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Registos em Ficheiros - Estruturas Pedro Barahona DI/FCT/UNL Introdução aos Computadores e à Programação 2º Semestre 2007/2008 14 Maio 2008 1 Registos em Ficheiros - Estruturas

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Registos em Ficheiros - Estruturas

Pedro BarahonaDI/FCT/UNL

Introdução aos Computadores e à Programação2º Semestre 2007/2008

14 Maio 2008 1Registos em Ficheiros - Estruturas

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Registos em Ficheiros

• Muita informação alfanumérica está registada em ficheiros, na forma de

“registos”. Por exemplo, numa base de dados da empresa, são mantidos ficheiros

com informação sobre os empregados da empresa.

• Muitas aplicações (de gestão) consistem em ler ficheiros e criar outros com a

informação devidamente processada. Por exemplo: ler um ficheiro de empregados

e escrever outro, apenas com os empregados com vencimento superior a 1000 €.

cod nome vencimento data

610 Paul o Fer nandes Lopes 2341. 36 15/ 04/ 1996825 Pedr o Vi ei r a 989. 24 25/ 06/ 1999316 Mar t a Cost a Mar t i ns 1389. 17 05/ 01/ 199234 Rui Vasco Per ei r a 5310. 32 15/ 04/ 1996

723 J or ge Bar at a 767. 26 03/ 09/ 2002

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Registos em Ficheiros

• A primeira questão a resolver consiste no tratamento dos espaços em sequências

de caracteres. Isto porque há duas formas típicas de armazenamento dessas

sequências:

– Comprimento Fixo: As sequências têm sempre o mesmo número de

caracteres (sendo usados espaços se necessário);

– Comprimento Variável: As sequências têm o número de caracteres

necessários, sendo necessários caracteres separadores, tipicamente tabs

(horizontais).

cod nome vencimento data

610 Paul o Fer nandes Lopes 2341. 36 15/ 04/ 1996825 Pedr o Vi ei r a 989. 24 25/ 06/ 1999316 Mar t a Cost a Mar t i ns 1389. 17 05/ 01/ 199234 Rui Vasco Per ei r a 5310. 32 15/ 04/ 1996723 J or ge Bar at a 767. 26 03/ 09/ 2002

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Registos em Ficheiros

• Por exemplo, o nome “Pedro Vieira”, no ficheiro abaixo, pode ser codificado

– Comprimento Fixo: Com 5+1+6 = 12 caracteres (incluindo o espaço), mais

13 espaços, para permitir sequências de comprimento 25, que podem

armazenar nomes com até 25 caracteres (incluindo espaços);

– Comprimento Variável: Apenas com os 12 caracteres necessários, sendo

separado do vencimento por um tab horizontal (‘\t’).

cod nome vencimento data

610 Paul o Fer nandes Lopes 2341. 36 15/ 04/ 1996825 Pedr o Vi ei r a 989. 24 25/ 06/ 1999316 Mar t a Cost a Mar t i ns 1389. 17 05/ 01/ 199234 Rui Vasco Per ei r a 5310. 32 15/ 04/ 1996723 J or ge Bar at a 767. 26 03/ 09/ 2002

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Registos em Ficheiros

• Em Octave (e em C) os dois tipos de codificação requerem instruções de leitura

padronizada (com templates) diferentes.

– Comprimento Fixo: Utiliza-se um template “%nc” em que n é o número de

caracteres a ler;

– Comprimento Variável: Utiliza-se um template “%s”;

• Neste último caso, levanta-se um problema: O template ‘%s’, não lê espaços nem

caracteres brancos. Assim, o nome “Pedro Vieira” seria lido não como 1, mas sim

como 2 sequências. Em geral, ter-se-ia de conhecer o número de nomes (próprios,

apelidos e partículas de ligação).

• Isto pode ser evitado com o uso de espaços especiais (“non break spaces” -

ASCII 160), que são considerados como quaisquer outros caracteres, mas

impressos como espaços.

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Leitura de Ficheiros

• Caso seja necessário, pode converter-se um ficheiro noutro, convertendo-se todos

os espaços em espaços especiais, com a função abaixo:

function x = rem_sp(f_in_name, f_out_name); [f_in, msg] = fopen(f_in_name , "r"); [f_aux,msg] = fopen(f_out_name, "w"); [ch, count] = fscanf(f_in,"%1c","C"); while !feof(f_in) if ch == " " ch = setstr(160); endif; fprintf(f_aux, "%1c", ch); [ch, count] = fscanf(f_in,"%1c","C"); endwhile; fclose(f_in); fclose(f_aux); endfunction;

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• Comprimento Fixo:

– Cada linha do ficheiro, assumindo-se que um nome é guardado com 25

caracteres, pode ser lida com as seguintes instruções de leitura padronizada,

fscanf

ou numa só instrução

Leitura de Ficheiros

610 Paulo Fernandes Lopes 2341.36 15/04/1996

[cod, count] = fscanf(fid,"%i","C"); [nome, count] = fscanf(fid,"%25c","C");[venc, count] = fscanf(fid,"%f","C");[data,count] = fscanf(fid,"%s","C");

[cod,nome,venc,data,count]=fscanf(fid,"%i%25c%f%s","C");

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• Comprimento Variável:

– Neste caso, quer o nome quer a data podem ser lidos com o template “%s” da

instrução fscanf, podendo o registo de um empregado ser lido quer na forma :

quer numa só instrução

Leitura de Ficheiros

610 Paulo Fernandes Lopes 2341.36 15/04/1996

[cod, count] = fscanf(fid,"%i","C"); [nome, count] = fscanf(fid,"%s","C");[venc, count] = fscanf(fid,"%f","C");[data,count] = fscanf(fid,"%s","C");

[cod,nome,venc,data,count] = fscanf(fid,"%i%s%f%s","C");

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• Comprimento variável:

– Neste caso o registo de um empregado pode ser escrito como

ou numa só instrução, como anteriormente. Notar agora que

1. Após cada campo, deve ser escrito o tab (‘\t’) de separação, excepto no último

campo, após o que se escreve o caracter (‘\n’)

2. Alguns templates podem ser fixos, (por exemplo, "%7.2f\t”) para evitar as

convenções por omissão do Octave.

Escrita de Ficheiros

fprintf(fid, "%i\t", cod);fprintf(fid, "%s\t", nome);fprintf(fid, "%7.2f\t", venc);fprintf(fid, "%s\n", data);

610 Paulo Fernandes Lopes 2341.36 15/04/1996

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• Comprimento fixo:

– A escrita de ficheiros depende igualmente do formato utilizado para as strings.

Em comprimento fixo, o registo pode ser escrito como

ou numa só instrução, como anteriormente. Notar ainda que

1. O sinal – (em %-25s) justifica, à esquerda, o campo nome.

2. Após o último campo deve ser escrito um caracter (‘\n’), para mudança de linha

Escrita de Ficheiros

fprintf(fid, "%3i", cod); fprintf(fid, "%-25s", nome); fprintf(fid, "%7.2f", venc); fprintf(fid, "%10s", data);

fprintf(fid, "%c", “\n”);

610Paulo Fernandes Lopes 2341.3615/04/1996

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• Podemos agora abordar o problema inicialmente colocado:

1. Ler um ficheiro de empregados; e

2. Escrever outro, apenas com os empregados com vencimento superior a

1000 euros.

• Naturalmente o programa dependerá de os ficheiros serem lidos e escritos em

formato fixo ou variável.

• Assumiremos que esta diferença apenas se reflectirá no campo “nome”, já que o

campo “data” não contem espaços e pode ser lido em formato cadeia (“%s”) sem

problema.

Selecção de Registos

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• Eis a versão para formato fixo :

Selecção de Registos

[f_in, msg_in ] = fopen("empresa_in_fix.txt", "r");[f_out, msg_out] = fopen("empresa_out_fix.txt", "w");

[cod,nome,venc,data,ct] = fscanf(f_in,"%i%25c%f%s","C");while !feof(f_in) if venc > 1000 fprintf(f_out,"%3i%-25s%7.2f%12s\n", cod,nome,venc,data); printf( "%3i%-25s%7.2f%12s\n", cod,nome,venc,data); endif; [cod,nome,venc,data,ct] = fscanf(f_in,"%i%25c%f%s","C");endwhile;

fclose(f_in); fclose(f_out);

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• E a versão para formato variável :

Selecção de Registos

rem_sp("empresa_in_var.txt", "empresa_aux_var.txt");

[f_aux, msg] = fopen("empresa_aux_var.txt", "r");[f_out, msg] = fopen("empresa_out_var.txt", "w");

[cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");while !feof(f_aux) if venc > 1000 fprintf(f_out, "%i\t%s\t%7.2f\t%s\n", cod,nome,venc,data); printf( "%i\t%s\t%7.2f\t%s\n", cod,nome,venc,data); endif; [cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");endwhile;

fclose(f_aux); fclose(f_out);

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• Podemos agora considerar outro tipo de processamento de informação, que não

envolve necessariamente a escrita de novos ficheiros, correspondente a:

– Cálculo de totais e médias (de vencimentos, por exemplo)

– Determinação de máximos e mínimos (de vencimentos, ou antiguidades)

• Vamos ilustrar estes problemas com programas para determinação dos

vencimentos totais e médios dos empregados da empresa, bem como da

determinação do empregado mais antigo.

• Para ambos os problemas, apenas são apresentadas as versões para formato

variável.

• De notar ainda a instrução printf, que permite escrever no terminal mensagens

formatadas (com os formatos usados em ficheiros).

Processamento de Registos

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• O tratamento de vencimentos utiliza um contador (variável i) de registos lidos e uma

variável (total) para determinação do total dos vencimentos (sendo a média igual à

razão entre total e i).

Processamento de Registos

rem_sp("empresa_in_var.txt", "empresa_aux_var.txt");

[f_aux, msg] = fopen("empresa_aux_var.txt", "r");

i = 0; total = 0;[cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");while !feof(f_aux) i = i+1; total = total+venc; [cod,nome,venc,data,count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");endwhile; printf("o total dos vencimentos é de %7.2f \n", total);printf("a média dos vencimentos é de %7.2f \n",total/i);

fclose(f_aux); fclose(f_out);

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• O tratamento de datas, implica reconhecer quando uma data é anterior a outra, o

que é feito com a função “data_comp” que compara duas datas, sendo armazenada

a data menor

Processamento de Registos

rem_sp("empresa_in_var.txt", "empresa_aux_var.txt"); [f_aux, msg] = fopen("empresa_aux_var.txt", "r");

data_menor =“01/01/2100”;[cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");while !feof(f_aux) if data_comp(data,data_menor) = -1 data_menor = data; endif; [cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");endwhile;

printf("a entrada mais antiga foi em %s\n",data_menor);

fclose(f_aux);

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• A comparação de datas é feita através da comparação dos anos, meses e dias, das

duas datas

• Naturalmente, há que ter o cuidado de converter inicialmente as cadeias de

caracteres em números (com a função str2num).

Comparação de Datas

function d = data_comp(data1,data2);% data no formato dd/mm/aaaa

ano1 = str2num(substr(data1,7,4)); ano2 = str2num(substr(data2,7,4)); mes1 = str2num(substr(data1,4,2)); mes2 = str2num(substr(data2,4,2)); dia1 = str2num(substr(data1,1,2)); dia2 = str2num(substr(data2,1,2)); d = d_comp(ano1, mes1, dia1, ano2, mes2, dia2);endfunction

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• Uma vez obtidos os anos, dias e meses as datas podem ser comparadas,

comparando-se sucessivamente os anos, e se necessário os meses e dias).

Comparação de Datas

function d = d_comp(ano1, mes1, dia1, ano2, mes2, dia2); if ano1 < ano2 d = -1; elseif ano1 > ano2 d = 1; elseif mes1 < mes2 d = -1; elseif mes1 > mes2 d = 1; elseif dia1 < dia2 d = -1; elseif dia1 > dia2 d = 1; else d = 0; endifendfunction

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• No caso do empregado mais antigo, é interessante informar não só quando ele

entrou ao serviço (isto é , a data), mas também que é ele (isto é, o seu nome) .

• Este problema pode ser resolvido com uma pequena adaptação do código,

guardando não só a data mais antiga como o nome

Processamento de Registos

rem_sp("empresa_in_var.txt", "empresa_aux_var.txt");[f_aux, msg] = fopen("empresa_aux_var.txt", "r");data_menor =“01/01/2100”;[cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");while !feof(f_aux) if data_comp(data,data_menor) == -1 data_menor = data; antigo = nome; endif; [cod,nome, venc, data, count] = fscanf(f_aux,"%i%s%f%s","C");endwhile;printf("o empregado mais antigo é %s \n", antigo);printf("com data de entrada %s \n", data_menor);fclose(f_aux);

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• Todos estes programas obrigam, cada vez que se pretende responder a uma

questão :

1. A ler registos de um ficheiro;

2. A processar cada um dios registos, isoladamente; e, eventualmente

3. A escrever os registos num outro ficheiro

• No entanto, a leitura e escrita de ficheiros, mesmo em “discos rápidos” é

tipicamente milhares de vezes mais lenta que a leitura a partir de dados em

memória.

• Haverá pois vantagem em copiar um ficheiro de registos para memória e passar a

responder às questões a partir de aí.

• Veremos como responder a esta questão em geral e, no caso do Octave, como tal

poderá ser feitos com estruturas e listas.

Estruturas e Listas

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 21

• Embora Vectores e Matrizes sejam muito úteis quando os dados são todos do

mesmo tipo (no Octave, de qualquer tipo numérico), em muitos casos, a informação

que se pretende agrupar com um só identificador não é do mesmo tipo, como é o

caso dos registos considerados anteriormente.

• Por exemplo, um empregado duma empresa pode ser associado à seguinte

informação

– Um código (um número?)

– Um nome (uma cadeia de caracteres)

– Um vencimento (um decimal)

– Uma data de entrada (uma cadeia, ou 3 campos numéricos, para o dia, mês

e ano)

Estruturas

cod nome venc data610 Paulo Fernandes Lopes 2341.36 15/04/1996

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 22

• As várias linguagens de programação permitem o agrupamento destes dados

heterogéneos, com um mesmo identificador de uma forma variada (records no

Pascal, Struct em C, ...)

• O Octave adopta uma designação semelhante à do C, denominando estes

agrupamentos como estruturas.

• Consideremos pois o caso do empregado abaixo, em que gostaríamos de agregar

toda a informação numa única variável, do tipo estrutura, que denotaremos como

emp_610.

Estruturas

cod nome venc data610 Paulo Fernandes Lopes 2341.36 15/04/1996

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 23

• Uma vez definidos os nomes dos campos da estrutura, podemos atribuir-lhe os

valores pretendidos.

• O acesso a um campo da estrutura é feito fazendo suceder ao nome da estrutura o

nome do campo pretendido, separado por um ponto (‘.’).

• Por exemplo, a atribuição dos 4 valores dos campos pode ser feita pelas seguintes

atribuições:

Estruturas

cod nome venc data610 Paulo Fernandes Lopes 2341.36 15/04/1996

emp_610.cod = 610;emp_610.nome = “Paulo Fernandes Lopes”;emp_610.venc = 2341.36;emp_610.data=“15/04/1996”;

emp_610 =

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• Uma vez agrupados os vários items de informação numa só variável do tipo

estrutura, podemos referir alguns campos depois de verificar outros.

• Por exemplo, dados vários empregados com o tipo referido, indicar qual o nome dos

que ganham mais de 1000 euros.

• Na sintaxe do Octave, tal poderia ser feito através da instrução condicional

• No entanto este tipo de processamento só é verdadeiramente útil se tivermos a

possibilidade de aceder a todos os empregados de uma forma genérica.

Estruturas

if emp_610.venc > 1000 then disp(emp_610.nome)endif

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 25

• Por exemplo, se tivessemos uma tabela com várias linhas, com códigos na primeira

coluna e vencimentos na 2ª coluna, poderíamos apresentar os códigos dos

empregados com vencimento superior a 1000 euros através da seguinte instrução

iterativa:

Por analogia, o que é necessário é poder aceder a uma sequência de (1 a n)

estruturas do tipo da do empregado.

• Na maioria das linguagens de programação, essa analogia é imediata, já que se

podem especificar vectores de estruturas. Tal é o caso do Octave, mas apenas a

partir da versão 3.X (as anteriores usavam o conceito de lista, entretanto

descontinuado).

Tabelas

for i = 1:n if tabela(i,2) > 1000

disp(tabela(i,1)) endif endfor;

1 2

1 610 2341.362 825 989.243 316 1389.174 34 5310.325 723 767.26... ... ...

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 26

• Nestas linguagens, podemos representar o conjunto de empregados através de um

vector, emps, em que cada elemento é uma estrutura (de empregado) com os

campos definidos como anteriormente.

• Agora, para obter os códigos dos empregados com vencimento superior a 1000 euros

bastará usar uma seguinte instrução iterativa, análoga à anterior

Vectores de Estruturas

for i = 1:n if emps(i).vencimento > 1000

disp(emps(i)) endif endfor;

i nd cod nome venci ment o dat a1 610 Paul o Fer nandes Lopes 2341. 36 15/ 04/ 19962 825 Pedr o Vi ei r a 989. 24 25/ 06/ 19993 316 Mar t a Cost a Mar t i ns 1389. 17 05/ 01/ 19924 34 Rui Vasco Per ei r a 5310. 32 15/ 04/ 19965 723 J or ge Bar at a 767. 26 03/ 09/ 2002

for i = 1:n if tabela(i,2) > 1000

disp(tabela(i,1)) endif endfor;

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 27

• Em Octave, não existe a possibilidade de definir vectores de estruturas, já que os

vectores são numéricos.

• O Octave no entanto, disponibiliza uma estrutura de dados, a lista, que permite

organizar um conjunto de elementos em memória, podendo esses elementos ter um

tipo qualquer, numérico ou não.

• Em Octave, o conjunto de empregados pode ser representado por uma lista, que

também designaremos por emps, e que permite o acesso a um seu elemento de uma

forma “parecida”, nomeadamente

Listas (Octave 2.X e anteriores)

for i = 1:n if nth(emps,i).vencimento > 1000

disp(nth(emps,i)) endif endfor;

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 28

Listas - Criação (Octave 2.X e anteriores)

• Uma lista é uma sequência de dados do mesmo tipo, simples ou complexo, para

as quais estão definidas (em Octave) as operações básicas ed criação, adição,

acesso e alteração.• Criação: list(elem_1, elem_2, ..., elem_k)

Cria uma lista, com os elementos de 1 a k.

• Nota 1: A lista pode ser vazia !

• Nota 2: Geralmente, pretende-se que todos os elementos tenham o mesmo tipo.

No entanto, uma lista pode conter elementos de qualquer tipo, ou mesmo ser

heterogénea, como indicado

>> emps = list()emps = ()

emp.cod = 25, emp.venc = 1025.7;emps = list(1, ‘estranho’, emp)

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 29

Listas – Adição e Acesso (Octave 2.X e anteriores)

• A uma lista podem ser adicionados, no seu final, mais elementos, com a instrução

• Adição: append(nome_lista, elem_1, elem_2, ..., elem_k)

Exemplo: A lista nums é inicialmente criada com os números 1, 2 e 3, sendo

posteriormente acrescentados os números 4 e 5.

• O acesso ao k-ésimo elemento de uma lista pode ser feito através da instrução

• Acesso: nth(nome_lista, k)

Exemplo: Obter a diferença entre o 3º e o 5º elemento da lista nums, criada

anteriormente.

dif = nth(nums,3) – nth(nums,5)

nums = list(1,2,3);nums = append(nums, 4, 5)

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 30

Listas – Alteração (Octave 2.X e anteriores)

• A alteração de elementos de uma lista pode ser feita por alteração directa dos

seus elementos identificados pelos seus índices.

• Exemplo 1: Substituir na lista nums, com os números de 0 a 6, os seu 6º

elemento (inicialmente com o valor 5) pelo valor 7 .

Neste caso, a lista nums que se obtem, contem os números

(0,1,2,3,4,7,6).

• Exemplo 2: Substituir na lista nums, anterior, os seus primeiros 2 elementos

pelos números 9 e 8 .

passando, a lista nums, a conter os números

(9,8,2,3,4,7,6).

nums(6) = 7

nums(1:2) = list(9,8)

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14 Maio 2008 Registos em Ficheiros - Estruturas 31

Listas – Substituição (Octave 2.X e anteriores)

• Em alguns casos, nomeadamente em operações de ordenação, interessa trocar a

posição de dois elementos de uma lista.

• Esta operação pode ser implementada por uma função, troca, que inclui

operações de acesso e alteração de uma lista. Mais especificamente,

• Função troca:

A troca dos i-ésimo e j-ésimo elementos de uma lista pode ser feita com a função

abaixo.

.

function lista = troca(lista, i, j);

x = nth(lista,i); % guarda o elemento 1

lista(i) = nth(lista,j); % substitui i por j

lista(j) = x; % repõe o elemento j em i

endfunction