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relatório completo análise de gasolina com analise de destilação, massa específica, grau de pureza, porcentagem de álcool e análise da composição. Introdução>Objetivos>Procedimentos experimentais> resultados> discussão> conclusão.
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Curso de Engenharia Mecânica
Fundamentos em combustíveis automotivos
‘Análise da Gasolina pelo ensaio de destilação, determinação da aparência: aspecto e cor, registro de análise massa específica, ensaio de
proveta e ensaio no analisador de gasolina.’
Professor:
Aluno:
São Carlos - SP – 2015
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Sumário
1. Introdução................................................................................................................................4
2. Objetivos..................................................................................................................................7
2.1. Objetivo Geral...................................................................................................................7
2.2. Objetivos Específicos........................................................................................................7
3. Procedimento Experimental....................................................................................................8
3.1. Materiais e Equipamentos.................................................................................................8
3.2. Destilação..........................................................................................................................8
3.3. Análise visual de aspecto e cor da amostra.......................................................................9
3.4. Teor de Etanol na gasolina................................................................................................9
3.5. Teste de densidade..........................................................................................................10
4. Resultados e Discussão..........................................................................................................11
4.1. Resultados.......................................................................................................................11
4.2. Discussões.......................................................................................................................12
5. Conclusão..............................................................................................................................14
6. Referências Bibliográficas.....................................................................................................15
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Resumo
O relatório experimental em questão expõe inicialmente os resultados da destilação fracionada,
em um Analisador de Destilação Automático, realizada em uma amostra de gasolina com o
intuito de separar e identificar diferentes substâncias presentes nela. Em seguida, há o registro
da determinação visual de aspectos, como presença de impurezas e cor da amostra de gasolina,
para assim classifica-la quanto ao tipo ao qual a amostra pertence. Posteriormente encontram-se
os resultados da análise de porcentagem de álcool realizado em um teste de proveta e densidade
da amostra por um medidor de densidade digital. Por fim pode-se encontrar os dados gerados
através de um analisador de gasolina.
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1. Introdução
Os combustíveis, quando sofrem combustão, liberam energia. Essa energia é essencial nos
tempos modernos desde a Revolução Industrial que determinou o atual meio de produção
dependente de fontes variadas de energia para suprir a nova demanda do âmbito econômico, ou
seja, com níveis cada vez mais elevados de produção industrial há uma necessidade energética
que condiz com o desenvolvimento contemporâneo cientifico e tecnológico. Tais combustíveis
podem ser encontrados na natureza e produzidos nas suas formas sólido, liquido e gasoso.
Atualmente os combustíveis líquidos são os mais difundidos no setor automobilístico para
motores de combustão interna, são eles: gasolina; óleo; diesel e álcool.
A gasolina é um combustível fóssil produzida a partir do petróleo. É formada, principalmente,
por hidrocarbonetos. Porém, possui também em sua composição (em pequena quantidade):
produtos oxigenados, enxofre, compostos metálicos e de nitrogênio. É utilizada na forma comum
ou aditivada (com aditivos que facilitam a limpeza do sistema de combustível). Apesar de ser de
grande utilidade, por se tratar de um combustível fóssil, a queima da gasolina provoca a emissão
de gases poluentes, responsáveis pelo efeito estufa e aquecimento global. Devido a sua
importância e popularidade comercial surge a necessidade de haver uma regulamentação quanto
a composição da gasolina. Órgãos reguladores como a Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP) fiscalizam as empresas do setor com relação a qualidade da
gasolina através de testes que determinam quantitativamente seus constituintes. Alguns testes
baseiam-se em destilação; análise da densidade; análise da porcentagem de álcool em volume;
análise dos componentes.
A destilação fracionada ou também chamada de destilação atmosférica é usada na separação de
misturas homogêneas quando os componentes da mistura são líquidos. A destilação fracionada é
baseada nos diferentes pontos de ebulição dos componentes da mistura. A técnica e a
aparelhagem utilizada na destilação fracionada é a mesma utilizada na destilação simples, apenas
deve ser colocado um termômetro no balão de destilação, para que se possa saber o término da
destilação do líquido de menor ponto de ebulição. O término da destilação do líquido de menor
ponto de ebulição, ocorrerá quando a temperatura voltar a se elevar rapidamente. Para uma
análise de substâncias com maior precisão e com mais facilidade, é frequentemente utilizado em
laboratórios de ponta, aparelhos denominados Analisadores de Destilação Automáticos.
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Os diferentes materiais possuem propriedades químicas e físicas, intensivas e extensivas. Dentre
as propriedades físicas intensivas encontramos a densidade que é obtida pela razão entre massa e
volume da substância. A densidade é uma propriedade importante e pode ser utilizada para
distinguir um material puro de um impuro (ou de ligas desse metal), pois a densidade dos
materiais que não são puros (misturas) é uma função da sua composição. Ela também pode ser
utilizada na identificação e no controle de qualidade de um determinado produto industrial, bem
como ser relacionada com a concentração de soluções. Aparelhos que auxiliam nessa análise
mais precisa para controle de concentrações pela densidade são os chamados Medidores de
Densidade Digital.
Como uma forma de regular e padronizar a composição dos combustíveis a ANP definiu que a
porcentagem obrigatória de etanol anidro combustível que deve ser adicionado na gasolina é de
25%, sendo que a margem de erro é de 1% para mais ou para menos. Mesmo assim é recorrente,
seja por erro humano ou por desvio de conduta, a ocorrência de adulterações na gasolina,
misturando-a com outros solventes. Um dos solventes utilizados com frequência é o etanol
(álcool). Isso acontece porque o etanol funciona como um antidetonante da gasolina nessas
proporções, ou seja, ele aumenta o seu índice de octanagem, resistindo a maiores compressões,
porque o poder calorífico do etanol é menor. Além disso, a gasolina com etanol libera menos
monóxido de carbono para o meio ambiente. No entanto, a adição de etanol à gasolina acima do
limite traz danos ao veículo, por exemplo, o carro começa a falhar, sendo preciso dar a partida
várias vezes para voltar a funcionar, as peças do sistema de injeção eletrônica são corroídas.
Sendo assim o teste de proveta é utilizado em larga escala para a medição da porcentagem de
álcool na gasolina. Ele consiste basicamente na adição à gasolina de certa quantidade de solução
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de Cloreto de Sódio 10% em massa, essa solução se mistura com o álcool e o separa da gasolina
que não se mistura com a água devido à sua polaridade.
Por fim para uma completa análise dos constituintes e propriedades da gasolina: Octanagem,
quantidade de etanol, Benzeno, Oleofinas, Aromático dentre outros. Para isso são utilizados
aparelhos chamados Analisadores de Gasolina que determinam variadas propriedades físicas e
químicas da amostra.
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2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
Analisar a amostra de gasolina, afim de obter suas propriedades para assim definir a sua
qualidade e o tipo ao qual pertence.
2.2. Objetivos Específicos
Comparar os dados obtidos em destilação com as faixas de valores presentes na Tabela
de especificação ANP nº40/2013 e assim determinar se a amostra se encontra dentro das
especificações.
Obter visualmente a cor e o aspecto da amostra a fim de classifica-la.
Determinar o teor de álcool da amostra.
Aferir a densidade da amostra.
Definir a composição física e química da amostra.
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3. Procedimento Experimental
3.1.Materiais e Equipamentos
Listagem e especificações dos equipamentos utilizados para a realização dos experimentos:
1. 500mL de gasolina. Amostra n°13-9564;
2. Proveta graduada de 100mL;
3. Proveta graduada de 1000mL;
4. Conta gotas;
5. Balão volumétrico;
6. Pedra pequena de cerâmica;
7. Béquer de 50mL;
8. Destilador atmosférico automático OPTIDIST.
9. Funil;
10. Água destilada;
11. Solução 10% em massa de NaCl;
12. Pipeta;
13. Tampa para proveta de 100mL;
14. Seringa;
15. Analisador de densidade PAAR Density Meter DMA 500M;
16. Analisador de gasolina GS1000 Gasoline Analizer Petro Spec;
3.2. Destilação
Em uma proveta coletou-se 100mL da amostra ajustando-se o menisco com o conta
gostas;
Em um balão volumétrico adaptado para o destilador, colocou-se uma pequena pedra de
cerâmica em seu interior e então transferiu-se os 100mL da amostra para ele;
Colocou-se o balão no aparelho Destilador;
No aparelho regularam-se os parâmetros:
o Gasolina: Norma ASTM D86;
o Verifica-se as condições dos sensores;
o Posicionamento do prato para gasolina;
o Verifica-se a limpeza da tubulação;
o Verifica-se o posicionamento da proveta;
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Inicia-se a destilação;
Após a destilação terminada, computa-se a quantidade de resíduo restante no balão
volumétrico;
Descarta-se o resíduo e a gasolina de forma adequada;
Anotam-se os resultados;
3.3. Análise visual de aspecto e cor da amostra
Limpa-se a proveta de 1000mL com uma pequena quantidade da amostra para evitar
contaminações por experimentos anteriores;
Verte-se o galão da amostra para homogeneizá-la;
Derrama-se toda a gasolina na proveta com o auxílio de um funil;
Observa-se a proveta contra a luz para a verificação da presença de impurezas;
Observa-se a coloração e compara-se com um catálogo de cores;
Registram-se os resultados segundo a legenda:
o Aspecto: LII – Límpido e isento de impurezas; LCI – Límpido e com impurezas;
TII- turvo e isento de impurezas; TCI- Turvo com impurezas; H- Amostra
homogênea; O- Outros;
o Cor: (AM) Amarelo; (AZ) Azul; (I) Incolor; (L)Laranja; (M) Marrom; (R) Rosa;
(VD) Verde; (VM) Vermelho;
o Tipo de combustível: (C)- Gasolina comum; (A) Gasolina Aditivada; (P)-
Gasolina Premium;
3.4. Teor de Etanol na gasolina
Mede-se a temperatura da amostra com o termômetro totalmente imerso na amostra;
Mede-se a temperatura da solução de cloreto de sódio;
Homogeneíza-se a amostra vertendo-se o galão algumas vezes;
Com o auxílio do funil, transfere-se 50ml da amostra para uma proveta de 100mL.
Acerta-se o menisco com uma pipeta.
Na mesma proveta, transfere-se 50mL da solução de NaCl para completar 100mL de
mistura. Novamente acerta-se o menisco com a pipeta para minimizar os erros;
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Inverte-se a solução 10 vezes com bastante calma apenas para haver a mistura da
solução;
Reservar a mistura por 10 minutos;
Faz-se a leitura da divisão de fase;
Realizam-se os cálculos para definição da porcentagem de álcool;
Anotam-se os resultados;
3.5. Teste de densidade
Verte-se a amostra para homogeneizá-la;
Limpa-se o béquer de 50mL com uma pequena quantidade da amostra de gasolina;
Com o auxílio da seringa, limpa-se a tubulação injetando-se duas vezes a amostra na
tubulação do aparelho de análise de densidade;
Injeta-se a quantidade de uma seringa na tubulação com o cuidado de não deixar bolhas
ao longo dela;
Inicia-se as medições;
Notam-se os resultados;
3.6. Análise dos constituintes da gasolina
Limpa-se o frasco do Analisador com uma pequena quantidade da amostra;
Coloca-se uma pequena quantidade da amostra no frasco do aparelho e inicia-se a
medição;
Anotam-se os resultados;
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4. Resultados e Discussão
4.1. Resultados
Analisando-se os resíduos da destilação obteve-se o valor 1.1mL deflagrando 1.4% da amostra
como resíduo.
Na análise de aspecto e cor chegou-se ao aspecto limpo e isento de impurezas (LII) e cor (AM)
Amarelo.
Para a análise da porcentagem de etanol na amostra, obteve-se o volume de solução aquosa de
NaCl de 63mL o que demonstra a presença 13mL de AEAC (Etanol anidro). Através de uma
regra de três chega-se à porcentagem de 27% de etanol nos 50 mL da amostra.
A análise de densidade resultou-se em 0.7414 g/cm3.
Para o ensaio no analisador de gasolina obteve-se os dados presentes na tabela 1.
CARACTERÍSTICASUNIDADE VALOR OBTIDO
MON-
84,7
RON-
95,3
(RON+MON)/2- 90
Etanol %vol 26,7Benzeno %vol 0,62
Aromáticos %vol 11,3Olefinas %vol 8,3
Saturados %vol 50,0
Tabela 1: Dados obtidos no Analisador de gasolina
Organizaram-se então os dados obtidos na tabela 2 por motivos de organização e clareza.
CARACTERÍSTICAS UNIDA VALOR OBTIDO
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DE
Cor - Amarelo (AM)
Aspecto - Límpido e isento de
impurezas (LII)
Teor EAC % vol 27%
Massa específica a 20ºC g/m3 0.7414
Destilação
10% evaporado ºC 54,6
50% evaporado ºC 70,9
90% evaporado ºC 156,1
PFE ºC 201,9
Resíduo %vol 1,1
MON - 84,7
RON - 95,3
IAD - 90
Benzeno %vol 0,62
Aromáticos %vol 11,3
Olefínicos %vol 8,3
Saturados %vol 50,0
Tabela 2: Resultados compilados.
4.2. Discussões
O teste de destilação resultou em uma quantidade de resíduo que encontra-se dentro dos 2%
aceito para validação do teste.
Já com o teste de aspecto e cor demonstrou-se que o combustível possuía certa qualidade de
armazenagem e a coloração não fugiu da cor comum para esse tipo de substância.
A porcentagem de Etanol segundo a norma tem de estar em 27%, quantidade essa obtida nos
ensaios.
A tabela 3 expõe esses dados de forma comparativa com a resolução ANP nº40/2013 corrigida
para dados de 2015, para embasar melhor a discussão dos resultados.
Característica Unidade Valor Obtido Limite – Gasolina
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Premium Tipo C
Teor de Metanol,
máx.
%vol 0,0 0,5
Cor - Amarelo (AM) Incolor a amarelada,
isenta de corante
Aspecto - Límpido e isento de
impurezas (LII)
Límpido e isento de
impureza (LII)
Teor EAC % vol 27% 27 ± 1
Massa específica a
20ºC
g/m3 0.7414 Anotar
Destilação
10% evaporado,
máx.
ºC 54,6 65,0
50% evaporado,
máx.
ºC 70,9 80,0
90% evaporado,
máx.
ºC 156,1 190,0
PFE, máx. ºC 201,9 215,0
Resíduo, máx. %vol 1,1 2,0
MON, min. - 84,7 82,0
IAD, min - 90 87,0
Benzeno %vol 0,62 1,0
Aromáticos %vol 11,3 35
Olefínicos %vol 8,3 25
Saturados %vol 50,0 Anotar
Tabela 3: Especificações da resolução ANP n°40 2013 adaptada com dados de 2015
5. Conclusão
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Conclui-se portanto, que a amostra de gasolina encontra-se dentro dos padrões pedidos pela
norma, visto que suas características estão dentro dos limites estabelecidos pela ANP. E com isso
pode-se caracterizar seu tipo como Gasolina Premium do Tipo C.
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6. Referências Bibliográficas
http://en.wikipedia.org/wiki/Oscillating_U-tube http://www.anp.gov.br/?id=494 http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Oitava_quimica/materia17.php http://www.mundoeducacao.com/quimica/determinacao-teor-alcool-na-gasolina.htm http://www.pensalab.com.br/Laboratorio/Optidist-Destilador-Atmosferico-Automatico/
flypage.tpl.html
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