Author
phamdat
View
271
Download
5
Embed Size (px)
Química de Polímeros
Profa. Dra. Carla Dalmolin
Polímeros em Solução
Polímeros em Solução
Indústria de tintas / vernizes / adesivos
Formulação e controle de qualidade
Baixo custo
Escolha do solvente
Obtenção de soluções estáveis
Sem alteração de viscosidade com o tempo de
estocagem
Processamento
Importância da massa molar média
Uso da solubilização para fracionamento e análise das
cadeias poliméricas
A Cadeia Polimérica em Solução
Conformação de cadeia:
Arranjo geométrico espacial dos átomos que formam a
cadeia
Ocorre através da rotação em torno da ligação C - C
Mesmo com a restrição de manter a
constante o comprimento e o
ângulo de ligação, cadeias
poliméricas podem apresentar
inúmeras conformações diferentes
É a mais estável em solução
O volume hidrodinâmico da cadeia aumenta quanto maior for a
interação entre a cadeia e o solvente
A quantificação do volume hidrodinâmico é feita pela estimativa da
distância entre duas pontas de cadeia
Média quadrática das distâncias entre as pontas de cadeia
Conformação Enrodilhada
21
2rr
Calculado através
de modelos
teóricos
Cadeia Livremente Ligada
Modelo mais simples
Assume que a cadeia é formada por uma sequência de
barras com comprimento fixo (l) ligadas pelas pontas
Movimento Browniano ou “andar de bêbado”
nr 12
1
2
n = número de “passos” com comprimento l
Modelo bidimensional
Não considera interações entre a cadeia
Permite o cruzamento de segmentos da
cadeia, gerando uma conformação mais
fechada que a real
O ângulo de ligação é fixo, aumentando a restrição de
movimento
Aumenta o valor da distância média quadrática
Rotação Tetraédrica Livre
nr 12
1
2
nr 212
1
2
Tetraédrica com Movimento Restrito
Considera efeitos de repulsão
Define-se um ângulo de rotação da cadeia ()
Ângulo que o próximo átomo de C faz com relação ao plano formado
pelos 3 átomos de C anteriores
Distância de ligação (l) = 1,54 Å
Ângulo de ligação () = 109°
Ângilo de rotação () = 0° configuração zig zag planar
= 180 ° configuração fechada
2
1
2
1
2
cos1
cos1
cos1
cos11
nr
Razão Característica e Fator de
Expansão Procedimentos utilizados para avaliar quão próximos à realidade
estão os cálculos da distância média quadrática
Razão Característica
Razão entre a dimensão da cadeia não perturbada (Não solvatada) e a
dimensão da cadeia segundo o modelo de cadeias livremente ligadas
Fator de Expansão
Exprime quanto a distância média quadrática real está distante quando
comparada à condição não solvatada
nl
r
nl
rC
2
2
0
2
21
2
0
Dimensão da cadeia não solvatada
Distância média entre as pontas de cadeia no modelo livremente ligadas
2
1
2
0
2
1
2
r
r
Distância média quadrática real
Distância média quadrática da cadeia não solvatada
Condição
Condição de temperatura em que as cadeias do polímero em
solução com massa molar infinita estão na iminência da
precipitação
Na Temperatura : volume hidrodinâmico mínimo
Acima da Temperatura : solução verdadeiramente estável
Abaixo da Temperatura : precipitação de cadeias poliméricas
Condição instável, onde a cadeia polimérica em solução ocupa o
menor volume hidrodinâmico, estando na iminência da precipitação
θ
r0
Precipitação Solução Verdadeira
T
r
C∞ α
nr 12
1
2 1 2n r0
2( )1
2 r 2( )1
2
Determinada experimentalmente por Turbidimetria
O polímero é dissolvido num solvente pobre, sob aquecimento e
agitação
Após a solubilização a temperatura é diminuída até o início da
precipitação : Ponto de névoa ou Temperatura crítica (Tc)
Condição
Polímero Condição
Solvente Temperatura (°C)
Poli-isobutileno Anisol 105
Benzeno 24
Poliestireno
Ciclohexano 34
Tolueno/metanol 5/9 26,2
Trans-decalina 20,5
Mb
Tc
2111
2 = fração volumétrica do polímero M = massa molar do polímero
Determinação do Ponto
Fracionamento por massa molar
Determinação da massa molar média de cada fração
Cada fração é considerada isomolecular
Determinação da Tc por turbidimetria para cada fração
Mb
Tc
2111
MTc
11
CK o2830110.32,31 3
Exemplo
Determinou-se as temperaturas críticas de uma amostra de PS com
massa molar 8,9.104 em ciclohexano, em várias concentrações
volumétricas, como apresentado na tabela abaixo.
Determinar a temperatura de PS em ciclohexano
Mb
Tc
2111
2
1
cT
CK o7,319,30410.28,31 3
Teoria do Volume Excluído
Uma molécula em solução tende a excluir todas as outras do
volume que ela ocupa
= volume excluído
O volume excluído é uma função da temperatura
Condição : volume excluído é zero
Uma molécula não sente a presença da outra
Par solvente / temperatura
Quando T < : < 0 (volume excluído negativo): colapso da estrutura
novelar e precipitação do polímero
Molécula 1 Molécula 2
0;1
TT
k
1o Estágio: Inchamento
Difusão das moléculas do solvente para dentro da massa polimérica,
formando um gel
2o Estágio: Solubilização
A entrada de mais solvente leva à desintegração do gel e formação de
uma solução verdadeira
Solubilização de um Polímero
Polímero
sólido
Solvente
Gel
Inchado
Solução
Verdadeira
Alta densidade de ligações cruzadas, pouca interação entre o solvente e a
cadeia polimérica, presença de cristalinidade e ligação de hidrogênio
prejudicam a solubilidade.
Semelhança química e estrutural entre o polímero e o
solvente
A solubilidade aumenta com a temperatura
A solubilidade de um polímero de baixa massa molar é
maior que do mesmo polímero com cadeias de alta
massa molar
Polímeros termoplásticos cristalinos apresentam
solubilidade somente a temperaturas próximas à
temperatura de fusão cristalina (Tm)
Solubilização de um Polímero
Energia Coesiva
Energia necessária para remover uma molécula de seu
meio e levá-la para longe da sua vizinhança
Líquidos: relacionada a vaporização
Sólidos: relacionada a sublimação
Polímeros: neste caso, o conceito de separação de uma
cadeia de suas vizinhanças é associado à solubilização do
polímero
3/ cmcalV
HDEC
Densidade de Energia Coesiva
Energia Coesiva
Elastômeros (borrachas)
Cadeias flexíveis, resposta rápida a solicitações mecânicas
Forças intermoleculares fracas: DEC < 81 cal/cm3
Termoplásticos (plásticos)
Cadeias com maior rigidez, presença de grupos laterais
Forças intermoleculares intermediárias: 81 < DEC < 100
Fibras
Cadeias orientadas numa direção específica, presença de
grupos polares no mero
Forças intermoleculares fortes: DEC > 100 cal/cm3
Parâmetro de Solubilidade
Para ocorrer a solubilidade:
0
G
STHG
Como a entropia sempre aumenta neste processo, a variação de entalpia deve ser a menor possível para ocorrer a solubilização
DECH ;2
2121
Para que haja solubilização, a diferença (em módulo) entre o parâmetro de solubilidade do polímero e do solvente |δ1-δ2| deve ser a menor possível
Parâmetro de Solubilidade
21
321
21 )/(7,1 cmcal
O parâmetro de solubilidade (δ) é formado pelo
somatório de várias forças presentes na molécula:
Forças de dispersão (δd)
Forças de hidrogênio (δh)
Interações dipolo-dipolo (δp)
Parâmetro de Solubilidade
Generalizado
222
phd
Para que um líquido com coordenadas (δd,δh, eδp)
possa solubilizar o polímero da figura, é preciso que
suas coordenadas estejam dentro do círculo de
volume de solubilidade
É proporcional à fração volumétrica dos integrantes:
Parâmetro de Solubilidade de uma
Mistura de Líquidos (tiner)
222 )()()( m
p
m
h
m
d
m
Kddd
m
d ...3,32,21,1
Khhh
m
h ...3,32,21,1
Kppp
m
p ...3,32,21,1
O tiner pode ser formulado para que cada coordenada do solvente
coincida com o volume de solubilidade do polímero
δd ≈ 7,3 – 8,3
A esfera de solubilidade pode ser simplificada para um círculo
(bidimensional) numa representação de δp vs. δh
Círculo de Solubilidade
Os solventes A, B e C não são solventes para o polímero
A mistura AB pode gerar um tiner capaz de dissolver o polímero
Ex.: mistura representada pelo ponto D
A adição de C na mistura AB pode gerar um tiner com capacidade
de solubilização, desde que o ponto com sua composição caia
dentro do círculo
Formulações comerciais:
Círculo de Solubilidade
Fracionamento em Polímeros
Separação de faixas estreitas de massa molar (frações) em polímeros que apresentam uma larga distribuição de massa molar
A separação é feita a partir da diferença de solubilidade de cadeias
com diferentes tamanhos em um mesmo solvente
O fracionamento ocorre a partir da precipitação de cadeias menos
solúveis por meio da instabilização da solução polimérica
Adição de um não-solvente
Evaporação do solvente
Alteração da temperatura