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Pólo Econômico de São José do Rio Preto Em Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Financiamento FINEP – FNDTC/NEPP/Regiões Metropolitanas Estudos Regionais Pólo Econômico de São José do Rio Preto Organizadores: Claudio Dedecca, Lilia Montali, Rosana Baeninger Março/2009 FINEP/NEPP/NEPO/IE UNICAMP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

Em

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais

Financiamento FINEP – FNDTC/NEPP/Regiões Metropolitanas

Estudos Regionais

Pólo Econômico de São José do Rio Preto

Organizadores: Claudio Dedecca, Lilia Montali, Rosana Baeninger

Março/2009

FINEP/NEPP/NEPO/IE

UNICAMP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................................ 5

CAPÍTULO 1 – ECONOMIA E MERCADO DE TRABALHO .................................................................. 7

Claudio Dedecca

CAPÍTULO 2 – DINÂMICA DEMOGRÁFICA ................................................................................... 23

Rosana Baeninger e Claudia Gomes de Siqueira

Introdução ......................................................................................................................... 23

Evolução da População..................................................................................................... 25

Tendência do crescimento da população .......................................................................... 33

Movimentos Migratórios Inter e Intra-regional.................................................................... 45

Estrutura Etária da População........................................................................................... 58

Referências Bibliográficas ................................................................................................. 67

ANEXO I - Municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto .......................... 67

CAPÍTULO 3 – A QUESTÃO SOCIAL NO PÓLO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ................................. 69

Lilia Montali, Eugenia Troncoso Leone e Stella B. Silva Telles

1. Renda, Pobreza e Desigualdade no Pólo Regional de São José do Rio Preto.............. 69

2. Mudanças no domicílio, na inserção domiciliar no mercado de trabalho e as políticas

sociais ............................................................................................................................... 77

2.1. Mudanças nos arranjos domiciliares: configurações e tamanho ............................. 79

2.2. Mudanças nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e na

provisão dos domicílios. ................................................................................................ 92

2.3. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento ................................. 104

2.4. A mulher e a renda dos domicílios: 1991-2000 ..................................................... 120

3. Políticas Sociais no Pólo Regional de São José do Rio Preto ..................................... 130

3.1. Os programas de transferência de renda no Pólo Regional de São José do Rio

Preto - Mapeamento e Acesso .................................................................................... 131

3.2. Educação Básica Pólo Regional de São José do Rio Preto.................................. 140

3.3. Atenção Básica à Saúde e Acesso às Ações e Serviços de Saúde ...................... 140

Referências Bibliográficas ............................................................................................... 140

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Apresentação

Nesses últimos 20 anos, a dinâmica socioeconômica paulista não mais se associa a

dualidade região metropolitana – interior prevalecente até os anos 70. Novas regiões

metropolitanas se consolidaram, outras se encontram em processo de formação e pólos

regionais com algum grau de integração econômica vêm sendo constituídos. Essa nova

configuração impõe tanto um melhor conhecimento da dinâmica espacial como a construção de

instrumentos de política pública adequados da estrutura socioeconômica do Estado de São

Paulo.

A implantação de bases industriais em diversas regiões do interior do Estado e o

revigoramento da atividade agrícola, nestes quase 30 anos, induziram um processo de

transformação substantiva da configuração econômica e social do interior do Estado, que tem

resultado em progressiva metropolização, bem como na constituição de diversos pólos

econômicos com alguma integração e especialização no espaço local.

Os desequilíbrios sociais hoje presentes no Estado exigem a construção de um

diagnóstico mais integrado de sua diversidade regional, que apóie adequadamente a

elaboração de políticas públicas mais consistentes para o desenvolvimento econômico e social

paulista.

Este projeto tem o propósito de produzir um mapa da dinâmica socioeconômica do Estado

com foco nas regiões metropolitanas e em alguns pólos econômicos, que possibilite acesso

estruturado e rápido à informação básica para a elaboração e implementação das políticas

públicas para o desenvolvimento estadual. Três eixos temáticos são adotados na análise e no

sistema informação produzidos: i. economia e trabalho, ii. dinâmica demográfica; e iii. proteção

social. Os dois primeiros eixos articulam as dinâmicas econômica, social e demográfica. O

último congrega, no âmbito das políticas públicas, o acesso dos segmentos específicos da

população, a disponibilidade de equipamentos e de serviços pelos órgãos competentes e o

perfil das recentes políticas de transferência de renda.

Em suma, este projeto espera contribuir para a compreensão da complexidade econômica

e social presente no Estado, bem como para o desenho e a gestão das políticas públicas

voltadas para o Estado de São Paulo.

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Capítulo 1 – Economia e Mercado de Trabalho1

O Pólo de São José do Rio Preto localiza-se a noroeste do Estado de São Paulo e

representa um importante entroncamento de vias de escoamento da produção agrícola e

agroindustrial do Centro-Oeste além de possuir integração com o eixo Campinas – Ribeirão

Preto onde se desenvolve uma agricultura e pecuária moderna.

O café foi o grande impulsionador da urbanização desse pólo que hoje se destaca pela

pecuária bovina, cana-de-açúcar, laranja e milho. Mais recentemente tem aparecido com

intensidade a indústria de móveis, confecções, alimentos e terciários.

O Pólo de São José do Rio Preto possui 31 municípios que no ano de 2005 totalizavam

uma população de 711 mil habitantes, o que representava 2,5% da população dos pólos e

regiões selecionadas. Em 2000 a população desse pólo era de 649 mil pessoas, dessa forma, o

crescimento anual da população entre os anos 2000 e 2005 foi de 1,9%, percentual superior

àquele verificado para a Região Metropolitana de São Paulo e de Campinas, dentre outros

pólos.

A cidade de São José do Rio Preto possuía 397 mil habitantes em 2005, o que

representava mais de 55% da população do pólo tanto para o ano de 2000 quanto para 2005. A

segunda maior cidade do pólo era Mirassol, com menos de 8% da população do pólo. Essas

duas cidades juntamente com os municípios de José Bonifácio e Tanabi possuíam mais de 70%

da população total do pólo. A Tabela 1 traz a população para os demais municípios.

Como é possível verificar, predominam as cidades de pequeno porte no pólo em questão,

com exceção de São José do Rio Preto que se apresenta como uma cidade de médio porte.

1 Ficha Técnica: Coordenação: Claudio Dedecca, Auxiliares de pesquisa: Adriana Jungbluth, Cassiano Trovão, Camila Ribeiro, Fernando Hajime.

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Tabela 1Evolução da População ResidentePólo de São José do Rio Preto, 2000-2005

2000 2005Pólo de São José do Rio Preto 649.063 711.801 1,9 Adolfo 3.684 3.900 1,1 Bady Bassitt 11.550 15.386 5,9 Bálsamo 7.340 7.730 1,0 Cedral 6.700 7.223 1,5 Guapiaçu 14.086 15.858 2,4 Ibirá 9.447 9.913 1,0 Icém 6.772 7.147 1,1 Ipiguá 3.476 4.207 3,9 Jaci 4.180 4.645 2,1 José Bonifácio 28.714 31.276 1,7 Mendonça 3.759 3.883 0,7 Mirassol 48.327 53.137 1,9 Mirassolândia 3.741 4.132 2,0 Monte Aprazível 18.413 19.049 0,7 Neves Paulista 8.907 9.234 0,7 Nipoã 3.267 3.480 1,3 Nova Aliança 4.768 4.998 0,9 Nova Granada 17.020 18.013 1,1 Onda Verde 3.413 3.746 1,9 Orindiúva 4.161 4.780 2,8 Palestina 9.100 9.118 0,0 Paulo de Faria 8.472 8.685 0,5 Planalto 3.670 3.833 0,9 Poloni 4.774 4.914 0,6 Potirendaba 13.656 14.782 1,6 São José do Rio Preto 358.523 397.697 2,1 Tanabi 22.587 23.289 0,6 Ubarana 4.220 4.989 3,4 Uchôa 9.035 9.410 0,8 União Paulista 1.354 1.385 0,5 Zacarias 1.947 1.962 0,2

População total Taxa anual de crescimento

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Ainda no que se refere à população desse pólo, nota-se que pouco menos da metade da

população no ano de 2000 era natural do próprio pólo e pouco mais de 46% residia no local a

mais de dez anos. Esses dados indicam que no passado houve uma migração considerável

para o pólo, entretanto, nos anos mais recentes ela foi pouco intensa.

Os percentuais observados para o pólo como um todo, variam bastante entre os

municípios. A cidade de Ibirá, por exemplo, apresenta uma população natural de quase 61,7%,

porém uma população de migrantes com 10 anos ou mais de residência no local de 39,2%.

Bady Bassitt, por outro lado, apresenta apenas 23% da sua população como sendo natural, e

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

mais de 63% são migrantes, mas residentes na cidade há dez anos ou mais. A tabela 2 indica

esses percentuais para os demais municípios.

Tabela 2Participação da população por município e por condição de migraçãoPólo de São José do Rio Preto, 2000

Natural Até 3 anos4 a 9 anos

10 anos e mais

Total

Pólo de São José do Rio Preto 45,5 3,2 4,6 46,7 100,0 Adolfo 43,3 3,0 3,0 50,8 100,0 Bady Bassitt 23,0 6,1 7,3 63,6 100,0 Bálsamo 57,0 1,9 2,0 39,2 100,0 Cedral 46,3 5,3 4,9 43,5 100,0 Guapiaçu 44,7 2,5 4,2 48,7 100,0 Ibirá 61,7 1,8 2,6 33,9 100,0 Icém 45,5 10,7 7,5 36,3 100,0 Ipiguá 34,9 2,5 5,8 56,8 100,0 Jaci 36,2 4,9 4,9 53,9 100,0 José Bonifácio 56,9 2,6 3,5 37,1 100,0 Mendonça 45,5 2,5 3,2 48,8 100,0 Mirassol 45,0 2,4 3,6 49,0 100,0 Mirassolândia 38,7 2,8 3,9 54,6 100,0 Monte Aprazível 52,0 0,9 1,8 45,3 100,0 Neves Paulista 56,5 1,7 2,0 39,8 100,0 Nipoã 49,0 0,7 3,6 46,7 100,0 Nova Aliança 43,9 2,3 3,7 50,1 100,0 Nova Granada 56,0 3,7 7,2 33,1 100,0 Onda Verde 35,0 10,4 4,2 50,4 100,0 Orindiúva 42,3 5,8 12,2 39,7 100,0 Palestina 56,5 2,5 3,7 37,3 100,0 Paulo de Faria 51,9 4,5 7,2 36,3 100,0 Planalto 51,1 3,0 4,8 41,1 100,0 Poloni 50,0 2,3 2,0 45,7 100,0 Potirendaba 57,2 4,5 3,0 35,3 100,0 São José do Rio Preto 41,9 3,3 5,0 49,8 100,0 Tanabi 58,4 2,2 2,9 36,5 100,0 Ubarana 44,7 4,2 7,7 43,4 100,0 Uchôa 59,5 1,0 2,3 37,3 100,0 União Paulista 34,1 2,4 6,0 57,5 100,0 Zacarias 51,6 1,9 5,2 41,3 100,0

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Passando agora para as questões econômicas, nota-se que a participação do Pólo de São

José do Rio Preto no Estado de São Paulo tanto no que se refere à população e ao valor

adicionado é bastante pequena e não sofreu grande alteração nos últimos anos. Em 2002, a

população desse pólo representava apenas 2,4% daquela verificada para o Estado, percentual

que aumentou para 2,5% no ano de 2005. Já em relação ao valor adicionado, em 2002 o pólo

de São José do Rio Preto tinha uma participação de apenas 1,4%, percentual que declinou para

1,3% em 2005.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Gráfico 1 - Participação do Valor Adicionado e da População do Pólo de São José do Rio Preto nos Totais do Estado de São Paulo, 2002/2005

1,41,3

2,4 2,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

2002 2005

Valor Adicionado

População

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Durante a recuperação econômica ocorrida entre os anos de 2002 e 2005, o Estado de

São Paulo passou por um crescimento anual do produto interno bruto da ordem de 3% ao ano.

O Pólo de São José do Rio Preto, entretanto, apresentou uma tendência de crescimento muito

baixo, de apenas 0,2%, um dos piores resultados encontrado dentre os pólos selecionados para

o estudo, estando na frente apenas de Presidente Prudente e de São José dos Campos.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 2 - Taxas Anuais de Crescimento do Valor Adicionado, segundo Regiões Geográficas e Pólos Econômicos, Estado de

São Paulo, 2002-2005

3,8

2,0

(2,2)

5,4

5,6

3,8

4,2

0,2

0,5

1,2

3,0

(0,3)

(3,0) (2,0) (1,0) - 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

RM de São Paulo

RM da Baixada Santista

São José dos Campos

Sorocaba

RM de Campinas

Ribeirão Preto

Bauru

São José do Rio Preto

Araçatuba

Presidente Prudente

Demais municípios

Total

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Desagregando-se o valor adicionado por setores, nota-se que a maior queda foi sofrida

pela agroindústria, assim como grande parte dos pólos selecionados, tendo declinado a uma

taxa anual de 9,4%.

A indústria também apresentou queda no período, entretanto, bastante inferior àquela

observada na agroindústria, sendo de quase 1%.

O setor que mais cresceu foi a administração pública, com uma média anual de 2,4%. Em

seguida veio o setor de serviços com 1,2%. O Gráfico 3 traz essas informações.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 3 - Taxas Anuais de Crescimento do Valor AdicionadoPólo de São José do Rio Preto, 2002 - 2005

-9,4

-0,9

1,2

-0,1

2,4

0,2

-11,0

-9,0

-7,0

-5,0

-3,0

-1,0

1,0

3,0

Agroindústria Indústria Serviços Total

Setor Privado AdministraçãoPública

Total

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Observando-se agora a composição do valor adicionado do Pólo de São José do Rio

Preto por município, nota-se que a cidade de São José era responsável por quase 60% do VA

do pólo no ano de 2005, percentual bastante próximo daquele que representa a população da

cidade em relação ao Pólo (55%).

Em seguida, aparece a cidade de Mirassol que, detém 7,5% da população do pólo é

responsável por 6,6% do valor adicionado.

O gráfico 4 mostra os demais percentuais de participação do valor agregado e da

população por município.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 4 - Composição do Valor Adicionado e da população, segundo municípios

Pólo de São José do Rio Preto, 2005

- 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Adolfo

Bady Bassitt

Bálsamo

Cedral

Guapiaçu

Ibirá

Icém

Ipiguá

Jaci

José Bonifácio

Mendonça

Mirassol

Mirassolândia

Monte Aprazível

Neves Paulista

Nipoã

Nova Aliança

Nova Granada

Onda Verde

Orindiúva

Palestina

Paulo de Faria

Planalto

Poloni

Potirendaba

São José do Rio Preto

Tanabi

Ubarana

Uchôa

União Paulista

Zacarias

População

Valor adicionado

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões

Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas

Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Entrando agora nas questões relativas ao mercado de trabalho no Pólo de São José do

Rio Preto, os dados do Censo Demográfico 2000 ajudam a entender a dinâmica desse

mercado. A tabela 4 traz esses percentuais.

Um primeiro dado que chama atenção é a elevada participação da cidade de São José

tanto no que se refere à PIA quando ao que se refere à PEA, com uma participação de 55,6% e

56,5%, respectivamente. Essa elevada participação era de se esperar visto que este município

é o mais populoso do pólo e representa o pólo dinâmico da região.

Tabela 3

Pólo de São José do Rio Preto, 2000

PIA PEA Taxa de

Desemprego Pólo de São José do Rio Preto 100,0 100,0 12,2 Adolfo 0,6 0,6 11,5 Bady Bassitt 1,7 1,8 11,6 Bálsamo 1,1 1,2 11,9 Cedral 1,0 0,9 11,8 Guapiaçu 2,2 2,1 9,6 Ibirá 1,5 1,4 11,9 Icém 1,0 1,0 15,6 Ipiguá 0,5 0,5 10,1 Jaci 0,6 0,6 10,0 José Bonifácio 4,3 4,4 10,7 Mendonça 0,6 0,5 9,9 Mirassol 7,4 7,4 14,0 Mirassolândia 0,6 0,5 20,1 Monte Aprazível 2,9 2,8 11,0 Neves Paulista 1,4 1,4 10,1 Nipoã 0,5 0,5 6,8 Nova Aliança 0,8 0,7 8,3 Nova Granada 2,6 2,5 13,6 Onda Verde 0,5 0,5 20,4 Orindiúva 0,6 0,6 10,0 Palestina 1,4 1,3 9,8 Paulo de Faria 1,2 1,2 13,3 Planalto 0,5 0,5 13,5 Poloni 0,8 0,7 7,7 Potirendaba 2,1 2,2 7,6 São José do Rio Preto 55,6 56,5 12,7 Tanabi 3,5 3,3 10,8 Ubarana 0,6 0,6 11,5 Uchôa 1,4 1,3 10,5 União Paulista 0,2 0,2 1,6 Zacarias 0,3 0,2 14,1

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Participação dos municípios, segundo indicadores de mercado de trabalho e taxas de desemprego

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A participação dos demais municípios na composição da PIA e da PEA é bastante inferior

estando bem distribuída entre eles.

No que se refere à taxa de desemprego, nota-se que a região como um todo apresenta

uma média de desemprego de 12,2%, taxa bastante inferior àquela encontrada para a Região

Metropolitana de São Paulo (19,6%).

O município de São José do Rio Preto encontra-se acima da média do Pólo tendo uma

taxa de desemprego de 12,7%. A maior taxa de desemprego é encontrada no município de

Onda Verde, com 20,4% e a menor é encontrada na cidade de União Paulista com apenas

1,6% de desemprego.

Como a tabela acima mostra, as taxas de desemprego dos municípios do Pólo de São

José do Rio Preto não são tão elevadas quanto para outros municípios do Estado, com algumas

poucas exceções. Entretanto, é interessante notar a enorme diferença existente entre as taxas

de desemprego dos diversos municípios.

Ainda referente às taxas de desemprego, o gráfico abaixo traz a taxa de desemprego

segundo decis de renda domiciliar. Nota-se que, no geral, quanto mais baixo o decil ao qual a

pessoa pertence, maior é o percentual de desempregados.

Tabela 4Taxa de Desemprego segundo Municípios e Decis de Renda DomiciliarPólo de São José do Rio Preto, 2000

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º TotalPólo de São José do Rio Preto 32,1 20,5 15,3 11,7 11,1 9,7 8,5 7,0 5,6 4,2 12,2 Adolfo 27,1 27,0 4,1 3,2 8,4 13,1 5,7 7,0 6,4 - 11,5 Bady Bassitt 29,5 18,8 14,1 7,1 10,2 8,3 11,4 7,2 4,4 16,2 11,6 Bálsamo 28,7 15,8 16,8 11,4 10,3 10,1 4,6 5,5 - 14,3 11,9 Cedral 28,2 12,1 8,2 9,3 18,0 6,8 8,8 8,1 9,9 5,5 11,8 Guapiaçu 23,0 14,6 9,6 8,8 12,3 9,0 6,8 5,9 1,1 - 9,6 Ibirá 26,1 15,8 11,4 7,8 5,7 12,9 7,1 5,9 6,1 5,6 11,9 Icém 31,9 11,2 13,0 11,8 11,6 20,9 15,2 15,4 6,6 6,4 15,6 Ipiguá 21,6 15,5 11,9 7,8 16,3 - 10,9 - - 11,8 10,1 Jaci 31,1 25,5 7,4 7,4 4,0 6,0 7,1 4,2 - 11,1 10,0 José Bonifácio 32,0 16,4 11,2 10,4 8,6 10,0 3,0 4,3 1,5 0,6 10,7 Mendonça 19,4 14,8 4,2 3,3 8,6 6,1 - 14,6 10,0 19,1 9,9 Mirassol 37,4 21,0 18,9 13,7 12,1 11,8 9,1 5,2 9,5 3,6 14,0 Mirassolândia 27,0 24,1 21,2 11,5 30,7 9,3 10,2 9,9 - - 20,1 Monte Aprazível 32,8 20,6 7,9 9,7 7,1 4,7 0,8 7,9 - 2,3 11,0 Neves Paulista 27,2 18,0 8,4 8,4 7,1 5,2 6,4 8,3 2,3 10,1 10,1 Nipoã 12,0 7,9 9,4 2,8 3,7 15,4 - - 10,1 - 6,8 Nova Aliança 19,8 16,5 13,9 2,4 1,4 6,5 - 6,1 1,5 5,4 8,3 Nova Granada 22,9 21,5 17,6 7,5 7,5 12,4 9,3 14,8 - 6,0 13,6 Onda Verde 42,1 24,1 21,7 21,3 19,6 11,8 6,4 - 10,5 - 20,4 Orindiúva 19,2 17,7 21,6 6,3 5,3 1,7 4,6 7,3 - - 10,0 Palestina 18,3 11,2 8,1 7,2 5,7 4,5 6,7 5,5 10,4 5,6 9,8 Paulo de Faria 28,5 14,7 6,2 9,1 9,3 7,7 2,3 - 6,7 2,5 13,3 Planalto 28,7 5,9 16,2 3,6 7,6 5,0 11,5 - 7,3 - 13,5 Poloni 20,0 7,7 7,1 12,9 2,0 1,3 6,2 - 5,4 4,8 7,7 Potirendaba 14,8 13,0 14,4 9,2 4,2 3,3 3,4 4,4 4,1 2,8 7,6 São José do Rio Preto 40,7 25,4 17,9 13,9 12,5 10,5 9,8 7,6 6,0 4,3 12,7 Tanabi 17,7 20,8 15,4 10,5 9,3 5,0 3,9 5,2 1,3 1,8 10,8 Ubarana 22,6 20,8 9,0 5,3 6,4 4,4 - 3,9 9,5 - 11,5 Uchôa 29,6 6,8 11,4 6,9 6,2 4,4 10,3 2,8 5,6 8,2 10,5 União Paulista - 6,7 - - - - - - - - 1,6 Zacarias 18,8 15,9 13,5 8,5 18,3 15,3 16,3 - - - 14,1

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Observando-se agora o grau de formalização, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta

uma taxa de 58,1%, portanto, mais da metade dos ocupados contribuem para a previdência.

Essa taxa varia para cada município e para cada decil de renda. Nota-se que quanto mais

elevado o decil de renda, maior a taxa de formalização.

A cidade de Jaci é a que apresenta melhor taxa de formalização sendo esta próxima a

68%. Já o município de Poloni apresenta uma taxa de formalização de apenas 43,6% sendo a

menor do pólo.

O município de São José do Rio Preto, por sua vez, registra uma taxa de formalização

acima daquela registrada para o pólo, 61%.

Tabela 5Taxa de Formalização segundo Municípios e Intervalos decílicos de Renda DomiciliarPólo de São José do Rio Preto, 2000

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º TotalPólo de São José do Rio Preto 36,5 49,4 50,2 54,9 56,1 57,1 61,2 64,7 69,2 74,3 58,1 Adolfo 53,8 60,2 56,0 62,9 61,1 65,1 50,9 71,0 81,3 100,0 61,6 Bady Bassitt 32,4 48,6 48,0 61,1 55,3 55,9 54,7 56,0 62,7 67,1 54,8 Bálsamo 29,7 44,3 37,7 43,6 58,9 45,6 47,2 49,1 55,4 63,4 47,4 Cedral 27,3 51,3 60,6 60,7 48,4 55,6 59,0 71,0 79,6 60,4 57,2 Guapiaçu 39,7 64,9 55,7 64,0 67,7 66,2 69,2 72,0 67,6 85,1 64,9 Ibirá 64,5 50,4 60,4 60,5 62,6 62,3 63,7 81,3 79,3 78,9 63,1 Icém 47,2 55,5 49,2 67,6 60,1 78,6 79,0 88,8 54,8 74,7 62,0 Ipiguá 38,5 50,4 55,6 35,6 45,0 58,7 51,4 54,4 55,3 100,0 49,8 Jaci 74,0 86,5 62,6 67,5 78,9 54,5 75,5 63,7 59,5 30,8 68,0 José Bonifácio 35,6 50,4 42,3 57,9 46,2 52,6 53,4 55,6 66,2 68,0 52,0 Mendonça 26,3 25,1 31,6 31,0 49,6 38,6 52,6 40,9 46,5 87,7 38,5 Mirassol 36,4 56,4 58,5 63,2 56,1 63,9 70,3 71,1 71,3 67,2 62,4 Mirassolândia 23,6 52,8 39,6 44,9 57,4 61,5 59,3 59,3 35,1 - 46,4 Monte Aprazível 22,0 35,9 44,3 50,1 37,3 50,7 59,6 62,9 65,9 74,9 48,4 Neves Paulista 28,8 39,1 40,4 43,1 47,6 58,0 43,9 59,6 70,4 56,3 48,1 Nipoã 30,8 36,9 42,2 49,0 60,6 43,8 63,7 68,9 77,3 56,1 48,2 Nova Aliança 40,8 41,0 34,7 48,8 64,5 56,6 65,0 52,8 58,1 81,9 52,4 Nova Granada 44,7 54,6 61,1 47,7 67,3 70,7 60,6 65,1 76,0 73,3 60,1 Onda Verde 46,3 75,5 48,4 48,6 44,3 46,3 70,4 76,6 41,6 56,4 55,2 Orindiúva 32,1 64,8 61,5 52,7 53,3 59,8 73,1 65,9 57,1 48,6 59,4 Palestina 38,5 32,5 36,6 48,4 37,6 41,6 42,5 69,0 70,4 48,5 42,7 Paulo de Faria 36,5 39,8 58,8 51,0 50,3 53,3 72,3 37,6 65,6 84,8 49,5 Planalto 40,5 55,3 38,1 63,5 54,5 39,8 27,3 54,7 20,2 24,6 44,0 Poloni 29,7 43,6 29,0 29,2 56,1 39,6 80,8 56,3 54,2 76,6 43,6 Potirendaba 28,8 40,3 39,1 31,2 49,5 51,8 44,8 55,4 57,5 86,0 47,0 São José do Rio Preto 36,1 51,0 51,2 57,1 58,0 57,2 62,1 65,3 70,6 75,6 61,2 Tanabi 26,2 40,2 47,0 42,1 44,9 48,6 50,3 60,6 64,1 70,4 47,0 Ubarana 61,0 58,9 65,8 60,9 61,2 70,1 49,0 65,4 35,6 100,0 60,9 Uchôa 41,7 43,7 51,9 54,1 55,8 52,6 65,3 63,2 77,9 56,0 54,7 União Paulista 35,3 46,3 43,5 61,8 55,1 16,5 60,8 59,2 100,0 100,0 50,8 Zacarias 61,2 54,7 66,7 38,6 30,0 71,3 83,8 67,5 63,2 - 55,8

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Já quanto a taxa de assalariamento, isto é, o número de ocupados assalariados sobre o

total de ocupados, o pólo apresenta uma taxa de 61,9%, o que representa um percentual baixo

se comparado às demais regiões selecionadas. Novamente verificam-se taxas diferentes tanto

para cada município quanto por estrato de decil, mas não se verifica nenhuma tendência dentro

dos estratos.

O município de São José do Rio Preto apresenta uma taxa de assalariamento muito

próxima àquela verificada para o pólo.

Já a maior taxa de assalariamento é encontrada no município de Ubarana, com 79,8% e a

menor para Cedral com apenas 58,2%. Novamente pode-se notar como são diferentes os

municípios dentro de um mesmo pólo.

Tabela 6Taxa de Assalariamento segundo Municípios e Decis de Renda Domiciliar (1)Pólo de São José do Rio Preto, 2000

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º TotalPólo de São José do Rio Preto 56,4 65,9 60,8 66,2 66,0 63,5 66,0 64,0 58,8 48,0 61,9 Adolfo 76,4 69,0 77,9 76,6 76,8 73,1 41,5 82,9 49,3 56,1 71,1 Bady Bassitt 52,5 69,4 52,6 69,2 60,9 63,4 58,7 56,4 59,7 44,1 60,2 Bálsamo 56,5 71,0 59,5 63,2 69,4 53,9 67,7 55,4 53,3 37,3 61,2 Cedral 47,6 57,9 52,7 66,5 48,6 55,5 67,1 72,6 53,8 45,6 58,2 Guapiaçu 59,1 67,3 62,2 70,4 70,5 72,3 73,3 65,4 61,0 43,9 66,1 Ibirá 80,5 75,7 75,3 75,4 75,4 72,3 70,1 47,8 - 41,0 71,2 Icém 67,9 71,5 62,5 66,1 65,3 82,4 82,1 88,6 66,1 52,0 69,6 Ipiguá 67,2 70,3 55,5 48,9 62,5 78,1 63,9 52,9 54,0 84,8 61,6 Jaci 83,0 79,9 69,1 77,8 81,4 74,7 71,9 68,0 71,3 40,3 74,6 José Bonifácio 54,7 71,8 59,7 72,2 65,3 65,6 66,9 52,8 46,2 41,8 61,3 Mendonça 53,0 81,8 68,0 64,8 57,9 68,0 76,6 43,9 34,5 12,3 61,2 Mirassol 52,7 61,5 64,6 69,5 66,5 58,8 68,9 66,0 60,4 45,5 62,5 Mirassolândia 54,6 72,1 63,9 77,5 77,9 69,3 73,8 47,8 - - 67,7 Monte Aprazível 48,2 56,8 58,5 68,4 64,3 51,1 69,7 60,5 53,2 51,4 59,1 Neves Paulista 65,1 68,3 60,9 66,3 62,4 69,2 64,1 53,9 53,4 38,1 62,1 Nipoã 70,3 83,5 85,7 73,7 71,9 65,1 83,0 55,6 70,2 6,1 75,1 Nova Aliança 75,4 69,4 39,4 61,2 65,7 63,1 74,3 47,8 48,9 47,6 59,9 Nova Granada 55,9 65,0 67,7 69,4 72,5 69,1 69,7 53,0 54,0 49,5 64,9 Onda Verde 86,7 87,6 57,9 77,5 61,0 54,1 72,2 64,5 50,4 37,3 68,5 Orindiúva 46,6 70,6 69,8 75,8 58,3 63,5 76,5 80,3 38,9 33,7 66,1 Palestina 62,6 70,8 57,3 78,7 60,8 56,9 54,0 49,3 58,3 29,9 61,5 Paulo de Faria 61,9 75,0 65,3 71,5 62,2 61,2 77,4 51,6 62,8 34,0 65,1 Planalto 83,9 75,1 78,5 84,9 58,6 65,6 65,2 78,6 43,9 34,9 73,8 Poloni 59,1 73,0 57,6 62,3 67,3 55,3 67,1 45,3 33,9 47,1 57,9 Potirendaba 55,1 60,7 59,5 57,1 71,1 63,8 63,5 56,4 51,6 71,5 61,3 São José do Rio Preto 44,7 61,6 58,1 63,0 64,9 63,3 65,3 65,8 60,0 49,0 60,6 Tanabi 68,9 65,6 60,8 63,8 66,6 62,3 55,1 57,0 61,4 37,4 61,7 Ubarana 91,8 76,4 88,8 73,0 80,3 80,6 66,7 83,6 39,8 100,0 79,8 Uchôa 68,9 74,9 67,8 74,2 71,3 74,4 77,1 69,2 68,2 22,7 70,2 União Paulista 68,9 83,6 75,1 49,8 35,7 77,6 15,8 81,7 100,0 66,7 63,0 Zacarias 76,8 72,8 69,0 56,7 71,9 50,9 64,8 50,0 63,2 - 67,0

(1) Assalariados, exclusive o emprego doméstico, no total da população ocupada.

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Olhando-se agora a questão dos rendimentos, tem-se que o Pólo apresenta um

rendimento médio de apenas R$ 728,00, bastante inferior ao verificado para a Região

Metropolitana de São Paulo, por exemplo, que era de R$ 1.028,00.

O município de São José do Rio Preto é o que apresenta maior rendimento médio dentro

do pólo, sendo este de R$ 871,00, ainda assim bastante inferior que o rendimento médio da

Região Metropolitana de São Paulo.

O menor rendimento é encontrado nos município de Mirassolândia sendo de apenas R$

372,00. O gráfico 5 traz os rendimentos médios para os demais municípios.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 5 - Rendimento médio, Pólo de São José do Rio Preto, 2000

422

602

544

549

647

459

470

512

480

624

603

372

570

536

391

453

459

415

593

409

513

636

533

516

871

543

356

459

341

379

728

627

- 200 400 600 800 1.000

Adolfo

Bady Bassitt

Bálsamo

Cedral

Guapiaçu

Ibirá

Icém

Ipiguá

Jaci

José Bonifácio

Mendonça

Mirassol

Mirassolândia

Monte Aprazível

Neves Paulista

Nipoã

Nova Aliança

Nova Granada

Onda Verde

Orindiúva

Palestina

Paulo de Faria

Planalto

Poloni

Potirendaba

São José do Rio Preto

Tanabi

Ubarana

Uchôa

União Paulista

Zacarias

Pólo de São José do Rio Preto

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Ainda em relação aos rendimentos, torna-se interessante compará-los com o salário

médio. Rendimentos são entendidos aqui como o total da renda proveniente do trabalho de

todos os ocupados, já o salário é a renda advinda do emprego assalariado.

Tabela 7Indicadores de Rendimento Médio, Salário Médio, Massa Total de rendimentos e Massa Total de Salários (1)Pólo de São José do Rio Preto, 2000 - 2005

Rendimento Médio

Salário Médio

Salário Médio / Rendimento

Médio

Massa Total de

Rendimentos

Massa Total de Salários

Massa Total de Salários / Massa

Total de Rendimentos

Pólo de São José do Rio Preto 728 623 85,6 -1,3 205.395.008 64.879.739 31,6 4,5Adolfo 422 514 121,9 -3,5 660.008 199.058 30,2 8,9Bady Bassitt 602 518 86,1 -2,3 3.038.294 709.036 23,3 4,2Bálsamo 544 449 82,5 0,5 1.748.416 279.013 16,0 11,5Cedral 549 518 94,4 -1,4 1.407.087 404.194 28,7 5,6Guapiaçu 647 550 85,0 -1,6 4.001.048 1.501.135 37,5 3,6Ibirá 459 380 82,7 1,0 1.780.461 411.633 23,1 6,8Icém 470 626 133,2 -1,9 1.249.730 387.032 31,0 4,8Ipiguá 512 449 87,6 -0,1 722.944 283.110 39,2 5,6Jaci 480 464 96,7 0,2 877.920 512.245 58,3 9,6José Bonifácio 627 466 74,3 -1,6 7.765.395 1.827.374 23,5 6,7Mendonça 624 499 79,9 -0,3 896.688 126.201 14,1 14,4Mirassol 603 511 84,8 -1,5 12.446.523 4.357.016 35,0 -1,3Mirassolândia 372 468 125,8 -3,0 473.556 117.460 24,8 1,9Monte Aprazível 570 570 100,1 0,4 4.536.060 1.043.275 23,0 15,7Neves Paulista 536 496 92,6 -1,1 2.173.480 455.911 21,0 9,0Nipoã 391 371 95,0 3,0 586.500 155.978 26,6 5,0Nova Aliança 453 480 105,9 -1,1 956.283 251.341 26,3 4,7Nova Granada 459 496 108,0 -0,3 3.137.724 701.187 22,3 4,5Onda Verde 415 502 120,9 3,2 545.310 458.521 84,1 13,7Orindiúva 593 799 134,7 -0,6 1.051.389 366.595 34,9 36,2Palestina 409 450 110,0 -1,7 1.570.151 330.339 21,0 3,6Paulo de Faria 513 453 88,4 -1,2 1.759.590 310.482 17,6 9,1Planalto 636 425 66,9 -2,0 921.564 142.893 15,5 8,1Poloni 533 461 86,4 -0,6 1.111.305 139.604 12,6 8,1Potirendaba 516 451 87,5 0,2 3.250.800 527.779 16,2 7,0São José do Rio Preto 871 691 79,3 -1,4 138.868.756 46.871.117 33,8 3,6Tanabi 543 446 82,2 0,4 5.121.033 1.111.850 21,7 4,8Ubarana 356 428 120,3 1,1 592.740 240.276 40,5 3,2Uchôa 459 662 144,3 -10,4 1.669.383 498.107 29,8 5,6União Paulista 341 396 116,2 1,6 185.845 75.711 40,7 5,9Zacarias 379 338 89,3 4,9 259.615 84.265 32,5 20,0

Crescimento anual da Massa Real de Salários 2000-2005

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE e Relação Anual de Informações Sociais 2000 e 2005. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNI

(1) Os dados sobre rendimentos tem como fonte o Censo Demográfico e aqueles de salários a Relação Anual de Informações Sociais

Crescimento anual do Salário Médio Real 2000-

2005

2000 2000

Nota-se que, para o Pólo de São José do Rio Preto, o rendimento médio é superior ao

salário médio. Entretanto, olhando-se os municípios, nota-se que ora o rendimento médio é

superior e ora o salário médio é superior, variando bastante entre os municípios.

Percebe-se também que entre os anos 2000 e 2005 o salário médio sofreu uma queda de

1,3% ao ano. Poucos foram os municípios que tiveram ganhos reais ao longo do período. Onda

Verde, por exemplo, teve um ganho anual de 3,2% nos salários médios. Uchoa, entretanto, teve

uma perda de 1,4% ao ano.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Quando se compara a massa salarial, entretanto, nota-se que houve crescimento para

todos os municípios o que indica que, apesar da renda individual ter declinado, o emprego

cresceu. Apenas Mirassol é exceção nesse caso, tendo a massa de salário declinado 1,3% ao

ano.

Para finalizar, torna-se interessante observar o crescimento e a estrutura do emprego por

setor de atividade.

Nota-se que 55% da população do pólo está ocupada no setor de comércio ou de

serviços. Já a população ocupada na Indústria de Transformação é de 23%. Os demais setores

(Serviços de Utilidade Pública, Construção Civil, Administração Pública e Agropecuária e

Extração Vegetal) ocupam menos de um quarto da população. Interessante notar que em São

José do Rio Preto 42,3% da população encontra-se ocupada no setor de Serviços e quase 30%

no comércio, ou seja, quase três quartos da população estava empregada nesses dois setores.

Em relação ao crescimento anual do emprego nesses setores, o setor que apresentou

maior crescimento foi o de agropecuária (10,4%). Em seguida tem-se o setor de comércio

(7,9%) e o de serviços (5,6%). Os serviços industriais de utilidade pública e a construção civil

tiveram queda de 15% e 3,9%, respectivamente.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Tabela 10

Pólo de São José do Rio Preto, 2005

Indústria de Transformação

Servicos Ind. de Util. Pública

Construção Civil

Comércio ServiçosAdministração Pública

Agropecuária, Extração Vegetal

Total

Pólo de São José do Rio Preto 23,0 0,2 2,7 24,5 31,8 9,7 8,1 100,0 Adolfo - 0,3 - 3,2 4,9 25,8 65,9 100,0 Bady Bassitt 26,2 - 3,3 12,8 29,5 16,2 12,1 100,0 Bálsamo 37,5 - - 8,8 22,1 18,0 13,6 100,0 Cedral 18,3 - 0,5 31,4 18,6 18,0 13,2 100,0 Guapiaçu 55,9 - 0,5 7,6 9,0 9,9 17,0 100,0 Ibirá 25,0 0,8 0,2 17,2 12,3 25,3 19,3 100,0 Icém 16,6 1,0 8,9 13,4 13,5 32,8 13,8 100,0 Ipiguá 22,8 - - 7,6 1,3 21,7 46,6 100,0 Jaci 44,8 - 0,6 5,1 32,4 8,1 9,0 100,0 José Bonifácio 45,0 0,1 0,8 19,5 13,1 11,9 9,6 100,0

Mendonça 13,1 0,8 0,8 11,3 4,8 34,7 34,5 100,0 Mirassol 45,0 0,1 0,2 20,2 20,3 11,5 2,8 100,0 Mirassolândia 15,6 - - 9,3 4,0 43,6 27,4 100,0 Monte Aprazível 24,5 0,7 0,6 16,0 15,5 11,0 31,6 100,0 Neves Paulista 24,4 - 22,8 15,6 7,8 13,7 15,6 100,0 Nipoã 24,1 0,7 - 16,7 12,4 27,5 18,7 100,0 Nova Aliança 37,0 0,7 - 14,0 6,6 27,2 14,5 100,0 Nova Granada 7,5 1,4 0,9 14,7 21,5 24,5 29,5 100,0 Onda Verde 52,5 0,1 0,1 5,5 1,7 10,6 29,5 100,0 Orindiúva 16,4 0,1 0,0 1,3 1,4 8,4 72,3 100,0 Palestina 7,5 - 0,6 11,1 7,7 25,1 48,0 100,0 Paulo de Faria 2,1 1,3 - 4,8 13,1 33,1 45,5 100,0 Planalto 12,1 1,3 0,6 7,1 3,2 32,9 42,8 100,0 Poloni 22,8 1,1 - 13,4 13,2 26,2 23,2 100,0 Potirendaba 44,9 - 1,4 13,3 12,5 21,4 6,4 100,0 São José do Rio Preto 17,6 0,2 3,4 29,9 42,3 5,5 1,1 100,0 Tanabi 34,4 0,1 0,3 19,0 13,5 17,5 15,2 100,0 Ubarana 17,3 - - 5,1 5,1 40,4 31,9 100,0 Uchôa 10,9 - 1,0 52,8 8,3 19,9 7,1 100,0 União Paulista 1,3 1,3 19,1 7,7 3,4 50,2 17,0 100,0 Zacarias 11,9 - - 3,7 2,5 38,3 43,6 100,0

Pólo de São José do Rio Preto 5,1 (15,0) (3,9) 7,9 5,6 4,3 10,4 5,8 Adolfo - (7,8) - 4,1 4,0 3,6 21,7 13,3 Bady Bassitt 7,1 - 6,6 9,3 1,6 11,0 14,1 6,7 Bálsamo 12,7 - - 5,9 40,7 6,2 (1,6) 11,0 Cedral 15,6 - - 29,8 (6,0) 4,7 2,4 7,2 Guapiaçu 6,1 - - 12,0 4,4 (2,2) 7,0 5,3 Ibirá 15,1 (3,3) - 17,5 5,0 7,0 (6,5) 5,8 Icém 87,8 - - 7,2 1,5 3,0 10,6 9,2 Ipiguá 24,6 - - 30,0 (22,8) 11,4 (1,0) 5,6 Jaci 7,2 - - 42,5 13,0 6,3 2,6 9,4 José Bonifácio - - - 14,3 6,7 6,7 5,3 8,4 Mendonça 45,9 - 14,9 5,3 11,4 7,8 24,1 14,8 Mirassol (2,3) - - 7,4 (0,4) 1,3 2,1 0,2 Mirassolândia 25,6 - - 9,6 16,7 2,0 1,2 5,0 Monte Aprazível 12,7 (2,1) - 8,4 9,0 5,5 40,7 15,2 Neves Paulista 6,5 - - 28,7 6,6 14,1 (2,5) 10,2 Nipoã 2,5 - - 2,2 17,0 2,4 (5,0) 1,9 Nova Aliança 41,1 - (100,0) (11,3) 28,8 5,0 (4,8) 5,8 Nova Granada 4,1 3,5 26,2 (7,0) 2,7 5,1 18,8 4,8 Onda Verde 20,2 - - 21,5 20,1 7,8 (0,8) 10,1 Orindiúva 26,7 - - 22,9 14,9 6,5 54,6 37,1 Palestina 19,9 - - 13,2 2,0 6,6 5,4 5,4 Paulo de Faria - - - (0,7) 9,0 8,7 15,9 10,5 Planalto - 18,5 - 25,9 7,2 6,1 8,3 10,8 Poloni 30,3 4,6 - 7,1 20,5 (2,5) 10,1 8,8 Potirendaba 5,9 - - 18,9 6,5 2,5 6,5 6,7 São José do Rio Preto - (21,7) - 6,8 5,9 3,3 5,3 5,0 Tanabi 2,2 - 58,5 12,0 3,2 1,1 7,3 4,4 Ubarana 0,2 - - 21,7 (10,6) 7,8 0,6 2,9 Uchôa 1,3 - - 50,0 11,1 12,2 (1,1) 17,9 União Paulista - 24,6 - 55,2 14,9 2,0 (2,8) 4,2 Zacarias 10,6 - - 20,8 64,4 10,8 17,8 14,4

Estrutura de emprego, 2005

Estrutura e crescimento anual do número de trabalhadores do mercado de trabalho formal, segundo municípios e setores de atividade

Crescimento anual, 2000-2005

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais 2000 e 2005. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Capítulo 2 – Dinâmica Demográfica23

Introdução

A Região de Governo de São José do Rio Preto, localizada no Noroeste Paulista, abrange

trinta e um municípios (Anexo I), entre os quais se destaca a cidade de São José do Rio Preto

como núcleo polarizado das atividades regionais. O seu sistema rodoviário é composto pelas

rodovias Washington Luiz, Transbrasileira, Assis Chateaubriand, Décio Custódio da Silva,

Euclides da Cunha e Felício da Cunha.

Dos 31 municípios que compõem a Região de São José do Rio Preto, somente o

município-sede foi criado ainda no século XIX, e somente 3 não se desmembraram a partir de

alguma etapa dos desmembramentos ocorridos a partir do município de São José do Rio Preto.

Por sua vez, no contexto do processo emancipatório da década de 1990, a região registrou a

ocorrência de três desmembramentos municipais.

Originalmente, a Região teve sua base de desenvolvimento econômico voltada para a

expansão cafeeira e para as atividades pecuárias, enquanto a sua ocupação foi favorecida pelo

avanço da última ferrovia paulista – Estrada de Ferro Araraquarense. Com a cultura cafeeira, a

Região se incorporou à atividade econômica paulista e foram criadas as bases necessárias

para a sua posterior consolidação.

O ápice do crescimento regional concentra-se entre as décadas de 1920 e 1950, quando

22 dos 31 municípios que compõe a Região foram criados (Figura I).

Em 1940, a Região apresentava uma produção agrícola diversificada e uma população

superior a 300 mil habitantes, com 76% residindo nas áreas rurais. A partir dessa década

acelerou-se o processo de urbanização.

O impacto das transformações ocorridas na estrutura produtiva e no nível técnico da

agropecuária paulista, na década de 60, resultou em profundas alterações no quadro

demográfico regional: crescimento da população urbana e redução da população rural.

No período 1960/70, a Região caracterizou-se como uma área com intensa urbanização e

com deslocamentos populacionais no sentido campo-cidade. Nos anos 70, a Região passou a

fazer parte do corredor agrícola de São Paulo, onde estão concentradas as lavouras mais

2 Ficha Técnica: Coordenação: Profa. Dra. Rosana Baeninger, Coordenação Adjunta: Claudia Gomes de Siqueira; Auxiliares de Pesquisa: Juliana Arantes Dominguez, Kátia Isaías, Karina Silveira, Maria Ivonete Zorzetto Teixeira, Camila Matias, Natália Belmontti, Katiane Shishito, Flávia Cescon. 3 Este estudo consiste em versão atualizada e ampliada de Vidal (1993). Texto NEPO 24 (1993). Migração em São Paulo 3. Região de Governo de São José do Rio Preto.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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diversificadas e grande parte do rebanho bovino. A Região também se beneficiou com a

expansão dos complexos agroindustriais e a introdução de indústrias no interior paulista.

Figura I Desmembramentos de Municípios Região de Governo de São José do Rio Preto – 1894-2000

Em 1980, a Região de Governo de São José do Rio Preto apresentava uma população de

quase 310 mil habitantes residindo em áreas urbanas. Já em 1991, passou para próximo de

465 mil. O crescimento observado se reflete na dinamização de sua economia, na diversidade

de investimentos, empregos e no crescimento da sua população (Vidal, 1993).

Hoje, a sua economia é caracterizada pela agropecuária, uma indústria em expansão e

uma estrutura de comércio e serviços que atende Estados vizinhos.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Ao abordar a dinamização do interior paulista e particularmente a Região de Rio Preto, o

documento Caracterização Econômica (parte integrante da elaboração do Plano Diretor do

Município de Rio Preto)4, de 1991, destaca os seguintes aspectos:

• Elevada taxa de urbanização do Interior, representando um vigoroso mercado

consumidor, com disponibilidade de mão-de-obra, inclusive qualificada;

• Grande volume de investimentos públicos, especialmente em transporte rodoviário;

• Políticas de incentivos (créditos e fiscais etc.);

• Investimentos diretos do Governo Federal, possibilitando a consolidação de pólos

industriais.

Acrescente-se a esses aspectos o aparente dinamismo da agricultura de exportação

especificamente a produção agroindustrial que tem sua expansão associada ao mercado

externo (suco de laranja, farelos de soja, carne bovina, frango congelado, óleos vegetais, entre

outros) (Vidal, 1993).

Esse dinamismo econômico favoreceu sobremaneira a Região que, beneficiada pela sua

localização, tem sua área de influência ampliada, ultrapassando os limites do Estado e

abrangendo o Bolsão Matogrossense, o Triângulo Mineiro e a Região Sul do Estado de Goiás.

Notadamente, nas últimas décadas, a Região, tem se configurado como pólo de atração

populacional. Entretanto, o crescimento até a década de 70, concentrava-se em alguns

municípios, enquanto outros chegam a apresentar taxas de crescimento populacional negativas.

A partir dos anos 80, contudo, marca-se a retomada do crescimento dos pequenos municípios

da Região. Tanto que, nos ano 2000, todas as cidades da RG passam a registrar taxas

positivas de crescimento da população (Vidal, 1993).

Evolução da População

A área que corresponde à atual Região de Governo de São José do Rio Preto

desenvolveu-se, inicialmente, com a agricultura. A sua ocupação se deu mais tardiamente, com

o avanço da última ferrovia paulista – a Estrada de Ferro Araraquarense – que chegou ao

Município-sede em 1912.

A Região foi incorporada à atividade econômica paulista com a introdução e disseminação

da cultura cafeeira. Esta possibilitou a criação das bases necessárias para posterior

consolidação regional e surgimento de novos mercados (Vidal, 1993).

4 Apud Vidal, 1993.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Na década de 30, a Região já contava com condições infra-estruturais favoráveis para a

produção cafeeira e canais de comercialização. Esse período caracterizou-se pela introdução

de novas culturas agrícolas. Também a pecuária se desenvolveu e sua expansão foi favorecida

pela proximidade às áreas tipicamente criadoras dos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais e

Goiás. (Vidal, 1993).

Em 1940, tinha-se uma produção agrícola diversificada e uma população pouco superior a

300 mil habitantes, a maioria residindo em áreas rurais. Nesta época, o setor secundário não

era representativo. Porém, como parte de um contexto nacional mais amplo, desencadeou-se

um incipiente processo de urbanização na Região.

Os anos 60 abrangeram numerosas e significativas transformações econômicas e sociais

no País, que se reproduziram de forma generalizada por todo o Estado de São Paulo.

Mudanças qualitativas na estrutura produtiva e incorporação de tecnologias na produção

agrícola caracterizaram o período. Um dos impactos dessas mudanças foi o desencadeamento

de profundas alterações no quadro demográfico regional, com a intensificação dos

deslocamentos campo-cidade e expansão do processo de urbanização. (Vidal, 1993).

A partir dos anos 70, o interior do Estado de São Paulo passou a ser caracterizado por um

representativo crescimento urbano e industrial. Especificamente, este processo envolve a

progressiva modernização da estrutura produtiva paulista e transformações qualitativas no

cenário urbano e rural do interior. Particularmente para a Região de Governo de São José do

Rio Preto, o processo viabilizou a expansão dos complexos agroindustriais, implantação de

indústrias e crescimento da população urbana. (Vidal, 1993).

Em comparação com outras regiões do estado, a Região de Governo de São José do Rio

Preto foi ocupada tardiamente, em função da expansão da Estrada de Ferro Araraquarense. A

sua estrutura produtiva teve bases históricas na produção agrícola, especialmente a cafeeira.

O conjunto de informações dispostas nas tabelas 1 e 2 abrange a evolução da população

da RG e do Estado de São Paulo, em números absolutos e percentuais, no período 1940 a

2007, permitindo acompanhar a dinâmica demográfica da área.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Tabela 1: Evolução da População Total

Região de Governo de São José do Rio Preto e Estado de São Paulo

1940/2007

Taxas de crescimento (% a.a.) Ano

RG S. José do Rio Preto

Estado de São Paulo Dist. Relat. RG/ESP (%) RG S J Rio Preto Estado de S. Paulo

1940 300.772 7.180.316 4,19

-0,49 2,44

1950 286.335 9.134.423 3,13

0,97 3,46

1960 315.434 12.829.806 2,46

0,46 3,31

1970 330.187 17.771.948 1,86

1,95 3,49

1980 400.688 25.040.712 1,60

2,52 2,12

1991 526.629 31.436.273 1,68

2,33 1,82

2000 647.725 36.974.378 1,75

1,81 1,50

2007 734.166 41.029.414 1,79 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Até a década de 40, a Região de Governo de São José do Rio Preto sofreu de maneira

acentuada os efeitos do esvaziamento populacional, através do seu êxodo rural. Entre 1940 e

1950, a população da Região passou de 300.772 habitantes para 286.335, o que demonstra um

crescimento negativo em 0,49% a.a. Nesse mesmo período, o conjunto do Estado de São Paulo

registrava uma média de crescimento de 2,44% a.a. (Tabela 1).

A partir de 1950, no entanto, a Região começou a ensaiar um movimento de retomada em

seu ritmo de crescimento populacional, passando a registrar taxas de 0,97% a.a. entre 1950/60,

e 0,46% a.a. entre 1960/70. Taxas, contudo, bem abaixo da média estadual (3,46% a.a. e

3,31% a.a., respectivamente) (Tabela 1).

Nesse contexto, a distribuição relativa da população da RG no total do Estado configura-

se decrescente. De um montante de quase 4% da população estadual da década de 40, nos

anos 80, a RG passa a representar apenas 1,6% dos habitantes do Estado de São Paulo

(Tabela 1).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 2: Taxas de crescimento da População Total, Urbana e Rural

Região de Governo de São José do Rio Preto

1940/2007

Taxas de Crescimento (% a.a.) Período

Urbana Rural Total

1940/50 2,28 -1,53 -0,49

1950/60 4,93 -1,24 0,97

1960/70 3,54 -3,03 0,46

1970/80 4,15 -3,29 1,95

1980/91 3,73 -3,55 2,52

1991/2000 2,65 -0,29 2,33

2000/2007 2,25 -3,12 1,81 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Os anos 60, por sua vez, marcaram grandes alterações. A conjuntura nacional desse

período foi caracterizada por profundas transformações políticas, econômicas e sociais.

Particularmente, no Estado de São Paulo iniciou-se um processo de mudança na estrutura

produtiva do campo, com absorção de um nível técnico mais sofisticado. O reflexo dessas

mudanças no panorama demográfico do Interior foi a intensificação do fluxo populacional

campo-cidade (Vidal, 1993).

Ao longo dos anos 80, o grau de urbanização acentua-se ainda mais: de 77,2% em 1980,

para 87,9% em, 1991. Nesse ano, a RG de São José do Rio Preto contava com 526.629

habitantes, dos quais 462.962 moravam nas cidades e apenas 63.667 residiam no campo (vide

próxima seção).

O quadro se consolida no ano de 2000, quando o índice de urbanização atinge a casa dos

90%, alcançando o marco de 93,2% em 2007, ano em que somente 49.686 pessoas viviam no

campo, de um total populacional de 734.166 habitantes (vide próxima seção).

Entre 1991/2000, a taxa de crescimento da população rural já era negativa: -0,29% a.a.

No período 2000/2007, por sua vez, aumentou para -3,12% a.a. Em se tratando da evolução da

população urbana, o primeiro período apresentava uma taxa de crescimento de 2,65% a.a. Já o

segundo, diminuiu para 2,25% a.a. Comparando-se os dois intervalos, no entanto, observa-se

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

uma diminuição do crescimento populacional total: de 2,33% a.a. nos anos 90, para 1,81% a.a.

entre 2000/2007 (vide próxima seção).

As duas últimas décadas envolveram para o conjunto do interior do Estado e,

particularmente, para a RG de São José do Rio Preto mudanças significativas no perfil da sua

economia (Vidal, 1993). A expansão da produção agroindustrial associada ao mercado externo

favoreceu o aumento da oferta e a manutenção de empregos diretos e indiretos e uma

conjuntura econômica regional menos atingida pelas crises periódicas da economia nacional.

As novas demandas regionais incluíram a diversificação de atividades terciárias (consultorias

especializadas, jornais, TV, dinamização dos transportes, entre outros) e o fortalecimento de

núcleos urbanos. Assim, observa-se que enquanto a população urbana do Estado teve um

acréscimo nos períodos 1970/80 de 40,90% e 1980/91 de 25,10%, a população urbana da RG

de Rio Preto aumentou respectivamente, 71,45% e 50,08% (Vidal, 1993).

Os dados da tabela 13 e 14 mostram a evolução do comércio na Região Administrativa de

São José do Rio Preto entre 1991 e 2005. Observa-se que, tanto o número de

estabelecimentos, quanto o total de pessoal empregado, aumentou de um período para outro,

principalmente entre 1995 e 2005, quando o número de trabalhadores do setor terciário

praticamente dobrou: de 30.580 para 60.393 (Tabela 3), evidenciando uma taxa de crescimento

de 7,04% a.a. (Tabela 4).

Tabela 3: Número de Estabelecimentos do Comércio Varejista e Atacadista e Pessoal Ocupado Região Administrativa de São José Rio Preto 1991-2005

1991 1995 2005

Áreas Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Pessoal/ Estabelec.

Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Pessoal/ Estabelec.

Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Pessoal/ Estabelec.

RA S J Rio Preto 5.377 27.473 5,1 6.650 30.580 4,6 13.497 60.393 4,5 RG S J Rio Preto 2.832 15.311 5,4 3.650 17.623 4,8 7.257 33.800 4,7 RG Catanduva 1.018 5.290 5,2 1.187 5.611 4,7 2.520 12.691 5,0 RG Fernandópolis 418 2.241 5,4 461 1.976 4,3 964 3.998 4,1 RG Jales 519 2.069 4,0 656 2.787 4,2 1.336 4.616 3,5 RG Votuporanga 590 2.562 4,3 696 2.583 3,7 1.420 5.288 3,7 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Em se tratando do número de estabelecimentos, em 1995 somava-se 6.650 e, em 2005,

13.497 (Tabela 3), repercutindo numa taxa de crescimento de 7,34% a.a. no período em

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

questão (Tabela 4). Em respeito ao número de trabalhadores empregados por cada

estabelecimento, nota-se que, em todas as RGs, houve uma leve diminuição no número de

trabalhadores por estabelecimento comercial.

Tabela 4: Taxa de crescimento (% a.a.) de Estabelecimentos e Pessoal ocupado - Comércio Varejista e Atacadista

Região Administrativa de São José Rio Preto

1991-2005 1991-1995 1995-2005

Áreas Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Número estabelec.

Pessoal Ocupado

RA S J Rio Preto 5,46 2,71 7,34 7,04 RG S J Rio Preto 6,55 3,58 7,11 6,73 RG Catanduva 3,91 1,48 7,82 8,50 RG Fernandópolis 2,48 -3,10 7,66 7,30 RG Jales 6,03 7,73 7,37 5,18 RG Votuporanga 4,22 0,20 7,39 7,43 Fonte:Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Já as tabelas 5 e 6 representam a evolução da atividade industrial para o mesmo período.

Comparando-se com o setor de serviços (Tabelas 3 e 4), os números são bem menos

expressivos. Verifica-se que, em 1995, as RGs de São José do Rio Preto, Catanduva e Jales

apresentaram menos estabelecimentos vinculados à indústria de transformação que em 1991

(Tabela 5).

Tabela 5: Número de Estabelecimentos da Indústria de Transformação e Pessoal Ocupado

Região Administrativa de São José Rio Preto

1991-2005

1991 1995 2005

Áreas Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Pessoal/ Estabelec.

Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Pessoal/ Estabelec.

Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Pessoal/ Estabelec.

RA S J Rio Preto 2.496 35.903 14,4 2.470 42.475 17,2 3.614 60.555 16,8 RG S J Rio Preto 1.416 22.574 15,9 1.388 23.469 16,9 2.062 32.120 15,6 RG Catanduva 437 7.236 16,6 424 10.446 24,6 585 12.691 21,7 RG Fernandópolis 163 1.504 9,2 166 2.297 13,8 246 4.281 17,4 RG Jales 204 1.135 5,6 168 1.711 10,2 226 3.376 14,9 RG Votuporanga 276 3.454 12,5 324 4.552 14,0 495 8.087 16,3 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

No período 1991-1995, só a RG de Jales apresentou uma taxa de crescimento de

estabelecimentos do setor secundário de -4,74% a.a. (Tabela 6). Todavia, faz-se necessário

destacar o caso da RG de Votuporanga, em que o número de estabelecimentos passou de 276

em 1991, para 324 em 1995 (Tabela 5), evidenciando uma taxa de crescimento de 4,09% a.a.

(Tabela 6). Tal situação estabilizou-se no período 1995-2005, quando todas as RGs mostraram

um crescimento na casa dos 3 ou 4% a.a. no número de indústrias (Tabela 6). Em se tratando

do número de trabalhadores ocupados no setor secundário, observa-se um aumento em todos

os intervalos analisados na tabela, principalmente entre as RGs de Fernandópolis e Jales. No

tocante ao número de funcionários por cada estabelecimento industrial, por sua vez, observa-se

um aumento da relação em todas as RGs (Tabela 5).

Tabela 6: Taxa de crescimento (% a.a.) de Estabelecimentos e Pessoal ocupado - Indústria de Transformação

Região Administrativa de São José Rio Preto

1991-2005 1991-1995 1995-2005

Áreas Número estabelec.

Pessoal Ocupado

Número estabelec.

Pessoal Ocupado

RA S J Rio Preto -0,26 4,29 3,88 3,61

RG S J Rio Preto -0,50 0,98 4,04 3,19

RG Catanduva -0,75 9,61 3,27 1,97

RG Fernandópolis 0,46 11,17 4,01 6,42

RG Jales -4,74 10,81 3,01 7,03

RG Votuporanga 4,09 7,14 4,33 5,92 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Quanto às atividades ligadas ao setor primário, deve-se destacar o cultivo da cana-de-

açúcar, produto de grande importância no contexto econômico local, uma vez que constitui

matéria-prima para as usinas de álcool localizadas principalmente na RG de Rio Preto. Apesar

de – no período 1995-2000 – a produção de álcool ter diminuído cerca de 210 mil litros na RA

de São José do Rio Preto (taxa de crescimento de -4,7% a.a.), em se tratando da RG de Rio

Preto, a produção aumentou em 15,5 % a.a. nesse período. A taxa de crescimento negativo

para a RA se deve, em grande medida, à diminuição da produção da RG de Catanduva e o

fraco desempenho da RG de Fernandópolis (Tabela 7).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Tabela 7: Produção de Álcool por tipo (em 1000 litros) e Tx crescimento (% a.a.)

Região Administrativa de São José Rio Preto e Regiões de Governo

1995-2000

Produção de álcool (em 1000 litros) Tx crescimento

(% a.a.) Áreas

1995 2000 1995-2000

RA S J Rio Preto

Anidro 453.710 400.722 -2,5

Hidratado 552.970 389.734 -6,8

Total 1.006.680 790.456 -4,7

RG S J Rio Preto

Anidro 35.155 185.854 39,5

Hidratado 123.091 140.094 2,6

Total 158.246 325.948 15,5

RG Catanduva

Anidro 408.447 175.441 -15,6

Hidratado 400.635 246.040 -9,3

Total 809.082 421.481 -12,2

RG Fernandópolis

Anidro 10.108 39.427 31,3

Hidratado 29.244 3.600 -34,2

Total 39.352 43.027 1,8

Fonte: Fundação SEADE. Anuário Estatístico do Estado de São Paulo, 1995 e 2000, disponível em: www.seade.gov.br (acessado: 03/08/2008). Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tendência do crescimento da população

No decorrer das últimas décadas, a Região de Governo de São José do Rio Preto vem

apresentando maior peso populacional em relação a sua Região Administrativa. Em

contrapartida, no tocante ao total populacional do interior do Estado, sua participação tem se

mostrado relativamente estável, uma vez que a RA de São José do Rio preto vem respondendo

por uma população cada vez menor nesse âmbito (Tabela 8).

Em 1991, a Região contava com 526.629 habitantes, o que significava 46,76% da

população de sua RA, e 3,28% do total populacional do interior do Estado. Em 2007, por sua

vez, a RG passa a abrigar 734.166 pessoas, respondendo por mais de 50% da população da

RA e cerca de 3,4% dos habitantes do interior (Tabela 8).

Apesar da RG de São José do Rio Preto ter se caracterizado como área de emigração até

a década de 60, os anos 70 indicaram sinais de reversão dessa situação. A partir de 1970, as

taxas de crescimento da Região aumentaram significativamente: de 0,38% a.a., entre 1960/70,

para 1,91%a.a. entre 1970/80, e 2,33% a.a. entre 1991/2000. Os anos 2000, no entanto,

assistiram uma desaceleração do crescimento da população, registrando uma taxa de 1,81%

a.a., entre 2000/2007 (Tabela 8).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 8: Evolução da População, segundo Regiões de Governo Região Administrativa de São José do Rio Preto 1960-2007

1960 1970 1980 1991 2000 2007 1960 1970 1980 1991 2000 2007 1960 1970 1980 1991 2000 2007 60/70 70/80 80/91 91/2000 2000/2007

RG Catanduva 162.986 159.483 189.591 221.314 248.285 268.017 19,23 18,21 20,01 19,65 19,13 18,77 1,99 1,65 1,53 1,38 1,30 1,25 -0,22 1,74 1,42 1,29 1,10

RG Fernandópolis 89.987 98.783 95.424 99.794 104.798 111.131 10,62 11,28 10,07 8,86 8,08 7,78 1,10 1,02 0,77 0,62 0,55 0,52 0,94 -0,35 0,41 0,55 0,84

RG Jales 156.735 152.907 131.896 135.849 142.114 148.336 18,49 17,46 13,92 12,06 10,95 10,39 1,92 1,59 1,06 0,85 0,74 0,69 -0,25 -1,47 0,27 0,50 0,61

RG S J Rio Preto 319.424 331.746 400.688 526.629 647.725 734.166 37,68 37,89 42,29 46,76 49,91 51,42 3,90 3,44 3,23 3,28 3,39 3,42 0,38 1,91 2,52 2,33 1,81

RG Votuporanga 118.600 132.677 129.817 142.744 154.877 166.149 13,99 15,15 13,70 12,67 11,93 11,64 1,45 1,38 1,05 0,89 0,81 0,77 1,13 -0,22 0,87 0,91 1,01

RA S J Rio Preto 847.732 875.596 947.416 1.126.330 1.297.799 1.427.799 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 10,36 9,08 7,64 7,01 6,79 6,66 0,32 0,79 1,58 1,59 1,37

Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1960 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007

Taxas Anuais de crescimento populacional (% a.a.)Regiões de Governo

Participação Relativa no Total Populacional do Interior (%)Distribuição Relativa no Total da RA (%)População Total

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

De fato, os anos 70 e 80 configuraram uma retomada do crescimento da população que

se deve, em grande medida, ao aumento do saldo migratório, o qual passou de 15.234

pessoas, entre 1970/80; para 53.113, nos anos 80; e 73.693, na década de 90. A

desaceleração do crescimento, observado nos anos 2000, também se deve à queda do saldo

migratório que, entre 2000/2007, contou com pouco mais de 56.500 pessoas (vide próxima

seção).

Dentre os municípios, São José do Rio Preto, Mirassol e José Bonifácio são os de maior

importância populacional com 411.775, 54.885 e 32.300 habitantes, respectivamente. Juntos,

os três centros correspondem a quase 68% de toda a população da RG (Tabela 9).

Notadamente, o aumento populacional observado na Região ao longo da década de 80 e

90, contribuiu com o crescimento urbano dos municípios. Em 1970 apenas sete municípios da

área apresentavam mais de 50% de sua população vivendo em zonas urbanas. Em 1991,

somente Mirassolândia não chegava a esse grau de urbanização. Já no ano de 2000, todos os

municípios da região apresentavam grau de urbanização superior a 50%, sendo que na maioria

deles constava-se mais de 80% da população vivendo em perímetro urbano. Em 2007, a RG de

São José do Rio Preto atingiu o marco de 93,2% de índice de urbanização (Tabela 9).

Nesse contexto, as taxas de crescimento da população rural apresentam-se negativas

para todos os períodos analisados: -3,16% a.a. entre 1970/80; -3,23% a.a. entre 1980/91; -

0,29% a.a. entre 1991/2000, e -3,12% a.a. entre 2000/2007. Faz-se interessante observar que,

nesse último intervalo, todos os municípios perdem população no campo a taxas superiores a

3% a.a. (Tabela 10).

Por outro lado, os índices de crescimento da população urbana dos municípios vêm se

apresentando positivas. A despeito de nos anos 70 a maioria das cidades de pequeno porte

perder população, o crescimento urbano tem se mostrado positivo em todos os municípios,

desde 1970 (exceção de Planalto que, entre 1991/2000, registrou uma taxa negativa de

crescimento da população urbana de 2,4% a.a.) (Tabela 10).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 9: Evolução da População Urbana, Rural e Total segundo Municípios Região de Governo de São José Rio Preto – 1970/2007

População Total População Urbana População Rural Grau de Urbanização Municípios 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007

Adolfo 3.969 3.615 3.275 3.680 3.979 1.126 1.757 2.430 3.068 3.488 2.843 1.858 845 612 491 28,4 48,6 74,2 83,4 87,7

Bady Bassit 2.684 2.806 5.659 11.475 16.965 485 1.063 3.893 10.207 15.949 2.199 1.743 1.766 1.268 1.016 18,1 37,9 68,8 88,9 94,0

Bálsamo 5.746 5.696 6.734 7.334 7.871 2.753 3.741 5.442 6.333 7.069 2.993 1.955 1.292 1.001 802 47,9 65,7 80,8 86,4 89,8

Cedral 6.530 6.203 5.707 6.690 7.398 1.830 2.372 3.511 4.973 6.023 4.700 3.831 2.196 1.717 1.375 28,0 38,2 61,5 74,3 81,4

Guapiaçu 5.193 6.711 10.572 14.049 16.479 1.519 3.386 7.985 11.851 14.719 3.674 3.325 2.587 2.198 1.760 29,3 50,5 75,5 84,4 89,3

Ibirá 7.286 8.252 8.722 9.440 10.090 3.906 5.504 6.941 8.297 9.174 3.380 2.748 1.781 1.143 916 53,6 66,7 79,6 87,9 90,9

Icém 5.981 5.174 6.100 6.766 7.292 4.121 4.446 5.348 5.742 6.472 1.860 728 752 1.024 820 68,9 85,9 87,7 84,9 88,8

Ipiguá * * * 3.461 4.494 * * * 1.936 3.273 * * * 1.525 1.221 * * * 55,9 72,8

Jaci 3.494 3.810 3.248 4.108 4.832 618 1.213 1.803 2.967 3.918 2.876 2.597 1.445 1.141 914 17,7 31,8 55,5 72,2 81,1

José Bonifácio 20.738 22.916 26.407 28.662 32.300 8.255 14.232 20.885 24.974 29.346 12.483 8.684 5.522 3.688 2.954 39,8 62,1 79,1 87,1 90,9

Mendonça 3.594 4.011 3.483 3.756 3.929 716 1.285 1.878 2.762 3.133 2.878 2.726 1.605 994 796 19,9 32,0 53,9 73,5 79,7

Mirassol 20.579 28.167 39.085 48.233 54.885 16.678 25.239 36.430 46.484 53.484 3.901 2.928 2.655 1.749 1.401 81,0 89,6 93,2 96,4 97,4

Mirassolândia 2.966 2.695 3.015 3.734 4.271 485 739 1.290 3.118 3.777 2.481 1.956 1.725 616 494 16,4 27,4 42,8 83,5 88,4

Monte Aprazível 14.964 16.424 17.496 18.404 19.255 8458 10.481 13.901 15.929 17.272 6.506 5.943 3.595 2.475 1.983 56,5 63,8 79,5 86,6 89,7

Neves Paulista 8.199 7.804 8.311 8.901 9.343 3.960 4.381 6.422 7.739 8.412 4.239 3.423 1.889 1.162 931 48,3 56,1 77,3 86,9 90,0

Nipoã 3.058 2.722 2.784 3.262 3.552 1.020 1.534 2.079 2.801 3.183 2.038 1.188 705 461 369 33,4 56,4 74,7 85,9 89,6

Nova Aliança 4.577 4.279 4.199 4.762 5.073 1.509 1.850 2.646 3.614 4.153 3.068 2.429 1.553 1.148 920 33,0 43,2 63,0 75,9 81,9

Nova Granada 12.032 11.396 14.815 16.998 18.368 6.012 8.531 12.463 15.020 16.783 6.020 2.865 2.352 1.978 1.585 50,0 74,9 84,1 88,4 91,4

Onda Verde 2.180 2.011 2.818 3.407 3.864 689 820 1.771 2.315 2.989 1.491 1.191 1.047 1.092 875 31,6 40,8 62,8 67,9 77,4

Orindiúva 2.448 2.106 3.007 4.149 5.010 717 1.165 2.355 3.672 4.628 1.731 941 652 477 382 29,3 55,3 78,3 88,5 92,4

Palestina 12.129 9.024 8.981 9.099 9.138 4.419 5.162 6.002 7.227 7.638 7.710 3.862 2.979 1.872 1.500 36,4 57,2 66,8 79,4 83,6

Paulo de Faria 9.463 6.617 8.277 8.470 8.785 4903 4.941 6.798 7.441 7.961 4.560 1.676 1.479 1.029 824 51,8 74,7 82,1 87,9 90,6

Planalto 7.250 6.051 5.467 3.668 3.908 1774 2.812 3.519 2.827 3.234 5.476 3.239 1.948 841 674 24,5 46,5 64,4 77,1 82,8

Poloni 5.105 4.779 4.503 4.771 4.965 2.906 3.137 3.608 4.261 4.557 2.199 1.642 895 510 408 56,9 65,6 80,1 89,3 91,8

Potirendaba 9.880 10.698 11.189 13.631 15.158 3.893 5.585 8.011 11.663 13.582 5.987 5.113 3.178 1.968 1.576 39,4 52,2 71,6 85,6 89,6

SJR Preto 122.134 187.403 281.663 357.705 411.175 109807 177.882 273.338 336.519 394.206 12.327 9.521 8.325 21.186 16.969 89,9 94,9 97,0 94,1 95,9

Tanabi 20.437 20.275 21.500 22.577 23.565 9343 11.436 15.171 17.981 19.883 11.094 8.839 6.329 4.596 3.682 45,7 56,4 70,6 79,6 84,4

Ubarana * * * 4.204 5.283 * * * 3.797 4.957 * * * 407 326 * * * 90,3 93,8

Uchôa 7.403 7.806 8.287 9.028 9.568 3531 4.273 6.203 7.876 8.645 3.872 3.533 2.084 1.152 923 47,7 54,7 74,9 87,2 90,4

União Paulista 1.727 1.237 1.325 1.354 1.401 300 351 839 973 1.095 1.427 886 486 381 306 17,4 28,4 63,3 71,9 78,2

Zacarias * * * 1.947 1.970 * * * 1.332 1.477 * * * 615 493 * * * 68,4 75,0

RG S J RIO PRETO 331.746 400.688 526.629 647.725 734.166 205.733 309.318 462.962 585.699 684.480 126.013 91.370 63.667 62.026 49.686 62,0 77,2 87,9 90,4 93,2 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. (*) Dados não disponíveis - municípios criados na década de 1990. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Na década de 70, grande parte do contingente que saía do campo procurava os centros de

São José do Rio Preto e Mirassol, municípios estes de maior taxa de crescimento total (4,37% a.a.

e 3,19% a.a., respectivamente). Tal fato faz com que a maioria dos municípios da RG tenha

crescimento pífio ou até mesmo negativo (Tabela 10).

No entanto, os anos 80 marcaram certa despolarização dos fluxos migratórios. Nesse

período, muitos municípios pequenos retomaram seu crescimento ou diminuíram sua perda

populacional. Vale ressaltar o crescimento de Bady Bassit (6,58% a.a.), Guapiaçu (4,22% a.a.),

São José do Rio Preto (3,77% a.a.), Orindiúva (3,29% a.a.) e Mirassol (3,02% a.a.) (Tabela 10).

A partir dos anos 90, por sua vez, todos os municípios da Região passam a apresentar taxas

de crescimento positivas. Exceção feita a Paulo de Faria, que, no período 1991/2000, mostrou uma

taxa negativa (-4,34% a.a.), retomando seu crescimento no período seguinte (0,91% a.a. entre

2000/2007) (Tabela 10). Nos anos 2000, as taxas de crescimento continuam positivas para todos

os municípios, mas de modo menos discrepante entre eles (Tabela 10).

Em se tratando do tamanho dos municípios, destacam-se os de pequeno porte: 21 das 31

cidades que compõem a RG de São José do Rio Preto não alcançam a casa dos 10 mil habitantes.

Na classe de 20-50 mil pessoas, enquadram mais sete municípios. Entre 50-100 mil, encontra-se

apenas Mirassol; e, somente São José do Rio Preto apresenta população superior a 100 mil

habitantes.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 10: Taxa de Crescimento Populacional (% a.a.) e Distribuição Relativa da População (%) Região de Governo de São José Rio Preto 1970/2007

Taxa de Crescimento (% a a) 1970/80 1980/91 1991/2000 2000/2007

Distribuição Relativa na População Total Municípios

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural 1970 1980 1991 2000 2007 Adolfo -0,93 4,55 -4,16 -0,89 2,99 -6,91 1,30 2,62 -3,52 1,12 1,85 -3,10 1,20 0,90 0,62 0,57 0,54 Bady Bassit 0,45 8,16 -2,30 6,58 12,53 0,12 8,17 11,30 -3,61 5,74 6,58 -3,12 0,81 0,70 1,07 1,77 2,31 Bálsamo -0,09 3,11 -4,17 1,53 3,47 -3,70 0,95 1,70 -2,80 1,01 1,58 -3,12 1,73 1,42 1,28 1,13 1,07 Cedral -0,51 2,63 -2,02 -0,75 3,63 -4,93 1,78 3,94 -2,70 1,45 2,77 -3,12 1,97 1,55 1,08 1,03 1,01 Guapiaçu 2,60 8,35 -0,99 4,22 8,11 -2,26 3,21 4,48 -1,79 2,31 3,14 -3,12 1,57 1,67 2,01 2,17 2,24 Ibirá 1,25 3,49 -2,05 0,50 2,13 -3,87 0,88 2,00 -4,81 0,96 1,45 -3,11 2,20 2,06 1,66 1,46 1,37 Icém -1,44 0,76 -8,95 1,51 1,69 0,30 1,16 0,79 3,49 1,08 1,72 -3,12 1,80 1,29 1,16 1,04 0,99 Ipiguá * * * * * * * * * 3,80 7,79 -3,13 * * * 0,53 0,61 Jaci 0,87 6,98 -1,02 -1,44 3,67 -5,19 2,64 5,69 -2,59 2,35 4,05 -3,12 1,05 0,95 0,62 0,63 0,66 José Bonifácio 1,00 5,60 -3,56 1,30 3,55 -4,03 0,91 2,01 -4,39 1,72 2,33 -3,12 6,25 5,72 5,01 4,43 4,40 Mendonça 1,10 6,02 -0,54 -1,27 3,51 -4,70 0,84 4,38 -5,18 0,65 1,82 -3,12 1,08 1,00 0,66 0,58 0,54 Mirassol 3,19 4,23 -2,83 3,02 3,39 -0,89 2,36 2,74 -4,53 1,86 2,02 -3,12 6,20 7,03 7,42 7,45 7,48 Mirassolândia -0,95 4,30 -2,35 1,03 5,19 -1,14 2,40 10,30 -10,81 1,94 2,78 -3,10 0,89 0,67 0,57 0,58 0,58 Monte Aprazível 0,94 2,17 -0,90 0,58 2,60 -4,47 0,56 1,52 -4,06 0,65 1,16 -3,12 4,51 4,10 3,32 2,84 2,62 Neves Paulista -0,49 1,02 -2,12 0,57 3,54 -5,26 0,76 2,09 -5,26 0,69 1,20 -3,12 2,47 1,95 1,58 1,37 1,27 Nipoã -1,16 4,17 -5,25 0,20 2,80 -4,63 1,78 3,37 -4,61 1,22 1,84 -3,13 0,92 0,68 0,53 0,50 0,48 Nova Aliança -0,67 2,06 -2,31 -0,17 3,31 -3,98 1,41 3,52 -3,30 0,91 2,01 -3,11 1,38 1,07 0,80 0,74 0,69 Nova Granada -0,54 3,56 -7,16 2,41 3,51 -1,78 1,54 2,10 -1,91 1,11 1,60 -3,11 3,63 2,84 2,81 2,62 2,50 Onda Verde -0,80 1,76 -2,22 3,11 7,25 -1,16 2,13 3,02 0,47 1,81 3,72 -3,12 0,66 0,50 0,54 0,53 0,53 Orindiúva -1,49 4,97 -5,91 3,29 6,61 -3,28 3,64 5,06 -3,41 2,73 3,36 -3,12 0,74 0,53 0,57 0,64 0,68 Palestina -2,91 1,57 -6,68 -0,04 1,38 -2,33 0,15 2,09 -5,03 0,06 0,79 -3,12 3,66 2,25 1,71 1,40 1,24 Paulo de Faria -3,51 0,08 -9,52 2,06 2,94 -1,13 0,26 1,01 -3,95 0,52 0,97 -3,12 2,85 1,65 1,57 1,31 1,20 Planalto -1,79 4,71 -5,12 -0,92 2,06 -4,52 -4,34 -2,40 -8,91 0,91 1,94 -3,11 2,19 1,51 1,04 0,57 0,53 Poloni -0,66 0,77 -2,88 -0,54 1,28 -5,37 0,64 1,87 -6,06 0,57 0,96 -3,14 1,54 1,19 0,86 0,74 0,68 Potirendaba 0,80 3,67 -1,57 0,41 3,33 -4,23 2,22 4,26 -5,19 1,53 2,20 -3,12 2,98 2,67 2,12 2,10 2,06 SJR Preto 4,37 4,94 -2,55 3,77 3,98 -1,21 2,69 2,34 10,94 2,01 2,29 -3,12 36,82 46,77 53,48 55,22 56,01 Tanabi -0,08 2,04 -2,25 0,53 2,60 -2,99 0,54 1,91 -3,49 0,61 1,45 -3,12 6,16 5,06 4,08 3,49 3,21 Ubarana * * * * * * * * * 3,32 3,88 -3,12 * * * 0,65 0,72 Uchôa 0,53 1,93 -0,91 0,55 3,45 -4,69 0,96 2,69 -6,37 0,83 1,34 -3,12 2,23 1,95 1,57 1,39 1,30 União Paulista -3,28 1,58 -4,65 0,63 8,24 -5,31 0,24 1,66 -2,67 0,49 1,70 -3,08 0,52 0,31 0,25 0,21 0,19 Zacarias * * * * * * * * * 0,17 1,49 -3,11 * * * 0,30 0,27 RG S J RIO PRETO 1,91 4,16 -3,16 2,52 3,73 -3,23 2,33 2,65 -0,29 1,81 2,25 -3,12 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.(*) Dados não disponíveis – municípios criados na década de 1990.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tomando o processo emancipatório da década de 1990, podemos avaliar em que medida os

desmembramentos municipais recentes impactou o crescimento populacional dos municípios da

Região de Governo de São José do Rio Preto e, conseqüentemente, alterou a hierarquia de

municípios da região.

Quadro 1: População Total, Taxas de Crescimento e Distribuição Relativa Municípios desmembrados

Região de Governo de São José do Rio Preto

1991-2000 Taxa de Crescimento (% a.a.) 1991-

2000 Municípios

População Total (1991)

População Total (2000)

Distribuição Relativa (2000) Com

Desmembramento Sem

Desmembramento

São José Rio Preto 281.663 357.705 55,22 2,69 2,80

Ipiguá (*) - 3.461 0,53 - -

José Bonifácio 26.407 28.662 4,43 0,91 2,46

Ubarana (**) - 4.204 0,65 - -

Planalto 5.467 3.668 0,57 -4,34 0,30

Zacarias (**) - 1.947 0,30 - -

RG SÃO JOSÉ RIO PRETO 526.629 647.725 100,00 2,33 2,33

Fonte: Fundação SEADE. Censo demográfico de 1991 e 2000 (IBGE). Nota: (*) Município criado pela Lei 8550, de 30-12-1993; (**) Municípios criados pela Lei 7664, de 30-12-1991 apud Siqueira (2003).

A partir desses dados, observam-se três tipos de ocorrência de desmembramento municipal

na Região de São José do Rio Preto, no período recente: o primeiro, formado pelo município de

Rio Preto, de porte populacional entre 100 mil e 500 mil habitantes, em 1991, originou um

município – Ipiguá – com população inferior a 5 mil habitantes.

O segundo tipo é formado pelo município de José Bonifácio, de porte populacional entre 20

mil e 50 mil habitantes, a partir do qual foi desmembrado o município de Ubarana, com 4.204

habitantes. Por fim, o terceiro tipo é constituído pelo município de Planalto (com menos de 10 mil

habitantes, em 1991), a partir do qual surgiu o micro-município de Zacarias (com menos de 5 mil

habitantes).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Considerando as taxas de crescimento populacional dos municípios originários nas duas

situações destacadas (com e sem desmembramento), verifica-se que se não tivesse ocorrido o

desmembramento municipal recente, ao invés de uma taxa de crescimento de 2,69%a.a., entre

1991 e 2000, São José do Rio Preto apresentaria uma taxa de 2,80%a.a.

Por sua vez, sem o desmembramento municipal, José Bonifácio, ao invés de crescer a uma

taxa de 0,91%a.a., cresceria a 2,46%a.a., e o município de Planalto passaria de uma taxa negativa

de 4,34%a.a. para uma taxa positiva 0,30%a.a., no período de 1991 a 2000.

Com isso, observa-se que o impacto do desmembramento municipal na taxa de crescimento

populacional foi maior naquela situação em que um município pequeno gerou um micro-município.

Por sua vez, os componentes do crescimento populacional podem fornecer uma outra

dimensão desse impacto na taxa de crescimento populacional nos municípios envolvidos nos

desmembramentos municipais recentes.

Assim, tomando os dados da tabela 11, da seção seguinte, destaca-se que o crescimento

vegetativo, entre 1991 e 2000, de José Bonifácio (3.311 pessoas) e Planalto (381 pessoas) é

inferior à população dos municípios a que deram origem. Considerando, por sua vez, os

respectivos saldos migratórios, observa-se que grande parte da perda populacional sofrida pelos

dois municípios – José Bonifácio “perdeu” 1.056 pessoas e Planalto, 2.180 pessoas – deveu-se ao

desmembramento municipal, principalmente, no caso de José Bonifácio, onde a “perda”

populacional foi inferior à população do município desmembrado.

Em contraste, no caso de São José do Rio Preto, observa-se que o surgimento de um novo

município, com 3.461 habitantes, não se fez sentir nos componentes de seu crescimento

populacional, pois o seu crescimento vegetativo foi de 27.985 pessoas e o seu saldo migratório

representou um acréscimo de 48.057 pessoas à população municipal.

Para complementar essa discussão, serão abordadas as mudanças na distribuição dos

municípios, segundo classes de população, no período mais recente, entre 1991 e 2007, a partir

dos dados do quadro 2:

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Quadro 2: Número de municípios existentes, por classes de tamanho da população

Região de Governo de São José Rio Preto - Estado de São Paulo

1991-2007

1991 2000 2007 Classes de municípios

n % n % n %

Até 5.000 habitantes 10 35,7 14 45,2 11 35,5

5.000 a 10.000 habitantes 10 35,7 8 25,8 10 32,3

10.000 a 20.000 habitantes 4 14,3 5 16,1 6 19,4

20.000 a 50.000 habitantes 3 10,7 3 9,7 2 6,5

50.000 a 100.000 habitantes 0 0,0 0 0,0 1 3,2

100.000 a 500.000 habitantes 1 3,6 1 3,2 1 3,2

Total 28 100,0 31 100,0 31 100,0

Fonte: Fundação SEADE.

De acordo com o quadro 2, destaca-se que, em 1991, antes do processo de criação de

municípios característico dos anos 90, marcado pela criação preponderante de pequenos

municípios em todo país (Gomes & Mac Dowell, 2000; 1997), a Região de Governo de São José do

Rio Preto possuía 28 municípios, sendo que 10 municípios possuíam população com menos de 5

mil habitantes; 10 municípios possuíam entre 5 mil e 10 mil habitantes; 7 municípios possuíam

entre 10 mil e 50 mil habitantes e 1 município com população entre 100 mil e 500 mil habitantes.

Ou seja, a região possuía, em 1991, mais de 70% dos seus municípios com população inferior a 10

mil habitantes, polarizando com um único município de grande porte.

Com isso, observa-se que a região de São José do Rio Preto apresentava, em 1991, uma

rede urbana, cuja forma se assemelhava à da região de Araçatuba e de Bauru, ou seja, piramidal,

com a diferença de possuir uma maior proporção de pequenos municípios.

Em 2000, essa estrutura na distribuição dos municípios da região de Rio Preto sofre uma

importante alteração, expressa, por um lado, pelo crescimento na participação da classe de

municípios de até 5 mil habitantes, e, por outro, do aumento da participação da classe de

municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes. Essas alterações na hierarquia dos

municípios da região ocorreram em função de dois fatores: os desmembramentos municipais da

década de 1990 e o próprio crescimento populacional dos municípios.

Já em 2007, na ausência de desmembramentos municipais, a distribuição dos municípios

pelas classes populacionais permaneceu, praticamente, a mesma, sendo que as principais

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

alterações foram expressas pela diminuição na participação dos micro-municípios; aumento na

participação da classe de 10 mil a 20 mil habitantes e da classe de 50 mil a 100 mil habitantes.

Com relação ao primeiro fator de alteração da hierarquia dos municípios, tem-se o processo

emancipatório recente. A partir dos dados do quadro 3, observa-se que, entre 1991 e 2000, o país

registrou a ocorrência de 1.405 desmembramentos municipais – número que representou ¼ do

total dos municípios existentes no Brasil, em 2000 (Siqueira, 2003).

Quadro 3: Número de municípios criados, durante a década de 1990

RG São José Rio Preto, Estado de São Paulo, Região Sudeste e Brasil (*)

1991-2000 RG São José Rio Preto

São Paulo Sudeste Brasil Classes de municípios

n % n % n % n %

Até 5.000 habitantes 3 100,0 50 68,5 116 46,2 735 52,3

5.000 a 10.000 habitantes 0 0,0 12 16,4 87 34,7 360 25,6

10.000 a 20.000 habitantes 0 0,0 6 8,2 29 11,6 234 16,7

20.000 a 50.000 habitantes 0 0,0 4 5,5 14 5,6 61 4,3

50.000 a 100.000 habitantes 0 0,0 0 0,0 2 0,8 11 0,8

100.000 a 500.000 habitantes 0 0,0 1 1,4 3 1,2 4 0,3

Total 3 100,0 73 100,0 251 100,0 1.405 100,0 Fonte: Fundação IBGE, para Brasil e Sudeste apud GOMES & MACDOWELL, 2000. Fundação SEADE, para São Paulo e RG São José do Rio Preto apud SIQUEIRA, 2003.

(*) Para Brasil e Sudeste, os dados são de 1997 – o que torna necessária atualização dos dados, incluindo os desmembramentos a partir de 1997. No caso do estado de São Paulo e da Região de São José do Rio Preto, a fonte utilizada inclui todos os desmembramentos ocorridos no período, atualizados até o ano de 2000.

Desses 1.405 novos municípios brasileiros criados, 78% (1.095 municípios) tratavam-se de

pequenos municípios, ou seja, possuíam população inferior a 10.000 habitantes, sendo que, 735

municípios possuíam menos de 5.000 habitantes.

Destaca-se, ainda, que a mesma tendência observada em nível nacional foi registrada nas

escalas sub-nacionais. Assim, observa-se que a região Sudeste seguiu a tendência nacional,

registrando, no mesmo período, a ocorrência de 251 desmembramentos municipais, onde 81%

(203 municípios) possuíam menos de 10.000 habitantes.

Por sua vez, no estado de São Paulo, durante 1991 e 2000, foram criados 73 municípios, que

correspondem a 11% do total dos municípios paulistas existentes, nos permitindo afirmar que o

processo emancipatório recente foi mais significativo em nível nacional do que no contexto paulista.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Desses municípios, 62 (85%) possuíam população inferior a 10.000 habitantes; em contraste,

foi criado somente um município no estado, no mesmo período, com população superior a 100.000

habitantes.

Especificamente com relação ao estado de São Paulo, em Siqueira (2003) foi destacado que

o processo emancipatório recente apresentou um significado peculiar: na década de 1990, ocorreu

uma alteração na lógica de criação de municípios no estado. Nesse sentido, destaca-se que, até

então, o ritmo do processo de criação de municípios, esteve diretamente relacionado pelo maior ou

menor dinamismo econômico e populacional vivenciado pelas diferentes regiões paulistas.

A partir de 1990, por sua vez, tendo já consolidado o processo de ocupação territorial do

estado (Gonçalves, 1998), a lógica no desmembramento municipal passou a ser determinada,

principalmente, pela dimensão político-institucional, a partir da qual a criação de um novo município

não se constituiu na resultante direta de um significativo crescimento econômico e demográfico,

mas teria representado um mecanismo para se beneficiar do espírito municipalista e

descentralizante, presente na Constituição de 1988 (Siqueira, 2003).

Assim, através da criação de novos municípios, grupos políticos locais buscavam ter acesso

aos cargos públicos surgidos com o desmembramento e à parcela de transferências

intergovernamentais proveniente, principalmente, do Fundo de Participação dos Municípios – FPM

(Gomes e Mac Dowell, 2000 e 1997; Serra e Afonso, 1999).

Por sua vez, se essas benesses foram o estímulo ao processo, o seu facilitador foi

representado pelas regras e condições pouco rigorosas para a efetivação do processo de

surgimentos de novos municípios, elaboradas pelas diferentes Assembléias Estaduais,

favorecendo enormemente a proliferação de micro-municípios por todo o país (Tomio, 2002).

A Região de São José do Rio Preto, assim como as Regiões de Araçatuba, Ribeirão Preto e

Bauru, foi uma expressão desse fenômeno dentro do estado de São Paulo, pois, de acordo com os

dados do quadro 3, observa-se que os três municípios criados tinham população inferior a 5 mil

habitantes.

Esses desmembramentos municipais contribuíram para que o número de municípios com até

5 mil habitantes passasse de 10 para 14, de 1991 para 2000, significando um aumento na

participação desses municípios, na rede urbana regional, de 36 para 45% (quadro 2).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

O segundo fator de alteração na estrutura da hierarquia dos municípios, no período 1991 a

2000, é expresso pelo significativo crescimento populacional do município de Bady Bassit, a uma

taxa de 8,17 % a.a. – bem superior à taxa regional (2,33% a.a.) –, que fez com que o município

passasse de 5.659 para 11.475 habitantes (vide tabelas 9 e 10).

Já em relação ao período 2000-2007, as principais alterações na estrutura de hierarquia de

municípios relacionam-se, por um lado, ao crescimento populacional de três micro-municípios –

Nova Aliança, Orindiúva e Ubarana – que contribuiu para que eles entrassem na classe de

municípios de 5 mil a 10 mil habitantes (tabelas 9 e 10).

Por outro lado, destaca-se o crescimento populacional dos municípios de Ibirá e Mirassol, que

contribuiu para o aumento da participação das classes de municípios de 10 mil a 20 mil habitantes,

e de 50 mil a 100 mil habitantes, respectivamente (tabelas 9 e 10).

Com isso, a partir das alterações na estrutura de hierarquia dos municípios no período 1991-

2007, ao final do período, a RG de São José do Rio Preto apresenta uma estrutura caracterizada

por uma grande proporção de pequenos municípios (21 municípios com menos de 10.000

habitantes) – representando 68% dos municípios da região –, contrastando com o outro extremo da

estrutura hierárquica, caracterizada pela existência de 1 município na casa dos 50 mil habitantes, e

1 município na casa dos 400 mil habitantes (tabela 9).

Esse perfil de hierarquia de municípios assemelha-se ao perfil apresentado pelas Regiões de

Araçatuba e de Bauru, onde se identificou a polarização de duas situações de organização do

poder público local: por um lado, a prefeitura do município de maior porte populacional, com,

potencialmente, maior margem de atuação, em função de maior recurso disponível e de uma

organização institucional mais consolidada e com maior experiência prévia e, por outro, um grande

número de prefeituras de pequeno porte, com menor margem de atuação devido a uma menor

quantidade de recursos disponíveis, organização institucional reduzida e com pouca experiência

prévia.

Assim como nas Regiões de Araçatuba e de Bauru, esse perfil de hierarquia de municípios

pode levar a um descompasso no governo local, em âmbito regional, representando uma

dificuldade adicional na implementação de políticas públicas, particularmente as de transferências

de renda, cuja performance é bastante influenciada pelas condições locais, tanto institucionais

quanto de recursos humanos.

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Movimentos Migratórios Inter e Intra-regional

Até a década de 60, a Região se caracterizava como área de expulsão populacional. O

período 1970/80 representou para a Região uma inversão da situação anterior, passando a

caracterizá-Ia como importante pólo de atração populacional no Oeste Paulista, particularmente a

cidade de Rio Preto. O quadro acima descrito se consolida no período 1980/91, no qual a Região

apresentou um incremento populacional decenal de 75,0%. Diante disso, pode-se admitir, como

hipótese, que houve um fluxo significativo de migração para a Região com origens em outros

estados e em regiões próximas.

A tendência apresentada pela Região em seu conjunto não se repete para todos os seus

municípios. No período 1970/80, apenas os municípios de Bálsamo, Guapiaçu, !birá, José

Bonifácio, Mirassol, Nova Aliança, Poloni, Potirendaba, São José do Rio Preto e Uchôa

apresentaram acréscimos populacionais. Para o mesmo período apenas sete municípios

apresentam saldo migratório positivo. A saber: Bálsamo, Guapiaçu. Mirassol, Nova Aliança,

Potirendaba, Rio Preto e Uchôa, confirmando-se que para os municípios de Ibirá, José Bonifácio e

Poloni o crescimento populacional se deu em função do saldo vegetativo (Tabela 11).

A consolidação da Região como área de atração populacional no período 1980/91 se reflete

na inversão do quadro para os municípios, no qual se tem vinte municípios que tiveram acréscimos

populacionais. Apenas os municípios de Adolfo, Cedral, Jaci, Mendonça, Nova Aliança, Palestina,

Planalto e Poloni não registraram ganhos populacionais (Tabela 11).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto

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Tabela 11: Crescimento Absoluto Populacional, Crescimento Vegetativo e Saldo Migratório Região de Governo de São José do Rio Preto – 1970-2007

Crescimento Absoluto Crescimento Vegetativo Saldo Migratório Municípios

1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007 1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007 1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007

Adolfo -358 -342 405 299 432 594 297 130 -790 -936 108 169 Bady Bassit -2.909 2.881 5.816 5.490 467 578 704 715 -3.376 2.303 5.112 4.775 Bálsamo 3.027 1.039 600 537 878 823 520 199 2.149 216 80 338 Cedral -334 -497 983 708 860 654 186 185 -1.194 -1.151 797 523 Guapiaçu 1.565 3.885 3.477 2.430 954 1.400 1.067 671 611 2.485 2.410 1.759 Ibirá 975 466 718 650 1.071 1198 699 358 -96 -732 19 292 Icém -793 926 666 526 933 811 622 450 -1.726 115 44 76 Ipiguá * * * 1.033 * * 97 158 * * * 875 Jaci -198 -563 860 724 475 577 277 183 -673 -1.140 583 541 José Bonifácio 2.232 3.489 2.255 3.638 3.692 4.151 3.311 1.661 -1.460 -662 -1.056 1.977 Mendonça -203 -528 273 173 613 566 203 25 -816 -1.094 70 148 Mirassol 7.734 10.953 9.148 6.652 3.872 5.296 3.952 2.282 3.862 5.657 5.196 4.370 Mirassolândia -265 318 719 537 451 425 291 150 -716 -107 428 387 Monte Aprazível -562 1.066 908 851 2.107 2.139 1.215 477 -2.669 -1.073 -307 374 Neves Paulista -386 504 590 442 1.418 1243 505 91 -1.804 -739 85 351 Nipoã -334 60 478 290 416 430 224 141 -750 -370 254 149 Nova Aliança 1.500 -82 563 311 642 535 304 135 858 -617 259 176 Nova Granada -589 3.428 2.183 1.370 1.834 2.065 1.594 846 -2.423 1.363 589 524 Onda Verde -159 810 589 457 343 325 279 243 -502 485 310 214 Orindiúva -331 905 1.142 861 265 505 452 342 -596 400 690 519 Palestina -3.104 -47 118 39 1.518 1243 551 193 -4.622 -1.290 -433 -154 Paulo de Faria -2.823 1.663 193 315 995 962 894 536 -3.818 701 -701 -221 Planalto -1.207 -585 -1799 240 644 842 381 245 -1.851 -1.427 -2.180 -5 Poloni 309 -278 268 194 781 675 278 85 -472 -953 -10 109 Potirendaba 1.965 488 2.442 1.527 1.454 1.599 712 400 511 -1.111 1.730 1.127 SJR Preto 66.467 94.742 76.042 53.470 25.331 37.318 27.985 17.540 41.136 57.424 48.057 35.930 Tanabi -140 1.217 1.077 988 2.983 3316 1466 640 -3.123 -2.099 -389 348 Ubarana * * * 1.079 * * 389 378 * * * 701 Uchôa 1.316 477 741 540 1.155 1212 745 236 161 -735 -4 304 União Paulista -249 88 29 47 328 225 113 79 -577 -137 -84 -32 Zacarias * * * 23 * * 90 60 * * * -37 RG S J RIO PRETO 72.146 124.820 121.096 86.441 56.912 71.707 50.403 29.834 15.234 53.113 70.693 56.607 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. (*) Dados não disponíveis - municípios criados na década de 1990

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A participação da migração no incremento populacional da Região no período

1970/80 foi de 21,12%. Do conjunto da Região, destaca-se, nesse período, o

Município-sede, São José do Rio Preto, onde a migração representou 61,9% de seu

incremento absoluto (Vidal, 1993).

Os municípios da Região que registraram ganhos populacionais significativos

nos anos 80 se localizam próximos a Rio Preto, que aumenta sua importância e área

de influência intra e inter-regional, à medida que novos investimentos são implantados.

Os municípios mais distantes, como Paulo de Faria, Orindiúva, Palestina e Icém,

caracterizam-se como áreas expulsoras de população. (Tabela 11)

A Região, nos anos 70, passou a se configurar como importante pólo de atração

populacional no Interior de São Paulo. O seu saldo migratório no período foi de

15.234. O Município de Rio Preto se sobressaiu por apresentar um saldo migratório de

41.136 pessoas. Além de Rio Preto, destacaram-se na década de 1970/80 os

municípios de Mirassol e Bálsamo, com saldos migratórios de 3.862 e 2.149,

respectivamente. (Tabela 11).

No tocante à década de 90, o saldo migratório da Região cresceu

significativamente: de 53.113 pessoas entre 1980/91, para 70.693 no período

1991/2000. O município-sede, no entanto, diminuiu seu volume migratório: de 57.424

entre 1980/91, para 48.057 entre 1991/2000. O aumento no número de imigrantes se

deve, em parte, pelo fato de poucos municípios da Região apresentar saldos

migratórios negativos. De modo geral, as pequenas e médias cidades reverteram sua

condição de área de expulsão de população ou diminuíram seu ritmo de emigração

(Tabela 11).

No decorrer dos anos de 2000, o saldo migratório da Região diminui para 56.607

migrantes. A despeito de tal fato, apenas cinco municípios apresentam saldos

migratórios negativos. O município-sede recebeu ainda menos imigrante quando

comparado ao período anterior e à década de 80, - apesar de ainda abrigar 63,4% de

todos os imigrantes que procuram a Região. Embora o volume imigratório tenha

diminuído, a participação da migração no incremento populacional da RG de São José

do Rio Preto é ainda bastante relevante: de 65% no período 2000/2007 (Tabela 11).

Com relação aos fluxos migratórios interestaduais no período 70-80, destacam-

se os migrantes com origens nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do

Sul e Bahia (Vidal, 1993). Dados do período 1995/2000 apontam que tais Estados

continuam a enviar significativas levas migratórias à RG de São José do Rio Preto.

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Nesses últimos anos, o principal fluxo provém das Regiões Nordeste, Centro-oeste e

Sudeste (exceto Estado de São Paulo) (Tabela 12).

Tabela 12: Movimentos Migratórios Interestaduais

Região de Governo de São José Rio Preto

1995/2000

Grandes Regiões e Estados Valor Absoluto do Fluxo Distribuição Relativa

Região Sudeste (exceto SP) 3.651 22,4 Região Sul 2.298 14,1

Paraná 1.884 11,5 Região Centro Oeste 4.447 27,2

Mato Grosso do Sul 2.114 12,9 Região Nordeste 4.590 28,1

Bahia 2.619 16,0 Região Norte 1.291 7,9 Brasil s/ espec. e s/ decl. 50 0,3

Total Interestadual 16.327 100,0 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

No que se refere à origem das pessoas que se deslocaram dentro do Estado de

São Paulo para a Região de Governo de Rio Preto, observa-se que as Regiões de

Governo que mais contribuíram com volume de imigração, na década de 1980, foram:

Região Metropolitana de São Paulo, Votuporanga, Catanduva, Araçatuba, Barretos,

Jales e Fernandópolis (Fundação SEADE, 1990).

A análise do período recente mostra que, 33,81% dos imigrantes intra-estaduais

provêm da Região Metropolitana de São Paulo e 6% da RG de Campinas. Dentre as

trocas migratórias com Regiões próximas, observa-se que as RGs de Votuporanga,

Araçatuba e Barretos são as que mais “perdem” população para a RG de São José do

Rio Preto com, respectivamente, 9%, 7% e 6% do volume de imigrante intra-estadual

total (Tabela 13).

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Tabela 13: Movimentos Migratórios Intra-Estaduais Região de Governo de São José do Rio Preto 1995/2000

Origem dos Imigrantes Valor Absoluto dos Fluxos Distribuição Relativa (%)

Região Metropolitana de São Paulo 15.550 33,81 Votuporanga 4.431 9,64 Araçatuba 3.465 7,53 Barretos 2.781 6,05 Campinas 2.774 6,03 Jales 2.308 5,02 Catanduva 2.125 4,62 Fernandópolis 1.961 4,26 Andradina 1.544 3,36 Outras RGs 9.049 19,68

Total Intra-Estadual 45.988 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. . Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Em se tratando da emigração, dentre as Regiões do Estado de São Paulo mais

procuradas pelos migrantes que saem da RG de São José do Rio Preto estão a RM de

são Paulo e as RGs de Votuporanga, Campinas, Catanduva, Araçatuba e Barretos

(Tabela 14). Tais Regiões são, também, as que mais enviam população para RG de

Rio Preto, ou seja, tratam-se das áreas mais dinâmicas em termos de troca

populacionais (Tabela 15).

Tabela 14: Movimentos Emigratórios Intra-Estadual

Região de Governo de São José do Rio Preto

1995/2000

Destino dos Emigrantes Valor Absoluto dos

Fluxos Distribuição Relativa (%)

RM São Paulo 3.763 8,99

Votuporanga 2.118 5,06

Campinas 1.621 3,87

Catanduva 1.527 3,65

Araçatuba 1.493 3,57

Barretos 1.437 3,43

Ribeirão Preto 1.133 2,71

Fernandópolis 904 2,16

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Jales 868 2,07

Outras RGs 26.993 64,49

Total Estado de São Paulo 41.857 100,00

Total Intra-Estadual 41.857 84,49

Outros Estados 7.686 15,51

Total Brasil 49.543 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

A análise da Tabela 15 mostra ainda, que – de modo geral – na maioria dos

fluxos migratórios estabelecidos com a RG de São José do Rio Preto o número de

imigrantes sempre excede ao número de emigrantes, resultando em todas as trocas

populacionais saldos migratórios positivos para a Região, inclusive em relação à RM

de São Paulo, da qual a RG de Rio Preto “ganhou” 15.550 migrantes e “perdeu”

apenas 3.763 pessoas, no período 1995/2000 (Tabela 15). Todavia, vale destacar o

caso das migrações estabelecidas com outras RGs, nas quais o número de migrantes

que saem da Região é bastante alto (27.599), o que leva um saldo migratório negativo

em 18.550 pessoas (Tabela 15).

Tabela 15: Trocas Líquidas Populacionais Intra-Estaduais

Região de Governo de São José do Rio Preto

1995/2000

Regiões Imigrantes para a RG Emigrantes da RG Troca Líquida

RM São Paulo 15.550 3.763 11.787 Votuporanga 4.431 2.118 2.313

Araçatuba 3.465 1.493 1.972 Barretos 2.781 1.437 1.344 Campinas 2.774 1.621 1.153 Jales 2.308 868 1.440 Catanduva 2.125 1.527 598 Fernandópolis 1.961 904 1.057 Andradina 1.544 527 1.017 Outras RGs 9.049 27.599 -18.550

Total 45.988 41.857 4.131 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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De modo geral, no intervalo 1995/2000, a RG de São José do Rio Preto recebeu

ao todo 62.355 migrantes, dos quais 16.327 eram de outros Estados (Tabela 12) e

45.988 provinham do próprio Estado de São Paulo (Tabela 13). Em se tratando da

emigração, a Região “perdeu” 41.857 pessoas para outras Regiões do Estado de São

Paulo e 7.686 para outros Estados, totalizando 49.543 emigrantes (Tabela 14).

No contexto intra-regional, segundo PERILLO (1990), dentre os movimentos

migratórios ocorridos nos anos 70 destacam-se os municípios que estabelecem trocas

importantes com o Município-sede: Mirassol, Cedral, Guapiaçu, Nova Granada e

Mirassolândia (municípios limítrofes) e José Bonifácio, Paulo de Faria. Monte

Aprazível, Potirendaba, Palestina e Tanabi (municípios mais afastados).

As trocas migratórias estabelecidas entre os demais municípios da Região

apontam para a configuração de outros pólos secundários de atração populacional,

principalmente Mirassol, que apresentou ganhos líquidos populacionais nas trocas

efetuadas com municípios circunvizinhos como Neves Paulista, Bálsamo, Tanabi e

Monte Aprazível, além de municípios mais afastados como Planalto (tabela 16).

Tabela 16: Volumes de Imigração e Emigração Intra-Regional

Região de Governo de São José do Rio Preto

1995/2000

Municípios da RG Imigrantes Emigrantes Saldo Migratório Intra-Regional

Adolfo 240 189 51

Bady Bassit 2.104 668 1.436

Bálsamo 376 547 -171

Cedral 521 292 229

Guapiaçu 1.045 509 536

Ibirá 124 346 -222

Icém 206 332 -126

Ipiguá 680 258 422

Jaci 443 222 221

José Bonifácio 998 871 127

Mendonça 305 278 27

Mirassol 1.765 2.224 -459

Mirassolândia 378 145 233

Monte Aprazível 732 912 -180

Neves Paulista 392 502 -110

Nipoã 308 158 150

Nova Aliança 416 407 9

Nova Granada 463 1.070 -607

Onda Verde 489 183 306

Orindiúva 194 192 2

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Palestina 391 491 -100

Paulo de Faria 150 668 -518

Planalto 135 217 -82

Poloni 186 397 -211

Potirendaba 651 568 83

SJR Preto 6.330 6.740 -410

Tanabi 686 1.369 -683

Ubarana 164 159 5

Uchôa 259 285 -26

União Paulista 109 106 3

Zacarias 138 73 65

RG S J RIO PRETO 21.378 21.378 0 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Tabulações Especiais NEPO/UNICAMP. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

As tabelas 16 e 17 ilustram os movimentos migratórios intra-regionais, no

período 1995/2000. Observa-se que o município-sede, apesar de concentrar os fluxos

migratórios, do ponto de vista intra-regional, perdeu população (saldo migratório

negativo em 410 pessoas) principalmente para Bady Bassit, município este de maior

saldo migratório da Região. Contudo, São José do Rio Preto continua a receber um

contingente populacional considerável, com destaque aos fluxos vindos de Mirassol e

Tanabi, cidades que, por sua vez, se destacaram pela emigração. Nota-se, pois, a

polarização das trocas populacionais pelo município-sede, na medida em que os

movimentos migratórios intra-regionais numericamente mais importantes foram com

ele estabelecidos.

Tabela 17: Fluxos Migratórios Intra-Regionais Numericamente mais Importantes RG de São José do Rio Preto 1995/2000

Imigrantes Emigrantes Destino

Municípios n % Municípios n %

Adolfo S José Rio Preto 110 45,83 Mendonça 58 30,69 José Bonifácio 32 13,33 José Bonifácio 48 25,40 Mendonça 29 12,08 S José Rio Preto 41 21,69 Outros 69 28,75 Outros 42 22,22 Total 240 100,00 Total 189 100,00 Bady Bassit S José Rio Preto 1.601 76,09 S José Rio Preto 247 36,98 Potirendaba 94 4,47 José Bonifácio 77 11,53 Nova Aliança 72 3,42 Potirendaba 75 11,23

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Outros 337 16,02 Outros 269 40,27 Total 2.104 100,00 Total 668 100,00 Bálsamo S José Rio Preto 110 29,26 Mirassol 258 47,17 Tanabi 93 24,73 S José Rio Preto 108 19,74 Mirassol 80 21,28 Tanabi 82 14,99 Outros 93 24,73 Outros 99 18,10 Total 376 100,00 Total 547 100,00 Cedral S José Rio Preto 318 61,04 S José Rio Preto 105 35,96 Guapiaçu 88 16,89 Uchôa 52 17,81 Potirendaba 21 4,03 Potirendaba 40 13,70 Outros 94 18,04 Outros 95 32,53 Total 521 100,00 Total 292 100,00 Guapiaçu S José Rio Preto 655 62,68 S José Rio Preto 270 53,05 Ipiguá 63 6,03 Cedral 88 17,29 Bady Bassitt 51 4,88 Mirassolândia 74 14,54 Outros 276 26,41 Outros 77 15,13 Total 1.045 100,00 Total 509 100,00 Ibirá S José Riio Preto 50 40,32 S José Rio Preto 211 60,98 Potirendaba 24 19,35 Potirendaba 50 14,45 Cedral 16 12,90 Bálsamo 27 7,80 Outros 34 27,42 Outros 58 16,76 Total 124 100,00 Total 346 100,00 Icém Nova Granada 78 37,86 S José Rio Preto 229 68,98 S José Rio Preto 71 34,47 Mirassol 50 15,06 Palestina 21 10,19 Bady Bassitt 15 4,52 Outros 36 17,48 Outros 38 11,45 Total 206 100,00 Total 332 100,00 Ipiguá S José Rio Preto 556 81,76 S José Rio Preto 77 29,84 Bady Bassitt 30 4,41 Guapiaçu 63 24,42 Mirassolândia 26 3,82 Uchôa 36 13,95 Outros 68 10,00 Outros 82 31,78 Total 680 100,00 Total 258 100,00 Jaci Mirassol 166 37,47 Mirassol 146 65,77

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S José Rio Preto 126 28,44 Neves Paulista 22 9,91 Neves Paulista 74 16,70 Bady Bassitt 18 8,11 Outros 77 17,38 Outros 36 16,22 Total 443 100,00 Total 222 100,00 José Bonifácio S José Rio Preto 249 24,95 S José Rio Preto 310 35,59 Mirassol 102 10,22 Mirassol 99 11,37 Ubarana 89 8,92 Nipoã 80 9,18 Outros 558 55,91 Outros 382 43,86 Total 998 100,00 Total 871 100,00 Mendonça S José Rio Preto 91 29,84 José Bonifácio 72 25,90 Potirendaba 61 20,00 S José Rio Preto 71 25,54 Adolfo 58 19,02 Bady Bassitt 59 21,22 Outros 95 31,15 Outros 76 27,34 Total 305 100,00 Total 278 100,00 Mirassol S José Rio Preto 673 38,13 S José Rio Preto 1.240 55,76 Bálsamo 258 14,62 Neves Paulista 180 8,09 Tanabi 239 13,54 Jaci 166 7,46 Outros 595 33,71 Outros 638 28,69 Total 1.765 100,00 Total 2.224 100,00 Mirassolândia S José Rio Preto 192 50,79 S José Rio Preto 59 40,69 Guapiaçu 74 19,58 Ipiguá 26 17,93 Tanabi 53 14,02 Bálsamo 18 12,41 Outros 59 15,61 Outros 42 28,97 Total 378 100,00 Total 145 100,00 Monte Aprazível S José Rio Preto 203 27,73 S José Rio Preto 338 37,06 Poloni 138 18,85 Tanabi 157 17,21 Tanabi 75 10,25 José Bonifácio 79 8,66 Outros 316 43,17 Outros 338 37,06 Total 732 100,00 Total 912 100,00 Neves Paulista Mirassol 180 45,92 S José Rio Preto 225 44,82 Monte Aprazível 63 16,07 Mirassol 85 16,93 S José Rio Preto 53 13,52 Jaci 74 14,74

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Outros 96 24,49 Outros 118 23,51 Total 392 100,00 Total 502 100,00 Nipoã José Bonifácio 80 25,97 José Bonifácio 53 33,54 Monte Aprazível 53 17,21 Monte Aprazível 50 31,65 Planalto 44 14,29 União Paulista 18 11,39 Outros 131 42,53 Outros 37 23,42 Total 308 100,00 Total 158 100,00 Nova Aliança S José Rio Preto 212 50,96 S José Rio Preto 143 35,14 Mirassol 56 13,46 Bady Bassitt 72 17,69 Bady Bassitt 42 10,10 Ubarana 35 8,60 Outros 106 25,48 Outros 157 38,57 Total 416 100,00 Total 407 100,00 Nova Granada S José Rio Preto 135 29,16 S José Rio Preto 532 49,72 Paulo de Faria 120 25,92 Onda Verde 187 17,48 Palestina 87 18,79 Palestina 124 11,59 Outros 121 26,13 Outros 227 21,21 Total 463 100,00 Total 1.070 100,00 Onda Verde S José Rio Preto 215 43,97 Nova Granada 53 28,96 Nova Granada 187 38,24 S José Rio Preto 48 26,23 Ipiguá 26 5,32 Guapiaçu 39 21,31 Outros 61 12,47 Outros 43 23,50 Total 489 100,00 Total 183 100,00 Orindiúva Paulo de Faria 85 43,81 S José Rio Preto 96 50,00 S José Rio Preto 62 31,96 Paulo de Faria 40 20,83 Palestina 24 12,37 Palestina 25 13,02 Outros 23 11,86 Outros 31 16,15 Total 194 100,00 Total 192 100,00 Palestina Nova Granada 124 31,71 S José Rio Preto 238 48,47 Tanabi 87 22,25 Nova Granada 87 17,72 S José Rio Preto 79 20,20 Mirassol 26 5,30 Outros 101 25,83 Outros 140 28,51 Total 391 100,00 Total 491 100,00 Paulo de Faria S José Rio Preto 75 50,00 S José Rio Preto 348 52,10

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Orindiúva 40 26,67 Nova Granada 120 17,96 Mirassol 24 16,00 Orindiúva 85 12,72 Outros 11 7,33 Outros 115 17,22 Total 150 100,00 Total 668 100,00 Planalto José Bonifácio 51 37,78 Zacarias 76 35,02 S José Rio Preto 32 23,70 José Bonifácio 59 27,19 Zacarias 15 11,11 Nipoã 44 20,28 Outros 37 27,41 Outros 38 17,51 Total 135 100,00 Total 217 100,00 Poloni Monte Aprazível 73 39,25 S José Rio Preto 148 37,28 S José Rio Preto 60 32,26 Monte Aprazível 138 34,76 Tanabi 22 11,83 União Paulista 50 12,59 Outros 31 16,67 Outros 61 15,37 Total 186 100,00 Total 397 100,00 Potirendaba S José Rio Preto 364 55,91 S José Rio Preto 295 51,94 Bady Bassitt 75 11,52 Bady Bassitt 94 16,55 Ibirá 50 7,68 Mendonça 61 10,74 Outros 162 24,88 Outros 118 20,77 Total 651 100,00 Total 568 100,00 S. José Rio Preto Mirassol 1.240 19,59 Bady Bassitt 1.601 23,75 Tanabi 666 10,52 Mirassol 673 9,99 Nova Granada 532 8,40 Guapiaçu 655 9,72 Outros 3.892 61,48 Outros 3.811 56,54 Total 6.330 100,00 Total 6.740 100,00 Tanabi S José Rio Preto 240 34,99 S José Rio Preto 666 48,65 Monte Aprazível 157 22,89 Mirassol 239 17,46 Mirassol 131 19,10 Bálsamo 93 6,79 Outros 158 23,03 Outros 371 27,10 Total 686 100,00 Total 1.369 100,00 Ubarana José Bonifácio 79 48,17 José Bonifácio 89 55,97 Nova Aliança 35 21,34 Nipoã 43 27,04 Bálsamo 27 16,46 Guapiaçu 17 10,69 Outros 23 14,02 Outros 10 6,29

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 57

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Total 164 100,00 Total 159 100,00 Uchôa S José Rio Preto 130 50,19 S José Rio Preto 161 56,49 Cedral 52 20,08 Guapiaçu 36 12,63 Ipiguá 36 13,90 Nova Granada 22 7,72 Outros 41 15,83 Outros 66 23,16 Total 259 100,00 Total 285 100,00 União Paulista Poloni 50 45,87 S José Rio Preto 52 49,06 Mirassol 19 17,43 Mirassol 25 23,58 Nipoã 18 16,51 Poloni 11 10,38 Outros 22 20,18 Outros 18 16,98 Total 109 100,00 Total 106 100,00 Zacarias Planalto 76 55,07 S José Rio Preto 44 60,27 S José Rio Preto 39 28,26 Planalto 15 20,55 Monte Aprazível 10 7,25 Mirassol 14 19,18 Outros 13 9,42 Outros 0 0,00 Total 138 100,00 Total 73 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000 (tabulações especiais). Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 58

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Estrutura Etária da População

Gráfico I Estrutura Etária por sexo RG São José do Rio Preto – 2000

Estrutura Etária - RG São José de Rio Preto - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

De modo geral, a estrutura etária da RG de São José do Rio Preto tende a

parecer bastante com a estrutura etária do município-sede, na medida em que São

José do Rio Preto concentra 55,2% da população de toda a Região. A análise da

pirâmide etária da Região revela que, nas faixas de idade mais novas, há uma leve

predominância de homens. Contudo, como geralmente as taxas de mortalidade

masculinas tendem a ser mais elevadas que as femininas, a predominância masculina

vai sendo progressivamente reduzida até que nas idades mais avançadas o número

de mulheres supere o de homens (Gráfico I).

A base estreita da pirâmide se reporta a taxas mais baixas de fecundidade para

o ano de 2000. A cúspide não muito fina aponta, por sua vez, para o aumento da

expectativa de vida e o conseqüente envelhecimento da população. O fato de a

pirâmide ser mais larga no meio, principalmente entre a faixa dos 10 aos 24 anos,

revela altas taxas de fecundidade das gerações anteriores. É importante ressaltar

ainda, que a concentração da população no grupo adulto indica a predominância da

população em idade ativa (PIA) e, por conseguinte, uma razão de dependência

equilibrada (Gráfico I).

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 59

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico II

Estrutura etária por sexo

Adolfo - 2000

Gráfico III

Estrutura etária por sexo

Bady Bassit - 2000

Estrtura Etária - Adolfo - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Bady Bassit - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico IV

Estrutura etária por sexo

Bálsamo - 2000

Gráfico V

Estrutura etária por sexo

Cedral - 2000

Estrutra Etária - Bálsamo - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Cedral - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 60

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico VI

Estrutura etária por sexo

Guapiaçu - 2000

Gráfico VII

Estrutura etária por sexo

Ibirá - 2000

Estrutra Etária - Guapiaçu - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutra Etária - Ibirá - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico VIII

Estrutura etária por sexo

Icém - 2000

Gráfico IX

Estrutura etária por sexo

Ipiguá - 2000

Estrutura Etária - Icém - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Ipiguá - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 61

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico X

Estrutura etária por sexo

Jaci - 2000

Gráfico XI

Estrutura etária por sexo

José Bonifácio - 2000

Estrutura Etária - Jaci - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - José Bonifácio - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico XII

Estrutura etária por sexo

Mendonça - 2000

Gráfico XIII

Estrutura etária por sexo

Mirassol - 2000

Estrutura Etária - Mendonça - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Mirassol - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 62

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico XIV

Estrutura etária por sexo

Mirassolândia - 2000

Gráfico XV

Estrutura etária por sexo

Monte Aprazível - 2000

Estrutura Etária - Mirassolândia - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Monte Aprazível - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico XVI

Estrutura etária por sexo

Neves Paulista - 2000

Gráfico XVII

Estrutura etária por sexo

Nipoã - 2000

Estrutura Etária - Neves Paulista - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens MulheresEstrutura Etária - Nipoã - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 63

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico XVIII

Estrutura etária por sexo

Nova Aliança - 2000

Gráfico XIX

Estrutura etária por sexo

Nova Granada - 2000

Estrutura Etária - Nova Aliança - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutra Etária - Nova Granada - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico XX

Estrutura etária por sexo

Onda Verde - 2000

Gráfico XXI

Estrutura etária por sexo

Orindiúva - 2000

Estrutura Etária - Onda Verde - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Orindiúva - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 64

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico XXII

Estrutura etária por sexo

Palestina - 2000

Gráfico XXIII

Estrutura etária por sexo

Paulo de Faria - 2000

Estrutura Etária - Palestina - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Paulo de Faria - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico XIV

Estrutura etária por sexo

Planalto - 2000

Gráfico XXV

Estrutura etária por sexo

Poloni - 2000

Estrutura Etária - Planalto - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Poloni - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 65

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico XXVI

Estrutura etária por sexo

Potirendaba - 2000

Gráfico XXVII

Estrutura etária por sexo

São José do Rio Preto - 2000

Estrutura Etária - Potirendaba - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - São José do Rio Preto - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico XXVIII

Estrutura etária por sexo

Tanabi - 2000

Gráfico XXIX

Estrutura etária por sexo

Ubarana - 2000

Estrutura Etária - Tanabi - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - Ubarana - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 66

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico XXX

Estrutura etária por sexo

Uchôa - 2000

Gráfico XXXI

Estrutura etária por sexo

União Paulista - 2000

Estrutura Etária - Uchoa - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Estrutura Etária - União Paulista - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos

do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para

Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

Gráfico XXXII

Estrutura etária por sexo

Zacarias - 2000

Estrutura Etária - Zacarias - 2000

6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

Homens Mulheres

Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.

Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado

de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais,

NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 67

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Referências Bibliográficas

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______. Os elos frágeis da descentralização: observações sobre as finanças dos Municípios Brasileiros, 1995. In: ENCONTRO NACIONAL DOS CENTROS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA, 25., 1997, Recife. Anais... Rio de Janeiro: ANPEC, 1997.

GONÇALVES, M. F. As engrenagens da locomotiva. Campinas, 1998. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas.

SÃO PAULO. Secretaria de Economia e Planejamento-Seplan/Car. Diagnóstico da 9º Região Administrativa: Araçatuba. São Paulo, fev.1972.

SERRA, J.; AFONSO, J. R. R. O federalismo fiscal à brasileira: algumas reflexões. 1999. (Texto apresentado no Forum of Federations Internacional Conference of Federalism, Canadá, apoio do BNDES).

SIQUEIRA, C. G. Emancipação Municipal Pós Constituição de 1988: um estudo sobre o processo de criação dos novos Municípios Paulistas. Campinas, 2003, 236f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas.

TOMIO, F. R. L. Instituições, processo decisório e relações executivo-legislativo nos Estados: estudo comparativo sobre o processo de criação após a Constituição de 1988. Campinas, 2002. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas.

VIDAL, M. S. Região de Governo de São José do Rio Preto. Texto NEPO 24, Nepo/Unicamp, 1993. (Migração em São Paulo 3).

ANEXO I - Municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto

1 - Adolfo 17 - Nova Aliança 2 - Bady Bassit 18 - Nova Granada 3 - Bálsamo 19 - Onda Verde 4 - Cedral 20 - Orindiúva 5 - Guapiaçu 21 - Palestina 6 - Ibirá 22 - Paulo de Faria 7 - Icém 23 - Planalto 8 - Ipiguá 24 - Poloni 9 - Jaci 25 - Potirendaba 10 - José Bonifácio 26 - SJR Preto 11 - Mendonça 27 - Tanabi 12 - Mirassol 28 - Ubarana 13 - Mirassolândia 29 - Uchôa 14 - Monte Aprazível 30 - União Paulista 15 - Neves Paulista 31 - Zacarias 16 - Nipoã

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 68

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 69

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Capítulo 3 – A Questão Social no Pólo de São José do Rio Preto5

Introdução

A análise da questão social nas espacialidades estudadas no Estado de São

Paulo concentra-se em três vertentes.

A primeira tem por objeto a pobreza e a desigualdade, indicando as tendências

observadas entre os anos 1991 e 2000, com base nos dados censitários, que são os

únicos disponíveis para a análise dessas regiões; bem como evidenciando para esses

períodos as desigualdades entre as regiões analisadas.

A segunda toma por objeto as mudanças na família e as mudanças na provisão

familiar nesse período, relacionando-as a mudanças demográficas e a mudanças no

papel da mulher na sociedade, dando destaque ao aumento da participação desta no

mercado de trabalho e na responsabilidade pela manutenção do domicílio.

Nesta vertente ressaltam-se a importância do conhecimento das mudanças na

família e no domicílio como elementos importantes para o planejamento e

implementação de políticas de proteção social. O destaque é dado à política de

transferência de renda, que tem a família como principal unidade de referência.

A terceira vertente trata das políticas sociais, privilegiando quatro aspectos, quais

sejam, identificar nas distintas espacialidades o perfil da recente política de

transferência de renda, os programas de apoio ao migrante pobre, o acesso e a

qualidade dos serviços básicos de educação e de saúde.

1. Renda, Pobreza e Desigualdade no Pólo Regional de São José do Rio Preto

Renda e população

O pólo de São José do Rio Preto, com uma população de 711.801 pessoas que

concentra 1,8% da população do estado, respondia, em 2005, por 1,19% do PIB

estadual. Em termos de renda, no ano 2000, o pólo de São José do Rio Preto detinha

5 Ficha Técnica: Coordenação: Lilia Montali, Coordenação Adjunta: Eugenia Troncoso Leone e Stella Barberá da Silva Telles, Assistentes de Pesquisa: Fabiana de Andrade, Luciana Ramirez Cruz, Marcelo Tavares de Lima e Alessandra Scalioni Brito, Auxiliares de pesquisa: Bruno Martins de Oliveira e Edina Paula Souza.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 70

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

uma renda domiciliar per capita de R$ 415,4, inferior à média estadual em 6,0%. Sua

renda era menor do que à do conjunto do Estado e também do que às das três regiões

metropolitanas paulistas, bem como às dos pólos de São José dos Campos e Ribeirão

Preto Gráfico 1.

Gráfico 1 Renda Domiciliar per capita. Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000

76,5 84,3 85,3 92,4 94,0 95,6 98,7 100,0 108,4 114,796,5

Pres.Prudente

Araçatuba Sorocaba Bauru S. JoséRio Preto

S. JoséCampos

RibeirãoPreto

RM Baix.Santista

Est. SãoPaulo

RMCampinas

RM SãoPaulo

RENDA DOMICILIAR PER CAPITA - 2000

Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.

Em 2000, o pólo de São José do Rio Preto participava com 1,65% da renda

domiciliar do estado, superior somente à dos pólos de Araçatuba, Bauru e Presidente

Prudente. Na década de 90 a taxa anual de crescimento da renda domiciliar total de

São José do Rio Preto foi de 5,4% ao ano e a da população de 2,3% ao ano6. Verifica-

se que as taxas anuais de crescimento da renda total e da população foram superiores

às do Estado na década de 90 (Tabela 1).

Ao analisar o que ocorreu com a renda domiciliar no interior do pólo de São José

do Rio Preto, com base nos seus municípios ordenados de maior a menor em função

de sua renda domiciliar per capita em 2000 e atribuindo o valor 100 à renda domiciliar

per capita e à população do pólo da São José do Rio Preto, o que sobressai é o

elevado tamanho da população do município de São José do Rio Preto (55,2%). Os

6 Como salientado, é difícil a partir dos dados do censo avaliar o verdadeiro desempenho da economia paulista na década de 90, pois o ano de 1991 foi de atividade econômica muito baixa e a do ano 2000 razoável, o que leva a superestimar o verdadeiro desempenho desta economia na década de 90

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 71

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

demais municípios participam com menos de 10% da população do pólo, sendo que

os maiores são Mirassol (7,5%), e José Bonifácio (4,4%). Observa-se, também, que

os municípios de São José do Rio Preto e Bálsamo possuíam renda domiciliar per

capita superiores à do pólo de São José do Rio Preto (23,3% e 4,3% maior,

respectivamente). O município de Mirassolândia apresentou a menor renda per capita

(70,6% inferior à do pólo).

Tabela 1: Renda domiciliar per capita, população e taxas de crescimento anual

Pólo de São José do Rio Preto e Municípios

19910-2000

taxa variação anual 1991-2000 (*) Pólo de São José do Rio Preto e

municípios

Renda domiciliar per capita 2000

População 2000 População

renda domiciliar total

Pólo de São José do Rio Preto 100,0 100,0 2,3 5,4 São José do Rio Preto 123,3 55,2 2,6 5,5 Bálsamo 104,3 1,1 0,9 9,5 José Bonifácio 82,0 4,4 0,9 5,4 Guapiaçu 81,1 2,1 3,0 8,8 Mirassol 80,6 7,5 2,3 5,0 Monte Aprazível 79,0 2,8 0,6 4,6 Neves Paulista 76,5 1,4 0,8 5,7 Bady Bassitt 76,1 1,8 8,2 10,4 Poloni 74,1 0,7 0,6 3,0 Potirendaba 72,9 2,1 2,2 6,4 Tanabi 71,7 3,5 0,6 5,3 Orindiúva 71,2 0,6 3,7 5,6 Mendonça 70,6 0,6 0,9 3,0 Planalto 68,8 0,6 -4,4 3,5 Cedral 68,3 1,0 1,8 5,2 Ibirá 67,6 1,5 0,9 4,9 Nova Aliança 64,5 0,7 1,4 3,1 Paulo de Faria 64,0 1,3 0,2 2,2 Jaci 64,0 0,6 2,6 10,0 Ipiguá 60,5 0,5 - - Nova Granada 60,4 2,6 1,5 2,6 Icém 60,2 1,0 1,2 1,6 Uchoa 58,2 1,4 0,9 1,5 Palestina 57,2 1,4 0,1 0,3 Adolfo 53,4 0,6 1,3 3,8 Nipoã 51,8 0,5 1,7 4,1 Onda Verde 48,6 0,5 2,1 2,6 Ubarana 42,6 0,6 - - Zacarias 42,0 0,3 - - União Paulista 41,9 0,2 0,3 4,3 Mirassolândia 39,4 0,6 2,4 3,4

(*) OBS: os números negativos referem-se à variação no período

Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 72

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Como mencionado, entre 1991 e 2000, a renda domiciliar total do pólo de São

José do Rio Preto cresceu 5,4% ao ano enquanto a população cresceu a um ritmo de

2,3% ao ano. Merece registro, o reduzido crescimento populacional de vários

municípios que constituem o pólo de São José do Rio Preto, alguns como é o caso de

Planalto com taxa de crescimento negativa. Acima da média do pólo cresceram os

municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu, Bady Bassitt, Orindiúva e Jaci.

Quanto à renda domiciliar alguns municípios mostraram taxas de crescimento

superiores à média do pólo (5,4% ao ano). Os destaques foram para Bálsamo,

Guapiaçu, Bady Bassitt, Potirendaba, e Jaci. Entre estes municípios somente

Bálsamo registrou reduzida taxa de crescimento de sua população.

Pobreza, desigualdade e concentração de renda

A proporção de pobres diminuiu na década de 90 no pólo de São José do Rio

Preto de 12,4% para 10,1%. O gráfico 2 a seguir mostra a situação de pobreza deste

pólo no ano de 2000 em comparação às três regiões metropolitanas paulistas e aos

pólos regionais. Em 2000, a proporção de pobres no pólo de São José do Rio Preto

era uma das menores depois da região metropolitana de Campinas.7.

Gráfico 2 Proporção de pobres Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000

9,8 10,1 10,8 11,9 12,9 13,2 13,4 13,6 13,7 19,713,2

RMCampinas

S. JoséRio Preto

RibeirãoPreto

Bauru Araçatuba S. JoséCampos

Sorocaba RM SãoPaulo

Est. SãoPaulo

RM Baix.Santista

Pres.Prudente

% POBRES - 2000

Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.

7 Utilizou-se uma linha de pobreza de ½ salário mínimo de 2000 (R$ 75,50).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 73

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

No que diz respeito à desigualdade, o índice de Gini do pólo de São José do Rio

Preto não era dos mais elevados do estado (0,562) em 2000, bem como a relação

entre as rendas médias dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres (3,69) era a

menor. Assim, em termos de desigualdade, analogamente ao verificado com a

pobreza, a situação do pólo era uma das melhores do Estado.

Gráfico 3 Relação entre as rendas médias dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000.

6,585,805,575,414,944,554,464,284,194,093,69

S. JoséRio Preto

RMBaixadaSantista

RMCampinas

Sorocaba S. JoséCampos

RibeirãoPreto

Bauru RM SãoPaulo

Est. SãoPaulo

Araçatuba Pres.Prudente

Relação rendas médias 10 % mais ricos e 40% mais pobres - 2000

Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.

Quanto à concentração de renda, os 20% mais ricos do pólo de São José do Rio

Preto concentravam 62,4% da renda em 2000. Este valor é, entretanto, relativamente

elevado e muito semelhante ao da região metropolitana de São Paulo (Gráfico 4).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 74

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 4 Renda apropriada pelos 20% mais ricos Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000

66,065,663,062,962,461,960,559,559,559,258,3

RM Baix.Santista

Sorocaba RMCampinas

S. JoséCampos

RibeirãoPreto

Bauru S. JoséRio Preto

RM SãoPaulo

Est. SãoPaulo

Araçatuba Pres.Prudente

RENDA APROPRIADA PELOS 20% MAIS RICOS - 2000

Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.

Do ponto de vista dos municípios do pólo de São José do Rio Preto, as situações

de pobreza (% de pobres), desigualdade (relação entre as rendas médias dos 10%

mais ricos e 40% mais pobres) e concentração (20% mais ricos) são ilustradas na

Tabela 2.

Como os municípios estão ordenados conforme sua renda domiciliar per capita

de 2000, de maior a menor observa-se uma correlação inversa entre renda per capita

e proporção de pobres. Ou seja, a proporção de pobres é em geral maior para aqueles

municípios com renda per capita menor. Ademais, nota-se que as proporções de

pobres são muito heterogêneas em 2000. Abaixo da média do pólo encontravam-se os

municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu, Mirassol, Neves Paulista, Baddy

Bassitt e Orindiúva. Alguns municípios ainda que apresentem renda per capita não

tão baixa apresentam significativa proporção de pobres. São os casos de José

Bonifácio, Monte Aprazível, Poloni e Tanabi. As piores situações de pobreza em

2000 são encontradas em Planalto (29,3% de pobres), Mirassolândia (27,4%) e

Paulo de Faria (26,7%).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 75

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 2: Pobreza, Concentração e Desigualdade da renda Domiciliar Pólo de São José do Rio Preto e Municípios 1991 – 2000

% pobres

Proporção da renda

apropriada pelos 20% mais

ricos

Relação entre as rendas médias dos

10% mais ricos e 40% mais pobres

Pólo de São José do Rio Preto e Municípios

1991 2000 1991 2000 1991 2000

Pólo de São José do Rio Preto 12,2 10,1 61,0 62,4 4,9 5,4 São José do Rio Preto 5,1 7,3 67,7 68,9 9,4 9,5 Bálsamo 20,1 10,0 42,7 64,1 1,4 5,1 José Bonifácio 18,2 11,2 48,8 56,1 2,0 3,4 Guapiaçu 13,8 9,4 35,7 53,0 1,4 3,3 Mirassol 10,6 8,8 50,9 52,3 2,8 3,0 Monte Aprazível 23,8 11,3 47,3 50,9 2,3 2,7 Neves Paulista 20,5 9,1 43,6 47,8 1,5 2,5 Bady Bassitt 14,5 8,3 55,6 43,7 3,4 2,5 Poloni 22,4 15,5 55,4 50,4 2,7 2,0 Potirendaba 22,3 10,8 40,3 46,9 1,4 2,0 Tanabi 28,0 16,4 45,1 48,6 1,4 2,2 Orindiúva 22,7 8,6 55,1 44,3 2,7 2,1 Mendonça 27,2 16,9 62,3 50,7 3,1 2,3 Planalto 29,1 29,3 26,3 53,5 0,4 2,3 Cedral 26,2 14,4 47,8 42,8 1,4 2,0 Ibirá 18,8 16,4 36,4 47,6 1,1 1,7 Nova Aliança 20,7 12,1 48,5 41,9 2,3 1,3 Paulo de Faria 27,5 26,7 52,0 51,8 2,0 1,8 Jaci 26,8 14,0 22,9 39,6 0,1 1,5 Ipiguá - 18,7 - 40,8 - 0,9 Nova Granada 18,7 13,9 48,3 41,9 2,1 1,5 Icém 18,7 22,8 52,0 50,2 2,3 1,7 Uchoa 20,7 16,9 47,1 42,6 1,9 1,0 Palestina 30,9 19,0 56,4 41,4 2,3 1,0 Adolfo 18,0 10,2 38,9 30,0 0,7 0,5 Nipoã 27,7 18,6 35,0 37,6 0,9 0,6 Onda Verde 17,8 17,1 43,6 19,5 1,3 0,3 Ubarana - 22,2 - 24,1 - 0,2 Zacarias - 18,9 - 18,5 - 0,2 União Paulista 37,0 23,5 27,3 27,5 0,4 0,4 Mirassolândia 28,5 27,4 31,4 10,4 0,7 0,0

Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Deve-se mencionar que somente os municípios de Icém e São José do Rio Preto

tiveram ampliação de suas proporções de pobres na década e os municípios de

Planalto, Mirassolândia e Paulo de Faria mantiveram as mesmas proporções de

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

pobres. Todos os outros municípios tiveram decréscimo da proporção de pobres. Em

geral, os municípios que reduziram mais sua pobreza são aqueles municípios que

apresentaram uma proporção de pobres elevada em 1991. São os casos, por

exemplo, de Bálsamo, Monte Aprazível, Neves Paulista, Orindiúva e Cedral.

A concentração de renda expressa pela renda apropriada pelos 20% mais ricos

revela que no pólo de São José do Rio Preto os 20% mais ricos concentravam 62,4%

da renda no ano 2000, tendo sofrido um acréscimo de um ponto percentual na década.

Em 2000, a concentração de renda era superior à média do pólo nos municípios de

São José do Rio Preto e Bálsamo, os dois municípios com maior renda. Deve-se

chamar à atenção para a correlação direta entre renda e concentração. Ou seja,

aqueles municípios que possuem renda per capita mais elevada têm também maior

concentração de renda. Entre 1991 e 2000 a concentração da renda aumentou na

maioria dos municípios. O destaque fica com o município de São José do Rio Preto

onde a concentração de renda já era muito elevada em 1992 e aumentou na década,

variando de 73,4% para 75,3% em 2000 a proporção da renda apropriada pelos 20%

mais ricos. A proporção de renda apropriada pelos 20% mais ricos só diminuiu entre

os municípios de renda intermediária e de menor renda (para exemplificar, Bady

Bassitt, Poloni, Orindiúva, Mendonça, Cedral, Nova Aliança, Nova Granada e

Icém).

A desigualdade medida pela razão entre as rendas médias dos 10% mais ricos e

dos 40% mais pobres revela que no pólo de São José do Rio Preto em 2000 os 10%

mais ricos tinham uma renda média equivalente a 5,4 vezes a renda média dos 40%

mais pobres do pólo. Essa razão foi ainda superada pelos municípios de São José do

Rio Preto (9,5). Entre 1991 e 2000, a desigualdade, medida por este indicador,

aumentou na maioria dos municípios. O destaque fica novamente com São José do

Rio Preto onde essa razão era muito elevada em 1991 e continuou elevada em 2000

e Bálsamo que variou de 1,4 para 5,1 na década.

Considerações Finais

Na década de 90 houve ligeiro aumento da renda domiciliar per capita no pólo de

São José do Rio Preto abrangendo seus 31 municípios. Alguns municípios, entretanto,

tiveram reduzido crescimento de suas rendas. O município de Bady Bassitt com uma

renda domiciliar inferior em 23,1% à média do pólo, se destacou por apresentar, de

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 77

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

forma simultânea, os mais elevados crescimentos de renda e, principalmente, de

população.

A concentração e a desigualdade que eram relativamente as menos elevadas

aumentaram em alguns municípios e diminuíram de forma significativa em outros. Já a

proporção de pobres que era uma das menores diminuiu em vários municípios onde

essa proporção já era muito elevada em 1991, mas ainda assim vários municípios

continuaram com a mesma situação de pobreza de 1991.

2. Mudanças no domicílio, na inserção domiciliar no mercado de trabalho e as políticas sociais

Introdução

Neste projeto, o trabalho e o domicílio são considerados como elementos

centrais para a análise das mudanças sociodemográficas nas diferentes regiões

metropolitanas e pólos regionais e de suas implicações para as demandas das

políticas públicas.

Nesse sentido, este item tem por objetivos recuperar as mudanças nos

domicílios e nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e para a

provisão familiar. A análise destas mudanças, bem como a identificação dos arranjos

domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento visa também oferecer indicações

para a orientação das políticas sociais voltadas para a superação da pobreza e para a

redução da desigualdade.

Por outro lado, os indicadores de pobreza e de não pobreza e de desigualdade

social apresentam maior precisão por serem elaborados a partir de informações que

têm o domicílio como unidade de análise e as especificidades de sua estruturação.

Assim, a composição dos arranjos domiciliares e o ciclo vital das famílias são

adotados como referências para se pesquisar os grupos de domicílios mais

suscetíveis ao empobrecimento nos contextos regionais diferenciados. Outro aspecto

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 78

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

relevante na análise é a ampliação do numero de domicílios com renda da mulher e o

aumento da participação da renda da mulher na renda do domicilio8.

A relevância desta abordagem está ancorada na centralidade na família

assumida para a concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e

projetos como um dos princípios da Política Nacional de Assistência Social desde

1993, mantida em 2004 na atualização da Política Nacional de Assistência Social e

nas diretrizes da atual gestão federal 9. A centralidade na família é reafirmada ao ter

sido eleita como unidade do principal programa de transferência de renda federal, o

Programa Bolsa-Familia, que visa atingir a totalidade das famílias pobres. O Programa

Bolsa-Família de forma distinta dos programas anteriores e sob a referida concepção,

inclui o conjunto dos membros da família como público alvo. A recente implantação do

SUAS, por sua vez, implementa tais diretrizes e dá ênfase à atenção familiar. Como se

sabe, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) em implantação no País é

assentado em alguns princípios, dentre eles: a universalidade; a matricialidade

sociofamiliar, que se fundamenta no direito à proteção das famílias; e a

territorialização.

Frente às novas características das políticas de proteção social cada vez mais o

conhecimento sobre as famílias e as mudanças que a família vem sofrendo, passam a

ser de interesse crescente para os agentes institucionais envolvidos na implementação

das novas políticas sociais. Por outro lado, desperta o interesse dos estudiosos da

família, que procuram entender tanto suas transformações e as novas configurações;

bem como as possibilidades de que as novas políticas sociais provoquem novas

mudanças na estruturação das famílias, na relação interna de poder, dentre outras.

É importante acrescentar nesta introdução uma informação metodológica. Este

projeto optou por utilizar como fonte básica de informação para a análise das três

regiões metropolitanas paulistas e dos pólos regionais os microdados do Censos

Demográficos 1991 e 2000 - IBGE. Isto porque o Censo Demográfico é a única fonte

de informação domiciliar que possibilita investigar estas questões para as novas áreas

metropolitanas e as espacialidades regionais adotadas pelo projeto (pólos regionais),

através do recurso de agregar o conjunto de municípios que compõem tais regiões. As

8 Neste estudo as unidades domiciliares são assumidas como equivalentes a unidades familiares, tendo por referência análise metodológica de Bilac (2001) explicitada no item 2.1., a seguir. 9 Política Nacional de Assistência Social. Resolução nº 145 de 15 de outubro de 2004 (DOU 28/10/2004).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 79

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

PNADs – IBGE, que poderiam trazer dados mais recentes, não permitem

desagregação da informação para as regiões estudadas. Apresentam informações

desagregadas apenas para as Unidades da Federação (UF) e para as regiões

metropolitanas que incluem as capitais das UF, não incluindo, portanto as regiões

metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista e as demais regiões pesquisadas.

Nas análises dos censos são utilizados os dados da Amostra, representativos da

população das áreas estudadas.

No tópico 1. são apresentadas as principais mudanças nos arranjos domiciliares

identificados no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre 1991 e 2000, bem

como os perfis dos arranjos domiciliares e tamanho de família nos dois momentos

censitários.

No tópico 2. são tratados os arranjos domiciliares de inserção no mercado de

trabalho, bem como se investigam mudanças na responsabilidade pela manutenção

do domicílio no Pólo Regional de São José do Rio Preto.

No tópico 3 são indicados os arranjos familiares mais suscetíveis ao

empobrecimento, oferecendo indicações para os arranjos domiciliares que demandam

maior atenção das políticas sociais e, também indicações de acesso programas de

transferência de renda.

No tópico 4 é analisada a participação da renda da mulher no domicilio no Pólo

Regional de São José do Rio Preto.

2.1. Mudanças nos arranjos domiciliares: configurações e tamanho

Na análise das mudanças na família e não desconhecendo as dificuldades de se

identificar famílias através dos censos demográficos, optou-se neste estudo por

assumir as unidades domiciliares como equivalentes a unidades familiares, tendo por

referência análise metodológica de Bilac (2001) que fundamenta essa escolha, por

apontar três aspectos. O primeiro é que o Censo Brasileiro identifica famílias no

domicílio assim considerando “um conjunto de pessoas ligadas por laços de

parentesco, dependência ou normas de convencia, que moram num mesmo domicílio”

(IBGE, 1990, apud Bilac, 2001, pp.4). O segundo aspecto é que aponta no Censo

critérios de identificação de domicilio particular independente, que o aproxima do

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 80

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

conceito de “unidade doméstica” 10, que pressupõe o partilhamento de orçamento

comum, definido minimamente pelo partilhamento das despesas com alimentação. O

terceiro aspecto é que Bilac no estudo referido, ao analisar a presença de famílias

conviventes em um mesmo domicílio identifica relações de parentesco entre as

pessoas de referência das famílias conviventes na maior parte dos casos, sugerindo a

existência de família ampliada, bem como aponta a pequena ocorrência de famílias

conviventes, da ordem de 7 % dos domicílios (Bilac, 2001).

As mudanças nas formas de organização familiar nas regiões metropolitanas e

pólos regionais do Estado de São Paulo em 2000, aqui analisadas através dos dados

censitários, expressam tendências de mudanças iniciadas em décadas anteriores para

as famílias brasileiras, acentuadas nos anos 90. As mais importantes são: - redução

do tipo de organização familiar predominante constituído pelas famílias conjugais e

casais com filhos; - crescimento da proporção de famílias monoparentais, tanto

chefiadas por mulheres como por homens; - crescimento dos domicílios unipessoais.

Outra tendência observada é a redução do tamanho da família que se relaciona tanto

às novas formas de estruturação da família como à redução do número de filhos.

Estas tendências são também as principais observadas no Pólo Regional de

Ribeirão Preto no período 1991-2000.

Os arranjos domiciliares no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano 2000

Os arranjos domiciliares do Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentam

um perfil com as seguintes características, segundo dados do Censo Demográfico do

IBGE de 2000: os arranjos familiares nucleados por casais compreendem 73,3% do

total dos arranjos domiciliares e os arranjos de chefes masculinos e femininos sem

cônjuges totalizam 26,7%, com maior peso dos arranjos chefiados por mulheres, que

perfazem 19,3% dos arranjos domiciliares (Tabela 3). Comparando-se esses

percentuais entre as três regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais, observa-

se que o perfil apresentado pelo Pólo Regional de São José do Rio Preto é bastante

próximo ao apresentado pelos demais pólos do Estado de São Paulo sob análise,

10 “Ao empregar os critérios de Separação e de Independência para a determinação do número de domicílios particulares permanentes existentes em uma determinada habitação, deverá ser verificado, inicialmente, se a pessoa ou grupo de pessoas vive e se alimenta separadamente das demais e, em seguida, se a pessoa ou grupo de pessoas têm acesso direto ao seu local de habitação sem passar por habitação de outras pessoas. Se em um dos casos ou em ambos a conclusão for negativa, a habitação será considerada um domicílio particular.” (IBGE, 1990, pp.22, apud Bilac, 2001).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 81

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

diferenciando-se das regiões metropolitanas e especialmente da Região Metropolitana

da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo. Comparado aos Pólos

Regionais, observou-se semelhanças, ficando abaixo somente do pólo de Sorocaba,

onde os arranjos familiares nucleados por casais compreendem a 75,5% do total dos

arranjos domiciliares.

Como peculiaridades no perfil apresentado pelo Pólo Regional de São José do

Rio Preto pode-se apontar que os percentuais de arranjos nucleados por casais

encontraram-se acima daqueles observados pelo Estado de São Paulo (71,6%) e

regiões metropolitanas paulistas, com a exceção de Campinas. Por outro lado, e

complementarmente, os arranjos de chefes sem cônjuges, encontraram-se abaixo da

média do Estado de São Paulo (28,4%).

Outra peculiaridade do Pólo de São José do Rio Preto é a maior proporção de

casais sem filhos encontrada entre as espacialidades analisadas, da ordem de 16,4%

e, também uma das menores proporções de casais com filhos, 56,9%, semelhante

apenas à encontrada na Região Metropolitana de São Paulo e um pouco mais elevada

que a proporção encontrada na Região Metropolitana da Baixada Santista. Diferencia-

se dos pólos regionais com relação à proporção dos arranjos de casais sem filhos,

cujas proporções ficam entre 12% e 15% e, também, com relação à proporção dos

arranjos casais com filhos, que apresentam proporções mais próximas dos 60%, ver

Tabela 3.

No entanto, a configuração familiar predominantemente no Pólo Regional de São

José do Rio Preto é do tipo conjugal com ou sem a presença de filhos residentes,

compreendendo 73,3% dos domicílios do pólo. Dentre os arranjos nucleados por

casais, predominam os casais com filhos e parentes, os quais, como mencionado

acima, apresentam um percentual de 56,9%. Considerando-se os casais com a

presença de filhos, estes estão distribuídos de forma semelhante entre aqueles de até

34 anos, 21,1% , seguidos pelos casais de 35 até 49 anos, 22,8% dos arranjos

domiciliares. Os casais de 50 anos e mais com filhos e ou parentes apresentam um

dos maiores percentuais, 10%, semelhantes apenas ao apresentado para esse arranjo

domiciliar pelos Pólos Regionais Araçatuba, Bauru e Ribeirão Preto. Apesar das

especificidades, o perfil da distribuição dos arranjos nucleados por casais não é muito

distinto das médias apresentadas pelo Estado de São Paulo, que são,

respectivamente, 22,9%, 22,3% e 9,7%.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 82

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Com relação aos arranjos com chefia feminina sem cônjuge (19,3%), o Pólo

Regional de São José do Rio Preto apresenta proporção pouco menor quando

comparada ao Estado de São Paulo (20,5%) e especialmente quando comparado às

RMSP e RMBS, porém mais próxima às proporções observadas nos pólos regionais

(Tabela 3). Da mesma forma, os arranjos domiciliares com chefia feminina sem

cônjuge com a presença de filhos e/ou parentes (13,7%), apresentam proporções

inferiores às médias apresentadas pelo Estado de São Paulo (15,6%), bem como em

relação às RMSP e RMBS, ambas da ordem de 17%; e, ainda que um pouco

menores, assemelham-se aos pólos regionais estudados.

Por outro lado, a proporção de arranjos domiciliares chefiados por homem sem a

presença de cônjuge, de 7,4%, está próxima da apresentada pelos pólos regionais

analisados e é menor que a média do Estado (7,9%). Merece observar que estes se

distribuem entre aqueles com a presença de filhos 3,1% e os domicílios unipessoais

masculinos, 4,3% (Tabela 3).

Estas especificidades da estruturação dos arranjos domiciliares no Pólo de

Ribeirão Preto podem ser associadas às características da sua estrutura etária. No

ano de 2000 o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentava a estrutura etária

mais envelhecida, quando comparada à média do Estado de São Paulo e às regiões

analisadas ou seja, apresentou a menor proporção de população com até 14 anos de

idade, da ordem de 23,4%; proporção de população em idade ativa - entre as idades

de 15-59 – da ordem de 65,5%, pouco acima da observada pelo Estado de São Paulo

e a maior proporção de pessoas com 60 anos e mais, da ordem de 11,3% 11.

Informações sobre a estrutura etária da população do Pólo Regional de São José do

Rio Preto podem ser encontradas no Capítulo 3, Item 2.1. do Documento 1 – Relatório

Consolidado para o Estado de São Paulo, deste Projeto, bem como no Capitulo 2 do

mesmo Documento 1, na análise das pirâmides etárias.

11 Em 2000, a estrutura etária do Estado de São Paulo era a seguinte: 26,2% de pessoas com até 14 anos de idade; 64,3% entre as idades de 15-59 e proporção de pessoas com 60 anos e mais da ordem de 9,4%. FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 83

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 3Distribuição dos domicílios segundo arranjo domiciliarRegiões Metropolitanas e Pólos Regionais1991-2000

Totalaté 34 anos

de 35 a 49 anos

50 anos e mais

Estado São Paulo 77,0 12,8 64,2 28,2 23,3 9,6 16,0 12,4 3,7 7,0 4,1 2,9 100,0

RM São Paulo 74,7 12,5 62,2 26,9 23,2 8,8 17,8 13,8 4,0 7,5 4,6 2,9 100,0

RM Baixada Santista 73,0 14,4 58,6 24,7 21,6 8,8 19,0 14,3 4,8 8,0 4,0 4,0 100,0

RM Campinas 80,1 12,8 67,3 30,1 24,5 9,9 13,8 10,7 3,1 6,1 3,7 2,4 100,0

Pólo Araçatuba 79,8 13,5 66,3 29,5 23,6 10,5 14,4 11,3 3,1 5,9 3,2 2,6 100,0

Pólo Bauru 78,9 12,8 66,0 29,5 23,0 10,5 15,1 11,3 3,8 6,1 3,5 2,6 100,0

Pólo Presidente Prudente 79,4 12,5 66,9 30,3 23,2 10,7 14,6 11,2 3,4 6,0 3,1 2,9 100,0

Pólo Ribeirão Preto 79,3 12,4 66,8 29,9 23,6 10,5 14,8 11,4 3,4 6,0 3,3 2,6 100,0

Pólo São José dos Campos 78,6 10,4 68,3 31,4 25,4 8,5 13,9 11,5 2,4 7,4 4,1 3,3 100,0

Pólo São José do Rio Preto 79,6 15,0 64,6 28,7 23,0 10,4 14,5 10,7 3,7 6,0 3,4 2,6 100,0

Pólo Sorocaba 80,6 12,2 68,5 32,0 23,5 9,9 13,5 10,6 2,9 5,9 3,2 2,7 100,0

Estado São Paulo 71,6 13,4 58,2 22,3 22,9 9,7 20,6 15,6 4,9 7,9 3,7 4,1 100,0

RM São Paulo 69,6 12,6 56,9 21,8 22,4 9,3 22,4 17,2 5,2 8,0 4,0 4,1 100,0

RM Baixada Santista 67,0 14,2 52,8 19,5 20,7 8,9 23,8 17,7 9,2 3,9 6,1 5,3 100,0

RM Campinas 74,2 14,1 60,1 22,8 24,6 9,8 18,3 13,9 7,5 3,7 4,4 3,9 100,0

Pólo Araçatuba 73,7 15,5 58,2 21,5 23,3 10,4 19,2 14,2 4,9 7,1 3,1 4,0 100,0

Pólo Bauru 73,1 13,9 59,2 22,5 23,1 10,4 19,6 14,5 5,2 7,3 3,2 4,1 100,0

Pólo Presidente Prudente 73,0 14,3 58,7 23,3 22,3 9,7 19,6 14,5 5,2 7,4 2,9 4,5 100,0

Pólo Ribeirão Preto 72,6 13,4 59,2 22,2 23,7 10,4 19,5 14,6 4,9 7,9 3,7 4,2 100,0

Pólo São José dos Campos 73,3 11,5 61,9 23,1 25,7 9,7 18,5 14,9 3,6 8,2 3,7 4,5 100,0

Pólo São José do Rio Preto 73,3 16,4 56,9 21,1 22,8 10,0 19,3 13,7 5,7 7,4 3,1 4,3 100,0

Pólo Sorocaba 75,5 13,1 62,4 25,1 24,1 9,8 17,5 13,6 3,9 7,0 3,4 3,6 100,0

Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

TotalTotal

Sem filhos

Com filhos e parentes

Total Unipessoal

2000

1991

Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

com filhos e/ou

parentesUnipessoal Total

com filhos e/ou

parentes

Observando-se os percentuais dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto

no ano de 2000 para os arranjos chefiados por casais, é possível perceber que estes

variam entre 67,7% e 83,4%, sendo que a média do Pólo é de 73,3%, como já referido

(Tabela 4).

Nos arranjos chefiados por mulheres sem cônjuges os percentuais apresentados

pelos municípios ficam entre 9,7% e 21,8%, sendo que a média do pólo é de 19,3%.

Por fim, nos arranjos chefiados por homens sem cônjuges os percentuais variam entre

5,7% e 11,7%, sendo que a média é de 7,4% no ano de 2000.

O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo regional e o maior

município - 403 mil habitantes, segundo a Contagem de 2007, IBGE -, apresenta

proporção de domicílios nucleados por casais da ordem de 70,8% (abaixo da média

regional) e 29,2% nucleados por chefe feminino ou masculino sem cônjuge, dentre os

quais, 21,8% chefiados por mulheres sem cônjuge (acima da média regional), e 7,4%

com chefia masculina sem cônjuge (próximo da média regional), no ano 2000.

Para evidenciar a heterogeneidade entre os municípios do Pólo em relação ao

perfil dos arranjos domiciliares, apresentamos outro município, com características

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 84

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

distintas. Mirassolândia, município pequeno - pois tem 4 mil habitantes, segundo a

Contagem Populacional de 2007, IBGE -, e o município com a menor renda per capita

do Pólo, abaixo da média regional, apresenta um dos maiores percentuais de arranjos

chefiados por casais do Pólo de São José do Rio Preto, totalizando 79,8%; dentre

estes destaca-se a proporção de casais sem filhos, 17,9% dos domicílios, enquanto o

arranjo domiciliar de casais com filhos, apresenta percentuais de 61,9%, ambos os

arranjos acima da média regional. Apresenta ainda como peculiaridade um dos

menores percentuais de arranjos de chefes femininos e masculinos sem cônjuges, da

ordem de 20,2%. Com relação aos arranjos de chefes femininos sem cônjuges, estes

perfazem 12,6%, abaixo da média regional (19,3%), enquanto os arranjos de chefes

masculinos sem cônjuges perfazem 7,6% dos domicílios do município, próximos da

média regional, que é de 7,4% (Tabela 4).

Tendências de mudanças nos arranjos domiciliares: 1991-2000

O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta, entre 1991 e 2000 as

tendências de queda nos arranjos domiciliares chefiados por casais e de crescimento

nos arranjos chefiados por homens e mulheres sem cônjuges. Compartilha dessas

tendências tanto com o Estado de São Paulo, como com as outras Regiões

Metropolitanas e Pólos Regionais Paulistas (Tabela 3).

Assim, no ano de 1991 a o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentava

percentual de 79,6% de arranjos nucleados por casais, que caiu para 73,3% em 2000,

apresentando queda acentuada nessa configuração familiar, semelhante à

experimentada pelo Estado de São Paulo.

Os arranjos domiciliares chefiados por homens e mulheres sem cônjuges, em

movimento inverso, apresentaram crescimento e passaram de 20,4% em 1991 para

26,7% no Pólo Regional de São José do Rio Preto, em 2000.

Ambas as tendências foram apresentadas, com maiores ou menores proporções,

por todo o Estado de São Paulo. No caso do Estado de São Paulo, este apresentava,

em 1991, 77% dos arranjos domiciliares chefiados por casais e 23% dos arranjos com

chefias femininas e masculinas sem cônjuges; no ano 2000 esses percentuais

passaram a ser de 71,6% e de 28,4%, respectivamente.

Dentre os arranjos domiciliares nucleados pelo casal, o Pólo Regional de São

José do Rio Preto, experimentou por um lado, crescimento no caso dos casais sem

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 85

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

filhos e, por outro, registrou acentuada queda naqueles arranjos chefiados por casais

em que há a presença filhos e/ou parentes, que passaram de 66,8% em 1991 para

59,2% em 2000. A redução desse arranjo domiciliar no período ocorre com diferentes

intensidades também no restante do Estado de São Paulo.

A queda nos arranjos nucleados pelo casal ocorreu, principalmente, nos

domicílios dos casais na faixa etária de até 34 anos, com a presença de filhos, que

somavam 28,7% em 1991 e passaram a ser 21% em 2000, expressando diversas

mudanças pelas quais passa a família, nestas incluindo tanto a redução da

fecundidade, como as mudanças nos padrões de nupcialidade.

Tabela 4Distribuição dos Domicílios segundo arranjos domiciliaresPólo Regional de São José do Rio Preto1991

Total

Até 34 anos

de 35 a 49 anos

50 anos e mais

Pólo São José do Rio Preto 79,6 15,0 64,6 28,7 23,0 10,4 14,5 10,7 3,7 6,0 3,4 2,6 100,0Adolfo 81,3 14,3 67,0 36,5 19,6 7,4 10,8 7,3 3,5 7,9 6,1 1,8 100,0Bady Bassitt 86,5 16,2 70,3 31,0 27,6 9,1 6,9 5,5 1,3 6,6 4,2 2,4 100,0Bálsamo 80,5 15,6 64,9 29,6 21,7 11,4 12,3 8,6 3,7 7,3 3,8 3,5 100,0Cedral 85,4 18,8 66,6 23,6 26,8 13,2 10,5 7,8 2,8 4,1 2,9 1,2 100,0Guapiaçu 86,6 14,6 71,9 34,6 24,9 10,5 9,0 7,1 2,0 4,4 2,5 1,9 100,0Ibirá 79,3 13,7 65,6 30,6 21,1 10,9 12,7 8,9 3,8 8,1 4,7 3,4 100,0Icém 77,6 15,5 62,1 28,5 23,5 7,6 13,2 10,6 2,6 9,3 3,2 6,0 100,0Ipiguá - - - - - - - - - - - - -Jaci 87,1 14,5 72,7 40,8 20,4 10,8 5,7 4,0 1,7 7,1 4,8 2,4 100,0José Bonifácio 82,5 15,4 67,0 31,9 22,0 10,4 10,8 9,3 1,5 6,8 2,2 4,6 100,0Mendonça 82,4 14,2 68,2 26,6 22,2 13,8 6,9 5,1 1,9 10,7 6,7 4,1 100,0Mirassol 80,9 14,9 66,0 29,5 24,2 10,1 13,8 10,1 3,7 5,4 3,5 1,9 100,0Mirassolândia 85,2 18,8 66,4 33,8 20,6 9,2 10,2 9,3 0,9 4,6 3,6 1,1 100,0Monte Aprazível 81,5 17,3 64,1 28,4 23,2 10,8 12,6 9,3 3,2 6,0 3,9 2,1 100,0Neves Paulista 81,4 15,2 66,2 26,3 23,5 14,3 11,8 8,8 3,0 6,8 3,8 3,0 100,0Nipoã 77,0 17,3 59,7 27,8 24,1 6,3 11,8 11,4 0,4 11,3 3,8 7,4 100,0Nova Aliança 83,6 17,7 65,9 28,8 21,5 13,3 9,3 6,3 3,0 7,1 4,4 2,7 100,0Nova Granada 77,8 14,2 63,6 30,3 22,1 9,9 14,0 9,8 4,2 8,3 4,1 4,2 100,0Onda Verde 88,6 16,4 72,2 38,3 22,3 8,9 9,5 7,0 2,5 1,9 1,9 . 100,0Orindiúva 78,4 12,8 65,7 32,9 23,7 8,4 12,2 9,8 2,4 9,4 3,5 5,9 100,0Palestina 79,6 20,1 59,5 25,8 21,1 9,1 13,1 10,0 3,1 7,3 2,7 4,6 100,0Paulo de Faria 74,7 13,8 60,9 30,6 19,5 9,7 16,0 10,3 5,7 9,3 3,1 6,2 100,0Planalto 84,4 12,8 71,6 37,0 21,6 13,1 11,1 8,6 2,5 4,5 3,0 1,6 100,0Poloni 83,1 19,2 63,9 24,3 22,2 13,0 12,5 8,0 4,5 4,4 1,6 2,7 100,0Potirendaba 85,0 17,2 67,8 26,6 23,2 14,6 9,8 6,9 2,9 5,2 3,7 1,5 100,0São José do Rio Preto 78,0 14,4 63,6 27,8 23,0 10,2 16,5 12,3 4,3 5,5 3,3 2,2 100,0Tanabi 78,7 16,3 62,4 27,8 22,8 9,0 14,2 10,4 3,8 7,2 4,4 2,7 100,0Ubarana - - - - - - - - - - - - -Uchoa 83,2 15,5 67,7 30,2 25,1 11,1 10,8 7,1 3,7 6,0 2,7 3,3 100,0União Paulista 89,5 12,2 77,3 41,2 15,9 16,0 1,7 1,7 . 8,8 2,6 6,2 100,0Zacarias - - - - - - - - - - - - -

Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

Totalcom filhos

e/ou parentes

Unipessoal TotalCom filhos

e/ou parentes

Unipessoal

Fonte: Censo Demográfico 1991. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

TotalCasal sem filhos

Com filhos e/ou parentesTotal

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 86

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 4Distribuição dos domicílios segundo arranjos domiciliaresPólo Regional de São José do Rio Preto2000

Total

Até 34 anos

de 35 a 49 anos

50 anos e mais

Pólo São José do Rio Preto 73,3 16,4 56,9 21,1 22,8 10,0 19,3 13,7 5,7 7,4 3,1 4,3 100,0Adolfo 79,1 14,0 65,1 27,9 24,6 9,6 13,1 9,2 3,9 7,8 3,4 4,4 100,0Bady Bassitt 80,7 19,6 61,1 27,1 23,1 8,0 12,7 10,1 2,6 6,7 3,1 3,5 100,0Bálsamo 77,8 17,6 60,2 21,0 23,5 13,0 15,5 10,0 5,5 6,7 2,5 4,2 100,0Cedral 78,8 18,7 60,1 22,8 21,9 12,5 14,3 10,2 4,1 6,9 3,9 3,0 100,0Guapiaçu 80,7 16,9 63,9 26,6 25,1 10,0 13,6 9,5 4,0 5,7 3,1 2,7 100,0Ibirá 72,9 16,0 56,9 21,8 21,8 10,6 19,0 11,2 7,8 8,2 3,9 4,3 100,0Icém 73,1 15,4 57,7 22,8 23,4 8,0 18,4 12,6 5,9 8,5 2,8 5,7 100,0Ipiguá 82,8 20,1 62,7 24,3 23,5 8,6 9,7 6,9 2,8 7,5 1,6 5,9 100,0Jaci 79,4 18,7 60,7 30,9 22,5 6,4 12,8 9,6 3,3 7,8 5,9 2,0 100,0José Bonifácio 77,5 17,0 60,5 26,1 22,7 9,6 16,1 11,2 4,9 6,4 2,2 4,2 100,0Mendonça 80,9 23,7 57,2 19,7 23,9 10,1 13,2 9,5 3,7 6,0 2,2 3,8 100,0Mirassol 74,4 15,0 59,5 23,7 22,3 10,4 18,3 12,4 5,9 7,3 3,1 4,2 100,0Mirassolândia 79,8 17,9 61,9 24,9 21,8 11,2 12,7 8,8 3,9 7,6 4,3 3,3 100,0Monte Aprazível 73,6 18,7 54,9 19,3 23,2 10,0 17,7 11,7 6,0 8,7 3,6 5,1 100,0Neves Paulista 78,0 18,6 59,3 20,3 22,9 14,1 15,9 11,9 3,9 6,2 2,6 3,6 100,0Nipoã 74,2 19,7 54,6 23,5 22,2 7,5 14,6 9,4 5,2 11,2 3,7 7,5 100,0Nova Aliança 77,3 15,7 61,6 21,1 25,2 11,6 14,3 10,5 3,8 8,5 2,7 5,7 100,0Nova Granada 73,3 13,0 60,3 25,2 21,7 10,1 18,4 13,4 5,1 8,3 2,7 5,6 100,0Onda Verde 80,5 17,5 63,1 29,6 16,8 10,7 12,4 9,8 2,5 7,1 4,0 3,2 100,0Orindiúva 78,7 15,9 62,8 34,8 19,5 5,4 10,6 7,1 3,5 10,7 4,4 6,2 100,0Palestina 74,2 21,6 52,6 18,6 21,7 10,0 18,2 12,2 6,1 7,6 3,4 4,1 100,0Paulo de Faria 67,7 15,6 52,1 24,6 17,2 7,1 21,4 16,1 5,3 10,9 3,6 7,3 100,0Planalto 75,5 16,1 59,4 23,9 23,7 8,5 14,5 9,4 5,1 10,0 4,1 6,0 100,0Poloni 72,9 20,9 52,1 19,1 19,6 11,5 19,2 12,9 6,3 7,9 2,9 4,9 100,0Potirendaba 80,6 21,9 58,7 20,4 25,0 10,8 13,1 8,2 4,9 6,4 3,1 3,3 100,0São José do Rio Preto 70,8 15,7 55,2 19,1 23,0 9,9 21,8 15,6 6,2 7,4 3,3 4,2 100,0Tanabi 75,5 18,7 56,8 21,2 22,7 10,5 18,0 12,1 5,9 6,5 2,1 4,4 100,0Ubarana 83,4 13,9 69,6 35,3 22,2 8,3 10,0 7,7 2,2 6,6 3,1 3,5 100,0Uchoa 76,6 17,0 59,6 23,4 21,8 12,1 17,1 12,2 4,8 6,4 1,4 5,0 100,0União Paulista 77,1 14,9 62,2 19,3 26,6 10,2 11,2 7,1 4,1 11,7 5,1 6,6 100,0Zacarias 79,3 19,4 59,9 22,3 21,6 12,1 9,9 7,9 2,0 10,8 2,5 8,4 100,0

Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

TotalCasal sem filhos

Com filhos e/ou parentes Com filhos e/ou

parentesUnipessoal

Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Totalcom filhos

e/ou parentes

Unipessoal TotalTotal

Observa-se por outro lado, no Pólo de São José do Rio Preto praticamente a

manutenção das proporções de arranjos domiciliares nucleados pelo casal entre

aqueles de 35 a 39 anos com a presença de filhos e daqueles na faixa etária de 50

anos ou mais, com a presença de filhos, com muito pequena queda (Tabela 3 e

Gráfico 5).

Deve-se ainda ressaltar, dentre os arranjos nucleados por casais, o crescimento

moderado nos arranjos de casais sem filhos, que passam de 15% para 16,4% no

período analisado; tais percentuais são superiores aos apresentados pelo Estado de

São Paulo, que no mesmo período apresentou a manutenção da proporção 12,5%.

Page 87: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 87

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 5 Distribuição dos arranjos domiciliares segundo tipologia Pólos Regionais – Estado de São Paulo 1991 – 2000

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000

Pólo Araçatuba Pólo Bauru Pólo PresidentePrudente

Pólo Ribeirão Preto Pólo São José dosCampos

Pólo São José doRio Preto

Pólo Sorocaba Estado SãoPaulo

Casal sem filhos Casal até 34 anos com filhos e parentes

Casal de 35 a 49 com filhos e parentes Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes

Casal com filhos e parentes - Residual Chefe feminina sem conjuge e/ou filhos e parentes

Chefe feminina unipessoal Chefe masculino sem conjuge e/ou filhos e/ou parentes

Chefe masculino unipessoal Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Os arranjos chefiados por homens e mulheres sem a presença de cônjuge

apresentaram no Pólo Regional de São José do Rio Preto, complementarmente,

crescimento significativo e mais acentuado para aqueles com chefia feminina; ou seja,

os domicílios com esta configuração com chefia feminina passam de 14,5% em 1991,

para 19,3% em 2000, enquanto os arranjos dos chefes masculinos sem cônjuge,

representavam 6% dos arranjos em 1991 e passaram a ser 7,4% em 2000.

Dentre os arranjos domiciliares com chefes femininas, o crescimento foi

relevante tanto naqueles com a presença de filhos e/ou parentes, que passaram de

10,7% em 1991 para 13,7% em 2000, como nos domicílios unipessoais que passaram

de 3,7% em 1991 para 5,7% em 2000, indicando maior intensidade no crescimento.

No caso dos arranjos domiciliares com chefias masculinas sem cônjuge, o crescimento

no período foi devido principalmente aos domicílios unipessoais, que de 2,6%, em

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 88

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

1991, passaram para 4,3% em 2000 (Gráfico 5), ao passo que os arranjos com a

presença de filhos e/ou parentes permanecem pouco maiores que 3% (Tabela 3).

A análise dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto no período de 1991-

2000, ainda que com diferenciações nesse processo, evidenciam as tendências de

mudanças nos arranjos domiciliares indicadas acima, ou seja, queda nos arranjos

domiciliares chefiados por casais; crescimento de domicílios com chefias femininas

sem cônjuges, e menor crescimento de domicílios com chefias masculinas sem

cônjuge (Tabela 4). Para evidenciar algumas das diferenciações dos processos de

mudanças nos arranjos domiciliares no Pólo apresentamos indicações destas em dois

municípios com características distintas.

Observa-se em São José do Rio Preto, município sede do Pólo, acentuada

queda nos arranjos chefiados por casais para o período de 1991-2000, bem como

acentuado crescimento nos arranjos chefiados por mulher sem a presença de cônjuge

e nos arranjos com essa configuração chefiados por homem. Assim, em 1991, os

arranjos nucleados por casais representavam 78% dos domicílios e passam a

representar 70,8%, em 2000. Em contrapartida, ocorreu crescimento no período para

os arranjos chefiados por mulheres sem cônjuges, que passam de 16,5% para 21,8%

dos arranjos domiciliares do município, percentuais mais elevados que a média

regional; aqueles com esse arranjo e com a presença de filhos e/ou parentes atingem,

em 2000, a cifra de 15,6% dos arranjos domiciliares em São José do Rio Preto

(Tabela 4). Merece destaque também o crescimento dos domicílios unipessoais

femininos que, em 2000, chegam a ser 6,2% dos domicílios. Ocorreu ainda o

crescimento no período para os arranjos domiciliares de homens sem cônjuges, que

passam de 5,5% para 7,4% dos arranjos domiciliares no período, com crescimento

dos domicílios unipessoais, que chegam 4,2% dos domicílios do município em 2000.

Mirassolândia, já referido acima como um município pequeno e com a menor

renda domiciliar per capita do Pólo, apresentou acentuada redução nos arranjos

domiciliares chefiados por casais, que passaram de 85,2% em 1991, para 79,8% em

2000 (Tabela 4); os arranjos chefiados por casais sem filhos sofreram pequena

redução, mantendo-se em percentuais elevados (18,8% em 1991 e 17,9% em 2000).

Dentre os casais com filhos, apresentaram queda acentuada no caso dos casais

jovens (até 34 anos), que passaram de 33,8% para 29,4% entre 1991 e 2000, e

elevação das proporções de casais entre 35 e 49 anos (20,6% em 1991 e 21,8% em

2000) e também dos casais mais velhos (50 e mais), que passaram 9,2% dos

domicílios do município, para 11,2% (Tabela 4).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 89

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Esse município apresentou ainda crescimento dos domicílios com chefe feminino

sem a presença de cônjuge (10,2% em 1991, e 12,7% em 2000), bem como daqueles

com chefia masculina sem cônjuge (4,6% em 1991, e 7,6% em 2000). Naqueles com

chefia feminina, apresentam crescimento principalmente os arranjos com a presença

de filhos e naqueles com chefia masculina o crescimento deu-se em ambas as

configurações, ou seja, com filhos/parentes e nos domicílios unipessoais.

Mudanças no tamanho médio dos domicílios

A literatura especializada aponta a tendência de redução do tamanho médio dos

domicílios no país. Essa tendência foi constatada também para o Estado de São Paulo

e para as regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais na análise do período

entre os censos 1991 e 2000.

Como já se mencionou, a redução no tamanho médio dos domicílios expressa

mudanças na família, tais como a redução na fecundidade e no número de filhos tidos,

a nuclearização da família e o aumento da proporção das famílias monoparentais e

dos domicílios unipessoais. Essas mudanças, por afetarem a composição dos núcleos

familiares, revestem-se de importância para a análise das alterações na inserção

familiar no mercado de trabalho e das alterações na responsabilidade pela provisão do

domicilio.

O tamanho médio dos domicílios é relevante também para a análise do

rendimento domiciliar per capita, cujo valor é utilizado como critério de elegibilidade na

seleção de famílias beneficiárias de programas sociais diversos.

No Pólo de São José do Rio Preto o número médio de moradores por domicílio

no ano censitário de 2000 é de 3,3 pessoas, apresentando o menor tamanho médio de

domicílio observado entre os pólos regionais e as regiões metropolitanas paulistas sob

análise. É menor, portanto, que o tamanho médio apresentado pelo Estado de São

Paulo, 3,5 pessoas por domicílio (Tabela 5).

O Pólo Regional de Regional de São José do Rio Preto também apresenta no

período de 1991-2000 tendência de redução do número de pessoas por domicílio.

Observa-se que, em 1991, a média de pessoas por domicílio era de 3,7, tendo

passado em 2000 para 3,3 pessoas.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 90

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A redução no número de componentes foi observada em todos os tipos de

arranjos domiciliares entre 1991 e 2000, no Pólo de São José do Rio Preto, no entanto

esta foi maior nos arranjos chefiados por casais, nos quais o número de componentes

caiu de 4,0 para 3,7 pessoas por domicílio, repetindo a tendência observada para o

Estado de São Paulo (Tabela 5). Entre estes, os arranjos de casais com filhos e/ou

parentes destacam-se por apresentarem redução na média de componentes de 4,4

para 4,1 pessoas, permanecendo, entretanto como os arranjos domiciliares mais

numerosos em 2000 no Pólo Regional. Considerando-se os arranjos nucleados por

casais com filhos nas diferentes idades que correspondem a etapas do ciclo vital da

família, todos experimentaram queda em seu tamanho. Com os tamanhos maiores,

em 2000, estão os domicílios dos casais entre 35 e 49 anos (4,3 pessoas), seguidos

pelos casais de 50 anos ou mais (4,2 pessoas) e, por fim, os domicílios chefiados por

casais de até 34 anos, com a presença de filhos (3,9 pessoas), ver Tabela 5. Observa-

se que a principal queda no período ocorreu no arranjo domiciliar chefiado por casais

com filhos e/ou parentes na faixa etária de 35 a 49 anos, passando de 4,7 pessoas por

domicílio em 1991 para 4,3 em 2000.

Tabela 5Número médio de componentes dos domicílios segundo tipologia de arranjo domiciliar

Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo

1991-2000

Totalaté 34 anos

de 35 a 49 anos

50 anos e mais

Estado São Paulo 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,4 3,4 1,0 3,9RM São Paulo 4,2 2,2 4,6 4,3 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,4 3,3 1,0 3,9

RM Baixada Santista 4,1 2,2 4,6 4,2 5,0 4,6 2,9 3,6 1,0 2,1 3,3 1,0 3,7

RM Campinas 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,5 3,4 1,0 3,9

Pólo Araçatuba 4,1 2,2 4,5 4,1 4,9 4,7 3,0 3,6 1,0 2,3 3,4 1,0 3,9

Pólo Bauru 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,6 3,0 3,6 1,0 2,4 3,4 1,0 3,9

Pólo Presidente Prudente 4,2 2,2 4,6 4,1 5,1 4,8 3,0 3,6 1,0 2,2 3,3 1,0 3,9

Pólo Ribeirão Preto 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,6 3,0 3,6 1,0 2,3 3,3 1,0 3,9

Pólo São José dos Campos 4,4 2,2 4,7 4,3 5,1 5,1 3,4 3,9 1,0 2,2 3,3 1,0 4,1

Pólo São José do Rio Preto 4,0 2,2 4,4 4,1 4,7 4,4 2,7 3,3 1,0 2,2 3,2 1,0 3,7

Pólo Sorocaba 4,3 2,2 4,7 4,3 5,2 4,8 3,1 3,7 1,0 2,4 3,5 1,0 4,0

Estado São Paulo 3,9 2,2 4,3 4,0 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 2,0 3,1 1,0 3,5RM São Paulo 4,0 2,2 4,3 4,0 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 2,0 3,1 1,0 3,6

RM Baixada Santista 3,9 2,2 4,4 4,1 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 1,9 3,0 1,0 3,5

RM Campinas 3,9 2,1 4,3 4,0 4,5 4,4 2,8 3,3 1,0 2,0 3,1 1,0 3,5

Pólo Araçatuba 3,8 2,2 4,2 3,9 4,4 4,2 2,7 3,3 1,0 1,9 3,1 1,0 3,4

Pólo Bauru 3,9 2,2 4,3 4,0 4,5 4,3 2,8 3,4 1,0 2,0 3,2 1,0 3,5

Pólo Presidente Prudente 3,8 2,2 4,2 4,0 4,5 4,3 2,6 3,2 1,0 1,8 3,0 1,0 3,4

Pólo Ribeirão Preto 3,9 2,2 4,3 4,1 4,6 4,3 2,8 3,4 1,0 2,0 3,2 1,0 3,6

Pólo São José dos Campos 4,1 2,2 4,4 4,1 4,7 4,6 3,0 3,5 1,0 2,0 3,3 1,0 3,7

Pólo São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3

Pólo Sorocaba 4,0 2,2 4,4 4,1 4,7 4,5 2,9 3,5 1,0 2,0 3,1 1,0 3,7

(1) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares.

Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

UnipessoalUnipessoal Total com filhos e/ou

parentes

Total (1)Total

Chefe masculino sem conjugeSem Filhos

2000

Casais Chefe feminina sem cônjugecom filhos e/ou parentes Total com filhos

e/ou parentes

1991

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 91

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

As menores médias de componentes por domicílio no Pólo de São José do Rio

Preto são encontradas entre os arranjos de chefias femininas e masculinas sem

cônjuges, e estes também apresentaram reduções: os primeiros passaram de 2,7

componentes em 1991, para 2,5 em 2000, e aqueles com chefia masculina passaram

de 2,2 para 1,8 pessoas por domicílio no ano 2000. É preciso destacar que, nos

arranjos citados nesse parágrafo, esse número é mais elevado quando se trata de

arranjos domiciliares de chefes sem cônjuges com a presença de filhos e/ou parentes,

tanto para os femininos, como para os masculinos, observando-se, respectivamente,

os valores de 3,1 e de 3 pessoas por domicílio, no ano de 2000, pois as médias para

os totais de cada arranjo de chefia sem cônjuge incluem os domicílios unipessoais.

Considerando-se os municípios no Pólo Regional de São José do Rio Preto, ao

analisar o ano de 2000 observa-se que existe variação entre estes com relação ao

tamanho dos domicílios, encontrando-se municípios onde o tamanho médio dos

domicílios é de 3,1 pessoas (Poloni e Palestina) e municípios onde o tamanho médio

dos domicílios 3,6 componentes (Ubarana), enquanto a média regional é de 3,3

pessoas por domicílio. Considerando o arranjo domiciliar predominante, observam-se

também variações entre os municípios no tamanho dos domicílios com arranjos

chefiados por casais, que ficam entre 3,4 (Palestina e Poloni) e 3,9 (Icem, Nova

granada, Planalto e Ubarana), enquanto a média regional é de 3,7 componentes por

domicílio (Tabela 6).

O município sede, São José do Rio Preto, apresentou em 2000, 3,3

componentes por domicílio, correspondendo à média observada pelo Pólo Regional e

valores também correspondentes à média regional para todos os arranjos domiciliares,

sejam eles nucleados por casais, como aqueles com chefia feminina e masculina sem

cônjuge (Tabela 6).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 92

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 6Número médio de componentes dos domicílios segundo tipologia de arranjo domiciliarPólo Regional de São José do Rio Preto2000

Totalaté 34 anos

de 35 a 49 anos

50 anos e mais

Pólo São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3Adolfo 3,7 2,2 4,1 3,8 4,4 3,9 2,6 3,3 1,0 1,6 2,4 1,0 3,4Bady Bassitt 3,6 2,1 4,1 3,9 4,4 3,9 2,7 3,2 1,0 1,9 2,9 1,0 3,4Bálsamo 3,6 2,1 4,0 3,6 4,0 4,6 2,3 3,0 1,0 1,7 3,0 1,0 3,3Cedral 3,7 2,2 4,1 3,7 4,4 4,3 2,5 3,0 1,0 2,1 2,9 1,0 3,4Guapiaçu 3,7 2,1 4,1 3,8 4,3 4,4 2,6 3,3 1,0 1,9 2,7 1,0 3,5Ibirá 3,7 2,2 4,1 3,8 4,4 4,2 2,1 2,9 1,0 2,0 3,0 1,0 3,3Icém 3,9 2,3 4,3 4,1 4,6 4,2 2,4 3,0 1,0 2,1 4,2 1,0 3,4Ipiguá 3,8 2,2 4,3 4,0 4,4 3,9 2,3 2,8 1,0 1,2 2,0 1,0 3,4Jaci 3,6 2,2 4,0 3,9 4,3 3,8 3,3 4,1 1,0 2,5 3,0 1,0 3,5José Bonifácio 3,7 2,2 4,1 4,0 4,4 3,9 2,9 3,7 1,0 1,7 3,0 1,0 3,4Mendonça 3,5 2,1 4,1 3,9 4,1 4,2 2,8 3,5 1,0 1,9 3,4 1,0 3,3Mirassol 3,7 2,1 4,1 3,8 4,3 4,3 2,4 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3Mirassolândia 3,7 2,2 4,1 4,1 4,1 4,6 2,3 2,9 1,0 2,3 3,3 1,0 3,4Monte Aprazível 3,6 2,1 4,1 3,8 4,2 4,2 2,3 2,9 1,0 1,7 2,7 1,0 3,2Neves Paulista 3,6 2,1 4,0 3,8 4,2 4,1 2,5 3,0 1,0 1,9 3,2 1,0 3,3Nipoã 3,6 2,2 4,2 4,2 4,1 4,0 2,2 2,9 1,0 1,6 2,8 1,0 3,2Nova Aliança 3,7 2,2 4,1 4,0 4,3 3,8 2,4 2,9 1,0 1,5 2,5 1,0 3,3Nova Granada 3,9 2,2 4,3 4,0 4,6 4,2 2,3 2,8 1,0 1,5 2,6 1,0 3,4Onda Verde 3,7 2,0 4,2 4,0 4,5 4,4 2,4 2,8 1,0 2,3 3,4 1,0 3,5Orindiúva 3,8 2,2 4,2 4,0 4,4 4,6 2,5 3,2 1,0 1,8 3,0 1,0 3,4Palestina 3,4 2,1 4,0 3,8 4,2 3,8 2,4 3,0 1,0 1,7 2,6 1,0 3,1Paulo de Faria 3,7 2,3 4,1 4,0 4,4 3,9 2,5 2,9 1,0 1,5 2,6 1,0 3,2Planalto 3,9 2,1 4,4 4,3 4,3 4,6 1,8 2,3 1,0 1,6 2,5 1,0 3,4Poloni 3,4 2,1 4,0 3,8 4,1 4,0 2,4 3,1 1,0 1,5 2,3 1,0 3,1Potirendaba 3,5 2,3 4,0 3,9 4,1 4,0 2,3 3,1 1,0 2,2 3,5 1,0 3,3São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,9 3,0 1,0 3,3Tanabi 3,6 2,2 4,1 3,9 4,1 4,2 2,3 2,9 1,0 1,6 3,0 1,0 3,2Ubarana 3,9 2,0 4,3 4,0 4,8 3,7 2,7 3,2 1,0 1,6 2,2 1,0 3,6Uchoa 3,7 2,1 4,1 4,0 4,3 4,1 2,6 3,2 1,0 1,4 2,8 1,0 3,3União Paulista 3,8 2,1 4,2 3,9 4,6 4,4 2,0 2,6 1,0 2,0 3,4 1,0 3,4Zacarias 3,5 2,1 3,9 3,9 3,8 4,0 3,1 3,7 1,0 1,6 3,4 1,0 3,2

Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

TotalTotal

Sem filhos

Com filhos e parentesTotal

com filhos e/ou

parentesUnipessoal Total

com filhos e/ou

parentesUnipessoal

Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

2.2. Mudanças nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e na provisão dos domicílios.

De maneira semelhante ao que foi observado no documento relativo ao conjunto

de regiões analisadas para o Estado de São Paulo12, deve-se mencionar, inicialmente,

que este estudo considera que os arranjos de inserção dos componentes da família no

mercado de trabalho são definidos, articuladamente, pela dinâmica da economia e

pela dinâmica das relações familiares e das relações de gênero. Considera também

que a composição familiar predominante da etapa do ciclo de vida familiar é outro

aspecto que influi nos arranjos de inserção no mercado de trabalho e de provisão

familiar articulados pelos diferentes tipos de família. Estudo longitudinal sobre a

Região Metropolitana de São Paulo sobre os anos 80 e 90, mostrou que nesse

período alteram-se tanto a composição familiar em alguns tipos de família, como os

12 FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 93

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

arranjos de inserção familiar (Montali, 2004). A generalização das mudanças nos

arranjos de inserção familiar e na responsabilidade pela provisão familiar é também

apontada, por outro estudo, para o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras nos

anos 2000, guardadas algumas especificidades regionais (Montali e Tavares, 2007).

No atual projeto, utiliza-se a mesma metodologia dos estudos referidos,

buscando-se identificar nas análises as mudanças nos arranjos de inserção familiar e

na responsabilidade dos componentes da família pela provisão familiar que ocorreram

entre os anos de 1991 e de 2000 nas regiões metropolitanas paulistas e nos pólos

regionais.

Análise anterior sobre os anos 90 referente à Região Metropolitana de São Paulo

(Montali, 2004), evidenciou que ocorreu nesse período um rearranjo de inserção no

mercado de trabalho entre os diferentes componentes da família, fortemente

relacionado ao crescente desemprego e às novas características dos desempregados

provocados conjuntamente pelo baixo ritmo de crescimento da economia nacional e

pelo processo de reestruturação produtiva que se intensificou naquela década. O

estudo referido atribui peso preponderante à mudança do padrão de absorção da força

de trabalho ocorrida nos anos 90 para explicar as mudanças verificadas nos arranjos

familiares de inserção no mercado ocorridas; ainda que considere como elementos

importantes na sua explicação as alterações havidas nas características da

composição familiar, dentre estas a redução na proporção de filhos menores de 10

anos e a pequena redução no seu tamanho médio.

Assim, a hipótese assumida pelo estudo citado, é que a nova tendência

observada na articulação dos arranjos familiares de inserção no mercado foi

viabilizada pela mudança no papel da mulher na sociedade, nesta incluindo o aumento

de sua inserção no mercado de trabalho, porém expressa fortemente a alteração no

padrão de absorção da força de trabalho. A reestruturação produtiva e organizacional

nos anos 90 reduziu postos de trabalho principalmente para ocupações

predominantemente masculinas e promoveu o crescente desemprego daqueles que

eram os principais mantenedores das famílias nos anos 80: chefes masculinos e

filhos/filhas maiores de 18 anos (Montali, 2004). Nos anos 90 também aumentam as

dificuldades de absorção dos jovens pelo mercado de trabalho e amplia-se a

participação da mulher. Tais impactos da reestruturação produtiva sobre o mercado de

trabalho apresentam características semelhantes e são registrados em diversos

estudos tanto para o Brasil, como para países da America Latina, destacando-se o

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 94

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

aumento da absorção da mulher e as maiores restrições para a absorção dos jovens

(Leone, 2003; Oliveira e Salas, 2008).

Considerando-se os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho nos

anos 90, a mudança mais freqüente, verificada em praticamente todos os tipos de

família, foi o aumento da participação da mulher-cônjuge e da mulher-chefe entre os

ocupados da família em face do desemprego de parte dos componentes do grupo

doméstico e da dificuldade em aumentar o número de pessoas ocupadas das

unidades familiares. No caso das famílias na etapa final do ciclo de vida familiar

(caracterizadas pelos casais com 50 anos e mais) com a presença de filhos, a

mudança manifesta-se no aumento da participação do chefe e da cônjuge entre os

ocupados, ao mesmo tempo em que cresce o desemprego dos filhos adultos. Dessa

maneira, os rearranjos familiares de inserção observados a partir de 1991 –

diferenciando-se dos arranjos encontrados na década de 1980 – indicam o maior

partilhamento da responsabilidade da manutenção da família. Estas mudanças foram

constadas no estudo longitudinal sobre a Região Metropolitana de São Paulo, já

referido (Montali, 2004). A análise para o conjunto das regiões metropolitanas

brasileiras também confirma esses padrões de arranjos de inserção nos anos 2004 e

2006 (Montali e Tavares, 2007).

A atual análise sobre as regiões metropolitanas e pólos regionais paulistas com

base nos dados censitários, evidenciou características semelhantes às encontradas

nos estudos referidos no que se refere aos arranjos domiciliares de inserção, bem

como nas mudanças observadas na responsabilidade pela provisão dos domicílios no

ano 2000, utilizando-se dos dados dos Censos Demográficos 1991 e 2000.

No Documento 1 - Relatório Consolidado, deste Projeto, que analisa o conjunto

das regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado se São Paulo, foi possível

realizar análise detalhada das mudanças na inserção dos componentes dos domicílios

no mercado de trabalho nos diferentes arranjos familiares, por tratar de dados mais

agregados, o que não se torna possível na análise regional com detalhamento por

municípios13.

13 Essa análise pode ser encontrada no Capitulo 3, item 2.2 do Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/IE-UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 95

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Assim, na presente análise regional dessa problemática são utilizados dois

indicadores selecionados: a taxa de geração de renda e a participação na composição

da renda domiciliar.

A taxa de geração de renda é um indicador das mudanças nos arranjos

familiares de inserção no mercado de trabalho e de responsabilidade pela manutenção

da família. Essa taxa expressa a proporção de pessoas que aportam renda de alguma

fonte para o grupo familiar, considerando-se sua posição na família. Estudo

longitudinal sobre a RMSP mostrou que, embora a taxa específica de geração de

renda tenha caído nos anos de maior desemprego do início da década de 1990, ela

tem sido crescente a partir de 1995 evidenciando a importante participação dos

diversos componentes no aporte de renda para o núcleo doméstico (Montali, 2004). A

análise para o Estado de São Paulo e as regiões metropolitanas e pólos regionais

paulistas confirmam essa tendência entre os anos censitários de 1991 e 2000

(Documento 1 - Capitulo 3, item 2.2.).

No âmbito deste projeto, as tendências observadas no período 1991 e 2000 nas

distintas espacialidades do Estado de São Paulo sob análise, e para o conjunto dos

arranjos domiciliares, confirmam tanto o crescimento da taxa de geração de renda

domiciliar, bem como a queda nas taxas de geração de renda dos chefes, a elevação

das taxas das cônjuges, a manutenção da taxa dos filhos e a queda na proporção de

parentes e não parentes que contribuem para compor a renda domiciliar (Tabela 7).

Deve-se ressaltar que no Pólo Regional de São José do Rio Preto, entre 1991 e 2000,

a taxa de geração de renda por domicílio passou de 52,3%, para 55,4%, significando

que, tanto em 1991, como em 2000, mais que a metade dos componentes aporta

renda de alguma natureza para o domicílio. Observa-se que nos dois momentos

analisados a taxa de geração de renda domiciliar deste Pólo é superior à do Estado de

São Paulo e mais semelhante à observada nos pólos regionais, do que nas regiões

metropolitanas paulistas.

No Pólo Regional de São José do Rio Preto no período de 1991-2000,

considerando-se os arranjos domiciliares nucleados por casais, ocorreu redução na

taxa de geração de renda dos chefes, com queda de aproximadamente 4 pontos

percentuais; essa taxa era de 98,4% em 1991 e cai para 94% em 2000, mantendo-se,

entretanto, elevada. Por outro lado, eleva-se a taxa de geração de renda das

cônjuges, que era de 37,3%, em 1991, e passou a ser de 50,1%, em 2000. Merece

ressalvar que a taxa apresentada pelas cônjuges nesse arranjo domiciliar, no Pólo de

São José do Rio Preto, está acima da média do Estado de São Paulo, sendo a

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 96

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segunda maior taxa entre as observadas nos pólos e superior em relação às

observadas nas regiões metropolitanas paulistas no ano 2000, superada apenas no

Pólo de Araçatuba (Tabela 7). Ainda nesse arranjo domiciliar, a taxa de geração de

renda dos filhos apresenta pequena queda entre 1991 e 2000, passando de 26,9%

para 25,9%. Também experimentam queda em sua taxa de geração de renda no

período os parentes e não parentes, cuja taxa passa de 48,3% para de 46,2%. Nestes

arranjos domiciliares nucleados por casais houve, no período, elevação da taxa

domiciliar de geração de renda de 49,16% para 52,2%.

Tabela 7Taxa de geração de renda por tipologia e posição na famíliaRegiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo1991-2000

Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total

Estado São Paulo 96,1 34,1 22,1 45,9 44,1 89,5 - 46,6 46,9 61,1 93,1 - 48,1 58,9 71,5 94,9 34,1 25,6 48,4 47,4RM São Paulo 94,8 34,0 20,2 46,2 43,0 87,9 - 43,3 48,4 59,4 91,1 - 45,2 58,9 70,2 93,3 34,0 23,9 49,3 46,5RM Baixada Santista 96,7 34,1 20,1 43,8 43,9 92,1 - 42,1 44,0 59,7 94,7 - 39,9 58,1 72,2 95,7 34,1 23,8 46,1 47,5RM Campinas 96,9 36,4 24,6 49,5 46,4 91,6 - 51,0 48,8 64,3 94,7 - 50,7 62,5 73,6 96,1 36,4 27,9 51,4 49,3Pólo Araçatuba 97,7 35,8 27,6 43,7 47,6 89,6 - 52,7 46,3 63,7 94,7 - 58,8 54,0 72,6 96,3 35,8 31,0 45,8 50,3Pólo Bauru 97,6 37,5 24,8 45,4 46,5 93,8 - 52,1 45,8 65,1 96,6 - 56,2 56,4 73,2 97,0 37,5 28,5 47,2 49,6Pólo Presidente Prudente 97,5 32,2 24,2 41,2 44,6 91,6 - 50,5 43,5 63,3 96,0 - 46,5 57,0 72,2 96,6 32,2 27,7 43,9 47,6Pólo Ribeirão Preto 97,5 34,1 24,4 48,3 45,6 90,8 - 53,2 45,8 64,3 96,4 - 54,8 63,7 76,6 96,4 34,1 28,1 49,9 48,8Pólo São José dos Campos 95,9 32,1 19,0 43,2 41,0 91,2 - 42,5 45,4 57,6 93,1 - 39,4 62,3 72,0 95,1 32,1 22,1 46,9 44,1Pólo São José do Rio Preto 98,4 37,3 26,9 48,3 49,1 94,5 - 55,3 52,5 69,1 97,8 - 51,1 63,5 76,6 97,8 37,3 30,4 51,5 52,3Pólo Sorocaba 96,0 34,0 21,1 44,8 42,9 91,0 - 46,9 44,0 60,5 94,5 - 48,1 58,6 71,7 95,2 34,0 24,3 46,6 45,7

Estado São Paulo 91,8 46,4 22,5 42,0 47,4 90,1 - 42,2 44,1 59,7 89,6 - 45,5 59,2 72,1 91,3 46,4 26,4 45,2 50,5RM São Paulo 89,8 45,3 21,2 41,6 45,9 88,6 - 39,7 44,3 57,9 88,4 - 43,1 59,4 71,0 89,5 45,3 25,2 45,3 49,2RM Baixada Santista 91,1 45,6 20,4 38,7 46,3 90,3 - 39,3 41,7 58,1 86,8 - 41,3 55,2 69,8 90,5 45,6 24,8 41,9 49,7RM Campinas 92,5 47,9 24,7 43,8 49,5 90,5 - 45,2 45,6 61,6 89,5 - 49,1 61,3 73,3 91,9 47,9 28,4 47,0 52,2Pólo Araçatuba 94,5 51,8 28,1 42,5 53,0 91,6 - 50,5 44,4 64,5 92,8 - 50,8 60,8 75,7 93,8 51,8 32,2 45,5 55,7Pólo Bauru 94,1 49,5 24,4 43,0 50,0 93,6 - 44,9 45,1 62,5 92,6 - 49,5 55,4 73,3 93,9 49,5 28,1 45,4 52,9Pólo Presidente Prudente 92,7 47,9 22,3 39,8 48,3 91,3 - 45,4 44,8 62,7 88,7 - 48,6 56,7 73,3 92,1 47,9 26,4 43,3 51,4Pólo Ribeirão Preto 94,5 47,4 24,4 44,7 49,3 91,9 - 45,8 46,4 62,7 92,5 - 50,5 57,7 74,0 93,8 47,4 28,3 47,2 52,4Pólo São José dos Campos 92,3 42,6 21,6 40,2 45,3 90,8 - 40,2 42,0 57,4 89,9 - 40,0 54,3 69,4 91,8 42,6 24,9 42,8 48,2Pólo São José do Rio Preto 94,0 50,1 25,9 46,2 52,2 92,1 - 49,5 49,6 66,8 92,1 - 51,1 67,8 78,5 93,5 50,1 30,0 50,0 55,4Pólo Sorocaba 92,6 48,1 21,8 41,1 47,3 92,6 - 44,5 45,0 61,1 91,5 - 45,7 60,6 72,8 92,5 48,1 25,6 44,9 50,2

1991

2000

Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

Considerando-se os arranjos chefiados por mulheres sem cônjuge, no Pólo de

São José do Rio Preto, as chefes femininas apresentam taxa de geração de renda

bastante elevada no ano de 1991 (94,5%) e pequena redução na taxa no ano 2000,

quando passa a ser de 92,1%. Deve-se observar que embora essa tendência seja

distinta da observada para o Estado, que é de pequeno crescimento da taxa de

geração de renda para esse componente domiciliar no período, em 1991 as chefes

femininas no Pólo de São José do Rio Preto apresentaram as taxas de geração de

renda mais elevadas quando comparadas às demais regiões analisadas; e, no ano de

2000, se mantêm na segunda posição, superadas apenas por aquelas do Pólo de

Bauru, que apresentam taxa de 93,6%.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 97

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Observa-se nesse arranjo domiciliar, no mesmo período, queda na taxa de

geração de renda dos filhos, que em 1991 era de 55,3% e, em 2000, passa a ser de

49,5%, possivelmente expressando restrições do mercado ao trabalho jovem e

também restrições impostas ao trabalho infantil por políticas governamentais. No

mesmo sentido, outro componente domiciliar, os parentes e não parentes, apresentam

redução em sua taxa de geração de renda nesse arranjo, de 52,5% em 1991, para

49,6% em 2000. Conclui-se o período com pequena queda da taxa de geração de

renda nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuge, pois esta passa

de 69% em 1991 para 66,8%, em 2000 (Tabela 7).

Por fim, nos arranjos domiciliares dos chefes masculinos sem cônjuges percebe-

se diminuição da taxa de geração de renda dos chefes (97,6% em 1991 e 92% em

2000), manutenção na taxa dos filhos em 51%, e elevação na taxa dos parentes

(63,5%, em 1991, para 67,8%, em 2000), resultando para esse arranjo pequena

elevação na taxa domiciliar de geração de renda no período analisado; assim, em

1991, 76,6%, e em 2000, 78,5% dos componentes em idade ativa aportavam renda

para o domicílio (Tabela 7). Merece ressaltar que esta taxa domiciliar de geração de

renda é a mais elevada dentre as observadas nos distintos arranjos domiciliares.

As mesmas tendências assinaladas acima para os diferentes arranjos

domiciliares são observadas, com poucas especificidades, na análise dos municípios

do Pólo Regional de São José do Rio Preto.

Assim, considerando-se os arranjos nucleados por casais, a tendência geral nos

municípios da região é de diminuição da taxa de geração de renda dos chefes e de

intenso crescimento na taxa de geração de renda das cônjuges; o comportamento da

taxa dos filhos é de queda, mas apresenta algumas oscilações (Tabela 8). No período

de 1991-2000, no município de São José do Rio Preto, sede regional, as tendências

observadas são as seguintes: a taxa de geração de renda dos chefes cai de 98,9% %

em 1991 para 93,8% em 2000 e, em movimento inverso, a taxa de geração das

cônjuges experimenta forte crescimento: em 1991 era de 40,6% e, em 2000, de

52,8%, significando que mais que a metade das cônjuges nesse arranjo aportavam

renda para o domicílio. Ambas as tendências são acompanhadas de pequena redução

na taxa de geração de renda dos filhos no período (26,5%, em 1991, e 25,9%, em

2000). A taxa domiciliar de geração de renda desse arranjo se eleva de 50%, para

52,9% no período em análise.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 98

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Considerando-se os arranjos domiciliares da chefe feminina sem cônjuge,

observa-se nos municípios do Pólo São José do Rio Preto, conforme mencionado

acima, taxa regional de geração de renda bastante elevada e com redução no período

de 1991-2000. A análise dos municípios mostra que apresenta redução na maioria

destes e manutenção da taxa em alguns, nesse período (Tabela 8). Em relação aos

filhos nesse arranjo domiciliar, percebe-se uma tendência geral nos municípios de

queda na taxa de geração de renda. Em relação aos parentes, embora a tendência na

região seja de queda na taxa de geração de renda, há oscilações dessa tendência em

alguns municípios.

Tabela 8Taxa de geração de renda por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de São José do Rio Preto1991

Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total

Pólo São José do Rio Preto 98,4 37,3 26,9 48,3 49,1 94,5 - 55,3 52,5 69,1 97,8 - 51,1 63,5 76,6 97,8 37,3 30,4 51,5 52,3Adolfo 99,6 37,6 24,3 51,6 48,0 90,4 - 64,0 10,5 62,0 100,0 - 100,0 51,7 79,9 98,7 37,6 28,3 44,3 50,5Bady Bassitt 97,6 35,1 25,0 48,5 47,2 96,0 - 54,7 36,5 65,2 92,9 - 72,9 54,2 75,2 97,1 35,1 28,7 47,9 49,5Bálsamo 95,9 29,2 30,2 47,8 48,0 89,1 - 57,4 64,4 71,1 90,4 - 75,8 38,5 72,8 94,7 29,2 33,7 49,8 51,1Cedral 99,1 33,3 30,4 36,8 49,3 94,3 - 60,3 52,2 69,4 100,0 - 46,4 64,8 71,9 98,5 33,3 33,6 43,4 51,7Guapiaçu 97,0 27,5 30,2 49,0 47,3 96,7 - 66,0 67,9 77,3 89,0 - 14,6 79,4 74,4 96,7 27,5 32,9 54,5 49,9Ibirá 99,0 35,7 31,2 53,2 50,7 97,0 - 50,0 56,9 70,4 100,0 - 37,5 79,5 81,0 98,8 35,7 33,0 56,2 53,6Icém 94,2 38,9 28,0 38,5 47,6 96,7 - 49,1 43,2 64,4 92,1 - 40,5 63,9 76,0 94,4 38,9 30,5 43,1 50,6Ipiguá - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Jaci 97,6 26,6 26,0 52,0 45,6 89,4 - 87,5 50,0 86,8 100,0 - 25,6 59,8 65,3 97,3 26,6 27,9 54,7 48,0José Bonifácio 98,2 31,4 26,4 48,9 46,8 89,8 - 61,1 56,9 68,5 98,5 - 34,8 63,5 77,9 97,3 31,4 30,1 52,4 49,9Mendonça 93,5 32,6 32,7 48,8 49,3 92,3 - 63,2 40,4 66,8 95,0 - 56,7 57,0 75,6 93,6 32,6 35,6 49,5 52,0Mirassol 98,6 41,2 31,1 44,3 51,7 89,7 - 58,2 50,4 67,1 98,0 - 68,5 65,2 79,0 97,4 41,2 35,0 48,7 54,4Mirassolândia 100,0 23,1 23,1 56,0 45,0 93,8 - 40,7 25,8 56,6 100,0 - 80,0 26,7 66,7 99,4 23,1 27,0 46,8 46,9Monte Aprazível 99,6 34,5 27,2 49,4 49,2 97,4 - 40,3 38,7 62,0 96,6 - 45,0 69,2 74,7 99,1 34,5 28,8 51,7 51,5Neves Paulista 98,2 30,1 32,1 51,6 49,3 86,8 - 59,4 31,5 59,9 100,0 - 70,8 81,5 88,2 96,9 30,1 35,5 48,4 51,8Nipoã 99,1 23,5 21,0 44,9 43,1 100,0 - 35,6 19,7 50,0 100,0 - 52,4 54,8 79,2 99,3 23,5 24,1 38,9 46,0Nova Aliança 96,8 30,7 29,5 52,3 48,5 96,2 - 73,8 41,7 75,1 97,5 - 17,9 68,1 72,9 96,9 30,7 32,9 54,4 51,6Nova Granada 96,1 31,3 23,9 38,7 44,7 86,0 - 49,9 30,8 57,4 84,8 - 51,5 55,4 69,5 93,8 31,3 27,4 39,1 47,3Onda Verde 100,0 31,8 23,4 43,0 45,5 100,0 - 46,2 36,4 58,3 100,0 - 40,0 100,0 74,3 100,0 31,8 25,3 42,4 46,9Orindiúva 91,5 23,9 21,4 47,9 40,9 99,0 - 57,8 36,5 64,8 81,3 - 47,1 100,0 83,2 91,4 23,9 27,5 54,0 45,8Palestina 98,0 30,0 22,4 54,3 46,4 88,3 - 50,7 44,8 63,4 97,4 - 34,1 63,6 75,0 96,7 30,0 26,1 52,7 49,2Paulo de Faria 99,1 34,1 23,8 42,3 46,3 88,8 - 50,9 37,0 62,6 100,0 - 55,6 52,0 81,9 97,5 34,1 27,5 41,9 49,7Planalto 95,6 23,7 24,5 48,1 42,5 75,8 - 50,5 7,4 57,6 100,0 - - 55,4 69,5 93,6 23,7 26,5 47,0 44,4Poloni 97,1 40,1 27,3 60,6 50,8 96,9 - 40,1 57,7 66,4 100,0 - 82,6 40,0 73,6 97,2 40,1 29,1 56,9 52,8Potirendaba 98,4 37,1 32,0 54,1 52,5 93,0 - 63,8 42,5 69,7 96,2 - 49,1 55,6 65,8 97,7 37,1 35,2 52,5 54,4São José do Rio Preto 98,9 40,6 26,5 49,0 50,0 96,0 - 55,3 56,8 71,1 99,3 - 47,0 64,9 77,3 98,4 40,6 30,2 53,1 53,4Tanabi 99,0 30,2 23,1 50,3 46,0 97,5 - 58,9 57,4 73,4 100,0 - 74,6 58,3 75,6 98,8 30,2 27,1 54,2 50,4Ubarana - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Uchoa 98,2 35,7 27,6 47,9 49,0 95,4 - 53,6 43,7 65,5 97,0 - 80,4 70,7 83,6 97,9 35,7 30,6 50,6 51,7União Paulista 94,0 36,3 15,7 36,5 42,8 100,0 - 100,0 - 100,0 100,0 - 100,0 55,6 91,2 94,6 36,3 19,4 37,9 45,4Zacarias - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos

Chefe masculino sem cônjuge TotalChefe feminina sem cônjuge

Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Casais

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 99

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 8Taxa de geração de renda por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de Sâo José do Rio Preto2000

Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não

parentes

Total

Pólo São José do Rio Preto 94,0 50,1 25,9 46,2 52,2 92,1 - 49,5 49,6 66,8 92,1 - 51,1 67,8 78,5 93,5 50,1 30,0 50,0 55,4Adolfo 95,0 50,4 21,2 48,5 50,3 95,0 - 69,9 83,1 82,7 96,4 - 79,3 85,7 90,3 95,1 50,4 27,2 62,2 55,0Bady Bassitt 94,3 47,7 23,0 44,0 50,8 91,4 - 49,3 38,9 63,1 90,8 - 29,6 57,4 71,6 93,7 47,7 26,3 45,2 52,8Bálsamo 94,6 42,7 30,5 37,7 52,4 93,4 - 63,7 62,1 76,6 96,7 - 50,0 69,9 82,9 94,6 42,7 35,2 44,9 56,1Cedral 89,5 45,6 27,4 42,5 50,4 90,1 - 58,0 31,4 65,9 91,2 - 67,3 74,2 81,1 89,8 45,6 31,6 44,6 53,3Guapiaçu 94,7 46,3 24,3 47,2 50,7 93,0 - 55,6 40,8 67,0 94,7 - 80,2 61,1 82,1 94,4 46,3 28,7 47,3 53,3Ibirá 95,8 48,7 27,2 44,5 52,6 93,9 - 49,4 56,3 71,3 90,6 - 66,7 59,7 76,5 95,1 48,7 30,8 49,2 56,1Icém 92,2 41,0 21,4 28,0 45,3 94,4 - 41,5 42,1 63,8 92,2 - 53,8 38,5 66,3 92,6 41,0 24,4 33,3 48,7Ipiguá 92,9 34,5 26,5 51,3 48,1 94,9 - 30,0 57,7 61,6 86,7 - - 54,5 78,0 92,7 34,5 26,7 51,7 49,8Jaci 95,4 44,2 21,2 62,2 50,0 92,7 - 63,3 7,4 64,3 100,0 - 45,0 81,9 79,0 95,4 44,2 29,1 53,9 53,4José Bonifácio 94,7 51,9 26,5 45,6 52,8 91,7 - 49,0 53,2 64,7 94,7 - 49,2 65,0 80,5 94,3 51,9 30,0 50,6 55,3Mendonça 94,7 41,0 21,8 54,6 49,8 76,2 - 72,2 37,7 68,1 63,2 - 69,2 41,7 58,5 90,4 41,0 29,6 48,2 52,1Mirassol 94,3 47,9 27,0 50,4 52,2 91,6 - 47,0 50,8 65,9 90,2 - 43,9 66,3 75,6 93,5 47,9 30,2 52,7 54,9Mirassolândia 87,4 33,1 17,7 49,4 42,4 94,9 - 33,3 54,0 64,2 93,9 - 8,8 38,0 52,9 89,0 33,1 18,6 48,4 44,8Monte Aprazível 94,8 51,9 25,3 44,4 53,3 94,8 - 57,1 30,1 70,3 97,6 - 60,3 44,9 79,2 95,1 51,9 30,8 41,3 56,7Neves Paulista 94,8 48,4 32,6 48,5 55,5 89,0 - 57,8 49,7 69,1 87,4 - 42,7 68,1 71,7 93,4 48,4 36,6 50,8 57,7Nipoã 97,4 43,1 29,3 53,4 53,4 84,6 - 56,8 26,7 66,7 86,0 - 74,2 58,3 78,6 94,2 43,1 33,6 50,8 56,1Nova Aliança 97,5 48,1 28,7 40,0 53,3 100,0 - 57,9 65,1 76,9 100,0 - - 90,9 95,0 98,0 48,1 31,8 52,7 57,3Nova Granada 95,2 42,9 23,4 43,0 48,5 94,1 - 57,9 38,6 70,0 100,0 - 51,5 94,1 89,2 95,4 42,9 28,3 44,6 52,8Onda Verde 94,6 40,2 21,5 37,1 47,1 81,0 - 43,4 59,1 60,0 100,0 - 32,1 33,3 61,3 93,2 40,2 24,3 38,5 48,9Orindiúva 96,3 35,3 20,1 60,9 46,3 85,2 - 50,4 28,6 62,0 96,1 - 100,0 76,4 91,9 95,1 35,3 23,8 59,4 49,8Palestina 95,1 45,3 29,3 44,1 53,8 91,0 - 60,6 58,0 73,2 86,4 - 41,1 74,1 72,7 93,7 45,3 34,7 51,1 57,2Paulo de Faria 93,0 47,0 21,5 33,9 48,4 85,9 - 37,1 48,3 58,7 90,5 - 86,6 59,0 84,0 91,2 47,0 25,7 41,0 51,9Planalto 92,9 41,5 23,2 43,3 46,8 96,2 - 53,5 82,9 81,3 90,7 - 47,1 58,8 76,7 93,1 41,5 25,5 51,7 51,0Poloni 94,8 56,1 28,9 63,3 57,9 93,9 - 53,6 27,8 66,8 97,5 - 45,5 91,9 89,5 94,9 56,1 33,5 55,6 60,5Potirendaba 95,4 54,7 30,6 63,0 58,1 91,8 - 44,6 58,6 67,6 93,2 - 56,3 72,5 80,0 94,8 54,7 32,4 64,0 59,9São José do Rio Preto 93,8 52,8 25,9 46,2 52,9 92,4 - 48,5 49,9 66,4 91,8 - 49,4 71,0 78,6 93,3 52,8 30,2 50,7 56,2Tanabi 92,9 45,5 27,9 38,8 51,6 92,0 - 46,9 68,2 70,5 91,4 - 55,8 68,0 80,9 92,7 45,5 30,6 50,4 55,0Ubarana 93,6 41,3 25,0 27,5 46,9 85,1 - 34,2 24,0 50,5 88,2 - 55,6 50,0 74,8 92,4 41,3 25,8 29,1 48,0Uchoa 93,9 44,9 23,0 49,4 49,9 86,8 - 61,6 45,4 67,6 90,2 - 65,7 30,3 78,4 92,5 44,9 28,3 47,3 53,0União Paulista 90,9 50,0 24,6 54,7 50,8 100,0 - 21,6 22,2 60,0 80,9 - 72,7 60,0 75,8 91,0 50,0 27,3 54,1 53,2Zacarias 90,8 43,1 23,0 22,4 48,2 72,9 - 35,4 16,7 43,8 100,0 - 100,0 19,4 74,3 89,8 43,1 25,1 20,4 49,2

Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

Tomando-se novamente o município de São José do Rio Preto como

referência, observa-se que, em 1991, 96% dos chefes femininos aportavam renda

para o domicílio, passando a ser de 92,4% em 2000. Observa-se ainda que, embora

tenha ocorrido queda na taxa de geração dos filhos, de 55,3% em 1991 para 48,5%,

esta permanece elevada em 2000, e que ocorre também pequena redução na taxa

dos parentes de 56,8% em 1991, para 49,9% em 2000. Como resultado dessas

tendências ocorre redução da taxa domiciliar de geração de renda nesse arranjo no

período, passando de 71% para cerca de 66% a proporção de componentes que

aporta renda para o domicílio.

No arranjo dos chefes masculinos sem cônjuge, no período de 1991-2000, a

tendência geral nos municípios da região é de queda da taxa de geração de renda dos

chefes, mantendo-se elevada; outra tendência é a de manutenção da participação dos

filhos e elevação da participação dos parentes na geração de renda dos domicílios. No

município de São José do Rio Preto, em 1991 a taxa de geração de renda dos chefes

masculinos sem cônjuge era de 99,3%, caindo em 2000 para 91,8%; a taxa de

geração de renda dos filhos neste arranjo, bastante elevada, apresenta crescimento,

passando de 47%% em 1991, para 49,4% em 2000; enquanto a taxa dos parentes cai

de 64,9% em 1991, para 71% em 2000; resultando em pequena elevação da taxa

domiciliar de geração de renda nesse arranjo, de 77% em 1991, para 78,6% em 2000.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 100

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Deve-se acrescentar que no município de São José do Rio Preto,considerando-

se a totalidade dos arranjos domiciliares, se eleva a taxa de geração de renda

domiciliar no período, passando de 53,4% em 1991, para 56,2% em 2000 (Tabela 8),

acompanhando a tendência observada no Pólo.

Tabela 9Participação na composição da massa da renda domiciliar por tipologia e posição na famíliaRegiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo 1991-2000

Parentes e não

Parentes e não

Parentes e não

Parentes e não

parentes parentes parentes parentesEstado São Paulo 70,0 14,1 13,0 3,0 100,0 56,4 . 30,8 12,8 100,0 71,2 . 8,4 20,3 100,0 68,5 11,6 14,7 5,2 100,0RM São Paulo 69,8 14,4 12,9 3,0 100,0 57,4 . 29,4 13,2 100,0 71,3 . 7,4 21,3 100,0 68,3 11,6 14,5 5,5 100,0RM Baixada Santista 72,1 13,9 10,7 3,3 100,0 60,8 . 27,1 12,1 100,0 77,2 . 6,1 16,7 100,0 70,9 11,2 12,6 5,3 100,0RM Campinas 69,7 13,9 13,2 3,2 100,0 55,8 . 31,6 12,6 100,0 73,7 . 8,3 18,0 100,0 68,6 11,7 14,8 4,9 100,0Pólo Araçatuba 70,3 14,1 13,0 2,6 100,0 56,3 . 31,2 12,5 100,0 68,5 . 11,8 19,8 100,0 68,9 12,1 14,7 4,3 100,0Pólo Bauru 69,2 14,9 13,1 2,8 100,0 53,8 . 35,7 10,5 100,0 70,0 . 10,4 19,6 100,0 67,6 12,7 15,4 4,4 100,0Pólo Presidente Prudente 70,6 14,2 12,9 2,2 100,0 51,1 . 40,5 8,4 100,0 74,3 . 10,2 15,5 100,0 68,9 12,3 15,5 3,4 100,0Pólo Ribeirão Preto 70,3 13,7 13,0 3,1 100,0 55,4 . 31,7 12,9 100,0 71,2 . 7,8 21,0 100,0 68,8 11,6 14,6 5,0 100,0Pólo São José dos Campos 72,7 13,4 11,0 2,9 100,0 50,9 . 31,1 18,0 100,0 70,8 . 10,3 19,0 100,0 70,5 11,3 13,0 5,3 100,0Pólo São José do Rio Preto 70,6 13,9 12,7 2,8 100,0 58,4 . 30,2 11,5 100,0 70,7 . 9,6 19,7 100,0 69,4 11,9 14,3 4,4 100,0Pólo Sorocaba 70,1 13,2 13,3 3,3 100,0 51,9 . 36,7 11,3 100,0 68,0 . 11,4 20,6 100,0 68,3 11,3 15,5 4,9 100,0

Estado São Paulo 67,0 19,3 11,3 2,4 100,0 63,8 . 25,5 10,7 100,0 78,6 . 7,3 14,1 100,0 67,3 15,2 13,1 4,4 100,0RM São Paulo 66,2 20,0 11,5 2,4 100,0 63,8 . 25,2 11,0 100,0 78,6 . 6,7 14,7 100,0 66,7 15,4 13,3 4,6 100,0RM Baixada Santista 67,6 19,5 10,1 2,8 100,0 65,6 . 23,0 11,3 100,0 81,0 . 6,9 12,2 100,0 68,2 14,7 12,2 5,0 100,0RM Campinas 67,3 18,9 11,5 2,4 100,0 64,8 . 24,9 10,4 100,0 78,1 . 7,4 14,5 100,0 67,6 15,3 13,0 4,1 100,0Pólo Araçatuba 69,7 18,0 10,3 2,0 100,0 65,3 . 25,8 8,9 100,0 79,1 . 9,4 11,5 100,0 69,7 15,0 12,0 3,3 100,0Pólo Bauru 68,9 19,1 9,9 2,1 100,0 66,3 . 22,8 11,0 100,0 81,5 . 7,2 11,3 100,0 69,3 15,5 11,5 3,8 100,0Pólo Presidente Prudente 68,0 20,0 10,0 2,1 100,0 66,0 . 24,2 9,8 100,0 84,0 . 6,6 9,4 100,0 68,7 16,1 11,7 3,5 100,0Pólo Ribeirão Preto 68,7 18,1 10,9 2,3 100,0 65,8 . 24,1 10,1 100,0 78,6 . 9,3 12,1 100,0 68,9 14,5 12,6 4,0 100,0Pólo São José dos Campos 69,2 17,7 10,7 2,4 100,0 63,2 . 25,7 11,1 100,0 79,2 . 7,3 13,5 100,0 69,2 14,3 12,3 4,2 100,0Pólo São José do Rio Preto 68,3 19,0 10,0 2,7 100,0 65,7 . 24,7 9,6 100,0 81,8 . 5,9 12,3 100,0 68,8 15,5 11,7 4,1 100,0Pólo Sorocaba 67,3 18,9 11,3 2,5 100,0 61,3 . 27,6 11,1 100,0 76,9 . 8,1 15,0 100,0 67,0 15,5 13,2 4,3 100,0

Chefe masculino sem cônjugeCônjuge Filhos Total

TotalChefe Cônjuge Filhos Total Chefe Cônjuge Filhos Total Chefe

1991

2000

Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Chefe Cônjuge Filhos TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge

Embora tenha havido entre 1991-2000 aumento taxa de geração de renda nos

domicílios do Pólo Regional de São José do Rio Preto, indicando o aumento da

participação dos componentes do domicílio em atividades para geração de renda,

constata-se que a renda domiciliar é predominantemente composta pela contribuição

dos chefes do domicílio, sendo eles chefes masculinos ou femininos. Este fato ocorre

tanto no Pólo de São José dos Campos, como no conjunto de regiões sob análise e no

Estado de São Paulo.

Para continuar a analise das mudanças no padrão de arranjos domiciliares de

provisão da família, utiliza-se aqui de mais um indicador, que é o percentual de

contribuição de cada componente na renda do domicílio, significando a participação

dos membros da família na composição renda domiciliar. Apresentam-se a seguir as

tendências observadas com relação à participação dos componentes na renda

domiciliar nos diferentes arranjos domiciliares, lembrando que as tendências

encontradas foram as mesmas para o Estado de São Paulo e para as regiões

metropolitanas e os pólos regionais paulistas.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 101

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Ainda que a participação dos chefes na composição da renda do domicílio seja a

mais elevada, esse indicador também evidencia a tendência de queda da participação

deste componente do domicílio, quando considerado o total da população. No entanto,

considerando-se os arranjos domiciliares e a posição na família se evidenciam as

tendências distintas entre os domicílios nucleados por casal e nos domicílios de chefes

sem cônjuges.

Assim, nos arranjos nucleados pelo casal, observa-se como tendência a queda

da participação dos chefes na composição da renda domiciliar. De forma distinta, nos

arranjos sem a presença de cônjuge, cresce a participação dos chefes femininos e

masculinos na composição da renda domiciliar (Tabela 9).

Nos arranjos nucleados pelo casal observam-se ainda as tendências de

crescimento da participação das cônjuges na composição do rendimento domiciliar e

de queda na participação dos filhos nesse período, também verificadas neste pólo

regional.

Duas outras tendências, generalizadas entre as diversas regiões do Estado de

São Paulo sob análise, são a queda na participação dos filhos e dos parentes na

composição da renda domiciliar em todos os arranjos domiciliares.

Este conjunto de tendências indica mudanças e um maior partilhamento da

responsabilidade pela subsistência entre os componentes do domicílio, especialmente

nos arranjos nucleados pelo casal, embora se mantenha elevada a responsabilidade

dos chefes das diferentes configurações domiciliares.

Analise do Pólo de São José do Rio Preto evidencia todas as tendências

apontadas acima. Assim, percebe-se através dos censos de 1991 e 2000, nos arranjos

nucleados pelo casal, a queda da participação dos chefes na composição da renda

domiciliar na média do Pólo, passando de 70,6% para 68,3% (Tabela 9). Quedas

nessa participação são observadas em todos os municípios que compõem o Pólo,

ainda que apresentem intensidades variadas (Tabela 10).

Por sua vez, as cônjuges, nos domicílios compostos por casais, elevaram sua

participação na composição da renda familiar no período de 1991-2000, nessa região.

Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelo casal, em 1991, a

contribuição da cônjuge era de 13,9% e passou a ser de 19% em 2000. Essa

tendência, que apresenta-se com diferentes intensidades nas diversas espacialidades

sob análise, é registrada também para o Estado de São Paulo, para as regiões

metropolitanas e para os pólos regionais paulistas (Tabela 9).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 102

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A tendência indicada de queda na participação dos filhos e dos parentes na

composição da renda domiciliar também evidencia-se no Pólo de São José do Rio

Preto. Observa-se a queda dessa participação dos filhos entre os anos de 1991 e

2000 em todos os arranjos domiciliares, com poucas exceções em determinados

municípios. Nos arranjos nucleados pelos casais, a contribuição dos filhos para a

composição da renda era de 12,7%, em 1991, passando a ser de 10% em 2000.

Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelas chefes femininas sem

cônjuge, destaca-se a redução apresentada pelos filhos que participavam com a

importante parcela de 30,2% da composição da renda domiciliar em 1991 e passaram

a contribuir com 24,7% em 2000. Nos arranjos domiciliares dos chefes masculinos

sem cônjuge, na média regional é pequena a contribuição dos filhos para a renda

domiciliar e apresenta redução no período, 9,6% da renda em 1991, para 5,9% em

2000 (Tabela 9).

No município de São José do Rio Preto, considerando-se os arranjos nucleados

por casais observa-se que a participação dos chefes apresenta redução, passando de

71,5% para 69,3% entre 1991 e 2000, acompanhada de significativo crescimento da

participação da cônjuge, de 14% para 19,4% no período e de queda da contribuição

dos filhos na provisão domiciliar de 11,7% em 1991, para 9,3% em 2000.Também em

municípios menores e com características distintas da sede regional, são observadas

tendências semelhantes (Tabela 10).

Indicando a crescente responsabilidade da mulher na provisão familiar, observa-

se no arranjo domiciliar de chefes femininas sem cônjuge o aumento na participação

das chefes na composição da renda domiciliar em todas as regiões sob análise. No

Pólo de São José do Rio Preto, em 1991, as chefes contribuíam com 58,4% da renda

domiciliar e passaram a contribuir com 65,7% em 2000, frente à redução da

participação dos filhos apontada acima e também da redução da participação dos

parentes, resultando no aumento do encargo das chefes femininas na manutenção do

domicílio. Os dados apresentados seguem tendência semelhante à observada para o

Estado de São Paulo, no qual as chefes femininas sem cônjuge contribuíam com 56%

em 1991 e passaram a contribuir com 63,8% em 2000 para a composição da renda

domiciliar (Tabela 9). No município de São José do Rio Preto, em 1991 as chefes

femininas sem cônjuge eram responsáveis por 62,2% da renda domiciliar e, em 2000,

seu encargo passou a ser de 67,7%.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 103

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 10Participação na massa da renda domiciliar por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de São José do Rio Preto1991

Parentes e não

Parentes e não Parentes e não

Parentes e não

parentes parentes parentes parentesPólo São José do Rio Preto 70,6 13,9 12,7 2,8 100,0 58,4 . 30,2 11,5 100,0 70,7 . 9,6 19,7 100,0 69,4 11,9 14,3 4,4 100,0Adolfo 61,9 19,2 14,7 4,3 100,0 46,9 . 51,3 1,8 100,0 84,1 . 7,7 8,3 100,0 62,9 16,6 16,0 4,5 100,0Bady Bassitt 67,7 14,2 14,8 3,4 100,0 64,6 . 29,5 6,0 100,0 55,6 . 31,1 13,4 100,0 66,9 12,7 16,4 4,0 100,0Bálsamo 64,2 16,7 15,7 3,4 100,0 45,3 . 35,9 18,9 100,0 67,3 . 19,3 13,4 100,0 63,0 14,7 17,3 5,0 100,0Cedral 71,3 11,0 16,1 1,5 100,0 41,2 . 40,7 18,1 100,0 57,0 . 29,4 13,7 100,0 68,1 9,6 18,8 3,5 100,0Guapiaçu 65,5 10,8 19,5 4,3 100,0 42,8 . 50,9 6,3 100,0 58,3 . 1,2 40,5 100,0 63,5 9,6 21,5 5,4 100,0Ibirá 67,3 13,2 15,1 4,4 100,0 65,0 . 27,4 7,7 100,0 62,5 . 13,3 24,2 100,0 66,8 11,2 16,1 5,9 100,0Icém 65,1 16,6 15,6 2,8 100,0 48,7 . 36,3 15,0 100,0 72,0 . 4,4 23,7 100,0 64,3 14,5 16,4 4,8 100,0Ipiguá - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Jaci 63,5 10,8 20,2 5,5 100,0 51,4 . 47,1 1,5 100,0 46,3 . 8,2 45,5 100,0 62,2 9,9 20,5 7,4 100,0José Bonifácio 70,0 12,7 14,5 2,9 100,0 35,6 . 46,9 17,5 100,0 75,2 . 5,7 19,1 100,0 67,0 11,0 17,2 4,8 100,0Mendonça 68,7 18,1 10,7 2,6 100,0 33,6 . 51,0 15,5 100,0 70,1 . 14,7 15,1 100,0 67,9 16,7 11,9 3,5 100,0Mirassol 66,8 14,5 15,9 2,9 100,0 48,3 . 36,6 15,1 100,0 58,5 . 17,4 24,1 100,0 64,7 12,5 17,9 4,9 100,0Mirassolândia 64,4 14,5 16,2 4,9 100,0 55,3 . 42,5 2,2 100,0 13,4 . 82,3 4,3 100,0 58,8 12,1 24,3 4,7 100,0Monte Aprazível 68,7 14,1 15,3 2,0 100,0 69,9 . 21,7 8,4 100,0 60,2 . 9,6 30,2 100,0 68,4 12,2 15,6 3,8 100,0Neves Paulista 65,4 12,9 19,3 2,5 100,0 41,5 . 42,8 15,7 100,0 72,2 . 15,1 12,7 100,0 64,1 11,6 20,6 3,7 100,0Nipoã 69,6 10,4 16,3 3,7 100,0 44,8 . 52,2 3,0 100,0 58,5 . 20,7 20,8 100,0 64,2 7,9 23,5 4,4 100,0Nova Aliança 71,6 9,6 15,3 3,4 100,0 35,4 . 58,0 6,7 100,0 66,2 . 1,9 31,9 100,0 69,2 8,7 17,4 4,7 100,0Nova Granada 70,7 14,4 12,2 2,7 100,0 46,8 . 41,9 11,3 100,0 75,3 . 8,7 16,0 100,0 68,9 12,7 14,4 4,0 100,0Onda Verde 73,6 12,3 10,8 3,3 100,0 46,9 . 35,8 17,3 100,0 45,3 . 2,6 52,1 100,0 70,3 10,9 11,3 7,5 100,0Orindiúva 83,3 6,5 7,8 2,5 100,0 32,5 . 57,8 9,7 100,0 54,4 . 4,7 40,9 100,0 78,7 5,8 10,9 4,6 100,0Palestina 76,5 11,7 9,6 2,2 100,0 41,7 . 52,8 5,5 100,0 86,5 . 9,3 4,2 100,0 73,1 10,0 14,3 2,6 100,0Paulo de Faria 73,8 9,6 11,0 5,6 100,0 49,2 . 18,6 32,3 100,0 77,0 . 12,6 10,3 100,0 71,4 8,2 11,9 8,6 100,0Planalto 68,1 11,3 18,1 2,5 100,0 66,9 . 32,8 0,3 100,0 67,8 . 0,0 32,3 100,0 68,0 10,1 18,7 3,2 100,0Poloni 68,8 15,0 13,8 2,5 100,0 59,3 . 32,0 8,7 100,0 50,1 . 32,5 17,4 100,0 68,1 14,2 14,8 2,9 100,0Potirendaba 70,0 12,9 13,9 3,2 100,0 59,0 . 35,4 5,5 100,0 39,2 . 39,4 21,4 100,0 68,1 11,7 16,2 4,1 100,0São José do Rio Preto 71,5 14,1 11,7 2,7 100,0 62,2 . 26,9 10,9 100,0 74,4 . 7,3 18,3 100,0 70,6 12,0 13,2 4,3 100,0Tanabi 69,5 15,5 12,4 2,7 100,0 48,3 . 36,0 15,7 100,0 62,7 . 4,9 32,4 100,0 67,3 13,3 13,8 5,6 100,0Ubarana - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Uchoa 67,5 14,1 14,8 3,6 100,0 46,3 . 44,7 9,0 100,0 76,8 . 7,1 16,1 100,0 65,3 11,5 18,1 5,1 100,0União Paulista 68,9 16,9 9,7 4,5 100,0 26,5 . 73,5 . 100,0 55,5 . 37,1 7,4 100,0 67,9 16,1 11,4 4,6 100,0Zacarias - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos

Filhos TotalTotal

Chefe Cônjuge Filhos Total Chefe Cônjuge Filhos Total Chefe

Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Chefe Cônjuge Filhos TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge

Cônjuge

Tabela 10Participação na massa da renda domiciliar por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de São José do Rio Preto2000

Parentes e não

Parentes e não

Parentes e não

Parentes e não

parentes parentes parentes parentesPólo São José do Rio Preto 68,3 19,0 10,0 2,7 100,0 65,7 . 24,7 9,6 100,0 81,8 . 5,9 12,3 100,0 68,8 15,5 11,7 4,1 100,0Adolfo 63,8 23,0 10,3 2,9 100,0 43,7 . 34,3 22,0 100,0 69,1 . 18,4 12,5 100,0 62,2 20,4 12,6 4,9 100,0Bady Bassitt 69,5 19,1 9,5 2,0 100,0 64,4 . 30,3 5,3 100,0 76,1 . 6,3 17,7 100,0 69,3 16,8 11,1 2,9 100,0Bálsamo 45,0 11,5 8,4 35,1 100,0 53,3 . 37,5 9,3 100,0 77,3 . 5,8 16,9 100,0 46,3 10,6 9,9 33,2 100,0Cedral 62,7 19,3 15,6 2,4 100,0 68,8 . 25,5 5,7 100,0 65,4 . 13,9 20,7 100,0 63,7 15,4 16,9 4,0 100,0Guapiaçu 69,1 18,3 10,1 2,6 100,0 65,4 . 24,5 10,1 100,0 71,6 . 16,9 11,5 100,0 68,8 15,9 11,7 3,6 100,0Ibirá 68,3 17,7 11,9 2,2 100,0 71,1 . 24,6 4,4 100,0 72,9 . 11,5 15,7 100,0 68,8 14,9 13,2 3,1 100,0Icém 73,1 16,4 8,8 1,7 100,0 66,4 . 22,7 10,9 100,0 75,1 . 4,9 20,0 100,0 72,6 14,0 9,9 3,6 100,0Ipiguá 68,0 13,1 14,4 4,6 100,0 61,2 . 31,9 7,0 100,0 97,7 . . 2,4 100,0 68,9 11,6 14,9 4,6 100,0Jaci 65,5 19,5 12,4 2,7 100,0 47,6 . 50,2 2,2 100,0 66,5 . 12,8 20,8 100,0 63,9 15,6 16,0 4,5 100,0José Bonifácio 67,1 20,9 10,5 1,5 100,0 53,2 . 34,8 12,0 100,0 84,4 . 6,5 9,1 100,0 66,4 17,9 12,8 2,9 100,0Mendonça 67,6 17,3 12,1 3,0 100,0 15,0 . 79,8 5,3 100,0 92,8 . 3,8 3,3 100,0 55,8 11,3 29,3 3,6 100,0Mirassol 66,9 17,7 12,3 3,1 100,0 60,9 . 27,4 11,8 100,0 73,7 . 7,5 18,8 100,0 66,5 14,9 13,9 4,8 100,0Mirassolândia 65,8 17,6 13,8 2,9 100,0 63,5 . 20,0 16,4 100,0 90,4 . 2,2 7,5 100,0 67,3 15,0 13,4 4,3 100,0Monte Aprazível 65,2 20,8 11,0 3,0 100,0 68,5 . 27,7 3,8 100,0 77,7 . 10,5 11,9 100,0 66,2 17,4 13,0 3,5 100,0Neves Paulista 68,0 16,2 13,2 2,7 100,0 61,6 . 33,3 5,1 100,0 80,6 . 8,8 10,6 100,0 67,8 13,9 15,1 3,2 100,0Nipoã 71,8 12,9 13,1 2,3 100,0 64,1 . 31,7 4,2 100,0 72,1 . 16,8 11,1 100,0 71,3 11,3 14,5 2,9 100,0Nova Aliança 59,3 20,1 17,7 2,9 100,0 60,9 . 28,5 10,7 100,0 84,5 . 0,0 15,6 100,0 61,3 16,5 17,5 4,7 100,0Nova Granada 63,6 17,7 13,5 5,1 100,0 62,0 . 28,9 9,1 100,0 75,2 . 15,8 8,9 100,0 64,1 14,5 15,5 5,8 100,0Onda Verde 71,3 14,7 11,1 2,9 100,0 68,3 . 24,7 7,1 100,0 84,5 . 11,1 4,4 100,0 71,9 12,7 12,1 3,3 100,0Orindiúva 76,0 11,9 9,1 3,0 100,0 62,4 . 34,0 3,6 100,0 52,2 . 23,5 24,3 100,0 73,8 10,5 11,5 4,3 100,0Palestina 66,0 20,0 12,4 1,6 100,0 57,9 . 33,9 8,1 100,0 84,2 . 10,7 5,2 100,0 66,3 16,2 14,9 2,6 100,0Paulo de Faria 74,1 15,7 8,9 1,4 100,0 64,7 . 20,6 14,7 100,0 83,7 . 10,9 5,5 100,0 73,6 13,0 10,3 3,1 100,0Planalto 80,2 9,6 8,2 2,1 100,0 72,0 . 14,6 13,4 100,0 84,7 . 4,6 10,8 100,0 80,0 8,6 8,4 3,1 100,0Poloni 67,7 16,2 12,9 3,1 100,0 64,3 . 31,7 4,0 100,0 72,3 . 11,8 15,9 100,0 67,5 14,0 14,8 3,6 100,0Potirendaba 63,5 21,3 11,0 4,2 100,0 66,4 . 25,3 8,3 100,0 61,1 . 8,1 30,8 100,0 63,6 18,6 12,1 5,8 100,0São José do Rio Preto 69,3 19,4 9,3 2,0 100,0 67,7 . 22,7 9,6 100,0 83,7 . 4,8 11,6 100,0 70,0 15,5 10,9 3,6 100,0Tanabi 67,9 19,0 10,5 2,7 100,0 67,0 . 19,1 14,0 100,0 73,6 . 4,9 21,5 100,0 68,0 16,1 11,2 4,7 100,0Ubarana 65,0 16,5 15,8 2,7 100,0 63,6 . 24,7 11,7 100,0 88,8 . 3,0 8,3 100,0 66,2 14,2 15,9 3,8 100,0Uchoa 62,2 19,5 14,9 3,4 100,0 48,6 . 39,1 12,4 100,0 89,5 . 8,3 2,2 100,0 61,5 16,6 17,5 4,4 100,0União Paulista 61,9 19,1 13,6 5,4 100,0 80,8 . 16,2 3,0 100,0 30,6 . 63,4 6,0 100,0 58,9 16,1 19,6 5,4 100,0Zacarias 65,7 20,1 13,3 0,9 100,0 43,5 . 52,4 4,1 100,0 86,4 . 2,4 11,3 100,0 65,7 17,9 14,9 1,6 100,0

Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos

Total Chefe Cônjuge TotalTotal Chefe Cônjuge FilhosTotal Chefe Cônjuge Filhos

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

TotalChefe Cônjuge Filhos

Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjugeFilhos

A tendência de crescimento do encargo na provisão domiciliar é também

apresentada pelos dos chefes masculinos sem cônjuge em todas as regiões sob

análise. No Pólo de São José do Rio Preto sua contribuição para composição da renda

domiciliar desse arranjo era de 70,7% em 1991 e passou para 81,8% em 2000, com

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 104

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

proporções semelhantes às observadas para o Estado de São Paulo. No município de

São José do Rio Preto a participação dos chefes em 1991 era de 74,3% e em 2000

passou a ser responsável por 83,6% da composição da renda domiciliar.

Para o arranjo domiciliar dos chefes masculinos sem cônjuge além da queda na

contribuição já apontada para os filhos nesse arranjo, observa-se a redução da

participação dos parentes e não parentes na composição da renda domiciliar de 19,7%

em 1991, para 12,3% em 2000, no Pólo de São José do Rio Preto (Tabela 10).

Analisando-se os municípios que compõem o no Pólo de São José do Rio Preto

observam-se as mesmas tendências apontadas acima.

2.3. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento

Estudos sobre a Região Metropolitana de São Paulo nos anos 90 e 2000

(Montali, 2004) e sobre o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras na década de

2000 (Montali e Tavares, 2008) evidenciaram que a precarização do trabalho e o

aumento do desemprego vigentes nesses períodos afetam diferenciadamente os

arranjos familiares de inserção no mercado, que são articulados de maneiras distintas

nos momentos do ciclo de vida familiar, evidenciando maior fragilização para

determinados segmentos sociais nas formas encontradas para garantir a

sobrevivência. Diversos indicadores reafirmam essa maior fragilidade apresentada por

determinados arranjos domiciliares.

Os arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento foram assim identificados por

apresentarem rendimentos médios familiares per capita mais baixos que os demais

arranjos domiciliares e abaixo da média regional, por apresentarem as mais elevadas

concentrações entre os decis inferiores de renda familiar per capita, bem como por

apresentarem as menores taxas de geração de renda (Montali e Tavares, 2008).

Esse tópico pretende apresentar os arranjos domiciliares mais suscetíveis ao

empobrecimento no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano de 2000 e

destacar os municípios da região em que essa fragilidade se mostra mais acentuada.

Para tanto, serão utilizados dois indicadores: rendimento domiciliar per capita e taxa

de geração de renda, ambos analisados segundo arranjo domiciliar.

O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentou, no ano de 2000,

rendimento domiciliar per capita de R$ 415,40, valor inferior ao apresentado pelo

Estado de São Paulo e pelas regiões metropolitanas paulistas. Entretanto, quando

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 105

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

comparado aos outros Pólos Regionais sob análise, o Pólo de São José do Rio Preto

apresenta o terceiro maior rendimento domiciliar per capita, muito próximo do

apresentado pelos Pólos de São José dos Campos e de Ribeirão Preto (Gráfico 6).

Considerando-se o outro indicador selecionado para análise, a taxa domiciliar de

geração de renda verificada para o Pólo de São José do Rio Preto, em 2000, foi de

55,4%, superior à observada no Estado de São Paulo (50,5%), e também maior que a

apresentada nas regiões metropolitanas e nos demais pólos regionais, com a exceção

de Araçatuba, cuja taxa se assemelha a esta (Tabela 7). Estes dois indicadores,

rendimento per capita e taxa de geração de renda evidenciam que no Pólo Regional

de São José do Rio Preto embora tenha se elevado a proporção de pessoas por

domicílio envolvidas em atividades de geração de renda, é mais baixa a remuneração

auferida por estas, significando em termos comparativos às regiões metropolitanas

paulistas, situações mais desfavoráveis de remuneração e indicando a possibilidade

de vínculos mais precários de inserção no mercado de trabalho.

Gráfico 6 Rendimento domiciliar per capita Região Metropolitanas e Pólos Regionais – Estado de São Paulo 2000

442,1

506,9

479,0

436,4

426,6

422,5

415,4

408,3

377,2

372,6

338,0

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000

Estado São Paulo

RM São Paulo

RM Campinas

RM Baixada Santista

Pólo Ribeirão Preto

Pólo São José dos Campos

Pólo São José do Rio Preto

Pólo Bauru

Pólo Sorocaba

Pólo Araçatuba

Pólo Presidente Prudente

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Entre os municípios que compõem o Pólo Regional de São José do Rio Preto no

ano de 2000, é grande a disparidade de níveis de rendimento domiciliar per capita.

Apenas São José do Rio Preto, o município-sede da região e o município de

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 106

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Bálsamo encontram-se acima do valor correspondente à média regional em relação

ao rendimento per capita.

Para evidenciar essa disparidade, no caso do município de São José do Rio

Preto, merece ressaltar que o valor de seu rendimento per capita é três vezes maior

que o dos municípios de Mirassolândia, União Paulista, Zacarias e Ubarana, que

apresentam os menores valores no Pólo de São José do Rio Preto (Gráfico 7). No

caso destes quatro municípios, por sua vez, merece destacar que apresentam

rendimento per capita abaixo da metade da média regional.

Dentre os trinta e um municípios do Pólo de São José do Rio Preto, cinco têm

rendimento per capita que corresponde à metade da média regional, e outros onze

municípios apresentam rendimento per capita entre metade e dois terços da média

regional, evidenciando a precariedade de rendimentos na maior parte dos municípios

do Pólo Regional de São José do Rio Preto.

Gráfico 7 Rendimento domiciliar per capita Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000

415,4512,0

433,2340,5336,7334,6328,0317,6316,1307,7302,8297,8295,9293,3285,6283,7280,6268,0265,9265,9251,3251,1250,2241,8237,8221,7215,4201,8

176,9174,5174,0163,5

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

Pólo São José do Rio PretoSão José do Rio Preto

BálsamoJosé Bonifácio

GuapiaçuMirassol

Monte AprazívelNeves PaulistaBady Bassitt

PoloniPotirendaba

TanabiOrindiúvaMendonçaPlanaltoCedralIbirá

Nova AliançaPaulo de Faria

JaciIpiguá

Nova GranadaIcém

UchoaPalestinaAdolfoNipoã

Onda VerdeUbaranaZacarias

União PaulistaMirassolândia

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 107

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A disparidade regional na renda per capita observada nos municípios do Pólo

Regional vai se refletir nos arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento presentes

em cada um deles, acentuando sua fragilidade .

Considerando-se os dois indicadores selecionados para a análise, constata-se

que os arranjos domiciliares mais suscetíveis à pobreza, identificados no Pólo

Regional de São José do Rio Preto, no ano de 2000, são, em ordem crescente

aqueles chefiados por casais na faixa etária de até 34 anos com filhos e/ou parentes,

seguidos pelos arranjos de chefias femininas sem cônjuges com filhos e/ou parentes

e, por fim, os chefiados por casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou

parentes (Gráficos 8 e 9). Comparado ao estudo de Montali e Tavares (2008), sobre

as regiões metropolitanas brasileiras no ano de 2004, observa-se a mesma ordem de

fragilidade identificada por aquele estudo segundo tipos de arranjos domiciliares.

Embora semelhante à ordem de fragilidade encontrada no estudo referido (Montali e

Tavares, 2008) e também pelo presente projeto nas regiões metropolitanas do Estado

de São Paulo, identificou-se especificidades e situações semelhantes em alguns dos

Pólos Regionais, dentre eles o de Presidente Prudente e São José do Rio Preto,

Araçatuba e Bauru referente a um novo arranjo que apresenta maiores

suscetibilidades ao empobrecimento, como se verá mais adiante.

Os arranjos nucleados por casais na faixa etária de até 34 anos com a presença

de filhos e/ou parentes, que apresentam maior suscetibilidade à pobreza no ano de

2000 no Pólo de São José do Rio Preto com base nos indicadores adotados, têm

rendimento domiciliar per capita de R$ 271,50 e taxa de geração de renda do domicílio

de 39,5%, o que significa que pouco mais de um terço da população em idade ativa

aporta renda para o domicílio.

Observa-se, entretanto, que nos municípios do Pólo Regional de São José do

Rio Preto, este arranjo familiar identificado por sua maior fragilidade no enfrentamento

das necessidades para a subsistência relacionada à sua composição domiciliar,

apresenta valores bastante distintos de sua renda per capita. Assim, os arranjos

chefiados por casais na faixa etária dos 34 anos com filhos e/ou parentes, apresentam

em todos os municípios os menores valores do rendimento domiciliar per capita,

porém, o valor deste varia de forma associada à renda per capita do município. Foram

encontrados entre os municípios analisados valores do rendimento domiciliar per

capita para esse tipo de arranjo, que variam entre R$ 114,00 (Nipoã) e R$ 329,00

(São José do Rio Preto) no ano de 2000. Em São José do Rio Preto, município-

sede, o arranjo domiciliar dos casais na faixa etária de até 34 anos com filhos e/ou

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 108

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

parentes, apresentou taxas de geração de renda de 40% acima da média regional

para o arranjo e rendimento domiciliar per capita de R$ 329,00, também acima da

média regional para o arranjo. Em situação oposta está Nipoã, um dos municípios de

menor rendimento per capita, em que esse arranjo apresenta rendimento de R$

114,00, per capita e taxa de geração de renda de 36,1%, ambos indicadores abaixo da

média regional para o arranjo domiciliar, evidenciando uma das situações em que são

maiores as fragilidades destes arranjos que caracterizam-se pela maior

susceptibilidade ao empobrecimento.

O segundo arranjo domiciliar mais suscetível à pobreza no ano de 2000, do Pólo

Regional de São José do Rio Preto é evidenciado nos arranjos domiciliares chefiados

por mulheres sem cônjuges com filhos e/ou parentes. Nesse tipo de arranjo, o

rendimento domiciliar per capita observado foi de R$ 332,50, abaixo da média regional

(R$ 415,00) e a taxa de geração de renda foi de 62,9%, mais elevada que a média da

região. Ou seja, mais pessoas contribuem para a geração de renda, mas o rendimento

domiciliar per capita é menor que nos outros arranjos domiciliares em decorrência das

características de sexo e de idade de seus componentes, bem como das

características de inserção dos mesmos no mercado de trabalho, com parcela

importante em atividades não formalizadas (Montali, 2008).

Gráfico 8 Rendimento domiciliar per capita segundo tipo de arranjo domiciliar Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000

415,4

899,2

622,3

454,2

495,8

457,2

332,5

271,5

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600

Total

Chefe masculino unipessoal

Chefe feminina unipessoal

Chefe masculino sem cônjuge -e/ou filhos e/ou parentes

Casal de 50 anos e mais com filhose parentes

Casal de 35 a 49 anos com filhos eparentes

Chefe feminina sem cônjuge - e/oufilhos e/ou parentes

Casal até 34 anos com filhos eparentes

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 109

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 9 Taxa Específica de geração de renda por tipos de arranjos domiciliares Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000

55,4

95,1

91,7

73,4

72,3

63,3

62,9

51,1

39,5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Total

Chefe feminina unipessoal

Chefe masculino unipessoal

Casal sem filhos

Chefe masculino sem cônjuge - e/oufilhos e/ou parentes

Casal de 50 anos e mais com filhose parentes

Chefe feminina sem cônjuge - e/oufilhos e/ou parentes

Casal de 35 a 49 anos com filhos eparentes

Casal até 34 anos com filhos eparentes

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuges com filhos e/ou

parentes os municípios do Pólo de São José do Rio Preto tiveram rendimento

domiciliar per capita variando entre R$ 101,50 (Zacarias) e R$ 385,00 (São José do

Rio Preto). Tomando Zacarias como um dos municípios em que esse tipo de arranjo

apresentou maior suscetibilidade à pobreza, observa-se rendimento per capita de R$

101,50, abaixo da metade da média regional para o arranjo e taxa de 43,9%, abaixo

da média regional para o arranjo. Situação mais favorável pode ser apontada em São

José do Rio Preto, no qual esse arranjo domiciliar apresentou rendimento de R$

385,00 e taxa de geração de renda de 62,8%, na média do arranjo.

Por fim, os casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou parentes

são o terceiro arranjo mais suscetível à pobreza do Pólo de São José do Rio Preto.

Estes apresentam rendimento domiciliar per capita de R$ 457,00, acima da média

regional, e apresentam taxa de geração de renda de 51%, abaixo da média regional.

Nos municípios do Pólo, o arranjo domiciliar nucleado pelo casal de 35 a 49 anos

com filhos e/ou parentes apresentou rendimentos per capita que variaram entre R$

165,00 (Mirassolândia) e R$ 567,00 (São José do Rio Preto), no ano de 2000. No

município de Mirassolândia, que apresenta a menor renda per capita do Pólo, esse

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 110

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

arranjo domiciliar apresentou rendimento per capita de R$ 165,00 e taxa de geração

de renda de 50,7%, evidenciando que embora metade dos componentes em idade

ativa aportem renda para o domicílio os rendimentos obtidos são baixos,

possívelmente associados a inserções precárias no mercado de trabalho. O município

de São José do Rio Preto, apresenta mais uma vez situações mais favoráveis, em

que esse arranjo apresentou rendimento per capita de R$ 567,00, superior à renda per

capita do Pólo de São José do Rio Preto; e taxas de geração de renda de 51%, na

média regional para esse arranjo domiciliar.

No entanto, esse arranjo divide com outro arranjo domiciliar o lugar de terceiro

rendimento per capita mais baixo e inferior à média regional, trata-se do arranjo

domiciliar do chefe masculino sem cônjuge com filhos e/ou parentes, que apresenta

rendimento per capita pouco acima da média regional (R$ 454,00) e taxa domiciliar de

geração de renda mais elevada (72,3%), ver Gráficos 8 e 9. Esse arranjo identificado

nos pólos regionais, expressa maiores fragilidades para suprir a subsistência porque

embora apresente maior número de pessoas que aportam rendimento de alguma

natureza para o domicílio, os rendimentos auferidos são de valor mais baixo. O Anexo

3, mostra que esse arranjo, assim como o arranjo dos casais na faixa etária dos 35

aos 49 anos com filhos e/ou parentes apresentam concentração elevada nos decís

inferiores de renda e com a mesma proporção, de 47%, no ano de 2000 no Pólo de

São José do Rio Preto.

A especificidade encontrada neste pólo regional, com semelhanças com o

observado nos Pólos de Bauru e Araçatuba, merece ser melhor investigada em estudo

específico, mas se supõe que esteja relacionada à estrutura etária mais envelhecida

dessas regiões, mencionada na Parte 2.1., do Capítulo 3. dos Estudos Regionais dos

Pólos referidos, às características da atividade econômica, e também aos processos

migratórios que caracterizam tais pólos. Deve-se esclarecer que não é possível

aprofundar essa análise através dos dados do Censo de 2000, porque esse arranjo

domiciliar representa pequena proporção entre os domicílios nas áreas estudadas e

cruzamentos mais detalhados passam a ter problemas de significância estatística,

demandando estudos de outra natureza. No Pólo de São José do Rio Preto, por

exemplo, esse arranjo representa cerca de 3% dos domicílios segundo o Censo de

2000, no entanto é importante indicá-lo como um dos arranjos mais suscetíveis ao

empobrecimento para a continuidade do acompanhamento nos anos recentes e para

indicá-lo como público demandante de políticas de proteção social.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 111

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Para concluir, merece ressaltar que esta análise além de apontar os arranjos

mais suscetíveis ao empobrecimento no Pólo Regional de São José do Rio Preto, teve

por objetivo explicitar a fragilidade dos mesmos no contexto da conhecida disparidade

social. Ao mostrar que o rendimento per capita domiciliar de São José do Rio Preto é

três maior que o de Mirassolândia, União Paulista, Zacarias e Ubarana (Gráfico 7),

estamos também mostrando que é proporcional a gravidade dos arranjos domiciliares

mais fragilizados nestes locais, demandando atenção especial das políticas sociais de

combate à pobreza.

Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento em 2006 14

Um dos objetivos do presente projeto ao identificar os arranjos mais suscetíveis

ao empobrecimento nas regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São

Paulo é oferecer indicações sobre os arranjos domiciliares que demandam maior

atenção das políticas sociais.

Nesse sentido, e buscando informações mais recentes para essa temática,

recorreu-se aos dados de 2006 da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios), realizada pelo IBGE.

Pretende-se aqui mostrar no ano 2006, o perfil dos arranjos mais suscetíveis ao

empobrecimento e o acesso destes aos programas de transferência de renda. Embora

a fonte de informação disponível (PNAD-IBGE, 2006) não permita a desagregação

para as regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais, esse fato não invalida a

inclusão destas informações no estudo regional, porque estes dados informam sobre o

Estado de São Paulo, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e o restante

do Estado excluindo-se a RMSP, o qual foi denominado neste estudo como Interior.

Deve-se ressaltar que os dados referentes ao ano de 2006, em comparação com

os referentes ao ano censitário de 2000 aqui analisados, refletem uma conjuntura

econômica distinta, com recuperação do crescimento da economia, expansão do

emprego formal, bem como de expansão do acesso a programas de transferência de

renda, que passam a ser massivamente implementados a partir de 2004.

14 Este item traz informações apresentadas no FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 112

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A nova fonte de dados confirma os mesmos arranjos domiciliares como os mais

suscetíveis ao empobrecimento, identificados através dos censos de 1991 e 2000, e

na mesma ordem de maior suscetibilidade, quais sejam, aqueles de casais jovens, de

até 34 anos, com filhos e /ou parentes, os arranjos das famílias com chefia feminina

sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, e os arranjos de casais com

idades entre 35 e 49 anos com filhos e/ou parentes (Gráficos 8 e 10). Essa fonte de

dados também indica para o Interior o surgimento de mais um arranjo domiciliar que

demanda atenção das políticas de proteção social, que são os arranjos com chefia

masculina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, confirmando a

identificação desse arranjo domiciliar por este Projeto, nas análises com base nos

dados do Censo 2000 (ver itens anteriores, Capitulo 3 Item 2.3 do Estudo Regional de

São José do Rio Preto).

Os arranjos domiciliares identificados como mais suscetíveis ao

empobrecimento, conforme análise apresentada nos tópicos anteriores deste Item

2.3., apresentam os níveis mais baixos de rendimentos domiciliares per capita e

também apresentam maiores concentrações nos decís inferiores de renda domiciliar.

Estas características são evidenciadas tanto na análise com base nos dados

censitários de 2000 (Anexo 3), como na análise do ano de 2006, utilizando os dados

da PNAD 2006 – IBGE (Anexo 1).

Os dados da PNAD 2006 mostram que os três tipos de arranjos domiciliares

identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento compõem, no ano de 2006,

cerca de 56,5% dos domicílios da Região Metropolitana de São Paulo, 55% do Interior

e 55,6% do conjunto do Estado de São Paulo e que apresentam concentrações mais

elevadas que os demais arranjos domiciliares nos decís inferiores de rendimento

domiciliar per capita. Dessa maneira, encontram-se abaixo do valor do 5º decil da

distribuição de renda domiciliar per capita metropolitana, que identifica os 50% mais

pobres, mais que 70% dos arranjos domiciliares dos casais jovens com filhos.

Proporções mais elevadas são encontradas na Região Metropolitana de São Paulo

(73%) em comparação como o Interior (71%) (Anexo 1). Nos domicílios com arranjos

de chefe feminina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, pouco menos

de 60% apresentam rendimento abaixo do valor do 5º decil; dentre estes se observa

percentual um pouco mais elevado no Interior. Entre os domicílios dos casais de 35 a

49 anos com filhos e/ou parentes pouco mais que 50% estão abaixo do valor do 5º

decil, com proporções mais elevadas na RMSP (54%) do que no Interior (52%).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 113

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Em síntese, os domicílios mais suscetíveis ao empobrecimento apresentam

maior concentração entre os 50% mais pobres na Região Metropolitana de São Paulo

comparativamente aos do Interior e ao total do Estado de São Paulo. Este indicador

está bastante coerente com as análises apresentadas no Estudo Regional – Região

Metropolitana de São Paulo15, Capitulo 3, Parte 1. Renda, Pobreza e Desigualdade na

Região Metropolitana de São Paulo, que evidencia o aprofundamento da desigualdade

de rendimentos entre as pessoas de 10 anos e mais na Região Metropolitana de São

Paulo, no ano 2000.

Gráfico 10 Rendimento domiciliar per capita segundo tipo de arranjo domiciliar Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado São Paulo 2006

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800

Total

Chefe masculino unipessoal

Chefe feminina unipessoal

Casal sem filhos

Casal de 50 anos e mais comfilhos e parentes

Chefe masculino sem cônjuge -e/ou filhos e/ou parentes

Casal de 35 a 49 anos com filhose parentes

Chefe feminina sem cônjuge -e/ou filhos e/ou parentes

Casal até 34 anos com filhos eparentes

RMSP Estado São Paulo Interior

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Os arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento e o acesso aos programas de transferência de renda em 2006

Durante a década de 2000, dentre as políticas de combate à pobreza

diversificam-se os programas e amplia-se a cobertura daqueles caracterizados pela

15 FINEP. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/IE-UNICAMP-FINEP. Documento 2 – Estudos Regionais – Região Metropolitana de São Paulo, Capitulo 3.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 114

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

transferência de renda. Os programas de transferência de renda apresentam

abrangência incipiente no ano 2000, portanto não poderiam ser analisados através dos

dados censitários correspondentes a esse ano. Na década de 90 inicia-se esse tipo de

política de combate à pobreza com a predominância de programas municipais, que

passaram a ser implementados a partir de 199516, além de dois programas federais: o

Beneficio de Prestação Continuada (BPC) e o Programa de Erradicação do Trabalho

Infantil (PETI), instituídos em 1996. No decorrer da década de 2000 aumenta a

cobertura dos programas de transferência de renda com a ampliação da

implementação destes dois programas federais e, a partir de 2001, com a

implementação dos programas Bolsa-Escola e Bolsa-Alimentação e na seqüência os

programas Auxilio-Gás, em 2002 e o Cartão Alimentação, em 2003. A partir de outubro

de 2003, ocorre a implementação do Programa Bolsa-Família, que unifica estes

últimos quatro programas de transferência e gradativamente amplia a cobertura,

tornando-a massiva. Assim, a partir de 2003 aumenta o acesso a esse tipo de

programa de combate à pobreza pelos domicílios com rendimentos mais baixos17.

No entanto ainda é bastante modesto o acesso dos domicílios do Estado de São

Paulo e da RMSP a programas de transferência de renda, segundo pesquisa da

Fundação SEADE cerca de 9% deles têm acesso a pelo menos um programa dessa

natureza18. Considerando-se o total dos domicílios brasileiros, 18,3% correspondem à

proporção dos que receberam transferência de renda de programa social do governo

(IBGE, 2008: Tabela 1.2.3). Existem no entanto diferenças regionais na distribuição

dos domicílios brasileiros com acesso a tais programas governamentais e as maiores

proporções são encontradas nas regiões Nordeste (35,9%) e Norte (24,6%), seguidos

pelas das regiões Centro-Oeste (18%), Sul (10,4%) e Sudeste (10,3%).

Tendo por referência os grupos de arranjos domiciliares mais suscetíveis ao

empobrecimento, investiga-se aqui o acesso destes aos programas de transferência

de renda. Constata-se que, se por um lado ainda é restrito o aceso do conjunto dos

domicílios a programas de transferência de renda, por outro lado existem indicações

de que o acesso a programa social de transferência de renda governamental mostra-

16 Detalhamento dos programas municipais de transferência de renda nesse período pode ser encontrado em Fonseca, 2001. 17 Mais informações sobre programas de transferência de renda podem ser encontradas na Parte 3 deste capítulo. 18 Resultados da Pesquisa de Condições de Vida – PCV 2006 - Fundação SEADE, mostram que 8,7% das famílias do Estado de São Paulo e 9% das famílias da Região Metropolitana de São Paulo têm acesso a benefícios oriundos dos programas governamentais de transferência de renda. Disponível em http://www.seade.gov.br. Acesso em 28/03/2008.

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

se bem focalizado, pois mais que 90% dos domicílios beneficiários no Estado de São

Paulo encontram-se entre os 50% mais pobres segundo os dados da PNAD 2006

(Tabela 11). A focalização dos programas sociais de transferência de renda se

evidencia também através das proporções mais elevadas do acesso a tais programas

sociais pelos domicílios acima caracterizados como arranjos mais suscetíveis ao

empobrecimento nas diversas espacialidades sob análise em comparação com os

demais arranjos domiciliares (Tabela 11 % coluna).

Considerando-se o conjunto dos tipos de arranjos domiciliares fica evidente a

focalização nos três tipos apontados como mais suscetíveis ao empobrecimento quais

sejam: casal de até 34 anos, com filhos e parentes, chefe feminina sem cônjuge, com

filhos e parentes, e casal entre 34 e 49 anos com filhos e parentes, que juntos

perfazem mais de 80% dos domicílios com acesso a algum programa de transferência

de renda em todas as espacialidades analisadas em 2006. Assim, na RMSP, enquanto

os arranjos domiciliares identificados por este estudo como mais fragilizados

representam 56,5% do total dos domicílios (Anexo 1), ao se considerar os 50% mais

pobres representam 83% dos domicílios atendidos por programas de transferência de

renda (Tabela 11 % coluna). No Interior, estes arranjos domiciliares representam 55%

do total dos domicílios (Anexo 1) e, considerando –se os 50% mais pobres, são 82%

dentre os beneficiários destes programas (Tabelas 11 % coluna).

Tabela 11Distribuição dos domicílios com acesso aos programas de transferência de renda entre os 50% mais pobres - Estimativa (%) (1)Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado de São Paulo2006

% linha % coluna % linha % coluna % linha % coluna

Casais 96,3 69,1 93,0 73,6 94,2 72,0

Casal sem filhos 91,7 3,3 76,3 4,3 78,0 3,9

Casal com filhos e parentes 96,5 65,9 94,3 69,3 95,3 68,2

Casal até 34 anos com filhos e parentes 96,1 29,1 96,4 31,9 96,6 31,0

Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 98,8 25,2 95,2 26,6 96,4 26,1

Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 86,4 5,6 80,4 5,5 83,8 5,7

Chefe feminina sem cônjuge 97,1 29,7 95,8 23,6 96,7 25,7

Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 97,0 28,5 96,9 23,0 96,9 24,8

Chefe feminina unipessoal 100,0 1,2 66,7 0,6 90,1 0,9

Chefe masculino sem cônjuge 80,0 1,2 95,0 2,8 92,0 2,3

Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 80,0 1,2 94,1 2,4 90,9 2,0

Chefe masculino unipessoal 0,0 0,0 100,0 0,5 100,0 0,3

Total (2) 96,3 100,0 93,7 100,0 94,8 100,0

(1) Estimativa obtida através da variável V1273. Domicílios até o 8º decil do rendimento domiciliar per capita.

(2) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual).

RMSP Interior Estado

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

50% mais pobres 50% mais pobres 50% mais pobres

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 116

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Outro aspecto que se pretende ressaltar é que o acesso a programas de

transferência está relacionado à composição dos domicílios e aos distintos arranjos

domiciliares associados a ciclos vitais da família (Tabela 12). Observa-se que o

Beneficio de Prestação Continuada, que atende a deficientes e principalmente idosos

em situação de risco, apresenta peso maior entre as famílias unipessoais,

caracterizadas por idosos, entre os arranjos nucleados pelos casais de 50 anos com

filhos e/ou parentes, bem como entre os casais sem filhos residentes, dentre os quais

uma parcela importante é composta por idosos. Representa ainda cerca de 15 % dos

benefícios a que têm acesso os domicílios com chefia feminina sem a presença de

cônjuge no Estado de São Paulo, lembrando que nestes arranjos cerca de metade das

chefes têm 50 anos e mais. Nos demais arranjos familiares é bastante menor a

participação desse programa (Tabela 12).

O programa Bolsa-Família, por sua vez, apresenta peso importante entre os

programas de transferência de renda, abrangendo cerca de 67% dos domicílios

metropolitanos com acesso e 73% dos domicílios do Interior com acesso. No Estado

de São Paulo, dentre os beneficiários de algum programa de transferência de renda

governamental, 70% têm acesso ao programa Bolsa-Família (Tabela 12).

É mais elevado o acesso ao Bolsa Família pelos três tipos de arranjos

identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento, que contam em sua

composição familiar com parcela importante de crianças, adolescentes e jovens, ou

seja, os tipos de arranjo domiciliar: casal de até 34 anos, chefe feminina sem cônjuge,

com filhos e/ou parentes e casal entre 34 e 49 anos com filhos e/ou parentes. Na

Região Metropolitana de São Paulo, considerando-se os domicílios com acesso a

algum tipo programa de transferência de renda, cerca de 70% dos domicílios desses

três arranjos domiciliares referidos como mais fragilizados, são beneficiários do

Programa Bolsa Família. Proporção mais elevada que a apresentada pelos demais

arranjos domiciliares (Tabela 12).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 117

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 12Distribuição dos domicílios com acesso a programas de transferência de renda por arranjos domiciliares, segundo distribuição por programa

Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado de São Paulo

2006

Tipos de arranjos BOLSA FAMÍLIA

BPC PETI OUTRO PROGRAMA

TOTAL BOLSA FAMÍLIA

BPC PETI OUTRO PROGRAMA

TOTAL BOLSA FAMÍLIA

BPC PETI OUTRO PROGRAMA

TOTAL

Casais 67,0 6,5 0,7 25,7 100,0 74,7 11,7 0,7 12,9 100,0 72,1 10,0 0,7 17,2 100,0

Casal sem filhos 61,5 15,4 0,0 23,1 100,0 37,5 52,5 0,0 10,0 100,0 43,5 43,2 0,0 13,3 100,0

Casal até 34 anos com filhos e parentes 70,3 2,5 1,7 25,4 100,0 84,4 3,4 0,8 11,4 100,0 79,6 3,1 1,1 16,1 100,0

Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 69,0 4,0 0,0 27,0 100,0 75,6 8,5 1,0 14,9 100,0 73,4 7,0 0,7 19,0 100,0

Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 48,0 28,0 0,0 24,0 100,0 44,0 38,0 0,0 18,0 100,0 45,4 34,6 0,0 20,0 100,0

Chefe feminina sem cônjuge 68,7 7,0 0,9 23,5 100,0 67,8 21,1 1,1 10,0 100,0 68,1 15,5 1,0 15,3 100,0

Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 70,3 4,5 0,9 24,3 100,0 70,1 18,4 1,1 10,3 100,0 70,2 12,9 1,1 15,9 100,0

Chefe feminina unipessoal 25,0 75,0 0,0 0,0 100,0 0,0 100,0 0,0 0,0 100,0 10,1 89,9 0,0 0,0 100,0

Chefe masculino sem cônjuge 16,7 33,3 0,0 50,0 100,0 60,0 30,0 0,0 10,0 100,0 49,8 30,8 0,0 19,4 100,0

Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 16,7 33,3 0,0 50,0 100,0 70,6 23,5 0,0 5,9 100,0 56,3 26,1 0,0 17,6 100,0

Chefe masculino unipessoal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 0,0 33,3 100,0 0,0 66,7 0,0 33,3 100,0

Total (1) 66,8 7,1 0,8 25,4 100,0 72,7 14,4 0,8 12,2 100,0 70,6 11,8 0,8 16,8 100,0

(1) o total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual).

InteriorRMSP Estado São Paulo

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Merece destaque o fato de que, na Região Metropolitana de São Paulo, 61% dos

domicílios de casais sem filhos e 25% dos domicílios unipessoais femininos são

beneficiários do Bolsa Família em 2006. Informações semelhantes foram identificadas

por estudo de Montali e Tavares sobre as regiões metropolitanas brasileiras para o

mesmo ano e atribui-se o acesso de domicílios sem a presença de crianças ou

adolescentes à ampliação do Bolsa Família que privilegiou o limite da renda domiciliar

per capita como critério para a seleção das famílias beneficiárias (Montali e Tavares,

2008).

Além destes arranjos identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento,

foi identificado outro tipo de arranjo domiciliar como beneficiário de programas de

transferência de renda, demandando atenção no planejamento dos programas de

proteção social, trata-se do arranjo domiciliar do chefe masculino sem cônjuge, com

filhos e/ou parentes. Este arranjo é apontado principalmente para o Interior como um

dos que apresenta elevada concentração entre os 50% mais pobres, da ordem de

45%; na RMSP apresenta concentração um pouco menor, da ordem de 40% (Anexos

1 e 3). Observou-se também que o acesso desse arranjo a programas de transferência

de renda mostra-se diferenciado, quando consideradas a Região Metropolitana e o

Interior do Estado de São Paulo. Na Região Metropolitana de São Paulo este arranjo

domiciliar é beneficiário do BPC , no caso de 33% dos domicílios, e de Outro

Programa, com a importante porcentagem de 50%; esta categoria Outro Programa

inclui programas estaduais e municipais. No Interior, 70% destes domicílios são

beneficiários do Bolsa Família e 23% do BPC (Tabela 12). Esta nova situação de

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 118

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

fragilidade merece um estudo especial, considerando-se as mudanças na estruturação

das famílias, bem como na dinâmica do mercado de trabalho e as novas restrições ao

emprego nos anos recentes.

Considerações Finais

Merece ressaltar que a análise do acesso aos programas de transferência de

renda governamentais pelos domicílios caracterizados por arranjos mais suscetíveis

ao empobrecimento explicita, ao mesmo tempo, a confirmação da condição de maior

suscetibilidade ao empobrecimento destes arranjos, bem como a focalização dos

programas de transferência de renda nos domicílios mais pobres.

Por outro lado esta análise apontou um outro arranjo domiciliar identificado nos

anos recentes, que evidencia fragilidade em face à sobrevivência, demandando

atenção das políticas de proteção social, que é o arranjo do chefe masculino sem

cônjuge, com filhos e/ou parentes. Embora este arranjo domiciliar represente cerca de

4% dos domicílios da RMSP, Interior e Estado de São Paulo em 2006, apresenta uma

das concentrações mais elevadas entre os 50% mais pobres (Anexo 1) e evidencia

acesso a programas de transferência de renda, demandando conhecimento mais

aprofundado de sua configuração e da condição de precariedade.

Anexo 1 Distribuição dos arranjos domiciliares por tipologia segundo decis do rendimento domiciliar per capita (R$) Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado São Paulo 2006

Tipos de arranjos Distribuição Tipologia

50% mais pobres

Distribuição Tipologia

50% mais pobres

Distribuição Tipologia

50% mais pobres

Casais 65,0 52,2 70,2 51,7 67,7 51,9Casal sem filhos 13,3 30,3 16,3 36,2 14,8 34,0

Casal até 34 anos com filhos e parentes 16,3 72,7 17,8 70,6 17,1 71,5Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 21,1 54,5 22,3 51,6 21,7 52,7

Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 11,3 39,7 10,4 40,2 10,9 39,5Chefe feminina sem cônjuge 25,5 52,0 21,1 51,2 23,2 51,3

Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 19,1 58,4 14,8 59,4 16,8 58,3

Chefe feminina unipessoal 6,5 33,3 6,3 32,0 6,4 32,7Chefe masculino sem cônjuge 9,4 29,9 8,8 35,0 9,1 33,4

Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 4,1 40,0 3,3 45,0 3,7 43,0Chefe masculino unipessoal 5,3 22,3 5,5 29,1 5,4 27,0

Total (1) 100,0 50,1 100,0 50,1 100,0 50,0

(1) O Total inclui outros arranjos domiciliares.

RMSP Interior Estado São Paulo

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 119

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Anexo 2 Rendimento domiciliar per capita (em R$) Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000

Totalaté 34 anos

de 35 a 49 anos

50 anos e mais

Residual

Pólo São José do Rio Preto 415,0 570,4 391,6 271,5 457,2 495,8 320,5 366,7 332,5 622,3 595,0 454,2 899,3Adolfo 227,7 314,1 217,7 175,4 251,0 231,4 252,1 192,8 196,9 161,3 159,3 138,7 197,4Bady Bassitt 322,9 424,5 306,4 276,7 336,5 312,2 297,5 260,6 252,3 360,3 312,7 246,5 486,5Bálsamo 465,2 371,0 480,0 261,7 305,6 1.034,9 491,5 217,6 221,9 194,0 322,3 308,7 342,2Cedral 265,3 271,5 264,2 251,7 240,2 339,9 199,2 375,8 353,2 544,3 427,9 357,3 682,2Guapiaçu 337,1 589,2 303,0 292,6 331,1 276,1 219,5 323,4 297,7 523,6 369,6 367,1 377,2Ibirá 283,9 604,1 237,3 183,5 266,7 287,3 190,8 250,1 226,3 347,7 300,3 251,5 433,8Icém 259,7 322,2 250,6 171,8 302,9 338,8 158,0 181,9 157,1 340,7 265,7 239,7 319,5Ipiguá 246,0 377,2 224,6 219,7 250,0 281,0 101,6 249,2 250,6 248,2 435,6 231,5 546,2Jaci 259,3 353,9 243,5 204,0 237,4 475,9 164,6 204,9 180,7 498,3 499,3 485,7 618,2José Bonifácio 350,9 605,0 313,1 212,9 400,3 396,7 152,1 253,8 233,7 424,6 444,4 308,4 656,2Mendonça 224,1 235,3 221,8 169,8 215,4 364,1 132,2 697,3 749,5 231,9 706,0 942,3 244,1Mirassol 340,2 448,2 326,2 250,2 358,6 397,9 373,7 302,5 275,9 476,3 326,6 287,5 412,0Mirassolândia 161,0 236,0 149,6 124,4 165,0 172,5 151,3 148,9 140,8 202,3 230,3 184,3 425,6Monte Aprazível 331,1 357,9 326,4 221,4 373,2 412,0 278,6 310,8 305,4 341,9 321,6 255,9 446,6Neves Paulista 323,9 557,8 285,0 219,7 333,4 290,0 298,6 269,0 262,7 326,6 334,2 255,9 512,6Nipoã 223,0 329,9 202,9 114,0 268,7 286,5 256,3 141,9 142,0 138,3 231,8 209,7 265,3Nova Aliança 256,4 272,4 254,3 172,3 286,2 359,3 177,1 267,1 229,5 567,5 534,2 572,6 488,4Nova Granada 245,9 389,0 230,4 144,6 265,8 381,5 136,4 239,7 239,4 242,8 406,1 354,7 470,0Onda Verde 201,2 335,8 182,9 163,5 210,8 174,8 208,2 173,0 169,1 214,9 265,4 168,6 677,5Orindiúva 295,7 382,8 284,3 260,9 332,6 313,4 167,9 258,9 243,3 358,5 348,9 387,9 265,8Palestina 235,2 313,9 217,8 160,5 212,2 345,2 199,0 206,7 204,1 222,9 389,4 402,1 362,0Paulo de Faria 281,3 440,0 255,3 194,8 316,6 318,0 231,9 178,5 150,1 429,4 310,2 197,2 455,8Planalto 293,2 178,1 308,0 292,4 412,7 180,3 76,5 204,7 192,4 255,8 279,1 305,7 232,6Poloni 327,2 388,7 313,9 181,5 320,7 545,7 121,2 212,6 194,1 330,3 266,0 233,8 313,6Potirendaba 305,4 367,5 292,3 254,1 310,6 308,8 334,4 270,2 260,6 320,6 321,1 312,8 346,3São José do Rio Preto 513,5 709,2 484,3 328,8 567,4 601,8 374,2 431,5 385,2 794,7 798,7 585,2 1.297,0Tanabi 301,2 383,6 286,7 207,0 361,1 274,5 310,4 257,4 247,8 314,2 370,2 323,9 435,1Ubarana 168,8 193,7 166,4 125,6 195,7 256,5 159,9 214,3 215,3 212,2 333,1 153,4 691,9Uchoa 244,8 348,7 229,6 153,3 236,7 359,4 224,2 213,4 209,3 247,7 288,1 248,8 318,4União Paulista 170,1 254,0 160,3 164,0 171,9 150,9 99,8 100,1 73,2 224,6 290,9 319,5 227,2Zacarias 182,1 258,5 169,1 155,7 175,7 199,9 120,3 99,6 101,5 72,4 186,4 103,1 271,3

Totalcom filhos

e/ou parentes

Casais Chefe feminina sem cônjuge

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Unipessoal

Chefe masculino sem conjuge

TotalSem Filhos

com filhos e/ou parentes

Totalcom filhos

e/ou parentes

Unipessoal

Anexo 3 Distribuição dos domicílios por arranjos domiciliares segundo decis do rendimento domiciliar per capita (50% mais pobres) Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000

Tipo de arranjoRMSP RMBS RMC Araçatuba Bauru Presidente

PrudenteRibeirão Preto

São José dos Campos

São José do Rio Preto

Sorocaba

Casais 51,8 52,2 52,7 49,6 51,2 50,0 51,1 50,3 50,3

Casal sem filhos 33,2 30,3 36,8 38,8 37,3 36,6 36,1 32,2 32,2

Casal até 34 anos com filhos e parentes 69,7 72,3 69,1 65,6 67,5 64,0 67,9 65,2 65,2

Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 49,7 51,5 49,9 44,9 47,2 46,5 48,1 47,1 47,1

Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 36,5 39,8 42,0 42,0 40,5 41,3 40,0 42,3 42,3

Chefe feminina sem cônjuge 50,6 50,0 51,9 55,5 50,3 52,4 51,8 55,0 55,0

Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 56,1 57,0 57,1 59,2 55,4 54,6 56,0 59,5 59,5

Chefe feminina unipessoal 32,4 29,7 35,3 45,0 36,1 46,1 39,4 35,8 35,8

Chefe masculino sem cônjuge 32,7 34,8 37,7 39,9 37,7 43,6 35,6 37,1 37,1

Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 39,9 43,6 46,4 45,7 47,6 48,9 44,6 47,3 47,3

Chefe masculino unipessoal 25,7 28,3 29,5 35,3 30,1 40,2 27,8 28,7 28,7

Total 50,0 50,0 51,4 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0

Regiões Metropolitanas Pólos Regionais

Fonte: Censo demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projetos Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 120

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

2.4. A mulher e a renda dos domicílios: 1991-2000

Domicílios com rendimento da mulher

Conforme mencionado anteriormente o Pólo Regional de São José do Rio Preto

tinha em 2000, 62,0% dos domicílios com renda da mulher, sendo esta proporção uma

das maiores entre os pólos regionais e regiões metropolitanas. Contudo, a

participação da renda da mulher na renda dos domicílios com mulher com renda era

uma das mais reduzidas, ficando acima dos Pólos de Bauru, Araçatuba, Ribeirão Preto

e São José dos Campos, como pode ser visualizado no gráfico 11 a seguir.

Em 1991, o Pólo de São José do Rio Preto apresentava 54,2% dos domicílios

auferindo rendimentos da mulher e essa percentagem passou para 62,0% em 2000.

Quanto à participação da renda da mulher na renda total dos domicílios com mulher

com renda esta era de 38,7% em 1991 e passou para 41,9% em 2000. Assim, a

ampliação do número de domicílios com mulher com renda foi de 7,9 pontos

percentuais, enquanto a variação da participação da renda da mulher na renda

domiciliar foi bem menos intensa (3,3 pontos percentuais).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 121

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 11 Domicílios com renda da mulher e participação da renda da mulher na renda domiciliar Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000

Domicílios com renda da mulher (%) - 2000

62,0

57,1

59,8 59,9 60,0 60,260,7 60,8

62,1

63,9

S. J. doRio Preto

S. J. dosCampos

RM BaixSantista

RM SãoPaulo

Sorocaba PresidentePrudente

RibeirãoPreto

RMCampinas

Bauru Araçatuba

Renda da mulher na renda domiciliar (%) - 2000

41,9

41,0 41,2 41,341,7

42,142,6 42,7

45,3

46,6

S. J. doRio Preto

Bauru Araçatuba RibeirãoPreto

S. J. dosCampos

Sorocaba RMCampinas

PresidentePrudente

RM SãoPaulo

RM BaixSantista

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE.

A tabela 13 mostra os municípios do Pólo de São José do Rio Preto ordenados

de menor a maior conforme a participação da renda da mulher na renda domiciliar,

sendo 2000 o ano de referência. O percentual de domicílios com renda da mulher

varia muito entre os municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto. Em 1991

essa variação ia de 37,6% em Mirassolândia a 58,4% em São José do Rio Preto.

Em 2000 o menor percentual ficava com Orindiúva (45,4%) e o maior com São José

do Rio Preto (65,1%). Quando se compara a proporção de domicílios com mulher

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 122

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

com renda do Pólo de São José do Rio Preto (62,0% em 2000) à observada em cada

município, tem-se que São José do Rio Preto, Poloni e Potirendaba possuem

proporções que superam a média do pólo.

Entre 1991 e 2000 houve aumento generalizado do número de domicílios com

mulher auferindo renda, com exceção de Mendonça, onde esta proporção caiu 2,2

pontos percentuais. Merecem destaque os municípios de União Paulista, Nipoã e

José Bonifácio, que apresentaram as maiores variações da proporção de domicílios

com mulher auferindo renda no período (16,9; 15,4 e 14,8 pontos percentuais

respectivamente).

Quanto à participação da renda da mulher na renda dos domicílios nos

municípios do Pólo de São José do Rio Preto o que se observa é que em 1991 ela

variava de 20,3% em Orindiúva a 49,2% em Nipoã. Em 2000, o menor peso da renda

da mulher na renda domiciliar ficava com Planalto (30,7%) e o maior com Cedral

(48,4%).

Tabela 13

Proporção de domicílios com mulher ocupada e participação da renda da mulher na renda domiciliar ordenados

de menor a maior conforme a participação da renda da mulher na renda domiciliar em 2000.

Pólo de São José do Rio Preto (1991-2000)

1991 2000

Pólo de São José do Rio Preto % Domicílios com mulher com renda (todas as fontes)

% Renda da mulher na renda total dos

domicílios com mulher que tem renda

% Domicílios com mulher com renda (todas as fontes)

% Renda da mulher na renda total dos

domicílios com mulher que tem renda

Planalto 37,9 47,7 52,6 30,7

Ipiguá - - 46,2 31,3

Zacarias - - 47,3 35,5

Neves Paulista 48,7 37,4 60,3 35,9

Nipoã 37,9 49,2 53,3 36,6

União Paulista 41,5 40,7 58,4 37,0

Poloni 56,3 32,1 64,0 38,4

Icém 52,1 35,3 53,9 38,8

Jaci 43,6 42,2 53,0 39,1

Bálsamo 45,5 44,7 56,1 39,4

Orindiúva 39,4 20,3 45,4 39,9

José Bonifácio 46,4 40,3 61,3 40,1

Guapiaçu 45,3 36,5 57,5 40,4

Mirassol 58,2 35,7 61,7 40,7

Ubarana - - 51,6 41,0

Ibirá 53,9 42,0 60,5 41,2

Paulo de Faria 47,4 36,9 56,7 41,4

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 123

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tanabi 48,0 40,1 57,9 41,4

Bady Bassitt 48,7 37,5 58,6 41,5

Nova Granada 46,2 38,7 56,4 41,7

Monte Aprazível 50,7 41,5 61,5 42,0

Potirendaba 51,4 38,7 63,6 42,3

São José do Rio Preto 58,4 38,9 65,1 42,4

Onda Verde 42,5 36,7 50,1 42,7

Adolfo 50,3 43,5 61,1 43,4

Palestina 43,1 42,3 56,1 43,5

Mirassolândia 37,6 35,0 45,9 44,0

Nova Aliança 48,4 35,6 57,0 44,2

Uchoa 50,4 36,7 56,3 44,4

Mendonça 52,8 30,9 50,6 44,9

Cedral 46,2 39,1 56,4 48,4

Pólo de São José do Rio Preto 54,2 38,7 62,0 41,9

Fonte: Censos, microdados, IBGE.

Entre 1991 e 2000 o peso da renda da mulher na renda dos domicílios aumentou

em alguns municípios e diminuiu em outros, sendo que os aumentos de participação

da renda da mulher na renda dos domicílios foram menores que aqueles verificados

nos percentuais dos domicílios com mulher com renda. Isto fica evidente no gráfico 12

a seguir, onde do lado esquerdo se visualiza a considerável ampliação nos

percentuais referentes aos domicílios com mulher com renda. Todos os municípios,

com exceção de Mendonça, tiveram variação positiva e muitos deles variação acima

da verificada para o pólo de São José do Rio Preto. Já no que diz respeito à

participação da mulher na renda domiciliar o que se observa, no mesmo gráfico, do

lado direito, é que os acréscimos (em pontos percentuais) foram menos significativos e

vários municípios tiveram decréscimos no peso da renda da mulher na renda

domiciliar.

Um aspecto que vale destacar é a falta de correlação entre os aumentos no

número de domicílios com mulher com renda e a participação da renda da mulher na

renda domiciliar. Para ilustrar, o município de União Paulista teve um acréscimo de

16,9 pontos no percentual de domicílios com mulher com renda e uma redução de 3,7

pontos na participação da renda da mulher na renda domiciliar. Por outro lado, o

município de Mendonça sofreu uma redução de 2,2 pontos no percentual de

domicílios com mulher com renda e um aumento de 14,1 pontos na participação da

renda da mulher na renda domiciliar.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 124

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 12 Mudanças no percentual de domicílios com mulher com renda e na participação da renda da mulher na renda familiar (em pontos percentuais) Pólo de São José do Rio Preto 1991 e 2000

Mudanças no percentual de domicílios com mulher com renda (pontos percentuais)

-2,2

1,8

3,5

6,0

6,0

6,6

6,7

7,6

7,7

8,3

8,5

9,3

9,5

9,9

9,9

10,1

10,2

10,6

10,8

10,8

11,6

12,2

12,2

13,0

14,7

14,8

16,9

7,9

15,4

Mendonça

Icém

Mirassol

Uchoa

Orindiúva

Ibirá

São José do Rio Preto

Onda Verde

Poloni

Mirassolândia

Nova Aliança

Paulo de Faria

Jaci

Bady Bassitt

Tanabi

Cedral

Nova Granada

Bálsamo

Monte Aprazível

Adolfo

Neves Paulista

Guapiaçu

Potirendaba

Palestina

Planalto

José Bonifácio

Nipoã

União Paulista

Pólo de SJ do Rio Preto

Mudanças na participação da renda da mulher na renda domiciliar (pontos percentuais)

-17,0

-12,6

-5,3

-3,7

-3,1

-1,6

-0,8

-0,2

-0,1

0,5

1,3

1,3

2,9

3,5

3,5

3,6

3,8

4,0

4,4

5,0

7,6

14,1

19,7

3,3

6,36,0

8,6

8,9

9,3

Planalto

Nipoã

Bálsamo

União Paulista

Jaci

Neves Paulista

Ibirá

José Bonifácio

Adolfo

Monte Aprazível

Palestina

Tanabi

Nova Granada

São José do Rio Preto

Icém

Potirendaba

Guapiaçu

Bady Bassitt

Paulo de Faria

Mirassol

Onda Verde

Poloni

Uchoa

Nova Aliança

Mirassolândia

Cedral

Mendonça

Orindiúva

Pólo de SJ do Rio Preto

Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados.

Atividade remunerada da mulher

O Pólo Regional de São José do Rio Preto tinha em 2000 uma taxa de ocupação

masculina de 66,1% e feminina de 38,6%19. A taxa de ocupação masculina era a

segunda maior tanto entre os pólos regionais quanto entre as regiões metropolitanas

do estado de São Paulo (gráfico 13), sendo superada apenas pela taxa do pólo de

Araçatuba (66,4%). Já a taxa de ocupação feminina estava entre as mais elevadas,

sendo inferior apenas às taxas da Região Metropolitana de Campinas e do pólo de

Araçatuba. A discrepância entre homens e mulheres com relação à taxa de ocupação

19 Taxa de ocupação foi calculada dividindo o número de pessoas ocupadas pela população em idade ativa (PIA) e multiplicado por 100.

Page 125: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 125

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

é bastante significativa no Pólo de São José do Rio Preto (27,6 pontos percentuais),

sendo a maior no Estado de São Paulo.

Gráfico 13 Taxas de ocupação e desemprego masculinas e femininas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000.

Taxas de Ocupação 2000

66,1

59,4 60,6 61,656,9

62,8 64,860,5

63,366,4

38,634,8 34,8 35,4 35,9 37,5 37,7 38,1 39,0 39,8

S. J. doRio Preto

S. J. dosCampos

Sorocaba Pres.Prudente

RM Baix.Santista

Bauru RibeirãoPreto

RM SãoPaulo

Campinas

Araçatuba

Homens MulheresFonte: Censo Demográfico, 2000

Taxas de Desemprego 2000

10,2 9,510,9

13,5 13,0 12,613,8

16,418,3

16,618,9

17,619,6

21,2 21,3 21,422,8

24,125,6 25,8

S. J. do RioPreto

Araçatuba RibeirãoPreto

Pres.Prudente

RM Campinas

Bauru Sorocaba RM SãoPaulo

RM BaixSantista

S. J. dosCampos

Homens MulheresFonte: Censo Demográfico, 2000

Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.

No que se refere à taxa de desemprego, esta era de 10,2% para os homens e

18,9% para as mulheres no Pólo de São José do Rio Preto no ano 2000. Ao contrário

Page 126: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 126

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

do observado para a taxa de ocupação, este pólo apresentava a segunda menor taxa

de desemprego, tanto masculina quanto feminina, do Estado de São Paulo.

Do ponto de vista dos municípios do pólo de São José do Rio Preto observa-se

que somente os municípios de São José do Rio Preto (41,2%), Neves Paulista

(39,5%) e Adolfo (38,8%) tinham, em 2000, taxas de ocupação femininas superiores à

média do pólo (38,6%). Todos os outros municípios apresentavam taxas femininas de

ocupação inferiores à do pólo (Tabela 14). A menor participação feminina na atividade

econômica ficava com Zacarias (22,2%). Entre os homens o número de municípios

com taxas de ocupação superiores à média do pólo era bem maior destacando-se

Orindiúva com taxa de participação de 76,7%, Nipoã (72,3%), Ipiguá (72,0%),

Potirendaba (71,1%), Nova Aliança (70,1%), Jaci (70,0%), Bálsamo (69,8%), José

Bonifácio (69,1%), Guapiaçu (68,9%), Planalto (68,1%), Ubarana (68,0%), Neves

Paulista (67,9%), Paulo de Faria (67,9%), Bady Bassitt (67,9%), Poloni (67,8%),

Tanabi (67,0%) e Palestina (66,5%).

No que tange ao desemprego este era elevado para homens e mulheres, mas o

das mulheres superava o dos homens de forma significativa. Entre os homens a

menor taxa de desemprego era, em 2000, a de Nipoã (4,4%) e a maior a de

Mirassolândia (18,0%). Já entre as mulheres a menor taxa de desemprego era a de

União Paulista (2,8%) e a maior a de Zacarias (35,9%).

Page 127: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 127

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 14

Taxas de Ocupação e Desemprego Masculinas e Femininas

Pólo de São José do Rio Preto (1991, 2000)

1991 2000

Homens Mulheres Homens Mulheres Pólo de São José do Rio Preto

Taxa Ocup.*

Taxa Desemp.**

Taxa Ocup.

Taxa Desemp.

Taxa Ocup.

Taxa Desemp.

Taxa Ocup.

Taxa Desemp.

Adolfo 73,8 - 32,9 - 65,4 9,4 38,8 18,2

Bady Bassitt 74,2 2,6 33,0 1,8 67,9 11,1 38,0 15,2

Bálsamo 78,4 0,7 30,9 2,2 69,8 8,0 35,5 21,0

Cedral 74,3 1,9 26,9 2,0 61,9 12,4 29,0 23,8

Guapiaçu 79,8 2,2 31,7 0,8 68,9 7,4 35,9 16,0

Ibirá 75,0 0,8 33,2 - 65,4 8,4 32,1 20,7

Icém 75,5 0,1 33,7 3,5 63,2 11,5 31,1 30,3

Ipiguá - - - - 72,0 5,8 27,6 25,2

Jaci 81,3 0,6 30,4 - 70,0 5,9 36,6 19,4

José Bonifácio 79,0 1,7 36,1 4,8 69,1 8,9 38,0 18,3

Mendonça 81,6 2,5 34,5 2,8 62,4 8,3 27,8 22,9

Mirassol 77,9 1,8 40,0 3,8 65,2 11,3 37,4 22,3

Mirassolândia 75,3 2,1 19,9 5,0 55,4 18,0 26,6 30,8

Monte Aprazível 75,2 2,1 31,3 3,4 65,7 9,7 38,2 21,5

Neves Paulista 75,6 1,8 32,5 4,1 67,9 9,2 39,5 17,8

Nipoã 74,4 2,3 27,2 4,6 72,3 4,4 36,1 12,4

Nova Aliança 79,3 - 28,2 1,8 70,1 4,6 35,1 16,4

Nova Granada 71,9 3,4 28,8 2,7 65,7 11,3 33,5 20,6

Onda Verde 78,3 1,1 24,1 5,6 64,6 16,2 32,7 32,3

Orindiúva 77,2 1,0 33,7 1,6 76,7 6,4 32,8 22,2

Palestina 75,7 1,6 26,8 2,8 66,5 7,8 31,8 17,2

Paulo de Faria 78,6 3,6 35,4 4,4 67,9 11,2 33,1 27,9

Planalto 76,4 0,2 21,7 6,4 68,1 10,0 30,7 25,5

Poloni 74,6 2,1 34,0 1,4 67,8 8,8 37,0 13,6

Potirendaba 76,8 1,1 35,0 1,7 71,1 6,0 38,3 16,0

São José do Rio Preto 75,4 1,5 39,8 2,5 65,5 10,7 41,2 18,1

Tanabi 77,5 0,8 32,3 3,2 67,0 9,1 33,7 16,6

Ubarana - - - - 68,0 11,5 32,4 16,3

Uchoa 75,2 0,7 32,7 3,5 63,7 11,1 31,4 16,1

União Paulista 68,8 3,5 31,0 4,3 65,0 8,4 32,4 2,8

Zacarias - - - - 60,0 8,6 22,2 35,9

Pólo de SJ do Rio Preto 76,0 1,6 36,8 2,8 66,1 10,2 38,6 18,9

* Nº de pessoas ocupadas / População em Idade Ativa

** Nº de pessoas desempregadas / População Economicamente Ativa Fonte: Censos, microdados, IBGE.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 128

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Como já foi mencionado, entre 1991 e 2000 as taxas de ocupação masculinas

diminuíram enquanto as femininas aumentaram no pólo de São José do Rio Preto. Isto

também se verificou nos municípios deste pólo. O gráfico 14 mostra as mudanças (em

pontos percentuais) nas taxas de ocupação masculina e feminina.

As taxas de ocupação masculinas se reduziram em todos os municípios,

variando de -0,5 pontos percentuais em Orindiúva a -19,9 em Mirassolândia. Quanto

à variação nas taxas de ocupação feminina, estas foram negativas somente em

Mendonça, Icém, Mirassol, Paulo de Faria, Uchoa, Ibirá e Orindiúva. Os demais

municípios tiveram variação positiva no período destacando-se os municípios de

Planalto, Nipoã e Onda Verde com acréscimos acima de oito pontos percentuais no

período.

Gráfico 14 Mudanças nas taxas de ocupação masculina e feminina (em pontos percentuais) Pólo regional de São José do Rio Preto e Municípios 1991-2000.

Mudanças nas taxas de ocupação masculina (pontos percentuais)

-19,9

-19,2

-13,8

-12,7

-12,4

-12,3

-11,5

-11,3

-10,9

-10,7

-10,5

-9,9

-9,9

-9,6

-9,5

-9,2

-9,2

-8,6

-8,4

-8,3

-7,6

-6,8

-6,3

-6,2

-5,7

-3,9

-0,5

-9,9

-2,2

Mirassolândia

Mendonça

Onda Verde

Mirassol

Cedral

Icém

Uchoa

Jaci

Guapiaçu

Paulo de Faria

Tanabi

José Bonifácio

São José do Rio Preto

Monte Aprazível

Ibirá

Nova Aliança

Palestina

Bálsamo

Adolfo

Planalto

Neves Paulista

Poloni

Bady Bassitt

Nova Granada

Potirendaba

União Paulista

Nipoã

Orindiúva

Pólo de SJ do Rio Preto

Mudanças nas taxas de ocupação feminina (pontos percentuais)

-6,7

-2,6

-2,6-2,3

-1,3

-1,1

-0,91,4

1,4

1,5

1,92,0

3,0

3,2

4,24,6

4,8

5,0

5,15,9

6,9

1,8

8,99,0

6,66,2

6,9

7,08,6

Mendonça

Icém Mirassol

Paulo de Faria

Uchoa

Ibirá Orindiúva

São José do Rio Preto

União Paulista

Tanabi José Bonifácio

Cedral

Poloni

Potirendaba

Guapiaçu Bálsamo

Nova Granada

Palestina

Bady Bassitt Adolfo

Jaci

Mirassolândia

Nova Aliança Monte Aprazível

Neves Paulista

Onda Verde

Nipoã Planalto

Pólo de SJ do Rio Preto

Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000. IBGE. Microdados.

Page 129: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 129

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

No que se refere às mudanças nas taxas de desemprego estas foram positivas

tanto para os homens como para as mulheres, sendo mais intensas entre as mulheres.

A exceção foi o município de União Paulista, cuja taxa de desemprego feminina se

reduziu em 1,6 pontos percentuais no período. Os aumentos nas taxas de

desemprego masculinas variaram de 2,0 pontos percentuais em Nipoã a 15,9 pontos

em Mirassolândia, enquanto as femininas variaram de -1,6 em União Paulista a 26,8

em Icém (Gráfico 15).

Destaca-se o fato de o município de Nipoã possuir as menores variações

positivas da taxa de desemprego tanto masculina quanto feminina.

Gráfico 15 Mudanças nas taxas de desemprego masculina e feminina (em pontos percentuais). Pólo regional de São José do Rio Preto e Municípios, 1991-2000.

Mudanças nas taxas de desemprego masculina (pontos percentuais)

2,0

4,9

4,9

5,1

5,4

5,4

5,7

6,2

6,6

7,3

7,3

7,4

7,5

7,6

7,6

7,9

8,2

8,5

9,2

9,6

9,8

10,3

10,6

11,4

15,1

15,9

8,6

Nipoã

União Paulista

Potirendaba

Guapiaçu

Jaci

Orindiúva

Mendonça

Palestina

Poloni

José Bonifácio

Bálsamo

Neves Paulista

Monte Aprazível

Paulo de Faria

Ibirá

Nova Granada

Tanabi

Bady Bassitt

São José do Rio Preto

Mirassol

Planalto

Uchoa

Cedral

Icém

Onda Verde

Mirassolândia

Pólo de SJ do Rio Preto

Mudanças nas taxas de desemprego feminina (pontos percentuais)

-1,6

7,8

12,2

12,5

13,3

13,4

13,5

13,7

14,3

14,3

14,6

15,2

15,6

18,0

18,1

18,5

18,8

19,1

20,1

20,6

25,9

23,5

21,8

26,7

26,8

16,1

União Paulista

Nipoã

Poloni

Uchoa

Tanabi

Bady Bassitt

José Bonifácio

Neves Paulista

Potirendaba

Palestina

Nova Aliança

Guapiaçu

São José do Rio Preto

Nova Granada

Monte Aprazível

Mirassol

Bálsamo

Planalto

Mendonça

Orindiúva

Cedral

Paulo de Faria

Mirassolândia

Onda Verde

Icém

Pólo de SJ do Rio Preto

Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000. IBGE. Microdados.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 130

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Em síntese, pode-se concluir que a ampliação do número de domicílios com

mulher com renda ocorreu de forma generalizada e intensa nos municípios do Pólo

regional de São José do Rio Preto, com exceção do município de Mendonça. Essa

ampliação, de forma análoga à verificada para as regiões metropolitanas e pólos

regionais do estado de São Paulo, foi mais importante que o aumento da participação

da renda da mulher na renda domiciliar. Quanto às taxas de ocupação estas

aumentaram para as mulheres e diminuíram para os homens. Já as taxas de

desemprego aumentaram tanto para os homens quanto para as mulheres.

3. Políticas Sociais no Pólo Regional de São José do Rio Preto

Introdução

Neste item são apresentados para Pólo Regional de São José do Rio Preto os

aspectos da política de proteção social privilegiados pelo atual Projeto, quais sejam, o

mapeamento e o acesso aos programas de transferência de renda, o acesso e a

qualidade dos serviços básicos de educação e de saúde.

Para a realização do estudo das políticas sociais recorreu-se a um conjunto de

informações oriundas tanto de fontes oficiais, como de levantamento de campo. A

pesquisa de campo, de caráter qualitativo e complementar, visou mapear os

programas de transferência de renda e os programas de apoio ao migrante nas

regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São Paulo, relatados com maior

detalhe no Documento 1 – Relatório Consolidado. Nesse levantamento foram

realizadas entrevistas com os agentes institucionais envolvidos.

O item 3.1. apresenta o perfil dos programas de transferência de renda

implementados no Pólo Regional de São do Rio Preto. O mapeamento dos programas

de transferência identifica os programas presentes na região, a parcela atendida da

população alvo, bem como os principais problemas na implementação do Programa

Bolsa Família e dos programas de transferência de renda de natureza municipal.

Os itens 3.2 e 3.3. contemplam, no âmbito das políticas públicas, por um lado o

acesso de segmentos específicos da população às políticas básicas de educação e de

saúde e, por outro, a disponibilidade de equipamentos e serviços pelos órgãos

competentes.

Page 131: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 131

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

3.1. Os programas de transferência de renda no Pólo Regional de São José do Rio Preto - Mapeamento e Acesso

O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta em 2007, de acordo com a

Contagem Populacional realizada pelo IBGE, um total de 714.524 habitantes,

apresentando o quarto maior contingente populacional quando comparado aos Pólos

Regionais Paulistas analisados por este Projeto.

Segundo estimativas do IPEA utilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento

Social (MDS) para o ano de 2007, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta 23.456

famílias pobres assim classificadas por terem renda per capita de até meio salário

mínimo vigente (Tabela 15).

Considerando o conjunto dos programas de transferência de renda que tomam a

família como unidade beneficiária, tem-se em 2007 a estimativa de que todas as

famílias classificadas como pobres que recebem algum tipo de benefício (Tabela 16).

O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo, apresenta 93,4% das famílias

beneficiadas por Programas de Transferência de Renda, sendo o município de

Planalto o que apresentou a maior porcentagem de cobertura desses programas

(174,7%).

Page 132: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 132

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Os programas de transferência de renda que tomam as famílias como unidade

beneficiária são: Bolsa Família, Renda Cidadã e Ação Jovem, sendo o primeiro de

natureza federal e os outros dois de natureza estadual. Os outros programas têm o

indivíduo como beneficiário e para o cumprimento das condicionalidades. Dentre

estes, devem ser mencionados os programas federais BPC (Benefício de Prestação

Continuada), o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e o Programa

Agente Jovem Deve-se mencionar ainda que estes programas federais, o primeiro

dirigido a idosos e a deficientes e aqueles dirigidos à criança e ao adolescente - PETI

e Agente Jovem - embora dirigidos ao indivíduo, têm como referência para a seleção

do beneficiário dados familiares de renda. Atenta-se também para o fato de que o

PETI em 2007 encontrava-se em transição para o Programa Bolsa Família e

atualmente encontra-se integrado a este. O Programa Agente Jovem, por sua vez,

transformou-se em ProJovem Adolescente20.

A porcentagem de famílias consideradas pobres pelos critérios do MDS

atendidas pelo programa federal Bolsa Família no Pólo de São José do Rio Preto é de

80% (Tabela 15), proporção que evidencia a menor cobertura em relação à população

alvo, tanto se comparada com as regiões metropolitanas paulistas, como em relação

aos outros pólos regionais sob análise. Apenas o Pólo de Bauru apresenta cobertura

de 100% do Programa Bolsa Família em relação à população alvo (Tabela 15). A

menor cobertura foi encontrada no Pólo de São José do Rio Preto (80,1%), seguido do

Pólo de Araçatuba (88,8%); entre as regiões metropolitanas a menor cobertura é

encontrada na Região Metropolitana de São Paulo (83,4%) (Tabela 15).

Foi possível observar, através das entrevistas realizadas no trabalho de campo,

que ocorre combinação dos diversos programas na composição do benefício recebido

pelas famílias, possibilitando maior cobertura e evitando maiores disparidades entre as

famílias beneficiárias. Dessa maneira observou-se, através da pesquisa nos

municípios do Pólo de São José do Rio Preto a complementaridade entre o Programa

Bolsa Família e outros programas de transferência de renda.

Essa observação pode ser constatada também através da análise dos dados

obtidos junto ao MDS, governo federal, e junto ao Sistema Pró-Social do Estado de

São Paulo, organizados nas Tabelas 15 e 16. Através da análise destes se evidencia

20 O ProJovem Adolescente tem como objetivos: o retorno e a permanência na escola, proteção social básica e assistência às famílias. Além de atender adolescentes de famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo, o programa priviliegia jovens atendidos pelo Bolsa Família e participantes do PETI. Lei nº 11.692, de 10 de Junho de 2008.

Page 133: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 133

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

que, embora na média regional do Pólo de São José do Rio Preto não seja muito

elevada a cobertura dos programas de natureza estadual em relação às famílias

classificadas como pobres pelo MDS, esta é mais elevada em muitos municípios

menores e especialmente entre aqueles mais pobres, identificados neste Projeto

através do rendimento domiciliar per capita. Considerando-se o Pólo de São José do

Rio Preto e tomando-se como referência o total de famílias pobres (MDS), constata-se

que são atendidas pelo Programa Renda Cidadã 13,5% delas, e que são atendidas

pelo Programa Ação Jovem, 5,6% (Tabela 16). Outra constatação é que ambos os

programas estaduais estão presentes em todos os municípios do Pólo Regional.

Tal complementaridade possibilita, assim, que na média do Pólo de São José do

Rio Preto a totalidade das famílias classificadas como pobres, pelos critérios do MDS,

tenha acesso a ao menos um programa de transferência de renda, como indicado na

Tabela 16; entretanto a análise por município mostra que alguns deles não atingem

essa proporção, destacando-se nove entre os trinta e um municípios que compõem o

Pólo.

De maneira bastante peculiar a esse Pólo observa-se que em apenas 6 dos 31

municípios o Programa Bolsa Família atende a um numero de famílias equivalente à

totalidade de famílias classificadas como pobres, incluindo-se entre estes somente um

dos municípios com renda per capita abaixo da metade da média regional (Ubarana).

Deve-se acrescentar que entre estes com o número de famílias beneficiárias igual ou

maior que o de famílias pobres, a metade é composta por municípios bastante

pequenos entre 4 mil e 9 mil habitantes, dois deles com 14 mil e outro com cerca de

52 mil habitantes (Tabela 16).

No outro extremo, em que se verifica baixo atendimento, em 4 municípios o

Programa Bolsa Família atende a menos que a metade das famílias classificadas

como pobres; todos estes municípios são bastante pequenos, um deles com

população menor que 2 mil habitantes e os outros três com população menor que 4 mil

habitantes e com renda per capita bastante inferiores à média regional.

Como apresentado no Capítulo 2 deste estudo, o Pólo de São José do Rio Preto

é composto de um conjunto de pequenos municípios além do município-sede São

José do Rio Preto (403 mil habitantes, segundo a Contagem Populacional 2007,

IBGE, ver Tabela 16), de Mirassol (52 mil habitantes), José Bonifácio e Tanabí

(entre 20 e 30 mil habitantes); os demais 27 municípios do Pólo estão entre cerca de

1.500 (União Paulista) e 18 mil habitantes (Nova Granada). Ainda que não se faça

Page 134: Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São … · 2009-07-07 · Pólo Econômico de São José do Rio Preto ... da população total do pólo. A Tabela 1 traz

Pólo Econômico de São José do Rio Preto 134

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

uma relação entre o tamanho do município e o atendimento do Programa Bolsa

Família, tem sido possível apreender nas entrevistas do trabalho de campo que a

implantação de programas de transferência de renda implica em procedimentos

prévios necessários, bem como procedimentos de acompanhamento durante a

implementação, que nem sempre as prefeituras dos pequenos municípios conseguem

atender dependendo da estruturação dos órgãos municipais. Esta situação

demandaria uma atenção especial de apoio a pequenos municípios, em geral com

baixa renda per capita, para a implantação e implementação destes programas.

Mesmo com a complementaridade entre os programas federais e estaduais, no caso

do Pólo de São José do Rio Preto, em nove municípios não são atendidas 100% das

famílias classificadas como pobres, de maneira distinta do que ocorre na maioria dos

outros pólos regionais analisados.

Assim, na análise da complementaridade entre o Programa Bolsa Família e os

programas estaduais de transferência de renda para a cobertura das famílias

classificadas como pobres, utilizando-se dos dados da Tabela 16, essa questão da

dificuldade dos pequenos municípios para a implementação de programas de

transferência de renda, pode ser exemplificada pelo município de Ipiquá (3.900

habitantes), que tem apenas 29% de famílias classificadas como pobres atendidas

pelo Bolsa Família, 21,7% atendidas pelo programa estadual Renda Cidadã e 10%

atendidas pelo programa estadual Ação Jovem, totalizando 61,4% de famílias pobres

atendidas.

Por outro lado, e de forma mais generalizada, a complementaridade entre o

Programa Bolsa Família e os programas estaduais de transferência de renda tem

permitido atingir a totalidade das famílias classificadas como pobres pelo MDS,

possivelmente refletindo melhor estruturação dos orgãos municipais. Tomando como

exemplo o caso do município de Mirassolândia, que apresenta a menor renda per

capita do Pólo de São José do Rio Preto e onde a cobertura estimada do programa

Bolsa Família é de 53,4%, nota-se que é complementado pelos programas estaduais

Renda Cidadã (82,9%) e Ação Jovem (10,7%), atingindo a 151% das famílias pobres

(Tabela 16). Da mesma maneira, no município de São José do Rio Preto, sede do

Pólo de São José do Rio Preto, em 2007 foram atendidas 7.356 famílias pelo

Programa Bolsa família, abrangendo cerca de 80,6% das famílias pobres.

Considerando ainda os programas voltados para as famílias, cerca de 722 famílias

recebem transferências de renda do Programa Estadual Renda Cidadã (7,9%) e 305

famílias (3,3%) do Programa Estadual Ação Jovem.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 135

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Duas informações devem ser acrescentadas com relação às famílias

beneficiárias dos programas de transferência de renda. A primeira, é que uma família

pode receber benefício de mais de um programa de transferência de renda; a segunda

é que dificilmente será atendida a totalidade das famílias que seriam o público alvo

desses programas.

Tendo por referência os municípios visitados na pesquisa de campo do pólo

Regional de São José do Rio Preto, constata-se em todos a presença dos programas

federais Bolsa Família, BPC e Agente Jovem, enquanto o Programa PETI não foi

encontrado no município de Bady Bassit. Os programas estaduais Renda Cidadã e

Ação Jovem foram também encontrados em todos os municípios pesquisados

seguindo a tendência observada nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do

Estado de São Paulo (Quadro 1). Deve-se observar, com base nos dados do MDS e

do Pró-Social-ESP, organizados na Tabela 16, que o PETI consta em apenas oito dos

municípios do Pólo, dentre eles o município-sede, e que o programa Agente Jovem

consta em trinta dentre os trinta e um municípios do Pólo. O BPC apresenta

beneficiários na totalidade de municípios do Pólo. Os programas estaduais, Renda

Cidadã e Ação Jovem foram encontrados em todos os municípios pesquisados e em

todos os municípios do Pólo de São José do Rio Preto (Tabela 16), bem como

observado nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do Estado de São Paulo

analisados por este Projeto, como já mencionado.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 136

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Quadro 1 Programas de transferência de renda vigentes nos municípios pesquisados, ordenados por tamanho Pólos Regionais do Estado de São Paulo 2007

Federais Estaduais

Pólos Tamanho Municípios

Bolsa Família

PETI Agente Jovem

BPC Renda Cidadã

Ação Jovem

Municipais

Araçatuba - SEDE mais de 100 mil

Birigui Araçatuba mais de 20 até 50 mil Valparaíso mais de 100 mil Bauru - SEDE mais de 50 até 100 mil Lençóis Paulista Bauru mais de 20 até 50 mil Pederneiras mais de 100 mil Presidente Prudente - SEDE mais de 20 até 50 mil Rancharia

Presidente Prudente

até 20 mil Euclides da Cunha Ribeirão Preto - SEDE

mais de 100 mil Sertãozinho

Ribeirão Preto

mais de 20 até 50 mil Barrinha

mais de 100 mil São José do Rio Preto - SEDE

mais de 50 até 100 mil Mirassol

São José do Rio Preto

até 20 mil Bady Bassit São José dos Campos - SEDE

mais de 100 mil

Jacareí

São José dos

Campos até 20 mil Santa Branca

Sorocaba - SEDE mais de 100 mil

Itu Sorocaba

até 20 mil Tapiraí Fonte: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais – Pesquisa de campo. NEPP/NEPO/IE-UNICAMP. 2007. Convenio FINEPUNICAMP.

A pesquisa de campo foi a única fonte de informação sobre os programas

municipais, pois não existem registros oficiais para os mesmos, de maneira distinta do

que atualmente ocorre com os programas federais e estaduais. Dessa maneira, a

pesquisa de campo evidenciou no Pólo de São José do Rio Preto a existência de

programas municipais de transferência de renda apenas um dos municípios visitados,

São José do Rio Preto, município sede do Pólo.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 137

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 138

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Programas Municipais de transferência de renda

A pesquisa de campo no Pólo de São José do Rio Preto foi realizada em três

municípios, a saber, São José do Rio Preto, sede de pólo, Mirassol e Bady Bassit.

Constatou que apenas o município sede do Pólo, São José do Rio Preto, possui um

programa municipal de transferência de renda.

O programa municipal de transferência de renda existente no município sede

São José do Rio Preto é o Programa Municipal Bolsa-Escola, implementado a partir

de 2001.

O Programa Bolsa-Escola tem como público-alvo a família e crianças carentes,

atende um total de 3.100 famílias e atinge 5.300 pessoas. O objetivo do Bolsa Escola

é a manutenção de jovens e crianças na escola e um bom indicador de seu

desempenho é a redução da evasão escolar no município de 10% para 3% desde a

sua implantação, segundo informações da coordenação do mesmo, obtidas na

pesquisa de campo. É grande a demanda pelo programa, existindo fila de espera para

vagas.

Quadro 2 Beneficiários dos Programas Municipais de Transferência de Renda Pólos Regionais Paulistas - Pesquisa de Campo 2007

Beneficiários RM/Pólo Municípios Programas Municipais de Transferência de

Renda Famílias Pessoas

Araçatuba Valparaíso Jovem cidadão 16 16

Euclides da Cunha Paulista

Programa de Capacitação e Qualificação profissional de Desempregados e Frentes

emergenciais de trabalho 66 66

Criança cidadã 140 141

Presidente Prudente

Presidente Prudente Cuidadores de idosos (Valo vovô) 50 50

Bolsa do Horto 90

Auxílio as famílias carentes de recursos materiais 90

Família substituta 131

Renda mínima 564

Ribeirão Preto Ribeirão Preto

Apoio alimentar 2.757

Santa Branca Lar hospedeiro 2

Bolsa auxílio de qualificação 1.430 1.430

Renda mínima 850

São José dos Campos São José dos

Campos Vida em família 60

São José do Rio Preto

São José do Rio Preto

Bolsa-Escola 3.100 5.300

Benefícios para mães de gêmeos 375 Sorocaba Sorocaba

Projeto Travessia 20

Fonte: Pesquisa de Campo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de são Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2007.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 139

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

O Programa Bolsa-Escola é coordenado e executado pela Secretaria Municipal

de Assistência Social e conta com a parceria da APAE, que oferece atividades

complementares para crianças deficientes que sejam beneficiarias do programa. O

controle social de programa é realizado desde sua implantação por uma comissão

composta de representantes da administração municipal e da sociedade civil.

As dificuldades encontradas por esse programa municipal de transferência de

renda estão relacionadas por um lado, ao numero de vagas, insuficiente frente á

demanda, à falta de recursos humanos que afeta o acompanhamento das famílias e,

por outro lado à omissão de informações por parte dos beneficiários com relação à

renda familiar per capita, principalmente pela dificuldade de precisá-la por conta do

trabalho informal, mas também na tentativa de se enquadrar aos critérios do

programa.

Principais dificuldades na implementação dos programas de transferência de renda

Nos três municípios visitados no pólo de São José do Rio Preto, São José do

Rio Preto, Mirassol e Bady Bassit, as principais dificuldades apontadas na

implementação dos Programas de Transferência de Renda Federais, Estaduais e

Municipais são mais recorrentes em relação aos recursos humanos, à relação entre as

esferas de governo, destacando-se a articulação entre as secretarias envolvidas e

dificuldades com o insuficiente comprometimento das famílias beneficiárias. Com

relação a recursos humanos destacam-se dificuldades com a equipe reduzida;

destacando-se ainda a centralização das atividades em poucas pessoas.

Tomando as dificuldades apontadas pelo programa de transferência de renda de

maior abrangência, o Bolsa Família, observa-se que as maiores dificuldades

encontradas no Pólo de São José do Rio Preto dividem-se, por um lado, entre

dificuldades nas relações entre esferas de governo, vinculadas a interlocução com as

secretarias responsáveis pelo controle das condicionalidades; a problemas com

recursos humanos insuficientes principalmente para o acompanhamento e avaliação

das famílias; e, por outro lado, à falta de comprometimento das famílias beneficiárias

no cumprimento das condicionalidades e das ações complementares.

Ampliando a análise das dificuldades encontradas na implementação do

Programa Bolsa Família para o conjunto de municípios pesquisados nas Regiões

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 140

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Metropolitanas e os Pólos Regionais Paulistas, a partir da sistematização das

informações coletadas pelo trabalho de campo, fica patente que as principais

deficiências apontadas em relação ao item Recursos e Infra-Estrutura são

apresentadas pelos maiores municípios21. A principal deficiência apontada por sete

dentre estes municípios, incluindo-se as sedes das regiões metropolitanas de São

Paulo e da Baixada Santista, refere-se a recursos insuficientes para a realização de

visitas para o acompanhamento das famílias beneficiárias, havendo destaque para as

deficiências de funcionário para exercer as tarefas necessárias e a necessidade de

veiculo para locomoção. Estas funções são executas pela prefeitura municipal e

explicita a dificuldade imposta pelo porte do município. Desse modo foi possível captar

através da pesquisa de campo que a rápida expansão do Programa Bolsa Família

entre os anos de 2004 e 2007, apontada na análise para o conjunto das regiões e

pólos regionais não foi devidamente acompanhada da ampliação da estrutura básica

necessária para seu funcionamento, como foi apresentada no Documento 1. Relatório

Consolidado para o Estado de São Paulo, parte desta pesquisa.

Da mesma forma, a análise dos municípios menores, traz evidências de que as

deficiências decorrentes da rápida expansão do Programa Bolsa Família também se

fazem sentir nos menores municípios em análise nas Regiões Metropolitanas e Pólos

Regionais do Estado de São Paulo. Tomando-se como referência para qualificar os

municípios menores aqueles com população de até 50 mil habitantes, constata-se que

estes também apresentam deficiência de veículo e de funcionário para desempenhar a

atividade de acompanhamento das famílias beneficiárias.

Assim, as limitações relacionadas a Recursos e Infra-Estrutura afetam de

distintas maneiras os municípios maiores e os menores das três regiões

metropolitanas paulistas e dos sete pólos regionais pesquisados.

Por outro lado, as deficiências relacionadas com a Equipe, ou seja, com os

profissionais envolvidos na operação, afetam menos os municípios grandes da RMSP,

porém surgem em municípios grandes e pequenos das demais regiões metropolitanas

e dos pólos regionais. Com relação a esse aspecto, são apontadas com maior

freqüência a falta de profissionais ou equipe reduzida frente às demandas e ao

21 A análise que se segue baseia-se no documento de pesquisa referido: FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas. Capitulo 3., Item 3.1.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 141

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

tamanho do programa. Em segundo lugar e de maneira mais acentuada nos

municípios das regiões metropolitanas da Baixada Santista e Campinas e também em

alguns dos pólos, foi apontada a falta de capacitação permanente e a baixa

capacitação dos profissionais que integram a equipe.

Um terceiro aspecto com maiores indicações de dificuldades nessas regiões e

pólos é relativo ao Acompanhamento de Condicionalidades. Deve-se ressaltar que

essa deficiência é apontada nas regiões metropolitanas paulistas como a segunda

maior dificuldade na implementação do programa Bolsa Família, enquanto nos pólos

regionais aparece como sendo a primeira maior dificuldade, conforme apresentado no

Gráfico 16. Como se sabe, em sua execução o Programa Bolsa Família deve contar

com ações articuladas entre as secretarias municipais de assistência, educação e

saúde que acompanham e informam sobre o cumprimento das condicionalidades e a

secretaria que realiza a gestão do beneficio. Nesse sentido, a principal dificuldade

apontada reside na relação entre as esferas de governo, principalmente pelos

municípios menores de 100 mil habitantes tanto das regiões metropolitanas, como nos

municípios nessa classe de tamanho dos pólos regionais, bem como por alguns

maiores. A dificuldade apontada refere-se à falta de articulação entre as secretarias

envolvidas, ou seja, de educação, de saúde e de assistência social ou outra secretaria

que esteja gerindo o programa. Dessa falta de articulação decorre a dificuldade de

obtenção das informações sobre o acompanhamento das condicionalidades

relacionadas à educação e à saúde mencionadas nas entrevistas.

Outro aspecto no controle das condicionalidades, mais freqüente nas regiões

metropolitanas do que nos Pólos, embora seja uma queixa também nos municípios

destes, refere-se ao acompanhamento das famílias. É ressaltada a dificuldade de

localização das famílias e de interação com aquelas que apresentam dificuldades no

cumprimento das condicionalidades. No caso das dificuldades com as famílias, estas

são provocadas por mudanças de endereço e de cidade, bem como pela não

atualização dos cadastros. No caso das regiões metropolitanas essas dificuldades

estão associadas à complexidade do urbano e ao volume da população atendida; nos

pólos regionais essas dificuldades, em alguns casos estão relacionados à mobilidade

da população e, possivelmente, à migração sazonal ligada à produção agrícola.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 142

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 16 Principais dificuldades apontadas pelos Gestores – Programa Bolsa Família Pesquisa de Campo 2007

Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Como fica evidente no gráfico acima, em ordem de importância segue-se a

dificuldade de maior comprometimento das famílias com o cumprimento das

condicionalidades e com a frequencia a atividades complementares ao programa,

sendo citado o comprometimento insatisfatório com atividades de capacitação para

geração de renda. Esta dificuldade é apresentada com maior freqüência nos

municípios dos pólos regionais.

Outro aspecto ressaltado é o valor do benefício. Uma das dificuldades relativas

ao programa Bolsa Família, apontadas pelos entrevistados é o baixo valor em relação

à realidade do município, evidenciando a necessidade de ajustes regionais para o

valor das transferências de renda no caso para o Estado de São Paulo. A inadequação

do valor do benefício à realidade das cidades é apontada com maior freqüência nos

municípios das Regiões Metropolitanas Paulistas, mas também é apontada nos

municípios maiores dos pólos regionais.

P r i n c i p a i s d i f i c u l d a d e s a p o n t a d a s p e l o s G e s t o r e s – P r o g r a m a B o l s a F a m í l i aP e s q u i s a d e C a m p o 2 0 0 7R e g i õ e s M e t r o p o l i t a n a s P ó l o s R e g i o n a i s

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 143

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Quadro 3 Dificuldades citadas pelos gestores responsáveis pelos programas municipais de Transferência de Renda. Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo – 2007

Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Quadro 4 Dificuldades citadas pelos gestores responsáveis pelos programas municipais de Transferência de Renda. Pólos Regionais do Estado de São Paulo Polos Regionais

com recursos com em controlar

e Infra-estrutura profissionais condicionalidade

Araçatuba mais de 20 até 50 mil Valparaíso Jovem Cidadão

até 20 mil Euclides da Cunha C. e Q.de desemp. e Fr. E. de Trabalho (*)

Criança Cidadã (**)

Vale vovô

Bolsa do Horto

Auxílio às Fam. Carentes de Rec. Materiais

Família Substituta / Família Acolhedora

Renda Mínima

Apoio Alimentar

S.J. Rio Preto mais de 50 até 100 mil S. J. do Rio Preto Bolsa - Escola

até 20 mil Santa Branca Programa Lar Hospedeiro

Renda Mínima

Vida em Família

Bolsa Auxílio Qualificação

Gêmeos

Travessia

(*) Programa de Capacitação e Qualificação profissional de desempregados e Frentes Emergenciais de Trabalho(**) Estadual + Municipal

S.J. Camposmais de 100 mil S. J.dos Campos

Sorocaba mais de 100 mil Sorocaba

P. Prudentemais de 20 até 50 mil P. Prudente

Ribeirão Preto mais de 100 mil Ribeirão Preto

Dificuldades

Região Tamanho Município Programa Municipal

Fonte: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais – Pesquisa de campo. NEPP/NEPO/IE-UNICAMP. 2007. Convenio FINEPUNICAMP.

No entanto, sobre os programas municipais de transferência de renda, os

municípios relataram não enfrentar muitas dificuldades na sua implementação e

quando estas existem são consideradas menores do que as enfrentadas na

Regiões Metropolitanasrecursos e com valor do

Infra-estr. profissionais benefício outras

Adolescente Aprendiz

Bolsa transporte

Bolsa aluguel

Bolsa Auxílio Desemprego

Programa de Oportunidade ao jovem

Bolsa Trabalho

Começar de Novo

Operação Trabalho

rotativo cidadão

Turma Cidadã

PEAT - prog.educativo Adolescente para o trabalho

PRODESIP (*)

Usina sócio-educativa

São Paulo Renda Mínima

Família Andreense

GTIS (Geração de Trabalho e Interesse Social)

Praia Grande PAD (Programa de Apoio ao Desempregado)

Programa Nossa Família

Prog.Valoriz. do Jovem: Juventude e Comunidade

Programa de Inclusão Cidadã - FÊNIX

Programa de Valorização do Idoso

Campinas Programa de Garantia de Renda Mínima Municipal

Hortolândia Frente de Trabalho

(*) Programa de Desenvolvimento Social e Inclusão Produtiva

Dificuldades

Programa MunicipalMunicípioTamanhoRegião

RMBS mais de 100 milSantos

Diadema

Guarulhos

Osasco

S. Bernardo do Campo

Sto. André

RMCP mais de 100 mil

RMSP mais de 100 mil

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 144

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

implementação dos programas de responsabilidade de outros níveis de governo,

segundo entrevistas realizadas pela pesquisa de campo. Este fato pode estar

relacionado á própria natureza municipal dos programas, que por dependerem

exclusivamente de recursos e de decisões políticas do âmbito municipal, muitas das

dificuldades podem ser mais facilmente solucionadas.

Entre as dificuldades apontadas pelos programas municipais, as principais

referem-se a limitações relativas aos recursos e infra-estrutura, tendo sido

mencionadas a falta de local para realizar as atividades; falta de pessoal para realizar

o acompanhamento e monitoramento; a falta de recursos para ampliar o programa e

para a formação de profissionais capacitados.

Outras dificuldades apontadas relacionam-se à insuficiência de vagas, observada

pelos gestores, frente à grande demanda pelos programas, à falta de adesão das

famílias ao programa, à alta rotatividade de beneficiários em alguns programas e, à

falta de recursos de uma forma mais ampla.

Considerações finais

Em síntese, as principais dificuldades na implementação do Programa Bolsa

Família nas regiões metropolitanas paulistas estão mais relacionadas à grande

demanda, bem como à necessidade de ampliação de vagas e à falta de recursos para

sua implementação. São apontadas deficiências relativas a: recursos e de infra-

estrutura; a equipes reduzidas frente à demanda de atendimento e necessidade de

capacitação destas, bem como dificuldades para o acompanhamento das

condicionalidades. Com menor freqüência são apontados: problemas na relação entre

as esferas de governo; relativos ao valor do benefício, considerado baixo para a

realidade da região.

Nos pólos regionais, os principais problemas apontados são relativos: a

dificuldades para o acompanhamento das condicionalidades, apontado como o

principal; a equipes reduzidas frente à demanda de atendimento e necessidade de

capacitação dos profissionais; problemas na relação entre as esferas de governo; e

comprometimento insatisfatório das famílias beneficiárias.

Concluindo, observa-se que os gestores apontaram menores problemas na

implementação dos programas municipais em comparação aos federais e estaduais,

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 145

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

possivelmente associados ao fato de estes serem menores; de terem sido criados

para atender a demandas locais e serem mais adaptados à gestão municipal.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 146

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 147

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 149

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

3.2. Educação Básica Pólo Regional de São José do Rio Preto

Introdução

O propósito deste capítulo é apresentar de maneira sintética o panorama da

educação no Pólo Regional de São José do Rio Preto com foco na educação básica, a

qual compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

O capítulo estrutura-se em três partes. Na primeira exploram-se indicadores de

contexto onde se evidencia a evolução dos municípios com relação ao analfabetismo,

à proporção de adultos com educação básica completa e às taxas de escolarização

líquidas obtidas através de tabulações dos censos demográficos de 1991 e 2000.

Na segunda parte, será apresentado o volume de matrículas e de funções

docentes para caracterizar as condições de oferta entre 1999 e 2006 e, indicadores de

desempenho e rendimento para o ano de 2002. Para esta parte foram utilizadas as

informações disponibilizadas pela Fundação SEADE que tomou como fonte os dados

do Censo Escolar elaborado pelo INEP/MEC e tabulações do INEP/MEC.

Na terceira parte do capítulo, é realizada uma análise da qualidade do ensino no

Pólo Regional de São José do Rio Preto comparativamente aos indicadores estaduais.

Para tanto, lançamos mão dos resultados das avaliações do Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP - da Secretaria Estadual de

Educação no ano de 2007. Os resultados do SARESP permitem avaliar o ensino

regular de todas as escolas da rede pública estadual que oferecem a 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª

séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Nesta etapa, são

apresentados os resultados das provas de Língua Portuguesa e Matemática e dos

níveis de desempenho em Redação para as 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e

3ª série do Ensino Médio.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 150

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Índice de Analfabetismo da População de 15 anos ou mais anos de idade

Em 1991, o índice de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais de

idade no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de 11,4%, valor acima da média

estadual que atingiu neste ano 9,7% das pessoas com 15 anos ou mais de idade.

Com a queda de mais de 40% nas taxas de analfabetismo, o Pólo de São José

do Rio Preto passa a apresentar taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou

mais equivalente a 6,8%, patamar ligeiramente superior à média estadual no ano

2000.

O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo foi o município que

apresentou a taxa mais baixa de analfabetismo na população residente com mais de

15 anos no ano de 1991, 7,9%. As taxas mais altas de analfabetismo em 1991

corresponderam aos municípios de União Paulista, Mirassolandia e Adolfo com

respectivamente 23,5%, 21,3% e 21,2%. (Mapa 1).

No ano 2000 foi possível constatar o avanço conquistado com a queda na taxa

de analfabetismo na região, em todos os municípios da região (Mapa 2).

Mapas 1 e 2

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 151

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Proporção da população adulta com mais de 12 anos de estudo

Este índice aponta para a proporção da população adulta, definida como aquela

na faixa etária entre 25 e 59 anos, que completou o ensino básico e freqüenta ou

freqüentou e, concluiu pelo menos um ano do ensino superior.

O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentou, em 1991, proporção da

população adulta com 12 anos ou mais de estudo de 11,5%, valor um pouco abaixo da

média estadual correspondente a 12,1%. Na década seguinte a proporção da

população adulta com 12 anos ou mais de estudo o ano 2000 se manteve

praticamente nos mesmos patamares dos anos 90.

Em 1991 o município sede do Pólo, São José do Rio Preto contrastou dos

demais municípios do Pólo por apresentar o maior percentual de população adulta

com alta escolarização equivalente a 15,1% (Mapa 3). Apesar do censo populacional

realizado em 2000 não apontar melhora deste índice para o Pólo Regional de São

José do Rio Preto, em alguns municípios da região o indicador mais do que dobrou:

Mirassol, Planalto, Nova Aliança, Nova Granada, Orindiúva, Mendonça, Palestina e

Onda Verde. (Mapa 4).

Mapas 3 e 4

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 152

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Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série22

Em 1991 a Taxa de Escolarização Liquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª

serie no Pólo Regional de São José do Rio Preto atingiu em média 90,5%, índice

acima da média estadual de 87,5%. No entanto, enquanto a Taxa de Escolarização

Líquida no ano 2000 para o Estado de São Paulo cresceu 2,5% com relação à década

anterior, no Pólo Regional de São José do Rio Preto a taxa declinou em 1,3%.

Os municípios que mais incrementaram suas taxas foram aqueles que

apresentaram as taxas mais baixas em 1991: Mendonça, Neves Paulista,

Mirassolandia, Nova Granada, Potirendaba e Nipõa. Nesses municípios a Taxa de

Escolarização Liquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª serie cresceu mais de 5%

(Mapa 5 e 6).

Em 1991, as taxas líquidas de escolarização do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª

série nos municípios pertencentes ao Pólo de São José do Rio Preto variaram entre

79,3% e 100%. Na década seguinte, foi registrado um intervalo de variação nas taxas

de 80,0% a 97,7% entre os municípios do Pólo (Mapa 5).

Os municípios com as taxas mais elevada no ano 2000, superiores a 95%,

foram: Zacarias, União Paulista, Mendonça e Nova Granada (Mapa 6).

Mapas 5 e 6

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo.

22 Esse índice representa o percentual da população que freqüenta o ensino fundamental entre a 1ª e a 4ª serie com idade correspondente a esse nível de ensino, ou seja, entre 7 a 10 anos.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 153

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Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série

A taxa de escolarização líquida de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental no Pólo

Regional de São José do Rio Preto passou de 61,9% em 1991 para 84,0% no ano

2000.

A taxa de escolarização líquida referente à segunda fase do ensino fundamental

apresentou incremento de 39,4% entre as décadas de 90 e de 2000 no Estado de São

Paulo e, de 35,7% no Pólo Regional de São José do Rio Preto.

Os municípios de Jaci, Neves Paulista, Mirassolandia e Nipoã apresentaram

incrementos de mais de 70% nas taxas de escolarização líquida do ensino

fundamental de 5ª a 8ª série (Mapas 7 e 8).

No ano 2000, Mirassolandia, Ubarana, Neves Paulista e Zacarias despontaram com

as taxas mais altas, acima de 88%, entre todos os municípios pertencentes à região.

Mapas 7 e 8

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 154

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Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Médio23

Entre 1991 e 2000 a taxa de escolarização líquida do Ensino Médio cresceu

quase 113% no Estado de São Paulo e, quase 96% no Pólo Regional de São José do

Rio Preto. As taxas que em 1991 para o Estado de São Paulo e, para o Pólo Regional

de São José do Rio Preto foram de respectivamente 25,2% e 27,2% passaram para

53,6% no Estado de São Paulo e para 53,2% no Pólo de São José do Rio Preto no

ano 2000.

Em 1991 o Pólo Regional de São José do Rio Preto concentrou municípios com

taxas líquidas de escolarização do ensino Médio que variaram entre 8,1% e 35,4%. No

ano 2000, a variação foi de 31,7% a 78,0%.

Em 1991 os municípios de São José do Rio Preto, Monte Aprazível, Poloni,

Uchoa e Nova Aliança detinham as mais elevadas taxas de escolarização líquida do

Ensino Médio da região, acima de 30% (Mapa 9).

No ano 2000 os municípios que apresentaram as maiores taxas, ou seja,

municípios com aproximadamente 60% dos adolescentes de 15 a 17 anos

freqüentando o Ensino Médio estavam localizados na região norte do Pólo (municípios

de: Paulo de Faria, Mirassol, Palestina, Onda Verde, Orindiúva , Tanabi e

Mirassolandia). (Mapa 10).

Mapas 9 e 10

Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo

23 Esse índice representa o percentual da população que freqüenta o ensino médio na idade correspondente a esse nível de ensino, ou seja, entre 15 e 17 anos.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 155

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Matrículas no Pólo Regional de São José do Rio Preto

De acordo com as informações do Censo Escolar (MEC-INEP), o Pólo Regional

de São José do Rio Preto concentrou em 2006 mais de 153 mil matrículas entre os

níveis de ensino Infantil, Fundamental e Médio. A educação infantil, formada por

creche e pré-escola, representou 20% do total de matrículas e, a maior concentração

das matrículas aconteceu na pré-escola (Tabela 17).

No ensino básico, nos níveis Fundamental e Médio, as matrículas do Pólo

Regional de São José do Rio Preto totalizaram 122.555 matrículas, onde o maior peso

recaiu no ensino Fundamental que representou 59,7 do total de matrículas.

Tabela 17 Matrículas por nível de ensino

Creche Pré-Escola E. Fundamental E. Médio TotalPólo de S. J. do Rio Preto 10.687 19.994 91.408 31.147 153.236Adolfo 67 131 464 192 854Bady Bassitt 248 554 2.076 556 3.434Bálsamo 64 244 919 334 1.561Cedral 214 227 827 320 1.588Guapiaçu 147 595 2.013 672 3.427Ibirá 174 312 1.161 334 1.981Icém 160 383 1.150 407 2.100Ipiguá 51 123 733 228 1.135Jaci 22 183 643 193 1.041José Bonifácio 360 1.052 4.318 1.397 7.127Mendonça 38 118 463 176 795Mirassol 757 1.910 6.464 2.388 11.519Mirassolândia 38 129 541 192 900Monte Aprazível 311 307 2.847 812 4.277Neves Paulista 55 280 939 351 1.625Nipoã 79 109 529 159 876Nova Aliança 106 174 695 240 1.215Nova Granada 389 666 2.634 926 4.615Onda Verde 92 198 490 183 963Orindiúva 120 75 896 258 1.349Palestina 98 199 1.208 356 1.861Paulo de Faria 159 439 1.356 471 2.425Planalto 84 187 592 184 1.047Poloni 65 123 597 227 1.012Potirendaba 359 397 1.673 549 2.978São José do Rio Preto 5.948 9.573 50.180 17.340 83.041Tanabi 123 692 2.558 908 4.281Ubarana 50 217 800 225 1.292Uchôa 220 283 1.151 423 2.077União Paulista 11 60 207 61 339Zacarias 78 54 284 85 501

Matrículas em 2006

Fonte: Censo Escolar - INEP - MEC 1999 e 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 156

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Entre 1999 e 2006 houve decréscimo do número médio de alunos por professor

em todos os níveis de ensino no Pólo regional de São José do Rio Preto. No ensino

infantil foi onde a queda no número de alunos por professor foi menor. Neste nível de

ensino havia, em 1999, 19,4 alunos por professor e, no ano de 2006 foram 21,0 alunos

para cada professor.

Os municípios com maiores déficits de professores neste nível de ensino em

2006 foram: Planalto, Icém, Onda Verde, Paulo de Faria e Mirassolandia cujas turmas

de ensino infantil tinham em média mais de 26 alunos por professor.

No ensino fundamental, a média de alunos por professor passou de 24,3 para

17,9 configurando uma queda de mais de 6 alunos por turma entre 1999 e 2006. Este

declínio no indicador foi causado tanto pelo aumento do número de professores

quanto pela queda no volume de matrículas. As maiores quedas neste indicador, entre

10 e 14 alunos, ocorreram nos municípios de Adolfo, Poloni, Bady Bassit, Ipiguá,

Zacarias, Paulo de Faria, Nipoã, Mirassolandia e Ibirá.

No ensino Médio, havia no ano de 1999, 16,9 alunos por professor. Em 2006

observou-se queda de 4 alunos por professor, fazendo com que o indicador passasse

para 12,8 alunos por professor. As maiores quedas no índice ocorreram nos

municípios de: Ipiguá, Mirassolandia, José Bonifácio, Potirendaba e Zacarias.

Assim como no ensino fundamental, no ensino médio a queda no número de

alunos por professor foi resultado, em parte, da queda no volume de matrículas em 23

dos 32 municípios que formam o Pólo, concomitante ao fato de ter havido incremento

no número de professores em 29 municípios do Pólo. (Tabela 18).

Vale dizer que a queda no número de alunos por professor, sobretudo no ensino

fundamental e médio, se deu em alguns municípios, sobretudo, pelo incremento no

número de professores, mas em alguns casos concomitante a este fato também

ocorreu uma diminuição na pressão por matrículas devido às mudanças demográficas.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 157

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 18 – Número de Alunos por professor Indicadores de Educação - Funções Docentes e número de matriculados

1999 2006 1999 2006 1999 2006Pólo de S. J. R. Preto 19,4 21,0 24,3 17,9 16,9 12,8Adolfo 26,0 24,8 25,3 15,5 15,1 12,8Bady Bassitt 25,2 28,6 26,9 16,9 14,1 10,7Bálsamo 24,3 16,2 25,8 23,0 11,9 13,9Cedral 16,8 27,6 25,8 25,1 12,7 13,9Guapiaçu 21,8 14,5 25,4 17,7 19,4 23,2Ibirá 23,7 24,3 28,8 15,3 16,4 14,5Icém 18,2 24,7 17,1 14,6 14,8 11,3Ipiguá 28,1 21,8 27,8 17,5 19,6 8,8Jaci 27,0 17,1 27,6 19,5 10,9 10,2José Bonifácio 22,5 22,4 19,8 15,2 18,1 9,2Mendonça 48,0 22,3 24,6 16,5 12,2 8,8Mirassol 22,0 19,9 22,3 15,1 15,3 10,2Mirassolândia 30,3 16,7 25,4 12,0 16,7 7,4Monte Aprazível 22,1 22,9 19,3 15,7 10,4 12,9Neves Paulista 26,8 17,6 26,8 17,4 10,4 12,5Nipoã 25,5 31,3 24,3 12,3 8,4 6,1Nova Aliança 18,1 23,3 17,1 18,3 12,3 10,9Nova Granada 20,0 22,0 23,0 14,1 14,7 10,0Onda Verde 29,8 36,3 27,0 20,4 18,1 13,1Orindiúva 21,8 24,4 20,7 20,8 13,9 14,3Palestina 39,8 19,8 25,2 22,0 16,6 12,7Paulo de Faria 20,7 31,5 25,3 13,6 16,0 11,8Planalto 27,8 22,6 23,5 21,9 8,8 18,4Poloni 22,0 15,7 23,2 13,3 12,4 9,9Potirendaba 23,7 20,4 24,5 16,4 21,5 14,1São José do Rio Preto 17,6 21,2 26,2 19,7 19,3 14,3Tanabi 20,3 14,6 20,6 17,3 15,3 16,5Ubarana 25,4 14,8 22,7 25,0 10,1 11,8Uchôa 22,9 18,6 19,1 15,6 14,0 17,6União Paulista 25,5 23,7 16,5 14,8 8,8 4,4Zacarias 26,8 18,9 20,6 9,8 11,3 4,3

Fonte: Censo Escolar - INEP - MEC 1999 e 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas

e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais,

NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Ensino Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio

Indicadores de Rendimento24

Taxas de Aprovação Escolar25

No ano de 2002, no Pólo Regional de São José do Rio Preto, as taxas médias de

aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série e no Ensino Médio

foram de respectivamente 94,8%, 93,0% e, 86,5%.

24 Dados obtidos da Fundação SEADE / Secretaria de Estado da Educação – SEE/Centro de Informações Educacionais – CIE. 25 Porcentagem de alunos que preencheram em avaliação final, os requisitos mínimos em aproveitamento e freqüência, previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 158

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

A taxa de aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, na região foi

ligeiramente superior à taxa média estadual de 94,5%. No Ensino Fundamental de 5ª a

8ª série e no Ensino Médio, a taxa de aprovação para o Pólo de São José do Rio Preto

foi mais elevada que a média estadual de respectivamente 92% e 84,2%.

Os municípios que obtiveram os índices mais baixos de aprovação no ensino

Fundamental de 1ª a 4ª série foram Bady Bassit, Icém, Guapiaçu e Adolfo onde as

taxas de aprovação foram inferiores a 90% (Tabela 19).

Entre a 5ª e 8ª serie, o melhor e o pior índice de aprovação variou entre 80,6% e

100,0% taxas equivalentes respectivamente aos municípios de Mendonça.

No ensino médio a diferença entre os extremos é um pouco mais acentuada (de

70,3% a 98,3) correspondendo respectivamente a Jaci e Nipoã.

Tabela 19 - Taxas de Aprovação Escolar26 Taxa de Aprovação, 2002

E. Fundamental 1 ª a 4ª sér ie

E. Fundamenta l 5ª a 8 ª série

Ensino Médio

Pólo de S . J. R. P reto 94,8 93,0 86,5Adolfo 79,9 90,4 95,6Bady Bassitt 89,3 93,3 85,2Bálsamo 98,3 94,2 90,0Cedral 93,6 90,1 78,5Guapiaçu 86,9 89,9 87,5Ibirá 94,4 93,0 82,6Icém 87,2 87,0 91,0Ipig uá 90,9 93,6 76,5Jaci 93,2 94,3 70,3José Bonifác io 93,4 94,2 88,5Mendonça 98,0 100 ,0 97,6Mirassol 94,4 95,3 92,3Mirassolândia 98,5 97,7 96,3Monte Aprazível 93,9 92,2 79,9Neves Paulis ta 97,1 93,9 80,5Nipoã 94,2 92,3 98,3Nova A liança 96,5 95,0 89,9Nova Granada 96,2 93,4 86,5Onda Verde 96,8 94,4 88,7Orindiúva 95,8 89,3 80,4Palestina 96,2 80,6 84,0Paulo de Faria 97,6 96,4 94,6Pla nalto 97,8 92,1 86,3Poloni 97,2 95,9 88,3Potirendaba 92,0 94,3 85,9São José do Rio Preto 95,9 93,5 86,2Tanabi 93,2 92,6 80,1Ubarana 91,7 85,7 97,9Uchôa 91,8 83,0 91,6União Paulista 95,7 82,3 79,1Zacarias 93,5 96,9 94,6

Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

26 Porcentagem de alunos que preencheram em avaliação final, os requisitos mínimos em aproveitamento e freqüência, previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 159

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Taxas de Evasão Escolar27

Em 2002 as taxas de evasão no Pólo Regional de São José do Rio Preto para a

1ª a 4ª série, para a 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio foram

de respectivamente 0,5%, 2,7% e, 6,1%. Nos três níveis de ensino as taxas médias

de evasão escolar para o Pólo foram inferiores às taxas médias estaduais

equivalentes a 0,95%, 3,2% e, 7,3% respectivamente aos níveis de ensino de: 1ª a 4ª

série, 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.

No nível de ensino que compreende da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental, as

taxas de evasão entre os municípios foram baixas, sendo iguais ou inferiores a 2,3%,

com exceção do município de Adolfo que apresentou taxa de 7,9%. Os municípios

com as menores taxas nesse nível de ensino, ou seja, taxas inferiores ou iguais a 0,3

foram: São José do Rio Preto, Nova Aliança, Monte Aprazível, Orindiúva, José

Bonifácio, Ibirá e Mirassol.

Gráfico 17 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

1 ª a 4 ª s é r i e d o E n s i n o F u n d a m e n t a l%

Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Na segunda fase do Ensino Fundamental, as taxas de evasão ficaram bastante

heterogêneas e variaram entre 0,3% e 13,1%. As taxas mais elevadas neste nível de

ensino corresponderam à Palestina, Uchoa e Cedral com 13,1%, 9,4% e 8,5%

respectivamente (Gráfico 18).

27 Porcentagem de alunos que abandonaram a escola antes da avaliação final ou que não preencheram os requisitos mínimos em frequência previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 160

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 18 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

5 ª a 8 ª s é r i e d o E n s i n o F u n d a m e n t a l%

Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Os maiores índices de evasão aconteceram no Ensino Médio onde se verificou

uma amplitude nas taxas de 0,6% a 19,5%. Os municípios de Cedral, Jaci, União

Paulista e Ipiguá apresentaram as taxas de evasão no Ensino Médio mais elevadas

entre todos os municípios do Pólo, 19,5%, 18,7%, 14,9% e 14,7%. (Gráfico 19).

Gráfico 19 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002

0,02,04,06,08,010,012,014,016,018,020,0

3 ª s é r i e d o E n s i n o M é d i o%

Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 161

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Indicadores de qualidade do ensino

Para estudar as tendências com relação à qualidade do ensino, lançamos mão

dos resultados das avaliações do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do

Estado de São Paulo – SARESP – para o ano de 2007. Os resultados do SARESP

permitem avaliar o ensino regular de todas as escolas da rede pública estadual que

oferecem a 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino

Médio. Assim, apresentamos os resultados das provas de Língua Portuguesa e

Matemática e dos níveis de desempenho em Redação para as 4ª e 8ª séries do

Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio para o Pólo Regional de São José do

Rio Preto e para o Estado de São Paulo.

O Pólo Regional de São José do Rio Preto se destacou no desempenho nas

disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa com pontuações superiores às

médias estaduais nos três níveis de ensino.

Na 4ª série do Ensino Fundamental o Pólo de São José do Rio Preto esteve mais

de 12 pontos à frente da pontuação média do estado na disciplina de matemática e

mais de 7 pontos em Língua Portuguesa.

Na 8ª série do Ensino Fundamental o Pólo de São José do Rio Preto obteve

vantagem de mais de 10 pontos nas disciplinas de Matemática e de Língua

Portuguesa em relação à média estadual.

Na 3ª Série do Ensino Médio apesar das notas de matemática e Língua

Portuguesa ainda serem superiores às médias do estado, a vantagem é menor

comparativamente às outras séries, 6,9 pontos a mais em matemática e 5,1 em Língua

Portuguesa (Tabelas 20 e 21).

Tabela 20 - Média de Proficiência em Matemática, 2007 Matemática Pólo Regional de São

José do Rio Preto Estado de São Paulo

4ª. Série do E. F. 194,49 182,45

8ª. Série do E. F. 241,61 231,53

3ª. Série do E. M. 270,61 263,68

Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 162

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Tabela 21 - Média de Proficiência em Língua Portuguesa, 2007

Língua Portuguesa

Pólo Regional de São José do Rio Preto

Estado de São Paulo

4ª. Série do E. F. 194,15 186,84

8ª. Série do E. F. 252,74 242,62

3ª. Série do E. M. 268,33 263,22

Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

Já em relação ao nível de desempenho em Redação28, o Pólo Regional de São

José do Rio Preto obteve resultados praticamente iguais ao Estado para a 4ª série do

Ensino Fundamental. Isto significa que se agregando as categorias: básico e abaixo

do básico, tanto Pólo de São José do Rio Preto quanto o Estado concentram 52,4%

dos resultados.

Na 8ª série do Ensino Fundamental, o Pólo apresentou resultados melhores do

que o Estado. No Pólo regional de São José do Rio Preto em 2007 43,9% dos

resultados correspondiam à soma das categorias: básico e abaixo do básico e, no

Estado esses resultados atingiram 45,7% das avaliações.

Para a 3ª série do Ensino Médio a situação do Pólo ficou pior que a do Estado.

Enquanto o estado apresentou 48,3% das avaliações abaixo do critério básico, no

Pólo este os resultados abaixo do nível básico somaram 56,8% (Gráficos 20, 21 e 22).

28 Para o cálculo da distribuição percentual, foram excluídas do total das avaliações, aquelas categorizadas pelo sistema SARESP como: não válidas: anuladas, em branco e não calculada.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 163

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Gráfico 20

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Pólo Regional de São José do Rio Preto

Estado de São Paulo

Desempenho em Redação na 4a série doEnsino Fundamental, 2007

Avançado Adequado Básico Abaixo do Básico

Gráfico 21

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Pólo Regional de São José do Rio Preto

Estado de São Paulo

Desempenho em Redação na 8a série doEnsino Fundamental, 2007

Avançado Adequado Básico Abaixo do Básico

Gráfico 22

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Pólo Regional de São José do Rio Preto

Estado de São Paulo

Desempenho em Redação na 3a série doEnsino Médio, 2007

Avançado Adequado Básico Abaixo do Básico

Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 164

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

3.3. Atenção Básica à Saúde e Acesso às Ações e Serviços de Saúde

Pólo Regional de São José do Rio Preto

Introdução

O capítulo da saúde procurou abordar questões relacionadas à Atenção Básica à

Saúde e ao Acesso às Ações e Serviços de Saúde, dimensões fundamentais para o

estabelecimento de políticas públicas, no Pólo Regional de São José do Rio Preto.

Na Atenção Básica à Saúde foram analisados indicadores relacionados às taxas

de mortalidade infantil, indicadores relacionados à saúde da criança, à atenção ao pré-

natal, à saúde da mulher e do adulto.

No bloco referente ao Acesso às Ações e Serviços de Saúde são apresentadas

as taxas de cobertura do programa PSF (Programa de Saúde da Família), as

consultas médicas básicas por habitante, o número de leitos por habitantes e a

proporção de Beneficiários de Plano de Saúde Privado.

O estudo procurou levar em conta as taxas médias dos indicadores para o

Estado de São Paulo e os parâmetros ou metas do Ministério da Saúde, quando

possível para efeitos de comparação.

Mortalidade Infantil

No Pólo Regional de São José do Rio Preto a taxa de mortalidade infantil, vem

caindo sistematicamente, assim como acontece no Brasil e no Estado de São Paulo. O

Pólo de São José do Rio Preto apresentou níveis de mortalidade infantil abaixo da

média estadual no ano de 1990 que correspondeu a 31,2 e, no ano de 2006 quando o

Estado atingiu 13,3 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. No ano de

1990 a taxa de mortalidade infantil no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de

23,2 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos e caiu para 12,7 no ano de

2006 representando uma queda de quase 55%.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 165

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Em 1990 os municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto com taxas

mais elevadas foram União Paulista, Ibirá, Neves Paulista, Paulo de Faria e

Mirassolandia. Nesses municípios as taxas de mortalidade infantil em 1990 variaram

de 41,7 a 55,6 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos (Gráfico 23)29.

Estes mesmos municípios foram os que mais reduziram a taxa de mortalidade

infantil com declínios de pelo menos 20%.

Os dados mostraram que os municípios de Orindiúva, Nova Aliança, Adolfo,

Poloni, Onda Verde, Bálsamo, Mendonça e Nipoã, municípios mais afastados da

região central do Pólo, apresentaram crescimento nas taxas de mortalidade infantil.

No final do período em análise, as taxas ficaram ainda bastante heterogêneas

nos municípios que compõem o Pólo e, se concentraram em um intervalo de 7,3 a

81,1 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.

Gráfico 23

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Taxa de Mortalidade Infantil (óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos)

1990 2006

Fonte: Fundação Seade; Sec. Estadual da Saúde; Sec. Municipais da Saúde. Base Unificada de Nascimentos e Óbitos.

29 Devido à indisponibilidade da informação para os municípios de: Cedral, Mendonça, Mirassolandia, e União Paulista em 1990, foi considerada a informação referente aos anos de 1991, 1994, 1991 e 1997 respectivamente aos municípios citados. Analogamente para a falta de informação em 2006 para os municípios de: Adolfo, Icém, Ipiguá, Mirassolandia, Nipoã, Onda Verde, Planalto e Uchoa foram tomadas as informações referentes aos anos de: 2004, 2007, 2007, 2007, 2005, 2007, 2002 e 2005 respectivamente aos municípios.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 166

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Saúde da Criança

A taxa de Internação por Infecção Respiratória Aguda em menores de cinco anos

é um indicador frequentemente usado, pois fornece uma medida da qualidade da

atenção à saúde preventiva e curativa à criança. O Ministério da Saúde recomenda

que a taxa deva ser inferior a 35 internações por mil crianças menores de cinco anos.

No ano 2000 o Pólo Regional de São José do Rio Preto não apresentou taxa de

internação por IRA acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. Neste ano, a

taxa de internações por IRA em menores de cinco anos no Pólo alcançou 32,8

crianças para cada mil menores de cinco anos, taxa superior à média estadual de 28,2

internações por mil.

Em 2007 a situação do Pólo melhorou e a taxa de internações por IRA cai para

27,0 internações, mas a taxa está acima da média estadual neste ano, equivalente a

21 internações.

A observação das taxas de internação por Infecção Respiratória Aguda em

menores de cinco anos nos municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto

revela que houve melhora das taxas no sentido de ter ocorrido declínio de 17,5% e, da

taxa média da região continuar abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde em

2006.

Ainda que se haja conseguido avançar no combate às doenças respiratórias

agudas em crianças na região, como a taxa média tem mostrado, o problema reside

no fato de ainda existir entre os 32 municípios que compõem o Pólo de SJRP, 15

municípios onde ocorreu elevação das taxas de internação por IRA

Os mapas mostraram que as taxas mais altas no ano 2000 e em 2007

corresponderam aos municípios localizados na parte mais a oeste e norte da região.

No ano 2000 como no ano de 2007 ocorreu uma concentração de municípios no

entorno do município sede formando quase que um anel, onde as taxas de internação

por IRA foram inferiores à taxa relativa ao município central (Mapas 11 e 12).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 167

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Mapas 11 e 12 Taxa de internação por IRA (Infecção Respiratória Aguda) em menores de cinco anos (por mil)

Fonte: SIH/SUS – DATASUS, Censo Demográfico e estimativas populacionais do IBGE

Atenção ao Pré-Natal

Para avaliar a cobertura e a qualidade da assistência ao parto no Pólo Regional

de São José do Rio Preto utilizamos o indicador: Proporção de mulheres com filhos

nascidos vivos que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal. O número mínimo

de consultas recomendadas pelo Ministério da Saúde é sete.

É necessário dizer, baseado em alguns estudos (SERRUYA, 2004), que este

indicador é fortemente influenciado pelo nível de pobreza da região, além de outros

fatores. Além disso, em uma análise longitudinal, as taxas podem em grande parte

terem sido afetadas, positivamente, pelas ações do Programa Saúde da Família e pela

implementação do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento do

Ministério da Saúde lançado em junho de 2000 onde o foco principal tem sido

proporcionar a melhora do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento

pré-natal, da assistência ao parto e puerpério das gestantes e ao recém-nascido.

A proporção média de nascidos vivos cujas mães realizaram pelo menos sete

consultas por mês no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano 2000 e no ano

de 2007 foi superior à média estadual. No ano 2000, enquanto a proporção média de

nascidos vivos cujas mães completaram o pré-natal era de 54,5% no Estado de São

Paulo, o Pólo Regional de São José do Rio Preto realizou 16,1% a mais.

No ano de 2005, a média estadual ficou em 73,4%, e o Pólo Regional de São

José do Rio Preto ficou em um patamar superior com quase 89% dos nascidos vivos,

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 168

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

cujas mães haviam realizado 7 consultas ou mais de pré-natal. Assim, houve um

incremento de quase 26% na proporção de mães que realizaram pelo menos 7

consultas de pré-natal no Estado e de 20,5% no Pólo Regional de São José do Rio

Preto entre 2000 e 2005.

Em 2005 os municípios do Pólo que mais incrementaram a cobertura de pré-

natais concluídos foram: Adolfo, José Bonifácio, Bálsamo e Ubarana. Estes municípios

no ano 2000 apresentaram proporções equivalentes a 12% ou menos de cobertura e,

em 2005 com o crescimento superior a 84% passaram para taxas de conclusão de

pré-natal acima de 65%.

Vale lembrar que dos 32 municípios do Pólo de São José do Rio Preto, apenas 3

apresentaram declínio substancial nas taxas: Zacarias, Paulo de Faria e Mendonça,

onde os percentuais de cobertura de conclusão de pré-natal declinaram em mais de

23%.

Tabela 22 Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Total ESTADO 54,5 59,0 63,2 67,1 71,4 73,4 25,8Pólo SJRP 70,6 73,6 80,4 84,4 87,9 88,9 20,5Adolfo 12,1 32,6 89,7 76,2 85,3 81,0 85,1Bady Bassitt 74,9 67,7 75,6 74,2 85,0 88,0 14,9Bálsamo 3,6 47,1 76,3 78,5 89,6 95,7 96,3Cedral 55,0 68,1 71,4 77,1 88,2 88,9 38,1Guapiaçu 63,7 65,1 71,5 69,0 86,3 88,6 28,1Ibirá 84,3 82,2 86,7 85,9 83,6 83,6 -0,8Icém 78,1 88,7 79,8 84,9 90,0 90,1 13,4Ipiguá 65,8 79,2 84,2 85,7 89,4 94,1 30,1Jaci 72,9 84,8 82,5 82,8 88,5 88,7 17,8José Bonifácio 4,3 33,6 85,5 71,0 64,7 71,6 94,0Mendonça 72,4 83,9 83,3 79,3 71,4 55,2 -31,2Mirassol 43,5 55,8 74,0 82,1 85,0 88,3 50,7Mirassolândia 46,7 53,7 71,1 71,4 80,4 79,2 41,1Monte Aprazível 55,2 55,4 67,8 66,1 86,2 66,5 17,1Neves Paulista 78,3 77,4 72,2 66,7 86,6 82,5 5,1Nipoã 35,9 57,1 55,0 48,8 77,8 71,4 49,7Nova Aliança 47,7 65,5 69,4 69,5 87,1 77,6 38,5Nova Granada 96,4 95,6 93,8 95,2 97,3 95,1 -1,3Onda Verde 79,7 85,7 93,4 100,0 89,8 93,0 14,3Orindiúva 51,4 86,2 91,2 92,9 81,9 93,2 44,9Palestina 79,4 90,9 93,3 88,4 91,2 88,5 10,3Paulo de Faria 71,4 77,1 88,5 77,0 84,0 57,9 -23,5Planalto 67,8 68,7 86,0 62,3 79,0 83,1 18,4Poloni 46,4 52,2 50,0 63,0 81,5 71,4 35,0Potirendaba 78,3 78,4 84,4 87,4 92,3 95,8 18,3São José do Rio Preto 83,3 80,8 81,1 88,6 91,7 93,2 10,7Tanabi 76,7 77,3 88,0 90,2 83,0 92,0 16,7Ubarana 2,9 6,4 83,6 65,0 36,0 64,9 95,6Uchoa 67,9 61,9 60,8 81,3 89,2 88,2 23,1União Paulista 41,2 56,5 57,1 76,5 82,4 66,7 38,2Zacarias 68,4 62,5 79,2 76,5 66,7 55,6 -23,1Fonte: SINASC/SUS - DATASUS. Elaboração: Proje to Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.

Crescimento (%) 2000-2005

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 169

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Controle da Hipertensão

A taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40

anos ou mais, além de apontar o nível de morbidade para esta doença, também avalia

a oferta de ações básicas preventivas para o controle da doença hipertensiva.

Enquanto o número de internações entre 2000 e 2007 por Acidente Vascular

Cerebral (AVC) na população de 40 anos ou mais no Estado de São Paulo passou de

15,2 para 20,8 internações por 10.000 habitantes, no Pólo Regional de São José do

Rio Preto o indicador caiu de 40,1 para 37,1 internações.

Entre todos os Pólos regionais e Regiões Metropolitanas da pesquisa, o Pólo de

São José do Rio Preto foi, depois do Pólo Regional de Araçatuba, a segunda taxa

mais alta de internações por AVC em adultos com mais de 40 anos no ano 2007 entre

todas as regiões da pesquisa.

Apesar de ter havido discreta melhora nos indicadores, constatada pela queda

na taxa de internação no Pólo de São José do Rio Preto, quando analisamos as taxas

por municípios verificamos que ocorreu elevação da taxa em 13 municípios dos 32

compõem a região. Além disso, a variabilidade das taxas nos municípios é muito

grande, seja no ano 2000 ou em 2007 onde as taxas variaram de 20,6 até 84,3.

Assim, devemos ter cuidado ao utilizar as taxas médias de internações por AVC

referente ao Pólo para os dois períodos pesquisados, pois ela não reflete a

heterogeneidade dos municípios (Mapas 13 e 14).

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 170

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Mapas 13 e 14 Taxas de Internação por AVC (por 10.000 habitantes com 40 anos ou mais)

Fonte: SIH/SUS – DATASUS, Censo Demográfico e estimativas populacionais do IBGE.

Indicadores Gerais de Atenção à Saúde

Consultas Médicas Básicas por Habitante

No Brasil a média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades

básicas pouco variou entre o ano de 2000 e 2007. No ano 2000 este indicador atingiu

1,51 consultas básicas por habitante e em 2007 alcançou 1,54. No Estado de São

Paulo, o patamar é praticamente o mesmo referente à média brasileira em 2000 e, em

2007 chegou a 1,7 consultas básicas por habitante.

No Pólo Regional de São José do Rio Preto a média de consultas médicas

básicas por habitante atingiu o patamar de 2,2 consultas no ano 2000, em 2004

passou a 2,8 e, caiu para 2,2 em 2007 atingindo novamente o mesmo patamar

referente ao ano 2000.

Os municípios que mais realizaram consultas básicas por habitante em 2007,

entre 4,1 e 4,7 consultas básicas por habitantes foram: Mendonça, Ubarana, Zacarias

e Adolfo (Mapas 15 e 16).

Os municípios que apresentaram queda expressiva de mais de 20% no numero

médio de consultas realizadas nas especialidades básicas entre 2000 e 2007 foram

Adolfo, São José do Rio Preto, Paulo de Faria, Ubarana e Nipoã.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 171

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Mapas 15 e 16 Consultas Básicas por Habitante (média anual)

Fonte: SIA/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.

Cobertura do Programa de Saúde da Família

As informações sobre percentuais de cobertura do Programa Saúde da Família

em grandes cidades e capitais revelam que em geral há uma dificuldade maior de

consolidação deste programa em cidades maiores e mais urbanizadas (ELIAS, 2006).

Como já foi dito, a região do país com menor cobertura do Programa Saúde da

Família é a Sudeste, com menos de 30% de cobertura da população no ano de 2007.

No Estado de São Paulo em 2007, em média a cada 4 pessoas uma foi atendida pelo

PSF e, no Pólo de São José do Rio Preto, uma a cada 6 pessoas foi atendida pelo

PSF.

Os dados mostraram que houve crescimento da proporção de pessoas atendidas

pelo PSF no Estado de São Paulo e no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre

2000 e 2007. O ritmo de crescimento do PSF no Pólo Regional de São José do Rio

Preto foi mais intenso entre 2000 e 2003. A partir de 2003 houve um arrefecimento das

taxas que voltam a crescer em 2005. (Gráfico 24).

Comparando-se o crescimento da cobertura do PSF no Pólo de São José do Rio

Preto com a cobertura no Estado, foi possível perceber que no Pólo o crescimento foi

menos intenso. Nesse sentido, enquanto as proporções de famílias cobertas pelo PSF

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 172

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

foram multiplicadas por 4,1, no Estado, no Pólo de São José do Rio Preto este fator foi

de 2,6 vezes.

Gráfico 24

13,7

22,1

28,632,9

36,640,3

44,046,4

6,310,1

13,916,9

19,221,1

24,3 25,8

6,18,9

12,9 13,6 12,5 12,616,0 16,1

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Proporção de População coberta pelo PSF (%)

Brasil Estado de São Paulo Pólo SJRP

Os mapas 17 e 18 evidenciam que não somente a cobertura de famílias

atendidas vem aumentando como também o número de municípios que em 2000 não

tinham implementado o programa e, em 2007 já implantaram.

No ano 2000, 10 dos 32 municípios do Pólo de São José do Rio Preto haviam

implementado o PSF. No ano de 2007, o total de municípios que oferecem o programa

passa para 17.

Os municípios de Zacarias, Planalto, Jaci, Adolfo e Mendonça se destacaram em

2007 por apresentarem uma cobertura populacional do PSF de mais de 97%. Por

outro lado, São José do Rio Preto foi o município com o menor índice, 8,6% de

cobertura (Mapa 18).

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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Mapas 17 e 18 Proporção da população atendida com o Programa Saúde da Família

Fonte: Fonte: Número de pessoas cadastradas, de 2000 a 2006, por município. Fonte: SIAB/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.

Atenção Hospitalar - Leitos Hospitalares por Habitante

A análise deste indicador tem como objetivo ilustrar como acontece a

concentração de leitos hospitalares por habitantes nos municípios pertencentes ao

Pólo Regional de São José do Rio Preto.

Como este indicador é suscetível a uma variedade de fatores relativos às

localidades ou regiões distintas, não há parâmetros validados para efeitos de

comparação. O que acontece é que a própria demanda juntamente com a capacidade

de financiamento do local acaba definindo as metas a serem alcançadas. Assim, este

indicador não é adequado para avaliar o sistema de saúde de uma região, mas auxilia

nas ações de planejamento e gestão.

Apesar de não termos parâmetros validados, o Ministério da Saúde preconiza

que o volume de leitos hospitalares esteja entre 2,3 a 3 leitos por mil habitantes

(Portaria do Ministério da Saúde 1101/2002).

No Pólo Regional de São José do Rio Preto a oferta de leitos hospitalares foi de

3,6 leitos por mil habitantes em 2006, onde 2,1 leitos foram disponibilizados através do

SUS. A média de leitos hospitalares por mil habitantes no Pólo Regional de São José

do Rio Preto ficou acima da média estadual e da nacional. No Estado foram

disponibilizados 2,6 leitos e no Brasil 2,7 leitos por mil habitantes em 2006 (Tabela 23).

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No Pólo Regional de São José do Rio Preto quase 59% dos leitos foi

disponibilizado pelo SUS, proporção inferior a média estadual de 65,4%.

Tabela 23 - Leitos Hospitalares por mil habitantes

Total SUS

Pólo de São José do Rio Preto 3,6 2,1 58,9

Estado de São Paulo 2,6 1,7 65,4Brasil 2,7 2,0 74,1

Leitos Hospitalares em 2006

Leitos* Por Mil Habitantes Hab. Proporção de Leitos do SUS (%)

Fonte: CNES - Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - São Paulo SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.

O município de Jaci e Nova Granada foram os municípios que apresentaram as

maiores razões de leitos hospitalares, 30,8 e 12,5 leitos por mil habitantes

respectivamente (Mapa 19).

Mapa 19 – Leitos Hospitalares por mil habitantes em 2006

Fonte: CNES -Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - DATASUS, projeções, IBGE.

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Pólo Econômico de São José do Rio Preto 175

Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP

Beneficiários de Plano de Saúde Privado

De acordo com PINTO, 2004; a região Sudeste concentra cerca de 70% da

população que possui planos de saúde e, as maiores proporções de cobertura

acontecem nas capitais. Ainda segundo este autor: Estudos anteriores (Costa e Pinto,

2002; Siqueira et al., 2002) demonstram que, nas cidades de pequeno e médio porte

(menos de 80.000 habitantes), a participação das modalidades de saúde suplementar

é menor que a prestação de serviços mediante o SUS, enquanto que nas cidades de

mais de 80.000 habitantes, a hegemonia dos planos de saúde já ocorria em 1992 e

expandiu-se ainda mais em 1999.

O indicador proporção de cobertura da população por planos de saúde privados

considera como plano privado, segundo os critérios da ANS/MS, os planos de

assistência à saúde que são operados por medicina de grupo, cooperativas,

seguradoras, autogestão e filantropia. Pode haver superestimação do indicador na

medida em que pode haver beneficiários com mais de um plano de saúde privado.

A cobertura da população por planos de saúde privado no país foi de quase 20%

da população entre 2000 e 2005. A região Sudeste apresentou a maior cobertura

entre as regiões, e entre 2000 e 2005 a representação da região ficou praticamente

constante por volta de 30% (Tabela 24).

Tabela 24 - Proporção (%) da população coberta por planos privados de saúde segundo ano por região. Brasil, 2000 a 2005

Regiões 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Brasil 19,1 18,6 18,5 18,6 19,1 19,9

Norte 5,7 5,5 6,2 6,8 7,3 7,2

Nordeste 7,6 7,2 7,6 8,0 8,2 8,4

Sudeste 32,0 30,9 30,2 29,9 30,3 31,7

Sul 14,0 14,1 14,6 15,5 16,7 17,4

Centro-Oeste 12,7 12,2 12,5 12,5 12,5 12,8

Fonte: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Saúde - Sistema de Informações de Beneficiários e IBGE

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No ano 2000, a cobertura média populacional de planos de saúde privados para

o Estado e para o Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de respectivamente

41,6% e 32,1%.

Em 2007 foi constatado o crescimento da cobertura por planos de saúde

privados no Estado de São Paulo que resultou em uma proporção equivalente a 48%

de cobertura populacional com planos privados de saúde. No Pólo Regional de São

José do Rio Preto o crescimento foi pequeno em torno de 7%. A taxa média de

cobertura por planos de saúde privados no Pólo alcançou 34,5% da população, índice

inferior a média estadual.

Com exceção do município de São José do Rio Preto, os planos de saúde

privados aumentaram em todos os demais municípios do Pólo Regional de São José

do Rio Preto entre 2000 e 2007. Os municípios do Pólo onde haviam

proporcionalmente mais pessoas com planos de saúde privados em 2007 localizam-se

na parte mais central do Pólo, a saber: Mirassol, São José do Rio Preto, Bálsamo, Jaci

e Monte Aprazível onde as taxas variaram de 35,6% a 41,5%. (Mapas 20 e 21).

Mapas 20 e 21 Proporção da população com plano privado de saúde

Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema de Cadastro de Operadoras (Cadop) e Sistema de Registro de Produtos (RPS), todos geridos pela ANS - DATASUS. SIA/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.

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