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REFLEXÕES SOBRE O MODO DE PENSAR A EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES AOS AGENTES AMBIENTAIS E A APOSENTADORIA ESPECIAL
2006CRISTIANE QUEIROZ BARBEIRO LIMA
APRESENTAÇÃO
1- Contextualização da política da Segurança e Saúde do Trabalhador
2- Atualização da legislação que trata da aposentadoria especial
3- Dificuldades a serem trabalhadas
4- Considerações finais
Saúde do Trabalhador e Segurança e Saúde no
TrabalhoMINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
Lei No. 6 514, de 1977- Altera o Capitulo V relativo a Segurança e Medicina do Trabalho da CLT
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Constituição Federal de 1988 - Sistema
Único de Saúde (SUS) - Lei Orgânica da
Saúde, Nº. 8.080, de 1990.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
Lei Orgânica da Seguridade Social, No. 8312, de 1991 e Lei sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, No. 8313, de 1991. Decreto No. 3.048, de 1999 - Regulamento da Previdência Social
ATUALIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO QUE TRATA DA APOSENTADORIA ESPECIAL
Regulamento da Previdência Social – Sub Seção IV do Decreto no. 3.048 de 6 de maio de 1999, com atualizações de redação nos anos de 2002 e 2003. Instrução Normativa da Previdência Social no. 11 20/setembro/2006
APOSENTADORIA ESPECIAL
“A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.”
(redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003)
Comprovação pelo SeguradoDECRETO NO 3.048 DE 6 MAIO DE 1999
Art. 64 e 65
Tempo de trabalho permanente, não ocasional,nem intermitente durante o período mínimo fixado.
Condições especiais
Efetiva exposição aos agentes químicos, físicos e biológicos ou a associação de agentes
Contribuição da empresa Decreto No 3.048 de maio de 1999
... “destinada ao financiamento da aposentadoria especial, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso: (Art. 202.)
Contribuição da empresa Decreto No 3.048 de maio de 1999, Art. 202
1%- risco do acidente do trabalho seja leve
2%- risco do acidente do trabalho seja médio
3%- risco do acidente do trabalho seja grave
12% - 15 anos 9% - 20 anos 6% - 25 anosSobre a remuneração do segurado sujeito à condições especiais
Atenção:
chegada
do FAT
APOSENTADORIA ESPECIAL
“A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.”
(Ar.t 68, § 2º, do Decreto 3048, de maio 1999 - Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
APOSENTADORIA ESPECIAL
Art. 186 da IN 11/2006 coloca que:
“A partir da publicação da
Instrução Normativa INSS/DC nº 99, de 5 de setembro de 2003
, para as empresas obrigadas ao cumprimento das
Normas Regulamentadoras do MTE, nos termos do
item 1.1 da NR-01 do MTE, o LTCAT será substituído
pelos programas de prevenção PPRA, PGR e
PCMAT”.
MODO DE PENSAR A EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR
Agente nocivo/nocividade
“Permanência” ou tempo de exposição
Condições especiais
Gestão de Indicadores -FAT
QUÍMICOS
FÍSICOS
BIOLÓGICOS
O trabalhador exposto à concentração ou intensidade do agente superiores aos Limites de Tolerância ou que, dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial prejudicial à saúde.
Art. 185-IN 11/2006. “A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológica infecto-contagiosa, constantes do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, dará ensejo à aposentadoria especial exclusivamente nas atividades previstas nesse Anexo.”
LIMITES DE TOLERÂNCIA
NR 15“A concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano a saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral”.
O quanto o organismo humano resiste, sem apresentar algum dano? O que seria o LT?
Esta dose é igual para todos?O tempo para aparecer algum dano é igual para todos?
Se o esforço físico é maior, a dose pode ser a mesma e o tempo de exposição pode ser o mesmo? E quando tem absorção pela pele?
O ritmo do trabalho pode interferir na dose recebida?
A temperatura e a umidade do ar interfere na absorção da dose?
Os efeitos produzidos em animais de laboratório podem ser os mesmos produzidos no ser humano nas diversas realidades das condições de trabalho?
A determinação destes limites são essencialmente técnicas? e mais, mais ....
Substância ACGIH-200540 H/S
NR 15- 1978Até 48 H/S
Conversão Estimada
NR 15 Insalubridade
Anexo IV Regimento da Previdência
Social
Ácido acético 10 ppm 8 ppm Médio -
Acetona 500 ppmA 4 – ainda não classificado como carcinogênico
780 ppm 390 ppm
Mínimo ?
-
Ciclohexano 100 ppm 235 ppm 78 ppm
Médio 25 anos
Cloreto de vinila 1 ppm A 1- Carcinogênico humano confirmado
156 ppm 0,78 ppm
Máximo 25 anos
Manganês e compostos inorgânicos
0,2 mg/m3
5 mg/m3poeiras (8hs) 0,2 mg/m3
1 mg/m3 fumos (8hs)
Máximo 25 anos
Amianto/asbestoCrisotila
0,1 fibra/ cm3
A1 - Carcinogênico humano confirmado
2 fibras/cc (1991) 0,078 fibras/cc
Máximo 20 anos
A C G I HAmerican Conference of Governamental Industrial Hygienists
x NR 15
Fatores sociais
Fatores
econômicos Fatores tecnológicos e
organizacionais
TRABALHO
Perfil da produção
e do consumoFatores de risco químicos Fatores de
risco fís
icos
Fatores de risco
biológicosFat
ores
de ris
co
mecâni
cosFatores
ergonômicosFatores
psicológicos
Somente na mineração subterrânea?
Eliminação das condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade
física
TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO COLETIVA
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
DEMONSTRAÇÕES AMBIENTAIS
Hierarquia de controle
Inviabilidade técnica da EPC ou insuficiência Ar.t 180 / IN
11 só para ruído?
O país dispõe de poucas tecnologias para fazer avaliações ambientais próximas a realidade das exposições ocupacionais. O custo das avaliações quantitativas bem feitas, que envolvem grande número de amostras representativas, normalmente é alto.
PRINCIPAIS DIFICULDADES
Existem dificuldades concretas para comprovar a eficácia dos EPIs no dia a dia. Envolve desde o aprimoramento dos atuais processos de obtenção do CA até a adaptação da utilização dos EPIs as atividades de trabalho.
Atenção com os fatores de risco presentes no trabalho que possam oferecer efeitos aditivos ou sinérgicos e que dificilmente podem ser quantificados.
Ninguém pergunta qual a inviabilidade técnica do EPC, mediante a opção do EPI, ou seja, de modo geral, há uma conformação com o uso do EPI.
CONSIDERAÇÕES FINAIS- Análise do risco à saúde do trabalhador deve levar em conta todos os fatores presentes no trabalho e deve ser feita sempre de forma coletiva, com atenção as especificidades regionais e individuais. - Os LT devem ser considerados tão somente como guias de orientação para minimização do risco. Quando bem discutidos representam na melhor das hipóteses Valores de Referência Tecnológica.- Há necessidade de incluir representantes dos trabalhadores na discussão de estabelecimentos e de revisões periódicas dos Valores de Referência. - A concessão da aposentadoria especial deve ser comprovada pelo Segurado, por meio do PPP/ PPRA/LTCAT efeitos e controlados pela empresa (?) (Art.64, §1o. e § 2o.)- Promover o desenvolvimento de novas formas de intervenções nos processos de produção/industrialização e gestão da saúde do trabalhador.
MODELO BRIEF. SCALA PARA CONVERSÃO DE LIMITES DE TOLERÂNCIA
Fc = 8 X 24 - ( horas/ dia)
16(horas/dia)
LT (proposto) = Fc x TWA®
Recomendada somente para substâncias com efeitos sistêmicos e trabalhos de 7 dias / semana ou próximos a 35 horas semanais