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MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) Departamento de Articulação Interfederativa (DAI) Coordenação-Geral de Articulação de Instrumentos da Gestão Interfederativa (CGAIG)
RELATÓRIO DA OFICINA NACIONAL PLANEJAMENTO NO ÂMBITO DO SUS
1 APRESENTAÇÃO
O planejamento em saúde no âmbito governamental e seus correspondentes instrumentos: Plano de Saúde (PS), Programações Anuais de Saúde (PAS) e Relatórios de Gestão (RG) – buscam a articulação das três esferas de governo e indicam uma atuação contínua, integrada e solidária do planejamento para a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, a edição dos marcos legais: Decreto nº 7.508/2011, a Lei Complementar nº 141/2012 e a Portaria GM/MS nº 2.135/13 recolocam o planejamento no âmbito do SUS, na centralidade da agenda do gestor.
Tais dispositivos legais demandam um alinhamento dos entes federados com vistas ao fortalecimento do processo de planejamento regional cooperativo, da gestão compartilhada e concomitante atendimento à diretriz organizativa de descentralização, com direção única em cada esfera de governo. Um processo a ser desenvolvido de forma integrada entre as esferas de gestão, no âmbito das regiões de saúde, orientado a partir do reconhecimento, no território, das dinâmicas que influenciam na saúde e das necessidades de saúde da população, demanda mecanismos que fortaleçam o pacto federativo.
Considerando o Ciclo Orçamentário e Financeiro Governamental, representado pelo Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e a Lei de Orçamentária Anual (LOA), e que as vigências são similares ao processo de planejamento em Saúde nas três esferas de governo, faz-se necessário uma discussão ampliada entre as áreas técnicas e os gestores a fim de fortalecer o processo de planejamento e a vinculação dos Planos e Programações de Saúde com planejamento do governo.
Nesta perspectiva, o Ministério da Saúde (MS) por meio da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP)/ Departamento de Articulação Interfederativa (DAI)/ Coordenação-Geral de Articulação de Instrumentos da Gestão Interfederativa (CGAIG) tem produzido documentos, articulado com outras áreas do MS e promovido encontros como a Oficina Nacional Planejamento no Âmbito do SUS.
Essa oficina pretendeu trazer elementos para a reflexão e discussão dos desafios do planejamento no âmbito do SUS, apresentando: o processo de discussão de diretrizes políticas para o próximo quadriênio de governo; a integração do planejamento de governo com a agenda nacional da Saúde; apresentação do “Estudo do Pacto pela Saúde: resultados operacionais e desfechos epidemiológicos da estratégia e sua evolução até a implementação do COAP”; Relato de uma experiência exitosa de pactuação de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores (DOMI) – Regional – do Estado de Alagoas; as inovações e os desafios do processo de Planejamento Regional Integrado (PRI) e, finalmente, a Atenção à Saúde no processo do PRI.
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Deste modo, centrou o foco das apresentações sobre a proposta da Programação Geral das Ações de Saúde (PGASS) a partir da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) e na existência de sistemas informatizados (SARGSUS, MAPA DA SAÚDE) como elementos para o aprimoramento do processo de planejamento do SUS, além de identificar as interfaces entre os instrumentos de planejamento, a governança regional e a contratualização.
Ressalta-se a oportunidade deste evento, considerando que no ano de 2015 serão executados o planejamento governamental geral e da saúde para o quadriênio 2016-2019. Ante isto, a construção de agenda para o ano de 2015 é imprescindível nos âmbitos estadual e federal.
Nas páginas a seguir consta um relatório descrevendo a oficina e seus resultados, como parte das iniciativas da CGAIG, que reuniu atores das três esferas de governo como estratégia para uma discussão ampliada sobre os processos e ferramentas, visando subsidiar a elaboração dos instrumentos de planejamento de saúde.
A estrutura deste relatório está constituída em três partes: organização e metodologia; conteúdos por eixos temáticos; posicionamento e agenda. Na primeira parte apresenta-se a programação, o perfil dos convidados e como se desenvolveu os trabalhos. Na segunda, abordam-se os destaques trazidos nas apresentações e discussões sobre os eixos sugeridos na programação. E finalmente, na terceira parte faz-se um resumo dos pontos principais respondendo as perguntas norteadoras para a discussão nos grupos de trabalho, expressados como os posicionamentos que indicaram a construção da agenda para 2015.
2 ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA
Por um período de dois dias, 04 e 05 de novembro de 2014, reuniram-se atores das três esferas
de governo constituídos em representações de coletivos como Conselho Nacional de Secretários
Estaduais (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASENMS) e
Conselho Nacional de Saúde (CNS), gestores e técnicos do Ministério da Saúde, além de 54
técnicos do setor de planejamento oriundos dos 26 estados e DF; 23 técnicos de COSEMS (MS,
DF, MT, GO, MG, RJ, SP, ES, PB, CE, PE, BA, SE, MA, PI, RN, AC, RR, TO, AP, AM, PA, PR e
RS). Também estiveram presentes técnicos da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). O evento
contou com duzentos participantes.
Para o início das atividades foi distribuído material com programação detalhada (APÊNDICE A) e
documento guia para os grupos de trabalho com uma questão norteadora para cada eixo
temático (APÊNDICE B). A metodologia utilizou o recurso de exposição oral de vários atores: do
Conselho Nacional de Saúde, do CONASS, do CONASEMS, do Ministério da Saúde, da
academia e das diversas áreas MS. Estas apresentações ocorreram em três turnos, com temas
que subsidiaram as discussões dos grupos. Deste modo, foram focadas em três eixos temáticos
assim constituídos:
Eixo 1: Diretrizes Políticas para o Planejamento do SUS
Eixo 2: Planejamento Regional Integrado
Eixo 3: Atenção à Saúde e o Planejamento Regional Integrado
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Finalmente, no último turno, realizou-se um momento de dispersão, sendo os participantes divididos em quatro grupos com apoio de um(a) facilitador(a), um(a) relator(a) e um(a) operador(a) para digitação (APÊNDICE C). Durante os trabalhos os participantes foram estimulados a responder perguntas norteadoras, uma por cada eixo temático.
Eixo Temático 1:
Como alinhar o processo e os instrumentos de planejamento do setor saúde (Plano de Saúde, respectivas Programações Anuais e Relatório de Gestão) com os de planejamento governamental (Plano Plurianual – PPA, Lei Orçamentária Anual – LOA e a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO)?
Eixo Temático 2:
Quais estratégias e ações devem ser consideradas no âmbito da Região de Saúde para a implementação do Planejamento Regional Integrado (PRI)?
Eixo Temático 3:
De que forma se articulam os dispositivos de Planejamento Regional Integrado e as Redes de Atenção à Saúde?
Para concluir, cada grupo produziu uma apresentação com as conclusões das discussões, e levou para expor no segundo momento de concentração com todos os participantes.
3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS EIXOS TEMÁTICOS
A oficina iniciou com a formação da mesa de abertura que contou com representantes do
Ministério da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional dos
Secretários de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(CONASEMS).
A representante do CONASS definiu o planejamento como uma ação estratégica que deve ser
coordenada pelo estado e falou da importância de compatibilização das necessidades com as
limitações financeiras.
O representante do CONASEMS considerou fundamental a discussão sobre o planejamento e
fala sobre a necessidade de fortalecimento das regiões e da governança regional
O representante do CNS trouxe a importância da Conferência Nacional como espaço para
garantir o planejamento participativo e a definição das diretrizes da saúde.
Os representantes do MS abordaram a necessidade de articulação do planejamento com a
atenção à saúde. Além disso, apontaram a importância de construção de agendas para
qualificação e efetivação do planejamento regional integrado, enfatizando que é preciso apontar
elementos que fortaleçam o processo de organização da região de saúde.
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Observa-se, portanto, que todos os palestrantes destacaram a importância do planejamento, e
que embora enfoquem aspectos diferentes, há uma consonância de como esta etapa da gestão
pode garantir os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
EIXO 1: DIRETRIZES POLÍTICAS PARA O PLANEJAMENTO DO SUS
A mesa contou com a coordenação do CONASS e foi composta por representantes e contou
com as seguintes apresentações:
Temas:
O Controle Social e o Estabelecimento das Diretrizes Nacionais
O tema contou com a exposição de representante do CNS que abordou a importância da
democracia representativa e participativa, enfatizando que a grande conquista da Constituição
de 1988 foi a retomada da Democracia. Apontou a preocupação existente no CNS quanto à
desconsideração de diretrizes propostas pela representação social ao longo do tempo.
Além da garantia de acesso e do direito à saúde, o CNS elencou cinco questões consideradas
centrais na pauta política e de planejamento:
Financiamento: um problema a ser enfrentado em razão da insuficiência;
Recursos Humanos: há necessidade de discussão da carreira profissional, do modo de contratação e da desprecarização dos vínculos de trabalho;
Gestão: há necessidade de debate das alternativas “exóticas” de gestão, atualmente existentes, como as Organizações Sociais, OSCIP, Fundações, EBSERH, pois até o presente momento não há posição e ação concreta a respeito, sendo necessário o posicionamento dos estados e municípios;
Ciência e tecnologia: a agenda deve contar com temas como a gestão da indústria farmacêutica;
Participação e controle social: há urgência e necessidade do envolvimento da sociedade brasileira em defesa do SUS.
Integração do Planejamento de Governo com a Agenda Nacional da Saúde
O tema contou com a exposição de representante da CGPL/SPO/SE/MS que abordou a
constitucionalidade da integração dos instrumentos de planejamento de governo com os da
Saúde. Esclareceu que a integração do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal e o Plano
Nacional de Saúde (PNS) ocorre por meio das 16 Diretrizes no PNS, que correspondem aos 16
Objetivos Estratégicos do MS e aos 16 Objetivos do PPA. Apresentou o avanço na articulação
desses instrumentos alcançado a partir de 2011, quando o PPA federal e o PNS passaram a
apresentar os mesmos objetivos estratégicos. Entretanto, no que se refere a metas e indicadores
a situação se diferencia, pois os mesmos possuem metodologias e aplicabilidades diferentes, o
que dificulta o processo de avaliação e monitoramento. Informou que o MS está trabalhando
intensamente para estreitar a correlação entre PPA e PNS, inclusive solicitando ao CNS o
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estabelecimento das diretrizes para o início de 2015. Em um enfoque retrospectivo, a articulação
entre PPA federal e PNS tem enfrentado alguns desafios:
Diferentes nomenclaturas: A relação utilizada na articulação dos instrumentos não é algo estabelecido a priori. A metodologia de construção e a nomenclatura utilizada nos instrumentos podem ser alteradas a cada quatro anos;
Marcos legais e prazos distintos: Os prazos de elaboração são coincidentes, entretanto, há diferenças nos prazos de monitoramento e avaliação dos instrumentos. O monitoramento do PNS se dá pelo monitoramento da Programação Anual de Saúde (PAS), quadrimestralmente. O PPA é monitorado semestralmente, como o monitoramento orçamentário, reforçando uma articulação interna dos instrumentos a partir da construção dos mesmos;
Pressupostos principais na elaboração do PNS: plano de governo e as prioridades da gestão do Ministério da Saúde pra os próximos anos. Além disso, há também o alinhamento com o PPA e as diretrizes definidas pelo CNS. O esforço inicial será de alinhar as estratégias do PPA com o PNS;
Diferentes atores: no PNS, quem define as diretrizes é o CNS, e no PPA, é o Ministério do Planejamento e Congresso Nacional (que propõe alterações).
Outros desafios com enfoque prospectivo:
Qualificação dos instrumentos constituintes (metas e indicadores): qualificar para monitorar adequadamente;
Valor de uso: os instrumentos devem ser úteis para quem os maneja. Não deve ser uma carta de intenções genérica;
Compatibilização com os instrumentos de governo;
Monitoramento e avaliação efetiva.
Estudo do Pacto pela Saúde: Resultados Operacionais e Desfechos Epidemiológicos da
Estratégia e sua Evolução até a Implementação do COAP
O tema contou com a exposição de representante da ENSP/Fiocruz, que apresentou o resultado
do estudo realizado pelo IMS/UERJ, conjuntamente com a UFBA, UFCE e a UFPB, com foco
nas diretrizes, objetivos, metas e indicadores do Pacto pela Saúde, resultados operacionais e
desfechos epidemiológicos da estratégia de pactuação e sua evolução até a implementação do
COAP.
Relato de uma Experiência Exitosa de Pactuação de Diretrizes, Objetivos, Metas e
Indicadores (DOMI) – Regional – do Estado de Alagoas.
O tema contou com a exposição de representante da Secretaria do Estado da Saúde de
Alagoas, que discorreu sobre a experiência do estado no processo de Pactuação de Diretrizes,
Objetivos, Metas e Indicadores, a partir da publicação do Decreto 7.508/11.
Explicitou a metodologia utilizada, aplicada desde 2012, que consiste em uma análise de
situação de saúde de forma regionalizada, em cada uma de suas 10 regiões de saúde,
contemplando todo o estado de Alagoas. Destacou que com o advento do Decreto, houve
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mudança no método de trabalho, pois foram atribuídos pesos aos municípios, com base na
análise da importância de cada um deles para o alcance da meta da região. Utilizaram como
base referencial da análise dos indicadores os resultados apurados até o mês de março,
aplicados também no Relatório de Gestão do ano anterior (SARGSUS).
No processo de discussão foram compatibilizados os indicadores nacionais, estaduais e os
regionais em reuniões macrorregionais (o estado conta com duas macrorregiões), com os
representantes municipais das regiões de saúde, apresentação dos indicadores e descrição do
processo. Consideraram-se séries históricas, proposições de metas e definições de
responsabilidades. Os conselhos de saúde estadual e municipais foram convidados para estas
reuniões. Foram realizadas reuniões técnicas com os coordenadores de CIR, para abordagens
da necessidade regional, apresentação das metas propostas pela SESAU/AL e
responsabilidades assumidas pela SESAU/AL, e para definição de responsabilidades solidárias.
Finalmente, foram promovidas oficinas regionais com o intuito de discutir a pactuação entre as
partes.
Dificuldades:
Demora na publicação das regras, o que dificultou a articulação com os municípios e o processo de definição das metas;
Rotatividade da equipe técnica dos municípios, causando descontinuidade no processo;
Pouco conhecimento das necessidades regionais, dificultando a definição das responsabilidades solidárias;
Ausência do Conselho Estadual de Saúde na discussão;
Pouca participação dos conselhos de saúde municipais nas discussões (dos 102 municípios, 17 contaram com a participação dos correspondentes conselhos);
Desconexão entre o planejamento e a definição das metas, novos investimentos e necessidades organizacionais.
EIXO 2: PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI)
A mesa contou com a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia e foi composta
por representações que abordaram tema único, com o enfoque de cada ente federado, sobre as
inovações e os desafios do processo.
Temas:
Inovações e desafios do processo de Planejamento Regional Integrado – PRI
O representante do Ministério da Saúde contextualizou o processo conforme disposto na
legislação, relembrou que o planejamento é uma responsabilidade dos gestores, e que no âmbito
estadual deve ser coordenado pelo estado. Destacou que no SUS o planejamento é um
processo participativo de forma que todos os atores são responsáveis, e que para tal é
obrigatória a disponibilização de informação para a sociedade.
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Apontou a discussão do planejamento com base na necessidade regional como uma inovação
trazida pelo Decreto, que favoreceu a ampliação da visão de necessidades individuais do ente
federado.
Desafios:
Tornar o planejamento uma resposta real às necessidades de saúde e não apenas uma resposta normativa;
Utilizar a identificação de vazios assistenciais como elemento da discussão orçamentária;
Investir em educação permanente como forma de fortalecer a gestão participativa no território;
Ampliar a governança regional usando como base o PRI;
Operacionalizar o Fomentar o processo de cooperação interfederativa;
Integrar as Redes de Atenção ao PRI;
Passar de uma noção isolada de capacidade instalada para um modelo que envolva a contratualização em rede de atenção.
Já a representante do CONASS apresentou os conteúdos do PRI, a saber: o quantitativo de
regiões de saúde no Brasil (437) demonstradas por regiões administrativas; a definição da região
de saúde e seus elementos constituintes, ressaltando a organização dos serviços em redes de
atenção à saúde, em territórios singulares.
Estabelecendo a região de saúde como o lócus do PRI, correlacionou-o à Programação Geral de
Ações e Serviços de Saúde (PGASS) que deve conter: informação dos Planos de Saúde; Planos
de Ação das Redes Temáticas; Mapa de Metas de Investimentos na região; e Estimativa de
Recursos de Custeio. O enfoque objetivou esclarecer que a PGASS não é uma fase distinta do
PRI, mas um de seus componentes, onde se considera a rede de atenção para oferta da
integralidade dos serviços de saúde e a garantia do cuidado.
Evidenciaram as redes de atenção, as estruturas operacionais organizadas em um sistema
lógico de funcionamento, determinadas por um modelo de atenção à saúde, que estabelecem a
impossibilidade de se planejar sem discutir modelo: fragmentado ou integrado.
Destacou a importância e a responsabilidade das Comissões Intergestores na gestão das redes
de atenção à saúde. Isso porque, essas comissões, além de incrementarem o componente de
cooperação interfederativa no federalismo sanitário brasileiro, devem cuidar, nas regiões, da
governança compartilhada das redes de atenção à saúde.
Desafios:
Elaborar instrumentos como o PPA, a LDO e a LOA, assim como os planos de aplicação dos recursos dos fundos de saúde da União, estados, Distrito Federal e municípios, de modo a dar cumprimento ao disposto na LC 141/12;
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Promover a equidade interregional por meio da utilização dos planos e metas regionais resultantes das pactuações intermunicipais como base para os planos e metas estaduais;
Fomentar a participação dos conselhos de saúde estaduais na deliberação sobre as diretrizes para o estabelecimento de prioridades;
Garantir a transparência e a visibilidade ao processo de elaboração e discussão do plano de saúde, mediante incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas;
Compatibilizar as necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.
Por último, o representante do CONASEMS enfatizou a relevância do planejamento regional em
saúde, destacando que o PRI é um pressuposto da gestão compartilhada da rede de atenção à
saúde; deve configurar na agenda dos dirigentes; confere direcionalidade à gestão regional e
auxilia na responsabilização solidária. Para tal, o planejamento deve ser entendido como um
processo amplo que envolve a necessária relação com as necessidades de saúde da população.
Desafios:
Compartilhar estratégias de ações combinadas e concatenar esforços para a disseminação do planejamento nas regiões de saúde;
Aprofundar a estratégia de regionalização e das relações interfederativas, buscando um aumento da eficiência sistêmica e organizacional em saúde, a partir da organização de redes integradas e regionalizadas de saúde;
Divulgar de forma mais incisiva as etapas do planejamento e mobilizar atores no processo, com vistas a evitar a prática, atualmente comum em vários municípios, de contratação de empresas de consultoria para a elaboração dos planos de saúde.
EIXO 3: ATENÇÃO À SAÚDE E O PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO
Mapa da Saúde
A representante do DAI/SGEP/MS retomou a estrutura do Decreto 7.508/11, com foco no
planejamento, destacando o Mapa da Saúde. Fez referência à Nota Técnica nº 25/2011 emitida
pelo CONASS, que traz uma análise do Decreto 7.508/11, referindo-se ao Mapa da Saúde como
uma terminologia nova para algo que sempre foi realizado, mas sem a sistematização proposta
atualmente. Nesse contexto, reforçou o conceito de Mapa da Saúde, observado no referido
Decreto, como base para a realização da análise da situação de saúde em um determinado
território. Explicou que a ferramenta eletrônica desenvolvida pelo MS com o objetivo de auxiliar
os gestores na análise da situação de saúde também é chamada de Mapa da Saúde. Entretanto,
para atender à legislação, o Mapa da Saúde deve ser compreendido conceitualmente como o
processo de análise das condições de saúde de uma população em um determinado território.
Explicou que a Lei Complementar nº 141/12 reforça a correlação entre análise de situação de
saúde e planejamento, visto que em seu art. 30 está escrito que o processo de planejamento e
orçamento será ascendente e deverá partir das necessidades de saúde da população em cada
região, com base no perfil epidemiológico, demográfico e socioeconômico, para definir as metas
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anuais de atenção integral à saúde e estimar os respectivos custos. Reforçou a relevância deste
artigo que também baseia as discussões de análise da saúde relativas à PGASS, metas e
recursos financeiros necessários para execução das ações.
Quanto à ferramenta Mapa da Saúde, enfatizou a importância de geração e registro de dados
para embasar a análise da situação. Explicou que a ferramenta conta com dois produtos: a
Análise em Saúde e o Geo-Saúde. O produto Geo-Saúde está estruturado conforme os eixos
definidos na Comissão Tripartite, observados na Portaria nº 2.135/13, que trata das diretrizes
para o planejamento no SUS, a saber: estrutura do sistema de saúde; redes de atenção à saúde;
condições sociossanitárias; fluxos de acesso; recursos financeiros; gestão do trabalho e da
educação na saúde; ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão. Estão
presentes também funcionalidades como Saúde Indígena, seleção por filtro geométrico e
construção de parâmetros assistenciais.
O produto Análise em Saúde apresenta dados das bases nacionais e possibilita o cruzamento de
informações oriundas do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sistema
de Informação Ambulatorial (SIASUS) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Tais
dados podem ser cruzados com dados sociodemográficos obtidos pelo último censo,
disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Finalizou com uma apresentação da ferramenta, simulando a análise da situação de saúde de
uma região, com foco nos indicadores da Rede Cegonha e balizados com dados
sociodemográficos, estruturas do sistema, serviços e produção.
Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde (PGASS)
A representante do DRAC/SAS/MS explicou que as publicações do Decreto nº 7.508/11 e da Lei
complementar nº 141/12 trouxeram significativas mudanças no planejamento do SUS, obrigando
a urgente reformulação dos processos da PGASS.
Reafirmou a PGASS como um dos instrumentos de gestão em saúde, cuja construção consiste
em um processo de negociação e pactuação intergestores onde são definidos os quantitativos
físicos e financeiros das ações e serviços de saúde a serem desenvolvidos, no âmbito da região
de saúde. Abrangendo as áreas da vigilância em saúde e assistência farmacêutica, além da
assistência à saúde. Deve apontar, no âmbito regional, o déficit de custeio e necessidade de
investimentos. Compõe o Anexo II do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP)
e se constitui como base, sobre a qual serão estabelecidos os dispositivos de regulação,
controle, avaliação e auditoria do cumprimento das metas quantitativas e qualitativas
contratualizadas.
Realizou um comparativo entre Programação Pactuada e Integrada (PPI) e PGASS: a PPI tem
como pressuposto o planejamento por ente federado e a PGASS inclui o âmbito regional. A
estimativa de necessidade é realizada durante a programação (PPI), e na PGASS é uma etapa
prévia à programação. Quanto ao escopo, a PPI trata apenas da assistência à saúde, enquanto
PGASS abrange, além da assistência, a vigilância em saúde e a assistência farmacêutica. A PPI
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é flexível e muito desagregada, enquanto a PGASS possibilita maior agregação. A tabela de
procedimento é uma característica da PPI, a PGASS possibilita Aberturas Programáticas e
agrupamentos de procedimentos. Na PPI, a programação dos estabelecimentos de saúde se
esgota no município, já na PGASS, ocorre a programação físico orçamentária detalhada até os
estabelecimentos de saúde. Na PPI há contingenciamento dos parâmetros pelo limite financeiro
e na PGASS os parâmetros para definição de metas físicas estão dissociados da alocação
financeira.
Explicitou que a etapa I da PGASS compreende o registro de diretrizes, objetivos, metas dos
planos de saúde dos entes federados se conformando um dos produtos do planejamento
regional integrado. A etapa II compreende a modelagem de redes/ações temáticas e
estratégicas, que implica em equipamentos, leitos, serviços, equipes e profissionais de saúde e
se espera como produtos dessa etapa, os planos de ação das redes temáticas, subsídios para o
mapa de metas de investimentos na região, estimativas de custeio e incorporação da assistência
farmacêutica. A etapa III tem como metodologia as aberturas programáticas, pacotes de
serviços, redes e a definição das ações e serviços por região de saúde. Como produtos nessa
etapa, resulta o quadro de referências regionais, inter-regionais e interestaduais; limites
financeiros estaduais e municipais das ações de média e alta complexidade; memória do déficit
de custeio; consolidação dos recursos na região e incorporação da assistência farmacêutica e
vigilância em saúde. A etapa IV tem como metodologia a compatibilização entre
dimensionamento das etapas anteriores e contratualização. Pressupõe definição de ações e
serviços de saúde por estabelecimento de saúde. Produtos obtidos nessa etapa: subsídios para
formalização de contratos e Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos (PCEP); subsídios
para configuração dos complexos reguladores do acesso e apoio na elaboração da Ficha de
Programação Orçamentária (FPO).
No que se refere ao PRI e o COAP, explicou que o PRI representa o conjunto de processos que
possibilitam a harmonização das políticas de saúde, expressas nos instrumentos de
planejamento dos entes federados, na região de saúde. O COAP é um instrumento da gestão
compartilhada que tem a função de definir entre os entes federados as suas responsabilidades
no SUS, permitindo, a partir de uma região de saúde, uma organização dotada de unicidade
conceitual, com diretrizes, metas e indicadores. A PGASS detalha as ações a serem
desenvolvidas a fim de atingir as metas e compromissos propostos na região de saúde. O Mapa
da Saúde auxilia a identificação das necessidades de saúde da população, fornece elementos
para a definição de metas de saúde a serem monitoradas pelos gestores, pelos conselhos de
saúde e para a organização das ações e serviços em redes de atenção. A SES coordena, no
âmbito da CIR, a harmonização dos compromissos e metas regionais a partir dos planos
municipais de saúde e aprova na CIB, considerando a temporalidade vinculada àquela dos
planos municipais, com atualizações periódicas e revisões anuais, respeitando a dinâmica
própria dos territórios.
Finalizando, demostrou as telas do Programasus, sistema para registro dos dados de todas as
etapas da PGASS, descritas acima.
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Desafios:
Reformulação dos Parâmetros Assistenciais;
Compatibilização de parâmetros que definem ações de saúde; por condição de saúde e pelo dimensionamento e estruturação de serviços;
Envolvimento entre as secretarias: SGEP, SVS e SCTIE-AF;
Interoperabilidade com vários sistemas: CNES, SIA, SIH, Mapa da Saúde, SISREG, e-SUS e SISPACTO;
Qualificação e integração de sistemas de informação e,
Monitoramento e avaliação.
Redes de Atenção à Saúde
A representante do DAPES/SAS/MS ressaltou a importância da regionalização para construção
da Rede de Atenção e destacou a regionalização como maior desafio do SUS, pois além das
diversidades regionais há também questões políticas presentes. Apontou alguns desafios do
planejamento regional, como os vazios de média complexidade existentes no país e a
necessidade de discussão da relação público- privado. Afirmou que o debate sobre rede de
atenção implica em debater a regionalização na saúde e vice-versa. Afirmou que ao longo dos
mais de 20 anos do SUS houve muitas tentativas de se trabalhar as duas vertentes.
Lembrou a definição do conceito de região de saúde expresso no Decreto 7.508/11, discorrendo,
inclusive, sobre a estrutura mínima em ações e serviços de saúde para que ela se configure
como tal. Para as redes de atenção à saúde, utilizou a definição constante na Portaria Ministerial
4.279/10. Descreveu seus elementos constitutivos orientando que estes devem ser amparados
por um financiamento sustentável e suficiente e balizados por metas e resultados.
Citou algumas ações para qualificação da atenção realizadas pelo Ministério da Saúde nos
últimos anos: os recursos repassados para a atenção básica em todo o País recebeu um
incremento de 106%, passando de R$ 9,7 bilhões em 2010 para R$ 20 bilhões em 2014,
implicando em aumento do PAB fixo no período. Sobre o Programa de Melhoria da Qualidade da
Atenção Básica (PMAQ), fez referência à ampliação do número de equipes de atenção básica e
saúde bucal, núcleos de atenção à saúde da família, Centro de Especialidades Odontológicas
(CEOs) e fez referência às pesquisas sobre a satisfação dos usuários quanto à atenção nas
unidades de saúde. Relatou que entre 2011 e 2014 foram investidos R$ 5,2 bilhões em
construção, ampliação e reforma de unidades básicas de saúde e ainda, que o Programa Mais
Médicos trouxe 14.462 médicos para a atenção básica, beneficiando mais de 50 milhões de
pessoas.
Por fim, fez um resumo da situação da implantação das redes temáticas no País.
As Ações de Vigilância em Saúde no Território.
A quarta exposição foi realizada por representante da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
que conceituou a vigilância em saúde como um processo contínuo e sistemático de coleta,
consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o
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planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da
população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da
saúde, abrangendo toda a população brasileira e envolve práticas e processos de trabalho
voltados para:
Vigilância da situação de saúde da população;
Detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde pública;
Vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis;
Vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências;
Vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde;
Vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária.
Afirmou que os problemas de saúde ocorrem nos espaços geográficos concretos e afetam
grupos populacionais que vivem nesses espaços e compartilham esses problemas de saúde. A
resolução desses problemas exige ações de promoção, proteção, prevenção e recuperação. No
território, há a necessidade de se cumprir o que está posto como responsabilidade da Vigilância,
razão pela qual esta necessita estar presente em todos os municípios. Há ações que são de
responsabilidade dos municípios, indelegáveis. Entretanto, isso pode e deve feito concomitante
com o fortalecimento das regiões de saúde. Fortalecer as ações de vigilância no âmbito do
município significa fortalecer o processo de regionalização.
Ressaltou que ações voltadas para a saúde coletiva, com intervenções individuais ou grupais
prestadas por serviços de vigilância em saúde, não podem ser realizadas isoladamente. São
operadas em conjunto com as ações dos serviços de atenção primária, de urgência e
emergência, de atenção psicossocial, de atenção ambulatorial especializada, hospitalar e devem
compor a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (Renases). A organização do
processo de trabalho precisa ser norteada pela sistematização das ações e serviços descritos na
Renases com base na situação de saúde do território. Assim, a Secretaria de Vigilância do
Ministério da Saúde empreendeu esforços para sistematizar suas ações de vigilância na
Renases, bem como descrever cada uma delas.
Ao final, ressaltou que a ação de vigilância é uma agenda a ser fortalecida.
Desafios:
Consolidar a descentralização das ações: os municípios exercendo suas atribuições com apoio dos estados, da União e de outros municípios;
Analisar o cenário epidemiológico: conhecimento detalhado da realidade local e definição de prioridades de intervenção, planejamento e programação de ações e serviços;
Acelerar a introdução de novas estratégias e tecnologias: metodologias de análise, testes rápidos, tratamentos, medidas de prevenção;
Integrar a vigilância em saúde com a atenção à saúde;
Estabelecer linhas de cuidado relacionadas aos agravos de relevância para a vigilância em saúde e avaliar resultados das ações, com a utilização de indicadores adequados à
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realidade local. Municípios atuantes, desempenhando com efetividade suas responsabilidades, é condição essencial para o sucesso da regionalização.
4 POSICIONAMENTO E AGENDA
Considerando algumas afirmativas das apresentações nas mesas-redondas e somando com as conclusões dos grupos, produziu-se esta síntese aqui apresentada por eixo temático, marcando os problemas, algumas estratégias de superação, os posicionamentos na busca de soluções e quais destes podem dar subsídios importantes para proposição de uma agenda para ano de 2015. Como relatado anteriormente, este é um ano importante para o processo de planejamento governamental global e da saúde, por ser neste ano que se elabora o Plano Plurianual (PPA) e o Plano de Saúde (PS) das esferas federal e estadual para o próximo quadriênio.
Sobre o primeiro eixo: “Diretrizes Políticas para o Planejamento do SUS” a identificação dos problemas está no planejamento mais em longo prazo, como o PPA e o PS, até as programações anuais, seguindo pelo relatório de gestão. A origem da construção de metodologia do PPA, na esfera estadual, está na Secretaria da Fazenda e para o PS nas secretarias de Saúde, carece de ferramentas que aglutinem as metodologias distintas do processo orçamentário governamental e do planejamento em saúde.
Houve o entendimento, nos grupos, de que o PPA deve refletir o Plano Estadual de Saúde (PES), e que esse deve ser elaborado a partir da análise situacional. Entretanto, as dificuldades são muitas, a começar pela estrutura do PES centrado nas necessidades de saúde que devem ser inseridos nos 15 programas do PPA, situação agravada segundo relatos, pela postura da equipe central do governo que nem sempre aceita os conteúdos enviados pela equipe da setorial de saúde, e também, por estes dois processos de planejamento ter tempo de execução diferente. Acrescenta-se, a isso, mais uma dificuldade, porque em vários estados a divisão territorial em regiões utilizadas para o PPA é diferente das usadas pelo setorial saúde.
Ressalta-se ainda, que mesmo estados que fazem PPA participativo, é muito difícil alinhar o tempo da elaboração do PES que deve ter participação dos conselhos de saúde e seguir as diretrizes apontadas nas conferências de saúde, considerando que o ideal é que o PPA fosse decorrente disso. Além de tempos diferentes de cada um desses processos, as equipes de planejamento estão cada vez mais reduzidas, tanto nas esferas estaduais quanto nas municipais, e em muitos municípios, às vezes, nem existem.
Embora tenha uma variação entre os estados da Federação, todos os membros dos grupos que se pronunciaram, registraram a tentativa de compatibilizar o PS e PPA, construindo conjuntamente para ter coerência. Entretanto, a maior disparidade está entre os municípios que apresentam realidades diferentes, identificando-se que a maioria não cumpre os prazos de conclusão dos instrumentos de gestão. Nesta esfera de governo há uma escassez de equipe capacitada para o planejamento, além do que, é comum os gestores recorrerem à contratação de consultorias, que fazem um documento cartorial para cumprir a legislação, documento este que na maioria das vezes nem é lido pelo gestor.
O PS retrata diretrizes e metas e a PAS deve se basear no planejamento orçamentário ajustando-o a cada ano. Ainda fazem-se necessários esforços para a construção de estratégias de acompanhamento dos tempos legais de elaboração da LDO e LOA, harmonizando com os instrumentos de planejamento do SUS – em especial a PAS – cujo prazo é definido pela Lei 141/2012. No âmbito estadual e municipal houve registro de alguma correlação entre os
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instrumentos de programação, entretanto, isto não é generalizado no País. Ressalta-se relatos de maior dificuldade vivenciados na esfera municipal.
Outro aspecto levantado foi sobre a qualidade das informações registradas no Relatório de Gestão através SARGSUS e os dados orçamentário no SIOPS, que apresenta problemas tanto de inconsistências nos dados, quanto no cumprimento dos prazos de preenchimento. Essa situação é agravada se for considerada apenas a esfera municipal. As informações constantes neste sistema fazem parte do material a ser apresentado aos conselhos de saúde e nas audiências públicas; esta última, com registro de pouco interesse do Legislativo ou de questionamento deste em avaliar os relatórios quadrimestrais.
Por fim, os grupos foram unânimes em afirmar a dificuldade em realizar a integração entre esses processos e os instrumentos de planejamento e gestão, ao tempo que questionaram a temporalidade na realização das conferências, pois quando é disponibilizado o relatório da Conferência Nacional de Saúde, o PNS já está praticamente pronto. Segundo eles, o ideal seria mobilizar a conferência para os primeiros meses de 2015. No início do ano, a LDO já deve estar em aprovação. Mesmo assim, entende-se que o planejamento deve se utilizar de bases propositivas levantadas nas conferências.
Apesar dos problemas apontados anteriormente, a maioria dos representantes dos estados presentes relataram esforços para superá-los, alguns com resultados exitosos de alinhamento do Plano Plurianual e o Plano de Saúde. Várias estratégias foram apontadas, entre elas:
Formação de equipe com os vários setores das secretarias de saúde. Em algumas secretarias se constitui como grupo matricial coordenado pela área de planejamento para dialogar com os setores de finanças;
Reuniões com participação das áreas de planejamento governamental e planejamento da saúde e utilização de metodologias que constroem indicadores comuns;
Utilização do diagnóstico situacional para elaboração do PPA, expressando neste as ações macro que estão no PS;
Utilização dos indicadores constantes no Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores e como ponto de partida para elaboração do PPA e PS;
Participação de técnicos da saúde nas audiências públicas do PPA.
Construção de uma matriz conjunta (planejamento governamental e planejamento de saúde com os principais indicadores que constam no PS e no PPA – considerando ações de responsabilidades interfederativas);
Criação de uma estrutura hierárquica de atividades através da matriz de GUT (Gravidade, Urgências e Tendências);
Desenvolvimento de sistemas informatizados para acompanhar as ações do PPA e PS;
Articulação de setores de planejamento das secretarias estaduais de saúde com os municípios para realização de oficinas com seus técnicos para apoiar a elaboração dos planos e programações municipais.
Articulação do Controle Social com o setor de planejamento do estado por meio da realização de eventos para discussão e apreciação do PPA e PS.
Como se observa, a resposta à pergunta indutora deste eixo suscitou o levantamento de problemas e exposição de estratégias utilizadas pelos estados e municípios, atendendo de forma satisfatória a iniciativa do Ministério da Saúde em promover a discussão sobre o planejamento na Saúde. Entretanto, como as várias iniciativas acontecem de forma isolada, resta ainda a complementação do objetivo da oficina, em levantar subsídios para elaborar proposta para uma
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agenda estratégica. Para tanto, extraímos das discussões as principais propostas para o primeiro eixo:
a) Integrar internamente os setores da secretaria de saúde para o processo de planejamento, por meio da criação de grupo de trabalho.
b) Criar grupos de trabalho para construção e alinhamento entre os instrumentos de planejamento com representantes das secretarias de Saúde, Planejamento e Fazenda;
c) Promover reuniões com participação de técnicos das três secretarias citadas anteriormente;
d) Criar uma matriz conjunta entre as secretarias de Planejamento e Saúde, gerando indicadores específicos para a ligação entre os instrumentos de planejamento.
e) Estabelecer maior integração dos órgãos de planejamento das esferas de governo com os demais órgãos de gestão do SUS para harmonização dos instrumentos de planejamento;
f) Realizar análise qualitativa dos dados alimentados no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO-SIOPS) fazendo um comparativo entre os instrumentos de planejamento;
g) Fortalecer as discussões sobre alinhamento dos instrumentos junto aos municípios que trabalham de forma cartorial, sem estabelecimento de relação entre eles;
h) Desencadear um processo de construção dos instrumentos gestão do SUS se utilizando de bases propositivas tais como processo participativo, compromissos de governo, relatórios e conferência, planejamento estratégico, análise situacional e mapa de saúde condizente com as necessidades e realidades locais;
i) Uniformizar as metodologias de construção dos instrumentos de planejamento do SUS aos demais de governo;
j) Incentivar o planejamento como processo ascendente; k) Desenhar um conjunto mínimo de instrumento de planejamento para apoiar os
municípios e superar as fragilidades do processo de planejamento nesta esfera de governo;
l) Alinhar tempo, processos e nomenclatura do processo de planejamento do SUS; m) Criar mecanismos para o fortalecimento e qualificação das equipes de planejamento dos
estados e municípios. n) Instituir um processo de Educação Permanente para qualificação e construção de pontes
entre as instâncias do governo: Saúde, Finanças, Planejamento e o Controle Interno e Externo;
o) Realizar as conferências estaduais em tempo oportuno de forma a orientar as diretrizes do planejamento para 2016-2019;
p) Utilizar os indicadores das Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores para o processo de planejamento;
q) Trabalhar com o SIOPS de forma a articular os instrumentos; r) Desenvolver formas de promover a interoperabilidade entre os sistemas já existente com
amplitude nacional (SARGSUS, Mapa da Saúde, SIOPS etc.) s) Criar mecanismos para identificar experiências de sistemas informatizados existentes
nos estados para verificar a possibilidade de troca de experiência entre os mesmos.
Seguiremos, então, para o segundo eixo “Planejamento Regional Integrado” que apesar da pergunta norteadora ser direcionada para identificar estratégias e ações, o resultado das discussões contém muito pouco de estratégias e mais afirmativas e questões. Desta forma, apresentamos inicialmente as afirmativas e questionamentos e finalizamos com as principais propostas.
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Houve relatos de tentativas de priorizar os problemas regionais, onde cada Região de Saúde (RS) teria um Plano Regional sucinto que reflita a visão da região enquanto RS. Cabe à secretaria estadual monitorar os resultados e participar das pactuações. Registrou-se também a existência de grupos de trabalhos (GT) de Planejamento Regional instituído no âmbito das Comissões Intergestores Regionais (CIR), apoiado por uma proposta de descentralização do Planejamento com participação de técnicos nas diversas áreas da secretaria estadual.
Os indicadores pactuados e registrados no SISPACTO são apresentados por Região, mas explicitando o que cada município está fazendo, e os resultados alcançados são apresentados de forma que possa ser identificado o município que não alcançou a meta.
É necessário se repensar e rever as metas dos indicadores do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP), distinguindo as que são estratégicas daquelas que são táticas ou operacionais, definindo, assim, quase as que deveriam ir para os Planos de Saúde. A programação deve ser feita a partir disso, embora haja dificuldade na discussão de Programação: como fazer a interação ter resultado na região?
É importante conhecer o diagnóstico situacional das regiões. Saber a necessidade e capacidade de cada uma delas. O Mapa da Saúde é um registro sobre isso. Não é só um descritor das lacunas, mas também dos avanços. O mapa agrega as informações para subsidiar o processo de planejamento regional.
O PRI deve ser dinâmico e precisa ser revisto durante todo o processo, mas como fazer para ter garantia de financiamento tripartite?
É necessário promover a discussão da descentralização de ações e serviços visando o fortalecimento regional. Para isso, os gestores das três esferas precisam assumir a responsabilidade de fortalecer o processo de planejamento na região. A governabilidade e a governança das CIR estão diretamente relacionadas com a responsabilização e o conhecimento dos gestores. Por outro lado, ressente-se também de maior presença do Ministério da Saúde para ajudar na construção de propostas de parceria nas regiões.
Identifica-se, no Brasil, situação diferente no entendimento e envolvimento dos entes federados sobre a regionalização. Existem situações que nem os estados reconhecem suas regiões, muito menos os municípios. É necessário fortalecer a municipalidade, para poder ampliar a solidariedade entre os municípios. O município precisa ter o sentimento de pertencimento à região. Registrou-se o fato de uma CIR ter decidido prescindir da presença dos gestores suas reuniões. Como lidar com gestores que não cumprem o pactuado e como valorizar os que cumprem?
Além dos gestores, como envolver outros sujeitos, como conselheiros de saúde, profissionais de outras áreas e movimentos sociais nas discussões do planejamento regional?
Foram apresentadas como propostas:
Criar estratégias nacionais para promover o reconhecimento das CIR como espaço de negociação privilegiado para decisão no espaço regional.
Investir na qualificação dos técnicos que apóiam as CIR e da gestão trazendo conteúdos capazes de fortalecer as relações inter-regionais.
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Discutir a PGASS e o Mapa da Saúde na região de saúde para fomentar o sentimento de pertencimento;
Tratar parâmetros no sentido regional, para produzir um COAP mais exequível e capaz de convencer os gestores a se responsabilizar;
Promover seminários regionais de planejamento em saúde, agregando temas intersetoriais tendo a secretaria de saúde estadual como coordenadora desse processo;
Subsidiar os municípios para ter autonomia no uso de recursos por meio da troca de conhecimento de onde estão acontecendo experiências exitosas;
Discutir com o controle social as responsabilidades de governo no que se refere ao planejamento regional;
Desenvolver mecanismos para harmonizar a PGASS e as redes temáticas para extrair as metas regionais;
Desenvolver metodologia de planejamento ascendente para articulação entre as metas municipais e estaduais, e que estas reflitam nas pactuações regionais.
Construir uma RENAME regional.
Induzir o processo de planejamento regional através de apoiadores dos três entes federados
Por fim, os grupos indicaram para uma governança regional orientada para a gestão do território, tendo o PRI como processo privilegiado para explicitação de necessidades regionais. Também se aponta para uma cogestão regional que absorva modelos singulares de gestão compatíveis com um SUS, que tem diretrizes nacionais. Sobre o terceiro eixo “Atenção à Saúde e o Planejamento Regional Integrado” também se fez afirmativas e em seguida as propostas, como descrevemos a seguir.
O planejamento das redes temáticas deve fazer parte do planejamento regional, por isso tem a base territorial. Embora aconteça em momentos diferentes, deve existir uma articulação, inclusive porque o Plano Diretor de Investimentos (PDI) da região deve ser coerente com a captação de recursos dos Planos de Ação das Redes (PAR) temáticas. Os PAR nem sempre estão em consonância com os PS, o que impõe a necessidade de revisão do que foi programado pelas redes na região, inclusive com necessidade de mais integração com a esfera federal. Por outro lado, houve registro que o processo de implantação das Redes não está sendo fomentado na Atenção Básica, ou seja, as ações nem sempre são executadas em conjunto com o planejamento regional. Sobre a gestão e o acompanhamento das redes, os relatos indicaram uma fragmentação entre as Redes Temáticas, apontando a necessidade de haver um único grupo condutor e um operacional para cada Estado. Mas também foi registrado como um ponto forte a participação dos grupos de trabalho criado pelas CIR. É a partir dos grupos que tem se dado a articulação com atuação também positiva de apoiadores do Ministério da Saúde. Existem pontos de atenção das redes temáticas que estão fora da região de saúde, entretanto, nas discussões do COAP, este se restringe aos serviços que estão dentro da região. Essa situação aponta para a necessidade de instrumentos que façam as articulações entre as regiões coordenadas pelo ente estadual.
Ficou claro que não há como falar de regionalização sem falar de redes. Assim como não há como ter COAP sem planejamento regional. A estratégia dos grupos condutores tem se revelado
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como fundamental para facilitar essa integração. Entretanto, falta o planejamento das redes, expresso nos demais instrumentos de planejamento (tanto do SUS como de governo), devem fazer parte do texto de intenções do governo, do plano de governo estadual, do plano plurianual do governo, entre outros. As redes precisam se expressar nos instrumentos. Como os instrumentos ainda não estão totalmente implantados dificulta entender como se dará essa articulação com as redes, que são temáticas e não podem ficar compartimentadas. As redes trazem a possibilidade de articular e planejar as ações de saúde, financiamento, estrutura necessária de acolhimento. Para isso, é necessário haver mais divulgação e disponibilização das ferramentas de planejamento (PGASS, Mapa da Saúde). Conclui-se que o PRI deve contemplar os PAR. Programar redes temáticas é uma coisa, operacionalizar é outra. Por isso, existem dois questionamentos: como resolver entraves na implantação das redes temáticas, a exemplo de como se dará o financiamento dos pontos de atenção fora das regiões, como se darão os repasses entre os municípios? Decorrentes destas questões surgiram as seguintes propostas:
Construção regional dos planos de ação com agenda permanente na CIR;
Seguir com a formação de câmara técnica nas CIR;
Os PAR precisam ser avaliados na CIR pelas câmaras técnicas;
Devem ser criados mecanismos para integrar os instrumentos de programação com os PAR e outras linhas prioritárias da região;
Articulação da RENAME regional com os planos de ações das redes;
O planejamento regional identifica as necessidades e aponta pontos de atenção fora da região, portanto deve ser feito o planejamento dos pontos de atenção inter-regionais;
Incorporar no planejamento regional a pactuação e a regulação regional;
Adequar o orçamento pelas necessidades apontadas pelos PAR e as linhas de cuidado prioritárias, adequadas ao orçamento disponível;
Criar mecanismo de seguimento horizontal do usuário de acordo com a linha de cuidado sustentada por ferramenta de gestão que permita o monitoramento e avaliação e demonstração da obrigação clara do gestor de cada ente federado.
Fortalecer a AB para atuar como ordenadora das RAS.
Articulação dos grupos condutores das redes temáticas com a SES e CIR. AGENDA 2015
Agenda 2015 Cronograma
1. Definir diretrizes para qualificação de equipes de planejamento no âmbito do SUS
MAI
2. Realizar conferências em tempo oportuno de forma a orientar as diretrizes do planejamento para 2016-2019
ABR-NOV
3. Disponibilizar material instrucional sobre planejamento no âmbito do SUS
SET
4. Elaborar os Planos Nacional e Estadual de Saúde DEZ *Parte das discussões refletiu iniciativas de âmbito local.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se, portanto, que os muitos instrumentos de planejamento necessitam de integração. Por outro lado, deve ser criadas estratégias para vencer o desafio de estabelecer um processo de planejamento regional integrado que supere a discussão do financiamento, sem ignorar a importância deste, mas que é um ponto imobilizante. A discussão vai ter sempre que lidar com as questões que envolvem fazer o que é possível, e que quase sempre aquém do necessário.
A governança regional deve ser capaz de lidar com atores que têm interesses legítimos, mas algumas vezes contraditórios.
O planejamento regionalizado deve potencializar articulações já consolidadas com outras áreas, como saneamento, educação etc.
RELATORIA:
Coordenação: Gisela da Costa Mascarenhas
Equipe de Elaboração:
Ana Cássia Cople Ferreira Ana Paula Prado da Silveira Dorian Chim Smarzaro Dulce Fátima Cerutti Joana Angélica Oliveira Molesini Lívio Oliveira Adelino de Lima Lutigardes Santana LINK PARA ACESSO ÀS APRESENTAÇÕES E RELATÓRIO FINAL: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/1060-sgep-raiz/dai-raiz/cgaig/l1-cgaig/15559-eventos
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APENDICE A
OFICINA NACIONAL
PLANEJAMENTO NO ÂMBITO DO SUS
Local: Hotel St. Paul Plaza.
Endereço: SHS Quadra 2 Bloco H - Asa Sul, Brasília – DF – (61) 3319-3543.
Data: 04 e 05/11/2014.
Horário: 9h às 17h30 min.
PROGRAMAÇÃO
Dia 4 de novembro
Eixo 1: Diretrizes Políticas para o Planejamento do SUS
O Controle Social e o Estabelecimento das Diretrizes Nacionais
Expositora: Maria do Socorro Souza - Conselho Nacional de Saúde
Referências para abordagem:
Estratégias dos conselhos de saúde no processo de planejamento no âmbito local (estado da arte)
O Conselho Nacional de Saúde e o ciclo de definição e monitoramento das prioridades nacionais
do SUS
A 15ª Conferência Nacional de Saúde (tema, etapas, cronograma, inovações)
Tempo de exposição: 20min Integração do Planejamento de Governo com a Agenda Nacional da Saúde
Expositor: Marcos Moreira – SPO/SE/MS
Referências para abordagem:
A integração dos instrumentos de planejamento do governo com os da Saúde
A elaboração do Plano Nacional de Saúde 2016-2019 (etapas, cronograma, metodologia)
Tempo de exposição: 20min
Estudo do Pacto pela Saúde: Resultados Operacionais e Desfechos Epidemiológicos da
Estratégia e sua Evolução até a Implementação do COAP
Expositor: José Ueleres Braga - Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Escola Nacional de Saúde
Pública Sérgio Arouca da Fiocruz
Referências para abordagem:
Resultados prioritários
Aprendizagens que a pesquisa traz para o aprimoramento do processo de planejamento da Saúde
Tempo de exposição: 20min
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Relato de uma Experiência Exitosa de Pactuação de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores
(DOMI) – Regional – do Estado de Alagoas
Expositor: Herbert Charles Silva Barros - Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas Referências para abordagem:
Experiência de Alagoas: pactuação DOMI orientando o processo de planejamento da Saúde
Tempo de exposição: 20min
Eixo 2: Planejamento Regional Integrado (PRI) Inovações e desafios do processo de Planejamento Regional Integrado – PRI
Expositores: André Luís Bonifácio de Carvalho - Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa-MS
Lourdes Almeida - Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Nilo Bretas - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
Referências para abordagem:
Os marcos legais: Decreto nº 7.508/2011, LC nº 141/2012, Portaria MS/GM 2.135/2013
A construção do planejamento regional a partir das necessidades da população no âmbito loco-
regional
A necessidade de fortalecer e ampliar a governança regional e o Pacto Interfederativo
O desafio de tornar os dispositivos como efetivos instrumentos de planejamento, análise crítica e
orientadores da gestão
Dia 5 de novembro
Eixo 3: Atenção à Saúde e o Planejamento Regional Integrado Mapa da Saúde
Expositora: Gisela da Costa Mascarenhas - Departamento de Articulação Interfederativa/SGEP/MS
Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde (PGASS)
Expositora: Elaine Gianotti - Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas/SAS/MS
Referências para abordagem:
A elaboração e a aplicação dos dispositivos de planejamento de saúde e a programação das
ações e serviços de saúde a partir das necessidades da população
Redes de Atenção à Saúde
Expositora: Aparecida Linhares Pimenta - Diretora de Programa da Secretaria Executiva/MS
As Ações de Vigilância em Saúde no Território.
Expositora: Sônia Brito - Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde/SVS/MS
Referências para abordagem:
Gestão do cuidado: as necessidades de integrar as ações de planejamento e a governança
regional para garantir a ampliação do acesso à saúde e a integralidade no território
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APENDICE B
OFICINA NACIONAL PLANEJAMENTO NO ÂMBITO DO SUS
Local: Hotel St. Paul Plaza.
Endereço: SHS Quadra 2 Bloco H - Asa Sul, Brasília – DF – (61) 3319-3543.
Data: 04 e 05/11/2014.
Horário: 9h às 17h30 min.
PROGRAMAÇÃO
04/11/2014:
Eixo Temático 1: Diretrizes Políticas para o Planejamento do SUS
O Controle social e o estabelecimento das Diretrizes Nacionais Integração do planejamento de governo com a agenda nacional da Saúde Estudo do Pacto pela Saúde: resultados operacionais e desfechos epidemiológicos
da estratégia e sua evolução até a implementação do COAP Relato de uma experiência exitosa de pactuação de Diretrizes, Objetivos, Metas e
Indicadores (DOMI) Regionais.
Eixo Temático 2: Planejamento Regional Integrado (PRI)
Inovações e desafios do processo do Planejamento Regional Integrado.
05/11/2014:
Eixo Temático 3: Atenção à Saúde e o Planejamento Regional Integrado
Mapa da Saúde. Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde (PGASS). Redes de Atenção à Saúde (RAS). Vigilância em Saúde (VS).
Objetivo: Promover discussões com vistas ao fortalecimento do processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS
Justificativa: O Decreto nº 7.508/11, pela Lei Complementar nº 141/12 e a Portaria GM/MS nº 2.135/13
recolocam o planejamento no âmbito do SUS, na centralidade da agenda do gestor. Tais dispositivos
legais demandam um alinhamento dos entes federados com vistas ao fortalecimento do processo de
planejamento regional cooperativo, da gestão compartilhada e concomitante atendimento à diretriz
organizativa de descentralização, com direção única em cada esfera de governo. Um processo a ser
desenvolvido de forma integrada entre as esferas de gestão, no âmbito da região de saúde, orientado a
partir do reconhecimento, no território, das dinâmicas que influenciam na saúde e das necessidades de
saúde da população.
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A Oficina pretende trazer elementos para a reflexão e discussão dos desafios do planejamento
no âmbito do SUS, apresentando: o processo de discussão de diretrizes políticas para o próximo
quadriênio de governo; a integração do planejamento de governo com a agenda nacional da Saúde;
apresentação do “Estudo do Pacto pela Saúde: resultados operacionais e desfechos epidemiológicos da
estratégia e sua evolução até a implementação do COAP”; Relato de uma experiência exitosa de
pactuação de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores (DOMI) – Regional – do Estado de Alagoas; as
inovações e os desafios do processo de PRI e, finalmente, a Atenção à Saúde no processo de
Planejamento Regional Integrado.
Resultados Esperados: Contribuir para o aprimoramento do processo de planejamento do SUS, com
foco nas discussões sobre o planejamento regional integrado – sua interface com os instrumentos de
planejamento, a governança regional e a contratualização – e construção de agenda para o ano de 2015.
PROGRAMAÇÃO – DIA 4 DE NOVEMBRO
HORÁRIO EXPOSIÇÃO COORDENADOR/
DEBATEDOR EXPOSITORES
Eixo 1: Diretrizes Políticas para o Planejamento do SUS
09:00 às 10:00 Mesa de Abertura Cerimonial
Ministério da Saúde
Conselho Nacional de Saúde
CONASS
CONASEMS
10:15 às 12:30
O Controle Social e o estabelecimento das Diretrizes Nacionais
Lourdes Almeida Assessora técnica do CONASS
Maria do Socorro Souza Conselho Nacional de Saúde
Integração do planejamento de governo com a agenda nacional da Saúde
Marcos Moreira Secretaria de Planejamento e
Orçamento/Secretaria Executiva/Ministério da Saúde
Estudo do Pacto pela Saúde: resultados operacionais e desfechos
epidemiológicos da estratégia e sua evolução até a implementação do COAP
José Ueleres Braga Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Escola
Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz
Relato de uma experiência exitosa de pactuação de Diretrizes, Objetivos,
Metas e Indicadores (DOMI) – Regional – do Estado de Alagoas
Herbert Charles Silva Barros Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas
12:30 às 13:00 Debate
13:00 às 14:00 Almoço
Eixo 2: Planejamento Regional Integrado (PRI)
14:00 às 17:00 Inovações e desafios do processo de
Planejamento Regional Integrado – PRI
Washington Abreu Secretaria de Estado de Saúde
da Bahia
André Luís Bonifácio de Carvalho Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa-
MS
Lourdes Almeida Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Nilo Bretas Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde
17:00 Debate
17:30 Coffee-Break
DIA 5 DE NOVEMBRO
HORÁRIO EXPOSIÇÃO COORDENADOR/
DEBATEDOR EXPOSITORES
Eixo 3: Atenção à Saúde e o Planejamento Regional Integrado
09:00 às 12:30
Mapa da Saúde
Jorge Harada Diretor do Departamento de
Articulação Interfederativa/MS
Gisela da Costa Mascarenhas Departamento de Articulação
Interfederativa/SGEP/MS
Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde (PGASS)
Elaine Gianotti Departamento de Regulação, Avaliação e
Controle de Sistemas/SAS /MS
Redes de Atenção à Saúde Aparecida Linhares Pimenta Diretora de Programa da Secretaria Executiva/MS
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As Ações de Vigilância em Saúde no Território.
Sônia Brito Departamento de Gestão da Vigilância em
Saúde/SVS/MS
12:30 às 13:00 Debate
13:00 às 14:00 Almoço
14:00 às 17:00 Grupos de Trabalho
17:00 às 18:00 Apresentação dos Grupos de Trabalho
18:00 Encerramento
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APENDICE C Grupos de Trabalho
Grupo 1
Facilitação Relatoria Composição
Maria Luiza Salazar Freire (SES/TO)
Dorian Chim Smarzaro (DAI/SGEP/MS)
SES Tocantins e COSEMS TO
SES Rio de Janeiro e COSEMS RJ
SES Sergipe e COSEMS SE
SES Amazonas e COSEMS AM
SES Amapá e COSEMS AP
SES Espirito Santo e COSEMS ES
CONASS
CONASEMS
Áreas Técnicas do MS
Grupo 2
Facilitação Relatoria Composição
Maria Eleonor Fanini Paulini
(SES/PR)
Livio Lima (DAI/SGEP/MS)
SES Alagoas e COSEMS AL
SES Maranhão e COSEMS MA
SES Roraima e COSEMS RR
SES Rio Grande do Sul e COSEMS RS
SES Rondônia
SES Paraíba e COSEMS PB
SES Paraná e COSEMS PR
CONASS
CONASEMS
Áreas Técnicas do MS
Grupo 3 Facilitação Relatoria Composição
Darlan Venâncio Thomaz Pereira (SES/MG)
Ana Paula de Melo (SES/PE)
SES Ceará e COSEMS CE
SES Pernambuco e COSEMS PE
SES Acre e COSEMS AC
SES Santa Catarina e COSEMS SC
SES DF
SES Minas Gerais e COSEMS MG
SES Piauí e COSEMS PI
CONASS
CONASEMS
Áreas Técnicas do MS
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Grupo 4 Facilitação Relatoria Composição
Joana Angélica Oliveira
Molesini (SES/BA)
Marcelo Carvalho de Machado (DAI/SGEP/MS)
SES Mato Grosso do Sul e COSEMS MS
SES São Paulo e COSEMS SP
SES Mato Grosso e COSEMS MT
SES Goiás e COSEMS GO
SES Pará e COSEMS PA
SES Bahia e COSEMS BA
SES Rio Grande do Norte e COSEMS RN
CONASS
CONASEMS
Áreas Técnicas do MS