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LEI COMPLEMENTAR Nº 026/2013 “DISPÕE SOBRE O PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO PESSOAL DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.” O PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO OESTE, ESTADO DE SANTA CATARINA. FAÇO, saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, DO REGIME JURÍDICO E DOS CONCEITOS SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o quadro de pessoal e o plano de carreira dos servidores públicos do Magistério Público do município de São Miguel do Oeste e estabelece normas de direito administrativo aplicado à investidura, enquadramento, remuneração, progressão funcional e jornada de trabalho aos que exercem cargos efetivos ou permanentes, com o objetivo de atender à demanda do serviço público municipal. Art. 2º Integram este plano de carreira do magistério público municipal os Profissionais que exercem funções de Magistério e de auxiliar de creche. Parágrafo único. São Consideradas funções de magistério as desenvolvidas por professores, auxiliares de creche, e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacional.

Reforma Administrativa Deve Oportunizar Qualificacao No Servico Publico Em Sao Miguel Do Oeste

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LEI COMPLEMENTAR N 026/2013

DISPE SOBRE O PLANO DE CARREIRA E REMUNERAO DO PESSOAL DO MAGISTRIO PBLICO MUNICIPAL E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE SO MIGUEL DO OESTE, ESTADO DE SANTA CATARINA.

FAO, saber a todos os habitantes deste Municpio que a Cmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte lei:

CAPTULO I

DAS DISPOSIES PRELIMINARES,

DO REGIME JURDICO E DOS CONCEITOS

SEO I

DAS DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1 Esta Lei dispe sobre o quadro de pessoal e o plano de carreira dos servidores pblicos do Magistrio Pblico do municpio de So Miguel do Oeste e estabelece normas de direito administrativo aplicado investidura, enquadramento, remunerao, progresso funcional e jornada de trabalho aos que exercem cargos efetivos ou permanentes, com o objetivo de atender demanda do servio pblico municipal.

Art. 2 Integram este plano de carreira do magistrio pblico municipal os Profissionais que exercem funes de Magistrio e de auxiliar de creche.

Pargrafo nico. So Consideradas funes de magistrio as desenvolvidas por professores, auxiliares de creche, e especialistas em educao no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educao em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio de docncia ou as de suporte pedaggico docncia, isto , direo ou administrao, planejamento, inspeo, superviso, orientao e coordenao educacional.

Art. 3( Os princpios, normas, regras, critrios, condies e requisitos fixados por esta Lei, aplicam-se a todos os servidores pblicos do Magistrio Pblico.

SEO II

DO REGIME JURDICO

Art. 4( O regime jurdico nico do pessoal do magistrio pblico municipal, o estatutrio, aplicando-se aos mesmos, todos os princpios, normas regras e critrios, condies e requisitos fixados por esta Lei e pelo Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais de So Miguel do Oeste.

Art. 5 A Carreira do Magistrio Pblico Municipal buscar a valorizao dos seus Profissionais, com remunerao condigna e condies adequadas de trabalho, com progresso por desempenho por meio de avaliao que promova a melhoria da atuao profissional.

SEO III

DOS CONCEITOS

Art. 6 Para melhorar a aplicabilidade e entendimento desta lei, ficam institudos os seguintes conceitos:

I - CARGO: conjunto de atribuies, deveres e responsabilidade que deve o profissional do magistrio, de acordo com a rea de atuao e formao profissional, com denominao prpria, nmero certo e remunerao pelo Poder Pblico, nos termos da Lei.

II CARGO ISOLADO: Os servidores do magistrio pblico municipal que eventualmente no integrarem o presente Plano de Cargos e Salrios ficaro dispostos em quadros isolados individuais, oportunizando-lhes o enquadramento de acordo com o tempo de servio j exercido quando da vigncia desta lei, sem prejuzos de seus direitos funcionais adquiridos, mormente com relao percepo de abonos, anunios, reposies e aumentos salariais, alm de outros benefcios que por ventura possam ser institudos e/ou concedidos aos demais membros do magistrio municipal, sendo que estes sero extintos quando vagarem.

III MEMBRO DO MAGISTRIO PBLICO: todos os servidores que exercem funes de magistrio, definidas no pargrafo nico do artigo 2 desta Lei.

IV- CLASSE: agrupamento de cargos semelhantes em direitos, deveres e responsabilidade em que se estrutura a Carreira, constituindo os degraus de acesso.

V- CATEGORIA FUNCIONAL: conjunto de atividades desdobrveis em classe identificadas pela natureza e pelo grau de conhecimento exigvel para seu desempenho.

VI GRUPO OCUPACIONAL: conjunto de cargos reunidos segundo formao, qualificao, atribuio, grau de complexidade e responsabilidade.

VII PADRO OU REFERNCIA: indica o nvel de vencimento devido a uma determinada classe, que pode ser nico para toda classe ou mltiplo.

VIII- REDE MUNICIPAL DE ENSINO: conjunto de instituies e rgos que realiza atividades de educao sob a coordenao e subordinao da Secretaria Municipal de Educao.

IX PROFESSOR: titular de cargo de Carreira do Magistrio, com funo de docncia.

X- FUNES DE MAGISTRIO: atividades desenvolvidas por professores e coordenadores pedaggicos no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educao em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia ou as de suporte pedaggico docncia, isto , direo ou administrao, planejamento, inspeo, superviso, orientao e coordenao educacionais.

XI PLANO DE CARREIRA: conjunto de diretrizes e normas que estabelecem a estrutura e os procedimentos de cargos, a remunerao e o desenvolvimento dos Profissionais do Magistrio.

XII VENCIMENTO: retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em Lei.

XIII REMUNERAO: vencimento do cargo de carreira, acrescido das vantagens pecunirias, permanentes ou temporrias, estabelecidas em Lei.

XIV PROGRESSO FUNCIONAL: deslocamento do servidor nas referncias contidas no seu cargo.

XV ENQUADRAMENTO: atribuio de novo cargo, grupo, nvel e/ou referncia ao servidor, levando-se em considerao o cargo atualmente ocupado, e observando-se sempre o concurso pblico de ingresso e vedado qualquer decrscimo de seu vencimento.

XVI QUADRO DE PESSOAL: conjunto de cargos de provimento efetivo e comissionado dos profissionais do Magistrio.

XVII REVISO ANUAL: retrata o ndice de reposio inflacionrio a ser concedido pelo poder pblico aos nveis de vencimento, salrios, proventos, cargos em comisso e funes gratificadas.

XVIII REAJUSTE ANUAL: retrata a majorao concedida pelo poder pblico aos nveis de vencimento, salrios, proventos, cargos em comisso e funo gratificada.

XIX ENSINO FUNDAMENTAL: concluso do ensino de primeiro grau (sries iniciais e finais).

XX ENSINO MDIO: concluso do ensino de segundo grau, com habilitao para o Magistrio, Ensino Tcnico ou Ensino Mdio.

XXI ENSINO SUPERIOR: concluso do ensino de terceiro grau, reconhecido pelo MEC Ministrio da Educao.

XXII PS-GRADUAO: concluso em especializao, estricto e latu sensu, reconhecido pelo MEC Ministrio da Educao e Cultura.

XXIII ABONO: vantagem financeira temporria, em dinheiro, sendo que, no referido perodo de concesso a esse ttulo no integrar o vencimento dos servidores para nenhum fim, concedido aos servidores pblicos municipais conforme previso legal, podendo a Lei que o criar prever a incorporao.

XXIV - TURNO: jornada de trabalho de 04 (quatros) horas, durante o perodo matutino e/ou vespertino, de segunda a sexta-feira.CAPTULO II

DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARREIRA

DOS CARGOS, DO INGRESSO NO SERVIO

SEO I

DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARREIRA

Art. 7( Este plano de carreira constitudo pelo:

I Quadro de pessoal dos Profissionais que exercem funes de magistrio;

II Ingresso;

III Enquadramento;

IV Progresso funcional;

V Avaliao por desempenho;

VI Valorizao dos Profissionais da Educao.

SEO II

DA COMPOSIO DO QUADRO DE PESSOAL

DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTRIO

Art. 8 Cada grupo ocupacional compreende:

I Docente Professor, PROF os cargos a que sejam inerentes s atividades de magistrio e pedagogia, nos diversos nveis;

II Profissionais da Educao, PE Os cargos inerentes s atividades de nvel superior, que exercem funes de suporte pedaggico direto docncia, includas as de administrao escolar, planejamento, inspeo, superviso e orientao educacional;

III Auxiliares de Creche, AC Servidor da educao que exerce atividades de auxilio aos docentes nas classes de Educao Infantil;

Art. 9 Os cargos permanentes que compem os grupos: Docente PROF, Profissionais da Educao PE, Auxiliares de Creche AC distribuem-se pelas categorias funcionais, amplitudes de referncias e nveis de vencimentos especificados nos Anexos I, II e III parte integrante e inseparvel desta Lei.

Art. 10. Os cargos de provimento efetivo de Professor, Profissionais da Educao e Auxiliares de Creche, tm as respectivas atribuies e habilitaes profissionais, estabelecidas na forma constante no Anexo IV, parte integrante e inseparvel desta Lei.

Art. 11. Os cargos em comisso de Direo, Assessoria e Gerncia junto ao Quadro de Pessoal do Magistrio, regidos pelo critrio de confiana, a que sejam inerentes atividades de planejamento, controle e direo, alm de coordenao, so de livre nomeao e exonerao do Chefe do Poder Executivo, criados por Lei Complementar.

Pargrafo nico: Os cargos de Direo, Assessoria e Gerncia, quando nomeados entre servidores efetivos no Sistema Municipal de Ensino, sero exercidos como funo gratificada, independentemente da carga horria exercida pelo servidor em carter efetivo.

Art. 12. Ficam criados os cargos permanentes, nas quantidades e vencimentos constantes dos anexos I, II e III, partes integrantes desta Lei.

SEO III

DO INGRESSOArt. 13. A investidura em cargos no Magistrio far-se- mediante aprovao prvia em Concurso Pblico de provas ou provas e ttulos, ressalvadas as nomeaes para o exerccio de cargo de provimento em comisso ou confiana de livre nomeao e exonerao.

Pargrafo nico: Comprovada a existncia de vagas permanentes nas escolas e a indisponibilidade de candidatos aprovados em concurso anterior, a Secretaria Municipal de Educao realizar Concurso Pblico para preenchimento das mesmas.

Art. 14. A nomeao do servidor ocorrer sempre na referncia inicial estabelecida para o cargo, atendendo os requisitos previstos nesta Lei.

Art. 15. O estgio probatrio, tempo de exerccio profissional a ser avaliado em um perodo determinado de trs anos, iniciar com a posse.

CAPTULO VI

DA REMUNERAO, VENCIMENTO, GRATIFICAES, DATA BASE E

DO TETO SALARIAL

SEO I

DA REMUNERAO, VENCIMENTO E DATA BASE

Art. 16. O piso salarial dos Professores e dos Profissionais da Educao do Magistrio Pblico Municipal ser o piso nacional do magistrio pblico vigente, com habilitao em curso de Magistrio Normal nvel de 2 grau, com atuao de 40(quarenta) horas semanais de efetivo trabalho na Unidade Escolar na forma estabelecida no art. 45 da presente lei.

1 O piso dos Professores e Profissionais da Educao do magistrio municipal, com habilitao em curso de Magistrio Normal nvel de 2 grau ser reajustado de acordo com o que for estabelecido no piso nacional da categoria.

2 Os Professores e Profissionais da Educao do magistrio pblico municipal com formao de nvel superior tm seus vencimentos estabelecidos nos nveis constantes do Anexo II da presente lei.

3 As Auxiliares de Creche tm seus vencimentos estabelecidos nos nveis constantes do Anexo III da presente lei.

Art. 17. Os Professores, os Profissionais da Educao e as Auxiliares de Creche tero direito a reviso geral anual.

1 A reviso geral anual dar-se- no ms de maro, assegurando-se a reposio da inflao apurada no perodo, pelo ndice oficial.

2 O ndice oficial para a reviso geral anual a ser utilizado ser o apurado com base no INPC ndice Nacional de Preos ao Consumidor acumulado nos ltimos 12 (doze) meses.

3 At o dia 20 de fevereiro de cada ano, o Executivo Municipal encaminhar Projeto de Lei Cmara Municipal de Vereadores para autorizar a concesso da reviso geral anual.

4 Reajuste salarial poder ser concedido independentemente da reviso geral anual mediante Lei especfica.

5 Fica assegurado aos servidores do Magistrio Pblico Municipal com habilitao em curso de Magistrio Normal - nvel de 2( grau, com atuao de 40 (quarenta) horas semanais de efetivo trabalho em sala de aula, o recebimento do Piso Nacional fixado pelo MEC quando este for maior que o piso municipal fixado por esta Lei.SEO III

DAS GRATIFICAES E VANTAGENSArt. 18. Ao servidor efetivo investido em cargo de comisso, na funo de Direo, Assessoria e Chefia, quando optar pela remunerao do seu cargo devido uma gratificao pecuniria pelo seu exerccio, fixada no Anexo V.

1 A gratificao prevista neste artigo no se incorpora ao vencimento dos servidores.

2 O servidor perder o direito da Gratificao quando houver afastamento superior a 15 (quinze) dias.

3 O servidor quando optar pelo vencimento do cargo em comisso poder optar em ter como base de clculo de seu anunio o vencimento do cargo em comisso, nessa modalidade ser vedado o pagamento de gratificao fixada no anexo V.

Art. 19. Caso haja impedimento do titular por perodo superior a 15 (quinze) dias, admitir-se- substituio proporcionalmente remunerada.

Art. 20. Os cargos de comisso os quais podero ser concedidas gratificaes estaro nominados na Lei da Organizao Administrativa Municipal, que sero atribudas a servidores pblicos municipais do quadro de provimento efetivo, cujo ocupante seja incumbida a chefia ou direo de unidade organizacional, atividades inerentes de organizao e apoio a Secretaria de Educao, de acordo com a estrutura administrativa, por desenvolverem atribuies no pertinentes ao cargo efetivo, no constituindo situao permanente e sim vantagem transitria.

Pargrafo nico. A designao para o exerccio de funo chefia receber gratificao e esta recair obrigatoriamente sobre os ocupantes de cargos de provimento efetivo do Municpio.

Art. 21. A designao a que se refere o artigo anterior obedecer a regulamentao especfica, baixada por ato do Chefe do Poder Executivo Municipal, obedecendo segundo os seguintes critrios:

I - Nvel de Escolaridade;

II - Experincia Profissional;

III - Habilitao Legal;

IV - Definio das atribuies e responsabilidades;

V - Complexibilidade pelo nvel da funo exercida.

Pargrafo nico. O ocupante de funo de direo, de chefia ou assessoramento deve cumprir obrigatoriamente o regime de tempo integral de 40 horas semanais de trabalho, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao, sendo vedado o pagamento de horas extras.

Art. 22. Os servidores pblicos do magistrio detentores unicamente de cargos comissionados, que no sejam pertencentes ao quadro de servidores efetivos, que compem a Estrutura Organizacional da Secretaria Municipal de Educao, no faro jus a gratificao por desempenho de funo em nenhuma hiptese.

Art. 23. Ao Profissional da educao, efetivo no Sistema Municipal de Ensino, nomeado para exercer funo de Direo de Unidade Escolar se aplica o disposto neste artigo, verificada a sua situao funcional no cargo efetivo:

I No caso do Profissional da Educao ser efetivo em 40 horas/semanais no Municpio, este manter seu vencimento integral, sendo acrescido na sua folha de pagamento, ou proporcionalmente no caso de duas matrculas, de uma gratificao para o exerccio das 40 horas/semanais no cargo designado, com o valor estabelecido no Anexo V;

II No caso do Profissional da Educao ser efetivo em jornada parcial, carga horria inferior a 40 horas semanais no municpio, este manter seu pagamento correspondente ao cargo efetivo, sendo acrescido na sua folha de pagamento, um abono salarial pelas horas/semanais excedentes ao do cargo efetivo at a carga de 40 horas/semanais, com vencimentos correspondentes ao de seu cargo efetivo, e perceber a gratificao para exerccio das 40 horas/semanais no cargo designado na forma do Anexo V.

1 O servidor ser designado por portaria para exercer o cargo devendo, nesta, constar a carga horria e a funo que exercer.

2 O servidor que for designado para o exerccio do cargo para uma jornada semanal inferior a 40 horas/semanais, manter seus vencimentos do cargo efetivo, podendo perceber a gratificao deste artigo de forma proporcional carga horria exercida na funo designada.

3 Sobre a gratificao e o abono a que se refere os incisos I e II do caput deste artigo, efetuar-se-o os descontos legais, inclusive incidindo o recolhimento previdencirio.

4 O abono e a gratificao sero considerados para efeitos de clculo do 13 salrio e frias, observando-se a proporcionalidade.

5 O abono referido no inciso II do caput deste artigo pago to somente a ttulo de complementao salarial de carga horria enquanto perdurar a designao para o exerccio da funo gratificada, sendo que a concesso do mesmo ao servidor no tem carter permanente e nem ser objeto de incorporao aos vencimentos ou mesmo aos proventos de inatividade.

Art. 24. O Chefe do Poder Executivo poder conceder abono salarial aos servidores municipais em efetivo exerccio de cargo pblico, mediante Lei especfica, o qual ser pago na mesma data e modo da percepo dos seus vencimentos.

1 O Abono ser temporrio e no referido perodo no integrar o vencimento dos servidores para nenhum fim.

2 So considerados como efetivo exerccio de cargo pblico para efeitos de percepo de abono Salarial, os afastamentos pelos servidores em virtude de:

I - Exerccio de cargo em comisso ou equivalente, ou prestao de assessoramento, em rgos ou Entidades do Municpio.

II Cedncia a rgo ou Entidade da estrutura organizacional de outro Municpio, do Estado ou da Unio. 3 A Lei de criao do Abono far previso do perodo em que ser concedido. 4 O Chefe do Poder Executivo poder conceder abono especfico aos Professores e Profissionais da Educao e Auxiliares de Creche que recebem salrios oriundos do FUNDEB, mediante ato que fixar os valores do abono, bem como os servidores que ser contemplados, observado a legislao vigente.

Art. 25. O adicional por nova titulao consiste na passagem do servidor dentro de sua categoria funcional do nvel de formao por habilitao para outro superior, dentro da mesma categoria.

1 O adicional por nova titulao ser concedido sempre que o profissional apresentar a mesma, sendo de forma automtica a sua concesso.

2 O vencimento da nova titulao o estabelecido no Anexo II.

4 O profissional da carreira do magistrio pblico municipal ter direito somente a um adicional por nova titulao em nvel de graduao, ps-graduao: em nvel de especializao, mestrado e doutorado, durante toda a sua vida funcional.

5 No ser concedida mais de uma progresso, incorporao ou ascenso da carreira, tendo como base do benefcio titulao de licenciatura plena, mestrado e doutorado queles servidores que j tenham sido beneficiados a este ttulo.

6 O adicional por nova titulao incorpora-se ao vencimento.

7 No se aplica a progresso prevista neste artigo aos Auxiliares de Creche, que seguiro carreira prpria.

Art. 26. No sero incorporadas quaisquer gratificaes recebidas por funes de confiana.

CAPTULO V

DO ENQUADRAMENTO

Art. 27. Os Professores e Profissionais em Educao, de provimento efetivo, que detenham habilitao nos termos desta Lei, sero enquadrados com nova nomenclatura, de acordo com suas atribuies, por ato do Chefe do Poder Executivo, nos respectivos cargos, em nvel e referncia constante dos Anexos I, II e III, com vencimento igual ou, em no havendo, na referncia imediatamente superior ao vencimento atual.

1 O enquadramento respeitar as atribuies, o nvel de escolaridade, a irredutibilidade salarial observando sempre o disposto no edital de ingresso por concurso pblico do servidor, e ainda as vantagens j concedidas aos cargos de professores com ps graduao, com Mestrado ou Doutorado que mantero os direitos adquiridos.

2 Sero enquadrados no novo Plano de Cargos e Salrios, todos os profissionais da educao que tenham o nvel mdio com habilitao em magistrio e os de nvel superior em pedagogia ou em disciplina especfica, e os Auxiliares de Creches.

3 Verificado o novo enquadramento do cargo, o servidor ter seu nvel definido dentro da tabela de valores de acordo com o seu vencimento do ms anterior, neste includo a soma do salrio base e seus abonos salariais, cujo valor se enquadrar na tabela de salrio inicial, em valor igual ou imediatamente superior existente nas tabelas constantes desta lei do anexo II e III.

4 No sero somados para o novo vencimento do servidor ao enquadramento salarial os adicionais pagos em razo de insalubridade, periculosidade ou do trabalho noturno, ou ainda outras vantagens temporrias que no as definidas no pargrafo anterior e anunios.

5 Quando, pelas regras do enquadramento, o vencimento for superior ao teto salarial do cargo institudo por esta lei, o servidor do Magistrio Pblico Municipal ficar disposto em quadro isolado individual, oportunizando o enquadramento de seu cargo e remunerao no nvel correspondente ao tempo de servio j exercido no servio pblico quando da vigncia desta lei, sem prejuzos de seus direitos funcionais adquiridos, mormente com relao a percepo de abonos, anunios, reposies e aumentos salariais, alm de outros benefcios que por ventura possam ser concedidos aos demais membros do magistrio municipal.

6 Os atuais servidores sero enquadrados de acordo com a sua carga horria regularmente averbada em sua ficha funcional de acordo com o edital correspondente.

7 O enquadramento ao presente Plano de Cargos e Salrios ocorrer de forma obrigatria em at 120 (cento e vinte) dias, por ato do Chefe do Poder Executivo, contados da entrada em vigncia da presente lei.

CAPTULO VI

ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIO

Art. 28. O adicional por tempo de servio (anunio) devido razo de 2% (dois por cento) a cada ano de efetivo servio prestado, no cargo a que fora admitido e aprovado em concurso pblico.

1 O adicional ser calculado sobre o vencimento do ms percebido pelo servidor, at o limite de 70% (setenta por cento), ressalvados os direitos adquiridos vigentes.

2 Os servidores efetivos e estabilizados, faro jus ao adicional a partir do ms que contemplarem o perodo aquisitivo, independentemente de requerimento.

3 O servidor somente ter direito ao anunio aps a aprovao no estgio probatrio, sendo vedado o pagamento do adicional por tempo de servio durante o estgio probatrio, ressalvado o direito adquirido.

CAPTULO VI

DA PROGRESSO FUNCIONAL POR DESEMPENHO E FORMAO CONTINUADA

Art. 29. A progresso funcional por desempenho consiste no avano ou movimentao do servidor na escala vertical dos nveis de referncia salarial previstos para a remunerao do cargo, constantes das tabelas do anexo II e III desta Lei, o qual faz parte integrante e inseparvel da mesma, respeitando os limites e valores do quadro do anexo IV desta Lei.

Art. 30. A progresso funcional por desempenho e formao continuada dar-se- a cada trs anos, a partir do ingresso na carreira e avaliao de desempenho observando sempre, a seguinte ordem:

I Uma progresso a cada trs anos, observando a mdia das avaliaes por desempenho realizadas no perodo dos trs anos;

1 A progresso funcional por desempenho ocorrer a cada trs anos aps o perodo do estgio probatrio, nos perodos estabelecidos na presente Lei, desde que o servidor avaliado preencha todos os requisitos previstos em Lei para a sua concesso.

2 A primeira progresso se dar depois de decorrido o perodo de 36 (trinta e seis) meses de efetivo exerccio no cargo efetivo, aps a aprovao no estgio Probatrio.

3 A partir da segunda progresso, conceder o incremento a cada trs anos de 5% (cinco por cento), no vencimento base, de acordo com o nvel de referncia.

4 A progresso funcional por desempenho e formao continuada, prevista nesta Lei, assegurar a proporo de 50% (cinquenta por cento) de diferena entre o salrio base e o teto de cada faixa salarial, conforme exposto no quadro do Anexo II desta Lei.

5 A concesso da progresso funcional dar-se- por ato administrativo do Chefe do Poder Executivo.

6 Aos servidores, que possurem dois cargos no municpio, a progresso ser concedida de acordo com cada matrcula.

7 Aos servidores do quadro permanente que exercem funes gratificadas ou cargos comissionados, excetuados os agentes polticos, tero direito a progresso em seus cargos efetivos, sendo obrigatoriamente avaliados nos termos da presente legislao.

8 Os servidores em estgio probatrio sero obrigatoriamente avaliados e o resultado no ser computado para efeito de progresso, mas sim encaminhado como subsdio necessrio avaliao pela Comisso Permanente de Avaliao do Estgio Probatrio.

Art. 31. Em qualquer caso fica proibida a concesso da progresso por desempenho quando o servidor atingir o teto salarial, ainda que obrigatria a avaliao para aferio do desempenho no exerccio da funo.

Art. 32. No haver progresso funcional por desempenho ao servidor que durante o perodo aquisitivo:

I Somar 02 (duas) penalidades de advertncia por escrito;

II Sofrer pena de suspenso disciplinar;

III Completar 30 (trinta) faltas injustificadas ao servio;

IV Somar 30 (trinta) chegadas atrasadas ou sadas antecipadas, sem autorizao;

V Afastar-se do cargo em virtude de:

a) Licena para tratar de interesses particulares;

b) Condenao a pena privativa de liberdade por sentena definitiva, superior a 02 (dois) anos de c) deteno ou recluso;

d) Afastamento para acompanhar cnjuge ou companheiro;

e) Outras faltas no justificadas ou permitidas por este estatuto.

VI Afastar-se para tratamento de sade de at trs meses ininterrupto, ou no, excetuado o perodo de afastamento em razo de acidente de trabalho.

Pargrafo nico. As penalidades de que trata este artigo somente sero consideradas mediante prvio e formal registro nos controles da administrao, obedecida a legislao.

CAPTULO VII

DA AVALIAO DE DESEMPENHO

Art. 33. Para conceder a progresso funcional por desempenho, diante da necessidade de registrar o desempenho, fica criado o Sistema Municipal de Avaliao de Servidores do Magistrio Pblico Municipal como instrumento obrigatrio de aferio de desempenho profissional.

Art. 34. A avaliao por desempenho ser regulamentada, a cada ano, por Edital da Secretaria Municipal de Educao, que dispor as regras legais, prazos e demais disposies, com ampla publicidade, devendo ser divulgado at 31 de maio de cada ano.

Art. 35. A avaliao para a progresso medir o desempenho do servidor no cumprimento das suas atribuies, levando em considerao, no que couber, os seguintes elementos:

I Atribuies funcionais do servidor estabelecidas na legislao Anexo VI;

II Quesitos referenciais de avaliao de desempenho Anexo VII;

III Avaliao prvia da chefia direta do servidor Anexo VIII;

IV Auto-avaliao dos servidores Anexo IX;

V Avaliao pelos colegas de Unidade Escolar Anexo XIII.

1 - obrigatria a entrega assinada, nas datas fixadas em edital, da auto avaliao por parte do servidor e da ficha de avaliao da chefia imediata, nos termos do inciso III e IV.

2 - Cpia dos documentos citados no inciso III, IV e V faro parte do processo de avaliao que ser arquivado junto a ficha funcional do servidor.

3 - dever do superior imediato ou chefia responsvel pela avaliao do servidor fazer juntar ao processo eventuais ocorrncias relacionadas ao mesmo no perodo da avaliao.

Art. 36. Para a avaliao dos servidores, aplicar-se-o os seguintes requisitos de avaliao previstos no anexo VI da Lei;

I Obrigaes legais no exerccio das funes;

II Formao profissional e aperfeioamento tcnico;

III Desempenho das atividades profissionais;

IV Relacionamento interpessoal;

V Assiduidade e limite de falhas;

1 No logrando xito na avaliao o servidor perder o direito progresso a que teria direito naquele ano, sendo submetido a avaliao e acompanhamento profissional ou abertura de inqurito administrativo disciplinar, conforme disposto nesta Lei.

2 Alm dos requisitos elencados nos incisos I, II, III, IV e V deste artigo, sero observados na avaliao dos Profissionais, as atribuies funcionais inerentes ao exerccio da atividade profissional, bem como os quesitos referenciais ao bom exerccio da atribuio, este nos termos dos Anexos VI e VII desta Lei.

Art. 37. A avaliao deve medir o desempenho do servidor no cumprimento das suas atribuies, tomando em considerao todos os critrios estabelecidos na presente Lei, considerando ainda:

I A Ficha de avaliao de desempenho atribuir notas de 1(um) a 4(quatro) pontos para cada questo, com as seguintes expresses:

a) 1 Ponto = Insuficiente

b) 2 Pontos = Regular

c) 3 Pontos = Bom

d) 4 Pontos = timoII A avaliao totalizar a nota do servidor.

III O registro da nota obtida na avaliao ser firmada por instrumento prprio conforme o Anexo XI, assegurado o sigilo, cabendo a Comisso preencher e assinar Boletim Final de cada servidor.

IV Estabelecida a nota final da avaliao da Comisso, o setor competente entregar a mesma para cada servidor, em envelope lacrado, mediante contraf, por intermdio de cpia do Boletim Final de Avaliao, assegurando o sigilo.

V O servidor avaliado ter acesso cpia de sua ficha de avaliao, que acompanhar o envelope de entrega da nota final.

VI Aps a entrega do Boletim ao servidor, este poder apresentar recurso no prazo de 10 (dez) dias do recebimento, mediante requerimento dirigido Comisso responsvel.

VII Os recursos devero conter identificao do requerente e a fundamentao, sendo encaminhado Comisso que decidir sobre este no prazo de 15 (quinze) dias.

VIII O requerimento dever ser registrado no Protocolo Central da Prefeitura Municipal, sendo que os recursos somente sero apreciados se apresentados tempestivamente.

IX Findo o prazo para recurso, a Comisso responsvel decidir, comunicar ao servidor sendo que a avaliao ser homologada pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, por Decreto.

1 No ano em que o servidor fizer jus progresso por desempenho usando como critrio a sua avaliao por desempenho, ser realizado a mdia das avaliaes do perodo aquisitivo, e para o cmputo final da nota atribuda ao servidor, considerar-se-, a seguinte escala:

a) At 70 (setenta pontos): servidor com desempenho insuficiente, sendo que o mesmo no ter direito progresso e ser submetido a inqurito administrativo estando sujeito s penalidades cabveis, inclusive demisso;

b) De 71 (setenta e um) at 98 (noventa e oito) pontos: servidor com desempenho regular, sendo que o mesmo no ter direito progresso e ser encaminhado para avaliao e acompanhamento profissional conforme regulamentao a ser fixada em decreto municipal;

c) De 99 (noventa e nove) at 130 (cento e trinta) pontos: servidor com desempenho bom e que ter direito progresso funcional;

d) Acima de 130 (cento e trinta) pontos: servidor muito bom, com direito progresso funcional e direito a homenagem especial a ser regulamentada por Decreto.

2 Na mdia final da avaliao dever ser observado o arredondamento para cima em frao igual ou superior a 0,40 e para baixo quando menor.

Art. 38. As avaliaes sero realizadas, obrigatoriamente at o dia 15 de outubro de cada ano.

Art. 39. A avaliao ser realizada por Comisso de Avaliao Municipal dos Servidores, instituda pela presente Lei sendo a sua nomeao ato do Chefe do Poder Executivo Municipal e composta obrigatoriamente por 03(trs) membros:

I um servidor efetivo indicado pela entidade representativa da categoria;

II um servidor efetivo da Secretaria onde atua o servidor, indicado pela chefia imediata;

III um representante da Secretaria Municipal onde atua o servidor, indicado pelo Secretrio;

1 Fica autorizada a nomeao de uma comisso de avaliao para cada Secretaria do Municpio, sendo que em no havendo nmero de servidor para a formao de comisso, a avaliao se dar pela Comisso de Avaliao da Secretaria de Administrao.

2 As comisses de que trata o 1 atuaro autonomamente na avaliao dos servidores, mediante definio prvia e pblica da rea ou setor, assegurando-se os critrios de composio da presente Lei.

3 A Comisso de que trata este artigo, ser designada por Chefe do Poder Executivo Municipal e dever ser renovada a cada dois anos, em no mnimo 1(um) dos seus membros.

4 A nomeao da comisso ser realizada com ampla publicidade e antecedncia mnima de 30 (trinta) dias antes da avaliao, precedida de notificao aos interessados que devem indicar representao.

5 Poder ser solicitada a participao, sem direito a voto, na reunio da avaliao, do responsvel hierrquico ou do chefe imediato do servidor avaliado, para explanao da avaliao da chefia, bem como, para esclarecimentos aos membros da comisso.

CAPTULO VIII

PROGRESSO DE NVEL DO MAGISTRIO

PARA PEDAGOGIA EM NVEL SUPERIOR

Art. 40. A progresso s acontecer no caso especfico do Magistrio e Profissionais da Educao para Nvel Superior com Pedagogia, quando o servidor ser enquadrado na referncia de valor monetrio igual ou, em no havendo, ento imediatamente superior da qual se encontrava, no nvel anterior.

Art. 41. Os servidores do grupo ocupacional Magistrio, aps a aprovao no estgio probatrio, podero progredir na carreira mediante apresentao de nova habilitao na rea de atuao.

Art. 42. A progresso por nova titulao especifica e prevista no art. 24, ser regulamentada pela Secretaria Municipal de Educao e aprovado por decreto pelo Chefe do Poder Executivo.

CAPTULO IX

DA VALORIZAO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAO

Art. 43. O Sistema Municipal de Ensino, no cumprimento do disposto nos artigos 67 e 87 da Lei n( 9.394/96, envidar esforos para implementar programas de desenvolvimento profissional dos docentes efetivos em exerccio, includa a formao em nvel superior, em instituies credenciadas, bem como em programas de aperfeioamento em servio.

Pargrafo nico. A implementao dos programas de que trata o caput deste artigo, tomar em considerao:

I A prioridade em reas curriculares carentes de professores;

II A situao funcional dos professores, de modo a priorizar os que tero mais tempo de exerccio a ser cumprido no Sistema Municipal de Ensino;

III A utilizao de metodologias diversificadas, incluindo as que empregam recursos da educao distncia.

Art. 44. A Administrao Pblica promover a valorizao dos Profissionais da Educao, assegurando-lhes, nos termos do Estatuto e do Plano de Carreira e Remunerao do Magistrio Pblico Municipal:

I Ingresso, exclusivamente por concurso pblico de provas, ou de provas ttulos;

II Piso salarial profissional de acordo com as tabelas do Anexo II, obedecendo-se o Piso Nacional aos professores com habilitao em curso de magistrio Normal - nvel de 2( grau.

III Dedicao exclusiva ao cargo;

IV Qualificao em Instituies credenciadas;

V Assegurar, no prprio sistema ou em colaborao com os demais sistemas de ensino, a oferta de programas permanentes e regulares de formao continuada para aperfeioamento profissional;

VI Utilizar as horas de trabalho pedaggicas coletivas como momento de formao do Profissional da Educao;

VII Promover, preferencialmente em colaborao com outros sistemas de ensino, a universalizao das exigncias mnimas de formao para o exerccio da profisso de todos os Profissionais da Educao escolar bsica;

CAPTULO X

DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 45. A jornada de trabalho do titular de cargo da Carreira do Magistrio Pblico Municipal poder ser parcial ou integral, sendo de dez, vinte, trinta e quarenta horas semanais (horas relgio), para a atuao nas reas de Educao Infantil e Ensino Fundamental.

1 A carga horria ser, para todos os efeitos, a prevista no edital de Concurso Pblico por ocasio do ingresso.

2 A jornada de trabalho do professor em funo docente inclui uma parte de horas aula e uma parte de horas atividade, destinadas, de acordo com a proposta pedaggica da escola preparao e avaliao do trabalho didtico, colaborao com a administrao da escola, s reunies pedaggicas, articulao com a comunidade e ao aperfeioamento profissional.

3( Ser a seguinte a composio da jornada semanal de trabalho do professor:

Jornada de trabalho (hrs)Horas/Aula

Turnos

10072,5

201405

30217,5

402810

4 As horas atividades devem, necessariamente, ser cumpridas na Unidade Escolar.

5( O edital convocatrio para preenchimento de cargos no Sistema Municipal de Ensino explicitar a carga horria e a disciplina e/ou mdulo das vagas postas em Concurso Pblico de provas ou provas e ttulos.

Art. 46. Ao titular de cargo de carreira em regime de quarenta horas semanais poder ser concedida gratificao de dedicao exclusiva, para a realizao de projetos especficos de interesse do ensino, devidamente justificados, por tempo determinado, de acordo com regras a serem definidas em Lei especfica.

Pargrafo nico. O regime de dedicao exclusiva implica, alm da obrigao de prestar 40(quarenta) horas semanais de trabalho em dois turnos completos, o impedimento do exerccio de outra atividade remunerada, pblica ou privada.

Art. 47. A Convocao para a prestao de servio em regime de 40(quarenta) horas semanais e a concesso do incentivo de dedicao exclusiva dependero de parecer favorvel do Secretrio Municipal de Educao.

Pargrafo nico. A interrupo da convocao e a suspenso da concesso do incentivo de que trata o caput do artigo ocorrero:

I A pedido do interessado;

II Quando cessada a razo determinante da convocao ou da cesso;

III Quando expirado o prazo de concesso do incentivo;

IV Quando descumpridas as condies estabelecidas para a convocao ou cesso do incentivo.

CAPTULO XI

AMPLIAO PROVISRIA DE CARGA HORRIAArt. 48. O municpio poder quando houver necessidade do servio, mediante interesse pblico e opo funcional, ampliar a carga horria de forma provisria aos Profissionais da Educao, observada a disponibilidade oramentria e financeira.

1 A ampliao ser realizada por meio de edital para este fim, com ampla publicidade onde estabelecer critrios e demais condies.

2 Os servidores efetivos junto ao Municpio, em carga horria compatvel com a ampliao necessria prevista pelo edital, no prazo que este estabelecer, faro a inscrio pela opo pelo regime de ampliao de horas semanais de trabalho.

3 O pagamento corresponder a um adicional de ampliao de carga horria e observar a proporcionalidade em relao ao valor dos vencimentos bsicos do servidor.

4 A percepo de vencimentos em carga horria ampliada provisria ser utilizada para efeitos de pagamento de 13 salrio e frias, sempre observando-se a proporcionalidade.

5 A ampliao da jornada, prevista nesta Lei, poder ser de no mnimo 10 (dez) horas semanais e no mximo de at 20 (vinte) horas semanais.

Art. 49. A verificao do interesse pblico ser descrita mediante memorando do diretor da Unidade Escolar, justificando as razes e necessidades, informando a carga horria semanal a ser ampliada.

1 Para deferimento e verificao do interesse pblico caber Secretaria Municipal de Educao aprovar o pedido, e ao Chefe do Poder Executivo Municipal autorizar a ampliao, sempre observando a disponibilidade oramentria e financeira.

2 Aprovada a ampliao da jornada, na forma do artigo anterior, caber Secretaria Municipal abrir o edital.

3 A jornada ampliada poder ser exercida por tempo indeterminado, sendo que ocorrendo a existncia de tal carga ampliada na mesma Unidade Escolar por at trs anos consecutivos, dever a Secretaria Municipal de Educao prover a vaga de forma efetiva, por meio de servidor aprovado em Concurso Pblico.

Art. 50. A jornada ampliada reversvel a qualquer tempo, no podendo arguir o servidor reduo salarial ao seu trmino, seja este de ofcio ou a pedido.

CAPTULO XII

LOTAO

Art. 51. Entendendo-se por lotao no mbito do magistrio a colocao dos servidores em exerccios na Unidade Escolar, mediante prvia distribuio dos cargos e das funes de confiana integrantes do quadro de pessoal, observado sempre as respectivas funes que devem ser compatveis ao cargo para o qual prestou concurso pblico.

1 O servidor no perde sua lotao em virtude do afastamento para exercer cargo de provimento em comisso, funo de direo ou licenas legais.

2 Todo o servidor ser efetivado na Secretaria Municipal de Educao e lotado em uma Unidade Escolar, de acordo com sua classificao e opo em concurso pblico.

3 Fica assegurada a atual lotao para os servidores do quadro permanente em seus locais de trabalho, por ocasio da publicao desta Lei.

4 Em caso de necessidade da Administrao Pblica, em ato devidamente motivado, podero os Professores, os Profissionais de Educao e os Auxiliares de Creche ser designados para exercerem suas funes, em unidade escolar diversa da unidade em que se encontra lotado.

CAPTULO XIII

DAS DISPOSIES GERAIS E FINAIS

Art. 52. Os Professores e os Auxiliares de Creche em efetivo exerccio em sala de aula tero concedidos 30(trinta) dias de frias, assegurado ainda mais 15 (quinze) dias de descanso, a serem gozados nos recessos escolares ao longo do ano, previstos no calendrio escolar.

Art. 53. So vantagens financeiras as regulamentadas no Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais.

Art. 54. As regras de progresso por desempenho e formao continuada aplicam-se a partir da entrada em vigor da presente Lei.

Art. 55. Aos servidores no integrantes do quadro de pessoal de provimento efetivo, no exerccio de cargos em comisso so assegurados os direitos previstos no Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais, a exceo do que for prerrogativa exclusiva dos servidores efetivos e estveis.

Pargrafo nico. Aos servidores admitidos em carter temporrio, aplicar-se- a legislao especfica vigente.

Art. 56. Os valores constantes da escala de referncia de nvel de vencimentos, constantes dos anexos desta Lei sero modificados na mesma proporo e na mesma data, sempre que forem reajustados, os vencimentos dos servidores e assegurados os percentuais entre os nveis estabelecidos nos Anexos II e III desta Lei.

Art. 57. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a expedir os atos e regulamentos necessrios fiel execuo desta Lei, respeitando e observando em cada ato o princpio da reserva legal e a competncia legislativa.

Art. 58. Fica estabelecido o prazo mximo de 120 (cento e vinte) dias da entrada em vigncia desta Lei, para que o Chefe do Poder Executivo por meio de ato prprio promova o reenquadramento dos servidores pblicos municipais, de acordo com os princpios, critrios, normas e regras nela fixados.

Pargrafo nico. O ato de enquadramento a que se refere este artigo dever especificar o nome do servidor enquadrado, o cargo no qual o mesmo encontra-se investido, a natureza do provimento, o nvel de referncia salarial em que foi classificado, a jornada de trabalho semanal, a sua lotao e rgo da administrao em que exercer as suas atividades funcionais.

Art. 59. No prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da entrada em vigncia desta Lei, se promover as adequaes e enquadramentos, e para a apresentao de recursos, fixado o prazo mximo de 30(trinta) dias aps o ato de enquadramento, e o mesmo perodo contado da data do protocolo do recurso para ser apreciados e julgados de forma definitiva pelo Chefe do Poder Executivo.

Art. 60. Os salrios dos servidores do Magistrio Municipal passam a ser fixados em valor expresso em moeda corrente nacional, conforme os Anexos II e III desta Lei, sempre observando as alteraes de reposies salariais e atualizaes monetrias concedidas na forma da Lei.

Art. 61. Os atuais servidores ACTs no sero enquadrados nas vagas previstas no presente plano, podero ter seus contratos prorrogados at mximo o dia 30/12/2013, mediante convenincia da Administrao Pblica Municipal ou antes, desta data em caso de provimento do cargo do servidor efetivo.

Art. 62. Ficam ratificados os cargos, vagas, ndices, percentuais, nveis, valores monetrios e atribuies previstas nos anexos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII e XIV, os quais fazem parte integrante e inseparvel da mesma sendo:

I Anexo I: Nominata dos Cargos, Habilitao. Vagas e Vencimentos Iniciais;

II Anexo II: Tabelas de salrios com progresso dos servidores;

III Anexo III: Tabelas de salrios com progresso dos servidores servios auxiliares;

IV Anexo IV: Descrio das atribuies funcionais dos servidores;

V Anexo V: Quadro de Gratificao por Desempenho de Funo;

VI Anexo VI: Quesitos referenciais de avaliao de desempenho;

VII Anexo VII: Avaliao prvia da chefia direta do servidor para docentes da Educao Infantil e do Ensino Fundamental;

VIII Anexo VIII: Avaliao prvia da chefia imediata para avaliar a diretora de ensino, diretora escolar, coordenadora da rede escolar, assessora pedaggica e outras assessorias;

IX Anexo IX: Auto-avaliao dos servidores para docentes da Educao Infantil e do Ensino Fundamental;

X Anexo X: Auto-avaliao dos servidores para diretoras de ensino, diretoras escolares, coordenadores, assessoria pedaggica e outras assessorias;

XI Anexo XI: Questionrio de avaliao pela Comisso de Avaliao;

XII Anexo XII: Avaliao do desempenho a ser aplicado pela comisso de avaliao para avaliar a diretora de ensino, diretora escolar, coordenadora da rede escolar, assessora pedaggica e outras assessorias

XIII Anexo XIII: Avaliao pelos colegas de unidade escolar;XIV Anexo XIV: Boletim de Avaliao.

Art. 63. Fica o Chefe do Poder Executivo, autorizando, quando o gasto com pessoal atingir o limite prudencial estabelecido na Lei Complementar n. 101/2000 (LRF), por ato prprio, a suspender a concesso de progresso por desempenho.

Art. 64. Fica, igualmente, em poca oportuna, o Chefe do Poder Executivo Municipal obrigao de instituir dotaes oramentrias nos exerccios subsequentes para atendimento das despesas ora institudas, nas Leis do Plano Plurianual (PPA), de Diretrizes Oramentrias (LDO) e Oramentria Anual (LOA).

Art. 65. Ficam extintos os seguintes cargos: Esp. em Assuntos Educacionais c/Mestrado, Esp. em Assuntos Educacionais c/Ps, Especialista em Assuntos Educacionais, Professor com Doutorado, Professor com Licenciatura Plena, Professor com Magistrio, Professor Com Mestrado, Professor com Ps Graduao.

Art. 66. Ficam revogadas as Leis Municipais ns. 5007/2002, 6.316/2010, 6.475/2011, 6.273/2009, 5.605/2006, a Lei Complementar n. 012/2012, os arts. 3, 4 e 5, da Lei n. 6.511/2011, os arts. 3, 4 e 5, da Lei n. 6.661/2012e demais disposies em contrrio.

Art. 66. A regra contida no art. 17, somente ser aplicada a partir do exerccio financeiro de 2014.

Art. 67. Esta Lei entra em vigor em 1 de janeiro de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SO MIGUEL DO OESTE SC,

Em 10 de outubro de 2013.

JOO CARLOS VALARPrefeito Municipal

ADAIR LUIZ ORSO

Secretrio Municipal de Administrao

Esta lei foi publicada

na presente data

RBIA MARA WIEDERKEHR

Assistente de Administrao I