relatório

Ano Letivo: 2015/2016

Instituto Politécnico de Leiria – Escola Superior de Saúde

Curso: [9504] Fisioterapia

Turma: TL7

RELATÓRIO DAS AULAS

“Importância das aulas de Expressão Vocal para o meu desempenho pessoal e profissional”

Ana Júlia Amaral – nº 5150197

UNIDADE CURRICULAR: Opção I- Saúde, Expressão Corporal e Vocal

DOCENTE: Carolina Branco

Leiria, dezembro de 2015


No âmbito das aulas da unidade curricular de Saúde, Expressão Corporal e

Vocal, mais propriamente a nível vocal, foi-nos proposto pela docente Ana Carolina

Branco, a elaboração de um relatório a fim de sintetizar as aulas ocorridas ao longo de

todo o semestre.

No início das aulas de expressão vocal, foram leccionados diversos conceitos

que me permitiu ter a perceção de que estes são essenciais para estabelecer uma boa

comunicação, interação e diálogo perante a sociedade e as pessoas que a constituem,

mais precisamente com o utente. Para além disto, é essencial ter a noção da linguagem

adequada a cada utente e dos meios a utilizar para uma maior clareza nas ideias e

conceitos a transmitir, bem como, a forma como estabelecemos relações, principalmente

na fisioterapia. De entre os vários termos, destacam-se a voz, a fala, a linguagem e a

comunicação, sendo que foi proposto pela docente, explorar cada um destes conceitos

em grupo, a fim de podermos discutir e estabelecer relações entre eles, podendo criar

uma determinada hierarquia para os mesmos. Com isto, consegui ter a noção de que a

voz é uma das principais características básicas humanas e instrumento de trabalho para

as pregas vocais. Deste modo, a voz é produzida pela passagem do ar, na expiração,

sendo que este é o responsável pela vibração das partículas do meio para a produção do

som. A fala pode ser descrita como o meio para se poder expressar ideias, quer a nível

verbal como do som; a linguagem é o sistema através do qual cada indivíduo comunica

as suas ideias e sentimentos, através da fala ou da escrita; a comunicação é a relação que

se pode estabelecer entre dois ou mais seres humanos para a partilha de informações

entre ambos, não implicando, necessariamente, o uso da voz.

Com o decorrer das aulas, foi-nos proporcionado o visionamento de um exame –

laringoscopia, sendo este realizado para se poder analisar a região do nariz, boca,

faringe e laringe, e ter a perceção dos locais de produção do som - nas pregas vocais.

Para além disto, existem vários factores que afetam a voz, nomeadamente a

personalidade, a idade, capacidades individuais, o tabaco e o consumo de álcool

(aspectos negativos), e a ressonância e respiração (aspectos positivos).

Numa outra perspectiva, consegui perceber a importância da postura a ser

utilizada em diferentes contextos (nomeadamente na projecção da voz – o tronco deve

estar sempre direito e a respiração deve ser feita com a utilização do diafragma), como



também, os mecanismos adequados para uma respiração correta a fim de poder ter um

bom desempenho vocal e pessoal. A respiração é vista como um fator que pode

influenciar a voz e portanto, para um controlo adequado da respiração, é necessário

inspirar e expirar de forma gradual, profunda e passiva, como foi realizado ao longo dos

exercícios propostos pela docente no decorrer da aula. Este processo é feito através do

diafragma, da caixa torácica ou da cavidade abdominal e, como pudemos experienciar

este processo na aula, tanto deitados, em pé ou sentados, conseguimos verificar a forma

como cada pessoa respirava, ou seja, a região que mais utilizava para respirar. Por

outras palavras, pude constatar que na posição decúbito dorsal, o processo de respiração

através do diafragma, é mais facilitado que numa das outras duas posições acima

referidas.

Assim e numa perspectiva prática, integramos vários exercícios como a emissão

de sons “sss” e “zzz”, que nos indicava a intensidade de vibração que cada um

produzida, e sons “mmm”, sendo indicadores de vibrações a nível nasal e que, se ao

produzirmos com a boca fechada, a emissão do som é nula.

Numa última aula, realizou-se um exercício de leitura de um excerto de teatro em

voz alta, para que que a docente pudesse avaliar vários aspectos em cada elemento do

grupo, mais propriamente, os níveis de ressonância, projecção e velocidade da voz,

aspectos relacionados com a respiração, como também a articulação verbal.

Os conceitos transmitidos, bem como, os exercícios realizados ao longo de todas

as aulas de expressão vocal, foram responsáveis por me permitir ter um maior

conhecimento a nível da voz e da respiração, sendo estas ferramentas bastante úteis para

aplicar na minha futura profissão, tendo em conta principalmente, a postura e

comunicação com o utente para, deste modo, permitir um melhor desempenho a nível

da dimensão social como também, pessoal. Para além disso, foi bastante relevante a

transmissão de estratégias a adotar para se poder ter uma saúde vocal em condições

adequadas.

Assim sendo, a fisioterapia é uma profissão que exige trabalho árduo com o

corpo e por isso, vários aspectos, como a respiração e a comunicação/diálogo utente-

profissional pode ser afectado de acordo com as condições e posições anatómicas a que

se encontra o utente. Com isto, as técnicas transmitidas nesta unidade curricular, podem



ser essenciais para a resolução de várias situações/problemas que possam surgir no

decorrer do trabalho do fisioterapeuta.

A nível profissional, e de acordo com a futura profissão de fisioterapeuta, o

diálogo e a comunicação são conceitos fundamentais e integrativos no dia a dia da

fisioterapia, uma vez que, se estabelece uma relação entre o profissional e o utente.


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