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Reciclagem do plstico
Bibliografia
ZANIN, M.; MANCINI, S. D. Resduos plsticos e reciclagem: aspectos gerais e tecnologia. So Carlos: UFSCar, 2004.
PIVA, A. M.; WIEBECK, H. Reciclagem do plstico. So Paulo: Artliber, 2001.
MANO, E. B., PACHECO, E. B.; BONELLI, C. M. C. Meio ambiente, poluio e reciclagem. So Paulo: Edgard Blucher, 2005.
SPINAC, M. A. DA S., DE PAOLI M. A. A tecnologia da reciclagem de polmeros. Quim. Nova, Vol. 28, No. 1, 65-72, 2005.
Sites:
www.cempre.org.br
www.plastivida.org.br
www.ambientebrasil.com.br
Polmero Biodegradvel
Um polmero dito biodegradvel se todos seus componentes orgnicos sofrem uma biodegradao total.
Degradao causada por atividade biolgica, especialmente pela ao de enzimas.
O processo de biodegradao de uma matria orgnica produz:
CO2 (dixido de carbono), gua(H2O) e biomassa - ambiente aerbio,
ou gs Metano (CH4), H2O e biomassa, - ambiente anaerbio,
Classificao dos descartes plsticos
Ps-industriais:
Os quais provm principalmente de refugos de processos de produo e transformao, aparas, rebarbas, etc.
Ps-consumo:
So os descartados pelos consumidores, sendo a maioria provenientes de embalagens.
Composio do lixo urbano
Quem so os materiais plsticos?
Reciclagem
Cerca de 19% dos plsticos foram reciclados no Brasil em 2010, representando aproximadamente 953 mil toneladas por ano.
Em 2010 o Brasil foi da nona posio mundial na reciclagem dos plsticos, atrs da Alemanha (34%), Sucia (33,2%), Blgica (29,2%), Itlia (23%), pases que incineram a maior parte do plstico coletado seletivamente.
Separao dos materiais plsticos
Ao magntica ou eletrosttica
Eliminao de contaminantes ferrosos;
Ar comprimido
Flotao do material mais leve (papel);
Hidrociclone ou tanque de sedimentao
Para separar resinas por diferena de densidade.
Identificao do Plstico
Separao dos Plsticos
Densidade em Solues
Identificao do Plstico
Teste de chama
Identificao do Plstico
Ponto de fuso
Identificao do Plstico
Teste de solubilidade
Reciclagem
Tipos de reciclagem de polmeros
Mecnica
Primria
Secundria
Qumica (terciria)
Energtica (quaternria)
Reciclagem Mecnica
Reciclagem primria: consiste na converso dos resduos polimricos
industriais por mtodos de processamento padro em produtos com
caractersticas equivalentes quelas dos produtos originais
produzidos com polmeros virgens; por exemplo, aparas que so
novamente introduzidas no processamento.
Reciclagem secundria: converso dos resduos polimricos
provenientes dos resduos slidos urbanos por um processo ou uma
combinao de processos em produtos que tenham menor exigncia
do que o produto obtido com polmero virgem, por exemplo,
reciclagem de embalagens de PP para obteno de sacos de lixo.
Reciclagem mecnica
Reciclagem mecnica
Reciclagem mecnica
Principais etapas:
separao do resduo polimrico,
moagem
lavagem
secagem
reprocessamento
Separao
Separao em uma esteira dos diferentes tipos de plsticos, de acordo com a identificao ou com o aspecto visual.
Nesta etapa so separados tambm rtulos de materiais diferentes, tampas de garrafas e produtos compostos por mais de um tipo de plstico, embalagens metalizadas, grampos, etc.
Por ser uma etapa geralmente manual, a eficincia depende diretamente da prtica das pessoas que executam esta tarefa.
Outro fator determinante da qualidade a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva mais limpo em relao ao material proveniente dos lixes ou aterros.
Separao
Separao
Um exemplo da importncia da etapa de separao o caso do PET que sofre hidrlise, devido presena de impurezas, como o PVC, NaOH, detergentes alcalinos, adesivos como EVA, etc.
Separao
Duas tecnologias, uma japonesa e outra Belga (Syntal) desenvolveram a chamada madeira plstica.
O processo pode ser utilizadas uma misturas de PEBD, PEAD, ABS, PP
e at 20% m/m de PVC, sem problemas de liberao de gases txicos.
O PS e as poliamidas so aceitveis at 10% m/m e o PET deve ser usado numa proporo mxima de 5% m/m para no prejudicar a resistncia e o acabamento dos perfis.
No Brasil tambm foram desenvolvidos produtos provenientes dos resduos slidos urbanos;
o IMAWOOD (constitudo de mistura de poliolefinas provenientes de sacos e sacolas plsticas, principalmente PEBD e PEAD);
IMACAR (constitudo de uma mistura de poliolefinas com predominncia de PP e baixo teor de EPDM provenientes de pra-choques descartados).
Separao
Madeira Plstica
Moagem
Aps separados os diferentes tipos de plsticos, estes so modos e fragmentados em pequenas partes.
Moinho
Moagem
Lavagem
Aps triturado, o plstico passa por uma etapa de lavagem com gua para a retirada dos contaminantes.
necessrio que a gua de lavagem receba um tratamento para a sua reutilizao ou emisso como efluente.
Lavagem e Separao
Lavadora Plstico Flexvel
Lavadora Plstico Rgido
Secadora
Aglutinao
Alm de completar a secagem, o material compactado, reduzindo-se assim o volume que ser enviado extrusora.
O atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca elevao da temperatura, levando formao de uma massa plstica.
O aglutinador tambm utilizado para incorporao de aditivos - como cargas, pigmentos e lubrificantes.
Aglutinador
Mistura
Os polmeros so formulados, ou seja, so colocados aditivos como antioxidantes, plastificantes, cargas de reforo, agentes de acoplamento, etc., dependendo da aplicao final.
A quantidade e o tipo de antioxidantes e plastificantes adicionados nos polmeros ps-consumo normalmente so os mesmos utilizados para os polmeros virgens.
Mistura
possvel formular os polmeros ps-consumo adicionando pequenas quantidades de material virgem, visando melhorar as propriedades dos polmeros reciclados.
As poliolefinas possuem uma estrutura qumica mais estvel comparada aos polisteres e poliamidas, portanto, so menos reativas e sofrem pouca degradao durante o processamento.
Para as poliolefinas possvel adicionar pequenas quantidades de polmeros virgens pode levar a um efeito sinergtico.
Os polisteres e poliamidas nem sempre isto ocorre, pois como eles so mais reativos normalmente degradam com maior facilidade durante o processamento.
Neste caso, a mistura do material virgem e ps-consumo pode levar uma separao de fases e, consequentemente, a um decrscimo das propriedades mecnicas
Mistura
Extruso
A extrusora funde e torna a massa plstica homognea.
Na sada da extrusora, encontra-se o cabeote, do qual sai um "espaguete" contnuo, que resfriado com gua, e picotado em um granulador e transformado em pellet.
Extruso
Reciclagem Mecnica
Reciclagem mecnica por extruso convencional mostraram que existe um limite no qual as propriedades dos polmeros so mantidas.
PET aps trs ciclos de processamento ocorre uma variao drstica nas propriedades mecnicas tornando-o duro e quebradio e, portanto, no possvel utiliz-lo para as mesmas aplicaes do polmero virgem.
PP mais de dez vezes, sem que ocorra alterao significativa nas propriedades mecnicas, o que desejvel do ponto de vista industrial.
Panorama do mercado de reciclagem
Panorama do mercado de reciclagem
Mercado consumidor de reciclados
Emabalagens metalizadas de BOPP- Polipropileno Biorientado
Um laudo do Cetea-Ital comprova que as embalagens metalizadas utilizadas em produtos alimentcios so 100% reciclveis.
As embalagens plsticas metalizadas, utilizadas em biscoitos, salgadinhos e outros produtos, so 100% reciclveis.
Essas embalagens devem levar o smbolo de reciclvel e ser coletadas juntamente com os plsticos.
Vitopel- Vitopaper
A terceira maior produtora mundial de filmes flexveis de BOPP, trabalha com matria prima 100% reciclvel.
Para fechar o ciclo de vida de seus filmes flexveis, a empresa desenvolveu o Vitopaper.
Um papel sinttico feito a partir de plsticos reciclados, em cuja fabricao utilizada a tecnologia aplicada na produo de filmes flexveis de polipropileno, mas com o diferencial de usar diversos tipos de plsticos que normalmente so descartados como lixo.
Vitopel- Vitopaper
Para cada tonelada de produzido, cerca de 850 quilos de resduos plsticos so retirados das ruas;
Resultado um material de alta qualidade visual, similar ao papel couch, que permite a escrita manual e a impresso por processos grficos.
Espessura da camada
A espessura da camada de alumnio presente na embalagem de BOPP metalizado cerca de 1.000 vezes menor que a espessura do filme de BOPP, o que facilita sua reciclabilidade.
Consumo e Produo
O Brasil detm 60% do consumo sul-americano de embalagens flexveis;
a Vitopel detm 52% do mercado nacional, sendo que 64% de sua produo so destinados aos segmentos de embalagens.
Anualmente, produz 150 mil toneladas de filmes flexveis em suas trs unidades, duas no Brasil, em Mau e Votorantim (SP), e uma em Totoral (Argentina).