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CONSELHO PORTUGUÊS PARA A PAZ E COOPERAÇÃO XXIII Assembleia da Paz Lisboa, Casa do Alentejo, 20 de Outubro 2012 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES DO CPPC (de Dezembro de 2011 a Outubro de 2012) 1

Relatorio de Actividade

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Relatorio de Actividade aprovado na XXIII Assembleia da Paz

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CONSELHO PORTUGUÊS PARA A PAZ E COOPERAÇÃOXXIII Assembleia da Paz

Lisboa, Casa do Alentejo, 20 de Outubro 2012

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES DO CPPC (de Dezembro de 2011 a Outubro de 2012)

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A última Assembleia da Paz, realizada em 19 de Novembro de 2011, aprovou diversos documentos, nomeadamente uma Resolução “Pela paz! Todos não somos demais!” e um Plano de Acção “A luta pela paz, uma causa com toda a actualidade e premência!”, e elegeu os novos corpos sociais do Conselho Português para a Paz e Cooperação

A Direcção Nacional eleita, logo que assumiu as suas funções, iniciou a concretização do Plano de Acção, tendo em conta as suas principais linhas de intervenção para o biénio 2011/2013:

- o reforço do movimento da paz em Portugal;- a luta contra a guerra e o militarismo;- a solidariedade e cooperação com todos os povos do

mundo.

São igualmente apontados como objectivos:

- o reforço orgânico do CPPC- o reforço do Conselho Mundial da Paz e do movimento da paz internacional

Foi dada particular atenção à divulgação dos documentos aprovados na XXII Assembleia da Paz, seja através do boletim “Notícias da Paz”, seja pela realização de numerosos contactos e reuniões com diversas organizações e instituições, seja pela edição de uma brochura (actualmente em distribuição).

No difícil e complexo contexto nacional e internacional em que vivemos, procurou-se contribuir para o alargamento e o reforço – na medida do possível –, do movimento da Paz, tendo sempre em conta os princípios fundadores do CPPC e o Plano de Acção aprovado na XXII Assembleia da Paz.

A realização da XXIII Assembleia da Paz e da Conferência sobre “O reforço do movimento da PAZ em tempo de crise” inserem-se nestes objectivos.

Destacamos as principais actividades realizadas de Dezembro de 2011 a Outubro de 2012:

O reforço do movimento da Paz em Portugal

Durante estes meses de trabalho, foi dada prioridade à realização de um importante e significativo número de contactos, de reuniões e de conversas com organizações sindicais, autarquias, organizações empenhadas na defesa da paz e na solidariedade e cooperação, de diversas áreas, visando dar passos no sentido do reforço da intervenção do movimento da paz em Portugal – nomeadamente, tendo como eixo central a defesa da Constituição da

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República Portuguesa e da sua vocação para a paz, assim como dos princípios da Carta da ONU.

O CPPC procurou estabelecer bases de entendimento com outras organizações do movimento da paz na prossecução de objectivos convergentes ou comuns e fortalecer laços de cooperação, fomentando a troca de informações e promovendo iniciativas a favor da solidariedade entre os povos e da paz. Neste quadro, o CPPC assinou um Acordo de Cooperação com a CGTP-IN.

Para além deste trabalho, desenvolveram-se variadas iniciativas conjuntas ou promovidas pelo CPPC com a participação de diversas organizações, de que são exemplo:

Em defesa da Constituição de Abril

Foi dada particular atenção à defesa da Constituição da República Portuguesa, designadamente em prol de uma política externa portuguesa em consonância com o consagrado nos três primeiros pontos do seu artigo 7º, assim como dos princípios consagrados na Carta da ONU e do Direito Internacional.

Por iniciativa do CPPC foram realizados três debates sob o lema “A Constituição de Abril e a Paz” – em Lisboa (18 de Abril), no Porto (27 de Abril) e em Coimbra (10 de Maio) – com a participação de personalidades de diversas áreas, nomeadamente de Militares de Abril, de Activistas católicos, de Professores universitários ou de Sindicalistas.

Estes debates integraram um conjunto de iniciativas de divulgação do 36.º aniversário da aprovação da Constituição da República Portuguesa, onde se procurou reforçar a ligação da luta pela Paz à defesa da nossa Constituição de Abril, em especial do seu artigo 7º. O CPPC tomou posição pública a 2 de Abril de 2012.

Ainda com este propósito, o CPPC continuou a participar na Plataforma "Juventude com futuro é com a Constituição do presente”, nomeadamente no seu Encontro Nacional, realizado no Seixal, em 3 de Março, e no seu Acampamento Pela Paz!, que teve lugar na Barragem do Maranhão, em Avis, de 27 a 29 de Julho, com a participação de mais de 250 jovens provenientes de diversos locais do País.

Esta Plataforma, criada há três anos, integrou mais de 40 organizações – entre as quais o CPPC – e desenvolveu iniciativas que visaram esclarecer e defender os direitos da juventude consagrados na Constituição da Republica Portuguesa, nomeadamente o direito à Paz.

Outras iniciativas em cooperação com diversas organizações

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Para além do incremento de iniciativas com outras entidades ou personalidades em torno da defesa da Constituição da República Portuguesa, da solidariedade com povos em luta ou contra o militarismo e a guerra, o CPPC procurou dar continuidade à colaboração existente com outras organizações sindicais, da juventude e de solidariedade, assim como com autarquias, destacando-se a sua participação:

- nas concentrações e desfiles do 25 de Abril, em Lisboa (onde integrou a Comissão organizadora das comemorações populares do 25 de Abril), no Porto e em Coimbra, participando e distribuindo documentos do CPPC no âmbito da campanha “Pela Paz! Contra a guerra no Médio Oriente”;

- nas concentrações e desfiles do 1º de Maio, em Lisboa (onde montou um stand na Alameda), no Porto e em Coimbra, desfilando e distribuindo documentos do CPPC no âmbito da campanha “Pela Paz! Contra a guerra no Médio Oriente”;

- em diversas acções de luta promovidas pela CGTP-IN, com destaque para a participação solidária do CPPC e distribuição de documentos nas manifestações de 11 de Fevereiro, de 9 e 16 de Junho, de 29 de Setembro e na Marcha Contra o Desemprego, em Outubro, reafirmando que a luta pela paz está intimamente ligada e é parte integrante da luta dos trabalhadores e do povo português contra as desigualdades, o desemprego e o empobrecimento - “Pela Paz! Contra a violência da pobreza e do desemprego!” foi o lema da participação do CPPC nestas duas últimas jornadas de luta.

- no Comboio dos 1000, iniciativa internacional que reuniu cerca de um milhar de jovens (entre os quais uma centena de portugueses) que visitaram o campo de concentração de Auschwitz/Birkenau, e que foi promovida, em Portugal, pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP). O CPPC esteve representado por um jovem membro da sua Direcção Nacional.

- na Comissão Promotora da Campanha “Água é de todos”, tendo participado em diversas iniciativas, com destaque para o debate sobre “A defesa da gestão pública da Água, Portugal e a Europa”, realizado em 29 de Fevereiro, no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada, tendo o CPPC integrado a mesa da iniciativa, e para a Tribuna Pública em Defesa da Água, realizada em Abril, em Lisboa.

Agir solidariamente com os povos em luta!

O CPPC deu particular atenção à solidariedade e cooperação com os povos em luta, seja através de iniciativas desenvolvidas no plano nacional, seja em acções concretizadas pelos seus núcleos.

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Em diversas dessas actividades o CPPC procurou bases de entendimento com outras organizações do movimento da paz, na prossecução de objectivos convergentes ou comuns, promovendo tomadas de posição, iniciativas, campanhas e plataformas conjuntas. Destacando-se:

Campanha do CPPC “Pela Paz! Contra a guerra no Médio Oriente”

A Campanha “Pela Paz! Contra a guerra no Médio Oriente” foi lançada logo no início de 2012 tendo em conta as novas ameaças de uma intervenção militar externa no Médio Oriente, com a escalada de ingerência e agressão à Síria e o crescente cerco ao Irão.

No âmbito desta campanha, o CPPC realizou iniciativas de rua e debates, editou documentos (Março e Junho de 2012) e cartazes (Fevereiro), colocou dezenas de faixas em diversos pontos do País (Fevereiro e Março), construiu um mural na Praça dos Restauradores, em Lisboa (Abril), dinamizou um abaixo-assinado (Fevereiro/Março de 2012) que foi subscrito por 51 personalidades e promoveu tomadas de posição subscritas por dezenas de organizações.

Assim, foi possível realizar uma arruada/concentração, respectivamente na Rua Garrett e Largo Camões, em Lisboa, no dia 13 de Março, que envolveu centenas de pessoas e onde se distribuiu um documento no qual as 24 organizações subscritoras afirmam que:

- Rejeitam qualquer intervenção militar contra a Síria e o Irão;- Condenam as acções estrangeiras para desestabilizar estes

países;- Exigem o fim das sanções contra a Síria e o Irão, cujas primeiras vítimas são as populações;- Apelam, no espírito e respeito da Carta das Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia para a resolução pacífica dos conflitos na região;- Consideram que todos os povos, incluindo os da Síria e do Irão, têm o direito de viver em paz e em democracia, de acordo com as suas decisões soberanas;- Insistem no reconhecimento dos direitos do povo da Palestina, incluindo o direito a um Estado livre e soberano;- Apelam a um Médio Oriente livre de armas nucleares, nomeadamente à desnuclearização de Israel.

Também no Porto, a 15 de Março, realizou-se uma concentração acompanhada da distribuição de documentos na baixa da cidade.

Por iniciativa do CPPC, foram realizados cinco debates sobre a situação no Médio Oriente, com destaque para a situação na Síria (em Lisboa, em colaboração com o Clube Estefânia, a 12 de Março, e em colaboração com a Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), a 8 de Março; no Porto, a 26 de Junho; em Coimbra, a 7 de Março; e em Beja, a 31 de Maio).

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O CPPC divulgou tomadas de posição sobre a evolução nesta região a 22 de Dezembro (“Não à agressão e ingerência contra a Síria”, subscrita por mais de 20 organizações), a 3 de Fevereiro (“Pela Paz no Médio Oriente. Não à ingerência na Síria e no Irão!”), a 16 de Fevereiro (“Não à agressão e ingerência contra a Síria”, subscrita por mais de 20 organizações), a 1 de Junho (“A propósito do corte de relações diplomáticas com a Síria - Acto de subserviência”) e 6 de Outubro de 2012 (“Solidariedade com o povo sírio”),

No conjunto das iniciativas desenvolvidas na campanha “Pela Paz! Contra a guerra no Médio Oriente” contactaram-se milhares de pessoas e distribuíram-se muitos milhares de documentos.

Saliente-se que o CPPC participou com um membro da Direcção Nacional na missão de solidariedade do Conselho Mundial da Paz (CMP) que visitou a Síria entre os dias 21 e 25 de Abril. Realizada a convite da União Nacional dos Estudantes Sírios e em coordenação com o Conselho Nacional da Paz sírio, esta missão de solidariedade internacional integrou 15 organizações do CMP, oriundas de 15 países de todos os continentes. A missão realizou-se em cooperação com a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), integrando no total 36 organizações de 23 países.

Palestina

Neste âmbito, o CPPC promoveu iniciativas e participou em acções desenvolvidas por outras organizações, destacando-se:

Tomada de posição, a 21 de Dezembro de 2011, sob o lema “Recordar o massacre de Gaza - Por uma Palestina livre e independente! Por uma paz justa e douradora no Médio Oriente!”, subscrita por 22 organizações.

Distribuição de documento do CPPC, em Lisboa, em 27 de Dezembro de 2011, por ocasião do aniversário do massacre de Gaza. Violenta e destruidora, a intervenção militar de Israel contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza, em 27 de Dezembro de 2008, provocou cerca de 1400 mortos e 5000 feridos, a maioria dos quais mulheres e crianças, assim como efeitos devastadores na economia e infra-estruturas daquele território sob bloqueio israelita.

Face aos sucessivos bombardeamentos que Israel perpetrou na Faixa de Gaza, provocando dezenas de mortos e feridos, o CPPC divulgou uma tomada de posição, a 13 de Março de 2012, denunciando uma nova escalada de agressão israelita à Faixa de Gaza.

O CPPC enviou uma carta aberta à Embaixada de Israel por ocasião do Dia da Terra, a 30 de Março de 2012.

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Solidariedade com os presos políticos palestinos nas prisões israelitas, através de uma tomada de posição, em Abril de 2012, subscrita por cerca de 20 organizações, e da realização de um acto público, em 17 de Maio, frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, em colaboração com outras organizações, e que reuniu cerca de 40 activistas.

O CPPC interveio no debate promovido em parceria com o MPPM sob o lema “Nakba 64 anos - A luta contra o esquecimento” realizado em Lisboa, a 15 de Maio de 2012.

Tomada de posição, em 18 de Setembro de 2012, assinalando os “Trinta anos do massacre de Sabra e Shatila”, perpetrados pelos falangistas libaneses com o apoio do Exercito de Israel, de 16 a 18 de Setembro de 1982.

Tomada de posição, a 3 de Outubro de 2012, por ocasião do inicio da Assembleia-Geral da ONU, em que, uma vez mais, o CPPC toma partido pela defesa dos legítimos direitos do Povo Palestino, pugnando para que a Palestina seja membro de pleno direito das Nações Unidas.

Sahara Ocidental

Reunião com uma delegação da Frente Polisário, incluindo o novo representante em Portugal, Sr. Ahamed Fal Yahadih, em Março de 2012.

O CPPC enviou uma Carta aberta ao Governo português, em 27 de Fevereiro de 2012, assinalando os 36 anos da Proclamação da República Árabe Saharauí Democrática.

O CPPC editou um documento de solidariedade com a luta do povo saraui, em Setembro de 2012, denunciando a ilegal e brutal ocupação pelo Reino de Marrocos dos territórios do Sahara Ocidental e a repressão que exerce sobre o povo saraui.

O CPPC realizou uma acção de solidariedade com a luta do povo do Sahara Ocidental e o seu direito à autodeterminação, na Praça D. João I, no Porto, dia 21 de Setembro, por ocasião do Dia Internacional da Paz, com a participação de Ahamed Fal, delegado da Frente Polisário em Portugal.

O CPPC - em colaboração com Sindicatos, o MDM e a empresa municipal Porto Lazer -, montou uma tenda, uma exposição de fotografias e um auditório para uma tribuna pública.

Nesta acção, que contou com a presença de cerca de uma centena de pessoas, foram distribuídos centenas de documentos de solidariedade com o povo saraui.

Afeganistão

O CPPC assinalou e protestou contra os 11 anos de guerra levada a cabo pela NATO e os seus aliados no Afeganistão através de uma tomada de posição, a 7 de Outubro de 2012, denunciando mais de

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uma década de morticínio, sofrimento e destruição de um país, causados por uma guerra movida pelo desejo de controlo dos ricos recursos naturais e de tão importantes vias e posições geoestratégicas, com impactos negativos em toda a região.

Paraguai

O CPPC condenou, numa tomada de posição, a 10 de Julho de 2012, o autêntico golpe de estado institucional que depôs o Presidente do Paraguai, Fernando Lugo, eleito democraticamente pelo seu povo, considerando que o Governo português deve ter uma posição firme de não reconhecimento do governo golpista, a exemplo do que fizeram outros governos, designadamente na América Latina.

Venezuela

O CPPC saudou, através de uma tomada de posição, a República Bolivariana da Venezuela pelo 229.º aniversário do nascimento de Simon Bolívar. O CPPC participou igualmente num acto público promovido pela Embaixada deste país em Lisboa, a 23 de Julho de 2012, prestando homenagem a todos quantos, ao longo da história, se bateram pela independência política e económica dos países da América Latina.

O CPPC enviou através da Embaixada da Venezuela em Portugal uma carta de solidariedade para com o povo venezuelano, a 3 de Outubro de 2012, em vésperas das eleições presidenciais neste país, considerando esse momento de grande importância, não só para o povo venezuelano, mas para toda a América Latina.

Colômbia

O CPPC saudou, através de uma tomada de posição, a 4 de Outubro de 2012, o início das negociações com vista a um processo de paz na Colômbia, dado que, para todos os que lutam pela resolução pacífica dos conflitos, a recente evolução da situação política na Colômbia não pode deixar de merecer uma especial atenção.

Equador

O CPPC enviou uma carta ao Presidente do Equador, a 12 de Setembro de 2012, solidarizando-se com este País e contra as ameaças à sua soberania levadas a cabo pelo Reino Unido, na sequência do asilo político concedido a Julian Assange.

Contra o militarismo e a guerra

Tal como preconiza o Plano de Acção aprovado na XXII Assembleia da Paz, a luta contra a guerra e o militarismo é uma das linhas de acção mais importantes do CPPC.

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A Constituição da República Portuguesa preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

Pela dissolução da NATO

O CPPC adoptou uma tomada de posição, a 4 de Abril de 2012, em torno da exigência da dissolução da NATO, por ocasião do 63º aniversário da criação deste bloco político-militar, em 1949, por 12 estados, incluindo Portugal sob o fascismo.

De igual modo, por ocasião da Cimeira da Nato, em Chicago, e reafirmando os objectivos da Campanha “Paz sim! NATO não!” – lançada aquando da preparação da luta contra a realização da Cimeira da NATO em Portugal, a qual decorreu em Novembro de 2010 – o CPPC realizou um conjunto de acções, designadamente:

Uma tomada de posição, a 11 de Maio de 2012, subscrita por 12 organizações, e a edição e distribuição de um documento (Maio 2012).

Uma arruada seguida de concentração, respectivamente na Rua do Carmo e frente à Estação do Rossio, em Lisboa, no dia 21 de Maio, promovida por 27 organizações, entre as quais o CPPC, com a participação de mais de cem pessoas. Nesta acção foi denunciada a NATO enquanto principal ameaça à paz mundial.

Assinalando desta forma, em Lisboa, o último dia da cimeira da NATO que decorreu em Chicago, foi ainda colocada uma faixa com 15 metros na passagem do Elevador da Glória sobre a Rua do Carmo, onde se podia ler "Paz Sim! NATO Não!" e distribuídos centenas de documentos.

Também no dia 21 de Maio, foi realizada, no Porto, uma iniciativa pública na baixa da cidade onde foram distribuídos de centenas de documentos.

Dia internacional da Paz – 21 de setembro

O CPPC assinalou o Dia Internacional da Paz com um encontro, realizado em Lisboa, na Casa do Alentejo, no dia 20 de Setembro, entre vários dirigentes e activistas do CPPC e a Dr.ª Júlia Alhinho, membro do Serviço de Informação das Nações Unidas para a Europa. Os dirigentes do CPPC partilharam as análises do Conselho Mundial da Paz acerca da actual situação que se vive no mundo e deram a conhecer as conclusões da Assembleia do Conselho Mundial da Paz, realizada em Julho, no Nepal.

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O CPPC evocou numa tomada de posição, a 18 de Setembro de 2012, o Dia Internacional da Paz, reafirmando o seu compromisso de acção determinada e resoluta pelos valores inscritos na Carta das Nações Unidas e na Constituição da República Portuguesa, alertando também para os imensos perigos que se colocam hoje à paz no mundo, que requerem a atenção e o frontal combate dos povos, em particular do povo português.

No Porto, no dia 21 de Setembro decorreu a iniciativa, já referida, de solidariedade com o Sahara Ocidental.

Outras iniciativas

Tomada de posição, a 11 de Janeiro de 2012, no 10º aniversário da criação pela Administração dos EUA do campo de tortura de Guantánamo em Janeiro de 2002, exigindo o CPPC o seu encerramento.

Tomada de posição, a 8 de Março de 2012, assinalando o Dia Internacional da Mulher, saudando todas as mulheres, em especial as que em todo o mundo se batem pela causa da Paz.

Tomada de posição, a 17 de Março de 2012, “Um ano após o ataque à Líbia - travar as novas guerras que se preparam”, assinalando o início dos bombardeamentos da NATO à Líbia, que se iniciaram a 19 de Março de 2011 e se prolongaram ininterruptamente por sete meses.

Tomada de posição, a 19 de março de 2012, sobre os “Nove anos volvidos sobre o bombardeamento de Bagdad”, assinalando o início da segunda Guerra do Golfo - o lançamento da invasão do Iraque.

Tomada de posição, a 24 de Março de 2012, sob o lema “Recordar a agressão à Jugoslávia, defender a paz!”, assinalando os treze anos do início dos bombardeamentos da NATO contra a República Federal da Jugoslávia, a 24 de Março de 1999.

Tomada de posição, a 28 de Março de 2012, assinalando o “Dia Nacional da Juventude - 65 anos depois, a luta da juventude e pela Paz continua!”. O Dia Nacional da Juventude tem na sua origem a luta dos jovens pela paz.

Tomada de posição, a 8 de maio de 2012, a propósito da comemoração da vitória dos povos sobre o nazi-fascismo, relembrando o 8 de Maio de 1945 e os países e povos que, pela sua luta, tornaram possível essa vitória, arrostando com incomensuráveis sacrifícios, traduzidos na elevada perda de vidas - mais de 50 milhões de mortos.

Tomada de posição, a 6 de Agosto de 2012, “Lembrar Hiroshima e Nagazaki” 67 anos depois, para não esquecer a tragédia e o crime dos bombardeamentos nucleares norte-americanos das cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki, que provocaram cerca de 250 mil mortes no imediato ou nos dias subsequentes.

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Pelo reforço do Conselho Mundial da Paze do movimento da paz a nível

internacional

Tal como se refere no Plano de Acção, considera-se que a melhor e mais significativa contribuição que o CPPC pode dar para o reforço do movimento da paz ao nível mundial é o reforço do movimento da paz em Portugal e da sua acção.

Mas dado que a causa da paz é universal, o CPPC continua igualmente a dar o seu contributo para a articulação do trabalho entre os movimentos da paz no mundo.

A convite do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e luta pela Paz (CEBRAPAZ). o Conselho Português para a Paz e Cooperação esteve presente no Seminário Internacional “Os direitos humanos na perspectiva da construção de uma cultura de paz”, ocorrido a 2 e 3 de Dezembro em S. Paulo, Brasil. Foram dois dias de intenso debate sobre os problemas que afectam hoje a paz mundial, mas também sobre os focos de resistência e luta dos povos pela paz.

Tendo o CPPC a responsabilidade da coordenação do Conselho Mundial da Paz na Europa, participámos e contribuímos para o êxito da reunião de preparação da Assembleia do Conselho Mundial da Paz, realizada em Chipre.

A participação na Assembleia do Conselho Mundial da Paz, realizada em Katmandu (Nepal), de 20 a 23 de Julho, foi um momento importante da actividade internacional do CPPC.

Esta Assembleia, que foi seguida de uma Conferência Internacional da Paz, decorreu na capital do Nepal, em Katmandu, com cerca de 150 participantes representando 50 organizações e movimentos de paz de diversos países e continentes.

O CPPC esteve representado pela sua Presidente da Direcção Nacional, que teve a oportunidade de intervir nos vários debates realizados.

Esta Assembleia foi um momento alto na intervenção daqueles que, pelo mundo, pugnam pela solução pacífica dos conflitos, pelo desarmamento, pela defesa das soberanias nacionais, contra o imperialismo e todas as formas de exploração e opressão.

Ali estiveram em discussão não apenas estes temas, como também a definição dos caminhos a percorrer para construir um mundo de paz –

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a maior aspiração da Humanidade, sem a qual não é possível o desenvolvimento, a igualdade, a liberdade.

Num momento em que os povos do mundo sofrem as consequências da mais grave crise económica e financeira – o desemprego, a pobreza, a miséria, o aumento das desigualdades e a guerra –, as despesas militares não cessam de aumentar, a corrida aos armamentos dispara, as guerras de agressão contra povos soberanos sucedem-se, com os EUA e os países da NATO a serem os primeiros e grandes responsáveis por esta situação.

Na Assembleia do Conselho Mundial da Paz aprovou-se uma importante Resolução Política e diversas moções, já tornadas publicas em Portugal pelo CPPC.

Foram também eleitos os novos corpos sociais do Conselho Mundial da Paz, mantendo-se o CPPC no Executivo, no Secretariado e com a coordenação da Europa no quadro do CMP – uma imensa responsabilidade em prosseguir e dinamizar a luta pela paz, num momento em que ela é tão necessária para o futuro de prosperidade e liberdade que desejamos construir.

Pela paz! Um CPPC mais forte!

A XXII Assembleia da Paz apontou como objectivo e necessidade do reforço orgânico do CPPC. Neste sentido apontou algumas linhas de trabalho, competindo à Direcção Nacional a condução da sua prossecução e concretização, nomeadamente:

“Dinamizar o funcionamento dos seus órgãos”:

A Direcção Nacional realizou reuniões regulares, com uma participação assídua por parte considerável dos seus membros.

Foram igualmente mantidas consultas regulares com todos os membros da Direcção Nacional no intervalo da realização destas reuniões.

Embora não se tenha conseguido dinamizar o funcionamento da Presidência do CPPC, vários dos seus membros participaram em iniciativas

“Promover a participação dos aderentes nas suas actividades, nomeadamente dos membros da Presidência”:

Embora tenha aumentado a participação de aderentes nas actividades do CPPC, esta é irregular em termos de tipo de iniciativa e de região do País.

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Continua a verificar-se a necessidade de melhorar a participação dos aderentes no trabalho regular do CPPC, onde a participação foi mais reduzida quando comparada com a que se verifica em iniciativas pontuais.

Continua a proceder-se à actualização de contactos com vista a permitir uma mais permanente e regular ligação e participação dos membros da Presidência nas actividades do CPPC.

Foram ainda solicitados e divulgados textos sobre temas ligados à Paz de autoria de membros da Presidência.

“Desenvolver iniciativas que aumentem o número dos seus aderentes, nomeadamente jovens”:

Realizaram-se um significativo conjunto de contactos visando o reforço do CPPC, resultando um aumento nas adesões individuais e colectivas, designadamente na área sindical e autárquica.

Na sequência das decisões tomadas na XXII Assembleia da Paz, de reforço do movimento da Paz, o CPPC lançou um novo folheto de divulgação e contacto

“Prosseguir a actualização do ficheiro com vista a melhorar a ligação aos seus aderentes”:

O CPPC continuou a realizar esforços com vista a melhorar a comunicação com os seus aderentes, tendo actualizado alguns dos contactos, o que permitirá um maior conhecimento das suas actividades e uma maior participação e envolvimento nas actividades por parte dos seus aderentes.

“Incentivar a criação e o funcionamento regular de comissões de paz”:

Merece especial destaque a formação e/ou reactivação de núcleos do CPPC, alguns com funcionamento e actividade regular, designadamente no Porto, em Coimbra e em Beja.

No Porto, o núcleo tem desenvolvido diversas actividades, incluindo três debates: “Contra a guerra e a barbárie! Conversa da Paz”, em Março, na Universidade Popular do Porto (UPP); “A Constituição de Abril e a Paz”, em 27 de Abril, na UPP; e a “Escalada de Violência no Médio Oriente. Hoje a Síria, e amanhã?”, em 26 de Junho, no Clube dos Fenianos Portuenses. Estes debates contaram com muitas dezenas de participantes.

Foi realizada uma acção pública de solidariedade com o Sahara Ocidental, com cerca de 100 participantes, assinalando o Dia Internacional da Paz.

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Foram realizados contactos frequentes com a população e os trabalhadores, através da distribuição de documentos nacionais e do boletim “Notícias da Paz”, nas ruas, na Feira do Livro e em manifestações, desfiles e marchas promovidas pela CGTP, incluindo nas comemorações do 25 de Abril, do 1º de Maio.

Foram realizadas acções contra a Cimeira da NATO, em Chicago, e contra a guerra no Médio Oriente.

Registe-se que, no Porto, fruto de um Acordo de Cooperação do CPPC com o SITENORTE, o núcleo já dispõe de uma sala de trabalho e de reuniões, na Rua António Granjo, nº 171.

Também o núcleo de Coimbra realizou dois debates – “Pela paz! Contra a guerra no Médio Oriente”, a 7 de Março de 2012, e “A Constituição de Abril e a Paz”, a 10 de Maio de 2012.

O Núcleo de Coimbra promoveu diversas acções de rua, incluindo no dia 15 de Dezembro, com a distribuição de documentos e do boletim “Notícias da Paz” e um Magusto pela Paz – “Paz Sim! Guerra Não!” – a 21 de Dezembro de 2011.

Em Beja, realizou-se um importante debate, num jardim público da cidade, em 31 de Maio, com o tema “Pela Paz! Não à Guerra no Médio Oriente!”, o qual teve a participação de mais de 80 pessoas, além da distribuição de documentos e do boletim “Notícias da Paz”.

“Continuar a assegurar a divulgação da sua intervenção e uma mais regular edição do «Notícias da Paz» e de outras publicações”:

Foram publicados três números do “Noticias da Paz” - em Fevereiro, Maio e Setembro – e distribuídos cerca de 17 mil exemplares, em diferentes zonas do país, através de distribuições de rua, iniciativas, manifestações, feiras do livro, além do seu envio por correio eletrónico.

“Reforçar a presença do CPPC nos meios de informação digitais (Internet) através quer da já iniciada renovação da sua página oficial quer de páginas nas redes sociais”:

Não foi possível concretizar, como havia sido decidido, a criação da nova página do CPPC na Internet.

Continuou-se a divulgar a sua intervenção (junto dos seus aderentes, do movimento da paz e de outras entidades) por correio eletrónico, utilizando as denominadas “redes sociais” e por correio.

“Criar grupos de trabalho específicos quando tal seja possível e útil”:

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Não foi possível concretizar a dinamização de grupos de trabalho específicos de forma regular.

“Promover o pagamento regular da quotização e desenvolver campanhas e iniciativas que tenham como objectivo assegurar uma adequada situação financeira que suporte o desenvolvimento da sua actividade”:

Uma área de vital importância para garantir o funcionamento e a actividade do CPPC que não registou progressos significativos, face à situação anterior.

“Iniciar os trabalhos para elaboração de um Regulamento, conforme o previsto nos Estatutos”:

Questão a concretizar.

“Reabilitar e promover a Casa da Paz”:

Foram dados passos positivos, mas insuficientes, no sentido de melhorar as condições de trabalho e acolhimento na Sede Nacional do CPPC.

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