30
Reflexão pessoal sobre textos

Reflexões pessoais

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Reflexões pessoais

Citation preview

Page 1: Reflexões pessoais

Reflexão pessoalsobre textos

Page 2: Reflexões pessoais

1

O Sistema de Pilotagem do Trabalho de Cooperação Educativa.

O professor é o principal recurso de aprendizagem porque

desempenha importantíssimas funções sendo estas, apoia nos acordos

estabelecidos, estimula no apuramento das decisões, acompanha nas

actividades instrumentais que envolvem competências complexas (de escrita

/ cálculo), acompanha, orienta e regula actividades de desenvolvimento (de

Trabalho em Projecto), dá apoio a alunos com necessidades específicas

entre outras funções. Sobretudo o empenho do professor é determinante

para que os alunos atinjam os seus objectivos.

Os instrumentos de pilotagem são um conjunto de mapas, o mapa de

registo de utilização de ficheiros, mapas de produção de textos e de

leituras, mapa colectivo de registo dos projectos e da sua evolução, Diário

de Turma e o Plano Individual de Trabalho e por último o Plano Anual dos

Programas com o registo da evolução dos alunos, tendo estes como função a

regularização (estabelecer regras), organização do trabalho e das relações

que se estabelecem entre os alunos. Através dos instrumentos de pilotagem

é possível ter uma noção dos percursos e das produções realizadas

individualmente dos alunos como é o caso do Plano Individual de Trabalho

e/ou em grupo, exemplo o mapa colectivo de registo dos projectos.

No Plano Individual de Trabalho é notório o percurso e as produções

de cada aluno, nele ficam registadas actividades e a verificação do seu

cumprimento. Com o Plano Individual os alunos tornam visível o seu estudo e

o treino de competências que cada um se propõe a realizar. Este é formado

por três áreas, área do Estudo Autónomo, área do Trabalho em Projecto e

as respectivas comunicações e a área de marcação de trabalho com o

professor, recolha de sugestões e orientações de trabalho do professor ou

dos colegas e registo de auto-avaliação. O Plano Individual de trabalho guia,

Page 3: Reflexões pessoais

2

controla e regula o trabalho escolar do aluno. Os alunos vão avaliando o que

já fizeram e ainda o que lhes falta fazer, o que os torna mais responsáveis

pelo seu trabalho; faz com que acelerem o seu ritmo de trabalho; faz com

que os alunos tenham mais consciência do que querem fazer tendo em conta,

o tempo disponível para tal.

Os instrumentos de pilotagem tornam os alunos mais autónomos, já

que são eles que planificam e concretizam o que planearam, sendo o

professor apenas mais um recurso a que os alunos podem recorrer sempre

que sentir necessidade.

Conselho de Cooperação e Diário de Turma

Page 4: Reflexões pessoais

3

O pequeno momento de conversa no inicio do dia, prepara as áreas de

trabalho é no qual se realizam os primeiros contactos, surgem novas

produções, fazem comentários que terminam no esboço do Plano Diário. Este

permite aos alunos consciencializarem-se do trabalho que terão de realizar

durante o dia. O dia de aulas termina com uma reunião de Conselho para o

balanço do trabalho, onde os alunos confrontam aquilo que foi planeado com

o que realizaram e deste modo ficarem a saber se trabalharam o suficiente

e se não o fizeram, conduzi-los para os motivos pelos quais não conseguiram

concretizar o Plano Diário.

O Diário de Turma é trabalhado em Conselho. Ele é formado por

quatro colunas: onde são registadas as ocorrências positivas (gostei); as

ocorrências negativas (não gostei); realizações e por último sugestões. Este

funciona da seguinte maneira: são registadas ocorrências positivas, que são

valorizadas enquanto nas ocorrências negativas as partes envolvidas, se

explicam, há uma recolha de opiniões que queiram ajudar a clarificar os

acontecimentos e comportamentos dos envolvidos. Tomam-se decisões ou

elaboram-se orientações que normalmente são em forma de norma que

servirá de critério social para os comportamentos. Por exemplo, numa turma

onde exista muito barulho e os alunos falem todos ao mesmo tempo, pode

ser criada uma regra que para se falar, tem de se colocar o dedo no ar e só

depois da professora autorizar fala.

Em Conselho os alunos planeiam, acompanham, regulam, analisam e

gerem as aprendizagens e para além disso ainda os alunos desenvolvem-se

social e moralmente pois regulam as relações entre eles com a resolução de

conflitos.

O Diário de Turma e o Conselho

Page 5: Reflexões pessoais

4

O Conselho é formado pela turma incluindo o professor, este abre os

ciclos de trabalho (Plano Diário) e também os encerra (balanço do dia).

Quando os alunos se organizam em Conselho é o momento de

articulação, reordenação, de coordenação e de instituição.

No Conselho é utilizado um instrumento de registo e actuação, o

Diário de Turma. Este é intermediário e actua na regulação social do grupo e

no processo de negociação permanente fruto de uma educação cooperada,

traz contributos para a turma pois através dele, no Conselho, se resolvem os

problemas do quotidiano. No que se diz respeito a sua estrutura é formado

por quatro colunas, duas delas recolhem ocorrências significativas

(ocorrências positivas/ ocorrências negativas) que servem para dispositivo

colectivo de avaliação qualitativa nas actividades escolares e dos

comportamentos o que ajuda a avaliar o juízo do professor e as realizações.

Tem como função revelar o clima emocional dos alunos em relação às

relações e aos valores de um grupo, para além de ser intermediário do

processo de planeamento e avaliação do trabalho intelectual e do

desenvolvimento moral e social dos alunos.

O Diário de Turma é lido posteriormente às ocorrências, o que faz

com que os alunos mais instáveis e agressivos tenham um afastamento para

que seja racional e veja o que fez e por outro lado como já passou a algum

tempo perca a sua importância. Por vezes os alunos têm uma briga feia e

parece que vão ficar para sempre zangados se os questionarmos na hora,

responde com muita agressividade, mas se deixarmos passar uns dias e

depois questionarmos falarão como se nada tivesse acontecido, deste modo

não quebra os laços afectivos estabelecidos entre eles e pedem-se

desculpas mutuamente como se nada tivesse acontecido.

Page 6: Reflexões pessoais

5

O Conselho é muito importante pois permite o planeamento da semana

seguinte; permite a avaliação do trabalho; e por último permite o

desenvolvimento intelectual, moral e social dos alunos.

O Conselho de Cooperação é um exercício de democracia directa, que

é posto em prática através de: diálogo constante; participação no

planeamento; na avaliação; negociações sistemáticas das decisões; e motor

de desenvolvimento moral, social e cívico com a construção do consenso, na

tomada de decisões ou elaboração de orientações que geralmente tem a

forma de norma que regula os comportamentos.

Page 7: Reflexões pessoais

6

O Trabalho em Projectos e Comunicações

O Trabalho em Projecto realiza-se a pares ou em pequenos grupos de

três a quatro elementos que se elegem livremente de acordo com o tema.

O ponto de partida para o Trabalho de Projecto pode ser um tópico

de qualquer área e motivam-se os alunos a fazerem perguntas para as quais

gostassem de obter uma resposta. O facto do professor não impor com

quem se deve trabalhar é bom porque assim eles vão se juntar com os

colegas de quem eles gostam mais, mas por outro lado acho conveniente que

por vezes houvesse a regra que tinham que trabalhar com colegas que não

tivessem trabalhado anteriormente para deste modo estabelecerem laços

de amizade com todos os colegas.

Existem dois tipos de Projectos são eles, Projectos de Investigação e

Projectos de Intervenção. No Projecto de Investigação são levantadas

hipóteses (antecipação de respostas); experimentação (onde se tenta

provar ou se fazem inquéritos); até à verificação dos resultados. Estes

Projectos são baseados em problemas da área da Matemática ou Ciências.

São projectos que envolvem certa curiosidade, porque querem saber se as

suas hipóteses estão certas, ficam ansiosos por saber o resultado.

O Projecto de Intervenção é aquele que exigem uma tomada de

consciência dos alunos acerca de alguns problemas ambientais, patrimoniais

ou organização social e cultural, trata de esboçar Projectos de

Transformação, participação, participando os alunos nessa mudança. Estes

Projectos têm objectivos que são atingidos pela acção dos alunos. O

Projecto passa por diferentes fases, a do inquérito social e de estudo de

soluções até à sua intervenção social. Ajudam na construção da cidadania já

que implicam uma participação activa nas soluções e nas mudanças

Page 8: Reflexões pessoais

7

participada em democracia. Os Projectos de Intervenção implicam uma

mudança perante um problema.

O Trabalho de Projecto envolve três momentos distintos, o da

organização, desenvolvimento e comunicação. O Professor vai apoiar todos

os grupos de forma rotativa ao longo de todo o Projecto, do plano à

apresentação à turma.

O tempo de Comunicação é desenvolvido em três fases:

Primeira fase: apresentação de informação.

Segunda fase: fase de colocação de dúvidas e debate.

Terceira fase: resposta a questionários acerca dos saberes

comunicados. Através da comunicação aprende mais quem fala e quem ouve,

porque ao esclarecer duvidas do outro põe à prova o seu próprio

conhecimento.

Apesar do Trabalho de Projecto ser centrado nos alunos, já que cada

um escolhe o seu tema a seu gosto, o que faz com que haja mais

diferenciação de conteúdos, é sempre importante ir ao encontro dos

interesses dos alunos, pois estão mais motivados deste modo.

O professor acompanha os alunos no desenvolvimento dos projectos e

pode complementar o trabalho com a informação que falta e que julgue

importante e depois do debate o professor faz uma síntese dos aspectos

mais importantes do mesmo.

Com o Trabalho de Projecto os alunos tornam-se mais autónomos e

responsáveis, pois são eles que escolhem o tema, pois têm de pesquisar,

organizar e têm de ser responsáveis pois sabem que até à data da

comunicação tem de estar feito e que para tal tem de haver partilha de

tarefas e responsabilização das mesmas.

Page 9: Reflexões pessoais

8

Para se criar uma cultura para o trabalho de projecto é necessário

reinventar a escola onde não haja excluído, ou seja, uma escola para todos.

Onde as relações se estabelecem não sejam hierarquizadas e o saber não

seja vivido como poder e não submeta ao seu domínio outro. É necessária a

democracia e a partilha entre docentes.

Devemos incutir nos alunos responsabilidade, sentido de compreensão

mútua, mais solidariedade e aceitação das nossas diferenças.

É importante definir projectos pois existem muitos tipos de projecto.

O projecto que se pretende implantar na escola o projecto que envolva os

alunos de forma que eles participem e promovam o bem-estar, o

desenvolvimento, e abarque o sentido democrático e estes sejam

promotores de mais e melhor cidadania. O projecto deve responder a

desejos e aspirações que são sempre necessárias para o desenvolvimento de

nós mesmos e dos outros. A criança tem o direito de participar na

construção da sua vida e da vida da sua comunidade, tem o direito de se

expressar e de organizar.

O projecto promove a relação de intimidade entre semelhantes,

suporta uma negociação permanente, exaustivamente explicitado. Parte do

não sei, mas quero saber, de espantos e de interrogações. O projecto obriga

a um contrato social que recai sobre o que vamos fazer, quem faz, quando,

para quê, com quem entre outras.

O projecto reinvidica uma gestão de tempo, conteúdos, recursos, e

dos mediadores do saber, a gestão dos impulsos, desejos, interesses que

provocam.

Onde os alunos terão de negociar os tempos de estudo, ensino,

investigação e intervenção

Gestão dos conteúdos que irá responder as seguintes questões,

quando, como, com quem, que funcionalidade, que socialização solicitam?

Page 10: Reflexões pessoais

9

A gestão dos espaços e dos recursos, a sala de aula deve ser um espaço rico,

diverso e estimulante: deve ter várias zonas cada uma delas deve

corresponder a uma área disciplinar (zona da matemática, ciência, das

expressões plásticas, da música e do teatro), para além da zona de

ficheiros, guiões de apoio ao estudo, zona de referentes cooperativos para

a organização sócio-moral do grupo, mobiliário polivalente que suporte as

várias formas de organização do trabalho, individual, a pares, a pequenos

grupos, toda a turma.

A base do trabalho de projecto e da convivência social deve ser a

cooperação.

Page 11: Reflexões pessoais

10

Língua Portuguesa/ Trabalho de Texto

O Processo de aprendizagem não se faz apenas na escola, apesar de

este ser o local privilegiado. Os alunos antes de chegarem à escola já

realizaram aprendizagens de forma informal, a partir das relações sociais

que estabelecem aonde vivem. Muitas escolas não reconhecem a importância

desses conhecimentos.

Na fase de pré-escrita o aluno quando chega à escola não reconhece

que a escrita representa a fala e tem como função a comunicação. Por

exemplo se pedirmos a um aluno para escrever elefante ela vai fazer um

grande grafismo, mas se lhe pedirmos para escrever formiga vai fazer um

grafismo pequeno, porque associa o tamanho da palavra ao tamanho do

animal que escreve, neste caso.

O processo de ensino – aprendizagem da leitura e escrita, inicia-se a

partir da escrita. Se uma criança faz um desenho livre e nós podemos

perguntar-lhe o que está ali escrito, para que a criança compreenda que a

linguagem escrita representa a linguagem oral.

No período destinado ao Ler, Mostrar e Contar, a professora faz

apontamentos sobre o que falam e chega mesmo a questionar o que querem

que a professora escreva. Depois de citar a professora lê o que escreveu

para se certificar que era mesmo isso que o aluno queria que ela escrevesse.

Deste modo eles apercebem-se que a escrita serve para comunicar e que

esta representa a oralidade apesar de respeitar algumas regras como: sinais

de pontuação que correspondem aos ritmos e aquilo que se quer que seja

comunicado; espaços entre as palavras. Mas tenhamos em atenção que «Não

se separa a fala da escrita nem esta da leitura», porque a escrita

representa a fala e a partir da leitura do que foi escrito sabe-se o que foi

falado, por essa razão são indissociáveis.

Page 12: Reflexões pessoais

11

A leitura e a escrita são actividades que desenvolvem-se ao mesmo

tempo que em interacção se reforçam e através das quais as crianças criam

e desenvolvem comportamentos activos de construção de significados.

Charmeus afirma que “ler é compreender então aprender a ler é

aprender a compreender”. O trabalho da leitura é determinado pela escrita

e estabelece-se entre o texto inicial e o texto que resulta da resolução de

problemas tais como, conteúdo, destinatário. Adequação da linguagem, da

ortografia entre outros.

As questões que os colegas fazem ao autor permite-lhes clarificar

ideias e acrescentar informações ao texto transmitida pelo autor, que vai

permitir a reescrita do mesmo, permitir a interacção entre o leitor com o

texto e aprofundar a compreensão da leitura.

Para se desenvolver competências necessárias à leitura recorre-se a

várias actividades entre elas estão: o trabalho no quadro d pregas, a

reconstrução do texto a partir de palavras, exemplo:

Eu Gostei

De brincar À Playstation

Na casa Da minha Avó

Com O Meu primo

A combinação de sílabas; a combinação de sílabas que vem permitir o

surgimento de novas palavras por exemplo, se fizermos a divisão silábica de

gostei, está palavra fica dividida em duas partes gos/tei e se juntarmos a

segunda parte tei/a resulta em teia; a substituição de letras por exemplo,

da palavra saca lhe substituirmos o s por um v, teremos a palavra vaca; e se

trocarmos letras, por exemplo da palavra saca se trocarmos o s pelo c vai

surgir uma nova palavra casa.

Page 13: Reflexões pessoais

12

Estas actividades têm como finalidade o treino dessas competências

e ajuda os alunos a ultrapassar obstáculos. Também permite a cada aluno

que o faça ao seu ritmo.

A leitura e a escrita desempenham várias funções como a da

comunicação e também a de recolha de informação.

Os alunos exercitam as competências da comunicação oral, de leitura

e de escrita, quando apresentam as suas produções, durante as

Planificações, Balanço do Trabalho, do Trabalho de Projecto; do Tempo dos

Livros e Leituras e do Tempo do Estudo Autónomo. Essas produções são

feitas individualmente ou a pares, em pequenos grupos de três a quatro

elementos e são realizados textos muito diversificados.

As sessões colectivas de Língua Portuguesa / Trabalho de Texto

destinam-se ao trabalho de textos produzidos pelos alunos, de todos os

alunos o que significa trabalhar muitos textos e estes são muito

diversificados, segundo uma rotação combinada entre o professor e os

alunos e existe um registo de forma a não haver equívocos. O Trabalho de

Texto em colectivo constitui um grande momento de comunicação, de

reescrita do texto com o contributo do professor e dos colegas, do

professor que guia/conduz a conversação e dos colegas porque ao questionar

o autor vão enriquecendo-o; a leitura do mesmo, de troca, de sistematização

dos conhecimentos que elaboram individualmente ou em cooperação com os

colegas e com o professor e o que aprenderam fora da escola e da tomada

de consciência do funcionamento da Língua. Este trabalho é feito apenas

uma vez por semana o que eu não concordo, porque se fizerem todo esse

trabalho num só dia parece-me que se torna desmotivador para os alunos e

deixam de prestar atenção. É o que nos acontece a nós, quando estamos

demasiado tempo a trabalhar no mesmo assunto, a determinada altura não

Page 14: Reflexões pessoais

13

estamos tão atentos, quanto mais as crianças que não conseguem prestar

tanto tempo de atenção!

O professor neste Trabalho de Texto tem a função de conduzir os

alunos para o facto que a escrita é um processo inacabado e que este

desenvolve-se ao longo de toda a vida.

Page 15: Reflexões pessoais

14

A Organização da Sala de Aula: o Espaço e os Materiais Educativos

A sala de aula deverá proporcionar um envolvimento cultural

estruturado para facilitar o processo de aprendizagem. Existem as áreas de

apoio que correspondem a um armário para materiais colectivos, uma

bancada para os ficheiros (para o Estudo Autónomo) e um placar no qual se

fixam os mapas de registos da evolução do trabalho e o Diário de Turma.

Áreas de apoio:

Primeiro: o armário para materiais colectivos. Neste armário está

papel de várias dimensões, cartolinas e cartões; lápis negro e de cores,

marcadores e esferográficas, giz brancos e de cores, afias, borrachas,

entre outros. Devem estar devidamente classificados com as respectivas

designações, para poder ser utilizado por todos os alunos e facilmente ser

arrumado.

Segundo: a bancada de ficheiros dispõe de colecções de ficheiros e

guiões de trabalho correspondente às várias áreas do Programa. As fichas

são ordenadas e classificadas para permitir a fácil localização de qualquer

ficha ou guião. Deverá ser afixado juntamente à bancada, mapas de duas

entradas com o nome dos alunos em coluna, o código de referência de cada

ficha em linha. O professor pode combinar com os alunos um código para

marcar se teve facilidade, dificuldade ou se fez com ajuda, utilizando para

cada uma destas situações uma cor distinta. O que permitirá ao professor

ver o número de fichas que cada aluno realizou e também o grau de

dificuldade sentida pelo aluno. E o aluno ter a noção da matéria que deve

trabalhar mais.

Page 16: Reflexões pessoais

15

Existem vários mapas de registo de pilotagem. Estes são:

o O quadro de tarefas de manutenção, por exemplo, de apoio ao

núcleo de documentação, de apoio aos materiais de uso colectivo;

entre outros.

o Um mapa de presenças dos alunos. Este mapa facilita o professor

quando tem de marcar a presença dos alunos. Há medida que os

alunos o fazem o professor pode marcar no documento especifico

para o efeito. O mapa de presenças ainda permite ser trabalhada a

área da Matemática quando a professora pede para contarem o

número de meninos presentes, os que estão atrasados e os que

faltam, no caso da turma ser do primeiro ano.

o O mapa de registos de textos produzidos, podendo estes ser

histórias, bandas desenhadas, notícias, poesias, cartas, actas,

resumos e relatórios. Este registo é importante porque permite ver

quais foram os textos trabalhados e de que aluno, para que deste

modo possam ser trabalhados textos de todos os alunos e também

permite ver quantos textos cada aluno produziu.

o Mapa de registo de leituras de textos podendo estes ser histórias,

poesias, banda desenhadas, revistas, jornais e peças de teatro. Este

registo permite ver o número e o tipo de leituras feito por cada

aluno.

o As fichas de registo dos projectos de estudo onde consta o nome

dos alunos e de dispõe de colunas com informação sobre “o que

queremos saber”; “o que já sabemos”; “o que vamos fazer”; “como

vamos apresentar a informação”; “a comunicação à turma, como e

quando”. Este registo é facilitador do acompanhamento do trabalho

e nele consta toda a informação, mas também parece-me

conveniente estar um espaço destinado ao tema do projecto.

Page 17: Reflexões pessoais

16

o Folha de Planeamento do dia onde consta a data do Plano e é

constituída por três colunas. “vamos fazer”, “quem faz” e “balanço”.

o Expõe-se o Programa Curricular, disposto em forma de Plano anual e

o Diário de Turma. É importante que a lista de verificação estar

exposta para os alunos “verem” o trabalho que terão de realizar ao

longo do ano lectivo e em relação ao Diário de Turma parece-me

pertinente estar exposto para os alunos se aperceberem que

sempre que queiram podem utilizá-lo para escreverem o que lhes

parecer necessário para o funcionamento da turma.

As áreas de apoio específico servem de suporte às actividades de

domínios disciplinares programados, que são elas:

O atelier de Expressão Plástica que possui os materiais

necessários à modelagem, à escultura, às construções, às

tapeçarias e tecelagem, desenho e actividades gráficas, pintura,

impressão e estampagem, fotografia, cartazes e audiovisuais. É

importante haver um espaço onde haja exposição, em rotação

dos trabalhos realizados ao longo da semana.

Oficina de teatro que é onde se guardam adereços e

fantoches, marionetas, máscaras, com a respectiva divisória para

dar apoio às actividades de expressão dramática.

Área de apoio a Educação Musical que deverá estar

ligada a oficina de teatro é onde há instrumentos, partituras e

publicações musicais assim como gravadores, leitor de discos, de

modo a criar o gosto pela música.

O núcleo de documentação e informação, conhecido

também por biblioteca tem de ser um recanto acolhedor,

dispondo quase sempre de almofadas para permitir a consulta de

documentos e a leitura de livros em ambiente confortável e

Page 18: Reflexões pessoais

17

reservado. Neste espaço devem ser recolhidos documentos

devidamente ordenados e classificados para ser mais fácil

encontrá-los. Deve fazer parte da biblioteca livros recreativos,

enciclopédias, manuais, livros, jornais produzidos pelos alunos e

arquivadores de recortes de textos e de imagens.

A oficina de escrita e edição reúne os computadores, as

máquinas de escrever, entre outros meios de impressão e de

reprodução. Deverá ter uma mesa para a escrita e apoio à edição

e montagem de livros, jornais, textos de apoio e correspondência

entre escolas.

O laboratório de Ciências e de Matemática é o espaço

onde se arrumam os utensílios de apoio à observação, à

montagem de experiências com materiais e objectos de uso

corrente. Para a Matemática este laboratório disponibilizará

materiais estruturados e não estruturados, auxiliares de cálculo

e de apoio ao estudo de grandezas e medidas, formas e espaço

que integram o programa.

Page 19: Reflexões pessoais

18

A Organização Social do Trabalho de Aprendizagem no

1º Ciclo do Ensino Básico

O Modelo é caracterizado pelo trabalho continuado de análise e

reflexão dos professores e que tem por base o trabalho cooperado dos

mesmos. O facto de analisar e reflectir e de haver um trabalho cooperado é

muito benéfico pois ajuda-os a detectar falhas e a melhorar as suas

práticas.

Este Modelo permite a circulação de saberes entre os alunos devido à

aprendizagem cooperara dos mesmos.

Os professores do MEM vêem a sua profissão como um instrumento

de formação e de participação cívica e de desenvolvimento social e cultural

o que é muito importante para criarmos cidadãos conscientes.

O instrumento social de acção democrática é a cultura pedagógica

entre professores e alunos, ou seja, os conhecimentos e as intervenções são

desenvolvidas democraticamente com base na cooperação.

Os circuitos de comunicação permitem o desenvolvimento mental e de

formação social. Para haver circuitos de comunicação é necessária a criação

de um clima de livre expressão na sala de aula, onde os alunos se sintam

bem. A expressão livre ocorre num tempo destinado por exemplo, à escrita

livre e no período destinado ao momento Ler, Mostrar e Contar, entre

outros. Estes dois momentos asseguram a autenticidade na comunicação,

promove e dá sentido às aprendizagens escolares. Estas aprendizagens

ganham sentido porque têm interesse para os alunos, são úteis. Com estes

dois momentos pretende-se que os alunos desenvolvam formas variadas de

representação, ou seja, de comunicar o que vem permitir o desenvolvimento

psicológico e social dos alunos. Os momentos de interacção comunicativa são

de grande importância já que dão sentido às aprendizagens e deste modo

Page 20: Reflexões pessoais

19

são criadas as condições para haver desenvolvimento psicológico e social dos

alunos, pois existe cooperação no processo de aprendizagem.

A Estrutura de Cooperação Educativa

Na estrutura de cooperação educativa, os alunos trabalham juntos

para atingirem o mesmo objectivo. O facto de trabalharem juntos é um

grande contributo para a aquisição de múltiplas competências. Esta

estrutura pressupõe que cada membro do grupo só pode atingir o seu

objectivo se cada um dos outros o tiver atingido também, ou seja, o sucesso

de um aluno condiciona o sucesso dos outros membros do grupo.

Piaget considera a cooperação como fonte de três tipos de

transformação do pensamento do indivíduo:

- Primeiro: é fonte de reflexão e de consciência de si próprio.

-Segundo: permite separar o sujeito do objecto (converter a

experiência imediata em conhecimento cientifico).

-Terceiro: é um guia por ajuntamentos recíprocos.

Deste modo o trabalho cooperativo desenvolve a consciência de si

próprio, permite converter a experiência em conhecimento científico

através de trocas de comunicação e ainda assegura a formação democrática.

O trabalho cooperativo é importante porque desenvolve nos alunos

outras atitudes: aceitação das diferenças; menos ansiedade e promove mais

aprendizagens.

Nas atitudes os alunos mostram mais satisfação na realização de

trabalhos cooperativos; em situação de conflito têm uma atitude mais

positiva e também proporcionam uma auto-estima superior.

Existe uma maior aceitação das diferenças, isto é, níveis superiores

de aceitação e maior atracção interpessoal com estudantes de minorias

(etnias diferentes, com deficiências ou de sexo diferentes).

Page 21: Reflexões pessoais

20

Os alunos têm menos ansiedade trabalhando em pequenos grupos do

que individualmente ou em grande grupo.

O trabalho cooperativo promove mais aprendizagens pois os alunos

aprendem mais uns com os outros, desde que um membro do grupo não

imponha o seu ponto de vista. Quando os membros do grupo têm o mesmo

ponto de vista sobre a realização da tarefa e quando os papeis de cada

elemento do grupo são distribuídos à priori e são diferentes para cada um, o

trabalho cooperativo perde toda a sua eficácia. Mas por outro lado se os

papéis não são determinados, oferecem aos alunos a oportunidade de

diferenciação e de confrontação entre dois ou mais indivíduos.

Participação democrática directa

A participação democrática directa constrói-se enquanto os alunos

com os professores em cooperação experienciando e desenvolvendo a

própria democracia através da organização e gestão do currículo. Estes

aceitam o Planeamento e a avaliação como operações formativas na

apropriação do currículo que integram todo o processo democrático. A

democracia está assente na circulação e utilização da informação, dai a sua

função social de que todo o saber deve ser partilhado. Deste modo cada

aluno acrescenta o seu próprio saber o que vem dar sentido social à

comunicação, à cooperação e aumentar o património cultural de um dado

grupo.

O Trabalho de Estudo Autónomo na sala de aula

Page 22: Reflexões pessoais

21

O Trabalho de Estudo Autónomo faz-se todos os dias

aproximadamente cerca de uma hora, para que os alunos possam

individualmente ou a pares treinar as capacidades e competências

curriculares, através de actividades de consolidação ou de desenvolvimento

das aprendizagens. Enquanto o professor vai apoiando sistematicamente e

por rotação, os alunos que revelam dificuldades na aprendizagem. O apoio

aos alunos é decidido na segunda-feira e registado na folha do plano

individual do respectivo aluno.

O Plano Individual de Trabalho (PIT) é instrumento de pilotagem das

aprendizagens no 1º Ciclo

o Apresentação do programa aos alunos.

No inicio do ano o professor deve apresentar os programas das várias

áreas curriculares, de forma a tornar visível os critérios da escola e

partilhar com os alunos as competências e os conteúdos das aprendizagens

para que deste modo os alunos ficarem envolvidos desde o primeiro

momento. Se bem que não vai ser a simples apresentação e a exposição do

programa, que levará os alunos a conhecer os conteúdos e as exigências da

escola. Mas acontecerá através da auto e hetero avaliações periódicas dos

programas que permitem a consciencialização das aprendizagens que vai

possibilitar a cada aluno apropriar-se verdadeiramente do programa, que

resulta da toma de consciência daquilo que já domina e do que precisa

trabalhar mais para melhorar.

Existe uma grelha que permite a análise do programa e dos percursos

individuais de aprendizagem onde consta a listagem de conteúdos e a lista

de verificação, é facilitadora da gestão colectiva do trabalho, uma vez que

assinalamos o que foi trabalhado e o que se planeia trabalhar. Por isso, dá-

Page 23: Reflexões pessoais

22

nos uma visão global do grupo e de cada aluno e facilita a tomada de

consciência dos seus percursos. Essa grelha deve estar afixada na parede

para que os alunos a possam consultar autonomamente, e para que os alunos

através da sua analise consciencializem-se de quais são as actividades que

devem realizar no estudo autónomo de acordo com as suas dificuldades.

o Organização do trabalho para a diferenciação

Com o objectivo de responder às necessidades da turma em todas às

áreas do programa. A turma negoceia um horário semanal que contempla um

número menor de rotinas instituídas. Esta organização permite clarificar as

diferentes modalidades de trabalho utilizadas e a demarcação de tempos

destinados a cada modalidade, o que torna-se estruturante para a

organização individual e do grupo.

A criação de condições para o desenvolvimento das aprendizagens num

grupo pressupõe a organização material da sala, de modo a colocar ao

alcance dos alunos material diversificado tais como, ficheiros, guiões, livros

que correspondam às necessidades de trabalho autónomo e estimulem as

aprendizagens do grupo. Corresponde às várias áreas curriculares, de modo

a serem utilizados livremente e estruturante. E às diferentes etapas de

aprendizagem, possibilitando assim a diferenciação do trabalho.

A gestão cooperada do espaço e dos materiais implica a

consciencialização de que os recursos disponíveis têm de ser partilhados por

todos, constituindo assim um factor de socialização. A co-responsabilização

para a preservação dos recursos operacionaliza-se na divisão cooperada de

tarefas, que semanalmente são assumidas pelos alunos e avaliadas no grupo.

o A regulação cooperada das aprendizagens

Page 24: Reflexões pessoais

23

O professor tem intenção de gerir as necessidades de todos os

alunos no sentido de optimizar o seu tempo escolar, por outro lado essa

intenção retiraria a oportunidade de cada um se mobiliza para as

aprendizagens. Essa função de regulação facilitada por um conjunto de

instrumentos de registos de produção e de avaliação dos quais se destaca o

Plano Individual de Trabalho (PIT), pela importância que assume na condição

intencional dos processos.

O Plano Individual de Trabalho (PIT)

Permite a realização da diferenciação do trabalho, isto é, permite que

cada um trabalhe segundo as necessidades e motivações e de modo

progressivo vá consciencializando na interacção com os outros, de modo a

progredir no currículo.

Nos PIT´s são realizados vários registos entre eles as actividades

que os alunos podem realizar no Tempo de Estudo Autónomo, também faz

referência ao número de actividades que o aluno pretende realizar, fica

registado a baixa do que vai sendo realizado e também se regista as

actividades que realmente foram realizadas. No PIT há um espaço destinado

ao trabalho de Projecto onde se regista o tema do projecto, o nome dos

elementos do grupo, as actividades a realizar em cada uma das sessões e o

seu balanço. E também existe um espaço destinado a outras realizações

como por exemplo, ajuda de um colega, apresentação de um projecto, a

tarefa que cada aluno tem na sala de aula, assim como a sua avaliação por

último a autoavaliação também é registada e lida no final da semana, assim

como as sugestões do professor e dos colegas que regulam o ritmo de

produção.

Page 25: Reflexões pessoais

24

Outros instrumentos colectivos

Entre os instrumentos colectivos estão o registo de ficheiros, de

produção de textos e o de leituras. Estes registo têm como função regular a

produção de cada aluno e de toda a turma, estão expostos junto das

diferentes áreas de trabalho, ao alcance de todos e onde cada um assiná-la

as suas realizações. No que respeita à sua avaliação o registo de ficheiros é

semanalmente. Enquanto o registo de produção de textos e registo de

leituras é mensalmente.

O Diário de Turma é o instrumento que atravessa toda a vida da

turma. Este é discutido em Conselho e permite gerir e regular conflitos,

confrontar processos, valorizar percursos, corrigir aspectos menos

conseguidos.

Page 26: Reflexões pessoais

25

O Conselho de Cooperação Educativa

O Conselho de Cooperação Educativa é onde os alunos com

progressiva autonomia, analisam e discutem os assuntos registados no Diário

de Turma e também onde se avalia o PIT, onde se explicitam critérios de

avaliação e por último se clarificando as diferentes modalidades de

trabalho. É importante explicitar os critérios de avaliação de cada

modalidade através destes podem ajudar os alunos a ficarem mais atentos a

determinados aspectos valorizados e pode torná-los mais rigorosos nos seus

trabalhos.

O Trabalho em Projecto é uma modalidade que se baseia nas pequenas

pesquisas que partem dos interesses dos alunos, resulta da avaliação e

planificação dos vários programas curriculares ou desafios lançados pelos

correspondentes. Em pequenos grupos, não mais de três elementos, é

realizado numa hora por dia, dois dias por semana, permitindo assim a

participação de todos os alunos nestas actividades.

É em conselho que se operacionalizam os Planos Semanal e Diário.

Negoceiam-se os apoios do professor aos projectos e a alunos com

dificuldades, as tomadas de decisões quanto às comunicações a apresentar,

a determinação dos conteúdos a tratar e os tipos de trabalho a realizar

durante os tempos colectivos. Este contribui para a construção uma escola

democrática, para tal recorremos de sequências de actividades, que não é

mais do que o roteiro de condução para o Trabalho em Projecto:

1. Antecipação da representação mental do que se quer fazer, saber ou

mudar.

Page 27: Reflexões pessoais

26

2. Clarificar o significado social do trabalho previsto, tendo em conta a

sua utilização, apropriação, intervenção e difusão.

Estas duas fases descritas anteriormente exigem um diálogo para

clarificar dinamizado pelo professor.

3. Elaboração o projecto de actuação desdobrando em acções de

produção, o que se antecipara mentalmente.

4. Conceber um plano de trabalho distribuído as acções no tempo e

atribuindo as responsabilidades para que se atinjam os objectivos

cooperativamente assumidos.

5. Proceder à execução do plano, ou seja, a realização do trabalho para a

produção de um objecto; concretização de um objectivo de

transformação social ou de apropriação de saber suscitado por um

problema e elucidar pelo estudo ou pela experimentação, por meio de:

Actividades de pesquisa documental, inquérito social,

intervenção comunitária ou em sistema virtual à distância ou

ainda ensaio sobre materiais.

Tratamento da informação.

Concepção da apresentação do produto para apropriação e

fruição colectiva

Elaboração de instrumentos para obter a retroacção dos

destinatários.

6. Comunicar os resultados do estudo ou da intervenção e apresentar os

produtos, alargando as formas de circulação e difusão do trabalho

realizado.

7. Proceder à avaliação do processo e da utilização social dos produtos

resultados pela reflexão crítica em interacção dinâmica, têm de ser

apropriados pelos estudantes com a colaboração do professor desde

a concepção até à avaliação crítica do processo de produção.

Page 28: Reflexões pessoais

27

Na escola é fundamental que o conhecimento não se separe das

práticas sociais de apropriação da cultura para que os valores da democracia

venham a inscrever-se na praxis dos professores e alunos em formação

compartilhada.

Page 29: Reflexões pessoais

28

A Cooperação Educativa na Diferenciação

do Trabalho de Aprendizagem

As escolas devem ajustar-se a todas as crianças independente das

suas características individuais independentemente das suas condições

físicas, sociais, culturais, étnicas. Foram estas as orientações administradas

pelo Ministério da Educação lançou aos professores como forma de romper

com todas as formas de exclusão. Para se construir uma escola para todos,

tendo em conta as diferenças dos alunos, recorrendo para tal a diferentes

estratégias curriculares e neste sentido surgiram cinco métodos:

1. Método selectivo: assenta em objectivos e conteúdos fixos comuns

para todos, os alunos quando deixam de atingir os objectivos

abandonam a escola.

2. Método temporal: assenta também em objectivos e conteúdos fixos e

comuns, a única alteração é que permite aos alunos com necessidades

disponham de mais tempo para alcançá-los.

3. Método de neutralização: assenta em que os factores sociais ou

culturais provocam dificuldades nas aprendizagens. Este medo

tenciona compensar esses alunos.

4. Método de adaptação de objectivos: assenta no princípio que não se

podem realizar as mesmas aprendizagens devido à diversidade dos

alunos. Este método vem assim diversificar os objectivos, criando

currículos paralelos.

5. Método de adaptação do Ensino considera que um único método de

ensino/aprendizagem não consegue satisfazer as necessidades

individuais de todos os alunos. Para resolver essa situação adaptam-se

a organização e as estratégias diversificadas de ensino, que

respondam as necessidades de todos os alunos.

Page 30: Reflexões pessoais

29

O método selectivo, o temporal, o de neutralização e o adaptação de

objectivos são métodos que não têm em conta as características

individuais dos alunos, pois nas suas sugestões não criam condições para

que todos os alunos tenham sucesso escolar. As condições que criaram

apenas permitem aos alunos com necessidades apenas disponibilizem mais

tempo para que eles atinjam os objectivos; compensam os alunos devido

aos seus factores sociais ou culturais antes de aproveitarem as

diferenças dos alunos, pois permitiriam que aprendessem uns com os

outros e para finalizar não me parece necessário criar currículos

paralelos com objectivos diversificados devido à diferenciação dos

alunos. Parece-me mais pertinente manter o mesmo currículo para todos

desde que haja diversidade de estratégias para que todos possam atingir

os objectivos do currículo. Como todos os docentes sabem que as turmas

são heterogéneas e como tal os alunos têm ritmos e características

diferentes de aprendizagens. Quando o docente tem em consideração

essas características individuais e utiliza estratégias que respondem as

necessidades de cada aluno. É a diversidade de estratégias que vem

permitir o sucesso escolar, juntamente com o trabalho realizado em

cooperação com o docente e entre colegas. Por vezes os alunos aprendem

mais e melhor com os colegas e todo o trabalho envolvido na

aprendizagem activa dos alunos, pois são estes que planificam, gerem o

tempo e avaliam o seu trabalho e o do colega.