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REGULAMENTO SAMS/QUADROS I PARTE DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I ÂMBITO E OBJECTIVOS Artigo 1.º Objectivos e Sigla Artigo 2.º Âmbito territorial e Sede Artigo 3.º Obediência ao ACT e aos Estatutos Artigo 4.º Especificação de Benefícios CAPÍTULO II DIREITO À ASSISTÊNCIA Secção I Direito à Assistência Artigo 5.º Beneficiários Artigo 6.º Direito à assistência Artigo 7.º Inscrição de beneficiários Artigo 8.º Prova do direito à assistência Secção II Manutenção do Direito à Assistência Artigo 9.º Beneficiário-titular na situação de requisitado Artigo 10.º Beneficiário-titular na situação de licença sem retribuição Artigo 11.º Manutenção do direito à assistência Artigo 12.º Alteração aos processos de inscrição e revalidação de cartões de beneficiário CAPÍTULO III ÂMBITO E CONDIÇÕES DE ASSISTÊNCIA Secção I Âmbito Artigo 13.º Âmbito de Assistência Artigo 14.º Indemnização de terceiros em caso de acidente Artigo 15.º Modalidades ou Domínios Secção II Condições de Assistência Artigo 16.º Obrigatoriedade de apresentação do cartão de beneficiário

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REGULAMENTO

SAMS/QUADROS I PARTE DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I ÂMBITO E OBJECTIVOS

Artigo 1.º Objectivos e Sigla

Artigo 2.º Âmbito territorial e Sede

Artigo 3.º Obediência ao ACT e aos Estatutos

Artigo 4.º Especificação de Benefícios

CAPÍTULO II DIREITO À ASSISTÊNCIA

Secção I Direito à Assistência

Artigo 5.º Beneficiários

Artigo 6.º Direito à assistência

Artigo 7.º Inscrição de beneficiários

Artigo 8.º Prova do direito à assistência

Secção II Manutenção do Direito à Assistência

Artigo 9.º Beneficiário-titular na situação de requisitado

Artigo 10.º Beneficiário-titular na situação de licença sem retribuição

Artigo 11.º Manutenção do direito à assistência

Artigo 12.º Alteração aos processos de inscrição e revalidação de cartões de beneficiário

CAPÍTULO III ÂMBITO E CONDIÇÕES DE ASSISTÊNCIA

Secção I Âmbito

Artigo 13.º Âmbito de Assistência

Artigo 14.º Indemnização de terceiros em caso de acidente

Artigo 15.º Modalidades ou Domínios

Secção II Condições de Assistência

Artigo 16.º Obrigatoriedade de apresentação do cartão de beneficiário

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Regulamento do SAMS/QUADROS 2

Artigo 17.º Área de assistência

Artigo 18.º Base do valor da comparticipação

Artigo 19.º Prestação de assistência por organismo similar

Artigo 20.º Documentos obrigatórios para efeitos de comparticipação

Artigo 21.º Obrigatoriedade de inscrição

Artigo 22.º Atribuição da comparticipação em nome do beneficiário-titular

Artigo 23.º Condições de apresentação de documentos, requerimentos e termos de

responsabilidade

II PARTE BENEFÍCIOS

CAPÍTULO I ASSISTÊNCIA MÉDICA E PARA-MÉDICA

Artigo 24.º Âmbito da assistência médica

Secção I Consultas

Artigo 25.º Conceito de consulta domiciliária

Artigo 26.º Comparticipação em consultas médicas

Artigo 27.º Consultas de estomatologia

Secção II Meios Auxiliares de Diagnóstico

Artigo 28.º Marcação e utilização de serviços de diagnóstico

Artigo 29.º Comparticipação em exames de diagnóstico

Artigo 30.º Comparticipação em exames de diagnóstico em internamentos

Artigo 31.º Dispensa de apresentação de prescrição médica

Artigo 32.º Comparticipação em exames de diagnóstico de grande especialização

Secção III Assistência Medicamentosa

Artigo 33.º Âmbito da comparticipação em medicamentos

Artigo 34.º Produtos não comparticipáveis

Artigo 35.º Valor de comparticipação

Artigo 36.º Condições para atribuição de comparticipação

Artigo 37.º Modalidades de comparticipação em medicamentos

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Regulamento do SAMS/QUADROS 3

Artigo 38.º Comparticipação em medicamentos de "uso permanente"

Artigo 39.º Comparticipação directa em despesas com medicamentos ou produtos

medicamentosos

Artigo 40.º Situações de não obrigatoriedade de comparticipação

Secção IV Intervenções Cirúrgicas

Artigo 41.º Intervenções cirúrgicas

Artigo 42.º Comparticipação em intervenções cirúrgicas

Secção V Assistência Hospitalar

Artigo 43.º Comparticipação em serviços prestados nos estabelecimentos hospitalares

Artigo 44.º Comparticipação em despesas em estabelecimentos hospitalares oficiais

Artigo 45.º Comparticipação de diárias nos internamentos em hospitais particulares

Artigo 46.º Comparticipação na diária do acompanhante em hospitais particulares

Artigo 47.º Comparticipação em serviços prestados por estabelecimentos hospitalares

particulares

Artigo 48.º Liquidação de despesas em estabelecimentos hospitalares particulares

Artigo 49.º Comparticipação por serviços em estabelecimentos hospitalares especializados

Artigo 50.º Comparticipação de diárias no internamento em estabelecimentos hospitalares

especializados

Artigo 51.º Condições de atribuição de comparticipação em estabelecimentos hospitalares

especializados

Artigo 52.º Comparticipação em outras despesas em estabelecimentos hospitalares

especializados

Secção VI Estomatologia, Ortodôncia e Próteses Dentárias

Artigo 53.º Estomatologia e ortodôncia

Artigo 54.º Comparticipação em próteses dentárias

Artigo 55.º Comparticipação em ortodôncia

Secção VII Psiquiatria e Psicologia

Artigo 56.º Consultas de psicologia

Artigo 57.º Comparticipação em exames psicológicos

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Regulamento do SAMS/QUADROS 4

Artigo 58.º Comparticipação em tratamentos de psiquiatria ou psicologia

Artigo 59.º Condições para atribuição de comparticipação

Secção VIII Medicina Física e Reabilitação

Artigo 60.º Tratamentos de fisiatria

Artigo 61.º Comparticipação

Artigo 62.º Condições para atribuição da comparticipação

Secção IX Enfermagem

Artigo 63.º Comparticipação em serviços de enfermagem

Artigo 64.º Comparticipação na aplicação de injectáveis

Artigo 65.º Comparticipação em serviços de enfermagem domiciliária

Artigo 66.º Comparticipação em tratamentos de enfermagem permanente

Secção X Material Ortopédico e Próteses

Artigo 67.º Comparticipação em material ortopédico

Artigo 68.º Condições para a atribuição da comparticipação

Artigo 69.º Limites e condições de comparticipação em outro material

Artigo 70.º Comparticipação em despesas de aluguer de material ortopédico

Artigo 71.º Comparticipação em despesas de reparação ou manutenção de material ortopédico

Artigo 72.º Comparticipação em despesas de aquisição de próteses oculares

Artigo 73.º Quantidade de próteses oculares susceptíveis de comparticipação

Artigo 74.º Condições para atribuição de comparticipação de próteses oculares

Artigo 75.º Comparticipação em despesas com próteses oculares prescritas por

optometristas

Artigo 76.º Comparticipação em outras próteses

Artigo 77.º Comparticipação em despesas de reparação ou manutenção de próteses

ortopédicas ou auditivas

Secção XI Tratamentos de Diálise

Artigo 78.º Comparticipação em tratamentos de diálise

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Regulamento do SAMS/QUADROS 5

Artigo 79.º Condições para atribuição de comparticipação

Secção XII Termalismo

Artigo 80.º Comparticipação em consultas e tratamentos termais

Secção XIII Outros Serviços

Artigo 81.º Comparticipação em transfusões de sangue

Artigo 82.º Comparticipação na aplicação de oxigénio e soro

Artigo 83.º Comparticipação em tratamentos de acupunctura e osteopatia

Artigo 84.º Doenças crónicas

CAPÍTULO II - ASSISTÊNCIA MATERNO-INFANTIL

Artigo 85.º Condições para habilitação aos benefícios da assistência materno-infantil

Artigo 86.º Comparticipação em actos clínicos

Artigo 87.º Apresentação de declaração para a habilitação aos benefícios

Artigo 88.º Início do direito aos benefícios

Artigo 88A.º Subsídio infantil

CAPÍTULO III ASSISTÊNCIA NO ESTRANGEIRO

Artigo 89.º Condições de atribuição de comparticipação em assistência clínica

Artigo 90.º Organização de processo individual

Artigo 91.º Documentação a apresentar após a deslocação

Artigo 92.º Determinação da comparticipação a atribuir nas despesas efectuadas

CAPÍTULO IV ASSISTÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUBSÍDIO DE INVALIDEZ

Artigo 93.º Condições para atribuição de comparticipação

Artigo 94.º Habilitação a comparticipação na Caixa de Abono

Artigo 95.º Comparticipação a atribuir

Artigo 96.º Organização de processo individual

Artigo 97.º Período abrangido para efeitos de comparticipação

Artigo 97A.º Subsídio de invalidez

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Regulamento do SAMS/QUADROS 6

CAPÍTULO V ASSISTÊNCIA NA TERCEIRA IDADE

Artigo 98.º Condições para atribuição de comparticipação em despesas com o internamento

em lar de idosos ou casa de repouso

Artigo 99.º Comparticipação a atribuir

Artigo 100.º Organização de processo individual

Artigo 101.º Período abrangido para efeitos de comparticipação

CAPÍTULO VIII DESLOCAÇÕES

Artigo 102.º Comparticipação em despesas de deslocação

Artigo 103.º Comparticipação em despesas de deslocação para tratamento de diálise

Secção I Transporte em Ambulância,Táxi ou Viatura Própria

Artigo 104.º Comparticipação por despesas de transporte em ambulância

Artigo 105.º Condições para atribuição de comparticipação por transporte em ambulância

Artigo 106.º Comparticipação em despesas de transporte por táxi ou viatura particular

Secção II Transporte Público Colectivo

Artigo 107.º Comparticipação em despesas por deslocação em transporte público colectivo

Artigo 108.º Condições para atribuição de comparticipação

Artigo 109.º Comprovação da inexistência ou inviabilidade de acesso a meios loco-regionais

Artigo 110.º Local de assistência

Artigo 111.º Prazo para apresentação de relatório

Artigo 112.º Comparticipação em despesas de transporte do acompanhante

Artigo 113.º Condições para atribuição de comparticipação em transporte

Artigo 114.º Valor da comparticipação

Artigo 115.º Valor da comparticipação a atribuir em deslocações ao estrangeiro

III PARTE GESTÃO DO SAMS/QUADROS

CAPÍTULO I ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Artigo 116.º Gestão do SAMS/QUADROS

Artigo 117.º Competências do Conselho Directivo

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Regulamento do SAMS/QUADROS 7

Artigo 118.º Presidência do Conselho Directivo

Artigo 119.º Reuniões do Conselho Directivo

Artigo 120.º Fiscalização

CAPÍTULO II GESTÃO FINANCEIRA

Secção I Contribuições

Artigo 121.º Contribuições obrigatórias

Secção II Contabilidade

Artigo 122.º Contabilidade

CAPÍTULO III PENALIDADES

Artigo 123.º Responsabilidade civil e criminal

Artigo 124.º Procedimento disciplinar

IV PARTE DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 125.º Regulamentação interna

Artigo 126.º Criação das tabelas iniciais

Artigo 127.º Actualização de valores e/ou alteração das tabelas

Artigo 128.º Alterações ao Regulamento

Artigo 129.º Casos omissos

Artigo 130.º Aprovação e vigência deste Regulamento

Artigo 131.º Aprovação e vigência das tabelas/limites de incidência

1ª Edição - 1992 2ª Edição - 1994 3ª Edição - 1996 4ª Edição - 1996 5ª Edição - 2002 6ª Edição - 2004 7ª Edição - 2005 8ª Edição - 2007 9ª Edição - 2009 10ª Edição - 2010

11ª Edição - 2011

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Regulamento do SAMS/QUADROS 8

I PARTE DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I ÂMBITO E OBJECTIVOS

Artigo 1.º Objectivos e Sigla

1. O Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários tem como objectivo a protecção e assistência dos seus beneficiários na doença, na maternidade e em situações de

carácter social relacionadas com aquelas.

2. Como elemento identificador do Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato Nacional dos Quadros e

Técnicos Bancários será usada a sigla: SAMS/QUADROS.

Artigo 2.º Âmbito territorial e Sede

1. O SAMS/QUADROS abrange todo o território nacional.

2. A sede do SAMS/QUADROS será em Lisboa, na sede do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários ou em local designado por este.

Artigo 3.º Obediência ao ACT e aos Estatutos

Os objectivos prosseguidos pelo SAMS/QUADROS obedecerão sempre de acordo com o disposto no Acordo Colectivo de Trabalho do sector Bancário, doravante ACT, nos estatutos do Sindicato Nacional dos Quadros e

Técnicos Bancários e neste Regulamento.

Artigo 4.º Especificação de Benefícios

A especificação dos benefícios e as acções a desenvolver no âmbito e objectivos do SAMS/QUADROS poderão

ser concretizadas através de regulamentação interna que não contrarie o estabelecido no artigo anterior.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 9

CAPÍTULO II DIREITO À ASSISTÊNCIA

Secção I Direito à Assistência

Artigo 5.º Beneficiários

1. São beneficiários do SAMS/QUADROS todos os que usufruam desse direito, nos termos do disposto no ACT do Sector Bancário, nos estatutos do SNQTB e no presente Regulamento.

2. Aquele que confere o direito à assistência, relativamente ao respectivo agregado familiar, é considerado o beneficiário-titular.

Artigo 6.º Direito à assistência

1. Têm direito à assistência através do SAMS/QUADROS como beneficiário-titular:

a) os trabalhadores bancários, no activo ou na situação de reforma prevista nos termos do ACT;

b) o cônjuge sobrevivo (enquanto se mantiver no estado de viuvez) e os filhos dos beneficiários

referidos na alínea a) do presente número e nos termos definidos no ACT do Sector Bancário.

2. Têm, também, direito à assistência através do SAMS/QUADROS os elementos do agregado familiar dos

beneficiários indicados no número anterior, a seguir considerados:

a) cônjuge;

b) companheiro(a) que coabite em união de facto e nos termos previstos na lei, com o

beneficiário-titular, desde que em relação a este não subsista qualquer situação jurídica de índole matrimonial com outra pessoa;

c) descendentes ou equiparados e adoptados, que vivam em comunhão de mesa e habitação, integrando o agregado familiar, nomeadamente para efeitos de tributação dos rendimentos de

trabalho ou que, nos termos da lei, confiram direito a abono de família, quer através do beneficiário-titular, quer através do respectivo cônjuge ou do companheiro ou companheira;

d) descendentes ou equiparados e adoptados até perfazerem 25 anos de idade, desde que se encontrem em situação de desemprego ou em expectativa de primeiro emprego e não possuam

rendimentos próprios;

e) descendentes ou equiparados e adoptados com incapacidade total e permanente para o

trabalho, a comprovar por médico designado pelo SAMS/QUADROS, e sem rendimentos próprios;

f) maiores de 18 anos e menores de 25 anos que se encontrem a cargo exclusivo do beneficiário-titular e sem rendimentos próprios, desde que não possam inscrever-se como beneficiários de

qualquer instituição de previdência ou assistência; e

g) ascendentes exclusivamente a cargo do beneficiário-titular, quando com este vivam em

comunhão de mesa e habitação e o mesmo seja seu filho único, desde que a soma dos seus proventos, excluído o eventual subsídio de grande invalidez, não supere o valor do salário

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Regulamento do SAMS/QUADROS 10

mínimo nacional ou, em caso de casal, o dobro do valor do mesmo, e satisfaçam um dos seguintes requisitos:

- se encontrem na situação de reforma, ou

- sejam declarados em situação clínica de invalidez, comprovada por médico do SAMS/QUADROS, ou tenham atingido a idade de invalidez presumível fixada no ACT do

Sector Bancário.

h) descendentes ou equiparados e adoptados maiores de 25 anos de idade e menores de 31 anos,

desde que se encontrem em situação de desemprego ou em expectativa de primeiro emprego e não possuam rendimentos próprios. A emissão do cartão será sempre condicionada à

apresentação de um requerimento justificativo e ao pagamento de uma taxa a fixar pelo

SAMS/QUADROS.

Artigo 7.º Inscrição de beneficiários

1. O direito à assistência através do SAMS/QUADROS só se adquire após a inscrição, em impresso próprio, e

mediante a apresentação dos documentos exigidos no art.º seguinte.

2. A todo o beneficiário inscrito será atribuído um cartão de beneficiário.

3. O cartão de beneficiário será fornecido, gratuitamente, pelo SAMS/QUADROS.

A emissão de uma segunda via será sempre condicionada à apresentação de um requerimento justificativo e ao

pagamento de uma taxa a fixar pelo SAMS/QUADROS.

Artigo 8.º Prova do direito à assistência

1. A prova do direito à assistência do SAMS/QUADROS, para efeitos de primeira inscrição, processar-se-á da

seguinte forma para:

a) os beneficiários-titulares, enunciados no n.º 1 do art.º 6.º deste Regulamento, por meio

adequado que comprove a condição de beneficiário-titular;

b) os cônjuges referidos na alínea a) do n.º 2 do art.º 6.º deste Regulamento, por documento

oficial comprovativo do casamento;

c) os companheiros(as) referidos na alínea b) do n.º 2 do artº. 6.º deste Regulamento, por:

- exposição do beneficiário-titular,

- certidão de nascimento do beneficiário-titular,

- documento oficial de identificação do companheiro ou companheira e

- documento oficial comprovativo da existência de domicilio fiscal comum há mais de dois

anos;

d) os descendentes ou equiparados e adoptados, referidos na alínea c) do n.º 2 do art.º 6.º deste Regulamento, por:

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Regulamento do SAMS/QUADROS 11

- documento oficial de identificação e documento para efeitos de tributação dos rendimentos de trabalho onde conste o número de dependentes, ou;

- documento oficial de identificação e declaração da entidade que processa o abono de família;

e) os descendentes ou equiparados e adoptados ou outros, referidos na alínea d), f) e h) do n.º 2

do art.º 6.º deste Regulamento, por documento oficial de identificação, acompanhado de

exposição do beneficiário-titular com os adequados e necessários elementos que clarifiquem suficientemente a situação;

f) os descendentes ou equiparados e adoptados, referidos na alínea e) do n.º 2 do art.º 6.º deste

Regulamento, por:

- documento oficial de identificação, acompanhado de exposição do beneficiário-titular com

todos os dados susceptíveis de clarificar a situação e

- relatório do médico da especialidade, comprovando a natureza e o grau de incapacidade;

g) os ascendentes referidos na alínea g) do n.º 2 do art.º 6.º deste Regulamento, por:

- exposição do beneficiário-titular com os dados suficientes para comprovar que o ascendente se encontra a seu cargo, acompanhada de cópia da sua última declaração de rendimentos

(IRS) na qual o ascendente consta como fazendo parte do seu agregado familiar,

- documento oficial de identificação,

- documento comprovativo do provento recebido ou da pensão auferida e do respectivo valor

em como se encontram na situação de reforma ou de pensionista de sobrevivência, e

- documento oficial comprovativo da existência de domicílio fiscal comum há mais de dois

anos.

2. Quando o candidato a beneficiário for um adoptado é exigível o documento jurídico da adopção.

3. Os documentos oficiais referidos neste artigo podem ser substituídos por fotocópias.

4. Para efeitos do previsto no art.º 6.º deste Regulamento, consideram-se sem rendimentos próprios todas

as situações em que os proventos auferidos não sejam superiores ao valor do salário mínimo nacional.

5. O SAMS/QUADROS reserva-se o direito de solicitar outros documentos e os exemplares autênticos dos

referidos no n.º 3 deste artigo.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 12

Secção II Manutenção do Direito à Assistência

Artigo 9.º Beneficiário-titular na situação de requisitado

1. Quando o beneficiário-titular se encontre, transitoriamente, no exercício de funções em órgãos do Estado ou da Administração Pública, Governos e Assembleias Regionais, órgãos da Administração Regional e

Local ou de Administração de Empresas do Sector Público e, ainda, quando tiver sido requisitado ou nomeado transitoriamente para outras funções nos termos da lei, ser-lhe-á mantida a qualidade de

beneficiário do SAMS/QUADROS e bem assim aos elementos do respectivo agregado familiar, desde que

se cumpra o disposto no número seguinte.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, são exigíveis as contribuições contratualmente estabelecidas sobre a remuneração que o beneficiário auferiria se se encontrasse no exercício da sua actividade normal

de bancário, incluindo, nos meses em que normalmente seriam recebidos, os subsídios de Natal, de férias

(ou 14.º mês).

Artigo 10.º Beneficiário-titular na situação de licença sem retribuição

1. Quando o beneficiário-titular se encontre na situação de licença sem retribuição, poder-lhe-á ser mantida,

transitoriamente, a qualidade de beneficiário e bem assim aos elementos do seu agregado familiar, nas seguintes condições cumulativas:

a) tenha, pelo menos, um ano de inscrição no SAMS/QUADROS;

b) requeira, expressamente, a manutenção do direito à assistência e a sua pretensão mereça deferimento pelo Conselho Directivo do SAMS/QUADROS;

c) mantenha a entrada das contribuições para o SAMS/QUADROS, no valor correspondente à soma das percentagens contratualmente estabelecidos (entidade patronal + trabalhador) sobre as

remunerações que auferiria se se encontrasse no exercício da sua actividade bancária, incluindo, nos meses em que normalmente seriam recebidos, os subsídios de Natal e de férias.

2. A manutenção do direito à assistência ao abrigo do número anterior é reconhecida por períodos não superiores a um ano, ainda que susceptível de prorrogação.

Artigo 11.º Manutenção do direito à assistência

1. É mantido o direito à assistência ao beneficiário-titular e respectivo agregado familiar, com dispensa do pagamento de contribuições, desde que aquele se encontre em situação de desemprego involuntário, até

à resolução do litígio em última instância.

2. Caso o beneficiário logre êxito na resolução judicial do litígio deverá proceder ao pagamento das

contribuições que lhe cabem, correspondentes ao período de manutenção do direito à assistência, considerando as retribuições que auferiria se estivesse ao serviço.

3. Em situação de suspensão de trabalho, desde que não seja exercida outra actividade profissional remunerada e seja mantido o vínculo com a entidade patronal, será mantido o direito à assistência ao

beneficiário-titular e respectivo agregado familiar, mediante o pagamento de contribuições da entidade empregadora e trabalhador.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 13

4. Por morte do beneficiário-titular, é mantido o direito à assistência aos elementos do respectivo agregado

familiar, ainda que nascituros, enquanto se integrarem nas situações referidas neste Regulamento para o reconhecimento do direito à assistência, nomeadamente a entrada de contribuições.

Artigo 12.º Alteração aos processos de inscrição e revalidação de cartões de beneficiário

1. É obrigatória a comunicação, no prazo de 30 dias, de todas as alterações aos processos de inscrição ou de habilitação de benefícios.

2. Para a manutenção do direito à assistência e consequente revalidação de cartões de beneficiário, é obrigatória a apresentação dos documentos que forem solicitados.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 14

CAPÍTULO III ÂMBITO E CONDIÇÕES DE ASSISTÊNCIA

Secção I Âmbito

Artigo 13.º Âmbito de Assistência

A acção do SAMS/QUADROS, relativamente aos respectivos beneficiários, exerce-se:

1. Através de comparticipações por despesas efectuadas nos domínios e nos termos previstos no presente

Regulamento.

2. Outras prestações de serviços que lhe venham a ser cometidas no âmbito deste Regulamento.

Artigo 14.º Indemnização de terceiros em caso de acidente

1. Em caso de acidente pelo qual possa ser devida indemnização por terceiros, o beneficiário mantém o direito à assistência e consequente comparticipação sobre as despesas clínico-hospitalares, devendo

informar o SAMS/QUADROS, concreta e obrigatoriamente, sobre o motivo e eventuais implicações da necessidade de assistência, designadamente se intentou procedimento judicial para apuramento da

responsabilidade de terceiro e, em caso afirmativo, em que Tribunal corre termos.

2. A comparticipação a atribuir pelo SAMS/QUADROS, nos termos do número anterior, incidirá sobre a parte

não coberta pela responsabilidade do terceiro.

3. Para efeitos do cálculo da comparticipação a que se reporta o número anterior, a parte coberta pela

responsabilidade do terceiro será proporcionalmente deduzida ao custo da assistência em cada modalidade.

4. Enquanto não estiver definida a extensão da responsabilidade de terceiros, a eventual atribuição de

comparticipações terá carácter provisório, podendo ser ratificados ou anulados os valores suportados pelo

SAMS/QUADROS.

Artigo 15.º Modalidades ou Domínios

São as seguintes as modalidades ou domínios sobre que incide, nomeadamente, a acção do SAMS/QUADROS:

1. Assistência Médica e Para-Médica:

a) consultas;

b) meios auxiliares de diagnóstico;

c) assistência medicamentosa;

d) intervenções cirúrgicas;

e) assistência hospitalar;

f) estomatologia e ortodôncia;

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Regulamento do SAMS/QUADROS 15

g) psiquiatria e psicologia;

h) medicina física e de reabilitação;

i) enfermagem;

j) material ortopédico e próteses;

k) tratamentos de diálise; e

l) termalismo.

2. Não se consideram para o efeito do disposto no número anterior os actos do foro estético, tratamentos de

rejuvenescimento e regularização de peso, excepto se clinicamente justificados e previamente autorizados pelo Conselho Directivo do SAMS/QUADROS. Todos os actos directamente ou indirectamente relacionados

com interrupção voluntária de gravidez não são comparticipados em toda a sua vertente pelo

SAMS/QUADROS.

3. Assistência materno-infantil.

4. Assistência no estrangeiro.

5. Assistência na educação especial.

6. Assistência na terceira idade.

7. Deslocações:

a) transporte em ambulância; e

b) transporte público colectivo.

Secção II Condições de Assistência

Artigo 16.º Obrigatoriedade de apresentação do cartão de beneficiário

É obrigatória a apresentação do cartão de beneficiário sempre que seja usufruída a assistência do

SAMS/QUADROS.

Artigo 17.º Área de assistência

Os beneficiários têm direito à assistência do SAMS/QUADROS nos termos estabelecidos neste Regulamento, em

qualquer parte do território nacional (Continente, Açores e Madeira) e no estrangeiro.

Artigo 18.º Base do valor da comparticipação

1. A base de comparticipação será genericamente de 80% sobre as despesas efectuadas pelos beneficiários,

não podendo exceder o valor de 80% sobre as tabelas ou limites de incidência estabelecidas.

2. Excepções ao disposto no número anterior serão especificadas no presente Regulamento ou em normas

posteriores.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 16

Artigo 19.º Prestação de assistência por organismo similar

1. Todos os beneficiários do SAMS/QUADROS inscritos noutro sistema de assistência na doença deverão em

primeiro lugar e obrigatoriamente utilizar esse sistema de saúde.

2. Recebida a comparticipação daquele sistema de saúde a que pertencem poderão apresentar os seus pedidos de complementaridade ao SAMS/QUADROS nos termos do número 5 do presente artigo.

3. Nos domínios a seguir indicados, será atribuída comparticipação pelo SAMS/QUADROS quando o beneficiário-titular tenha usufruído de prestação assistencial por parte de outro sistema:

a) nas modalidades ou domínios referidos no artigo 15º; e

b) outros domínios a fixar pelo SAMS/QUADROS.

4. A comparticipação complementar a atribuir será calculada sobre o valor não comparticipado pelo outro

sistema e tem como limite a tabela do SAMS/QUADROS, não podendo em qualquer caso ultrapassar o custo do acto médico.

5. Para ter direito, no SAMS/QUADROS, a uma comparticipação complementar à atribuída por outro sistema,

nos domínios e condições referidas nos números 2 e 3 do presente artº. o beneficiário deverá apresentar

fotocópia autenticada dos documentos de despesa, bem como declaração original comprovativa da comparticipação já atribuída, emitida pelo sistema que a tenha concedido ou pela entidade prestadora dos

serviços, nos casos em que a comparticipação tenha sido deduzida de imediato.

Artigo 20.º Documentos obrigatórios para efeitos de comparticipação

1. Os documentos justificativos das despesas, para efeitos de comparticipação, deverão obrigatoriamente:

a) ser originais;

b) ter sido emitidos com obediência à legislação em vigor;

c) conter os dados identificativos do beneficiário e a sigla SAMS/QUADROS;

d) indicar a especificação dos serviços prestados e o montante das despesas efectuadas;

e) indicar a data da prestação dos serviços, sempre que não haja coincidência entre a mesma e a

data da emissão do recibo;

f) terem sido totalmente preenchidos pela entidade prestadora dos serviços; e

g) não conter rasuras que não tenham sido inequivocamente ressalvadas.

2. Todos os documentos susceptíveis de comparticipação deverão dar entrada no SAMS/QUADROS ou em entidade por ele designada dentro de um prazo imperativo de 180 dias após a data da respectiva emissão

ou, no caso de, por qualquer motivo, terem sido objecto de devolução pelo SAMS/QUADROS, no prazo de

30 dias após a data de devolução.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 17

3. Não será concedida qualquer comparticipação mediante segundas vias dos documentos, salvo quando tal situação resulte de um facto do qual inequivocamente não caiba qualquer responsabilidade do

beneficiário, caso esse em que tais documentos de despesa terão que ser acompanhados de requerimento, e sujeitos a análise dos fundamentos invocados e a despacho do Conselho Directivo do

SAMS/QUADROS.

4. O SAMS/QUADROS reserva-se o direito de condicionar a apreciação de qualquer pedido de

comparticipação a uma prévia observação médica do beneficiário, sempre que a situação seja duvidosa.

Artigo 21.º Obrigatoriedade de inscrição

1. Sem prejuízo das excepções previstas no presente Regulamento, os benefícios do SAMS/QUADROS serão

devidos relativamente às despesas correspondentes à assistência prestada após a efectiva inscrição do

beneficiário.

2. Será garantida retroactividade na atribuição de comparticipações a partir da data em que sejam efectuadas as contribuições contratuais para o SAMS/QUADROS, no caso de documentos referentes ao

beneficiário-titular, respectivo cônjuge e descendentes, sem prejuízo do prazo estabelecido no número 2

do artº. 20.º.

Artigo 22.º Atribuição da comparticipação em nome do beneficiário-titular e respectivo pagamento

1. Todas as comparticipações são atribuídas e pagas ao beneficiário-titular.

2. Todavia, em caso de dissolução do casamento, e havendo descendentes menores ou com direito à

assistência, o pagamento das comparticipações é efectuado ao cônjuge a que foi atribuído o poder paternal.

3. No caso anterior e excepcionalmente o pagamento poderá ainda ser efectuado ao cônjuge que provar ter efectuado a despesa com os descendentes abrangidos.

Artigo 23.º Condições de apresentação de documentos, requerimentos e termos de responsabilidade

1. A documentação exigível à habilitação aos benefícios concedidos pelo SAMS/QUADROS deverá ser apresentada pelo beneficiário-titular ou, em caso de impossibilidade, por quem para o efeito for

reconhecido pelo Conselho Directivo do SAMS/QUADROS.

2. Quando o beneficiário-titular estiver impossibilitado de subscrever quaisquer documentos para o

SAMS/QUADROS, poderão subscrevê-los, em sua substituição e pela ordem que se indica: o cônjuge, o companheiro ou companheira, os descendentes maiores de idade ou os ascendentes com direito à

assistência através do SAMS/QUADROS.

3. O pedido de termos de responsabilidade deverá ser acompanhado da apresentação de documento oficial

de identificação do seu subscritor ou de fotocópia do mesmo documento e, quando o beneficiário estiver impossibilitado de o fazer, poderão em sua substituição subscrevê-lo:

a) um dos familiares do beneficiário-titular indicados no número anterior;

b) outro beneficiário-titular.

4. No caso de solicitação de termos de responsabilidade, a mesma deve vir acompanhada de declaração

médica discriminativa dos actos a efectuar, com a devida codificação da Tabela da Ordem dos Médicos e a respectiva nota de honorários. No caso de intervenção cirúrgica deverá ser enviado o respectivo

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Regulamento do SAMS/QUADROS 18

relatório clínico explicativo da sua necessidade. O SAMS/QUADROS, reserva-se, ainda, o direito de solicitar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico sempre que o entenda.

5. O SAMS/QUADROS reserva-se o direito de não emitir termos de responsabilidade, sempre que a solicitação do acto não esteja devidamente justificada, ou o mesmo se insira no foro da cirúrgia estética.

6. Para efeitos do previsto no número anterior, o SAMS/QUADROS reserva-se o direito de exigir ao

subscritor do pedido de termo de responsabilidade, declaração em que autorize a cobrança do eventual

crédito, por desconto no seu vencimento ou por débito na conta bancária.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 19

II PARTE BENEFÍCIOS

CAPÍTULO I ASSISTÊNCIA MÉDICA E PARA-MÉDICA

Artigo 24.º Âmbito da assistência médica

A assistência será prestada pelos quadros clínicos de livre escolha do beneficiário.

Secção I Consultas

Artigo 25.º Conceito de consulta domiciliária

Considera-se consulta domiciliária aquela que, a pedido do beneficiário, provoque a deslocação do médico ao local em que o beneficiário se encontre.

Artigo 26.º Comparticipação em consultas médicas

1. Para efeitos da concessão das comparticipações, o beneficiário deverá apresentar um recibo por cada consulta.

2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os seguintes casos:

a) as consultas prestadas por ocasião de internamento, e

b) as consultas correspondentes a situações clínicas que exijam assistência médica sistemática ou

frequente, devendo constar, no recibo ou em declaração médica, as datas de realização das consultas, bem como justificação do seu carácter sistemático ou frequente.

Artigo 27.º Consultas de estomatologia

1. Será atribuída comparticipação em consulta efectuada por médico estomatologista ou médico dentista, desde que o acto seja desassociado, no tempo, de qualquer tratamento odonto-estomatológico.

2. Nos serviços prestados por odontologistas, a comparticipação em consultas será limitada no caso de consulta não seguida de tratamento, desde que o odontologista justifique o objectivo clínico da mesma.

Secção II Meios Auxiliares de Diagnóstico

Artigo 28.º Marcação e utilização de serviços de diagnóstico

Para a marcação e utilização de serviços de diagnóstico, o beneficiário deverá apresentar prescrição médica

especificativa dos exames a realizar.

Artigo 29.º Comparticipação em exames de diagnóstico

Para a concessão da comparticipação terá sempre que ser apresentada a prescrição médica acompanhada do

recibo correspondente ao pagamento efectuado.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 20

Artigo 30.º Comparticipação em exames de diagnóstico em internamentos

1. Nas despesas com exames de diagnóstico realizadas por ocasião de internamentos e debitadas pelos

respectivos estabelecimentos hospitalares, serão concedidas comparticipações face à apresentação da respectiva factura e recibo.

2. Quando os exames forem realizados fora do estabelecimento em que o doente se encontre internado, a

respectiva prescrição médica deverá ser emitida em impresso próprio do estabelecimento hospitalar, ou

referir expressamente o facto de o beneficiário se encontrar em período de internamento.

3. A comparticipação referida nos números anteriores será de 80% sobre os custos dos exames, salvo disposição em contrário.

Artigo 31.º Dispensa de apresentação de prescrição

1. No caso de exames realizados por médico, no âmbito da respectiva especialidade e por solicitação do próprio, poderá ser dispensada a apresentação da prescrição médica.

2. O disposto no número anterior não se aplica a exames de patologia clínica e de radiologia.

Artigo 32.º Comparticipação em exames de diagnóstico de grande especialização

Em exames de diagnóstico de grande especialização será atribuída comparticipação nas seguintes condições:

a) pedido prévio do beneficiário, mediante a apresentação de relatório clínico de médico da

especialidade, salvo em casos de urgência clinicamente comprovada; e, se necessário,

b) parecer favorável de médico indicado pelo SAMS/QUADROS.

Secção III Assistência Medicamentosa

Artigo 33.º Âmbito da comparticipação em medicamentos

Nos termos e condições constantes dos artigos seguintes, será atribuída comparticipação na aquisição dos

seguintes medicamentos, desde que prescritos por médico e:

a) registados pela Direcção-Geral de Saúde como especialidade farmacêutica e comparticipados

pelo Serviço Nacional de Saúde e os descompartcipados desde 1993;

b) manipulados pela farmácia fornecedora e comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde;

c) produtos dermatológicos não considerados produtos cosméticos, desde que prescritos por

médicos de dermatologia e incluídos no "Simposium Terapêutico";

d) produtos de contraste, desde que prescritos por médico radiologista; e

e) reagentes para pesquisa semi-quantitativa da glicose na urina, prescritos por médico.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 21

Artigo 34.º Produtos não comparticipáveis

Não será susceptível de qualquer comparticipação a aquisição dos seguintes produtos, ainda que prescritos por

médico:

a) de alimentação infantil;

b) dietéticos, naturistas e suplementos alimentares;

c) de cosmética, de higiene bucal ou dental, não registados como especialidades farmacêuticas;

d) anti-sépticos; e

e) material de penso.

Artigo 35.º Valor de comparticipação

A comparticipação em medicamentos será de 90% do custo real, excepto no caso dos medicamentos especialmente destinados a doentes de natureza crónica e dos medicamentos referidos no n.º 3 do artº. 78.º,

constantes da tabela do SAMS/QUADROS, em que a comparticipação será de 100% do custo.

§ único - Doentes de natureza crónica são os que são portadores de doença crónica, definindo-se esta por

portaria ou legislação do Ministério da Saúde.

Artigo 36.º Condições para atribuição de comparticipação

1. Para efeitos de comparticipação, nos termos do disposto no artº. 35.º.

a) os medicamentos deverão ser prescritos por médico através de receita, onde obrigatoriamente

conste o nome do beneficiário;

b) a receita não poderá conter qualquer emenda ou rasura que não esteja inequivocamente

ressalvada pelo médico;

c) a receita deverá ser emitida em papel timbrado do médico ou em impressos dos hospitais,

centros clínicos e outras organizações de assistência, desde que autenticados com o carimbo ou selo branco da instituição e

2. No caso de medicamentos fornecidos a doentes por ocasião do seu internamento e debitados pelo estabelecimento hospitalar, é dispensável o formalismo estabelecido no número anterior.

3. No caso de medicamentos de utilização prolongada ou permanente, a prescrição terá a validade

de um ano, devendo conter a indicação, escrita pelo médico, de medicamento de "uso

permanente".

Artigo 37.º Modalidades de comparticipação em medicamentos

A comparticipação em medicamentos poderá ocorrer:

1. No acto da aquisição, tratando-se de medicamentos comparticipáveis ao abrigo das alíneas a) e b) do

artº. 33.º, mediante:

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Regulamento do SAMS/QUADROS 22

a) identificação do beneficiário e do reconhecimento do direito à assistência através do respectivo cartão de beneficiário do SAMS/QUADROS;

b) pagamento de 10% do valor dos medicamentos fornecidos e prescritos de acordo com o disposto no artº. anterior.

2. Após a aquisição e pagamento integral do respectivo valor nas situações de:

a) medicamentos de "uso permanente";

b) medicamentos susceptíveis de comparticipação a 100%; e

c) produtos medicamentosos, nos termos previstos nas alíneas c), d) e e) do artº. 33.º.

3. Quando do pagamento de factura de estabelecimento hospitalar, no caso de internamento.

Artigo 38.º Comparticipação em medicamentos de "uso permanente"

Para atribuição da comparticipação nos medicamentos referidos na alínea a) do n.º 2 do artº. anterior, o beneficiário deverá remeter ao SAMS/QUADROS, por cada aquisição:

a) fotocópia do original da receita emitida nos termos indicados no n.º 3 do artº. 36.º; e

b) factura-recibo da farmácia, contendo os elementos identificadores do beneficiário, a

identificação dos medicamentos fornecidos e os seus preços.

Artigo 39.º Comparticipação directa em despesas com medicamentos ou produtos medicamentosos

Para a atribuição da contribuição nos casos previstos na alíneas b) e c) do n.º 2 do artº. 37.º, o beneficiário

deverá remeter ao SAMS/QUADROS:

a) original da receita médica; e

b) factura-recibo referente ao pagamento efectuado.

Artigo 40.º Situações de não obrigatoriedade de comparticipação

Ressalvadas as situações previstas nos números 2 e 3 do artº. 37.º, o SAMS/QUADROS reserva-se o direito de não atribuir comparticipação directamente ao beneficiário, quando este haja procedido ao pagamento integral

dos medicamentos adquiridos.

Secção IV Intervenções Cirúrgicas

Artigo 41.º Intervenções cirúrgicas

Nas intervenções cirúrgicas, os beneficiários têm direito a comparticipação, funcionando como limite de incidência os valores das tabelas estabelecidas pelo SAMS/QUADROS.

Artigo 42.º Comparticipação em intervenções cirúrgicas

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Regulamento do SAMS/QUADROS 23

1. A comparticipação em intervenções cirúrgicas incide sobre os honorários do médico-cirurgião, do médico-ajudante, do médico-anestesista e do instrumentista.

2. Para efeitos de comparticipação, os recibos respeitantes aos honorários do médico-ajudante, do médico- anestesista e do instrumentista, deverão ser presentes ao SAMS/QUADROS juntamente com o recibo de

honorários do médico-cirurgião ou com declaração em que o mesmo confirme a intervenção realizada.

3. Não são comparticipadas despesas resultantes de assistência prestada por parteira, sempre que

apresentadas em simultâneo com o instrumentista.

Secção V Assistência Hospitalar

Artigo 43.º Comparticipação em serviços prestados nos estabelecimentos hospitalares

Os serviços prestados por estabelecimentos hospitalares aos nossos beneficiários serão objecto de

comparticipação nos termos previstos no presente Regulamento e nas tabelas do SAMS/QUADROS.

Artigo 44.º Comparticipação em despesas em estabelecimentos hospitalares oficiais

1. As despesas com cuidados de saúde prestados por estabelecimentos pertencentes ao Serviço Nacional de

Saúde (SNS) serão da inteira responsabilidade do Ministério da Saúde.

2. Para os efeitos do número anterior, os beneficiários do SAMS/QUADROS devem ser portadores do nº de

utente do Serviço Nacional de Saúde, sendo a entidade responsável pelo pagamento dos serviços o próprio SNS.

Artigo 45.º Comparticipação de diárias nos internamentos em hospitais particulares

1. As diárias de internamento do doente em estabelecimentos hospitalares particulares serão

comparticipadas até 100% do valor da tabela do SAMS/QUADROS.

2. No caso de diária de internamento do doente em unidades de cuidados intensivos de estabelecimento hospitalar particular, a comparticipação será atribuída segundo a tabela, correspondendo ao dobro da

prevista no número anterior.

Artigo 46.º Comparticipação na diária do acompanhante em hospitais particulares

1. A atribuição de comparticipação na diária de acompanhante será limitada a casos de acompanhamento de doentes:

a) Com idade até aos 12 anos inclusivé;

b) em situação de doença que exija acompanhamento, devendo tal necessidade ser inequivocamente justificada com relatório do médico assistente.

2. Nas situações referidas no número anterior, a comparticipação será de valor até 100% da tabela do

SAMS/QUADROS.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 24

Artigo 47.º Comparticipação em serviços prestados por estabelecimentos hospitalares particulares

1. Para efeitos de comparticipação, as despesas de "piso de sala" excluem as decorrentes de utilização de

instrumentos e demais material exigível pela intervenção clínica.

2. As despesas de material exigível pela intervenção clínica, serão comparticipadas em 80% do seu custo.

3. As despesas de instrumentos exigíveis pela intervenção clínica, serão comparticipadas em 60% do seu

custo.

Artigo 48.º Liquidação de despesas em estabelecimentos hospitalares particulares

As despesas efectuadas serão liquidadas directa e integralmente pelo beneficiário, salvo se este for portador de

termo de responsabilidade emitido pelo SAMS/QUADROS.

Artigo 49.º Comparticipação por serviços em estabelecimentos hospitalares especializados

1. Nos termos e condições constantes dos artigos seguintes, será atribuída comparticipação por despesas de

assistência prestada por estabelecimentos hospitalares ou para-hospitalares especializados, em regime de

internamento, semi-internamento ou ambulatório.

2. Para os efeitos previstos no número anterior, considerar-se-ão os estabelecimentos vocacionados para o tratamento de incapacidade física e/ou mental de carácter permanente ou prolongado.

Artigo 50.º Comparticipação de diárias no internamento em estabelecimentos hospitalares especializados

Será atribuída uma comparticipação por despesas de diária, no caso de internamento ou semi-internamento, nos

seguintes termos:

1. Em estabelecimentos oficiais, conforme o disposto no artº 43.

2. Em estabelecimentos particulares:

a) nos primeiros três meses seguidos ou interpolados do mesmo ano civil, conforme o disposto no

artº 45; e

b) nos meses seguintes, até 100% das despesas, com o limite de incidência correspondente à

tabela de internamento, em regime de enfermaria, de estabelecimentos hospitalares especializados tutelados pelo Ministério da Saúde;

c) considerar-se-á seguido o internamento que não sofrer interrupção igual ou superior a 30 dias; e

d) prolongando-se o internamento para além do final do ano civil, manter-se-ão em vigor os

critérios de comparticipação à data aplicados, até se completarem os primeiros três meses

seguidos ou interpolados ou, no caso referido na alínea b), até se verificar interrupção igual ou superior a 90 dias.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 25

Artigo 51.º Condições de atribuição de comparticipação em estabelecimentos hospitalares especializados

1. A comparticipação a atribuir nos termos previstos na alínea b) do n.º 2 do artº. 50.º será condicionada à organização de um processo individual, contendo:

a) requerimento do beneficiário-titular,

b) relatório circunstanciado do médico especialista que assiste o doente, caracterizando a situação

clínica, justificando a necessidade de continuação do internamento ou semi-internamento e indicando a previsível duração do mesmo,

c) documento do estabelecimento hospitalar ou para-hospitalar, indicando a data da admissão do doente, o valor da respectiva mensalidade e a natureza dos serviços a que respeita, e

d) parecer favorável do Consultor Clínico do SAMS/QUADROS.

2. A renovação do processo referido no número anterior ocorrerá no início de cada ano civil, excepto no caso de o mesmo ter sido constituído no decorrer do segundo semestre do ano imediatamente anterior.

Artigo 52.º Comparticipação em outras despesas em estabelecimentos hospitalares especializados

Será igualmente atribuída comparticipação nas restantes despesas debitadas por estabelecimentos particulares especializados, nos seguintes termos:

a) despesas de assistência clínica prestadas pelos serviços do próprio estabelecimento serão comparticipadas em 80% do custo; e

b) outras despesas susceptíveis de comparticipação conforme condições e limites de incidência previstos no respectivo capítulo do presente Regulamento, independentemente de o doente se

encontrar em regime de internamento, semi-internamento ou ambulatório.

Secção VI Estomatologia, Ortodôncia e Próteses Dentárias

Artigo 53.º Estomatologia e ortodôncia

A comparticipação em tratamentos de estomatologia e odontologia será processada após a conclusão de cada um dos tratamentos, mediante a apresentação dos recibos respectivos, onde deverão ser discriminados os

tratamentos prestados, a respectiva data e a indicação do(s) dente(s) a que os mesmos tratamentos se reportam.

Artigo 54.º Comparticipação em próteses dentárias

Será atribuída comparticipação em próteses dentárias debitadas por:

a) médico estomatologista, médico-dentista, odontologista ou centro especializado em

estomatologia/odontologia; e

b) técnico ou centro de prótese dentária, desde que seja presente a requisição das entidades

referidas na alínea anterior, especificando o tipo e o número de elementos da prótese a colocar.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 26

Artigo 55.º Comparticipação em ortodôncia

1. No domínio da ortodôncia, a comparticipação reportar-se-á, aos aparelhos e sessões de

adaptação/correcção, funcionando como limite de incidência a tabela do SAMS/QUADROS.

2. Nos casos de segundo(s) aparelho(s) de ortodôncia para o mesmo beneficiário, a comparticipação estará

sujeita a:

a) apresentação de relatório médico justificativo; e

b) parecer do médico indicado pelo SAMS/QUADROS.

Secção VII Psiquiatria e Psicologia

Artigo 56.º Consultas de psicologia

1. Será atribuída comparticipação em consultas de psicologia efectuadas por profissionais oficialmente

credenciados.

2. A comparticipação referida no número anterior será calculada com base na tabela de psicologia, sendo exigível a apresentação de prescrição de médico de pediatria ou psiquiatria infantil no caso de crianças, e

de neurologia ou psiquiatria, no caso de adultos.

3. Para os efeitos previstos nos números anteriores, considerar-se-á a "consulta inicial" ou "consulta de

encaminhamento/orientação", podendo ser estabelecidos limites de comparticipação por beneficiário.

Artigo 57.º Comparticipação em exames psicológicos

1. Será atribuída comparticipação nos exames psicológicos, previstos na respectiva tabela do

SAMS/QUADROS, sendo exigida prescrição do médico de pediatria ou psiquiatria infantil, no caso de

crianças, e de neurologia ou psiquiatria, no caso de adultos.

2. A prescrição referida no número anterior poderá ser dispensada se os exames se integrarem na sequência de consulta de psicologia, nos termos definidos no artº. 56.º.

Artigo 58.º Comparticipação em tratamentos de psiquiatria ou psicologia

1. Será atribuída comparticipação em despesas resultantes de tratamentos de psiquiatria ou psicologia em regime ambulatório.

2. A comparticipação em assistência psiquiátrica, em regime de internamento, será atribuída nos termos definidos no presente Regulamento para "estabelecimentos hospitalares especializados".

Artigo 59.º Condições para atribuição de comparticipação

1. A comparticipação prevista no número 1 do artº. anterior será condicionada a:

a) apresentação de relatório clínico emitido por médico de neurologia ou psiquiatria;

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Regulamento do SAMS/QUADROS 27

b) apresentação de recibos, contendo, nomeadamente, a discriminação da quantidade e natureza

dos serviços prestados; e

c) recurso a centro clínico especializado ou a técnico oficialmente credenciado.

2. O relatório a que se refere a alínea a) do número anterior será independente de requisição referida no

número 2 do artº. 56.º e/ou do artº. 57.º.

3. O relatório a que se reporta a alínea a) do número 1, deverá ser renovado após um período máximo de 12

meses a contar da data da respectiva emissão.

Secção VIII Medicina Física e Reabilitação

Artigo 60.º Tratamentos de fisiatria

Para a marcação e realização de tratamentos de fisiatria, o beneficiário deverá apresentar prescrição médica,

emitida por médico da especialidade e indicativa dos serviços a prestar.

Artigo 61.º Comparticipação

Os tratamentos de fisiatria serão comparticipados desde que sejam exclusivamente efectuados em centros clínicos especializados ou por técnico qualificado credenciado pelo médico requisitante dos serviços.

Artigo 62.º Condições para atribuição da comparticipação

1. Qualquer comparticipação no domínio da medicina física e reabilitação ficará condicionada à apresentação de:

a) relatório clínico emitido pelo médico da especialidade em que conste a indicação do tipo de

tratamento a efectuar e a sua previsível duração ou número; e

b) recibos emitidos de acordo com a legislação em vigor, onde conste a indicação do número e a

discriminação dos tratamentos efectuados.

2. Para tratamentos de duração prolongada, o relatório referido na alínea a) do número anterior deverá ser

renovado após um período máximo de seis meses a contar da respectiva data de emissão.

3. Do mesmo relatório constará o nome do técnico de reabilitação, no caso do beneficiário não recorrer a

centros clínicos especializados.

Secção IX Enfermagem

Artigo 63.º Comparticipação em serviços de enfermagem

Nos serviços de enfermagem prestados por centros ou pessoal de enfermagem devidamente habilitado, os

beneficiários terão direito a comparticipação até aos limites previstos nas respectivas tabelas, mediante a

apresentação de recibo discriminativo.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 28

Artigo 64.º Comparticipação na aplicação de injectáveis

Os documentos de despesa por aplicação de injectáveis deverão ser acompanhados, para efeitos de

comparticipação, de declaração médica justificativa, ou duplicado da receita ou fotocópia de receita médica emitida dentro de um prazo não superior a 60 dias.

Artigo 65.º Comparticipação em serviços de enfermagem domiciliária

1. As despesas por serviços de enfermagem prestados em regime domiciliário serão comparticipadas conforme a tabela estabelecida para tal regime, desde que seja apresentada declaração clínica justificativa

da sua necessidade.

2. A declaração a que se refere o número anterior terá validade por um período máximo de 6 meses, salvo

no que respeita à aplicação de injectáveis.

Artigo 66.º Comparticipação em tratamentos de enfermagem permanente

1. Será atribuída comparticipação nas despesas de enfermagem permanente, mediante a apresentação de:

a) relatório médico, esclarecendo a situação clínica do doente e justificando a necessidade de

assistência permanente de enfermagem; e

b) recibos correspondentes aos serviços prestados, contendo, nomeadamente, referência ao título

profissional, no caso de serviços não debitados por centro clínico e/ou de enfermagem.

2. A comparticipação referida no número anterior será de 100% do respectivo custo, até ao limite de

incidência correspondente a:

a) 100% da tabela diária de internamento hospitalar, por dia, no caso de enfermagem permanente domiciliária; e

b) 100% da tabela diária de internamento hospitalar, por turno, até ao máximo de três turnos diários, no caso de enfermagem permanente em unidades hospitalares.

3. A comparticipação prevista nos números anteriores não poderá, em princípio, reportar-se a mais de 15 dias por beneficiário, durante o mesmo ano civil, não sendo atribuída qualquer comparticipação por

serviços de enfermagem ou de diária de acompanhante durante o período de enfermagem permanente.

Secção X Material Ortopédico e Próteses

Artigo 67.º Comparticipação em material ortopédico

Nos termos e condições dos artºs. seguintes, será atribuída comparticipação na aquisição de material ortopédico ou próteses prescrito por médico da especialidade e constante da tabela do SAMS/QUADROS.

Artigo 68.º Condições para a atribuição da comparticipação

1. Em calçado ortopédico apenas é devida comparticipação nas situações que clinicamente exigem trabalho de adaptação/correcção sobre o calçado usual e tendo em conta o acréscimo do custo

resultante da mesma correcção.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 29

2. A correcção/adaptação deverá ser prescrita por médico da especialidade de ortopedia, com expressa indicação de:

a) situação clínica do doente; e

b) correcções a introduzir no calçado.

3. As correcções a que se refere o número anterior poderão incidir sobre o calçado propriamente dito ou

sobre palmilhas ou plantares.

4. A comparticipação em calçado ortopédico está limitada, em cada ano civil e por beneficiário, a um máximo de três conjuntos do material indicado no número anterior.

Artigo 69.º Limites e condições de comparticipação em outro material

A comparticipação em meias collants, cintas e slips elásticos/ortopédicos, está limitada a um máximo de dois

conjuntos por cada ano civil e carece de prescrição por:

a) médico de ginecologia/ obstetrícia, em situações de gravidez e pós-parto; e

b) médico de cirurgia, dermatologia, fisiatria ou ortopedia, nas restantes situações.

Artigo 70.º Comparticipação em despesas de aluguer de material ortopédico

1. Quando o material ortopédico, prescrito por médico da especialidade e susceptível de comparticipação, tiver características duradouras e se destinar a uso temporário, será atribuída comparticipação de 80%

sobre a despesa com o respectivo aluguer, não podendo o montante da comparticipação ser superior ao que resultaria do valor comparticipativo pela aquisição do mesmo.

2. Poderá, ainda, ser atribuída comparticipação em despesa de aluguer de cama articulada, segundo o limite de incidência constante da tabela do SAMS/QUADROS.

Artigo 71.º Comparticipação em despesas de reparação ou manutenção de material ortopédico

1. Não haverá lugar à comparticipação por despesas de reparação ou manutenção de material ortopédico, exceptuando-se o caso de material ortopédico que integre componentes metálicos, desde que:

a) a necessidade de reparação ou manutenção seja devidamente justificada;

b) a reparação ou manutenção seja efectuada por agente qualificado para o efeito; e

c) a comparticipação a atribuir pelas despesas de reparação ou manutenção seja de valor inferior

ao que resultaria do valor comparticipado pela aquisição do mesmo material.

2. Exclui-se expressamente a possibilidade de comparticipação na aquisição do seguinte material:

a) calçado ortopédico fora das condições previstas no artº. 68.º.

b) socas ortopédicas;

c) ligaduras elásticas/ortopédicas; e

d) camas articuladas; e

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Regulamento do SAMS/QUADROS 30

e) colchões ortopédicos.

Artigo 72.º Comparticipação em despesas de aquisição de próteses oculares

1. Será atribuída comparticipação nas despesas com a aquisição de próteses oculares para correcção de

ametropias e para outros fins clinicamente comprovados e justificados, nomeadamente, para substituir olhos enuncleados ou inutilizados.

2. Será atribuída comparticipação nas despesas com a aquisição de lentes de contacto para correcção de ametropias.

Artigo 73.º Quantidade de próteses oculares susceptíveis de comparticipação

1. São susceptíveis de comparticipação as despesas resultantes da aquisição de próteses oculares, por cada beneficiário, nas seguintes quantidades:

a) até duas lentes em cada ano civil ou, no caso de beneficiários com idade inferior a 16 anos, até quatro lentes no mesmo período; e

b) até uma armação em cada período correspondente a dois anos civis ou, no caso de beneficiários

com idade inferior a 16 anos, até uma armação em cada ano civil.

2. As quantidades referidas no número anterior podem ser ultrapassadas, no caso de próteses receitadas

com objectivos diferenciados e clinicamente justificadas, a saber:

a) próteses para longe e para perto; e

b) comprovada necessidade de utilização de lentes bifocais ou de contacto e outro conjunto de

próteses oculares.

3. As quantidades referidas na alínea a) do n.º 1 podem ser ultrapassadas no caso de substituição de lentes

por comprovada necessidade de alteração de graduação das mesmas.

Artigo 74.º Condições para atribuição de comparticipação de próteses oculares

1. Para atribuição de comparticipação nas situações referidas nos artºs. anteriores, exige-se a apresentação

de:

a) fotocópia da prescrição do médico oftalmologista, devendo esta ter sido emitida num prazo não

superior a 12 meses até à data de aquisição da próteses; e

b) recibo da entidade fornecedora da prótese, indicando, a qualidade, quantidade e o preço dos materiais adquiridos.

2. Na situação prevista na alínea b) do n.º 2 do artº. anterior é exigida uma das seguintes condições:

a) prescrição de ambas as próteses pelo mesmo médico e na mesma ocasião; e

b) declaração do médico requisitante do segundo conjunto, fazendo referência expressa à

necessidade de utilização simultânea de ambos os conjuntos ou à não necessidade de utilização do conjunto anteriormente prescrito ao beneficiário.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 31

3. Na situação prevista no número 3 do artº. anterior é exigida, ainda, fotocópia da prescrição de que resultou a última comparticipação em lentes.

Artigo 75.º Comparticipação em despesas com próteses oculares prescritas por optometristas

Em casos pontuais, poderão ser consideradas, para efeitos de comparticipação em próteses oculares, as prescrições de optometristas, oficialmente habilitados e como tal reconhecidos pelo SAMS/QUADROS.

Artigo 76.º Comparticipação em outras próteses

São ainda susceptíveis de comparticipação outras próteses referenciadas nas tabelas do SAMS/QUADROS, nomeadamente ortopédicas e auditivas.

Artigo 77.º Comparticipação em despesas de reparação ou manutenção de próteses ortopédicas ou auditivas

Será atribuída comparticipação por despesas de reparação ou manutenção de próteses ortopédicas ou auditivas, nas condições referidas nas alíneas do número 1 do artº. 71.

Secção XI Tratamentos de Diálise

Artigo 78.º Comparticipação em tratamentos de diálise

1. Em tratamentos de diálise, os beneficiários do SAMS/QUADROS têm direito à prestação gratuita dos

respectivos serviços, prestados por centro oficial especializado.

2. No caso de inexistência ou incapacidade de meios por parte dos centros oficiais portugueses, poderá ser atribuída comparticipação até 100% das despesas debitadas por centros particulares estrangeiros.

3. Em consultas, medicamentos, intervenções cirúrgicas e elementos auxiliares de diagnóstico, será atribuída a comparticipação correspondente a 100% das tabelas do SAMS/QUADROS, desde que sejam realizados

ou requisitados por centro de hemodiálise ou médico nefrologista.

Artigo 79.º Condições para atribuição de comparticipação

Qualquer comparticipação em tratamento de diálise estará condicionada à organização de processo individual do

qual conste, nomeadamente:

a) relatório clínico do médico nefrologista; e

b) documento do centro de diálise, indicando o início e periodicidade do tratamento, a natureza

dos serviços prestados e o respectivo custo.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 32

Secção XII Termalismo

Artigo 80.º Comparticipação em consultas e tratamentos termais

1. Será atribuída uma comparticipação de 80% nas despesas de inscrição, consultas e tratamentos termais, efectuados em estância reconhecida pela Direcção-Geral de Saúde, mediante a apresentação de:

a) declaração do médico da respectiva especialidade clínica, esclarecendo a situação clínica do

doente, justificando a necessidade de tratamento termal, e a sua previsível duração e indicando

o estabelecimento apropriado; e

b) documentos de despesas emitidos pelo estabelecimento termal.

2. A comparticipação prevista no número anterior será extensível a um período máximo de 20 dias em cada

ano civil.

3. Será atribuído um único subsídio de alojamento e transporte, a pagar ao beneficiário titular, a partir do primeiro dia de justificada presença do doente fora da respectiva área de residência, com base nas

"ajudas de custo" previstas no ACT do Sector Bancário para o território nacional num limite de 50%, se o

alojamento ocorrer em estabelecimento termal ou hoteleiro, e apenas quanto a:

a) beneficiários-titulares reformados e respectivo agregado familiar;

b) pensionistas que sejam beneficiários-titulares, com idade igual ou superior à fixada no ACT do

Sector Bancário para invalidez presumível e respectivo agregado familiar; e

c) pensionistas ex-cônjuges de beneficiários-titulares e respectivo agregado familiar que à data do

falecimento usufruíssem desse direito.

4. Em princípio, não será considerado tratamento termal a simples ingestão de águas termais.

Secção XIII Outros Serviços

Artigo 81.º Comparticipação em transfusões de sangue

Será atribuída comparticipação em despesas resultantes de transfusões de sangue e seu derivados, nos termos e com os limites de incidência constantes da tabela do SAMS/QUADROS.

Artigo 82.º Comparticipação na aplicação de oxigénio e soro

1. Nos termos e com os limites de incidência da tabela do SAMS/QUADROS, será atribuída comparticipação em despesas resultantes da aplicação de oxigénio e soro.

2. Para os efeitos previstos no número anterior, o beneficiário deverá apresentar:

a) requisição ou declaração médica; e

b) documento de despesa indicando, designadamente, o volume e preço do oxigénio e soro

aplicados e o custo dos serviços referentes à aplicação.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 33

Artigo 83.º Comparticipação em tratamentos de acupunctura e osteopatia

Poderá ser atribuída comparticipação em tratamentos de acupunctura e osteopatia, nos termos e com os limites

de incidência constantes da tabela do SAMS/QUADROS, nas seguintes condições:

a) apresentação de relatório justificativo emitido por médico da adequada especialidade clínica;

b) apresentação de documentos de despesa, emitidos por centro clínico ou médico credenciado para a

prestação dos referidos serviços; e

c) parecer favorável de médico indicado pelo SAMS/QUADROS.

Artigo 84.º Doenças Crónicas

1. Aos beneficiários abrangidos pelo regime de doença crónica e como tal considerada pelo SNS, é atribuída

comparticipação de 100% até aos limites das tabelas do SAMS/QUADROS nas despesas do âmbito da

respectiva doença.

2. O reconhecimento da situação de doença crónica poderá ser objecto de verificação periódica.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 34

CAPÍTULO II - ASSISTÊNCIA MATERNO-INFANTIL

Artigo 85.º Condições para habilitação aos benefícios da assistência materno-infantil

1. Nos termos e condições constantes dos artºs. seguintes, o SAMS/QUADROS concede benefícios de assistência materno-infantil, na gravidez, parto e puerpério até um ano, através da comparticipação de

100% segundo as tabelas do SAMS/QUADROS, nos actos clínicos no âmbito da assistência materno-infantil.

2. O prazo previsto no número anterior será reduzido a:

a) três meses após a interrupção não voluntária da gravidez e imediato no caso de interrupção

voluntária da gravidez durante o primeiro semestre da mesma; e

b) seis meses após parto prematuro de nado-morto.

Artigo 86.º Comparticipação em actos clínicos

Os benefícios a que se refere o artº. anterior contemplam os seguintes actos clínicos susceptíveis de

comparticipação:

a) relativamente à parturiente,

- consultas;

- meios de diagnóstico, desde que decorrentes de situação clínica relacionada com a gravidez ou a maternidade e como tal indicados pelo médico requisitante;

- intervenções ou tratamentos no âmbito da ginecologia/obstetrícia; e

- intervenções clínicas ou tratamentos, no âmbito de outras especialidades médicas, desde que inequivocamente resultantes da situação de gravidez ou maternidade e como tal

indicados pelo médico que requisitar ou prestar os serviços; e

b) relativamente ao recém-nascido,

- consultas;

- meios de diagnóstico;

- intervenções clínicas; e

- tratamentos requisitados ou prestados por médico;

c) para efeitos do previsto na alínea a), consideram-se como inequivocamente resultantes da

situação de gravidez ou maternidade, não necessitando de tal indicação médica, o recurso a

cada um dos actos de:

- exame ecográfico obstétrico;

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Regulamento do SAMS/QUADROS 35

- exame auxiliar de diagnóstico previsto na tabela de ginecologia/obstetrícia do SAMS/QUADROS;

- exame auxiliar de diagnóstico requisitado ou realizado por médico da especialidade de ginecologia/obstetrícia.

Artigo 87.º Apresentação de declaração para a habilitação aos benefícios

Para se habilitar aos benefícios da assistência materno-infantil, o beneficiário-titular deverá apresentar declaração emitida pelo médico obstetra:

a) no início ou ao longo da gravidez, para efeitos de assistência pré-parto, onde deve constar a data

prevista do parto; e

b) após o parto e a inscrição do recém-nascido como beneficiário do SAMS/QUADROS para efeitos de

assistência pós-parto.

Artigo 88.º Início do direito aos benefícios

1. Os benefícios respeitantes à assistência materno-infantil são devidos a partir da data de admissão no

SAMS/QUADROS da declaração referida no artº. anterior.

2. Para efeitos de atribuição de comparticipações, será concedida retroactividade, desde que os respectivos

documentos de despesa:

a) se reportem a serviços prestados posteriormente ao início da gravidez ou parto; e

b) sejam presentes ao SAMS/QUADROS posteriormente à entrada da declaração referida no artº.

anterior e sem prejuízo do prazo previsto no número 2 do artº. 20.º.

Artigo 88A.º Subsídio infantil

1. O subsídio infantil é atribuído relativamente aos primeiros doze meses de vida da criança.

2. O valor mensal do subsídio infantil é o correspondente a 10% do salário mínimo nacional.

3. O subsídio referido nos números anteriores é devido a partir da data da entrada do seu requerimento no SNQTB, mediante prova da inscrição do recém-nascido no FCS.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 36

CAPÍTULO III ASSISTÊNCIA NO ESTRANGEIRO

Artigo 89.º Condições de atribuição de comparticipação em assistência clínica

Nos termos e condições dos artigos seguintes, será atribuída comparticipação em despesas resultantes da assistência clínica de grande especialização prestada no estrangeiro, face à inexistência ou comprovada

incapacidade dos meios técnicos e/ou humanos do País.

Artigo 90.º Organização de processo individual

1. Para os efeitos previstos no artº. anterior, é exigida a prévia organização de um processo individual do

qual conste:

a) requerimento do beneficiário-titular;

b) relatório do médico especialista justificativo da necessidade de recurso a centros

clínicos/hospitalares estrangeiros;

c) comprovação da necessidade do recurso a centros clínicos/hospitalares estrangeiros por médico

do SAMS/QUADROS; e

d) despacho do Conselho Directivo do SAMS/QUADROS.

2. O relatório a que se refere a alínea b) do número anterior deverá conter, nomeada e concretamente, os

seguintes elementos:

a) natureza da doença, incluindo esclarecimento sobre as diligências já efectuadas em ordem ao

respectivo diagnóstico e terapêutica;

b) declaração da efectiva necessidade de deslocação ao estrangeiro, por inexistência ou

incapacidade dos meios técnicos e/ou humanos portugueses;

c) objectivo específico da deslocação;

d) instituição ou entidade estrangeira à qual o doente poderá ou deverá recorrer; e

e) justificação da efectiva necessidade de acompanhante, quando tal se verificar.

3. O requerimento e o relatório clínico referidos nas alíneas a) e b) do número 1 deverão dar entrada no SAMS/QUADROS com uma antecedência mínima de 30 dias relativamente ao início da deslocação, salvo

em casos de urgência clinicamente comprovada por médico indicado pelo SAMS/QUADROS.

Artigo 91.º Documentação a apresentar após a deslocação

Completada a deslocação, o beneficiário deverá apresentar no SAMS/QUADROS:

a) os documentos susceptíveis de comparticipação, constando dos mesmos, obrigatoriamente, o

nome do beneficiário, a natureza dos serviços prestados e o montante da importância paga; e

b) relatório da instituição estrangeira que tenha prestado os respectivos serviços clínicos.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 37

Artigo 92.º Determinação da comparticipação a atribuir nas despesas efectuadas

1. Nas despesas de internamento, de assistência clínico-hospitalar e médico-medicamentosa, a

comparticipação será de 80% sobre o respectivo custo real.

2. A comparticipação nas despesas de deslocação será calculada nos termos previstos nos artºs. 114.º e

115.º.

3. Pelas despesas de alojamento será atribuído subsídio a partir do primeiro dia de justificada presença do doente fora da área de residência, com base nas ajudas de custo previstas no ACT do Sector Bancário

para território nacional, num limite de 150% se o alojamento ocorrer em estabelecimento hoteleiro.

4. As comparticipações serão calculadas com base no câmbio oficial da data de compra de divisas ou, na sua

ausência, da data do início da deslocação.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 38

CAPÍTULO IV ASSISTÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUBSÍDIO DE INVALIDEZ

Artigo 93.º Condições para atribuição de comparticipação

Nos termos e condições constantes dos artºs. seguintes, será atribuída comparticipação a beneficiários de idade até 21 anos nas despesas referentes a:

a) frequência de escolas do ensino especial;

b) frequência de ensino particular na idade pré-escolar ou transição do ensino especial para o ensino regular, caso a situação clínica a nível orgânico, psíquico ou sensorial o justifique;

c) tratamentos especializados no domínio da reeducação psíquica, por técnico especializado;

d) apoio pedagógico, por professor do ensino especial; e

e) apoio psicoterapêutico, por médico ou psicólogo.

Artigo 94.º Habilitação a comparticipação na Caixa de Abono

A habilitação à comparticipação do SAMS/QUADROS, neste domínio, estará dependente de idêntica habilitação

junto da respectiva Caixa de Abono, excepto no caso de apoio psicoterapêutico.

Artigo 95.º Comparticipação a atribuir

1. A comparticipação a atribuir por despesas de assistência na educação especial será calculada nos seguintes termos:

a) no caso de frequência de escolas de ensino especial, 60% da mensalidade, incluindo

alimentação e transporte desde que debitados pela escola, funcionando como limite de

incidência a tabela estabelecida pelo Ministério da Tutela;

b) no caso de frequência de ensino particular regular, 60% da mensalidade correspondente às despesas de escolarização, funcionando como limite de incidência a tabela estabelecida pelo

Ministério da Tutela para regime de externato; e

c) nos tratamentos e apoios, 60% da despesa, tendo como limite de incidência a tabela do

SAMS/QUADROS.

Artigo 96.º Organização de processo individual

1. Para os efeitos previstos no artº. anterior, é exigida a organização de um processo individual do qual conste:

a) requerimento do beneficiário-titular;

b) relatório do médico especialista e/ou psicólogo, indicando e justificando a necessidade de recurso, conforme o caso, a:

- estabelecimento de ensino especial,

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Regulamento do SAMS/QUADROS 39

- estabelecimento do ensino particular regular, nos termos constantes da alínea b) do artº. 93.º,

- apoio e/ou tratamentos especializados;

c) documento do estabelecimento escolar ou técnico prestador de serviços, indicando o início e a modalidade em que os mesmos são prestados, bem como o montante da respectiva

mensalidade ou dos honorários; e

d) comprovação da necessidade de recurso a educação especial, por médico especializado indicado

pelo SAMS//QUADROS.

2. No respeitante a escolas de ensino especial e desde que a comparticipação ocorra exclusivamente pelo

SAMS/QUADROS, esta poderá ser paga directamente ao estabelecimento escolar a pedido do beneficiário titular, ficando a cargo deste a liquidação da importância remanescente.

Artigo 97.º Período abrangido para efeitos de comparticipação

1. A comparticipação será atribuída até final do ano lectivo a que as despesas respeitem.

2. Prolongando-se a situação no(s) anos) lectivo(s) seguinte(s), o processo deverá ser renovado no início de

cada ano segundo os termos e condições do número 1 do artº. anterior.

Artigo 97A.º Subsídio de invalidez

1. Aos diminuídos físicos e ou mentais que, não se encontrando em regime de internamento ou semi-

internamento, sofram de incapacidade permanente que obrigue a cuidados sistemáticos e a despesas extraordinárias, é concedido um subsídio de invalidez.

2. O valor mensal do subsídio de invalidez não pode ultrapassar os quantitativos correspondentes a 20% e 30%

do salário mínimo nacional, consoante se trate de menores ou maiores de 18 anos.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 40

CAPÍTULO V ASSISTÊNCIA NA TERCEIRA IDADE

Artigo 98.º Condições para atribuição de comparticipação em despesas com o internamento em lar de idosos

ou casa de repouso

Aos beneficiários que por razões sociais, familiares ou de saúde não possam viver na sua própria residência ou

na de membros do seu agregado familiar, poderá ser atribuída uma comparticipação sobre as despesas com o internamento em lar de idosos ou casa de repouso.

Artigo 99.º Comparticipação a atribuir

A comparticipação a atribuir neste domínio será de 60% do custo da mensalidade, funcionando como limite de incidência 50% do nível 6 da tabela do ACT do Sector Bancário.

Artigo 100.º Organização de processo individual

Para os efeitos previstos no artº. 98.º será exigida a organização de um processo individual, do qual conste:

a) requerimento do beneficiário-titular caracterizando a situação sócio-familiar;

b) relatório médico indicando a situação clínica do beneficiário e justificando a necessidade de

internamento;

c) documento do lar de idosos ou casa de repouso, referindo o montante da mensalidade e a data

em que o beneficiário foi ou poderá ser admitido;

d) comprovação da necessidade de internamento por médico indicado pelo SAMS/QUADROS; e

e) despacho do Conselho Directivo do SAMS/QUADROS.

Artigo 101.º Período abrangido para efeitos de comparticipação

1. Em caso de deferimento, a comparticipação será atribuída durante os 12 meses subsequentes àquele a que reporta.

2. A renovação do processo far-se-á segundo os termos e condições do artº. anterior.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 41

CAPÍTULO VI DESLOCAÇÕES

Artigo 102.º Comparticipação em despesas de deslocação

1. Nos termos e condições constantes dos artºs. seguintes, será atribuída comparticipação em despesas de deslocação, no que respeita a transporte para efeitos de assistência clínica.

2. A comparticipação em transporte reportar-se-á a:

a) transporte inter-hospitalar em ambulância;

b) transporte em ambulância de/para estabelecimento hospitalar ou centro clínico; e

c) transporte público ou viatura particular.

Artigo 103.º Comparticipação em despesas de deslocação para tratamentos de diálise

As despesas de deslocação, de acordo com a tabela definida para transporte em ambulância, táxi ou viatura particular, nos termos previstos nos artºs. 102.º a 115.º, serão comparticipadas mediante a apresentação de:

a) declaração médica, emitida pelo centro de diálise e justificativa da impossibilidade de recurso a transporte público colectivo;

b) declaração do centro de diálise indicando em cada semana ou mês, os dias em que tenha

ocorrido tratamento em regime ambulatório; e

c) recibos correspondentes à despesa.

Secção I Transporte em Ambulância, Táxi ou Viatura própria

Artigo 104.º Comparticipação por despesas de transporte em ambulância

A comparticipação em despesas de transporte inter-hospitalar em ambulância, será de 100% da despesa, tendo

como limite de incidência as tabelas praticadas pela Associação de Bombeiros ou estabelecimento hospitalar.

Artigo 105.º Condições para atribuição de comparticipação por transporte em ambulância

1. A comparticipação por transporte em ambulância de/para estabelecimento hospitalar será de 100% da

despesa, tendo como limite de incidência as tabelas praticadas pela Associação de Bombeiros, desde que a necessidade de recurso àquele meio de transporte seja comprovada por médico do estabelecimento

hospitalar a que o doente recorreu, ou devidamente justificada através de exposição do próprio

beneficiário.

2. A comparticipação por transporte em ambulância, de/para centro clínico, será de 100% da despesa, tendo como limite de incidência as tabelas praticadas pela Associação de Bombeiros, desde que a necessidade

de recurso àquele meio de transporte seja devidamente justificada pelo médico assistente do doente.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 42

Artigo 106.º Comparticipação em despesas de transporte por táxi ou viatura particular

1. Nas situações previstas nos artigos anteriores, poderá ser atribuída comparticipação em despesas de

transporte por táxi ou viatura particular, em alternativa ao transporte por ambulância, desde que o beneficiário apresente:

a) declaração do médico assistente, comprovando a impossibilidade clínica de utilização de transporte público colectivo e a prescindibilidade de transporte em ambulância;

b) recibo de pagamento do táxi ou, em caso de utilização de viatura particular, declaração do

respectivo proprietário, indicando o dia e hora do transporte, o local de origem, de destino e a

quilometragem efectuada; e

c) documento comprovativo da assistência prestada.

2. Nas situações referidas no número anterior, será atribuído um uníco subsídio de transporte, consoante o

nº de quilómetros efectuados.

Secção II Transporte Público Colectivo

Artigo 107.º Comparticipação em despesas por deslocação em transporte público colectivo

1. Será atribuída comparticipação nas despesas de transporte público colectivo sempre que o beneficiário, por razões de assistência clínica, deva deslocar-se da localidade da respectiva residência.

2. O disposto no número anterior subordinar-se-á à comprovação das seguintes condições cumulativas:

a) necessidade de recurso a meios clínicos especializados;

b) inexistência, incapacidade ou inviabilidade de acesso a meios técnicos e/ou humanos loco-

regionais; e

c) localização dos meios clínicos indispensáveis a uma distância mínima de 40 km entre a localidade de residência do doente e a localidade onde se encontram sediados os referidos

meios.

Artigo 108.º Condições para atribuição de comparticipação

1. A necessidade a que se refere a alínea a) do número 2 do artigo anterior deverá ser justificada por

relatório médico, indicando especificamente:

a) situação clínica do doente, incluindo esclarecimento quanto a meios de diagnóstico e

terapêutica eventualmente realizados ou iniciados;

b) motivos de deslocação;

c) especialidade clínica ou médica e/ou localização dos serviços a que o doente deva recorrer; e

d) justificação de eventual necessidade de acompanhante.

2. O relatório referido no número anterior deverá ser emitido:

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Regulamento do SAMS/QUADROS 43

a) pelo médico assistente da área de residência do doente, anteriormente à deslocação inicial; e

b) pelo médico que vem assegurando o tratamento, no caso de continuação do mesmo, após o

deferimento da comparticipação referente à deslocação inicial.

3. Poderá ser dispensado o relatório referido na alínea a) do número anterior, no caso de recurso a serviços de oftalmologia, ginecologia/obstetrícia, estomatologia e pediatria.

Artigo 109.º Comprovação da inexistência ou inviabilidade de acesso a meios loco-regionais

A inexistência, incapacidade ou inviabilidade de acesso aos meios a que se refere a alínea b) do número 2 do artº. 107.º deverá ser comprovada pelo médico assistente da área de residência do doente.

Artigo 110.º Local de assistência

Justificada a necessidade de deslocação, a comparticipação em transporte apenas será devida até à localidade

que, dispondo dos meios técnicos-humanos necessários e suficientes, se situe à menor distância da localidade de residência do doente.

Artigo 111.º Prazo para apresentação de relatório

Para efeitos de deslocação ao Continente ou ao estrangeiro, o relatório referido no artº. 108.º deverá ser presente ao SAMS/QUADROS com a antecedência mínima de 30 dias, salvo nos casos de urgência clinicamente

comprovada.

Artigo 112.º Comparticipação em despesas de transporte do acompanhante

1. A comparticipação em transporte será extensiva a acompanhante, no caso de doentes:

a) com idade inferior a 18 anos;

b) internados em estabelecimento hospitalar; e

c) em situação clínica que exija acompanhante, devendo tal necessidade ser inequivocamente

justificada por relatório do médico assistente.

2. Em princípio será atribuída comparticipação de transporte para um único acompanhante, no caso de deslocação de mais de um doente do mesmo agregado familiar à mesma localidade e no mesmo período.

3. Em princípio não será atribuída comparticipação de transporte para acompanhante de um doente, no caso de se deslocar igualmente outro doente do mesmo agregado familiar à mesma localidade e no mesmo

período.

Artigo 113.º Condições para atribuição de comparticipação em transporte

A atribuição de comparticipação por transporte é condicionada à apresentação de:

a) relatório médico, nos termos definidos no artº. 108.º;

b) bilhetes de passagem originais e recibos de agência de viagens quando naqueles não conste o respectivo preço;

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Regulamento do SAMS/QUADROS 44

c) no caso de utilização de viatura particular, declaração do beneficiário-titular, referindo o custo das passagens entre as localidades de origem e destino, segundo os valores em vigor na RN ou

CP (2ª classe) ou, na falta destas, transportadora que sirva o local.

d) recibos correspondentes aos serviços clínicos prestados, fotocópia dos mesmos ou declaração

médica comprovando a prestação dos serviços.

Artigo 114.º Valor da comparticipação

Satisfeitas as condições indicadas nos artºs. anteriores, a comparticipação será de 100% com base na seguinte

tabela:

a) transporte aéreo (ao estrangeiro, inter-ilhas e entre as Regiões Autónomas e Lisboa) - 100% do

custo da viagem, com o limite estabelecido para a passagem em classe turística; e

b) transporte rodoviário ou ferroviário - 100% do custo da viagem, com o limite de incidência estabelecido pela CP (2ª classe) ou RN ou, na falta destes, transportadora que sirva o local.

Artigo 115.º Valor da comparticipação a atribuir em deslocações ao estrangeiro

No caso de deslocações ao estrangeiro por razões de assistência, nos termos do presente Regulamento o

beneficiário poderá optar por:

a) transporte ferroviário, sendo a comparticipação correspondente ao respectivo custo, sem prejuízo do limite de incidência estabelecido para a passagem aérea em classe turística; e

b) transporte em viatura particular, sendo a comparticipação correspondente a 100% do custo de uma passagem aérea em classe turística.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 45

III PARTE GESTÃO DO SAMS/QUADROS

CAPÍTULO I ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Artigo 116.º Gestão do SAMS/QUADROS

1. Por delegação da Direcção do Sindicato a gestão do SAMS/QUADROS é exercida por um Conselho

Directivo.

2. A Direcção designará os elementos necessários para o Conselho Directivo.

3. O exercício das aludidas funções será remunerado.

4. Os membros do Conselho Directivo do SAMS/QUADROS, bem como os colaboradores do SNQTB afectos

ao mesmo, estão sujeitos ao regime de confidencialidade, relativamente às situações do foro médico-

social dos beneficiários, de que tomem conhecimento.

Artigo 117.º Competências do Conselho Directivo

Compete ao Conselho Directivo:

1. Gerir os SAMS/QUADROS em conformidade com os Estatutos do Sindicato, o presente Regulamento e a

legislação aplicável, nomeadamente:

a) Analisar e propor Tabelas e respectivos plafonds, relativamente à atribuição de

comparticipações;

b) Acompanhar a atribuição de comparticipações e subsídios regulamentarmente previstos;

c) Analisar e propor as políticas de planeamento e organização dos Serviços;

d) Celebrar acordos ou contratos de prestação de serviços médico-sociais;

e) Deliberar sobre propostas, queixas e reclamações que lhe sejam dirigidas em questões abrangidas no âmbito deste Regulamento;

f) Diligenciar junto da Companhia de Seguros por forma a garantir o bom cumprimento do contrato existente;

g) Providenciar e acompanhar o bom funcionamento dos Serviços.

2. Estabelecer com os corpos sociais do Sindicato as necessárias articulações, de modo a prestar à Direcção do SNQTB todos os esclarecimentos solicitados.

Artigo 118.º Presidência do Conselho Directivo

Por inerência das suas funções, presidirá ao Conselho Directivo referido no artº. anterior, o Presidente da Direcção do SNQTB.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 46

Artigo 119.º Reuniões do Conselho Directivo

1. O Conselho Directivo do SAMS/QUADROS reunirá, ordinariamente, duas vezes por mês.

2. Extraordinariamente, o Conselho Directivo do SAMS/QUADROS reunirá a pedido:

a) da Direcção do SNQTB; ou

b) de qualquer membro do Conselho Directivo.

Artigo 120.º Fiscalização

A fiscalização e controlo do SAMS/QUADROS serão exercidos pela Direcção do SNQTB.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 47

CAPÍTULO II GESTÃO FINANCEIRA

Secção I Contribuições

Artigo 121.º Contribuições obrigatórias

1. Para a prestação da assistência e outros benefícios previstos no presente Regulamento, constituem

contribuições obrigatórias para o SAMS/QUADROS:

a) a percentagem fixada no ACT do Sector Bancário sobre as retribuições efectivas dos bancários devidamente inscritos no SAMS/QUADROS, a cargo das Instituições de Crédito; e

b) a percentagem fixada no ACT do Sector Bancário sobre as retribuições efectivas dos bancários inscritos no SAMS/QUADROS a deduzir pela entidade patronal nas respectivas retribuições.

2. Será dispensada a entrega de contribuições aos beneficiários-titulares referidos no número 1 do artigo 11.º enquanto se mantiverem naquelas situações.

Secção II Contabilidade

Artigo 122.º Contabilidade

O SAMS/QUADROS disporá de orçamento e contabilidade inseridos nos documentos, relativamente ao SNQTB.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 48

CAPÍTULO III PENALIDADES

Artigo 123.º Responsabilidade civil e criminal

Os membros do Conselho Directivo do SAMS/QUADROS respondem, civil e criminal pelas faltas e/ou irregularidades cometidas no exercício das suas funções na gestão do SAMS/QUADROS, à excepção daqueles

que, inequivocamente, não tenham intervido nos actos em causa ou aos mesmos se tenham oposto através de declaração de voto exarada em acta e devidamente comunicada à Direcção do SNQTB.

Artigo 124.º Procedimento disciplinar

1. Os beneficiários que, por actos ou omissões, iludam o SAMS/QUADROS ou não sejam verdadeiros nas suas declarações, requerimentos ou participações, ficam sujeitos ao regime disciplinar respectivo e à lei

geral.

2. A instauração de processo disciplinar e/ou judicial é da competência do Conselho de Disciplina do SNQTB,

por proposta do Conselho Directivo do SAMS/QUADROS e da Direcção do SNQTB.

IV PARTE DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 125.º Regulamentação interna

O estabelecimento e a elaboração da regulamentação interna do SAMS/QUADROS, de que trata o artº. 4.º, é da

competência da Direcção do SNQTB.

Artigo 126.º Criação das tabelas iniciais

A criação e o estabelecimento das tabelas iniciais do SAMS/QUADROS, referidas ao longo do presente

Regulamento, são da competência do Conselho Geral do SNQTB.

Artigo 127.º Actualização de valores e/ou alteração das tabelas

A actualização de valores e/ou alteração das tabelas do SAMS/QUADROS referidas neste Regulamento, é da

competência da Direcção do SNQTB, sob proposta do Conselho Directivo.

Artigo 128.º Alterações ao Regulamento

As alterações ao presente Regulamento são da competência do Conselho Geral do Sindicato Nacional dos

Quadros e Técnicos Bancários, sob proposta da Direcção do SNQTB.

Artigo 129.º Casos omissos

Os casos omissos suscitados na interpretação deste Regulamento serão resolvidos pela Direcção do Sindicato

Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários.

Artigo 130.º Aprovação e vigência deste Regulamento

1. Este Regulamento foi aprovado em reunião extraordinária do Conselho Geral do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, realizada no dia 26 de Outubro de 1992.

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Regulamento do SAMS/QUADROS 49

2. Este regulamento entra em vigor da data da sua publicação.

Artigo 131.º Aprovação e vigência das tabelas/limites de incidência

1. As tabelas/limites de incidência, a que se alude ao longo deste Regulamento, foram aprovadas em reunião

extraordinária do Conselho Geral do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, realizada no dia 26 de Outubro de 1992.

2. As tabelas/limites de incidência, referidas no número anterior, vigorarão a partir do dia 1 de Janeiro de 1993 sem quaisquer efeitos retroactivos.

3. As tabelas de actualização dos benefícios concedidos aquando da sua revisão fazem parte integrante

deste regulamento.