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Página 1 de 16 REGULAMENTO ATRIBUIÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO AO ENSINO SUPERIOR Preâmbulo A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior assume o “direito ao ensino como garantia de direito à igualdade ao acesso e êxito escolar” previsto no artigo 74.º, número 1 da Constituição da República Portuguesa, nos termos e para os efeitos do artigo 7.º, números 1 e 2, alínea f), da Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, como a realização da responsabilidade de proximidade com a população da sua freguesia no processo de combate às desigualdades socioeconómicas das famílias. Perante essa responsabilidade e atendendo às dificuldades socioeconómicas das famílias da nossa freguesia urge desenvolver e implementar um conjunto de políticas sociais que visem o esbatimento das desigualdades sociais e promovam a igualdade no acesso aos direitos sociais. Assumimos a confiança da população de Santa Maria Maior e desenvolvemos uma resposta eficaz às necessidades existentes, promovendo a melhoria do seu bem-estar e da sua qualidade de vida. A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior pretende, com a aprovação deste novo Regulamento, aprofundar o impacto social desta medida desenvolvida nos últimos anos na freguesia e consciente das dificuldades económicas que afetam as famílias da nossa freguesia, pretendemos proporcionar um apoio adicional aos jovens socialmente carenciados ou economicamente desfavorecidos, no sentido de lhes dar a possibilidade de aceder ou prosseguir os seus estudos superiores. Procuramos salvaguardar o estímulo à qualificação superior por parte dos jovens da freguesia e promover a cidadania ativa no intercâmbio de experiências e competências entre a nossa Junta de Freguesia e os estudantes bolseiros. Desta forma, e ao abrigo do poder regulamentar das autarquias locais previsto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa e nos termos e efeitos previstos na alínea c) e f) do n.º 2 do artigo 7.º da Lei 75/2013, de 12 de setembro, a Assembleia de Freguesia de Santa Maria Maior aprova o presente Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo ao Ensino Superior.

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REGULAMENTO

ATRIBUIÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO AO ENSINO SUPERIOR

Preâmbulo

A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior assume o “direito ao ensino como garantia de

direito à igualdade ao acesso e êxito escolar” previsto no artigo 74.º, número 1 da

Constituição da República Portuguesa, nos termos e para os efeitos do artigo 7.º, números 1 e

2, alínea f), da Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, como a realização da responsabilidade de

proximidade com a população da sua freguesia no processo de combate às desigualdades

socioeconómicas das famílias.

Perante essa responsabilidade e atendendo às dificuldades socioeconómicas das famílias

da nossa freguesia urge desenvolver e implementar um conjunto de políticas sociais que

visem o esbatimento das desigualdades sociais e promovam a igualdade no acesso aos

direitos sociais.

Assumimos a confiança da população de Santa Maria Maior e desenvolvemos uma

resposta eficaz às necessidades existentes, promovendo a melhoria do seu bem-estar e da

sua qualidade de vida.

A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior pretende, com a aprovação deste novo

Regulamento, aprofundar o impacto social desta medida desenvolvida nos últimos anos na

freguesia e consciente das dificuldades económicas que afetam as famílias da nossa

freguesia, pretendemos proporcionar um apoio adicional aos jovens socialmente carenciados

ou economicamente desfavorecidos, no sentido de lhes dar a possibilidade de aceder ou

prosseguir os seus estudos superiores.

Procuramos salvaguardar o estímulo à qualificação superior por parte dos jovens da

freguesia e promover a cidadania ativa no intercâmbio de experiências e competências entre

a nossa Junta de Freguesia e os estudantes bolseiros.

Desta forma, e ao abrigo do poder regulamentar das autarquias locais previsto no artigo

241.º da Constituição da República Portuguesa e nos termos e efeitos previstos na alínea c) e

f) do n.º 2 do artigo 7.º da Lei 75/2013, de 12 de setembro, a Assembleia de Freguesia de

Santa Maria Maior aprova o presente Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo ao

Ensino Superior.

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CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.º

Objeto e âmbito

1. O presente Regulamento estabelece os princípios gerais, as normas e as condições de

acesso à atribuição de bolsas de estudo por parte da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

a estudantes que ingressaram ou frequentem estabelecimentos de ensino superior públicos.

2. O número anterior abrange, designadamente, os estudantes com idade igual ou inferior

a 26 anos, inscritos em ciclos de estudos conducentes aos graus de licenciado ou de mestre

ministrados, nomeadamente em:

a) Universidades;

b) Institutos Politécnicos;

c) Institutos Superiores;

d) Escolas Superiores.

Artigo 2.º

Objetivos

A atribuição de bolsas de estudo por parte da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

visa:

a) Combater as desigualdades sociais no acesso ao ensino e à educação;

b) Apoiar os estudantes que ingressaram ou frequentem o ensino superior com

dificuldades económicas, financeiras e sociais na prossecução do seu aproveitamento

escolar;

c) Suprir as dificuldades económicas, financeiras e sociais das famílias carenciadas

da freguesia;

d) Promover a formação e a qualificação dos residentes, contribuindo para o

desenvolvimento social, económico e cultural da nossa freguesia;

e) Enriquecer os projetos realizados pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

com as competências adquiridas na formação superior dos nossos estudantes bolseiros.

CAPÍTULO II

Definições

Artigo 3.º

Bolsa de Estudo

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1. Para efeitos do presente regulamento, considera-se Bolsa de Estudo a prestação

pecuniária anual para comparticipação nos encargos inerentes à frequência de um curso no

ensino superior durante um ano letivo.

2. A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior atribui por cada ano letivo, no máximo, o

total de dez bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, variando consoante os

montantes atribuídos e as verbas disponíveis em cada orçamento anual da Junta de

Freguesia.

Artigo 4.º

Aproveitamento Escolar

Para efeitos do presente regulamento, considera-se que teve aproveitamento escolar num

ano letivo, o estudante que reuniu as condições fixadas como tal pelo órgão legal e

estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior em que se encontra

matriculado e inscrito, de acordo com as normas em vigor.

Artigo 5.º

Agregado Familiar do Candidato

1. Para efeitos do presente documento considera-se agregado familiar do candidato, o

conjunto de pessoas constituído pelo próprio e por todas aquelas que com ele vivam em

comunhão de mesa, habitação e rendimento:

a) Cônjuge ou pessoa em união de facto, nos termos previstos na legislação

específica;

b) Parentes e afins, em linha reta e em linha colateral, até ao 4.º grau;

c) Adotantes, tutores e pessoas a quem o candidato esteja confiado por decisão

judicial ou administrativa de entidades ou serviços legalmente competentes para o efeito;

d) Adotados e tutelados pelo candidato ou por qualquer dos elementos do agregado

familiar e crianças e jovens confiados, por decisão judicial ou administrativa de entidades ou

serviços legalmente competentes para o efeito, ao candidato ou a qualquer dos elementos do

agregado familiar;

e) Afilhados e padrinhos, nos termos da Lei n.º 103/2009, de 11 de setembro.

2. São considerados como agregados familiares unipessoais os candidatos que,

comprovando não auferir rendimentos:

a) Se encontrem em situação de acolhimento institucional, entregues aos cuidados

de uma instituição particular de solidariedade social ou de outras entidades financiadas pela

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segurança social, e cuja situação social seja confirmada pela instituição de acolhimento em

que se encontra;

b) Estejam internados em centros tutelares educativos ou de detenção.

3. A composição do agregado familiar relevante para efeitos do disposto no presente

documento é aquela que se verifica à data da apresentação do requerimento.

Artigo 6.º

Comissão de Seleção e Renovação

1. Para efeitos do presente regulamento a Comissão de Seleção e Renovação é o grupo de

pessoas constituído para apoiar a Junta de Freguesia no processo de atribuição das bolsas de

estudo ao ensino superior, sendo da sua competência a:

a) Análise dos processos de candidatura;

b) Emissão de pareces e propostas para a atribuição de bolsas de estudo;

2. Competirá ainda à Comissão de Seleção e Renovação a definição dos critérios de

atribuição das bolsas de estudo ao ensino superior, bem como a lista dos candidatos que

beneficiarão deste apoio, que apresentará ao executivo da Junta de Freguesia para

publicação em edital.

3. A Comissão de Seleção e Renovação criada para este propósito será composta por um

representante de cada uma das forças políticas existentes na Assembleia de Freguesia de

Santa Maria Maior, e que representam a vontade expressa da população da freguesia para os

destinos da nossa freguesia, designadamente um pela Coligação “A Mudança”, um pelo

PPD/PSD-Madeira, um pelo CDS/PP Madeira e um pela CDU, aplicando-se aos seus membros

as regras de incompatibilidades e impedimentos fixados nos artigos 44.º a 50.º do Código do

Procedimento Administrativo.

CAPÍTULO III

Bolsa de Estudo

Artigo 7.º

Montante, Periodicidade e Pagamento

1. O valor global unitário de cada bolsa de estudo é definido pela Junta de Freguesia,

sendo que este montante nunca poderá ultrapassar o valor mensal de 100 euros.

2. O número de bolsas atribuídas anualmente varia consoante o Orçamento Anual da

Junta de Freguesia disponível definido pela Junta de Freguesia.

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3. Cada bolsa de estudo terá a duração a duração equivalente ao ano letivo do candidato, e

pagas em prestações mensais de igual valor.

4. O pagamento da prestação mensal inicia-se quinze dias úteis após a atribuição da bolsa

de estudo.

5. O pagamento será sempre realizado por transferência bancária para a conta indicada

no requerimento inicial até ao dia 30 do mês a que se refere, a não ser que se verifiquem

atrasos justificados pela Junta de Freguesia no processo de atribuição das bolsas de estudo.

Artigo 8.º

Requisitos de Elegibilidade

1. Os requisitos obrigatórios para admitir a condição de candidato à bolsa de estudo são

os seguintes:

a) O requerente terá de residir na freguesia de Santa Maria Maior,

comprovadamente, há pelo menos mais de um ano de forma ininterrupta;

b) Esteja matriculado numa instituição de ensino superior pública e inscrito num

curso;

c) Com a exceção da primeira candidatura, para a renovação da bolsa de estudo, o

candidato terá de fazer prova de transição para o ano subsequente, expressamente

comprovado em declaração oficial do respetivo estabelecimento de ensino;

d) Excetuando os casos de doença devidamente comprovados, os candidatos terão

de completar os estudos no número de anos correspondentes ao curso, podendo ser

atribuído, em situações justificadas, mais um ano;

e) Não possuir habilitação ou curso equivalente àquele que pretende ingressar e

para o qual é requerente à bolsa de estudo;

f) Não alterar de curso do ensino superior para o qual requer ou para o qual foi

atribuída a bolsa de estudo.

g) Apresente uma capitação média do agregado familiar em que está integrado,

calculada nos termos do artigo 20.º e definida de acordo com os critérios do artigo 26º.

Artigo 9.º

Renovação

1. As bolsas de estudo concedidas nos termos do presente Regulamento serão reavaliadas

anualmente, até à conclusão dos respetivos cursos pelos bolseiros, pela Comissão de Seleção

e Renovação.

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2. O pedido de renovação da bolsa de estudo deverá ser formulado em impresso próprio,

fornecido pela Junta de Freguesia, devendo este ser entregue até 30 de Setembro de cada ano

letivo, em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 21º.

3. Se o bolseiro tiver exames a fazer na 2.ª época ou na época especial, poderá apresentar

o certificado de aproveitamento escolar no prazo de sete dias úteis após a obtenção dos

resultados finais das respetivas provas, ficando entretanto a decisão final sobre o seu

processo pendente.

Artigo 10.º

Cessação

1. Constituem causas de cessação imediata da bolsa de estudo:

a) A prestação pelo bolseiro ou encarregado de educação, por omissão e/ou

inexatidão, de falsas declarações prestadas à Junta de Freguesia;

b) Alteração favorável da situação económica do candidato ou do seu agregado

familiar;

c) Mudança de residência para outra freguesia;

d) O não aproveitamento escolar;

e) Incumprimento dos deveres dos bolseiros previstos no número 2 do artigo 14.º

do presente Regulamento.

2. Ao verificar-se o previsto no número 1 deste artigo, a Junta de Freguesia reserva-se no

direito de exigir do bolseiro ou do seu encarregado de educação, a restituição integral das

importâncias pagas desde o início da atribuição da bolsa de estudo pela Junta de Freguesia.

3. O impedimento por doença comprovada ou outras circunstâncias evidentes e inerentes

ao bolseiro, poderão contrariar e/ou atenuar o disposto nos números anteriores deste artigo,

desde que devidamente expostas por escrito e documentadas.

CAPÍTULO IV

Cálculo da Capitação Média do Agregado Familiar

Artigo 11.º

Rendimentos a considerar

1. O rendimento do agregado familiar é o valor resultante da soma dos seguintes valores

auferidos pelo candidato e pelos demais elementos do agregado familiar:

a) Rendimentos de trabalho dependente;

b) Rendimentos empresariais e profissionais;

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c) Rendimentos de capitais;

d) Rendimentos provenientes do estrangeiro;

e) Pensões;

f) Prestações sociais (RSI e subsídio de desemprego);

g) Apoios à habitação com caráter de regularidade;

h) Eventual liquidação do IRS e outros proveitos não previstos no presente

documento.

2. Os rendimentos referidos no presente artigo reportam-se ao ano civil anterior ao do

início do ano letivo a que se refere a candidatura, desde que os meios de prova se encontrem

disponíveis, e, quando tal se não verifique, reportam-se ao ano civil imediatamente anterior

àquele.

Artigo 12.º

Rendimentos do trabalho dependente

Consideram-se rendimentos de trabalho dependente os rendimentos anuais ilíquidos

como tal considerados nos termos do disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento

das Pessoas Singulares (CIRS).

Artigo 13.º

Rendimentos empresariais e profissionais

Consideram-se rendimentos empresariais e profissionais os definidos no artigo 3.º do

CIRS, apurados de acordo com o previsto no n.º 1 do artigo 28.º do mesmo Código.

Artigo 14.º

Rendimentos de capitais

Consideram-se rendimentos de capitais os rendimentos definidos no artigo 5.º do CIRS,

designadamente os juros de depósitos bancários, dividendos de ações ou rendimentos de

outros ativos financeiros.

Artigo 15.º

Pensões

1. Consideram-se rendimentos de pensões o valor anual das pensões do candidato ou dos

elementos do seu agregado familiar, designadamente:

a) Pensões de velhice, de invalidez, de sobrevivência, de aposentação, de reforma ou

outras de idêntica natureza;

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b) Rendas temporárias ou vitalícias;

c) Prestações a cargo de companhias de seguros ou de fundos de pensões;

d) Pensões de alimentos.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, são equiparados a pensões de alimentos

os apoios no âmbito do Fundo de Garantia de Alimentos Devidos a Menores e outros de

natureza análoga.

Artigo 16.º

Prestações Sociais

Consideram-se prestações sociais, todas as prestações, subsídios ou apoios sociais

atribuídos de forma continuada, com exceção das prestações por encargos familiares,

encargos no domínio da deficiência, encargos no domínio da dependência do subsistema de

proteção familiar e bolsas de estudo no âmbito da ação social do ensino superior.

Artigo 17.º

Apoios à habitação com caráter de regularidade

1. Consideram-se apoios à habitação os subsídios de residência, os subsídios de renda de

casa e todos os apoios públicos no âmbito da habitação social, com caráter de regularidade,

incluindo os relativos à renda social e à renda apoiada.

2. Considera-se que o valor de apoio público no âmbito da habitação social corresponde

ao valor máximo em vigor para o subsídio de renda, conforme estabelecido pelo artigo 11º

do Decreto-Lei 158/2006, de 8 de Agosto alterado pelo Decreto-Lei n.º 266-C/2012, de 31 de

dezembro, correspondente a uma RMMG (retribuição mínima mensal garantida).

3. O valor referido no número anterior é atualizado anualmente nos termos da

atualização do indexante dos apoios sociais.

Artigo 18.º

Casos especiais de determinação do rendimento

1. Quando o agregado familiar não apresenta rendimentos ou as suas fontes de

rendimento não sejam percetíveis, a Comissão de Seleção e Renovação pode entrevistar o

candidato ou o encarregado de educação, de modo a apurar a veracidade dos rendimentos

declarados e a situação familiar e social do seu agregado, podendo ser solicitados

documentos complementares, designadamente documentos oficiais que comprovem as

declarações prestadas.

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2. Nas situações a que se refere o número anterior, podem, sob compromisso de honra ou

desde que apresentado o respetivo comprovativo, ser considerados como rendimentos

ajudas provenientes de terceiros, subsídios agrícolas, rendimentos sujeitos a taxas

liberatórias e rendimentos de trabalho não declaradas em sede de IRS.

Artigo 19.º

Despesas a considerar

As despesas do agregado familiar é o valor resultante da soma dos seguintes valores

gastos pelo candidato e pelos demais elementos do agregado familiar:

a) Empréstimo ou renda igual ou inferior a 33% do rendimento;

b) Despesas com a educação;

c) Despesas com a saúde;

d) Valor da renda do alojamento do candidato;

e) Valor da propina anual.

Artigo 20.º

Fórmula de cálculo da capitação média

1. Para efeitos do presente documento, a capitação média do agregado familiar é

calculada com base na seguinte fórmula:

CM = R - D (E/R + E + S + AE + P) - I / N.º de elementos do AF

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2. Em que as siglas significam:

CM - capitação média

R - rendimento ilíquido do agregado familiar

D - despesa

E/R - empréstimo ou renda igual ou inferior a 33% do rendimento

E - despesas com a educação

S - despesas com a saúde

AE - renda paga pelo alojamento do candidato

P - valor da propina anual

I - Imposto (Segurança Social + IRS)

AF - Agregado Familiar

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CAPÍTULO V

Candidatura

Artigo 21.º

Apresentação

1. Tem legitimidade para efetuar a apresentação da candidatura:

a) O estudante, quando maior de idade;

b) O encarregado de educação, quando o estudante é menor de idade.

2. O processo de candidatura terá início após a publicitação do edital pela Junta de

Freguesia, mediante o preenchimento de formulário próprio fornecido pelos serviços da

Junta de Freguesia acompanhado pelos documentos que a Comissão de Seleção e Renovação

nomeadamente:

a) Fotocópia dos documentos de identificação do candidato e de todos os elementos

do agregado familiar;

b) Fotocópia da declaração de IRS e respetiva nota de liquidação, de todos os

elementos do agregado familiar, maiores de 18 anos;

c) Fotocópia de certidões comerciais atualizadas em caso de participação societária;

d) Atestado de residência emitido pela Junta de Freguesia com a composição do

agregado familiar e que comprove a residência do candidato há pelo menos mais de um ano

na freguesia;

e) Fotocópia dos últimos dois recibos de ordenado de todos os elementos do

agregado familiar que aufiram rendimentos ou, na ausência dos mesmos, documento

comprovativo da situação de desemprego, emitido pelo Instituto de Emprego da Madeira;

f) Comprovativo de pensões (pensões de velhice, de invalidez, de sobrevivência, de

aposentação, de reforma ou outras de idêntica natureza) e/ou de prestações sociais

auferidas pelo agregado familiar;

g) Documento comprovativo do pagamento de renda da casa do agregado familiar;

h) Documento comprovativo do pagamento de renda do alojamento do candidato;

i) Documento comprovativo de matrícula ou frequência de curso superior,

comprovado através de declaração emitida pelo estabelecimento de ensino;

j) Documento comprovativo de aproveitamento escolar, comprovado através de

declaração emitida pelo estabelecimento de ensino, em caso de renovação da bolsa de

estudo;

k) Documento comprovativo do valor das propinas;

l) Documento com indicação do NIB do candidato;

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m) Uma fotografia atualizada tipo B.I.;

3. Todas as declarações, atestados e certificados solicitados no âmbito do número

anterior do presente Regulamento devem ser apresentados em formato original aos serviços

da Junta de Freguesia, sendo as cópias anexadas ao processo de candidatura pelos respetivos

serviços.

4. Não são aceites, nos termos do número anterior, nas alíneas i), j) e k), documentos

extraídos da internet sem estarem devidamente carimbados pelo respetivo estabelecimento

de ensino.

Artigo 22.º

Submissão da candidatura

1. A atribuição de bolsa de estudo depende do preenchimento integral obrigatório do

formulário disponibilizado pela Junta de Freguesia para o efeito e da entrega dos

documentos necessários à prova das informações prestadas, solicitados pela Comissão de

Seleção e Renovação, conforme o disposto no artigo 10º

2. A informação e os documentos solicitados destinam-se, nos termos do presente

documento, designadamente a:

a) Verificar a satisfação das condições de elegibilidade;

b) Calcular a capitação média do agregado familiar.

3. O candidato que requeira a renovação da bolsa concedida no ano letivo anterior carece

da apresentação de uma nova candidatura, com exceção dos documentos referidos nas

alíneas b), e), f) g), h) e j) do n.º 2 do artigo anterior.

4. Ao submeter o requerimento o candidato ou o encarregado de educação subscreve uma

declaração sob compromisso de honra sobre a veracidade e integralidade das informações

prestadas e documentos entregues, bem como sobre o conhecimento dos direitos e deveres

do bolseiro, assinada pelo candidato.

5. Os erros ou omissões cometidos nas informações prestadas e documentos entregues

são da exclusiva responsabilidade do candidato ou do encarregado de educação e constituem

causa de cessação imediata da bolsa de estudo atribuída, conforme previsto no artigo 9.º do

Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo ao Ensino Superior da Junta de Freguesia de

Santa Maria Maior.

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Artigo 23.º

Informações complementares e apresentação de documentos

Até à decisão de atribuição ou renovação da bolsa de estudo, podem ser solicitados, pela

Comissão de Seleção e Renovação, aos candidatos informações complementares ou a

apresentação de outros documentos considerados pertinentes para a avaliação do processo

de candidatura.

Artigo 24.º

Divulgação e prazos

1. A Junta de Freguesia publicitará, mediante a afixação de editais e divulgação no sítio

oficial na Internet da Junta de Freguesia, para cada ano letivo:

a) Prazos das candidaturas, a decorrer sempre no mês de Outubro, com a exceção de

algum imprevisto exposto por escrito pela Junta de Freguesia;

b) O número de bolsas atribuídas;

c) O montante individual das bolsas atribuídas.

Artigo 25.º

Seleção de Candidaturas

1. O simples facto do requerente ser admitido ao concurso não lhe confere o direito a uma

bolsa.

2. As bolsas serão atribuídas aos candidatos que a Comissão de Seleção e Renovação

selecionar de entre os admitidos ao concurso.

Artigo 26.º

Critérios para seleção da Bolsa de Estudo

1. Para os efeitos da seleção a que se refere o artigo anterior, consideram-se condições

preferenciais para a seleção para atribuição de bolsa de estudo:

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a) Capitação da média mensal do respetivo agregado familiar (sendo que RMMG é o

valor da retribuição mínima mensal garantida)

Os candidatos com capitação igual ou superior a 1.2 x RMMG serão automaticamente excluídos.

b) Aproveitamento escolar do candidato:

c) Idade do candidato à entrada do curso:

2. A lista provisória graduada será afixada através de edital na sede da Junta de Freguesia.

3. Os candidatos serão notificados da sua posição na lista mediante carta registada.

4. Os candidatos poderão reclamar num prazo de 10 dias úteis a contar do dia da data da

receção da comunicação escrita, submetendo a sua reclamação por escrito à Comissão de

Seleção e Renovação.

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5. Findo o prazo de recurso, a Junta de Freguesia, através de deliberação do Executivo,

aprovará a lista definitiva dos candidatos.

Artigo 27.º

Atribuição

1. Compete à Junta de Freguesia a decisão do montante da prestação mensal, após a

análise e parecer da Comissão de Seleção e Renovação, em reunião ordinária ou

extraordinária convocada para o efeito.

2. Não poderão participar nas análises das candidaturas elementos que sejam familiares

diretos ou que tenham outro qualquer impedimento legal em relação a qualquer candidato à

bolsa de estudo.

3. No caso de haver mais do que um candidato por agregado familiar, a Junta de Freguesia

poderá decidir pela atribuição de uma única bolsa de estudo.

4. Caso a Comissão de Seleção e Renovação entenda como necessário ou pertinente, a

análise das candidaturas poderá ser complementada com entrevista ao candidato, e/ou

validação das informações transmitidas junto das entidades próprias.

Artigo 28.º

Indeferimento da candidatura

É considerada indeferida a candidatura que não preencha algum dos requisitos de

elegibilidade dispostos no artigo 8.º.

Artigo 29.º

Reclamação

1. Os candidatos que se sintam lesados pela decisão da Comissão de Seleção e Renovação

poderão reclamar por escrito à Junta de Freguesia, no prazo de cinco dias úteis a contar da

data de receção da decisão.

2. A Comissão de Seleção e Renovação pronunciar-se-á, relativamente ao ponto anterior,

no prazo máximo de dez dias úteis a contar da data de receção da reclamação.

3. A decisão final da Comissão de Seleção e Renovação não é passível de recurso.

CAPÍTULO VI

Dos Direitos e Dos Deveres

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Artigo 30.º

Bolseiros

1. Constituem direitos dos bolseiros:

a) Receber na íntegra e dentro dos prazos estipulados a bolsa de estudo que lhe foi

atribuída;

b) Ter conhecimento de qualquer alteração ao presente regulamento;

c) Candidatar-se à renovação da bolsa de estudo, segundo o disposto no artigo 8.º do

presente Regulamento.

2. Constituem deveres dos bolseiros:

a) Prestar todos os esclarecimentos e fornecer todos os documentos que forem

solicitados pela Comissão de Seleção e Renovação no âmbito do processo de atribuição de

bolsas de estudo;

b) Participar no prazo de trinta dias quaisquer alterações ocorridas que alterem os

pressupostos que serviram de base à atribuição de bolsa e que possam pôr em causa a

prossecução da mesma nos termos deste Regulamento, salvaguardando o bolseiro do

disposto no artigo 9.º do presente Regulamento;

c) Colaborar com a Junta de Freguesia sempre que seja solicitada a sua participação;

d) Participar no encontro anual de bolseiros da Junta de Freguesia.

Artigo 31.º

Junta de Freguesia

1. Constituem direitos da Junta de Freguesia:

a) Suspender as prestações mensais da bolsa de estudo para análise da bolsa de

estudo, na salvaguarda do disposto no artigo 9.º, mediante documento justificativo por

escrito ao bolseiro;

b) Requerer a colaboração dos bolseiros na Junta de Freguesia, nas suas áreas de

formação, quando considerar ser pertinente e adequado.

2. Constitui dever da Junta de Freguesia, o cumprimento na íntegra do presente

Regulamento.

CAPÍTULO IV

Disposições finais

Artigo 32.º

Disposições finais

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O desconhecimento deste Regulamento não poderá ser invocado para justificar o não

cumprimento dos deveres do candidato e/ou bolseiro.

Artigo 33.º

Dúvidas e Omissões

As dúvidas de interpretação e/ou omissões do presente Regulamento serão resolvidas

mediante deliberação da Comissão de Seleção e Renovação, com possibilidade de recurso

para o executivo da Junta de Freguesia.

Artigo 33.º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor para as candidaturas à atribuição de bolsa de

estudo no ano letivo de 2014/2015 e anos letivos subsequentes, e para as candidaturas de

renovação da bolsa de estudo no ano letivo de 2015/2016 e anos letivos subsequentes.