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1 2013 Relatório

Relatório 2013 da Caritas África - Final - Caritas Africa · Caritas África, uma das sete regiões da Caritas Internationalis, uma pessoa canonicamente públi- ... e utilizados

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2013Relatório

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Reforçando a identidade da Caritas ....................................................... 3No coração da missão da Igreja em África ............................................ 4Valores da Caritas África .......................................................................... 5Implementando a Declaração de Kinshasa .......................................... 6Uma Família Humana: Alimento Para Todos ....................................... 7Gestão e Respostas a Emergências ....................................................... 8Estreita Colaboração com os Parceiros ................................................. 9Garantindo Coordenação de zonas ........................................................ 10Cobertura e Espansão da Caritas em África .......................................... 12Sucessos dos Membros da Caritas em África ....................................... 13Principais dificuldades encontradas pelos membros da Caritas .......... 14Fundo de Solidariedade da Caritas África ............................................ 15Comunicação interna e externa ............................................................... 16Situação orçamental como em 31 de dezembro de 2013 .................... 17Apêndice: Reunião com os Directores / Secretários-Geraisdas Cáritas Nacionais da Região África - Nairobi, Quénia– 1 à 05 de Julho de 2013 - DECLARAÇÃO ....................................... 18

Bebendo de um ponto de água no leste Pokot, Quênia.

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+ Francisco João SilotaPresidente, Caritas Africa

Participantes da reunião de Nairóbi - julho de 2013.

Reforçando a identidade da Caritas

“Para a Igreja, a caridade não um tipo de actividadede assistência social que poderia muito bem ser

deixada para os outros, mas é parte da sua natureza,uma expressão indispensável do seu ser.”

(Deus Caritas Est, 25a)

Em 2013, a Caritas África manteve o seu focona identidade e missão da Caritas como braçoda pastoral social da Igreja, no contexto do

Quadro Estratégico e do Plano Organizacional daCaritas África, cujo objectivo principal era: “Caritas emÁfrica, uma parte integral da Igreja, promovendoreconciliação, Justiça, Paz e Prosperidade.”

Em Junho de 2013, os Directores Nacionais e osSecretários Gerais das Caritas reuniram-se em Nairobipara dar seguimento ao importante encontro dos Bisposorganizado em Novembro em Kinshasa pela CaritasÁfrica em estreita colaboração com o Conselho PontificalCor Unum. Esta foi uma oportunidade ideal para reflectirsobre a implementação da Declaração de Kinshasa.

No final do encontro, os participantes emitiram umaDeclaração Final afirmando que entendem que eles têmum papel chave a exercerem no que diz respeito aoassegurar que o exercício da caridade, nas suasrespectivas posições, pertence a natureza exacta daIgreja, sob a autoridade dos Bispos, e que é parteintegral da sua missão, como está claramentemencionado no parágrafo25a da Deus Caritas Est: “Paraa Igreja, a caridade não um tipo de actividade deassistência social que poderia muito bem ser deixadapara os outros, mas é parte da sua natureza, umaexpressão indispensável do seu ser.”

Para acelerar a im-plementação da De-claração deKinsha-sa, os participantes sentiram que era necessáriodissemi-nar quantomais possível a De-clara-ção de Kinsha-sa e o Motu Proprio“Intima Ecclesiae Na-tura” e criar um en-tendimento partil-hado do seu espíritoe conteúdo.

É confortável saberque os membros daCaritas em Áfricaestão a tornar-secada vez mais conscientes que, apesar de algumasexcepções, eles estão muito dependentes de fundos dedoadores externos e têm dificuldades de mobilizaremrecursos adequados. A partilha de boas práticas namobilização de recursos ao nível da comunidade, odesenvolvimento de estratégias e a capacidade de acederà financiamento institucional, a promoção de iniciativasde geração de rendas e auto-dependencia, a participaçãoactiva na coordenação humanitária a todos os níveis, eo reforço das capacidade institucional com o apoio daCI, deve ser activamente encorajado.

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No coração da missão da Igreja em África

Zona ACEACBurundi, República Democrática do Congo e o Ruanda

Zona ACERACCameroon, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão eRepública Centro-Africana

Zona AECAWAGana, Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Gâmbia

Zona AMECEAEritréia, Etiópia, Quénia, Malawi, Sudão, Tanzania, Ugan-da e Zâmbia

Zona CEDOI-MComores, Madagáscar, Maurícias e Seychelles

Zona CERAOBenin, Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Mali, Níger, Senegal e Togo

IMBISA zoneÁfrica do Sul, Angola, Botsuana, Lesotho, Mozambique,Namibia, São Tomé & Príncipe, Swaziland e Zimbabwe.Jacques Dinan

Secretário Executivo, Caritas Africa

ACaritas África, uma das sete regiões da CaritasInternationalis, uma pessoa canonicamente públi-ca e jurídica dedicada ao serviço do pobre e da

promoção da caridade e justiça, reagrupa 45 organizações das Cari-tas nacionais da África sub-Sahariana.

Estes membros da Cari-tas estão organizados emsete zonas, nomeada-mente: Caritas ACEAC(Associação das Conferen-cias Episcopais da ÁfricaCentral); Caritas ACERAC (Associa-ção das Conferencias Episcopais daRegião da África Central); Caritas AECAWA(Associação das Conferencias Episcopais paraÁfrica Ocidental Anglófona); Caritas AMECEA(Associação dos membros da ConferenciaEpiscopal da África do Leste); Caritas CEDOI-M (Conferencia Episcopal das ilhas do OceanoÍndico e Madagáscar); Caritas CERAO (Conferen-cias Episcopais da Região da África Ocidental) e aCaritas IMBISA (Encontro Inter-Regional dos Bisposda África Austral). Em 9 de Julho de 2011, o Sul doSudão tornou-se independente e a Caritas Sul do Sudãofoi desde então constituida. A Caritas África trabalha emestreita ligação com a Caritas do Sul do Sudão, mesmonão sendo ainda membro da Caritas Internationalis.

A Caritas África está no coração da missão da Igraja emÁfrica. Servindo os pobres, é sinal do amor de Deus paracom a humanidade em Jesus Cristo. O trabalho da Caritasé inspirado pelas Escrituras, Doutrina Social Católica e pelas

experiencias e esperanças do povo desvantajosos eque estão a viver na pobreza. A Caritas trabalhacom todas as pessoas crentes e não crentes.

A força da Caritas África é a sua extensarede. Não está presente apenas nos

46 paises, mas também em todosos paises, nas suas actividades detrabalho ao nível diocesano eparoquial. Assim, a Caritas em

África emprega 13 000pessoas, apoiada por mais de

427 000 voluntários. Somandotodos, as organizações da Caritasna África Sub-Sahariana, assiste77 milhões de bene-ficiários.Estima-se que o somatório

orçamental anual de todas estas orga-nizações atinge acima de 236 milões de Euros,

dentre esse valor 5 milhões de Euros são mobilizadoslocalmente, juntados ao o trabalho e recursos mobilizadose utilizados pelas organizações mebros da Caritas naÁfrica Sub-Sahariana. Estes não incluem os programas eorçamentos de outros mebros individuais da CaritasInternationalis que apoiam o desenvolvimento social emÁfrica que somam centenas de milhões de Euros.

Membros da Caritas em África empregam mais de13 000 pessoas suportadas por 427 000 voluntários

e alcançar alguns 77 milhões beneficiários .

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Valores da Caritas ÁfricaCompaixãoConfrontado pela pobreza e sofrimento global, aresposta fundamental da Caritas é a compaixão enraizadano amor. A Caritas não aceita o sofrimento dos irmãose irmãs e levaa a cabo acções para aliviar este sofrimento.

EsperançaA esperança da Caritas é inspirada pela fé Cristã, naforça e nos recursos dos seus parceiros e das pessoasque ela serve. No conhecimento de que a esperançaCristã não é passiva, a Caritas acredita que trabalhandojuntos, o mundo melhorpode e deve ser atingido paraque todos consigam ter a vida em plenitude.

DignidadeA Caritas vê os pobres como seres humanos comdignidade não como objectos inúteis de que se tem penaela trabalha com eles para construir um mundo futuromelhor para eles. A Caritas acredita numa intrísecadignidade de todas as pessoas e que todos os homens emulheres são iguais. A Caritas trabalha com todas pessoasindependentemente da raça, género, religião e políticas.

JustiçaA Caritas acredita que ninguém pode dar comopresente algo que a pessoa tem como direito. A Caritasdesafia as estruturas económica, sociais, política ecultural que se opoem a uma sociedade justa.

SolidariedadeCaritas trabalha para realçar a solidariedade entre ospobres, vendo o mundo atraves dos seus olhos, ereconhecendo a interdependência da humanidade.

Cooperação e Comunhão FraternaA Caritas constroi ligações entre as comunidades nomundo, reconhecendo que todos dão e assim comorecebem. Caritas trabalha dentro e fora da famíliaCatólica procurando justiça para mudar o mundo parao melhor.

AdministradorCaritas acredita que o planeta e seus recursos estãoconfiados à humanidade e procura agir num ambienteresponsável como verdadeiros administrador da criação.

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Participação ativa de delegados durante o trabalho de grupo.

Uma das maiores actividades organizadas pelaCaritas África em 2013 foi a reunião dosDirectores/Secretarios Gerais das Caritas

nacionais em Nairobi de 1 à 4 de Julho. A reunião teveboa presença com 36 organizações das CaritasNacionais da região com a presença do Senhor BispoDom Francisco João Silota, Presidente da CaritasÁfrica. Senhor Arcebispo Cyprian Kizito Lwanga,Senhor Bispo Philip Arnold Anyolo, Senhor BispoMbuyu Louis Portella e Senhor Bispo LoduErkolanoTombeTongun, assim como o Secretário-geralda Caritas Internationalis, Michel Roy, outros membrosséniores da CI e parceiros participaram na reunião.

No fim da reunião, os participantes emitiram umaDeclaração Final, afirmando que eles entendem que têmo papel chave a desempenhar para garantirem que oexercício da caridade, nas suas respectivas posições,pertence a natureza própria da Igreja sob a autoridadedo Bispo, e que é parte integral da sua missão, como estáclaramente mensionado no parágrafo 25a de Deus CaritasEst. “Para a Igreja, a caridade não um tipo de actividadede assistência social que poderia muito bem ser deixadapara os outros, mas é parte da sua natureza, umaexpressão indispensável do seu ser”.

Para acelerar a Declaração de Kinshasa, os participantessentiram que era necessário deceminar quanto maispossível a Declaração de Kinsahasa e do MotuProprio“Intima Ecclesiae Natura” e criar uma partilha com-prensível do seu espirito e conteudo.

No final do ano, os membros da Região da Caritas Áfricaassim como os Parceiros da Caritas que trabal-ham emÁfrica, foram convidados a participarem num levanta-

mento para poderem avaliar até que ponto a Declaraçãofoi implementada durante os 12 meses que seguram areunião de Kin-shasa.

Este questio-nário seria pre-enchido peloDirector/ Se-cretário-geral daCaritas Nacio-nal em consultacom o BispoPresidente daCaritas ou como Bispo quetenha ligação estreita com a Caritas Nacional onde oPresidente da Caritas seja Leigo.

Desasseis organizações membros da Região África esete dos parceiros responderam ao questionário. Osmembros da Região Caritas África foram solicitados aresponderem 11 questões baseadas nas recomendaçõesdadas pelos Bispos em Kinshasa. Seis destas perguntastambém foram endereçadas aos parceiros, já que estesestavam preocupados com estas recomendaçõesespecíficas.

Os respondentes foram solicitados a fazerem a auto-avaliação, de 0 (não ouve nenhum progresso) a 10 (atingidoprogresso total), progresso atingido nas suas respectivasáreas desde Novembro de 2012. Um resumo dasrespostas de ambos, membros em África e parceirosestá ilustrado acima e mostra o progresso atingidodepois da Declaração de Kinshasa.

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7ACaritas África participou acti-vamente no lançamento daCampanha Global da Caritas

Internationalis da Luta Contra Pobre-za e deu nome de “Uma FamíliaHumana: Alimento Para Todos”.

Em princípios de Setembro de 2013,Caritas África deu um relevo dacampanha na Região África aodedicar como assunto chave na suarevista e-magazine de Setembro.Ouve muitos artigos a ilustrarem oesforço feito pela Catitas África paraassegurar a segurança alimentar,combate à desnutrição, o reforçar epromover a resiliencia da populaçãopara assegurar melhoria de vida.

Em princípios de Dezembro, muitos membros da Caritasem África participaram activamente no lançamento da

campanha mundial através da organi-zação de sensibilização de uns e outrosno assunto da insegurança alimentar.

O ponto central da oração daQuinta-feira de 10 de Novembro de2013 para marcar o lançamento dacampanha, espalhou-se pela África eviu não só a participação dos mem-bros do pessoal da Caritas mas tam-bém do público em geral e mesmode pessoal civil em alguns casos.

A campanha mundial está previstaa durar 18 meses e todo esforçoestá a ser feito para mitivar todosos membros da Caritas em Áfricaa participarem na campanha da CI:“Uma Família Humana: Alimento

Para Todos” e a ajudar a reduzir efectivamente ainsegurança alimentar em África e no mundo em geral.

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8duas vezes em 2013. Os membros estão preocupadospela situação e tomaram algumas recomendações emresposta a duas questões: Como é que nós podemosresponder mais eficazes em emergêngias? Comodesenvolver um Plano de trabalho para CAEMT?

Depois de longas discunsões e debates os membrosrecomendaram o seguinte: Criar um guião parapermitir-lhes a ver o que foi e não foi alcansado;produzir uma lista do que deve ser feito; partilharinformações através da internet e recolher respostasdos membros da equipa; partilhar as minutas dosencontros anteriores com novos membros; ter umfundo de solidariedade ao nível das dioceses, nacionale regional; e apoiar a proposta do fundo de respostarápida da CI.

O CAEMT também esteve a promover a criação dosforuns nacionais em África. O Forum da Caritas África éum espaço onde todos os Membros da Caritas e outrasAgencias das Igrejas trabalhando em/com um paísparticular se encontram regularmente para juntos e unidosplanificarem o seu trabalho de desenvolvimento ehumanitário, e preparam para emergências que possamsurgir, baseados nas analises do contexto e dasnecessidades partilhadas. As Caritas Nacionais animam ecoordenam os foruns, com o apoio de um dos mebros sefor necessário. O Forum Nacional pode preparar asrespostas às possíveis emergências, baseados nas análisesdo contexto e das necessidades partilhadas. Durante asemergências, os Foruns Nacionais são chamados a coor-denar de perto os Apelos de emergências da confederaçãono país. O por as pessoas a trabalharem juntas emsinergias é uma tarefa difícil e a Caritas África não deixaráde fazer esforços para ter sucessos com esta tarefa.

Os membros da Região da Caritas África assimcomo os parceiros da Caritas trabalhando emÁfrica tiveram que juntar esforços em ordem a

trazerem alívio às vítimas de muitas emergencias em 2013.

Ouveram muitas emergências resultantes de conflitosprovocados pelo homem na República Centro Africanoe na República do Sul do Sudão. A gestão e Respostaà emregência nestes dois paises foi e continua a serdifícel dado o alcance e estensão das crises.

O Secretariado da Caritas África assumiu um papelactivo no apoio às Caritas locais em ambos os paises.Os oficiais Anglófonos e Francófonos da CaritasÁfrica, tem, respectivamente, sido e ainda estão atrabalhar juntos com a Caritas da África Central e coma Caritas do Sul do Sudão. A Caritas África esta apriorizar estes dois membros duas Caritas com oobjectivo de armonizar a resposta total da confederaçãoatravés de elaboração e implemetação de Apelos deEmergências, entre outros.

Houve muitas outras situações de emergência na África,em 2013, ambos causados por conflitos de homem feitoe por desastres naturais. As conseqüências são alarmantes:a violência já matou e feriu milhares de pessoas, incluindocrianças, milhares de famílias são deixados em casa menose procurar refúgio tanto em seu próprio país ou noexterior, a insegurança alimentar é generalizada por causade secas, inundações causaram danos pesados.

A Equipa de Gestão e Resposta à Emergências daCaritas África (CAEMT) composta pelos represen-tantesdas organizações membros da Caritas da frica, Europae América do Norte, trabalhando em África, reuniram-se

Organização alívio para as vítimas na República Africana Central.

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Reforçar a capacidade de resistência das populações contra a seca.

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Inundações no Chade.

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9As organizações nacionais da Caritas na RegiãoÁfrica trabalham em estreita colaboração comnão menos de 90 parceiros, incluindo membros

da Caritas de outras regiões do mundo, organizaçõesda Igreja, Governos, ONGs e organizações interna-cionais.

Ao nível regional, a Caritas África também mantem umcontacto estreito com os seus parceiros e por váriasvezes trabalhou com eles em muitas ocasiões.

Assim, a Equipa de Gestão e Resposta a Emergênciasda Caritas África reuniu-se duas vezes em 2013. Osmembros desta equiapa inclue representantes de nume-rosas organizações membros em África, de um númerode parceiros, incluindo a CAFOD, Secours CatholiqueCaritas France, Caritas Alemã, Caritas Espanhola, CRS erepresentantes da Caritas Internationalis. O presidenteé o Dr Bruno Miteyo da Caritas Développement Congo.

A outra instância que envolve a participação dosparceiros da Caritas é o Grupo de trabalho CI para oSahel. O grupo reuniu-se uma vez em Dezembro de2013 em Senegal. A reunião teve boa participação dasorganizações da Caritas da região de Sahel assim comopelos parceiros da Caritas provenientes do nortetrabalhando na região do Sahel. Os participantes foram,a CAFOD, Caritas Bélgica, Caritas Dinamarca, SecoursCatholique Caritas France, Caritas Cabo Verde, CaritasMauritânia, Niger-CADEV, Caritas Senegal, CaritasSuiça, Caritas Italiana, Caritas Espanhola, CaritasInnsbruck, Caritas Áustria, Caritas Guine Bissau,Catholic Relief Services (Serviços de Alívio Católico),Caritas Mali, OCADES Caritas Burkina, Trocaire,Caritas Internationalis e Caritas Africa.

A Caritas África está muito agradecida pelo apoiofinanceiro que os seus parceiros deram durante o anode 2013. Eles contribuíram com um total de € 269 802,incluindo € 57 900 da CAFOD e € 18737 da CaritasNoruega. Sem este apoio positivo dos seus parceiros,a Caritas África não poderia ter conseguido imple-mentar o seu plano de actividades prioritárias de 2013.

A Secours Catholique Caritas France continua a apoiar10 organizações das Caritas em África através do seuprograma A2P/DIRO (Appui de Proximité Personnalisé-Développement Institutionnel et Renforcement Organisationnel).A Caritas França acordou com a Caritas África e estáa alugar um escritório no edifício do Secretariado daCaritas África em Lomé onde estabeleceram umEscritório de Coordenação para o ProgramaA2P/DIRO desde 1º de Fevereiro de 2012.

A Caritas África também entrou em acordo com a CaritasItaliana para em conjunto contribuírem para o reforço daidentidade eclesial da Caritas África; dar apoio eacompanhar os membros da Caritas em ordem a reforçaras suas capacidades organizacionais e institucionais. Asduas organizações comprometem-se a partilhar regula-rmente as suas estratégias e seus respectivos planos paraa região África; facilitar trocas entre os responsáveis daIgreja em África e Itália, assim como entre as comunida-des eclesiais envolvidos nos cuidados sociais da pastoral.

Os escritórios da Caritas África em Nairobi continua ajogar um papel pivot no reforço da cooperação fraternaentre todos os membros da Caritas presentes no paísem particular os baseados em Nairobi. O escritórioorganiza almoços de reuniões mensais onde participamos Directores Regionais da Caritas.

Os membros CAEMT reunião em Adis Abeba - abril de 2013.

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10A Caritas África é composta de sete zonas: ACEAC,ACERAC, AECAWA, AMECEA, CEDOI-M,CERAO e zona IMBISA.

Caritas ACEAC:

A Caritas ACEAC (Associação da ConferenciaEpiscopal da África Central), está enfrentando osseguintes desafios: Insuficiência de sinergia emobilização causado pela falta de comunicação; falta deformação profissional resultando em desemprego epobreza; falta de compromisso para promover segurançaalimentar; número elevado de deslocados; violênciacontra as mulheres; recursos insuficiente alocados aoministério de Caridade; e o excesso de exploração dosrecursos naturais resultando em pobreza.

Os objectivos estratégicos da zona são de desenvolverprojectos transfronteiriços para populações deslocadas;promover cursos vocacionais para os jovens como meiode lutar contra a pobreza e o desemprego; e desenvolverjuntos com ACEAC actividades da pastoral comum deJustiça e Paz focalizados aos regressados e aos imigrantesdirigindo a eles mensagens de paz e reconciliação.

Caritas ACERAC

A Caritas ACERAC (Associação da ConferênciaEpiscopal da Região da África Central) enfrentou umnúmero de dificuldades e os seus membrosexpressaram pontos de vista que indicam que ocoordenador de zona necessita de ser mais eficiente.Neste preciso momento, não possuem um guião e nemum quadro lógico concordado ao nível da zona. A trocade informações é limitada entre os membros da zona.

Caritas AECAWA

Caritas AECAWA (Associação da ConferênciaEpiscopal Anglófona para África Ocidental) agrupamos membros do Gana, Libéria, Nigéria, Serra Leoa e aGâmbia. A Caritas Gambia é a coordenadora de zone.A maioria dos países da AECAWA esteve mergulhadaem crises política, religiosa, económica e humanitária nasúltimas décadas. Economias arruinadas, horários de vooserráticos e comunicações pobre, conflitos religiososprovocado pelas mudanças constantes do pessoal séniorda Caritas que comprometeram seriamente as actividadesda AECAWA na zona. A Caritas África, com apoio dosparceiros, está activamente apoiando várias Caritasnacionais para que estas sejam eficientes apesar dasdificuldades extremas.

Caritas AMECEA

Caritas AMECEA (Associação dos Membros da Confe-rência Episcopal da Região da África do Leste) agrupammembros da Eritreia, Etiópia, Quénia, Malawi, Sudão,Tanzânia, Uganda e Zâmbia. A Caritas Uganda garantea coordenação da zona. Foi organizado uma formaçãode criação de capacidades em Nairobi de 17 à 29 de Junhode 2013 com objectivo de apoiar os membros da CaritasAMECEA a implementares os seus programas eficien-temente, especificamente na gestão e liderança. Osparticipantes decidiram lançar um estudo sobre Cruzinfiltração de armas pequenas de fronteira no Quênia,Uganda e Etiópia conjuntamente com justiça e pazcomissões das conferências nesses países e também aequipe com instituições católicas de altas de aprendizagemnesses países. O principal objetivo do estudo foi fazer

Participantes da reunião ACEAC - Burundi, abril de 2013.

Caritas ACEAC- Burundi (Coordenador)- Rep. Dem. do Congo- Ruanda

Caritas ACERAC- Camarões- Chade- Central African Rep- Congo (Coordenador)- Guiné Equatorial- Gabão

Caritas AECAWA- Gana- Libéria- Nigéria- Serra Leoa- Gâmbia (Coord.)

Caritas AMECEA- Eritreia- Etiópia- Malawi- Quénia- Sudão- Sudão do Sul- Tanzânia- Uganda (Coord.)- Zâmbia(Continua na página 11.)

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11um concreto moído avaliação do conflito por causa daproliferação de fronteira de armas de pequeno calibre earmas ligeiras de atravessar para informar o futurodesenvolvimento de um projeto voltado para a construçãoda paz sustentável.

Passos para integrá-la Caritas AMECEA ao departamentode Justiça e paz no Secretariado AMECEA tenham sidoiniciados e decisão do AMECEA executivo é esperadoem março de 2014.

Caritas CEDOI-M

Os Directores nacionais/ Secretários Gerais da zona daCaritas CEDOIM-M (Conferencia Episcopal das ilhas dooceano Índico e Madagáscar), reuniram-se em Junho eplanificaram as actividades da zona para o resto do ano.Em Setembro, o coordenador de zona, encontrou-se emSeychelles, com os Bispos de CEDOI-M e organizou umasessão de formação para apoiar a revitalizar a CaritasSeychelles. Em Outubro, uma sessão de formação deformadores em educação de adultos foi organizada emMayotte. O formador foi Josian Labonté da CaritasMaurícias.

Caritas CERAO

Caritas CERAO (Conferencia Episcopal da região daÁfrica Ocidental) enfrentaram grandes dificuldades porcausa da crescente insegurança na área e desastre nos seisdos dez países do Sahel. A insegurança e instabilidadepolítica no Mali têm consequências económicas e socialnegativa nos países fronteiriços como no Níger, BurquinaFasso e Senegal. A situação social que alimenta e mantém

a crise política na Guinea tem uma repercussão económicamuito forte. No encontro de Julho de 2013, os membrosda zona concordaram em dar prioridade os seguintestemas: gestão de recursos humanos, mobilização derecursos e reforço das capacidades das famílias.

Caritas IMBISA

Seguindo a finalização e uma disseminação ampla doPlano Estratégico da Caritas África (2011-2015), a Caritasda região IMBISA (Reunião inter-regional dos Bispos daÁfrica Austral) realizou um seminário de três dias, emMarço de 2012, com objectivo de criar o seu próprio. Osparticipante levaram tempo a observarem criticamenteaos assunto de parcerias. Emergiu que alguns princípiosde parceria assim como estão mencionados nos Guiõesde parceria da CI não estão a ser praticados em numerosospaíses. O encontro também identificou maiores desafiosde Mobilização deRecursos. A CaritasNamíbia enviou umamensagem urgente depedido de assistência.Actualmente existe umapessoa no escritório enão ouve financia-mentos significantes.

Durante este tempoouve somente umavisita de apoio ao paísmembro e esta foi paraa Caritas Suazilândia.A comunicação dentroda zona continua a ser o principal desafio.

(Continuação da página 10.)

Caritas CEDOI-M- Comores- Madagascar- Maurício (Coord.)- Seychelles- Ilha da reunião (França)- Mayotte (França)- Rodrigues (Ilhas Maurícias)

Caritas CERAO- Benin (Coordenador)- Burkina Faso- Cabo Verde- Côte d’Ivoire- Guiné-Bissau- Guiné-Conacri- Mali- Níger- Senegal- Togo

Caritas IMBISA- Angola- Botswana- Lesoto- Moçambique- Namíbia- São Tomé & Príncipe- África do Sul- Suazilândia- Zimbabwe (Coord.)

Revivendo Caritas Seychelles - setembro de 2013.

(Continuação)

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12Para melhorar cada vez mais a actualização dainformação, para o ano 2012-2013, das organi-zações membros da Caritas em África, foi

enviado a todos um questionário pelo Secretariado daCaritas África no princípio de 2013 e 2014. As respostasforam recebidas num total de 34 membros das 46organizações da Caritas do Sul de Sahara.

Nos 34 países, sob revisão, a Caritas está presente em 375dioceses, com um total de 12 785 Caritas paroquiais.Existem 800 trabalhadores trabalharem ao nível das organi-zações das Caritas nacional e cerca de 12 200 a trabalharemà outros níveis da organização, aos níveis diocesanos eparoquial. A Caritas é também largamente dependente dostrabalhos dos voluntários. Não menos que 427 000voluntários oferecem os seus serviços. O número dosvoluntários, tomando as vantagens dos serviços oferecidospela Caritas nestes 34 países somam não menos que 77milhões. O valor anual global corres-pondente é de € 236milhões dos quais € 5 milhões são mobilizados localmente.

As áreas de intervenção da Caritas na África Subsaarianasão muito variadas e cobrem um volume diversificadode actividades. A ilustração, a direita, mostra aimportância relativa de várias áreas de intervenção.

Convidadas a listar as suas actividades principais, muitasdas organizações membros da Caritas explicaram quedificilmente tem falta de recursos financeiros. Eles sãolargamente dependentes de fundos de parceirosexternos e estes fundos tem a tendência de reduziremdevido a crise económica em curso. Contudo, osfundos disponíveis são suficientes para irem aoencontro das necessidades dos membros maisvulneráveis das sociedades.

Muitos membros estão neste momento a procura deformas e meios de mobilizarem fundos localmente paraconstruírem organizações das Caritas que sejam fortese sustentáveis. Outras dificuldades incluem a insegurançaresultante das incursões transfron-teiriças e confrontos tribais;Habilidades profissionais inadequa-das na gestão de desenvolvimentocomunitário e na gestão de desas-tres; secas pressistentes devido aosefeitos das mudanças climáticas;elevada movimentação do pessoal;situação de instabilidade política naszonas de intervenção que por vezesconduzem à limitação do acesso dosparticipantes do projecto;infraestruturas pobres como a fracarede de estradas; a falta do statuslegais da Caritas em alguns paísesconduzindo a perda de potenciaisapoios dos doadores; a falta decompromisso por parte de alguns governos de provedenciaralgumas infraestruturas básicas que as pessoas necessitam;falta de habilidade na elaboração de propostas para permitiras Caritas diocesanas na angariarem fundos para os seusprojectos; a falta de respeito pelas datas limite; comunicaçãopobre; aumento da insegurança alimentar nas populações ruraldevido aos efeitos relacionados com as mudanças climaticascomo secas e cheias; aumento de preços de bens e serviços;competição injusta na competição de mobilização de recursosentre ONGs e Agencias locais e as organizações inter-nacionais; falta de voluntários dentro das organizações dasCaritas; falta de equipamento actualizado de escritórios; faltade capacidades; limitação de pessoal qualificado e reduzidofinanciamento de doadores.

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13As organizações membros da Caritas na RegiãoÁfrica foram consultadas através de umquestionário que lhe foi enviado para listarem os

sucessos de 2012. Ouve uma significante respostapositiva. Em seguida se apresenta exemplos destessucessos que são muito típicos da região África:

· Estabelecer estruturas da Caritas nas paróquias e nasdioceses/regiões e fazer com que as populações locaisestejam envolvidas;

· Providenciar apoio às comunidades mais vulneráveisem todo o país;

· Assegurar a criação de capacidades ao nível da diocese;· Organizar e celebrar o dia da Caritas;· Implementar os apelos de emergencias com sucesso;· Acolher os regressados e apoiar os refugiados;· Manter a luta contra a desnutrição e a malária;· Conduzir uma rápida avaliação da vulnerabilidade em

coordenação com o governo sobre a disponibilidadee escassez à comida;

· Respondendo a emergências;· Garantindo o acesso a água limpa e segura, saneamento

e igiene (WASH);· Facilitar a formação vocacional;· Promovendo horticultura· Promovendo poupança e empréstimos internos

segundo o modelo comunitário;· Formação em higiene e saneamento;· Aumentar a produção de sementes de alimentos

através de técnicas melhradas de adaptação;· Assegurar a distribuição de sementes de arroz, adubos

e equipamentos agrícolas;· Promover a reflorestação;· Providenciar apoio de alívio às vítimas das cheias;

· Conduzir a educação de adultos funcional eprogramas de numeração para crianças e adultos forada escola;

· Conduzir programas de redução de risco com oobjectivo de aumentar a resiliencia das comunidades;

· Providenciar a educação cívica nos processos eleitoraise monitorização de sucesso para as eleiçõesgovernamentais locais;

· Contribuir eficientemente para o sucesso nas eleiçõespresidenciais e parlamentares;

· Melhorar os serviços de saude, água e educação;· Desenvolver programas de aumento de capacidades

para os trabalhadores sociais que cuidam das criançasde rua;

· Desenvolver programas de gestão de conflitos econstrução de paz nas regiões susciptíveis a crises;

· Formação em habilidade de gestão de vida;· Apoio às famílias através de actividades de Geração de

Rendas;· Melhorar com sucesso o tratamento do HIV e SIDA;· Introduzir a implementação de poços e furos nas zonas

rurais;· Promover habilidades de empreendedorismo entre as

comunidades;· Reduzir as doenças provocadas pela água atravs do

melhoramento do acesso a água limpa e segura efacilidades sanitárias;

· Assegurar a reabilitação de estradas;· Elaborar um novo projecto sobre a segurança alimentar;· Contribuir para a redução de novas infecções de HIV/

SIDA;· Reduzir a morbidez e mortalidade pela malária, e;· Contribuir para a concretização da transparencia e

prestação de contas nos sectores de mineração.

Funcionais programas de alfabetização e aritmética parafora da escola de crianças e adultos.

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14Convidados a apresentarem a lista de suas maioresdificuldades, a maioria dos membros dasorganizações da Caritas em África explicaram

que eles dificilmente têm falta de recursos financéiros.Eles são altamente dependentes dos fundos de parceirosexternos que tendem a reduzir devido a crise económicafinanceira global mundial. Assim, os fundos disponíveisnão são suficientes para responderem às necessidadesdos membros vulneráveis da sociedade.

Muitos membros estõa a procura de meios e formas dedesenvolverem a angariação de fundos localmente deforma a construir uma organização da Caritas forte esustentável.

Outras dificuldades incluem o seguinte:· Insegurança provocada pelas incursões transfron-

teiriça e conflitos tribais;· Habilidades profissionais inadequadas na gestão do

desenvolvimento comunitário e gestão de desastres;· Secas pressistentes devido aos efeitos das mudanças

climáticas;· Elevado nível de desistência do pessoal;· Situação política instável nas áreas de operaão que

por vezes leva a uma limitada participação nosprojectos;

· Infraestruturas pobres como péssima rede de estradas;· A falta da legalização da Caritas em alguns países

provocando a perda de potenciais apoios de doadores;· Falta de compromisso por parte de alguns governos

em providenciar infra-estruturas básicas necessitadaspelas populações;

· Falta de habilidade para elaboração de proposta parapermitir às caritas diocesanas a angariar fundos paraos seus projectos,

· Respeito inadequado no cumprimento das datas,sistemas de comunicação pobre;

· Elevada situação de insegurança alimentar naspopulações rurais devido a mudanças climáticasrelacionados com efeitos de secas e cheias;

· Aumento de preços de bens e serviços;· Competição injusta na mobilização de fundos entre

organizações e agencias locais e agencias e organi-zações internacionais;

· Falta de voluntários nas organizações da Caritas;· Falta de equipamento de escritórios actualizado;· Falta de capacidades;· Pessoal qualificado limitado; e· Reduzido financiamento de doadores.

Redes de estrada muito ruim ser muito difícilpara alguns membros de Caritas para transporte

de alimentos e outros suprimentos paraas populações de deslocados, refugiados ou

vítimas de catástrofes naturais.

Secas persistentes devido aos efeitos da mudançaclimática dificulta consideravelmente o trabalho de

muitas organizações da Caritas em África.

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15O Fundo de Solidariedade da Caritas África foilançado em 2012 e um documento foipublicado para esclarecer os objectivos do

fundo e dar informações úteis sobres os seus princípios,procedimentos e métodos da sua alocação.

O Fundo de Solidariedade da Caritas África é estabelecidocom contribuições voluntárias das organizações membrosda Caritas, Da região África e outras regiões, e outraspessoas de boa vontade. O Fundo estará aberto àcontribuições de qualquer outra fonte aprovada pelaComissão Regional.

As organizações membros da Caritas têm a obrigação dedesenvolver mecanismos de angariação de fundo aosníveis Diocesano e Nacional em ordem a criarem o seupróprio fundo de solidariedade e contribuírem para oFundo de Solidariedade da Região. Este é um importantepasso em direcção a mobilização das comunidades egrupos locais em África para apoiar o trabalho da Caritas,à todos os níveis, especialmente durante as emergências.

Os parceiros da Caritas, em todo mundial, e outro deboa vontade estão todos convidados a contribuir parao Fundo de Solidariedade da Caritas África, que provaráser um instrumento muito útil na facilitação da rápidaresposta, duma maneira eficiente e flexível na eventuali-dade duma situação de emergência.

Sempre que os recursos financeiros do Fundo deSolidariedade da Caritas África forem mobilizados pararesponder às necessidades de uma emergência, o Fundopoderá ser reabastecido pelas contribuições para estaemergência específica através do mecanismo do Apelode emergência da Caritas Internationalis. Assim, desde

O Propósito principal do Fundo

O Propósito principal de criar o Fundo de Solidariedadeda Caritas África é de mobilizar recursos e valer-se deum mecanismo de financiamento baseado na solida-riedade que pode assistir as organizações membros adar resposta rápida a tempo e de uma forma eficiênciadurante a emergência e particularmente para ir aoencontro das necessidades de pouca duração dascomunidades afectadas. O Fundo de Solidariedade élimitado a financiar resposta rápida durante asoperações de emergências levadas a cabo pelosmembros da Caritas África ao nível nacional. O Fundovai permitir às organizações membros da caritas Áfricaa responderem rapidamente na eventualidade deemergência e a serem capazes de iniciar operaçõesde emergências mais compreensíveis com outrosmembros a trabalharem no mesmo país através daorganização de fóruns de coordenação, avaliaçãoconjunta das necessidades, analise de situações eestabelecimento de mecanismos de coordenação parauma resposta de emergência da Caritas nacional.

que haja Apelo de Emergência lançado para aemergência, o Fundo poderá ser reabastecido continua-mente através de um mecanismo de reembolso. OFundo de Solidariedade poderá ajudar a retirar um dosobstáculos de disponibilidade dos fundos de emergência.

Em 2013, o valor total recebido em euros foi de 23.425,dos quais 15.000 Euros foram contribuídosespecificamente por 11 membros da Caritas ÁfricaFrancófonos para apoiar a Caritas da África Central e5.088 foi doado especificamente para a Caritas Filipinasdepois do ciclone que devastou aquele país emNovembro de 2013. Um outro valor de 5.000 Eurosfoi disponibilizado para a Caritas da África Central paraapoiar a Caritas local para responder o mais rápidopossível à situação de emergência naquele país.

Os fundos para às Filipinas foram encaminhados àCaritas Internationalis para o Fundo das Filipinas.

Arcebispo Dieudonné Nzapalainga de Bangui junta-sea muçulmanos na oração por um fim à crise

na República Africana Central.Crédito: Sam Phelps para Catholic Relief Services.

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16termos do trabalho social e desenvolvimento em África.O website da Caritas África foi totalmente redesenhadoe tornou-se operacional na véspera do Natal. É agorausado mais amigavelmente, mais interactivo, maisatractiva, e mais formal. Alem disso, a Caritas África criouuma conta no Facebook, Twitter e Google Plus numesforço de aumentar a visibilidade e receber mais apoios.

Alguns membros da Caritas em África organizaram umdia nacional da Caritas para sensibilizar os fieis e aspopulações acerca do trabalho da Caritas nos seus paísesassim como no mundo e também para a mobilização defundos. Ainda há necessidade de esforços a serem feitosno concernente a partilha de experiências adquiridaspelos membros que organizaram o dia anual da Caritaspara que os outros se juntem a eles no futuro e apoiema sensibilizarem uns e outros sobre a identidade e amissão da Caritas.

A criação da Marca é uma actividade em processo e osmembros da Caritas na região são sempre encorajados aassegurarem a visibilidade da Caritas. Eles estão semprea serem recordados sobre o facto de que é essencialpermitir que todos conheçam o trabalho da Caritas

O conhecimento das actividades da Caritas faz aumentara credibilidade da organização e isto conduz ao apoio,que é o mais necessário em todas as circunstâncias.

O Baobab extranet da CI está totalmente desenvolvido epode ser usado pelas organizações membros. Existe umanecessidade urgente para motivar os membros a usaremmais o Baobab extranet. No seu lado positivo, deve sermencionado que a Caritas África assim como muitosmembros da Caritas em África tem os seus próprioswebsites, assim, mantendo uma comunicação efectiva.

Para comunicar interna e externamente na regiãoÁfrica é mesmo um desafio. Alguns dos objecti-vos em 2013 era de delinear as famílias existentes

dos membros da Caritas, programas de saúde edesenvolvimento para partilhar as boas práticas; recolhere partilhar as boas práticas sobre o emprego dos jovense resposta aos desafios da urbanização rápida em África;fazer um inventário das boas práticas e partilhar infor-mações sobre o emprego dos jovens, crianças nas ruas,programas para adultos, reforço das capacidades dasmulheres e providenciar formação para o mesmo.

Para a realização destas actividades, seria necessáriorecolher informações dos membros da Caritas em África.Este é um processo infelizmente muito difícil dada arelutância dos membros em dar resposta ao questionárioque lhes foi enviado. Todo esforço está sendo feito paraencorajar os membros a serem mais regulares nacomunicação com o secretariado e partilhar as suasmelhores práticas e experiencias.

Uma nota positiva está ligada a publicação da revistae-magazine da Caritas África. Em 2013 teve quatroassuntos e foi assim possível publicar artigos relacionadoscom algumas das boas práticas na região. O assunto darevista e-magazine de Setembro de 2013 foi dedicado asegurança alimentar que tinha como objectivo sensibilizara todos antes do lançamento da campanha da CI “UmaFamília Humana: Comida para Todos”, que foi lançadaem Dezembros de 2013.

A revista e-magazine da Caritas África é exclusivamentedistribuída via internet podendo ser por email ou no sitee blog da Caritas África. A distribuição da e-magazine étão abrangente e contribui largamente para a visibilidadedaquilo que a Igreja está a fazer através da Caritas em

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Secretaria Regional de Caritas ÁfricaRelatório financeiro do exercício findo 31 de dezembro de 2013

Orçamento Anual de todos osmembros da Caritas em África

Estima-se que o orçamento global de todasas organizações membros da Caritas na regiãoÁfrica soma um total de 236 milhões de euros,dos quais 5 milhões são mobilizados local-mente, combinados com o trabalho e recur-sos mobilizados e usados por cada um deles.

Este não inclui os programas e orçamentosindividuais de todas as organizaçõesmembros da Caritas Internationalis queapoiam o desenvolvimento social em Áfricaque somariam milhares de milhões de euros.

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Preambulo

Nós, Directores Nacionais / Secretários-Gerais da Cáritas na Regiãode África, reunidos em Nairobi, no Quénia, de 1 a 5 de Julho de 2013,com a presença do Bispo Presidente da Caritas África, dos Bispos emrepresentação de diversas Conferências Episcopais em África, doSecretário-Geral da Caritas Internationalis e alguns dos nossosparceiros, membros da Confederação da Caritas, reflectimos sobre aDeclaração dos Bispos em Kinshasa em Novembro de 2013 sobre aIdentidade e Missão da Cáritas à luz da encíclica Deus Caritas Est.,com o objectivo de encontrar formas e meios de implementaçãodaquela declaração nos nossos respectivos países e na região.

As nossas interacções durante estes cinco dias mostraram que aimplementação da Declaração de Kinshasa já iniciou, com vários níveisde sucessos, mesmo com algumas limitações em certos momentos, eque existe uma urgente necessidade de encorajar mais a suaimplementação à vários níveis.

Nós entendemos que temos papel chave em assegurar que o exercícioda caridade, nas nossas respectivas posições, pertence a naturezagenuína da Igreja, sob a autoridade dos Bispos, e é parte integral damissão, como está claramente mencionado no parágrafo 25a da DeusCaritas Est: Para a Igreja, a caridade não é uma forma de actividadede distribuição que poderia muito bem ser deixada para os outros, masé parte da sua natureza, uma expressão indispensável do seu ser.”

Durante a reunião, discutimos também a prontidão e resposta aemergência, a crise humanitária na República Centro Africana, acampanha anti-pobreza da CI e a proposta do Padrão Mínimo, Códigode Ética e Código de Conduta da CI.

1. A Declaração de Kinshasa e o Motu Proprio “ Intima EcclesiaeNaruta”

Para acelerar a Declaração de Kinshasa, é necessário disseminar o maisamplo possível estes dois documentos e criar um entendimentopartilhado do seu espírito e conteúdo, para isso propusemos o seguinte:

1.1. Uma carta do Presidente da Caritas África deverá ser enviada àtodas as Conferencias dos Bispos, re-enfatizando a Declaraçãode Kinshasa e o Motu Proprio para posterior acção.

1.2. Até Dezembro de 2013, em colaboração com o Bispo Presidenteda Caritas Nacional nos nossos respectivos países, desenvolveruma estratégia local e contextualizada para disseminar o espíritoe conteúdo dos dois documentos focalizando nas Conferenciasdos nossos Bispos, nas entidades pastorais das nossas Dioceses,nos nossos Párocos e nas comunidades Cristãs locais.

1.3. O Presidente da Caritas Africa deve realizar discussões com aSECAM para a integração completa da Caritas África nasestruturas da SECAM até ao próximo encontro da ConferênciaRegional da Caritas África em Fevereiro de 2015.

1.4. Manter uma contínua partilha e discussões dos dois documentoscom as organizações e parceiros da família Caritas nos nossosrespectivos países.

1.5. Harmonizar o nosso Estatuto e princípios de guia com o MotuProprio, da Declaração de Kinshasa e do novo Estatutos da CIpela próxima Conferencia Regional da Caritas África emFevereiro de 2015.

2. Emergências

A prontidão e resposta a emergência são geralmente prejudicados pelafalta de coordenação, papéis e responsabilidades não claros. Nóssugerimos o seguinte:

2.1. Finalizar e disseminar o documento preparado pelo Grupo deGestão e Resposta a Emergências sobre os papéis eresponsabilidades de todos os interessados na resposta aemergência, a partir da paróquia até a CI;

Reunião com os Directores / Secretários-Geraisdas Cáritas Nacionais da Região África

Nairobi, Quénia – 1 à 05 de Julho de 2013

DECLARAÇÃO

(Continua na próxima página.)

“Nós entendemos quetemos papel chave em assegurar

que o exercício da caridade,nas nossas respectivas posições,

pertence a natureza genuína da Igreja,sob a autoridade dos Bispos,e é parte integral da missão.”

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192.2. Em colaboração com os membros das Caritas irmãs, desenvolver

um programa conjunto de prontidão e elasticidade de emergênciaespecialmente para países susceptíveis a calamidades;

2.3. Reforçar a liderança da Caritas Nacional na prontidão e respostaa emergência;

2.4. Operacionalizar o Fórum nacional onde for possível e asseguraro apoio mútuo entre as zonas;

2.5. Que a Caritas África dê o acompanhamento efectivo aosmembros da Caritas através dos seus Oficiais de comunicação,em coordenação com a CI.

2.6. Que os membros da Caritas África contribuam para os Apelosde Emergência da CI.

2.7. O Grupo de Gestão e Emergência da Caritas África deve criaruma estratégia de Comunicação e Advocacia para emergênciaem parceria com a CI.

3. Mobilização de Recursos

Para além de poucas excepções, as organizações da Caritas em Áfricasão muito dependentes de doadores externos e tem falta de capacidadede mobilizar recursos adequados. Nós porém recomendamos oseguinte:

3.1. Partilhar boas práticas de mobilização de recursos ao nível dacomunidade;

3.2. Desenvolver uma estratégia e capacidade para ter acesso àinstituições financiadoras;

3.3. Promover iniciativas e auto-suficiência para geração de rendas;

3.4. Participar activamente na coordenação humanitária a todos osníveis;

3.5. Reforçar as capacidades institucionais com apoio da CI.

4. Parceria

No espírito de comunhão e cooperação fraternal baseada no dialogo,apoio mútuo, confiança e cometimento para o serviço aos pobres:

4.1. Criar mecanismos para um diálogo permanente e partilha entreas Caritas Diocesanas e Nacional;

4.2. Submeter-se aos Princípios da CI;

4.3. Promover Fórum Nacional;

4.4. Trabalhar com outras Igrejas e organizações da sociedade civil;

4.5. Utilizar o Logo da Caritas onde for necessário para aumentar anossa visibilidade.

5. República Centro Africana

Nós estamos alarmados pela situação humanitária que continua adeteriorar-se na República Centro Africana. Expressamos o nosso apoioao trabalho da Igreja e convidamos aos Bispos Africanos através daSECAM para se engajarem na Advocacia nas raízes das causas destascrises e mobilizar as suas comunidades para ajudarem aos nossosirmãos e nossas irmãs na República Centro Africana.

6. Campanha anti-pobreza da CI

Nós recebemos a actualização da campanha anti-pobreza da CaritasInternacionalis sobre o Direito a Alimentação e nós noscomprometemos a nos apropriarmos e promover a campanha nosnossos respectivos países.

7. Padrões Mínimos da CI, Código de Ética e Código de Conduta

Nós participamos no seminário de consulta sobre os Padrões Mínimosda CI, Código de Ética e Código de Conduta e nós demos os nossossubsídios com vista a finalização destes documentos.

5 de Julho de 2013

(Continuou)

DECLARAÇÃO (CONTINUOU)(Continuação da página anterior.)