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QUÍMICA DOS POLÍMEROS 3° MÓDULO TÉCNICO EM QUÍMICA SÃO PAULO - 1° Semestre 2013. Prof. Claudio R. Passatore

QUÍMICA DOS POLÍMEROS - · PDF fileAto de Criação da Escola: ... propriedades decorrem de interações envolvendo segmentos intramoleculares ... polimerização por adição e

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  • QUMICA DOS POLMEROS

    3 MDULO TCNICO EM QUMICA

    SO PAULO - 1 Semestre 2013.

    Prof. Claudio R. Passatore

  • Qumica dos Polmeros

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    PLANO DE AULA

    Etec Tiquatira

    Tcnico em Qumica - 3 Mdulo

    Componente Curricular: Qumica dos Polmeros

    Prof. Claudio Roberto Passatore

    Data: 18/02/2013

    Sumrio 1. FUNDAMENTOS DOS POLMEROS .......................................................................................... 3

    2. CLASSIFICAO DOS POLMEROS ........................................................................................... 5

    3. REAES DE POLIMERIZAO ................................................................................................ 8

    4. NOMENCLATURA DOS POLMEROS ...................................................................................... 16

    5. PROPRIEDADES DOS POLMEROS ......................................................................................... 25

    6. MISTURA DE TERMOPLSTICOS ........................................................................................... 38

    7. PROCESSAMENTO DE POLMEROS E COMPSITOS ............................................................... 40

    8. ENSAIOS PARA ANLISE DAS PROPRIEDADES DOS POLMEROS............................................. 65

    9. RECICLAGEM DOS POLMEROS ............................................................................................. 69

    10. IDENTIFICAES PRTICAS DOS PLSTICOS ...................................................................... 70

    11. NANOCOMPSITOS:......................................................................................................... 71

    12. ADITIVAO DOS POLMEROS .......................................................................................... 72

    13. TINTAS ............................................................................................................................. 76

    14. AULAS PRTICAS .............................................................................................................. 78

    15. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................................... 83

    Av. Condessa Elisabeth de Robiano Penha -SP CEP: 03704-000 So Paulo-SP Fone: 2225-2504

    Site: www.etectiquatira.com.br - e-mails: [email protected]

    Ato de Criao da Escola: 25.599 - D.O.E. 10/03/56

    http://br.geocities.com/etehasmailto:[email protected]

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    1. FUNDAMENTOS DOS POLMEROS

    1.1. INTRODUO

    O crescente desenvolvimento da indstria plstica, nos mercados interno e externo,

    demandou o emprego de novas tecnologias de matrias primas e equipamentos. Isto

    posto, tornou-se imprescindvel o adimplemento de um trabalho especfico em relao

    indstria plstica. Est como um todo, subdividida em: Indstria Petroqumica,

    responsvel pela obteno da matria prima bsica para a formao dos polmeros

    virgens, e a indstria de manufatura, responsvel por dar forma aos polmeros e torn-

    los teis ao nosso uso dirio, quer seja em forma de peas injetadas (painis de

    automveis), perfis extrudados (tubos hidrulicos), peas sopradas (garrafas em geral),

    filmes (sacos plsticos), etc.. Para dar propriedades que tornem tais produtos teis, ao

    nosso uso, com caractersticas especficas, quer seja, mecnicas (ductibilidade), qumicas

    (oxidativas e antichama), acabamento (cor), etc., faz-se necessrio a insero de um

    segmento intermedirio, que chama-se indstria de compsitos (compounding),

    responsvel pelo desenvolvimento e transformao da matria prima bsica para os

    chamados plsticos de engenharia (blendas ou polmeros com propriedades especficas

    para a indstria).

    Quando as molculas se tornam muito grandes, contendo um nmero de tomos

    encadeados superior a um centena, e podendo atingir valor ilimitado, as propriedades

    dessas molculas ganham caractersticas prprias, gerais, e se chamam ento

    macromolculas. Essas caractersticas so muito mais dominantes do que aquelas que

    resultam da natureza qumica dos tomos ou dos grupamentos funcionais presentes. As

    propriedades decorrem de interaes envolvendo segmentos intramoleculares,da mesma

    macromolcula, ou intermoleculares, de outras.

    Literalmente, macromolculas so molculas grandes, de elevado peso molecular, o

    qual decorre de sua complexidade qumica, podendo ou no ter unidades qumicas

    repetidas. Sendo assim, veremos que, todos os polmeros so macromolculas, porm

    nem todas as macromolculas so polmeros.

    Encontram-se macromolculas tanto como produtos de origem natural, quanto de

    sntese. Polissacardeos, poli-hidrocarbonetos, protenas e cidos nuclicos, todos

    constituem exemplos de macromolculas naturais orgnicas. Incluem, assim, amido,

    algodo, madeira, l, cabelo, couro, seda, chifre, unha, borracha natural,etc..

    Poliestireno e nylon so macromolculas sintticas orgnicas. Diamante, grafite, slica e

    asbesto, so produtos macromoleculares naturais, inorgnicos. cido polifosfrico e

    policloreto de fosforinitrila so macromolculas sintticas inorgnicas.

    1.2. DEFINIO

    Polmero qualquer material orgnico ou inorgnico, sinttico ou natural, que tenha

    um alto peso molecular e com variedades estruturais repetitivas, sendo que

    normalmente esta unidade que se repete de baixo peso molecular (MANRICH, 2005).

    A palavra POLMERO vem do grego Poli, cujo significado muito, e de Mero, que quer

    dizer parte ou unidade (que se repete). Os meros (que so macromolculas), para

    formarem um polmero, so ligados entre si atravs de ligaes primrias (estveis). Se

    imaginarmos um anel como sendo um mero, a formao de um polmero se d quando

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    muitos deles (mil a cinco mil) so unidos, ou enganchados seqencialmente. Os

    polmeros sintticos mais comuns so aqueles formados por unidades repetitivas simples.

    A matria-prima para a produo de um polmero o monmero, isto , uma

    molcula com uma (mono) unidade de repetio. Dependendo do tipo de monmero

    (estrutura qumica), do nmero mdio de meros por cadeia e do tipo de ligao

    covalente, pode-se dividir os polmeros em trs grandes classes: Plsticos, Borrachas e

    Fibras.

    A polimerizao dos polmeros pode ser efetuada por diversas tcnicas e processos

    distintos, onde os mais comuns so: polimerizao por adio e polimerizao por

    condensao.

    Os polmeros podem ser classificados de diferentes maneiras, depende do objetivo de

    quem os classifica. As formas mais comuns de classificao so: a partir do ponto de

    vista de sua estrutura qumica, do mtodo de preparao, das caractersticas

    tecnolgicas e do comportamento mecnico.

    A importncia de se conhecer a estrutura dos polmeros est no fato de que todas as

    propriedades fsico-qumicas e mecnicas dependem, bem como o processamento na

    indstria de transformao (injeo, extruso, etc.), por exemplo, afetado por essa

    estrutura.

    Os plsticos, que tem seu nome originrio do grego plastikos que significa - capaz

    de ser moldado, so materiais sintticos ou derivados de substncia naturais, geralmente

    orgnicas, obtidas, atualmente, em sua maioria, a partir dos derivados de petrleo.

    Os materiais plsticos so utilizados em grande escala em diversas reas da indstria

    e, comum observar que peas inicialmente produzidas com outros materiais,

    particularmente metal, vidro ou madeira, tm sido substitudos por outras de plsticos.

    Esta expanso se deve, principalmente, pelas suas principais caractersticas, que so:

    baixo custo, peso reduzido, elevada resistncia, variao de formas e cores, alm de

    apresentar, muitas vezes, um desempenho superior ao do material antes utilizado.

    Os plsticos so feitos a partir do petrleo que uma matria-prima rica em carbono.

    Os qumicos combinam vrios tipos de monmeros de maneiras diferentes para fazer

    uma variedade quase infinita de plsticos com propriedades qumicas diferentes. A

    maioria dos plsticos quimicamente inerte e incapaz de sofrer reaes qumicas com

    outras substncias. Pode-se armazenar lcool, sabo, gua, cido ou gasolina em um

    recipiente plstico sem dissolv-lo. O plstico pode ser moldado em uma variedade quase

    infinita de formatos e pode ser encontrado em brinquedos, xcaras, garrafas, utenslios,

    fios, carros, e at nos alimentos e medicamentos.

    Um de seus mais importantes fatores, depende das caractersticas tecnolgicas, e o

    fato destes se classificarem em Termoplsticos e Termofixos.

    Como j comentado, o polmero pode ser constitudo por diferentes meros. Se o

    polmero tem um s tipo de mero que se repete chamado homopolmero, se dois meros

    diferentes aparecerem na cadeia, chamado copolmero e se aparecerem trs meros ou

    mais diferentes na mesma cadeia, chamado terpolmero.

    http://ciencia.hsw.uol.com.br/refino-de-petroleo.htmhttp://ciencia.hsw.uol.com.br/alcool.htmhttp://ciencia.hsw.uol.com.br/h2o.htmhttp://ciencia.hsw.uol.com.br/gasolina.htmhttp://ciencia.hsw.uol.com.br/carro.htm

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    2. CLASSIFICAO DOS POLMEROS

    2.1. INTRODUO

    Alm dos polmeros clssicos produzidos e comercializados h alguns anos, a cada

    dia, novos polmeros surgem oriundos das pesquisas cientficas e tecnolgicas

    desenvolvidas em todo o mundo. Logo, devido grande variedade de materiais

    polimricos existentes, torna-se necessrio selecion-los em grupos que possuam

    caractersticas comuns, que facilit