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Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - v.4, nº 5 - SET./OUT. - 1999 35 Artigo Divulgação Resumo A reabsorção radicular representa uma das maiores preocupações do or- todontista que almeja uma terapêutica bem sucedida, uma vez que a prevalência deste problema varia de 95% a 100 % dos casos tratados ortodonticamente. No entanto sabe-se que até mesmo os indi- víduos que nunca receberam um trata- mento ortodôntico apresentam-se sus- ceptíveis à reabsorção radicular. A vas- ta literatura revela a complexidade des- ta patologia e tenta elucidar os fatores etiológicos envolvidos no processo reabsortivo. A evidenciação radiográfi- ca de uma reabsorção radicular pré-tra- tamento constitui um fator limitante do tratamento ortodôntico. O presente ar- tigo revela algumas considerações lite- rárias sobre a reabsorção radicular, res- salta a importância da elaboração de uma documentação ortodôntica minu- ciosa e ainda descreve um caso clínico. Unitermos: Documentação Ortodôntica; Reabsorção Radi- cular; Tratamento Ortodôntico. Introdução A reabsorção radicular, que freqüen- temente encontra-se relacionada ao tra- tamento ortodôntico, representa um pro- blema idiopático que tem sido largamente discutido e referenciado por causa das suas possíveis complicações legais. A maioria das pesquisas sobre a reabsorção radicu- lar estuda os fatores etiológicos, mencio- nando, com freqüência, a susceptibilida- de individual, a predisposição hereditária e os fatores sistêmicos, locais e anatômicos. Diversos autores 5,12,19,20 concordam que quase todo tratamento ortodôntico pro- duz um certo grau de reabsorção dentá- ria, observada radiograficamente pelo ar- redondamento do ápice radicular. A reabsorção radicular, segundo BREZNIAK, WASSERTEIN 4 , constitui um fenômeno de causa desconhecida, que freqüentemente está associada ao trata- mento ortodôntico, sem contudo, compro- Reabsorção Radicular Idiopática: Relato de um Caso Clínico Idiopathic Root Resorption: Report of a Clinical Case Renata Rodrigues de Almeida A Aluna do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia ao nível de Mestrado pela Faculdade de Odontologia de Bauru-USP e Docente de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Lins-UNIMEP. B Professor Associado do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, Professor responsável pela Disciplina de Ortodontia da USC-Bauru e Professor da UNICID. C Professor Doutor da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP; Professor Responsável pela Disciplina de Ortodontia e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia (Especialização), da Faculdade de Odontologia de Lins-UNIMEP e Professor Titular da Faculdade de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo- UNICID. D Cirurgiã-Dentista e Assistente Voluntária da Disciplina de Ortodontia da USC-Bauru. Renata Rodrigues de Almeida A Arnaldo Pinzan B Renato Rodrigues de Almeida C Célia Regina Maio Pinzan D

Reabsorção Radicular Idiopática Relato de um Caso Clínico 101

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Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - v.4, nº 5 - SET./OUT. - 1999 35

Artigo Divulgação

ResumoA reabsorção radicular representa

uma das maiores preocupações do or-todontista que almeja uma terapêuticabem sucedida, uma vez que a prevalênciadeste problema varia de 95% a 100 %dos casos tratados ortodonticamente. Noentanto sabe-se que até mesmo os indi-víduos que nunca receberam um trata-mento ortodôntico apresentam-se sus-ceptíveis à reabsorção radicular. A vas-ta literatura revela a complexidade des-ta patologia e tenta elucidar os fatoresetiológicos envolvidos no processoreabsortivo. A evidenciação radiográfi-ca de uma reabsorção radicular pré-tra-tamento constitui um fator limitante dotratamento ortodôntico. O presente ar-tigo revela algumas considerações lite-rárias sobre a reabsorção radicular, res-salta a importância da elaboração deuma documentação ortodôntica minu-ciosa e ainda descreve um caso clínico.

Unitermos:DocumentaçãoOrtodôntica;Reabsorção Radi-cular; TratamentoOrtodôntico.

IntroduçãoA reabsorção radicular, que freqüen-

temente encontra-se relacionada ao tra-tamento ortodôntico, representa um pro-blema idiopático que tem sido largamentediscutido e referenciado por causa das suaspossíveis complicações legais. A maioriadas pesquisas sobre a reabsorção radicu-lar estuda os fatores etiológicos, mencio-nando, com freqüência, a susceptibilida-de individual, a predisposição hereditáriae os fatores sistêmicos, locais eanatômicos.

Diversos autores5,12,19,20 concordam quequase todo tratamento ortodôntico pro-duz um certo grau de reabsorção dentá-ria, observada radiograficamente pelo ar-redondamento do ápice radicular.

A reabsorção radicular, segundoBREZNIAK, WASSERTEIN4, constitui umfenômeno de causa desconhecida, quefreqüentemente está associada ao trata-mento ortodôntico, sem contudo, compro-

Reabsorção Radicular Idiopática:Relato de um Caso ClínicoIdiopathic Root Resorption: Report of a Clinical Case

Renata Rodriguesde Almeida

A Aluna do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia ao nível de Mestrado pela Faculdade de Odontologia de Bauru-USPe Docente de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Lins-UNIMEP.B Professor Associado do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP,Professor responsável pela Disciplina de Ortodontia da USC-Bauru e Professor da UNICID.C Professor Doutor da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP; Professor Responsável pelaDisciplina de Ortodontia e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia (Especialização), da Faculdade deOdontologia de Lins-UNIMEP e Professor Titular da Faculdade de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo-UNICID.D Cirurgiã-Dentista e Assistente Voluntária da Disciplina de Ortodontia da USC-Bauru.

Renata Rodrigues de Almeida A

Arnaldo Pinzan B

Renato Rodrigues de Almeida C

Célia Regina Maio Pinzan D

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meter a longevidade dos dentes envol-vidos, mas pode influenciar nos benefí-cios de uma terapêutica bem sucedida.Por outro lado, BARHER, SIMS2 afir-mam que é incerta a longevidade dodente acometido por uma reabsorçãoradicular.

Portanto, o profissional que se pro-põe a realizar um tratamento ortodôn-tico necessita conhecer profundamenteos processos de reações teciduais resul-tantes da terapia, dominar os princípi-os mecânicos que regem a movimenta-ção dentária induzida e estar plena-mente consciente das possíveis seqüe-las, a longo prazo, do tratamento orto-dôntico19. Além disso, é imprescindívelque o profissional esteja sempre docu-mentado adequadamente para se pre-caver de eventuais transtornos judici-ais, uma vez que a prestação de servi-ços odontológicos, área de atuação doortodontista, enquadra-se na legislaçãocivil como contrato de locação de servi-ços8.

O artigo revela algumas considera-ções literárias sobre a reabsorção radi-cular, ressalta a importância da elabo-ração de uma documentação ortodôn-tica minuciosa e ainda apresenta umcaso clínico.

Revisão de LiteraturaO primeiro pesquisador a eviden-

ciar a reabsorção radicular em den-tes permanentes e relacioná-la aotrauma do ligamento periodontal foiBATES3, em 1856. Posteriormente,OTTOLENGUI18, em 1914, relatou aexistência de uma reabsorção,provocada pelo movimento ortodôn-tico e comprovada radiograficamen-te, em 1927, por KETCHAM11. Desdeentão, a movimentação ortodônticatem sido relatada como a principalcausadora deste problema e inúme-ras pesquisas descrevem os aspectoshistológicos, clínicos, radiográficose fisiológicos da reabsorção radicu-lar associada ao tratamento orto-dôntico.

Diversos autores classificam asreabsorções radiculares sem um crité-rio específico, tornando o entendimen-

são 1 onde os incisivos apresentam-se protruídos, os lábios superioreshipotônicos e com interposição delíngua, há uma maior probabilidadede apresentar reabsorção dos incisi-vos superiores.

A presença de hábitos deletérioscomo a onicofagia, a deglutição atípicae o posicionamento lingual atípico as-sociado à mordida aberta anterior, sãofatores relacionados diretamente a umaumento significante da reabsorçãoradicular17,19.

A reabsorção radicular é observadacom maior freqüência em pacientesadultos submetidos ao tratamento or-todônt ico 6,7 ,14 ,16. MASSLER,MALONE14, afirmaram que, mesmo naausência do tratamento ortodôntico,a prevalência da reabsorção radicularaumenta com a idade. Quando se ini-cia o tratamento ortodôntico numaidade mais precoce, a reabsorção ocor-re com menor freqüência ainda que otratamento se estenda por um períodomais longo.

Alguns pesquisadores13,15,17 rela-tam que a reabsorção radicular ocor-re com maior freqüência e severidadeno sexo feminino. A proporção de re-absorção radicular idiopática entre ossexos feminino e masculino é de3,7:1 respectivamente17. Por outrolado, SILVA FILHO et al.21, não en-contraram diferenças entre os sexosquanto à prevalência da reabsorçãoradicular.

Os dentes tratados endodontica-mente mostram-se mais resistentesà reabsorção radicular que os vitali-zados4,22, muito provavelmente de-vido a um aumento de dureza e den-sidade dentinária. Entretanto, osdentes severamente traumatizados eos reimplantados apresentam-semais propensos à reabsorção radicu-lar1,20.

Os pacientes que não se submete-ram ao tratamento ortodôntico tam-bém apresentam susceptibilidade àreabsorção radicular, principalmenteaqueles que possuem distúrbiossistêmicos. FASTLICHT9 relatou que adis função das g lândulas en-

to mais difícil7.FEIGLIN10, em 1936, classificou a

reabsorção radicular em interna, ex-terna e inflamatória. O processo dereabsorção interna é provavelmente de-sencadeado por um sinal inflamatóriona polpa. A reabsorção externa podeser fisiológica, quando ocorre nos den-tes decíduos e patológica nos casos dereabsorção dentária decorrente da mo-vimentação dentária induzida. Areabsorção inflamatória pode ser api-ca l (ocorre apenas em dentesdesvitalizados) ou cervical (dentes vi-talizados ou não) que caracteriza-sepor uma pequena cavidade na margemcervical, podendo, mais tarde, envol-ver a dentina7.

Posteriormente, ANDREASEN1 de-finiu a reabsorção radicular externaem 3 diferentes tipos: reabsorção desuperfície, reabsorção inflamatória ereabsorção por subst i tu ição .TRONSTAD23, distinguiu dois tipos dereabsorção inflamatória: transitória eprogressiva.

Em 1942, FASTLISCHT9 classificoua reabsorção radicular quanto a loca-lização em: interna, lateral e apical.

Quanto ao grau de severidade areabsorção radicular segundoLEVANDER, MALMGREN12 pode serclassificada em: ausente, suave (arre-dondamento do ápice), moderada (pe-quena perda apical, menos de 1/3 daraiz), acentuada (1/3 da raiz atingi-da) e extrema (mais de 1/3 da raiz atin-gida).

De acordo com a vulnerabilidadedentária à reabsorção radicular, osdentes anteriores mostram-se maissusceptíveis6,7,11,12,15, 19,20,21, nãosendo difícil de entender esta preva-lência, uma vez que, são dentes unir-radiculares, com raízes cônicas e queao serem movimentados, transmi-tem, diretamente ao ápice, a forçaaplicada sobre a coroa dentária. Poroutro lado, há um consenso de queos incisivos são os dentes mais mo-vimentados durante o tratamento or-todôntico, principalmente nos casoscom extrações. MORSE16 afirma ain-da que nos casos de Classe II, divi-

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dócrinas, principalmente o hipoti-reoidismo, pode produzir reabsor-ção radicular em indivíduos quenunca receberam tratamento orto-dôntico.

Na realidade, há uma susceptibili-dade individual na determinação dopotencial de reabsorção radicular, in-dependentemente do tratamento orto-dôntico.

Caso ClínicoUm paciente do sexo masculino,

leucoderma, 12 anos de idade apre-sentou-se, em 1986, na Faculdadede Odontologia de Bauru-USP paratratamento ortodôntico.

Após o exame clínico verificou-sea necessidade de correção da má oclu-são de Classe I com apinhamento su-perior e inferior (FIG.1.A-G).

Sendo assim, foi solicitada a do-cumentação ortodôntica para elabo-ração do diagnóstico e plano de trata-mento.

No exame radiográfico (radiogra-fias panorâmica e periapicais) eviden-ciou-se a presença de reabsorçõesradiculares extensas em vários den-tes, contra-indicando a realização dequalquer tratamento ortodôntico

1A 1B

1C 1D 1E

1F 1G

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Portanto, torna-se imperativo arequisição e análise minuciosa da do-cumentação ortodôntica, principal-mente o exame radiográfico, uma vezque o meio de diagnóstico mais im-portante na previsão da reabsorçãoradicular é a evidência radiográficadesta patologia antes do tratamentoortodôntico.

No entanto, será que os benefícios deuma terapêutica ortodôntica neste caso so-brepujar-se-iam aos prejuízos?

(FIG.2 e 3.A-J). Na anamnese não foievidenciado nenhum fator etiológi-co do problema. Ressalta-se aindaque o paciente jamais recebera qual-quer tipo de tratamento ortodônticoe também nunca sofrera traumatis-mos ou reimplantes dentários.

Posteriormente, o paciente subme-teu-se a diversos exames médicoslaboratoriais (hemograma, dosagem doparatormônio, calciúria, fosfatúria,glicose e fósforo) e radiológicos (PA de

crânio, mãos e antebraços) para inves-tigação de distúrbios endócrinos quepudessem estar relacionados às reab-sorções radiculares presentes. Os resul-tados negativos confirmaram o diag-nóstico de uma reabsorção radicularidiopática.

O caso recebeu um acompanhamentoradiográfico durante 12 anos e verificou-seque, em 1998, as reabsorções radicularesnão progrediram e mantiveram-se estáveis(FIG.4. e 5A-J).

A B

3A 3E

3H3G

3F

3I

3J

2

3D3C3B

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5B 5C 5D

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5F

5G 5H 5I

5J

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AbstractRoot resorption represents one of thelargest concerns of the ortodontist thatlongs for a well happened therapeutic,once the prevalence of this problemrange from 95% to 100% of theorthodontically treated cases. Howeverit is known that evem thenonorthodontically treated patientsare susceptible to root resorption. The

root resorption studies reveals thecomplexity of this pathology andattempt to investigate the etiologicfactors involved in the root resorptionprocess. The radiographic evidence ofroot resorption before orthodontictreatment appoint a limitation fororthodontic treatment. The presentarticle reviews some literature

considerations related to rootresorption, stands out the importanceof a detailed orthodontic records andreport a clinical case.

Uniterms: Orthodontic records;Orthodontic treatment; Rootresorption.

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Endereço para CorrespondênciaA/C Renata Rodrigues de AlmeidaFaculdade de Odontologia de Bauru-USPDepartamento de OrtodontiaAlameda Otávio Pinheiro Brizola, 9-75CEP: 17043-101 Bauru - SP

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