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RELATÓRIO TÉCNICO PROCESSO: 574271/2008-2 Título do Projeto: “Caracterização e melhoramento de cultivares e desenvolvimento de sistemas produtivos de canola para biodiesel na safrinha” Coordenador: Glauco Vieira Miranda Instituição executora: Universidade Federal de Viçosa - UFV Instituição colaboradora: Empresa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG

Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

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Page 1: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

RELATÓRIO TÉCNICO

PROCESSO: 574271/2008-2

Título do Projeto:

“Caracterização e melhoramento de cultivares e desenvolvimento de sistemas produtivos de canola para biodiesel na safrinha”

Coordenador: Glauco Vieira Miranda

Instituição executora: Universidade Federal de Viçosa - UFV

Instituição colaboradora: Empresa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG

VIÇOSA

MARÇO - 2011

Page 2: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

RELATÓRIO CANOLA ANO-1

1. INTRODUÇÃO

A Brassica napus, ou colza, é uma oleaginosa pertencente à família

Brassicae, gênero Brassica, que abrange cerca de 100 espécies diferentes

entre si. Muitas dessas espécies de Brassica são culturas agrícolas que se

destinam à produção de alimento e ração animal, sendo Brassica napus e B.

rapa as espécies mais importantes para a produção de óleo dentro do gênero.

A colza apresentava duas grandes desvantagens como cultura

oleaginosa comestível. Continha naturalmente teores muito elevados de ácido

erúcido, ácido graxo com propriedades antinutritivas e glucosinolatos, grupo de

substâncias que são tóxicas para seres humanos e outros animais superiores

(COLZA: UMA CULTURA POUCO CONHECIDA, MAS DE GRANDE

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA. Food Biotech Communication Initiative - FBCI).

Em 1974 foi produzida no Canadá a primeira variedade de colza com

níveis reduzidos de ácido erúcico e de glucosinolatos. Em virtude do ganho

nutricional alcançado, surgiu a necessidade de diferenciar a colza melhorada

da colza comum. A nova variedade de colza com “duplos baixos valores” ou

“duplos zeros” foi então nomeada de canola, da expressão “canadian low acid

oil”. As variedades de canola podem então ser definidas como marcas

comerciais que contêm menos de 2% de ácido erúcico no óleo e menos de 30

micromoles de glucosinolatos por grama de farinha sem óleo (FBCI, XXXX; ICI

SEMILAS, 1991; Cordeiro el al., 1999).

A canola no Brasil constitui uma excelente opção de cultivo com a

destinação à alimentação humana bem como para fins agroenergéticos,

especialmente, para a exportação à Europa e outros países com invernos

rigorosos. Outra vantagem interessante que se apresenta ao agricultor

brasileiro é a possibilidade de rotação de cultivos, com semeadura da canola

no outono-inverno (semeadura entre 15 de abril a 30 de junho no Rio Grande

do Sul) ou na safrinha (semeadura em fevereiro a março) na região Centro-

Oeste (Tomm et al., 2009).

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Tanto a área média colhida de canola no Brasil como o rendimento dos

grãos se encontram em crescimento. Em 2009, a canola ocupou mais de 35 mil

hectares no Brasil, distribuída nos seguintes estados: RS= 24.552 ha; PR=

8.364 ha; MS= 1.565 ha, MG= 450 ha e GO= 200 ha. Apesar de toda a

produção ainda ser destinada a transformação em óleo comestível, o Brasil

recentemente despertou para um novo mercado da canola: o dos

biocombustíveis (Antunes, 2010).

Em resposta a este novo foco do país, um crescente interesse por parte

das indústrias, dos pesquisadores e dos produtores no cultivo da canola vem

sendo observado. Para Tomm (XXXX), o crescimento da cultura da canola está

gradativamente vencendo limitações, que vão desde a necessidade de

pesquisa científica para cada região, aperfeiçoamento de máquinas para

colheita, até a capacitação da assistência técnica no repasse de informações

para proporcionar maior segurança ao produtor. Em consequência, a área

cultivada com essa oleaginosa no estado de Minas Gerais bem como nos

demais estados brasileiros tende a aumentar. O interesse atual é conhecer o

potencial produtivo da canola em todas as regiões brasileiras, a chamada

“tropicalização da canola”, de modo a transformar o país em importante

produtor e exportador dessa cultura.

Segundo Tomm et al. (2009), a principal estratégia empregada no

direcionamento dos esforços de tropicalização da canola tem sido priorizar a

experimentação e início do cultivo comercial em áreas com maior altitude

(acima de 600 m). Há uma necessidade de se identificar as épocas de

semeadura para essas regiões bem ajustar outras tecnologias de manejo.

2. OBJETIVOS

O presente trabalho teve como objetivo avaliar as características

agronômicas e de produtividade dos principais genótipos de canola cultivados

no Brasil nas condições de clima e solo da região da zona da mata de Minas

Gerais nas safras de 2009/2010 e 2010/2011.

Page 4: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

3. MATERIAL E MÉTODOS

Quatro experimentos foram instalados quatro experimentos na estação

experimental da Universidade Federal de Viçosa, situada no município de

Coimbra-MG, localizado à latitude 20º50'30" sul e longitude 42º48'30" oeste,

estando a uma altitude de 715 m.

O delineamento experimental foi o de bloco casualizados, com quatro

repetições Cada parcela foi composta por 6 fileiras de plantas com

espaçamento de 0,34 m e 5 m de comprimento, totalizando uma área de 10,2

m2. O número de parcelas variou com o experimento. Os padrões

experimentais foram os mesmos utilizados nos ensaios conduzidos pela

EMBRAPA TRIGO.

O preparo do solo foi o convencional, isto é, uma aração e duas gradagens. A

adubação de plantio foi de 412 kg/ha de N-P-K, formulação 4-14-8 mais 10%

de enxofre. A adubação de cobertura foi realizada com a aplicação de 40 kg de

N/ha, na forma de ureia, quando a planta apresentava quatro folhas

completamente desenvolvida (aproximadamente 40 dias após a semeadura).

As operações de colheita, semeadura e os tratos culturais (capina e desbaste)

foram realizados manualmente. A área experimental foi irrigada durante todo o

ciclo da cultura.

Os caracteres foram realizados de acordo com as definições que se

seguem. Estande inicial (EI): número de plantas por área. Início da floração

(IF): número de dias em que 50 % das plantas têm pelo menos uma flor. Fim

da floração (FF): número de dias em que não restarem mais flores, exceto em

plantas atípicas. Duração da floração (DF): número de dias que durou a

floração. Reação à doença (DÇ): 1= planta morta; 9= livres de doença. Altura

de plantas: medida da altura média de plantas até a extremidade superior dos

ramos com síliquas. Acamamento (ACM): 1= completamente acamado e 9 =

completamente ereto. Data de maturação (DM): Número de dias em que 50 %

das sementes mudaram para cor escura nas síliquas localizadas sobre o meio

do rácimo principal da planta. Metros colhidos (MC): número de metros lineares

colhidos. Esse valor foi multiplicado pelo espaçamento informado no topo da

planilha para determinar a área colhida. Gramas colhidas (GC): peso dos grãos

colhidos (nos metros colhidos indicados na planilha), após estarem limpos e

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secos. Rendimento de grãos (RG): Para a determinação do rendimento de

grãos, foram colhidos 4 metros centrais de 4 fileiras de plantas, espaçadas 0,34

m, perfazendo 5,44 m2. O valor obtido foi corrigido para Kg/ha utilizando a

fórmula: Peso corrigido (kg/ha) = (100 - % umidade obtida) / (100 - 9). A

umidade de referência da canola é 9%. Data da colheita: data em que

efetivamente foi colhida cada parcela.

No experimento um cada bloco teve doze parcelas e os tratamentos

foram constituídos por doze genótipos de canola: Hyola 61, Hyola 401, Hyola

433, Hyola 411, H4815, K9209, I4403, Hyola 76, K911, Q6501 e Q6503, a

semeadura foi realizada dia 23/04/2009 e a colheita variou com o genótipo. O

experimento dois teve os blocos de repetição formados por nove parcelas

cada, e os tratamentos foram o Hyola 61, Hyola 401, Hyola 432, Hyola 433,

Hyola 411, H4815, K9209, I4403 e Hyola 76, a semeadura foi em 23/04/2009 e

a colheita nos dias 05 e 15/10. No experimento 3, o DBC foi composto por

quatro blocos de repetição com seis parcelas cada e teve como tratamento os

genótipos Hyola 433 e Hyola 61 e três épocas diferentes de plantio,

24/04/2009, 18/05/2009 e 8/6/2009. Finalizando, no experimento 4, o

tratamento foi constituído pelo desempenho de genótipo Hyola 401 em três

épocas e quatro densidades de plantio, 18/05/2009, 02/06/2009 e 22/06/2009 e

as densidades de 15, 30, 60 e 90 plantas/m2, cada bloco de repetição conteve

12 parcelas experimentais, a colheita foi aconteceu dia 15/10/09.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Experimento 1: Características agronômicas e rendimento de 12

genótipos de canola.

O plantio foi realizado dia 23/04/2009, com emergência das plântulas dia

03/05/2009. A média de 10 dias, não diferiu significamente da observada por

Tomm et al (2003), que foi de sete dias para as variedas Hyola 43, Hyola 60 e

para a cutivar de polinização aberta Global.

O híbrido Hyola 76 apresentou o maior estande inicial (EI) com 38

plantas/m2 (Tabela 1). Seguido pelos genótipos K9209 com 35 plantas/m2,

Q6503 e H411 com 33, H61, K911, H4815, H401, H432, I4403, Q6501 e H433

com 30, 29, 28, 27, 25, 25, 25 e 24 plantas/m2 respectivamente. Apesar da

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diferença observada no estande, os 12 genótipos tiveram bom

desenvolvimento na condição experimental, evidenciando que os valores de

temperatura e umidade do solo na ocasião da semeadura foram adequados

para o estabelecimento da cultura em MG. De acordo com Cordeiro et al.

(1999), uma adequada umidade do solo na época da semeadura é decisivo

para a germinação da canola e consequente bom rendimento.

A média do número de dias para o início da floração (IF) foi de 50 dias

(Tabela 1). O genótipo I4403 foi o que apresentou maior IF, 70 dias. Q6501 e

Q6503 iniciaram a floração mais rápido com 28 dias, concordando com o

observado no Oeste Paulista por Xavier et al (2009).

O número de dias para o final da floração (FF) teve média de 88 dias. O

híbrido H433 foi o que mais demorou para encerrar sua floração, com 99 dias e

o Q6501 o que encerrou o período de floração mais rápido com 71 dias. A

duração do período de floração teve média de 38 dias, porém foi observada

uma variação nesses valores entre os genótipos. As temperaturas acima de

15°C, considerada ótima para o crescimento e desenvolvimento das plantas,

provavelmente provocou a redução do período de floração que por sua vez

afetou o rendimento de grãos.

A data da maturação (DM) teve valor médio de 106 dias. O valor deste

caractere define a duração do ciclo dos genótipos, que foi classificado para

Viçosa/MG como: precoce (menos de 90 dias), longo (90 a 110 dias) e tardio

(mais de 110 dias). O Q6501 com ciclo de 80 dias foi o único precoce; os

genótipos H401, H433, H4815, K9209, 14403 e Q6503 com ciclo inferior a 110

dias, foram classificados como de ciclo longo e H61, H432, H411, H76 e K911

como genótipos de ciclo tardio. Essa classificação concorda com a

estabelecida por Tomm (2007) e por Souza et al (2010).

A altura média das plantas (AP) foi de 158 cm, tendo como extremos o

H76 com 182 cm e a H401 com 139 cm. Os genótipos em geral, apresentaram

valores de AP maiores do que os observados por Tomm (2007). Apesar dos

valores encontrados para AP, não foram observadas plantas acamadas.

Os caracteres metros colhidos (MC) e gramas colhidas (GC),

relacionados diretamente com a produtividade, apresentaram médias de 10 m

e 461,4 Kg/ha. Elevados valores para metros colhidos, não necessariamente

foram acompanhados por altos valores de gramas colhidas, sugerindo que para

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alguns genótipos, como o K911, o bom crescimento vegetativo não resultou em

igual rendimento de grãos (Tabela 1).

O maior rendimento de Kg/ha (RG) foi de 1286,7 para o Q6503 e 1150,6

para o H61, e o menor para o K911 com 426,4 Kg/ha. Ribeiro et al., (2009)

estudando o desempenho de genótipos de canola em Santa Maria, RS,

também registraram o Hyola 61 como um dos genótipos mais produtivos. OS

genótipos com produtividade superior a 1000 Kg/ha foram os mesmos que

apresentaram maior duração do período de floração, reafirmando a importância

da duração desse período para a obtenção de produtividades mais elevadas.

Segundo Cordeiro et al. (1999) um maior período de floração, incrementa o

número de ramos por planta, o número de flores que formam as síliquas, o

número de sementes por síliqua, o peso das sementes e o rendimento de

grãos. Como também foram observados no experimento genótipos que mesmo

com período de duração da floração maior que a média apresentou baixo

rendimento de grãos, é razoável inferir que o fator limitante para a

produtividade é a interação genótipo-ambiente.

Assim, nesse primeiro ano de cultivo dos genótipos de canola nas

condições climáticas de Viçosa-MG, foram observadas diferenças na

adaptação dos materiais. Repetições fazem-se necessárias para a confirmação

da superioridade produtiva do Q6503 e H61.

4.2. Experimento 2: Características agronômicas e rendimento de nove

genótipos de canola.

Os nove genótipos avaliados: H61, H401, H432, H433, H411, H4815,

K9209, I4403 e H76, apresentaram desempenho próximo ao encontrado no

experimento 1. A data da semeadura foi a mesma, 23/04, porém nesse ensaio,

tal etapa foi executada por apenas uma pessoa, no intuito de diminuir o

chamado erro do operador. De acordo com Garrafa et al. (2004) a falta de

atenção durante a semeadura é uma das principais causas geradoras de

variação de produtividade na canola.

O maior estande inicial (EI) foi verificado para o híbrido H76, com 42

plantas por área e o menor para o H432, com 25 plantas/m2 (Tabela 2). A

média experimental foi de 32 plantas/m2.

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Novamente o I4403, foi o genótipo que exigiu um maior número de dias

para iniciar sua floração (IF), e o H4815 o que mais rápido florindo aos 44 dias

após a emergência das plantas. O número de dias para o final da floração (FF)

teve média de 108 dias e todos os genótipos apresentaram duração do período

de floração superior a 30 dias, o que segundo Souza et al. (2010), incrementa a

produtividade.

Como no primeiro experimento as plantas apresentaram bom

desenvolvimento vegetativo com valor médio para o caractere altura de plantas

(AP) de 137,9 cm, ausência de plantas acamadas (ACM) e de doenças (DÇ),

(Tabela 2).

Interessante notar que nesse experimento houve aumento no ciclo dos

genótipos, e todos foram classificados como de ciclo tardio (mais de 110 dias).

Foi verificada uma correlação positiva entre os caracteres estande inicial

(EI) e metros colhidos (MC), logo, os valores encontrados para ambos os

caracteres foram diretamente proporcionais, resultado semelhante foi obtido

por Souza et al., (2010).

Entre MC e gramas colhidas (GC) não houve correlação. Foram verificados

genótipos como o Hyola 76 que com 9,86 metros colhidos teve 291,2 gramas

colhidas bem como o K9202 que apresentou valores de 12,66 para MC e 176,2

para GC (Tabela 2).

Os Genótipos com maiores valores de gramas colhidas foram os

mesmos que apresentaram os maiores rendimento de grãos, logo o caractere

GC foi considerado como componente primário de produção.

Os valores obtidos para rendimento de grãos (RG) foram inferiores aos

do experimento 1. A média experimental foi de 373,3 Kg/ha, o genótipo de

maior rendimento foi o H61 com 535,3 Kg/ha e o de menor rendimento o H432

com 295,2 Kg/ha. Provavelmente a queda no rendimento dos grãos esta

relacionada ao aumento do ciclo observado. Scwerz et al. (2010) sugerem que

a baixa produtividade é função do maior intervalo entre a emergência e a

maturação, o que aumenta a exposição das plantas a possíveis interferências

ambientais, como temperaturas elevadas que provocam abortamento floral e tal

fato pode reduzir drasticamente a produtividade, pela impossibilidade de

recuperação.

Page 9: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

4.3. Experimento 3: Comportamento dos híbridos Hyola 433 e Hyola 61 em

três épocas diferentes de plantio.

Dados experimentais de épocas de semeadura, aliado a informações

referentes a necessidade de fotoperíodo, temperatura e ciclo da canola, são

decisivos para a definição da época ideal para a semeadura das plantas.

Segundo Tomm et al. (2004), o uso da melhor época de semeadura é um dos

mais importantes aspectos de manejo e visa a explorar melhor os recursos

ambientais e os recursos genéticos disponibilizados pelos novos híbridos.

Como não são conhecidos às épocas ideais de cultivo da canola para a zona

da mata mineira, os intervalos de semeadura seguiram as datas de cultivo

indicadas para a região sul do Brasil.

Os híbridos H433 e H61 apresentaram bom desenvolvimento e

crescimento apenas na primeira época (E1) de semeadura, realizada dia

24/04/09 (Tabela 3). Nas duas épocas seguintes (E2: 18/05 e E3: 08/06), a

germinação foi baixa ou nula, e não permitiu a coleta de dados. Como a

precipitação acumulada nos meses que antecederam as E2 e E3 de plantio

(Gráfico 1) foi muito baixa e a irrigação teve início após o plantio, o solo não

estava com uma umidade suficiente para o crescimento das plantas. De acordo

com Cordeiro et al. (1999), é muito importante que se tenha adequada

umidade do solo na época da semeadura, porque a semente da canola requer

alta percentagem do seu peso em água para germinar. A temperatura de 20○C

superior à faixa de temperatura de 10○C a 15○C, considerada ótima para o

crescimento e desenvolvimento da canola também pode ter sido limitante a

emergência das plântulas (Gráfico 2).

Para a época 1 de cultivo ambos os genótipos apresentaram valores

próximos para todos os caracteres avaliados (Tabela 3).

Como a precipitação nos meses que antecederam o plantio permitiu a

germinação das sementes, os genótipos apresentaram estande inicial de 15

plantas/m2. O iniciou a floração (IF) aconteceu aos 62 dias para os dois

híbridos e o fim da floração (FF) aconteceu aos 113 dias para o H433 e aos

119 dias para o H61. A duração do período da floração (DF) foi superior a 30

dias, o que segundo Souza et al. (2010) favorece a obtenção de altas

produtividades. O genótipo H433 apresentou maior altura das plantas (AP),

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com média de 117 cm, seguida pelo H61 com 110 cm. Não foram observadas

plantas acamadas, incidência de doenças e nem a presença de pragas. O alto

vigor das plantas novamente evidencia a adequada umidade do solo,

responsável pelo crescimento das raízes e da área foliar, favorecendo a

retenção das folhas por mais tempo, além de prolongar o período de floração

(Cordeiro et al., 1999). A data da maturação (DM) foi aos 131 dias para o H433

e aos 139 dias para o H61 e ambos os genótipos foram classificados como de

ciclo tardio, já que apresentaram ciclo superior a 120 dias. Os caracteres

metros colhidos (MC), gramas colhidas (GC) e rendimento dos grãos (RG),

apresentaram valores estatisticamente iguais para os dois híbridos (Tabela 3) e

o RG para os dois genótipos foi de 279 Kg/ha, sugerindo que novas épocas de

plantio devem ser estudadas com o objetivo de se obter produtividades mais

elevadas.

4.4. Experimento 4: Avaliação do desempenho agronômico do híbrido

H401 em diferentes épocas e densidades de plantio.

As épocas de plantio estudadas foram: época 1 (E1): 18/05/09; época 2

(E2): 02/06/09 e época 3 (E3): 22/06/09. E as densidades: 15 plantas/m2 (D1);

30 plantas/m2 (D2); 60 plantas/m2 (D3) e 90 plantas/m2 (D4).

Foi comum a perda de parcelas em todos os blocos de repetição desse

experimento. Essa perda provavelmente esta relacionada ao pequeno tamanho

das sementes que podem ter sido semeadas em profundidades inadequadas

devido à falta de experiência no cultivo da canola, o que ocasionou perdas de

parcelas e também baixa produtividade naquelas parcelas onde foi verificada

alguma produção. Problemas da mesma natureza também foram encontrados

por Souza et al. (2010) quando estudaram a produção dos híbridos Hyola 401 e

Hyola 61 em diferentes épocas de plantio no município de Areia/PB.

Na primeira época de plantio, todas as plantas se desenvolveram

independente da densidade a que foram submetidas (Tabela 4). O maior

estande inicial (EI) foi observado para a maior densidade de plantas (D4) com

45 plantas/m2, para as demais densidades foi encontrada uma média de 24

plantas/m2 sendo que não houve variação significativa entre seus valores

absolutos. O número de dias para o início (IF) e final da floração (FF) não

apresentaram diferenças significativas entre as quatro densidades (Tabela 4),

Page 11: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

logo, a duração do período da floração (DF) foi definido apenas pela época de

plantio.

Um satisfatório crescimento vegetativo foi verificado e pode ser confirmado

pelos valores do caractere altura de plantas (AP), onde o valor mais alto foi de

148 cm para D4, e o mais baixo de 128 cm para D1. Plantas mais adensadas

provavelmente tiveram o seu crescimento alterado, como uma tentativa de

melhor captação da radiação solar e de calor. Para Argenta et al. (2001), a

excessiva concorrência por luz dentro da fila, ocorre somente quando a

densidade de plantas é alta, logo para D3 e D4 é possível que tenha

acontecido competição entre as plantas. Em todas as densidades de plantio o

ciclo do H401 foi inferior a 120 dias e foi classificado como longo. Semelhante

classificação para o híbrido foi encontrado em experimentos conduzidos em

Maringá/PR, Areia/PB e Santa Maria/RS (Tomm et al., 2003; Souza et al.,

2008; Ribeiro et al., 2009). Para E1, o maior valor de metros colhidos

observado foi de 15,2 metros para D4, seguido por 9,6 m (D2), 9,0 m (D1) e 7,3

m (D3). Tais valores não tiveram relação direta com o caractere gramas colhida

(GC). Almeida et al. (1998), destacam que os componentes do rendimento

normalmente estão negativamente relacionados, assim, o aumento de um pode

causar decréscimo do outro. O maior rendimento de grãos (RG) do híbrido

Hyola 401 foi constatado para a EID3 (583 Kg/ha), seguido da E1D1, E1D4 e

E1D2, com rendimento de grãos (RG) de 539,1 Kg/ha; 481 Kg/ha e 401 Kg/ha

respectivamente. Estes valores evidenciam que a produtividade do H401 não é

influenciada pela densidade de plantio. Kruger et al. (2010), estudando as

alterações no arranjo das plantas dos genótipos Hyola 432 e Hyola 61 num

mesmo espaçamento e distintas densidades de plantas, concluiram que as

diferentes densidades empregadas não proporcionaram alterações no

rendimento de grãos de forma isolada, indicando a existência de uma forte

plasticidade fenotípica na espécie, o que permite compensar os efeitos de

densidades reduzidas ou elevadas na condição de lavoura.

Para a época dois de plantio (E2), realizado dia 02/06/09, apenas as

plantas das parcelas correspondentes as densidades 3 (D3) e 4 (D4),

completaram todo o ciclo. Para as outras duas densidades (D1 e D2), foi

constatado falha na germinação com posterior morte das plantas. Como na

Page 12: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

época 1 de plantio a perda das parcelas provavelmente esta relacionada a

ocorrência de erro na profundidade de semeadura.

O maior estande inicial (EI) da época 2 (E2) de plantio foi observado para a

densidade 3 (E2D3) com 31 plantas/m2, seguida pela E2D4 com 25 plantas/m2

(Tabela 4). Como houve estabelecimento da cultura para D3 e D4 o

crescimento vegetativo não tem relação com uma maior ou menor densidade, e

sim com uma semeadura em profundidade ideal e condições climáticas

favoráveis.

O início da floração (IF) foi com 52 dias para E2D3 e 50 dias para E2D4 e o

final da floração (FF) com 106 e 102 dias para E2D3 e E2D4 respectivamente

(Tabela 4). Quando comparada com a época um de plantio, foi observado um

acréscimo no número de dias tanto para IF quanto para FF, porém a duração

da floração (DF) foi mantido. Logo em Minas Gerais, plantios tardios tendem a

atrasar o período de floração do H401. O caractere altura de plantas (AP)

também manteve sua média quando comparado a época um e os valores

encontrados foram de 135 e 143 cm para E2D3 e E2D4 respectivamente. Não

houve registro de plantas doentes e/ou acamadas no experimento. O atraso no

plantio também provocou aumento no ciclo do H401 que para a E2 foi

classificado como tardio (superior a 120 dias). Este aumento do ciclo pode ter

ocasionado quedas no seu rendimento, já que com o aumento do ciclo, as

plantas podem ficar expostas por mais tempo a condições climáticas

desfavoráveis ao estabelecimento dos seus componentes de produção (Ribeiro

et al., 2009). Os caracteres metros colhidos (MC) e gramas colhidas (GC)

novamente não se relacionaram, sendo que a E2D3 apresentou maior valor

para metros colhido e menor para gramas colhida, o contrário foi observado

para a E2D4. O maior rendimento de grãos (RG) foi para a E2D4 com 200,4

Kg/ha, seguido pela E2D3 com 189,5 Kg/ha. A pequena diferença nos valores

de RG para a E2D2 e E2D3 e seu menor valor quando comparado a E1,

sugere que as condições climáticas da E2 como temperaturas mais elevadas e

alta pluviosidade (Gráficos 1 e 2) no período correspondente ao enchimento de

grãos provocaram queda no rendimento da cultura.

Como nas épocas um e dois de plantio a época três (E3) realizada em

22/06/09 também apresentou problemas no estabelecimento das plantas sendo

Page 13: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

que apenas os dados da densidade três equivalente a 60 plantas/m2 (E3D3)

foram passíveis de serem analisados.

Mesmo com o plantio realizado em 22/06/09, o estande inicial da E3D3

foi de 40 plantas/m2 (EI). Foram observadas alteraçãoes nos caracteres

referentes à floração que iniciou (IF) com 52 dias e terminou (FF) com 58 dias.

A curta duração da floração provocou uma diminuição do ciclo do híbrido que

foi classificado como super-precoce (inferior a 90 dias). Como nas demais

épocas de plantio o valor do caractere A média da altura das plantas (AP) foi

de 131 cm. Estudos da influência da data da semeadura sobre o rendimento de

grãos em cinco genótipos de canola concluíram que o retardamento da

semeadura, de maneira geral, não influencia na altura das plantas (Cordeiro et

al., 1999). Os caracteres metros colhido (MC) e gramas colhida (GC)

apresentaram valores de 13, 6 metros e 265 gramas respectivamente e o

rendimento de grãos (RG) foi de 490 Kg/ha, superior àqueles encontrados na

E2, sugerindo que as condições climáticas da E3 foram adequadas e

permitiram o desenvolvimento das plantas. Degenhart e Kondra (1981)

estudando a influência de diferentes épocas de semeadura em canola

observaram que o atraso no plantio pode provocar acréscimo no rendimento

vegetativo total e no rendimento total da cultura.

5. CONCLUSÃO

Page 14: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

.O híbrido Hyola 401 registrou boa estabilidade sendo a E1 (18/05/09) e

a E3 (22/06/09) as que permitiram o maior rendimento de grãos. No primeiro

ano de avaliação dos genótipos de canola (safra 2009/2010) nas condições

climáticas de Viçosa, MG, foi observado variação na adaptação dos materiais

genéticos, destacando-se positivamente H411 e I4403. Repetições para a

confirmação da superioridade produtividade destes materiais fazem-se

necessárias.

Tabela 1- Características agronômicas de doze genótipos de canola em uma

mesma época de plantio.

Genótipos EI IF FF DF

DÇ AP ACM DM MC GC RG

H61 30 48 98 50 9 161

8,5 114 10,11 613,7 1150,6

H401 27 52 90 38 9 139

8,0 108 9,09 438,7 892,5

H432 25 54 84 30 9 165

8,5 112 8,67 397,5 746,7

H433 24 54 99 45 9 156

8,0 109 8,24 408,7 766,3

H411 33 45 88 43 9 152

8,5 113 11,06 521,2 996,4

H4815 28 46 91 45 9 157

8,0 109 9,43 383,7 706,7

K9209 35 52 86 34 9 168

8,0 103 11,90 471,2 883,5

I4403 25 70 91 21 9 155

8,5 106 8,67 412,5 805,0

H76 38 61 87 26 9 182

8,5 114 13,00 387,5 733,7

K911 29 65 96 31 9 164

8,0 116 10,03 225,2 426,4

Q6501 25 28 71 43 9 143

9,0 80 8,60 538,7 1003,8

Q6503 33 28 81 53 9 160

9,0 97 11,20 692,5 1286,7

Média 29 50 88 38 9 158

8,0 106 10,00 461,4 866,6

EI: Número de plantas/m2; IF: Número de dias para início da floração; FF: Número de dias para o fim da floração; DF: Número de dias que durou o período de floração; DÇ: Reação à doença (1-9); AP: Altura das plantas (cm); ACM: Acamamento (1= acamado, 9= ereto), DM: Número de dias para a maturação; MC: Metros colhidos; GC: Gramas colhidas; RG: Rendimento dos grãos em Kg/ha.

Page 15: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

Tabela 2- Características agronômicas de nove genótipos de canola numa

mesma época de plantio.

Genótipo EI IF FF DF DÇ

AP ACM DM MC GC RG

H61 29

53 111

58 9 137,0 9 131 9,86 291,2 535,3

H401 28

56 109

53 9 130,5 9 131 9,61 196,2 356,6

H432 25

53 105

52 9 139,5 9 129 8,67 158,7 295,2

H433 31

62 111

49 9 138,7 9 125 10,71 200,0 372,2

H411 34

54 110

56 9 126,7 9 133 11,56 233,7 430,0

H4815 33

44 109

65 9 134,2 9 146 11,22 182,5 342,2

K9209 37

57 102

45 9 137,7 9 123 12,66 176,2 324,0

I4403 27

71 108

37 9 141,0 9 125 9,09 161,2 302,2

H76 42

65 107

42 9 156,0 9 127 14,19 216,2 405,3

Média 32

57 108

51 9 137,9 9 130 10,84 201,7 373,7

EI: Número de plantas/m2; IF: Número de dias para início da floração; FF: Número de dias para o fim da floração; DF: Número de dias que durou a floração; DÇ: Reação à doença (1-9); AP: Altura das plantas (cm); ACM: Acamamento (1= acamado, 9= ereto), DM: Número de dias para a maturação; MC: Metros colhidos; GC: Gramas colhidas; RG: Rendimento dos grãos em Kg/ha.

Tabela 3- Características agronômicas dos híbridos H433 e H61 em três

épocas diferentes de plantio.

Genótipo

Época

EI IF FF DF

AP ACM

DM MC

GC RG

H433 1 15

62

113

51 9 117

9 131

9,5 150

279,0

H61 1 15

62

119

57 9 110

9 139

9,4 150

279,0

EI: Número de plantas/m2; IF: Número de dias para início da floração; FF: Número de dias para o fim da floração; DF: Número de dias que durou a floração; DÇ: Reação à doença (1-9); AP:

Page 16: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

Altura das plantas (cm); ACM: Acamamento (1= acamado, 9= ereto), DM: Número de dias para a maturação; MC: Metros colhidos; GC: Gramas colhidas; RG: Rendimento de grãos em Kg/ha.

Tabela 4- Características agronômicas do híbrido H401 em três épocas:

E1(18/05/09); E2 (02/06/09) e E3 (22/06/09) e quatro densidades de plantio: D1

(15 plantas/m2); D2 (30 plantas/m2); D3 (60 plantas/m2) e D4 (90 plantas/m2).

Época xDensidad

e

EI IF FF DF DÇ

AP ACM DM MC GC RG

E1D1 23 27 80 53 9 128 9 112 9,0 282 539,1E1D2 28 26 78 60 9 144 9 107 9,6 216 401,0E1D3 21 35 75 48 9 142 9 103 7,3 314 583,0E1D4 45 26 78 53 9 148 9 111 15,2 259 481,0E2D3 31 45 84 54 9 135 9 126 10,7 100 189,5E2D4 25 44 80 52 9 143 9 123 8,5 109 200,4E3D3 40 52 58 06 9 131 9 80 13,6 265 490,3

EI: Número de plantas/m2; IF: Número de dias para início da floração; FF: Número de dias para o fim da floração; DF: Número de dias que durou a floração; DÇ: Reação à doença (1-9); AP: Altura das plantas (cm); ACM: Acamamento (1= acamado, 9= ereto), DM: Número de dias para a maturação; MC: Metros colhidos; GC: Gramas colhidas; RG: Rendimento de grãos em Kg/ha.

Gráfico 1- Índices pluviométricos mensais em Viçosa no ano de 2009.

Page 17: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

Gráfico 2- Temperaturas mensais em Viçosa no ano de 2009.

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Page 20: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

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Page 21: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

RELATÓTIO CANOLA-ANO 2

1. MATERIAL E MÉTODOS

Dois experimentos foram instalados na estação experimental da

Universidade Federal de Viçosa, situada no município de Coimbra-MG,

localizado à latitude 20º50'30" sul e longitude 42º48'30" oeste, estando a uma

altitude de 715 m.

O delineamento experimental foi o de bloco casualizados, com quatro

repetições Cada parcela foi composta por 6 fileiras de plantas com

espaçamento de 0,45 m e 5 m de comprimento, totalizando uma área de 13,5

m2. O número de parcelas variou com o experimento. Como no ano 1 de cultivo

da canola, os padrões experimentais foram os mesmos utilizados nos ensaios

conduzidos pela EMBRAPA TRIGO.

Page 22: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

O preparo do solo foi o convencional, isto é, uma aração e duas gradagens. A

adubação de plantio foi de 300 kg/ha de N-P-K, formulação 8-28-16 mais 10%

de enxofre. A adubação de cobertura foi realizada com a aplicação de 150 kg

de N/ha, na forma de ureia, quando a planta apresentava quatro folhas

completamente desenvolvida (aproximadamente 40 dias após a semeadura).

As operações de colheita, semeadura e os tratos culturais (capina e desbaste)

foram realizados manualmente. A área experimental foi irrigada durante todo o

ciclo da cultura.

Os caracteres avaliados foram os mesmos do ano 1. Estande inicial:

número de plantas/m2. Início da floração: número de dias em que 50 % das

plantas têm pelo menos uma flor. Fim da floração: número de dias em que não

restarem mais flores, exceto em plantas atípicas. Duração da floração (DF):

número de dias que durou a floração. Reação à doença: 1= planta morta; 9=

livres de doença. Altura de plantas: medida da altura média de plantas até a

extremidade superior dos ramos com síliquas. Acamamento: 1=

completamente acamado e 9 = completamente ereto. Data de maturação:

número de dias em que 50 % das sementes mudaram para cor escura nas

síliquas localizadas sobre o meio do rácimo principal da planta. Metros colhidos

(m): número de metros lineares colhidos. Esse valor foi multiplicado pelo

espaçamento informado no topo da planilha para determinar a área colhida.

Gramas colhidas (para cálculo do rendimento de grãos/ha): Registrar o peso

dos grãos colhidos (nos metros colhidos indicados na planilha), após estarem

limpos e secos. Para a determinação do rendimento de grãos, foram colhidos 4

metros centrais de 2 e 4 fileiras de plantas, espaçadas 0,45 m, perfazendo 3,6

m2 e 7,2 m2para os experimentos 1 e 2 respectivamente. O valor obtido foi

corrigido para Kg/ha utilizando a fórmula: Peso corrigido (kg/ha) = (100 - %

umidade obtida) / (100 - 9). A umidade de referência da canola é 9%. Data da

colheita: data em que efetivamente foi colhida cada parcela.

O experimento um foi constituído por quatro blocos sendo que cada um

desses blocos continha doze parcelas. Os tratamentos foram compostos por

doze genótipos de canola: Hyola 61, Hyola 401, Hyola 432, Hyola 433, Hyola

411, Hyola 50, Hyola 571, Hyola 76, H6059, X2877, Q6501 e Q6503, a

semeadura foi realizada dia 29/06/2010 e a data da colheita variou com o

genótipo. O experimento dois teve quatro blocos de repetição formados por

Page 23: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

dezoito parcelas cada, os tratamentos foram o Hyola 61 e o Hyola 433

semeados em nove diferentes épocas de plantio, com a primeira semeadura

realizada dia 22/02/2010 e as demais com intervalo de 21 dias cada. A colheita

variou de acordo com a data da semeadura.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

2.1. Experimento 1: Desempenho agronômico e rendimento de grãos de

12 genótipos de canola em uma época tardia de plantio.

O Hyola 61 apresentou o maior número de plantas por área (NP), 34, e o

Q6501 o menor, com 31 plantas/m2. A média experimental foi de 32 plantas/m2.

(Tabela 1/2010). Resultados muito parecidos foram observados no ano 1 de

cultivo, sugerindo que num primeiro momento uma semeadura tardia não

interfere negativamente no estande inicial das plantas.

Os caracteres início da floração (IF) e final da floração (FF) tiveram médias de

27 e 57 dias respectivamente (Tabela 1/2010), logo a média experimental para

a duração do período de floração foi de 30 dias. O genótipo com maior período

de floração foram o Hyola 571 e H6059 com 33 dias, seguidos por Hyola 433,

Hyola 50, X2877, Hyola 411, Hyola 61, Hyola 401, Hyola 432, Q6503, Q6501 e

Hyola 76 com 32, 32, 32, 31, 30, 29, 29, 29, 28 e 22 dias respectivamente, tais

valores não diferem significativamente entre si.

Souza et al. (2010), estudando o comportamento de genótipos de canola no

brejo paraibano, encontraram menor rendimento de grãos para genótipos com

período de floração inferior a 30 dias. Para a região de Minas Gerais em

estudo, o mesmo resultado não foi constatado, já que não foi observada

relação entre rendimento de grãos e duração da floração que para o ano 2 de

cultivo teve média de 30 dias de duração.

O genótipo X2877 apresentou maior altura de plantas, com média de

117 cm, seguido de Hyola 433, Hyola 571, H6059, Hyola 76, Hyola 432,

Q6503, Q6501, Hyola 401, Hyola 61 e Hyola 50 com valores de 113 cm, 113

cm, 113 cm, 112 cm, 110 cm, 110 cm, 107 cm, 105 cm, 100 cm e 98 cm,

respectivamente (Tabela 1). Apesar das diferenças quanto à altura das plantas,

não foi constatada a presença de genótipos acamados. Nas condições de

Page 24: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

Viçosa-MG os genótipos também se mostraram resistente as principais

doenças da cultura.

O caractere data da maturação (DM) apresentou queda nos seus valores

e consequentemente foi observada uma diminuição do ciclo dos genótipos.

Todos os genótipos completaram se ciclo com menos de 100 dias, podendo ser

classificados como de ciclo precoce (Tabela 1/2010). Estes dados concordam

com os obtidos por Tomm et al. (2004), estudando o efeito de épocas de

semeadura sobre o desempenho de genótipos de canola em Três de Maio/RS,

onde o ciclo de todos os genótipos diminuiu à medida que foram semeados

mais tarde, em relação a data considerada ideal para o plantio, que é meados

de abril.

Os caracteres metros colhidos (MC) e gramas colhidas (GC)

apresentaram relação direta com o rendimento de grãos (RG).

O híbrido Hyola 61 foi o mais produtivo, com um rendimento (RG) de 1303,3

Kg/ha e o Hyola 432 o menos produtivo, com RG de 850,0 Kg/ha A média

experimental foi de 1006,2 Kg/ha (Tabela 1/2010). O ano 2 de cultivo da

canola, apresentou rendimento de grãos/ha superior ao ano 1, assim,

condições climáticas favoráveis como temperaturas amenas durante o plantio e

mais elevadas na fase da maturação e colheita favoreceram o desenvolvimento

dos genótipos (Gráficos 3 e 4). De acordo com Allard (1971), o rendimento de

grãos é um caráter que tende a expressar reduzida herdabilidade, em virtude

principalmente do grande número de genes que o governam. Dessa forma,

genótipos que expressam maior produtividade e estabilidade de produção, são

potencialmente os mais adaptados às condições climáticas da zona da mata

mineira. Altos valores de rendimento de grãos para o híbrido Hyola 61 também

foram encontrados em Ponta Porã/MS por Franchini et al., (2007); em Santa

Maria/RS, por Ribeiro et al., (2009); no noroeste do Rio Grande do Sul por

Kruger et al., (2010) e no Brejo Paraibano por Souza el al., (2010).

2.2. Experimento 2: Desempenho agronômico e rendimento de grãos dos

híbridos Hyola 433 e 61 em nove diferentes épocas de semeadura.

O caractere rendimento de grãos (RG) foi influenciado pela época da

semeadura (Tabela 2/2010). O início da irrigação do experimento após o

plantio e a ocorrência de altas temperaturas e baixa pluviosidade (Gráficos 3 e

Page 25: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

4) nos meses que antecederam a época 1 de plantio (22/02), acarretaram a

ausência de germinação de ambos os genótipos, já que segundo Cordeiro et

al. (1999), a semente da canola requer alta percentagem do seu peso em água

para germinar, sendo muito importante que se tenha adequada umidade do

solo na época do plantio.

Situação semelhante foi verificada para as épocas 8 (16/07) e 9 (06/08) de

plantio. De acordo com Tomm et al. (2009), a semeadura e a colheita de canola

são as operações que mais diferem em relação a outros cultivos e que têm sido

mais decisivas no seu nível de sucesso. Dessa forma, a falta de resultados

para essas épocas pode estar relacionada a possíveis erros durante a

semeadura, que ao ser realizada em maior profundidade provocou baixa

germinação, seguida por plântulas pequenas e frágeis, incapazes de se

desenvolver. O pequeno tamanho das sementes de canola dificulta seu manejo

e uma maior atenção é requerida, pois detalhes da semeadura são frequente

obstáculo na obtenção de população adequada de plantas por área (Tomm,

2003).

O maior rendimento de grãos foi observado para as época 3 (05/04) de

plantio, onde o Hyola 433 apresentou 612,0 Kg/ha e o Hyola 61 603,2 Kg/ha

(Tabela 2/2010). A umidade do solo nos meses que antecederam o plantio

possibilitou a adequada germinação e emergência das plântulas,

consequentemente os maiores valores para metros colhidos (MC) e gramas

colhidas também foram encontrados para a época 3 de plantio. Ambos os

cultivares completaram seu ciclo com menos de 110 dias, sendo classificados

como genótipos de ciclo precoce. Ao contrário do encontrado por Tomm et al.

(2004) para os híbridos Hyola 43, Hyola 60 e para a cultivar de polinização

aberta Global, nas condições climáticas de Viçosa/MG não foi observada a

diminuição dos ciclos dos genótipos em função do atraso no plantio, o que

evidencia reações diferentes dos genótipos às temperaturas e ao fotoperíodo

da região de avaliação.

A partir da época 3 os valores para o caractere rendimento de grãos

(RG) diminuiram conforme o plantio se tornou mais tardio. Como não houve

diferenças em valores absolutos para os caracteres número de dias para o

início da floração (IF) e número de dias para o final da floração (FF) para as

épocas avaliadas, a queda na produção pode estar relacionada com a

Page 26: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

ocorrência de estresse térmico e hídrico durante o período da floração e

enchimento de grãos respectivamente (Gráficos 3 e 4). Segundo Souza et al.

(2010) estresses térmicos provocam abortamento das flores o que resulta em

menor rendimento de grãos e elevadas precipitações na fase de enchimento de

grãos provoca redução na produtividade, uma vez que durante essa fase a

cultura não necessita mais de água.

O menor rendimento de grãos (RG) foi encontrado para a época 7 de

plantio (30/11), com 267,0 Kg/ha para Hyola 433 e 222,2 Kg/ha para o o Hyola

61 (Tabela 2/2010). Para essa época de plantio o número de plantas por área

foi de 16 plantas/m2 para o H433 e de 25 plantas/m2 para o H61 (NP). Não foi

observada relação direta entre os caracteres metros colhidos (MC) e gramas

colhidas (GC) e MC e rendimento de grãos (RG).

Apenas os caracteres GC e RG apresentaram queda nos seus valores com o

avanço da época de plantio, indicando que esses caracteres foram os únicos

influenciados pela época de plantio e pela interação época-genótipo.

Apesar de apresentarem valores próximos para todos os caracteres

avaliados, o híbrido Hyola 433 apresentou melhor estabilidade e maior

potencialidade de produção nas condições locais de cultivo.

3. CONCLUSÃO

Nas condições climáticas de Viçosa/MG o plantio da canola realizado no

mês de junho permitiu desempenho e rendimento de grãos satisfatórios para

todos os genótipos avaliados.

Plantios realizados nos meses de março, julho e agosto não obtiveram

êxito.

O híbrido Hyola 61 foi o que apresentou melhor desempenho nas

condições de estudo, podendo ser indicado para cultivo na região da zona da

mata mineira.

Tabela 1/2010- Desempenho agronômico de doze diferentes genótipos de

canola em uma época tardia de plantio.

Page 27: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

Genótipos

EI IF FF DF DÇ

AP ACM DM MC GC RG

Hyola 61 34 24 57 33 9 100 8 73 6,97

460 1303,3

Hyola 401 31 29 58 29 9 105 8 84 6,29

347 964,0

Hyola 432 32 29 58 29 9 110 8 81 6,46

300 850,0

Hyola 433 32 27 59 32 9 113 8 69 6,46

322 912,3

Hyola 411 32 25 56 31 9 107 8 72 6,63

343 990,8

Hyola 50 32 26 58 32 9 98 8 85 6,46

357 1031,3

Hyola 571 33 27 60 33 9 113 8 87 6,63

350 1011,1

Hyola 76 31 38 60 22 9 112 8 101 6,46

355 1015,7

H6059 32 27 60 33 9 113 8 87 6,63

353 1019,7

X2877 33 25 57 32 9 117 8 82 6,80

337 983,0

Q6501 31 24 52 28 9 107 8 61 6,46

355 1005,8

Q6503 32 20 49 29 9 110 8 88 6,63

352 987,5

Média 32 27 57 30 9 109 8 81 6,57

352 1006,2

EI: Número de plantas/m2; IF: Dias para início da floração; FF: Dias para o fim da floração; DF: Número de dias que durou a floração; DÇ: Reação à doença (1-9); AP: Altura das plantas (cm); ACM: Acamamento (1= acamado, 9= ereto), DM: Dias para a maturação; MC: Metros colhidos; GC: Gramas colhidas; RG: Rendimento de grãos em Kg/ha.

Tabela 2/2010- Desempenho agronômico dos genótipos Hyola 61 e Hyola 433 em função de nove diferentes épocas de plantio.

Genótipos Época EI IF FF DF DÇ

AP ACM DM MC GC RG

H433 2 11 42 76 34 9 147,5 9 89 9,74 407,5 554,3H61 2 13 44 81 37 9 133,7 9 94 10,46 387,5 560,0

H433 3 21 48 88 40 9 180,0 9 102

15,41 427,5 612,0

H61 3 19 51 88 37 9 161,6 8 108

15,18 417,5 603,2

Page 28: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

H433 4 32 49 89 40 9 153,3 8 104

15,52 407,5 572,0

H61 4 17 52 94 42 9 158,3 9 109

14,06 380,0 533,3

H433 5 18 52 94 42 9 151,6 9 110

14,85 322,5 452,5

H61 5 18 55 100 45 9 158,3 8 116

15,07 325,0 456,0

H433 6 19 55 99 44 9 135,0 8 116

15,52 273,3 384,0

H61 6 17 58 105 47 9 137,5 9 122

13,72 293,3 407,4

H433 7 16 54 98 44 9 115,0 9 115

12,93 190,0 267,0

H61 7 18 57 104 47 9 110,0 9 121

14,40 160,0 222,2

Época 2: 15/03; época 3: 05/04; época 4: 26/04; época 5: 14/05; época 6: 04/06 e época 7: 25/06; EI: Número de plantas/m2; IF: Dias para início da floração; FF: Dias para o fim da floração; DF: Número de dias que durou a floração; DÇ: Reação à doença (1-9); AP: Altura das plantas (cm); ACM: Acamamento (1= acamado, 9= ereto), DM: Dias para a maturação; MC: Metros colhidos; GC: Gramas colhidas; RG: Rendimento de grãos em Kg/ha.

Gráfico 3 - Índices pluviométricos mensais em Viçosa no ano de 2010.

Gráfico 4- Temperaturas mensais em Viçosa no ano de 2010.

Page 29: Relatório CANOLA ANO 1 VERSAO FINAL

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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