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CÉLIA ARAÚJO DE CARVALHO RELATÓRIO DE VISITA A CIDADE CONSTITUCIONAL E A CAPITAL DA REPÚBLICA VISão Paulo 2012

RELATORIO BRASILIA

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CÉLIA ARAÚJO DE CARVALHO

RELATÓRIO DE VISITA “A CIDADE CONSTITUCIONAL

E A CAPITAL DA REPÚBLICA VI”

São Paulo 2012

CÉLIA ARAÚJO DE CARVALHO

RELATÓRIO DE VISITA

“A CIDADE CONSTITUCIONAL E A CAPITAL DA REPÚBLICA VI”

Relatório apresentado como exigência de avaliação da Disciplina Optativa: “A Cidade Constitucional e a Capital da República VI” do Curso de Bacharelado em Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH/USP.

Responsáveis: Prof.Dr. Douglas R. Andrade Prof.Dr. Marcelo A. Nerling

São Paulo 2012

SUMÁRIO

Introdução ..............................................................................................05

1. Rumo ao destino – Brasília/DF .....................................................06

2. ESAF – Escola de Administração Fazendária...............................07

2.1 – Atendimento e acomodações...........................................07

2.2 – Recepção..........................................................................08

3. ENAP – Escola Nacional de Administração Pública.....................09

4. Educação Fiscal na ESAF.............................................................10

5. Ministério do Esporte.....................................................................10

5.1 – Impacto Econômico da COPA 2014..................................10

5.2 – SNEAR/Secretaria do Esporte de Alto Rendimento..........11

5.3 – Esporte, educação, lazer e inclusão social.......................11

5.4 – Programa Segundo Tempo...............................................11

5.5 – Programa de Integração Setorial.......................................12

6. CGU – Controladoria Geral da União............................................12

7. Formação da Receita do Estado na ESAF....................................14

8. Palácio da Alvorada.......................................................................15

9. CEFOR – Centro de Formação da Câmara dos Deputados.........15

10. Congresso Nacional.....................................................................16

11. Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa........16

12. Ministério da Justiça.....................................................................17

13. Caixa Econômica Federal............................................................17

14. Banco Central..............................................................................17

15. Secretaria Nacional de Articulação Social da Secretaria Geral da

Presidência da República..................................................................18

16. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

– SEPPIR...........................................................................................19

17. Desfile Cívico...............................................................................20

18. Lago Paranoá...............................................................................21

19. Torre de TV e Feira de Artesanato...............................................21

20. Retorno para São Paulo...............................................................22

Conclusão..........................................................................................23

Anexos

Painel Resumo de Fotos 1

Painel Resumo de Fotos 2

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Introdução

Por tratar-se de uma experiência de imersão educativa, a disciplina optativa

de graduação do curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH-USP intitulada “A

Cidade Constitucional e a Capital da República VI” objetiva a participação ativa dos

alunos na observação e na interação em ambiências técnicas e políticas do governo

federal brasileiro.

O plano de visitação à Brasília – DF e às instituições que dão sustentação ao

governo do país, no período de 02 a 08/09 - SEMANA DA PÁTRIA - do corrente ano,

partiu da crença na aprendizagem participante dentro de um processo de apreensão

interpretação e reflexão das informações referentes ao atual papel do Estado

Brasileiro e os Poderes da República, além do encontro nas dimensões paisagística,

arquitetônica, estética e cultural com essa representação concreta e simbólica de

cidade.

Transitando pelos espaços de formulação das políticas públicas federais -

aspectos operacionais e orçamentários - pretende-se ampliar o universo de análise

do processo de gestão, avaliação por controle institucional e o correspondente e

necessário apoio ao controle social. A almejada efetividade dessa dinâmica deve

contemplar a pretensão de formação continuada para o exercício responsável da

carreira e da cidadania plena.

Circulando pelo espaço físico da cidade, busca-se um reconhecimento e

valorização da diversidade, pois como referência de ponto de encontro nacional,

mobiliza e por vezes aperfeiçoa comportamentos e envolvimentos com múltiplas

expressões. Além disso, o contato com os símbolos nacionais explicita reflexões

sobre civismo e patriotismo, numa interessante (re)composição identitária.

As experiências vívidas e vividas com o grupo - estudantes, coordenadores e

colaboradores - estão registradas a seguir, conservando os olhares daquela que se

coloca como “eterna aprendente” e que espera com tal depoimento colaborar com

àqueles outros que se dispõem a ocupar esse lugar na vida.

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“A Cidade Constitucional e a Capital da República”

Brasília – DF/Brasil

Semana da Pátria – de 02 a 08 de setembro de 2012

1. Rumo ao destino – Brasília/DF

A partida de São Paulo – base geográfica da formação – independente do

grupo e por via aérea foi uma alternativa encontrada para compensar o tempo de

viagem e a distância de mais de 1000 km rodoviários até Brasília/DF. Inevitável,

portanto, que as comparações fossem feitas de maneira mais direta entre as

duas cidades.

Dimensões, mobilidade, acomodações e atendimento ao “turista”, foram os

quesitos mais evidentes de uma diferença estrutural que desqualifica os serviços

da segunda em relação à primeira. Brasília não tem um acolhimento direto e

facilitado aos visitantes. Há pouca informação circulante e o deslocamento

(planejado) impede passagens e dificulta a orientação das pessoas em trânsito.

Tanto quanto em qualquer capital do país, as duas cidades apresentam a

desigualdade social de forma evidente, se bem que em Brasília me parece que

haja um maior “asseio” da pobreza ou talvez isso se dê exatamente pela

mobilidade diferenciada de São Paulo, onde tudo é visto facilmente em todos os

lugares.

Por motivo de ter que aguardar a chegada dos colegas, contei com a tarde de

sábado (01/09) e a manhã de domingo (02/09) praticamente livres, onde decidi

conhecer os pontos turísticos por conta própria – Esplanada dos Ministérios,

Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto. Esse último estava fechado para

visitação, além da exceção feita à Catedral Metropolitana, onde foi possível o

acompanhamento da celebração religiosa dominical.

A cidade está envolta em obras. Há muitos tapumes isolando os espaços

além dos impedimentos à passagem. De clima muito quente e com baixa

umidade no ar, estava o espaço propício às queimadas – vistas frequentemente

e por todos os lados . Assim mesmo, havia na época preparação temática

referente às comemorações da Semana da Pátria, com decoração pertinente e

muitos palcos montados nos espaços abertos, porém nenhuma informação sobre

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os eventos fora de livre circulação, o que impediu qualquer participação e

consequentemente determinou o deslocamento imediato para o alojamento na

ESAF – Escola Superior de Administração Fazendária – com uma considerável

distância do local acima descrito.

Importante lembrar que nesse mesmo momento, o grupo oriundo de São

Paulo por via terrestre estava em visitação guiada (agendada) justamente no

Palácio do Planalto, que por um equívoco de comunicação estabeleceu o nosso

desencontro e a exclusào desse ítem da agenda.

2. ESAF – Escola de Administração Fazendária

A Escola de Administração Fazendária integra a estrutura do Ministério da

Fazenda e é responsável pelo recrutamento e seleção de servidores para a

gestão das finanças públicas, além de promover cooperação técnica com

organizações nacionais e internacionais.

É um considerável complexo de educação da Administração Pública Brasileira

que causa um certo desconforto de percepção quanto ao uso, pois parece

pequeno para a necessidade e muito grande em vista da subutilização dos

espaços (talvez por conta do período), já que torna-se difícil imaginar a ocupação

plena do lugar como é comum nas demais unidades educacionais públicas do

país - em todos os níveis e modalidades educativas.

2.1- O atendimento e as acomodações

Fomos prontamente atendidos e encaminhados aos alojamentos, que

apresntavam acomodações confortáveis para os estudantes em infra-estrutura

básica para trabalhos/estudos. Há nas dependências da unidade: refeitório amplo e

com ótimo serviço (terceirizado) – tanto no atendimento quanto na qualidade da

alimentação; serviço médico, postos bancários e biblioteca. Os espaços de

convivência aparentam um certo “abandono” (com previsão de reforma), porém todo

o espaço é bem guardados por segurança patrimonial.

A integração do grupo e com os outros “poucos” visitantes, em “horários livres”,

não se efetivou e ficou prejudicada justamente devido a inadequação dos espaços

destinados para esse fim. Interessante é que devido as dimensões do local, seu

gerenciamento é destinado ao que se denomina prefeitura da unidade, com os

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serviços de atendimento e segurança prestados nas 24 horas do dia com trâmites

formal das solicitações destinadas à prefeita Sra Marilene Sobreira Dias.

2.2 - A recepção

Em 03/09 – período da manhã

Com a idéia de recepção aos estudantes e acolhida na cidade, tivemos o

primeiro encontro com a Sra. Valéria Duque, que nos apresentou verbalmente a

cidade, a unidade e as regras de funcionamento da escola de maneira descontraída,

porém marcada por compromisso e responsabilidades. Pautou sua apresentação

numa linha de tempo da velocidade da comunicação e abriu o espaço para a

especialidade de formação da ESAF, a qual está voltada para a Área Financeira e

para a Tributação. Deu lugar para a Sra Fabiane Baptistucci, que nos apresentou as

seguintes ações em formaçào técnica: a) Programa Nacional de Educação Fiscal,

que divulga a função socioeconômica dos tributos em parceria com as Secretarias

Fazendárias dos Estados e junto aos professores do Ensino Fundamental e Médio.

Da Educaçào Básica Nacional; b) Programa de Expertise e Ensino Superior para

servidores públicos em Tributação e Fiscalização (stricto sensu em nível de

Mestrado). Em seguida assistimos à uma performance de teatro do Grupo Ciranda

da Arte (Sr. Antonio Gutemberg Baltazar), numa proposta interventiva de levar o

conhecimento filosófico aos cidadãos em sequência didática que associa interesse,

análise e compreensão popular.

Dando proseguimento, recebemos as informações técnicas do Sr. Paulo Mauger

– Diretor de Cooperação Técnica, que apresentou a estrutura de recepção e

transmissão de conhecimentos na unidade, além do histórico de sua origem,

constituição, credibilidade conquistada com o passar do tempo e o atual mapa

estratégico da instituição.

Todo esse preparo se deu em funçào da entrada do Sr. Alexandre Motta –

Diretor Geral da ESAF, que fez um resgate de sua trajetória técnico-política para se

apresentar no respectivo cargo, suas expectativas, finalidades e competências

enquanto responsável por essa instituição. Traçou um panorama da pertinência d

formação proposta, que objetiva corrigir rumos e evitar todo e qualquer desperdício

na aplicação dos recursos oriundos da tributação – traduzido em Qualidade do

Gasto Público. Interessante se fez na apresentação, a medida da informação que

diferencia combate a corrupção (dado de senso comum) de qualidade do gasto

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público (fruto de adequada aplicação dos recursos), qual seja essa última da ordem

da Gestão Pública na perspectiva de criar/construir quadros pensantes ao invés de

quadros aplicantes. Tal abordagem levantou reflexões sobre as finalidades

acadêmicas, a convivência difícil com o Direito, as funções do servidor público e o

espírito público em sua ressignificação, capacidade operacional e responsabilização.

Ficou claro que a opção se deu no caminho da credibilidade institucional

dentro de uma visão que associa técnica racional e ideologia pessoal em busca de

uma Gestão Pública pró-ativa com foco em planejamento e resultados.

Outros membros da equipe apresentaram os respectivos departamentos de

responsabilidade desde concursos públicos (Sr. Mário) até o processo de formação

via educação (presencial – Sra Lucíola Arruda e à distância – Sra Isabel Machado

Soares).

A apresentação formal da instituição traçou um panorama interessante de

expectativas, metas e práticas voltadas à credibilidade e efetividade nas suas

finalidades, porém como houve a reformulação recente do quadro técnico, fica

evidente que as defesas guardam diferenças de sustentação nas falas, por vezes

aparecendo a tensão entre os quadros de carreira e os cargos políticos na relação

governamental. No geral, o discurso foi polido e respeitoso, mas guardando pouco

convencimento ideológico de algumas partes.

3. ENAP – Escola Nacional de Administração Pública

Em 03/09 – período da tarde

Na visita à ENAP fomos recebidos por Marcelo Kawamoto e Andréa Silva,

numa apresentação das ações institucionalizadas de aplicação da LEI DE ACESSO

À INFORMAÇÃO/TRANSPARÊNCIA abordando o sigilo como exceção à regra

numa dinâmica que inclui portarias e atos internos para a divulgação da informação

com critérios e procedimentos incluindo classificação e responsabilização pela

mesma.

Traçado o histórico da instituição, sua vinculação ao Ministério de Planejamento,

nos foi apresentado o atual desenho institucional para comportar o atendimento a lei

– práticas que devem disponibilizar informações à sociedade - tanto em

transparência passiva (por requisições) quanto em transparência ativa (divulgação

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proativa das informações) – e com comportamentos e prazos para uma resposta

efetiva à tais demandas.

A apresentação deixou a desejar em termos de uso da tecnologia, utilização de

vocabulário e postura hierárquica de responsabilidades, fatos esses que foram

justificados pela situação de “proposta em construção” do Sistema de Informação ao

Cidadão e por falhas de estruturação numa perspectiva no devir. Aparentemente há

inconsistência na defesa do tema/programa comprometendo a sua credibilidade.

4. Educação Fiscal na ESAF

Em 03/09 – período da noite

Sob a coordenação da Sra Fabiana Baptistucci, entramos em contato com o

Programa Nacional de Educação Fiscal, que visa a compreensão sócio-econômica

do tributo e a participação/controle social da gestão pública. Apontadas as carências

de disciplina no Brasil, passamos a entender a necessidade de uma ação educativa

que contemple tais propósitos em função do Direito Tributário no sentido de

melhorar a arrecadação à sonegação para o financiamento do Estado – aplicador

das políticas públicas. Portanto, a educação fiscal se reflete em exercício de

cidadania como instrumento de controle social. Trata-se de consistente incentivo à

esfera pública numa pretensa democracia participativa.

Momento de apropriação, interpretação e reflexão muito interessante,

relacionando educação financeira, educação fiscal, controle social, relação fisco-

sociedade, relação Sociedade-Estado, tributo como função social, inclusão produtiva

e transparência governamental.

5. Ministério do Esporte

Em 04/09 – período da manhã

5.1 – Palestra: “Impacto Econômico da COPA 2014

No auditório desse Ministério, ouvimos a palestra do Sr. Joel Fernando Benin,

que tratou das perspectivas da decisão política de sediarmos os Jogos de Futebol

da COPA de 2014, no entendimento do esporte como instrumento integrador de

auto-estima para o povo.

A partir de dados numéricos que precedem e que espera-se sucedam o

evento, aponta-se a orientação nacional para a segurança, o conforto ao público e a

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acessibilidade na perspectiva de projeção da imagem do país. O palestrante

apresentou ainda algumas ações em projetos de Energia, Turismo, Banda Larga em

TIs como legado material para a sociedade brasileira além do legado imaterial de

organização do evento e do legado administrativo suscitado pela Matriz de

Responsabilidade experimentada. Para tanto, necessário se fez a constituição de

um sistema de governança envolvendo os 25 ministérios em trabalho de

colaboração, sendo deles 8 os componentes do Comitê Exexcutivo para a definição

do Plano de Operações da COPA/FIFA, num importante aperfeiçoamento de gestão

pública.

5.2 – SNEAR – Secretaria do Esporte de Alto Rendimento

Em continuidade, ouvimos do Sr. Vítor Almada, que fez uma explanação das

ações da referida secretaria ministerial, abordando: esporte e lazer na cidade;

segundo tempo e esporte educacional; assuntos interministeriais/intersetoriais;

esporte de alto nível; organização de jogos; autoridades olímpicas x alto

desempenho dos atletas.

Ele colocou em evidência a projeção do país no cenário esportivo mundial, a

legislação de suporte às ações e a necessidade de equilíbrio entre recurso e

aplicação nessas políticas setoriais.

5.3 – Esporte, educação, lazer e inclusão social

Em apresentação da Sra Ana Elenara Pintos sobre os programas da

respectiva secretaria, à saber PELC para todas as idades, PRONASCI para jovens

em vulnerabilidade social e VIDA SAUDÁVEL para adultos e idosos, entendemos

que o que se busca é a democratização do acesso; a vitalização dos espaços e o

empoderamento da comunidade – por incentivo à formação dos agentes sociais de

esporte e lazer. São programas compostos por atividades sistemáticas (oficinas) e

assistemáticas (eventos) estabelecidas por convênios e termos de cooperação com

instituições civis. Foram divulgados os critérios de tal relação, as fontes de

financiamento e dados sobre os parceiros.

5.4 – Programa Segundo Tempo

Pela apresentação de Eidilanar Ribeiro, conhecemos o desenho do referido

programa que intenta o desenvolvimento do esporte educacional como instrumento

de Educação. É um programa do Ministério que completará 10 anos de aplicação,

com a realização de várias Conferências Nacionais do Esporte e importantes

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articulações interministeriais, além dos convênios das esferas de governo; da

seleção de parceiros por chamamento público com consequente monitoramento pelo

SINCOV. Para além dos dados numéricos apresentados, ênfase foi dada à

integração política para o seu desenvolvimento caracterizando-a como política de

Estado e não de Governo, pois procura envolver os ministérios, as universidades, o

sistema S, as faixas de fronteira, as praças e instalações esportivas. Foram citados

também o monitoramento e a avaliação de todo o processo; as pesquisas de

impacto social e a formulação de proposta com caráter pedagógico.

5.5 – Programa de Integração Intersetorial

Para finanlizar a apresentação no Ministério, a Sra Claudia Bernardo fez

breves considerações sobre as parcerias interministeriais e intersetoriais para

ampliar o atendimento aos usuários. Exemplo dado foi a parceria ME/MEC na

parceria Segundo Tempo no Mais Educação, numa associaçào dos dois programas

visando o reconhecimento do esporte na fase escolar.

Por tratar-se de Ministério criado recentemente, por necessidade inclusive

referencial de responsabilização pelos compromissos assumidos com grandes

eventos mundiais (COPA de 2014 e JOGOS OLÍMPICOS 2016), é perceptível o

volume de demandas para equipes tào reduzidas das secretarias e a imaturidade da

compilação de dados, que espera-se sejam coletados e processados com critérios

mais rigorosos para que possam guardar um maior grau de credibilidade.

6. CGU – Controladoria Geral da União

Em 04/09 – período da tarde

Recebidos por uma equipe da instituição: Sr. Mário Vinicius Spinelli da

Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas e os analistas de

finanças e controle - Sra Renata Figueiredo e Sr Adenísio A O. Souza, entramos em

contato com um interessante processo de atuação a partir do panorama traçado

sobre a necessidade de prevenção à corrupção, tanto pelas dificuldades de sua

mensuração quanto pelo seu volume noticiado recorrentemente e, portanto,

perseguido enquanto responsabilidade de solução. Partiu-se daí para uma

apresentação estrutural da CGU e sua posição no universo governamental – status

de Ministério, com meta de controle interno da União no que se refere ao Poder

Executivo e a destinaçào de 20% do se orçamento para o centro de excelência

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desse órgão, além da distribuição dos servidores (aproximadamente 100) pelo

território nacional (50 federais e 50 nos Estados). Foram apresentados resultados do

trabalho (+ de 4000 autoridades expulsas do serviço público com retorno em média

de 5%) e reforço em suas finalidades, que objetivam precipuamente evitar o

desperdício de recursos públicos.

Interessante notar que o conceito de corrupção foi apresentado em três

dimensões: a) ética, referente a conduta do indivíduo e a mudanças no

comportamento; b) institucional, referente as mudanças nas regras do jogo e c)

cultural, referente ao ambiente de confiança e integridade, que exigem diretrizes de

prevenção pela transparência, pelo controle social, pelos modelos de gestão pública

e do setor empresarial, pela cooperação público-privada, além do marco legal que a

sustenta e a sua projeção em ética e cidadania.

Outros conceitos reforçados foram o de Transparência ativa (busca do

cidadão) e o de Transparência passiva (informações do governo sem prévia

solicitação). Dessa lógica de pensamento e na ordem do servidor público voltado

para o interesse público, que compatibiliza produtividade com padrão de vida

mediado pelo sálario, procura-se apoiar o bom gestor - medida na tensão entre

técnica e política – no aprimoramento da administração como consequência da

compreensão da importância social do tributo numa relação confiável com o Estado.

Para tanto a LAI – Lei de acesso à informação aproxima o cidadão do Estado,

determinando prazos, procedimentos e responsabilidades sobre a informação na

superação da cultura do sigilo. Exige-se então o monitoramento da lei dentro dos

órgãos e a divulgação máxima das informações.

Traçada a linha do tempo desde a LRF/2000 – Lei de Responsabilidade

Fiscal – passando pela criação do Pregão Eletrônico/2003 (gastos orçamentários) e

do Portal da Transparência/2004 (aplicação dos recursos públicos) até a

disponibilização das infomações para o controle social – LAI/2012, necessário se fez

todo um redesenho institucional visando a integração e a usabilidade das mesmas.

Portanto, trata-se de uma estratégia governamental – padronização do acesso à

informação – tanto no que se refere à entrega ao cidadão quanto à proteção da

informação sigilosa.

A CGU se apresenta com funções “intercomplementares” no que se destina

para controle, prevenção e correição dos atos administrativos do governo sob a

premissa do controle social pela participação cidadã. Aposta nessa relação

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sociedade-governo pela força dada aos Conselhos de Políticas Públicas e numa

perspectiva de educação para a ética e a cidadania.

A organização da equipe para o atendimento aos estudantes foi fator

importantíssimo para a confiança no discurso e a credibilidade das ações

desenvolvidas na instituição. Impossível não comparar as explanações sobre o

mesmo assunto – organização institucional para atendimento a LAI – da ENAP e da

CGU. Apesar dos mesmos princípios e metas, o caráter extremamente técnico da

CGU supera em muito a “descontração”da proposta da ENAP. Foi um excelente

exercício de diferenciação institucional, que no mínimo demonstra leituras e opções

diversas sobre a apresentação de um mesmo assunto/fato concreto.

7. Formação da receita no Estado – ESAF

Em 04/09 – período da noite

Em exposição proferida pelo Sr Antonio Henrique – servidor da Receita

Federal e colaborador na ESAF no PNEF, acompanhamos a trajetória histórica da

relação entre Estado e Sociedade mediada pelo Direito, que seguindo a lógica das

viradas paradigmáticas (moralismo jurídico e/ou aproximação entre Direito e Ética)

permitiu-lhes as respestivas legitimações para a criação de normas, desde que em

uma demosntração pública e transparente.

Associando tal lógica à necessidade da Educação Fiscal, o palestrante aponta

sua consideração tardia desse contexto dada a importância de reflexão sobre tal

política desde as despesas quanto ao controle de gastos no país. Apresenta a

tributação como instrumento democrático de financiamento do Estado e um dever

fundamental para aplicação para e junto ao cidadão na perspectiva daquele ser um

garantidor de direitos tanto quanto um gerador de custos em suas ações.

Na dicotomia entre Estado e Sociedade encontramos a desobediência civil

(98% de malversação dos recursos e 2% de corrupção) em contraposição da

dialética entre Estado e Sociedade, que produz experiências de construção e

distribuição de recursos (renda) muito interessantes, a exemplo do Orçamento

Participativo e da Lei de Llicitações como “práticas” restritivas que buscam evitar a

corrupção.

Na abordagem teórica que embasa o pragmatismo institucional, foi possível

entender a função social da tributação por convencimento da pertinência no modelo

15

de Estado-providência e na compreensão da necessidade da carga tributária,

relacionando montante com aplicação e a relevância das discusões e reflexões

sobre o controle das finanças públicas.

8. Palácio da Alvorada

Em 05/09 – na madrugada

Nada mais pertinente do que apreciar a alvorada, diante do Palácio da

Alvorada, guardadas as distâncias de segurança de tal imponente construção. Mais

uma distância simbolicamente revelada, apesar de um belíssimo cenário para

“encher os olhos”

9. CEFOR – Centro de Formação da Câmara dos Deputados

Em 05/09 – período da manhã

Ouvimos da liderança do PT na Câmara dos Deputados na figura do Sr. Titan

de Lima, as finalidades de tal instituição ligada a casa legislativa na afirmação de

que seu propósito e existência se dá no sentido de orientar os deputados sobre a

tramitação processual no Congresso Nacional (iniciativa, processo legislativo,

funções das casas – iniciadora e revisora, redação entre outras etapas) em seu

fluxo, tensões e acompanhamentos.

Nas apresentações das Sras Sueli Araújo e Dilamara Guimarães pudemos

perceber as dificuldades de elaboração e construção dos textos de lei que devem

expressar veracidade as proposições, considerando as divergências ou

concordâncias no processo, além da devida adequação à técnica legislativa por

correção de vícios de linguagem e pertinência às normas jurídicas – tudo no

acompanhamento contínuo da tramitação.

Ouvimos ainda uma exposiçào do Deputado Francisco Eduardo Praciano –

PT/AM, enquanto experiência parlamentar, onde foram apontados ao próprio Estado

a responsabilidade pela corrupção devido à estrutura desenhada. Dado isso como

fato, há que se propor um aperfeiçoamento do Estado Brasileiro. Em seguida

ouvimos a Sra Sonia Hipólito e o Sr Claudio Moreno, ambos da Secretaria de

Comissão de Legislação Participativa, em defesa da “porta aberta” para a sociedade

civil (direito à voz) sem disputa com a democracia representativa e sim como

parceira do processo. Outros que apresentarem suas idéias foram os Srs Aldo

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Moreno e Dr. Alberto Moreira Rodrigues, tratando especificamente sobre as CPIs,

como colaboradoras ao Estado Democrático em defesa da sociedade e importante

na facilitação intrumental para verificar garantias institucionais. Por fim, o deputado

Ziraldo Santos – liderança do PPS – descreveu a tramitação do Código Florestal (em

processo de decisão) numa falta de convergência política e marcada por estratégias

utilizadas para responder aos verdadeiros interesses dados pela organização das

bancadas e seu respectivo funcionamento.

O impacto de tais apresentações se deu no reconhecimento do trabalho

parlamentar, que sugere uma apreciação para além do senso comum de que os

congressistas não trabalham. No mínimo há que se pensar em dinâmicas de

produção/transformação da realidade de maneira diferente, tanto na formação

continuada dada pelo CEFOR quanto nas relações entre as secretarias, comissões,

assessorias e principalmente entre os pares, que nào podem ser reduzidas apenas

nas cenas do plenário. Pudemos observar e acompanhar “os bastidores” do

parlamento nacional.

10. Congresso Nacional

Em 05/09 – período da tarde

Nessa oportunidade, conhecemos as dependências da Câmara do Deputados

e o Senado Federal, sua dinâmica de funcionamento e a ambiência política que

circula no espaço, onde se registra o histórico formativo do Poder Legislativo

Brasileiro. Penso que a organização sequêncial das visitas às instituições foi

providencial, na medida que articulação da ações facilitou a compreensão da

diversas etapas do funcionamento regulado do processo legislativo.

11. Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa

Em 05/09 – período da tarde

Recebidos pelo senador Paulo Paim – PT/RS, nos foi apresentado o tratamento

dado aos temas de interesse da população pela estratégia de realização das

audiências públicas. São temas voltados às questões indígenas, religiosas, de livre

orientação sexual, quilombolas, educação, saúde, trabalho configuradas em

documentos formais como o Estatuto do Idoso, da Igualdade Racial e da Pessoa

com Deficiência. Importante registrar o posicionamento do referido senador quando

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tratou da dimensão política influenciada pela desonestidade intelectual e os

princípios da função a que se propõe um parlamentar diante do corpo social: origem

+ coerência + defesa de causas e não de coisas, em função do bem das pessoas.

12. Ministério da Justiça

Em 05/09 – período dda noite

Desconhecendo o problema, não fomos atendidos no agendamento marcado.

No entanto, tivemos um momento surpreendente, qual seja o encontro em oposição

espacial com os servidores federais em manifestação de greve deflagrada por

diversas categorias. Ficamos dentro do prédio cercado pelos manifestantes, que

estimulou um “lampejo” de reflexào quanto ao impasse na decisão de apoiar ou não

às reivindicações desses trabalhadores.

13. Caixa Econômica Federal

Em 06/09 – período da manhã

Observamos na visita, os aspectos arquitetônicos do prédio central da instituição

e tivemos infomações sobre seus elementos culturais. Não tivemos oportunidade de

conhecer os trabalhos de investimento da instituição nessa área devido ao processo

de reforma física das respectivas dependências. Fomos extremamente bem

atendidos pela cúpula administrativa da instituição e pelo grupo de relações públicas

da empresa.

14. Banco Central

Em 06/09 – período da manhã

Depois da visita ao Museu de Valores, com interessantes registros sobre

moeda e lastro, fomos recebidos pelo Sr. Márcio Antonio Estrela, que proferiu

excelente palestra sobre “O Banco Central do Brasil e suas funções” após

intermediação do Sr. José R. G. Aguiar – diretor de comunicação institucional. O dito

palestrante exerce a função de Chefe da Consultoria de integração Financeira e

Monetária. Quanto ao BACEN, ele traduz suas principais funções em: i) garantir a

estabilidade monetária (inflação/preços) para estabilizar o (des)valor da moeda

nacional e ii) proteger a sociedade por controle da inflação, entendendo-a como

transferência de valor da sociedade para o governo (herói ou vilão). Traçou para a

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compreensão dessa abordagem uma configuração histórica dos sistemas

financeiros e suas respectivas crises; as funções típicas dos BACENs; as políticas

monetárias e os sistemas de pagamentos/compensações em complementação às

funções de: a) monopólio da emissão, lembrando que dinheiro custa dinheiro; b)

banco de dados; c) banqueiro do governo como regulador de risco sistêmico; d)

superintendente do Sistema Financeiro usando de “Testes de Stress” para decisões

de suspensão de atos e e) execução da política monetária. Espera-se com isso,

adequar o volume dos meios de pagamento à real capacidade da economia de

absorver recursos sem causar desequilíbrios nos preços. Em suas palavras: “O

BACEN muda o futuro”. Discorreu ainda sobre o Sistema de Metas para Inflação

(SMPI) na medida da redução das transferências da sociedade para o governo como

uma medida protetiva conquistada e que precisa ser mantida.

É preciso registrar que tema tão complexo foi abordado de maneira agradável

e didaticamente adequada, deixando-nos com uma sensação de credibilidade e

confiança no trabalho dessa instituição tão importante para os rumos que o país

quer perseguir em termos de responsabilidade rconômica e atendimento aos

desejos e necessidades da população.

15. Secretaria Nacional de Articulação Social da Secretaria Geral

da Presidência da República

Em 06/09 – período da tarde

Fomos receptivamente atendidos pelo Sr. Pedro de Carvalho Pontual, que fez

uma digressão sobre sua trajetória profissional em governos locais de São Paulo

para posteriormente assumir no atual departamento as relações de diálogo entre o

governo e a sociedade civil, articulando processos de participaçào nos programas de

governo. Apresentou, para nos situramos na questão, a divisão da Secretaria Geral

da Presidência da República em: Secretaria Nacional da Juventude, Secretaria de

Administração, Secretaria de Controle Interno da Gestão de Processos e a

Secretaria Nacional de Articulaçào Social. Essa última se subdividindo em

departamentos, quais sejam: Departamento de Diálogos Sociais – relação com os

movimentos sociais; Departamento de Educaçào Popular – fomento à cidadania

ativa, e Departamento de Participaçào Social.

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O palestrante defende a participaçào popular nas políticas publicas como uma

prerrogativa de protagonismo expresso da Constituiçào Federal de 1988, que o

estabelece diante do sistema de produçào das políticas públicas e do controle social

das mesmas. Daí a dispensa de um significativo tempo para argumentação,

inclusive descrevendo tais iniciativas à partir do governo Lula em números: 115

Conferências Nacionais, 36 conselhos Nacionais de Políticas Públicas (17

Conselhos criados e 18 Conselhos reformulados). Reforçou que a democracia

representativa deve e pode ser complemetada pela democracia participativa, sendo

tal participação reconhecida enquanto direito. Apontou também os instrumentos de

participação utilizados em interface com as formas estatais, quais sejam: Conselhos

(instituições permanentes); Conferências; Ouvidorias; Audiências (consultivas);

Consultas Públicas (hoje disponíveis em meio virtual); Mesas de diálogo e

negociações; Plebiscitos e Referendos.

Daí a consideração final de que a participação social é um método do governo e

muito bem defendido por esse agente público que confere credibilidade nas suas

intenções e ações, sendo referência da atual gestão nessa dimensão relacional do

governo com a povo.

16. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade

Racial – SEPPIR

Em 06/09 – período da tarde

Na SEPPIR fomos organizadamente recebidos pela Assessoria Técnica do

secretario Executivo – Sr. Mário Theodoro – na coordenação da Sra Silvana

Rezende e demais assessores, onde houve uma exposição dessa Secretaria

Especial da Presidência da República que funciona em articulação e coordenação

junto aos ministérios para a aplicação de políticas públicas específicas. São estas,

políticas para além das políticas universalistas, que não tem impacto sobre as

comunidades negras e a desigualdade social. A proposta, portanto, passa a questão

racial de legal para social, defendida numa série de painéis das desigualdades

raciais no Brasil, voltados as questões de: renda, educação (analfabetismo, anos de

estudo, taxa de frequência nos ensinos médios e superior, saúde (cobertura de

planos de saúde, atendimento às mulheres), trabalho doméstico remunerado

(população em geral, mulheres, rendimento médio), habitação, acesso a bens

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duráveis e exclusão digital, pobreza, distribuição e desiguldade de renda (pobreza

extrema e rendimento médio), juventude e violência (taxa de homicídios de homens

e por faixa etária).

Diante de tal quadro foi reafirmada a necessidade de ações e programas

prioritários para reverter esse estigma de metade da população brasileira, que se

traduzem em registros no PPA 2012-2015 como o “Enfrentamento ao Racismo e a

Promoção da Igualdade Racial” de previsão orçamentária num total aproximado de

180 milhões de reais distribuídos em três programas – (PBG/BRASIL

QUILOMBOLA) – (PBA/BRASIL AFIRMATIVO) – (PROGRAMA DE

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA); num

Sistema de Monitoramento e Avaliação das Políticas de Promoção da Igualdade

Racial – SINAPIR e ainda, na Cooperação Internacional. Cada programa tem

composição em eixos de abordagem, que foram claramente expostos dando

coerência a todo o processo.

Ao fim da exposição, a mesa se dispôs aos questionamentos, que me pareceram

inadequados na medida de uma conjugação de falta de informação com julgamentos

pessoais e alicerçados no senso comum quanto à tais políticas. Há que se

considerar que o debate nessa área num país marcado po tantas outras demandas

geralmente é polêmico, mas estrutural da sociedade e que exige um acúmulo de

discussão que não convém se dar em tempo tão insuficiente de uma visita. Penso

que perdemos uma grande oportunidade de reflexão apurada sobre o fato e

consequentemente sobre o próprio assunto.

17. Desfile Cívico Militar

Em 07/09 – período da manhã

Passamos a partir desse momento a viver experiências de apreciação da

cidade e seu movimento civil, pois foi somente nesse evento comemorativo da

Semana da Pátria que tivemos contato direto com a população, que não me pareceu

muito acolhedora. O desfile transcorreu dentro do já conhecido e a impressão que

deixou é a mesma encontrada em outras cidades do país. As pessoas vão assistir à

passagem dos seus familiares, geralmente de carreira militar no presente ou no

futuro próximo, sem muita associação com as questões da pátria. Há clara divisão

do público e não senti muito clima de festa em todo o espaço, apesar de reconhecer

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alguma beleza nas permormances dos grupos de escolares, civis e militares que

compuseram o desfile. No final, engrossamos a Marcha contra a Corrupção (à

contragosto de alguns), que há alguns anos compõe o calendário da semana com o

objetivo de contrapor o mascaramento dos problemas nacionais.

18. Lago Paranoá

Em 07/09 – período da noite

Esse foi um dos momentos de descontração do grupo, visto que praticamente

concluímos a agenda intensa de trabalhos com relativo sucesso. Parece prática

comum dos clubes da cidade, a realização de festas em barcos que navegam no

Lago Paranoá – margeado por muitas casas noturnas e área de concentraçào de

festas de alto poder aquisitivo. Uma festa no barco foi uma decisão coletiva para o

encerramento da disciplina.

19. Torre de TV e Feira de Artesanato

Em 08/09 – período da manhã

Para encerrar a agenda e com parte expressiva do grupo já retornando aos

locais de origem, nos deslocamos até a Torre de TV da cidade, que pelas

caracteríticas estruturais permite uma visão panorâmica de toda a cidade em 360

graus. Do seu topo, pudemos avistar as cidade política e administrativa, a cidade

turística, a cidade comercial e os olhos numa cidade em construção/reforma.

Nesse mesmo espaço, visitamos e adquirimos lembranças artesanais da cidade

numa feira permanente ali localizada. Daí se deram-se os vários deslocamentos de

grupos para o retorno à São Paulo.

20. Retorno para São Paulo

Em 08/09 – período da tarde

Fomos deixados no aeroporto da cidade – Presidente Juscelino Kubitschek,

onde conseguimos antecipar o retorno à São Paulo em três horas, apesar de

ficarmos quase uma hora dentro da aeronave aguardando a decolagem.

Desembarcamos em São Paulo por volta das 18 horas torcendo para que os colegas

que regressaram por via terrestre tivessem a boa sensação de dever cumprido e

retorno para casa.

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Conclusão

Há muito o que dizer sobre essa experiência de imersão em ambientes

concretos de aprendizagem para contribuição em nossa formação acadêmica e de

vida. Muitas páginas seriam necessárias porém insuficientes para expressar a feliz

possibilidade de avaliar a nossa dedicação à carreira.

Brasília como Cidade Constitucional e Capital da República está muito

distante da maioria dos brasileiros, inclusive dos acadêmicos que guardam abstrata

distância da sua realidade e portanto tida e havida como uma ficção.

Brasília - a Cidade – está distante do povo – pois os poucos transeuntes não

a identificam como lugar de pertencimento, pelo menos a identificação proferida

regularmente pelo discurso da população local não foi ouvida.

Brasília – a Cidade Constitucional é pilar de sustentação de existência para o

imenso território brasileiro.

Brasília – a Capital da República trabalha para mantê-la enquanto tal.

Importante destacar que nítido se fez o atendimento da agenda proposta pela

disciplina por representação do governo em vigência, e que a oposição democrática

ao governo ou o corpo técnico responsável pelo acompanhamento do grupo não

demonstrou muita afetação com a observação dos acadêmicos. Isso me soou de

modo frio e de comum importância, diferentemente daqueles apoiadores que

quiseram apresentar uma outra possibilidade de leitura do mundo do governo.

Quanto ao grupo de trabalho, deu para notar a separação de propósitos e

comportamentos, dando à alguns um caráter de seriedade e à outros um excesso de

descontração não cabível em alguns locais e momentos. Penso que houve o

cuidado suficiente para abrir espaços de manifestação em todas as ações e os

consequentes objetivos traçados no plano de trabalho.

Quanto ao conteúdo, reservo como maior referência os esforços empregados

para a participação social no controle das ações do governo. Claro se faz essa

opção para o acesso, para a formação, para a consulta e a deliberação como

expressiva vontade popular. Mecanismos e ferramentas estão sendo criadas e

incentivadas em seu uso como forma de concretizar tal alternativa. Penso que trata-

se de um processo longo que uma vez iniciado não há como retroceder, apenas

avançar em passos possíveis de serem dados.

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Como experiência de aprendizagem, a disciplina optativa “A Cidade

Constitucional e a Capital da República” deveria mudar de condição, passando ao

quadro das disciplinas obrigatórias da carreira, exclusivamente no Curso de Gestão

de Políticas Públicas, já que experiências dessa qualidade nos permite referenciar e

reorganizar permanentemente a formação. Digo mais, iniciativas desse porte

deveriam ser ampliadas em imersão nos governos regionais e locais para de fato

associarmos teoria e prática numa educação universitária de qualidade.

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Painel Resumo 1: A Cidade Constitucional e a Capital da República VI - 2012

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Painel Resumo 2: A Cidade Constitucional e a Capital da República VI – 2012