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REGENERAÇÃO - O ESTANDARTE DE CRISTOoestandartedecristo.com/data/RegeneraC_CeoeLivro6CapCutulo11eABody... · By John Gill Via: PBMinistries.org (Providence Baptist Ministries) Tradução

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REGENERAÇÃO John Gill

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Traduzido do original em Inglês

A Body Of Doctrinal Divinity • Book 6 — Chapter 11 • Of Regeneration

By John Gill

Via: PBMinistries.org

(Providence Baptist Ministries)

Tradução por Amanda Ramalho

Revisão por Camila Almeida

Capa por William Teixeira

1ª Edição: Janeiro 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão

do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Regeneração

Por John Gill

[Um Compêndio de Teologia Doutrinária • Livro 6 • Capítulo 11 • Editado]

A regeneração segue a adoção, sendo a evidência disso; regeneração descreve as pesso-

as que receberam o poder de se tornarem filhos de Deus (João 1:12-13), e ainda que estas

sejam coisas distintas, mas são intimamente ligados entre si; onde uma está, a outra tam-

bém está, como a alegria e a experiência; e possuem uma semelhança uma com a outra.

A regeneração pode ser considerada tanto mais amplamente, e aí ela inclui com ela o cha-

mado eficaz, conversão e santificação: ou, mais estritamente, ela esboça o primeiro princí-

pio de graça infundido na alma; o que o torna um objeto apropriado para o chamado eficaz,

um sujeito apropriado de conversão, e é a fonte e origem daquela santidade que é gradual-

mente desenvolvida em santificação e aperfeiçoada no céu. Sobre a regeneração, as

seguintes coisas podem ser analisadas:

I. O que é a regeneração, ou o que se quer dizer com isso, a natureza da mesma; a qual é

tão misteriosa, desconhecida e inexplicável para um homem natural, como era a Nicode-

mos, embora um mestre em Israel; agora pode ser melhor entendida pela observação das

frases e termos em que ela é expressa.

1. Ela é expressa por “nascer de novo”, que propriamente significa regeneração; (João 3:

3, 7; 1 Pedro 1:3, 23 e isto supõe um nascimento anterior, um primeiro nascimento, a qual

a regeneração é o segundo, e que pode receber alguma luz ao observar o contraste entre

os dois nascimentos, eles sendo o inverso um do outro: o primeiro nascimento é de pais

pecadores, e à sua imagem, o segundo nascimento é de Deus, e à Sua imagem; o primeiro

nascimento é corruptível, o segundo nascimento da semente incorruptível; o primeiro nasci-

mento está em pecado, o segundo nascimento é em santidade e justiça; pelos primeiros os

homens são contaminados e imundos, pelo segundo nascimento eles se tornam santos e

começam a ser santificados, o primeiro nascimento é da carne e é carnal, o segundo nasci-

mento é do Espírito e é espiritual, e faz homens espirituais; pelo primeiro nascimento os

homens são tolos e ignorantes, nascendo como um potro selvagem; pelo segundo nasci-

mento eles ficam inteligentes e sábios para a salvação: pelo primeiro nascimento são escra-

vos do pecado e dos prazeres da carne, são nascidos escravos, pelo segundo nascimento

tornam-se livres homens de Cristo: a partir de seu primeiro nascimento eles são transgres-

sores, e continuam em um caminho de pecado, até que sejam parados pela graça; no

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segundo nascimento deixam de cometer o pecado, de ir em um curso de pecar, mas vivem

uma vida de santidade, sim aquele que é nascido de Deus não pode pecar; pelo primeiro

nascimento são filhos da ira, e sob sinais de desagrado Divino, no segundo nascimento evi-

denciam-se ser os objetos do amor de Deus; a regeneração sendo o fruto e efeito dela, e

dão evidências disso; um tempo de vida é um tempo de amor aberto.

2. É chamado de “nascer do alto”, pois assim a frase em João 3:3-7 pode ser anunciada. O

apóstolo Tiago diz, essencialmente, que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto”;

e a regeneração sendo tal presente, deve ser do alto. E na verdade ele particularmente e-

xemplifica isso; por isso segue, “de sua própria vontade, Ele nos gerou pela palavra da

verdade” (Tiago 1:17-18). O autor deste nascimento é do alto; aqueles que são nascidos

de novo são nascidos de Deus, seu Pai, que está nos céus; a graça dada na regeneração

é do alto (João 3:27). Verdade na parte interior, e sabedoria no oculto, ou a graça de Deus

no coração produzidas na regeneração, é esta “sabedoria que vem do alto” (Tiago 3:17),

os tais que nascem de novo, por serem de nascimento elevado e nobre, são participantes

da celeste e elevada vocação de Deus em Cristo Jesus, e certamente a possuem (1 Pedro

1:3-4; Hebreus 3:1; Filipe 3:14).

3. É comumente chamada de novo nascimento, e com grande propriedade; uma vez que a

lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, são unidas como que significan-

do a mesma coisa; e o que é produzido na regeneração é a chamada nova criatura, e o

novo homem; e aqueles que nasceram de novo são considerados bebês recém-nascidos

(Tito 3:5; 2 Coríntios 5:17; Efésios 4:24; 1 Pedro 2:2), que é um novo homem, em distinção

do velho homem, ou o princípio da natureza corrupta, que é tão antigo quanto o homem é;

mas o princípio de graça infundido na regeneração é muito novo; é algo “de novo”, diferente,

implantado no coração, que nunca esteve antes na natureza humana, não, nem em Adão,

em seu estado de inocência; não é uma obra sobre os velhos princípios da natureza, nem

a trabalhá-los até um estado mais elevado: não é uma melhoria deles, nem a reparação da

imagem quebrada, arruinada de Deus no homem. Mas é completamente um novo trabalho;

ele é chamado de uma criatura, sendo uma obra do poder onipotente; e uma nova criatura,

e um novo homem, que consiste em várias partes, e todos eles novos: há nele um “coração

novo”, e um “novo espírito”, um novo entendimento, para conhecer e entender as coisas,

nunca conhecidas nem entendidas antes: um novo coração, para conhecer a Deus; não

como o Deus da natureza e da providência; mas como o Deus da graça, Deus, em Cristo,

Deus em um Mediador; o amor de Deus nEle, o Pacto da Graça, e as bênçãos desse pacto

feito por meio dEle; Cristo, e a plenitude da graça nEle, o perdão dos pecados pelo Seu

sangue, a justificação pela Sua justiça, expiação por Seu sacrifício, e aceitação com Deus,

por Ele, e completa salvação por meio dEle; coisas que Adão não conhecia no paraíso.

Neste novo coração estão novos desejos por esses objetos, por conhecer mais sobre eles,

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novos afetos, que são colocados em direção a eles, novas delícias neles e novas alegrias,

que surgem a partir deles (Ezequiel 36:26; 1 João 5:20; 1 Coríntios 2:9). Neste novo ho-

mem, há “novos olhos” para enxergar. Para alguns Deus não dá olhos para ver as coisas

Divinas e espirituais; mas para os regenerados Ele o faz; eles têm um olho que vê, feito

pelo Senhor (Deuteronômio 29:4; Provérbios 20:11), pelo qual eles veem seu estado perdi-

do e condição natural, a excessiva malignidade do pecado... a insuficiência de sua justiça

própria; sua impotência para toda boa obra, e falta de força para ajudarem a si mesmos

para fora do estado e condição em que se encontram, e a necessidade que eles têm do

sangue, justiça e sacrifício de Cristo e da salvação por meio dEle. Eles têm os olhos da fé,

por meio dos quais contemplam as glórias da Pessoa de Cristo, a plenitude da Sua graça,

pela excelência de Sua justiça, a virtude de Seu sangue e sacrifício, e a idoneidade e inte-

gridade de Sua salvação e regeneração, nesta visão dela, não é outra senão a luz espiritual

no entendimento. Além disso, no novo homem estão novos ouvidos para ouvir; nem todos

têm ouvidos para ouvir; alguns têm, e eles vêm do Senhor, e abençoados são eles! (Apo-

calipse 2:11; Deuteronômio 29:4; Provérbios 20:12, Mateus 13:16-17), que ouvem a Palavra

de uma forma nunca antes ouvida; ouvem-na como para compreendê-la, e receber o amor

dEle; de modo a distinguir a voz de Cristo nela, da voz de um estranho; de modo a senti-la

operar eficazmente em si, e tornar-se o poder de Deus para a salvação para eles; que co-

nhecem o som alegre, e se gloriam em ouvir isso. O novo homem tem também “novas

mãos”, para lidar e trabalhar; a mão da fé, para receber a Cristo como o Salvador e Re-

dentor, para segurar nEle para a vida e salvação, para abraçá-lO, abraçá-lO rápido, e não

deixá-lO ir; para lidar com Ele, a Palavra da vida, e receber dEle graça por graça: e eles

têm as mãos para labutar e trabalhar a partir de melhores princípios, e para melhores fins

do que antes. E eles têm “novos” pés para andar, a fugir para Cristo, a cidade de refúgio; a

andar pela fé nEle; e para andar nEle, visto que eles O receberam; para cumprir com alegria

os caminhos dos Seus mandamentos; a seguir firmes após Ele, e prosseguir em conhecê-

lO; e até mesmo para correr, e não se cansar e andar e não desfalecer.

4. A regeneração é expressa por ser vivificado. Como há um tempo de vivificação na gera-

ção natural; também existe na regeneração; “Ele vos vivificou” (Efésios 2:1). Antes da rege-

neração, os homens estão mortos enquanto vivem. Embora corporalmente vivos, são mo-

ralmente mortos, mortos em um sentido moral, para as coisas espirituais, em todos os pode-

res e faculdades de sua alma. Eles não têm mais conhecimento delas, afeto por elas, vonta-

de para elas, ou o poder de realizá-las do que um homem morto tem com relação às coisas

naturais. Mas na regeneração, um princípio de vida espiritual é infundido; que é um momen-

to da vida em que o Senhor declara a vida, e a produz neles. Cristo é a ressurreição e a vi-

da para eles, ou levanta-os de uma morte do pecado para a vida da graça; e o espírito de

vida, a partir de Cristo, entra neles. A regeneração é uma passagem da morte para a vida;

é um princípio de vida espiritual implantado no coração; em consequência do qual, o ho-

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mem respira, em um sentido espiritual; onde há ar, há vida. Deus soprou em Adão o fôlego

da vida, e ele se tornou uma alma vivente, ou uma pessoa viva, e respirou novamente, as-

sim o Espírito de Deus sopra sobre os ossos secos, e eles vivem, e respiram novamente.

A oração é a respiração espiritual de um homem regenerado: “Eis que ele está orando!”.

Observa-se de Paulo quando regenerado; o qual, pouco antes, murmurava ameaças e

matança contra os discípulos de Cristo. Um homem regenerado respira em oração a Deus,

e anelo por Ele; por mais conhecimento dEle em Cristo, por comunhão com Ele, após as

descobertas de Seu amor; particularmente por graça perdoadora e misericórdia, e às vezes

esses anseios e desejos só são expressos por suspiros e gemidos, mas estes são um sinal

de vida; se um homem geme, é claro que ele está vivo. Há, em um homem regenerado, o

que mostra que ele é vivificado, desejos por alimento espiritual: assim, uma criança ao nas-

cer mostra desejos pelo leite de sua mãe, pelo peito: então, bebês recém-nascidos desejam

o leite da Palavra, para que possam crescer. Eles têm os seus sentidos espirituais exercidos

sobre os objetos espirituais; eles têm o que corresponde aos sentidos na vida animal, a sua

visão e audição, como antes observado, e também os seus sentimentos; eles sentem o pe-

so do pecado em suas consciências; as obras do Espírito de Deus em seus corações; bem

como lidam com Cristo, o Verbo da vida; o que torna um caso claro que eles estão vivos;

um homem morto não sente nada. Eles têm um paladar espiritual, um deleite pelas coisas

espirituais; A Palavra de Cristo é mais doce ao seu paladar do que o mel ou o favo de mel;

eles se sentam à Sua sombra com prazer, e o Seu fruto, as bênçãos de Sua graça, é suave

ao seu paladar; experimentam que o Senhor é bom, e convidam outras pessoas para provar

e ver também como Ele é bom; eles saboreiam as coisas que são de Deus, e não dos ho-

mens. Cristo e Sua graça são saborosos para eles; o manto de justiça, e as vestes da salva-

ção, cheiram deliciosamente como mirra, etc. (Cantares 1:3; Salmos 45:8.) E esses senti-

dos espirituais e o exercício deles neles, prova que estão vivos, ou nascidos de novo; estas

pessoas vivem uma vida de fé; vivem pela fé; não sobre ela, mas sobre Cristo, o objeto da

mesma; e eles crescem dentro dEle, o seu Cabeça, de quem recebem alimentação; e assim

aumentam com o aumento de Deus; que é uma evidência de vida. Em uma palavra, eles

vivem uma nova e outra vida do que antes; não para si mesmos, nem para as concupis-

cências dos homens; mas para Deus, e Cristo, que por eles morreu e ressuscitou; andam

em novidade de vida.

5. Regeneração é representada por “Cristo sendo formado no coração”, Sua imagem está

estampada na regeneração (Gálatas 4:19); não a imagem do primeiro Adão, mas do se-

gundo Adão. Pois o novo homem é segundo a imagem dAquele que o criou de novo, que

é a imagem de Cristo; para serem conformes o que os eleitos de Deus são predestinados,

e que se realiza na regeneração (Romanos 8:29; Colossenses 3:10). As graças de Cristo,

como a fé, a esperança e o amor, são feitas nos corações de pessoas regeneradas, e logo

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aparecem ali; sim, o próprio Cristo vive neles; “Não eu”, diz o apóstolo, “mas Cristo vive em

mim”; Ele habita pela fé ali; Cristo e o crente, mutuamente permanecem um no outro.

6. Regeneração é dita ser “uma coparticipação da natureza divina”. E não da natureza de

Deus essencialmente considerada: uma criatura não pode participar da essência Divina, ou

tê-la comunicada a ela (2 Pedro 1:4). Isso seria divinizar os homens: as perfeições Divinas,

muitas delas, são totalmente incomunicáveis, como a eternidade, imensidão, etc., nem da

natureza Divina, ou de que em tal sentido, como Cristo é participante da mesma, pela união

pessoal ou hipostática das duas naturezas nEle; de modo que a plenitude da Divindade ha-

bita corporalmente nEle. Mas na regeneração há a operação na alma, que tem uma seme-

lhança com a natureza Divina, na espiritualidade, santidade, bondade, benignidade, etc. e,

portanto, é assim chamada.

7. Existem também vários termos ou palavras, pelos quais a graça da regeneração é ex-

pressa; como pela própria graça; não como significando o amor e favor de Deus para com

o Seu povo, ou as bênçãos da graça concedida a eles; mas a graça interna, a obra da graça

no coração; e que consiste nas várias graças do Espírito implantado ali; como fé, esperança

e amor: tais são gerados de novo, são gerados para uma viva esperança, e tê-la, e crer no

Filho de Deus; e amar o que gerou, e o que é nascido (1 Pedro 1:3; 1 João 5:1). Ele é cha-

mado de “espírito” (João 3:6) de seu Autor, o Espírito de Deus; e da sua sede, o espírito do

homem; e da sua natureza, que é espiritual, e é denominado homens espirituais. Ele tam-

bém é representado por “semente” (1 João 3:9). “Todo aquele que é nascido de Deus, sua

semente permanece nele”; que é o princípio de graça infundido na regeneração; e como a

semente contém em si praticamente tudo o que depois prossegue a partir dela, a folha,

haste, espiga, e grão cheio na espiga; de modo que o primeiro princípio da graça implantada

no coração, consequentemente contém toda a graça que mais tarde aparece, e todas as

frutas, efeitos, atos e exercícios do mesmo.

II. As fontes e causas de regeneração; eficiente, motivadora, meritória e instrumental.

Em primeiro lugar, a causa eficaz da mesma; que não é o homem, mas Deus.

1. Em primeiro lugar, não o homem; ele não pode regenerar a si mesmo; seu caso, bem

como a natureza da coisa em si, mostra isso; e é de fato negado dele. O caso em que os

homens antes da regeneração estão claramente mostra que não é, e não pode ser deles

mesmos. Eles são muito ignorantes do próprio problema em si. A regeneração é uma, e

uma das principais coisas do Espírito de Deus, e que o homem natural não pode discernir

e compreender; deixe-o ter conhecimento que for da natureza; como Nicodemos, um mes-

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tre em Israel, e ainda assim disse: “como pode ser isso?”. Um homem não pode ser o autor

daquilo do qual ele não tem conhecimento: nem homens, antes da regeneração, veem ne-

nhuma necessidade dela; como aqueles que se julgam sãos, não veem necessidade de um

médico, nem fazer uso de algum. E quem se acha rico, e não necessita de nada; como não

da justiça, e por isso não de arrependimento. E, se não de arrependimento, então não de

regeneração. E seja qual for a noção que eles possam ter dela, do que os outros dizem a

seu respeito; eles não têm nenhuma inclinação, nem desejo, nem vontade dela, até que

Deus opere neles tanto o querer como o efetuar; a tendência de suas mentes está em outra

direção; sim, suas mentes carnais são inimizade contra ela; eles zombam dela, e contam-

na como sonho e entusiasmo. E se tivessem qualquer disposição de espírito para isso, o

que eles não têm, eles não têm poder para efetivá-la; eles não podem fazer nada, nem a

mínima coisa de natureza espiritual; e muito menos realizar uma obra como esta: isso não

é por força ou poder dos homens, mas pelo Espírito do Senhor dos Exércitos. Para tudo o

que pode ser adicionado, e que o torna impraticável, é que os homens estão mortos em se-

us delitos e pecados; e não mais podem vivificar-se mais do um homem morto pode; mais

cedo poderia Lázaro ter ressuscitou a si mesmo dentre os mortos, e os ossos secos da

visão de Ezequiel, terem vivificado a si mesmos e vivido.

2. A natureza da obra mostra claramente que não está no poder dos homens realiza-la; é

representada como uma criação; ele é chamado de uma nova criatura, a obra de Deus reali-

zada em Cristo, o novo homem da parte de Deus, criado em justiça. Agora a criação é uma

obra de onipotência; uma criatura não pode criar a menor coisa, nem uma mosca, ele pode-

ria mais cedo criar um mundo; e poderia mais cedo um homem criar um mundo a partir do

nada, do que criar um coração puro, e renovar um espírito reto dentro dele. Ela é falada co-

mo uma “ressurreição” dos mortos; e tão cedo poderiam cadáveres vivificarem-se, como os

homens, mortos em pecado, elevarem a si mesmos a uma vida espiritual. Isso requer um

poder igual ao que ressuscitou Cristo dentre os mortos; e é feito pelo mesmo. Seu próprio

nome, “regeneração”, mostra a natureza da mesma e sugere claramente, que ela está fora

do poder do homem efetivá-la: como os homens não contribuem em nada para o seu pri-

meiro nascimento, assim, nem para o segundo; como nenhum homem a si mesmo gera,

assim também ele não regenera a si mesmo; como uma criança é passiva na sua geração

natural, e não tem nenhuma preocupação nela; tão passivo é um homem em sua geração

espiritual, e não é mais colaborativo nela. É uma “implantação” daquela graça nos corações

dos homens, que não estava lá antes; a fé é uma parte dela, que é dita ser “não de nós

mesmos”, mas o dom gratuito de Deus; e a esperança é outra, sem a qual os homens estão,

ao mesmo tempo em um estado não-regenerado; e o amor é de tal natureza, que, se um

homem desse tudo o que tem por ela, seria de todo desprezado; é uma máxima que

vigorará, “nil dat quod non habet”, ninguém pode dar aquilo que não tem: um homem des-

tituído de graça, não pode dar a graça, nem a si mesmo nem para outro. Este trabalho en-

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contra-se em tirar o “coração de pedra”, e dar um “coração de carne”; até mesmo “um novo

coração” e “um novo espírito”. E ninguém pode fazer isso, além dAquele que está sentado

no trono, e diz: “Eis que faço novas todas as coisas”. Para não dizer mais nada, é uma

“transformação” dos homens pela renovação da sua mente, tornando-os outros homens do

que eram antes, como Saulo era, e mais ainda; a mudança da pele de um etíope e das

manchas do leopardo, não é maior, nem tão grande, como a mudança do coração e da na-

tureza do homem; e que, na verdade, não é uma mudança do velho homem, ou a corrupção

da natureza, que permanece a mesma; mas a produção do novo homem, ou de um novo

princípio, que antes não estava presente.

3. Regeneração é expressamente negada ser dos homens; é dita ser “não do sangue”, o

sangue da circuncisão, que não valerá nada, mas uma nova criatura é de proveito, quando

isso não é; nem do sangue dos antepassados, do melhor dos homens, o mais santo e mais

eminente para a graça; o sangue de tal pode correr nas veias dos homens, e ainda assim

ser destituído da graça regeneradora; como foi o caso dos judeus, de multidões deles, que

se gabavam de ser da descendência de Abraão, e do seu sangue: ninguém precisa valo-

rizar-se sobre o seu sangue por qualquer motivo, e muito menos um religioso; uma vez que

todas as nações da terra são feitas do sangue de um homem, e este está manchado pelo

pecado, e transmite a corrupção; pecado é propagado dessa forma, mas não a graça: nem

são os homens nascidos “da vontade da carne”, que é carnal e corrupta; impotente para a-

quilo que é bom, e inimizade a ela: a regeneração não é do que quer; Deus, de Sua própria

vontade, gera homens de novo, e não deles mesmos: nem eles nascem da “vontade dos

homens”, dos maiores e melhores dos homens, que são pessoas regeneradas; estes, por

sua vontade, não podem transmitir a graça regeneradora para os outros; se pudessem, um

bom mestre regeneraria todo servo de sua família; um bom pai regeneraria todo filho seu;

e um ministro do evangelho regeneraria todos os que se assentam sob o seu ministério;

eles só podem orar e usar os meios. Só Deus pode fazer a obra. Por isso,

Em segundo lugar, a causa eficaz da regeneração é somente Deus; portanto, tantas vezes

lemos “que nasceram de Deus”, e “todo aquele e tudo que é nascido de Deus” (João 1:13;

1 João 3:9; 1 João 5:1, 4), e isto é verdade de Deus, Pai, Filho, e Espírito Santo, que têm

cada um uma atribuição na regeneração.

1. Deus, o Pai, que é o Pai de Cristo; Ele como tal gera homens de novo segundo a Sua

grande misericórdia: e como o Pai das luzes, da Sua vontade soberana e prazer, regenera

com a palavra da verdade (1 Pedro 1:3). E como a luz foi uma das primeiras coisas na velha

criação, também na nova criação, ou regeneração, a luz é a primeira coisa que brotou no

coração do Pai e fonte de luz (Tiago 1:17-18), e como o Pai dos homens por adoção, Ele

regenera; é dEle que nascem de novo, quem é o seu Deus e Pai pela aliança em Cristo;

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Ele os escolheu para a santidade, do qual a regeneração é raiz, semente e o princípio. Ele

os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, que é feito na regeneração;

e é pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, o qual Ele derrama

abundantemente através de Cristo o Salvador, que Ele salva os Seus eleitos.

2. Deus o Filho, tem também uma atribuição na regeneração, e tão grande atribuição, que

os que nascem de novo são ditos serem “nascido dEle”, isto é, de Cristo; pois de nenhum

outro é falado no contexto (1 João 2:29), Ele é a “ressurreição e a vida”; o autor da ressur-

reição espiritual para a vida espiritual, que não é outra senão a regeneração; Ele vivifica a

quem Ele quer, como o Pai faz; e é através de Sua voz poderosa no evangelho, que os

mortos em pecado ouvem e vivem; é seu Espírito, que é enviado para os corações de Seu

povo, como para dar testemunho de sua adoção, de modo a regenerá-los. Sua graça é da-

da a eles, sim Ele mesmo está formado neles; Sua imagem está estampada neles; e é em

virtude da sua ressurreição que “eles são gerados” para uma viva esperança da herança

celestial (João 11:25; 5:21, 25; Gálatas 4:6, 19; 1 Pedro 1:3-4).

3. O Espírito Santo de Deus é o autor da regeneração e esta Lhe é atribuída por nosso Se-

nhor; “A não ser que o homem nasça da água e do Espírito” (João 3:5), por “água”, não se

intenciona a ordenança do batismo nas águas, que nunca se expressa apenas por água,

sem alguma outra palavra com ela no texto ou o contexto que determina o sentido; nem é

a regeneração por ela; Simão, o Mago foi batizado, mas não regenerado: a regeneração

deve preceder o batismo. Fé e arrependimento, que são graças dadas na regeneração, são

necessários antes do batismo. Nem é o batismo nas águas absolutamente necessário para

a salvação. Mas, sem regeneração ninguém pode ver nem entrar no reino dos céus; mas a

graça do Espírito se entende por água, assim chamada por sua limpeza e uso purificador,

já que tem relação com o sangue de Jesus, por isso chamado de lavagem da regeneração;

desta graça o Espírito é o autor, de onde vem seu nome, é chamado de “Espírito”; é a reno-

vação do Espírito Santo, ou a nova criatura é a sua obra; a graça da vivificação é dEle; é o

Espírito que vivifica e dá a vida, e liberta da lei do pecado e da morte (Tito 3:5; João 3:6;

6:63).

Em segundo lugar, a causa impulsiva, ou a causa motivadora, é a livre graça, amor e miseri-

córdia de Deus; “Deus, que é rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

nos vivificou” (Efésios 2:4-5). Regeneração, ao ser um momento da vida em que os homens

são tocados, é um tempo de amor, de amor aberto; que brota do amor, que move a miseri-

córdia a exercitar-se desta forma. É “segundo a sua grande misericórdia Deus tem nos re-

generou para uma viva esperança” (1 Pedro 1:3), e esta foi a soberana graça e misericórdia,

não estimulada por quaisquer motivos ou condições em homens, ou por quaisquer traba-

lhos preparatórios neles; o que havia ali nos três mil, alguns dos quais haviam participação

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na morte de Cristo, convertidos sob o sermão de Pedro? O que havia no carcereiro, que

anteriormente tinha acabado de tratar os apóstolos de uma forma cruel? O que havia ali em

Saulo, o blasfemo, perseguidor, e injurioso, entre estes personagens e sua misericórdia ob-

tida? Não, não é de acordo com a vontade e obras dos homens, que eles são regenerados,

mas Deus, “de sua própria vontade, Ele nos gerou” (Tiago 1:18), Sua própria vontade sobe-

rana e prazer; e esta graça e misericórdia é abundante; e ricamente e abundantemente exi-

bida; ela “superabunda”, flui e transborda; existe um pleonasmo, uma redundância dela (1

Timóteo 1:14), e para isso, como uma causa motivadora, a regeneração é dada.

Em terceiro lugar, a ressurreição de Cristo dentre os mortos é a causa virtual ou aquisição

da mesma; há um poder ou virtude na ressurreição de Cristo, que tem uma influência sobre

muitas coisas; como em nossa justificação, para o que Ele ressuscitou, assim na nossa re-

generação; pois os homens são ditos serem “gerados de novo para uma viva esperança,

pela ressurreição de Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3), e que também pode ser consi-

derado como a causa exemplar da mesma; para que haja uma plantação juntos “na seme-

lhança da sua morte, por isso, à semelhança da sua ressurreição dentre os mortos”; como

a ressurreição de Cristo foi uma declaração dEle ser o Filho de Deus, assim a regeneração

é uma evidência da participação na adoção de filhos; e como a ressurreição de Cristo foi

pelo poder de Deus, assim é a regeneração e vivificação de um pecador morto; e como a

ressurreição de Cristo foi o Seu primeiro passo para a Sua glorificação, assim é a regene-

ração quanto ao ver e entrar no reino de Deus.

Em quarto lugar, a causa instrumental da regeneração, se assim pode ser chamada, é a

Palavra de Deus, e os ministros dela; portanto, pessoas regeneradas são ditas terem “nas-

cido de novo pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre” (1 Pedro 1:23), e

de novo, “de sua própria vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tiago 1:18), a

não ser que Palavra nestas passagens signifiquem o Logos eterno, ou Palavra essencial

de Deus, Cristo Jesus, pois Logos é usado em ambos os lugares; embora os ministros do

evangelho não são apenas representados como ministros e instrumentos pelos quais os

outros creem, mas como pais espirituais; “se você tem dez mil instrutores em Cristo”, diz o

apóstolo aos Coríntios: “ainda não tendes muitos pais, pois em Cristo Jesus eu vos gerei

por meio do evangelho” (1 Coríntios 4:15); por isso ele fala de seu filho Onésimo, a quem

ele havia “gerado em suas amarras” (Filemom 1:10) ainda esta instrumentalidade da

palavra na regeneração não parece tão conforme ao princípio da graça implantada na alma

na regeneração, e para ser entendida com respeito a isso; desde que é feita por infusão

imediata, e é representada como uma criação; e agora como Deus não fez uso de qualquer

instrumento na primeira e velha criação, assim também não parece tão concordante que

Ele usasse qualquer instrumento na nova criação. Portanto, isso deve ser mais entendido

sobre o esforço do princípio da graça, e a atração dela ao ato e exercício; o qual é animado

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12

e encorajado pelo ministério da palavra, pelo que parece que um homem é nascido de novo;

de modo que os primeiros três mil convertidos, e o carcereiro, foram regenerados em pri-

meiro lugar, ou tiveram o princípio da graça operada em suas almas pelo Espírito de Deus,

e em seguida foram encaminhados e incentivados pelo ministério dos apóstolos a se arre-

penderem e crerem em Cristo: pelo que tornou-se evidente que eles nasceram de novo.

Embora, afinal, aparece claro que o ministério da palavra é o veículo no qual o Espírito de

Deus transmite a Si mesmo e Sua graça nos corações dos homens; o que é feito quando a

palavra não vem somente em palavras, mas em poder, e no Espírito Santo; e opera eficaz-

mente, e é o poder de Deus para a salvação; a fé é pelo ouvir, e o ministros são instru-

mentos pelos quais, ao menos, os homens são encorajados a crer: “recebestes o Espírito”,

diz o apóstolo, “pelas obras da lei, ou pela pregação da fé” (Gálatas 3:2), ou seja, pela pre-

gação da lei, ou pela pregação do evangelho? Por esta última, sem dúvida.

III. Os sujeitos da regeneração são os próximos a serem investigados, ou quem são aqueles

a quem Deus tem o prazer de conceder esta graça. Estes são homens e não anjos; anjos

bons não têm necessidade de regeneração; eles são anjos santos e continuam nesse es-

tado de santidade em que foram criados, e estão confirmados nesse estado; eles não têm

necessidade dela para fazê-los adequados para o céu, eles já estão lá; eles são os anjos

do Céu, e sempre veem a face de nosso Pai celestial ali. Quanto aos anjos maus, nenhum

deles jamais teve, nem nunca terá qualquer participação na regeneração da graça; eles

creem, de fato, mas eles não têm a fé dos regenerados, ou aquela fé que opera pelo amor.

Acreditam que existe um Deus, mas não O amam, nem podem amá-lO; Eles acreditam que

Ele existe, e tremem diante da Sua ira; eles não têm nenhuma esperança como os regene-

rados têm, mas vivem em desespero sombrio, e para sempre viverão. São homens que

Deus regenera, e não bestas, nem animais, nem pedras; estes não são sujeitos capazes

de serem regenerados. Deus pode suscitar filhos destes, mas não é o Seu caminho e obra.

São sobre criaturas racionais que Ele assim atua e Ele os trata como tal no ministério da

Sua palavra; apesar dEle ser apresentado como que lidando de outra forma pelos adver-

sários da graça de Deus, mas eles são homens, e homens apenas, a quem Deus regenera,

mas nem todos os homens. Não são todos os homens que têm fé e esperança, e amor;

eles são uma espécie de primícias das Suas criaturas, a quem de Sua própria vontade Ele

gera com a palavra da verdade; eles são tais que são chamados e separados do restante

do mundo; eles são tais que são os objetos peculiares de Seu amor; para a regeneração é

o fruto e o efeito do amor, e a prova disto; eles são de tal ordem que Deus os predestinou

para serem conformes à imagem de Seu Filho, no qual a imagem que eles são criados na

regeneração; aqueles a quem o apóstolo fala como “gerados de novo para uma viva espe-

rança”, são descritos pela primeira vez como “eleitos segundo a presciência de Deus” (1

Pedro 1:2-3), e são tais que são redimidos por Cristo, pois aqueles que são eleitos por Ele,

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têm a redenção pelo Seu sangue; e aqueles que são tocados pelo Seu Espírito e graça,

enquanto mortos em delitos e pecados, porque tal é o seu estado e condição antes de nas-

cerem de novo; são tais que são os filhos de Deus pela graça da adoção, que por serem fi-

lhos, o Espírito de Deus é enviado para eles, como para testemunhar a sua adoção, de mo-

do a regenera-los, o que evidencia isso; e, assim, tornam-se abertamente os filhos de Deus

pela fé em Cristo Jesus. Que seja mais observado que, embora a principal e essencial base

da regeneração é o espírito ou a alma do homem, no entanto, estende a sua influência para

o corpo e os membros do mesmo; em que eles são impedidos dos desejos da carne, como

a produzir uma obediência pronta, constante e universal a eles; ou, de modo a “produzir se-

us membros como instrumentos de injustiça para o pecado”; mas, pelo contrário, estão tão

sob o poder do princípio reinante da graça, implantada neles na regeneração, que, “pelo

Espírito, mortificam os feitos do corpo, e vivem” (Romanos 6:12-13; 8:13).

IV. Os efeitos da regeneração, ou os fins a serem atingidos, e que são respondidos por ela,

e que mostram a importância e a necessidade da mesma.

1. O principal efeito dela; ou, se preferirem, concomitante a ela, é uma participação de toda

a graça do Espírito. Regenerar aqueles que têm não só a promessa da vida feita a eles,

mas têm a graça da vida dada; eles vivem uma vida nova, e andam em novidade de vida:

eles participam da graça da luz espiritual; antes, o seu entendimento era obscurecido; mas

agora eles são iluminados pelo Espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimen-

to das coisas Divinas. Eles eram antes, as próprias trevas; mas agora são feitos luz no Se-

nhor. Na regeneração é posta em início a santificação, que é realizada até ser concluída,

sem a qual ninguém verá o Senhor; pois o novo homem é criado em verdadeira justiça e

santidade. O princípio da santidade é então formado, de onde as ações santas nascem. A

graça do arrependimento em seguida, aparece; a pedra, dura, inflexível, e coração impeni-

tente, sendo levado embora, e um coração de carne, suscetíveis a impressões Divinas, é

dado; no que segue, o senso do pecado, a tristeza por ele de um tipo piedoso, e arrepen-

dimento para a vida e para a salvação [...], a fé em Cristo, que não é do homem, mas o dom

gratuito de Deus e a operação do Espírito de Deus, é agora dada e trazida à exercício; no

qual sendo um efeito, é uma evidência de regeneração; para “todo aquele que crê que

Jesus é o Cristo”, e, especialmente, o que crê em Cristo como seu Salvador e Redentor “é

nascido de Deus” (1 João 5:1), e os tais possuem esperança de vida eterna por Cristo; en-

quanto os homens não-regenerados estão sem esperança, sem uma verdadeira, sólida e

bem fundamentada esperança; mas na regeneração, são gerados para uma “esperança

viva”, e a têm; uma boa esperança, pela graça, fundada sobre a Pessoa, sangue e justiça

de Cristo, que é de utilidade para eles, tanto na vida quanto em morte. Pessoas regenera-

das têm os seus “corações circuncidados”, que é apenas um outro termo para a regenera-

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ção de graça, para “amar o Senhor seu Deus de todo o seu coração e alma” (Deuteronômio

30:6), E apesar de que antes as suas mentes carnais eram inimigas de Deus, e tudo o que

é bom; agora eles O amam, e tudo o que Lhe pertence, a Sua Palavra, adoração, ordenan-

ças e povo; e por isso é conhecido, que “já passaram da morte para a vida”, que não é outra

coisa senão a regeneração, “porque amamos os irmãos” (1 João 3:14). Em suma, as pes-

soas regeneradas são participantes de todos os frutos do Espírito; de todas as demais gra-

ças, além das mencionadas; como a humildade, a paciência, a abnegação e resignação à

vontade de Deus. E eles são abençoados com as medidas de graça e força espiritual, a

ponto de serem capazes de resistir ao pecado e Satanás, e para vencer o mundo, e cada

inimigo espiritual; “Porque todo o que é nascido de Deus, vence o mundo”, o deus dele, os

homens dele, e suas concupiscências: “Todo aquele que é nascido de Deus, não peca”, não

vive em pecado, nem ele é superado pelo pecado; “mas aquele que é nascido de Deus,

guarda-se” de Satanás e suas tentações, de ser superado por eles; “e o maligno não lhe

toca”: estando vestido com toda a armadura de Deus, ele tem a habilidade de manejar; ele

se mantém à distância, de modo que ele [Satanás] não pode se apoderar dele; ele levanta

o escudo da fé para ele, pelo que ele anula todos os seus dardos inflamados (1 João 5:4,

18).

2. Conhecimento e gozo efetivo das várias bênçãos da graça seguem a regeneração. O

Pacto da Graça é “ordenado em todas as coisas”, e está repleto de todas as bênçãos espi-

rituais; e uma doação de todas as bênçãos da graça foi feito a Cristo, e os eleitos nEle, an-

tes dos tempos eternos, e eles foram secretamente abençoados com elas nEle desde tão

cedo; mas, em seguida, até que o Espírito de Deus é enviado para baixo em seus corações

na regeneração, para dar a conhecer-lhes as coisas que Deus lhes tem dado livremente,

eles são estranhos a elas, e não têm conhecimento delas, não podem pleitear o seu interes-

se por elas, nem, na verdade, as possuem. Eles são amados de Deus com um amor eterno;

mas, em seguida, a primeira exibição aberta, para eles é na regeneração, quando Deus

chama-os com bondade para Si mesmo, como um fruto e efeito, e por isso uma evidência

de seu antigo amor por eles. Eles são escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo;

mas isso não é conhecido por eles até que o evangelho vem, não somente em palavras,

mas em poder, e no Espírito Santo; operando poderosamente neles, regenerando, vivifi-

cando, e santificando-os; quando aquela santidade para a qual são escolhidos, é implan-

tada, e aquela imagem de Cristo, a que estão predestinados, é impressa: há uma união

com Cristo, que a eleição nEle concede; e há uma união legal entre Ele e os eleitos, como

entre um fiador e devedor, em virtude de compromissos de fiador para com eles; e há uma

união mística, como entre a cabeça e os membros; e um conjugal, como entre marido e

mulher, mas antes da regeneração não há união vital, ou como uma união entre videira e

os ramos, por quem eles realmente recebem vida e graça, e alimentação, e nutrição, e dão

fruto. Eles são os filhos de Deus pela predestinação; e na aliança, a adoção de filhos perten-

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ce a eles; mas esta não aparece até que a regeneração ocorre, quando recebem pessoal-

mente o poder e o privilégio dele, e são manifestamente os filhos de Deus pela fé em Cristo.

A justificação foi uma sentença concebida na mente de Deus desde a eternidade; foi pro-

nunciada em Cristo e Seu povo nEle, quando Ele ressuscitou dos mortos; mas não se sabe

para aqueles interessados nela, até que o Espírito de Deus revela a justiça de Cristo, de fé

em fé, e pronuncia sobre ele a sentença de justificação na consciência do crente; até que

nasça de novo, ele não tem conhecimento desta bênção, nenhuma percepção confortável

dela; nem pode pleitear o seu interesse nela, nem tem aquela paz e a alegria que dela de-

correm. E agora é que um pecador despertado tem a aplicação do perdão da graça e miseri-

córdia; pois, embora o perdão do pecado é fornecido na aliança, e no sangue de Cristo é

derramado por ele, e Ele é exaltado para dar-lhe; no entanto, não é realmente dado, apli-

cado, e apreciado, até que o arrependimento seja dado também; pois ambos são um dom

de Cristo juntamente; e é também quando Deus abençoa o Seu povo com a paz, com a paz

de consciência, que flui a partir do sangue, justiça e sacrifício de Cristo.

3. Outro efeito da regeneração é uma aptidão e capacidade para o desempenho das boas

obras. Na regeneração, os homens são “criados em Cristo Jesus para boas obras”; e com

a sua nova criação, tornar-se apto e capaz de executá-las. O novo homem é formado neles

“para a justiça e verdadeira santidade”, para os atos e exercícios de justiça e santidade

(Efésios 2:10; 4:24), tais que nasceram de novo, são “santificados e idôneos para uso do

Senhor, e preparado para toda a boa obra, para toda boa obra” (2 Timóteo 2:21), enquanto

que um homem não-regenerado é “reprovado para toda boa obra”. Ele não tem nem von-

tade nem poder para realizar o que é bom, até que Deus “opere nele tanto o querer como

o efetuar”. Os principais ingredientes nas boas obras estão faltando neles, por isso eles não

podem ser aceitos por Deus, e, de fato, “sem fé”, pois estes não a tem, “é impossível agra-

dar a Deus”; nem podem os que estão “na carne”, que são carnais e não-regenerados, “a-

gradar a Deus”; ou seja, fazer as coisas que são do Seu agrado (Hebreus 11:6; Romanos

8:8), sem o Espírito de Deus, e a graça e a força de Cristo, ele não pode desempenhar na-

da desse tipo; pelo que também Deus prometeu colocar o Seu “Espírito” em Seu povo, o

que Ele faz na regeneração, para “levá-los a andar nos seus estatutos, e guardar os seus

juízos, e cumpri-los”: assim que eles não podem fazer nada por si mesmos, ainda assim,

por meio do Espírito, a graça e a força de Cristo, eles podem fazer todas as coisas (Ezequiel

36:27; Filipenses 4:13) a que eles devem ser encaminhados; até mesmo um próprio pagão

poderia dizer, qualquer boa coisa que tu fazes, atribua isso a Deus1.

4. Regeneração dá uma iminência para o reino de Deus; sem isso, nenhum homem pode

ver, nem entrar nele (João 3:3, 5), se por “o reino de Deus” significa um estado da igreja evan-

__________

[1] , Bias apud Laert. 1.1. in vita ejus.

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gélica, e uma participação dos privilégios e ordenanças, ou o estado final de glória e

felicidade: o primeiro pode ser significado em que os publicanos e as meretrizes iam adiante

dos fariseus; e que eles não entram eles mesmos, nem deixam entrar outros que estavam

entrando; e uma remoção do que Cristo os ameaça (Mateus 23:13; 21:31, 43). Homens

não-regenerados, de fato podem, em certo sentido, ver e entrar neste reino de Deus; eles

podem participar da palavra, e abraçar as verdades dela, fazer uma profissão de fé, subme-

terem-se às ordenanças do evangelho, e tornarem-se membros de uma igreja evangélica;

isso eles podem fazer de fato, mas não de direito; eles são tais como os que não entram

pela porta correta, Cristo e a verdadeira fé nEle; mas sobem de outra forma, e são ladrões

e salteadores; hipócritas em Sião, joio no campo de Cristo, e virgens tolas entre as sábias;

a quem o reino de Deus é comparado. Homens não-regenerados não têm as qualificações

adequadas para a igreja de Deus, e as ordenanças da mesma; estas particularmente, são

fé e arrependimento; estes são necessários para a admissão de uma pessoa para o batismo

(Mateus 3:2, 8; Atos 2:38; 8:12, 37), e assim, para a ordenança da Ceia do Senhor; “Que

cada um se examine a si mesmo, e assim coma” (1 Coríntios 11:28). Se ele tem verdadeiro

arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo; e se um homem,

desprovido destes, que advêm ou fluem da regeneração, fica admitido a estas ordenanças,

e em um estado da igreja, de que adianta a ele aqui ou no futuro? O que significa agora ter

a aparência de piedade, sem o poder? Um nome de que vive, e ainda ser morto? Ou no fu-

turo; pois “o que é a esperança do hipócrita”, de que serve para ele? “Embora ele tenha

conquistado” o nome de um professo, de um homem religioso, e um lugar na casa de Deus

“quando Deus lhe arrebatar a alma”, estes serão de alguma utilidade para ele? Embora o

estado final de glória possa ser entendido como reino de Deus, nas passagens acima; como

em (1 Coríntios 6:9, Lucas 12:32; Mateus 25:34). Um homem não-regenerado não tem o

direito legítimo a ele; ou adequação para ele. O direito próprio a ele reside na adoção; “Se

filhos, também herdeiros”. Mas esse direito, de modo fundamentado, não aparece até que

um homem nasça de novo, o que é a evidência de adoção; nem pode ser adequado e apto

para isso, sem a graça Divina da regeneração, vivificando, e santificando; pois sem santi-

dade nenhum homem verá o Senhor; e nada entra em estado celestial que contamine ou

faça uma abominação; mas quando os homens nascem de novo, eles são, herdeiros legíti-

mos para a herança celestial; eles são ricos pela fé e herdeiros do reino; e são idôneos pa-

ra participar da herança dos santos na luz.

V. As propriedades da regeneração; e que podem servir para esclarecer melhor a natureza

da mesma.

1. A regeneração é um trabalho passivo, ou melhor, os homens são passivos nela; como

devem ser, na primeira infusão e implantação da graça, e a vivificação dos mesmos; mesmo

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tão passivos quanto a primeira matéria criada, a partir do qual todas as coisas foram feitas;

e como é um homem morto, quando ressuscitou dentre os mortos; ou como os ossos secos

da visão de Ezequiel eram, ao passo que o Espírito de Deus soprou sobre eles, e então

eles se tornaram ativos; e como as crianças são na geração natural delas; pois os homens

não contribuem mais para o seu nascimento espiritual, do que as crianças fazem em seu

nascimento natural; tudo isso aparece a partir da regeneração sendo uma criação, a ressur-

reição dos mortos, e um ser gerado e nascido de novo.

2. É um ato irresistível da graça de Deus; não mais resistência pode ser feita a ela, do que

poderia haver na primeira questão de sua criação; ou em um homem morto quanto à sua

ressurreição; ou em uma criança em sua geração. A regeneração é a partir da vontade de

Deus, que não pode ser resistida; o Espírito, na regeneração, é como “o vento”, que “sopra

onde quer”, e ninguém pode impedi-lo, “assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo-

ão 3:8), é feito pelo poder de Deus, que é incontrolável; qualquer que seja a aversão, contra-

riedade e oposição que possa haver na natureza corrupta dos homens a ela, esta é breve

e facilmente superada pelo poder da graça Divina; quando o coração de pedra é tirado, e

um coração de carne é dado. Quando Deus age, nada pode impedir. Um povo indisposto é

feito voluntário no dia do Seu poder; pensamentos elevados, raciocínios e imaginação da

mente carnal, são derrubados por Ele.

3. É um ato que é instantaneamente feito, de uma só vez; não é como a santificação que

ela dá origem; que não é senão uma obra iniciada, e é realizada de forma gradual; a fé cres-

ce, esperança e amor aumentam mais e mais, e luz espiritual e conhecimento aumentam

de graus, até que eles cheguem ao dia perfeito, mas a regeneração é de uma só vez; como

uma criança na natureza é gerada de uma só vez, e também nasce de uma só vez, e não

por graus; assim é a geração espiritual; um homem não pode ser dito ser mais regenerado

que o outro, embora ele possa ser mais santificado; e o mesmo homem não pode ser dito

ser mais regenerado em um momento, mais que em outro.

4. Como é feito de uma só vez, por isso é perfeito; algumas pessoas falam de uma parte

regenerada e uma parte não-regenerada nos homens; e que eles são, em parte, regenera-

dos e em parte não-regenerados. Devo confessar que não entendo isso; já que a regenera-

ção é uma nova criatura, e perfeita em sua espécie. Há, de fato, dois princípios em um ho-

mem que nasce de novo; um princípio da natureza corrupta, e um princípio de graça; um é

chamado o ‘velho homem’, e o outro o ‘novo’: todo o velho homem é não-regenerado, ne-

nhuma parte nele é regenerada; ele permanece intocado, e é exatamente o mesmo que

era, só há perda do seu poder e domínio; e o novo homem é totalmente regenerado, ne-

nhuma parte não-regenerada nele: não há pecado em si, nem feito por ele, ele não pode

cometer o pecado; “A filha do rei é toda ilustre lá dentro”: um filho homem, logo que nasce,

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tendo todos os seus membros, é um homem perfeito, como partes, ainda que estas não

estão em seu crescimento e em tamanho total, como eles serão, se ele viver. Também o

novo homem é um homem perfeito de uma vez, como as partes, embora ainda não chegou

à medida da estatura da plenitude de Cristo.

5. A graça da regeneração nunca pode ser perdida; uma vez regenerado, sempre será

assim. Aquele que é nascido em um sentido espiritual, nunca pode ‘desnascer’ de novo;

pois ele não pode morrer uma morte espiritual; ele é nascido da semente incorruptível e i-

mortal; ele é nascido da água e do Espírito, ou da graça do Espírito, que é como um poço

de água viva dentro dele, que jorra para a vida eterna, e todos esses que são gerados de

novo para uma viva esperança de uma herança gloriosa, são guardados pelo poder de

Deus, mediante a fé, para a salvação (1 Pedro 1:3-5, 23). Ao qual pode ser adicionado,

6. Um complemento que sempre acompanha a regeneração, uma guerra espiritual entre o

velho e o novo homem, o princípio do pecado, e o princípio da graça; a carne cobiça contra

o Espírito, e o Espírito contra a carne; a lei nos membros guerreando contra a lei do espírito;

que são, por assim dizer, a companhia de dois exércitos em guerra um com o outro, que

sempre acaba com uma vitória para o lado da nova criatura; pois todo o que é nascido de

Deus vence o mundo; e o pecado e Satanás, e todos os inimigos, e é mais do que um ven-

cedor sobre todos, por meio de Cristo.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.