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RELATÓRIO DE ESTÁGIO esec tv Mariana Isabel Simões Carvalho Sob orientação académica e profissional do Professor Francisco Amaral Coimbra, Setembro de 2011

RELATÓRIO DE ESTÁGIO esec tv · meu orientador inicial foi o Professor Gil Ferreira. Em conjunto e com a minha preferência pela área de Coimbra, o professor estabeleceu contacto

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

esec tv

Mariana Isabel Simões Carvalho

Sob orientação académica e profissional do Professor

Francisco Amaral

Coimbra, Setembro de 2011

2

3

"A televisão ocupa hoje o lugar da literatura de massa."

José Paulo Paes

4

Índice: Páginas

Agradecimentos ……………………………………………………………………………..5

Resumo……………………………………………………………………………………….6

Introdução………………………………………………………………………………….…7

Contexto (Procura de Estágio)………………………………………………………..……9

A ESEC TV

Apresentação…………………..……………………………………………………10

Instalações………………………………………………………………………..…10

Funcionalidade……………………………………………………………………...12

Desafio……………………………………………………………………………....12

A ESEC TV como local de estágio……………………………………………………….13

Percurso na ESEC TV

Primeira experiência de trabalho…………………………………………………14

Propostas……………………………………………………………………………15

Projecto – INTERVENÇÃO………………………………………..………15

Djambezada……………………………………………..…………………..17

Cego, surdo e mudo (Teaser)……………………………………..………17

Yerma……………………………………………………………………….………19

ECO5………………………………………………………………………..………20

Semana Sénior em Condeixa 2011…………………………….………………...21

Renato Maia (Ident-idade)…………………………………………………….…..23

Pós-graduação em Gestão Turística e Hoteleira……………………………….26

Bruno Carvalho: A paixão pela arte dos sabores……………………………….27

Formação de Câmara com Luís Pato……………………………………..……..28

Noiserv e Memória de Peixe………………………………………………………30

Dia do Gil (ESEC)…………………………………………………………………..31

Produção de DVD´s……………………………………………………………..…32

Novos alunos 2011……………………………………………………….………..34

Balanço final do Estágio Curricular na ESEC TV……………………………….………36

Problemática/Conclusão……………………………………………………………...……37

Glossário…………………………………………………………………………………….38

Bibliografia e Webgrafia……………………………………………………………………42

Anexos……………………………………………………………………………….………43

5

Agradecimentos

AGRADEÇO…

…à minha família, em especial à minha mãe porque me ensinou a fazer arroz a

olho, ao meu pai porque sempre notou quando fiz um piercing novo e ao meu

afilhado porque não se importa de ter uma madrinha assim;

…aos meus amigos em geral porque foram rijos pilares que nunca me negaram

um bom desabafo;

… ao Bongo, à Nalah, ao Rox e à Choné que estiveram comigo em momentos

de introspecção;

… aos meus colegas esequianos pelas aventuras académicas;

…à Carina por partilhar da minha dislexia momentânea, à Márcia pela

paciência, ao Pedro por ser o melhor “ensinadeiro” do mundo dos softwares

audiovisuais, ao Luís por acreditar que ainda dava tempo para aprendermos alguma

coisa, ao José Bogalho por me acompanhar em todo o processo de estágio e de

vida académica do início ao fim e ao Professor Francisco Amaral.

…ao João e ao Pedro porque o Cemeia é fixe;

…a todos que me acompanharam ao longo deste percurso e que tudo fizeram

para me apoiar;

…a Coimbra.

Não se trata apenas de mais uma etapa concluída na minha vida, mas de uma

trajectória que só faria sentido a vosso lado.

A todos… Bambolé!

P.S. Avó, todas as vezes que

me responsaste o material escolar

não foram em vão… está quase!

6

Resumo:

Numa tentativa experiencial do mundo do trabalho, aliada a todos os

conhecimentos adquiridos numa formação académica, o estágio curricular vem pôr

em prática a nossa capacidade de responsabilidade, empenho, aprendizagem e

estrutura laboral.

Este Relatório de Estágio engloba todo o meu percurso pela ESEC TV, no que

toca a experiências vividas, trabalhos realizados e conhecimentos adquiridos no

âmbito da, produção e pós-produção de conteúdos, que encerram a minha vida

académica.

Palavras-chave: Estágio – ESEC TV – Aprendizagem – Prática

7

Introdução:

Entrar para o Curso de Comunicação Social foi um objectivo atingido, que já

perdurava no meu pensamento desde que “sonho ser algo”. No início, apenas uma

imagem predefinida de alguém que sai para a rua em busca de algo novo, num

“ensaio” de alertar o mundo para o que o rodeia.

O meu objectivo inicial de vir a ser uma jornalista de microfone na mão, vivendo

numa correria frenética e na tentativa de “estar em todo lado ao mesmo tempo” foi-

se esquivando na medida em que o curso se foi aprofundando e me foi dando a

conhecer novas vertentes do jornalismo. Experienciar uma visão diferente do

conhecido habitual, isto é, uma visão atrás das câmaras, mais num sentido de

realização e produção do resultado jornalístico, fez-me suspeitar que, na verdade, o

meu interesse recaía mais para outro tipo de trabalhos que não o de entrevista. O

conceito de imagem aclarou-se e o gosto pela edição de vídeo ou mesmo câmara

surgiu e vingou naturalmente.

A escolha do percurso de Criação de Conteúdos para os Novos Media, no

segundo ano do curso, pareceu-me a mais acertada para quem queria explorar a

vertente de som e imagem. Algumas cadeiras práticas que frequentei deram-me as

bases necessárias e a vontade de engrenar numa equipa de trabalho, a fim de uma

aprendizagem mais sólida.

Concluída a parte teórico-prática da licenciatura, restava-me a unidade de

Estágio Curricular para finalizar este percurso académico. Teria assim de escolher

uma entidade onde pudesse aprender e crescer profissionalmente, onde pudesse

aplicar os conhecimentos adquiridos e mesmo superá-los com dedicação e

experiência. Queria portanto ter a oportunidade de me juntar a uma equipa de

trabalho, que me orientasse e apoiasse nas minhas dificuldades e com quem eu

pudesse aprender.

A ESEC TV surgiu num contexto opcional, mesmo não sendo a única escolha

viável, nunca descartei essa hipótese. Trabalhar numa produtora de vídeo e

televisão com bons profissionais e cujo trabalho eu já acompanhava e gostava,

poderia sim ser uma mais-valia para a minha aprendizagem.

O meu estágio na ESEC TV teve a duração de três meses. Supostamente seria

de Maio a Agosto, mas com as férias e com a falta de trabalho, acordei com o meu

8

orientador, o Professor Francisco Amaral, trocar o mês de Agosto por Setembro, na

tentativa de uma maior experiência laboral.

Este Relatório de Estágio comprime num curto espaço de texto, todo o meu

percurso pela ESEC TV. As minhas dificuldades e resoluções, a forma como apliquei

os meus conhecimentos teóricos no campo de trabalho, as experiências, e todo o

processo de (auto)conhecimento a que estive exposta e que adquiri.

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Contexto (Procura de Estágio)

Aquando da procura de uma entidade para realizar o meu Estágio Curricular, o

meu orientador inicial foi o Professor Gil Ferreira. Em conjunto e com a minha

preferência pela área de Coimbra, o professor estabeleceu contacto com a produtora

PNG FILMES, que me chamou posteriormente para uma entrevista. Fiquei de

receber uma resposta, positiva ou não, o mais rápido possível, mas a realidade é

que esperei um mês para me dizerem que naquele momento não tinham trabalho

para um estagiário, mas que posteriormente, se necessário, me contactariam.

Estava-se a encurtar o tempo limite de iniciação de estágios e então achei

melhor falar novamente com o professor Gil, para saber se ainda seria possível

entrar para a equipa da ESEC TV. Com a falta de resposta por parte do professor ao

meu pedido, decidi contactar eu mesma o Professor Francisco Amaral que, como

director da ESEC TV e também orientador de estágios curriculares, me poderia

ajudar a encontrar a melhor forma de resolver a minha situação académica. No

mesmo dia, fiquei a saber que poderia então estagiar na ESEC TV e por

conseguinte que o meu orientador de estágio seria agora o Professor Francisco

Amaral.

Com o arrastar desta espera e troca de e-mails, levei bastante tempo a iniciar o

meu estágio, cuja demora se prolongou mais um pouco com o falecimento da minha

avó, dando só entrada na ESEC TV a 23 de Maio, data bastante tardia para a

realização de um estágio produtivo, na medida em que se aproximava o fecho para

férias do programa da ESEC TV na RTP2.

10

A ESEC TV:

Apresentação:

A ESEC TV surgiu de um projecto de estágio de alguns alunos de

Comunicação Social que, em trabalho de equipa e sob a orientação do professor

Francisco Amaral, melhoraram o espaço onde hoje se encontra o estúdio, a área de

edição e a régie, possibilitando as condições necessárias para um projecto viável e a

desenvolver. No final do estágio curricular, quatro alunos foram escolhidos para a

realização de um estágio profissional, mantendo-se até agora como a equipa

profissional da ESEC TV. São eles Carina Esteves (Produção/Reportagem), Márcia

Figueiredo (Edição/Reportagem), Pedro Cerejeiro (Edição) e Luís Pato

(Câmara/Edição). O projecto é coordenado pelo professor Francisco Amaral que

conta com a ajuda de alguns profissionais da área dos audiovisuais.

Instalações:

O espaço existente é constituído por um estúdio profissional (sequência de

imagens 1) com teia de iluminação, uma parte destinada ao trabalho dos estagiários,

tela para chroma-key, ciclorama e ainda três câmaras, sendo uma com teleponto;

uma régie (Imagem 2) com intercomunicação, gravadores DVCam, monitores

parcelares de pré-visualização (preview) e de visualização/mistura final, unidades de

controlo, mesa de luz, vectorescópio, mesa de som e de mistura de imagem e ainda

ilhas de edição digital; uma área de produção (imagem 3) e duas salas de edição

(Sequência de imagens 4).

Sequência de imagens 1

Teia de iluminação

Área de trabalho (Estagiários)

11

Imagem 2

Imagem 3

Sequência de Imagens 4

Câmaras - estúdio

Régie

Área de Produção

Sala de Edição 1 Sala de Edição 2

Tela verde para chroma-key

12

Funcionalidade:

A ESEC TV produz tanto para programas de televisão como para outros

suportes. Actualmente produz um programa semanal de trinta minutos, transmitido

no Espaço Universidades da RTP2 e para além disso faz a cobertura de diversos

eventos culturais na área de Coimbra, que são normalmente divulgados no espaço

on-line (www.esectv.blogspot.com). Realiza ainda, produção de conteúdos para

outras plataformas e finalidades (Produção de DVD´s, Vídeos Institucionais e

Empresariais, Spots promocionais, Documentários).

Desafio:

A ESEC TV funciona como uma espécie de “magazine cultural” que dá a

conhecer a cidade de Coimbra e cujo trabalho é, na maior parte da sua extensão,

jornalístico. Fazer parte de uma equipa de profissionais cujo trabalho diário é,

procurando temas inovadores, divulgá-los numa tentativa sempre original, eleva a

fasquia de aprendizagem e desafiou-me a uma prática de conteúdos para conseguir

estar à altura dos projectos que me foram propostos.

13

A ESEC TV como local de estágio

Como já referi anteriormente a minha chegada à ESEC TV foi tardia. As minhas

expectativas para o que iria encontrar não eram totalmente vagas, já conhecia

alguns alunos que lá tinham estagiado e portanto já sabia mais ou menos como era

o seu funcionamento. No entanto muitas coisas foram diferentes.

No início o meu papel foi mais de observadora do que de trabalhadora, a minha

falta de experiência não me permitiu a confiança para avançar logo com propostas e

tentativas em campo. Comecei por analisar, estudar e aprender com os demais que

já trabalhavam autonomamente nas peças que lhes eram propostas, questionando o

que não sabia e aperfeiçoando conhecimentos, e só mais tarde ganhei a coragem

necessária para pôr em prática os meus conhecimentos.

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Percurso na ESEC TV

Primeira experiência de trabalho

A primeira vez que fui encarregue de realizar um trabalho na ESEC TV, foi a

criação de uma entrevista.

“Posso Ser? Dinâmicas Grupais em torno da personalidade e do

envelhecimento”, um livro de Margarida Pedroso de Lima e Abi Gail ia ser

apresentado no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra. A Carina Esteves

falou comigo e com o José Bogalho e delegou-nos a realização da entrevista para

essa peça.

Fizemos uma pesquisa em torno do livro, o tema principal, o seu fundamento, a

união das duas escritoras e as questões pareciam óbvias, mas após escrevermos o

que iríamos perguntar decidimos mostrar o nosso trabalho à Carina Esteves para

termos um feedback e para de modo algum fugir ao enfoque pretendido. A realidade

é que falhamos em alguns aspectos, tínhamos questões muito complexas e

detalhadas, não fugíamos ao tema mas poderíamos levar a(s) autora(s) a divagar ou

então a restringirem-se na informação. É necessário que a entrevista prime por

questões mais sucintas e abertas para obtermos um maior número de informação

relatada pelo entrevistado. Como as peças para a ESEC TV nunca têm voz-off o que

nos permite contar a “história” são as palavras do entrevistado. Mais tarde, aquando

da reportagem, foi o José que saiu com o Luís Pato para a realização do trabalho.

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Propostas:

Com uma chegada tardia à ESEC TV e com um núcleo de estagiários já

abundante, as diferentes peças propostas pela produção da ESECV TV já estavam

bem encaminhadas. Aproximava-se a época de fecho para férias do programa na

RTP2 e com uma oportunidade de trabalhar para on-line houve a necessidade de

realizarmos um brainstorming para pormos “mãos à obra”.

Projecto - INTERVENÇÃO

A primeira peça que eu e o meu colega José Bogalho propusemos foi acerca

de um grupo de alunas da Escola Superior de Educação de Coimbra do curso de

Animação Socioeducativa, que estavam a preparar um projecto que abordava a

violência. Em conjunto com alunos de Teatro e Educação, o objectivo seria realizar

uma espécie de Teatro do Invisível, com a finalidade de expor os diferentes temas

de forma a captar as reacções reais e sem conhecimento prévio de quem iria assistir

às cenas de violência.

Achámos que seria interessante que a ESEC TV acompanhasse o projecto, já

que falávamos de temas comuns mas que raramente são tratados com a devida

importância. A proposta foi aceite pelo Professor Francisco Amaral (ver anexo

página 1) que nos deixou à vontade para avançar com a peça, numa tentativa de

apostar também na plataforma on-line.

Para a produção desta peça foi necessário, antes de qualquer outra coisa, um

trabalho de pesquisa, reflexão e avaliação. De que forma poderíamos unir a

captação de imagem ao Teatro do Invisível, que prima pelo inesperado? Que

perspectiva daríamos ao tema? Qual seria a sua viabilidade? Foi importante

marcarmos uma reunião com as alunas envolvidas no projecto para esclarecermos

todos os aspectos formais e técnicos, como autorizações para a captação de

imagens em locais privados, assim como local, dia e hora da intervenção. E foi

também importante percebermos qual o método que os alunos de teatro iriam usar

para surpreender “o público”, visto que uma câmara montada no local poderia pôr

em causa os factores surpresa e veracidade. Para nos ajudar na parte de captação

de imagem contamos com o apoio do nosso colega Elton Malta.

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A organização da intervenção teve alguns percalços. As autorizações da

Câmara Municipal não chegaram a tempo e a necessidade de encontrar um outro

local, para a realização do projecto foi tomada em conta no dia do próprio evento o

que nos deu tempo reduzido para a preparação do material de filmagem. Por

conseguinte não foi possível captar a primeira intervenção, levando-nos a perder

óptimos momentos de reacção, tanto oral como física e reduzindo o nosso material

audiovisual a apenas uma das duas intervenções realizadas. Com apenas uma

câmara, optámos por filmar primeiro as reacções dos que assistiam ao teatro para

um efeito surpresa bem conseguido e depois captarmos as imagens, da acção dos

alunos de teatro, numa repetição.

Para a realização da peça faltavam as entrevistas, tanto às alunas de

Animação Socioeducativa, para mostrar o objectivo daquele projecto e o seu

balanço final, como aos alunos de Teatro e Educação, numa perspectiva de

profissionais, pela experiência e de humanos, pelas reacções que observaram. Eu e

o José Bogalho formulámos as questões que achámos mais pertinentes e,

posteriormente, com a ajuda do Elton, na câmara, eu e o José realizámos as

entrevistas.

Foi também em trabalho de equipa que eu e o Bogalho nos encarregámos de

editar a peça (Sequência de Imagens 5).

Sequência de imagens 5

A falta de diversidade de planos de reacção e também a falta de som das

imagens (erro cometido pelo esquecimento de ligar a linha de áudio da câmara

aquando da intervenção) dificultou-nos em parte o trabalho, que apesar de

terminado e posto on-line teria ganho com um maior dinamismo de som/imagem.

Adobe Premiere Pro – área de trabalho (Plano Geral do Teatro do Invisível no Monitor de preview e Plano Próximo de entrevista no Monitor Final)

Adobe Premiere Pro – área de trabalho (Edição de níveis de áudio – som ambiente)

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De qualquer forma, o balanço foi positivo visto termos dado visibilidade a uma

abordagem inovadora que aproveitou o teatro para alertar sobre este tipo de

problemas sociais e incentivar o livre arbítrio à intervenção.

Djambezada

A um ritmo quase semanal é organizada uma sessão de arte de rua no Jardim

da Sereia, em Coimbra, denominada “Djambezada”. É um projecto sem qualquer

organização externa e que, para além de promover cultura, alicia os demais a uma

aprendizagem cultural através da partilha de conhecimentos.

Esta foi a segunda peça, que eu e o meu colega José Bogalho propusemos

para a ESEC TV (ver anexo página 1).

Apesar de a ideia ser apelativa a nível cultural vários factores não permitiram a

sua realização.

Problemas de produção:

- Estando a falar de uma actividade sem uma organização definida, não seria

possível prever uma data para a cobertura;

- Iluminação: a gravação à noite e num local com pouca iluminação artificial

dificultaria a qualidade de imagens;

- Material: Um evento deste género ganharia pelo dinamismo de imagens, que só

com uma câmara (material disponível) não seria totalmente possível.

Ao ponderarmos todos os aspectos técnicos deste projecto chegámos à

conclusão que não seria uma opção viável seguir em frente e, por conseguinte,

apesar de estudada, esta foi uma peça que não chegou a sair do papel.

Projecto - cego, surdo e mudo

A última proposta e mais ousada que eu e o José Bogalho apresentámos foi a

realização de um Teaser. O objectivo seria promover a cultura incentivando à sua

intervenção e, para além disso, divulgar o espaço on-line da ESEC TV, como

extensão cultural. De início eram só ideias no papel a serem exploradas, que com o

tempo fomos desenvolvendo.

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Após um trabalho de reflexão e análise sobre o projecto, decidimos então

avançar com a proposta, que foi aceite pelo professor Francisco Amaral (ver anexo

página 2).

Começámos por realizar um trabalho de produção, escrevemos um guião para

o Teaser e posteriormente um guião de edição (ver anexos páginas 3 e de 4 a 5

respectivamente). Com a ideia já formada precisávamos do apoio de profissionais

para um trabalho fértil. Fizemos os devidos contactos e conseguimos reunir dois

colaboradores que nos ajudaram imenso na parte técnica do projecto, tanto a nível

de expressão corporal como musical.

Aquando da gravação do teaser foi importante verificarmos os recursos de

produção (ver anexo página 6) e uma vez tudo correcto procedemos à realização. A

montagem de estúdio foi o primeiro passo, trabalhando a iluminação, o décor e o

posicionando as câmaras e os dois artistas.

A captação de imagem em multicâmara ficou a meu cargo e do José e para o

trabalho de régie pudemos contar com a ajuda da Carina Esteves.

Ao longo do processo de gravação pudemos também contar com os conselhos

e apoio dos restantes profissionais da ESEC TV, que nos foram elucidando com

alguns pormenores estéticos e técnicos que ajudariam no trabalho de edição.

Para a montagem, trabalho que eu realizei, optámos por um seguimento

simplista, onde a força das imagens falassem por si (Imagem 6).

Imagem 6

Adobe Premiere CS3 – área de trabalho – (Edição de vídeo – pré-visualização no Monitor Final)

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YERMA

O 2º ano do Curso Teatro e Educação da ESEC encontrava-se em fase de

ensaios da peça YERMA, um texto de Federico Garcia Lorca, que contava com a

encenação dos professores Clóvis Levi e Margarida Torres.

Ao ter conhecimento da peça por parte do professor Clóvis, a Carina Esteves

após um trabalho de produção, pediu-nos para realizarmos um promocional que

contaria com algumas imagens dos ensaios e uma breve entrevista aos

encenadores.

A entrevista ficou a meu cargo e o Miguel Gonçalves e o Flávio Santos trataram

da captação de imagens.

A realização da entrevista correu bem e sem imprevistos. Qual o tema de que

trata a peça? Qual a mensagem que pretende transmitir? As perguntas chave para

abrir o tema e deixar a curiosidade no público, assim como um apelo feito pelo

professor Clóvis, funcionaram bem no promocional, que depois foi editado pelo

Miguel.

Mais tarde com a captação do integral da peça, editado pelo José Bogalho,

realizei ainda a capa do DVD em Photoshop (imagem 7), que ficaria em arquivo na

Biblioteca da ESEC para uma visualização posterior. A Carina cedeu-me uma capa

de outra peça mais antiga para eu me guiar a nível de escalas e informação

importante a reter (como a ficha técnica) e com alguma criatividade consegui um

trabalho apelativo e produtivo (ver anexo página 7).

Imagem 7

Adobe Photoshop CS3 – área de trabalho (Edição de imagem – correcção de balanço de cor)

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ECO5

Com uma produção dos docentes e alunos da Licenciatura de Comunicação

Organizacional da ESEC, O V Encontro de Comunicação Organizacional (ECO5)

teve lugar no pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra. Para esta edição o tema

escolhido foi “Lóbi, a comunicação ao serviço da sociedade civil”.

Quando a Carina Esteves perguntou ao grupo de estagiários quem estava

disponível para fazer a reportagem sobre o ECO5, eu não estava na ESEC TV.

Todos estavam a trabalhar em algo e só o Gonçalo Machado se predispôs para a

captação de imagem, faltando alguém para a parte da entrevista. Ele ligou-me e,

apesar de não estar dentro do assunto do tema, mostrei-me igualmente disponível.

Esta foi a primeira vez que senti uma verdadeira ansiedade antes de ir para o

campo de trabalho. É essencial um bom trabalho de pesquisa antes de realizar uma

entrevista e para além de não estar nada familiarizada com o tema de raiz, o tempo

que lhe pude dedicar foi quase nulo, visto que a reportagem era no mesmo dia e

pouco tempo depois de ter sido solicitada para a realização da entrevista. No

entanto, o facto de ter assistido à conferência permitiu-me realizar a selecção de

informação mais importante a reter para a formulação das questões.

Mais tarde coube à minha colega Natacha Meunier o trabalho de edição da

peça.

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Semana Sénior em Condeixa 2011

O curso de Gerontologia Social da Escola Superior de Educação de Coimbra

em conjunto com a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova realizou um convívio que

contava com um leque de diferentes actividades e primava pela união e cooperação

entre jovens e mais idosos.

Numa tentativa de divulgar esse projecto, a professora Anabela Panão,

coordenadora do curso de Gerontologia Social da ESEC, falou com a Carina

Esteves e juntas agendaram a reportagem a realizar. Para este trabalho eu e o

Flávio fomos destacados para entrevista e imagem, respectivamente.

Aquando do trabalho de pesquisa em relação ao projecto, eu não consegui

encontrar muita informação para a formulação das questões, mas no caminho para

Condeixa, numa conversa mais informal com a professora Anabela Panão, consegui

então perceber qual o propósito do convívio e que papel cada entidade iria ter. Isso

ajudou-me imenso para fabricar uma entrevista coesa e que não fugisse ao desígnio

do projecto.

Aconteceram alguns problemas a nível de som e imagem.

Problemas de realização:

- Som/Enquadramento: Para um enquadramento adequado não nos

podíamos afastar muito da área de convívio para obtermos um plano que contivesse

elementos ligados ao projecto. As actividades funcionavam com música de ambiente

que acabou por se confundir com o som das entrevistas. Em forma de resolução,

pedimos para baixarem o nível de som ambiente, mas com o decorrer das

actividades a pausa durou poucos instantes. Optámos por nos afastar mas outros

elementos sonoros de exterior acabaram por interferir novamente;

- Com a pressa e afazeres das pessoas envolvidas tivemos de arriscar e

decidimos aproveitar os momentos de menos barulho para terminar as entrevistas.

Na altura e com o stress, pela confiança depositada em nós, visto ter sido a primeira

vez que, tanto eu como o Flávio saíamos em reportagem sem um profissional ou um

estagiário mais experiente, pareceu-nos a atitude mais correcta. Não poderíamos

chegar à ESEC TV sem o material necessário para e realização da peça;

- Recursos materiais: A câmara que normalmente usamos, a Sony 150p

estava com um problema técnico e tivemos de levar uma DVCam mais antiga, com a

qual não estávamos minimamente familiarizados. Na altura, as imagens pareceram-

22

nos bem, estavam legíveis no ecrã da câmara e a nossa preocupação baseou-se

mais em fazer planos e panorâmicas que ilustrassem adequadamente aquele

projecto, tendo sempre em conta o foco, o centro da bolha e a realização de white

Balance.

No final da reportagem, ao regressarmos à ESEC TV colocámos a cassete no

VTR (Video Tape Recorder) para visualizarmos as imagens no Monitor de Preview

e verificarmos o som.

Falhas técnicas: Em certas alturas o som das entrevistas confundia-se com o

ruído de fundo e as imagens tinham sido captadas em contra-luz, ou seja havia uma

grande dificuldade na percepção e leitura do que fora filmado.

Foi um “abre olhos” para mim e para o Flávio e desde aí que para além do que

o ecrã da câmara nos mostra, eu passei a ser mais cautelosa e verificar sempre a

posição do sol, ou da iluminação, mesmo que artificial, para não voltar a cometer o

mesmo erro.

Quando falámos com a Carina sobre o sucedido e lhe explicámos a situação, a

peça ficou em stand by e na altura nem foi para edição, mas posteriormente a

Márcia, como profissional na área de edição de vídeo, encarregou-se de terminar a

peça. Chegada a altura de colocar a mosca e os oráculos sobre as imagens e

entrevistas era preciso saber o nome de todas as pessoas que entrevistei, mas com

o atrasar da peça eu perdi a folha onde tinha essas informações e tive então de

procurar a professora Anabela para que ela me relembrasse os nomes e actividade

de cada elemento. Essa foi outra aprendizagem que retive, desde aí que, estando a

realizar a entrevista ou a capturar as imagens, peço aos entrevistados para dizerem

o nome e actividade que os irá identificar na respectiva peça, aquando das

gravações, para não voltar a correr o risco de perder qualquer informação. Posto

isto, a peça foi colocada on-line.

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Renato Maia – (Ident-Idade)

Numa tentativa de unir a literatura, a música e a imagem, Renato Maia, um

aluno de Comunicação Social da Escola Superior de Educação de Coimbra propõe à

ESEC TV a realização de uma peça sobre o trabalho que estava a desenvolver, um

livro de nome “Ident-idade”, que carrega consigo para além das palavras impressas,

um CD com a declamação dos seus poemas e um conjunto de ilustrações.

A imagem ficou a cargo do Flávio Santos e eu elaborei as entrevistas. As

questões eram direccionadas para o projecto Ident-idade, numa tentativa de frisar o

trabalho do Renato e a contribuição dos diferentes artistas que o estavam a

acompanhar, assim como as expectativas de ambos.

As entrevistas tiveram duas fases, as duas primeiras foram gravadas no

estúdio em que o autor do livro estava a trabalhar e uma seguinte, ao próprio, no

estúdio da ESEC TV.

A primeira coisa a fazer foi preparar o estúdio, posicionar as cadeiras na

direcção em que queríamos a entrevista, ligar a mesa de som e imagem na régie,

ligar e posicionar a câmara, verificar e ligar o microfone de lapela e tratar da

iluminação.

Resoluções técnicas a nível de imagem:

O Renato estava com uma camisola preta e com um fundo igualmente preto

ele desapareceria na imagem. Decidimos então utilizar o chroma-key, mas ao

analisarmos a imagem no monitor de preview a mistura de cores entre o preto da

camisola, o encarnado da poltrona e o verde do chroma não funcionava bem numa

peça que primava pelos tons mais escuros e carregados, que são os de um estúdio.

Falamos com o Pedro Cerejeiro e ele explicou-nos como alterar a cor do chroma na

mesa de mistura de imagens. Optamos por um tom azulado, sem muito contraste

que nos pareceu funcional para o trabalho de edição.

Como já conhecia o Renato não me foi difícil estender uma conversa mais

informal e descontraída, ajudando-o a ele a libertar-se e a mim, possibilitando-me

realizar um diálogo num tom mais íntimo, mesmo mantendo a objectividade.

Aquando da parte de edição eu ofereci-me para realizar esse trabalho. Só tinha

ainda editado a peça do Projecto - INTERVENÇÃO e seria uma mais-valia para mim

ganhar experiência numa área que gosto e que me suscita curiosidade. Para além

disso, editar uma reportagem para a ESEC TV, era para mim um ganho de

24

confiança e aprendizagem, uma vez que, acompanhada por profissionais, fui

apurando a minha sensibilidade tanto a nível narrativo como sequencial.

O software em que editei a peça foi o Adobe Premier, pois sendo um programa

em que fui habituada a trabalhar desde o meu primeiro ano de curso, já tinha

conhecimentos médios de funcionamento. Optei por fazer um trabalho de edição

com um tratamento mais simplista, já que a força das imagens falavam por si e ao

finalizar mostrei-o ao Pedro, que a partir da sua experiência, me fez algumas críticas

construtivas que ajudaram, em muito o trabalho, tanto a nível estético como técnico.

Efeito Crop – Na entrevista aos dois colaboradores do projecto Indent-

idade escolhemos um enquadramento com os dois elementos. Para um maior

dinamismo de posicionamento de imagens aquando da edição decidi efectuar um

corte, aplicando um efeito crop, num dos elementos para conduzir o olhar e a

atenção do espectador para quem estava a relatar.

Falha – Aquando da entrevista, coube aos entrevistados segurarem no

microfone, alternadamente e ao tapar o elemento que o fazia, com um efeito, perdia-

se uma informação importante que poderia até confundir o espectador, achando que

seria o jornalista a segurar o microfone. – Tecnicamente seria uma falha, ser o

jornalista – o olhar do entrevistado visa sempre o entrevistador e nas imagens, o

elemento “oculto” que segura o microfone está lateralmente posicionado, perdendo-

se o efeito diálogo.

Resolução: Regressar ao plano original, aplicando apenas um efeito crop

nas extremidades da imagem, ajeitando o enquadramento.

Imagem 8

Adobe Premiere Pro – área de trabalho (Edição de imagem – efeito crop)

25

Após a reformulação da edição, mostrei novamente a peça, mas desta vez à

Márcia, e mais uma vez fui chamada à atenção em relação a alguns pormenores

que estavam a falhar na leitura das imagens.

Aplicação de Chroma inicial: A cor que tínhamos escolhido, o azul, apesar de

não ter uma tonalidade muito viva, retirava força à peça, aquando da entrevista com

o Renato, que deveria ser um ponto-chave e de interesse ao longo da narrativa.

Optei então por, seguindo as instruções da Márcia, aplicar uma imagem de estúdio,

como chroma e acabou por ser o José Bogalho a realizar esse trabalho de edição

(sequência de imagens 9).

Sequência de imagens 9

Após esta nova modificação, o trabalho final ficou enfim apresentável e

consegui colocar a peça on-line.

Este trabalho de pós-produção foi uma repleta aprendizagem para mim e a

Márcia e o Pedro tiveram um papel fundamental, ajudando-me a ver o trabalho

sempre na perspectiva do público, analisando e questionando cada passo que der,

de uma forma técnica e estética.

Adobe Premiere Pro – área de trabalho (Edição de imagem– utilização de chroma de cor azul no Monitor Final)

Keyframe retirado do vídeo final – aplicação de imagem de estúdio como chroma

26

Apresentação da Pós-Graduação em Gestão Turística e Hoteleira

Numa parceria com a Escola Superior de Educação de Coimbra, o Turismo de

Portugal e a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra foi apresentada a Pós-

Graduação em Gestão Turística e Hoteleira. O programa desta Pós-Graduação vem

qualificar actuais e futuros profissionais do sector, para cargos de gestão nas áreas

turísticas e hoteleiras.

Mais uma vez o meu papel nesta peça era a formulação da entrevista.

Pesquisei sobre as diferentes entidades, assim como os profissionais do ramo em

questão que estariam relacionados com o projecto e tentei focar as questões para

uma boa compreensão do programa e seu funcionamento. No entanto, aquando da

conferência, que assisti, acabei por reformular algumas partes das entrevistas. Optei

por direccionar as questões de forma mais especifica e dando uma maior

abrangência para o diferente papel que cada entidade iria ter.

A Sara ficou encarregue da captação de imagem e acabou também por editar a

peça.

27

Bruno Carvalho: A paixão pela arte dos sabores

A minha colega de estágio, Natacha Meunier propôs à ESEC TV a realização

de uma peça sobre o chef de cozinha, Bruno Carvalho. O conhecimento sobre

agricultura e produtos deu-lhe bases para se tornar chef e o empenho, a (re) criação

e a paixão ajudaram-no numa carreira de sucesso na cozinha.

Para além de uma entrevista em estúdio, a Natacha optou por um trabalho

mais profundo e detalhado para dar a conhecer a cozinha de Bruno Carvalho,

realizando uma gravação, igualmente em estúdio, mas agora em multi-câmara, de

uma receita reproduzida em directo, pelo chef.

Na necessidade de pessoas para a captação de imagem, a Natacha pediu-me

a mim, ao José e ao Flávio para nos encarregarmos das câmaras, enquanto ela

conduziria o trabalho de régie.

A minha função foi ficar na câmara 3, que se encontra posicionada numa das

laterais, dando primazia a planos de pormenor e a grandes planos, que intercalados

com planos gerais e médios conferem dinamismo à peça. Para além de seguir as

indicações da Natacha, fui tendo a iniciativa de fazer enquadramentos que achava

interessantes e activos, esperando sempre que ela desse a sua aprovação, na

sequência do que ia escolhendo para o produto final.

Foi a primeira vez que realizei uma gravação em multi-câmara e sem dúvida

que a energia, o dinamismo e a diversidade são pontos a destacar numa produção

deste tipo. Por outro lado, para quem não tem um total à vontade e experiência de

captação de imagens, o stress que estas gravações alcançam dificultam em parte a

concentração no nosso trabalho. Foi uma experiência que me trouxe aprendizagem

a nível de “captar o momento” e atentar a pormenores importantes que para além de

embelezar esteticamente, ajudam a uma maior compreensão narrativa.

28

Formação de Câmara com Luís Pato.

Numa altura em que os únicos estagiários na ESEC TV éramos eu e o José

Bogalho foi chegada a hora de nos aventurarmos sozinhos na realização de uma

reportagem. Na parte de entrevista, tanto eu como ele já tínhamos alguma

experiência, mas a nível de captação de imagem nos faltava a prática que essa

tarefa requer. O Luís Pato, profissional da área dos audiovisuais, decidiu ajudar-nos

e numa formação sucinta mas esclarecedora mostrou-nos, praticamente, quais os

conceitos base sempre a ter em conta e quais os procedimentos de câmara

essenciais para a captação de imagens produtivas e tecnicamente bem executadas.

Após as explicações e demonstrações, eu e o José saímos para a rua de

câmara e tripé na mão para praticar o que nos fora ensinado, e posteriormente,

regressámos à ESEC TV para mostrarmos ao Luís o que tínhamos realizado. Como

era de esperar, muitas coisas correram mal, ninguém aprende à primeira e apesar

de estarmos com boas expectativas, pudemos comprovar no monitor de preview que

cometemos alguns erros de panorâmica, indicador de nível (bolha) e mesmo a nível

de enquadramento, foco e iluminação.

Após analisarmos e corrigirmos visualmente os erros passados saímos, mais

uma vez, para realizar alguns planos e aí conseguimos prestar mais atenção a

pormenores importantes em que tínhamos falhado anteriormente.

Eu sempre senti uma grande vontade de explorar a parte de captação de

imagem, e portanto dei bastante atenção a todos os pormenores que me foram

ensinados, apesar de saber que só mesmo com prática e experiência começarei a

ganhar um ritmo positivo e produtivo, mas deu para reafirmar o meu gosto pelas

câmaras e reter conhecimentos técnicos importantes.

29

Imagem 10

1. Sempre que se muda de local de filmagem deve-se efectuar o balanço de

brancos;

2. O foco deve ser aplicado no elemento mais afastado e de mais iluminação, no

caso de uma entrevista o foco efectua-se no ponto de maior brilho que é o

olhar do entrevistado (zoom in – foco – zoom out);

3. O olhar do entrevistado deve sempre estar ao nível da objectiva, evitando

planos picados (vista de cima para baixo) ou contra-picados (vista de baixo

para cima);

4. O entrevistador deve estar o mais próximo possível da câmara, normalmente

com um dos ombros debaixo do nariz da câmara evitando um plano perfilado;

5. Nunca filmar num local com pouca luz ou em contra-luz, devendo a

iluminação estar sempre de costas para o repórter de imagem;

6. Verificar sempre o indicador de nível no tripé (Bolha);

7. Após escolher o enquadramento necessário e efectuar o foco devemos

sempre trancar o tripé para que a câmara se mantenha estática, no caso de

uma panorâmica devemos apenas destravar o movimento que pretendemos

efectuar;

8. O zoom deve ser sempre feito com o mesmo compasso para evitar saltos.

Câmara de exterior - Sony 150p

30

Noiserv e Memória de Peixe

O mercado Quebra-Costas contou com a participação das bandas de música

Noiserv e Memória de Peixe, no Pátio do Castilho, para abrirem a sua edição de

Setembro.

Para a realização desta reportagem, eu fiquei responsável pelas entrevistas às

duas bandas e o José Bogalho pela imagem.

No local da reportagem aproveitámos o tempo de sound check das bandas

para tirar alguns planos de exterior para corte e na fase de concerto foi realizado o

integral. O José captou as imagens e eu fui propondo alguns enquadramentos que

achava interessantes.

Entrevista/ Imagem

Iluminação/Enquadramento/Som – A nossa primeira ideia era aproveitar os

planos de exterior para embelezar o ambiente de entrevista e posicionar

espacialmente o espectador para o local do concerto, questão que não foi possível

pela falta de iluminação natural e artificial do exterior e de um nível de som muito

elevado do trabalho de sound check.

Resolução: Gravação da entrevista em espaço interior – bom aproveitamento

técnico, mas falha a nível estético (enquadramento).

Entrevista/ Experiência

Noiserv – O decorrer da conversa com o David Santos levou-me a um

patamar diferente do que estava habituada. Deixei o discurso do entrevistado fluir e

levar-me às perguntas seguintes, ao invés de seguir rigidamente um alinhamento de

questões que tinha preparado.

Entrevista/Imprevisto/Aprendizagem

Memória de Peixe – A minha entrevista estava preparada para o elemento

principal do grupo, Miguel Nicolau, mas os três músicos que, naquela noite, iriam

subir ao palco como os Memória de Peixe, decidiram que seria mais interessante

todos falarem acerca do projecto. Isso dificultou-me um pouco o trabalho, pois tive

de reformular todas as questões na hora que os estava a entrevistar, mas acabou

por correr bem e consegui manter uma conversa coerente e focada.

31

Dia do Gil

A Escola Superior de Educação de Coimbra, em colaboração com a Fundação

do Gil, pôs em prática uma série de actividades para o Dia do Gil na região Centro

do País. Cedendo algumas das suas instalações para a formação de voluntários, as

actividades contavam com a “Hora do conto” e a “Hora da música” numa tentativa de

apoiar emocionalmente crianças hospitalizadas. Margarida Pinto Correia esteve na

ESEC para apresentar a Fundação do Gil.

O meu papel nesta peça foi a captação de imagem. Nesta peça não tive

grandes dificuldades nem senti grandes aprendizagens, a não ser a experiência que

se vai adquirindo ao longo de cada trabalho. Comecei por tirar uns planos da

conferência com a Margarida Pinto Correia, optando por captar imagens gerais dela

em conversa com o público, planos de pormenor para corte, panorâmicas dos

espectadores e ainda planos de reacção. A entrevista com a Margarida Correia ficou

ao encargo do Luís Pato e mais tarde voltei a filmar parte dos workshops, seguindo

o mesmo ritmo de planos. A única falha que aconteceu foi o meu esquecimento da

linha de áudio da câmara desligada, nos workshops, que resolvi repetindo as

filmagens numa outra altura e agora com som. Posteriormente filmei as entrevistas

com alguns dos voluntários e a entrevista com a Doutora Cristina Faria.

32

Produção de DVD´s

Como referi inicialmente, a ESEC TV também se encarrega da produção de

DVD´s e alguns desses trabalhos foram realizados por mim.

Foi pedido à ESEC TV que gravasse na íntegra uma avaliação de Língua

Gestual Portuguesa de três alunas e que, para uma posterior visualização, fosse

igualmente criado um DVD.

Não fui eu que realizei a captação de imagens, mas coube-me a mim uma

pequena edição em Final cut e posteriormente a produção do DVD. A minha

experiência com Final Cut foi muito reduzida neste período de estágio, pois a nível

de edição de peças fui optando pelo software Adobe Premiere, mas para a edição

necessária para este trabalho, os meus conhecimentos básicos chegavam e para

além disso, sabia que em caso de dificuldade qualquer um dos elementos

profissionais da ESEC TV me poderia ajudar.

A nível de trabalho de edição correu tudo sem problemas, mas na fase de

passar o projecto para DVD, o Pedro Cerejeiro foi quem me elucidou com os

conhecimentos necessários para usar o Compressor e o DVD Studio Pro, dois

programas que nunca tinha utilizado até então. Os meus conhecimentos em Adobe

Encore e a sua semelhança de funcionamento com os respectivos programas para o

Macintosh foram uma mais-valia para uma compreensão rápida. O processo foi

demorado, pois como as imagens ocupavam um espaço superior ao do DVD

tivemos de utilizar o Compressor bastantes vezes (Imagem 11), numa tentativa de

reduzir o tamanho do projecto, sem lhe retirar qualidade de imagem. Realizei um

menu no DVD Studio Pro (Imagem 12) e posteriormente consegui realizar o DVD.

Imagem 11 Imagem 12

DVD Studi Pro - área de trabalho (Criação de menu para DVD)

Pasta de arquivo – L.G.P. (Todos os projectos guardados após diversas utilizações do Software Compressor)

33

O meu segundo trabalho a este nível foi realizar um DVD com as imagens

que o Pedro Cerejeiro captou da apresentação que, o profissional Rui Pinto fizera da

nova Câmara HD. Fiz novamente uma simples edição em Final Cut, utilizei

igualmente o Compressor (Sequência de Imagens 13) e de seguida produzi um DVD

com o tutorial (Imagem 14).

Sequência de Imagens 13

Imagem 14

Como já tinha bases suficientes a nível da construção de um DVD num

Macintosh, o Pedro Cerejeiro encarregou-me seguidamente de passar para DVD

alguns dos programas da ESEC TV na RTP2, tendo de realizar um menu com a

indicação do número de programa e da sua data e ainda dividir por marcadores as

diferentes peças dos três programas que iriam constituir cada DVD (Sequência de

Imagens 15).

Sequência de Imagens 15

Final Cut Pro – área de trabalho (Exportação de ficheiro mov. usando o Compressor

Compressor – área de trabalho (Conversão dos ficheiros mov. para formato MPEG-2)

DVD Studio Pro – área de trabalho (Criar DVD final)

DVD Studio Pro – área de trabalho (Separação de peças por marcadores)

DVD Studio Pro – área de trabalho (Criação de menu para DVD)

34

ESEC: Recepção aos alunos 11/12

Para conhecer os objectivos e expectativas dos novos alunos da Escola

Superior de Educação de Coimbra, a Carina Esteves encarregou-me a mim e ao

José Bogalho da realização de uma peça que contasse com um leque variado de

entrevistas.

O meu papel neste trabalho foi a captação de imagens, e o José ficou

responsável pelas questões a formular aos alunos.

A nível técnico não senti grande dificuldade, tendo sempre em atenção as

noções base para uma correcta captação de imagens. Posicionamento

entrevistado/entrevistador intercalado, nivelamento de câmara (bolha), balanço de

brancos, foco, verificação de níveis de áudio, plano frontal entrevistado/ lente da

câmara e sensibilidade e diversidade a nível de planos gerais, médios e de

pormenor para um possível e concretizável trabalho de edição dinâmico.

Com o finalizar do nosso trabalho em campo restava o trabalho de edição, que

eu me ofereci para realizar.

Esta peça requeria uma edição simples e já usual (plano/entrevista/plano).

Comecei por cortar os excertos de imagens do clip original, que achei mais

adequados, como planos gerais dos alunos e planos de corte com elementos chave,

para pintar a narrativa e de seguida fiz a selecção dos excertos das entrevistas que

continham um conteúdo importante para a compreensão da peça (Imagem 16). Após

uma planificação não linear, mas cuidada para não permitir erros de raccord, realizei

a montagem das imagens usando mais que uma Time Line, escolhi um som

ambiente que se caracterizasse com o tipo de peça e estabeleci a concordância

entre som/imagem (narrativa) e som vivo/som ambiente (níveis de áudio) (Imagem

17).

Imagem 16 Imagem 17

Adobe Premiere CS3 – área de trabalho (Excertos de ficheiro AVI. na Time Line -

processo de renderização)

Adobe Premiere CS3 – área de trabalho (Edição de níveis de áudio – Som ambiente)

35

Antes de exportar a peça, mostrei o meu trabalho à Márcia Figueiredo e ao

Pedro Cerejeiro, que mais uma vez, me deram umas dicas para uma melhor leitura e

dinâmica do trabalho de edição. Para tal tive de realizar mais umas filmagens, com o

intuito de criar um início mais activo e atractivo, visto serem as primeiras imagens as

que cativam ou não os espectadores, as que os fazem continuar a “ler” história ou

parar por ali.

Os conselhos profissionais da Márcia e do Pedro ajudaram-me na construção

de um bom trabalho, que apesar do tema que abordava conseguiu manter o

dinamismo necessário.

36

Balanço final de Estágio Curricular na ESEC TV

Não foi a primeira escolha, mas sem dúvida a mais acertada.

A ESEC TV trouxe-me uma aprendizagem que certamente uma produtora de maior

dimensão não traria. Ali fui “obrigada” a trabalhar em diferentes plataformas e aplicar

os meus conhecimentos teóricos no mundo laboral dos audiovisuais. Foi a primeira

experiência profissional que tive e seguramente a que mais me preparou para o

mercado competitivo que se avizinha.

Não foram os três meses de produção de conteúdos que imaginei, durante os

primeiros tempos de estágio o meu papel na ESEC TV cingi-me a observar e

analisar o trabalho de profissionais ou mesmo de estagiários com um grau de

experiência e prática superior ao meu, chegando mesmo a ter períodos inactivos e

de “simples presença humana”. Ao longo dos dois primeiros meses apenas realizei

trabalhos esporádicos, não me permitindo um ritmo de empenho e experiência

gradual e quase cheguei a ficar desmotivada, mas até esse tempo de “ensinamentos

visuais” serviu para que o último mês fosse repleto de vivências, auto(conhecimento)

e aprendizagem.

Procurar ser mais e melhor, ter iniciativa e sentido crítico e empenhar-me numa

constante evolução foi a lição que mais me acompanhou neste percurso de estágio.

A ESEC TV proporcionou-me oportunidades de trabalho, apoiou-me nas

dificuldades encontradas e realizou-me a nível profissional mostrando-me sempre

que cada trabalho é uma nova descoberta, onde posso encontrar um novo erro, que

me apontará um novo método e do qual sairei com uma nova aprendizagem.

Sinto-me bastante orgulhosa por ter feito parte da equipa da ESEC TV, uma

produtora e um grupo de profissionais que apesar de todas as limitações opera um

trabalho fresco, inovador e de grande importância cultural.

37

Conclusão

“O mais importante na comunicação é escutar aquilo que não foi dito” (Peter

Drucker). “A imagem é uma representação mental, consciente ou não, formada a

partir de vivências, lembranças e percepções passadas”1.

No mundo audiovisual (re)produzir algo requer um pré - alinhamento e

representação mental que por si só já se altera da realidade, já que é um trabalho do

nosso inconsciente que funciona através lembranças, estereótipos e vivências

passadas. Filmar é contar uma história, transmitir emoções de momento e qualquer

distorção, paragem, movimento, ruído, ou silêncio pretende levar-nos a uma leitura

conotativa. Montar uma sequência de imagens predispõe a existência de uma

narrativa, uma narrativa é uma história, não o real.

Apesar de por vezes inconsciente, o nosso trabalho a nível de produção de

imagem televisiva nunca alcança a total realidade fidedigna e objectiva. É todo um

processo que desde a sua produção, até à sua pós-produção passa pelo olhar de

diferentes pessoas, com diferentes sensibilidades e diferentes experiências de vida,

que olham, cada um à sua maneira, para o mesmo objecto e que o interpretam,

igualmente cada um à sua maneira. Para além disso é importante, para a entidade

que a realiza, que a imagem televisiva seja consumida pelos espectadores, logo à

partida a visão que um profissional tenta dar à imagem que capta é a mesma que o

espectador anseia ver na imagem que chega até ele.

A imagem é mais forte que a palavra e o som, um complemento da imagem, o

que torna a televisão no mais poderoso meio de comunicação de massas, aquele

que une na sua linguagem o som e a imagem, aquele que é capaz de transportar o

receptor da mensagem para a própria mensagem.

A televisão é portanto, a imagem que ilude, a imagem que mostra ao

espectador aquilo que ele quer ver e que lhe sacia os desejos visuais, aquilo que o

prende à “história” e que o faz querer continuar a “lê-la”.

1 RABAÇÃ, Carlos Alberto. BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de Comunicação. Editora Campos. Rio de

Janeiro: 2001

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Glossário

A

Adobe Encore DVD – Aplicativo de criação de DVD de vídeo.

Adobe Photoshop – Aplicativo de edição de fotos digitais.

Adobe Premiere – Software de edição de vídeo profissional.

B

Brainstorming – Actividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa.

C

Chroma-key – Técnica de efeito visual que consiste em sobrepor uma imagem a

outra, através da anulação de uma cor padrão (na ESEC TV é a cor verde).

Ciclorama – Fundo pintado de cor clara, sobre o qual são projectadas tonalidades

de luz que possibilitam a criação de efeitos de céu, infinito, entre outros.

Contra-luz – Feixe de luz dirigido ao objecto e situado atrás dele.

Contra – plano – Plano calado do entrevistado enquanto olha o entrevistador que

lhe coloca a questão ou plano do jornalista numa atitude neutra e sem movimentos

de cabeça, ouvindo o entrevistado.

D

Décor – O mesmo que cenário.

DVCam – Formato digital utilizado no segmento profissional.

DVD Studio Pro – Software de criação de DVD para Macintosh.

E

Edição – Montagem de vídeo e som através de equipamentos electrónicos lineares

ou digitais. Juntam-se planos e sons de forma a construir uma história que

represente e torne o acontecimento compreensível perante o público.

Enquadramento – Campo visual da imagem seleccionado pelo operador de

câmara.

39

F

Final Cut – Software usado num Macintosh para edição de vídeo.

Foco – é um sistema que torna a imagem visualizada nítida no ponto no qual os

raios de luz convergem.

Frame – uma única imagem.

G

Grande Plano – É um plano de expressão, mostrando o rosto desde o peito.

I

Ilha de edição digital – Equipamento informático (computador) com programas de

edição de vídeo, imagem e som.

Imagem – É uma representação mental, consciente ou não.

M

Masters – Fitas originais gravadas a partir das quais é possível fazer cópias.

Mesa de luz - Funciona em activar ou desactivar luzes ou conjuntos, fumaça, cores,

movimento das lâmpadas e intensidade.

Mesa de som - Aparelho electrónico usado para combinar (ou "mixar") várias fontes

de som, de forma a somá-las em um único sinal de saída.

Mesa mistura de imagem - É um dispositivo usado para seleccionar entre vários

diferentes vídeo fontes e, em alguns casos mix (composto) fontes de vídeo em

conjunto e adicionar efeitos especiais.

Microphone de Lapela – transdutor que converte o som em sinais eléctricos, preso

na roupa por uma presilha.

Monitor de Preview – Monitor de pré-visualização.

Mosca – Ícone da entidade, que acompanha sempre o seu trabalho final

audiovisual.

Multi-câmara – Gravação utilizando mais que uma câmara, normalmente utilizado

para a diversificação de planos.

40

N

Nariz da câmara – Termo utilizado no meio audiovisual para identificar a parte

frontal da câmara, onde se localiza a lente.

Nível de áudio – Nível de som que normalmente varia entre os -12 e -6 decibéis.

O

Objectiva - é uma lente óptica ou conjunto de lentes usada em conjunto com um

corpo de câmara.

Online – é um mundo virtual onde a partilha de conhecimento e experiências

acontece a cada segundo e permite a todos os indivíduos ter acesso a informações

em primeira mão, actualizadas num curto espaço de tempo.

Oráculo – grafismo em que se insere a informação sobre o vivo.

P

Pintar – Acto de preencher/intercalar imagens sobre uma entrevista ou outro

formato.

Panorâmica – É um movimento efectuado de acordo com a nossa leitura,

normalmente da esquerda para a direita, apesar de se poder efectuar no sentido

contrário.

Plano de Corte – Permite a mudança de planos, locais e momentos.

Plano de pormenor – Plano muito fechado que mostra apenas parte de uma

pessoa ou de um objecto.

Plano de público – Plano geral do público.

Plano Geral – Mostra grande parte do cenário na qual aparece em posto pequeno.

Serve para localizar geograficamente o acontecimento e é usado para “respirar”.

Plano Médio – Caracteriza-se pela acção da parte superior do corpo humano. O

plano é cortado pela cintura e é considerado um plano intermédio entre a acção e a

expressão.

Plano Próximo – É cortado pouco abaixo das axilas e privilegia o que é transmitido

pela expressão facial.

Produção – Realização de qualquer produto de comunicação (…) no que diz

respeito aos seus aspectos técnicos, financeiros, administrativos e logísticos.

41

R

Régie – Cabina ou local para controlo técnico de uma emissão de televisão.

Reportagem – O elemento fundamental na reportagem é o contacto directo que o

jornalista tem com o acontecimento.

S

Software – Conjunto de programas, processos e regras e mesmo documentação

relativos ao funcionamento de um conjunto de tratamento de informação.

Stand by – Diz-se da matéria que fica pendente para publicação.

Teleponto – Equipamento que permite ao pivô ler um texto direccionando o seu

olhar para a câmara.

V

Vectorescópio – Mostra e avalia a saturação das cores presentes nas imagens e

equilíbrio de brancos.

Voz – off – Texto falado ou gravado por um locutor não visível.

W

White Balance – O balanço de brancos é a função que concede às imagens as

cores reais. Para tal, utilizando o filtro adequado à luz utilizada, enquadramos um

papel branco e accionamos o balanceamento de brancos para assim a câmara

assumir que aquele papel com aquela iluminação é branco e poder „equilibrar‟ todas

as restantes cores. Sempre que se altere a luz, é necessário repetir o processo.

Workshop – Reunião de grupo de trabalho interessado em determinado projecto ou

actividade para discussão e/ou apresentação prática.

Z

Zoom – Aproximação (zoom in) ou afastamento (zoom out) de determinado objecto.

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Bibliografia

CASCAIS, Fernando. Dicionário de Jornalismo. As palavras dos media. Atlas.

Lisboa/são Paulo: Outubro 2001.

RABAÇÃ, Carlos Alberto. BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de

Comunicação. Editora Campos. Rio de Janeiro: 2001

Textos de Apoio – Material de estudo cedido pela Professora Isabel Calado para a

cadeira de Representação e Culturas Visuais:

Wim Wenders, “Actual”. EXPRESSO. 24 Março 2007, pp.11-15 – texto

proferido na Conferência “Uma Alma para a Europa”, realizada em Novembro de

2006, em Berlim.

BAUDRILLARD, Jean - Au-delà du vrai et du faux, ou le malin génie de l‟image,

Cahiers Internationaux de Sociologie, vol. 82, Janvier-Juin 1987, Nouvelle Série,

Trente-Quatrième Année, p. 139-145.

Webgrafia

SIMÃO, João. FERNANDES, Nuno. Manual de jornalismo Televisivo.

Universidade de Trás – os – Montes e Alto Douro: 2007

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Anexos