bouguer-Lambert
Bouguer e Lambert quando a energia absorvida a energia transmitida decresce exponencialmente com o caminho tico.
T = P/Po = 10-kb
LogT = logP/Po = -kb
Beer e Bernard lei similar para a dependncia da T com a concentrao
T = P/Po = 10-kc
LogT = logP/Po = -kc
Lei de Lambert-Beer Combinando as duas equaes:
T = P/Po = 10-abc
LogT = logP/Po = -abc
Como a A = -logT, temos:
A = -LogT
A = - LogT = logP/Po = abc
A concentrao diretamente proporcional a concentrao
A constante a chama de absortividade e dependente do e da natureza do material absorvente
a = coeficiente de absortividade (L g-1 cm-1)
= coeficiente de absortividade molar (L mol-1 cm-1)
Lei de Lambert-Beer
Representao grfica da Lei de Beer, para solues de KMnO4 em l = 545 nm e um caminho ptico de 1 cm.
a) Em %Transmitncia %T versus c b) Em Absorbncia A versus c
Desvios reais: Lei de Beer obedecida para solues diludas (C 0,01 mol L-1) conc. maiores ocorre interao entre as espcies absorventes: - espcies muito prximas - alterao na distribuio de cargas - alterao na capacidade de absoro Solues diludas, com alta concentrao de eletrlito inerte: - interaes eletrostticas - alterao no coeficiente de absortividade molar Coeficiente de absortividade molar varia com o ndice de refrao da soluo (solues coloridas)
Limitaes da Lei de Beer
Desvios aparentes: Causa fsica relacionados as limitaes dos instrumentos:
- Faixa espectral isolada (radiao policromtica) - Radiao estranha (espria) - Instabilidade da fonte - Resposta no linear do detector
Causa qumica -Associaes e dissociaes moleculares - Deslocamento de equilbrios (ex. Cr2O7 e CrO4)
Limitaes da Lei de Beer
desvio qumico: ocorre devido dissociao, reaes com solvente
Desvio da Lei de Beer para soluo no-tamponada de um indicador HIn
HIn H+ + In-
cor 1 cor 2
ponto no qual duas espcies em equilbrio qumico possuem o mesmo coeficiente de absortividade molar
Ponto isosbstico do azul de bromotimol (501 nm):
(A) pH 5,45 (B) pH 6,95 (C) pH 7,50 (D) pH11,60
Ponto Isosbstico
radiao espria geralmente tem comprimento de onda muito
diferente do selecionado no , portanto, absorvida pela soluo
desvio instrumental: efeito da radiao espria
Efeito da largura da fenda
fendas mais estreitas: - melhor resoluo - menor potncia de radiao
vidro de didmio
Display
Ajuste de Zero
Ajuste de 100 %
Seleo de
Compartimento da cubeta
Instrumentos
Fonte de Radiao Espelho colimador
Rede de difrao Detector
Cela de amostra
Instrumentos
Tipos de Instrumentos
Figura Diagrama de blocos de um espectrofotmetro
Todos os espectrofotmetros envolvem alguns componentes bsicos
Uma fonte de energia radiante
Um dispositivo para isolar o de interesse (monocromador)
Um mdulo de recipiente para a amostra
Um detector que converte a energia radiante em sinal eltrico
Um dispositivo para medir a grandeza do sinal eltrico
Fonte de Energia radiante
Deve gerar radiao contnua, estvel na regio do espectro e alta intensidade
Lmpada com filamento de tungstnio 350 a 750 nm (visvel)
Lmpada de tungstnio-iodo (visvel)
Lmpada de descarga de hidrognio (U.V.) 185 a 375 nm
Emissor de Nernst e oglobar (I.V.)
Fonte de Energia radiante
Monocromadores Um monocromador consiste de:
Lentes e espelhos focalizar a radiao
Fendas de entrada e sada restringir radiaes desnecessrios
Elementos de resoluo separar o comprimento de onda de interesse (filtros, prismas, redes de difrao)
Figura - Diagrama de um monocromador
Recipientes para a amostra
Cubetas ou celas cilindricas devem apresentar caractersticas de transparncia, forma e tamanho apropriado
- Plstico: regio visvel
Vidro borossilicato: 380 2000 nm
Quartzo ou slica fundida: regio UV
Detectores
Detector ideal:
Alta sensibilidade
Alta razo sinal/rudo
Resposta constante para ampla faixa de
Resposta rpida
Sinal 0 na ausncia de radiao (dark current)
Detectores Clulas fotovolticas
Clulas fotoeltricas
Tubos fotomultiplicadores:
Registradores Galvanmetros, Multmetro, Microampermetro ou
Registrador
fotmetros: filtro (ou fonte radiao monocromtica)
espectrofotmetros: monocromador (manual ou automtico)
feixe simples: amostra e referncia so alternadas
feixe duplo: compensa variaes da fonte e detector
- mais complexo
multicanal (com arranjo de diodos):
- monocromador fixo
- deteco simultnea
- eletronicamente mais complexo
- radiao policromtica incida na amostra
(mnima fotodecomposio - medida rpida)
Tipos de Instrumentos
Espectrofotmetros Monocanais feixe simples
Espectrofotmetros Monocanais (duplo feixe)
Espectrofotmetros Multicanais (arranjo de fotodiodos)
amostra
fonte
fenda
arranjo de fotodiodos
rede cncava
Aplicaes da Espectroscopia UV-VIS
poucas aplicaes em anlises qualitativas
importante em anlises quantitativas
- compostos orgnicos e inorgnicos
- limite de deteco 10-4 - 10-5 mol L-1
- seletividade moderada a alta
- boas exatido e preciso (1 - 3 %)
Determinao da Concentrao:
curva analtica: Absorbncia x concentrao
mtodo da adio de padro
titulao espectrofotomtrica
minimizar/eliminar o efeito de matriz
adio de quantidades crescentes de padro sobre a amostra
NO melhora o