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RA, junho 1984, p. 10

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Page 1: RA, junho 1984, p. 10

mos preparando o quinto congres­so mundial, a ser realizado no Rio de Janeiro, de 26 a 30 de agosto de 1984. Esperamos a participação de 55 a 60 países. Cremos que esta é uma grande oportunidade para os adventistas da América do Sul, de fazer deste congresso uma boa promoção para a Igreja, pois não há outra organização, na América do Sul, que esteja liderando cam­panhas sobre prevenção.

Revista Adventista — O se­nhor está recebendo apoio financeiro do Governo Brasileiro para esse con­gresso?

Pastor Steed — Não solicitamos apoio financeiro. Pedimos sua coo­peração, e a obtivemos por parte dos ministros da Educação e Saú­de. Eles comunicarão esta infor­mação sobre o congresso por todos o país, e muitos participarão como principais conferencistas em nosso programa. Fomos assegurados também pela Golden Cross de que receberíamos seu apoio, e estamos esperançosos de que eles nos aju­dem de muitas maneiras. A maior parte de nossos fundos, porém, es­tão sendo levantados através das inscrições. Em outras palavras, quanto mais pessoas tivermos, me­

lhor será, financeiramente. E por falar nisto, a inscrição cobrirá mais do que simplesmente a presença nas conferências: inclui a partici­pação nas palestras, seminários, jantar de recepção, turismo na par­te da tarde, e um relatório impres­so do congresso. Tudo isto pelo equivalente a 125 dólares. Este preço é só para participantes da América do Sul. Para congressis­tas de outras partes do mundo, o preço é 250 dólares — exatamente o dobro. Estamos reduzindo pela metade o preço da inscrição, como incentivo para que os sul-america­nos participem. •

mo "sacudidura" pouco apropria­do ou antiestético para constar da capa de um de seus lançamentos editoriais. Assim, preferiram o "Abalo", com toda a ambigüidade decorrente.

Seja como for, o conteúdo da obra é descrito na capa como "Uma narrativa documentada da crise verificada entre os adventis­tas sobre a doutrina da justificação pela fé". E documentada ela é, re­pleta de citações e notas de rodapé com referências a obras de inúme­ros autores e publicações adventis­tas. Somente a bibliografia, ao fi­nal do livro, tem mais de 18 pági­nas.

O autor, Geoffrey Paxton, teólo­go australiano de convicção pro­testante conservadora, confessa-se "um crítico simpático à Igreja Ad­ventista". Sua abordagem do tema que se propõe debater é bem diver­sa do "espírito tendencioso e pré-condicionado de alguns críticos", como os editores explicam na con­tracapa externa da edição brasilei­ra, acrescentando vir isto "em­prestar a este trabalho um cunho de autenticidade, originalidade e res­peito".

Falando-se em respeito, é preci­so convir que o autor, embora criti­cando com severidade a maneira como temos entendido e defronta­do a questão da justificação pela fé (de que é especialista), trata a Igre­ja Adventista como uma respeitá­vel e dinâmica denominação legiti­mamente cristã, e não como uma seitazinha pretensiosa e herética, como têm feito muitos outros críti­cos evangélicos do adventismo.

O Adventismo Abalado?

o título do livro chega a ser intrigante: O Abalo do Adventismo. Sobre que "abalo" es­taria o autor se referindo? Alguma perseguição em andamento contra os que mantêm as convicções que nos caracterizam como denomina­ção religiosa? Dificuldades na esfe­ra econômica denominacional por empreendimentos financeiros mal orientados? A razão exposta para a seleção de tal título não parece ex­plicar muita coisa:

O título O Abalo do Adventismo será altamente significativo para os adventistas do sétimo dia. Eles pensarão no "abalo" escatológico pelo qual, segundo entendem, a igreja deve passar, antes que final­mente dê cabo de sua missão. Co­mo recentemente assinalaram os redatores da Review & Herald, pe­riódico oficial da igreja, essa con­cepção e expectativa do abalo está

Azenilto G. Brito — Foi redator na Casa Publicadora Brasileira; atualmente é professor de inglês em Belo Horizonte, MG, e redator responsável de Sinais, revista missionária editada em português pela Pacific Press, EUA.

Considerações sobre a obra de um autor evangélico, que analisa, sem hostilidades, a fé adventista.

profundamente enraizada na cons­ciência do adventista. Ademais, pensa-se ainda que tal "abalo" te­rá por base o conceito da justifica­ção pela fé (pág. 12).

O problema foi que a tradução do título em inglês, The Shakingof Adventism, não corresponde bem aos usos e costumes dos adventis­tas de expressão portuguesa. Em nosso jargão denominacional, aquilo que em inglês se chama "shaking" leva em nosso idioma o nome de "sacudidura". Certamen­te "A Sacudidura do Adventismo" expressaria melhor a intenção do autor em referir-se ao tempo de "peneiramento" final que os ad­ventistas esperam para breve. Os editores da JUERP (Junta de Edu­cação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira), que lançaram recentemente o livro no Brasil parece que julgaram o ter-