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RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO Revisão 01|Outubro de 2017 Parte I

RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO - piraquara.pr.gov.br · diagnÓstico da drenagem urbana e manejo de Águas pluviais

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RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO

Revisão 01|Outubro de 2017

Parte I

1

SÚMARIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 14

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO E BACIAS

HIDROGRÁFICAS NO CENÁRIO ESTADUAL ........................................................... 15

1.1. A POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO ................................. 16

1.2. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO IGUAÇU E LITORÂNEA ................ 16

1.2.1. Bacia Iguaçu .......................................................................................... 16

1.2.2. Bacia Litorânea ...................................................................................... 17

1.3. OS COMITÊS DAS BACIAS HIDROGRÁFICA DOS RIOS IGUAÇU E

LITORÂNEA ............................................................................................................ 20

1.3.1. Comitê da Bacia Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira ....................... 20

1.3.2. Comitê da Bacia Litorânea ..................................................................... 20

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ..................................................... 21

2.1. INSERÇÃO DO MUNICÍPIO DE PIRAQUARA NO CONTEXTO REGIONAL 21

2.2. ASPECTOS FÍSICOS ................................................................................... 24

2.2.1. Geologia ................................................................................................ 24

2.2.2. Solos ..................................................................................................... 27

2.2.3. Topografia ............................................................................................. 28

2.2.4. Clima ..................................................................................................... 32

2.2.5. Pluviosidade .......................................................................................... 34

2.2.6. Áreas de Preservação Permanente (APP) ............................................. 34

2.2.7. Áreas de Proteção Ambiental (APA) ...................................................... 35

2.2.8. Unidades Territoriais de Planejamento (UTP) ........................................ 36

2.2.9. Hidrografia Superficial ........................................................................... 40

2.2.10. Meio Biótico (Fauna e Flora) .............................................................. 43

2.2.11. Áreas de Atividades Primária ............................................................. 44

2.3. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ............................................................. 45

2.3.1. Demografia ............................................................................................ 45

2.3.2. Áreas de Interesse Social ...................................................................... 53

2.3.3. Desenvolvimento Humano e Taxa de Pobreza ...................................... 55

2.3.4. Educação .............................................................................................. 58

2.3.5. Atividades e Vocações Econômicas ...................................................... 61

2.4. ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS.................................................. 63

2.4.1. Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente - FUNDAM .................... 65

2.4.2. ICMS Ecológico ..................................................................................... 66

2.4.3. Emenda Constitucional 28 (PEC dos Mananciais) ................................. 66

2

2.5. ASPECTOS JURÍDICO-INSTITUCIONAIS ................................................... 67

2.5.1. Aspectos Gerais de Ordem Constitucional, Institucional e Jurídico-Legal

Relacionados com os Municípios Brasileiros e Suas Competências .................... 68

2.5.2. Efetivação Constitucional e Institucional, Operacional e Gerencial de

Região Metropolitana no Brasil ............................................................................ 71

2.5.3. Uso e Ocupação do Solo e Regularização Fundiária ............................. 74

2.5.4. Os Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento

Sanitário e o Instituto Das Águas do Paraná – AGUASPARANA ......................... 77

2.5.5. Dos Princípios Regentes do Planejamento do Saneamento Básico

Brasileiro.............................................................................................................. 77

2.5.6. Exame da Lei Federal nº 11.445/2007 e Suas Repercussões em Nível de

Planejamento e Gestão Municipal ....................................................................... 81

2.5.7. Exame e Comentários Sobre a Legislação Básica do Município de

Piraquara Conducente à Prestação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico

.............................................................................................................. 82

2.5.8. Visão Sintética e Contextual dos Aspectos Institucionais, Jurídico-Legais

e Situacionais de Piraquara ................................................................................. 84

3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO LOCAL DO SANEAMENTO .............................. 86

3.1. ESTUDO DEMOGRÁFICO ........................................................................... 86

3.1.1. Metodologia ........................................................................................... 86

3.1.2. Evolução da População ......................................................................... 87

3.2. ESTUDO DAS DEMANDAS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .

..................................................................................................................... 90

3.3. ESTUDO DAS CONTRIBUIÇÕES DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO

SANITÁRIO ............................................................................................................. 97

3.4. DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

POTÁVEL00.......................................................................................................... 101

3.4.1. Sistemas Produtores de Água ............................................................. 101

3.4.2. Descrição e Diagnóstico dos Sistemas de Abastecimento de Água ..... 109

3.5. DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............. 132

3.5.1. Sistema Integrado da ETE Atuba Sul .................................................. 134

3.5.2. Descrição e Diagnóstico do Sistema de Esgotamento Sanitário .......... 135

3.6. DIAGNÓSTICO DA DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS

PLUVIAIS .............................................................................................................. 167

3.6.1. A Urbanização e o Aumento da Vazão e Velocidade das Águas ......... 167

3.6.2. Uso e Ocupação do Solo ..................................................................... 168

3.6.3. A Qualidade das Águas ....................................................................... 169

3.6.4. A Concepção dos Projetos de Drenagem Urbana ............................... 171

3

3.6.5. A Micro e a Macrodrenagem ................................................................ 171

3.6.6. Avaliação das bacias de drenagem ..................................................... 172

3.6.7. Principais Pontos de Alagamentos e Enchentes .................................. 175

3.6.8. Áreas de Risco de Inundacões ............................................................ 207

3.6.9. Defesa Civil ......................................................................................... 212

3.6.10. Projetos Municipais e Ações Para Readequaçao na Drenagem Urbana

......................................................................................................... 214

3.6.11. Projetos e Programas Propostos Pelo Estado do Paraná Junto Aos

Municípios ........................................................................................................ 216

3.6.12. Ações do Estado do Paraná Para o Controle dos Alagamentos e

Enchentes ......................................................................................................... 217

3.6.13. Os Princípios de Controle da Drenagem Urbana ............................. 217

3.6.14. Os Mecanismos de Fiscalização, Notificação e Autuação. ............... 218

3.7. DIAGNÓSTICO DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS .............................................................................................................. 219

3.7.1. Apresentação ...................................................................................... 219

3.7.2. Objetivos ............................................................................................. 220

3.7.3. Aspectos Metodológicos ...................................................................... 220

3.7.4. Plano De Gestão Integrada De Resíduos Sólidos Do Município De

Piraquara – PGIRS ............................................................................................ 221

3.7.5. Aspectos Gerais .................................................................................. 223

3.7.6. Estrutura Operacional, Fiscalizatória e Gerencial ................................ 224

3.7.7. Educação Ambiental na Gestão de Resíduos Sólidos ......................... 229

3.7.8. Geração de Resíduos Sólidos ............................................................. 229

3.7.9. Análise Econômica da Geração de Resíduos ...................................... 231

3.7.10. Coleta e Transporte Convencional de Resíduos Sólidos Domiciliares ....

......................................................................................................... 233

3.7.11. Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Recicláveis ..................... 235

3.7.12. Coleta e transporte dos Resíduos da Construção Civil .................... 239

3.7.13. Coleta e transporte dos Resíduos da Mineração .............................. 240

3.7.14. Limpeza Urbana ............................................................................... 240

3.7.15. Destinação e Disposição Final dos Resíduos ................................... 241

3.7.16. Competências e Responsabilidades ................................................ 245

3.7.17. Qualidade dos Serviços ................................................................... 246

3.7.18. Iniciativas Relevantes ...................................................................... 246

3.7.19. Diagnóstico ...................................................................................... 255

4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Mapa dos usos de captação. .................................................................. 18

Figura 1.2 – Mapa dos usos de lançamento de efluentes. .......................................... 19

Figura 2.1 – Macrolocalização de Piraquara ............................................................... 21

Figura 2.2 – Localização de Piraquara ........................................................................ 23

Figura 2.3 – Geologia ................................................................................................. 26

Figura 2.4 – Topografia ............................................................................................... 30

Figura 2.5 – Declividade ............................................................................................. 31

Figura 2.6 – Clima ...................................................................................................... 33

Figura 2.7 – Áreas de Proteção Ambiental .................................................................. 39

Figura 2.8 – Bacias e Sub-Bacias de Piraquara .......................................................... 42

Figura 2.9 – Histórico Populacional ............................................................................. 46

Figura 2.10 – Distribuição da População..................................................................... 49

Figura 2.11 – Evolução das Populações Urbana e Rural ............................................ 50

Figura 2.12 – Evolução dos Gêneros .......................................................................... 50

Figura 2.13 – Distribuição da Faixa Etária 2010 .......................................................... 51

Figura 2.14 – Distribuição do Abastecimento de Água por Domicílio .......................... 52

Figura 2.15 – Distribuição do Esgotamento Sanitário por Domicílio ............................ 53

Figura 2.16 – ZEIS Localizadas na região da Sede Municipal .................................... 54

Figura 2.17 – ZEIS Localizadas na região do Guarituba ............................................. 54

Figura 2.18 – Evolução do IDH - M ............................................................................. 56

Figura 2.19 – Variação das Faixas de Renda ............................................................. 57

Figura 2.20 – Variações da Pobreza e Índice de Gini ................................................. 58

Figura 2.21 – Evolução da Educação Básica Municipal .............................................. 59

Figura 2.22 – Evolução do Ensino em Adultos ............................................................ 60

Figura 2.23 – Evolução Histórica do PIB Municipal ..................................................... 63

Figura 2.24 – Situação Legal dos loteamentos em Piraquara. .................................... 76

Figura 3.1 – Representação Gráfica da Curva Logística ............................................. 87

Figura 3.2 – Projeção Populacional da sede de Piraquara até 2035 ........................... 88

Figura 3.3 – Setores Censitários e Divisão das Áreas do Município de Piraquara ...... 89

Figura 3.4 – Sistemas Integrados de Abastecimento de Água do Paraná ................. 102

Figura 3.5 – Sistemas Integrados de Curitiba e Região Metropolitana ...................... 104

Figura 3.6 – Sistema Integrado do Iraí ...................................................................... 105

Figura 3.7 – Sistema Integrado do Iguaçu ................................................................ 107

Figura 3.8 – Canal de Adução de Água Bruta ........................................................... 110

Figura 3.9 – Estação Elevatória de Água Bruta – EEB-01 ........................................ 111

Figura 3.10 – Adutora de Água Bruta – AAB-01 ........................................................ 112

Figura 3.11 – Localização ETA e CSP Iraí ................................................................ 113

Figura 3.12 – Lagoa de Detenção / Tanque de Decantação ..................................... 114

Figura 3.13 – Bomba de Sucção da Água Bruta ....................................................... 115

Figura 3.14 – Tanque de Flotação ............................................................................ 116

Figura 3.15 – Água Filtrada....................................................................................... 117

Figura 3.16 – Reservatório de Água Tratada ............................................................ 117

Figura 3.17 – Reservatório Apoiado (RAP) Piraquara ............................................... 120

Figura 3.18 – Áreas Atendidas Pelo Reservatório Apoiado Piraquara ...................... 121

Figura 3.19 – Reservatório Apoiado (RAP) Guarituba ............................................... 122

Figura 3.20 – Reservatório Apoiado (RAP) Guarituba ............................................... 122

5

Figura 3.21 – Booster Heitor Pallu ............................................................................ 124

Figura 3.22 – Booster do Chinês .............................................................................. 124

Figura 3.23 – Booster Centro Ambiental ................................................................... 125

Figura 3.24 – Booster Estrada da Oca ...................................................................... 125

Figura 3.25 – Adutoras de Água Tratada Iguaçu e Iraí .............................................. 127

Figura 3.26 – Mapa Temático – Rede de Abastecimento de Água – Piraquara-PR .. 128

Figura 3.27 – Arranjo do Sistema Existente e Projetado ........................................... 131

Figura 3.28 – Distribuição das ligações irregulares em dezembro de 2016 ............... 133

Figura 3.29 – Croqui do SES Integrado Atuba Sul .................................................... 134

Figura 3.30 – Localização da ETE Atuba Sul ............................................................ 135

Figura 3.31 – Entrada do Efluente – Bombas de Recalque ....................................... 136

Figura 3.32 – Efluente Vindo da EEE Piraquara ....................................................... 137

Figura 3.33 – Desarenador ....................................................................................... 138

Figura 3.34 – Sistema de Desvio de Excesso de Vazão ........................................... 139

Figura 3.35 – Calha Parshall ..................................................................................... 140

Figura 3.36 – Módulos dos Reatores de Leito Fluidizado (UASB’s) .......................... 141

Figura 3.37 – Reator de Leito Fluidizado - Tipo UASB .............................................. 142

Figura 3.38 – Separador de Lodo ............................................................................. 143

Figura 3.39 – Flotadores ........................................................................................... 144

Figura 3.40 – Prédio de Processamento de Lodo ..................................................... 146

Figura 3.41 – Croqui da ETE Atuba Sul .................................................................... 148

Figura 3.42 – Localização do Corpo Receptor e ETE – Rio Atuba ............................ 149

Figura 3.43– Estações Elevatórias de Esgoto – EEE ................................................ 152

Figura 3.44 – Estação Elevatória de Esgoto – EEE Manoel Ribas ............................ 153

Figura 3.45 – Estação Elevatória de Esgoto – EEE Iraizinho .................................... 154

Figura 3.46 – Estação Elevatória de Esgoto – EEE Colibri ....................................... 155

Figura 3.47 – Estação Elevatória de Esgoto – EEE Jardim dos Estados .................. 157

Figura 3.48 – Estação Elevatória de Esgoto – EEE Guarituba .................................. 158

Figura 3.49 – Estação Elevatória de Esgoto – EEE Piraquara .................................. 159

Figura 3.50 – Mapa Temático do Sistema de Coleta de Esgoto – Piraquara-PR ...... 163

Figura 3.51 – Arranjo do Sistema Existente de Esgotamento Sanitário .................... 166

Figura 3.52– Hidrograma Hipotético ......................................................................... 167

Figura 3.53 – Adequabilidade à Ocupação Frente Aos Desastres Naturais .............. 177

Figura 3.54 – Rua José Elizeu Hipólito (Afluente 2) .................................................. 179

Figura 3.55 – Rua Araucária ..................................................................................... 180

Figura 3.56 – Área de Influência dos Corpos Hídricos Canalizados .......................... 181

Figura 3.57 – Estreitamento com Muro (1) ................................................................ 182

Figura 3.58– Estreitamento com Muro (2) ................................................................. 182

Figura 3.59 – Estreitamento com Muro (3) ................................................................ 182

Figura 3.60 – Estreitamento com Muro (4) ................................................................ 182

Figura 3.61 – Manilha com Rede de Água ................................................................ 183

Figura 3.62 – Curvatura do Rio ................................................................................. 184

Figura 3.63 – Região à Montante da Rua Marechal Hermes ..................................... 185

Figura 3.64 – Ocupação Urbana ............................................................................... 186

Figura 3.65 – Jusante da Rua Nações Unidas .......................................................... 186

Figura 3.66 – Ocupações Irregulares ........................................................................ 186

Figura 3.67 – Muro com Vigas Apoiadas .................................................................. 186

Figura 3.68 – Limpezas Periódicas ........................................................................... 187

Figura 3.69 – Ponto de Alagamento .......................................................................... 188

Figura 3.70 – Canalização ........................................................................................ 188

6

Figura 3.71 – Direcionamento à Linha Férrea ........................................................... 188

Figura 3.72 – Passagem pela Linha Férrea .............................................................. 188

Figura 3.73 – Declividade Acentuada ....................................................................... 189

Figura 3.74 – Desvio das Águas Entre os Terrenos .................................................. 189

Figura 3.75 – Residência Abaixo do Nível da Rua Princesa Isabel ........................... 190

Figura 3.76 – Alagamento Entre Muros .................................................................... 190

Figura 3.77 – Boca de Lobo ...................................................................................... 190

Figura 3.78 – Alagamentos Intramuros ..................................................................... 191

Figura 3.79 – Terrenos de Fundo de Vale (Pirizal) .................................................... 191

Figura 3.80 – Rua Graciosa ...................................................................................... 192

Figura 3.81 – Rua Olavo Bilac .................................................................................. 192

Figura 3.82– Rua Manoel Alves Teixeira .................................................................. 192

Figura 3.83 – Rio Entre as Ruas Padre Agostinho e a Nações Unidas ..................... 192

Figura 3.84 – Talvegue na Rua Manoel Alves Teixeira ............................................. 193

Figura 3.85 – Rua José Elizeu Hipólito (1) ................................................................ 194

Figura 3.86– Rua José Elizeu Hipólito (2) ................................................................. 194

Figura 3.87 – Terreno Baldio entre as Ruas Maceió e Fortaleza .............................. 195

Figura 3.88 – Local de Ocorrência de Alagamentos na Rua Fortaleza ..................... 195

Figura 3.89 – Desvios das Águas Realizados Pela População ................................. 196

Figura 3.90 – Manilha Canalizada Superficialmente na Lateral do Lote .................... 196

Figura 3.91– Canalização Superficial com Saída na Rua Boa Vista ......................... 196

Figura 3.92 – Desnível até a Residência de Muro de Cor Verde a Jusante .............. 197

Figura 3.93 – Rua Sem Pavimentação ..................................................................... 197

Figura 3.94 – Obstrução da Canalização .................................................................. 197

Figura 3.95 – Rua Fortaleza ..................................................................................... 198

Figura 3.96 – Rua Belém .......................................................................................... 198

Figura 3.97 – Boca de Lobo e Direcionamento das Tubulações que Passam Abaixo do

Hospital..................................................................................................................... 199

Figura 3.98 – Bueiro Sob Linha Férrea ALL, Próximo a Rua Roque Vernalha ......... 199

Figura 3.99 – Rua Bom Sucesso .............................................................................. 200

Figura 3.100 – Alagamentos Causado por Residência com Declividade Inferior a Rua

.......................................................................................................................... 200

Figura 3.101 – Boca de Lobo Obstruída (1) .............................................................. 200

Figura 3.102– Boca de Lobo Obstruída (2) ............................................................... 200

Figura 3.103 – Ruas da Paz e Antonio Valenga........................................................ 201

Figura 3.104 – Contribuição de Corpo Hídrico a Montante e Boca de Lobo na Rua

Francisco Leal .......................................................................................................... 202

Figura 3.105 – Rua Francisco Leal ........................................................................... 202

Figura 3.106 – Rua Izabel Correia Soares ................................................................ 202

Figura 3.107 – Lote nº901, na Rua Izabel Correia Soares ........................................ 202

Figura 3.108 – Rua Ondina de Souza ....................................................................... 203

Figura 3.109 – Boca de Lobo e Alagamento no Lote Com Talvegue Acentuado....... 203

Figura 3.110 – Boca de Lobo .................................................................................... 204

Figura 3.111 – Lote nº901 ......................................................................................... 204

Figura 3.112 – Águas Vindas da Fazenda Paraíso ................................................... 205

Figura 3.113 – Ruas Adjacentes ............................................................................... 205

Figura 3.114 – Valeta Aberta com Corpo Hídrico ...................................................... 205

Figura 3.115 – Corpo Hídrico com Estrangulamento ................................................. 205

Figura 3.116 – Lote Inundado a Montante da Rua Afonso Favoreto ......................... 206

Figura 3.117 – Canalização Obstruída por Sedimentos e Pedras ............................. 206

7

Figura 3.118 – Áreas Desocupadas .......................................................................... 206

Figura 3.119 – Boca de Lobo na Esquina da Rua Canela Com a Rua Olavio de Souza

.......................................................................................................................... 207

Figura 3.120 – Boca de Lobo em Frente ao n.178 na Rua Olavio de Souza ............. 207

Figura 3.121 – Vista das Ocupações Irregulares ...................................................... 209

Figura 3.122– Mapa temático do novos projetos de drenagem ................................. 215

Figura 3.123 – Contribuição financeira no CONRESOL ............................................ 226

Figura 3.124 – Distribuição da População e Área no CONRESOL............................ 228

Figura 3.125 – Organograma da Gestão de Resíduos Sólidos de Piraquara ............ 228

Figura 3.126 – Geração mensal de RSD nos últimos 4 anos .................................... 230

Figura 3.127 – Caminhão Compactador para Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares

.......................................................................................................................... 234

Figura 3.128 – Caminhão Compactador Para Coleta Seletiva .................................. 236

Figura 3.129 – Composição Gravimétrica do Lixo Reciclado (2015) ......................... 237

Figura 3.130 – Composição Gravimétrica do Lixo Reciclado (PGIRS - 2007) ........... 237

Figura 3.131– Situação das Margens do Horto Municipal Antes da Limpeza ............ 244

Figura 3.132 – Limpeza das Margens do Horto Municipal ........................................ 244

Figura 3.133 – Margens do Horto Municipal Após a Limpeza ................................... 245

Figura 3.134 – Ponto de Coleta de Óleo de Cozinha Usado ..................................... 248

Figura 3.135 – 3ª Feira de educação Ambiental – Foto 1.......................................... 249

Figura 3.136 – 3ª Feira de educação Ambiental – Foto 2.......................................... 249

Figura 3.137 – 3ª Feira de educação Ambiental – Foto 3.......................................... 250

Figura 3.138 – Mutirão para coleta de lixo eletrônico e óleo usado – Foto 1 ............. 250

Figura 3.139 – Mutirão para coleta de lixo eletrônico e óleo usado – Foto 2 ............. 255

Figura 3.140 – Mutirão para coleta de lixo eletrônico e óleo usado – Foto 3 ............. 255

8

LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1 – Classificação da Flora ........................................................................... 43

Quadro 2.2 – Composição da área de Piraquara ........................................................ 44

Quadro 2.3 – Classificação da Flora ........................................................................... 48

Quadro 2.4 – Taxa de Analfabetismo por Idade .......................................................... 60

Quadro 2.5 – População Ocupada Segundo as Atividades Econômicas - 2010 .......... 61

Quadro 2.6 – Número de Estabelecimentos e Empregos Segundo as Atividades

Econômicas - 2013 ..................................................................................................... 62

Quadro 2.7 – Receitas Correntes Municipais Segundo as Categorias - 2013 ............. 64

Quadro 2.8 – Despesas Correntes Municipais Segundo as Categorias - 2013 ........... 64

Quadro 2.9 – Despesas Municipais por Função - 2013 ............................................... 64

Quadro 2.10 – Princípios fundamentais da Lei 11.445/2007 ....................................... 78

Quadro 3.1 – Resultado do Estudo Demográfico Para Piraquara ............................... 88

Quadro 3.2 – População Urbana de Piraquara ........................................................... 90

Quadro 3.3 – Índice de atendimento da população total de Piraquara ........................ 90

Quadro 3.4 – Metas de Redução de Perdas Físicas Totais ........................................ 92

Quadro 3.5– Condições Atuais do Sistema de Piraquara – SIN Iraí e Iguaçu ............. 92

Quadro 3.6 – Perdas no Sistema de Água em % ........................................................ 93

Quadro 3.7 – Evolução do Per Capita Micromedido em (L/hab.dia) ............................ 93

Quadro 3.8 – Valores Per capita Bruto Utilizados no Cálculo da Demanda em

(L/hab.dia) .................................................................................................................. 94

Quadro 3.9 – Cálculo da Demanda ............................................................................. 94

Quadro 3.10 – Cálculo da Demanda Atual e Futura Considerando a Porcentagem de

Abastecimento Pelos Sistemas Iraí E Iguaçu .............................................................. 95

Quadro 3.11 – Vazão de Referência e Demandas dos Sistemas Integrados Iraí e

Iguaçu ......................................................................................................................... 96

Quadro 3.12– Perdas do Sistema ............................................................................... 96

Quadro 3.13 – Metas de Cobertura de Esgotamento Sanitário ................................... 97

Quadro 3.14 – Per Capita de Consumo ...................................................................... 98

Quadro 3.15 – Condições Atuais SES - Piraquara ...................................................... 98

Quadro 3.16 – Parâmetros Adotados - Piraquara ....................................................... 99

Quadro 3.17 – Contribuição de Esgoto – Piraquara .................................................... 99

Quadro 3.18 – Contribuições de Esgoto ao Longo do Horizonte de Projeto – Piraquara

............................................................................................................................ 99

Quadro 3.19 – Contribuições de Esgoto ao Longo do Horizonte de Projeto Para Todos

os Municípios em Análise ......................................................................................... 100

Quadro 3.20 – Análise dos Efluentes da ETE Atuba Sul ........................................... 100

Quadro 3.21 – Sistemas de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região

Metropolitana - SAIC................................................................................................. 103

Quadro 3.22 – Contribuição de Abastecimento de Água dos Municípios dos Sistemas

Integrados Iraí e Iguaçu ............................................................................................ 108

Quadro 3.23 – Volumes de Abastecimentos de Água Tratada para os Municípios dos

Sistemas Integrados Iraí e Iguaçu............................................................................. 109

Quadro 3.24 – Dados do Manancial Superficial ........................................................ 111

Quadro 3.25 - Elevatória de Água Bruta – Rio Iraí – EEB-01 .................................... 112

Quadro 3.26 – Principais Características da Adutora de Água Bruta – AAB-01 ........ 113

Quadro 3.27 – Principais Características da ETA Iraí ............................................... 118

Quadro 3.28 – Principais Características dos Reservatórios do SAA de Piraquara .. 123

9

Quadro 3.29 – Necessidade de Reservação x Reservação Existente ....................... 123

Quadro 3.30 – Características dos Boosters de Água Tratada ................................. 126

Quadro 3.31 – Ligações e Economias do SAA de Piraquara .................................... 129

Quadro 3.32 – Relação Economia Residencial Por Ligação Residencial .................. 129

Quadro 3.33 – Extensão de Rede por Ligação do SAA de Piraquara ....................... 129

Quadro 3.34 – Capacidade de Produção e Condição Operacional ........................... 132

Quadro 3.35 – Dados SANEPAR Outorga da ETE Atuba Sul ................................... 147

Quadro 3.36 – Vazão Específica das Estações Fluviométricas ................................. 149

Quadro 3.37 – Características do Ponto de Lançamento Atual da ETE Atuba Sul .... 150

Quadro 3.38 – Bacia e Sub-bacias de Esgotamento ................................................. 150

Quadro 3.39 – Principais Características da EEE Manoel Ribas .............................. 153

Quadro 3.40 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 153

Quadro 3.41 – Principais Características da EEE Iraizinho ....................................... 154

Quadro 3.42 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 155

Quadro 3.43 – Principais Características da EEE Colibri .......................................... 156

Quadro 3.44 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 156

Quadro 3.45 – Principais Características da EEE Jardim dos Estados ..................... 157

Quadro 3.46 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 157

Quadro 3.47 – Principais Características da EEE Guarituba..................................... 158

Quadro 3.48 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 159

Quadro 3.49 – Principais Características da EEE Piraquara ..................................... 160

Quadro 3.50 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 160

Quadro 3.51 – Principais Características da EEE Weissópolis ................................. 161

Quadro 3.52 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 161

Quadro 3.53 – Principais Características da EEE Guatupê ...................................... 162

Quadro 3.54 – Principais Características da Linha de Recalque ............................... 162

Quadro 3.55 – Principais características físicas das bacias de drenagem de Piraquara

.......................................................................................................................... 173

Quadro 3.56 – Suscetibilidade de eventos de enchente as bacia de Piraquara ....... 173

Quadro 3.57 – Parâmetros quantitativos relativos para o sistema de drenagem ....... 175

Quadro 3.58 – Composição do Rateio do CONRESOL ............................................ 225

Quadro 3.59 – Integrantes do CONRESOL .............................................................. 227

Quadro 3.60 – Coleta Convencional RSD ................................................................. 229

Quadro 3.61 – Quantidade de resíduos comuns coletados ....................................... 230

Quadro 3.62 – Taxa de Coleta de Lixo ..................................................................... 232

Quadro 3.63 – Custos e Arrecadação Relacionados a Coleta de RSD (2016) .......... 233

Quadro 3.64 – Setores de Coleta do Lixo Comum .................................................... 234

Quadro 3.65 – Setores de Coleta do Lixo Reciclável ................................................ 236

Quadro 3.66 – Pontos de Coleta de RSS .................................................................. 239

Quadro 3.67 – Quadro de Responsabilidades .......................................................... 246

Quadro 3.68 – Pontos de Coleta de Pneus ............................................................... 247

Quadro 3.69 – Pontos de Coleta de Óleo Usado ...................................................... 248

Quadro 3.70 – Projeção da Geração de RSU da População Total do Município de

Piraquara Até o Ano de 2035 .................................................................................... 256

Quadro 3.71 – Custos e Arrecadação Relacionados a Coleta de RSD (2016) .......... 257

10

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AAB – Adutora de Água Bruta

AAT – Adutoras de Água Tratada

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais

ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos

AEIT - Área Especial de Interesse Turístico

AGUASPARANA – Instituto das Águas do Paraná

ALL – América Latina Logística

ANA – Agência Nacional de Águas

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APA – Área de Proteção Ambiental

APP – Área de Proteção Permanente

APR – Análise Preliminar de Riscos

CABES - Catálogos Brasileiros de Engenharia Sanitária e Ambiental

CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica

CEDAG - Empresa de Águas do Estado da Guanabara

CEMADEN - Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais

CERH - Conselho Estadual de Recursos Hídricos

CF – Constituição Federal

CGRA - Comitê de Gestão de Riscos Ambientais

COBRAPE – Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos

COHAPAR – Companhia de Habitação do Paraná

COMASP - Companhia Metropolitana de Águas de São Paulo

COMEC - Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba

COMUNA - Conselho Municipal do Meio Ambiente

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONRESOL - Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos

COPEL - Companhia Paranaense de Energia

CPRM – Serviço Geológico do Brasil

CVCO - Certificado de Vistoria e Conclusão de Obras

DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio

DEPEN - Departamento Penitenciário do Estado do Paraná

11

DER – Departamento de Estradas e Rodagens

DQO – Demanda Química de Oxigênio

DTI - Dispositivo de Terminal de Inspeção

EEB – Estação Elevatória de Água Bruta

EEE – Estação Elevatória de Esgoto

ESAG - Empresa de Saneamento da Guanabara

ETA – Estação de Tratamento de Água

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

ETP – Estudo Técnico Preliminar

FAD – Flotação a ar dissolvido

FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná

FNHIS - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

FPM – Fundo de Participação dos Municípios

FSESP - Fundação Serviço Especial de Saúde Pública

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

IAP - Instituto Ambiental do Paraná

IARCE – Índice de atendimento da rede de coleta de esgoto

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICES – Índice de coleta de esgoto sanitário

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IPARDES - O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano

IRLE – Índice de regularidade das ligações prediais de esgoto sanitário

ITCG - Instituto de Terras, Cartografia e Geociências

ITE – Índice de Tratamento de Esgoto

LF – Lei Federal

LOM – Lei Orgânica do Município

MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

MDT – Modelo Digital de Terreno

MINEROPAR – Serviço Geológico do Paraná

NBR – Norma Brasileira

NUC - Núcleo Urbano Central

12

OD – Oxigênio Dissolvido

OMS – Organização Mundial da Saúde

PAC - Plano de Aceleração do Crescimento

PDDU - Plano Diretor de Drenagem Urbana

PDH - Programa de Despoluição Hídrica

PEP - Penitenciária Estadual de Piraquara

PEVs – Pontos de Entrega Voluntária

PGIR – Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos

PIB – Produto Interno Bruto

PLANASA - Plano Nacional de Saneamento

PLANCON - Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil

PLANSAB - Política Nacional de Saneamento Básico

PMCMV - Programa Minha Casa, Minha Vida

PMP – Prefeitura Municipal de Piraquara

PMQAR - Programa de Monitoramento da Qualidade de Água dos Rios de Piraquara

PMSB – Pano Municipal de Saneamento Básico

PNPDEC - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil

PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPP – Perfil Pissiográfico Previdenciário

PROSAM - Programa de Saneamento Ambiental da Região Metropolitana de Curitiba

PSA – Plano de Segurança da Água

RALF – Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado

RAP - Reservatório Apoiado

RCC – Resíduos de Construção Civil

RCE – Rede Coletora de Esgoto

RDA – Rede de Distribuição de Água

RMC - Região Metropolitana de Curitiba

RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares

RSS – Resíduos de Serviços de Saúde

RSU – Resíduos Sólidos Urbanos

RUMO – Concessionária de serviços ferroviários resultante da fusão entre a ALL e a

Rumo

SAA – Sistema de Abastecimento de Água

SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto

13

SAIC – Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana

SAMAE - Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto

SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná

SEDU - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano

SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

SES – Sistema de Esgotamento Sanitário

SGRA – Sistema de Gestão de Riscos Ambientais

SiBCS – Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

SIN – Sistema Integrado

SIS – Sistemas de Informações da Sanepar

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

SMMA - Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SRTM - Shuttle Radar Topography Mission

STF - Supremo Tribunal Federal

SUDERSHA - Superintendência de Desenvolvimento em Recursos Hídricos e

Saneamento Ambiental

SUS – Sistema Único de Saúde

TAC - Termos de Ajustamento e Conduta

UBS - Unidades Básicas de Saúde

UFM – Unidade Fiscal do Município

UPA – Unidade de Pronto Atendimento

UT – Unidades de Terreno

UTP – Unidades Territoriais de Planejamento

VTA – Vistoria Técnica Ambiental

ZEE - Zoneamento Ecológico-Econômico

ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social

ZOO - Zona de Ocupação Orientada

ZR - Zona Rural

ZRO - Zona de Restrição a Ocupação

ZUC - Zona de Urbanização Consolidada

14

APRESENTAÇÃO

O presente documento corresponde ao “Relatório e Aprovação Final do Plano

Municipal de Saneamento Básico” relativo ao Contrato n° 09/2015, Processo

Administrativo nº 212/2014, Concorrência nº 002/2014 celebrado entre o Município de

Piraquara e a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (COBRAPE).

O contrato visa à elaboração do Plano de Saneamento Básico do Município de

Piraquara. O Termo de Referência, parte integrante do contrato, estabelece os

seguintes produtos a serem desenvolvidos:

Produto 1 - Programa de Trabalho;

Produto 2 - Diagnóstico da Situação Local do Saneamento;

Produto 3 – Elaboração de Prognósticos e Alternativas para Universalização dos

Serviços de Saneamento Básico;

Produto 4 – Concepção dos Programas, Projetos e Ações a Serem Implantados Para

o Alcance dos Objetivos e Metas; e Definição das Ações Para Emergência e

Contingência;

Produto 5 – Mecanismos e Procedimentos de Controle Social e dos Instrumentos Para

o Monitoramento e Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e Efetividade das

Ações Programadas;

Produto 6 – Relatório e Aprovação Final do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Este Produto corresponde à compilação de todos os trabalhos desenvolvidos durante

o PMSB de Piraquara.

15

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO E BACIAS

HIDROGRÁFICAS NO CENÁRIO ESTADUAL

A Constituição Federal, em seu artigo 21, inciso XX, determina ser competência da

União “instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,

saneamento básico e transportes urbanos”. No artigo 23, inciso IX, aponta a

competência conjunta entre União, Estados e Municípios no que se refere à promoção

de “programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e

de saneamento básico”.

No que tange à prestação de serviços públicos de interesse local, que possuam

caráter essencial, a Constituição Federal determina, em seu artigo 30, como

atribuições do Município: (i) I - legislar sobre assuntos de interesse local; (ii) V -

organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os

serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter

essencial; (iii) VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,

mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo

urbano.

Com isso, fica estabelecida a competência municipal na prestação, direta ou mediante

concessão ou permissão, dos serviços de saneamento básico que são de interesse

local, entre os quais o de coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários,

obedecendo às diretrizes federais, instituídas na forma de Lei.

Contudo, verificam-se incertezas quanto às responsabilidades na prestação dos

serviços de saneamento básico, seja pelo compartilhamento das responsabilidades

entre as diferentes instâncias da administração pública, seja pelo histórico da

organização para a prestação desses serviços no território nacional.

Até a primeira metade do século XX, a prestação de serviços públicos de

abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, na grande maioria das vezes,

era realizada por meio dos departamentos ou serviços municipais de água e esgotos

(SAEs e DAEs), muitas vezes com o apoio técnico e organizacional da Fundação

Serviço Especial de Saúde Pública (FSESP), atual Fundação Nacional de Saúde

(FUNASA), subordinada ao Ministério da Saúde.

Com o surgimento das grandes aglomerações urbanas e consolidação das Regiões

Metropolitanas começaram a surgir, a partir da década de 1960, novas formas de

organização para a prestação de serviços de saneamento básico. O gerenciamento

dos serviços públicos essenciais de saneamento assumiu um caráter metropolitano e

regional, como no caso da Companhia Metropolitana de Águas de São Paulo

(COMASP), da Empresa de Saneamento da Guanabara (ESAG) e da Empresa de

Águas do Estado da Guanabara (CEDAG), no Rio de Janeiro.

Instituído em modo experimental pelo Banco Nacional de Habitação em 1968, e de

maneira formal em 1971, o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA) surgiu com o

objetivo de definir metas a serem alcançadas pelo país na área de saneamento e

ordenar a destinação de recursos financeiros para a consecução dessas políticas. Por

meio do PLANASA, foram criadas as empresas estaduais de saneamento,

encarregadas da prestação de serviços públicos urbanos de água e esgotos.

16

No caso do Paraná, as primeiras obras de saneamento surgiram de um projeto de

abastecimento para 50 mil pessoas, em 1904, cujos mananciais se localizavam em

Piraquara. A criação da Companhia de Saneamento Paraná (Sanepar) foi autorizada

pelo então governador Ney Braga em janeiro de 1963.

De acordo com a Política Nacional de Saneamento Básico, instituída em 2007 pela Lei

nº. 11.445, a prestação de serviços públicos de saneamento básico poderá ser

realizada por órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa

pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Federal, ou municipal,

na forma da legislação, assim como por empresa a que se tenham concedido os

serviços.

1.1. A POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

A Política Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB – estabelece as diretrizes para

a universalização dos serviços de saneamento básico, de forma a garantir o acesso

aos serviços com qualidade e em quantidade suficiente às necessidades da

população. A PLANSAB parte do conceito de saneamento básico como sendo o

conjunto dos serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

i. Abastecimento de água;

ii. Coleta e tratamento de esgotos;

iii. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

iv. Drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

Por sua vez, além da definição conceitual do saneamento básico, a Lei nº 11.445/07

abriga todas as formas legalmente possíveis de organização institucional dos serviços

de saneamento básico, de forma a atender as múltiplas realidades sociais, ambientais

e econômicas do Brasil. Entre suas principais determinações, destacam-se o

estabelecimento do saneamento básico como objeto do planejamento integrado,

juntamente com diretrizes e regras para a prestação e cobrança dos serviços. Ainda

de acordo com a Lei Nacional do Saneamento Básico é obrigação de todas as

prefeituras elaborarem seu Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB –,

abrangendo as quatro áreas do saneamento. O não atendimento ao disposto na Lei

acarretará na impossibilidade, por parte das prefeituras municipais, de recorrerem a

recursos Federais destinados ao setor.

1.2. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO IGUAÇU E LITORÂNEA

1.2.1. Bacia Iguaçu

Considerando as regiões hidrográficas brasileiras estabelecidas pelo Conselho

Nacional de Recursos Hídricos, o Paraná está dividido em: Região Hidrográfica do

Atlântico Sul, do Atlântico Sudeste e do Paraná. No âmbito estadual, a Resolução nº

49 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Paraná, de 20/12/06 dispõe sobre

as 16 Bacias Hidrográficas e define as 12 Unidades Hidrográficas de Gerenciamento

de Recursos Hídricos do Estado do Paraná. A regionalização para fins de gestão

respeitou esses limites, refinando-os em função das especificidades locais para fins de

planejamento.

17

De acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná a Bacia Hidrográfica

do Rio Iguaçu é divida em três Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos

Hídricos, são elas: Alto Iguaçu, Médio Iguaçu e Baixo Iguaçu, sendo que o município

de Piraquara está localizado dentro da Unidade Alto Iguaçu.

A sub-bacia do Alto Iguaçu é composta pela região mais a montante da bacia, onde

está localizada a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com 3,5 milhões de

habitantes, o que caracteriza este trecho como uma bacia parcialmente urbanizada

(cerca de 40%), com intensa produção industrial e com pouca vegetação nativa. A

bacia do Alto Iguaçu se estende das nascentes até a cidade de Porto Amazonas onde

o rio adentra o 2º planalto. O fato de estar localizada nas cabeceiras da bacia do rio

Iguaçu faz com que a disponibilidade hídrica da sub-bacia seja baixa, pois sua área de

contribuição é pequena (aproximadamente 1.500 km² na RMC). Este fator é um dos

agravantes na questão quantitativa do abastecimento de água na RMC. Na questão

qualitativa, a alta densidade demográfica associada ao uso irregular do solo, o

desmatamento da mata ciliar dos principais rios e o despejo de esgoto são fatores que

contribuem diretamente com a deterioração da qualidade da água na sub-bacia do Alto

Iguaçu, tornando o tratamento para o abastecimento de água potável problemático.

1.2.2. Bacia Litorânea

A Bacia Litorânea possui uma área total de 5.630,8 km² (SEMA, 2010), cerca de 3%

da área do estado, e uma população de 283.028 habitantes (SEMA, 2010), em torno

de 3% do total do estado, os rios nascem nas encostas da Serra do Mar e dirigem-se

para o oceano. Os principais rios são: Guaraqueçaba, Tagaçaba, Cachoeira,

Nhundiaquara, Marumbi, Do Pinto, Cubatão e Guaraguaçu. Em termos de demandas

de recursos hídricos, a bacia possui um consumo de 4,44 m³/s de água, dos quais o

abastecimento humano corresponde a 3,9 m³/s, o que representa 80,85% do total

consumido na bacia. O consumo na Bacia Litorânea representa 4,83% de todo o

consumo de água no estado do Paraná.

A Figura 1.1 apresenta os usos de captação e a Figura 1.2 apresenta os usos de

lançamento de efluentes para as bacias do rio Iguaçu e Litorânea, que estão listados

no Anexo III.

20

1.3. OS COMITÊS DAS BACIAS HIDROGRÁFICA DOS RIOS IGUAÇU E

LITORÂNEA

1.3.1. Comitê da Bacia Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira

Instituído pelo Decreto Nacional n° 5.878, de 13 de dezembro de 2005, foi criado o

Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira, diretamente vinculado

ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos, com atribuições normativas, deliberativas

e consultivas, envolvendo em sua totalidade ou parcialidade, os seguintes municípios:

Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul , Campina Grande do

Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio Grande,

Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Porto Amazonas, Quatro Barras, Rio

Branco do Sul, São José dos Pinhais, tendo uma área total de 5.878 km².

De acordo com o Regimento Interno Revisado, “o objetivo do Comitê é contribuir para

a aplicação da Política Estadual de Recursos Hídricos na sua área de atuação, a fim

de garantir o controle social da Gestão dos Recursos Hídricos, conforme estabelecido

na Lei Estadual nº 12.726, de 26 de novembro de 1999 e Decreto nº 9.130, de 27 de

dezembro de 2010”.

1.3.2. Comitê da Bacia Litorânea

O Comitê da Bacia Litorânea é um órgão articulado com atribuições consultivas,

deliberativas e normativas, integrante do Sistema Estadual de Gerenciamento de

Recursos Hídricos e vinculado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos –

CERH/PR, nos termos previstos na Lei Estadual nº 12.726, de 26 de novembro de

1999 e no Decreto Estadual n° 9.130, de 27 de dezembro de 2010, instituído pelo

Decreto Estadual nº 5759, de 30 de agosto de 2012, o comitê é composto em sua

totalidade ou parcialidade pelos seguintes municípios: Antonina, Guaraqueçaba,

Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá, Piraquara, Pontal do Paraná, Quatro

Barras, São José dos Pinhais e Tijucas do Sul.

De acordo com o Regimento Interno, “o Comitê desenvolverá suas ações com base

nos fundamentos da Lei nº 12.726, de 26 de novembro de 1999 e no Decreto Estadual

n° 9.130, de 27 de dezembro de 2010, em especial no que se refere à gestão

descentralizada e participativa entre o poder público, os usuários e a sociedade civil”.

O comitê tem como responsabilidade e compromisso promover a gestão dos recursos

hídricos e as ações de sua competência, também cabe ao órgão articular a integração

dos Sistemas Estadual e Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e seus

respectivos instrumentos de gestão, no âmbito de sua área de atuação.