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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 28 FEVEREIRO 2013 | N.º 490 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Neca devolve vitórias ao Aves II LIGA // APÓS NOVE JOGOS SEM VENCER LOURENÇO (NA IMAGEM) MARCA GOLO DA VITÓRIA DO AVES NO JOGO COM A NAVAL DO ÚLTIMO FIM DE SEMANA Apesar do novo técnico do Aves es- tar associado às três subidas do clu- be, logo na apresentação tratou de deixar claro que o objetivo não é esse. “Para já, o objetivo é conquistar a pri- meira vitória de 2013. Daqui por dois ou três anos, se ainda continuar cá, pensaremos em subir”, afirmou o trei- nador. DESPORTO // PÁG.S 18-21 F. C. Tirsense sofre derrota em Chaves AUTÁRQUICAS 2013 // Projeto político de Joaquim Couto assente em ‘amplo diálogo social’ As memórias de Moita Flores e Filomena Gonçalves na Escola Sec. D. Afonso Henriques ATUALIDADE // PÁG. 12 Reabilitação da quinta de fora inclui escola de hotelaria O QUE ENCHE OS HOTEIS DE SANTO TIRSO? REPORTAGEM // PÁG.S 4 -5 E 11 FOTO: VASCO OLIVEIRA

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 28 FEVEREIRO 2013 | N.º 490 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Neca devolvevitórias ao Aves

II LIGA // APÓS NOVE JOGOS SEM VENCER

LOURENÇO (NA IMAGEM) MARCA GOLO DAVITÓRIA DO AVES NO JOGO COM

A NAVAL DO ÚLTIMO FIM DE SEMANA

Apesar do novo técnico do Aves es-tar associado às três subidas do clu-be, logo na apresentação tratou dedeixar claro que o objetivo não é esse.“Para já, o objetivo é conquistar a pri-meira vitória de 2013. Daqui por doisou três anos, se ainda continuar cá,pensaremos em subir”, afirmou o trei-nador. DESPORTO // PÁG.S 18-21

F. C. Tirsense sofrederrota em Chaves

AUTÁRQUICAS 2013 //

Projeto políticode JoaquimCouto assenteem ‘amplodiálogo social’

As memórias deMoita Flores eFilomena Gonçalvesna Escola Sec. D.Afonso HenriquesATUALIDADE // PÁG. 12

Reabilitação da quinta de fora inclui escola de hotelaria

O QUE ENCHE OS HOTEIS DE SANTO TIRSO?REPORTAGEM // PÁG.S 4 -5 E 11

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GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestasegunda saída de fevereiro foi a nossa estimada assinante Maria Assunção Carva-

lho Fernandes Lino, residente na rua D. João I, 34, 3º dtº, em Paços de Ferreira.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Pop cerebralcomsofisticaçãoe elegância|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Apesar de ser um corte declaradocom o passado, “Regeneration”, de2001, tem indícios que o ligam aregistos ainda do outro milénio.“Perfect Lovesong” encaixaria facilmen-

te em “A Short Album About Love”,de 1997, bem como “Mastermind”em “Casanova”, de 1996. A mudan-ça de rumo vai para além dos hábi-tos musicais – um produtor diferente(Nigel Godrich, conhecido pelo seutrabalho com os Radiohead), umanova editora (Parlophone/EMI), umafaixa com o mesmo título do disco eum líder e vocalista, Neil Hannon,com um visual menos formal. Esteúltimo facto é para os mais atentos,dado que, ao contrário das cincoanteriores capas, esta não mostra ocantor e compositor irlandês.

São 11 músicas, todas elas assi-nadas por Neil. A sua capacidadepara criar agradáveis melodias é no-

Do” encanta pelo seu positivismo, numtom pop cerebral que merecia maiorvisibilidade; e “The Beauty Regime”, omeu último destaque, tem uma sim-plicidade desarmante, com um iníciobastante lento mas que vai ganhan-do força à medida que o tempo pas-sa, primeiro com a guitarra e depoiscom um jogo de cordas.

Sente-se cansado ou entediado?The Divine Comedy poderá dar umaajuda preciosa, quer seja este ououtro disco. Se o nome o despertoupara outra arte, ler a obra de Danteou ver o filme do mestre Manoel deOliveira poderão ser também hipóte-ses a considerar. Mas para estes nãovou dar a minha opinião. |||||

Dentro de portas - “Regeneration”

MÚSICA // FABULOUS DIAMONDSGuimarães, Centro Cultural Vila Flor(café-concerto). Dia 1 de março, às24h00. Bilhetes a 3 euros. Morada: av.D. Afonso Henriques, 701. 4810-431.

Concerto do duo australiano Fabu-lous Diamonds que apresenta emGuimarães o seu mais recente ál-bum, “Commercial Music”. Depoisde dois álbuns e um EP com mú-sicas sem títulos, a banda revelaagora um punhado de canções,cheias de observações sociais cí-nicas e retra-tos de personagenssombrias. Porém, a fluidez da mú-sica, revela um lado sonhador queos faz parecer quase inofensivos.

MÚSICA //MACAQUINHOS DO SÓTÃOVila das Aves, Histórias Caffé. Dia 2 demarço. Morada: Praça das FontainhasEdifício Torre, 1º andar.

Bruno Costa (guitarra/voz), JoãoAlves (guitarra), Jorge Silva (tecla-do), Luís Moreira (baterista), NunoMachado (guitarra) e Rui Pinto(baixo) são os elementos que com-põem os Macaquinhos do Sótão;banda originária do concelho deSanto Tirso, formada em ambienteescolar, nomeadamente a partir doClube de Expressão Musical. Foofighters, Nirvana, Oásis, Xutos &Pontapés, Arctic Monkeys e, entre

outras, os The Killers estão entreas grupos musicais de referenciadesta banda formada em 2010.

TEATRO //UM VIOLINO NO TELHADOTrofa, Salão Paroquial de Alvarelhos.Dia 2 de março, às 21h00.

Com entrada gratuita, a apresen-tação da peça “Um Violino no Te-lhado”, pelo Grupo Jovens de SãoMamede do Coronado, inseere-se na segunda edição do Festivalde Teatro Amador do Concelhoda Trofa, promovido pela CâmaraMunicipal, com o objetivo de fo-mentar o gosto pelo teatro e des-

POR: BELANITA ABREU

‘O Pequeno Buda’Gordon McGillCÍRCULO DE LEITORES

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

“… todos temos de morrer, renascere morrer de novo. Nenhum homempode escapar a essa maldição. Entãoessa maldição é minha tarefa, decla-rou Siddhartha.”

Dois monjes budistas procuramuma criança americana que viveem Seatle. Eles acreditam que elaé a atual reencarnação do LamaDorje, um grande mestre espiri-tual. Os pais da criança, incialmen-te céticos, gradualmente, vão acei-tando a ideia e levam o seu filhoaté Katmandu.

“O pequeno Buda” é um ro-mance com duas histórias: a his-tória de Jesse, a suposta reencar-nação do Lama e a história dopríncipe Siddhartha, o fundadordo budismo, o Buda que atinjiua iluminação para derrotar o malno mundo.

É muito fácil deixarmo-nosconduzir neste enredo intriganteon-de, aos poucos, vamos des-cobrindo o universo complexo dobudismo.

Escrito num estilo enérgico e sim-ples, este livro terno pode tornar-senuma companhia agradável. |||||

NO ARRANQUE DE MAIS UM MÊS DEESPETÁCULOS, O CAFÉ-CONCERTO DOCENTRO CULTURAL VILA FLOR RECEBEESTA SEXTA-FEIRA O DUO AUSTRALIANOFAMULOUS DIAMONDS

tável. Boas letras misturadas com bonsarranjos. “Bad Ambassador” servepara mostrar não só os dotes vocaismas também para provar que a sofis-ticação e elegância continuam a serimagem de marca; “Love What You

centralizar as atividades culturaispelas freguesias.

EXPOSIÇÃO // SETE MARESVila das Aves, Centro Cultural. Até 5 deabril. Horário: segunda - sexta, 9h00-13 h00 / 14h00-17h00. Morada: ruasanto Honorato, 220. 4795-114. Viladas Aves. Telef.: 252 870 020

Encontra-se patente ao público noCentro Cultural de Vila das Avesa exposição “Sete Mares” de An-tóno Domingos; artista-plástico doPorto que se apresenta com umasérie de aguarelas inspiradas numtexto escrito no século IX pelo sá-bio muçulmano Ya’qubi. |||||

Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - Vizela

O POP/ROCK DOS MACAQUINHOSDO SOTÃO OUVE-SE ESTE

SÁBADO, NO HISTÓRIAS CAFFÉ,EM VILA DAS AVES

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SEXTA, DIA 01 SÁBADO, DIA 02Céu LIMPO. Vento fraco.Máx. 12º / min. 0º

Céu muito nublado. Ventomoderado. Máx. 13º / min. 3º

Céu muito nublado. Vento fraco.Máx. 14º / min. 3º

DOMINGO, DIA 03

Nasce erva em marçoainda que lhedêem com um maço

ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 03

GUIMARÃES // MÚSICA

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

Vinícius Cantuária e Pierre Aderne,dois nomes incontornáveis da músi-ca brasileira, juntam-se, pela primeiravez, para uma tournée em solo naci-onal. Este sábado, estão em Guima-rães para um concerto que ficarámarcado pela especial participação dacarismática vocalista dos Deolinda,Ana Bacalhau.

Vinícius Cantuária e Pierre Adernesão ambos escritores de canções. Oprimeiro presenteou Caetano Velosocom “Lua e Estrela” (um dos maioressucessos da sua carreira), o segundoofereceu a Seu Jorge “Mina do Con-domínio”, um dos temas mais ouvidosnas rádios brasileiras em 2010.

Vinícius e Pierre têm levado as suasmúsicas aos mais distintos países: doJapão aos Estados Unidos, de Portu-gal a Inglaterra, colaborando com al-guns dos mais importantes músicosdo jazz e da world music atual. Ami-gos de longa data do Rio de Janeiro,

A Galeria do Hotel Cidnay, em San-to Tirso, acolhe a partir desta sexta-feira, “Sonhar o Porto”; exposição deJorge Pedra que corresponde à ma-terialização, precisamente, de um so-nho. Nesse sonho, escreve o autor,“fotografava a cidade pintada porum autor expressionista: o granitotinha cores vivas, o céu não era pro-priamente azul nem o Douro ver-de-cinza”.

Com curadoria de Carlos Vilela,“Sonhor o Porto” não é, desta forma,uma mera exposição de fotografia.“Tecnicamente, trata-se de passar pe-los confins da fotografia”, diz antesCarlos Pedras que esclarece tambémque as imagens a expor não resul-tam da manipulação digital: “Em vezdo computador, usei o diapositivo,o risco, raspagem, tinta. Só depois adigitalização e impressão lambda emgrande formato”. Apresentada em2009 na Galeria Olga Santos, aexposição “Sonhar o Porto” que fica

EXPOSIÇÃO: SONHAR O PORTOSanto Tirso, Galeria do Hotel Cidnay. Sexta-feira, 1de março, às 22h30. Entrada livre. Morada: ruaDr. João Gonçalves. Apartado 232. 47804 -909 SantoTirso. Telef.: 252 859 300. www.hotel-cidnay.pt

O porto sonhadode Jorge Pedra

SANTO TIRSO // EXPOSIÇÃO

DUAS DEZENAS DE TRABALHOS INÉDITOS DE JORGEPEDRAS EM EXPOSIÇÃO NA GALERIA DO HOTEL CIDNAY.A INAUGURAÇÃO É AMANHÃ, DIA 1 DE MARÇO, ÀS 22H30

a partir de amanhã patente ao pú-blico em Santo Tirso inclui 24 tra-balhos inéditos.

Natural do Porto, Jorge Pedra(1960) licenciou-se em Medicinaem 1984, tendo exercido a profis-são até 1994. Um ano depois, for-ma-se em arquitetura, atividade àqual se dedica até hoje. Paralela-mente participa em múltiplos work-shops e cursos de fotografia, nomea-damente os Cursos Livres de Pin-tura na Árvore – Porto – com Alber-to Péssimo e Carlos dos Reis. No seutrabalho, o uso da fotografia é feito,na generalidade, numa vertente ex-perimental. O autor desenvolve ain-da técnicas mistas, envolvendo co-lagem, assemblagem e pintura. Maisinfirmação em: www.jorgepedra.com/

um radicado em Nova Iorque, o ou-tro em Lisboa, Vinícius Cantuária ePierre Aderne unem-se, pela primei-ra vez, para um encontro históricoem solo luso. Neste concerto, Viníciusprometem trazer ao palco a mesmaintimidade que partilham nos seus en-contros caseiros. À volta de uma mesa,dos copos e de duas guitarras acústi-cas, cantam e contam as suas músicase as suas histórias. Na bagagem, PierreAderne traz algumas das suas can-ções de maior sucesso e ainda mú-sicas do seu novo álbum, “Caboclo”,ainda em produção. Vinícius Cantuá-ria traz alguns dos temas do seu re-pertório, algumas revisitações de TomJobim e músicas do seu mais recenteálbum “Índio de Apartamento”. ||||||

MÚSICA: VINÍCIUS CANTUÁRIA E PIERRE ADEMEGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 2 de março,às 22 horas. Bilhetes a 10 euros (7,5 com desconto).M/ 12 anos. Morada: av. D. Afonso Henriques, 701.4810-431 Guimarães. Telef.: 253 424 700. www.ccvf.pt

Escritores dacanção do BrasilVINÍCIUS CANTUÁRIA E PIERRE ADERNE, DOIS NOMESMAIORES DA CANÇÃO DO BRASIL, EM PALCO. ANABACALHAU, DOS DEOLINDA, JUNTA-SE AO CONCERTO

Estreado no segundo semestre de2012, o cineclube de Guimarãesexibe este domingo “OperaçãoOutono”, realizado por Bruno deAlmeida; um thriller político sobrea operação que levou ao assassi-nato de Humberto Delgado pelaPIDE em fevereiro de 1965, emVillanueva del Fresno.

O filme inspira-se em factosverídicos, alguns dos quais foramrecentemente descobertos por Fre-derico Delgado Rosa, biógrafo eneto do General Humberto Delga-do, e no seu livro Humberto Delga-do, biografia do general sem Medo.

A ação decorre entre Portu-gal, Espanha, Algéria, Marrocos,França e Itália, no período entre1964 e 1981, desde a prepara-ção da operação levada a cabopela PIDE, e que tinha por nomede código: Operação Outono, atéao caso do Tribunal, já depois do25 de Abril.

Produzido por Paulo Branco,o filme conta com a participaçãodos atores John Marcello Urge-ghe, João d’Ávila, Nuno Lopes,Pedro Efe, Diogo Dória, Luís LimaBarreto, Adriano Carvalho, JoséNascimento, Ana Padrão, CleiaAlmeida, Carla Chambel e dofadista Camané, entre outros. |||||

CINEMA: OPERAÇÃO OUTONOGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 3 demarço, às 21h30. Morada: av. D. AfonsoHenriques, 701. 4810-431 Guimarães.

GUIMARÃES // CINEMA

O julgamento docaso HumbertoDelgado levadoao grande ecrãFILME DE BRUNO DEALMEIDA, ESTE DO-MINGO, EM GUIMARÃES

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DESTAQUE04 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

entreMARGENS VISITE-NOS EM:www.jornal-entre-margens.blogspot.comESCREVA-NOS:[email protected]

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NO PORTO OS HOTÉIS FICAM LOTADOS NO S. JOÃO, NA SERRA DA ESTRELA ENCHEM-SE NAS ESTAÇÕES MAIS FRIAS, NA MADEIRA AS ENTRADAS DISPARAM NA PASSAGEMDE ANO, NO ALGARVE HÁ MAIS PROCURA NO VERÃO E ATÉ A VISITA DO PAPA BENTOXVI, EM 2010, LOTOU OS HOTÉIS PORTUENSES E LISBOETAS. NO MEIO DE TANTASRAZÕES PARA A PROCURA DE ALOJAMENTO NAS VÁRIAS CIDADES DO PAÍS, A QUESTÃOÉ SIMPLES: E EM SANTO TIRSO, O QUE É QUE ENCHE OS HOTÉIS?

O QUE ENCHE OSHOTÉIS EMSANTO TIRSO?

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Em santo Tirso, o último fim de se-mana foi de Gastronomia, uma inici-ativa promovida pela Entidade Regi-onal de Turismo do Porto e Norte dePortugal e apoiada pela Câmara Mu-nicipal de modo a dar a conhecer osprodutos do concelho e fomentar aprocura turística. Na Quinta de Fora(ver página 11) vai ganhado formaum projeto que terá um papel de re-levo na formação hoteleira e mesmosabendo que as razões que levam aspessoas aos hotéis são inúmeras evariadíssimas, quisemos conhecer arealidade do concelho.

Na praça Rodrigues Ferreira, bemno coração da cidade de Santo Tirso,surge a Residencial dos Carvalhais.Dona de uma inigualável vista sobrea cidade, a Residencial tem oito suitese catorze quartos. Os clientes são, so-bretudo, técnicos, engenheiros e ven-dedores que visitam a cidade a tra-balho. Os turistas, esses, permanecemnas épocas de verão. Gabriela Ma-

O que me traz tambémgente é o [programa deintercâmbio] “Comenius”que existe no Agrupa-mento Vertical do Ave.Ainda agora a casa estevecheia por causa disso”LUÍSA CORREIA, HOTEL DAS AVES

“Temos clientes que re-correm à residencial [dosCarvalhais] há 20 anos,só que agora com menosfrequência, assim comotambém temos alguns quepermanecem semanal-mente um ou dois dias”.GABRIELA MATOS, RESIDENCIAL DOSCARVALHAIS, SANTO TIRSO

A VISTA PREVILEGIADA SOBRE A CIDADE DESANTO TIRSO, A PARTIR DA RESIDÊNCIAL DOSCARVALHAIS (FOTO DE ARQUIVO)

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 05

tos é gerente da Residencial dosCarvalhais e conta ao Entre Margensque “a taxa de ocupação é composta,essencialmente, por clientes regula-res” mas a verdade é que os eventosda cidade também têm algo a dizersobre a sua ocupação. “Eventos a tra-zer clientes são praticamente aquelesem que os participantes residam forado distrito, como por exemplo: tor-neios nacionais de andebol, volei-bol, ténis mesa, campeonatos nacio-nais (Karaté), o Rally Santo Tirso, Fei-ra do Cavalo (Trofa) e a Volta a Por-tugal em Bicicleta”, explica.

Do Solar S. Bento vê-se o rio, onovíssimo percurso pedonal, o pas-seio dos frades. Tem 12 quartos euma entrada que, por esta altura, seenche de flores coloridas. EsmeraldinaMota da Costa conta que recebemuitos estrangeiros, “muitos alemães,franceses, espanhóis”. Ela e o maridotomam conta da casa há cerca de30 anos e desde essa altura vêmmelhorando as instalações. Tambémno Solar S. Bento a procura se inten-

sifica nos meses de verão, especial-mente julho e agosto, mas Esmeral-dina confidencia que “desde há anosque, quando há jogos desportivos acasa enche, seja do Karaté, judo, ouda robótica” e não esquece os con-vidados para casamentos que lá per-noitam. Vêm de Viseu, de Gualtar, deTorres Novas, de Lisboa. Nas festasde S. Bento a situação já é diferentee o Solar enche-se de alemães.

Do cimo da grande escadaria quenos leva à entrada do Hotel Zé daRampa, em Vila das Aves, Roriz e S.Tomé de Negrelos pintam de verde apaisagem. Ao todo são 29 os quar-tos do hotel, que vão desde os indi-viduais aos triplos. Serafim José estáà frente do Hotel e conta que “nãoquer outra coisa”. Muitos das pesso-as que recebe são, também, trabalha-dores, técnicos de empresas, comer-ciantes. Paralelamente, tem casa cheiaquando há eventos desportivos, “oKaraté enche sempre, depois há BTT,o artesanato, as setas, o atletismo eas pessoas que vêm para os torneios

de pesca”, lembra. Os turistas são maiscomuns nos meses de verão, “algunsna época da pascoa, do natal”. Quemtambém é presença assídua no hotelsão pessoas que vêm, de fora, para oCentro Cultural de Vila das Aves econvidados de casamentos que serealizam em quintas próximas. “Oscasamentos trazem muita gente”, adi-anta, “há alturas em que tenho casa-mentos quase todos os dias”.

Numa das Avenidas mais conhe-cidas de Vila das Aves, a ComendadorSilva Araújo, entramos no Hotel dasAves. As escadas até ao primeiro an-dar levam a um hall acolhedor. LuísaCorreia é esposa do diretor do Hotele conhece bem os cantos à casa. Os22 quartos acolhem muitos vendedo-res e trabalhadores da indústria têxtilmas o que também ajuda a encher oHotel das Aves são os eventos. O des-porto é, mais uma vez, um fator impo-rtante, especialmente o Karaté, o Fu-tebol de Ringe, os campeonatos compássaros, setas, pesca e o ciclismo. Opróprio Centro Cultural de Vila das

porque as pessoas têm cá família”, ga-rante Luísa Correia. Mas desengane-se se pensa que o lote de hóspedesdo hotel se fica por aqui, “a Escolada Ponte traz muita gente, mesmo comas instalações em S. Tome de Negre-los. O que me traz também gente é o[programa de intercâmbio] “Come-nius” que existe no AgrupamentoVertical do Ave. Ainda agora em ja-neiro a casa esteve cheia por causadisso”, conta.

O PERFIL DO CLIENTEMesmo prestando serviços distintos,quem procura os hotéis de Santo Tir-so parece ter o mesmo perfil e temtendência a voltar. “No verão vemosaquelas famílias que estiveram cá noano anterior ou há dois anos, acabampor ficar fidelizados e além disso háum senhor que vive cá”, refere LuísaCorreia. No hotel Zé da Rampa háclientes que só vão para casa ao fimde semana e um que frequenta oespaço desde 1965. “Temos clientesque recorrem à residencial [dos Car-valhais] há 20 anos, só que agora commenos frequência (devido à conjuntu-ra do país), assim como também temosalguns que permanecem semanal-mente um ou dois dias”, lembra Ga-briela Matos, enquanto EsmeraldinaMota da Costa não esquece os turis-tas que, ano após ano, preferem oSolar S. Bento. “Dizem que é uma casafamiliar, onde se sentem à vontade”.

No final, a resposta parece simples:“Clientes tipo temos todo o ano, pre-cisávamos era de mais eventos ao fimde semana”, remata Luísa Correia.

O Entre Margens tentou incluirnesta reportagem outros estabeleci-mentos, nomeadamente o HotelCidnay e o Santo Thyrso Hotel mas,lamentavelmente, ambos não se mos-traram disponíveis. Para além destasofertas, o concelho dispõe, ainda, deoutras unidades mais diferenciadas,nomeadamente a Quinta da Picaria,em Guimarei, e a Casa de Vilela, emS. Tomé de Negrelos. ||||||

Aves contribui para o número de cli-entes do hotel e, em 2012, tambéma Capital da Cultura (Guimarães) teveinfluência. “Na altura do verão é quehá mais turismo e normalmente é

“Desde há anos que,quando há jogosdesportivos a casa enche,seja do Karaté, Judo, ouda Robótica”ESMERALDINA MOTA DA COSTA,SOLAR DE S. BENTO, SANTO TIRSO

“O Karaté enche sempre,depois há o BTT, o artesa-nato, as setas, o atletismoe as pessoas que vêmpara os torneios de pesca”

SERAFIM JOSÉ, HOTEL ZÉ DA RAMPA,VILA DAS AVES

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OPINIAO~06 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

Editorial

Também nas Correntesde Escrita da Póvoase cantou a Grândola

Num ambiente social e político cadavez mais depressivo em que nemsequer as instituições que era su-posto serem uma salvaguarda deintegridade e exemplo ético ficama salvo da nossa desconfiança, jámuito pouco consegue mobilizar-nos de forma constante e fazer-nosacreditar que ainda é possível teresperança em dias melhores e maisconsequentes com ideais que ali-mentaram a nossa imaginação.Grândola, a terra da fraternidadedo nosso Abril mais promissor, in-felizmente vem sendo mais um gri-to de indignação do que um cantonovo catalisador de esperanças ede energias transformadoras. Pe-rante um Governo cada vez maisautocrático que já não sabe comogerir tamanha austeridade e muitomenos explicá-la a uma sociedadediminuída e proletarizada, aque-les que ainda conseguem erguer avoz, tutelados ou não por resistên-cias sindicais e por forças oposici-onistas, usam estas e outras válvu-las de escape para fazer “calar” os-tensivamente intervenções dos go-vernantes em palcos mediáticos edesacreditá-los. A Grândola quehoje temos de reinventar para o nos-so país e para as cidades em quequeremos que os nossos filhos e ne-tos cresçam e participem, terá maisa ver com questões como estas:“Para que serve a minha cidade? Oque é que a minha cidade faz, oupode vir a fazer, melhor do que asoutras? Em que é que a minha cida-de é diferente?”

Confrontados que estamos comos fantasmas do nosso desenvolvi-

mento e do investimento em algoque possa fazer a diferença e lançar-nos para a construção de uma cida-de e de um país onde nos sintamossenhores do nosso destino e da nos-sa afirmação, vale a pena olhar aoredor e encontrar exemplos feli-zes e mobilizadores. Foi com aque-las interrogações e as palavras queseguem que o presidente da Câma-ra da Póvoa de Varzim, José MacedoVieira, no ato inaugural das XVIedição das Correntes de Escrita,acolheu os cerca de 60 escritores eos muitos agentes editoriais e jor-nalistas que nela durante três diasmarcaram presença significativa:

“Numa cidade que festejava o re-encontro consigo mesma, surgiramvocês, desafiados a passar uns diasnesta pequena terra, habitualmen-te ventosa, de um norte que, em fe-vereiro, costuma ser frio. E a talcidade que, nos iniciais 6 anos des-te projeto, fizera cultura urbanana forma como organizou o espa-ço público para favorecer a socia-lização e a convivialidade, passoua acolher desde esse mítico 2000,os Encontros de Escritores de Ex-pressão Ibérica, uma iniciativa quemuitos, antes e nos tempos inici-ais, consideraram utópica e despro-porcionada e condenada ao fracas-so, mas que, e muito graças a vocês,depressa se consolidou como umprojeto cultural plenamente ade-quado ao meio, e, por isso, desti-nado ao futuro”. E, depois de afir-mar que “o contributo da culturapara a recuperação da economia”era determinante, como ficara cla-ro aliás em Guimarães com a Capi-tal Europeia da Cultura, “em quecada euro investido gerara retor-no de oito (no turismo, no comér-cio, nos negócios…)” e de reinci-dir na esperança de “ver alguém sereleito, neste país, para a chefia dogoverno em nome de um projetocentrado na cultura”, citou catego-ricamente estas palavras da comis-sária europeia para a cultura: “A

cultura não é luxo; é um investimen-to necessário para garantir o fun-cionamento sadio da sociedade”,lamentando a curva descendentepara 1,4 por cento que desde 2005o orçamento da cultura vem sofren-do. “Lembro, a título de exemplo,que em 2006 o setor cultural e cri-ativo empregava, em Portugal, 127mil pessoas e era responsável por2,8 por cento da riqueza criada nonosso país, para a qual dava umcontributo superior ao da indústriatêxtil e de vestuário ou da indús-tria de alimentação e bebidas”. De-pois, citando Ortega Y Gasset quequalificava os políticos como sen-do ‘os ocupados’ e os intelectuais co-mo sendo “os preocupados” e vati-cinava que “não será grande polí-tico quem não possuir uma políti-ca de alto mar e de larga travessia”,concluía que “a grande cultura é,pois, necessária ao grande político- é ela que o define, como a sua faltacaracteriza a pequenez política”.

Por certo que esta ainda será apecha mais grave dos nossos go-vernantes destes anos mais recen-tes, incluindo alguns que escala-ram os degraus das nossas univer-sidades a correr e levianamente.Por muitas destas razões tambémnas Correntes de Escrita da Póvoase cantou a “Grândola Vila More-na” embora nenhum governantetenha ousado apanhar os ares cáus-ticos das letras poveiras. |||||

A Grândola que hoje te-mos de reinventarpara as cidades em quequeremos que os nossosfilhos e netos cresçam eparticipem, terá mais aver com questões comoesta: ‘Em que é que a mi-nha cidade é diferente?’”

Faleceu no passado dia 18 do corren-te mês, com 92 anos de idade, o dr.António Júlia Pinheiro Miranda, pres-tigiado médico tirsense que fica inde-levelmente ligado ao Hospital CondeS. Bento do qual foi diretor até abrilde 74, tendo aí exercido a sua espe-cialidade como cirurgião ortopedistaaté 1988. No seu vasto currículo decidadania e serviço público constam,desde logo, o exercício do cargo device-presidente e presidente substi-tuto da Câmara de Santo Tirso no man-dato de Alexandre Lima Carneiro,tendo sido também secretário do mi-nistro da Educação Fernando Pires deLima, entre 1948 e 1950; foi mentore colaborador da Liga de Amigos doHospital de Santo Tirso, membro ativoda Santa Casa da Misericórdia, daAssociação Humanitária dos Bombei-ros de Santo Tirso e do Clube Tirsen-se. Recebeu em abril de 2009 a Me-dalha de Honra do Concelho.

Luís Américo FernandesO DIRETORAntónio Júlia

Correia de Miranda

[1921 - 2013]

O Entre Margens dedicou-lhe noSuplemento sobre Santo Tirso de 4de julho de 2007 duas páginas dereportagem intitulada “As paixões deum homem sem paixões políticas” fo-calizando naturalmente a sua perso-nalidade e o impacto da sua atividadeprofissional na cidade e no conce-lho, mas sobretudo os seus estimu-lantes interesses e motivações cultu-rais, literários, artísticos e o rico acer-vo de coleções que foi constituindo,desde os vasos gregos, as moedasgóticas e visigóticas, os mapas portu-gueses das navegações, aos quadrosde pintores portugueses contempo-râneos e à biblioteca pessoana. Esteseu lado prazeroso pelo colecionismoexplicava-o o ilustre tirsense agorafalecido desta maneira: “O prazer deter é um prazer comum a toda a gen-te. A nossa mente funciona por inte-resse da conservação individual e daconservação da espécie. É uma visãodeformada pela medicina mas é a mi-nha verdade.” Porém as suas excelen-tes coleções deram origem a impor-tantes exposições públicas, tendo mes-mo os seus livros e o espólio docu-mental de que dispõe sido inventa-riados por uma bibliotecária arqui-vista da Biblioteca Municipal, ao abrigode um protocolo com a autarquia ten-dente à sua futura consulta por partedos utilizadores da biblioteca .

À sua viúva, filhos e demais fami-liares enlutados, o jornal Entre Mar-gens testemunha o maior apreço evotos de pesar. |||||

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Ódios de morte

ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

Emitir opinião é um risco. Sei do quefalo. Há quase três décadas a escre-ver em jornais, já ouvi e já vivi de tu-do: críticas e elogios, insultos e ame-aças, pressões e seduções, censurase intrigas. Ter opinião é um direito eum dever. Escrevê-la em letra de im-prensa e assinar por baixo é um actode coragem e loucura.

Há cerca de uma década que es-crevo nos jornais da minha terra. Pro-curei sempre fazê-lo sem medo deficar amarrado a ideias sobre pesso-as e projectos que o tempo e as cir-cunstâncias revelassem estar erradas.

Repito: escrever é um risco. Mas tam-bém é uma vantagem. Quando se de-monstra, preto no branco, que se teverazão antes do tempo, que se foi pre-monitório, que se vislumbrou o futu-ro antes dos outros. Que se acertou.

Em 19 de fevereiro de 2010, ouseja há três anos, num artigo que es-crevi neste mesmo jornal (e que tam-bém publiquei no agora extinto “No-tícias de Santo Tirso”) intitulado Come-back kid, afirmava: “Joaquim Couto, porquem tenho simpatia pessoal, parecede regresso para baralhar o jogo.Com o peso político de ter sido du-rante quase 20 anos presidente dacâmara, Couto tenta ensaiar um “come-back” que seria de todo em todosurpreendente. Aliás, tenho a opiniãode que Santo Tirso nunca saiu dacabeça de Joaquim Couto, que lide-rou o concelho de forma exuberantee onde deixou forte marca pessoal”.

Consumado o regresso de Joa-quim Couto com a sua indigitação pa-ra candidato do PS, e a de Alírio Can-celes para candidato do PSD, “les jeuxsont faits”. A vitória “in extremis” deJoaquim Couto nas primárias socialis-tas, ao contrário do que alguns pen-sam, é um enorme trunfo eleitoral.

Couto tem aqui o pretexto perfei-to para mudar o paradigma da formade fazer política em Santo Tirso, comoaliás prometeu. O PS fechado de Cas-tro Fernandes será, estou certo, umpartido mais aberto à sociedade civil,menos ortodoxo, mais sintonizadocom os novos tempos, nas mãos de

Pedro Fonseca*

Les jeux sont faitsMuros por derrubar

1 O presidente Barack Obama vaimandar regressar os militares do Afe-ganistão e do Iraque. A partir de ago-ra, os aviões não tripulados “drones”vão fazer o trabalho sujo sem arris-car o coiro dos soldados. Obama or-dena com o sorriso do negro maisbranco da América, que pela cala-da da noite, e num obtuso gabine-te, qualquer cobarde pode determi-nar quem vive e quem morre! Não éo país da democracia? O polícia uni-versal, qual deus na terra, arroga-seo “direito” de bombardear quemquiser alegadamente para defenderos “direitos humanos”. Billy The Kide o faroeste dos tempos modernos.

2 Mais a sul, ainda no continenteamericano, vive-se outra realidadebem diferente. No domingo, dia 17,no Equador, foi reeleito o presidenteRafael Correa. O Equador, país com284 mil quilómetros quadrados e13 milhões de habitantes, encrostadoentre a Colômbia a norte, o Peru asul, o Brasil a leste, e banhado pelo

Joaquim Couto. Santo Tirso só tem aganhar com isso.

O PSD, pelo contrário, e com penao digo, parece estar a fazer o cami-nho inverso. Fechado, acantonado, or-todoxo, incapaz de ver para além dasparedes da sua sede partidária. Te-nho consideração e respeito por AlírioCanceles. Como líder concelhio doPSD deu-lhe a combatividade quequase nunca teve nos últimos 30anos. Mas, infelizmente para ele, nãoconseguiu ou não quis despir o ca-saco de “homem do aparelho”.

Não que isso o diminua como pes-soa, mas retira-lhe boa parte das va-lências que um candidato a uma câma-ra municipal – maxime, Santo Tirso –deve obrigatoriamente ter. E assim, es-tas eleições apresentam um paradoxo.

Joaquim Couto, sendo o candida-to do PS, garante a ruptura com o pas-sado, pela aposta num discurso novo,capaz de operar a transformação deum concelho parado no tempo numconcelho com outra energia vital.

Alírio Canceles, sendo o candida-to do PSD, é o candidato da continui-dade com outra cor: o discurso fe-chado, ortodoxo, amarrado a dogmas,incapaz de ler os sinais, que manteráo concelho sem esperança e sem fu-turo. ||||| Texto escrito de acordo com aantiga ortografia

Joaquim Couto, sendo ocandidato do PS, garantea ruptura com o passado,pela aposta num discursonovo (...). Alírio Canceles,sendo o candidato doPSD, é o candidato da con-tinuidade com outra cor”

oceano pacifico a oeste, 3 vezes adimensão de Portugal. Por cá, a comu-nicação social dominante, procurouesconder o seu desgosto, percebe-se bem porquê. Rafael Correa fazparte da corrente progressista queestá a mudar a américa latina, junta-mente com a Argentina, o Uruguai,a Nicarágua, a Bolívia, a Venezuela,Cuba e o Brasil. Criaram um grandemercado, o Mercosur, algo pareci-do com a União Europeia. A direitauniversal e os seus executores si-lenciam e deturpam até aos limites.Veja-se o caso recente do jornal espa-nhol “El País” que publicou umanotícia com foto de Hugo Chavez - opresidente da Venezuela que estáem Cuba a tratar um cancro -, umafoto, dizia eu, que mostrava Chavezno leito de morte. Logo depois foiobrigado a tirar toda a publicação,mas ficou o desejo de difundir a suamorte. Em Portugal, os media reper-cutem também toda essa falsa info-rmação, mas dia 18 Hugo Chavezregressou a casa para convalescen-ça. Afinal o homem não morreu. Co-mo pode esta gente dizer-se Cristã,quando tem ódios de morte? O “ElPaís” veicula a opinião da Opus Dei.

Há dias, num canal por cabo (Te-lesur), vi uma entrevista de um pa-dre brasileiro, Frei Bertto, a respeitodeste assunto. Dizia ele que, crenteou não crente, está com Jesus Cris-

to aquele que dedica a sua vida atratar dos pobres, a cuidar para quehaja justiça. Citou Mandela, Luterking, José Marti, Simon Bolivar, CheGuevara. Diz também que quem re-presenta Deus e não pratica estesvalores, é apenas um usurário queaproveita o Seu nome para tirar pro-veito e assim enganar mais facilmen-te. A este propósito, é de lembrarque, recentemente, foi eleito parapresidente do banco do Vaticano,que se chama Instituto das Obrasde Religião – IOR, um alemão que épresidente de uma empresa queconstrói navios de guerra! O IOR játem fama de ligação à mafia e à la-vagem de dinheiro. É esta gente quese diz representante de Deus. EmPortugal existe um partido que seclama da democracia Cristã. Se opovo Português fosse do Islão, seriaPartido Islamista? Jesus Cristo lutoupela justiça e pela igualdade entreos povos, escolheu os desfavore-cidos da vida para lhes dar confor-to. Os poderes vigentes são o opostodo que Ele pregou. É preciso des-mascarar os impostores!

Terra da FraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti oh cidade.

A canção do Zeca ecoa por essaeuropa fora. ||||||

Abel Rodrigues

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ATUALIDADE08 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A Comissão Nacional de Jurisdiçãoconsiderou improcedente o recursode impugnação da assembleia-geralEleitoral da Concelhia de Santo Tirso.A decisão data de 5 de fevereiro peloque Joaquim Couto está confirmadocomo candidato do Partido Socialistaà presidência da Câmara Municipalde Santo Tirso.

A deliberação surge na sequên-cia da decisão da Comissão Federati-va de Jurisdição do Porto que já tinharejeitado “liminarmente a impugnação”

AUTÁRQUICAS 2013 // CONFIRMADO O NOME DEJOAQUIM COUTO COMO CANDIDATO DO PS À CÂMARAMUNICIPAL

‘O projeto políticoque pretendoimplementar passapor um amplodiálogo social’AO REJEITAR O PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO DAS ELEIÇÕES DEDEZEMBRO ÚLTIMO, A COMISSÃO NACIONAL DEJURISDIÇÃO CONFIRMOU O NOME DE JOAQUIM COUTOCOMO O CANDIDATO À CÂMARA DE SANTO TIRSO PELO PS.COUTO ENTENDE QUE O PARTIDO NÃO SAI FRAGILIZADODAS ELEIÇÕES PRIMÁRIAS, MAS APOSTA AGORA, EM TODA ALINHA, NO “DIÁLOGO”

das eleições de 29 de dezembro. Im-pugnação esta apresentada pela can-didatura de Ana Maria Ferreira,alegando-se a existência de mais umvoto do que o número de votantesinscritos. “Constata-se não existir qual-quer reclamação ou protesto formu-lado perante a mesa eleitoral (...) avotação decorreu com toda a norma-lidade, não existindo qualquer relatode incidentes”, sublinha agora a Co-missão Nacional de Jurisdição do PS.

“Oficialmente”, diz o próprio Joa-quim Couto ao Entre Margens, “souo candidato do Partido Socialista [àCâmara Municipal] ”. E tão pouco as

recentes declarações de Asuil Dinis,antigo presidente de Câmara e apoi-ante da candidatura de Ana MariaFerreira, de que Joaquim Couto estáa fazer uma “campanha baseada nu-ma fraude eleitoral” o fazem perdermuito tempo. Questionado sobre oassunto, Couto diz apenas tratar-sede uma “posição, como outra qual-quer, de um militante do partido”. “Eunão dou muita importância a isso”,acrescenta o agora candidato oficialdo PS, porque, continua “parece-meque se há alguma frustração, se háalguma queixa, ele [Asuil Dinis] deveprocurá-la em si próprio e não nosoutros e no partido”.

HUMILDADE E DIÁLOGO SOCIALSeja como for, a palavra de ordemagora para Joaquim Couto é “diálo-go”. Dialogo com a concelhia, comos militantes, com as outras forçaspolíticas até, e com as instituições. Oobjetivo é vencer as autárquicas, re-cusando Joaquim Couto a ideia deque o partido parte fragilizado, emsequência das eleições primárias.“Hoje estou convencido que estaseleições, ao contrário do que possaparecer, não significaram uma fractu-ra, foi [antes] um processo de qualifi-cação interna do partido, perfeitamen-te assumido quer a nível nacional,quer a nível local e é assim que seconstrói a unidade”. Couto fala em“aprofundamento democrático”. Se osestatutos o permitem e havendo doiscandidatos, a decisão teria então deser tomada em eleições primárias. “Eufui, humildemente, às primárias. Hou-ve outros candidatos que tiveram aarrogância intelectual de as rejeitar.Fui presidente de câmara, governa-dor civil, presidente da Associaçãode Municípios do Vale do Ave, de-putado duas vezes e sujeitei-me, hu-mildemente, às primárias. Isto tambémdiz alguma coisa relativamente aocarácter político e ao posicionamentodos políticos porque estes têm queaprender, todos, que uma das carac-

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 09

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: RUA DOS CORREIOS - ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 1769).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, ABEL RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO

MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

P.E ALEXANDRE SÁ.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 490 - 28 DE FEVEREIRO 2013

terísticas que o povo aprecia é a suahumildade e a sua qualidade de tra-tar todos de igual”.

Colocado um ponto final nesteprocesso, é tempo de ouvir a conce-lhia, liderada por Castro Fernandes,esperando Joaquim Couto que o“consenso” prevaleça, até porque, su-blinha o candidato, o “bom sensoaconselha que as listas para a câma-ra e para a assembleia municipal se-jam dialogadas, abordadas, negocia-das de tal modo que todo o partidose sinta representado nessas listas”.Listas estas que poderão até integrara sua opositora nas eleições primári-as, Ana Maria Ferreira. Questionadosobre o assunto, Joaquim Couto dizque neste momento “nada está defi-nido”, pelo que, “está tudo em aberto”.“Se o diálogo conduzir a isso e se forvontade generalizada, quer da pró-pria quer dos militantes, eu, à priori,não tenho nenhuma rejeição”. Pelomenos de uma coisa está à espera:do seu apoio. “Durante a campanhareferi, mais do que uma vez, que se aAna Maria ganhasse as primárias, elaseria a minha candidata. Espero queela tenha a mesma posição”.

Se está tudo ainda em aberto quan-to às listas para a câmara e assembleiamunicipais, já o mesmo não se passaem relação às Juntas de Freguesia.“Há trabalho feito”, admite JoaquimCouto que aposta na recandidaturados autarcas eleitos pelo PS e queainda se poderão candidatar. Aindaassim, o processo de agregação defreguesias, vai obrigar a uma maior“negociação” e “diálogo” no sentidode se encontrar os melhores candi-datos do partido socialista para es-sas “mega freguesias”.

O mesmo assento tónico no diá-logo quando o assunto é a possibili-dade de coligação com outras forçaspolíticas, nomeadamente as forças po-líticas mais à esquerda. “É uma diretivanacional que foi delegada nas fede-rações e portanto estamos abertos aesse diálogo. Quer haja, ou não, coli-

gação, a minha intenção é manter odiálogo social intenso que inclua nes-se diálogo a consulta e a negocia-ção com os partidos políticos”, subli-nha Joaquim Couto.

De resto, a ideia de “diálogo soci-al’ está omnipresente no discurso docandidato do PS e com ela quer mar-car a diferença. “O projeto políticoque pretendo implementar no conce-lho passa por um amplo diálogo so-cial”. Diálogo esse que Couto querque esteja na base das “decisões im-portantes da câmara. Couto entendeque a câmara e a assembleia munici-pal tem, naturalmente, legitimidadepara o fazer, mas entende que “hojea qualidade democrática exige mais”,exige um maior envolvimento dos par-tidos, associações e da sociedade civil.

Valorizar o município no contextoregional é uma das ideias defendi-das por Joaquim Couto e que, segu-ramente, irá nortear os seus discur-sos de campanha. “É necessário queSanto Tirso crie uma marca concelhia,uma diferenciação que lhe permitauma valorização no contexto regio-nal”. Por outro lado, o candidato doPS quer que a câmara tenha um mai-or papel “no complemento das me-didas governamentais”, tendo em con-ta o contexto atual de crise. “É preci-so dar um apoio muito especial emuito objetivo a todas as famílias comcrianças em idade escolar”, exempli-fica o candidato que fala ainda em“apoios complementares para quemestá desempregado” e em “reformaro apoio ao arrendamento.” |||||

A Câmara Municipal de Santo Tirsoe a Universidade do Porto renova-ram a sua parceria no âmbito da“Universidade Júnior”, formalizan-do um protocolo de colaboraçãotendo em vista a participação deestudantes do ensino básico e se-cundário do município nos Cur-sos de Verão que a referida uni-versidade leva a efeito no próximoverão de 2013.

Em comunicado de imprensa, aautarquia de Santo Tirso refere-seà Universidade do Porto como sen-do a maior universidade portugue-sa, sublinhando a sua posição deliderança na produção científica deorigem portuguesa. E é precisamen-te com o objetivo de manter essamesma liderança, que a universi-dade “tem tentado encontrar es-paços de cooperação com as es-colas básicas e secundárias e comos responsáveis autárquicos, paramotivar os jovens para a área dasciências e das humanidades”.

Por sua vez, a Câmara de SantoTirso, dizendo-se “consciente doimportante papel que pode desem-penhar no que respeita à forma-ção qualificada dos jovens do seumunicípio” tem vindo a implemen-tar medidas que, “por um lado, au-xiliam os jovens alunos a escolhere a construir os seus percursos aca-démicos e, por outro lado, ajudam

SANTO TIRSO // PROTOCOLO COM A UP

UNIVERSIDADE DO PORTO E CÂMARA MUNICIPALFORMALIZARAM PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO TENDOEM VISTA A PARTICIPAÇÃO DE ESTUDANTES DOCONCELHO NOS CURSOS DE VERÃO DA UP. INSCRIÇÕESABREM NO DIA 14 DE MARÇO.

a reduzir o abandono escolar”.Nesse pressuposto, as duas enti-

dades assinaram um protocolo decolaboração pelo qual a Universi-dade do Porto se compromete, namedida da capacidade disponível,a aceitar estudantes do concelhode Santo Tirso, que sejam selecio-nados pelas escolas e apoiadospela Câmara Municipal. A primei-ra compromete-se ainda a divul-gar no sítio da Internet preparadopara o efeito bem como na docu-mentação em papel que entretantovenha a produzir, os apoios garan-tidos nos termos deste protocolo.

Por seu lado a Câmara Munici-pal compromete-se a apoiar os jo-vens na divulgação do programanos estabelecimentos de ensino ea garantir-lhes o transporte gratui-to entre a zona de residência e asfaculdades da Universidade do Por-to onde decorrem as atividades.

Aos alunos interessados emparticipar na Universidade Júnior2013 caberá, naturalmente, a res-ponsabilidade de formalizarem arespetiva inscrição individual naUniversidade Júnior, o maior pro-grama nacional de aproximação daEscola à Universidade.

As inscrições abrem no próxi-mo dia 14 de março e podem serformalizadas através do sítio: http://universidadejunior.up.pt

Santo Tirso com Viaaberta para osCursos de Verão daUniversidade do Porto

O espaço Art’Work, em S. Martinhodo Campo, acolhe esta quinta-fei-ra, 28 de fevereiro, a partir das21h30, uma palestra dedicada aotema das Energias Renováveis. Des-tinada a empresas e a particulares,a iniciativa terá como formadoresHernâni Magalhães e Rui Inácio.

“Energias Renováveis: Investi-mento de otimização e sustentabili-dade energética” servirá assim demote para esta palestra que abor-dará questões como a da projeçãoe implementação de “soluções deracionalização e otimização ener-gética”, a “redução efetiva de cus-tos”, a “diminuição da dependên-cia de energias convencionais”, a“proteção do meio ambiente” e,entre outras, a “instalação de sis-temas solares térmicos”.

Esta iniciativa, tal como outraslevadas a cabo naquele espaço deS. Martinho do Campo, tem o apoioda associação “Quimera Cultural”,fundada no final do ano passado,em Santo Tirso. De resto, e aindarecentemente, a mesma elegeu osseus corpos gerentes, sendo ago-ra presidida por António Sousaque conta como Emília Ribeirocomo vice-presidência e, como se-cretário, Pedro Ribeiro. Por sua vez,a Assembleia Geral é liderada porRui Inácio, ao qual se junta DianaAlexandrino, como secretária. San-dra Costa, por sua vez, preside aoConselho Fiscal que integra aindacomo vogal, Joaquim Almeida. |||||

S. MARTINHO DO CAMPO

Energiasrenováveisem debateno Art’Work

Os atuais presidentesde junta que se podemrecandidatar serão,naturalmente, os pró-ximos candidatos àsjuntas de freguesia.”

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10 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

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ATUALIDADE

Por uma lado, “facilitar as tarefas doquotidiano de professores, funcioná-rios e alunos”, por outro, “divulgarinformações, atualizadas em temporeal, melhorando a interação entre osvários intervenientes”. Em traços ge-rais, são estes os principais objetivosda “OficinaBox”, plataforma de ges-tão escolar online implementada pelaOFICINA – Escola Profissional do INA,sedeada na freguesia de Areias.

A aplicação foi desenvolvida peloCurso Técnico de Gestão de SistemasInformáticos da referida escola, ten-do como principais responsáveis osprofessores Paulo Silva e Ana Gonçal-ves. A mesma está a ser aplicada des-de o início do presente ano letivo epermite já um conjunto considerávelde funcionalidades como o lança-mento de sumários, faltas, pautas, mar-cação de testes, controlo de saídas,marcação de almoços, requisição dematerial e de projetos, entre outras.

Nas palavras de Ana Gonçalvestrata-se de “uma plataforma inovadoracujo objetivo é fazer interagir todosos intervenientes da escola”, entre os

AREIAS // OFICINA - ESCOLA PROFISSIONAL DO INA

OFICINA desenvolveplataformainovadorade gestão escolarAPLICAÇÃO ONLINE FOI DESENVOLVIDA PELO CURSOTÉCNICO DE GESTÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS DAOFICINA, E PODERÁ TER NOVAS FUNCIONALIDADES ATÉ AOFINAL DO PRESENTE ANO LETIVO

quais, os próprios pais e/ou Encarre-gados de Educação que passam a teracesso facilitado a informações úteisrelativas aos seus educandos, confor-me deu conta ao Entre Margens amesma responsável. “Todos os sumá-rios, faltas, a marcação de almoços emesmo o lançamento de pautas, estáa ser efetuado apenas através destaaplicação. Isto significa que toda acomunidade escolar tem uma conta;existem as contas dos professores,dos alunos e mesmo dos encarrega-dos de educação que têm acesso àinformação do seu educando”. AnaGonçalves sublinha ainda que muitada informação se processa em temporeal. “O professor dá o teste, corrige-o e lança a pauta da turma que, de-pois de devidamente aprovada e va-lidada, fica automaticamente dispo-nível”. Outra das mais valias da “Ofici-naBox” decorre do facto de se tratarde uma aplicação multiplataforma, ouseja, o acesso à informação aí dispo-nibilizada pode ser feito, por exem-plo, através de um telemóvel.

“A OFICINA é uma escola queaposta bastante nas novas tecnolo-

gias” refere Ana Gonçalves, argu-mentando a boa receção que a pla-taforma de gestão escolar online tevejunto da comunidade educativa. “To-dos os professores aderiam muitobem a esta aplicação e temos recebi-do bastantes sugestões de melhoria”.E “sendo um projeto dinâmico” énessas mesmas melhorias que nestemomento se trabalha. “A aplicaçãonão está fechada. Estamos a desen-volver novas funcionalidades quebrevemente poderão serem imple-mentados. Estamos numa fase de tes-tes”, referi a mesma responsável.

Embora pensada para “dar respos-tas aos cursos profissionais” da es-cola, a mesma poderia ser aplicadaem qualquer outro estabelecimentode ensino. “Para já cingimos a aplica-ção à nossa escola, até porque oobjetivo era facilitar todo o trabalhopedagógico e ultrapassar todas aslacunas que sentíamos até aqui, vistoque utilizávamos ferramentas que nãopermitiam ir mais além. Mas realmentea aplicação pode ser aplicada nou-tras escolas, está preparada para isso”,conclui Ana Gonçalves. |||||

O 10º encontro dos antigos es-cuteiros de Vila das Aves, estáagendado para o dia de 1 de ju-nho, e tem como destino Resende,mais precisamente à quinta doavense Manuel Pimenta.

No local será servido um pratoquente de arroz com carne e vi-nho. Para a tarde, os participantesdo encontro, deverão levar umpequeno lanche. Devem tambémlevar roupa e calçado práticos, pa-ra que possam participar na visitaà quinta e seus arredores ondese prevê fazer uma caminhada ea possibilidade de colher cerejas.

O grupo organizador apelaaos interessados que se podemfazer acompanhar por outros fa-miliares, que façam as suas reser-vas, para que, atempadamente,possam tratar de todas as reser-vas e outros pormenores que en-volvem a organização do encon-tro. Assim podem fazer as reser-vas com António Silva (telefone252 871 128 ou 965 877 374),Miguel Maia (telemóvel 914 654415), Artur Freitas (telefone 252871 078 ou 933 824 177) eLino Alves (telefone 309 880328 ou 916 721 871).

Assim, as inscrições devem serefetuadas até 31 de março e ogrupo organizador calcula que opreço para esta deslocação e al-moço rondará os 15 euros. ||||||

Antigos Escuteirosavenses realizam10º encontro

A APLICAÇÃO FOI DESENVOLVI-DA PELO CURSO TÉCNICO DEGESTÃO DE SISTEMASINFORMÁTICOS DA OFICINA

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 11

Quinta de Fora pode ter edifíciosrequalificados já em agosto

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Requalificar é, por estes dias, a pala-vra de ordem na Quinta de Fora doMosteiro de S. Bento, em Santo Tirso.Depois do parque Urbano da Raba-da, do Passeio Pedonal das Margensdo Ave e da Nave Cultural da Fábricade Santo Thyrso, “com a conclusãodesta obra será concluído o investi-mento material da PRU”, garantiu opresidente da Câmara na cerimóniade apresentação do projeto.

A obra, que está em curso desdeoutubro passado, inclui dois edifícios:a antiga casa da eira, que tem a seuspés a grande eira de pedra, e a anti-ga casa do caseiro. Miguel Abecasis,um dos arquitetos responsáveis, ex-plicou a intenção de fazer “do antigosequeiro um edifico mais público einstalar na casa a escola-restaurantee escola-hotel”. De entre os novos espa-ços pensados para o local surge umasala de exposições, um centro de edu-cação ambiental, um pequeno audi-tório e diversas áreas necessárias paraao funcionamento de uma escola dehotelaria. O projeto chegou às mãos

UM CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, UM AUDITÓRIO, UMA SALA DE EXPOSIÇÕES E UMA ESCOLA PROFISSIONAL DEHOTELARIA. OS EDIFÍCIOS DA QUINTA DE FORA DO MOSTEIRO DE S. BENTO ESTÃO A GANHAR UMA NOVA VIDA E ESTASSÃO ALGUMAS DAS VALÊNCIAS QUE INTEGRARÃO O ESPAÇO A CRIAR NO ÂMBITO DA PARCERIA DE REGENERAÇÃO URBANA

dos arquitetos através de um “concur-so público internacional para o qualconcorreram 42 gabinetes de arqui-tetura”, explicou Castro Fernandes,que acredita estar perante uma for-ma de “preservação e valorização dopatrimónio da Quinta de S. Bento”.

Castro Fernandes adiantou, ain-da, que um dos objetivos do projetoera garantir que “a imagem da cida-de não fosse alterada porque isso iagerar, de certeza, conflitos”. O autarcagarante que o objetivo se vai concreti-zar e assegura que “a intervenção iráainda valorizar este conjunto edifica-do de grande valor patrimonial earquitetónico e de grande expressãona paisagem urbana de Santo Tirso”.

De acordo com o estabelecido naPRU, a reabilitação reúne três entida-des: A DREN/Escola Agrícola CondeS. Bento, a Santa Casa da Misericórdiade Santo Tirso, proprietária dos ter-renos, e a Câmara Municipal de San-to Tirso. A autarquia de Santo Tirsoestabeleceu um protocolo com a Dire-ção Regional da Educação do Nortena qual assume a coordenação dostrâmites legais e processuais para o

espera da comparticipação, ainda nemsequer a obra estava a começar”.

Ainda assim, o presidente da Câ-mara salienta que “não importa quemfaz as obras, o que importa é que sefaça”, e sublinha que “não há nin-guém que vá levar de Santo Tirso estaobra, ela vai ficar cá, vai ficar proprie-dade da Misericórdia mas ao servi-ço da educação, ao serviço da cida-de, ao serviço de Santo Tirso”.

Para já, na Quinta de Fora, aindahá máquinas a circular e muito traba-lho a fazer mas se tudo correr comoplaneado, em agosto Santo Tirso con-tará com uma nova paisagem arquite-tónica. A PRU, na qual se insere oprojeto de requalificação destes edi-fícios é o resultado de uma “candida-tura ao QREN que envolveu verbasna ordem dos 10 milhões de euros,numa área de intervenção de 251hectares no Rio Ave e com 3,5 qui-lómetros de frente de rio”. O rio, esse,deveria passar a ser o “coração dacidade”, e Castro Fernandes acreditaque “a cidade agora usufrui das mar-gens do rio”. As obras na Quinta deFora representam um investimento de1,6 milhões de euros. |||||

concurso da obra e respetiva constru-ção. Castro Fernandes lamenta, po-rém, que o protocolo não tenha sidohomologado pelos sucessivos gover-nos, explicando que “nenhum deles[ministérios da educação] homologouporque isso significaria uma compar-ticipação de algumas centenas de mi-lhar [de euros]. Foi a câmara a assumirpara que esta obra andasse para afrente e para a concluir, se isso nãotivesse sido feito, se estivéssemos à

SANTO TIRSO // PARCERIA DE REGENERAÇÃO URBANA (PRU)

EM CIMA, IMAGEM DOPROJETO DA QUINTA DEFORA E, EM BAIXO,FOTO DAS OBRASATUALMENTE EM CURSO

“Não há ninguém que vá levar de Santo Tirso estaobra, ela vai ficar cá, vai ficar propriedade daMisericórdia mas ao serviço da educação, aoserviço da cidade, ao serviço de Santo Tirso”.CASTRO FERNANDES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

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Torne-se assinantedeste jornal e

Estrelado Monte

As memórias de Moita Flores e FilomenaGonçalves na Sec. D. Afonso Henriques

||||| TEXTO E FOTOS: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A sala da Escola Secundário D. Afon-so Henriques que recebeu FilomenaGonçalves e Francisco Moita Floresera grande mas tinha muito poucoespaço vazio, tal era a quantidade dealunos e professores que lá se junta-ram para a apresentação dos livrosde ambos. Moita Flores trouxe o seu“Bairro da Estrela Polar” e FilomenaGonçalves deu a conhecer “o Mun-do Misterioso de Guta”.

Os alunos, esses, sabiam de coros respetivos percursos e de todas asperguntas possíveis escolheram perce-ber as origens do interesse pela es-crita, as fontes de inspiração, a razãoque leva à escolha de nomes para aspersonagens. A boa disposição e sim-patia dos dois despertou a atenção,arrancou gargalhadas, desencadeouflashes de quem tentava guardar umarecordação daquele momento.

“Nós somos nós com as circuns-tâncias escritas na nossa memória”,dizia o escritor, memórias que foram,aliás, muito partilhadas pelos dois, es-pecialmente por Moita Flores. “Eu rio-me muito com as minhas personagensmas já me correram lágrimas também”,garantiu, “quando estava a escrever ‘AFerreirinha’ andei dias para a ‘matar’,

ELE É CONSIDERADO UM DOS GRANDES GUIONISTAS PORTUGUESES, ELA É UMA ATRIZ DE RENOME NACIONAL. ELE CRIOU “DESENCONTROS”, “ AFERREIRINHA”, “O PROCESSO DOS TÁVORA”, “PEDRO E INÊS” E TANTAS OUTRAS HISTÓRIAS, ELA DEU VIDA A MUITAS DESTAS PERSONAGENS. ELECONSIDERA-A “UMA DAS MAIS EXTRAORDINÁRIAS ATRIZES DA SUA GERAÇÃO”, ELA DIZ QUE ELE É O “MESTRE”, QUE OS MELHORES TEXTOS QUEREPRESENTOU FORAM OS QUE ELE ESCREVEU. FRANCISCO MOITA FLORES E FILOMENA GONÇALVES ESTIVERAM NA ESCOLA SECUNDÁRIA D. AFONSOHENRIQUES, EM VILA DAS AVES, PARA MAIS UMA EDIÇÃO DA SEMANA DA LEITURA.

gostei muito daquela mulher e cho-rei baba e ranho quando a ‘matei’”.

Também Filomena Gonçalves fo-lheou algumas recordações atravésde uma apresentação levada a cabopelos alunos. “Muito obrigada”, agra-deceu a atriz que confessou ter fica-do “profundamente sensibilizada”.“Levou-me às lagrimas porque fiqueiprofundamente comovida pela formacomo foram atentos aos anos queforam passando e que constituem osmarcos da minha carreira”, adiantou.

E se Francisco Moita Flores é já umveterano na escrita, “o Mundo Misteri-oso de Guta” é o livro de estreia deFilomena Gonçalves mas a, também,atriz diz não se considerar uma es-critora. “Sou alguém que escreveu umlivro, não sei se tenho mais algumacoisa para escrever”, confidenciou.“Deve haver gente não publicada queescreve muito melhor do que eu maso que eu procurava era manter estecontacto com o jovem público e ain-da bem que aconteceu”.

‘Gosta mais de representar ou deescrever?’ perguntaram, “gosto mais deviver” respondeu a atriz entre sorrisos.“Vivo a representar e a escrever massinto-me mais à vontade a represen-tar”. Moita Flores partilhou o sonhode pequeno que era ser escritor e

detetive: “a escrita é a minha vida, épor ela que venho aqui ter convosco”,contou o autor que sublinhou a im-portância de haver “escolas que se pre-ocupam com a semana da leitura”.

Depois de muitos autógrafos ecumprimentos, Moita Flores confes-sou que, na D. Afonso Henriques,viu “uma atenção extraordinária, umfascínio pelo livro num tempo em queo computador e a internet dominama atualidade”, “é uma escola ativa,muito viva”. A vivacidade da Secun-dária foi também um aspeto destaca-do por Filomena Gonçalves que semostrou ‘encantada’ com os alunos.“Achei este grupo muito vivo, muitodinâmico, com uma alegria interiormuito grande. São jovens que sabemexprimir-se de uma forma que, hojeem dia, às vezes é muito difícil. Gos-tei muito de os conhecer”.

Da D. Afonso Henriques, FilomenaGonçalves leva “a alegria, o carinhoque põem nas coisas” e Moita Floresa “experiencia extraordinária da cele-bração dos livros”. Na escola ficammemórias de uma semana diferente,as palavras de quem vê os livros co-mo mais do que simples páginas eacredita que “as escolas estão ferven-tes de sonhos, que nada se faz semum sonho”. |||||

VILA DAS AVES // SEMANA DA LEITURA DA ESCOLA SCUNDÁRIA D. AFONSO HENRIQUES

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 13

De 18 a 22 de fevereiro, a semana daleitura comemorou-se um pouco portodo o concelho e a Escola Secundá-ria D. Dinis não foi exceção. Depoisda participação na sessão de aber-tura, na Biblioteca Municipal, ondeuns alunos do 7º, 9º e 12º declama-ram poemas dobre o mar e outroscantaram acompanhados com violi-no, violoncelo e guitarra, no dia 21,foi dia de chá com livros. A atividadeteve lugar na biblioteca da escola efoi aberta a toda a comunidade.Pablo Neruda, Camilo Castelo Bran-co, António Botto e Sophia de MelloBreyner foram alguns dos autorescujos poemas foram declamados poralunos do 7º, 9º e 12º ano. Mas nemsó de declamação de poesia se fez aatividade. Um grupo de alunos can-tou, acompanhado à viola e váriosprofessores falaram de livros e deautores. A semana foi inteiramentededicada à homenagem aos livros,houve muitas leituras nas diferen-tes turmas que se adequaram ao en-sino básico e secundário e incluí-ram desde ‘Os contos populares aosbichos’, de Miguel Torga, à ‘Mensa-gem’, de Fernando Pessoa, passan-do pelos contos de Sophia e VergilioFerreira e pelo “Velho e o Mar”, deHemingway. |||||||||||||||||||||||||

Escola D. Dinis alerta para aprevenção da violência no namoro“Dizer não à violência no namoro”.Foi com este objetivo que, no passa-do dia 20, a Equipa do Projeto deEducação para a Saúde (EPES), junta-mente com a PSP e o Gabinete deAtendimento a Vítimas - Projeto IRISlevou a cabo, no Auditório Euricode Melo, uma palestra destinada aos

alunos do 9º ano da Secundária D.Dinis, em Santo Tirso.

Numa altura em que se estima que,em Portugal, uma em cada quatro jo-vens seja vítima de violência no na-moro esta iniciativa foi, também, umaforma de sensibilização. “As campa-nhas de prevenção contribuem para

mostrar às pessoas que não estãosozinhas”, isto porque ainda são pou-cos os casos em que as vitimas destetipo de violência procuram ajuda. “Avergonha, o embaraço, o medo deserem culpabilizados, de que o se-gredo não seja preservado, que osadultos os pressionem para terminara relação, acharem que não vão serajudados, temerem punições paren-tais” levam os jovens a guardar parasi as situações e partilhá-las apenascom amigos que, na maioria, não re-únem condições para os apoiar de-vidamente.

“Este tipo de violência é identifi-cado através de maus tratos físicos epsicológicos, abusos e violências se-xuais, intimidações e humilhações eé considerado um crime público pu-nível por lei e integrado no quadrolegal da violência doméstica”. O in-centivo da prevenção, através da pro-moção de relacionamentos saudáveis,da consciencialização dos jovens emodificação de comportamentos vi-olentos, é a melhor forma de comba-ter este fenómeno. |||||

D. DINIS ‘TOMOU’CHÁ COM LIVROS

EM PORTUGAL, ESTIMA-SEQUE UMA EM CADA QUATROJOVENS SEJA VÍTIMA DEVIOLÊNCIA NO NAMORO

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CULTURA14 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

FOTO: NUNONUNONUNONUNONUNO MMMMMOOOOOTTTTTAAAAA

A aposta, desde longa data, por partede Guimarães na dança contemporâ-nea e nas artes performativas corpori-zou-se, em 2011, na criação do GUI-dance - Festival Internacional de Dan-ça Contemporânea, promovido pelaOficina. E praticamente a contra-ciclo,face ao desaparecimento de eventosdo género, até então levados a cabo anorte. Um aposta sublinhada em 2012,ou não fosse Guimarães uma dascapitais europeias da cultura, mas queo momento de crise poderia até dei-tar por terra a edição seguinte, semque ninguém estranhasse.

Mas assim não foi, e ao longo deduas semanas, Guimarães voltou aser palco privilegiado para a dançacontemporânea, mantendo-se, apa-rentemente, o figurino de anos ante-riores. Aparentemente porque o fac-to de o evento se ter alargado a ou-tros espaços da cidade não se resu-miu a uma mera deslocalização deespectáculos, consubstanciou tambémuma aposta em propostas que, em-bora arriscadas, devem ter espaçonum evento deste género, a bem dasua continuidade.

Apresentado na Caixa Negra daFábrica Asa, “altered natives’ Say YesTo Another Excess – TWERK” (na foto),é disso exemplo. Uma provocação dadupla Cecilia Bengolea e FrançoisChaignaud que começa logo pelofacto de sermos convocados comoespetadores para algo em que dificil-

DANÇA // FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA CONTEMPORÂNEAVÁRIOS LOCAIS, GUIMARÃES, 13 A 23 DE FEVEREIRO

Entre o contemporâneo,o performativo e a novidade

mente nos imaginamos como tal. Nolimite, a dupla de criadores levam-nos a duvidar do nosso papel. Sere-mos espetadores ou observadoresdeste espetáculo que faz da pista dedança o seu ‘habitat’ e cujos interpre-tes não parecem levar o público mui-to a sério. Pela ousadia e novidade –

nos movimentos até – uma apostaganha do GUIdance que juntaria, diasdepois, esse objeto estranho, essen-cialmente performativo, e desafiador(na verdadeira aceção do termo),apresentado pela Útero AssociaçãoCultural - “Regina, The Ritual Wedding”- e que é, ao mesmo tempo, reveladorde outros aspectos mais pragmáticos.Ou seja: da posta de Guimarães nacriação que levou a que a referida as-sociação trocasse a capital pela cida-de-berço, e de que podem ser váriosos palcos para a contemporaneida-de; o espetáculo foi apresentado ahoras e a desoras no Centro para osAssuntos da Arte e Arquitetura.

Referências ainda para a Austrá-lia Dance Theatre, companhia que oGUIdance revelou em 2011 e quevoltou a apostar este ano, com o es-petáculo “Proximity”, ou para os so-los da japonesa Kaori Ito dos quaiso mínimo que se poderá dizer é que,souberam a pouco. Este foi tambémo ano em que Tânia Carvalho se apre-sentou pela primeira vez (já tardava)no festival, com o “Reverso das Pala-vras” (ainda que num palco demasi-ado grande para ‘as palavras nãoditas’ nos movimentos dos bailarinos)e onde a companhia Olga Roriz vol-tou a pisar o palco do grande audi-tório, com o espetáculo “A Cidade”;uma longa reflexão sobre a cidade,às vezes perdida entre a vivência emcomunidade e a privada, com algunsdesequilíbrios e lugares comuns, masfeita também de momentos verdadei-ramente sublimes, que fazem desteespetáculo o melhor que se pôde verem Guimarães de Olga Roriz, desdea apresentação, há alguns anos, de“Nortada”.

No fecho, o coreógrafo da casacom o seu premiado “Ballet Story”, oua esperança de que nem tudo estáperdido e que a criação contemporâ-nea não reside apenas na capital. Gui-marães, que foi capital da cultura, po-derá ser capital da dança contempo-rânea e das artes performativas? ||||||

ALTERED NATIVES’ SAY YESTO ANOTHER EXCESS -TWERK DA DUPLA CECILIABENGOLEA E FRANÇOISCHAIGNAUD. FÁBRICA ASA.

As obras poéticas dos escritoresbrasileiros Carlos Drummond deAndrade e Manuel Bandeira vãoestar em destaque na sessão domês de março da Comunidadede Leitores do Centro Cultural deVila das Aves. Coordenado porAntónio Sousa, o segundo en-contro deste novo ciclo da CL re-aliza-se na próxima quarta-feira,dia 6 de março, a partir das 21ho-ras, no Centro Cultural.

Retomadas em fevereiro, assessões da Comunidade de Lei-tores, inspiradas no verso “Minhapátria é minha língua” cantadopor Caetano Veloso em 1984, vão,neste ano dar, especial atençãoaos autores da lusofonia. Macha-do de Assis, Ondjaki, Viriato daCruz, Arménio Vieira e ManuelAntónio Pina são apenas algunsdos autores cujas obras literáriasestarão em destaque ao longo doano, uma vez por mês, quase sem-pre às quartas-feiras.

Iniciada em 2010, a Comuni-dade de Leitores, promovida pelaCâmara Municipal de Santo Tirso,toma como ponto de partida oslivros e o prazer de os ler. Em ca-da sessão, os participantes sãoconvidados a falar sobre o queleram e a trocar opiniões e idei-as. Para mais informação e inscri-ção nesta iniciativa, os interessa-dos podem contactar o CentroCultural de Vila das Aves atravésde e-mail ([email protected]) oupelo telefone 252 870 020. |||||

Obra poética deDrummond deAndradeem destaque

COMUNIDADE DELEITORES

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 15

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Um músico português a esgotar ogrande auditório da Casa das Artesé obra! Realmente, como o própriodesabafou no espetáculo do passa-do dia 16 de fevereiro, “a vida não ésó beber imperiais”. Felizmente aindahá pessoas que se interessam pelacultura nacional.

Depois de um breve e bem-suce-dido percurso nos Toranja, Tiago Bet-tencourt deu o seu grito do Ipiranga,lançando, até ao momento, três ál-buns a solo: “O Jardim”, “Em Fuga” e“Acústico”. Foi precisamente este úl-timo que serviu de alavanca para umasérie de concertos que o ajudam a

CONCERTO // TIAGO BETTENCOURTCASA DAS ARTES, FAMALICÃO. 16 FEVEREIRO 2013

Um falso-acústiconuma noitebem passada

O Espaço Art’Work, em S. Martinhodo Campo acolhe no próximo dia9 de março o lançamento do livro“Sintagma de mim… fragmentos denós” de Cidálio Castro. A apresen-tação da obra, marcada para as21h30, será feita por Florbela Mar-tins, participando ainda na iniciati-va o maestro e compositor TiagoAbreu, a cantora Diana Martins, oduo de guitarra e voz composto porHélio Marques e José Miguel Ma-chado, bem como os declamadoresRui Ribeiro e Margarida Castro.

Editado pela Mosaico de Pala-vras Editora, “Sintagma de Mim…Fragmentos de Nós” é a estreia napoesia de Cidálio Castro. Naturalde S. Martinho do Campo, o autor(1968), enquanto autodidata, nor-teou o seu percurso intelectual “pelacuriosidade e pela busca de conhe-cimento, através da leitura, da escri-ta e das artes (cinema, teatro, tertúli-as, workshops), superando pela sua

Cidálio Castro estreia-senos livros comSintagma de mim...fragmentos de nós”

S. MARTINHO DO CAMPO // LIVROS

vontade os limites impostos pelascondições socioeconómicas de en-tão, que não lhe permitiram ingres-sar no curso superior de jornalis-mo”, refere o autor.

Técnico administrativo desde1989, tem desenvolvido, paralela-mente, um longo percurso no mo-vimento associativo, recreativo e co-munitário. É disso exemplo o cargode subdiretor e diretor que exer-ceu ao longo de vários anos nojornal Notícias do Vale. Destaqueainda para alguma atividade decariz político, nomeadamente a desecretário de Assembleia de Fregue-sia durante oito anos.

“Uma poesia que jorra do ínti-mo do poeta, mas se pode espa-lhar por toda a realidade humana,nas suas complexidades, angústiase vertigens, na sua verticalidade ena sua contradição”: assim se apre-senta “Sintagma de Mim… Fragmen-tos de Nós” de Cidálio Castro. |||||

A atuação começoualgo discreta, evoluin-do gradualmente àmedida que a noite iareclamando maioratenção. Um dos trun-fos foi a comunicação(bidirecional)”.

comemorar dez anos de carreira.A atuação começou algo discreta,

evoluindo gradualmente à medidaque a noite ia reclamando maior aten-ção. Um dos trunfos foi a comunica-ção (bidirecional): Tiago aproveitoupara saber se o público estava a gos-tar, para praticamente assumir que eraum espetáculo falso-acústico (algunssons foram eletricamente amplifica-dos), para confessar que tinha pou-co jeito para construir alinhamentos(apesar de colocar a “Carta” no mo-mento certo, imediatamente antes doencore) e para, entre outras situações,brincar com o facto do baterista JoãoLencastre demorar a arrumar todosos acessórios instrumentais, chegan-do mesmo a atrasar o início de umamúsica. Em termos humorísticos nãoficou por aqui. Antes de “Eu Esperei”,uma música de revolta contra a crisede valores e as políticas de Sócrates,provocou uma série de gargalhadasao interagir com o técnico (muitos nãose esqueceram que se chamava Torres)e ao “acusar” a harmónica de ser umaacumuladora de saliva. Foi pena a sec-ção de sopros não estar presente. Istonão é uma piada minha relacionadacom o líquido alcalino segregado pe-las glândulas salivares. Gostava mes-mo de ouvir os arranjos idênticos ao“Acústico”. Claro que não pode sertudo igual, senão teríamos Jorge Pal-ma a cantar “Laços”. Bem, avancemosporque não gosto de pensar muitonisto. Houve mais pontos altos? Sim,claro. Saliento dois, já na reta final: umafotografia tirada pelo cantor conimbri-cense (entretanto disponível nas pá-ginas do Twitter e Facebook) e “Tem-poral”, cujo texto (distribuído anteci-padamente) reflete a vontade intrín-seca de continuar a lutar por sonhos.Pois, é um assunto muito atual…

Quem faltou à chamada perdeu tam-bém um lote de versões – “Canção deEngate” do grande António Variações,“Pó de Arroz” do malfadado CarlosPaião e, finalmente, um cheirinho de“Walk on the Wild Side” do mestreLou Reed. Numa outra escala, mascom menor proximidade, Tiago esta-rá brevemente num dos grandes pal-cos portugueses, o Coliseu do Porto,a 15 de março. Outra oportunidadepara ficar a “beber imperiais”. |||||

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VALE DO AVE16 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

Fotógrafo de Riba deAve ganha prémiono World Press Photo

FAMALICÃO // FEIRA URBANA

Agropecuária e a tradiçãoequestre em destaque

Este fim de semana, a Trofa “é a capi-tal da Agropecuária e da TradiçãoEquestre na Península Ibérica”. Assim,pelo menos, o anuncia a organiza-ção da Feira Anual, assegurada pelaJunta de Freguesia de S. Martinho deBougado e pela Câmara Municipal.E “a testemunhar a projeção e a im-portância deste certame”, a feira vaireceber, no sábado 2 de março, du-rante a manhã, a visita oficial do se-cretário de Estado das Florestas e doDesenvolvimento Rural, FranciscoGomes da Silva.

O programa preparado para este

MERCADO/FEIRA DA TROFA E ÁREA ENVOLVENTE ACOLHEM ESTE FIM DE SEMANA A FEIRAANUAL. SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO RUAL VISITA A FEIRA NO SÁBADO.PROGRAMA DA TVI SOMOS PORTUGAL, JUNTA-SE À FESTA NA TARDE DE DOMINGO

ano, vai incluir o Concurso de Prepa-radores e Manejadores da Raça Hol-stein Frísia, o Concurso Pecuário daRaça Arouquesa, o Concurso Pecuá-rio da Raça Minhota, o Concurso RaçaHolstein Frísia - Animais Jovens e Ani-mais Adultos, o Concurso Pecuário daRaça Barrosã, a Hora dos Campeões -Concurso de Modelos e Andamen-tos (Campeão Macho, Campeão Fê-mea, Campeão dos Campeões, Me-lhor Criador e Melhor Apresentador).

Já na área da tradição equestre, oprograma realça, nesta edição 2013,o Campeonato Regional do Norte deEquitação de Trabalho - Provas de En-sino, Maneabilidade e Velocidade, aMonumental Garraiada, o Concursode Modelos e Andamentos – Fêmease Machos, demonstrações e provasde Horse Ball, Horse Paper e Atrela-gem, o Desfile e a Gala da Confrariado Cavalo com Reprise da GNR, bemcomo as Cavalhadas.

De resto, e como vem sendo há-bito, a Feira vai receber, no primeirodia do certame, as crianças das esco-las do concelho, e haverá tambémseminários direcionados para agricul-tores, criadores, produtores e empre-

sários da área. Em paralelo, haverámuitas atracões para o público em ge-ral, destacando-se o folclore, a músi-ca tradicional, o artesanato e a trans-missão em direto do programa da TVI,“Somos Portugal”, a partir do recintoda Feira, domingo, dia 3 de março,entre as 14h00 e as 20 horas.

A estes pontos fortes, acresce ain-da a realização de uma mostra gastro-nómica e a área de exposição, vendae divulgação de produtos nacionaiscomo lacticínios, charcutaria, mel, vi-nhos, azeite e doçaria.

Para Joana Lima, Presidente da Câ-mara da Trofa, a Feira Anual é “umacontecimento de âmbito nacional,centrado nos valores, na cultura enos produtos do Norte de Portugal epor isso, assume grande relevância,não só para o concelho, como paratoda economia da região”. Segundoa mesma responsável, esta iniciativaé “uma mais-valia crucial para a coo-peração de sinergias e para a afirma-ção e projeção da Trofa, mas tambémpara o desenvolvimento rural e para aagricultura em geral, já que apostana preservação de raças autóctonese da pecuária extensiva nacional”. |||||

Em 2012, na Guiné Bissau, um gru-po de jovens joga à bola num cam-po repleto de pó. A imagem, quepodia ser o início de uma qualquerhistória passada em África é, narealidade, a vencedora da catego-ria ‘Daily Life’ do World Press Photo,uma das mais importantes distin-ções do fotojornalismo. DanielRodrigues é português, vive em RibaD’Ave, Famalicão, e é o autor daimagem escolhida entre as mais de100 mil a concurso.

Daniel é, desde setembro, partedo grupo de portugueses que nãoconsegue arranjar trabalho e che-gou mesmo a vender todo o mate-rial fotográfico para pagar as con-tas. A foto vencedora nunca che-gou a ser publicada porque nin-guém esteve disponível para a com-prar. Agora que ‘o sonho’ se tor-nou realidade, a mesma foto já en-cheu as páginas de muitos jornais

TROFA // FERIA ANUAL 2013

pelo país fora, surgiu nos ecrãs demuitas televisões e ganhou formanas descrições feitas nas rádios.

A fotografia que Daniel Rodri-gues tirou numa missão humanitá-ria na Guiné Bissau rendeu-lhe maisdo que os 1500 que arrecadou. Éhoje um dos poucos nomes portu-gueses associados aos prémios doWorld Press Photo e até já lhe foioferecido material fotográfico.

Concorria com mais de 5600fotógrafos de 124 nacionalidadese venceu. Tem 25 anos. |||||

FAMALICÃO // RIBA DE AVE

A partir de 9 de março, “Vai-me àvenda”; é este o nome da Feira Ur-bana que a partir de 9 de marçoterá lugar na central de camionagemde Famalicão. A feira, que se desti-na essencialmente a jovens artesãosfamalicenses, tem como objetivo acompra e venda de produtos deartesanato urbano, nomeadamen-te acessórios de moda, trabalhosem feltro, cartão, trapilho ou arame,eco-artesanato, entre muitos outros

Vai-me à Venda apartir de 9 de março

Daniel faz parte dogrupo de portuguesesque não consegue arran-jar trabalho e chegoumesmo a vender todo omaterial fotográficopara pagar as contas.

conceitos criativos. Promovida pelaCâmara Municipal, a feira urbana vaidecorrer nos segundos sábados decada mês. Os interessados em par-ticipar devem efetuar a sua inscri-ção através do e-mail vaima [email protected]. A reserva do lugar temum custo associado de cinco euros,para despesas de divulgação e or-ganização. O regulamento do even-to pode ser consultado em:

www.juventudefamalicao.org.

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INQUÉRITO A FELICIDADE OLIVEIRA, DEPUTADA DAASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO ELEITA PELO PSD

´́́́́

A cuidar de si todo o ano!caldasdasaude.pt | 252 861763

O Inquérito do Entre Margens tem o patrocínio de:

INQUERITO

É natural de Famalicão, mas reside emSanto Tirso desde os cinco anos. Felici-dade Oliveira, 34 anos, é licenciadaem Arquitetura pela Escola SuperiorArtística do Porto. Finalizou o seu per-curso académico na Faculdade de LaCambre em Bruxelas e iniciou a sua vi-da profissional, num estágio na Câma-ra Municipal da Trofa, na área do Pla-neamento, onde continua até hoje. Afir-ma-se apartidária, independente e lu-tadora de causas, principalmente na-quilo em que realmente acredita. Em2005 esteve ao lado de João Abreuna sua candidatura à presidência daCâmara de Santo Tirso, integrando,desde essa altura os membros da As-sembleia Municipal eleitos pelo PSD.

“Santo Tirso conVida”… ou nempor isso?Santo Tirso COM VIDA, claro!

De que gastos já abdicou neste pe-ríodo de crise?Sinceramente não abdiquei de nada,apenas ajustei o meu dia-a-dia aomeu orçamento retificado.

Vai seguir o conselho do atual go-verno e ‘meter’ pés ao caminho à pro-cura de um ‘lugar ao sol’ noutro país?Não revejo no atual governo moralpara dar conselhos a ninguém!... sebem que não foi exatamente isso que

‘O futuro presidente deCâmara, deveria seruma pessoa independente’

o Dr. Pedro Passos Coelho disse!.. Noentanto, não sou mulher de seguirconselhos, faço sempre o que queroe como quero, desta forma, nuncaolho para trás pensando que podiater feito de forma diferente. Tem alguma explicação para o factode serem tão poucas as mulheres naAssembleia Municipal (AM) e napolítica em geral?Infelizmente os partidos em ST enten-dem que devem cumprir escrupulo-samente a inclusão de apenas 33%de mulheres nas suas listas (em luga-res ilegíveis), cumprindo o mínimo es-tipulado pela lei da paridade. Adotamainda, a sequência na lista de dois ho-mens seguidos de uma mulher, o queeu acho lamentável. Se não existemmais mulheres na AM, acho que é,porque simplesmente não foram con-vidadas e /ou incluídas nas listas.

Na política em geral, os homenscontinuam a achar que existem ‘lugaresao sol’, e que os mesmos são cativos, eas mulheres estão conformadas. En-quanto as mulheres não assumiremlugares de destaque e liderança nospartidos, continuarão a fazer parte naslistas, por arrasto de uma lei, que naminha opinião em nada dignifica amulher. Não consigo entender que asmulheres sejam incluídas nas listas‘forçadas’ por uma imposição legal.

O que gostava de ver na Fábrica deSanto Thyrso?Um tributo a Zeca Afonso, para quetodos os tirsenses pudessem cantarbem alto a “Grândola, Vila Morena”.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Sinto falta de liberdade de expres-são! Sinto falta de rasgo e ousadia!Sinto falta que as pessoas ‘engravata-das’ desta cidade, se dispam de pre-conceitos e se abram à sociedade ci-vil, participando sem receios de as-sumir as suas convicções e de dizero que pensam.

A Casa de Chá, no Parque D. MariaII, dá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?A Casa de chá é um símbolo inabalá-vel da cidade, com uma localização eumas vistas privilegiadas e únicas. Fal-ta-lhe a dinâmica e o serviço de exce-lência, que na minha opinião merece.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Depois do desmantelamento da gruano passado dia 16 e na ausência deuma explicação por parte do executi-vo camarário, perdi todas as réstiasde esperanças que ainda existiam. Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Os munícipes deste concelho não

tinham medo de dizer o que pensa-vam publicamente, sem ter medo deretaliações. Eu faria um abaixo-assinado para…Manifestar publicamente o apoio aum candidato independente, sério,isento e apartidário à CMST para asautárquicas de 2013.

É em 2013 que o PSD conquista apresidência da Câmara de SantoTirso?Se há pessoa que não faz questão queo PSD ou qualquer outro partido ga-nhe a Câmara Municipal, sou eu! Souapartidária, e por isso, até consideroque o futuro presidente de Câmara,deveria ser uma pessoa independen-te e longe da subserviência que ope-ra no seio dos partidos políticos. Naminha opinião, os partidos anulam asverdadeiras convicções das pessoas. Vai celebrar o Dia Internacional daMulher?Não sou nada dada a celebrações emdias fixados para o efeito. Celebrar odia da mulher, para mim, é poder dizerdiariamente sempre aquilo que pen-so, respeitando-me enquanto pessoae mulher. O Dia Internacional da Mu-lher, distinguindo “o género”, é mes-mo um acontecimento que na minhaopinião não faz qualquer sentido!Não sou nada femininista…

A quem oferecia uma medalha demérito?Defendo que as pessoas ao ter atitu-des na vida, não devem estar à espe-ra de congratulações ou medalhasde mérito. O reconhecimento deveser feito diariamente, e na minha opi-nião, o maior reconhecimento quequalquer pessoa pode ter, é o respei-to. As medalhas de mérito tal qual asconhecemos hoje em dia, dispensam-se! Tenho assistido a entregas de me-dalhas, que mais parece um passeiode vaidades, do que o verdadeiro re-conhecimento pessoal de alguém. |||||

Sinto falta que as pessoas‘engravatadas’ desta ci-dade, se dispam de pre-conceitos e se abram à so-ciedade civil, participan-do sem receios de assu-mir as suas convicções ede dizer o que pensam.”

“FELICIDADE OLIVEIRA

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DESPORTO18 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

II LIGA // APÓS NOVE JOGOS SEM VENCER

||||| tEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOCAMPOCAMPOCAMPOCAMPOS

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Primeira parte desinteressante com aequipa da Naval mais esclarecida acontrolar o jogo, mas com poucoslances dignos de registo. O Aves apre-sentou algumas mudanças fruto nãosó da mudança de treinador, mastambém algumas forçadas por lesão,como foi o caso de Romeu, VascoMatos, Dally e Pedro Pereira.

O lance de maior perigo de toda aprimeira parte foi também o primeiro(10’), quando Tinoco, do lado esquer-do, cruza para o miolo da área e AndréFontes à vontade cabeceia junto aoposte direito da baliza de Marafona.Cinco minutos depois foi Regula querematou fora da área mas à figura doguardião avense.

O Aves só depois de meia horade jogo conseguiu criar perigo juntoda baliza do veterano Taborda quan-do Diogo Pereira abre para o lado

AVES 1- NAVAL 0AVES: MARAFONA, LOURENÇO, TITO, RENATO REIS

(TIAGO CINTRA, 72’), LEANDRO (RENATO SANTOS, 61’),

ROMARIC (ADILSON, 87’), VASCO ROCHA, MAMADU,

DIOGO RIBIERO, JOÃO PAULO E ELVIS. NAVAL: TABORDA,

CARLITOS, JOÃO MARTINS, DIOGO SILVA, TIKITO,

DJIBRIL, TINOCO, ANDRÉ FONTES, REGULA (EUSÉBIO,

80’), TELINHO (MARCELO, 73’) E PEDRO MOREIRA

(ROBSON, 70’). GOLOS: LOURENÇO (67’ G.P.). ÁRBI-

TRO: MANUEL OLIVEIRA (PORTO). CARTÕES AMARE-

LOS: MAMADU (14’), CARLITOS (24’), PEDRO MOREIRA

(36’), ROMARIC (47’), RENATO REIS (55’), TIAGO CIN-

TRA (78’), JOÃO PAULO (81’), DIOGO RIBEIRO (84’),

DJIBRIL (90+1’). VERMELHO: DIOGO SILVA (66’)

Neca devolve vitórias ao AvesA CHICOTADA PSICOLÓGICA NO AVES SURTIU E NO REGRESSO DE NECA À VILA DAS AVES, A EQUIPA CONSEGUIUFINALMENTE VENCER, APÓS NOVE PARTIDAS SEM SABER O QUE ISSO ERA. FRENTE À NAVAL UMA GRANDEPENALIDADE COBRADA POR LOURENÇO CHEGOU PARA CONQUISTAR OS TRÊS PONTOS E FAZER O AVES SUBIR AOQUINTO LUGAR COM 45 PONTOS, ESTANDO A CINCO DA POSIÇÃO DE SUBIDA.

esquerdo para Renato Reis que entrapela área e remata cruzado mas porcima da barra.

A melhor jogada avense aconte-ce num lance de insistência de Ma-madu pelo lado direito a servir Lean-dro que cruza para Diogo Ribeiro que,no miolo da área, faz meia volta eremata fraco e à figura de Taborda.

No segundo tempo, a Naval este-ve novamente perto do golo (65’)na sequência de um livre cobrado

viria a ser o único tento da partida.Em vantagem numérica o Aves pas-

sou a controlar e a gerir o jogo, conse-guindo maior controlo também aju-dado pela boa prestação de RenatoSantos que rendeu o esgotado Le-andro, colocado a extremo por Neca.Aves, que poderia ter matado a parti-da quando Tiago Cintra (87’) isoladoe à boca da baliza rematou por cima.

Apesar da tentativa de controlo,já em periodo de descontos e comÁlvaro Magalhães a mandar subirtoda a equipa, surge um cruzamentodo lado esquerdo, com Marafona asoltar a bola e na recarga Marcelo arematar ao poste.

NECA REALÇA “VITÓRIAIMPORTANTE”No final da partida, Álvaro Maga-lhães considerou o resultado “injus-to”. “Apesar de termos muito respei-to pelo Aves, fomos melhores. Tive-mos mais posse de bola e as melho-res oportunidades. O Aves ganhougraças a um erro nosso, foi o que acon-teceu”, referiu o técnico figueirense.

Já o professor Neca que, logo naestreia, devolveu as vitórias ao clubereconheceu que o resultado “foi mui-to importante para uma equipa queestava habituada a ganhar e que derepente vê-se sem o conseguir du-rante quase dois meses”. Reconhe-ceu que a Naval “teve mais bola emais controlo embora aparente e con-sentido pelo Aves”, evidenciou. Necateve ainda a humildade de partilhara vitória com o técnico dispensadono início da semana e salientou anecessidade de recuperar os joga-dores para a visita ao líder Belenen-ses, no próximo domingo.

Na jornada anterior e que viria aprecipitar a saída de José Vilaça, oAves foi à Luz perder por 2-1, comKardec a bisar aos 21 e 23 minutos ea resolver a partida. O Aves aindareduziu no início do segundo tempopor Vasco Rocha, mas não conseguiuaté final pelo menos empatar. ||||||

por João Martins com Marafona aesticar-se e a parecer ainda desviarcom a bola a embater no poste direi-to da baliza avense. Logo no minutoseguinte num lance rápido, Diogo Ri-beiro consegue isolar-se e Diogo Silva,já dentro da área, derruba o avançadoavense, com o arbitro, peremtório, amarcar grande penalidade e a expul-sar o central da Figueira da Foz. Naconversão do castigo máximo, Lou-renço não perdoou e fez aquele que

Depois do jogo com aNaval, Neca partilhou avitória com José Vilaça esalientou a necessidadede recuperar os joga-dores para a visita aolíder Belenenses,do próximo domingo.

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 19

Derrota em ChavesO FC TIRSENSE SAIU DERROTADO DA DESLOCAÇÃO A CHAVES PELA MARGEM MÍNIMA, COMO GOLO DOS FLAVIENSES A SER CONSEGUIDO NA CONVERSÃO DE UMA GRANDEPENALIDADE. NA JORNADA ANTERIOR, OS JESUÍTAS CONSEGUIRAM VENCER (2-0) FRENTEAO INFESTA. SEGUE NO SÉTIMO POSTO COM 29 PONTOS.

A derrota na quinta-feira anteriorna visita ao Benfica B, totalizandonove jogos sem vencer (oito dosquais na II Liga) levou a direçãoavense a chegar a acordo com JoséVilaça e a precipitar a rescisão docontrato com o técnico, chamandologo a seguir um homem bem co-nhecido dos avenses. Trata-se doprofessor Neca, o responsável pe-las três subidas do clube ao esca-lão principal do futebol português.

O anterior técnico teve um per-curso muito bom até final de 2012,altura em que o Aves estava emterceiro lugar e em posição de subi-da. Deste ano, os avenses foramgoleados frente ao Benfica para aTaça de Portugal. Depois disso, naII Liga o saldo é de cinco empatese três derrotas.

O acordo com José Vilaça acon-teceu no fim de semana, com Ar-mando Silva a anunciar o novo téc-nico na segunda-feira, dia 18. “Es-tive reunido com o professor Neca,uma pessoa que passou oito anosno Aves e conhece bem os cantosà casa, e chegámos a um acordoaté ao final da temporada”, afirmouo presidente avense.

O dirigente do Aves disse ain-da que “a experiência” do técnico,de 61 anos, foi “determinante” naescolha do sucessor de José Vilaça.Neca, recorde-se, começou a tem-porada no Trofense, mas os resul-tados não foram os desejados sa-indo ao fim de poucas jornadas.Neca esteve no Desportivo das Avesem três períodos: 1982/86, 1998/2001 e 2005/07 e em todas elaslevou o desportivo à I Liga.

“É um regresso a casa”, diz, por A deslocação a Chaves antevia-secomo um jogo dificil, tendo em con-ta que os flavienses estão a disputara liderança do campeonato e a even-tual subida de divisão, pois decorren-te da vitória conseguida frente ao Tir-sense mantém a pressão sobre o lí-der Mirandela, de quem estão dista-dos três pontos.

Além deste facto na memória detodos estava o jogo da primeira mãoem Santo Tirso que a equipa da casavenceu também pela margem mínimanum jogo que o Chaves contestou aarbitragem e também a eliminaçãoprecoce do Chaves da Taça de Portu-gal precisamente pelo Tirsense.

Com estes condimentos, o Cha-ves apresentou-se mais atrevido e foia equipa que conseguiu maior posse

II DIVISÃO // APÓS VITÓRIA NA RECEÇÃO AO INFESTA

de bola e maior domínio em pratica-mente todo o desafio. Chegou aogolo no início da segunda parte acastigar uma alegada falta cometidapor Tiago Lenho na sua grande área.Na conversão, Kuka não falhou e deuvantagem ao Chaves que perdurariaaté final do encontro.

A tarefa dos flavienses ficou ain-da mais facilitada quando Queirósviu o segundo cartão amarelo e con-sequente vermelho aos 58 minutos.

Apesar da inferioridade numéri-ca, lentamente o Tirsense ficou maisatrevido e terminou o jogo no ata-que a tentar pelo menos o empate.Há queixas ainda dos jesuítas quan-to a uma alegada grande penalida-de que ficou por marcar a favor doshomens de Santo Tirso.

Talvez por isso, o presidente daComissão de Gestão do Tirsense, norescaldo do jogo ainda no domin-go, tenha publicado uma nota napágina do Facebook do clube ondese diz “revoltado”. “Acabem com estecampeonato e atribuam o 1º lugar àequipa que levam ao colo!”, escreveu,sustentando não admitir que “brin-quem e ponham em causa o suor,sacrificio e o trabalho deste grupo edesta comissão de gestão”, lembran-do ainda o protesto do Chaves dojogo da primeira volta, prometendo

que esta situação “cansa, desgasta...mas não nos desvia do nosso rumo”.

JORNADA ANTERIORNa jornada anterior, o Tirsense re-gressou à vitórias na receção ao In-festa. Num terreno em péssimas con-dições, a equipa de Santo Tirso do-minou a partida. Tiba foi o autor dosdois golos, o primeiro de grande pe-nalidade ainda antes de intervalo eo segundo aos 77 minutos. Poderi-am ter sido mais porque o mesmojogador jesuíta falharia outras duasgrandes penalidades.

Na próxima jornada, a equipa des-loca-se à Póvoa de Varzim para de-frontar a equipa local que segue nodécimo lugar com 23 pontos. |||||

CHAVES 1 - TIRSENSE 0CHAVES: PAULO RIBEIRO, ÁLVARO, RICARDO ROCHA,

RICARDO CHAVES, EDU, JOÃO FERNANDES, KUKA, BRUNO

MAGALHÃES, CLAYTON (GUSTAVO SOUZA, 90+1’), EDER

DÍEZ (RICARDO TEIXEIRA, 69’) E NUNINHO (FUFUCO,

55’). TIRSENSE: LEONARDO, ANDRÉ PINTO, EDUARDO,

QUEIRÓS, VILAÇA, TIAGO LENHO, ANDRÉ SOARES, FABI-

NHO (JOÃO PEDRO, 19’ - PINHEIRO, 62’), TIBA, RAFINHA

(RUI ANDRÉ, 71’) E LEANDRO. GOLO: KUKA (49 G.P.).

ÁRBITRO: PEDRO FERREIRA (BRAGA). CARTÕES AMA-

RELOS: CLAYTON (30’), JOÃO PEDRO (32’), QUEIRÓS

(38 E 58’), ANDRÉ PINTO (45’), TIAGO LENHO (48’),

LEANDRO (67’), RICARDO TEIXEIRA (87’). CARTÃO

VERMELHO: QUEIRÓS (58’).

AVES // JOSÉ VILAÇA NÃO RESISTIUA NOVE JOGOS SEM VENCER

seu lado, o novo técnico avense.“Não gostaria de voltar nestas cir-cunstâncias, mas este é um clubede gente boa. Conheço bem estasparedes. A primeira vez que cá es-tive foi há 31 anos, quero ajudar aequipa a encontrar um ritmo riso-nho. O importante, agora, é sair destatempestade e pôr fim ao pesadelode estar há nove jogos sem ganhar”,apontou Neca, conseguindo nopassado domingo ganhar e inver-ter este ciclo.

Apesar do técnico estar associ-ado às três subidas do clube, logona apresentação tratou de deixarclaro que o objetivo não é esse.“Sempre que isso aconteceu tive umano para organizar. Para já, o objetivoé conquistar a primeira vitória de2013. Daqui por dois ou três anos,se ainda continuar cá, pensaremosem subir”, indicou. Quanto à saídade Vilaça, Armando Silva não escon-deu e reconheceu que se deveu “aociclo negativo de resultados”.

O regresso de Neca é acompa-nhado por Otávio, seu antigo adjun-to e ex-jogador do Aves. Da anteri-or equipa técnica transitam Vitinha eToni, treinador de guardaredes. |||||

“O importante, agora,é sair destatempestade e pôrfim ao pesadelo deestar há novejogos sem ganhar”NECA, TREINADOR DO AVES

Neca querrecuperar o Aves

FOTO: DIARIOATUAL.COM

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DESPORTO20 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

Futsal ascende ao 1º lugarFim de semana desportivo comgrande atividade, apesar do frioque se fez sentir. Assim, e come-çando pelos mais velhos, a equi-pa de seniores masculinos des-locou-se ao terreno do vizinho Ro-riz e foi derrotada por 2-3, em jogode desfecho imprevisível. Tambéma jogar fora e também derrotada,foi a equipa sénior feminina. Des-locaram-se ao terreno da pode-rosa equipa do Freamunde e fo-ram derrotadas por 0-14. Em re-lação à equipa de Juvenis, deslo-cou-se e venceu no terreno doCustoias por 2-1. Quem tambémjogou com o Roriz foi a equipa de

FUTEBOL // ASSOCIAÇÃO DE MORADORESCOMPLEXO HABITACIONAL DE RINGE

Depois de quatro derrotas consecu-tivas finalmente conquistou um empa-te. Foi no passado sábado na rece-ção ao Póvoa Futsal a duas bolas. OAves, com este resultado desceu àazona perigosa, encontrando-se nodécimo segundo posto com 17 pon-tos juntamente com o décimo primeiroque é o CS São João. A posição de-termina que desce o pior 12º classi-ficado. O campeonato regressa nosábado com o Aves a deslocar-se aoGRECOR, equipa que segue no séti-mo posto com 20 pontos.

AR NEGRELOS EM QUEDAA Associação Recreativa de Negreloscontinua a marcar passo e a somarderrotas. Perdeu por 8-4 na desloca-ção à AD Polenenses e no passadofim de semana na receção ao CSRDCde Santiago por 3-6. Com estes resul-tados a equipa de Negrelos segueno 11º posto com 21 pontos. Na pró-xima jornada desloca-se ao CD Boa-vista, o lanterna vermelha da classifi-cação, que soma apenas 11 pontos. |||||

FUTSAL

Aves empatacom o Póvoa

O S. Martinho está a passar uma fasemenos boa. Depois de dois empatesaverbou agora duas derrotas. Perdeupor 3-2 na visita ao SC Rio Tinto epor 0-2 na receção ao Valonguenseno passado domingo.

Com estes resultados, a equipa des-ceu ao nono posto da geral manten-do os 31 pontos juntamente com oCanidelo. Na próxima jornada des-loca-se ao terreno do Lixa, equipa quelidera destacada a tabela com 45pontos somados.

... E VILARINHO TAMBÉMO Vilarinho somou mais duas der-rotas nas duas últimas jornadas. Nopassado fim de semana perdeu por2-1 na deslocação a Vila Caiz e nareceção ao Aliança de Gandra per-deu pela margem mínima (0-1). Comestes resultados, o Vilarinho segueno 12º lugar da Série 2 da 1ª divi-são da AFP, com os mesmos 25 pon-tos. Na próxima jornada o Vilarinhodesloca-se ao Alfenense. |||||

DISTRITAIS

S. Martinhoaverba derrotas

Os juniores do Aves golearam por4-0 o Paredes e com essa vitória alcan-çaram já a fase final da competiçãoquando faltam ainda cumprir quatrojornadas. No entanto, na jornadaanterior o SC Rio Tinto impôs umaderrota por 1-0 ao Aves. Os jovensavenses seguem no segundo postocom 59 pontos e na próxima jorna-da deslocam-se ao UD Valonguense,11º classificado com 33 pontos.

JUVENIS // Os juvenis do Aves per-deram e venceram nas duas últimasjornadas. Tiveram dois jogos casei-ros e perderam frente ao Paços deFerreira (0-1) e ganharam ao líder,Gondomar (2-1). O Aves segue nosétimo posto com 41 pontos, junta-mente com o Lousada. Na próximajornada desloca-se ao Aliados deLordelo, o lanterna vermelha da tabe-la com apenas sete pontos somados.

INICIADOS // Os iniciados perde-ram e venceram os últimos jogos.Venceu na deslocação ao AC Ama-

CAMADAS JOVENS AVES

Juniores apuradospara a fase final

O DESPORTO NA VILA DAS AVES,LIDO NA IMPRENSA LOCAL

|||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES*

26 Retomamos a leitura do Jor-nal das Aves de 1963 antes demais para verificar o resultado dojogo com o Valadares. Tenho mui-ta pena, mas tenho que confirmaro resultado, mesmo que o leitoratento que nos interpelou garan-ta que tem a memória viva dessejogo… A memória é bem capazde trair qualquer um, de modo aesconder um fracasso…

27 “Vai sendo tempo de se pen-sar em arranjar um homem quevá pescando nas aldeias e fregue-sias vizinhas alguns rapazes comjeito e vontade para o futebol, aver se logo que as tardes o per-mitam se pode começar a treinaruma escola de jogadores para anossa equipa de juniores da pró-xima época.”

São poucas as notícias de jo-

rante por 1-3. Na jornada anterior,os avenses averbaram uma derrotana deslocação ao Freamunde por 2-0. O Aves mantém a quarta posiçãocom 55 pontos e na próxima jorna-da recebe o Sousense que lidera atabela com 63 pontos.

Já a equipa B que segue na segun-da fase na série dos sextos perdeucom Nogueirense (2-0) e com o Can-dal (3-1), em duas deslocações se-guidas. O Aves mantém os três pon-tos, mas tem ainda um jogo em atra-so. Segue na cauda da tabela e napróxima jornada desloca-se ao S. Pedroda Cova, que soma cinco pontos.

INFANTIS // A equipa principal deinfantis averbou duas derrotas. Per-deu por 0-1 na receção ao Folgosada Maia e por 3-0 na deslocaçãoao Tirsense. Com estes resultados, oAves mantém mesmo assim o nonolugar, com 31 pontos. Na próximajornada, o Aves recebe o Tuías, oita-vo classificado com mais dois pon-tos que os avenses. |||||

Infantis, mas teve melhor sorte queos seniores masculinos, pois ven-ceram por 5-2. Quanto aos Benja-mins, fizeram provavelmente o seumelhor jogo da época, mas saí-ram derrotados do embate como Tirsense por 5-6. Já a equipa deTraquinas, fez um convívio com aequipa do Monte Córdova, ondea equipa A empatou a 4 golos ea equipa B venceu por 6-3.

O destaque desta semana vaisem dúvida para a equipa de fut-sal, que ao vencer em Rebordõespor 2-1 ascendeu ao 1º lugar docampeonato concelhio. |||||| TEXTO:ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

gos de juniores e os registos fo-tográficos destas equipas também.A foto abaixo é de uma equipajúnior do Desportivo mas comonão temos certeza da época a quese refere nem somos capazes deidentificar todos os jovens pre-sentes, desafiamos os leitores afazê-lo. Colabore contactando oEntre Margens por carta, email ouatravés do facebook…

28 Castelo 4 – Aves 5. “Se inclu-íssemos neste resultado mais doisgolos que o árbitro inexplicavel-mente anulou ao nosso grupo”… estaríamos com um resultadode andebol. “Estranho foi que adefesa se deixasse bater quatrovezes pelo último classificado.”

Vencido o Castelo neste iní-cio de segunda volta, haverá em-balagem para aguentar o coman-do da prova até ao fim?. ||||| *escritode acordo com a antiga ortografia

Há 50 anosfoi assim...

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 21

Os atletas do Karate Shotokan de Viladas Aves (KSVA), participaram no fimde semana de 16 e 17 de fevereiroem duas importantes provas da mo-dalidade e em ambos os casos, al-cançaram vitórias significativas.

No sábado, Ana Pinto sagrou-secampeã regional kumite (menos de55kg), no Campeonato RegionalSeniores - Norte, disputado no Pavi-lhão Municipal de Nogueira da Maia.A prova, organizada pela FederaçãoNacional Karaté Portugal com o apoiodo Clube de Karaté da Maia, contouainda com a prestação de Filipa Fer-nandes que trouxe para casa mais umexcelente resultado, ao sagrar-se vice-campeã regional kumite (mais de 68kg). Menos sorte teve Letícia Costa quenão foi além do 7º lugar. Para alémdestes resultados, as atletas ficaramapuradas para o campeonato nacio-nal, que vai decorrer no próximo dia10 de março, em Loulé.

Domingo, foi a vez de Léa Barrosalcançar a primeira posição (8/9 anos)na III Taça Cidade de Vila do Conde,que teve lugar no parque de jogosdaquela localidade. Organizada peloGinásio Clube Vilacondense e pelaAssociação de Karaté da Apúlia, a

KARATÉ // PROVAS

Fim de semanavitorioso parao karate localNO CAMPEONATO REGIONAL SENIORES - NORTE, ANAPINTO, DO KARATÉ SHOTOKAN DE VILA DAS AVES SAGRA-SE CAMPEÃ REGIONAL. POR SUA VEZ, ANA MONTEIRO, DANEGRELENSE, SOBE DUAS VEZES AO PÓDIO.

deada em S. Mamede de Negrelosesteve ainda representada em No-gueira da Maia pelos atletas StephanieCerqueira, Filipe Ribeiro e Tigao Ri-beiro, mas também pelo treinador eárbitro José Monteiro.

Para além das competições, a As-sociação Negrelense de Karate reú-ne em sessão ordinária da Assem-bleia Geral do próximo dia 3 de mar-ço. A reunião terá lugar na sede daassociação (rua do Olival, S. Mamedede Negrelos), a partir das 10 horas. |||||

iniciativa destinou-se, em exclusivo, aprovas de kumite, de todos os esca-lões etários. Na mesma, estiveram ain-da presentes da associação de Viladas Aves os karatecas Afonso Rodri-gues (4º lugar masculino, 8/7 anos);Patrícia Brandão (3º lugar feminino,10/11 anos); e Diogo Rodrigues (3ºlugar masculino, 12/13 anos). Em ju-niores masculino, a final foi disputa-da por dois karatecas do Karaté Sho-tokan de Vila das Aves, Leonardo Bar-bosa e Álvaro Rios, saindo vencedoro primeiro. Sem subidas ao pódio, mastambém em competição na III Taça Ci-dade de Vila do Conde estiveram RuiNeto, Pedro Azevedo, Alda Teixeira,Tânia Barros e José Sampaio.

ANA MONTEIRO NO PÓDIOPara além da associação de Vila dasAves, também a Associação Negre-lense de Karate esteve representadano Campeonato Regional Sénior,destacando-se a prestação da atletaAna Monteiro que conseguiu a pro-eza de conquistar os lugares de pódionas duas provas em que competiu.Se em kata, Ana Monteiro chegouao terceiro lugar, em kumite alcançaa segunda posição. A associação se-

Mais de 800 atletas de todo paísmarcaram presença no Open In-ternacional de Karaté, organiza-do pelo Núcleo Português de Ka-raté. Dirigido a atletas de todosos escalões etários, nas modalida-des de kata e kumite, o torneiorealizou-se no último sábado (23de fevereiro), no Pavilhão Rotados Móveis em Lordelos (Paredes).

O Karate Shotokan de Vila dasAves foi um dos vários clubes pre-sentes, conquistando um total decinco pódios. Tânia Barros, DiogoRodrigues (ambos em kumite ju-venil), Manuel Ribeiro (cadetes),Leonardo Barbosa e Álvaro Rios(kumite juniores) foram os atle-tas que conquistaram o pódio, pe-los terceiros lugares alcançadosnas provas em que participaram.De referir que este resultados fo-ram conquistados em provas Open,ou seja, sem que a categoria depeso tivesse sido levada em con-ta, o que torna mais difícil ascen-der aos lugares de topo.

Da associação de Vila das Aves,e apesar de terem ganho várioscombates, não chegaram ao pódioos atletas Patrícia Brandão, AnaGuimarães, Ana Pinto, FilipaFernandes e João Meireles. |||||

EM CIMA, OS KARATECAS DAASSOCIAÇÃO KARATÉ SHOTOKANDE VILA DAS AVES NA PROVA DE

VILA DO CONDE. EM BAIXO, OSATLETAS DA NEGRELENSE, NO

CAMPEONATO REGIONAL SENIOR

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AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Tomé de Negrelos, com 92 anos deidade, falecido no Hospital de S. Tirso no dia 13 deFevereiro de 2013. O funeral realizou-se no dia 15 deFevereiro, na Igreja Paroquial de S. Tomé de Negrelos,indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela par-ticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Manuel da Silva Neto

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

SÃO TOMÉNEGRELOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Roriz, com 77 anos de idade, falecido noHospital S. João do Porto no dia 14 de Fevereiro de 2013.O funeral realizou-se no dia 15 de Fevereiro, na CapelaMortuária de Roriz, para o Mosteiro de Roriz, indo deseguida a sepultar no Cemitério de Roriz. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participação nofuneral e missa de 7º. dia.

José Gonçalves da Cunha

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

RORIZ

DIVERSOS22 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Paraobter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para apossibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido aotempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

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ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013 | 23

HORÓSCOPO ZODIACOPRIMEIRA QUINZENA DE MARÇO13CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: Rainha de Paus, que sig-nifica Poder Material. Amor: tudo estaráem plena harmonia. Que o seu sorrisoilumine todos em seu redor! Saúde: façaum check-up. Dinheiro: Tente poupar umpouco mais, pois mais vale prevenir doque remediar. Pensamento positivo: douatenção às mensagens dos meus sonhos.Números da Sorte: 2, 7, 12, 22, 25, 41.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 8 de Copas, que signifi-ca Concretização, Felicidade. Amor: a suarelação tem vindo a esfriar e você precisade tomar uma atitude. Não exija tanto dooutro, dê mais de si próprio. Saúde: nãofaça dietas demasiado rigorosas. Dinhei-ro: invista neste momento em algo queplaneia há muito. A sorte é-lhe favorável.Pensamento positivo: mereço todas as gló-rias e triunfos que a vida me dá. Númerosda Sorte: 1, 8, 14, 20, 36, 47.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Papisa, que significaEstabilidade, Estudo e Mistério. Amor: te-nha cuidado pois pode perder aquilo quetanto trabalho lhe deu a conquistar. Seja oseu melhor amigo! Saúde: não se sobre-carregue desnecessariamente. Dinheiro:trabalhe e confie no seu sucesso. Pensa-mento positivo: tenho força e domínio so-bre as minhas emoções e pensamentos.Números da Sorte: 5, 16, 21, 33, 41, 48.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: A Morte, que significaRenovação. Amor: poderá ter de enfren-tar uma forte discussão com alguém dasua família. Que a sabedoria seja a suamelhor conselheira! Saúde: o cansaçopoderá invadi-lo. Dinheiro: a sua conta ban-cária anda um pouco em baixo, seja pruden-te nos gastos. Pensamento positivo: cultivoas energias positivas na minha vida. Númerosda Sorte: 2, 11, 24, 35, 40, 42.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Ouros, que

significa Reflexão, Novidades. Amor: guar-de o seu sarcasmo e fique atento às quei-xas do seu par. A força do Bem transformaa vida! Saúde: espere um período regular.Dinheiro: poderá investir em novosprojetos, mas, com prudência. Pensamen-to positivo: venço a melancolia através daconfiança e da fé. Números da Sorte: 8,10, 14, 21, 40, 45.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: O Louco, que significaExcentricidade. Amor: ao enfrentar algumproblema só poderá ser resolvido se forabertamente discutido pelos dois. Apren-da a escrever novas páginas no livro da suavida! Saúde: cuidado com a alimentação.Dinheiro: lembre-se das contas que temem atraso. Pensamento positivo: a felici-dade permanece na minha vida! Númerosda Sorte: 14, 18, 23, 31, 39, 44.

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: Ás de Copas, que signi-fica Principio do Amor, Grande Alegria.Amor: o convívio com a pessoa amadaserá proporcionado nesta fase. Aproveiteestes momentos e esqueça todos os seusreceios. Mantenha-se alegre e recetível.Saúde: fase estável mas esteja sempre aler-ta. Dinheiro: os seus problemas poderãoser resolvidos, embora com lentidão. Pen-samento positivo: tenho habilidade paralidar com todos os elementos da minhavida. Números da Sorte: 3, 7, 11, 22, 42,46.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: A Roda da Fortuna, quesignifica acontecimentos inesperados.Amor: não dê atenção a quem não o me-rece. Selecione apenas aquelas pessoas queo compreendem e gostam de si para orodear. Que a clareza de espírito esteja sem-pre consigo! Saúde: Cuide da sua imagem.Inicie uma dieta. Dinheiro: não se esforcedemasiado na sua atividade laboral, serárecompensado na devida altura. Pensa-mento positivo: sou equilibrado em tudona minha vida. Números da Sorte: 4, 8, 11,

20, 39, 44.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: a Estrela, que significaProteção, Luz. Amor: não tenha medo dedemonstrar os seus sentimentos à pessoaque ama, até poderá ser correspondido.Tenha a ousadia de sonhar! Saúde: nãodeixe que o seu sorriso fique amarelo eprocure o seu dentista. Dinheiro: momentofavorável. Pensamento positivo: tenho vitóriasobre as questões que me preocupam. Nú-meros da Sorte: 2, 6, 17, 21, 38, 47.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: 6 de Ouros, que signifi-ca Generosidade. Amor: tenha algum cui-dado com a forma como fala com os seusfamiliares, pois pode magoa-los sem que-rer. Aceite os erros dos outros. Saúde: tudoestará dentro da normalidade. Dinheiro:momento propício a investimentos umpouco mais alargados. Pensamento posi-tivo: a minha confiança em mim mesmodá-me esperança mesmo nos momentosdifíceis. Números da Sorte: 2, 9, 13, 29,35, 41.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: 5 de Copas, que signifi-ca Derrota. Amor: procure ser sincero nassuas promessas se quer que a pessoa quetem a seu lado confie em si. Viva o presen-te com confiança! Saúde: liberte-se e a suasaúde irá melhorar. Dinheiro: excelenteperíodo para tratar de assuntos de caráterprofissional. Pensamento positivo: esforço-mediariamente para dar o meu melhor. Núme-ros da Sorte: 4, 6, 18, 25, 36, 40.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: os Enamorados, que sig-nifica Escolha. Amor: esteja atento a tudoo que o rodeia. Preocupe-se com aquiloque você pensa sobre si próprio, faça umalimpeza interior. Saúde: dê mais atenção àsua saúde. Dinheiro: algumas dificuldadesavizinham-se. Pensamento positivo: graças aomeu empenho consigo muitos ganhos. Nú-mero da Sorte: 3, 7, 15, 21, 35, 37.

JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES

EDITALA JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES, informa que está aberto

Concurso Público para adjudicação do direito de ocupação de um espaço no“Novo Parque do Amieiro Galego”, destinado á instalação de um BAR COMESPLANADA com acesso á margem esquerda do Rio Ave, situado na rua doAmieiro Galego nº 374, em Vila das Aves.

A concessão de exploração terá início em 01 de Abril e término em 30 deSetembro de 2013.

As condições de utilização do referido Bar com Esplanada deverão ser consul-tadas pelos interessados na Secretaria da Junta de Freguesia no horário normalde expediente.

As propostas terão que ser entregues na secretaria da Junta de Freguesia,impreterivelmente, até as 17h00 do dia 20 de Março do corrente ano.

Vila das Aves, 25 de Fevereiro de 2013

O PRESIDENTE DA JUNTACarlos Alberto Carvalho Fernandes

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A FECHAR24 | ENTRE MARGENS | 28 FEVEREIRO 2013

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 14 de março.

REBORDÕES // VI ENCONTRO DA EIRA DO POVO

||||| TEXTO: FRANCISCAFRANCISCAFRANCISCAFRANCISCAFRANCISCA MMMMMONTEIRONTEIRONTEIRONTEIRONTEIROOOOO

Mais um serão do povo na Casa daEira… Do povo que traz as tradiçõesno regaço. Do povo que ama e ensi-na, de geração em geração, que é“assim o nosso amor”.

Nesse final de tarde de sábado, a16 de fevereiro, os participantes come-çaram por expressar as linhas do seuamor decorando uma pequena can-tarinha de barro, que, depois de cozi-da, será entregue a alguém da suaafeição. Como quem labuta quer man-ducar, seguiu-se o momento do jantar,animado por um Cupido que cirandou,ora aqui ora acolá, por entre as mesas,por entre os risos, a distribuir poemase cartas de amor. A maçã como sobre-mesa intensificou o desejo de mais par-tilhas sobre esse amor tão nosso.

Assim, Fernanda Braga começou

ASSIM O NOSSO AMORpor nos revelar que, sendo algarvia,a sua vinda para o berço de Portugalfoi impulsionada por esse sentimen-to que move as gentes no mundo: oamor. Esta ceramista vimaranenseaprendeu a moldar a cantarinha dosnamorados, também denominadacantarinha das prendas, com um dosmais importantes mestres oleiros deGuimarães, Joaquim Oliveira. Essa pe-ça emblemática da olaria vimaranen-se caracteriza-se por ser feita em bar-ro vermelho, pela riqueza dos moti-vos e pelo brilho da mica.

Na verdade, a cantarinha surgeromanceada, evocando um contextode rotina pitoresca, em que a mulherse deslocava à fonte. Assim sendo, acantarinha era oferecida pelo rapazà sua amada, como pedido de namo-ro/noivado. Se fosse aceite, com o con-sentimento dos pais, o noivado eraanunciado e o dote (ouro) era coloca-do na cantarinha. O simbolismo de ca-da um dos elementos desta peça foiexplicado pela ceramista: a cantarinhamaior significa a abundância que se de-seja ao futuro casal; a cantarinha me-nor manifesta as dificuldades da vidaem comum, as incertezas do futuro eas pequenas alegrias do quotidiano,expressos pela ausência de enfeites.

À semelhança da cantarinha, tam-bém os lenços dos namorados estãoassociados às relações amorosas. Des-de que regressou de África, Ana Con-ceição Pinheiro, animada pela paixão

pelos bordados e pelo desejo de cri-ar condições para que as mulheres con-seguissem ter a sua subsistência finan-ceira, imerge no universo dos lenços enas histórias femininas. Neste senti-do, teve um papel crucial na criaçãoda cooperativa Aliança Artesanal, le-vando a que as iniciativas das borda-deiras fossem apoiadas e os lençosdos namorados valorizados. Foi umavida de luta por esse ideal e, aindahoje, mantém o encanto e continua abordar os seus sentimentos no linho.

O primeiro contacto que AdrianoBasto teve com os lenços dos namo-rados foi casual, quando lhe ofere-ceram esse “paninho”, que ficou numagaveta. Um dia, surge a curiosidadede saber mais sobre o que consideraser um símbolo do poder da mulherminhota na escolha do seu amor. Jácom uma tese de doutoramento nes-se âmbito e tendo colaborado naedição do livro Os Lenços dos Namora-dos, esclareceu que essas manifesta-ções não são exclusivas de Vila Ver-de, mas do coração de quem as bor-da, independentemente da sua terra.Encara estes lenços como sendo umaespécie de carta de amor, os quaistambém atravessavam fronteiras, porexemplo, até ao Brasil, levando os sen-timentos de alguém que, muitas ve-zes, ficava sem saber mais boa nova.Nesse longo processo de descobertados lenços dos namorados, foi toca-do particularmente pela história de um

lenço, todo bordado a preto, genuí-na expressão do sofrimento de alguémque acabou por morrer de amor.

“São tão lindos os teus olhos quan-do se fitam nos meus…” Com este fadode Coimbra, cinco amadores (aque-les que amam e que não são profis-sionais nesse ofício), acompanhadospela guitarra de David Ferreira, sur-preenderam as suas amadas e todosos presentes com uma serenata.

A noite finalizou com muitas gar-galhadas propiciadas pelo deleite dedoces zoomórficos, ligados ao namo-ro, com óbvias conotações sexuais.Na sociedade conservadora de anti-gamente, as festas e romarias propi-ciavam uma maior confraternização so-cial. Assim, em Guimarães, era tradi-ção o rapaz oferecer o sardão à rapa-riga na festa de Nossa Senhora daConceição e esta, por sua vez, se orapaz fosse do seu enlevo, retribuíao gesto com uma passarinha, no diade Santa Luzia. Já em Vila Real, no diadessa santa advogada dos olhos, arapariga oferecia o pito ao rapaz quepretendia, o qual esperava pela festade S. Brás para mostrar a reciprocida-de do seu interesse, através da gancha.

PRÓXIMO ENCONTROO tempo pergunta ao tempo… No VIIEncontro na Eira do Povo, que de-correrá a 23 de março, o tempo res-ponderá ao tempo que é tempo dedescobrir símbolos da passagem dashoras e de roubar histórias ao vento,através dos relógios de sol, dos cata-ventos e de outros objetos arruma-dos na nossa memória. As inscriçõesdecorrem até ao dia 18 de março,através do correio eletrónico:

[email protected]. |||||

Adriano Basto con-sidera os Lenços dosNamorados umsímbolo do poderda mulher minhotana escolha do seuamor.