6
1.Introdução A cromatografia em camada fina é uma técnica simples e muito importante para a separação rápida e qualitativa de pequenas quantidades de material. Ela também pode ser utilizada de modo quantitativo e neste caso é chamada de cromatografia em camada fina preparativa. Ela é usada para determinar a pureza de um composto, identificar componentes em uma mistura comparando-os com padrões; acompanhar o progresso de uma reação pelo aparecimento dos produtos e desaparecimento dos reagentes, isolar componentes puros de uma mistura e para acompanhar uma cromatografia em coluna. Na cromatografia de camada fina a fase líquida ascende por uma camada fina do adsorvente estendida sobre um suporte. Freqüentemente, o suporte utilizado é uma placa de vidro. Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente suspenso em água. Em geral, este adsorvente é a sílica ou a alumina. [1] A amostra é colocada na parte inferior da placa, através de aplicações sucessivas de uma solução da amostra com um pequeno capilar. Quando a placa de camada fina é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma pequena quantidade de solvente, este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar. À medida que o solvente sobe pela placa, a amostra é compartilhada entre a fase líquida móvel e a fase sólida estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura são separados. Como na cromatografia de coluna, as substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as substâncias mais polares. Esta diferença na velocidade resultará em uma separação dos componentes da amostra. Quando estiverem presentes várias substâncias, cada uma se comportará segundo suas propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos grupos funcionais presentes na sua estrutura [1] 1

relatorio cromatografia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: relatorio cromatografia

1.Introdução

A cromatografia em camada fina é uma técnica simples e muito

importante para a separação rápida e qualitativa de pequenas quantidades de

material. Ela também pode ser utilizada de modo quantitativo e neste caso é

chamada de cromatografia em camada fina preparativa. Ela é usada para

determinar a pureza de um composto, identificar componentes em uma mistura

comparando-os com padrões; acompanhar o progresso de uma reação pelo

aparecimento dos produtos e desaparecimento dos reagentes, isolar

componentes puros de uma mistura e para acompanhar uma cromatografia em

coluna.

Na cromatografia de camada fina a fase líquida ascende por uma

camada fina do adsorvente estendida sobre um suporte. Freqüentemente, o

suporte utilizado é uma placa de vidro.

Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente suspenso em

água. Em geral, este adsorvente é a sílica ou a alumina. [1]

A amostra é colocada na parte inferior da placa, através de aplicações

sucessivas de uma solução da amostra com um pequeno capilar. Quando a

placa de camada fina é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba

cromatográfica) que contém uma pequena quantidade de solvente, este eluirá

pela camada do adsorvente por ação capilar. À medida que o solvente sobe

pela placa, a amostra é compartilhada entre a fase líquida móvel e a fase sólida

estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura são

separados. Como na cromatografia de coluna, as substâncias menos polares

avançam mais rapidamente que as substâncias mais polares. Esta diferença na

velocidade resultará em uma separação dos componentes da amostra. Quando

estiverem presentes várias substâncias, cada uma se comportará segundo

suas propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos grupos

funcionais presentes na sua estrutura [1]

Para uma combinação fixa de solvente, adsorvente, espessura da

camada, cada substancia percorrera distancias diferentes na placa, em relação

à frente do solvente. A relação entre as velocidades de movimento da

substancia e da frente do solvente é chamada Rf, e é definida como a razão

entre a distancia percorrida pela substancia, a partir do ponto de aplicação até

o meio da mancha, e a distancia percorrida pelo solvente a partir do ponto de

aplicação da amostra.

1

Page 2: relatorio cromatografia

Na pratica, valores de Rf obtidos em uma placa raramente se repetem

em outra, devido a fatores, como tamanho da partícula do adsorvente,

composição do solvente, grau de saturação da câmara de eluição, ativação e

condições de estocagem das placas e espessura da camada do adsorvente.

Os valores de Rf são, todavia, importantes quando se faz um estudo

comparativo utilizando soluções de substancias-padrão aplicadas na mesma

placa. [2]

2.Objetivo

Identificar substâncias com grau de polaridade diferentes, baseado no

principio de distribuição diferencial em fases.

3.Resultados e discussões:

Inicialmente as placas cromatográficas apresentaram uma contaminação

não identificada, quando reveladas sob luz ultravioleta. Este problema foi

solucionado correndo as placas repetidas vezes no eluente acetato de etila,

que arrastou a contaminação para as partes superiores das placas, que foram

desconsideradas na realização da prática. Este procedimento permitiu serem

observados os resultados de acordo com a figura 1.

Figura1 - placa cromatográfica. Spot 1: salem; spot 2: salem e naftaleno; spot 3: naftaleno.

2

Page 3: relatorio cromatografia

Observou-se através dos resultados obtidos que o primeiro spot,

composto apenas de salem, subiu 1 cm na placa cromatográfica; enquanto o 3º

spot, composto apenas de naftaleno, subiu 2 cm na placa cromatográfica. Este

fenômeno se deve ao grau de polaridade dos compostos. O salem é um

composto mais polar do que o naftaleno, que é extremamente apolar. Com isso

o naftaleno interage menos com a fase estacionaria e mais com o eluente,

deslocando-se por uma distância maior do que a distância percorrida pelo

salem.

A cromatografia é capaz de indicar as polaridades dos compostos,

mesmo que desconhecidas. Estes resultados experimentais confirmam o que a

geometria molecular já era capaz de prever, de acordo com as fórmulas

estruturais do naftaleno e do salem descritas na figura 2.

Figura 2 – estruturas moleculares do salem e do naftaleno, respectivamente

O resultado obtido no spot 2, composto de salem e naftaleno, prova que

a cromatografia é eficaz também na identificação de mais de um composto em

uma mesma solução, revelando duas marcas em alturas correspondentes as

marcas obtidas no spot 1 e do spot 3

Observou-se na revelação em câmara de ultravioleta, que além das

marcas obtidas estarem em alturas diferentes, elas apresentaram cores

diferentes: rosa claro, nas marcas de 2cm, e violeta nas marcas de 1cm. Isto

se deve a radiação ultravioleta se dar em faixas de absorção diferentes para

cada substância, o que confirma a presença de substâncias diferentes nas

marcas de alturas diferentes.

Na cromatografia em camada fina os compostos correm por

capilaridade, por isso as marcas mais apolares aparecem em distancias mais

altas. Em contrapartida na cromatografia em coluna os compostos correm por

ação da gravidade, sendo o composto mais apolar o primeiro a ser recolhido.

3

Page 4: relatorio cromatografia

Este fato se deve a maior afinidade do composto mais apolar com o eluente,

que na camada fina sobe, e na coluna desce.

3.1 Cálculo da razão de fracionamento (Rf)

Rf para o naftaleno:

Distancia percorrida pelo naftaleno: 2cm

Distancia percorrida pelo solvente(final da corrida): 3,2cm

Rf: 2÷ 3,2 =0,625

Rf para o solem:

Distancia percorrida pelo solem: 1cm

Distancia percorrida pelo solvente(final da corrida): 3,2cm

Rf: 1÷ 3,2 =0,3125

4.Parte Experimental

4.1.Desenho da Aparelhagem

Figura3- aparelhagem da cromatografia em camada fina

4.2Procedimentos Experimentais

4

Page 5: relatorio cromatografia

A aparelhagem foi montada de acordo com a figura 3.

Preparou-se uma mistura de solventes 50% acetato; 50% hexano e misturou-a

com três solutos. O primeiro se tratava do composto Salen, o segundo era uma

mistura de Salen com Naftaleno e o terceiro era Naftaleno puro.

Com o auxilio de um capilar, spotou-se em uma placa de sílica uma gota

de cada amostra em uma placa de sílica na altura de 1cm da borda.

Colocou-se em um bécher um pedaço de papel de filtro e o solvente com

quantidade suficiente para não atingir as marcações feitas na placa de sílica e

em seguida adicionou-se a placa tampando logo em seguida o bécher com um

vidro relógio.

Esperou-se o solvente atingir a marca superior da placa para retira-la do

bécher e analisou-se os resultados através de uma câmera com luz ultravioleta.

5. Conclusão

Concluiu-se que a cromatografia é um método eficiente na identificação

de compostos com polaridades distintas, além de ser uma técnica eficaz na

classificação do grau de polaridade de compostos desconhecidos

A cromatografia é eficaz também na separação de compostos polares e

apolares presentes em uma mesma solução.

5