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Programa Operacional Valorização do Território RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011 Programa Operacional Temático Valorização do Território Objetivo: Convergência Zona Elegível : Portugal Período de Programação: 20072013 Número de Programa: CCI 2007 PT 16 U PO 001 Relatório Anual de Execução 2011 Data de aprovação pela Comissão de Acompanhamento: 26 de Junho de 2012

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

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Programa Operacional Valorização do Território 

     

 

 

 

 

 

 

 

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011 

Programa Operacional Temático Valorização   do Território 

Objetivo: Convergência  Zona Elegível: Portugal  Período de Programação: 2007‐2013  Número de Programa: CCI 2007  PT 16 U PO 001  

 Relatório Anual de  Execução 2011  Data de  aprovação pela Comissão de  Acompanhamento: 26  de Junho de 2012  

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Relatório de Execução | 2011  

 

 

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

ÍNDICE GERAL 

 

Índice Geral.......................................................................................................................... .........3 

Índice de Quadros  ..........................................................................................................................6 

Índice de Tabelas ........................................................................................................................ ....8 

Índice de Figuras ............................................................................................................................9 

Índice de Gráficos ....................................................................................................................... .. 10 

Glossário de Siglas  ........................................................................................................................  11 

Anexos  ............................................................................................................................... ........ 14 

Sumário Executivo  ........................................................................................................................  15 

Programa  ...............................................................................................................................  15 

Quadro Legal de Governação, Gestão e  Controlo  ...........................................................................  18 

Alterações Decorrentes do contexto  socioeconómico.....................................................................  21 

Principais atividades e resultados obtidos em 2011  ........................................................................  22 

Introdução  ............................................................................................................................... ... 29 

1.  Apresentação do Programa Operacional..................................................................................  33 

Eixo I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade Sustentável................ 39 

Eixo II – Sistemas Ambientais e de  Prevenção, Gestão e Monitorização de  Riscos  ................................................. 40 

Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores  ................................................... 43 

Eixo IV – Redes  e Equipamentos  Estruturantes da Região Autónoma da Madeira .................................................. 44 

Eixo V – Infraestruturas e  Equipamentos para a Valorização Territorial e o  Desenvolvimento Urbano.......... 44 

Eixo VI – Assistência Técnica .......................................................................................................................................................... 45 

2.  Execução do Programa Operacional........................................................................................  52 

2.1  Realização e Análise dos  Progressos .......................................................................................................................... 52 

2.1.1 Realização física do Programa Operacional............................................................................  52 

2.1.2 Realização financeira do Programa Operacional  ........................................................................................................ 69 

2.1.3 Informação sobre  a repartição da utilização dos  fundos  ........................................................................................ 79 

2.1.4 Informação sobre  o apoio por grupos alvo................................................................................................................... 85 

2.1.5. Apoio restituído ou  reutilizado......................................................................................................................................... 88 

2.1.6. Análise qualitativa  ................................................................................................................................................................. 90 

2.2  Informação sobre a conformidade  com o direito da União.............................................................................. 94 

2.3  Problemas s ignifica tivos encontrados na  implementação do Programa Operacional e  Medidas 

Tomadas...............................................................................................................................................................................................103 

2.4  Mudanças no contexto da execução do Programa Operacional  ..................................................................117 

2.5  Alteração substancia l na aceção  do artigo  57º do Regulamento  (CE) nº 1083/2006...........................124 

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Relatório de Execução | 2011  

 

2.6  Complementaridade com  outros  instrumentos ou  iniciativas da União  Europeia ................................125 

2.6.1 Complementaridade com outros Programas .............................................................................................................125 

2.6.2 Instrumentos de Engenharia Financeira  ......................................................................................................................127 

2.7  Acompanhamento  e avaliação...................................................................................................................................131 

2.7.1. Acompanhamento ...............................................................................................................................................................131 

2.7.2 Avaliação...................................................................................................................................................................................154 

2.7.3. Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)  .......................................................................................................................157 

2.7.4 Controlo e  Auditoria.............................................................................................................................................................171 

3.  Execução por E ixo  Prioritário...............................................................................................  187 

3.1 Eixo Prioritá rio I – Rede e  Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade 

Sustentável (FC)  ................................................................................................................................................................................188 

3.1.1 Cumprimento de  metas e análise de progressos...................................................................  188 

3.1.2 Análise qualitativa ..........................................................................................................  190 

3.1.3. Problemas significa tivos encontrados na  implementação do Eixo Prioritá rio e  Medidas tomadas . 197 

3.2. Eixo Prioritário II – Sistemas Ambienta is e de Prevenção, Gestão  e Monitorização de  Riscos .................199 

3.2.1. Cumprimento  de Metas e análise de prog ressos  .................................................................  199 

3.1.2 Análise qualitativa ..........................................................................................................  202 

3.2.3 Problemas signif icativos encontrados  na implementação  do E ixo  Prioritário e medidas tomadas .. 222 

3.3 Eixo Prioritá rio III – Redes e  Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores ....................226 

3.3.1 Cumprimento de  Metas e análise de progressos  ..................................................................  226 

3.3.2 Análise qualitativa ..........................................................................................................  227 

3.3.3 Problemas signif icativos encontrados  na implementação  do E ixo  Prioritário e medidas tomadas .. 230 

3.4 Eixo Prioritá rio IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira ...................231 

3.4.1 Cumprimento de  Metas e análise de progressos  ..................................................................  231 

3.4.2 Análise qualitativa ..........................................................................................................  232 

3.4.3 Problemas signif icativos encontrados  na implementação  do E ixo  Prioritário e medidas tomadas .. 234 

3.5. Eixo Prioritário V ‐ Infraestruturas e  Equipamentos para a Valorização Territorial e o  Desenvolvimento 

Urbano  (FEDER) .................................................................................................................................................................................236 

3.5.1. Cumprimento  de Metas e análise de prog ressos  .................................................................  236 

3.5.2. Análise qualitativa  .........................................................................................................  238 

3.5.3 Problemas signif icativos encontrados  na implementação  do E ixo  Prioritário e medidas tomadas .. 254 

3.6. Eixo Prioritário VI – Assistência Técnica  (FEDER)  ........................................................................................................255 

3.6.1. Cumprimento  de Metas e análise de prog ressos  .................................................................  255 

3.6.2. Análise qualitativa  .........................................................................................................  255 

3.6.3. Problemas significa tivos encontrados na  implementação do Eixo Prioritá rio e  medidas tomadas  . 258 

4.  Grandes Projetos e  Projetos  Ambientais ................................................................................  260 

4.1 Grandes Projetos .......................................................................................................................................................................260 

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Relatório de Execução | 2011  

 

4.2 Projetos Ambientais com custo total  entre 25 e 50 milhões de  euros ................................................................268 

5.  Assistência Técnica ............................................................................................................  276 

6.  Informação e Divulgação ....................................................................................................  278 

7.  Conclusões e Previsões para 2012  ........................................................................................  301 

7.1 Conclusões de 2011  .................................................................................................................................................................301 

7.2 Previsões para 2012.................................................................................................................................................................314 

Anexos  ............................................................................................................................... ...... 316 

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

ÍNDICE DE QUADROS 

Quadro nº 1   Programação Financeira  inicial   34 

Quadro nº 2   Programação f inanceira em vigor  36 

Quadro nº 3   Variações na programação f inanceira do POVT decorrentes da reprogramação   36 

Quadro nº 4    Pedidos de Certif icação de  Despesa   75 

Quadro nº 5   Efeito da aplicação  do mecanismo de Top  Up    77 

Quadro nº 6   Situação de “Tesoura ria” do POVT   78 

Quadro nº 7   Apoio Comunitário por tipologia de  beneficiário   85 

Quadro nº 8   Apoio Comunitário por entidade  do sector empresarial do estado   87 

Quadro nº 9   Operações onde foram detetadas irregularidades   88 

Quadro nº 10   Programação e Aprovação, por Tema Prioritário Earmarking   93 

Quadro nº 11   Gap entre taxa de compromisso e  de execução   105 

Quadro nº 12    Quadro resumo dos financiamentos do  EQ‐BEI aprovados para projetos POVT  109 

Quadro nº 13   Custos de gestão do FDU  129 

Quadro nº 14   Fundos JESSICA a atribuir  130 

Quadro nº 15  Financiamentos  concedidos no  âmbito  do  EQ‐BEI aos projetos aprovados no POVT 

134 

Quadro nº 16   Prazos médios de análise de pedidos de pagamento   136 

Quadro nº 17  Procedimentos e medidas adotadas pela Autoridade de Gestão durante o ano de 2011 

139 

Quadro nº 18   Indicadores  de Monitorização das recomendações da AAE   170 

Quadro nº 19    Ações de verif icação no local realizadas em 2011   173 

Quadro nº 20    Operações auditadas pelo TCE (DAS 2010)  e Observações Preliminares   175 

Quadro nº 21     Auditoria aos Sistemas de Informação do  POVT Recomendações   179 

Quadro nº 22    Auditoria de  Sistemas no domínio da Contratação Pública    180 

Quadro nº 23       Auditoria de  Sistemas no domínio da Contratação Pública conclusões   181 

Quadro nº 24   Principais recomendações da auditoria da Estrutura de auditoria Segregada/IFDR  183 

Quadro nº 25   Despesa retirada pela Autoridade de Certif icação como medida preventiva   184 

Quadro nº 26   Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  I  191 

Quadro nº 27   Evolução na decisão dos Avisos do  Ciclo Urbano da Água   203 

Quadro nº 28  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  II ‐ Domínio de  intervenção do Ciclo  Urbano da Água 

203 

Quadro nº 29  Evolução nos montantes de fundo  comprometidos  e executados (2011/2010) no Ciclo  Urbano da Água 

204 

Quadro nº 30  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  II‐ Domínio de  intervenção da Proteção Costeira 

208 

Quadro nº 31  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  II‐ Domínio de  intervenção da Recuperação de Passivos Ambienta is 

210 

Quadro nº 32  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  II‐ Domínio de  intervenção da Prevenção e Gestão de Riscos  

213 

Quadro nº 33   Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  II‐ Domínio de  intervenção da valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

216 

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Relatório de Execução | 2011  

 

Quadro nº 34  Operações que  contribuíram para o avanço da execução  do domínio de intervenção  Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

217 

Quadro nº 35  Ponto  de situação dos Avisos dos  Eixos  II e V ‐ Domínio de  intervenção do Empreendimento de Fins Múltiplos de  Alqueva 

220 

Quadro nº 36  Ponto  de situação do Aviso do Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da  Região Autónoma dos  Açores  

227 

Quadro nº 37   Ponto  de situação do Eixo III a 31 de dezembro de  2011   228 

Quadro nº 38  Ponto  de situação do Aviso do Eixo IV – Redes e  Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira 

233 

Quadro nº 39  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  V‐ Domínio de intervenção  das Acções  inovadoras para o Desenvolvimento Urbano  

240 

Quadro nº 40  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  V‐ Domínio de intervenção  da Rede de Escolas com Ens ino Secundário  

242 

Quadro nº 41  Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  V‐ Domínio de intervenção  das Infraestruturas e Equipamentos Desportivos  

248 

Quadro nº 42  Ponto  de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio  de intervenção dos  Equipamentos Estruturantes para o Sis tema Urbano Nacional  

250 

Quadro nº 43  Ponto  de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio  de intervenção da Iniciativa JESSICA 

252 

Quadro nº 44  Ponto  de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio  de intervenção do  Empreendimento de Fins Múltiplos de  Alqueva 

253 

Quadro nº 45  Ponto  de situação do Aviso do Eixo V‐ Domínio  de intervenção da Requalif icação de Escolas do 2º e  3º ciclo  do  ensino básico  

253 

Quadro nº 46    Ponto  de situação dos Avisos do  Eixo  VI   256 

Quadro nº 47   Ponto  de situação do Eixo VI a 31 de dezembro de 2011   257 

Quadro nº 48   Ponto  de situação da  Decisão dos Grandes Projetos   261 

Quadro nº 49   Execução f inanceira dos  Grandes Projetos   267 

Quadro nº 50   Candidaturas aprovadas em 2011 – E ixo VI do  POVT  276 

Quadro nº 51   Avisos de Abertura publicados e suportes de  divulgação   280 

Quadro nº 52   Investimento realizado nas ações realizadas em 2011   288 

Quadro nº 53   Evolução dos  indicadores do  Plano  de Comunicação do POVT  300 

Quadro nº 54   Evolução anual da atividade  relativa à submissão e decisão de candidaturas   304 

Quadro nº 55   Evolução anual dos montantes  comprometidos por Fundo  e por Eixo    305 

Quadro nº 56    Peso dos Grandes  Projetos  no POVT a 31 de dezembro de 2011   307 

Quadro nº 57   Evolução anual dos montantes  executados por Fundo e  por Eixo   308 

Quadro nº 58   Fundo re lativo aos PPI apresentados anualmente à CE  310 

Quadro nº 59   Grau de  execução das previsões face aos  PPI apresentados à CE  311 

Quadro nº 60  Cumprimento  da Reg ra N+3 em  31/12/2011 de  acordo com Regulamento  nº 539/2010, de 16 de Junho   

313 

 

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

ÍNDICE DE TABELAS 

 

Tabela 2.1.  Realização Física   53 

Tabela 2.2.    Realização Financeira   74 

Tabela 2.3.    Repartição da contribuição  da União por Forma de Financiamento   79 

Tabela 2.4.    Repartição da contribuição  da União por Tipo  de Território   82 

Tabela 2.5.    Repartição da contribuição  da União por Atividade Económica   83 

Tabela 2.7.   Aprovações e execução por Área Temática dos Temas Prioritá rios (contribuição  da União)  

90 

Tabela 3.1.    Realização Física do Eixo Prioritário  1   188 

Tabela 3.2.    Realização Física do Eixo Prioritário  2   199 

Tabela 3.3.    Realização Física do Eixo Prioritário  3   226 

Tabela 3.4.    Realização Física do Eixo Prioritário  4   231 

Tabela 3.5.    Realização Física do Eixo Prioritário  5   236 

Tabela 3.6.    Realização Física do Eixo Prioritário  6   255 

    

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Relatório de Execução | 2011  

 

ÍNDICE DE FIGURAS 

 

Figura nº 1  Correspondência entre  a estrutura de Eixos Prioritários/Domínios de Intervenção antes e depois da reprogramação  

35 

Figura nº 2   Estrutura Orgânica da Autoridade de Gestão do POVT  47 

Figura nº 3   Site do POVT com  link para o Portal da Comissão para a Igualdade de  Género   98 

Figura nº 4   Quadro de  responsabilidades na monitorização ambiental estratégica   160 

Figura nº 5    Site do POVT com  exemplos de notícias publicadas online   279 

Figura nº 6   Site do POVT com  exemplos de avisos de abertura   281 

Figura nº 7    Lista de beneficiários  publicada no site do  POVT  282 

Figura nº 8   Trípticos produzidos para a Sessão Pública de Apresentação de Resultados  2010|2011 

285 

Figura nº 9   Participação do POVT na edição da Revista “Pontos de Vista”   287 

Figura nº 10   Página dedicada ao  POVT no webs ite do PROCONVERGENCIA AÇORES  291 

Figura nº 11    Página dedicada ao  POVT no webs ite do IDR e  link ao  site do POVT   292 

Figura nº 12   Página dedicada aos  projetos financiados pelo POVT na revista “Espaço Global”   294 

Figura nº 13  Suplemento QREN OJE, dedicado aos  “Equipamentos e  infraestruturas de valorização do  território”  

298 

Figura nº 14    Coleção de oito postais a lusivos ao Dia da Europa   299 

    

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Relatório de Execução | 2011  

 

10 

ÍNDICE DE GRÁFICOS  

Gráfico nº 1    Redução  do  esforço da contrapartida nacional     37 

Gráfico nº 2      Execução Financeira Anual do POVT, por Fundo Comunitário   69 

Gráfico nº 3      Evolução da Taxa de  Execução do  POVT  70 

Gráfico nº 4     Evolução do  número de  pedidos e pagamento apresentados ao  POVT  71 

Gráfico nº 5   Acréscimos trimestrais das taxas de  execução do  POVT (em pontos percentuais)   71 

Gráfico nº 6  Execução Anual do  POVT, por Fundo Comunitário  (com  execução acumulada a 2010 ajustada à estrutura que resultou da Reprogramação)  

72 

Gráfico nº 7      Programação, aprovação e execução do  POVT, por Eixo Prioritá rio   73 

Gráfico nº 8     Cumprimento  da Reg ra N+3   78 

Gráfico nº 9   Apoio Comunitário por NUT II  80 

Gráfico nº 10     Apoio Comunitário aprovado, por principais atividades Económicas   84 

Gráfico nº 11     Programação, aprovação e execução por Área  Temática   92 

Gráfico nº 12   Repartição do financiamento comunitário  aprovado, por beneficiário   257 

Gráfico nº 13  Repartição da tipologia de  despesas inerente aos encargos com  a Assistência Técnica  

258 

Gráfico nº 14   Evolução anual dos montantes  comprometidos por Fundo  e por Eixo    307 

Gráfico nº 15   Evolução anual dos montantes  executados por Fundo e  por Eixo   309 

Gráfico nº 16     Fundo re lativo aos PPI apresentados anualmente à CE    310 

  

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

11 

GLOSSÁRIO DE SIGLAS 

AAE   Avaliação Ambiental Estratégica  AdP   Águas de Portugal  

AdRA  Águas da Região de Aveiro   AG  Autoridade de Gestão  AIA  Avaliação de Impacte Ambiental   ANCP  Agência Nacional de Compras Públicas  ANMP  Associação Nacional de Municípios Portugueses   ANPC  Autoridade Nacional  de Proteção Civil  

APA  Agência Portuguesa do  Ambiente  ARH  Administração Regional Hidrográfica  BEI  Banco Europeu de Investimento  BPI  Banco Português de Investimentos  CA  Comissão de  Acompanhamento  CAR  Centros de Alto Rendimento  CCDR   Comissão de  Coordenação  e Desenvolvimento Regional  

CD   Comissão Diretiva CDDPP   Certif icado  e Decla ração de  Despesas e Pedido de Pagamento   CE  Comissão Europeia  CGD   Caixa Geral de Depósitos  CMC  Comissão Minis teria l de Coordenação  CPADA   Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente  CRIL  Circular Regional  Interna de Lisboa  

CRIPS  Circular Regional  Interna da Península de Setúbal  DEE  Documento de  Enquadramento  Estratégico  DFF  Decisão de Financiamento Favorável DG ENV    Direção Geral  do Ambiente  da Comissão Europeia  DG REGIO    Direção Geral  de Política Regional da Comissão  Europeia  DGEG  Direção‐Geral de Energia  e Geologia  

DGIE  Direção Geral  de Infraestruturas e Equipamentos  DGOTDU  Direção Geral  do ordenamento  do Território e  Desenvolvimento Urbano  DGT   Direção Geral  do Território  DGTF  Direção Geral  do Tesouro  e Finanças  DI  Domínio de Intervenção  DIA  Declaração de Impacto Ambiental    DRPFE  Direção Regional  de Planeamento  e dos  Fundos Estruturais  

EAS  Estrutura de  auditoria segregada EDIA   Empresa de Desenvolvimento e  Infra ‐Estruturas do  Alqueva, S. A EDM, SA  Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA  EE Pedrogão  Estação Elevatória do Pedrógão  EFMA  Empreendimento de Fins Múltiplos de  Alqueva EIIGMOPTC   Equipa Interdepartamental para a Igualdade do Género do MOPTC EMGFC  Estrutura de  Missão para a Gestão de Fundos Comunitários  

ENEAPAI  Estratégia Nacional para os Ef luentes Agropecuários  e Agroindustriais  EQ  Empréstimo  Quadro  

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Relatório de Execução | 2011  

 

12 

EQ‐BEI  Empréstimo  Quadro  do  Banco  Europeu de Investimento  ERSAR  Entidade Reguladora dos  Serviços de  Águas e Residuos  ETA  Estação de Tratamento de Água ETAR  Estação de Tratamento de Águas Residuais  FBCF  Formação Bruta de Capital Fixo  FCT  Faculdade de Ciências e Tecnologia  

FdC  Fundo de Coesão  FDU  Fundo de Desenvolvimento  Urbano  FEADER  Fundo Europeu  para o  Desenvolvimento Rural  FEDER  Fundo Europeu  de Desenvolvimento Regional  FSE  Fundo Social  Europeu  GAT  Grupo de Articulação Temática   GEE  Gases com efeito de  estufa  

GEPE  Gabinete de Estatística e  Planeamento da Educação  GP   Grande Projeto  IC  Itinerário Complementar ICN ‐ AAE  Indicador Comum  Nacional ‐  Avaliação Ambiental Estratégica  ICNB  Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade  ICN‐TRI  Indicador Comum  Nacional ‐  Trimestral  

IDR  Instituto de Desenvolvimento  Regional  IFDR  Instituto Financeiro  para o  Desenvolvimento Regional, I.P. IGF  Inspeção Geral  de Finanças  IGFSE  Instituto para a Gestão do Fundo Social  Europeu, I.P. IHRU  Instituto de Habitação  e Reabilitação Urbana  INAG  Instituto Nacional da Água, I.P. JESSICA  Joint European Support for Sustainable in  City Areas 

JHFP   Jessica Holding Fund  Portugal  LNEC  Laboratório  Nacional de Engenharia Civil  MAI  Ministério da Administração Interna  MEC  Ministério da Educação e Ciência  MEID  Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento  MOPTC  Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações    ND  Não disponível  

OI  Organismo Intermédio  PAL   Plano de  Ação de Valorização e  Proteção  do Litoral   PCIP   Prevenção e Controlo Integrados de Poluição  PEAASAR  Plano Estratégico  de Abastecimento  de Água e Saneamento de Águas Res iduais  PEGRA  Plano Estratégico  de Gestão de Resíduos da Região Autónoma dos Açores   PERSU II  Plano Estratégico  para os  Resíduos Sólidos Urbanos  

PGA   Plano Global  de Avaliação  PIB  Produto Interno  Bruto  PIDDAC   Programa de Investimentos e  Despesas de Desenvolvimento da Administração  Central  PO  Programa Operacional  POOC  Planos de Ordenamento da Orla Costeira  POPH   Programa Operacional do Potencial Humano  POR  Programa Operacional Regional  

POVT  Programa Operacional Valorização  do Território  

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Relatório de Execução | 2011  

 

13 

PPI  Pedido de Pagamento  Intermédio  PPP   Parceria Público‐Privada  PRODER  Programa de Desenvolvimento  Rural   QREN  Quadro de  Referência Estratégico Nacional  RAA  Região Autónoma dos  Açores  RAM  Região Autónoma da Madeira 

RCM  Resolução  de conselho de Ministros  RTE‐T  Redes Transeuropeias de Transportes  RUB  Resíduos  Urbanos Biodeg radáveis SAR  Sistema de Águas Residua is SEAEDR  Secretário  de Estado Adjunto  da Economia e  do Desenvolvimento  Regional   SFC 2007  Structural Funds Common Database 2007  SIPOVT  Sistema de Informação  do Programa Operaciona l Valorização do  Território  

SPPIAA  Sistema Público de  Parceria Integrado da Águas do Alentejo   SRC  Sistema Regional do Carvoeiro   SRU  Sociedade de Reabilitação Urbana SSA  Subsistema do Alqueva SSArdila  Subsistema do Ardila  ST  Secretariado  Técnico  

TC  Tribuna l de Contas  TCE  Tribuna l de constas Europeu  TdP   Turismo de Portugal  TMB  Tratamento Mecânico e Biológico  UAI  Unidade de Auditoria Interna  UAMC  Unidade de Avaliação, Monitorização  e Comunicação  

 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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ANEXOS 

 

Anexo I  Realização Física dos Indicadores Comuns Nacionais    

Anexo II Programação f inanceira, aprovações e execução  por Eixo Prioritá rio  até 31.12.11 (valores acumulados)  

 

Anexo III Aprovações e execução por Regulamento Específico até 31.12.11 (valores acumulados)  

 

Anexo IV  Aprovações e execução por NUTS III até 31.12.11 (valores acumulados)    

Anexo V   Aprovações e execução por Tema Prioritário (contribuição da  União)    

Anexo VI   Relatório de acompanhamento  dos Instrumentos de  Engenharia Financeira (Fundos de Participação)  

 

Anexo VII  Indicadores  de Monitorização Estratégica Ambiental e  de Sustentabilidade    

Anexo VIII Resumo Implementação Física ‐  Indicadores de  Eixo ‐ Anexo VI do Regulamento (CE) n.º 846/2009  

 

Anexo IX Resumo Implementação Física ‐  Indicadores Comuns  Comunitá rios ‐  Anexo VI do  Regulamento  (CE) n.º 846/2009  

 

Anexo X  Operações aprovadas por E ixo Prioritário até 31.12.11 (valores  acumulados)    

Anexo XI  Regulamentação Específica  / Calendário  de concursos por Eixo  Prioritário    

Anexo XII  Processo de seleção  por Eixo Prioritá rio até 31.12.11 (valores acumulados)    

Anexo XIII Tipologias de  intervenção e  principais beneficiá rios por Eixo  Prioritário/Domínio de Intervenção  

 

Anexo XIV  Legislação e outros atos normativos de 2011    

Anexo XV Complementaridade entre Projetos do POVT e PRODER no  âmbito  do  Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva 

 

Anexo XVI Árvore de  imputação  objetivos –  Áreas de Intervenção – Indicadores  (Avaliação Ambiental Estratégica)  

 

Anexo XIII Tipologias de  intervenção e  principais destinatários de  cada Eixo Prioritá rio/Domínio de Intervenção  

 

Anexo XVII Parecer da IGF quanto a eficácia do  funcionamento dos Sistemas de Gestão e Controlo  

 

 

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

15 

SUMÁRIO EXECUTIVO 

PROGRAMA 

O  POVT  é  um  instrumento  do  Quadro  de  Referência  Estratégico  Nacional  (QREN),  que  constitui  o  

enquadramento para a aplicação  da política  comunitá ria de coesão  económica  e social em  Portugal  no  período  

2007 – 2013, destinado à  prossecução das prioridades contidas  na Agenda da Valorização do  Território, com  

incidência em  todo  o território  do  Continente e das  Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira  (Fundo  de  

Coesão) e nas Regiões do objetivo  “Convergência” – Norte, Centro  e Alentejo (FEDER). 

O POVT foi aprovado pela Decisão da Comissão Europeia C (2007) 5110, de 12 de Outubro de 2007, com uma  

dotação global de fundos comunitários de 4.658 milhões de euros, dos quais 3.060 milhões de euros de Fundo  

de Coesão e  1.598 milhões de euros  de FEDER, tendo sido objeto das seguintes alterações:  

• Pela Decisão  da  Comissão  C  (2009)  10068,  de  9  de Dezembro,  foi  aprovada  a  correção  do   Plano  

Financeiro  do  Prog rama  para  incluir  o  financiamento  privado  como  elegível  em  seis  dos  dez  Eixos  

Prioritá rios,  situação  que,  embora  prevista  no  texto  do  Programa,  não  tinha  sido   quantificada  na  

Decisão inicial;  

• Pela Decisão  da  Comissão  C  (2011)  9334,  de  9  de Dezembro,  foi  aprovada  uma  reprogramação  de  

natureza técnica e financeira, promovida na sequência de alterações socioeconómicas significativas e 

visando  antecipar  previsíveis  dif iculdades  de  execução,  por  força  do  contexto  financeiro  nacional  e  

internaciona l  e  das  necessárias  medidas  de  restrição  orçamental  que  exigiam  uma  redução  da  

contrapartida nacional.   

 

A reprogramação do  POVT aprovada em 9‐Dez‐2011  teve os seguintes objetivos essenciais:   

• Promover uma melhoria das condições de execução  do POVT, em especial do Fundo de Coesão, tendo  

para o efe ito  sido  alargado  o  leque de  tipologias de  intervenção a f inancia r pelo FC, no  âmbito dos  

transportes, ambiente e  desenvolvimento sustentável,  libertando os  correspondentes montantes  de  

FEDER no POVT e nos  Prog ramas Operacionais Regionais; 

• Reduzir  o  esforço  com  a  contrapartida  nacional  necessária  ao  financiamento  das  intervenções  

previstas;  

• Reduzir em  316 milhões  de euros  a dotação  FEDER do POVT para  permitir  o reforço  de FSE para  o  

POPH;  

• Reforça r as verbas destinadas ao Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário face  

ao elevado nível de overbooking registado  no antigo E ixo IX do POVT;  

• Simplifica r a estrutura deste  Programa, que ficou reduzida a seis Eixos Prioritários;   

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Relatório de Execução | 2011  

 

16 

• Promover uma melhor estruturação da Agenda Temática Valorização do Território, com concentração  

no POVT de tipologias de  intervenção que anteriormente eram partilhadas com os POR (Ciclo Urbano  

da Água, Recuperação de  Passivos Ambientais e  Prevenção  e Gestão de  Riscos) e  concentração nos  

POR das  intervenções  de modernização  das escolas com ensino  básico, equipamentos desportivos e  

ações inovadoras para o  desenvolvimento urbano.  

Com esta reprog ramação, o Plano Financeiro do  POVT registou a lterações signif icativas, quer ao  nível do seu  

Financiamento Total, que registou um decréscimo de 1.521 milhões de euros (‐22,9%), em resultado do efeito  

conjugado  da  redução  da  Contrapartida Nacional  em  1.205 milhões  de  euros  (‐61,1%)  e  diminuição  de  316  

milhões de euros no  financiamento  comunitá rio  (‐6,8%), quer ao  nível da estrutura dos seus Eixos Prioritários. 

Apresenta‐se no quadro seguinte o resumo das variações da programação financeira do POVT decorrentes da  

reprog ramação aprovada em Dez‐2011:  

Com a Decisão da  Comissão  C (2011)  9334, de 9  de Dezembro, o Plano Financeiro do POVT passou a conta r 

com uma dotação global de fundos comunitários  de 4.343 milhões de euros, encontrando‐se estruturado nos  

seguintes moldes: 

1. O montante máximo  da  intervenção  do  FEDER  atribuído  ao  Programa  foi  fixado  em  1.283 milhões  de  

euros, encontrando‐se previsto nos Eixos Prioritários V e VI, sendo calculado com base na despesa total e  

numa taxa de co financiamento de 84,42% no caso do Eixo V e com base na despesa pública e numa taxa 

de co f inanciamento de 96,67%, no caso  do  Eixo  VI; 

 

2. O montante  máximo  da  intervenção do Fundo de  Coesão  atribuído ao  Programa manteve‐se em  3.060  

milhões de euros, calculado com  base numa taxa de co f inanciamento de 85%, a  incidir sobre a despesa  

pública, no caso do Eixo III e IV, e com base na despesa total, no  caso do Eixo I e II. 

O Eixo Prioritá rio I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade Sustentável, 

passou a concentrar todas as  intervenções do POVT em matéria de investimentos no  domínio  dos transportes  e  

do desenvolvimento sustentável, elegíveis ao Fundo de Coesão, tendo  incorporado todas as elegibilidades do  

unid: milhões  de euros

Antes  da reprogramação

Depois  da reprogramação

∆ Antes  da reprogramação

Depois  da  reprograma ção

∆ Antes  da  reprograma ção

Depois  da reprogramação

FEDER 1.599 1 .283 ‐316 660 226 ‐434 2.259 1 .509 ‐750

Fundo de Coesão 3.060 3 .060 0 1 .311 540 ‐771 4.371 3 .600 ‐771

Total 4.659 4 .343 ‐316 1 .971 766 ‐1.205 6.630 5 .109 ‐1.521

Financiamento Comunitá rio Contra pa rtida Nacional Financiamento  Total

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Relatório de Execução | 2011  

 

17 

anterior  Eixo  I  (Fundo  de  Coesão)  e  VII  (FEDER),  tendo  ainda  passado  a  integrar  nas  suas  tipologias  de  

intervenção  os sis temas ferroviários  ligeiros (metros).  

O  Eixo  Prioritário  II  –  Sistemas  Ambientais  e  de  Prevenção,  Gestão  e  monitorização  de  Riscos,  passou  a 

concentrar  todas  as  intervenções  do  POVT  em  matéria  de  investimentos  no  domínio  do  ambiente  e  

desenvolvimento  sustentável,  elegíveis  ao  Fundo  de  Coesão,  tendo   incorporado  todas  as  elegibilidades  do  

anterior  Eixo  II  ‐  Ciclo Urbano  da  Água  e  III  ‐  Prevenção  e Gestão  de  Riscos  (Fundo  de  Coesão)  e  ainda  do  

anterior  Eixo  VI  ‐  Empreendimento  de  Fins Múltiplos  de  A lqueva  e  VIII  –  Valorização  de  Resíduos  Sólidos  

Urbanos  (FEDER), tendo ainda passado  a  integrar nas suas tipologias de   intervenção as  que se  encontravam 

anteriormente previstas nos Prog ramas Operacionais Regiona is (FEDER), no âmbito do Ciclo Urbano da Água – 

sistemas  em  baixa  não  verticalizados,  da  Recuperação  de  Passivos  Ambientais,  da Otimização  da Gestão  de  

Resíduos  e da Prevenção e Gestão de  Riscos – ações  materiais. 

O  Eixo  III  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  na  Região  Autónoma  dos  Açores  passou  a  integrar  as  

intervenções  já  anteriormente  previstas  no  Eixo  IV,  tendo  registado  um  aumento  de  dotação  de  FC  de  40  

milhões  de  euros,  tendo   em  conta  as   grandes  intervenções  previstas  no  domínio  das  infra  estruturas  de  

valorização de resíduos sólidos  urbanos na Região Autónoma dos Açores. 

O  Eixo  IV  ‐  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  na  Região  Autónoma  da  Madeira  passou  a  integrar  as  

intervenções  já  anteriormente  previstas  no  Eixo  V,  às  quais  foi  acrescentada,  no   domínio  da  Prevenção   e  

Gestão de Riscos, as intervenções que  visam a correção torrencial das principa is ribeiras da ilha da madeira. 

O Eixo V – Infra estruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano, passou  

a  integrar as  intervenções  já anteriormente previstas no Eixo IX, bem como as operações aprovadas no âmbito  

do antigo Eixo VI ‐ Empreendimento  de Fins  Múltiplos de Alqueva que não  sejam elegíveis  ao Fundo de  Coesão.  

Deixaram  se  ser  elegíveis  no  âmbito  do  Eixo  V  as  intervenções  no  domínio.  Passou  a  estar  explicitamente  

presente no novo Eixo V a participação do POVT no  instrumento de engenharia financeira JESSICA. 

O Eixo VI – Assistência Técnica passou a  integrar as  intervenções  já anteriormente previstas no Eixo X, tendo a  

respetiva dotação e FEDER s ido reduz ida em 31  milhões de euros, por não se prever a sua necessidades. 

Por  último é  de salienta r neste ponto  a  relevância  que a  reprogramação  técnica do POVT teve na  estrutura  

deste Programa, nas atividades de gestão desenvolvidas em 2011 que se centraram muito nesta matéria, quer 

para efeitos  da sua preparação quer para efeitos da sua  implementação, designadamente no  que concerne à  

transição  de  operações  aprovadas  e  em  análise  dos  anteriores  para  os  novos  Eixos  e  a  subsequente  

reestruturação da  informação constante dos sistemas  internos de Informação e gestão e de articulação com a  

Autoridade de Certificação, adaptação dos Regulamentos Específ icos e contra tação com os beneficiários, para  

referir  apenas  os mais  significativos.  É  também  de  destacar  os  efeitos  já  significativos  que  a  reprogramação  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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aprovada em 9‐Dez‐2011 teve na execução financeira do POVT no final de 2011, essencialmente em resultado  

da transição interna das operações para os novos Eixos financiados por Fundo  de Coesão. 

QUADRO LEGAL DE  GOVERNAÇÃO, GESTÃO E CONTROLO 

As bases do  modelo de  governação  do  POVT não foram alteradas em  2011, encontrando‐se fixadas no  capítulo  

8  do  texto  do  Programa,  bem  como  na  Secção  II  e III  do Decreto‐Lei  n.º  312/2007,  de  17  de  Setembro,  na 

redação dada  pelo  Decreto‐Lei n.º 74/2008, de 22  de Abril, os quais  definem o  modelo de  governação do QREN 

e dos respetivos Programas Operacionais e estabelecem a estrutura orgânica re lativa ao exercício das funções  

de gestão, monitorização, auditoria e controlo, certificação, aconselhamento estratégico, acompanhamento e  

avaliação, nos termos de Regulamento  (CE) Nº 1083/2006  do Conselho, de 11  de Julho.  

≈ Manteve‐se  em  2011  o   órgão   de  direção   política  do  POVT,  que  é   a  Comissão Minis teria l  de  

Coordenação  do  Programa  (CMC), mas  foi  alterada  a  sua  composição,  de  acordo  com   a  nova  

estrutura orgânica do XIX Governo Constitucional, passando a  integ rar o Minis tro  da Economia e  

do  Emprego,  que  coordena,  o   Ministro  –  Adjunto  dos  Assuntos  Parlamentares,  a Ministra  da  

Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, o Minis tro  da Adminis tração  

Interna, o Minis tro  da Educação e Ciência  e o Secretário de  Estado da  Cultura. 

A  CMC  é  responsável  pelo  estabelecimento  das  orientações  específicas  sobre  a  gestão  do  Prog rama, 

designadamente a aprovação dos Regulamentos Específicos, a confirmação das decisões de financiamento das  

operações com Investimento Total superior aos  limites fixados em regulamento  interno da CMC, a aprovação  

do Plano de Avaliação do Programa e a apreciação  das propostas de revisão e de reprogramação do PO. 

No  ano  de  2011,  a  principal  atividade  deste Órgão  consistiu  no  estabelecimento  de  orientações  específicas,  

designadamente  para  efe itos  da  reprogramação  deste  Programa,  na  decisão  sobre   as  alterações  aos  

Regulamentos Específicos do Programa e ao Plano de Avaliação do Programa, e na confirmação de propostas  

de Decisão Favorável de Financiamento de operações, apresentadas pela Autoridade de Gestão.  

Consta  do  Anexo   XIV  (Legislação  e  outros  atos  normativos  de  2011)   a  síntese  dos  diplomas  e  normativos  

comunitários e nacionais com maior relevância no QREN e no POVT, bem como das deliberações da CMC e da 

Comissão Diretiva com maior destaque na atividade deste Programa em 2011.  

É de assinalar neste  ponto e ao nível da  legislação comunitária com  relevância para o POVT, as alterações ao  

Regulamento geral dos Fundos – Reg. (CE) n.º 1083/2006, que foram aprovadas em 2011 através do Reg. (EU) 

n.º 1310/2011, de 13 de Dezembro, que respeita às disposições em matéria de  declaração  de despesas e  de  

divulgação dos   ins trumentos  de ajuda  reembolsável e  de engenharia  financeira, assim  como  o  Regulamento  

(EU) n.º 1311/2011, de 13 de Dezembro, que  introduz iu a possibilidade de derrogação do artigo 53.º, n.º 2 e  

n.º 4, permitindo que  os pagamentos   intermédios e os  pagamentos do saldo fina l sejam aumentados em  10  

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pontos  percentua is acima da  taxa de  co  financiamento  aplicável a cada eixo prioritário, sem exceder os  100%, a  

aplicar  ao montante  das  despesas  elegíveis  inscritas  de  novo  em  cada  decla ração  de  despesas  certificada,  

apresentada durante o período em que o Estado Membro esteja em regime  de assistência financeira (a partir 

de 24‐Maio‐2011, no caso de Portugal) até 31‐Dez‐2013.  

A nível nacional é de salienta r o Despacho n.º 10353/2011, de 17 de Agosto, através do qual foram delegadas  

as  competências  do Ministro  da  Economia  e  do  Emprego  no  Secretá rio  de  Estado  Adjunto  da  Economia  e  

Desenvolvimento Regional, para efeitos de coordenação do QREN e do POVT. 

São  ainda  de  referir  as  alterações  a  certas  disposições  contidas  no  Regulamento  Geral  FEDER  e  Fundo  de  

Coesão que  foram aprovadas pela CMC do  QREN em  2011:  

• Alteração aos artigos  13.º e 19.º, aprovada em 21‐Jan‐2011, visando a s implif icação de procedimentos  

e a melhoria das condições de execução  das operações, no âmbito  da qual  deixou de ser exigida: a  

apresentação dos  documentos comprovativos da titula ridade do terreno  ou edif ício a  intervencionar  

à data de celebração do contrato de financiamento; podendo tais documentos bem como as  licenças  

necessárias à execução da operação ser apresentadas até à data de apresentação do primeiro pedido  

de pagamento ou, excecionalmente, até à entrega do relatório Final;  

• Alteração do artigo 30.º e  aditamento do artigo 36.º ao  Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão,  

aprovada pela CMC do  QREN em 21‐Dez‐2011, no âmbito  da qual foram introduz idas modificações no  

regime de recuperações e foram definidas as regras gerais de transição de operações decorrentes da  

aprovação pela Comissão Europeia da reprogramação do  QREN.  

Ao  nível  dos  Regulamentos  Específicos  do   POVT,  as  alterações  aprovadas  em  2011   tiveram  por  principais  

objetivos o aumento das taxas de comparticipação e  introdução do regime de majoração das mesmas a aplicar 

em 2011 em alguns domínios do POVT. 

Ao  nível  das  deliberações  da  Comissão  Diretiva  é  de  salientar  que  foram  aprovadas  diversas  deliberações  

destinadas à simplif icação de  procedimentos, designadamente em matéria de  reprogramações  e a que  aprovou  

o Plano de Acompanhamento no  local de operações aprovadas pelo POVT e respetiva metodologia, bem como  

a deliberação de  22‐Dez‐2011  que aprovou  a transição  interna de  operações dos anteriores para os novos Eixos  

Prioritá rios do POVT, para efeitos de  implementação da reprogramação do POVT aprovada em 9‐Dez‐2011. 

 

Foi realizada em 2011 uma reunião da Comissão de Acompanhamento  do POVT (em 22 de Junho) na qual foi  

apreciado  e  aprovado  o  Relatório  Anual  de  Execução  do  Programa  de  2010  e  os  progressos  realizados  para  

atingir  os objetivos do Programa. Foi ainda aprovada nesta  reunião a proposta de reprog ramação técnica do  

POVT. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Foi  ainda  objeto  de  aprovação  pela  Comissão  de  Acompanhamento,  através  de  procedimento  de  consulta  

escrita realizado  em 21‐Jul‐2011, a proposta de revisão dos  indicadores do  POVT. 

Foi  ainda  dado  conhecimento  à  Comissão  de  Acompanhamento  em  21‐Jan‐2012  o  resultado  final  da  

reprog ramação  técnica  do  POVT,  nos  termos  em  que  foi  aprovada  pela  Comissão  Europeia  constante  da  

Decisão de 9 ‐Dez‐2011. 

Não  se  verificaram  em  2011  quaisquer  alterações  na  estrutura  da  Autoridade  de  Gestão  (AG)  do  POVT, 

composta  pela  Comissão Diretiva  (CD)  e  pelo  Secretariado  Técnico  (ST),  definida  no  Anexo  III  da  RCM  n.º  

25/2008, de 13 de Fevereiro, alterada pela RCM n.º 74/2009, de 30 de Julho, que f ixou  o número máximo  de  

elementos  do secretariado Técnico  do  POVT em 72 elementos,  incluindo 7  Secretá rios Técnicos, 54  Técnicos  

Superiores,  8  Assistentes  Técnicos  e  3  Assistentes  Operacionais.  Verificou‐se  no  entanto  em  Fev‐2011  a 

nomeação do Vogal executivo  da Comissão Diretiva do POVT, Eng. Germano Faria Martins, como Presidente do  

Conselho  Executivo  da  Autoridade Metropolitana  de  Transportes  de  Lisboa,  pelo  que  cessou  o  exercício  de  

funções  como  Vogal  da  Comissão Diretiva  deste  Programa,  passando  este Órgão  a  contar  apenas  com  dois  

elementos (Presidente e Vogal executiva) o que  provocou uma grande sobrecarga na sua atividade, que é  de  

assinalar. 

Com  base  no  diagnóstico  realizado  às  alterações  organizacionais  necessá rias  ao  pleno  desenvolvimento  das  

atividades e competências que  cabem à AG do POVT, que incluem  a gestão deste Programa do  QREN e  a gestão  

setorial do Fundo de Coesão II – Transportes e Ambiente, a Comissão Diretiva do POVT apresentou ao Senhor 

Secretário  de  Estado  Adjunto  para  a  Economia  e Desenvolvimento  Regional  (SEAEDR),  na  sua  qualidade  de  

coordenador da Comissão Ministerial de Coordenação do POVT, a proposta de alteração da estrutura orgânica  

do POVT, visando a  integração no Secretariado Técnico  do  POVT dos  elementos que desempenham funções  na  

estrutura de gestão setorial do Fundo de Coesão II – Ambiente, através da alteração da RCM n.º 25/2008. Foi 

também proposta a nomeação dos Secretários Técnicos e orientações para a designação de chefias de equipa,  

de modo a estabilizar a estrutura organizativa do POVT, não tendo existido até ao momento qualquer decisão  

neste âmbito. 

Apesar  da  l imitação  da  sua  constituição   em  2011,  a  Comissão Diretiva  teve  uma  atividade  plena  no  ano  

transato,  tendo  realizado  um  elevado  número  de  reuniões,  das  quais  foi  lavrada  ata,  para  apreciação  dos  

assuntos que  cabem a este  órgão colegial, que abrangem todas as matérias mais relevantes para o POVT, desde  

as decisões de financiamento das candidaturas submetidas ao Prog rama, às decisões estratégias, à gestão de  

recursos humanos, aos sistemas de gestão  e organização, entre outros.  

Ao nível da articulação com os Organismos Intermédios, não foram  introduzidas alterações nas competências  

delegadas, tendo sido realizadas diversas reuniões de articulação para a preparação  da reprog ramação e para a  

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resolução   de  problemas  técnicos  e  difusão  de  orientações  a  adotar,  visando maior  ef icácia  e  eficiência  de  

gestão. 

 

ALTERAÇÕES DECORRENTES DO CONTEXTO SOCIOECONÓMICO 

O contexto de crise económica e financeira  internacional continuou a marcar o ano de 2011, conjugada com o  

processo de ajustamento da economia e das finanças públicas nacionais, confrontada com as ameaças de crise 

da  dívida  soberana  que   se  continuaram  a  sentir  no  âmbito mais  vasto  da União  Europeia  e   que  também  

afetaram Portugal. 

Neste contexto, os principa is indicadores de  clima económico, regrediram com uma desaceleração  do consumo  

privado  e  do  indicador  de   FBCF,  na  sequência  das medidas  de  consolidação  orçamental  que  foram  sendo  

adotadas desde 2010 e ao  longo de 2011 e  anunciadas para 2012. 

Dentro das medidas de carácter geral que foram definidas em 2011, com maior relevância para a atividade do  

ano transato e resultados alcançados pelo POVT, são de salientar as que resultaram da assinatura por parte do  

Estado Português do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica, no qual  

se definem as  condições gerais de  política  económica a  cumprir durante  o período de  assistência financeira,  

sendo  de  destacar  neste  âmbito  os  objetivos  de  política  orçamental  fixados,  nomeadamente  as metas  em  

termos de redução  do  défice  das Administrações Públicas, a redução do rácio  da dívida pública/PIB e a redução  

da despesa pública, objetivos estes  que vieram trazer acrescidas  dificuldades à  realização  dos  investimentos  

públicos aprovados e previstos no POVT, por dificuldades  na mobilização  da contrapartida nacional. 

Tendo  em  conta  o  contexto  geral  de  crise  económica  e  financeira  e  em  face  das  dificuldades  de  execução  

verificadas  ao  nível  de  diversos  Estados Membros  da União  Europeia  que  ficaram  em  2011  abrangidos  por 

intervenção  externa,  de  entre  os  quais  Portugal,  foi  aprovado  o  Regulamento  (EU)  n.º  1311/2011,  de  13  de 

Dezembro,  introduziu  no  Regulamento geral  dos fundos (Reg. (CE) n.º 1083/2006), no  que  respeita às  regras  

comuns de cálculo dos pagamentos  intermédios e do saldo final, ao prever que, em derrogação do artigo 53.º, 

n.º  2  e  n.º  4,  os  pagamentos  intermédios  e  os  pagamentos  do  saldo  f inal  são  aumentados  em  10  pontos  

percentuais acima  da taxa de co f inanciamento  aplicável a  cada eixo prioritário, sem exceder os 100%, a aplica r 

ao montante das  despesas elegíveis  inscritas de  novo  em cada  decla ração de  despesas certif icada, apresentada  

durante  o período em que o Estado Membro esteja em regime de assistência financeira (a partir  de 24‐Maio‐

2011, no caso de Portugal) até 31‐Dez‐2013.   

Por decisão da Comissão Europeia, datada de 22‐Dez‐2011, foi aprovada a aplicação  deste regime, designado  

por “TOP‐UP”, a diversos PO do QREN, entre os quais o  POVT, destinando‐se a dotação adicional de fundos a  

receber  naquele  período à criação  de condições mais  favoráveis à realização das operações, designadamente  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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através  da  concessão  de   regimes   de  adiantamentos  aos   beneficiários  e   de  majoração   de   taxas  de  co  

financiamento às operações.  

No ano de 2011 foi assim possível beneficiar de uma acréscimo significativo de fundos comunitá rios recebidos  

no âmbito do POVT (FEDER e Fundo de  Coesão) em  resultado  do  novo mecanismo de  “TOP‐UP”  o qual  teve  

também  um  efeito  positivo  no montantes  de  fundos  certif icados,  o  que  relevou  para  a  ultrapassagem  dos  

limites da regra “N+3”  tendo por isso um efe ito muito signif icativa na performance f inanceira deste  Programa.  

Também  com  o  objetivo  de  assegurar  fontes  de  financiamento  em  condições  bastante  favoráveis  para  a 

contrapartida  nacional  dos  projetos  aprovados  no  âmbito   do QREN,  foi   aprovada  pelo  Banco   Europeu  de  

Investimentos  (BEI)  uma  linha  de  financiamento,  designada  por  Empréstimo  – Quadro  do  BEI  (EQ‐BEI),  no  

montante  total de 1.500 milhões  de euros, da qual  foi posta em  prática em  2011 a  aplicação da  1.ª tranche, no  

montante  de 450 milhões  de euros, da qual  beneficiou  um número significativo de operações  do POVT, com  

um financiamento  global  aprovado de 130 milhões  de euros, dos  quais 79,7 milhões de euros  no  regime  de  

empréstimos  reembolsáveis e 50,3 milhões de  euros no âmbito  do PIDDAC. 

Foram ainda tomadas medidas para promover a aceleração da execução financeira das operações em curso no  

âmbito do QREN, sendo  de referir neste  âmbito as  iniciativas previstas no  2.º Memorando de Entendimento  

celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses em Fevereiro de 2011, o qual  

teve incidência  no  POVT ao nível  do  domínio  “Ciclo  Urbano  da Água”  do  Eixo  II, tendo s ido  decidida a  aplicação  

em  2011  da  taxa  de  co  financiamento  de  80%  às  operações  aprovadas  e  aprovar  de  responsabilidade  

municipal, bem como a  majoração dos pagamentos  (a 85%)  a executar até ao  fina l de  2011  neste âmbito  e  

ainda às operações de  responsabilidade das empresas do  grupo AdP.  

 

PRINCIPAIS ATIVIDADES E RESULTADOS OBTIDOS EM 2011  

O ano de 2011 foi muito  intenso ao nível das atividades  de gestão, visando priorita riamente  a aceleração  da  

execução financeira do Programa, em especial no que respeita ao Fundo de Coesão, bem como a conclusão da  

apreciação  das  candidaturas  com  vista  à  decisão  sobre  as mesmas  em  2011,  tendo  em  conta  que  ainda  se  

encontravam em análise no f inal de 2010 candidaturas  resultantes de Avisos de  abertura publicados  em 2009  e  

2010 nas diversas áreas de  intervenção do Programa, com maior  relevância para o domínio  “Ciclo Urbano da  

Água” e “Prevenção e  Gestão de Riscos” do Eixo Prioritário  II. 

A concretização de grande parte  destes objetivos fixados para 2011 foi conseguida, muito embora a um nível  

um pouco aquém  das metas  traçadas, uma vez que a  taxa de  execução financeira final  do  Prog rama não foi  

além dos 34,6%, quando se tinha f ixado  o objetivo de atingir os 37%.   

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Por outro  lado, o esforço  realizado pela Autoridade de Gestão e pelos Organismos Intermédios envolvidos em  

torno do objetivo de concluir em 2011 a apreciação das 199 candidaturas em análise que  transitaram do ano  

anterior,  saldou‐se  na  decisão  sobre  171  candida turas  de  financiamento,  das  quais  122  aprovadas  e  49  não 

aceites,  reprovadas  e  desistidas,  tendo  assim  ficado  por  decidir  no  final  de  2011,  42  candidaturas,  cuja  

conclusão do  processo de  análise e decisão trans itou  para 2012.  

O nível de compromisso de fundos com  operações aprovadas aumentou  bastante em  2011, quer pelo  efeito  

das candidaturas aprovadas, quer em  resultado do aumento das taxas de cofinanciamentos nos domínios em  

que tal  foi aprovado. Com efeito, o montante  global  de FC  comprometido com projetos aprovados em 2011  

ascendeu a 620 milhões de euros, sobretudo em resultado da aprovação em 2011 das candidaturas do “Ciclo  

Urbano  da  Água”  e  dos  Transportes  que  se  encontravam  em  análise.  É  ainda  de  referir  o montante  a  que  

ascendeu  em  2011  o  FEDER  comprometido  com  novos  projetos,  que  ascendeu  a  210 milhões  de  euros,  em 

resultado da aprovação de seis candidaturas das escolas com ensino secundário que tinham sido apresentadas  

no final  de 2010  e das candidaturas apresentadas em 2011 no  âmbito da Assistência Técnica. 

Verificou‐se  também  um  acréscimo  muito  significa tivo  na  celebração  de  contratos  de  financiamento  das  

operações  aprovadas,  tendo  s ido  ultrapassadas muitas  das  dificuldades  sentidas  em  anos  anteriores  nesta  

matéria e que se prendem com a falta de cumprimento dos requisitos fixados para a celebração dos contratos,  

nomeadamente ambientais, o  que é  particularmente  relevante  no  domínio  do  “Ciclo Urbano da Água”. Com  

efeito, durante o ano  de 2011 foram celebrados  137 novos contratos de f inanciamento, permanecendo no final  

de 2011 um  universo  de apenas 36 operações por contrata r. 

Durante  o ano de  2011  a abertura  do  Programa à apresentação  de candidaturas foi bastante  limitado, o  que  se  

deveu, em grande parte, ao contexto associado á  preparação e negociação da  reprogramação técnica, o que  

aconselhava a que  se aguardasse pela sua  aprovação antes da  preparação  das alterações  regulamentares e  das  

novas  aberturas.  Com  efeito,  durante  2011  apenas  foram  apresentadas  ao  POVT  um  total  de  14  novas  

candidaturas em domínios muito  limitados do Programa. 

O  avanço  da  implementação  do  POVT  em  2011,  no  que  à vertente  financeira  diz  respeito,  evidenciou  uma  

ligeira desaceleração  face ao crescimento  do ritmo de  execução que se tinha  verificado em 2011, tendo partido  

de uma taxa de execução de 20% registada no final de  2010 para 34,6% no fina l de 2011 – o que  representa um  

acréscimo de 14,6 pontos percentuais (contra um  crescimento de 14,9 p.p. no ano  anterior).   

Deve  ainda  referir‐se  que   a  reprogramação  do  POVT  diminuiu  em  316 milhões  de  euros  (exclusivamente  

FEDER), a dotação do Programa, alterando dessa forma a base de cálculo da taxa de execução do Programa no  

final de 2011, a qual, de acordo com  a programação financeira anterior do  POVT, se situaria nos 32%.  

Continuou também  a verificar‐se em 2011 uma s ignifica tiva assimetria entre os  níveis de  execução dos diversos  

Eixos e Fundos do POVT. A execução financeira acumulada do POVT em 31‐Dez‐2011, corresponde a um total  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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de  1.504 milhões  de  euros  de  fundo  comunitário,  repartindo‐se  entre  643 milhões  de  euros  de  Fundo  de  

Coesão  e  861 milhões  de  euros  de  FEDER,  a  que  correspondem  taxas  de  execução  financeira  de  21%  e  de  

67,2%,  respetivamente,  taxas  estas muito  díspares,  aspeto  que  ainda  se  torna mais  relevante  pelo  facto  do  

volume de Fundo de Coesão programado no  POVT ser muito superior ao volume de FEDER.   

Apesar de se manter a níveis muito baixos a taxa de execução  do  Fundo  de Coesão no final de  2011, a evolução  

verificada no ano foi positiva, embora a níveis  inferiores ao que seria desejável, uma vez que o volume de FC  

validado em 2011 (329  milhões de euros) duplicou o  de 2010 (152  milhões de euros). Este  progresso verificado  

em  2011  ficou  a  dever‐se  não  só  à  melhoria  da  dinâmica  de  execução  dos  projetos  já  f inanciados  

anteriormente   pelo  FC,  nomeadamente   ao  avanço  dos  projetos  do   domínio   “Ciclo  Urbano  da  Água”, mas  

também, em parte (140,3 milhões de euros) ao efeito da transição  interna de operações de FEDER para Fundo  

de Coesão que resultou da reprogramação aprovada em Dezembro de  2011.   

As dinâmicas de execução financeira dos diversos Eixos do POVT explicam as grandes diferenças entre Fundos  

que foram  referidas. Com efe ito, a  baixa  taxa de  execução  do Fundo  de  Coesão é  explicada essencialmente  

pelos seguintes aspetos:  

• O baixo nível de compromisso e  de realização  dos  projetos da  área dos transportes que se  encontram  

previstos  no  Eixo  I  (que  conta  com  uma  dotação  de  FC  de  1.200 milhões  de  euros),  estando  por  

executar  um montante próximo  dos 1.000 milhões de euros, dos quais 400 milhões aprovados e por  

executar e 600 milhões de euros por aprovar. Tendo em conta que este Eixo contempla um conjunto  

bem definido  de grandes   intervenções  prioritárias  no domínio ferroviário e  rodoviário, as principais  

medidas  adotadas  pelo  POVT  foi  dar  a  maior  celeridade  poss ível  à  apreciação  das  candidaturas  

submetidas e à  sua  ins trução como Grandes Projetos à  CE, bem como  à apreciação dos Pedidos de  

Pagamento.  Todavia  e  apesar  dos  avanços  verificados,  continuou  a  não  ser  registada  em  2011  

qualquer execução f inanceira das grandes  infra‐estruturas ferroviárias previstas no corredor Lisboa –  

Sines – Elvas, a não ser a que  resulta dos projetos de modernização de  troços  da l inha de mercadorias  

Sines – Elvas que terminam em Évora, verificando‐se a inda a ausência de definições cla ras sobre  as  

soluções  técnicas e o planeamento  da rea lização dos investimentos desta  linha que  estavam previstos  

até  Elvas.  A  AG  do  POVT  tem vindo  a  alertar  a  tutela  do  POVT  e  do QREN  para  a  necessidade  de  

ultrapassar esta situação, de forma ser possível concretiza r a absorção da totalidade do FC previsto no  

Eixo I; 

• No que respeita à área do ambiente e desenvolvimento sustentável, concentrada atualmente no Eixo  

II, com uma dotação  de  FC de  1.650 milhões de euros, o  volume de fundos  por executar ultrapassa os  

1.200 milhões  de  euros,  dos  quais  900 milhões  de  euros  aprovados  e  por  executar  e  cerca  de  300  

milhões  por  aprovar.  Neste  âmbito  as  medidas  mais  adequadas  são  as  que  visam  o  estímulo  à  

execução,  criando melhores  condições  aos  beneficiários  para  que  possam  concretizar  os  projetos  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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aprovados nomeadamente  o aumento  das taxas  de cof inanciamento  comunitá rio  para  que possam  

reduzir a  contrapartida  nacional, medidas estas que  no  domínio  do  Ciclo  Urbano  da Água  já foram  

postas em prática em 2011 e se prolongam para 2012. Neste âmbito é  também muito  relevante os  

financiamentos  do  EQ  –  BEI  que  já  se  encontram  aprovados  em  2011  e  no  início  de  2012,  todavia 

ainda sem grandes efeitos práticos ao  nível  da sua  mobilização, tendo em  conta que estão  ainda  a ser  

concluídos  os procedimentos  formais  de aprovação e de contratualização. A execução f inanceira do  

Eixo II é também  condicionada  pela complexidade  técnica e extensão  das  intervenção, assim  como  

pelos requisitos ambientais a assegura r previamente;  

• No caso dos  investimentos estruturantes nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, previstos  

nos Eixos III e IV é de assinalar a baixa taxa de aprovação na RAM, tendo em conta que ainda não se  

encontra aprovado nenhum dos Grandes Projetos previsto.  

No que  respeita ao FEDER, a situação é  inversa do FC, uma vez que  da dotação global de FEDER atualmente  

programada (1.282 milhões de euros), apenas estão por executa r 421 milhões de euros relativos a projetos  já  

aprovados,  em  resultado  essencialmente  do   elevado  nível  de  realização  dos  diversos  domínios   do  E ixo  V,  

designadamente do  que  respeita à “Modernização das Escolas com Ensino Secundário”. A reprogramação do  

POVT aprovada em 9‐Dez‐2011 ao  reforça r a dotação FEDER do  Eixo  Prioritário V em  415 milhões  de euros,  

veio colmata r o desequilíbrio f inanceiro  que se verificava anteriormente no Eixo IX. 

Mantêm‐se no Eixo V algumas operações anteriormente aprovadas no âmbito  do antigo Eixo VI (EFMA), com 

um  financiamento  comunitário  aprovado  de  92 milhões  de  euros  de  FEDER,  o  qual  deveria,  nos  termos  do  

texto  do  POVT aprovado  no  âmbito  da reprogramação técnica de  Dezembro de  2011, ter passado  para  o E ixo  II 

(Fundo  de  Coesão)  aguardando‐se  resposta  da  CE  a  um  pedido  de  cla rificação  das  elegibilidades  dos  

investimentos  do EFMA ao FC apresentado  no  início de 2012 e  que ainda não teve resposta. 

O  resultado  conjugado  das  dificuldades  referidas  ao  nível  da  execução  financeira  e  do  avanço  ao  nível  das  

aprovações,  traduziu‐se  no  aumento  do  gap  existente  entre  o  nível  de  compromissos  e  de  execução  do  

Programa, no que respeita ao Fundo de  Coesão, que passou de 30  pontos percentuais no  final  de 2010  para  

47,4  pontos  percentua is  no  final  desse  ano,  pelo  facto  do  aumento  da  taxa  de  compromisso  com  projetos  

aprovados, que no fina l do ano atingiu os 68,4%, ter suplantado o acréscimo ainda assim significativo da taxa  

de execução financeira, que  em 31 de dezembro de 2011 se cifrava em 21%.  

Já no que  respeita ao FEDER as  dificuldades  gerais de execução  que  caraterizaram o  ano de  2011 fizeram‐se  

sentir  de  forma  menos  intensa,  essencialmente  pelo  facto  das  candida turas  apresentadas  pelo  principal  

beneficiá rio (Parque Escolar, EPE) terem elevada maturidade e nível de realização física e financeira na fase da 

sua  aprovação,  o  que  propiciou  um  elevado  nível  de  execução  financeira  FEDER.  Apesar  desta  situação  

bastante pos itiva que  permitiu a  redução  do Gap entre o  nível de compromisso e  de execução do  FEDER em  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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10,7  p.p.  (passou  de  44  p.p.  para  33,3  p.p.),  foram  ainda  assim  visíveis,  em  especial  na  fase  final  do  ano,  

dificuldades  financeiras  acrescidas  da maioria  dos  beneficiários   do  FEDER,  o  que  se  traduziu   em múltiplos  

atrasos na realização dos projetos face ao  que estava aprovado na candidatura.  

Em face do  exposto, que traduz  uma dualidade  de  tendência  entre o  FEDER e  do  FdC, e tendo  em conta  que  se  

acentuou a inda mais em 2011 a  relevância deste último Fundo  no computo global  do POVT, pela redução  de  

316 milhões de  euros de  FEDER que foi definida  na reprogramação aprovada em dezembro  de 2011, a situação  

global  do  POVT  agravou‐se  no  que  respeita  a  este  aspeto,  terminando  o  ano  de  2011  com  um  gap  entre  o  

montante de fundos  comprometido e não executado de 43,2 p.p. (mais 8,2 p.p. do que no ano anterior) (Ver 

Quadro n.º 11).  

Tendo  em   conta  a  elevada  relevância  dos  compromissos  assumidos   e  baixa  expressão  gera l  da   execução  

financeira de um grande número de operações aprovadas, teve  início no segundo semestre  de 2011 a adoção  

de um conjunto de medidas que visaram a redução de compromissos assumidos que não tivessem perspetivas  

de execução, o que passou por uma análise casuística, a qual  incidiu especialmente sobre as operações que se  

encontravam em situação de  incumprimento, por se encontrarem aprovadas e contratadas há mais  de 6  meses  

e  sem  execução  ou  com muito  baixa  execução.  A  expressão  do  resultado  destas medidas  foi  relativamente  

baixa em 2011, uma vez que  os casos  de montante  mais signif icativo apenas foram concluídos já em  2012, já no  

âmbito da  RCM 33/2012, de  1 de Março, designada por “Operação Limpeza”. 

Apesar  das  dificuldades  referidas,  os  níveis  de  execução  do  POVT  continuaram  a  garantir  em  2011  o 

cumprimento  da Regra N+3, com elevada folga em ambos os Fundos. No caso do  Fundo  de Coesão a Regra N+3  

de 2011 foi  cumprida  com bastante folga, faltando no entanto um montante  significativo, na ordem dos 300  

milhões de euros para o cumprimento da regra em 2012. No caso do FEDER  já se encontrava cumprida em 31‐

Dez‐2011e com um ano de antecipação a  regra N+2 de 2012. 

Refletiu‐se ainda pos itivamente  em 2011  o acréscimo de  pagamentos  intermédios que  a Comissão Europeia  

efetuou a Portugal em resultado do aumento das taxas de cofinanciamento programadas que foi aprovado na  

reprog ramação e que teve reflexos em cada um dos Eixos do POVT (de 70% para 85% nos Eixos I a IV, de 70% 

para 84,42% no Eixo V e de  85% para 96,76% no caso  do Eixo VI), a que acresceu  a majoração  de 10  pontos  

percentuais rela tivos ao mecanismo de “TOP‐UP” ao POVT à despesa declarada por este Programa a partir de  

24‐Maio‐2011. Estes dois efeitos permitiram  o aumento  do volume de  fundos comunitários recebidos da  União  

Europeia  na  ordem  dos  238 milhões  de  euros,  o  que  foi muito  positivo  para  a  tesouraria  dos  fundos,  em  

especial do FEDER. 

É de referir que não foi possível  refletir em 2011 outros aspetos muito  importantes da reprogramação, tendo  

em  conta  que  a mesma  foi  aprovada  em momento muito  próximo  do  fina l  do  ano,  não  tendo  permitido  a  

transição  dos  projetos  dos POR para o  POVT, da qual se prevê resultar  um acréscimo de  Fundo  de Coesão a  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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comprometer  neste Programa na ordem dos 168 milhões de euros, nem a transição dos  projetos  das Escolas  

do Ensino Básico do POVT para os POR, não tendo permitido em 2011 a  libertação de 64 milhões de euros de  

FEDER.  Estes  efeitos  da  reprogramação,  bem  como   o  correspondente  aumento  da  execução  financeira  de  

Fundo de Coesão apenas vão ter reflexo no ano de 2012, à medida que forem concluídos os procedimentos de  

verificação prévios às transições e que se preveem concluir até ao  final  do mês  de Junho  de 2012.  

No domínio das transições das operações dos  POR para o  POVT, tem grande relevância a transição dos  projetos  

relativos ao  Metro do Porto, o que só  foi  poss ível concretizar em abril  de 2012,  incluindo  o Grande  Projeto  

relativo  à  “Extensão  da  Rede  do Metro  entre  o  Estádio  do Dragão  e  Venda Nova”  que  com  a  notificação  à  

Comissão Europeia permitirá a certif icação da despesa validada, o que terá grande relevância no cumprimento  

da regra N+3 no  que respeita ao Fundo de Coesão em 2012. 

É ainda de salientar que a situação da tesouraria dos fundos do POVT se manteve equilibrada em 2011, sendo  

superavitária quer no FEDER quer no Fundo de Coesão, uma vez que o total  de Pagamentos efetuado pela CE  

supera os pagamentos aos beneficiá rios  e aos Organismos Intermédios dos Açores  e da Madeira. 

É  relevante  assinala r  o   contributo  do  POVT  para  as  prioridades  da  União   Europeia  em  matéria  de  

competitividade e emprego, designada por earmarking, continuou a verifica r‐se em 2011 uma situação muito  

positiva,  uma  vez  que  o  volume  de  f inanciamento  comunitário  atribuído   a  operações  que   respeitam  a  

categorias re levantes para o  earmarking, representa cerca de 91,6% do fundo  já  comprometido, estando  em  

linha  com  o  peso  que  essas  categorias  assumem  atualmente  na  programação  do  POVT  (92,9%),  o  qual  foi  

bastante  reforçado  face  ao  previsto  na  programação  inicial  do  POVT,  onde  apresentavam  um  contributo  de  

82,8%. 

É  ainda  de  referir  neste  ponto  os  principais  aspetos  do   avanço  verificado  em  2011   na  implementação   da  

Iniciativa JESSICA em Portugal, tendo em  conta que o  POVT participa no  JESSICA Holding Fund  com  o montante  

de 30 milhões de euros de FEDER. Foi concluído em 2011 o processo de avaliação das propostas e de seleção  

das  entidades  gestoras  dos  Fundos  de  Desenvolvimento  Urbano,  bem  como  de  negociação  dos  Acordos  

Operacionais, os  quais  foram  assinados com o BEI no dia 11  de Outubro de  2011. Foi  selecionado  para a  gestão  

do Fundo a constituir no âmbito do  POVT, o consórcio constituído pela CGD/IHRU, o qual rea lizou  no final  de  

2011  algumas  ações  de  divulgação  nas  regiões  convergência  abrangidas,  prevendo‐se  para  2012  a  

implementação  de um  plano de ação  para a captação de projetos a financiar.  

Verificou‐se em 2011 um avanço muito positivo das novas funcionalidades do Sistema de Informação do POVT 

(SIPOVT),  quer  no  que  respeita  à  manutenção  evolutiva,  destinada  ao  desenvolvimento  de  novas  

funcionalidades, como é  o caso da  implementação  do  novo módulo de  “Gestão de  contratos” e  dos  regimes de  

majoração  de  taxas  decididos  em  2011,  assim  como  a  adaptação  de  todos  os módulos  e  funcionalidades  já  

existentes no SIPOVT às alterações na estrutura do Programa definidas no âmbito da reprogramação aprovada  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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em Dezembro  de  2011.  Foram  ainda  concluídos  em  2011  os  trabalhos  de  desenvolvimento  da  Plataforma  

analítica de extração de dados  (Business Intelligence) e  de gestão documental. 

Foram realizadas em 2011, um total de 13 ações de acompanhamento no  local a operações cof inanciadas pelo  

POVT, realizadas pela AG e Organismos Intermédios. Foi ainda decidido em 2011 realizar um número adicional  

de 100 ações de acompanhamento, no âmbito do Plano  de Acompanhamento de 2010 e de 2011, através de  

recursos externos tendo sido  lançado realizado parte significativa do concurso, tendo no entanto apenas sido  

possível no  início de 2012 celebrar no contratos e  iniciar os trabalhos, encontrando‐se atualmente em curso.  

 

    

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Relatório de Execução | 2011  

 

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 INTRODUÇÃO 

 

O Relatório Anual de Execução do Programa Operaciona l Temático Valorização do Território (POVT) relativo ao 

ano  de  2011,  apresenta‐se  em  conformidade  com  as  disposições  regulamentares  comunitárias  previstas  no  

artigo  67.º  do   Regulamento  (CE)  n.º   1083/2006,  de   11  de  Julho,  com  as  a lterações  introduzidas  pelo  

Regulamento (UE) n.º 1310/2011, de 13 de Dezembro, no que concerne à  informação  relativa aos prog ressos  

efetuados no financiamento e na execução dos  instrumentos de engenharia financeira, a qual consta do ponto  

2.6.2.  

Foi tido em conta na elaboração do  presente relatório o conteúdo previsto no Anexo VI do Regulamento (CE)  

n.º 846/2009, de 1 de Setembro, e no  Regulamento (EU)  n.º 832/2010, de 17  de Setembro, que alteraram  o  

Anexo XVIII do Regulamento (CE) n.º 1828/2006, de 8  de Dezembro.  

Foram ainda tidas em  conta as disposições nacionais aplicáveis, nomeadamente  o Decreto‐Lei  n.º 312/2007, de  

17 de Setembro, com a redação dada pelo Decreto‐Lei n.º 74/2008, de 22 de  Abril. 

Para além das  dispos ições  regulamenta res e  legais referidas, foram também  adotadas as  recomendações  da  

Comissão Europeia (CE), constantes da ca rta de  aceitação  do  Relatório  de Execução  referente a 2010, com a  

Ref.ª Ares 870687, de 10‐Ago‐2011, na qual a CE referiu que, tendo em vista melhorar a qualidade do relatório  

e  dar  conta  de  alguns  dos  principais  resultados  alcançados,  deveriam  ser  incluídos  em  futuros  relatórios  

exemplos significativos de  boas práticas de projetos financiados. Esta recomendação foi acolhida no  presente  

relatório,  constando  dos  vários  pontos  do  Capítulo  3,  exemplos  de  boas  práticas  adotadas  em  projetos  

realizados com o  apoio  dos fundos  comunitá rios atribuídos no  âmbito  do  POVT. 

O  objetivo  essencial  do  presente  Relatório  é  o  de  assegurar  o  exercício  de  prestação  de  contas  re lativo  ao  

exercício  de  2011,  refletindo  de  forma  clara  e  fidedigna,  os  aspetos  mais  relevantes  da  execução  e  dos  

resultados  do  Programa Operacional  (PO)  no  ano  em  referência.  Para  o  efeito,  descrevem‐se  as  principais  

atividades desenvolvidas em 2011 no âmbito da gestão do Prog rama e os avanços verificados na execução do  

POVT nesse ano, em respeito pelo princípio da transparência assumido no Plano de  Comunicação  do Programa.  

A  estrutura  e  o  conteúdo  do  presente  Relatório  estão  em  linha  com  as  orientações  recebidas  da  Comissão  

Técnica de Coordenação do QREN e obedecem às disposições contidas na Norma emitida pelo IFDR relativa às 

orientações  a  observar  na  sua  elaboração.  Foi  ainda  dada  continuidade  à  adoção  da  metodologia  de  

abordagem comum que foi definida aquando da elaboração do Rela tório de 2009 pelo Observatório do QREN 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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para  as  questões  relativas  à  Avaliação  Ambiental  Estratégica  (AAE),  constando  do  ponto  2.7.3.  as  principais  

conclusões sobre esta matéria.  

A estrutura, conteúdo analítico  e cará ter qualitativo do Relatório de  2011 seguem muito de perto o que  já tinha  

adotado  para  a  elaboração  do  relatório  do  ano  anterior,  com  as  adaptações  e  os  desenvolvimentos  que  

resulta ram das alterações regulamentares e da recomendação da Comissão Europeias  já referidas, assim como 

das exigências específ icas que decorrem  da reprogramação técnica deste Programa aprovada pela Decisão da  

Comissão Europeia C (2011) 9334, de 9‐Dez‐2011, em resultado da qual a estrutura de Eixos do POVT registou  

significativas  alterações,  as  quais  se  encontram  devidamente  explicitadas  no  presente  re latório,  de modo  a  

permitir  uma  comparação  com  os  resultados  do  ano  anterior  e  identif icar  em  que  medida  as  alterações  

verificadas neste Programa em 2011, no que respeita a cada um dos Eixos Prioritários e Fundos, resultaram da  

atividade normal deste Programa e das que resulta ram dos efe itos da referida reprogramação. 

Destaca‐se no presente  Relatório o conteúdo do  Capítulo 2. – Execução do Programa Operacional, do qual faz  

parte a referência aos principais avanços concretizados em 2011 ao nível dos  indicadores de execução f ísica e  

financeira, sendo de salientar o apuramento efetuado dos Indicadores de Realização Executada (ponto 2.1.1.), 

o que  permite uma  maior perceção do avanço  verificado na concretização das metas previstas  neste Prog rama. 

Esta  Capitulo  integra  ainda  a  informação  relativa  à  conformidade  com  o  dire ito  da União,  assim  como  os  

problemas mais significa tivos encontrados na  implementação  do Programa e medidas tomadas, as mudanças  

verificadas no  contexto  da execução do PO e a  complementa ridade  com  outros  instrumentos financeiros ou  

Programas.  

À  semelhança  do  ano  anterior,  foi  adotado  um  ponto  específico  (2.7.4.)  para  concentração  da  informação  

relativa  às  ações  de  auditoria  e  controlo  realizadas  em  2011  por  esta  Autoridade  de Gestão  e  pelas  demais 

Autoridades nacionais e comunitárias e seus principais  resultados.  

No Capítulo 3  – Execução por E ixo  Prioritário é apresentada a  informação relativa à execução  física, financeira e  

qualitativa por Eixos Prioritá rios, bem  como  dos  principais problemas encontrados na  implementação do E ixo  e  

medidas adotadas para os resolver. Em cada  um dos Eixos é  feita  uma referência aos efe itos  da reprogramação  

técnica deste PO aprovada em dezembro de 2011 e são apresentados exemplos de  boas práticas ao nível das  

operações apoiadas por este Programa. 

A  elaboração  do  presente  Relatório  envolveu  todo  o  Secretariado  Técnico  do  POVT,  com  a  coordenação  da  

Unidade de Avaliação, Monitorização  e Comunicação (UAMC). 

O Relatório Anual de Execução  de 2011 foi aprovado pela Comissão Diretiva em 24  de maio  de 2012, teve a  

apreciação favorável da CMC deste Prog rama, através de um procedimento de consulta escrita desencadeado  

no dia 28 de maio e concluído a 4 de  junho  de 2012, e foi submetido à Comissão de Acompanhamento, para  

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Relatório de Execução | 2011  

 

31 

apreciação  na  sua  7.ª  Reunião,  realizada  em  26  de  junho  de  2012,  após  o  que  será  enviado  ao  IFDR  para  

encaminhamento à Comissão Europeia.  

Neste  ponto  introdutório  é  de  expressar  um  voto  de  agradecimento  a  todas  as  Autoridades  Comunitárias  e  

Nacionais  que,  ao  longo  de  2011  colaboraram  de  forma  tão  positiva  e  intensa  com  o   POVT,  o  que muito  

contribuiu para o  cumprimento dos objetivos que nortearam a atividade da Autoridade de Gestão (AG) deste  

Programa,  bem  como  para  a  elaboração  do  presente  Relatório,  designadamente  aos  serviços  da  Comissão  

Europeia, pela  sua estre ita colaboração e apoio na resolução  das questões colocadas. 

Com  efeito,  é  de  destacar  o  relevante  apoio  dado  a  esta  AG  pelas  Autoridades  Nacionais  de  coordenação,  

certif icação e  auditoria do QREN, pelo seu  importante  contributo para os objetivos e  metas alcançados por este  

Programa em 2011.  

É  de  salientar  e  agradecer  a  colaboração  do  IFDR,  na  sua  qualidade  de  Autoridade  de  Certificação  FEDER  e  

Fundo de  Coesão, pela estreita  colaboração  em matérias muito  relevantes  para a  atividade  de gestão  do  POVT, 

designadamente a monitorização  operaciona l e financeira, a emissão de  orientações  técnicas, a  instrução  de  

Grandes Projetos para notificação à Comissão Europeia, a apresentação de Pedidos de Pagamento Intermédio  

à Comissão Europeia, o apoio  dado à definição  de procedimentos que permitiram operacionalizar a aplicação  

em  Portugal  da  Iniciativa  JESSICA  e  a  realização  dos  pagamentos  aos  beneficiários  do  Programa.  Esta 

colaboração  teve  ainda  em   2011  aspetos  particularmente  relevantes,  no   que   respeita  à  coordenação   das  

atividades  relativas  à  preparação  e  negociação  da  reprog ramação  técnica  do QREN  e  à  sua  implementação, 

bem como  no que respeita à  implementação do Empréstimo  – Quadro do  BEI (EQ – BEI). 

É  também  de  sublinhar  e  agradecer  à  Autoridade  de  Auditoria  –  Inspeção  Geral  de  Finanças  (IGF)  o 

acompanhamento   e  as  recomendações  que  nos  têm   transmitido,  o   que  tem  contribuído   de  forma muito  

significativa e positiva para o aperfeiçoamento  dos procedimentos adotados. 

É  ainda  de  salientar  e  agradecer  a  colaboração  do Observatório  do QREN  em matérias  gerais  no  âmbito  da  

monitorização,  avaliação  e  comunicação  e  em  matérias  específicas  que  tiveram  em  2011  uma  particula r 

relevância, no que  respeita à coordenação das atividades rela tivas à preparação  da reprogramação do QREN,  

incluindo o exercício de screening (processo de verif icação  independente) relativo à necessidade de sujeitar as  

alterações dos Programas Operacionais a uma nova Avaliação Ambiental Estratégica. 

Nesta ocasião, aproveitamos para agradecer a colaboração  dos Órgãos  de governação  política  do POVT e do  

QREN  pelo  apoio  dado  à  execução  do  Programa,  designadamente  ao  Ministro  Coordenador  da  Comissão  

Ministerial  de  Coordenação  (CMC)  do QREN  e  do  POVT  –  Secretário  de  Estado  Adjunto  da  Economia  e  do  

Desenvolvimento Regional  (SEAEDR) e  aos membros da CMC deste Prog rama, Ministro‐Adjunto  e dos Assuntos  

Parlamentares,  Minis tro  da  Administração  Interna,  Ministra  da  Agricultura,  do  Mar,  do   Ambiente   e  do  

Ordenamento do Território, Ministro da Educação e Ciência e Secretário de Estado da Cultura, bem como aos  

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Relatório de Execução | 2011  

 

32 

membros  dos  respetivos  Gabinetes  que,  de   forma   muito  positiva,  ajudaram  esta   AG  na   definição   das  

orientações estratégicas a adotar.  

Por  último, é ainda de agradecer a  todos os  colaboradores  do POVT,  incluindo  os seus Secretários Técnicos,  

Técnicos e demais elementos do Secretariado Técnico, bem como aos responsáveis e técnicos dos Organismos  

Intermédios  do  POVT,  pelo  seu  enorme  esforço  e  dedicação  colocados  ao  serviço  deste  Prog rama,  os  quais 

foram determinantes  para o  cumprimento  dos  objetivos e  resultados  alcançados pelo  POVT em 2011, pelos  

quais a Comissão Diretiva expressa o seu voto de agradecimento  e de reconhecimento.  

 

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

33 

1. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL  

 

O Programa Operaciona l Valorização  do Território (POVT) é o  instrumento  temático do Quadro de  Referência  

Estratégico Nacional 2007‐2013 (QREN), no âmbito da Agenda para a Valorização do Território, cujos objetivos  

estratégicos  essenciais  estão  focados  na  superação  dos  défices  estruturais  que  têm  condicionado  o  

desenvolvimento sustentável, visando essencialmente:  

≈ O reforço da conectividade  territorial, da mobilidade e da  acessibilidade, à escala Nacional, Ibérica  

e da União Europeia;  

≈ A  proteção  e  valorização  do  ambiente  e  do  património  natural,  bem  como  a  qualificação  dos  

serviços ambientais; 

≈ O reforço da prevenção, gestão e monitorização  de riscos  naturais e tecnológicos;  

≈ A promoção do desenvolvimento  urbano policêntrico, o reforço da articulação das cidades  com as  

respetivas áreas envolventes e  a qualificação  dos espaços urbanos –  Política de Cidades;  

≈ Consolidação  de  redes,  infraestruturas  e  equipamentos  relevantes  para  a  estruturação  do  

território  nacional, ao serviço  da competitividade e  da coesão.  

 

A dotação global  inicial de fundos comunitários do POVT ascendia a 4.658 milhões de euros (3.060 milhões de  

euros do Fundo de Coesão e 1.599  milhões de  euros de  FEDER – Fundo Europeu do Desenvolvimento  Regiona l)  

associada a uma  comparticipação  nacional de  1.971 milhões  de euros,  o que permitia uma a lavancagem do  

investimento  total  de  6.629 milhões  de  euros,  a  realizar  em  todas  as  regiões  do  país  (no  caso  do  Fundo  de 

Coesão) e nas regiões convergência (no caso  do  FEDER), no período que vai até ao f inal de 2015.  

O POVT foi aprovado pela Decisão da Comissão Europeia C (2007) 5110, de 12 de Outubro de 2007, tendo sido  

oficialmente formalizada a sua assinatura pela Comissão Europeia (CE) e pelo Governo Português no dia 17 de  

Outubro de 2007. Através da Decisão C (2009) 10068, de 9 de Dezembro, foi aprovada a alteração do Plano de  

Financiamento do Programa, que passou a prever a despesa elegível de natureza privada no Eixos I, II, III, VII e 

VIII.  

De acordo com as referidas Decisões, o Programa, na sua configuração  inicial, estava organizado em dez Eixos  

Prioritá rios, cujas dotações financeiras (FEDER e Fundo de Coesão) se  indicam seguidamente: 

 

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Relatório de Execução | 2011  

 

34 

Quadro nº 1‐ Programação Financeira inicia l 

                           (Unidade: milhaes de euros)  

Eixos Fundo 

Comunitário 

Financiamento Total 

(Milhares euros) 

Dotação Fundo  

Dotação (%) associada a cada 

Eixo 

I – Redes e Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional  

Fundo de Coesão  

2.218.523  1.552.965  33% 

II – Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento 

Fundo de Coesão  

1.147.143  803.000  17% 

III – Prevenção, Gestão e Monitoriza ção de Riscos Naturais e Tecnológicos  

Fundo de Coesão   762.857  534.000  11% 

IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores  

Fundo de Coesão  

100.000  70.000  2% 

V  ‐ Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira 

Fundo de Coesão  

142.857  100.000  2% 

VI – Investimentos Estruturantes do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva  

FEDER  392.857  275.000  6% 

VII – Infraestruturas para a Conectividade Regional  FEDER  385.714  270.000  6% 

VIII – Infraestruturas Nacionais para a Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

FEDER  221.429  155.000  3% 

IX – Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional   FEDER  1.141.429  799.000  17% 

X – Assistência Técni ca  FEDER  117.151  99.579  2% 

TOTAL Fundo Coesão   4.371.380  3.059.965  66% 

TOTAL FEDER  2.258.580  1.598.579  34% 

TOTAL   6.629.960   4.658.544   100% 

 

Através da Decisão C(2011)9334, de 9 de Dezembro  de 2011, foi aprovada a reprogramação técnica do POVT, 

mediante  a  qual  este  Programa  passou  a  estar  organizado  em  seis  eixos  prioritá rios  e  apresenta  uma  nova 

programação f inanceira, conforme f igura e quadro seguintes: 

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Relatório de Execução | 2011  

 

35 

Figura nº 1 –  Correspondência entre a estrutura de Eixos Prioritários/Domínios de  Intervenção antes  e depois  

da reprogramação 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estrutura de Eixos anterior à Reprogramação Estrutura de Eixos após Reprogramação

Eixo III  ‐ Prevenção,  Gestão e Monitorização de Riscos Naturais  e Tecnológicos

Cic lo Urbano da Água

Combate à Erosão e Defesa Coste ira Protecção  Costeira

Recuperação do Pass ivo Amb iental Recuperação de Passivos  Ambientais

Prevenção  e Gestão de Riscos Prevenção e Gestão de Riscos

Valorização de Resíduos Sól id os Urbanos

Eixo V  ‐ Redes  e Equip amentos  Estruturan tes da Região Autónoma da Madeira

Eixo III  ‐ Redes  e Equipamentos  Estruturantes da Re gião Autónoma dos  Açores (FC)

Eixo VI  ‐ Investimentos Estru tu rantes  do Empreendimen to  de Fins  Mú ltiplos  de Alqueva

Eixo  IV  ‐ Redes  e Equipamentos  Estruturantes da Re gião Autónoma da Madeira (FC )

Eixo VII  ‐ Infra‐estruturas para a Cone ctividade TerritorialEixo V  ‐ Infra‐estruturas e Equip amentos para a Valorização 

Territorial  e o Desen volvimento Urbano (FEDER)

Eixo VIII ‐ Infra‐estruturas Nacionais para a Valorização de Re síduos Sól idos Urbanos

Acções  Inovadoras para o Desenvolvime nto Urbano

Eixo IX ‐ Desenvolvimento do Sistema Urbano  Nacional

Acçõ es Inovado ras  para o Desenvolvimento Urbano Infra‐estruturas e Equ ipamentos Desportivos

Requal i ficação da Re de de Escolas com Ensino Secundário Redes de  Equipamentos Estrutu rantes  do Sis tema Urbano Nacional

Infra‐estruturas  e Equipamentos  Desportivos Iniciativa  Jessica

Redes  de Equipamen to s Estruturantes do Sistema Urbano Nacional Empreend imento de Fins Mú ltiplos  do Alqueva (FEDER)

Requali ficação da Rede de Escolas  do 2º  e 3º cic lo do Ensino Básico Requal ificação da Rede de Escolas do 2º  e 3º  ciclo do Ens ino Bás ico

Inic iativa Jessica

Eixo X ‐ Ass istê ncia Técnica Exo VI  ‐ Assistência Técnica (FEDER)

Legenda :

Eixos /  Domínio s Fundo de  Coesão

Eixos / Domínios FEDER

Alteração provisória, até  trans ição para PO Regionais

Empreendimen to de Fin s Múltiplos do Alqueva (FC)

Eixo IV  ‐ Redes e Equipamentos Estru turantes  da Região Autónoma dos Açore s

Requali ficação da Rede de Escolas com Ensino Secundário

Eixo I  ‐ Redes e Equipame ntos Estruturantes Nacionais de Transportes

Eixo II ‐ Re de Estruturante de Abastecimento de Água e Sane amento

Eixo  I ‐ Redes e Equ ipamentos Estruturantes  Nacionais de Transportes e Mobil idade  Su stentáve l (FC)

Eixo II ‐ Sistemas  Ambientais  e de Prevenção , Gestão e Monitorização de Riscos  (FC)

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Relatório de Execução | 2011  

 

36 

 

Quadro nº 2 ‐ Programação financeira em vigor  

              (Unidade: euros)  

Eixo  Designação do Eixo Prioritário  Fundo 

Comunitário Financiamento Comunitário 

Contrapartida nacional  

Financiamento total 

I Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais de Transportes e Mobilidade Sustentável 

Fundo de Coesão  

1.199.965.525   211.764.706   1.411.730.231  

II Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos  

Fundo de Coesão  

1.650.000.000   291.176.470   1.941.176.470  

III Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores 

Fundo de Coesão  

110.000.000   19.411.765  129.411.765  

IV  Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira 

Fundo de Coesão  

100.000.000   17.647.059  117.647.059  

V  Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano 

FEDER  1.214.000.000   224.118.025   1.438.118.025  

VI  Assistência Técnica  FEDER  68.578.698  2.293.740  70.872.438 

 Total Fundo de Coesã o  

 3.059.965.525   540.000.000   3.599. 965.525  

 Total FEDER 

 1.282.578.698   226.411.765   1. 508. 990.463  

 TOTAL GLOBAL  

 4.342.544.223   766.411.765   5.108.955.988  

 

Esta reprog ramação do POVT configurou‐se como uma revisão programática de natureza técnica e financeira,  

promovida  na  sequência  de  alterações  socioeconómicas  significativas  e  visando  antecipar  previsíveis  

dificuldades de execução, por força do contexto financeiro do país, nomeadamente as restrições orçamentais,  

permitindo  uma redução substancial do esforço da contrapartida nacional. Incluiu ainda uma redução de 316  

milhões de  euros na dotação FEDER do Programa, que serviram  de contrapartida ao reforço  do Fundo Social  

Europeu  (FSE) do Programa Operacional Potencial Humano.  

Apresentam‐se  no  quadro  e  gráfico  seguintes  as  principa is  variações  na  Programação  Financeira  do  POVT, 

decorrentes da referida reprogramação:  

Quadro nº 3 – Variações na programação financeira do POVT decorrentes da  reprogramação 

unid: milhões de euros

Antes da  reprogramação

Depois da reprogramação

∆ Antes da reprogramação

Depois da  reprogramação

∆ Antes da reprogramação

Depois da  reprogramação

FEDER 1.599 1.283 ‐316 660 226 ‐434 2.259 1.509 ‐750

Fundo  de Coesão 3.060 3.060 0 1.311 540 ‐771 4.371 3.600 ‐771

Total 4.659 4.343 ‐316 1.971 766 ‐1.205 6.630 5.109 ‐1.521

Financ iamento Comunitá rio Contrapa rtida Nacional Financiamento Tota l

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Relatório de Execução | 2011  

 

37 

 

Gráfico nº 1  ‐ Redução do esforço da  contrapartida nacional ‐ 1.205 milhões de euros (‐61%)  

 

 

Apresentam‐se seguidamente, de forma sucinta e esquemática, as principais  linhas de orientação e alterações  

introduzidas no âmbito  da referida  reprogramação:  

  

Alargar o âmbito das elegibilidades do Fundo de Coesão no POVT para: 

≈ Projetos  já  anteriormente  previstos  no  POVT  (FEDER)  enquadráveis  no  âmbito  das  Redes  

Transeuropeias  de  Transportes  (Itinerários  Principais  do  Plano  rodoviário  nacional;  ferrovias;  

Infraestruturas portuárias;  

≈ Projetos  já  anteriormente  previstos  no  POVT  (FEDER)  no  âmbito  dos  sistemas  ambientais  

(tratamento de resíduos sólidos urbanos); 

≈ Projetos  no   domínio  do  Ciclo  Urbano  da  Água  re lativos  à  vertente  em  baixa  de  sistemas  não  

verticalizados  (anteriormente nos Programas Operacionais Regionais  (POR));  

≈ Ações materiais  relativas à prevenção e  gestão de  riscos naturais e  tecnológicos (anteriormente  

POR); 

≈ Projetos no Domínio  dos Sis temas Ferroviários Urbanos (Metros)  (anteriormente POR); 

≈ Projetos  já  anteriormente  previstos  no  POVT  (FEDER)  no  domínio  do  Empreendimento  de  Fins  

Múltiplos de Alqueva); 

0

500

1.000

1.500

2.000Milhões de

 euros Recursos Nacionais

Públicos e Privados

Antes da reprogramação

Após a reprogramação

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Relatório de Execução | 2011  

 

38 

≈ Alargamento das  intervenções que visem a preservação e gestão de riscos no território, prevendo  

as  ações  de  controlo  e  risco  contra  cheias  no  Continente  e  as  operações  que  visam  a  correção  

torrencial  das principais reservas da Madeira;  

≈ Ações  relativas  à  gestão  de  resíduos  e melhoria  do  comportamento  ambiental,  reabilitação  de  

locais contaminados e zonas extrativas, otimização  da gestão de resíduos (anteriormente POR)  

Concentrar nos PO Regionais os  investimentos  relativos a:  

≈ Escolas  até  ao  3º  ciclo  (incluindo  requalif icação  da  rede  de  escolas  do  2º  e  3º  Ciclo  do  Ensino  

Básico);  

≈ Equipamentos desportivos (novas operações); 

≈ Ações inovadoras para o  desenvolvimento urbano  (novas operações);   

 

Como principais vantagens da referida reprogramação técnica do POVT e do  QREN, são de  referir as seguintes:  

≈ Nova “arrumação” do QREN com concentração  no POVT e nos POR de tipologias de  intervenção  

da Agenda Temática Valorização do Território que  anteriormente eram partilhadas; 

≈ Operações que  trans itam dos POR para o  POVT (Fundo de  Coesão)  libertam f inanciamentos FEDER 

que podem ser alocados a  outras áreas de  intervenção – cerca de 180,8 Milhões de Euros;  

≈ Otimização da  utilização do Fundo de  Coesão, passando a ser elegíveis no âmbito  deste Fundo,  

intervenções nas áreas dos  transportes e  sistemas ambientais que anteriormente eram elegíveis  

no FEDER; 

≈ Aumento da taxa média  de cofinanciamento  programada para 85%; 

≈ Maior  abrangência  na   elegibilidade   territorial  das   intervenções  decorrentes  do  seu  

enquadramento no Fundo  de Coesão passando a  incluir as regiões de  Lisboa e Algarve, as quais  

anteriormente  só  eram elegíveis nas  regiões Objetivo  Convergência – Norte, Centro  e Alentejo,  

nomeadamente:  

≈ Sistemas Ferroviários Urbanos (Metros);  

≈ Ciclo  Urbano da Água – vertente em baixa em sis temas não verticalizados; 

≈ Passivos Ambientais  (ações  corretivas, preventivas e de  requalificação ou  regeneração  de áreas  

degradadas e/ou contaminadas, consideradas prioritárias a nível regional  ou  local);  

≈ Prevenção e Gestão  de Riscos‐ ações materiais (equipamento da  rede  de centros municipais de  

proteção civil e respetivos sis temas de gestão);  

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Relatório de Execução | 2011  

 

39 

≈ Otimização da gestão de resíduos (redes de recolha seletiva, otimização das unidades de triagem  

existentes, unidades de valorização energética do biogás de aterros);  

 

Os  objetivos  gerais  e   específ icos  de  cada   um  dos  Eixos  e   Domínios   de  Intervenção  do  POVT,  após   a  

Reprogramação do POVT aprovada em 9 de Dezembro de  2011, são os seguintes:  

 

Eixo  I  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  Nacionais  de  Transportes  e  Mobilidade  

Sustentável 

O reforço da competitividade e  da conectividade  do  território, à escala  Nacional, Ibérica e  Europeia, através do  

desenvolvimento de projetos estruturantes no domínio dos transportes que contribuam para “inserir Portugal  

nas redes transeuropeias de transportes, nas diferentes escalas nacional,  ibérica e contribuir para o reforço da  

mobilidade sustentável, são os objetivos prioritários deste  Eixo.   

O  reforço  da  conectividade  internacional  do  país  e  da  integração  de  Portugal  na  Rede  Transeuropeia  de  

Transportes (RTE) será prosseguido  através de  um conjunto  de operações  estruturantes, visando alcançar  os  

seguintes objetivos específicos: 

≈ Reforça r a rede ferroviária, nomeadamente através da ligação ferroviária ao  porto  de Sines, tendo  

em vista o aumento da sua atratividade como Porta de entrada na Península Ibérica, alargando o  

seu hinterland até Madrid e articulando com outras  ligações aos portos de Lisboa e Setúbal. Esta  

ligação poderá ainda promover a  redução dos  custos operacionais de  transporte, a potenciação  

de  ganhos  ambientais  por  criação  de  uma  alternativa  de  transporte  sustentável  e  o  reforço  da  

conectividade externa do território;  

≈  Concluir  a  malha  rodoviária  na  área  metropolitana  de  Lisboa  de  itinerários  principais  e  

complementares  (fecho   das  Circulares  Regiona is  Internas  de   Lisboa  ‐  CRIL  e   da  Península  de  

Setúbal  ‐  CRIPS),  enquanto  elementos  essenciais  para  garantir  a  coerência  da  rede  rodoviária  

metropolitana e a conectividade da região capital às redes de  ligação internacional; 

≈ Concluir  os  Itinerários  Principais  do  Plano  Rodoviário  Nacional,  visando  o  aumento  da  

competitividade e  atratividade do interior do território; 

≈ Reorganizar  e  reforça r  o  sistema  marítimo  –  portuário  e  sua  articulação  com  as  cadeias  de  

transportes e  logísticas; 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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≈ Foi ainda  integrado neste Eixo as  intervenções no  domínio dos transportes que não façam parte  

da  RTE, mas  se  inscrevam  em  domínios  relativos  ao  desenvolvimento  sustentável,  incluindo  os  

Transportes  ferroviários  e  marítimos,  bem  como  o  transporte  urbano  limpo,  visando  a  

consolidação dos sistemas  de transportes ferroviários  urbanos, melhorando  a acessibilidade  e  o  

descongestionamento  das cidades e das suas periferias. 

 

 

Eixo II – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos  

Este  Eixo  Prioritário  passou  a  integrar  todos  os  domínios  de  intervenção  na  área  do  ambiente  e  do  

desenvolvimento  sustentável,  com  impacte  ao  nível  da  qualificação  do  território  e  das  cidades,  abrangendo  

intervenções no  território do continente.  

Neste contexto, estão previstos  os seguintes Domínios  de Intervenção: 

≈ Ciclo  Urbano da Água 

≈ Proteção Costeira  

≈ Recuperação de Passivos Ambientais  

≈ Prevenção e Gestão de  Riscos  

≈ Empreendimento de Fins Múltiplos de  Alqueva 

≈ Valorização de  Resíduos Sólidos Urbanos  

 

Ciclo Urbano da Água  

Este Domínio de  Intervenção  visa alcançar os seguintes objetivos:  

≈ Reduzir  as  assimetrias  regionais  no  respeitante  aos  níveis  de  atendimento  das  populações  com  

estes serviços básicos  

≈ Servir a população  de Portugal Continental  com  sistemas públicos de abastecimento  de água, com  

fiabilidade, quantidade e qualidade, e de sistemas públicos de drenagem e tratamento  de águas  

residuais urbanas, promovendo os valores ambientais e a saúde pública no cumprimento  integra l  

do normativo nacional  e comunitário  aplicável 

 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Proteção Costeira  

Este Domínio de  Intervenção  visa alcançar os seguintes objetivos:  

≈ Assegurar a proteção  do  território  para acolher de forma sustentável as atividades  produtivas e  

garantir a diversidade da paisagem e dos recursos naturais  

≈ Assegurar a sustentabilidade e a manutenção equilibrada da  linha de costa, a médio e  longo  prazo  

≈ Integrar no planeamento  territorial as questões  do  risco associadas às dinâmicas da  zona costeira,  

a médio e  longo prazo; identificar as áreas de risco  para salvaguarda de  pessoas e bens  

≈ Planear a defesa sustentável das zonas de risco, minimizando os conflitos decorrentes do avanço  

das águas 

≈ Aumentar o  grau de  proteção  contra o  risco  

≈ Melhorar  os  conhecimentos  sobre  acidentes  natura is  e  tecnológicos  nas  zonas  costeiras  e  

prevenir os riscos associados às alterações  climáticas  

 

Recuperação dos Pass ivos Ambientais  

Este Domínio de  Intervenção  visa alcançar os seguintes objetivos:  

≈ Promover a “valorização do território e das cidades” do  ponto de vista orçamental e económico,  

nomeadamente  ao  garantir  ganhos  ambientais  face  à  diminuição  dos  riscos  e  ao  contribuir 

positivamente para a manutenção da biodiversidade e  proporcionando melhores condições para  

o uso futuro do solo  

≈ Contribuir  para a reabilitação  de áreas degradadas afetas à  indústria extra tiva e de sítios e solos  

contaminados prioritários, onde não se ja viável a aplicação do  princípio do  poluidor pagador e  a  

vulnerabilidade  do  solo,  aquíferos  e  ecossistemas,  ponham  em  risco  a  saúde  humana  e  o meio 

ambiente  

 

Prevenção e Gestão de Riscos  

Este Domínio de  Intervenção  visa alcançar os seguintes objetivos:  

≈ Contribuir  para superar  os constrangimentos estruturais  de âmbito territorial, no  que  respeita  à  

prevenção e mitigação de  riscos naturais e  tecnológicos  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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≈ Avaliar  e  prevenir  os  fatores  e  as  situações  de  risco,  e  desenvolver  dispositivos  e medidas  de  

minimização dos respetivos efe itos  

≈ Modernizar  as  infraestruturas,  equipamentos  e  melhorar  qualificação  prof issional  das  

organizações e dos agentes de proteção  civil  

≈ Assegurar  uma  ação  sistemática  de  prevenção  e  gestão  de  riscos,  numa  perspetiva  de  

desenvolvimento  sustentável,  e  de  aumento  da  resiliência,  mediante  o  desenvolvimento  dos  

meios e capacidades ao nível nacional, regional e  local  

≈ Melhorar  as  condições,  meios  e  recursos  necessários  para  o  tratamento  centralizado  e  

permanente dos dados e  informação re levante para a  identificação, avaliação, prevenção, alerta,  

gestão  e  correção  das  diversas  situações  de   vulnerabilidade  e   riscos,  nomeadamente   no   que  

respeita aos  riscos de cheias, seca ou  fogos florestais  

≈  Cria r  as  condições  para  a  programação  e   planeamento  centralizado  e  integrado  dos  meios  e  

ações de prevenção, alerta, gestão de  risco e reparação  de danos associados  

≈ Garantir  a  utilização  racional   e  coordenada  dos meios,  equipamentos  e   recursos,  de   forma  a  

potenciar  e  capitalizar  a  respetiva  utilização,  assegurando  uma  capacidade  de  resposta  rápida,  

eficiente  e eficaz, coerente  e integrada, com recurso a meios inovadores e  tecnológicos  

≈ Criar condições para a adequada dotação de equipamentos de relevância estrutural em situações  

de risco natural ou tecnológico  

≈ Promover a  intercomunicação e a  interoperacionalidade entre os meios e as entidades públicas e  

privadas  envolvidas  na  prevenção,  alerta,  gestão  de  riscos  e  reparação  de  danos  associados, 

orientando a respetiva participação em função  da rapidez e  qualidade de reação às situações de  

risco  

≈ Valorizar  e   enquadrar  a  participação  adequada  da  sociedade   civil,  estimulando  a  respetiv o  

envolvimento  numa  abordagem  permanente  de  prevenção  dos   riscos  e  minimização   dos  

respetivos efe itos  

Empreendimento de F ins Múltiplos de  Alqueva (EFMA) 

Este Domínio de  Intervenção  visa alcançar os seguintes objetivos:  

≈ Garantir  o  abastecimento  de  água  numa  grande  área  territorial  do  Alentejo,  aumentando  a  

qualidade  e segurança no  abastecimento  de  água, sobretudo  nos anos de  crise hídrica  que são  

frequentes nesta região  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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≈ Contribuir para o desenvolvimento sustentável da região onde se  insere, proporcionando ganhos  

de eficiência energética e  o  incremento  das energias renováveis 

≈ Criar  uma  reserva  estratégica  de  água  e  um  sistema  primário  de  armazenamento,  captação,  

elevação e transporte, ao  qual estão l igadas as infraestruturas secundária de distribuição de  água 

≈ Combater  a  desertif icação  e   promover  uma  gestão  sustentável  dos  recursos  hídricos   e  de  

proteção  dos  solos,  contribuindo  para  conter  as  alterações  climáticas,  numa  região  muito  

vulnerável a fenómenos extremos de crise hídrica  

≈ Concluir  o sistema primário de  captação, armazenamento  e transporte de água do Alqueva, que  

permitirá  a  operaciona lização  de  toda  a  rede  secundária  de  rega  e  assegurará  condições  para  

promover o abastecimento urbano e  industrial, nomeadamente a Évora, Alvito, Cuba, Vidigueira,  

Porte l,  Viana  do  Alentejo,  Ferreira  do  Alentejo,  Beja,  Aljustrel,  Sines,  Reguengos  de Monsaraz,  

Mourão, Serpa e Mértola  

Para  além  disso,  estão  previstas  intervenções  que  têm  por  finalidade  o  cumprimento  de  impera tivos  

ambientais,  garantindo  a  permanência  de  um  caudal  ecológico  para  o  funcionamento  das  infraestruturas  a  

jusante  no  respetivo  subsistema, o  que enquadra as  intervenções  na alínea b)  do  número 1  do Artigo  2º do  

Regulamento  (CE) nº 1084/2006,  

 

Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

É objetivo deste Domínio de Intervenção:  

≈ Contribuir para a otimização dos  recursos afetos às operações  de recolha seletiva e triagem, numa  

perspetiva de complementaridade e não de  sobreposição  de meios com  a recolha  indiferenciada 

≈ Contribuir  para  a  otimização  da  recolha  seletiva  e  da  triagem  de  resíduos,  bem  como  para  a  

prevenção da sua  produção  e melhoria do comportamento ambiental dos cidadãos  

 

Eixo III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma dos Açores  

O Eixo III prevê o conjunto  das  intervenções  do Fundo  de Coesão  na Região  Autónoma dos Açores (RAA) no  

período  2007‐2015,  que  combina  duas  grandes  linhas  de  orientação:  corresponder  às  áreas  de  intervenção  

definidas  para este fundo  comunitário e  aos projetos  relevantes  e complementares da intervenção  operacional  

comparticipada  pelo  fundo  estrutural  FEDER,  designadamente  nos  Eixos  Prioritários  relativos  às  redes  de 

infraestruturas de acess ibilidades e de valorização e qualificação do  sistema ambiental.   

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Com estes pressupostos, e tendo em  consideração  que este  instrumento financeiro tem o  objetivo último  de  

contribuir para  o  reforço  da coesão  económica  e social, numa  perspetiva de  promoção  do  desenvolvimento  

sustentável,  para  as  Intervenções  do  Fundo  de  Coesão  previstos  na  RAA  são  fixados  dois  grandes  objetivos  

estratégicos:   

≈ Melhorar os níveis de eficiência e  de segurança do  transporte marítimo  no  arquipélago;   

≈ Aumentar  os  níveis  de  proteção  ambiental  e  de  desenvolvimento  sustentável,  no  domínio  dos  

recursos  hídricos  e  do  tratamento  e  valorização  dos  resíduos,  bem  como  no  âmbito  do  

aproveitamento dos  recursos renováveis na produção de energia elétrica. 

 

Eixo IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da Madeira  

O Eixo IV prevê o conjunto das  intervenções do Fundo de Coesão na  Região  Autónoma a da  Madeira (RAM), no  

período 2007‐2015 combina duas grandes  linhas de orientação: corresponder às áreas de intervenção  definidas  

para  este  fundo  comunitário  e  aos  projetos  relevantes  e  complementares  da  intervenção  operacional  

comparticipada  pelo  fundo estrutural FEDER.  

Com estes pressupostos, e tendo em  consideração  que este  instrumento financeiro tem o  objetivo último  de  

contribuir para  o  reforço  da coesão  económica  e social, numa  perspetiva de  promoção  do  desenvolvimento  

sustentável, constituem‐se como objetivos específicos  do E ixo:  

≈ Consolidar as estruturas de gestão ambiental em  especial  no domínio da gestão de resíduos  

≈ Contribuir  para  a   diminuição   das  emissões  CO2  e   garantir  reservas  energéticas  através  da  

introdução  de gás natural na Região  

≈ Melhorar os níveis de eficiência e de segurança do transporte marítimo, por via da modernização  

das infraestruturas portuárias e  melhoria dos acessos aos portos de  acosso ao  exterior 

≈ Reduzir os fatores de risco que ameacem o território da Ilha da Madeira, através de  intervenções  

que visam a correção  torrencial das principais Ribeiras 

 

Eixo  V  –  Infraestruturas  e  Equipamentos  para  a  Valorização  Territorial  e  o 

Desenvolvimento Urbano 

As operações a apoiar através do E ixo V têm como finalidade  alcançar os seguintes objetivos:   

≈ Desenvolver as redes nacionais de  infraestruturas e equipamentos urbanos 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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≈  Dinamizar respostas inovadoras aos problemas e procuras urbanas 

Com a aprovação da  Reprogramação  técnica do POVT o  Eixo  V passou  a  integra r todas as  intervenções que  

anteriormente  já estavam previstas no  anterior Eixo IX deste Programa, bem como as operações no  âmbito dos  

antigos Eixo VI (EFMA), VII e VIII que pudessem não ter enquadramento  no  financiamento do Fundo de Coesão  

(Eixos  I  e  II  do  POVT).  Por  outro  lado,  as  novas  operações  no  domínio  das  “Ações  Inovadoras  para  o  

desenvolvimento Urbano”  e  no  domínio  das  “Infraestruturas  e  Equipamentos Desportivos”  deixaram  de  ser 

elegíveis ao POVT, tendo passado para o  domínio de intervenção  dos POR. 

É ainda de salientar que um dos aspetos da reprog ramação técnica do POVT consiste no reforço da re levância  

conferida  neste  Prog rama  à  requalificação  e  modernização  das  escolas  com  ensino  Secundário,  tendo  

transitado para os POR todas as operações no  domínio das Escolas do 2.º e 3.º ciclo Básico. 

Passou ainda a estar explicitado no texto do Eixo V do POVT, o contributo deste Programa para o  instrumento  

de engenharia financeira JESSICA, em particula r através das redes nacionais de  infraestruturas e equipamentos  

e  da  dinamização  da  inovação  na  resposta  aos  problemas  urbanos,  mantendo‐se  para  este  efeito,  as 

elegibilidades previstas no antigo Eixo IX.  

 

Eixo VI – Assistência Técnica 

Este Eixo visa permitir a realização de todas as atividades que concorram para a preparação, gestão, controlo,  

acompanhamento,  avaliação,  informação  e  comunicação  do  POVT,  bem  como  as  atividades  destinadas  a 

reforçar a capacidade administrativa e técnica necessária para a sua execução. Tem como objetivos específicos  

associados a dinamização, gestão e implementação de forma eficaz e eficiente  do Prog rama Operacional. 

Os destinatários deste  Eixo  são os órgãos de  governação do Programa e os  seus Organismos Intermédios. 

No Anexo XI, poderá verificar‐se os Regulamentos Específ icos aplicáveis a cada Eixo Prioritário e no Anexo XIII 

são  identif icadas  as  principais  tipologias  de  intervenção  e  os  principais  destinatários  de  cada  Eixo  

Prioritá rio/Domínio de Intervenção. 

 

 

Modelo de Governação do Programa Operacional  

As bases do modelo de governação do  Prog rama Operaciona l Valorização do Território encontram‐se f ixadas  

no  capítulo  8  do  texto  do  Programa,  bem  como  na  Secção  II  e  III  do Decreto‐Lei  n.º  312/2007,  de  17  de  

Setembro,  na  redação  dada  pelo Decreto‐Lei  n.º  74/2008,  de  22  de  Abril,  os  qua is  definem   o modelo  de  

governação do QREN e dos respetivos Programas Operacionais e estabelecem a estrutura orgânica relativa ao  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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exercício das funções de gestão, monitorização, auditoria e controlo, certificação, aconselhamento estra tégico,  

acompanhamento  e avaliação, nos termos de Regulamento (CE) Nº 1083/2006  do Conselho, de 11  de Julho.  

Em 2011 e em virtude da mudança de Governo, verificou‐se a subsequente alteração da Comissão Minis terial  

de Coordenação, de  acordo com a nova estrutura orgânica adotada pelo XIX Governo  Constitucional.   

Em relação ao  modelo de governação do  POVT, o mesmo compreende  órgãos de  direção política, órgãos  de  

gestão e órgãos de  acompanhamento nos seguintes moldes: 

≈ O órgão de  direção  política é a  Comissão Minis terial  de  Coordenação (CMC), que é  composta pelo  

Ministro   da  Economia  e  do  Emprego  que  coordena,  pelo  Ministro  –  Adjunto  dos  Assuntos  

Parlamentares, Ministra  da  Agricultura,  do Mar,  do  Ambiente  e  do Ordenamento  do  Território,  

Ministro   da  Administração  Interna, Ministro  da  Educação  e  Ciência  e  Secretá rio  de   Estado  da  

Cultura; 

≈ O órgão de gestão é a Autoridade de Gestão (AG), que é composta pela Comissão Diretiva (CD) e  

Secretariado  Técnico (ST), reportando às seguintes Autoridades Nacionais:  

≈ Autoridade de Certificação – Instituto Financeiro  para o  Desenvolvimento Regional, I.P. (IFDR); 

≈ Autoridade de Auditoria  – Inspeção‐geral  de Finanças (IGF);  

≈ Comissão  Técnica  de  Coordenação  do QREN,  composta  pelo  coordenador  do Observatório  do  

QREN, que preside, e pelos presidentes dos conselhos diretivos do IFDR, I.P., e do Instituto para a  

Gestão  do  Fundo  Social  Europeu,  I.P.  (IGFSE,  I.P.),  e  pelo  Inspetor  –  Geral  de  Finanças,  que 

assegura a coordenação e monitorização estratégica, operacional  e financeira do QREN;  

≈ O órgão de acompanhamento é a  Comissão  de Acompanhamento, a qual  desempenha a missão  

essencial de assegurar a monitorização  do  Programa, em termos  de ef icácia e  qualidade da sua  

execução e  dos resultados face aos  objetivos f ixados. A Comissão de  Acompanhamento assegura a  

participação  das  autoridades  e  entidades  mais  diretamente  envolvidas  na  monitorização  do  

Programa,  incluindo a Associação Nacional  de Municípios  Portugueses, a Associação Nacional de  

Freguesias,  representantes  dos  parceiros  económicos  e  sociais  e  as  Autoridades  Naciona is  e  

Comunitárias responsáveis pela execução do QREN, designadamente a Autoridade de Certificação  

(IFDR), a Autoridade  de Auditoria (IGF) o Observatório do  QREN.  

A estrutura orgânica da Autoridade de Gestão do POVT foi aprovada por deliberação  da Comissão Minis terial  

de Coordenação do QREN em 31 de Março de 2008, nos seguintes termos, os quais se referem à estrutura de  

Eixos do  POVT aprovada inicialmente. 

 

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Relatório de Execução | 2011  

 

47 

Figura nº 2 – Estrutura Orgânica da Autoridade de Gestão do POVT 

 

 

São  também  intervenientes  no  sis tema  de  gestão  do  POVT  os  Organismos  Intermédios  com  os  quais  a  

Autoridade de Gestão celebrou contrato de  delegação de competências, ao abrigo do disposto no Artigo. 61º,  

nº1, alínea b)  do  Decreto‐Lei Nº312/2007, de 17 de Setembro, com a redação que lhe foi dada pelo  Decreto‐Lei  

Nº74/2008, de 22  de Abril.  

As  competências  delegadas  em  2008  nos  Organismos  Intermédios   tiveram  essencialmente   por  objetivo  

reforçar  as  valências  técnicas  de  apreciação  de  candidaturas  e  de  acompanhamento  dos  projetos  (caso  da  

intervenção  do Ins tituto da Água, I.P. (INAG)1 no domínio do Ciclo  Urbano da Água, da Estrutura de Missão para 

a Gestão  dos  Fundos  Comunitários  do Ministério  da  Administração  Interna  (MAI),  para  as  intervenções  do  

domínio “Prevenção e Gestão de  Riscos” e da Direcção‐Geral do Ordenamento  do Território e  Desenvolvimento  

                                                                         1 Na sequência do processo de  reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território  (MAMAOT) e das entidades por ele  tuteladas, o  Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas  (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

48 

Urbano  (DGOTDU)2  para  as  intervenções  do  domínio  “Ações  Inovadoras  para  o Desenvolvimento  Urbano”), 

bem  como  promover  a  proximidade  territorial  da  gestão,  no  caso  das  intervenções  do  Fundo  de  Coesão  na  

Região Autónoma dos Açores (Direção  Regional de Planeamento e  Fundos Estruturais  ‐ DRPFE) e  da Madeira  

(Instituto do  Desenvolvimento Regional ‐  IDR). 

Nos casos dos Organismos Intermédios DRPFE e IDR, com competências delegadas em  regime de Subvenção  

Global, para a gestão dos Eixos II e IV, respetivamente, a dotação financeira atribuída no âmbito dos contratos  

de  delegação  de  competências  é  equivalente  à  dotação  total  do  Fundo  associado  aos  Eixos  sobre  os  quais  

incidem as competências de gestão delegadas, ou seja, 110 milhões de euros (Eixo III) e 100 milhões de euros  

(Eixo IV). 

 

Relação com as Autoridades Nacionais e Comunitárias 

Relações entre a Autoridade de  Gestão e a  Comissão Europeia  

A Autoridade de Gestão do POVT é responsável por assegurar a apresentação à Comissão Europeia, através do 

IFDR,  de  toda  a  informação  necessária  para  que   esta  possa  apreciar  as   propostas  para  f inanciamento  de  

Grandes Projetos.  

As  propostas  de  financiamento  para Grandes  Projetos,  na  aceção  que  lhes  foi  conferida  no  artigo  39.º  do  

Regulamento  (CE) Nº1083/2006, de  11 de  Julho, alterado pelo  Regulamento (CE) n.º 539/2010, de 16 de Junho,  

são selecionadas pela Autoridade  de Gestão e  depois de obterem a concordância da Comissão Ministerial  de  

Coordenação, são apresentadas ao IFDR. 

O  IFDR  aprecia  e  confirma  as  propostas  e  transmite  todas  as  informações  à  Comissão  Europeia,  nos  termos  

regulamentares. O processo de candidatura é enviado, via Sistema de Informação da Comissão Europeia (SFC  

2007). A Comissão Europeia aprecia o processo, com base no conjunto de  informação que lhe  foi  apresentada e  

emite  a  decisão  de  financiamento,  comunicando‐a  via  IFDR,  que  posteriormente  informará  a  Autoridade  de  

Gestão.  

No que  respeita à certificação  de despesa, cabe à Autoridade  de Gestão apresenta r ao IFDR, as propostas de  

Certif icação  de  Despesa,  visando  a  apresentação  dos  Pedidos  de  Pagamento  Intermédios  (PPI)  à  Comissão  

Europeia.  

                                                                         2 No âmbito do PREMAC, o Decreto ‐Lei n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do  Instituto Geográfico Português, para dar  lugar à Direção‐Geral do Território  (DGT). 

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Relatório de Execução | 2011  

 

49 

Cabe ainda  à Autoridade de  Gestão  apresentar, via IFDR, os Relatórios anuais  e final de  execução do Prog rama, 

o  Plano  de  Comunicação,  os  Relatórios  de  avaliação  e  outros  documentos  previstos  na  regulamentação  

aplicável. 

Por último, a Autoridade de  Gestão  tem a responsabilidade de  manter o  seu Sistema de Informação atua lizado,  

para que seja possível ao IFDR aceder à  informação do POVT, bem como a  ligação e articulação com o Sistema  

de Informação da Comissão Europeia, para transmissão  de informações sobre o Prog rama. 

 

Relações entre a Autoridade de  Gestão e a  Autoridade de  Certificação 

As  funções  da  Autoridade  de  Certificação  que,  no  âmbito  do  FEDER  e  Fundo  de  Coesão,  são  da 

responsabilidade  do  IFDR,  assentam  fundamentalmente  na  coordenação  e  centralização  das  interações  

operacionais  e  financeiras  da  Autoridade  de  Gestão  com  a  Comissão  Europeia,  conforme  consta  dos  

regulamentos.   

Como  já  foi  referido,  compete  à  Autoridade   de  Gestão  fornecer  ao  IFDR  a  proposta  de  decisão  para  

financiamento  de  Grandes  Projetos,  bem  como  todas  as  informações  necessárias  e  os  procedimentos  de  

análise relevantes para apreciação da proposta e apresentação da mesma à CE, nos moldes descritos no ponto  

anterior. 

A Autoridade  de Gestão tem  ainda a  responsabilidade  do desenvolvimento  e da  manutenção do Sistema  de  

Informação do  Programa (SIPOVT) devidamente atualizado e  que  integre  de uma forma consistente todas as  

informações  de  carácter  financeiro,  estatís tico,  de   realização   e  de   resultados,  re lativas  às  operações  

cofinanciadas e ao  Programa, com  base na  informação disponibilizada pelos beneficiários, pelos Organismos  

Intermédios  e outras entidades.   

A Autoridade de Gestão do POVT tem também de permitir ao IFDR o exercício da monitorização operacional e  

financeira  das  operações  que  são  objeto  de  cof inanciamento,  mantendo‐o  permanentemente  informado  

relativamente à realização física e  financeira das operações. 

Cabe ainda  à Autoridade  de Gestão a  apresentação ao  IFDR de propostas de  Certif icação de Despesa, com  vista  

à apresentação de Pedidos de Pagamento Intermédios à Comissão Europeia.  

Por  outro  lado, a Autoridade de  Gestão  disponibiliza à Autoridade  de Certificação, as previsões de  execução  

financeira  do  Prog rama,  que  permitam  ao  IFDR  enviar  à  Comissão  Europeia  as  previsões  de  pedidos  de  

pagamento  a  apresentar  (dando  cumprimento  ao  disposto  no  nº  3  do  artigo  76.º  do  Regulamento  (CE)  

Nº1083/2006).  

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Relatório de Execução | 2011  

 

50 

Ao nível dos circuitos f inanceiros, cabe ao IFDR efetuar os pagamentos diretos aos beneficiá rios, de  acordo com  

as Autorizações de Pagamento emitidas pela Autoridade de Gestão, com base na validação das despesas e dos 

pedidos  de pagamentos apresentados  pelos  beneficiários. Cabe  ainda ao  IFDR efetuar as transferências para os  

Organismos Intermédios autorizados a efetuar pagamentos diretos aos beneficiários (DRPFE e IDR). 

A  Autoridade  de  Certificação  é  responsável  pela  gestão  dos  fluxos  financeiros  entre  a  Comissão  Europeia,  a 

Autoridade  de Gestão,  os Organismos  Intermédios  e  os  beneficiários. O  IFDR  dispõe  de  uma  conta  bancária  

específica para cada Fundo, em nome do POVT, para as quais são transferidas as contribuições comunitárias e  

de onde  são efetuados os pagamentos aos beneficiá rios e  as transferências para os  Organismos Intermédios.   

Ao nível do Sistema de Informação, a Autoridade de Gestão  tem a responsabilidade de garantir a permanente  

disponibilização  ao   IFDR  dos   dados   integ rados  no  sis tema  considerados  relevantes  para  as  funções   da  

Autoridade  de  Certif icação  e  disponibilizar  permanentemente  todas  as  informações  sobre  a  gestão  e  

acompanhamento  do POVT, nos moldes definidos pelo IFDR, de modo a que este possa coordenar e divulgar,  

de  uma  forma  rigorosa  e  atualizada,  toda  a  informação  de  gestão  e  de  acompanhamento  do  QREN.  A  

Autoridade  de  Gestão  e  o  IFDR  asseguram  os  procedimentos  necessá rios  para  compatibilização  entre  os  

respetivos Sistemas de Informação, de forma a garantir a recolha e apresentação dos dados financeiros, físicos  

e estatísticos sobre a execução  do POVT, assim como garantir uma articulação eficaz com a Comissão Europeia.   

A Autoridade de Certificação e a Autoridade de Gestão são  igualmente responsáveis por fornecer às entidades  

públicas responsáveis pelo  acompanhamento do QREN, nomeadamente  o Observatório do  QREN, a informação  

adequada e em conformidade com o  disposto  no modelo  de governação.  

 Ao IFDR compete ainda a elaboração de normas e orientações técnicas que favoreçam o exercício das funções  

que cabem à Autoridade de Gestão.  

 

Relações entre a Autoridade de  Gestão e a  Autoridade de  Auditoria  

As funções  de Autoridade  de Auditoria  são exercidas pela  IGF e consistem  na realização  de ações de  controlo  e  

auditoria, que assentam em verif icações administrativas, físicas e financeiras, quer ao nível da Autoridade  de  

Gestão e dos Organismos Intermédios quer ao nível dos beneficiários. 

 Na sequência das verificações efetuadas, a Autoridade  de Auditoria elabora os relatórios de  controlo/auditoria  

que,  nos  termos  regulamentares  previstos  no  Sistema  de  Controlo  e  Auditoria  do  QREN,  são  enviados  à 

Autoridade de Gestão e  aos beneficiários para o exercício  do contraditório.   

A Autoridade de Gestão, no prazo  pré‐estabelecido, manifesta a sua posição sobre as alegações, conclusões e  

recomendações constantes dos Relatórios de auditoria, nos termos que decorrem dos normativos aplicáveis.  

Page 51: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

51 

Com base  na  resposta  ao contraditório, a Autoridade de  Auditoria analisa as alegações efetuadas e  emite  a  

versão final do re latório da ação de  controlo/auditoria.  

No caso de terem sido destetadas  irregularidades, estas são comunicadas à Autoridade de Gestão, que deverá  

tomar as medidas corretivas que sejam oportunas e adequadas ao caso em questão, e proceder à recuperação  

dos Fundos  indevidamente pagos.   

A  Autoridade  de  Auditoria  terá  de  ser  informada  sobre  as  recuperações  efetuadas,  na medida  em  que  lhe  

compete a coordenação e  o tratamento da  informação relativa às irregula ridades detetadas. 

A  Autoridade  de  Auditoria  assegura  o  tratamento  desta  informação  e  procede  ao  acompanhamento  dos  

processos  relativos às  irregularidades detetadas, com vista a garantir o cumprimento  integral das  obrigações  

decorrentes da regulamentação relativa à comunicação de  irregularidades à Comissão Europeia.  

Por outro lado, o tratamento de  irregularidades é efetuado de acordo com as normas emitidas pelo IFDR.   

 

Relações entre a Autoridade de  Gestão e os Organismos  Intermédios  

Os Organismos Intermédios nos quais  foram  delegadas competências pela Autoridade  de Gestão, através de  

contratos celebrados de acordo  com  o  previsto no Decreto‐Lei  Nº312/07, desempenham  funções de  gestão, as  

quais  são  variáveis  consoante   o  tipo  e  a   abrangência  da  delegação  de  competências  que  foi  considerada  

adequada pela Autoridade de Gestão, tendo em conta os domínios de  intervenção em causa e a especificidade  

técnica dos mesmas, bem como as competências desses Organismos.  

No  caso  de  Organismos  Intermédios  com  Subvenção  Globa l,  regime  em  que  se  enquadra  o  Instituto  de  

Desenvolvimento  Regional  da  Região Autónoma  da Madeira  e a Direção  Regional do Planeamento  e Fundos  

Estruturais  dos  Açores,  foram  delegadas  pela  Autoridade  de  Gestão  todas  as  competências  delegáveis,  nos 

termos do referido Decreto‐Lei.  

Já  nos  demais Organismos  Intermédios,  as  competências  delegadas  tiveram  âmbitos  diferentes  consoante  a  

situação em  causa e  a avaliação das condições que cada  organismo reunia  para assegura r as funções  de  gestão  

com os requis itos técnicos e de eficiência exigidos. 

 

   

Page 52: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

52 

2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL  

2.1 Realização e Análise dos Progressos  

2.1.1 Realização física  do Programa Operacional 

A  realização  física  do  Prog rama  será  analisada  com  base  nos  Indicadores  Comuns  Comunitários  (Core  

Indicators),  apresentados  na  tabela  2.1  e,  sempre   que  pertinente,  na  informação  que  consta  do Anexo  I,  

relativo aos Indicadores Comuns Nacionais. 

A  reprogramação  técnica  do  POVT,  aprovada  no  final  do  ano  de  2011,  veio  operar  várias  alterações  de  

significativa  re levância  no   que  diz  respeito   aos  diversos   âmbitos  da  sua  intervenção.  Como  reflexo  dessas  

alterações,  foram  também   introduzidos  ajustamentos  nos  indicadores   de  Eixos  Prioritários,  salientando  as  

seguintes  premissas  gerais:  reafectação  dos  indicadores  relativos  aos  Eixos  Prioritários  encerrados  para  os  

atuais Eixos  I e II; foram retirados  os  indicadores que são de âmbito  setorial e  para os  quais as  intervenções  

financiadas pelo POVT só contribuem parcialmente, tendo sido substituídos por outros que respeitam de forma  

mais  objetiva  a  previsão  de  realização  e  de  resultado  das  intervenções  previstas  apoiar,  e  por  outro  lado,  

tenham  em  conta  a  bateria  de   Indicadores  Comuns  Naciona is  e  Indicadores  Comuns  Comunitários  que  se  

encontra definida.  

No âmbito da referida reprog ramação, também os “valores objetivo”  inscritos  para o ano  de 2015 ref letem a  

revisão operada nos  indicadores de E ixo Prioritá rio, tendo por objetivo a adoção de metas consentâneas com  

os níveis de execução  já atingidos pelo Programa no final do ano de 2011 e bem assim as perspetivas até final  

do QREN, designadamente tendo em conta os  domínios de   intervenção em  relação aos  quais não se  prevê a  

aprovação de mais candida turas (de acordo com os  pressupostos  da reprog ramação). 

No  que  respeita  aos   Core  Indicators,  verificaram‐se  também   alguns  a justamentos,  no  que  respeita  a  dois  

aspetos: revisão, no caso de alguns  indicadores, dos Eixos Prioritários que contribuem para esses  indicadores e  

revisão  em  alta  ou  em  baixa  dos  “valores  objetivo”  que  constituem  o  contributo  do  POVT  para  as metas  a 

atingir pelo QREN para aqueles  indicadores. 

As referidas a lterações encontram‐se materia lizadas da seguinte forma:   

o Na  área  dos  transportes  o  indicador  14  deixa  de  ter  aplicabilidade  ao  Eixo  III  (Redes  e  Equipamentos  

Estruturantes  na Região  Autónoma dos  Açores)  e o  indicador 15 passa a ter também aplicabilidade ao  Eixo  

IV, tendo em consideração o contributo  das operações desta área previstas apoia r na Região Autónoma  

da Madeira. 

Page 53: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

53 

o Ainda  neste  âmbito,  o  indicador  22  deixa  de  ter  aplicabilidade  ao   Eixo  III  (Redes  e  Equipamentos  

Estruturantes  na  Região  Autónoma  dos  Açores)  e  passa  a  ser  aplicável  para  além  do  Eixo  V,  tendo  em 

consideração  o  contributo  das  operações  aprovadas  no  âmbito  das  “Ações  Inovadoras  para  o  

Desenvolvimento Urbano”, também  ao Eixo I, em resultado  da transição  das operações  relativas ao Metro  

do Porto  para o  POVT. 

o No âmbito  das energias renováveis, os indicadores 23  e 24, deixam  de ter aplicabilidade ao  Eixo IV (Redes  

e Equipamentos Estruturantes na RAM), dada a clarificação  introduzida no Programa relativa à  integração  

na tipologia “Transportes/Portos”  da intervenção  prevista no terminal de gás natural.  

o Na área do ambiente, o  indicador 28 passa a ser aplicável ao Eixo III, tendo em conta a previsão de apoio  

do POVT ao financiamento de operações deste âmbito  na Região  Autónoma dos  Açores.  

o Relativamente às alterações climáticas, o  indicador 30 aplicável aos Eixos I e III deixa de ter aplicabilidade  

ao Eixo IV, uma vez que não  se prevê o apoio a operações desta natureza naquele Eixo. 

o Quanto  ao  indicador  38,  o  mesmo  passa  a  ser  aplicável  ao  Eixo  V,  dada  a  natureza  de  alguns  dos 

investimentos  a  apoiar  no  domínio  de  intervenção  “Equipamentos  Estruturantes  do  Sistema  Urbano  

Nacional”. 

De destacar ainda que, pela primeira vez, o POVT apresenta  informação sobre a  realização executada destes  

indicadores. Para o efeito, e em relação aos  indicadores do tipo “nº de projetos (…)”, considerou‐se o universo  

de  operações  fisicamente  concluídas,  ou  seja,  aquelas  em  relação  às  quais,  todas  as  ações  previstas  nas 

operações  se  encontram  concretizadas.  No  que  respeita  aos  indicadores  de  realização  física  (Km  ou  Km2 

construídos/reconstruídos/ reabilitados) e as populações beneficiadas/servidas, a  informação foi apurada com  

base nos Relatórios Anuais de Execução das Operações ou Relatórios  Finais, nos casos  em que  já existem. 

Tabela 2.1.: Realização Física 

  

Código   Indicadores   2007  2008  2009  2010  2011  2015  Total 

Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)  

Empregos criados (empregos diretos criados, em equivalente de tempo inteiro) 

Realização ‐ Contratada     

2.650  3.851  3295  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

490  

‐‐ 

Metas          

4.000  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

2  dos quais: Homens  

Realização ‐ Contratada     

n.d.  n.d.  n.d.   

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

392  

‐‐ 

Page 54: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

54 

Metas    

‐‐  ‐‐    

‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

3  dos quais mulheres  

Realização ‐ Contratada     

n.d.  n.d.  n.d,   

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

98  

‐‐ 

Metas    

‐‐  ‐‐    

‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

13 Nº de Projetos (Transportes)  

Realização ‐ Contratada   

2  9  11  16  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

7  

‐‐ 

Metas          

23  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

14 Nº de Km de novas Estradas 

Realização ‐ Contratada   

3,85  10,27  10,27  10,27  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

5,15  

‐‐ 

Metas          

138  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

15 Nº de Km de novas Estradas nas RTE 

Realização ‐ Contratada   

1,5  5,92  5,92  5,92  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

5,15  

‐‐ 

Metas          

138  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

16 Nº de Km de Estradas Reconstruídas  

Realização ‐ Contratada   

‐  ‐  ‐  _  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

_  

‐‐ 

Metas          

‐  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

17 Nº de Km de Novas Ferrovias 

Realização ‐ Contratada     

29  29  38  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

38  

‐‐ 

Metas          

217  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

18 Nº de Km de Novas Ferrovias nas RTE 

Realização ‐ Contratada     

29  29  38  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

38  

‐‐ 

Metas          

217  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

Page 55: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

55 

19 Nº de Km de Ferrovias reconstruídas 

Realização ‐ Contratada     

__  8,28  73,28  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

8,28  

‐‐ 

Metas          

73  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

20 

Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projetos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros)  

Realização ‐ Contratada     

n.d.  n.d.  n.d.  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

‐  

‐‐ 

Metas        ‐    n.d.  ‐‐ 

Valor de Referência               ‐‐ 

21 

Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projetos de construção e reconstrução de ferrovias (mercadorias e passageiros)  

Realização ‐ Contratada     

n.d.  n.d.  n.d.  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

‐  

‐‐ 

Metas      

‐  

n.d.  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

22 

Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos  

Realização ‐ Contratada     

240.182  240.182  279.532  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

_  

‐‐ 

Metas          

250.000  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

23 Nº de projetos (energias renováveis) 

Realização ‐ Contratada     

‐‐  ‐‐  ‐‐   

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

_  

‐‐ 

Metas      

‐‐  

2  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

24 

Capacidade suplementar de produção de energia a partir de fontes renováveis (em MWh)  

Realização ‐ Contratada     

‐‐  ‐‐  ‐‐  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

_  

‐‐ 

Metas      

‐‐  

n.d  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

25 Acréscimo de população servida nos sistemas de 

Realização ‐ Contratada     

70.393  73.601  91.507  

‐‐ 

Page 56: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

56 

abastecimento de água intervencionados 

Realização ‐ Executada         

73.168  

‐‐ 

Metas          

200.000  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

26 

Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionadas  

Realização ‐ Contratada     

1.069.457  1.108.887  1.265.737   

‐‐ 

Realização ‐ Executada          185.602    ‐‐ 

Metas          

2.000.000  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

27 Nº de projetos de Resíduos Sólidos  

Realização ‐ Contratada   

2  4  7  13  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

3  

‐‐ 

Metas          

14  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

28 Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar 

Realização ‐ Contratada     

5  6  4  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

_  

‐‐ 

Metas          

6  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

29 

Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais (áreas degradadas e contaminadas)  

Realização ‐ Contratada       

4,2  5,2  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

4,21  

‐‐ 

Metas      

‐‐  

4,2  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

30 

Redução de emissões de gases com efeito de estufa (CO2 equivalentes Kt) 

Realização ‐ Contratada     

n.d.  n.d.  n.d.   

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

n.d.   

‐‐ 

Metas      

‐‐  

n.d.  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

31 Nº de projetos (Prevenção de Riscos)  

Realização ‐ Contratada   

19  65  152  213  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

45  

‐‐ 

Metas          

246  ‐‐ 

Valor de Referência               ‐‐ 

32 

População que beneficia de medidas de proteção contra cheias e inundações  

Realização ‐ Contratada   

889.535  1.025.099  1.363.922  1.722.240   

‐‐ 

Realização ‐ Executada          931.535    ‐‐ 

Metas          

1.900.000  

Page 57: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

57 

Valor de Referência              

‐‐ 

33 

População que beneficia de medidas de proteção contra incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos (exceto cheias e inundações)  

Realização ‐ Contratada   

1.466.587  5.667.495  7.319.015  7.338.732   

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

2.016.681   

‐‐ 

Metas          

7.320.000  ‐‐ 

Valor de Referência               ‐‐ 

34  Nº de projetos (Turismo)  

Realização ‐ Contratada     

1  19  n.a  __  ‐‐ 

Realização ‐ Executada             

‐‐ 

Metas            __  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

35 

Nº de empregos criados (em equivalente tempo inteiro) 

Realização ‐ Contratada     

30  249  n.a  __  ‐‐ 

Realização ‐ Executada             

‐‐ 

Metas            __  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

36  Nº de projetos (Educação)  

Realização ‐ Contratada   

16  51  108  119  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

69  

‐‐ 

Metas          

99  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

37 Nº de Alunos que beneficiam das intervenções  

Realização ‐ Contratada   

19.950  87.763  155.573  170.237  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

98.028  

‐‐ 

Metas            149.000  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

38 Nº de projetos (Saúde)  

Realização ‐ Contratada       

__  __  

‐‐ 

Realização ‐ Executada   

‐  ‐  ‐  _  

‐‐ 

Metas            

‐‐ 

Valor de Referência               ‐‐ 

39 

Nº de projetos que asseguram a sustentabilidade e melhoram a atratividade das cidades  

Realização ‐ Contratada   

44  135  223  218  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

123  

‐‐ 

Metas          

214  ‐‐ 

Page 58: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

58 

Valor de Referência               ‐‐ 

40 

Nº de projetos que visam estimular a atividade empresarial, o empreendedorismo e a utilização das novas tecnologias  

Realização ‐ Contratada   

n.d.  n.d.  n.d.  n.d.   

‐‐ 

Realização ‐ Executada             

‐‐ 

Metas          

n.d.  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

41 

Nº de projetos dirigidos aos jovens e às minorias, que visam promover a oferta de serviços para a igualdade de oportunidades e a inclusão social  

Realização ‐ Contratada   

44  111  193  203  

‐‐ 

Realização ‐ Executada         

123  

‐‐ 

Metas          

184  ‐‐ 

Valor de Referência              

‐‐ 

 

Os  indicadores  associados  ao  sector  dos  Transportes  sofreram,  em  2011,  alterações  face  aos  valores  já  

registados em 2010. Para além da evolução decorrente das novas operações contratadas em 2011, também a 

reprog ramação  técnica  do  POVT  veio  trazer  a  necessidade  de  clarificação  de  alguns  conceitos  associados  às  

elegibilidades de  Fundo  de Coesão, que  no caso das  infraestruturas rodoviárias e  ferroviárias se  circunscreve às  

que se integram nas Redes Transeuropeias de transportes.  

Deste modo,  no  final  de   2011,  existem   dezasseis  projetos  de   transportes  contratados,  dos   quais  doze  no  

Continente  – Eixo I, dois na Região Autónoma  dos Açores (E ixo  III) e dois na  Região Autónoma da Madeira (Eixo  

IV), verificando‐se um  acréscimo de cinco  novos projetos. Daqueles dezasseis, sete estão  concluídos no f inal de  

2011, contribuindo para a realização executada deste  indicador. Verifica‐se um grau de aproximação ao “valor 

objetivo” fixado de  apenas 30%.  

Relativamente às  infraestruturas rodoviárias (core  indicators 14, 15 e 16), verif ica‐se um ajustamento  no que  

respeita à  realização  contra tada em 2008, 2009 e 2010 no  indicador 14, relativa à clarificação  levada a cabo  em  

2011 relativa às redes viárias RTE‐T. Deste modo, corrigiu‐se a  informação relativa aos core  indicators 14, 15 e 

16 reportada  em 2009  e 2010  (também a  reportada em  2008  no  caso dos   indicadores 14  e 16), passando  a  

constar  para  o  indicador  14,  uma  realização  contratada  de  3,85  Km  em  2008  e  10,27  Km  em  2009  e  2010 

correspondente aos  Km  de novas estradas  no âmbito  das operações  apoiadas  (incluindo  os  troços de  novas  

estradas,  construídos  no  âmbito  da melhoria  das  acessibilidades  aos  portos  nacionais  tendo  em  vista  a  sua 

modernização),para  o  indicador  15,  uma  realização  contratada  de  5,92  Km  para   os  anos   2009  e  2010  

(correspondentes às novas estradas RTE‐T apoiadas) e zero para o  indicador 16, dado que o POVT não apoia,  

até ao momento, reconstrução de estradas no âmbito  do Fundo de  Coesão.  

Page 59: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

59 

Assim, as novas estradas construídas  incluídas nas RTE‐T e  que  já se encontram concretizadas, são os troços  

relativos ao fecho  da CRIL (Buraca‐Pontinha) – 3,65 Km e à  Ligação Via Expresso ao  Funchal  ‐ 1,5 Km no total.  

 

Projeto ‐ CRIL‐ BURACA/PONTINHA | Beneficiário ‐ EP ‐ Estradas de Portugal, SA 

 

 

Projeto ‐ Ligação Via Expresso ao Porto do Funchal | Beneficiário ‐ RAMEDM ‐ Estradas da Madeira, S.A 

 

No  domínio  das  infraestruturas  ferroviárias  (core  indicators  17,  18   e  19),  também   existiram  a justamentos  

decorrentes  da clarif icação referida anteriormente e da aprovação de duas novas operações: Ramal de Ligação  

Page 60: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

60 

Ferroviária  ao Porto de Aveiro  e Ligação  Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III: Troço de  ligação Bombel e  Vidigal  

a Évora.  

 

Projeto ‐ Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro | Beneficiário ‐ Rede Ferroviária Nacional ‐ REFER, EPE 

 

Assim, para os indicadores 17  e 18, contribuem  apenas as operações contratadas relativas à Ligação Ferroviária  

Sines/Elvas  (Espanha)  I:  Variante  de  Alcácer  (2ª  fase)  e  o  Ramal  de  Ligação  Ferroviária  ao  Porto  de  Aveiro,  

ambas  já  concluídas  e  por  essa  via,  a  contribuir  para  a  realização  executada  deste  indicador  (38  Km).  Estes 

indicadores  continuam  a  não  refletir,  a  construção  de  85  Km  de  nova  ferrovia  associados  à  operação  Rede  

Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal – E ixo Lisboa/Madrid: Sub‐troço Poce irão/Évora, que ainda não se  

encontrava contratualizada no f inal de 2011.  

Também  aqui,  importa  fazer  uma  correção  re lativamente  à  realização  contra tada  dos  indicadores  15  e  16  

apurada no ano 2010, pois verificou‐se que a  intervenção a realizar no âmbito da operação Ligação Ferroviária  

Sines/Elvas  (Espanha)  II:  Estação  da  Raquete  em  Sines,  trata‐se  de   uma  reconstrução   e  não  de   uma  nova  

construção, ficando naquele ano um contributo de 29 Km, relativos à operação Ligação Ferroviária Sines/Elvas  

(Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase). 

Page 61: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

61 

 

Projeto ‐ Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase) | Beneficiário ‐ Rede Ferroviária 

Nacional ‐ REFER, EPE 

 

No  que  concerne  ao  indicador  19.  Nº  de  Km  de  Ferrovias  reconstruídas,  verifica‐se  que  as  operações  que  

relevam  para  a  sua  realização  (contratada),  são  as  operações  Ligação  Ferroviária  Sines/Elvas  (Espanha)  III: 

Modernização  do  troço  Bombe l  e  Vidigal  a  Évora  e  Ligação  Ferroviária  Sines/Elvas  (Espanha)  II:  Estação  da 

Raquete em Sines, sendo que esta última  contribui para a execução deste indicador (8 Km).  

Importa,  novamente,  sublinhar  uma  correção  na meta  indicada  em  2010,  incluindo  como  contributo  para  a  

realização contratada deste  indicador  o número  de 8,28 Km, correspondente à  operação Ligação Ferroviária  

Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da  Raquete em Sines, contratada naquele ano.  

No  que  respeita  aos  indicadores  20  e  21,  dado  que  a metodologia  de  apuramento  ainda  não  se  encontra  

estabilizada  embora   existam   projetos  contratados  que  contribuem  para   este  indicador,  optámos   por 

referenciá‐los como não disponíveis, corrigindo  igualmente o reporte realizado nos  anos 2009  e 2010.  

Por último, no que respeita aos transportes, verifica‐se o contributo de um conjunto de projetos aprovados no  

âmbito  do  domínio  de  intervenção  “Ações  Inovadoras  para  o  Desenvolvimento  Urbano”  (Eixo  V)  para  o  

acréscimo de população servida pela expansão de sis temas de transporte urbanos, estimada em cerca de 279  

mil pessoas. 

Não  existem,  no  sector  das  Energias  Renováveis,  projetos  aprovados  ou  contratados  até  ao  final  do  ano  de  

2011.  

Page 62: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

62 

Nos domínios do Ambiente  concorrem diretamente para os resultados associados aos  indicadores 25 a 27, as 

operações  aprovadas  e  contratadas  no  âmbito  do  Eixo  II  –  “Sistemas  Ambientais  e  de  Prevenção, Gestão  e 

Monitorização  de  Riscos”,  dos  domínios  de  intervenção  “Ciclo  Urbano  da  Água”,  “Empreendimento  de  Fins  

Múltiplos de Alqueva” e “Recuperação do  Passivo Ambiental”.   

Verifica‐se, em 2011, um acréscimo face a 2010, dos  indicadores  relativos ao avanço dos sistemas ambientais,  

sendo de destaca r o número de  “Km de rede de abastecimento  de água (nova ou a reabilitar/intervencionar)  

nos sistemas em  baixa  e alta”, que passou de  488 para 1687 e  do  número de “km de  coletores de  drenagem de  

águas  residuais  (nova  ou  a  reabilita r/intervencionar)”,  que  passou  de  2487  para  3259.  Estes  indicadores  

constam do Anexo I a este rela tório, como  Indicadores Comuns Nacionais VT‐ICN‐Tri‐011 e VT‐ICN‐Tri‐012. É  

ainda de destacar o acréscimo de 181 ETAR em 2011 (Indicador VT‐ICN‐Anual‐018) face às 178 contratadas em  

2010,  expressando,  desta  forma,  a  materialidade  e  relevância  das  novas  operações  para  a  melhoria  dos  

sistemas ambientais.  

No  que  respeita  a  concretizações  que  refletem  o  financiamento  comunitário  aprovado,  no  final  de  2011  

encontram‐se construídas ou remodeladas 158 das 359 ETAR previstas  nas operações  contratadas, ou  seja 44%  

e no que respeita aos ICN 011 e ICN 012, verifica‐se uma concretização de 223 Km  de rede de abastecimento  

de água e 617 Km de coletores de drenagem de  águas residuais. 

A população  que passará a beneficiar  de sistemas públicos de abastecimento  de água e tratamento de águas  

residuais  também regista  um aumento face a 2010, como  se retira da  leitura da tabela 2.1 ( indicadores 25 e  

26),  decorrente  do  aumento  das  operações  contratadas  acima  referido.  Refira‐se  a  propósito  da  realização  

executada do  indicador 25 que, das 73.168 pessoas que passam a beneficiar de sistemas de abastecimento de  

água,  cerca  de  68.559  passam  a  ser  beneficiadas  por  via  da  concretização  das  infraestruturas  do  

Empreendimento   de  Fins Múltiplos  de   Alqueva  (Adutor  Brinches‐Enxoé  e  Ligação   Pisão   –  Roxo)  que  já  se  

encontram concluídas. 

No que respeita à população beneficiada pelos sistemas públicos de tratamento de águas residuais, verifica‐se  

que os sis temas que  já concluídos beneficiam adicionalmente cerca de 186 mil  pessoas. 

Page 63: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

63 

      

Projeto  ‐ Construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Povoa de Santarém | AS  ‐ Empresa das 

Águas de Santarém EM, SA 

 

Também  no  domínio  da  “Valorização  de  Res íduos  Sólidos  Urbanos”,  verifica‐se  um  acréscimo  face  ao  ano  

transato tendo em conta que se contratualizaram mais seis operações até final de 2011, elevando o “Número  

de  projetos  de  Resíduos  Sólidos”  para  treze  (Indicador  27)  e  a  “Quantidade  de  Resíduos  Urbanos  

Biodegradáveis  (RUB)  valorizados  organicamente  por  ano”  (indicador  ICN‐Anua l‐019,  Anexo  I)  de  219.099 

Ton/ano para 496.462 Ton/ano.  

As  infraestruturas  concluídas  já  contribuem  para  um  acréscimo  da  capacidade  instalada  para  a  valorização  

orgânica e energética de RUB de 30.977 Ton/ano. 

No domínio da “Recuperação de Passivos Ambientais”, o conjunto das vinte e uma operações contratadas até  

ao final de 2011 permitiram  já reabilita r 4,21 km2 de áreas degradadas e contaminadas (indicador 29), dos 5,2 

Km2 associados às operações contratadas. 

Page 64: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

64 

 

Projeto  ‐ Recuperação  Ambiental da  Área Mineira de  Senhora  das  Fontes  |  Beneficiário  ‐  EDM  ‐  Empresa  de 

Desenvolvimento Mineiro, S.A. 

 

Ainda no que respeita aos core  indicators da área do ambiente, há a referir que o  indicador 28. Nº de projetos  

visando a melhoria da qualidade do ar, passa de seis  no  ano  2010 para quatro no ano  2011, na  medida  em que  

existiram  2  operações  do   domínio  de   intervenção  “Ações  Inovadoras  para  o  Desenvolvimento  Urbano”,  

associadas  aos  temas  prioritários  25  Transportes  urbanos  e  28  Transportes  urbanos,  cuja  decisão  de  

financiamento foi revogada. 

Passando ao domínio da Prevenção  de Riscos – concentrado, no POVT, nas áreas de  intervenção do Eixo II na 

sequência da reprog ramação técnica  do Prog rama, registou‐se  em 2011 um  acréscimo ao  nível  dos  indicadores  

que  lhes  estão  associados. O  “Nº  de  Projetos  Prevenção  de  Riscos”  passou  de  152  para  213  –  valor  que  se 

decompõe entre as três áreas de  intervenção de acordo com os valores  inscritos no Anexo I,  indicador VT‐ICN‐

Tri‐013 – e  a população que beneficia  dessas intervenções que registou  também um  aumento, no que concerne  

à população que beneficia de medidas de proteção contra cheias e  inundações e à população que beneficia de  

incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos.   

Importa aqui referir  também que foram  introduzidas correções nos valores associados à realização contratada  

do  indicador  32  relativas  aos  anos  2008,  2009  e  2010,  na  medida  em  que,  para  os  valores  reportados  

anteriormente  estava  a  contribuir  uma  operação  contratada  “Sistema  de  Informação  de  Planeamento  de  

Emergência”  da  responsabilidade  da  Autoridade  Nacional  de  Proteção  Civil,  que  só  deve  contribuir  para  o  

indicador 33. 

Page 65: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

65 

Importa  aqui  referir  o  grau  de  concretização  daqueles  indicadores  no  final  de  2011,  com  quarenta  e  cinco  

projetos  concluídos  e  cerca  de  932  mil   pessoas  beneficiadas  por  medidas  de  proteção   contra  cheias  e  

inundações  e  cerca  de  2 milhões  que  já  beneficiam  de medidas  de  proteção  contra  outros  riscos  naturais  e  

tecnológicos,  implementadas  no  âmbito  das  operações  do  domínio  de  intervenção   “Proteção  e  Gestão  de  

Riscos”.  

No apuramento dos  números  de população  servida acima referidos excluem‐se, naturalmente, as  operações  

cuja  cobertura   territorial  abrange  todo   o  território  nacional   continental,  sendo  exemplo   disso   algumas  

operações promovidas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. 

 

Projeto  ‐ Construção do Heliporto dos Bombeiros Voluntários de Baltar | Beneficiário  ‐ Associação dos Bombeiros 

Voluntários de Baltar  

 

Ainda  neste  contexto,  e  no  que  se  refere  ao  domínio  da  “Proteção  Costeira”,  registam‐se  como  contributo  

direto das quarenta e cinco  operações contratadas até f inal do ano de  2011, o aumento para 54,98 km (face  

aos 44,83 Km em  2010)  da “Extensão  de  costa  intervencionada para  redução  do  risco associado à  dinâmica  

costeira”,  e  o  aumento  para  11,15  km  (face  aos  9,  75  Km)  de  “Costa  intervencionada  para  a  contenção  ou  

diminuição  da  ocupação  antrópica  em   área  de   risco  (indicadores  ICN‐AAE‐023  e  ICN‐AAE‐024  inscritos  no  

Anexo I, respetivamente), estando já  intervencionados 12,96 Km  e 1,4 Km, respetivamente. 

As áreas da Educação, Reabilitação urbana e Inclusão Social, que se refletem nos  indicadores 34 a 41 da tabela  

2.1  concentram  o  investimento  previsto  no  Eixo  V  –  “Infraestruturas  e  Equipamentos  para  a  Valorização  

Territorial e o  Desenvolvimento Urbano” e registam também valores que  devem ser destacados.  

Page 66: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

66 

Aqui, será de  realça r em particular, no domínio da  “Requalificação das Redes de  Escolas do Ens ino  Secundário”,  

a  aprovação  e  contratação  até   ao  fina l  do   ano  de  2011  de mais  seis   operações  que,  juntamente  com  as  

intervenções  de  “Requalif icação  das  Escolas  do  2º  e  3º  Ciclo  do  Ensino  Básico”  e  os  projetos  de  

construção/ampliação/ requalificação de  infraestruturas univers itárias apoiadas no âmbito do domínio “Redes  

de Equipamentos Estruturantes  do Sistema Urbano Nacional”, se traduziram no  aumento  do “Nº  de projetos  

(educação)”  (Indicador  36),  entendido  pelo  número  de  escolas  intervencionadas,  de  108  para  119.  A 

desagregação do  indicador ICN‐TRI‐015 apresentado no Anexo I permite perceber a distribuição dos projetos  

aprovados  em  cada  um  dos  ciclos  de  ensino,  prevalecendo  as  82  escolas  com  ensino  secundário,  a  que  se  

juntam 20  escolas do 2º  e 3º ciclo do ensino básico e de 17 infraestruturas universitá rias. 

Neste  ponto,  não  se  pode  deixar  de  destaca r  as  69  infraestruturas  de  educação  já  intervencionadas,  o  que  

representa um g rau de  concretização face  ao “valor objetivo” definido para  o  indicador 36 de 70%, que merece  

uma  leitura cuidada, na medida em que 6 dos 69 estabelecimentos de ensino concluídos se referem a escolas  

do  2º   e  3º   ciclo  do  ensino   básico   que,  na  decorrência  da  reprogramação   técnica  do QREN  aprovada  em  

dezembro de 2011, transitarão  para os Prog ramas Operacionais do Norte e Centro em 2012 (de  realçar que o  

“valor objetivo”  definido para o  indicador 36  já incorpora esta nova realidade pós reprog ramação do POVT). 

Também o número de alunos que beneficiam das  intervenções (Indicador 37), que ascende a cerca de 170 mil  

(mais  cerca  de  14 mil  e  se iscentos  alunos  face  a  2010),  encontra maior  detalhe   ao  nível  dos  Indicadores  

Comuns  Nacionais  inscritos  no  Anexo  I.  Ressalva‐se  a  este  propósito,  que  por  questões  de  definição  

metodológica,  não  se  encontram  contabilizados  neste  indicadores  o  número  de  escolas  e  de  alunos  que  

beneficiam  da  intervenção  de  infraestruturação  e  equipamento  ao  abrigo  da  operação  Kit  tecnológico  nas  

Escolas  Secundárias   que,  representa riam  um  acréscimo   de  249  escolas  intervencionadas  e mais  de  66 mil  

alunos beneficiados. Destacam‐se os 98.028 alunos beneficiados resultantes das  intervenções concluídas. 

Os  já mencionados  projetos  na área  da educação,  juntamente com as operações  contratadas  no âmbito  das  

“Infraestruturas e  Equipamentos  Desportivos”, contribuem  para o crescimento do “Nº  de projetos dirigidos  aos  

jovens e às minorias…”, alargando os resultados do Programa nas vertentes da  inclusão social e do reforço da  

coesão territorial. Neste domínio, encontram‐se concluídos 123 projetos, o que representa uma concretização  

de 67 % (aplica‐se a este  indicador o que anteriormente foi  referido em  relação ao  indicador 36 e aos efeitos  

pós‐reprogramação).  

Page 67: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

67 

 

Projeto ‐ Centro de Alto Rendimento de Montemor‐o‐Velho | Beneficiário ‐ Município de Montemor‐o‐Velho 

 

Este conjunto de projetos, bem como aqueles  que têm  enquadramento  nos domínios das “Ações  Inovadoras  

para o Desenvolvimento Urbano” e  “Redes de Equipamentos Estruturantes  do Sistema  Urbano Nacional” – este  

último   nas  áreas  da  Cultura  –  do  E ixo  V,  conjugam‐se  no  seu  contributo  para  a  reabilitação  urbana  e  

requalif icação das cidades, sendo avaliados pelo “Nº de projetos que  asseguram a sustentabilidade e  melhoram  

a atratividade das cidades” (Indicador 39). A este respeito  importa referir que a diminuição do valor obtido no  

final  de  2011  incorpora  situações  de  rescisão  de  decisões  de  f inanciamento  de  operações  no  domínio  das  

“Ações  Inovadoras  para  o Desenvolvimento Urbano”  por  falta  de  execução,  consideradas  anteriormente  no  

apuramento  reportado a 2010.  

Page 68: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

68 

 

Projeto  ‐ Projeto de Reabilitação da antiga Fábrica dos Leões para o Complexo de Arquitetura e Artes Visuais da 

Universidade de Évora | Beneficiário ‐ Universidade de Évora 

 

 

Projeto ‐ Infraestruturas do Ensino Superior IPL/Peniche – Construção da 2ª fase do edifício pedagógico da Escola 

Superior  de  Tecnologias  do Mar  (ESTM)  e  da  cantina  dos serviços  sociais  da  ESTM  |  Beneficiário  –  Instituto 

Politécnico de Leiria 

 

No conjunto  das  intervenções  nas várias áreas  temáticas acima mencionadas, prevê‐se que  a conclusão dos  

projetos  já contratados permita a criação  de cerca de 3.295 novos postos de trabalho (a repartição  deste  posto  

de  trabalho   em  função  do  género  f icará   disponível  após  a  conclusão  das   operações  e   a  sua  entrada   em  

exploração),  ou   seja,  empregos   criados  como  resultado  direto  da  exploração   dos   projetos  apoiados.  A  

diminuição  desta  estimativa,  quando  comparada  com  o  valor  apresentado  em  2010,  resulta  da  revisão  das  

Page 69: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

69 

metas  de  um  conjunto  de  operações  para  as  quais  havia sido  apurado  incorretamente  o  seu  contributo  em  

matéria de emprego.  

Por  outro  lado,  é  já  possível  apresenta r,  em  contraste  com  os  anos  anteriores,  o  valor  deste  indicador 

associado a realizações efetivas, que ascende se 490 posto de trabalho, que se repartem entre 98 mulheres e  

392 homens.  

 

2.1.2 Realização financeira do Programa Operacional  

A  implementação  do  POVT  em  2011  registou,  no  que  à  vertente  financeira  diz  respeito,  uma  ligeira  

desaceleração  face  ao  crescimento   do   ritmo   de  execução   que   se  tinha   verificado  em   2010,  embora  com  

significativa assimetria entre Eixos e entre Fundos. Partindo da taxa de execução de 20%  registada no fina l de  

2010,  a  taxa  de  execução  atingiu  34,6%  no  final  de  2011  –  o  que  representa  um  acréscimo  de  14,6  pontos  

percentuais (contra um crescimento de 14,9 p.p. no ano anterior). A execução financeira acumulada do POVT  

em  31  de  dezembro  de  2011  correspondente  a  um  total  de  1.504 milhões  de  euros  de  fundo  comunitá rio,  

executado  desde o início do período de  programação até  ao final do ano  de 2011, repartidos  entre 643  milhões  

de euros de Fundo de Coesão e 861 milhões de euros de FEDER. Deve notar‐se, todavia, que a reprogramação  

do POVT diminuiu, em 316 milhões de euros (exclusivamente FEDER), a dotação do Programa, alterando dessa  

forma a base de cálculo da referida taxa de execução, no final de 2011, a qual, de acordo com a programação  

financeira anterior do  POVT, se situaria nos 32%.  

 

Gráfico nº 2  ‐ Execução Financeira Anual do POVT, por Fundo Comunitário 

 

 

162,8 76,0238,8

151,6541,9

693,5328,6

243,5

572,1

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

Fundo Coesão FEDER Total POVT

Milhões €

2011

2010

2008 + 2009

Page 70: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

70 

 

 

Gráfico nº 3  ‐ Evolução da Taxa de Execução do POVT 

 

 

Dois aspetos ficam evidentes nas figuras anteriores: a dinâmica de execução é bastante diferenciada ao  longo  

do tempo mas  com  um padrão  de aceleração  no  último  trimestre de  cada ano; e o valor global  da  execução do  

POVT resume (em termos médios) ritmos  muito dis tintos do FEDER e do Fundo de Coesão.  

O primeiro destes aspetos resulta, em grande medida, do ritmo a que são apresentados pelos beneficiários os  

pedidos   de  pagamento  e,  consequentemente,  da  capacidade  de  resposta  da  Autoridade   de  Gestão  e   aos  

Organismos  Intermédios.  As  figuras  que  se   seguem  apresentam  a  evolução  do   número  de  pedidos  de  

pagamento apresentados em cada  trimestre – sendo evidente a quebra/desaceleração  registada no   início  de  

cada ano (ainda que num contexto de crescimento acentuado  desde 2009, fruto do aumento das operações  em  

execução) – e a variação trimestral, em pontos percentuais, da taxa de execução do prog rama. A correlação e  

sincronismo  e andamento entre  ambas é s inónimo de prazos relativamente  curtos  (cerca  de 26  dias)  de análise  

e validação da despesa apresentada pelos beneficiários. 

 

 

 

 

 

 

 

 

20,0%

34,6%

10,3%

21,0%

38,7%

67,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

Total POVT

Fundo de Coesão

FEDER

Page 71: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

71 

 

Gráfico nº 4  ‐ Evolução do número de pedidos e pagamento apresentados ao POVT  

 

 

Gráfico nº 5  ‐ Acréscimos trimestrais das taxas de execução do POVT (em  pontos percentuais)  

 

Quanto ao segundo, a assimetria entre fundos  resulta, naturalmente, da especificidade dos  Eixos  Prioritários  

financiados  por um e  por outro Fundo, cujo  estado de implementação  será apresentado  em deta lhe no capítulo  

3 deste relatório. Vale a pena notar, no entanto, que os valores anuais apresentados no gráfico nº 2 (Execução  

Anual do POVT, por Fundo  Comunitá rio), e em  particular a aparente  inversão, em 2011, dos ritmos de  execução  

do Fundo  de Coesão  e do FEDER são  efeito, em grande medida, da alteração  da estrutura axial do Programa  

introduzida pela  reprogramação  aprovada em dezembro de 2011, e  da consequente  transferência de  execução  

FEDER para o Fundo de Coesão. O mesmo gráfico, ajustando os valores executados até 2010 à atual estrutura  

do POVT, sugere uma leitura diferente da inicial, conforme  se verifica no g ráfico  seguinte:  

0

200

400

600

800

1000

2009 / 1ºTrim

2009 / 2ºTrim

2009 / 3ºTrim

2009 / 4ºTrim

2010 / 1ºTrim

2010 / 2ºTrim

2010 / 3ºTrim

2010 / 4ºTrim

2011 / 1ºTrim

2011 / 2ºTrim

2011 / 3ºTrim

2011 / 4ºTrim

2012 / 1ºTrim

‐2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Mar‐09 Jun‐09 Set‐09 Dez‐09 Mar‐10 Jun‐10 Set‐10 Dez‐10 Mar‐11 Jun‐11 Set‐11 Dez‐11 Mar‐12

Total POVT

Fundo de Coesão

FEDER

Page 72: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

72 

 

Gráfico nº 6 ‐ Execução Anual do POVT, por Fundo Comunitário (com execução acumulada a 2010 ajustada à 

estrutura que resultou da Reprogramação)  

 

Conclui‐se,  desta  forma,  que  se manteve,  tal  como  em  2010,  um maior  dinamismo  na  execução  dos  Eixos  

FEDER  ou, mais  precisamente,  de  algumas  das  áreas  de  intervenção  financiadas  por  aquele  fundo:  59%  da  

execução  regis tada  pelo  POVT  em  2011  corresponde  ao  atual  Eixo  V  (dos  quais  59%  no  âmbito  da  

“Requalificação da Rede  de Escolas com  Ensino  Secundário”, seguida da “Redes de  Equipamentos Estruturantes  

do Sistema Urbano Nacional”, com 13%  da execução do eixo, e das demais áreas de  intervenção  inscritas no  

Anexo III a este relatório, com valores entre os 5% e os  8%). 

Ao nível do Fundo de  Coesão, o  acréscimo de  execução esteve essencialmente  concentrado  no  novo Eixo II, 

cujos  77  milhões  de  euros  executados  no  “Ciclo  Urbano  da  Água”  correspondem  ao  segundo maior  valor 

absoluto,  por  área  de  intervenção,  do  Programa,  e  representam  cerca  de  45%  da  execução  do  Eixo  (a  que  

seguiu a “Valorização de Res íduos  Sólidos Urbanos”, com 21% e a  “Prevenção  e Gestão de  Riscos”, com  14%  da  

execução  do  Eixo). O  gráfico  seguinte  i lustra  as  dinâmicas  de  execução  face  aos  valores  já  aprovados  e  à  

dotação de  cada eixo. 

 

 

 

 

 

 

 

412520

932231

341

572

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

Fundo Coesão FEDER Total POVT

Milhõe

s €

2011

Acumulado até 2010

Page 73: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

73 

Gráfico nº 7  ‐ Programação, aprovação e execução do POVT, por Eixo Prioritário 

 

 

 

Os  valores  da  execução  financeira  acima  apresentados,  equivalentes  aos montantes  de   fundo  associado  à  

despesa  certificável  validada  pela  Autoridade  de  Gestão  e  pelos   Organismos  Intermédios  em  que  essa  

competência está  delegada, têm natura lmente  expressão ao nível dos pagamentos  a favor dos  beneficiários do  

Programa, que  somavam 1.341 milhões de euros  no  final  de 2011, conforme  valores apresentados no  Anexo II. 

Com  exceção  dos  Eixo  IV  e  V,  todos  os  eixos  do  POVT  apresentavam,  no  final  do  ano,  taxas  de  reembolso  

(fundo pago em  relação ao fundo  validado) superiores a 100%, signif icando  que o valor dos pagamentos (em  

particular nas modalidades  de pedido de  pagamento  por adiantamento  – “contra‐fatura” ou adiantamentos no  

âmbito  da  Assis tência  Técnica  –  era  superior  ao  fundo   validado  (quando   apresentados  os  documentos  de  

quitação da despesa sobre a qual  incidiu  o adiantamento). No caso  do Eixo IV, a taxa de reembolso  inferior a  

100%  é  consequência  da  disposição  regulamentar  que  condiciona  os  pagamentos  a  um  limite  de  95%  do  

montante máximo do apoio a cada operação, até à aprovação do relatório final dessa operação (o seu efeito é  

mais notório neste Eixo  por via do número reduzido de operações em curso e do seu estado  de avançado de  

realização). Já no que respeita à (anormalmente) baixa taxa de reembolso do Eixo V, a situação no final do ano  

de 2011 traduzia, essencialmente, um  elevado número  de  pagamentos submetidos à  Entidade Pagadora (IFDR)  

em Dezembro e cujo pagamento efetivo ao beneficiá rio não havia ainda sido concretizado até ao final do ano  

transato.   

Os pagamentos aos beneficiários, quer sejam efetuados pelo IFDR, enquanto Entidade Pagadora do QREN (nas  

vertentes Fundo de Coesão e FEDER) no caso da despesa validada pela Autoridade de Gestão do POVT, quer 

sejam os pagamentos  efetuados pelos Organismos  Intermédios  para as  Regiões Autónomas  dos Açores e  da  

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

EP 1 EP 2 EP 3 EP 4 EP 5 EP 6

Milhões €

Execução em 2011

Execução até 2010

Programação

Aprovação

Page 74: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

74 

Madeira,  com  contratos  de  subvenção  global  (e  que,  nessa  condição,  realizam  pagamentos  diretos  aos  

beneficiá rios), têm sustento nos  reembolsos da Comissão Europeia (a  que acresce os montantes  transferidos  

no  início  do  período  de  programação  a  título  de  pré‐financiamentos),  com  base  na  despesa  incluída  em  

Certificado e Declaração de Despesas e Pedido de Pagamento (CDDPP), apresentados à Comissão pelo IFDR. A 

tabela 2.2. apresenta, por eixo prioritário, o total da despesa elegível certificada até ao final de 2011,  incluída  

nos pedidos de  pagamento apresentados pelo IFDR à Comissão Europeia, lis tados no quadro nº 4.  

 

Tabela 2.2: Realização Financeira  Un: € 

 

Eixo Prioritário 

Financiamento total do Programa 

Operacional (União e nacional)  

Base de cálcul o da contribuiçã o da União (Custo 

Público  ou Total)  

Total da despesa elegível certif icada 

paga pelos beneficiários  

Contribuiçã o pública 

correspondente  

Taxa de execução (%) 

1  2  3  4  5=3/1 ou 4/1  

Eixo Prioritário 1           

Fundo de Coe são   1.411.730.231   Custo Total  211.579.851   211.579.851   15% 

Eixo Prioritário 2          

Fundo de Coe são   1.941.176.470   Custo Total  275.868.898   271.139.614   14% 

Eixo Prioritário 3          

Fundo de Coe são   129.411.765   Despesa Pública  30.534.866  30.534.866  24% 

Eixo Prioritário 4           

Fundo de Coe são   117.647.059   Despesa Pública  48.858.363  48.858.363  42% 

Eixo Prioritário 5           

FEDER  1.438.118.025   Custo Total  909.294.484   909.285.784   63% 

Eixo Prioritário 6          

FEDER  70.872.438  Despesa Pública  15.309.497  15.309.497  22% 

Total Fundo de Coesão  

3.599.965.525   

566.841.978   562.112.695   16% 

Total FEDER  1.508.990.463   

924.603.981   924.595.281   61% 

Total PO  5.108.955.988   

1.491.445.959   1.486.707.975   29%  

 

 

 

 

 

 

 

Page 75: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

75 

Quadro nº 4 ‐ Pedidos  de Certificação de Despesa  

N.º /Ano de submissão do 

Pedido 

Data de envio do CDDPP à CE 

Total das despesas elegíveis pagas 

pelos beneficiários 

Montante do PP à CE 

Data de Pagamento da CE  

FEDER   924.603.981  789.123.586    

1º/2009  19‐10‐2009  11.976.792  8.825.942  05‐11‐2009 1º/2010  26‐04‐2010  114.290.294  80.371.519  06‐05‐2010 2º/2010  23‐06‐2010  78.789.678  55.266.850  22‐07‐2010 3.º/2010  04‐08‐2010  146.086.711  102.482.236  12‐08‐2010 4.º/2010  31‐08‐2010  40.098.920  28.078.569  24‐09‐2010 5.º/2010  29‐10‐2010  65.332.992  45.966.449  19‐11‐2010 6.º/2010  10‐12‐2010  194.765.711  136.409.177  22‐12‐2010 7.º/2010  17‐12‐2010  112.082.997  78.496.312  27‐12‐2010 1º/2011  15‐04‐2011  83.618.984  58.663.022  26‐04‐2011 2º/2011  12‐07‐2011  114.238.641  80.189.193  27‐07‐2011 3º/2011  05‐08‐2011  65.637.161  46.069.742  12‐08‐2011 4º/2011  15‐11‐2011  74.357.025  52.153.391  30‐11‐2011 5.º/2011  22‐12‐2011  ‐176.671.926  9.430.562  25‐01‐2012 

5.º/2011 (TOP UP)  22‐12‐2011  0  6.720.622  25‐01‐2012               

Fundo de Coesão  566.841.978  495.147.978    1º/2009  21‐10‐2009  95.668.596  66.968.012  05‐11‐2009 1º/2010  26‐04‐2010  150.902.633  105.631.834  06‐05‐2010 2.º/2010  04‐08‐2010  73.128.234  51.189.760  12‐08‐2010 3.º/2010  17‐11‐2010  37.279.652  26.095.756  02‐12‐2010 4.º/2010  04‐12‐2010  31.359.481  21.951.636  13‐12‐2010 5.º/2010  20‐12‐2010  45.172.665  31.620.862  28‐12‐2010 1.º/2011  19‐07‐2011  33.038.765  23.127.135  17‐08‐2011 2.º/2011  12‐09‐2011  73.372.460  51.360.721  07‐10‐2011 

4.º/2011 (REP)  20‐12‐2011  26.919.492  103.869.191  19‐01‐2012 5.º/2011 (TOP UP)  22‐12‐2011  0  13.333.072  19‐01‐2012 

Total   1.491.445.959  1.284.271.565    

 

Faz‐se notar, na  leitura do quadro  anterior, que  os CDDPP  apresentados à  Comissão  Europeia em  Dezembro de  

2011  (e  reembolsados  pela  Comissão  já  em  2012)   surgem  na  sequência  da  reprogramação  do  POVT  e  da  

aplicação do mecanismo de derrogação criado pelo Regulamento (UE) n.º 1311/2011, de 13 de dezembro, que 

altera o Regulamento (CE) n.º 1083/2006 no  que diz  respeito a determinadas disposições referentes à gestão  

financeira relativamente a determinados Estados‐Membros afetados ou ameaçados por graves dificuldades de  

estabilidade  financeira.   

A  este  propósito  recorda‐se  que  na  sequência  do  processo  de  reprogramação  ocorreu  o  encerramento  da  

elegibilidade de  investimentos em a lgumas tipologias anteriormente previstas no  POVT e que  passaram para os  

Programas Operacionais Regionais, assim como  foram abertas no POVT novas elegibilidades que  antes estavam 

apenas previstas nesses Programas. Por esse motivo, e porque  no f inal  do ano  não estava ainda concluída a  

operacionalização  da  transição  entre  Prog ramas  das  operações  anteriormente  aprovadas  no  âmbito  dessas  

Page 76: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

76 

tipologias, o IFDR suspendeu a certificação da despesa relativa a esse conjunto de operações, a fim de evitar a 

certif icação de despesas que  deixaram de ser elegíveis num determinado Programa ou Eixo.  

Esta medida resultou na suspensão  da certificação  de um  conjunto de despesas (relativo a anteriores tipologias  

do  FEDER),  situação  que   jus tifica,  juntamente  com  algum  desfasamento  entre  a   despesa  validada  pela  

Autoridade de Gestão e a  despesa  incluída  pelo IFDR e  CDDPP, a diferença entre o Total da  despesa elegível  

certif icada paga pelos beneficiários (coluna 3 da tabela 2.2) e a despesa executada  inscrita no Anexo II a este 

relatório.  

Relativamente ao  mecanismo  de derrogação, conforme estabelece a alínea a) do n.º 2  do Regulamento (UE)  n.º  

1311/2011,  de  13  de  dezembro,  o  mesmo  consiste  na  concessão  de  assistência  financeira  ao  abrigo  do  

Regulamento (UE) n.º 407/2010, de 11 de maio, que cria um mecanismo europeu  de estabilização financeira,  

com o  objetivo de preservar a  estabilidade  financeira da União. Nos termos do segundo parágrafo do artigo  2.º  

do mesmo  regulamento, a derrogação aplica‐se a  partir  da data  em que a assistência f inanceira foi  tornada  

disponível para Portugal (24 de  maio de 2011) até  31 de  dezembro de  2013. 

Em  20  de  dezembro  de  2011,  o  Estado  Português,  através  do  IFDR,  apresentou  o  pedido  de   aplicação   da  

derrogação re lativo a um primeiro conjunto de cinco PO FEDER e Fundo de Coesão do QREN, onde se  incluía o  

POVT3. Este conjunto  de Programas foi  identificado atendendo  ao facto das taxas de cofinanciamento  previstas 

em sede de decisão  se encontrarem, globalmente, no  limiar máximo previsto  no  Anexo  III do Regulamento (CE)  

n.º  1083/2006,  de  16  de   junho,  observando‐se  assim   a  condição   explicitada  no  Regulamento   (UE)   n.º  

1311/2011. 

A Comissão Europeia concedeu, em 22/12/2011, a aplicação da derrogação solicitada, pelo  que a Autoridade  

de  Certif icação  procedeu,  consequentemente,  à  apresentação  das  declarações  de  despesas  e  pedidos  de  

pagamento para estes Programas, cujos valores surgem  inscritos no último pedido de cada fundo apresentado  

no Quadro nº 4. Os montantes solicitados resulta ram da aplicação deste mecanismo ( taxas de cofinanciamento  

aplicáveis a cada Eixo Prioritário – conforme estabelecidas na decisão de cada Programa – aumentadas em 10  

p.p., sem exceder 100%) aos  montantes  de despesa certificada desde  24/05/2011, conforme quadro  que  se  

segue. 

 

 

 

                                                                         3 Além do POVT (FEDER e Fundo de Coesão) o pedido estendeu‐se aos Programas Algarve 21, PROCONVERGÊNCIA, Intervir+ e POAT FEDER.  

Page 77: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

77 

Quadro nº 5 ‐ Efeito da  aplicação do mecanismo de Top Up   

Eixo Prioritário  Despesa certif icada  

Despesa a deduzir ao montante a que é aplicado o Top Up  

Montante PP à CE antes de Top UP  

Montante de Top Up (+10 p.p. sobre despesa certif icada)  

Total PP à CE 

                 

VT‐1  0  206.107.836   0  ‐20.610.784   ‐20.610.784  

VT‐2  0  104.359.441   0  ‐10.435.944   ‐10.435.944  

VT‐3  0  59.646.484  0  ‐5.964.648   ‐5.964.648  

VT‐4  0  15.641.908  0  ‐1.564.191   ‐1.564.191  

VT‐5  0  47.755.593  0  ‐4.775.559   ‐4.775.559  

VT‐11  211.579.851   0  179.842.098   21.157.985  201.000.083  

VT‐12  275.868.898   0  234.488.563   27.586.890  262.075.453  

VT‐13  30.534.866  0  25.954.636  3.053.487  29.008.123 

VT‐14  48.858.363  0  41.529.609  4.885.836  46.415.445 

Fundo de Coesão  

566.841.978   433.511.261   481.814.907   13.333.072   495.147.978  

VT‐6  0  95.869.942  0  ‐9.586.994   ‐9.586.994  

VT‐7  0  28.051.612  0  ‐2.805.161   ‐2.805.161  

VT‐8  0  46.622.466  0  ‐4.662.247   ‐4.662.247  

VT‐9  0  665.632.927   0  ‐66.563.293   ‐66.563.293  

VT‐10  0  10.866.132  0  ‐1.086.613   ‐1.086.613  

VT‐15  909.294.484   0  767.588.949   90.929.448  858.518.397  

VT‐16  15.309.497  0  14.814.015  495.482  15.309.497 

FEDER  924.603.981   847.043.080   782.402.964   6.720.622   789.123.586  

Total  1.491.445.959   1.280.554.341   1.264.217.871   20.053.694   1.284.271.565  

 

Apresentam‐se de seguida, no quadro nº 6, os recebimentos (por via dos pré‐financiamentos e reembolsos da  

Comissão  Europeia)  e  os  pagamentos  aos  beneficiários  (via  IFDR  e Organismos   Intermédios). Note‐se  que,  

decorrente da reprog ramação técnica do POVT, cuja Decisão ocorreu em dezembro de 2011, os valores pagos  

no âmbito dos anteriores Eixos VI (que agora se  reparte entre  o E ixo  II e o Eixo V), VII (agora Eixo  I) e VIII (agora 

Eixo II), através do FEDER, estão no quadro  nº 6 contabilizados  no Fundo e Coesão. Por essa razão, e porque  

uma  parcela  significativa  dos  recebimentos  resultantes  dos  montantes  certificados  no  âmbito  da  

reprog ramação (ver quadro nº 4) foi contabilizada  já em 2012, o valor dos recebimentos apresentado ao nível  

do  Fundo   de  Coesão  é   ligeiramente  inferior  ao  total   dos  pagamentos/transferências  a  favor  dos  

beneficiá rios/Organismos Intermédios. 

 

 

Page 78: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

78 

 

Quadro nº 6 ‐ S ituação de  “Tesouraria” do POVT   

  

Os valores da execução  financeira  do  POVT, aqui entendidos em  função da despesa (fundo) incluída em  CDDPP  

até ao final, permitem ainda verifica r o cumprimento, em ambos  os fundos, da meta da designada regra  n+3  

em 2011 – recorde‐se que o  Regulamento  (CE) n.º 1083/2006  do Conselho, de 11 de  julho, estabelece que é  

automaticamente  anulada,  pela  Comissão,  a  parte  de  uma  autorização  orçamental  re lativa  a  um  Programa  

Operacional  que  não  tenha  sido  utilizada  até  31  de  dezembro  do  segundo  ano  seguinte  ao  da  autorização  

orçamental (n+2) ou, para um conjunto de Estados‐Membros, no qual se  inclui Portugal, cujo PIB entre 2001 e  

2003 foi  inferior a 85% da média da UE‐25, até 31 de dezembro do terce iro ano seguinte, para as autorizações  

orçamentais de 2007 a 2010 (n+3) –, e perspetivar o esforço de execução necessário para atingir as metas em 

2012, para cada um dos fundos.  

Gráfico nº 8: Cumprimento da Regra N+3 

 

Unid: Milhares euros

Pré  Financ.mento

Reembolso da CE 2011

Reembolso da CE Acumulado

Total  

Pagamentos  CE

Pagamentos  

pelo  IFDR  aos  bene ficiár ios  *

Transfe rências  

pa ra  OI Subvenção 

Pagamento  

pe los  OI aos  bene ficiá rios

Total  

Transfe rências  e  Pagamentos

Total  

Pagamentos  aos  

1 2 3 4 5 6 7 8=5+6 9=5+7

FEDER 119.8 93 237 .07 5 772 .972 892.866 690.341 0 690.341 690.341

Fundo de Coesão

229.4 97 74 .48 8 377 .946 607.443 582.798 79.750 68.162 662.548 650.960

TOTAL 349.3 91 311 .56 3 1.150 .918 1.500.309 1.273.139 79.750 68.162 1.352.889 1.341.301

OI Açores 40.250 34.840

OI Madeira 39.500 33.322

Total 79.750 68.162

* Inclui  Recupera ções  e Devoluções  no  fina l do  ano

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Fundo Coesão FEDER

Milhõe

s €

"Top Up" 2011PPI 2011 (sem "Top Up")PPI 2010

PPI 2009

Regra N+3 (2012)Regra N+3 (2011)

Page 79: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

79 

 

2.1.3 Informação sobre a repartição da utilização dos fundos  

A informação do apoio comunitário aprovado, por combinação das diferentes dimensões de categorização, nos  

termos previs tos na parte C do Anexo II do Regulamento (CE) nº 1828/2006, de 8 de Dezembro, alterado pelo  

Regulamento  (CE) nº 846/2009, de 1  de  Setembro, será apresentada em  suporte  excel em  complemento a este  

Relatório. Complementa rmente, apresenta‐se de seguida a forma como esse apoio é ventilado  por  cada uma  

das seguintes categorias: Formas de Financiamento, Tipo de Território, e Atividade Económica e Localização. A 

análise da dimensão Temas Prioritários é realizada separadamente, no  ponto 2.1.6. 

 

Formas de Financiamento 

A contribuição comunitária atribuída pelo POVT era, até 2009, exclusivamente atribuída sob a forma de Ajuda  

não  Reembolsável.  Em  2010,  com   a  decisão   de  intervenção  do   Programa  da  Iniciativa  JESSICA  (ver  ponto  

específico  do  Relatório  sobre  este  ins trumento  financeiro),  a  repartição  passou  a  prever  a  dotação  daquela  

operação em Outras Formas de Financiamento, que ficou plasmada na reprogramação do Programa aprovada  

em dezembro 2011. A repartição dos montantes aprovados e executados, por forma de financiamento, era no  

final de 2011 a que se apresenta na tabela 2.3. 

 

Tabela 2.3 ‐ Repartição da contribuição da União por Forma de Financiamento 

Código  Designação 

Fundo 

Aprovação   Execução 

Nº Proj. Montante 

€ Montante 

€  Tx EX/AP  

1  Ajuda não reembolsável   617  3.349.995.175  1.474.395.452  44% 

2  Ajuda (empréstimo, bonificação de juros, garantias)         

3 Capital de risco (participação, fundo de capital de risco)             

4  Outras formas de financiamento  1  30.000.000  30.000.000  100% 

   TOTAL   618  3.379.995.175  1.504.395.452  45% 

 

 

 

Page 80: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

80 

Localização 

No Anexo  IV  a  este   Rela tório  –   Aprovações  e  execução   por NUT  III  até  31.12.11  (valores  acumulados)   –  

encontra‐se, de forma sistematizada, a distribuição, por NUT II e pelas correspondentes NUT III, do número de  

operações aprovadas, do financiamento comunitário que  lhes está atribuído e do respetivo nível de execução.  

Essa repartição, ao nível das NUT  II, é representada no gráfico seguinte.  

 

Gráfico nº 9  ‐ Apoio Comunitário por NUT II 

 

Apesar de 2011 ter registado o segundo maior aumento  dos valores aprovados (a seguir ao ano de 2009, em  

que haviam sido comprometidos 1.548 milhões de euros), os 831 milhões de euros em novas aprovações não  

introduziram  alteração  substancial  na  forma  como  se  distribui,  no  território  nacional,  o  financiamento  

comunitário  aprovado. Quer  em  número  de  operações  aprovadas,  quer  em  financiamento  comunitário  que  

lhes está associado, mantem‐se a forte  concentração, já observada nos anos anteriores, nas regiões do objetivo  

convergência do continente  (Norte, Centro e Alentejo).   

Continua  também a ser a  região Alentejo  aquela  que  concentra a maior fatia do  financiamento comunitário  

aprovado,  com  um  cerca  de  1.029 milhões  de  euros,  correspondente  a  30%  do  fundo  total  aprovado  pelo  

Programa, em grande medida impulsionada pelas infraestruturas de  transportes aprovadas no âmbito  do  Eixo I  

(nomeadamente as que respeitam às  ligações ferroviárias do Eixo Lisboa‐ Sines‐Elvas), que representam pouco  

menos  de metade  do  fundo  aprovado  nesta  região,  seguidas  dos  investimentos  aprovados  no  Eixo  II  –  com 

grande preponderância das  infraestruturas do Ciclo Urbano da Água, do Empreendimento de Fins Múltiplos de  

160

219

98

77

26

4 3 26 5

Nº operações aprovadas

911,2

890,8

1.029

213,7

76,981,8

45,9 98,6 31,7

Fundo aprovado (M€)

503,8

365,5

343,9

120,2

19,5

34,234,4 59,8 23,2

Fundo executado (M€)

Norte

Centro

Alentejo

Lisboa

Algarve

Região Autónoma dos Açores

Região Autónoma da Madeira

Multi‐região Convergência

Não regionalizável

Page 81: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

81 

Alqueva e dos Resíduos Sólidos Urbanos – e no Eixo V – em particula r nas vertentes da Requalificação da Rede  

de Escolas com Ensino Secundário  e do  Empreendimento de  Fins Múltiplos  de Alqueva. 

Na  região Norte,  a  segunda maior  em  fundo  aprovado  (27%  do  total),  são  os  investimentos  aprovados  no  

âmbito  do  Eixo  V  que   concentram  a maior  fatia  de   investimento,  em  particular  nas  áreas  de  intervenção  

dedicadas  ao  ensino  e  cultura:  413 milhões  de  euros  estão  alocados  às  escolas  com  ensino  secundário,  79  

milhões  de euros em   infraestruturas universitá rias e equipamentos  culturais  e 51  milhões de  em escolas do  

ensino básico. O restante financiamento está, na sua quase totalidade, afeto  ao Eixo II, onde se destacam, à  

semelhança da região Alentejo, as intervenções  no âmbito  do Ciclo Urbano da Água. 

Segue‐se, em volume de financiamento comunitário comprometido a região Centro, com 26% do total. Aqui, e 

tomando  por  referência  o  que  acima  foi  dito  a  propósito  da  região Norte,  invertem‐se  as  posições  dos  dois  

eixos de maior peso: às  intervenções do E ixo II estão alocados cerca de 461 milhões  de euros, dos quais 293  

milhões referentes a operações no âmbito do Ciclo Urbano da Água (a que se seguem as  intervenções n área  

dos Resíduos Sólidos Urbanos, com  85 milhões de euros), seguidas pelos  investimentos no âmbito do  Eixo V,  

onde prevalecem, novamente, as operações de requalif icação da rede de escolas com ensino secundário (227  

milhões  de  euros),  as  infraestruturas  universitárias  e  equipamentos  cultura is  (86  milhões  de  euros)  e  as 

infraestruturas e equipamentos desportivos (estão  implementadas nesta região se is dos onze  Centros de Alto  

Rendimento aprovados pelo  POVT). Merece também referência o facto de, apesar de  ocupar a  terceira  posição  

em  termos  do  financiamento  aprovado,  ser  esta  a  região  com maior  número  de  operações  aprovadas  (219, 

contra as 160 da região Norte e as 98  da região  Alentejo).  

Nas  regiões  do  continente  fora  do Objetivo  Convergência,  elegíveis  no  âmbito  do  Fundo  de  Coesão,  Lisboa  

mantém‐se como  aquela que concentra a maior parte  dos projetos  aprovados –  número para o qual contribui o  

facto  de,  em  função  das  regras  de  regionalização,  aí  serem  contabilizados  os  investimentos  de  natureza  

imaterial  ou de aquisição de equipamentos promovidos  por entidades públicas sediadas nesta região, que se  

juntam  ao  grande  projeto  CRIL  –  Buraca/Pontinha,  do  Eixo  I,  e  um  conjunto  de  infraestruturas  apoiadas  no  

âmbito do Ciclo  Urbano da Água (Eixo  II). 

 

Tipo de Território 

Conexa com a  localização das  intervenções apoiadas, a classificação do  investimento de acordo com o Tipo de  

Território é apresentada na tabela 2.4,  incluindo o número de projetos aprovados, a contribuição comunitá ria  

atribuída e o respetivo nível de execução  e cada um  dos tipos  de território  aplicáveis.  

 

Page 82: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

82 

Tabela 2.4.: Repartição da contribui ção da União  por Tipo de Território  

Código   Designação  

Fundo  

Aprovação   Execução  

Nº Proj.  Montante 

€ Montante 

€ Tx  EX/AP 

1  Aglomeração urbana  332  2.316.385.277   1.069.183.091   46% 

2  Zona de montanha        

3  Ilhas             

4 Zonas de fraca e muito fraca densidade populacional  

127  364.304.385   95.529.304  26% 

5 Zonas rurais (que não montanhas, ilhas, ou zonas de fraca e muito fraca densidade populacional)  

121  441.243.677   188.107.499   43% 

6 Antigas fronteiras externas da UE (após 30.04.2004)          

7  Região ultraperiférica  9  127.912.465   68.583.013  54% 

8  Zona de cooperação transfronteiriça        

9  Zona de cooperação transnacional              

10  Zona de cooperação inter‐regional        

0  Não aplicável  29  130.149.372   82.992.544  64% 

           

   TOTAL   618  3.379.995.175   1.504.395.452   45%  

 

A este nível prevalecem, tal como acontecia  já em 2010, as  intervenções  localizadas em Aglomeração Urbana,  

absorvendo  cerca  de 59%  do Fundo  total  aprovado  – o  seu peso  rela tivo, quando considerado o  número  de  

projetos, situa‐se nos 54% –, seguidas pelas Zonas  Rurais, com 13%  do Fundo aprovado (20% em número  de  

operações aprovadas) e pelas Regiões de fraca  e muito  fraca densidade populacional, que  recebem  cerca  de  

11% do Fundo aprovado (21% em  número de operações  aprovadas). As Regiões Autónomas dos  Açores e  da  

Madeira  surgem,  neste  âmbito   classificadas  como   regiões   ultraperiféricas,  e  representam  perto  de   4%  do  

financiamento  já aprovado, em  linha com o peso que representam os respetivos Eixos III e IV na programação 

financeira do POVT (de cerca de 5%).  

 

 

 

Page 83: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

83 

Atividade Económica  

Apesar  da  grande  heterogeneidade  das  intervenções  apoiadas  no  âmbito  dos  eixos  prioritários  do  POVT,  as 

operações encontram‐se concentradas num número  reduz ido  de atividades  económicas (nos termos em que  

está definida enquanto dimensão de categorização dos  investimentos), que ref letem, no essencial, as grandes  

áreas de  intervenção do Programa e as atividades delas resultantes. A tabela 2.5, aqui apresentada, reflete a  

repartição da contribuição comunitária  de acordo com o  tipo de atividade económica em que se enquadram as  

operações aprovadas pelo POVT, e o gráfico seguinte esquematiza essa distribuição.   

 

Tabela 2.5.: Repartição da contribui ção da União  por Atividade Económica  

Código   Designação  

Fundo  

Aprovação   Execução  

Nº Proj.  Montante 

€ Montante 

€ Tx  EX/AP 

1  Agricultura, caça e silvicultura             

2  Pesca        

3  Indústrias alimentares e das bebidas             

4  Fabrico de têxteis e produtos têxteis         

5  Construção de material de transporte             

6  Indústrias transformadoras diversas        

7  Extração de produtos energéticos             

8 Produção e distribuição de eletricidade, gás, vapor e água quente         

9 Captação, tratamento e distribuição de água 

37  359.367.880   102.803.240   29% 

10  Correios e telecomunicações         

11  Transportes  18  750.557.086   273.370.071   36% 

12  Construção         

13  Comércio por grosso e a retalho             

14  Hotéis e restaurantes  1  12.593.894  2.629.156  21% 

15  Atividades financeiras  1  30.000.000  30.000.000  100% 

16 Atividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas         

17  Administração pública  341  412.565.309   158.230.328   38% 

Page 84: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

84 

18  Educação   79  941.622.556   715.893.940   76% 

19  Atividades de saúde humana             

20 Ação social e serviços coletivos, sociais e pessoais  2  2.272.154  0  0% 

21  Atividades associadas ao ambiente  139  871.016.296   221.468.717   25% 

22  Outros serviços não especificados         

0  Não aplicável             

           

   TOTAL   618  3.379.995.175   1.504.395.452   45%  

 

Gráfico nº 10  ‐ Apoio Comunitário aprovado, por principais atividades Económicas  

 

 

Da tabela e gráfico anteriores resulta desde  logo evidente a  importância relativa das “Atividades associadas ao 

ambiente”,  quando  consideradas,  de  forma mais  abrangente,  em  conjunto  com  a  atividade  de  “Captação,  

tratamento e  distribuição  de água”, representando  26% e  11%  do f inanciamento aprovado, respetivamente.  

Relevam  nestas  duas  atividades   as  intervenções   do   Ciclo  Urbano  da  Água,  na  vertente  de   saneamento   e  

tratamento de águas residuais  (634 milhões  de euros), e a recuperação de Passivos Ambientais e valorização de  

Resíduos  Sólidos Urbanos,  incluindo  regiões  autónomas  (237 milhões  de  euros),  e  as  intervenções  do  Ciclo  

Urbano   da  Água,  na  vertente   de   abastecimento  de  água  (198   milhões  de  euros),  juntamente   com   as  

intervenções  do  empreendimento  de  Fins  Múltiplos  do  Alqueva  (162  milhões  de  euros).  Seguem‐se  a 

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

Captação, tratamento e distribuição de 

água

Transportes Hotéis e restaurantes

Atividades financeiras

Administração pública

Educação Ação social e serviços coletivos, sociais e pessoais

Atividades associadas ao ambiente

Nº de O

perações

Milhõe

s €

Aprovação Execução Nº Operações

Page 85: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

85 

“Educação”,  com  um  peso  de  28%  (o mais  elevado  em  termos  individuais)  –  agrupando  os  financiamentos  

associados  a  intervenções  em  escolas  com  ensino  secundário  (778  milhões  de  euros),  infraestruturas  

universitá rias (100 milhões de euros) e escolas do 2º e 3º ciclo do ens ino básico (64 milhões de euros) –, e os 

“Transportes”, com  22% –  onde o  financiamento  previsto para a  l igação ferroviária de alta velocidade ainda  

contribuía com 351 milhões de  euros para os 751 milhões  de euros aprovados. 

Existe,  como   seria  esperado,  uma  estreita  corre lação  entre   estas  atividades  e   os  valores  de   aprovação  e  

execução  dos  principais  (maiores)  eixos  prioritá rios  do  programa  (ver  Anexo  II  a  este  Relatório),  cuja  

programação  respeita,  no  essencial  a  estas  mesmas  atividades  (ou  seja,  os   eixos  prioritá rios  II,  V  e  I, 

respetivamente).  

Das demais atividades económicas cofinanciadas pelo Programa merece destaque a “Administração Pública”, à 

qual  estão  associadas  a  grande  parte  das  intervenções  no  âmbito  da  “Prevenção  e Gestão  de  Riscos”  e  de  

“Proteção  Costeira”  (atual  Eixo   II),  assim  como  as  intervenções  no  âmbito   das  “Ações  Inovadoras   para  o  

Desenvolvimento Urbano” e “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos” e “Equipamentos Estruturantes do  

Sistema Urbano Nacional”  (que  não as infraestruturas universitá rias). 

 

2.1.4 Informação sobre o apoio por grupos alvo 

Na análise por grupos alvo, aqui entendida como  relativa à repartição da contribuição comunitária aprovada, 

por categorias de beneficiário, valerá a pena distinguir o seu  peso relativo no POVT em função do número  de  

operações  aprovadas  e  do  financiamento  comunitá rio  que  lhes  está  associado,  pois  dessa  distinção  resulta  

evidente o efe ito  da dimensão média dos projetos  implementados por diferentes tipologias de beneficiá rios.  

No  quadro   seguinte  apresentam‐se  os   valores  de   aprovação  e  execução  por  em  cada  uma  das  tipologias  

presentes  no POVT, bem como  o número  de operações desenvolvida por cada uma e  o seu  peso re lativo no  

conjunto  do Programa.  

Quadro nº 7 ‐ Apoio Comunitário por tipolog ia de beneficiário 

Categoria de beneficiários 

Fundo       

Aprovação   Execução  Peso relativo no 

POVT 

Nº Proj.  

Montante € 

Financiamento Médio  

Montante € 

Tx. Exec.  nº    fundo  

Administração Direta Serviços Centrais  33  128.006.753   3.878.993  54.553.252  43%  5,3%  3,8% 

Administração Direta Serviços Periféricos  

4  2.066.355  516.589  1.479.431  72%  0,6%  0,1% 

Page 86: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

86 

Administração Indireta Serviços Personalizados  

37  64.715.728  1.749.074  28.742.322  44%  6,0%  1,9% 

Empresas não financeiras públicas e participadas maioritariamente pelo sector público  

164  2.514.640.407   15.333.173  1.173.910.066   47%  26,5%  74,4% 

Administração Autónoma Regional  9  21.143.819  2.349.313  401.947  2%  1,5%  0,6% 

Administração Autónoma Local   226  431.934.700   1.911.215  136.579.965   32%  36,6%  12,8% 

Instituições do Ensino Superior (Públicas)  

19  116.369.273   6.124.699  60.580.435  52%  3,1%  3,4% 

Não PME (recomenda ção 2003/361/CE)  

2  5.653.691  2.826.846  0  0%  0,3%  0,2% 

Empresa de média dimensão (recomendação 2003/361/CE )  

1  14.362.024  14.362.024  4.226.603  29%  0,2%  0,4% 

Pequena empresa (recomendação 2003/361/CE)  

2  8.061.064  4.030.532  0  0%  0,3%  0,2% 

Soc.Púb.Inv.,Soc.Cap.Risco,Invest.Inst.s/controle na emp.  

1  30.000.000  30.000.000  30.000.000  100%  0,2%  0,9% 

Entidade Privada sem fins lucrativos  119  41.382.757  347.754  13.921.431  34%  19,3%  1,2% 

Instituições do Ensino Superior (Privadas) 

1  1.658.604  1.658.604  0  0%  0,2%  0,0% 

Total  618  3.379.995.175   5.469.248   1.504.395.452   45%        

Analisando  os  valores  acima  apresentados,  dois  aspetos merecem,  desde  logo,  destaque:  a  presença   (em  

número  de operações, mas também  no financiamento aprovado) das entidades  da Administração  Autónoma  

Local  (municípios  e   suas  associações)  –   responsava  por  37%  das  operações  aprovadas,  embora  lhes  

correspondam  “apenas”  13%  do  financiamento  comunitário  atribuído  pelo  POVT  –  e  o  peso  (especialmente  

significativo  em termos de  financiamento  aprovado)  do sector empresa rial  do estado –  responsável por 27%  

das  operações  aprovadas,  absorvendo  perto  de  75%  do  financiamento  aprovado. Note‐se,  a  este  propósito,  

que a  inclusão das empresas municipais, aqui tra tadas no âmbito das empresas participadas maioritariamente  

pelo setor público, no conjunto das entidades da administração autónoma  local elevaria o peso relativo destas  

últimas um  pouco acima dos 18% do  financiamento  já aprovado pelo POVT.  

A razão desta proporção  fica  clara quando  observados  os valores  de financiamento médio, por operação, de  

cada  um  dos  beneficiário‐tipo:  as  empresas  públicas  são  responsáveis  pela  totalidade  dos Grandes  Projetos  

apresentados  ao  POVT  e  por  um  conjunto  de  operações  que,  abaixo  da  classificação  de  Grande  Projeto,  

envolvem  ainda  assim  investimentos  avultados.  Face  à  sua  relevância  na  implementação   do  Prog rama, 

apresenta‐se informação  mais detalhada sobre as entidades que compõem este sector no quadro  seguinte.  

 

 

Page 87: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

87 

Quadro nº 8 ‐ Apoio Comunitário por entidade do sector empresarial do estado 

Setor Empresarial do Estado 

Fundo     

Aprovação   Execução  Peso relativo no 

SEE 

Nº Proj.  

Montante € 

Financiamento Médio por Proj.  

Montante € 

Tx  EX/AP  nº   fundo  

REFER  5  499.404.217   99.880.843  101.835.269   20%  3,0%  19,9% 

Estradas de Portugal  1  95.772.660  95.772.660  84.722.672  88%  0,6%  3,8% 

Água de Portugal   34  561.609.099   16.517.915  159.869.736   28%  20,7%  22,3% 

Empresas Municipais  33  191.413.091   5.800.397  23.973.443  13%  20,1%  7,6% 

EDIA     9  161.764.560   17.973.840  94.857.737  59%  5,5%  6,4% 

Administrações Portuárias  8  67.904.803  8.488.100  19.998.142  29%  4,9%  2,7% 

Parque Escolar  41  761.357.770   18.569.702  601.266.759   79%  25,0%  30,3% 

SEE (outros)  27  67.950.516  2.516.686  18.855.994  28%  16,5%  2,7% 

RAM     3  45.935.100  15.311.700  34.385.278  75%  1,8%  1,8% 

RAA  

3  61.528.592  20.509.531  34.145.036  55%  1,8%  2,4% 

  Total  164  2.514.640.407   15.333.173   1.173.910.066   47%  

     

 

A relação entre as tipologias acima apresentadas, em particula r as do sector empresarial do estado, e as áreas 

de  intervenção apoiadas pelo POVT é relativamente evidente, sublinhando‐se, pelo volume  de financiamento  

(e  investimento  subjacente)  as  intervenções  da  Parque  Escolar  na  requalificação  as  escolas  com  ensino  

secundário (Eixo V), os  investimentos das empresas do grupo Águas de Portugal no âmbito do Ciclo Urbano da  

Água e da valorização de  Resíduos Sólidos Urbanos (Eixo II) e as operação da  REFER rela tivas a construção  e  

modernização de  linhas e  troços da rede  ferroviária naciona l (Eixo I). 

Nas  demais  tipologias  de  entidades,  retoma‐se  a  referência  às  autarquias  locais,  cujos  investimentos  se  

concentram no Ciclo Urbano da Água e Prevenção e Gestão de Riscos (Eixo II) e na quase totalidade das áreas  

de intervenção do Eixo V (com exceção da requalificação  as escolas com ens ino secundário, a ca rgo da empresa  

pública Parque Escola r, EPE).  

Devem  ainda  ser  referidas,  em  função   do   financiamento   que   lhes   está  atribuído,  os  Serviços   Centrais   da  

Administração  Direta,  como  a  Autoridade  Naciona l  de  Proteção  Civil,  a  Direção  Geral  de  infraestruturas  

Page 88: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

88 

(Ministério  da  Administração   Interna)  e  o  Ins tituto  Geográfico  Português,  com  operações  no  âmbito  da  

Prevenção e Gestão de  Riscos e da  Proteção Costeira (Eixo II), e as Instituições (públicas)  de Ensino Superior 

(Eixo V), bem como o INAG e as Administrações das Regiões Hidrog ráficas4, também promotoras de operações  

de Proteção  Coste ira e  de Recuperação de Passivos Ambientais (E ixo  II), no caso dos Serviços  Personalizados  da  

Administração Indireta. 

 

2.1.5. Apoio restituído ou reutilizado 

No  que   se  refere  aos  apoios  restituídos  na  sequência  de  anulação  total  ou   parcial,  por  motivo  de  

irregula ridades, durante o  ano  de 2011, foram efetuadas anulações parciais  da participação comunitária  nas  

seguintes operações:  

 

Quadro nº 9 ‐ Operações onde foram detetadas  irregularidades  

Operação  Montante Despesa 

Irregular (Fundo)  

Detetado 

POVT‐12‐0435 ‐FCOES‐000098 ‐ Refor ço da Infra‐

estrutura Tecnológica do CNOS e CDOS 214.632,22 

Follow Up  

Auditoria Temática aos 

procedimentos de contratação 

na EMGFC/ UAI 

POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000001 ‐ Modernização e 

requalificação de escolas com ensino secundário – 

Região Alentejo Lote 1 

2.510.059,40€   Auditoria EAS/IFDR 2011 

POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000002 ‐ Moderniza ção e 

requalificação de escolas com ensino secundário – 

Região Alentejo Lote 2 

3.115.467,42€   Auditoria EAS/IFDR 2011 

POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000003 ‐ Moderniza ção e 

requalificação de escolas com ensino secundário – 

Região Norte Lote 3 

9.695.488,38€   Auditoria EAS/IFDR 2011 

POVT‐15‐0245 ‐FEDER‐000004 ‐ Moderniza ção e 

requalificação de escolas com ensino secundário – 

Região Norte e Centro Lote 4 

485.687,00€   Auditoria EAS/IFDR 2011 

TOTAL  16.021.334,42€  

 

                                                                         4 Na sequência do processo de  reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território  (MAMAOT) e das entidades por ele  tuteladas, o  Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas  (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

89 

 

 

Nos termos do  nº 2 e 3 do artigo 98º do Regulamento (CE) nº 1083/2006, de 11 de  Julho, a comparticipação  

anulada  nas  referidas  operações  que  foram  objeto  de  correção  financeira,  traduz iu‐se  na  reprogramação  

financeira das operações com  libertação do correspondente montante de  fundo, o qual fica liberto no  PO e que  

poderá ser reutilizado no âmbito deste Programa   

No presente contexto  o ponto de s ituação  reportado ao f inal do exercício de 2011 era o seguinte:  

A. No  âmbito  da  execução,  todos  os montantes  de  despesa  irregular  foram  abatidos  ao montante  de  

despesa elegível dos contra tos, conseguindo‐se  o  duplo efe ito  de retirar essa despesa ao  montante de  

despesa elegível validada do programa e reduzir o montante elegível associado ao respetivo contrato,  

(montante máximo a ser apresentado a cofinanciamento no âmbito da operação) criando‐se um novo  

“teto contratual” que  limita a despesa a apresentar futuramente, garantindo que a despesa  irregula r 

nunca  será  reutilizada  no  âmbito  desse  contrato,  nem  no  âmbito  do  somatório  dos  contratos  que  

constituem a operação.  

B. No  final  do  ano  de  2011  só  haviam  sido  recuperados  os montantes  em  dívida  de  fundo  relativos  à 

operação POVT‐12‐0435‐FCOES‐000098, sendo que:  

≈ No  que  respeita  às  despesas  irregulares  identificadas  nas  operações  POVT‐15‐0245‐FEDER‐

000002, POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 e POVT‐15‐0245‐FEDER‐000004, da Parque Escolar, EPE, a  

correspondente comparticipação foi recuperada já em 2012;   

Quanto  à  operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001,  foi  efetuada  também  em  2012  uma  recuperação  

parcial no valor de 2.503.028,12€, encontrando‐se por recuperar 7.031,28€;  

≈ Por fim  é de  referir que rela tivamente aos montantes  já restituídos a  respetiva reutilização será  

efetuada  no  âmbito  do  PO  sendo  garantido  que,  de  acordo  com  o  procedimento  de  controlo  

preventivo descrito em A, não serão reutilizados no âmbito do projeto original ta l como previsto  

no n.º 3 do artigo 98.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006.  

No que  respeita ao montante acumulado de irregula ridades, detetadas anualmente, desde do início  do  

Programa, foram apurados  os seguintes valores:   

 

 

AnoMontante Irregular (Fundo)

2007-2009 0,00 €2010 77.999,76 €2011 16.021.334,42 €

TOTAL 16.099.334,18 €

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Relatório de Execução | 2011  

 

90 

2.1.6. Análise qualitativa 

A  intervenção  do  POVT  no  âmbito  da  Agenda  Temática  Valorização  do  Território  incide  em  especial  nos  

domínios  do  reforço  da  conectividade  internacional  do  território  nacional,  do  completamento  dos  sistemas  

ambientais  e  de  prevenção,  gestão  e  monitorização  de  riscos  e  no  desenvolvimento  do  sis tema  urbano  

nacional.  A  sua  programação  indicativa,  por  Tema  Prioritá rio5,  vai  ao  encontro  dessa  agenda  –  esta 

programação foi ajustada, no âmbito da reprog ramação aprovada no final de 2011, em função das prioridades  

estratégicas do Programa, bem como dos níveis de compromisso  já conhecidos e previstos à data da  instrução  

do  processo  de  reprogramação  –,  garantindo  ao  mesmo  tempo  que  os  objetivos  e  prioridades  da  União  

Europeia  em  matéria  de  promoção   da  competitividade  e  da  criação  de  emprego  (Earmarking)  vêm  sendo  

prosseguidos de forma eficaz. 

Nesse sentido,  incluem‐se na tabela 2.7 os montantes da dotação  indicativa prevista no  texto  do Programa, a 

contribuição  comunitá ria  aprovada  e  a  execução  financeira  do  POVT  verificada  a  31  de  dezembro  de  2011, 

ventilada  em  função  das  áreas  temáticas  (agrupamentos  de  temas  prioritários)  a  que   as  operações  estão  

associadas, sendo apresentados, no Anexo V a este  relatório, os valores ao  nível de  cada um  dos temas que  

contribuem  para esta áreas temáticas. 

 

Tabela 2.7.: Aprovações e execu ção por Área Temática dos Temas Prioritários (contribuição da União)  

  

Área Temática  Programação 

Fundo  

Aprovação   Execução  

Nº Proj.  

Montante  Montante  Tx  EX/AP €  € 

Investigação e desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo  

0  0  0  0    

Sociedade da informação   0  0  0  0  

Transportes  1.251.704.832   22  754.253.082   273.602.464   36% 

Energia  11.060.000  1  442.050  4.856  1% 

Proteção do ambiente e prevenção de riscos  1.947.002.693   386  1.434.627.241   407.438.699   28% 

Turismo  0  0  0  0  

Atividades culturais  77.000.000  10  76.984.121  7.715.374  10% 

Reabilitação urbana e rural  35.428.000  6  35.416.422  31.491.877  89% 

                                                                         5 Temas Prioritários definidos de acordo com o disposto no n.º 3 de art.º 9º do Reg (CE) 1083/2009, de 11 de Julho 

Page 91: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

91 

Aumentar a adaptabilidade dos trabalhadores, das empresas e dos empresários  

0  0  0  0    

Melhorar o acesso ao emprego e a sustentabilidade  0  0  0  0  

Melhorar a inclusão social dos mais desfavorecidos   0  0  0  0    

Melhorar o capital humano  0  0  0  0  

Investimento em infraestruturas sociais  948.220.000   165  1.024.098.934   770.314.665   75% 

Mobilização para as reformas nos domínios do emprego e da inclusão 

0  0  0  0  

Reforço das  capacidades institucionais aos níveis nacional, regional e local 

3.550.000  4  1.729.255  211.071  12% 

Redução dos sobrecustos que entravam o desenvolvimento das regiões ultraperiféricas  

0  0  0  0  

Assistência Técnica   68.578.698  24  52.444.069  13.616.447  26% 

TOTAL Temas Prioritários  4.342.544.223   618  3.379.995.175   1.504.395.452   45%  

TOTAL Earmarking   4.032.845.525   469  3.094.574.782   1.414.015.039   46%  

 

Constata‐se,  facilmente,  que  as  operações  aprovadas  pelo  POVT  estão  concentradas  nas  áreas  temáticas  

correspondentes aos principais domínios  da Agenda da Valorização do Território acima enunciados, aos quais  

estão  afetos,  naturalmente,  a  parte  mais  significativa  da  dotação  do  Programa.  As  áreas  temáticas 

“Transportes”, “Proteção  do  Ambiente  e prevenção de  riscos” e “Infraestruturas sociais” somam cerca de 4.147  

milhões  de  euros  (95%   da  programação  total),  e  acolhem   perto  de   96%  do  financiamento  das  operações  

aprovadas, em paralelo  com  os Eixos I, II e V (conforme se  confirma pela  leitura  cruzada da  tabela  2.7 e do  

Anexo II a este re latório).    

Na  “Proteção  do  Ambiente  e  prevenção  de  riscos”  –  que  representa,  simultaneamente,  o maior  volume  de  

financiamento programado e de financiamento atribuído –,  incluem‐se a totalidade das  intervenções apoiadas  

no âmbito do Eixo II, acrescidas das intervenções  em requalif icação ambiental  e tratamento de  resíduos sólidos  

urbanos  das regiões autónomas dos  Açores  e da Madeira, das operações do  Empreendimento de  Fins Múltiplos  

de  Alqueva  (EFMA)  e,  ainda,  de  um  conjunto  de  operações  desenvolvidas  no  âmbito  das  Ações  Inovadoras, 

totalizando 386  das 618  operações que se encontravam aprovadas no  final  do  ano de  2011. Destacam‐se, pelos  

montantes  aprovados,  os  investimentos  relativos  à  gestão  e  distribuição  de  água  e ao  tratamento  de  águas 

residuais  (no  âmbito  do  Ciclo  Urbano  da  Água  e  EFMA)  que  somam  perto  de  994  milhões  de  euros  de  

financiamento comunitário  já aprovado, seguidos das intervenções  de prevenção de riscos, ondem pontuam as  

operações  de  relativas à proteção da  orla costeira  e à melhoria do  sistema  nacional de  proteção  civil, e  das  

operações de valorização dos  Resíduos sólidos  urbanos. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

92 

O “Investimento em  infraestruturas sociais”, que em 2010 representava a principal área temática do Programa  

em volume de  financiamento  aprovado e executado, representa agora (em 2011)  o segundo maior conjunto de  

temas  prioritários  aplicáveis  ao  Programa,  quer  em  termos  de  dotação  programada  –  procedeu‐se,  com  a  

reprog ramação  e  face  aos  compromissos  (aprovações)  já  existentes,  ao  ajustamento  (em  alta)  da  dotação  

destinada  a  infraestruturas   de  ens ino   –,  quer  em  termos   de  aprovação  (vide   Anexo   V).  Incluem‐se  neste  

conjunto  de  temas as  intervenções no âmbito  da  Requalificação  da  Rede  de Escolas com  Ensino Secundário  

(representam 23% do financiamento aprovado pelo POVT), as operações relativas à construção/requalificação  

de  infraestruturas  universitárias  e  as  intervenções  de  requalif icação  da  rede  de  escolas  do  2º  e  3º  ciclo  do  

ensino básico  (embora, neste último caso, de  forma apenas transitória até à  conclusão da operacionalização  da  

reprog ramação dos  PO do QREN, facto  pelo  qual  a programação  apresentada, na tabela 2.7, para este  área  

temática  é  inferior  ao  f inanciamento  nela  aprovado),  a  que  se  somam  as  infraestruturas  e  equipamentos  

desportivos, todos  apoiados no âmbito  do E ixo  V do Programa. 

Refere‐se, por último, o conjunto de temas prioritá rios subordinados à área dos “Transportes”, onde figuram a  

totalidade  das   operações  aprovadas  no   âmbito  do  Eixo   I  e  as  operações  de   infraestruturas  rodoviárias   e  

portuárias aprovadas nos Eixos III e IV, notando‐se ainda que é nesta área temática, por vias das circunstâncias  

descritas no  ponto 3.1  deste  relatório  e em  comparação com as duas outras áreas acima analisadas, que  se  

verifica uma menor taxa de compromisso  (aprovação face  à dotação indicativa prevista no Programa). 

O  gráfico  que  se  segue  permite  uma  leitura mais  imediata  dos  resultados  reportados  ao  final  de  2011,  em  

particular no que respeita à dinâmica  da execução de  cada umas áreas temáticas do POVT. 

Gráfico nº11 ‐  Programação, aprovação e  execução por Área Temática  

 

0 500 1.000 1.500 2.000

Transportes

Energia

Proteção do ambiente e prevenção de riscos

Atividades culturais

Reabilitação urbana e rural

Investimento em infraestruturas sociais

Reforço das capacidades institucionais aos níveis nacional, regional e local

Assistência Técnica 

Milhões €

Programação

Aprovação

Execução

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Relatório de Execução | 2011  

 

93 

No seu conjunto, as operações aprovadas pelo POVT apresentam uma forte associação aos temas prioritários  

diretamente re lacionados com as prioridades  da União Europeia em matéria de competitividade e criação  de  

emprego,  vulgo  despesas  earmarking.  Tomando   por  referência  os   valores  apresentados  no Anexo V  este  

relatório, bem  como  no quadro seguinte, verif ica‐se que  o volume  de financiamento comunitá rio atribuído a  

operações que respeitam a estas categorias de despesa representa cerca de 91,6% do fundo  já comprometido,  

em  linha portanto com o peso que essas categorias assumem na programação do POVT (92,9%). Recorde‐se, a 

este propósito, que a reprogramação de dezembro de 2011 reforçou o peso destas categorias na programação  

financeira inicial do POVT, onde apresentavam um contributo de 82,8%. 

 

Quadro nº 10‐ Programação e Aprovação, por Tema Prioritário Earmarking  

          unid: euro  

Designação do Tema Prioritário Programação 

Peso relativo no total da 

Programação Aprovação  

Peso relativo no total da 

Programação 

(Fundo)   %   (Fundo)   %  

16  Transporte ferroviário  10.000.000  

0  

17  Transporte ferroviário (RTE‐T)  733.348.029   

499.404.217   

21  Autoestradas (RTE‐T)  311.260.000   

117.968.058   

27  Transportes multimodais (RTE‐T)   4.767.000  

0  

28  Sistemas de transporte inteligentes  2.925.000  

1.928.307  

30  Portos  187.204.803   

133.184.811   

42 Energias renováveis: hidroeléctrica, geotérmica e outras  9.450.000    0   

43   Eficiência energética, cogeração, gestão da energia  1.610.000    442.050   

44  Gestão dos resíduos domésticos e industriais  255.000.000     167.313.731    

45  Gestão e distribuição de água (potável)  467.000.000   

359.367.880   

46  Tratamento de água (águas residuais)  556.000.000   

634.274.604   

52  Promoção de transportes urbanos limpos   100.652.693   

712.510  

53 Prevenção de riscos (incluindo a conceção e execução de planos e medidas destinados a prevenir e gerir os riscos naturais e tecnológicos)  

492.000.000   

202.939.635   

61  Projectos integrados de reabilitação urbana e rural  35.428.000    35.416.422   

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Relatório de Execução | 2011  

 

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75  Infraestruturas de ensino  866.200.000   

941.622.556   

  Earmarking Fundo de Coesão   2.984.915.525   97,5%   2.022.089.036   96,7%  

  Earmarking FEDER  1.047.930.000   81,7%   1.072.485.746   83,2%  

  Earmarking Total POVT   4.032.845.525   92,9%   3.094.574.782   91,6%  

   

Total Temas Prioritários Fundo de Coesão   3.059.965.525   

2.091.516.997   

  Total Temas Prioritários FEDER  1.282.578.698  

 1.288.478.179  

   

Total Temas Prioritários POVT  4.342.544.223   

3.379.995.175   

 

 

2.2 Informação sobre a conformidade com o direito da União 

A compatibilidade do Programa com as políticas da União europeia e com o direito comunitário constitui uma  

das mais re levantes preocupações da  Autoridade  de Gestão, tendo  para  o efeito  introduzido  no  seu  quadro  

normativo (Manuais  de Procedimentos)  e no Sis tema de Gestão e Controlo (Sistema de Informação, Pista  de  

Controlo  e  Normas  de  acompanhamento  e  de  auditoria)  os  mecanismos  de  suporte  para  assegurar  a 

compatibilização  das despesas cofinanciadas pelo POVT com o  direito da União.  

Passamos  a  referir  seguidamente  as  medidas  mais  relevantes  adotadas  pela  Autoridade  de  Gestão  deste  

Programa para garantir o respeito pelas políticas da União, ao nível das regras de concorrência, da contra tação  

pública, do ambiente, bem como da promoção da  igualdade de oportunidades e da não discriminação. 

A Autoridade de Gestão  do POVT tem conferido desde sempre uma grande relevância à definição de normas  

que permitam assegurar a garantia de cumprimento das regras da concorrência e da contratação pública, bem 

como a adequada divulgação das mesmas  junto dos  beneficiários do  Prog rama, para que estes  adotem  boas  

práticas neste domínio, bem como  junto dos dirigentes e técnicos  do Secretariado Técnico e dos Organismos  

Intermédios.  

No  âmbito  do  POVT  não  está  prevista  a  atribuição  de  Auxílios  de  Estado  nem  existem  regimes  de  ajudas  

notif icados, dado  que  o  POVT tem uma  vocação destinada  essencialmente a  investimentos de  natureza pública  

e equiparada a pública, destinados à construção de Infra estruturas, da qual resulta que  os seus beneficiários  

sejam essencialmente entidades públicas.  

O  leque  de  potenciais  beneficiários  do  POVT  inclui  ainda  entidades  privadas  responsáveis  pela  execução  de  

investimentos  e exploração de serviços no âmbito de concessões de serviços públicos nas áreas dos  transportes  

e do ambiente e de Parcerias Público Privadas, bem como entidades privadas sem fins  lucrativos. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Não foram até ao final de 2011  identificadas situações no  POVT que configurem auxílios  individuais a notifica r à  

Comissão Europeia. No entanto, tendo sido aprovado uma operação que prevê a concessão ao Instituto Piaget 

de  um  financiamento  comunitário   FEDER,  para  a  construção  de  uma Unidade  de   Cuidados  Continuados  e  

Paliativos, a qual, não obstante, no entendimento do POVT e do IFDR, configurou uma  intervenção com fins de  

saúde  e  apoio  social,  que   não  provoca   distorções  na  concorrência,  considerou‐se   prudente   obter  uma  

segurança  jurídica,  sobre  tal  entendimento,  tendo  s ido  fe ita  a  notificação  à  Comissão  Europeia,  a  qual   se  

encontra em apreciação, aguardando se a resposta.  

No que respeita à  contratação  pública, a Autoridade de  Gestão  deste  Prog rama criou  desde o  seu  início  um  

conjunto   de  normas   e  procedimentos  que   visam  assegurar  o  respeito  pelo   cumprimento  das  diretivas  

comunitárias e pela legislação nacional aplicável, as quais têm vindo  a ser reforçadas e melhoradas.  

Para este efeito foram definidas Check‐lists e normas de apoio para a análise da contratação pública, que são  

preenchidas pelos beneficiários e verif icadas pelo Secreta riado Técnico  do POVT ou Organismos Intermédios.  

Estas  Check‐lists  e  algumas  orientações  para  o  seu  preenchimento  foram  objeto  de  atua lização  e  de  

completamento em  2010 e  2011, para  incluir as alterações  do regime  jurídico entretanto  aprovadas e explicita r 

aspetos com g rande relevância. 

As medidas mais relevantes adotadas pela Autoridade de Gestão  do  POVT durante o  ano de  2011, para garantir 

o  respeito  pelas  políticas  comunitárias,  nomeadamente  ao  nível  das  regras  da  concorrência  na  contra tação  

pública, da proteção do ambiente e da igualdade  de oportunidades, foram as seguintes:  

 

Ao nível da  contratação pública:  

≈ Foi  implementado no SIPOVT e entrou em funcionamento no final de 2011, um novo do módulo,  

destinado  à  gestão  da  contratação  pública,  através  do  qual  os  beneficiários  do  POVT  carregam  

todos os procedimentos  de modo a serem analisados  pela Autoridade de  Gestão do POVT; 

≈ Foram  transmitidas  orientações  aos Organismos  Intermédios  através  de  ofícios  circulares  e  de  

orientações diversas sobre  a matéria, designadamente sobre fracionamento  da despesa;  

≈ Foram  atualizados  os  documentos  de  trabalho   em  função  das  a lterações  da  legislação  ou  de  

situações  consideradas  relevantes  pelas  Autoridades Nacionais  (T ribunal  de  Contas  (TC),  IGF  e  

IFDR)  e  Autoridades  Comunitárias  (Tribunal  de  Justiça,  Tribunal  de  Contas  Europeu  e  Comissão  

Europeia);  

≈ Devido  ao  grande  fluxo  de  trabalho  na  verificação  da  contratação  pública  associada  a  todos  os  

projetos aprovados no POVT, a Autoridade de Gestão do Programa teve necessidade  de reforça r 

os seus recursos internos na área  jurídica (Unidade  de Assessoria Jurídica), através da  adjudicação  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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de uma prestação  de serviços a uma sociedade de advogados, o que  permitiu  reforçar esta área  

de trabalho durante 12 meses, com  os serviços de se is pessoas; 

≈ Foi  dada  continuidade  à  formação   dos   juristas  do  POVT  e  participação  em  

reuniões/seminários/workshop sobre matérias de  contratação  pública.  

 

Ao nível da  igualdade de oportunidades e  da não discriminação: 

No  que  respeita  à  igualdade  de  oportunidades  e  de  não  discriminação,  podemos  referir  que  se mantêm  a  

preocupação da  Autoridade  de Gestão do POVT em garantir que  as operações cofinanciadas por este Programa  

não  contribuem  para  causar  algum  constrangimento  ou  l imitação  à  plena  observação  dos  princípios  da  

igualdade de oportunidades.  

Neste sentido, é exigido que nas candidaturas seja assumido  pelo beneficiário  o compromisso de observar os  

princípios da  igualdade de oportunidades e de género. Paralelamente, existe um campo específico ao nível do  

parecer  técnico para  referência a esta matéria e nas check‐lists utilizadas para efeitos  de verificação no  local,  

são garantidas evidências de observação desta política da União.   

No  acompanhamento   das  operações  aprovadas,  através  dos  relatórios   anuais  e  finais  produzidos  pelos  

beneficiá rios, a Autoridade de Gestão do  POVT analisa a  informação  relativa a número de postos de trabalho  

criados,  temporários  e/ou  permanentes,  bem  como  a  sua  desagregação  por  género.  Estes  indicadores  são  

transmitidos   pelos   beneficiários,  em  que   lhes  é   exigido  um  report  do  contributo   de  cada  operação  neste  

âmbito, o que por si,  impõe uma preocupação no  âmbito da execução da  operação  com o  cumprimento dos  

princípios da igualdade de oportunidades e  de não  discriminação.   

Para além do referido, a Autoridade  de Gestão preocupa‐se também em  garantir nas  suas atividades de  gestão  

o cumprimento dos princípios  da igualdade de oportunidades e de não  discriminação. 

De  referir  que  as  operações  aprovadas,  tal  como  referido  no  ponto  3  –  Execução  por  Eixo  Prioritário  deste  

relatório,  também  contribuem  para  aquele  princípio  fundamental  da  União  Europeia  na  perspetiva  da 

promoção da  igualdade de oportunidades no acesso aos bens e serviços proporcionados pelas  infraestruturas  

financiadas – nomeadamente pelos sistemas de  abastecimento de água e  tratamento de águas res iduais, em  

que  se  pretende   que   o  nível  de  atendimento  se ja  universal,  pelos  equipamentos  desportivos  e  outros  

equipamentos estruturantes  do  sistema  urbano nacional  apoiados e   incluindo  também as  infraestruturas  de  

ensino que  promovem, para além da  igualdade no acesso e no desenvolvimento socioeducativo dos  jovens, a 

conciliação da  vida pessoal, familiar e prof issional  das famílias. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Por outro  lado existem algumas operações cofinanciadas que pela sua natureza (ações  imateria is relacionadas  

com  a  elaboração  de  estudos  e  projetos)  ou  pela  natureza  das  tarefas  desenvolvidas  após  a  entrada  da 

infraestrutura  em  exploração  (caso  das  infraestruturas  de  valorização  de  RUB)  que  promovem  a  criação  de  

emprego em fase  de realização ‐ no  primeiro dos casos  referidos, ou em  fase de exploração  – no  segundo  caso,  

que contribui  para a promoção da  igualdade de género.  

No  que  respeita  ao  contributo  do  POVT  para  a  igualdade  de  género  é  de  referir  que  no  final  de  2009,  foi  

nomeado  um  representante  do  POVT  para  a  equipa  interdepartamental  para  a  igualdade  de  género  do  ex‐

Ministério das Obras Públicas, Transportes e  Comunicações (MOPTC)6, no âmbito da Comissão para a Igualdade  

de Género  prevista  nos  artigos  8º  a  13º  da  RCM  n.º  161/2008,  de  22  de Outubro. No  âmbito  do  trabalho  

desenvolvido por esta equipa em  2011, foram desenvolvidas algumas atividades com  o  objetivo de promover a  

não  discriminação   de  género,  cujo  detalhe  será  feito  adiante  neste  rela tório  (Ponto  2.7.1  

Acompanhamento/Outras  Parcerias).   

O  Plano  para  a  Igualdade  de Género  do MOPTC  (2011‐2013),  que  foi  aprovado  pelo  Sr. Ministro  das Obras  

Públicas, Transportes e  Comunicações  a 28  de Setembro  de 2010, está disponível  no  site do POVT, que tem um  

espaço  próprio  para  divulgação  da  promoção  da  Igualdade  de Género,  com  um  link  para  com  o  link  para  o 

Portal  da Comissão para  a Igualdade de Género.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                         6 Atual Ministério da Economia e do Emprego.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Figura nº 3 ‐  Site do POVT com  link para o Porta l da  Comissão para a Igualdade de Género 

 

Cumprimento das regras ambienta is  

As  questões  a  abordar  neste  ponto  centram‐se  na  descrição  dos  procedimentos  implementados  para  

salvaguardar a verificação do cumprimento das reg ras ambientais nos  projetos apoiados, constando do ponto  

2.7.3  as  questões  relativas  ao  cumprimento  dos  requisitos  em matéria  da  Avaliação  Ambiental  Estra tégica  

(AAE). 

Em primeiro  lugar há que referir  que as operações a cofinanciar pelo Programa devem ser coerentes com  os  

princípios  e  objetivos  de  desenvolvimento  sustentável  e  de  proteção  do  ambiente,  referidos  no  Tra tado  da  

União Europeia e reforçados na Estratégia de  Lisboa renovada.  

A Autoridade de Gestão do POVT tem vindo a conferir relevância crescente à verificação de que as operações  

cofinanciadas por este  Programa evidenciam o cumprimento da  legislação comunitária e nacional em matéria  

de ambiente  e o respeito pela proteção  dos s ítios  abrangidos pela Rede Natura 2000.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Todos  os  aspetos  referidos  estão  presentes  nas  atividades  de  gestão  do  POVT,  desde  logo  na  definição  das 

condições  de  acesso   das  operações  ao   POVT  e  nos  critérios   de  seleção  dos  diversos  eixos  e   domínios  de  

intervenção deste Programa – definidos no Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão e nos Regulamentos  

Específicos  do  Programa,  bem  como  nos mecanismos  de  governação  e  de  articulação  com  as  Autoridades  

Nacionais com responsabilidades ao nível do Ambiente e do Ordenamento do Território – Agência Portuguesa  

do Ambiente (APA), Instituto da Água (INAG), Comissões  de Coordenação e Desenvolvimento  Regional (CCDR)  e  

Administrações  das  Regiões  Hidrográficas  (ARH),  Entidade  Reguladora  dos  Serviços  de  Águas  e  Resíduos  

(ERSAR) e Direcção‐Geral do Ordenamento  do Território e  Desenvolvimento Urbano  (DGOTDU)7. 

Com efeito, o apoio técnico  prestado ao POVT pelas Autoridades Nacionais em matéria de ambiente, quer na  

fase de definição das condições de acesso e dos  critérios de seleção presentes  nos Regulamentos Específ icos,  

quer  na  fase  de  apreciação  das  candidaturas  e  do  cumprimento  da  legislação  ambiental  pelos  projetos  

aprovados,  tem  constituído  um  aspeto  muito  relevante  para  que  este  Programa  possa  assegurar  o 

cumprimento  das  regras  ambientais  e  a  avaliação  do  contributo  de  cada  projeto  para  o  cumprimento  dos  

objetivos e metas ambientais nos diversos Eixos Prioritários e Domínios de  Intervenção deste Programa. 

A AG do POVT manteve em 2011 o quadro regular de cooperação  com as referidas Autoridades Ambientais que  

já tinha estabelecido  nos  anos anteriores, através dos contratos de  delegação  de competências e de protocolos  

de colaboração  técnica celebrados com essas entidades, e cuja atividades  desenvolvidas estão  detalhadas no  

Ponto  2.7.1 – Acompanhamento/Outras Parcerias deste relatório. 

Tendo  por  especial  preocupação  assegurar  que  os  projetos  cofinanciados  no  âmbito  do   POVT  garantam  o  

cumprimento  da legis lação comunitária e  nacional em  matéria de ambiente, a Autoridade de Gestão recolhe as  

necessárias  evidências  ao  longo  da  sua  realização.  Para  o  efeito  foram  definidas  normas  a  observar  neste  

âmbito  contidas  no  seu Manual  de  Procedimentos  (Nota Metodológica  n.º  4)  e  elaborou  uma  check‐lis t  de  

verificação  do  cumprimento  da  legislação  comunitária  e  nacional  em  matéria  de  ambiente  a  aplicar  aos  

projetos  cofinanciados  por este  Prog rama, de modo a sis tematizar o quadro das exigências  legais aplicáveis, 

evidenciando  a verificação do  seu cumprimento,  na qual são  registadas as verificações efetuadas sobre  cada  

operação, tendo em conta, designadamente os seguintes aspetos:  licenças ambientais obrigatórias para a fase 

em  que  se  encontra  a  operação;  Declaração  de  Impacto  Ambiental  (DIA)  ou   Decla ração  da  Autoridade  

competente em matéria de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) que confirme a sujeição ou não a avaliação; 

Declaração da Autoridade  responsável pela Fiscalização  da Rede Natura 2000. 

                                                                         7 Na sequência do processo de  reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território  (MAMAOT) e das entidades por ele  tuteladas, o  Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas  (ARH) foram entretanto  integrados na nova Agência Portuguesa do  Ambiente,  e a  DGOTDU é  integrada,   juntamente com o  Instituto Geográfico Português (IGP), na nova Direcção‐Geral do Território.  

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Para cada candidatura submetida é assim verificado o enquadramento do projeto de  investimento face ao seu  

regime de  l icenciamento  e à  legislação  ambiental nacional e  comunitária em vigor, aplicável, e solicitados  os  

respetivos  comprovativos  do  seu  cumprimento  (pareceres/declarações/autorizações/licenças  emitidas  pelas  

respetivas autoridades competentes ou, em caso de ainda não terem s ido concluídos  os respetivos processos  

de avaliação/análise, o ponto de situação dos mesmos.   

A conclusão  da análise da check‐list  referida é vertida nos pareceres técnicos que auxiliam a decisão sobre as  

candidaturas  e  sempre  que   tenha  sido   aplicada  uma  ou  mais  condicionante(s)   ambientais  em  sede  de  

aprovação  de  uma  candidatura,  a mesma  é  verificada  no  prazo  temporal   em  que  foi  aplicada,  não  sendo  

possível, no l imite, o encerramento da operação, sem a total verificação  do cumprimento da(s) mesma(s).   

Para cada operação, é utilizada uma ficha de acompanhamento do cumprimento  das regras ambientais  a qual  é  

atualizada ao  longo  da execução  dos projetos e  até ao  seu encerramento, tendo  como  anexos  quadros com  

indicação  das  componentes  abrangidas  por  cláusulas  restritivas  e medidas  de minimização  e  documentação  

relevante, nomeadamente  licenças e/ou autorizações emitidas no âmbito do projeto.  

Acresce que, a  instrução dos processos de candidatura respeitantes a Grandes Projetos segue regras próprias  

indicadas  no  ponto  F  do  respetivo  formulário,  relativo  à  Analise  de  Impacte  Ambiental,  que  contempla  um  

conjunto  diversif icado de questões no domínio ambiental que extravasam a AIA. 

Designadamente, são verificadas as evidências da consulta às Autoridades Ambientais, através do Resumo não  

Técnico do Estudo de Impacte Ambiental, o  Relatório da Consulta Pública, a Declaração de Impacte Ambiental  e  

a Declaração da Rede  Natura 2000.  

Referimos seguidamente as matérias de natureza ambiental que têm assumido maior relevância no POVT e as 

principais medidas adotadas para garantir o cumprimento da legis lação ambiental.  

 

Em geral e para todos os Domínios  de Intervenção do  POVT: 

O  interesse nacional e comunitá rio  de que se reveste o  instrumento de AIA e as questões de Conservação da  

Natureza  têm  jus tificado  uma  atenção  especia l  a  este  aspeto   por  parte  do  POVT.  Assim,  para  os  projetos  

abrangidos  pelo  regime  jurídico  de  AIA  é  exigida  a  apresentação  da  DIA,  sendo  que  na  maior  parte  das 

situações  o  enquadramento  neste  regime  é  claro  pela  consulta  da  legislação.  Sempre  que  existem  dúvidas  

sobre a sujeição  ao regime  de AIA é solicitada a apreciação da situação pelas Autoridades Ambientais. 

É de salientar que as  alterações a projetos  abrangidos pelo regime de  AIA, merecem uma verificação  cuidadosa  

para prevenir a hipótese de se trata r de uma alteração signif icativa ‐ o que obriga por si só à abertura de  um  

novo procedimento  de AIA. Assim, no caso de se trata r de uma alteração significativa terá de ser apresentada a  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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respetiva DIA e, nos restantes casos, deverá ser apresentada uma  Decla ração da Autoridade  de AIA (APA, CCDR 

ou Outras entidades) que  conf irme que não  se trata de uma alteração signif icativa. 

Para  os  projetos  não  abrangidos  pelo  regime  de  AIA mas  suscetíveis  de  afetar  um  sítio  da  Rede  Natura,  é  

necessária a apresentação da Análise  de Incidências Ambientais e do Parecer do Instituto  da Conservação da  

Natureza e  Biodiversidade. 

 

Em particular, por Domínio  de Intervenção: 

≈ No caso  dos projetos  dos  domínios de intervenção  do  “Ciclo  urbano da água” e da  “Valorização de  

Resíduos  Sólidos Urbanos”  é  verif icado  se  as  operações  se  incluem  numa  ins talação  abrangida  

pelo  regime   da  Prevenção   e  Controlo  Integrados  de   Poluição  (PCIP),  sendo  que  para  o   “Ciclo  

urbano   da  água”  esta   verificação  dirige‐se  apenas  de  operações   no   âmbito  da  ENEAPAI  –  

Estratégia Nacional para os Ef luentes Agropecuários  e Agroindustriais.  

≈ Nas operações do domínio da Proteção Coste ira, é verificado simultaneamente o enquadramento  

no  Plano  de  Ação  de  Valorização  e  Proteção  do  Litoral  (PAL)  e  se  as  operações  propostas  

decorrem do  previs to nos respetivos Planos de Ordenamento da Orla Coste ira (POOC).  

≈ Relativamente  ao  domínio  da  Recuperação  do  Passivo  Ambiental,  as  operações  consideradas  

prioritá rias de âmbito nacional, encontram‐se previamente definidas no Documento Enquadrador 

da  Agência  Portuguesa  do  Ambiente,  tanto  os  passivos  ambientais   na  área  dos   solos  

contaminados  como  das  áreas  mineiras  degradadas.  No  entanto,  e  no  âmbito  do  Protocolo  

celebrado com  a Direção‐Geral de  Energia e Geologia, esta entidade apoia  a Autoridade  Gestão  

em  fase  de  análise  da  candidatura,  designadamente  aquelas  que  visam  a  reabilitação  de  áreas  

degradadas  afetas  à  indústria  extrativa  mineira,  nomeadamente   no  que  respeita  ao  seu  

enquadramento no referido documento enquadrador.  

≈ Nas operações de “Valorização de  Resíduos Sólidos Urbanos” é verificado o respeito pelo regime  

jurídico  de  gestão  de  res íduos,  não  só  em  matéria  de  licenciamento  mas  também  na  

compatibilização  das  operações  candidatas  com  os  instrumentos  de  planeamento  vigentes,  

nomeadamente o  PERSU II. 

≈ Também no caso das operações re lativas ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, são  

também  relevantes  as  verificações  que  respeitam  ao  regime  jurídico  da  conservação  das  aves  

selvagens  e  dos  habitats  (Decreto‐Lei  n.º  49/2005,  de  24  de  Fevereiro  que  procede  à  primeira  

alteração ao Decreto‐Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, que transpôs para a ordem  jurídica  interna a  

Diretiva  n.º  79/409/CEE,  do  Conselho,  de  2  de  Abril,  relativa  à  conservação  das  aves  selvagens 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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(diretiva aves) e da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21  de Maio, re lativa à preservação dos  

habitats naturais  e da fauna e da flora selvagens (diretiva habitats).   

De referir ainda que, no âmbito do processo de  reprogramação técnica dos Programas Operacionais do QREN,  

foi realizado um screening por uma entidade  independente, tal  como exigido  no Anexo  incluído na  legis lação  

nacional  aplicável  ‐ Decreto‐Lei  n°232/2007,  de  15  de  Junho,  alterado  pelo Decreto‐Lei  n°58/2011,  de  4  de  

Maio  e  no  Anexo  II  da Diretiva  2011/42/CE,  de  27  de  Junho,  que   concluiu  que   a  referida  reprogramação  

configura  alterações  de  natureza  técnica  e  de  programação  financeira,  existindo  pequenas  alterações  no  

quadro das elegibilidades. Assim, no âmbito desta verificação concluiu‐se que não seria necessário a realização  

de uma nova AAE, sendo no entanto recomendado:  

 

Pela entidade que realizou o exercício de screening  

O Observatório do  QREN e a Autoridade de Gestão do POVT acompanhem a  tradução em projetos concretos  

dos  dois  novos  domínios  de  elegibilidades  (no  âmbito  da mobilidade  territorial  e  da  prevenção  e  gestão  de 

riscos)  por  forma  a  avaliar,  quando  forem  conhecidos  elementos  mais  detalhados  sobre  a  natureza  dos  

projetos  que  estas  irão  enquadrar,  a  necessidade  de  realizar  uma  AAE  dedicada  exclusivamente  a  estes  

domínios de elegibilidades  

O sistema de monitorização ambiental  desenvolvido  pelas Autoridades  de Governação e de  Gestão  do QREN 

seja  revisto  no  sentido  de  atualizar  as  responsabilidades  de  cada  PO  de  monitorização  dos  domínios  de  

elegibilidade  que  lhes  competem,  atendendo   à  transferência  de  elegibilidades  verif icada  no  âmbito   da  

reprog ramação aprovada. 

 

Pela Agência Portuguesa do Ambiente, que validou  o exercício  realizado  

≈ Deverá  existir  uma  atenção  redobrada  aos  aspetos  de  monitorização,  a  fim  de  identifica r 

atempadamente efeitos negativos  imprevistos e aplicar as medidas de correção  adequada  

≈ O conjunto de  indicadores para a monitorização estratégica deve ser otimizado, numa perspetiva  

pragmática, de modo a  facilitar um acompanhamento próximo  da execução  dos programas por 

parte das autoridades ambientais e  do público  

   

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Relatório de Execução | 2011  

 

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2.3 Problemas  significativos  encontrados  na  implementação  do  Programa Operacional  e  

Medidas Tomadas  

2.3.1 Principais problemas relacionados com a execução financeira  

O ano de 2011 foi muito  intenso ao nível das atividades  de gestão, visando priorita riamente  a aceleração  da  

execução financeira do Programa, em especial no que respeita ao Fundo de Coesão, bem como a conclusão da  

apreciação  das  candidaturas  com  vista  à  decisão  sobre  as mesmas  em  2011,  tendo  em  conta  que  ainda  se  

encontravam em análise no f inal de 2010 candidaturas  resultantes de Avisos de  abertura publicados  em 2009  e  

2010 nas diversas áreas de  intervenção do Programa, com maior  relevância para o domínio  “Ciclo Urbano da  

Água” e “Prevenção e  Gestão de Riscos” do Eixo Prioritário  II. 

A concretização de grande parte  destes objetivos fixados para 2011 foi conseguida, muito embora a um nível  

um pouco aquém  das metas  traçadas, uma vez que a  taxa de  execução financeira final  do  Prog rama não foi  

além dos 34,6%, quando se tinha fixado o  objetivo de atingir os 37%. Por  outro  lado, o esforço  realizado  pela  

Autoridade de Gestão e pelos Organismos Intermédios envolvidos em torno do objetivo de concluir em 2011 a 

apreciação das 199 candidaturas em análise que trans itaram do ano anterior, saldou‐se na decisão sobre 171  

candidaturas de  financiamento, das quais 122 aprovadas e 49 não  aceites, reprovadas e desistidas, tendo  assim  

ficado por decidir no fina l de 2011, 42 candidaturas, cuja conclusão do processo de análise e decisão transitou  

para 2012. 

As dificuldades  que estiveram na origem da   limitação do cumprimento  dos  objetivos de  execução f inanceira  

prenderam‐se  essencialmente  com  as  dificuldades  de  execução  que  foram  evidenciadas  pela  maioria  dos  

beneficiá rios  do  POVT,  as  quais  resultaram  em  grande  medida  das  restrições  financeiras  associadas  à 

diminuição da sua capacidade  para  fazer face  à contrapartida nacional, por limitações  orçamentais  impostas às  

entidades do setor público, condicionantes à obtenção de financiamento bancário derivadas da sua escassez e 

dos  limites  impostos às Empresas Públicas que  constituem  o núcleo essencial de  beneficiários do  POVT, bem 

como pela redução dos níveis gerais de  l iquidez da maioria dos beneficiá rios do POVT derivada da redução de  

proveitos  e  da  degradação  dos  prazos  de  recebimento  por  efeito  da  recessão  económica,  o  que  afetou  em  

particular as empresas públicas e municípios. 

Constituem  também causa  para a   limitação da  execução f inanceira dos projetos aprovados, o  baixo  grau  de  

maturidade  que  muitos  desses projetos ainda evidenciavam no f inal  de 2011, pelo facto  de se  encontra rem  

ainda na fase de execução dos projetos técnicos, tendo apenas avançado para a abertura dos procedimentos  

de  contra tação  pública  das  componentes  principais  das  operações  depois  da  aprovação  das  candidaturas,  o 

que associado ao   longo  processo de análise e à sua complexidade técnica e morosidade  da realização desses  

procedimentos conduziu a signif icativos atrasos na execução  física  e financeira dos projetos aprovados. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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É também de assinalar  o efeito condicionador de  um maior avanço na  execução financeira do  Programa em  

2011,  no  que   se  refere  ao  Fundo  de  Coesão,  os   seguintes   aspetos:  no   setor  dos  transportes  o   atraso   na  

aprovação e no  início da execução  dos grandes projetos re lativos as  infraestruturas ferroviárias e  rodoviárias  

previstas no  Programa; no setor do ambiente a complexidade  e diversidade de requisitos ambientais ( licenças e  

pareceres) cujo cumprimento tem que ser aprovado antes da celebração do  contrato e  do  início da execução  

financeira das operações aprovadas. 

É ainda de referir que a execução financeira do POVT foi prejudicada no fina l do ano de 2011 pelo facto de se  

encontrarem a aguardar verificação um grande número de procedimentos de contratação pública adjudicados  

pelos beneficiários e que  esta Autoridade  de Gestão  não teve capacidade de validação por escassez dos seus  

recursos  internos,  os  quais  se  encontravam  no  final  e  2011  em  grande  parte  alocados  à  verificação  dos  

procedimentos  de  contratação  pública  apresentados  no  âmbito  do  Fundo  de  Coesão  II  –  Transportes  e  

Ambiente,  os  quais  tiveram  prioridade   sobre  os   do  POVT  tendo   em  conta  o  calendário  de   encerramento  

acordado  com a coordenação  nacional do  Fundo  de Coesão II. 

No  que  respeita  às  candidaturas  que  não  foi  possível  decidir  até  ao  final  e  2011,  o  seu  número  é  bastante  

limitado  e  deveu‐se  essencialmente   ao  facto  de   não  se  encontrarem   ainda  devidamente  instruídas.  As  

candidaturas de montante mais signif icativo que se encontravam nesta situação foram aprovadas até ao final  

de Fevereiro de 2012 e a aprovação das restantes ficou dependente no  levantamento  da suspensão de novas  

aprovações, que foi definida por deliberação do Conselho de  Ministros de  1 de março de 2012.  

O  resultado  conjugado  das  dificuldades  referidas  ao  nível  da  execução  financeira  e  do  avanço  ao  nível  das  

aprovações,  traduziu‐se  no  aumento  do  gap  existente  entre  o  nível  de  compromissos  e  de  execução  do  

Programa, no que respeita ao Fundo de  Coesão, que passou de 30  pontos percentuais no  final  de 2010  para  

47,4  pontos  percentua is  no  final  desse  ano,  pelo  facto  do  aumento  da  taxa  de  compromisso  com  projetos  

aprovados, que no fina l do ano atingiu os 68,4%, ter suplantado o acréscimo ainda assim significativo da taxa  

de execução financeira, que  em 31 de dezembro de 2011 se cifrava em 21%.  

Já no que  respeita ao FEDER as  dificuldades  gerais de execução  que  caraterizaram o  ano de  2011 fizeram‐se  

sentir  de  forma  menos  intensa,  essencialmente  pelo  facto  das  candida turas  apresentadas  pelo  principal  

beneficiá rio (Parque Escolar, EPE) terem elevada maturidade e nível de realização física e financeira na fase da 

sua aprovação, o que propiciou  um elevado crescimento da taxa de execução f inanceira FEDER. Apesar desta  

situação  bastante  pos itiva  que  permitiu  a  redução  do Gap  entre  o  nível  de  compromisso  e  de  execução  do  

FEDER em 10,7 p.p. (passou de 44 p.p. para 33,3 p.p.), foram ainda assim visíveis, em especial na fase final do 

ano, dificuldades financeiras acrescidas da maioria dos beneficiá rios do FEDER, o que se traduziu em múltiplos  

atrasos na realização dos projetos face ao  que estava aprovado na candidatura.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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Em face do  exposto, que traduz  uma dualidade  de  tendência  entre o  FEDER e  do  FdC, e tendo  em conta  que  se  

acentuou a inda mais em 2011 a  relevância deste último Fundo  no computo global  do POVT, pela redução  de  

316 milhões de  euros de  FEDER que foi definida  na reprogramação aprovada em dezembro  de 2011, a situação  

global  do  POVT  agravou‐se  no  que  respeita  a  este  aspeto,  terminando  o  ano  de  2011  com  um  gap  entre  o  

montante de fundos comprometido e não executado  de 43,2 p.p. (mais 8,2 p.p. do  que no ano anterior). 

Quadro nº 11‐ Gap entre taxa de  compromisso e de execução 

  Taxa de compromisso  Taxa de execução  Gap entre Taxa de compromisso e de execução 

31‐Dez‐10  31‐Dez‐11  Variação   31‐Dez‐10  31‐Dez‐11  Variação   31‐Dez‐10  31‐Dez‐11  Variação  

FEDER   83%  100,5%  +17,5 p.p.  39%  67,2%  +28,2 p.p. 

44 p.p.  33,3 p.p.  ‐10,7 p.p. 

Fundo de Coesão 

40%  68,4%  +28,4 p.p.  10%  21%  +11 p.p.  30 p.p.  47,4 p.p.  +17,4 p.p. 

Total POVT  55%  77,8  +22,8 p.p.  20%  34,6% 

+ 14,6 p.p.  35 p.p.  43,2 p.p.  +8,2 p.p. 

 

2.3.2 Medidas tomadas pela Autoridade de  Gestão para  incentivo à execução financeira e redução de  

compromissos sem  execução 

Ao  longo do ano de 2011 foram tomadas por esta Autoridade de Gestão diversas medidas para contrariar esta  

situação, quer através de medidas de  incentivo à execução financeira, quer através de medidas que visaram a 

redução  de compromissos assumidos e que no  contexto atual  já não  se prevê a sua execução. 

No que  respeita às medidas de  incentivo à execução  tomadas em 2011 para aumentar a execução financeira,  

são de referir as seguintes:  

1. Aumento  das  taxas  de  cofinanciamento  comunitário  e  implementação  de  regimes  de majoração  de  

taxas em alguns domínios do POVT, designadamente no Eixo II ‐ Ciclo Urbano da Água e Prevenção e  

Gestão  de  Riscos,  no  Eixo  V  –  Centros  de  Alto  Rendimento Desportivo  e  no  Eixo  X   –  Assistência  

Técnica; 

2. Redução  dos  prazos  de  análise  dos  Pedidos  de  Pagamento  e  da  emissão  de  Autorizações  de  

Pagamentos, para acelera r os circuitos de execução;  

3. Aumento da relevância dos Pedidos de Adiantamento de Fundos, regularizados posteriormente com a  

apresentação dos documentos comprovativos de quitação;  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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4. Simplificação  dos  processos  de  apresentação  e  de  apreciação  dos  pedidos  de  reprogramação  

temporal,  tendo  em  conta  o  seu  elevado  número,  resultante  de  atrasos  generalizados  na  execução  

dos projetos, face ao calendário previsto na  fase de candidatura; 

5. Reforço  das  equipas  internas  afetas  à  validação  dos  pedidos  de  Pagamento  apresentados  pelos  

beneficiá rios  e  verificação  da  regularidade  dos  procedimentos  de  contratação  pública  que  lhes  são  

inerentes, esta última através da aquisição de serviços externos de 6  juristas a tempo  inte iro durante  

um ano, o que terminou em Outubro  de 2011,  levando a uma grande acumulação de procedimentos  

por analisar no final do  ano, o que condicionou a execução  financeira, conforme  já referido; 

6. Flexibilização  do  cumprimento  dos  requisitos  impostos  aquando  da  aprovação  das  candidaturas,  

permitindo a sua apresentação ao  longo da execução dos projetos, condicionando o menos possível o  

fluxo  de pagamentos ao  beneficiário. Foi conferida uma g rande prioridade em  2011 à celebração  de  

contratos de  financiamento  rela tivos a operações aprovadas no  próprio ano  e em anos  anteriores  e  

que  estavam  a  aguardar  o  cumprimento  dos   requisitos,  designadamente   ambientais  e  de  

comprovativo de disponibilidade da  contrapartida naciona l. 

No que respeita às  medidas que visaram  a redução de compromissos assumidos e  que no contexto  atual  já não  

se prevê a sua execução, são de referir as seguintes:  

1. Análise  dos  projetos  aprovados  sem  execução  e  identif icação  de  situações  de  incumprimento  

regulamentar  e  contratua l  (projetos  aprovados  sem  contrato  e  com  contrato  celebrado  há mais  de 

seis meses e sem execução) e  de situações  de muito  baixa execução. Depois  desta identificação, foram  

feitas as comunicações aos beneficiá rios  e, depois  da sua resposta foram tomadas  já em 2011 algumas  

medidas de reprogramação f inanceira em baixa e de  cancelamento de nove projetos aprovados sem  

execução, medidas estas que foram  já no corrente ano de 2012 ampliadas através da  implementação  

das medidas previstas na RCM 33/2012, de 1 de março, designada por “Operação Limpeza”; 

2. Nas medidas  de  simplif icação  adotadas  para  efeitos  de  reprogramação,  passaram  a  ser  feitas  por 

inicia tiva  da  Autoridade  de Gestão  reprogramações  financeiras  em  baixa  nas  operações  aprovadas, 

sempre que se  identifica através dos montantes relativos aos contratos de empreitada e de aquisição  

de serviços celebrados no âmbito da operação que esta não vai atingir o  limite de Despesa elegível e  

de  Fundo   aprovado.  Esta  medida  permitiu   uma  redução   de  fundos  comprometidos   com   projetos  

aprovados de modo a poderem ser alocados  a outas operações deste  Programa; 

Não obstante a grande prioridade conferida às atividades de gestão do Programa e dentro destas ao objetivo  

de aumento  da  realização f inanceira dos projetos aprovados, o que  exigiu uma grande celeridade na análise  

dos  pedidos  de  pagamento  e  emissão  das  autorizações  de  pagamento  a  favor  dos  beneficiá rios,  as  

condicionantes referidas, decorrentes do contexto  de crise económica e financeira, das especif icidades  técnicas  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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dos  projetos  e  das  dificuldades  internas  da  Autoridade  de  Gestão,  limitaram  de  forma  signif icativa  o  

crescimento dos níveis de execução f inanceira deste  Programa, ficando por isso aquém da meta traçada. 

2.3.3  Principa is medidas  para  resolução  das  dificuldades  de  execução  previstas  na  Reprogramação 

Técnica do POVT 

Grande  parte  das dif iculdades sentidas em  2011 e  referidas neste  Rela tório foram  tidas em  consideração  na  

reprog ramação técnica do  POVT e do QREN  que foi aprovada pela  Comissão Europeia em 9 de Dezembro  de  

2011,  a  qual  visou  a  antecipação  e  resolução  das maiores  dif iculdades  de  execução  sentidas  no  POVT,  em 

especial as que  se prendem com o  Fundo de Coesão. 

Para esse efeito foram contempladas na referida reprogramação as principais medidas que visaram contribuir 

de forma  muito positiva para colmatar as dificuldades sentidas pelo  POVT, designadamente as que se prendem  

com a mobilização da contrapartida nacional, a baixa taxa de execução do Fundo de Coesão, as perspetivas de 

redução de fundos previstos para os  investimentos no domínio dos transportes, em resultado das decisões de  

adiamento  de algumas das grandes  infra estruturas de  transportes, bem como a necessidade de  reforço  das  

verbas FEDER afetas ao Programa  de Modernização  das Escolas  com Ensino  Secundário face  ao overbooking  

que se verif icava no antigo Eixo IX. Com  efeito, são  de destacar as seguintes medidas  integradas na  referida  

reprog ramação: 

1. Aumento das taxas de comparticipação comunitá ria prog ramadas de 70% para 85% nos Eixo I a IV, de 

70% para 84,42% no Eixo V e de 85% para 96,76% no Eixo VI, permitindo uma redução assinalável do  

esforço para a contrapartida nacional;  

2. Domínios  de   intervenção  do  POVT  e  dos   POR  que  eram  financiados   por  FEDER mas  que   tinham  

enquadramento nas elegibilidades do Fundo de Coesão trans itaram para Eixos com financiamento do  

Fundo de Coesão  no POVT (Eixos I e II), envolvendo a transição  de operações elegíveis a este Fundo,  

provenientes  dos  antigos  Eixos  VI,  VII  e  VIII  do  POVT  e  operações  aprovadas  pelos  Programas  

Operacionais Regionais em determinadas condições (Metro do Porto e projetos aprovados entre 1 de  

janeiro  de 2011  e 22 de junho  de 2011  nos domínios: Ciclo  Urbano da  Água – Baixas não verticalizadas;  

Prevenção e Gestão de  Riscos – Ações  Materiais e Otimização da Gestão de Res íduos).  

3. Transição  para  os  POR  dos  projetos  aprovados  no  âmbito  do  POVT  com  financiamento  FEDER,  no  

domínio da “Modernização das Escolas do Ensino Básico (2.º e 3.º ciclo),  libertando FEDER que serviu  

para reforçar o Programa de  Modernização das Escolas com Ensino  Secundário;  

4. Redução da dotação FEDER no Eixo relativo à  Assistência  Técnica do Programa em 31 milhões de  euros  

que serviu para reforçar o  Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário;  

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Relatório de Execução | 2011  

 

108 

5. Concentração  dos  domínios  de  intervenção  já  anteriormente  existentes  no  POVT  e  dos  novos 

domínios transitados dos  POR num número  menor de  Eixos  (apenas 6) o que constituição  uma medida  

de  clarificação  das  intervenções  e  das  elegibilidades,  com  efeitos  relevantes  para  a  simplif icação  e  

redução  de ambiguidades no domínio  da Agenda da Valorização do Território.  

 

Os  efeitos  da  citada  reprogramação  na  situação  do  POVT  em  2011  limitaram‐se  à  transição  interna  (dentro  

deste programa) de  operações, que passaram de f inanciamento FEDER para Fundo de Coesão, o  que  contribuiu  

para o  aumento  do  FC comprometido com projetos  aprovados de 278,5 milhões de  euros e  para o aumento  da  

execução f inanceira do FC em 140,3 milhões de euros, o  que representou 61%  do execução  financeira global de  

FC em 2011. 

Não foi poss ível concretizar até ao f inal de 2011  todas as demais trans ições de operações dos POR para  o POVT  

e deste para os POR, pelo que os efeitos da reprog ramação aprovada em 9 de Dezembro de 2011 na situação  

deste Programa em 2011  ficou  l imitado às alterações  decorrentes da  prog ramação e das  trans ições  internas  

dentro do POVT. A este propósito convém referir as dificuldades  inerentes  ao processo  de  reprogramação, que  

conduz iram a uma grande sobrecarga de trabalho no final do ano e a adaptações muito relevantes no Sistema  

de Informação  deste  Programa, para ajustamento  à nova estrutura  de programação  e de  transição  de projetos,  

articulação com o IFDR para efeitos de certif icação e de envio de Grandes projetos e da Gestão de devedores,  

entre outros aspetos. 

Uma das dificuldades  que não foi plenamente resolvida no âmbito  da reprogramação é  a transição  integral  das  

operações aprovadas no âmbito  do EFMA no antigo  Eixo  VI do POVT para o Fundo de  Coesão, por não esta r 

plenamente esclarecida a elegibilidade de todos os projetos do EFMA ao Fundo de Coesão. Em resultado desta  

situação, transitaram apenas dois  projetos para  o Eixo II (Fundo de  Coesão)  cujo financiamento global do  FC  

ascende  a  69 milhões  de  euros,  ficando  as  restantes  operações  do  EFMA  no  novo  Eixo  V,  absorvendo  um  

financiamento  comunitário  FEDER  de  92,4 milhões  de  euros,  o  qual  não  permitiu  o  cumprimento  cabal  dos  

objetivos que nortearam a reprog ramação técnica apresentada à Comissão Europeia que previam a  libertação  

deste montante de  FEDER. 

A carga adminis trativa resultante da  reprogramação foi também muito  pesada para  esta Autoridade de Gestão,  

de forma a garantir a verificação das condições de transição, as notificações aos beneficiários e as alterações  

contratuais respetivas. 

 

 

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Relatório de Execução | 2011  

 

109 

2.3.4 Medidas adotadas tendo em vista a resolução da dificuldades de obtenção de financiamento da  

contrapartida nacional 

Para obviar as dificuldades na obtenção de fontes de financiamento para a contrapartida nacional necessária à  

realização  dos   projetos,  foi  negociada  com  o  BEI  e  aprovada  por  este  uma  l inha  de  financiamento  para  a  

contrapartida nacional dos projetos co financiados pelo QREN no montante global de 1.500 milhões de euros,  

do qual foi posta em prática em 2011 a aplicação da primeira tranche, no montante de 450 milhões de euros,  

através da apresentação de candidaturas pelo  beneficiários e emissão de parecer por parte da Autoridade  de  

Gestão. 

No que  respeita aos projetos do POVT que tiveram enquadramento na 1.ª tranche do  referido financiamento  

do  EQ  –  BEI,  encontra‐se  aprovado  até  à  atualidade  um  volume  total  de  f inanciamento  de  130 milhões  de  

euros, que  represente 29%  do  total  de fundos  da 1.ª  tranche, dos  quais  86,8 milhões de  euros  respeitam a  

aprovações  de  2011  e  43,2  a  aprovações  proferidas  já  no  primeiro  trimestre  de  2012.  Apresenta‐se  

seguidamente o  quadro resumo dos financiamentos do  EQ – BEI que  foram  aprovados para projetos do POVT8: 

 

Quadro nº 12 – Quadro resumo dos financiamentos do EQ‐BEI aprovados para projetos POVT 

Unid: milhões de euros   Empréstimos 

Reembolsáveis PIDDAC  Total  

1.ª Fase – Decisão em 2011  42,3  44,5  86,8 

2.ª Fase – Decisão em 2012  37,4  5,8  43,2 

Totais   79,7  50,3  130,0 

 

É de salientar que o efeito dos financiamentos do EQ – BEI em termos de melhoria das condições de execução  

dos projetos que beneficiam dos mesmos financiamentos não terá tido grande efeito prático na aceleração da  

execução   no  ano  de  2011,  is to  porque  a   sua  concessão  efetiva  no   caso  dos  Empréstimos  Reembolsáveis  

careceu de um  conjunto de procedimentos formais  prévios, designadamente a apresentação de garantias e a  

concessão de  visto pelo Tribunal de  Contas.  

A aprovação destes financiamentos contribuiu no entanto em 2011 de  forma muito s ignifica tiva para assegura r 

a  capacidade   de  assumir  a   contrapartida  nacional   de  muitos   projetos  aprovados  no  âmbito   do   POVT, 

permitindo  assim o  lançamento  de concursos para as componentes mais re levantes das operações, o que  de  

outra forma  não teria sido possível, contribuindo assim de  forma  muito signif icativa para a estabilização dos  

                                                                         8 No caso dos financiamentos de montante superior a 25 milhões de euros a aprovação cabe ao BEI. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

110 

modelos  de  financiamento  dos  projetos  e  granjeando  condições  para  a  sua  realização  física  e  financeira  em 

2012 e 2013.  

2.3.5 Problemas relativos  aos recursos humanos  

É ainda de relevar  os efeitos que continuaram a ser sentidos em 2011 da sobreposição muito  significativa de  

tarefas e de responsabilidades desta Autoridade de Gestão com as atividades de gestão setorial do Fundo  de  

Coesão  II Ambiente  e  Transportes,  numa  fase  particularmente  intensa  de  execução  das  decisões  aprovadas, 

resultante da aproximação da fase de conclusão de um número significa tivo de projetos e de encerramento do  

Fundo de Coesão II. 

Em  face  do  exposto,  as  situações  de  sobreposição  referidas  no  parágrafo  anterior  absorveram  significa tivos  

recursos  humanos  (dirigentes  e  técnicos)  cuja  disponibilidade  para  as  atividades  de  gestão  do  POVT  foi  

bastante  condicionada  ou  limitada,  sobretudo  na  área  jurídica,  tendo  em  conta  o  grande  número  de  

procedimentos de contratação  pública neste âmbito que foi necessário verif icar para permitir a validação dos  

Pedidos de Pagamento.  

2.3.6 Medida  de  simplificação  procedimental  tendo  em  vista  a  redução  dos  prazos  de  análise  das  

candidaturas  

A  AG  do  POVT  e  os   seus Organismos  Intermédios  continuaram  a  fazer  em  2011   um  grande  esforço  para  

reduzirem os prazos de análise  das candidaturas e acelerarem os processos de decisão, tendo adotado medidas  

de  simplificação  dos  procedimentos  adotadas,  sendo  de  referir  a  decisão  de  deixar  de  ser  exigida  a  

apresentação  de Documento  de  Enquadramento  Estratégico  nas  candidaturas  do  domínio  “Ciclo Urbano  da  

Água” do Eixo II, o que muito contribui para a decisão das candidaturas em análise que  trans itaram de 2010.  

O  efeito  destas medidas  foi  bastante  positivo,  tendo  contribuído  para  que  se  tenha  verificado  em  2011  um  

número considerável de candidaturas decididas (157), fazendo com que o número de candidaturas em análise  

no final de 2011 (42) tenha registado um decréscimo bastante signif icativo face ao acumulado no final do ano  

anterior (199), evidenciando pois uma forte  recuperação.  

A  aceleração  dos  processos  de  análise   das  candidaturas  e  o   avanço  no  ritmo  de   decisão   só  não   foi  mais  

acelerado em 2011 pelas dificuldades que se continuaram a sentir na  instrução das candida turas por parte das  

entidades beneficiárias, aspeto este que tem provocado  longos períodos que antecedem a aceitação e decisão  

das candidaturas, pelo efeito de múltiplos períodos de suspensão da análise, correspondentes aos períodos de  

tempo concedidos aos  beneficiários para completarem as suas candidaturas.  

Esta situação tem sido particularmente relevante no caso do POVT, o que está associado à elevada dimensão  

da maioria  das candidaturas (Investimento  Total Médio por candidatura aprovada no  POVT ascendia a 8,355  

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Relatório de Execução | 2011  

 

111 

milhões  de  euros,  no  final  de  2011)   e  à   complexidade  técnica   decorrente  do  facto   de  estarmos   perante  

candidaturas re lativas a  investimentos de  la rga escala e de grande complexidade f ísica, técnica e económico‐

financeira, com diversas intervenções realizadas em  Parceria Público Privada (PPP), grande parte das operações  

estarem suje itas à apresentação de  Estudo Económico e Financeiro no caso dos  projetos geradores de receitas,  

à  elaboração  de   Análise  Custo  Benefício  (ACB)  no   caso  dos   Grandes  Projetos,  e  à  apresentação  de  

comprovativos do cumprimento de obrigações decorrentes da  legislação ambiental.   

Acrescem  ainda  as  dif iculdades  sentidas  na   adequada  instrução  dos  Grandes   Projetos,  o  que   tem  exigido  

múltiplas revisões das candidaturas e dos documentos que as  instruem e de  resposta à Comissão Europeia, o  

que  tem   atrasado   o  processo  de   decisão   de  aprovação  pela  CE.  Este   aspeto   foi   de  resto   salientado  pela  

Comissão Europeia nas suas  recomendações à AG do  POVT, no âmbito do Encontro  Anual entre  a Comissão  

Europeia e  as Autoridades  de Gestão realizado em  Novembro de 2011, como  se referirá seguidamente.  

A  AG  tem  vindo  a  reforçar  os  seus mecanismos  de  validação  dos  formulá rios  de  candidatura  dos Grandes  

Projetos  e  dos  Estudos  Económicos  e  Financeiros  que  sustentam  o  apuramento  do  Funding‐Gap  e  

correspondente Montante  da Decisão,  sentido  no  entanto  que  será  conveniente  promover  novas  ações  de  

sensibilização e de formação  junto das entidades beneficiárias, a promover de forma conjunta pela CE, IFDR e 

AG, para que se ja possível  ultrapassar as  dificuldades sentidas  e melhorar de forma significativa a qualidade  

dos  processos  de  candidatura  dos  Grandes  Projetos  e  dos  estudos  económico  financeiros  (ACB)  que  os  

sustentam.   

Em 2011 foram também particularmente sentidas as orientações  da tute la do QREN no sentido  de acelerar a  

execução financeira do QREN, tendo sido fixada a meta de 40% para o final e 2011. Com este objetivo e tendo  

em conta a relevância do Investimento Municipal para efeitos da execução do QREN, foi celebrado em 2011 o  

2.º Memorando  de  Entendimento  entre  o Minis tério  da  Economia,  Inovação  e Desenvolvimento  (MEID)  e  a 

Associação Nacional  de Municípios  (ANMP),  o  qual  previu  as  já  referidas medidas  de  aumento  das  taxas  de 

comparticipação a aplicar no POVT ao domínio do  “Ciclo Urbano da  Água” do Eixo II. 

 

2.3.7  Conclusões e observações da Comissão Europeia resultantes do Encontro Anual 

É de referir neste  ponto as conclusões e as observações da Comissão Europeia  resultantes do Encontro anual  

realizado  em  8‐Nov‐2011  entre   a  CE  e  as  Autoridades Nacionais,  dedicado  à  análise  anual  dos  Programas  

Operacionais FEDER e Fundo de  Coesão, constantes da carta com a Referência Ares (2012) 75733, de 23‐Jan‐

2012, da qual é de salienta r, no âmbito das observações gerais, as que se  prendem mais diretamente com  o  

POVT e que se transcrevem seguidamente (em  itálico), bem  como as  respetivas respostas e  esclarecimentos  

desta AG: 

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Relatório de Execução | 2011  

 

112 

‐ No  que  respeita  aos Grandes  Projetos,  deverão  as  autoridades  portuguesas  apresentar  à  Comissão  uma  

atualização  da  lis ta  de  projetos  a  serem  submetidos,  bem  como  o  respetivo  calendário  previsional.  

Agradecíamos  que esta  lis ta nos fosse enviada antes de 15 de Fevereiro de 1012.  

No que  respeita a esta observação é de referir que o  calendário  previsional atualizado do envio dos Grandes  

Projetos foi remetido à Comissão Europeia no dia 09 de Fevereiro de 2012, através do nosso ofício S000250, o 

qual contemplava a  informação  relativa ao calendário  previsto de  notificação  dos Grandes  Projetos  do POVT  

ainda não submetidos, bem como o  calendário  previsto de  reenvio  dos Grandes  Projetos  que  já tinham sido  

analisados pelo CE e que tiveram de ser  revistos tendo em conta a reprog ramação aprovada em 9‐Dez‐11, no  

que  respeita  nomeadamente  ao  enquadramento  nos  novos  Eixos  Prioritários,  Fundo  e  Taxa  programada, 

respondendo especificamente à carta da CE, com a Ref.ª Ares (2012)  83092, de 25  de Janeiro.  

‐ Relativamente  aos eventos anuais  de divulgação  dos resultados dos PO, a Comissão agradece  desde já  o  

calendário global que  lhe foi submetido  durante  o Encontro anual, mas solicita que de futuro esses eventos  

sejam programados atempadamente  ao  longo do  ano, para evitar a  acumulação de realizações no mês  de  

Dezembro. 

A AG do  POVT realizou  o seu  evento anual de  2010/2011 no dia 5 de  Dezembro de  2011, de modo a  poder 

apresentar os resultados da reprogramação técnica numa fase  já muito próxima da sua aprovação, prevendo a 

realização do evento anual  de 2012 no  início de Novembro do corrente ano, adotando assim a recomendação  

da CE. 

No que respeita às observações da CE resultantes do Encontro “bilateral” com a AG de POVT, são de referir as  

seguintes: 

‐Relativamente  aos  projetos  que  deverão  ser  transferidos  do  FEDER  para  o  Fundo  de  Coesão,  a  Comissão  

recorda que deverá ser feita  uma modificação  formal de  todos  os  projetos, com alteração da prioridade  e  

eventualmente  do  Fundo   de  financiamento;  deverão  ser  verificadas  as   condições  de  financiamento  e  de  

elegibilidade  de acordo com as  regras do  Fundo  de Coesão e  com os critérios de  seleção  específicos  aplicáveis  

ao  domínio  em  questão;  no  caso  dos Grandes  Projetos,  deverá  o  pedido  de modificação  ser  submetido  à  

Comissão, com  a justif icação e descrição  das alterações, não sendo no entanto necessário alterar o número  

do  projeto;  neste  sentido,  a  Comissão  recorda  que,  tendo  havido  uma  redefinição  dos  domínios  de  

intervenção e dos eixos prioritários, é necessário rever os regulamentos específicos e os critérios de seleção,  

devendo estes ser aprovados pela Comissão de Acompanhamento do Programa. 

Sobre esta mesma matéria foi ainda enviada pela Comissão Europeia à AG do POVT a carta com a  Ref.ª Ares  

(2012) 79454, de 24‐Jan‐2012, tendo sido enviada resposta através do nosso  ofício S000749, de 23‐Fev‐2012, 

no qual explicitámos deta lhadamente os procedimentos adotados a nível nacional para permitir a transição de  

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Relatório de Execução | 2011  

 

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operações (do POVT e dos POR) para os novos Eixos de POVT, envolvendo a transição de FEDER para Fundo de 

Coesão. 

Cabe  pois  referir  sinteticamente  os  elementos  normativos  essenciais  para  as  referidas  transições  que  foram  

comunicados à CE:  

‐ Foi aprovada Norma  do IFDR sobre a  transição de  operações no âmbito  da reprog ramação dos  PO  

FEDER e Fundo de Coesão, datada de 11‐Nov‐2011, na qual foram formuladas recomendações às AG  

para assegurarem uma adequada articulação e procedimentos;  

‐ Foi aprovada pela CMC do QREN em 21‐Dez.‐2011, o artigo 36.º do Regulamento Feral FEDER e FC,  

que  fixou  as  normas  gerais  de  transição  de  operações  aprovadas  no  âmbito  de  um  PO  que,  na 

sequência das aprovações pela Comissão Europeia da reprogramação do QREN, transitem  para outro  

Eixo do mesmo Programa ou para  outro PO; 

‐  Tendo  em  conta  que  o   POVT  acolheu   um  conjunto   diversif icado  de  situações  de   trans ição,  que  

contempla transições  internas dentro do PO e transições externas, com transição de projetos dos POR 

que passam de FEDER para FC, foi elaborada Nota  interna, onde foi definida a metodologia adotada e  

o faseamento das tarefas a realizar, bem como os suportes de análise das operações a transitar para  

garantir a pista de auditoria; 

‐ No  âmbito  das verificações  efetuadas às operações que  transitaram  em 22 de Dezembro  de 2011  dos  

anteriores Eixos para os novos Eixos do POVT (trans ições  internas dentro do PO) foi cuidadosamente  

verificada a elegibilidade das operações face  ao Regulamento  geral do Fundo de Coesão (Regulamento  

n.º 1084/2006, de 11 de Julho);  

‐  Não  obstante  as  signif icativas  alterações  introduzidas  na  estrutura  dos  Eixos  do  POVT  com  a  

reprog ramação aprovada em 9 de  Dezembro de  2011, mantiveram‐se  as tipologias de intervenção  que  

já estavam previstas nos anteriores domínios de  intervenção do POVT (à exceção dos domínios  que  

transitam  para  os  POR  e  que  saíram  do  POVT),  pelo  que  se  mantiveram  os  critérios  de  seleção  

anteriormente  aprovados  pela  Comissão  de  Acompanhamento  e  a  estrutura  essencial  dos  

Regulamentos  Específicos  deste  Programa,  com  apenas  alguns  ajustamentos  que  se  revelaram  

necessários  para  total  consonância  com  a  nova  estrutura  de  Eixos  do  POVT  e  harmonização  com  o  

Regulamento  Geral   FEDER  e  Fundo  de  Coesão.  Para  além  destes  ajustamentos  nos  Regulamentos  

Específicos  originá rios  do  POVT,  foram  acolhidos  no  âmbito  deste  Programa  os  Regulamentos  

Específicos dos POR que abrangiam as tipologias de  intervenção que passaram para o Eixo II do POVT. 

Para  o  efeito,  foram  aprovadas  pela  CMC  do  POVT  em  6  de  Fevereiro  de  2012  as  alterações  nos  

referidos Regulamentos Específicos; 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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‐ No que respeita ao mérito das operações transitadas de um  Eixo  para o outro  dentro  do POVT no ano  

de 2011 e a transitar dos POR em 2012, a AG do POVT comunicou à CE o seu entendimento de que a  

sua  avaliação  de mérito  foi  feita  no  âmbito  da  apreciação  inicial   das  candidaturas,  com  base  nos  

critérios  de  seleção  aprovados  pela  Comissão  de  Acompanhamento  no  âmbito  dos  Eixos  originá rios  

onde foram aprovados. Foi ainda referida a consistência e validade dos  critérios de  seleção  iniciais face  

ao enquadramento  nos novos Eixos e Fundo (Fundo de  Coesão)  pelo  facto  de se  tra tar de  intervenções  

em domínios elegíveis ao Fundo Coesão (transportes, ambiente e  desenvolvimento sustentável) que já  

seriam  elegíveis  a  este  Fundo  quando  foram  aprovados  inicialmente, mas  que,  por  uma  questão  e  

“arquitetura do  QREN”  estavam inicialmente  previstas em  Eixos  com  intervenção FEDER (no âmbito  do  

POVT  e  dos  POR).  Por  este   facto,  concluiu‐se  que   os  critérios  de  se leção  ao   abrigo   dos   quais  as  

operações foram aprovadas no âmbito do FEDER se mantêm válidos no âmbito do Fundo de Coesão,  

uma vez que  já tinham em conta os aspetos mais  importantes dos efe itos positivos dos projetos nos  

domínios elegíveis ao FdC.  

Em face do exposto, foi apenas efetuada  uma revisão  de ajustamento  dos  critérios de  seleção  dos domínios  

que  já eram do POVT e proposta a  integração no POVT dos critérios de seleção dos  domínios de  intervenção  

que passaram dos  POR para o POVT e que tinham sido aprovados pelas Comissões de Acompanhamento  desses  

Programas. Esta proposta foi  aprovada pela Comissão de Acompanhamento do POVT em 16  de fevereiro  de  

2012, com ajustamentos posteriores aprovados pela Comissão de  Acompanhamento em  27 de abril de 2012. 

‐ No  âmbito  das  verificações  a  efetuar  às  operações  em  que  se  prevê  a  transição  dos  POR  para  o  POVT,  a 

realizar  em  2012,  com  passagem  de   financiamento   FEDER  para  Fundo  de   Coesão,  vai  ser  também  

cuidadosamente  verificada  a  elegibilidade  das  operações,  face  ao  referido  Regulamento  gera l  do  Fundo  de  

Coesão, tendo em conta  o âmbito  de aplicação  do seu artigo 2.º, à luz do texto  do  POVT aprovado pela Decisão  

C (2011) 9334, de  9 de  dezembro. 

‐ No  âmbito  do  financiamento  das  infraestruturas  ferroviárias,  em  articular  a  ligação  de  alta  velocidade  

Lisboa – Madrid e a de mercadorias Sines – Elvas – Madrid, a Comissão recorda que é necessário esclarecer 

todas  as questões  técnicas e  legais já  colocadas pela Comissão, o mais rapidamente possível, tendo em conta  

o calendário  já bastante apertado até ao final do período de  intervenção. 

Neste  ponto  é  de  referir  que  esta  Autoridade  de  Gestão  tem  alertado  a  tutela  do  QREN  e  da  área  dos 

transportes, bem como a REFER, EPE, que constitui a entidade responsável pela execução  das  infra estruturas  

ferroviárias referidas, para a necessidade de dar resposta às questões colocadas pela CE as quais são da maior 

relevância para a aprovação pela Comissão Europeia dos Grandes Projetos  já submetidos que fazem parte da  

linha ferroviária de mercadorias Sines – Elvas, cujo processo de análise foi  interrompido pela CE, enquanto não  

forem enviados  os necessá rios esclarecimentos e  revisão dos estudos e das próprias candidaturas. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

115 

‐ A Comissão solicita ainda que o nível de verificações de gestão – artigo 13.º do Regulamento 1828/2006 –  

seja aumentado, cobrindo  uma maior percentagem  de despesa.  

Neste ponto é de referir que esta  AG avançou  em 2011  com  as condições necessárias para  aumentar o  nível de  

verificações   de  gestão   no   local  das   operações,  conforme   é  referido   em mais  detalhe   no   ponto   2.7.4.  do  

presente Relatório, tendo estabilizado a sua metodologia de traba lho, aprovado o Plano de Acompanhamento  

de operações  relativo a 2010 e  lançado o concurso público para adjudicação  de serviços externos com vista à  

realização das verificações de gestão a 100 operações apoiadas pelo POVT. Tendo em conta que só foi possível 

adjudica r estes serviços no  início de 2012, a realização destas ações vai ser  realizada até ao f inal do corrente  

ano, assegurando assim o  cumprimento da  recomendação da CE. 

2.3.8 Parecer e Relatório Anual de  Controlo da Inspeção‐Geral de F inanças  relativo ao funcionamento do 

sistema de gestão e controlo 

É  ainda  de  referir  neste  ponto  que  a  Inspeção‐geral  de  Finanças  (IGF),  enquanto  Autoridade  de  Auditoria,  

apresentou à Comissão Europeia, em Dezembro de 2011, o Relatório Anua l de Controlo, nos termos do n.º 1,  

alínea d), subalínea (i) do artigo 62.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006, de 11 de Julho, e do n.º 2 do artigo  

18.º do  Regulamento (CE) n.º  1828/2006, alterado  pelo  Regulamento  (CE)  n.º 846/2009, de  1  de Setembro,  

relativo ao  Sistema Comum FEDER/FdC que integra o POVT e o PO Assistência Técnica. 

Tendo em conta as auditorias realizadas aos programas que  integram o citado sistema comum, a IGF concluiu  

no referido Relatório que o  sistema comum em  apreço permite uma segurança  razoável para  a emissão de  uma  

opinião qualitativa quanto ao funcionamento dos sistemas de gestão e controlo das respetivas Autoridades de  

Gestão. 

As  conclusões  do  referido  Relatório   referem  ainda  que,  tendo   por  base   uma  auditoria  específica   sobre   a  

Autoridade  de   Certificação,  concluiu  que,  em  termos  gerais,  os   procedimentos  desenvolvidos  respeitam  a  

descrição  dos  sistemas  de  gestão  e  controlo  enviada  oportunamente  à  CE,  pelo  que,  embora  carecendo  de  

melhorias, funcionam e salvaguardam o cumprimento  dos requisitos aplicáveis por força dos artigos 58.º  a 61.º  

do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 e da seção 3 do Regulamento (CE) n.º 1828/2006. 

Refere  ainda  o  citado  Relatório  que  nas  auditorias  sobre  as  operações  foram  identificadas  despesas  não  

elegíveis no montante  de €  18.597.214,79 e que, decorrente  da extrapolação efetuada o  erro mais  provável 

existente  na população é de € 21.967.375,44, o que representa cerca de 1,57 do universo, situando‐se abaixo  

do limiar de  2% definido.   

A  IGF  conclui  ainda  no  seu   Relatório  que  a  elegibilidade   da  operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐0000018,  cujo  

beneficiá rio é  o GEPE do  Ministério  da Educação e Ciência (MEC) deverá f icar condicionada à aprovação final  da  

alteração do texto do POVT rela tivo ao  domínio  “Requalificação da  Rede  de Escolas com  Ensino Secundário” do  

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Relatório de Execução | 2011  

 

116 

antigo  Eixo  IX  do  POVT,  o  que  foi  concretizado  no  âmbito  da  reprogramação  do  POVT  aprovada  em  9  de  

Dezembro de 2011.  

A IGF refere ainda  que, apesar de  considerar  que não  deverão  representar  impacte materialmente re levante  

nas despesas certificadas, salientou  os seguintes aspetos:  

a. Desconhece,  quer  as  conclusões  f inais  da missão  de  auditoria  ao  cumprimento  pelas  autoridades  

nacionais  da alínea  a) do  n.º 1  do artigo  61.º do  Regulamento (CE) n.º 1083/2006 e  da alínea  c) do  

artigo  23º  do  Regulamento  (CE)  n.º  1928/2006,  quer  as  conclusões  preliminares  da  missão  para  

aferição  da  qualidade  do  trabalho  da  Autoridade  de  Auditoria,  nos  termos  do  artigo  62.º  do  

Regulamento  (CE) n.º 1083/2006; 

b. Relativamente ao Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), com a designação JESSICA, a Autoridade  

de Gestão  ainda não concluiu  a definição  dos  procedimentos a  aplicar. Esta despesa  não tem qualquer 

impacte nas despesas certificadas durante o  ano civil de  2010. 

A IGF concluiu  que, com  base no exame  realizado, cons idera  que, no período em  análise, os s istemas de  gestão  

e  controle  estabelecidos  para  o  sis tema  comum  onde  se  integra  o  POVT,  respeitaram  os  requisitos  

regulamentares  aplicáveis  e  funcionaram  de  forma  eficaz,  de  modo  a  dar  garantias  razoáveis  de  que  as 

declarações  de  despesas apresentadas à  Comissão são  corretas e, consequentemente, de  que as  transações  

subjacentes  respeitam a legalidade e a regularidade, exceto no  que diz respeito ao seguinte. 

Em resultado das auditorias realizadas pela Autoridade  de Auditoria, foram efetuadas várias recomendações de  

melhoria do funcionamento dos sistemas de gestão e controlo, algumas das quais ainda não foram totalmente  

implementadas,  entendendo  nestes  termos  que,  as  deficiências  por  satisfazer  afetam  moderadamente  os  

requisitos essenciais do funcionamento dos sistemas de gestão e controlo, pelo que devem ser classificados na  

Categoria  2,  conforme  previsto  na Nota  de Orientações  sobre  uma metodologia  comum  para  avaliação  dos  

sistemas de gestão e controlo dos Estados Membros (documento COCOF 08/0019/00). 

Nos  termos  referidos,  foi  emitido  parecer  com  reservas  sobre  o   funcionamento  dos  sistemas  de  gestão   e  

controlo  estabelecidos para o  Sistema comum  FEDER constituído pelo POVT e pelo PO Assistência Técnica. 

O Parecer anual emitido  pela IGF em 22‐Dez‐2011 tem  as mesmas conclusões referidas no citado Relatório.  

Sobre as conclusões do referido  Relatório convém referir os seguintes aspetos:  

‐ O texto da Decisão de  reprogramação do POVT, aprovada em 9  de dezembro  de 2011, veio permitir o  

adequado  enquadramento  da  elegibilidade  da  citada  operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐0000018,  cujo  

beneficiá rio é  o GEPE do MEC, pelo que a respetiva despesa é elegível; 

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Relatório de Execução | 2011  

 

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‐  Foi  entretanto  rececionado   o  relatório   final   da missão   de  controlo  nº   2009/PT/REGIO/J4/785/5,  

promovida  pela  Comissão Europeia, em 2010, assim  como as  conclusões  preliminares no  âmbito da  

missão nº  2009/PT/REGIO/J4/785/7, realizada  em 2011,  não  tendo  sido  identif icadas situações  com  

impacto materialmente  relevante  no  funcionamento  dos  sis temas  de  gestão  e  controlo  do  sistema  

comum no qual  o POVT se enquadra;  

‐ No que respeita à  definição de  procedimentos  a aplica r re lativamente à Iniciativa JESSICA, é de referir 

que foi já  elaborada pelo IFDR em  articulação com o  BEI uma  proposta  de Manual  de  Procedimentos a  

aplicar neste âmbito sobre a  qual a IGF e a Comissão Europeia se irão pronuncia r; 

‐ No que respeita às despesas  não elegíveis apuradas nas auditorias sobre as operações, as mesmas  

correspondem  a 18.596.120,36 € de despesa irregular, consubstanciada em  15.806.702,20 € de Fundo,  

tendo‐se  já  procedido   à  correção  e  recuperação   da  sua  quase  totalidade  junto   dos   beneficiários,  

estando por recuperar 7.031,28 €, conforme referido no  ponto 2.1.5. do presente  Relatório. 

 

2.4 Mudanças no contexto da execução do Programa Operacional 

O contexto de crise económica e financeira  internacional continuou a marcar o ano de 2011, conjugada com o  

processo de ajustamento da economia e das finanças públicas nacionais, confrontada com as ameaças de crise 

da  dívida  soberana  que   se  continuaram  a  sentir  no  âmbito mais  vasto  da União  Europeia  e   que  também  

afetaram Portugal. 

Neste contexto, os principa is indicadores de  clima económico, regrediram com uma desaceleração  do consumo  

privado  e  do  indicador  de   FBCF,  na  sequência  das medidas  de  consolidação  orçamental  que  foram  sendo  

adotadas desde 2010 e ao  longo de 2011 e  anunciadas para 2012. 

O  aspeto mais marcante  do  contexto  socioeconómico  que  caracterizou  2011,  foi  a  assinatura  por  parte  do  

Estado Português  do  Memorando de  Entendimento sobre  as Condicionalidades de Politica Económica. Trata‐se  

de um programa político, onde se descrevem as condições gerais de política económica a cumprir pelo Estado  

Português  durante  o  período  de  assistência  financeira  (2011‐2014)  da  Comissão  Europeia  em  conjunto  com  

Banco Central Europeu  e Fundo  Monetário Internacional.  

São de destacar  os objetivos  de política orçamental, que foram fixados nomeadamente: a redução do défice  

das Administrações Púbicas, a redução  do rácio  da dívida pública/PIB e a redução da despesa pública.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

118 

Estes objetivos visam trazer novas e acrescidas dificuldades à realização dos  investimentos públicos previstos e  

aprovados no POVT, por dificuldade na obtenção da contrapartida nacional  resultante da redução de dotações  

orçamentais  e da capacidade de obtenção de financiamentos. 

Tendo  em   conta  o   referido   e  que  a   qualidade  do  investimento  público  é   um   fator  determinante  do  seu  

contributo  para  o  crescimento  económico  do  país  a  longo  prazo,  foram  tomadas medidas  para  promover  a  

aceleração  da  execução  das  operações  em  curso  no  âmbito  do  QREN,  sendo  de  referir  neste  âmbito  as  

inicia tivas previstas no 2º Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo – Ministério da Economia,  

da  Inovação  e  do Desenvolvimento  (MEID)  e a  Associação Nacional  de Municípios  Portugueses  (ANMP)  em  

Fevereiro de  2011 e  a operacionalização  do Empréstimo – Quadro  do  Banco  Europeu  de Investimento (BEI), 

anteriormente   negociado,  com   vista  a  financiar  a  contrapartida  nacional  dos  projetos  co  financiados  pelo  

FEDER e Fundo de Coesão.  

 

Em relação ao 2.º Memorando de Entendimento celebrado com a ANMP, destacam‐se as seguintes  iniciativas  

com incidência no  POVT: 

Iniciativa 2: Aplicar em 2011 o aumento das taxas de cofinanciamento para 80% no Ciclo Urbano da Água no 

Programa Operacional Valorização do Território e outras tipologias específicas de  investimento municipa l. 

Esta Iniciativa visou colmatar as dificuldades exis tentes para garantir a contrapartida naciona l dos projetos da  

responsabilidade  dos  Municípios,  suas  associações  e  entidades  participadas  maiorita riamente  pelos  

Municípios. Desta  forma  estabeleceu‐se  que  durante  o  ano  2011  a  taxa  de  cofinanciamento  das  operações,  

enquadradas no Domínio de Intervenção – Ciclo Urbano da Água, em execução (que ainda não estejam física e 

financeiramente encerradas) e para as novas aprovações, passava a ser de 80%.  

Iniciativa 3  – Bonificar, para 85%, a  taxa de cofinanciamento  das  despesas executadas  e apresentadas em  

2011. 

De forma a estimular a apresentação a execução financeira das operações durante o ano 2011, estabeleceu‐se  

que nas Operações do Domínio de Intervenção Ciclo Urbano da Água, a taxa máxima de cofinanciamento das  

despesas  executadas  seria  de  85%. Nos  termos  da  alteração   do  Regulamento  Especif ico  deste Domínio,  o  

regime de majoração das taxas de cofinanciamento foi ainda aplicado a todas as operações, promovidas pelas  

empresas do Grupo Águas de Portugal (AdP), desde  o início da sua execução até ao  final  de 2011.  

Iniciativa 4  – Apoiar o financiamento da contrapartida  nacional pública  nacional dos  projetos  de  iniciativa  

municipa l, através do Empréstimo Quadro do Banco Europeu de Investimento (BEI), no âmbito do QREN. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

119 

No  sentido  de  contribuir  para minorar  os  efeitos  negativos  da  conjuntura,  em  particular  as  dif iculdades  de  

acesso  ao  crédito,  o  Governo  celebrou  um  contra to  de  Empréstimo  –  Quadro  com  o  Banco  Europeu  de  

Investimento,  para  financiamento  da  contrapartida  pública  nacional  das  operações  aprovadas  a 

cofinanciamento  pelo FEDER e pelo  Fundo  de Coesão. Este  contrato  previu  condições  de financiamento  mais  

favoráveis,  beneficiando  assim  as  Autarquias  Locais  e  as  entidades  do  sector  empresarial  autárquico,  bem  

como outras entidades que se  enquadrem nas condições de  acesso ao referido Empréstimo‐Quadro. 

No  Ponto  2.7.1  –  Acompanhamento  –  Atividades  da Gestão,  poderá  ser  consultado  um  quadro‐resumo  dos  

pedidos e  das aprovações de f inanciamento através do EQ‐BEI que  foram decididas até ao fina l de 2011, no que  

concerne aos projetos aprovados pelo POVT. 

Será ainda  importante  referir  neste capítulo, as grandes mudanças na execução  do Programa que  resultaram  

da aprovação  da reprogramação  técnica  do POVT, em dezembro  de 2011,  de entre  as quais  o aumento  das  

taxas de cofinanciamento prog ramadas (70% para 85% nos Eixo I a IV, de 70% para 84,42% no Eixo V e de 85% 

para 96,76% no Eixo VI) e a  transição de  operações entre  fundos (de  FEDER para  Fundo  de  Coesão) e  entre  

Programas Operacionais, visando  a otimização  da gestão  do  FEDER e  do Fundo  de  Coesão e  o aumento  das  

taxas de absorção e de execução deste último.  

No  entanto,  dado  que  a  reprogramação  foi  aprovada  apenas  no  final  do  ano  de  2011,  os  efeitos  deste  ano 

foram bastante  limitados, circunscrevendo‐se apenas à transição  interna de operações do POVT dos anteriores  

para  os  novos  eixos  resultantes  da  reprog ramação  apenas  foi  possível  realizar  alguns  dos  acertos  formais  e  

definir‐se a metodologia a adota r.  

Ao nível regulamentar nacional, é de destacar as alterações introduzidas em  2011 no Regulamento  Geral  FEDER 

e  Fundo  de  Coesão  que  procuraram  dar  continuidade  ao  processo  de  simplificação  iniciado  nos  anos  

anteriores, particularmente quanto aos procedimentos associados aos beneficiários e operações, por exemplo  

em matéria  de requis itos  de admissão e aceitação. Estas a lterações foram aprovadas através de deliberação  da  

CMC do QREN em 21/01/2011. 

A deliberação da CMC do QREN de 21/12/2012 procurou também enquadrar algumas disposições decorrentes  

do  processo  de  reprogramação  técnica  do  QREN  verificado  no  ano  de  2011,  particularmente  no  que  diz  

respeito às alterações de elegibilidade de  algumas tipologias de   intervenção entre  Prog ramas Operaciona is e  

entre Fundos e à transição de  operações entre Programas.   

De  igual modo  se  deu  início  ao  processo  de  revisão  dos  Regulamentos  Específicos  aplicáveis  aos  POVT  em 

resultado  da  reprogramação  aprovada  no  fina l  de  2011, muito   embora  a  conclusão  desse  processo  tenha  

ocorrido já em 2012. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

120 

Constam  do Anexo  XIV  as  referências  principais  aos  diplomas  e  deliberações  dos Órgãos  de Governação  do  

QREN e do POVT que  foram  mais re levantes para o contexto  da execução do Programa Operaciona l referido no  

presente ponto do Relatório.  

 

Principal Legislação produzida ao longo de 2011 com relevância para o POVT  

Durante  o  ano  de  2011  foram  publicados  diversos  diplomas  legais,  tanto  a  nível  nacional  como  a  nível  

comunitário,  com  importantes  repercussões  na  organização  e  funcionamento   do   POVT,  de  entre   os  quais  

destacamos: 

Legislação Comunitária:  

≈ Regulamento  (UE) n.º 1310/2011  do  Parlamento Europeu e  do Conselho, de  13 de  Dezembro, que  

altera o  Regulamento (UE) n.º 1083/2006 do Conselho  no  que  respeita à ajuda reembolsável, à  

engenharia financeira e a certas disposições re lativas à decla ração de despesas; 

≈ Regulamento  de  Execução  (UE) N.º  1236/2011  da  Comissão  de  29  de Novembro  de  2011,  que  

altera  o  Regulamento  (CE)  N.º  1828/2006  no  que  respeita  a  investimentos  feitos  através  de  

instrumentos  de engenharia financeira; 

≈ Regulamento (UE) n.º 1251/2011 da Comissão, de 30 de Novembro 2011, que altera as Diretivas  

2004/17/CE e 2004/18/CE do Parlamento Europeu e do  Conselho respeitante aos seus  l imites de  

aplicação no contexto dos processos de adjudicação de contratos.  

≈ Regulamento (UE) n.º 1311/2011 do  Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Dezembro de  

2011,  que  altera  o  Regulamento  (CE)  n.º  1083/2006  do  Conselho  no  que  diz  respeito  a  

determinadas  disposições  referentes  à  gestão  financeira  relativamente  a  determinados  Estados  

Membros afetados ou ameaçados por g raves dificuldades de estabilidade  financeira. A alteração  

repercute‐se no artigo 77º. 

 

Legislação Nacional:  

Geral 

≈ Lei n.º 55‐A/2010, de 31 de Dezembro, que aprova o Orçamento de Estado para 2011;   

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Relatório de Execução | 2011  

 

121 

≈ Porta ria n.º 4‐A/2011, de 3 Janeiro, que regulamenta os termos e a tramitação do parecer prévio  

vinculativo  dos  membros  responsáveis  pelas  áreas  das  finanças  e  da  administração  pública,  

previsto no nº 2 do artigo 22º  da Lei n.º 55‐A/2010, de 31 Dezembro;  

≈ Decreto‐Lei  nº  29‐A/2011,  de  1  de  Março  2011,  que  estabelece  as  Normas  de  Execução  do  

Orçamento do Estado  para 2011; 

≈ Decreto   ‐  Lei  n.º   86‐A/2011,  de  12   Julho,  que  estabelece  a  Lei  Orgânica  do   XIX  Governo  

Constitucional;  

≈ Lei n.º 48/2011, de  26 Agosto, que  procede à  primeira alteração à  Lei  do Orçamento  de Estado  

para 2011, aprovado  pela Lei n.º 55‐A/2010, de 31 de Dezembro;  

≈ Lei  n.º  53/2011,  de  14  Outubro,  que  procede  à  segunda  alteração  ao  Código  do  Trabalho,  

aprovado  em  anexo  à  Lei  nº  7/2009,  de  12  Fevereiro,  estabelecendo  um  novo  sistema  de  

compensação em  diversas modalidades  de cessação do  contrato de  trabalho, aplicável apenas aos  

novos contratos  de trabalho; 

≈ Lei  nº   61/2011,  de   7  de Dezembro,  que  procede  à  sétima  alteração   à  Lei   de  Organização  e  

Processo do Tribunal de  Contas, aprovada pela Lei nº  98/97, de 26 Agosto; 

≈ Lei  nº  64/2011,  de  22 Dezembro,  que modifica  os  procedimentos  de  recrutamento,  seleção  e  

provimento dos cargos  de direção superior da  Adminis tração  Pública, procedendo à  4ª alteração à  

Lei  n.º  2/2004,  de   15  Janeiro,  que  aprova  o  Estatuto  do  Pessoal   Dirigente   dos  serviços  e  

organismos da Adminis tração Central Regional e  Local  do  Estado;  

≈ Decreto‐Lei  n.º  126‐C/2011,  de  29 Dezembro,  que  estabelece  a  Lei Orgânica  do Ministério  da  

Economia e do Emprego;  

≈ Lei n.º 64‐C/2011, de 30  de Dezembro, que aprova a estratégia e os procedimentos a adota r no  

âmbito  da  lei  de   enquadramento   orçamental  bem   como   a  calendarização  para  a  respetiva  

implementação  até 2015.  

 

Específica  

QREN 

≈ Porta ria  nº  169/2011,  de  27  de  abril,  que  altera  os  Estatutos  do  Instituto  Financeiro  

Desenvolvimento Regional;  

≈ RCM  nº  49/2011,  de  27  Outubro,  que  determina  que  a  Estrutura  de  Missão  designada  por 

Observatório  do  QREN  criada  nos  termos  da  RCM  n.º  24/2008,  de  13  Fevereiro,  cujas  

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Relatório de Execução | 2011  

 

122 

competências  se  encontram  previstas  no  artigo  8º  do DL  n.º  312/07,  de  17  Setembro,  fica  na  

dependência do  Ministro das Finanças; 

≈ Porta ria n.º 70/2011, de  9 Fevereiro, que estabelece os  limites de auxílios de  minimis; 

≈ Despacho  nº   3254/2011,  relativo  à  nomeação  do  Engenheiro  Germano   Faria  Martins  como  

Presidente do  Conselho  Executivo da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa;  

≈ Despacho  de  4835/2011,  de  14   de  Março,  que  assegura   as  condições  para   um  adequado  

encerramento do Fundo de Coesão e  um reajustamento do exercício  das funções  de Coordenação  

Nacional  e de Gestão Setorial;  

≈ Despacho n.º 6572/2011, de 04 de Abril de 2011, que fixa as condições de acesso e de utilização  

dos  financiamentos  no  âmbito  do  empréstimo  quadro  (EQ)  contra tado  entre  a  República  

Portuguesa e o Banco Europeu de  Investimento (BEI); 

≈ Despacho n.º 10353/2011, que define a delegação  de Competências do Ministro da Economia  e  

do Emprego no Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento  Regional, António  

Joaquim Almeida Henriques; 

≈ Deliberação da CMC do QREN de 21 de Dezembro  de 2011, relativa à alteração  do Regulamento  

Geral do FEDER e do Fundo de Coesão, na sequência da aprovação da reprogramação técnica do  

QREN e dos Programas Operacionais. 

 

Contratação Pública  

≈ Decreto‐Lei  n.º  104/2011,  de  8  Outubro,  que  estabelece  a  disciplina  aplicável  à  contratação  

pública  nos   domínios   da  defesa  e  da   segurança   e  transpõe   a  Diretiva  n.º  2009/81/CE   do  

Parlamento  Europeu e  do Concelho de 13 de Julho;  

≈ Porta ria n.º 103/2011, de 14 de Março, que procede à revisão das categorias de bens e serviços  

cujos acordos quadro e procedimentos de contratação  da aquisição são celebrados e conduzidos  

pela  ANCP,  nos  termos  previstos  nas  alíneas  a)  e  b)  do  n.º  1  do  artigo  5.º  do Decreto‐Lei  n. º  

37/2007, de 19 de Fevereiro;  

≈ Decreto‐Lei  n.º  40/2011,  de  22  de Março,  que  estabelece  o  regime  da  autorização  da  despesa  

inerente aos  contratos públicos a celebrar pelas entidades  adjudicantes nele  referidas  (revogando  

os artigos  16.º a 22.º e 29.º do Decreto‐Lei n.º 197/99, de 8 de Junho);  

≈ Resolução n.º 86/2011, de 30 de Março, que faz cessar a vigência do Decreto‐Lei n.º 40/2011, de  

22  de Março,  de  22 Março,  que  estabelece  o  regime  de  autorização  da  despesa  inerente  aos  

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Relatório de Execução | 2011  

 

123 

contratos  públicos  a  celebra r  pelo  Estado,  Institutos   Públicos,  Autarquias  Locais,  Fundações  

Públicas, Associações Públicas e Empresas Públicas  

 

Ambiente  

≈ Decreto  ‐ Lei n.º 73/2011, de 17  de Junho, que altera o  Regime Geral  da Gestão de  Resíduos  e  

Transpõe a Diretiva n.º 2008/98/CE  do Parlamento  Europeu e do Conselho  de 19 de Novembro,  

relativa aos res íduos.  

 

 

Outros atos e acordos  

≈ Programa  de  Ef iciência  Energética  na  Adminis tração  Pública‐  ECO.AP  de  forma  a  alcançar  um  

aumento da ef iciência energética de 20% até 2020;  

≈ Memorando de Entendimento  onde são estabelecidas as condições gerais da política económica  

tal como  contidos  na Decisão  do  Conselho sobre a concessão de assis tência f inanceira da União  

Europeia a  Portugal  

 

Principais Deliberações dos vários órgãos de Governação do  POVT 

 

Deliberações mais relevantes  da Comissão Ministerial de Coordenação do QREN: 

≈ Deliberação  de  21  de  Janeiro  2011,  que  altera  o  Regulamento  Geral  do  Fundo  Europeu  de  

Desenvolvimento Regional  e do  Fundo de Coesão. 

 

Deliberações mais relevantes  da Comissão Ministerial de Coordenação do POVT:  

≈ Deliberação da  CMC de 24 de Março de  2011, que  aprova a  revisão ao  Regulamento  Específ ico  

«Prevenção e Gestão de  Riscos»; 

≈ Deliberação  de  29  de Março  de  2011,  que  aprova  a  revisão  ao  Regulamento  Específico  «Rede  

Estruturante  de Abastecimento de Água e Saneamento»; 

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Relatório de Execução | 2011  

 

124 

≈ Deliberação  de  31  de  Maio  de  2011,  que  aprova  a  alteração  ao  Regulamento  Específ ico  

«Empreendimento  de Fins Múltiplos de  Alqueva»; 

≈ Deliberação de  31 de  Maio de  2011, que aprova a alteração ao  Regulamento Específico «Combate  

à Erosão e Defesa Costeira»; 

≈ Deliberação  de  31  de  Maio  de  2011,  que  aprova  a  alteração  ao  Regulamento  Específ ico  

«Infraestruturas e Equipamentos Desportivos»; 

≈ Deliberação de 02  de Junho de  2011, que aprova a Proposta de  Reprogramação do QREN e dos  

Programas Operacionais;  

≈ Deliberação de 17  de Junho  de 2011, que aprova o Relatório Anual de Execução  POVT de 2010. 

 

 Deliberações mais relevantes da Comissão Diretiva do POVT 

≈ Deliberação  da  Comissão  Diretiva  do  POVT  de  27  de  Janeiro,  que  aprova  o  Plano  de  

Acompanhamento  de Projetos relativos ao ano de 2010;  

≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 5 de  Maio de  2011, que aprova a reprogramação de  

Operações  de  Iniciativa  Municipal  (Eixo  II  –  Rede  Estruturante  de  Abastecimento  de  Água  e  

Saneamento),  no  âmbito  da  Iniciativa  2  do  Segundo  Memorando  de  Entendimento   celebrado  

entre o Governo e a Associação Nacional dos  Municípios Portugueses; 

≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 14 de Setembro de 2011, que autoriza a aquisição  

de Serviços para a Verificação da Conformidade Legal de Procedimentos  de Contratação  Pública,  

Acompanhamento do Contencioso Judicia l e Acompanhamento Jurídico de processos de auditoria  

relativos a projetos cofinanciados  pelo  POVT e Fundo de Coesão  II; 

≈ Deliberação da Comissão Diretiva do POVT de 16  de Dezembro  de 2011, que aprova a transição de  

operações entre Eixos Prioritá rios do POVT na sequência da aprovação da reprog ramação técnica  

do POVT. 

 

2.5 Alteração substancial na aceção do artigo 57º do Regulamento (CE) nº 1083/2006  

Não  foi  verificada  qua lquer  alteração  substancial  ocorrida  ao  nível  das  operações,  que  tenha  afetado  a  sua  

natureza ou as suas condições de execução, ou tenha proporcionado uma vantagem  indevida a uma empresa  

ou  a  um  organismo  público  em  resultado,  quer  de  uma  mudança  na  natureza  da  propriedade  de  uma  

infraestrutura, quer da cessação de uma atividade produtiva. 

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Relatório de Execução | 2011  

 

125 

 

2.6 Complementaridade com outros instrumentos ou iniciativas da União Europeia 

2.6.1 Complementaridade com outros Programas 

A organização operacional  do QREN em  termos da Agenda  Temática para a Valorização do Território visa, entre  

outros  objetivos,  reforçar  a  coerência  e  a  complementaridade  das  intervenções  cofinanciadas  no  âmbito  do  

POVT  e  os  demais  instrumentos  de  financiamento  comunitá rio,  designadamente  os  Programas Operacionais  

Regionais (POR)  e o  Prog rama de Desenvolvimento Rural  (PRODER).  

Assim, considerando as complementaridades externas existentes em diversos domínios  do POVT, foram criados  

por  inicia tiva da AG do POVT Grupos de Articulação Temática (GAT), que envolvem as Autoridades de Gestão  

do  POVT,  dos  POR  e  do  PRODER,  bem  como  de  representantes  das  respetivas  tutelas  setoriais,  nos  termos  

previstos nos Regulamentos Específicos dos Eixos / Domínios de Intervenção onde a complementaridade entre  

Programas  é mais  relevante,  no  sentido  de  integrar  na  apreciação  das  candidaturas  a  análise  conjunta  das  

potencialidades  que  as  operações   revelam  em  termos  de  complementa ridade  e   sinergias  existentes  ou  

potenciais entre as operações  a cofinancia r no  âmbito do  POVT e dos referidos Programas. 

Os Eixos e Domínios de intervenção do  POVT onde está  prevista a  intervenção dos GAT são os seguintes:  

≈ Eixo II/Domínio  de Intervenção – Proteção Costeira; 

≈ Eixo II/Domínio  de Intervenção – Recuperação do Passivo Ambiental;  

≈ Eixo II e Eixo  V/ Domínio de  Intervenção  – Empreendimento de Fins Múltiplos do  Alqueva; 

≈ Eixo  V  –  Desenvolvimento  do  Sistema  Urbano  Naciona l  –  Infraestruturas  e  Equipamentos  

Desportivos. 

Cada  um  dos  referidos  GAT  integra  representantes  da  Autoridade  de  Gestão  do   POVT  e  dos  referidos  

Programas Operacionais, bem como das entidades que tute lam e coordenam os respetivos sectores. Passamos 

a apresentar seguidamente uma s íntese das  principais  atividades desenvolvidas no âmbito dos referidos GAT  

em 2011. 

Naquele  ano,  não   existiram  reuniões  dos  GAT  constituídos  para  os  Domínios  de  Intervenção  “Proteção  

Costeira”  e  “Infraestruturas  e   Equipamentos  Desportivos”,  dado   que  não  existiu   a  aprovação  de  novas  

candidaturas. A única candidatura aprovada no Domínio de Intervenção da “Proteção Costeira” constituía uma  

intervenção  de  emergência,  cuja  apresentação  foi  determinada  por Despacho  do membro  do Governo  com  

responsabilidades nesta área de intervenção.  

 

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Relatório de Execução | 2011  

 

126 

Recuperação do Pass ivo Ambiental 

Para as seis candidaturas aprovadas no  domínio  de  intervenção “Recuperação do Passivo Ambiental” do Eixo II, 

não foi possível realizar a reunião  presencial, no entanto, foi realizada a consulta escrita via pla taforma web,  

quanto à complementa ridade das ações previstas nestas seis candida turas, com ações cof inanciadas pelos PO  

Regionais. 

 

Investimentos Estruturantes do Empreendimento de  Fins Múltiplos de Alqueva  

No  ano   de  2011,  e  nos  termos   do   previsto  no   n.º  4   do  artigo   8.º  do   Regulamento  Interno   do  Grupo  de  

Articulação Temática  (GAT), do domínio de  intervenção “Empreendimento  de Fins Múltiplos de Alqueva”, foi  

consultado  uma  vez  o  GAT,  através  de  consulta  escrita,  para  apreciação  do  critério  de  seleção  

“Complementaridade das operações com as  intervenções realizadas ou a realiza r com o apoio  do FEADER”, o  

qual tem por objetivo valorizar as operações em função do contributo que dão para a conclusão e  interligação  

das redes primárias, financiadas  pelo  POVT, com as redes secundárias, financiadas pelo  PRODER, de  modo a  

garantir a operacionalização total dos sistemas.   

A referida consulta, realizada em 03 de agosto de 2011 visou a apreciação  da operação Circuito Hidráulico de  

Pedrógão  –  Margem  Direita,  relativa  ao  primeiro  circuito  hidráulico  do  subs istema  do  Pedrogão,  cujo  

investimento  permitirá a bombagem, o armazenamento e  o transporte  de água armazenada  na albufe ira  de  

Pedrógão até  à albufe ira de  São Pedro. 

Após a conclusão da  referida consulta escrita, foi constatado que a  complementaridade  da operação  com  o  

FEADER é muito  relevante para o subsis tema do Pedrógão, permitindo a  interligação entre a  rede primária e  

secundária e  consequente  operacionalização da  rede secundária. 

O  GAT  pronunciou‐se  favoravelmente,  tendo  considerado  que  o  contributo  da  operação  para  a  

complementaridade   entre  a   rede   primária  e  a   rede   secundária  é  Muito  Signif icativo,  pelo  que  atribuiu   a  

pontuação  de 4  – Muito Significa tiva. 

Para  além  dos mecanismos  de   articulação   estabelecidos   já  indicados,  é  ainda  de  referir  o mecanismo  de  

articulação e de coordenação da complementaridade entre as  intervenções financiadas através do POVT e do  

PRODER, acordado entre  a Autoridade de Gestão  do POVT e a  Comissão  Europeia e  instituído  no âmbito  da  

Comissão  de   Acompanhamento  do  POVT,  uma  vez  que  é  este  o  Programa  do   QREN  que  concentra  o  

financiamento do sistema primário do Alqueva, com o objetivo de:  

≈ Apresentar  um  ponto  de  situação  dos  investimentos  da  rede  primária  e  secundária  do  Alqueva  

que estão a ser financiados  pelo  POVT e pelo  PRODER;  

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Relatório de Execução | 2011  

 

127 

≈ Apresentar as perspetivas futuras  e eventuais  dif iculdades que possam  existir na concretização  do  

EFMA; 

≈ Esclarecer  as  questões  relevantes  em matéria  de  instrução  dos Grandes  Projetos  notificados  à  

Comissão Europeia  no âmbito  do POVT. 

 

Apresenta‐se no Anexo XV o  ponto de  situação a 31/12/2011,  dos  investimentos financiados  pelo  POVT, no  

que respeita à rede primária e  sua complementa ridade  com  os investimentos  financiados  pelo  PRODER, no que  

respeita à rede secundária do  Empreendimento de  Fins Múltiplos  de Alqueva. 

Por  último,  é  de  referir  que  com  a  aprovação  da  reprogramação  técnica  do  POVT,  em  dezembro  de  2011,  

ficaram reduzidas as complementaridades entre  o POVT e os POR em  domínios comuns da Agenda Temática  

Valorização do Território, os  passam a ter enquadramento ou só  no  Prog rama Temático  ou  só nos POR. É  o  

caso  das  intervenções  do  Ciclo Urbano  da  Água,  da  Recuperação  de  Passivos  Ambientais,  da  Valorização  de  

Resíduos e das Ações Materiais da Prevenção e Gestão de  Riscos que passaram a ser elegíveis exclusivamente  

ao POVT.  

Em  face  do  exposto,  a  questão   da  complementaridade  do   POVT  com  outras  Programas  perde   alguma  

relevância no caso de projetos futuros, pelo  que se admite a conveniência de, em 2012, rever os mecanismos  

de  articulação  previstos,  nomeadamente  nos  domínios  da  “Recuperação  do  Passivo  Ambiental”  e  

“Infraestruturas e  Equipamentos Desportivos”. 

 

2.6.2 Instrumentos de Engenharia Financeira 

A Iniciativa JESSICA foi concebida para promover os Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU),  instrumentos  

de engenharia  financeira de  apoio ao investimento no  desenvolvimento urbano  sustentável. 

A  20  de  Julho  de  2009  foi  celebrado  o  Funding  Agreement,  (onde  são  estabelecidos  os  termos  de  

funcionamento  da Iniciativa JESSICA em Portugal)  entre as Autoridades  de Gestão do Programa Operacional  

Temático  Valorização  do  Território  (POVT),  do  Programa  Operacional  Regional  do  Norte  (POR  Norte),  do  

Programa Operacional  Regional  do  Centro  (POR  Centro),  do  Programa Operacional  Regional  de  Lisboa  (POR 

Lisboa), do Programa Operacional  Regional  do Alentejo (POR Alentejo), do  Programa Operacional  Regional do  

Algarve  (POR  Algarve),  a Direcção‐Geral  do  Tesouro  e  Finanças  (DGTF)  e  o  Banco  Europeu  de  Investimento  

(BEI). 

Page 128: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

128 

Nos termos  do  artigo 6.1 do Funding Agreement as Autoridades de  Gestão dos Programas Operacionais  (POVT, 

POR Norte, POR Centro, POR Lisboa e Vale  do  Tejo, POR Alentejo e  POR Algarve) e  a Direcção‐Geral  do  Tesouro  

e Finanças contribuem  para  o JESSICA Holding Fund com um montante  total de  130  milhões de  euros, cabendo  

ao POVT uma participação  tota l de 30  milhões de euros.  

A participação  do POVT no Acordo  de Financiamento (Funding Agreement), através da dotação prevista no  Eixo  

V do Programa, visa permitir o  investimento em  Fundos  de Desenvolvimento Urbano (FDU) destinados  a apoia r 

projetos  de  desenvolvimento  urbano  que  tenham  por  fim  objetivos  de  regeneração  urbana  e  aumento  da  

competitividade  das  cidades,  que  criem  oportunidades  para  a  criação  de  novas  formas  de  parceria  público  

privada  e  que  contribuam  para  soluções  inovadoras  e  sustentáveis  para  os  problemas  urbanos.  Este  

instrumento  dará  um  contributo  fundamental  para  os  objetivos  do  Programa  em  matéria  de  Política  de  

Cidades,  nomeadamente  através  do  seu  contributo  para  a  estruturação  do modelo  territorial,  em  particula r 

através das redes nacionais de  infraestruturas e equipamentos e da dinamização da  inovação na resposta aos  

problemas e procuras urbanas. A gestão do Fundo cabe ao Banco Europeu de Investimentos (BEI), o que  inclui  

as  seguintes  atividades  principais:  desenvolvimento  da  estra tégia  de  investimento  prevista  no  Acordo  de  

Financiamento; definição de  critérios e metodologias de  seleção dos Fundos de Desenvolvimento  Urbano (FDU)  

a  constituir  com  o  apoio  do  Fundo  de  participações;  lançamento  e  realização  dos  processos  de  seleção  dos  

FDU;  Apresentação  de  propostas  de  seleção  ao  Comité   de  Investimento;  Monitorização   e  controlo   das  

operações e  elaboração de  Relatórios a apresentar ao Comité de Investimento.  

A 6 de Novembro de 2010 o BEI lançou  o “Convite à Manifestação de Interesse” (Call for Expressions of Inte rest)  

que culminou a 11 de Outubro de 2011 com a assinatura dos Acordos Operacionais. Este concurso tinha como  

objetivo selecionar as entidades privadas ou públicas interessadas na constituição dos FDU, veículos financeiros  

através dos quais serão apoiados os  projetos Urbanos no âmbito da Iniciativa JESSICA. O processo de seleção  

realizou‐se  em quatro fases:  

Fase I  – Seleção  inicial  (Novembro  a Dezembro  de  2010):  nesta  fase,  com  base  em  critérios  formais,  foram  

admitidas  11  entidades  (BPI,  CGD,  IHRU,  Fundbox,  Imorendimento, Montepio Geral,  Refundos,  Turismo  de  

Portugal, SRU Viseu Novo, Câmara Municipal de Viseu e Interfundos) tendo sido notificadas a apresenta r uma  

proposta para a gestão  de FDU;  

Fase II – Analise e seleção das propostas (Dezembro de  2010 a Março de  2011): foram recebidas 7  propostas de  

8 candidatos (BPI, CGD/IHRU, Fundbox, Imorendimento, Montepio  Geral,  Refundos, Turismo  de Portugal) as  

quais  apresenta ram  as  suas  propostas  na  forma  de  um  “Plano  de Negócios”  onde  definem  a  estratégia  de  

investimento  do  Fundo. Nesta fase foram aplicados os critérios de  seleção, os  quais  foram  objeto  de aprovação  

pela  Deliberação  da  Comissão  Diretiva  do  POVT  de  21  de  Outubro  de  2010  e  pela  Comissão  de  

Acompanhamento  do  POVT, em 28 de Outubro de  2010. Com base na análise  efetuada, a atribuição  de  fundos  

JESSICA recaiu nas propostas apresentadas pelo BPI, CGD/IHRU e Turismo de Portugal.  

Page 129: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

129 

Fase  III  –  Processo  de Negociação  (Abril  a Outubro  de  2011):  esta  fase  cons istiu   em  após  a  avaliação  das  

propostas dar  início  às negociações visando  o entendimento  com  os candidatos sobre  os  respetivos Acordos  

Operacionais.  

Fase IV ‐ Negociação do Acordo Operacional (Outubro de 2011): uma vez aceite pelo Comité de Investimento,  

os candida tos selecionados foram convidados a  negociar  os termos e condições do Acordo Operacional a ser 

assinado com o BEI. A assinatura dos Acordos Operacionais teve lugar no dia 11 de  Outubro de 2011.  

A proposta da CGD/IHRU foi  a selecionada pelo BEI para o POVT. 

No que respeita ao calendário de pagamentos o POVT  já transferiu o montante FEDER de 30 milhões de euros  

(montante  total que  lhe foi atribuído) para a JESSICA Holding Fund, sendo que a 1ª transferência foi rea lizada  

em Setembro de 2010 pelo montante de 12.422.746,00€ e a 2ª transferência foi realizada em Janeiro de 2012  

pelo montante  de 17.577.254,00€. 

Quanto aos custos de Gestão  JESSICA – POVT, verificou‐se o seguinte:  

 

Quadro nº 13 ‐ Custos de gestão do FDU 

Ano 2010  Ano 2011 

Custos BEI   Movimentos na conta de retenção de Fees                      

Custos BEI  Movimentos na conta de retenção de Fees   

Saldo Inicial  (Setembro) 

Juros vencidos  

Saldo Final* (Dezembro) 

Saldo Inicial  (Janeiro) 

Juros vencidos  

Saldo Final* (Dezembro) 

143.444,50 €  566.787,79 €  485,79€  423.829,08€  288.493,27 €  423.829,08€  2.109,15€  137.444,96€ 

Notas:         

Saldo final* = Saldo inicial +ju ros ‐ custos do BEI; 

Apresenta‐se seguidamente uma s íntese  das principais ações  desenvolvidas em 2011 no âmbito da  iniciativa  

JESSICA em Portugal: 

≈ Reunião  do  Comité  de Investimento, em  Coimbra no dia 19  de Janeiro de  2011, na  qual  foram  

abordadas as seguintes questões: 

≈ Informação sobre entidades pré‐qualificadas para a gestão  de FDU;  

≈ Apreciação e  aprovação do Plano de  Comunicação  da Inicia tiva JESSICA em Portugal;  

≈ Apreciação da “Nota sobre custos de gestão do JHFP”;  

Page 130: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

130 

≈ Apresentação do Orçamento anual e trimestral para 2011;  

≈ Apreciação e  aprovação do Modelo de Reporte.  

≈ Reunião  do Comité de Investimento, em Lisboa no dia 11 de  Março de  2011, tendo na  mesma sido  

efetuada um ponto de situação dos trabalhos  realizados pelo BEI e uma apresentação sucinta da  

Proposta do  BEI rela tiva à seleção de  FDU e das respetivas Entidades Gestoras.  

Envio no  dia 23  de Março  de 2011  da proposta da carta do  BEI e  respetivos anexos a todos  os membros do  

Comité   de  Investimento.  Este  documento   procurou   sintetizar  a  análise   efetuada  pelo   BEI  às  candidaturas  

selecionadas  para  os  FDU  resultando  numa  proposta  que  assenta  na  atribuição   de  fundos  JESSICA  ao  BPI, 

CGD/IHRU e Turismo de  Portugal. 

Tendo sido apresentado o seguinte cenário:  

 

Quadro nº 14 ‐ Fundos  JESSICA a atribuir  

Unidade: Milhões € 

Nível FDU  

Fundos JESSICA a atribuir    

Nível FDU  

Cofinanciamento 

Proposto 

Nível FDU 

Fundos 

sob gestão 

Nível Projeto  

Cofinanciamento 

Proposto 

Total de 

Fundos 

Disponíveis 

FEDER   DGTF  Total         (A)  (B)  (A)+(B) 

BPI  40  24  64     0  64  64  128 

Norte  30  16  46     0  46  46  92 

Alentejo  10  8  18     0  18  18  36 

                          

CGD  50  1  51     45  96  80  176 

POVT  30  0  30     27  57  45  102 

Centro  20  1  21     18  39  35  74 

                          

TdP  10  5  15     16  31  0  31 

Lisboa  5 5  15 

   11 31 

0 31 

Algarve  5     5  0 

                          

Total   100  30  130     61  191  144  335 

 

≈ Reunião  do  Comité de Investimento em  Évora no dia 7  de outubro  de  2011, tendo s ido  analisados  

os seguintes assuntos:  

Page 131: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

131 

≈ Apreciação  dos  Acordos  Operacionais  negociados  com  as  entidades  gestoras  de  Fundos  de  

Desenvolvimento Urbano selecionadas;  

≈ Ponto  de situação do Manual de  procedimentos e  das Ajudas  de Estado  no âmbito  da Inicia tiva  

JESSICA. 

≈ A assinatura formal dos  Acordos Operacionais entre  o BEI e as entidades gestoras dos FDU  teve  

lugar do  dia 11  de Outubro de 2011, na Feira Internacional de  Lisboa.  

 

2.7 Acompanhamento e avaliação 

2.7.1. Acompanhamento 

Neste  ponto  será  apresentada  a  informação  re lativa  à  atividade  desenvolvida  em  2011  ao  nível  dos  vários  

órgãos de gestão do Programa, bem como as principais decisões  adotadas.  

Autoridade de Gestão 

A  atividade  desenvolvida  pela  Autoridade  de Gestão  do  Programa  em  2011  ficou marcada  por  três  aspetos  

fundamentais:   

≈ Meta de execução fixada em 40% do Fundo programado, de acordo com o objetivo definido pela  

Comissão Ministerial  de   Coordenação  do QREN,  o  que  levou   a  uma   grande  concentração  de  

esforços nas tarefas tendentes a acelerar o  nível de  execução do Programa; 

≈ Reprog ramação  para  uma  taxa  de   cofinanciamento  de   80%  das  operações  promovidas  por 

Municípios,  Associações  de  Municípios  e  outras  entidades  da  esfera  municipal  e  a inda  não  

concluídas fís ica e financeiramente e majoração  das despesas apresentadas durante o ano 2011  

com  uma  taxa  de  cofinanciamento  de  85%,  no  âmbito  do  2º  Memorando  de  entendimento  

celebrado entre o Governo  Português e  a Associação Nacional  de Municípios Portugueses (ANMP)  

em 11 de Fevereiro de 2011. No caso  do  POVT, esta medida excecional de  aceleração  da execução  

foi aplicável às operações da Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento; 

≈ Reprog ramação técnica do POVT, que teve como principal objetivo o aumento  da taxa média de  

cofinanciamento do Programa para 85%, de modo a assegurar que os reembolsos realizados pela  

Comissão Europeia sejam realizados  a uma  taxa superior à anterior (70%) e abarcou alguns  outros  

aspetos  de  organização   do   POVT,  tais  como:  a  reorganização  dos  Eixos  Prioritá rios  do  POVT, 

concentrando  as  tipologias  de  intervenção  relativas  às  infraestruturas  de  transportes  e  aos  

sistemas  ambientais  nos  Eixos  I  e  II,  respetivamente  e  passando  a  integrar  apenas  6  Eixos  

Page 132: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

132 

Prioritá rios;  Alargamento  do  âmbito  das  elegibilidades  do  Fundo  de  Coesão  (FC)  no  POVT  para  

intervenções anteriormente previstas no FEDER; Concentração nos PO Regionais de elegibilidades  

relativas  a  Ações  Inovadoras  para  o Desenvolvimento Urbano,  Infraestruturas  e  Equipamentos  

Desportivos  e  Requalif icação  de  escolas  do  2º  e  3º  ciclo  do  ensino  básico;  Alargamento  da  

elegibilidade  territorial   aos  beneficiá rios   e  das  operações  localizados  nas  regiões  de  Lisboa  e  

Algarve para todas as tipologias que passam a ser elegíveis ao Fundo de Coesão. O POVT passou a  

prever  ainda  novas  elegibilidades  ‐  Intervenções  de  controlo  e  risco  contra  cheias  (Regiões  do  

Continente)  – enquadráveis no  novo E ixo  II/ Prevenção e  Gestão  de Riscos e Correções  torrenciais  

(Região Autónoma da Madeira) – enquadráveis no novo Eixo IV. Foi ainda decidida uma redução  

de 316 Milhões de  Euros  de FEDER no POVT, servindo de contrapartida ao  reforço do  Fundo  Socia l  

Europeu  no POPH. 

Com o objetivo central de promover o aumento da execução financeira do Programa, foram tomadas diversas  

medidas ao longo de  2011, que passaremos a referir de acordo com a sua natureza:  

 

Medidas  que   visaram  a  s implificação  de   procedimentos   e  a   racionalização  de meios   e  de  circuitos   e  o 

aumento da  eficácia e da eficiência  da gestão 

≈ Implementação  de  um módulo  de  “Gestão  de  Contra tos”  no  Sistema  de  Informação  do  POVT  

(SIPOVT) em Outubro  de 2011.  

≈ Dispensa da elaboração e apresentação dos Documentos de Enquadramento Estratégico (DEE) no  

âmbito  das  operações  do  antigo  Eixo  II  e  extinção  da  Estrutura  de  Apoio  e   Coordenação,  

coordenada pelo INAG, IP9, com o objetivo de acelerar a aprovação e execução das operações do  

antigo Domínio de Intervenção “Rede  de Abastecimento de Água e Saneamento”, no âmbito das  

medidas adotadas no 2º  memorando de entendimento entre  o Governo Português e a ANMP. 

 

 

Boas Práticas de Gestão  

Com  o  objetivo  de  otimizar  e  tornar  mais  eficiente  a  verificação  da  regularidade  dos  

procedimentos  de  contratação  pública,  uma  vez  que,  de  acordo  com  o  sistema  de  controlo  

                                                                         9 Na sequência do processo de  reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território  (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água foi integrado na nova Agência Portuguesa do Ambiente.  

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Relatório de Execução | 2011  

 

133 

interno  implementado no POVT, sem a validação  inicial de cada procedimento não é possível a  

validação de qualquer despesa relativa a esse procedimento e o consequente pagamento aos  

beneficiá rios,  foi  implementado  um  módulo  de  “Gestão  de  Contratos”  no  Sistema  de  

Informação  do  POVT  (SIPOVT)  em  Outubro  de  2011.  Este  módulo  tem  como  objetivo  a 

submissão  pelos  beneficiários,  de  forma  estruturada,  dos  documentos  rela tivos  aos 

procedimentos  de  adjudicação  que  suportam  as  despesas  a  executar  no  âmbito  das 

operações. A normalização  do  conjunto de  documentos que deve ser submetido re lativamente  

a  cada  tipo  de  procedimento  de  adjudicação minimiza  os  tempos  de  verif icação  por  via  da 

redução  de pedidos adiciona is que  muitas vezes eram efetuados  e possibilitando, deste  modo, 

a mais rápida validação do procedimento e  da despesa e  o respetivo pagamento, assegurando, 

igualmente, maior fiabilidade, concentração e  facilidade de  acesso a essa documentação. 

 

Medidas de aumento das taxas de co financiamento e de financiamento da  contrapartida pública nacional:  

Para  fazer  face  às  dificuldades  de  disponibilização  de  recursos  financeiros  nacionais  necessários  à  execução  

financeira e maximizar a utilização do financiamento comunitá rio em condições mais favoráveis ao  incremento  

da execução das operações aprovadas, nomeadamente as de  iniciativa pública, foi  implementado um conjunto  

de medidas comunitárias e  nacionais, de entre as quais destacamos as seguintes:     

≈ A nível comunitário, é de destaca r o  Regulamento  (UE) n.º 1311/2011, de 13 de Dezembro, que  

estabelece uma derrogação rela tiva às regras comuns de  cálculo dos  pagamentos  intermédios  e  

dos  pagamentos  do  saldo  fina l  dos  Prog ramas Operacionais  dos  Estado Membros  que  estejam  

abrangidos  por  prog ramas  de  assistência  financeira.  Assim,  os  pagamentos  intermédios  e  os  

pagamentos  do  saldo  final   são  aumentados  em  dez  pontos   percentuais  acima  da  taxa  de  co‐  

financiamento  aplicável  a  cada  eixo  prioritário,  sem  exceder  100%,  a  aplicar  ao montante  das  

despesas  elegíveis  inscritas  de  novo  em   cada  declaração   de  despesas  certificada  apresentada  

desde  a  data  de  entrada  em  vigor  do  referido  programa  de  assistência  financeira  e  até  31  de  

Dezembro de 2013;  

≈ Na sequência da celebração do contrato de Empréstimo‐Quadro  entre o Governo Português e  o  

Banco  Europeu  de  Investimentos  (BEI),  a  seguir  designado  por  EQ‐BEI,  no  valor  de  1.500 M€,  

visando o financiamento da contrapartida nacional dos projetos cofinanciados, foi disponibilizada  

um  primeira  tranche  de  450  M€  para  financiamento  da  contrapartida  nacional  associada  à  

execução  das  operações  aprovadas  no  âmbito  do  QREN,  quer  de  iniciativa  pública,  quer  de  

inicia tiva privada. Para aplicação da 1ª tranche, foram selecionados projetos de  iniciativa pública  

com contrapartida nacional exclusivamente pública.   

Page 134: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

134 

≈ No  âmbito  deste  processo  e  no  período  que  decorreu  entre  12/05/2011  e  28/06/2011,  foram  

propostas  pela  Autoridade  de  Gestão  do  POVT,  55  operações,  para  enquadramento  na  

componente  PIDDAC,  com  contrapartida  nacional  a  ser  financiada  através  do  EQ‐BEI,  proposta  

essa que consubstanciou  já o respetivo parecer sobre a verificação das condições de elegibilidade  

de tais operações  à luz dos requis itos estabelecidos no Despacho n.º 6572/2011, de 04 de Abril. 

≈ No mesmo período, foi  realizada a submissão dos  pedidos de financiamento  reembolsável pelas  

entidades  interessadas através de plataforma  informática  desenvolvida pelo IFDR para esse efeito,  

tendo  a  Autoridade  de  Gestão  do  POVT  emitido  parecer  relativamente  a  106  pedidos,  

nomeadamente sobre a respetiva elegibilidade  face às condições estabelecidas no Despacho n. º  

6572/2011. 

≈ Das  161  propostas  submetidas,  e  ainda  em  2011,  foi  tomada  uma  decisão  favorável  sem 

condicionantes relativamente a 19 operações com um financiamento reembolsável equivalente a  

42,3 milhões  de euros  e 53  operações  com f inanciamento   inscrito no PIDDAC,  no montante de  

44,5 milhões  de  euros. Das  operações  que  se  candidataram  a  financiamento  reembolsável,  53  

foram cons ideradas elegíveis, mas a decisão favorável ficou  condicionada ou adiada para 2ª fase  

de  atribuição  do  financiamento  correspondente  à  1ª  tranche.  Esta mesma  situação  ocorreu  no  

caso de uma das operações com  financiamento  da contrapartida nacional  inscrita no PIDDAC.  

 

Apresenta‐se seguidamente Quadro‐Resumo dos  pedidos e  das aprovações  de financiamento através do EQ‐

BEI que foram decididas até  ao final de 2011. 

Quadro nº 15 – Financiamentos concedidos no âmbito do EQ‐BEI aos projetos aprovados no POVT  

 

unid:eu ros

nº Valor nº Val or nº Val or

Propostas e pedidos de financiamentoapre sentados

(1) 161 230.938.656 106 177.614 .820 55 53.323 .836

Propos tas e pedidos de fina nci amento aprova dos(1ª fase da  1 º tranche)

(2) 72 86.769.232 19 42 .2 92.243 53 44.476 .98 9

Propos tas e pedidos de financiamento nãoaprovados  (*)

(3) 35 24.177.777 34 24 .1 19.622 1 58.155

Propos tas e pedidos de fi nanci amento a submetera del iberaçã o em momento posteri or (*)

(4) 47 86.611.850 46 77 .8 24.880 1 8.786.970

Propos tas e pedi dos de fi nanciamento comdecis ão favorável de financiamento condi ci onadaao resu ltado de a náli ses compl ementares emcurso (*)

(5) 7 31.408.491 7 31 .4 08.491

(*) os  va lores  indicados  são os  solicita dos  nas  proposta s/pedidos de  financiamento

TotalPed ido de 

fi nanciamento reembols ável

Propos tas  de f inanciamento P IDDAC

Page 135: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução | 2011  

 

135 

 

 

Dentro  das medidas adotadas pela  AG do POVT para  o mesmo  objetivo geral  de agilizar  os pagamentos  aos  

beneficiá rios e contribuir para o aumento da execução f inanceira das operações aprovadas podemos destaca r 

as seguintes: 

≈ Alteração  do  Regulamento  Específico  do  Domínio  de  Intervenção  “Rede  de  Abastecimento  de  

Água  e  Saneamento”  do  antigo  E ixo  II  do  POVT,  de modo  a  incorporar  as  orientações  do  2º  

Memorando  de   entendimento  celebrado  entre  o  Governo  Português   e  a  ANMP,  para  prever,  

excecionalmente e até ao final  de 2011, a aprovação das operações promovidas por Municípios,  

Associações  de  Municípios  e   outras  entidades  da  esfera  municipal  com  uma  taxa  de  

cofinanciamento   de  80%  e  a   majoração  em  5   pontos  percentuais   do   cofinanciamento  das  

despesas apresentadas em pedidos de pagamento apresentados até ao f inal de 2011, relativos a  

operações que não  estivessem física e financeiramente concluídas (encerradas). 

Esta  alteração  também  abrangeu  as  operações  promovidas  pelas  empresas  do Grupo  Águas  de 

Portugal,  SGPS,  S.A.,  prevendo‐se  a majoração  da  taxa  de  comparticipação  para  85%  sobre  as  

despesas apresentadas e  a apresentar no âmbito das operações já aprovadas e a aprovar durante  o  

ano de 2011, sem alteração da  comparticipação comunitária  prevista. Esta majoração  transitória  

da  taxa  de  cofinanciamento   destinou‐se   a  aliviar  a  necessidade  de  contrapartida  nacional,  no  

decurso  da  fase  inicial  e  mais  intensa  de  rea lização  das  operações  e  a  l ibertar  verbas,  que  

contribuem  para um  aumento do  ritmo de investimento.   

≈ Alteração do  Regulamento Específico “Prevenção e Gestão de Riscos”, prevendo o aumento para  

85 %  da  taxa  de  co  ‐financiamento  das  operações  aprovadas  e  que  não  se  encontrem  física  e  

financeiramente concluídas (encerradas) e a aprovar, executadas pelos organismos do Ministério  

da Administração Interna, com grandes volumes de  investimento a realizar ‐ Autoridade Naciona l  

de Proteção Civil e  Direção ‐Geral de  Infra ‐estruturas e Equipamentos;  

≈ Alteração  do  Regulamento  Específico  “Empreendimento  de  Fins  Múltiplos  do  Alqueva”,  para  

prever novas formas de adiantamento, cons iderando as dificuldades  que foram reportadas pela  

nº Valor nº Val or nº Val or

Taxa de admi ss ibil idade [(2) + (4)  + (5)]/(1) 78% 89% 68% 85% 98% 100%

Taxa de aprovação (2)/(1) 45% 38% 18% 24% 96% 83%

Taxa de não a provação (3)/(1) 22% 10% 32% 14% 2% 0%

(*) a  ta xa de adm issibi l idade r eflete  a s todas  a s  propostas/pedidos  de  financiamento em condições  de e le gib i lidade  (incluindo os  que a inda  nã o foram  decid idos)

TotalPedido de 

fi nanciamento reembol sável

Propostas  de financ iamento P IDDAC

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Relatório de Execução |  2011  

 

136 

EDIA —  Empresa  de Desenvolvimento  e  Infra  ‐Estruturas  do  Alqueva,  S.  A.,  no  que  respeita  à  

mobilização  da contrapartida nacional, em especial em operações de montante  mais elevado;  

≈ Alteração  do  Regulamento  específico  “Infraestruturas  e  Equipamentos  Desportivos”,  com  a  

introdução  de  uma  alteração  na  taxa  máxima  de  co  ‐f inanciamento  aplicável  à  tipologia  de  

operações «Equipamentos especializados» que constituam Centros de Apoio ao Desporto de Alto  

Rendimento,  designados  por  CAR,  os  quais  são  prioritários  no  âmbito  do  referido  Regulamento  

Específico”, que passou  para 85%; 

≈ Prioridade  conferida  nas  atividades  de  gestão,  à  verificação  dos  pedidos  de  pagamento  e  à  

emissão  de  Autorizações  de  Pagamento  a  enviar  ao  IFDR  para  concretização  dos  pagamentos  

(verificando‐se prazos  de análise rela tivamente curtos, conforme constam do quadro nº 16);  

≈ Incremento  do recurso à modalidade de  pagamentos a título de adiantamento aos beneficiários,  

baseados em Faturas, de modo a disponibilizar um acréscimo de  liquidez aos beneficiários, capaz  

de promover a aceleração da execução financeira das operações. 

 

Quadro nº 16 – Prazos médios de análise de pedidos de pagamento 

 

 

Medidas  que  visaram  uma  melhor  articulação  com  os  beneficiários  e  acompanhamento  das  operações  

aprovadas: 

Neste  âmbito  é  de  referir  sobretudo  a  atitude  de  maior  proximidade  e  de  contacto  com  as  entidades  

beneficiá rias  que  foi  sendo  aprofundada  ao  longo  do  tempo,  com  grande  relevância  em  2011,  destinada  a  

promover  uma melhoria  da  qualidade  dos  projetos  e  um  acompanhamento mais  intenso  da  execução  das  

Tipologia de Pedido de Pagamento Prazo médio de análise (dias)

Adiantamentos Assistência Técnica 10

Adiantamentos "Contra‐Factura" 29

Regularização de Adiantamento "Contra‐Factura" 16

Regularização de Adiantamento 43

Reembolso 31

Saldo Final 44

Pagamento JESSICA 2

Total POVT 26

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Relatório de Execução |  2011  

 

137 

operações  aprovadas  e  das  dificuldades  verif icadas  na  sua  realização.  São  exemplos  de medidas  com  estes  

objetivos  a  realização  e  reuniões  técnicas  com   os  beneficiários,  a  solicitação  de   previsões  de   execução  

financeira e de explicação dos desvios, entre outros. 

No que respeita ao  acompanhamento  no  local  das operações aprovadas, são apresentadas seguidamente as  

principais atividades realizadas em 2011, pela Autoridade  de Gestão e pelos Organismos Intermédios. 

Na sequência da apreciação geral  da metodologia a adotar para a  realização das ações de acompanhamento  

que  já  foi  concluída  no  final  do  ano  de  2010,  em  Janeiro  de  2011,  procedeu‐se  à  seleção  das  operações  do  

Plano de Acompanhamento de 2010, cujo procedimento de contratação pública foi realizado ao  longo de 2011  

e culminou com a seleção da entidade que  irá proceder à sua realização, com a coordenação da Autoridade de  

Gestão do POVT. Não obstante esta situação  que  limitou em 2011, o âmbito  das ações de acompanhamento,  

foram rea lizadas por esta Autoridade  de Gestão e  pelos organismos Intermédios as ações  de acompanhamento  

que se identif icam no  quadro nº 19 do ponto 2.7.4 Controlo e Auditoria deste relatório.  

 

Participação em Reuniões g lobais do QREN 

No  que  respeita  à  participação  em  reuniões  globais  de monitorização  da  implementação  do QREN,  há  que  

referir as seguintes iniciativas nas quais a AG  do POVT participou:  

≈ Encontro  Anual  entre   a  Comissão  Europeia  e   as  Autoridades   de   Gestão   dos   Programas  

Operacionais  FEDER  e  Fundo  de  Coesão,  realizado  em  Lisboa,  em Novembro  de  2011,  no  qua l  

foram  foi  feita  uma  apreciação  da  execução  global  e  por  Fundo,  à  data  de  30  de  Setembro  de  

2011, incluindo  o cumprimento da Regra N+3, e do  ponto de situação dos Grandes Projetos. Nesta  

reunião,  foi  ainda  apresentada  informação  sobre  os  seguintes  aspetos: Medidas  adotadas  para  

reforçar  a  execução  e  respostas  do QREN  à  situação   económica  atua l;  Ponto  de  situação  das  

Reprog ramações; apresentação detalhada, pelo IFDR e pela IGF, das auditorias  já efetuadas ou  a  

decorrer, e  dos  seus principais  resultados  em termos  de  Contratação  Publica; ba lanço  sobre os  

eventos anuais; ponto  de situação sobre  o Empréstimo Quadro do BEI e ponto de situação sobre a  

inicia tiva JESSICA. 

Foi  ainda  realizada  no  âmbito  desta  reunião  o  Encontro  Bilateral  entre  a  CE  – DG  REGIO  –  e  a 

Autoridade de  Gestão do POVT, na qual  foram abordadas, entre  outras, as seguintes  questões:  

ponto  de  situação  da  resposta  às  questões  colocadas  pela  CE  relativamente  a  alguns  Grandes  

Projetos,  na  qual  a  AG  referiu  as  respostas  que  já  tinham  sido  enviadas  e  apresentou  um  

planeamento  dos Grandes  Projetos  que  se  previa  vir  a  notifica r  brevemente.  A  CE  referiu  que  

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Relatório de Execução |  2011  

 

138 

todos  os  Grande  Projetos  que   irão   trans itar  de  FEDER  para  Fundo  de   Coesão  deverão  ser 

reenviados à CE  com a alteração  de Eixo Prioritá rio/Fundo e da taxa de  cofinanciamento. 

Ainda  nesta  reunião  foi  abordada  a  situação  do  E ixo  Prioritário  III,  relativo  aos  Equipamentos  

Estruturantes  da  Região  autónoma  dos  Açores  e  da  possibilidade  de  submissão  de  Grandes  

Projetos  cujo  financiamento  esteja  acima  da  dotação  do  Eixo  para  aprovação  em  regime  de  

overbooking. A CE referiu que a Decisão sobre esses GP apenas tem em conta a dotação de fundo  

programada para o Eixo, uma vez que a  gestão do  overbooking nacional  cabe ao Estado‐Membro.  

Foi ainda  referido  pela  AG do POVT que  o  Grande Evento  anual  2010/2011, teria  lugar no  dia 5  de  

Dezembro e que a Autoridade de Gestão estava a preparar os termos de referência para  lançar  o  

concurso público relativo  à Avaliação Interca lar. 

A Comissão solicitou que  o  nível  de verif icações  de gestão  no  local  (artigo 13° do  Regulamento  

n°1828/2006)  seja  aumentado,  cobrindo  uma  maior  percentagem  de  despesa,  uma  vez  que 

durante o ano de 2010 foi muito reduzido, tal como foi  indicado no relatório anual. A AG assumiu  

o  compromisso  de  assegurar  esse  aumento  logo  que  fosse  possível  a  adjudicação  de  serviços  

externos para  esse efeito, uma vez que  esta AG  não dispõe  de recursos internos suficientes para o  

efeito. 

A Autoridade de Gestão  referiu ainda que o cumprimento  da Regra N+3 em  relação ao FEDER  já  

estava  assegurado  para  o  ano  de   2012  e  que  o  cumprimento   desta  em  relação  ao  Fundo  de  

Coesão estava assegurado para o ano de  2011, prevendo‐se ainda o cumprimento da  Regra N+2  

em 2012, com o efeito  de transição dos projetos dos PORegionais, no âmbito da reprogramação  

técnica do QREN e a execução  esperada das operações. 

Tendo  em  vista  a  preparação   da  Reprogramação   Técnica  do  QREN,  foram  ainda  realizadas  

diversas reuniões  técnicas no âmbito da CMC do  QREN, que envolveram  o Observatório do QREN,  

o IFDR, a Autoridade de Gestão do POVT, os Organismos Intermédios e os principa is beneficiá rios  

do Programa, no sentido  de delinear as orientações que presidiram à referida reprogramação. 

Já na sequência da aprovação da referida reprogramação e para operacionalização  da mesma no  

que  respeita  à  transição  das  operações  aprovadas  entre  o  POVT  e  os  Prog ramas Operacionais  

Regionais e daqueles Prog ramas para o POVT, foram realizadas diversas reuniões técnicas com  a  

participação  do  IFDR  e  de  cada  um  dos  PO  envolvidos,  com  o  objetivo  de  serem  definidas  

metodologias  e  procedimentos  tendo  em  vista  a  referida  trans ição,  concretamente  no  que  

respeita à transferência de informação  entre Sistemas de  Informação.  

 

Page 139: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

139 

Descrição dos Sistemas de Gestão e  Controlo 

Neste  âmbito  consideram‐se  relevantes  as  alterações   decorrentes  da  aplicação  da  legislação  nacional   e  

comunitária, bem  como  as orientações e  revisão resultantes das necessidades de  aperfe içoamento do Sistema.  

Assim, foram revistos os procedimentos e adotadas as medidas que a seguir se descrevem: 

 

Quadro nº 17 ‐ Procedimentos e  medidas adotadas pela Autoridade de Gestão durante  o ano de 2011  

Guidance note on finan cial engineering instruments under article 44 of Council Regulation (EC) Nº 1083/2006  

Guidance Note CE   21‐02‐2011  

Sistema de gestão de devedores – Orientações técnicas‐ Entrada em funciona mento, registos em SIPOVT 

Ordem Serviço nº18  

18‐03‐2011  

Alteração do Regulamento Específico do Domínio Prevenção e Gestão de Riscos, alteração taxa de cofinanciamento comunitário em todos os projetos já executados e a executar por Organismos do MAI ‐ ANPC e DGIE 

Deliberação da CMC de 24‐03‐

2011 24‐03‐2011  

Revisão do Regulamento Específico do Eixo II ‐ Rede Estruturante de Abastecimento de Água e Saneamento, introduzindo alterações nas taxas de cofinan ciamento aplicáveis, decorrentes do Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses. 

Deliberação da CMC de 29‐03‐

2011 29‐03‐2011  

Revisão dos Regulamentos Específi cos dos seguintes Domínio s de intervenção do POVT: “Combate à Erosão e Defesa Costeira” do Eixo III, Eixo VI “Investimentos Estruturantes do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva” e “Infraestruturas e Equipamentos Desportivos” do Eixo IX do POVT.  

Deliberação da CMC de 31‐05‐

2011 31‐05‐2011  

Nota da Comissão Europeia: Respeito das regras em matéria de auxílios estatais no processo de e xecuçã o dos Programas Operacionais.  

Nota CE de 10‐11‐2011 

10‐11‐2011  

Decisão da Comissão Europeia que altera a Decisão C(2007)5110 que adota o Programa Operacional Valorização do Território 2007‐2013 de intervenções comunitárias do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e Fundo de Coesão a título do objetivo de convergência em Portugal. 

Decisão CE C(2011)93 34   09‐12‐2011  

Alteração do Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão Deliberação CMC 

QREN  21‐12‐2011  

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Relatório de Execução |  2011  

 

140 

Nota Técnica sobre a utilização de materiais de armazém em operações cofinan ciadas pelo POVT. 

Informação 860/2011/POVT com Despacho de 

27‐12‐2011  

37‐12‐2011  

 

É ainda de referir que a Autoridade de Gestão do  POVT cumpriu  os procedimentos definidos pela Autoridade  

de Auditoria, nesta matéria, tendo  enviado ao  IFDR a identificação das alterações  com relevância no Sistema de  

Gestão e  Controlo  e procedido  em 09  de  Novembro  de 2011  ao envio da  descrição  do  sistema  de gestão  e  

controlo  revista, com a  identificação das alterações, em “track‐changes”. Foi‐nos comunicada pelo IFDR em 9  

de  Fevereiro  de  2012  a  sua  aceitação,  pelo  que  foram  aceites  todas  as  alterações  introduzidas  e  a  versão  

atualizada  da  descrição  do  sis tema  de  gestão   e  controlo  do   POVT  foi   referenciada   com  a   data  de   30  de  

Setembro de  2011. 

 

Sistema de  Informação 

O  desenvolvimento  aplicacional  e  de manutenção  evolutiva  e  corretiva  do  Sistema  de  Informação  do  POVT 

(SIPOVT) envolveram em 2011 os seguintes trabalhos e componentes de  desenvolvimento: 

Componente I – Manutenção evolutiva e corretiva do  SIPOVT 

Foram  realizados,  nesta  componente,  vários   desenvolvimentos  com   vista  à  implementação  de   novas  

funcionalidades que respondem às necessidades identif icadas pelos diversos utilizadores do SI ou à correção de  

problemas detetados.  

À semelhança do que vem sendo referido nos re latórios anteriores todas as operações e respetivos pedidos de  

pagamento  e  pagamentos  são  tratados  integralmente  em  SIPOVT,  o  que  permite  que   os  processos  de  

Certif icação  de Despesas  enviados  ao  IFDR  com  vista  à  elaboração  dos  Pedidos  de  Pagamento  Intermédios  

sejam realizados  através de webservice. A comunicação dos Grandes Projetos e  do  Sistema Contabilístico  de  

Dívidas para o  IFDR também é fe ita via SIPOVT para o SIQREN. 

Dentro  da componente I, relativa à manutenção evolutiva do SIPOVT, o ano de 2011 destaca‐se essencialmente  

pela adaptação do Sistema aos  seguintes desenvolvimentos: 

≈ Aplicação  das  Iniciativas  2  e  3  do  2º Memorando  de  entendimento  celebrado  entre  o Governo  

Português  e  a  Associação Nacional  de Municípios  Portugueses  (ANMP)  em  11  de  Fevereiro  de  

2011  (reprogramar  no  Circulo Urbano   da  Água  para  uma  taxa  de  cofinanciamento  de  80%  as  

operações  promovidas  por Municípios,  Associações  de Municípios  e  outras  entidades  da  esfera  

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Relatório de Execução |  2011  

 

141 

municipal  e  ainda  não  concluídas  física  e  financeiramente  e majora r  as  despesas  apresentadas  

durante  o ano  2011 com uma taxa de cofinanciamento de 85%); 

≈ Criação na plataforma de Front‐Office de um módulo de “Gestão de contratos”, que permite aos  

beneficiá rios a submissão online dos procedimentos de adjudicação, sendo que esses elementos  

ficam estruturados e   imediatamente  disponíveis para  visualização, análise  e validação  em Back‐

office.  Este  módulo  permitiu  a  normalização  do  conjunto  de  documentos  que  devem  ser 

submetidos  relativamente  a  cada  tipo  de  procedimento  de  adjudicação  e  uma  melhor 

comunicação com  o beneficiá rio através do envio  de e‐mails  ou da  possibilidade de consulta do  

estado de validação dos contratos, otimizando assim os tempos de verificação por via da redução  

de  pedidos  adicionais  que  muitas  vezes  eram  efetuados  devido  a  processos  incompletos,  e  

possibilitando, deste modo, a mais rápida validação da despesa (que  tem subjacente a validação  

dos contratos a que  respeitam) e o  respetivo pagamento.  

≈ A reprogramação técnica do POVT, aprovada pela Decisão da Comissão C (2011) 9334, de 9‐Dez‐

2011.,  implicou  alterações  signif icativas  na  estrutura  de  eixos  do  Prog rama  e,  por  inerência,  a  

transição  de  candidaturas  e  operações  do  POVT  da  anterior  para  a  nova  estrutura  (por  via  da  

recodificação dos Eixos e Domínios, e consequentemente, das próprias candidaturas e operações).  

Implicou,  também,  a  transição  de  operações  entre  o  POVT  e  os  Programas  Operacionais  

Regionais, obrigando um trabalho  relativamente complexo e exaustivo de articulação e migração  

de  dados  entre  diferentes  Sistemas  de  Informação,  que  no  final  de  2011  ainda  não  estava  

concluído.  

 

Componente II – Implementação da plataforma analítica  de extração de dados  (Business Intelligence)  

A  documentação   de  arquitetura  técnica  e  arquitetura  funcional  (plano  de  projeto  e  Caderno  Específico  de  

Requisitos),  apresentada  em  2010,  foi  apreciada  favoravelmente  e  aceite  pela  Autoridade  de  Gestão  em  

Janeiro  de  2011,  iniciando‐se  os  trabalhos  de  desenvolvimento  e  Implementação  da  plataforma  analítica  de  

extração de  dados. A aceitação fina l da  implementação da pla taforma, após a realização  de testes e correção  

das situações  identificadas nesse âmbito, ocorreu em Outubro, de 2011, altura em que entrou em exploração,  

(ainda que  condicionada à  realização  de  um conjunto de  ajustamentos  de correntes  das alterações que, em  

simultâneo, se  introduziram no  SIPOVT por via da  reprogramação  técnica do Programa (ver, a este propósito, o  

que se referiu  no ponto anterior, re lativo à componente I. 

 

Componente III – Implementação de solução de  gestão documental 

Page 142: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

142 

No que respeita a esta componente, durante o ano de 2011 foi  instalado o  licenciamento do software e foram  

efetuadas  ações  de  formação  aos  utilizadores  on‐job.  Contudo,  por  via  de  novos  desenvolvimentos  

implementados  no  Sistema  de  Informação  do  POVT  relativos    à  submissão  eletrónica  da  documentação  de  

procedimentos  de  contratação  e  em  resultado  do  volume  de  documentação  das  operações  a  trans itar  dos  

Programas Operacionais Regionais na sequência da reprogramação técnica do Programa, optou‐se por adiar a  

entrada  desta  componente  em   produção   para  um momento   imedia tamente  subsequente   à  conclusão  dos  

trabalhos  rela tivos à reprog ramação técnica do programa. 

 

Organismos intermédios e Subvenções Globais  

O POVT conta com cinco  Organismos Intermédios (OI) que  realizam atividades delegadas pela Autoridade  de  

Gestão  em  diversos  Eixos  e Domínios  específicos,  nos  termos  dos  Contratos  de Delegação  de  competências  

celebrados  em  2008,  conforme  referido  no  Ponto   1.  Apresentação   do  Programa Operacional   do  presente  

Relatório.  

Apresentamos  seguidamente  uma  síntese  das  principais  atividades  exercidas  por  cada  um  dos Organismos  

Intermédios  no ano de 2011: 

 

Direção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais – DRPFE 

Este Organismo Intermédio (OI) tem um contrato de delegação de competências com Subvenção Global para a 

gestão do E ixo  III (após reprogramação  técnica) do POVT –  “Redes  e Equipamentos Estruturantes  na  Região  

Autónoma dos Açores”, o qual conta com uma dotação global de 110 milhões  de euros  de Fundo  de Coesão,  

após reforço  de  40 milhões  de euros  efetuado no âmbito  da referida reprog ramação, destinados a melhorar os  

níveis de eficiência e de segurança do transporte marítimo no arquipélago dos Açores e aumentar os níveis de  

proteção  ambiental  no  domínio  dos  recursos  hídricos  e  dos  resíduos,  assim  como  o  aproveitamento  dos  

recursos renováveis na produção de energia elétrica. Não foi  possível em 2011 rever o contrato de  delegação  

de competências, para revisão  do montante da  dotação  de  Fundo  e atualização, o  que se  prevê  realizar em  

2012. 

A intervenção deste OI no  ano de 2011, complementar à  que  é exercida no  âmbito da  gestão do FEDER inscrito  

no  Programa  Regional   PROCONVERGÊNCIA,  enquadrou‐se  na  atividade  normal  de  gestão  das  operações  

cofinanciadas, de acompanhamento e  ações de  divulgação. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Em  2011  foram  apresentadas  duas  candidaturas  no  âmbito  do  Eixo  III  do  POVT,  as  quais  no  final   do  ano  

estavam ainda em análise, uma respeitando à construção da Central de Tratamento e Valorização de Resíduos  

da  ilha  Terceira,  promovida  pela  TERAMB  ‐  Empresa Municipal  de Gestão  e  Valorização  Ambiental  da  i lha  

Terceira, EEM, e a outra respeitando ao Projeto VALORISM ‐ Ecoparque da Ilha de São Miguel, promovido pela  

Associação de  Municípios  da Ilha de São Miguel. Este  último  projeto previsto na lis ta indicativa do POVT (ponto  

7.4 do texto do Programa) na revisão aprovada pela CE em  Dezembro de 2011. 

Tendo em conta que o montante de financiamento global do Fundo de Coesão destes dois projetos ascendem  

a 92 milhões de euros e que a dotação disponível do Eixo é de 35 Milhões de euros, o OI aguarda pelo reforço  

da dotação  do eixo III que foi solicitado para que a aprovação destas candidaturas seja viabilizada. 

Foram ainda aprovadas em 2011  duas novas operações: uma que  visa o Reordenamento  do  Porto  da Madalena  

e outra que  visa a construção dos Centros  de Processamento de  Resíduos  de Santa Maria, São Jorge, Pico  e  

Faial  e  Selagem/remoção  de  lixeiras,  somando‐se  às  anteriormente  aprovadas  que  visam  a  Requalificação  e  

reordenamento  da frente marítima da  Horta e  Requalif icação  Ambiental  das Bacias Hidrográficas das Lagoas  

das Furnas e Sete Cidades. 

O valor de Fundo de Coesão comprometido com projetos aprovados no final de 2011 ascende a 82 milhões de  

euros, correspondendo a 74% da dotação do Eixo em que se  inscrevem. Deste montante, estavam executados  

até  ao  final  do  ano  2011 mais  de  34 milhões  de  euros  registando  à  data  de  31  de Dezembro  de  2011  (um  

acréscimo de cerca de 190% face ao ano anterior, o que situa a taxa de execução deste Eixo em 31,1%, acima 

da média do  Fundo  de Coesão (21%).  

Os pagamentos efetuados em 2011 pelo OI aos beneficiários ascenderam a 19,8 milhões de euros, perfazendo  

um total acumulado  de 34,8 milhões de euros, o que é compatível com a execução f inanceira tota l registada.  

Em função destes valores de execução e nos termos do Protocolo celebrado entre a Autoridade de Pagamento  

(IFDR), a Autoridade de  Gestão  e o Organismo  Intermédio, inerente ao  contrato de  delegação de competências  

com subvenção  global, o  IFDR procedeu à  transferência adicional  de 20 milhões de euros  a favor  da DRPFE, 

perfazendo  os 40,25 milhões de euros inscritos no quadro  nº 6  do ponto 2.1.2 deste Relatório.   

O Tribuna l de  Contas Europeu  promoveu uma  auditoria no  âmbito da Decla ração de  Fiabilidade ao  exercício de  

2010 do  POVT, que  incidem  sobre um  conjunto  de  operações, do  POVT, tendo  sido  selecionada a  operação  

Requalif icação  Ambiental  das Bacias Hidrográf icas das  Lagoas  das Furnas  e Sete Cidades.   

Em sede de relatório final foi  identif icado  um total de despesa  irregular no  montante de 202.868,22 €, a que  

corresponde  o  montante  de  FC  de  172.437,99  €.  A  situação  foi  devidamente  corrigida  encontrando‐se  o  

montante recuperado.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Foram também realizadas  três ações de  acompanhamento às operações Requalif icação Ambiental das Bacias  

Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades, Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da  

Cidade da  Horta e Reordenamento do Porto da Madalena. 

No que respeita às medidas adotadas para assegurar a  informação e publicidade, o OI privilegiou a divulgação  

via Website do PO CONVERGÊNCIA Açores, no qual foi criada uma área para o Eixo III do POVT, assim como no 

Portal  Açores  uma  página  dedicada  ao  POVT,  que  contém  informação  rela tiva  ao  Programa,  projetos  

aprovados, beneficiários, montantes  e link para o website  do POVT. 

 

Instituto de Desenvolvimento Regional – IDR 

Este Organismo  Intermédio  tem  um  contrato  de  delegação  de  competências  com  Subvenção Global  para  a  

gestão do Eixo IV (após reprogramação) do POVT – “Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma  

da Madeira”, o qual conta  com  uma dotação global de 100  Milhões de euros de Fundo de  Coesão, destinados a  

consolidar as estruturas de gestão ambiental de 1ª geração, contribuir para a diminuição das emissões de CO2 

e  garantir  reservas  energéticas  e melhorar  os  níveis  e  eficiência  e  de  segurança  do  transporte   terrestre  e  

marítimo   e  destinados  ainda  a  uma  nova  prioridade,  introduz ida  no   âmbito  da  reprog ramação  técnica  do  

POVT:  corrigir  as  vulnerabilidades  da  Ilha  da Madeira,  em matéria  de  prevenção  e  gestão  de  riscos,  no  que 

respeita a torrentes a aluviões em  zonas críticas.

A intervenção deste OI no  ano de 2011, complementar à  que  é exercida no  âmbito da  gestão do FEDER inscrito  

no Programa Regional, enquadrou‐se na  atividade norma l de  gestão das operações cofinanciadas no  âmbito do  

Eixo IV do POVT, ações de acompanhamento e ações de divulgação. 

Destaca‐se  no  ano  2011,  o  envolvimento  do  Organismo  Intermédio  nos  trabalhos  respeitantes  à  

Reprog ramação do  Eixo  da RAM no  contexto da reprogramação do Programa. 

Merece  um  especia l  enfoque  a  operação  apresentada  e   aprovada  em  2011,  da  responsabilidade  da  Valor 

Ambiente –  Gestão  e Administração de  Resíduos da Madeira, SA, designada por “3ª  Fase do Aterro Sanitá rio  da  

Estação de Tratamento  de Resíduos Sólidos  da Meia Serra”, com  um f inanciamento Fundo de  Coesão  de 5,9  

milhões de Euros para um montante de investimento  elegível de 8,5 milhões  de Euros. 

Esta operação, conjuntamente com as outras duas candidaturas aprovadas – Ligação em Via Expresso ao Porto  

do Funchal  e Infraestruturas do  porto de  Porto Santo  – leva a que o  montante comprometido do Eixo ascenda a  

46 milhões de euros (46% do  total  do Eixo), estando disponível para aprovação de  novos projetos uma verba  

total de Fundo  de Coesão de 54 milhões de  euros. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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A  execução   financeira   registada   no   ano  2011, muito  pouco  expressiva  face  ao   ano   anterior,  é  resultante  

sobretudo  das dificuldades de f inanciamento  resultantes da  atual  conjunta económico‐f inanceira da APRAM, 

entidade beneficiária da operação “Infraestruturas do porto de Porto Santo”, uma vez que a operação Ligação  

em  Via  Expresso  ao  Porto  do  Funchal  encontra‐se  concluída  desde  o  final  de  2010.  Tal  situação  levou  a  um 

exercício  de  reavaliação  de  todas  as  componentes  do  projeto  que  estão  por  realiza r  o  que  conduz iu  à  

preparação  (em curso) de uma proposta de reprogramação temporal, física e f inanceira do projeto. 

Por  outro  lado,  a  operação  aprovada  em  2011,  embora  com  uma  execução  fís ica  de  cerca  de  18%,  só  foi  

contratada em Dezembro, pelo que  já não  foi  possível apresenta r execução financeira naquele ano.  

Não houve, por esta  razão, qualquer transferência durante  o ano  de 2011  ao abrigo  do Protocolo celebrado  

entre  a Autoridade de  Pagamento (IFDR), a Autoridade  de Gestão e  o  Organismo Intermédio, no  âmbito do  

contrato de delegação de competências com subvenção global. 

A taxa de execução financeira do Eixo IV era no final de 2011, de 34,4%, refletindo por um  lado a baixa taxa de 

compromisso (46%)  e a alta  taxa de  realização  financeira dos projetos aprovados (74,95%).   

Ao  longo  do  ano  2011  a  atividade  do  OI,  centrou‐se  também  no  acompanhamento  das  auditorias  

desencadeadas nos anos anteriores, a saber:

≈ A auditoria realizada em maio de 2010, no âmbito da auditoria em operações realizada pelo IFDR,  

tendente  à verificação  de despesa certif icada entre 1/01/2009 e  31/12/2009, e da qual  resultou  

apenas uma recomendação relativa ao prazo para justif icação de  adiantamentos. 

≈ A auditoria realizada em setembro de  2010, no âmbito da Decla ração de Fiabilidade (DAS 2010),  

pelo Tribunal de Contas Europeu, ao projeto “Infraestruturas do  Porto do Porto Santo”, e que teve  

enfoque  sobretudo  na  análise  custo  benefício  do  projeto  e  nos  procedimentos  em  vigor,  

associados à validação dos projetos geradores de receitas  

 

No decurso  do ano 2011  regista ram‐se ainda as seguintes auditorias:   

≈ a  auditoria  promovida  pelo  IFDR,  em Maio  de   2011  tendo  em   vista  a  verificação  da  despesa  

certif icada no período de 1/1/2010  a 31/12/2010 no âmbito dos dois projetos da  RAM; 

≈ a auditoria realizada pela IGF nos dias 26 e 27  de Outubro de 2011 para supervisão da auditoria de  

operações no âmbito do FEDER e do Fundo de Coesão, que abrangeu os dois projetos aprovados  

no Eixo IV do POVT. 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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No  período  a  que  se  reporta  o  relatório  é  também  de  salientar  que  não  foi  efetuado  qualquer  registo  no  

sistema  de  gestão  de  devedores  e  de  tratamento  de  irregularidades  pontuais  ou  sistémicas,  disponibilizado  

pelo IFDR. 

No que respeita às medidas adotadas para assegurar a  informação e publicidade, o IDR realizou diversas ações  

de divulgação sobre os projetos aprovados. Um exemplo dessa divulgação foi o destaque dado à execução do  

Eixo IV do POVT na 4ª edição da revista “Espaço Global”, considerado um veículo de excelência de  informação  

anual sobre os  Programas de cofinanciamento  comunitá rio  na Região Autónoma da Madeira, tendo em  conta a  

abrangência do target deste  meio de comunicação.  

Foram  também  realizadas  10  sessões  informativas  realizadas  em  estabelecimentos  de  ensino  da  região,  nas 

quais foram apresentados os projetos aprovados, bem como três exposições empresariais da Região  Autónoma  

da Madeira.  

Ainda no âmbito  da semana da Europa, o IDR realizou uma exposição de rua (de 9 a 13 de maio), onde foram  

divulgados  os  vários  Programas  e  em  particula r  o  POVT.  Tratou‐se  de  uma  ação  direcionada  ao  público  em  

geral (aproximadamente a 120 mil  pessoas). O OI aderiu  igualmente  à  iniciativa da Rede de  Comunicação do  

QREN,  com  a  divulgação  de  postais  no  âmbito  da  campanha  do  Dia  da  Europa  e  filmes  nas  caixas  de  

multibanco.   

No  ano  em  apreço,  este OI manteve  a  sua  forma  de  atuar  com  os  beneficiários,  privilegiando  sobretudo  o  

contacto direto e regula r com as entidades, dadas as claras vantagens que o procedimento origina ao nível da  

eficiência e da eficácia  na gestão e acompanhamento dos projetos. Este acompanhamento é particularmente  

relevante  no  que  respeita  à  instrução  das  candidaturas,  nomeadamente  aos  documentos  com  maior 

complexidade, como  são o caso da Análise Custo Beneficio (ACB) e Estudos Económico‐Financeiros. 

Importa por fim regis tar a participação ativa e assídua dos técnicos da EAT nas ações de formação promovidas  

pela AG do POVT e também  pelo  IFDR (muito pertinentes também para gestão dos projetos POVT) bem como  a  

participação  nas  reuniões  e  no  trabalho  desenvolvido  no  seio  da  Comissão  de  Acompanhamento  do  POVT, 

destacando‐se  a  participação  de   representantes  do  IDR  na  Ação  de  divulgação  de  Resultados  do  POVT  

promovida pela AG  em dezembro de 2011 e  na Ação  de Formação  sobre o  novo módulo do  SIPOVT: “Gestão de  

Contratos”.  

 

Estrutura de Missão para a Gestão de Fundos Comunitários do Ministério da 

Administração Interna – EMGFC do MAI 

Este Organismo  Intermédio  tem  um  contra to  de  delegação  de  competências  para  a  gestão  do Domínio  de  

Intervenção “Prevenção e Gestão de Riscos” do Eixo II do POVT – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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e Monitorização  de   Riscos  (após  reprogramação),  o  qual   conta  com  uma  dotação  global  estimada  de  175  

Milhões  de  euros  de  Fundo  de  Coesão,  destinados  à  melhoria  do  sistema  nacional  de  proteção  civil,  

aumentando a sua resiliência, designadamente através do reforço das  infraestruturas, equipamentos, meios e  

instrumentos  necessários  a  todas  as  fases  do  processo   de  proteção   civil,  com  um  enfoque  especial   na  

prevenção e gestão  de riscos naturais e tecnológicos.  

A  intervenção  deste  OI  no  ano  de  2011  enquadrou‐se  na  atividade  normal  de  gestão  das  operações  

cofinanciadas no âmbito  do referido  Domínio de Intervenção, ações  de acompanhamento e de  divulgação. 

No que respeita a  decisões sobre candidaturas apresentadas, a atividade  do  OI durante o  ano de 2011  centrou‐

se  no  universo  de  propostas  apresentadas  no  âmbito  do  4º  período  de  apresentação  de  candidaturas,  que  

decorreu entre Junho e Outubro de 2010, tendo sido decididas, em 2011, 71 candidaturas, 51 aprovadas (das 

quais 37 contratadas) e 20  não admitidas.  

Em  2011,  foram  ainda  contratadas  3  operações  re lativas  ao  2º  período  de  abertura  que  decorreu  entre  

Dezembro de 2008 e Março de 2009 e 5 relativas ao 3º período de abertura que decorreu entre Julho de 2009  

e Outubro de 2009. 

No decorrer do  quinto período para apresentação  de candida turas  (POVT‐35‐2011‐41), que  teve lugar entre 17  

e 28 de Janeiro de 2011, destinado às tipologias de operações enquadradas na alínea f) do n.º 1 do artigo 4.º  

do respetivo Regulamento Específico ‐ Equipamento operacional  de proteção civil e  veículos para operações de  

socorro de proteção civil ‐ foi apresentada  apenas uma candidatura pela Autoridade Nacional  de Proteção Civil,  

tendo a mesma s ido alvo de desis tência em  4 de Fevereiro do mesmo  ano. 

A atividade da EMGFC estevem também fortemente centrada  no acompanhamento  financeiro  das operações  

contratadas, contribuindo para o acréscimo da  despesa validada e  do  correspondente  Fundo,  que atingiu  os  

45,6 milhões  de  euros,  o  que  revela  um  crescimento  de  119%  face  à  posição  financeira  deste  domínio  de  

Intervenção no  final  de 2010.  

No f inal de 2011, a s ituação  do  domínio  de  intervenção “Prevenção  e Gestão de  Riscos”  era a seguinte: volume  

global do  Fundo  de Coesão  comprometido  com projetos aprovados: 119 milhões de euros, o  que  representa  

68% da dotação global estimada no contrato de delegação de competências. A execução financeira acumulada  

de Fundo ascendia a 46  milhões de euros, o  que representa uma taxa de execução  financeira de 26%.  

No ano  de 2011, a EMGFC realizou  ainda cinco ações de acompanhamento a projetos financiados (ver ponto  

2.7.4 – Controlo e Auditoria ‐ Quadro nº 19 ‐  Ações de  verificação  no  local  realizadas em  2011). 

No  que  respeita   às medidas  adotadas   para  assegura r  a  informação  e   publicidade,  a  EMGFC  tem   vindo   a  

assegurar  a  transmissão  de  orientações  aos  beneficiá rios  sobre  as  obrigações  decorrentes  do  financiamento  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Comunitário,  em  matéria  de  informação  e  publicidade.  Para  além  da  divulgação  nos  s ites  

http://www.fundoscomunitários.mai.gov.pt  e  http://www.qren‐mai.info/ index.html,  durante  o  ano  de  2011,  

foram  desenvolvidas  diversas  ações  de   informação  e   publicidade  junto  dos  beneficiários,  nomeadamente,  

reuniões parcelares com diversas Associações Humanitárias de  Bombeiros, Municípios e  Governos Civis  e várias  

reuniões bilaterais, com  ANPC e DGIE, para informações e esclarecimentos.  

Foram ainda realizadas Cerimónias de Assinatura de Contratos de Financiamento e Ações de Sensibilização dos  

Beneficiários  para uma boa execução das Operações (uma no 2º trimestre e duas no  3º trimestre do ano).  

 

Direcção‐Geral do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Urbano – DGOTDU10 

A Autoridade de Gestão do POVT assinou em 17 de Maio de 2008 um Contrato de Delegação de Competências  

com  a DGOTDU,  no  qual  delegou  neste Organismo  Intermédio  algumas  das  suas  competências  relacionadas  

com a gestão  do  Domínio  de Intervenção “Ações Inovadoras  para  o desenvolvimento  Urbano”  do  Eixo V do  

POVT (após reprogramação técnica), o qual tem por objetivo financiar projetos‐piloto  que traduzam a aplicação  

de  soluções  inovadoras   suscetíveis   de  dar  resposta   aos  problemas  urbanos  e   às  novas  procuras  urbanas,  

contribuindo  para o desenvolvimento de  comunidades urbanas sustentáveis.   

Recorde‐se  que   à DGOTDU  cabe,  na  sua  dupla  qua lidade  de  organismo  técnico  nacional  responsável  pela  

implementação da Política de Cidades POLIS XXI e de Organismo Intermédio de gestão das “Ações Inovadoras” 

no âmbito do POVT, orienta r a sua  atuação  no sentido de  ampliar os benefícios  deste  Instrumento  de Política  e  

do investimento público  que  lhe está associado.  

As competências delegadas neste OI  incluem, nomeadamente, a divulgação deste   instrumento da  Política  de  

Cidades  pelos  potenciais  beneficiá rios,  apreciação  das  condições  de  admissão  e  do mérito  das  candidaturas  

submetidas, de acordo com os critérios definidos, bem como o acompanhamento da execução das operações  

aprovadas, na perspetiva do conteúdo técnico das operações.  

A atividade desenvolvida pela DGOTDU em 2011 no âmbito da Seleção, uma vez que não foram abertos novos  

procedimentos concursais, concretizou‐se essencialmente  na preparação e assina tura  de alguns contratos  de  

financiamento  que  não   tinham  sido  assinados  anteriormente  e   pelo   apoio  à  resolução  de  condicionantes  

relativas às operações do 2º concurso  realizado para  a seleção de candidaturas. 

                                                                         10 No âmbito do PREMAC, o  Decreto ‐Lei  n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento  do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território  (DGT). 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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A atividade desenvolvida pela DGOTDU em 2011  no âmbito do acompanhamento das operações contratadas,  

consubstanciou‐se nas seguintes ações:   

≈ Contactos e apoio aos  beneficiários na execução  das operações;   

≈ Apoio e aná lise de pedidos de reprogramação das operações que  foram apresentadas;   

≈ Reuniões  de trabalho com  a AG do POVT e com os beneficiários;   

≈ Elaboração de pontos de situação mensais para o  conjunto das operações;  

≈ Análise dos pedidos de Des istência e rescisões contratuais.   

 

Durante  o ano de  2011, foram iniciados e  instruídos diversos processos de  reprogramação  de operações, todos  

por proposta dos beneficiários. 

Ainda foram desencadeados em 2011 os processos  de rescisão do  contrato  de financiamento das operações,  

cuja manifesta  inatividade material  e  financeira  o  circunstanciou  e  o  encaminhamento  das  desistências  por 

inicia tiva dos beneficiá rios.  

No que  respeita às medidas adotadas  para assegurar a   informação e  publicidade, são de referir as seguintes  

atividades desenvolvidas em maior detalhe  no capítulo 6 deste Relatório.  

É de salientar que em setembro de 2010 foi alterado o contra to de delegação de competências celebrado com  

a DGOTDU, tendo, a competência rela tiva à verificação  dos procedimentos de contratação pública passado a  

ser  realizada,  pela  AG,  assim  como  a  comunicação  com  os  beneficiários,  nesta  matéria  e  em  matérias  

relacionadas  com  a  execução  financeira  das  operações  e  o  acompanhamento  das  operações  no  local,  

continuando  cometido  à DGOTDU  o  acompanhamento  das  operações  e  dos  beneficiários  nas  componentes  

técnicas da sua especia lidade.   

Por último é de referir que, no âmbito da reprog ramação técnica do POVT, aprovada em Dezembro de 2011, o 

domínio  de  intervenção  “Ações  Inovadoras  para  o   Desenvolvimento  Urbano”   passou  para  o  âmbito  de  

intervenção  dos POR, pelo que não  serão apresentadas novas candida turas neste domínio. 

 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Instituto Nacional da Água, IP ‐ INAG11 

A Autoridade  de Gestão do POVT assinou com o  Instituto  da Água, IP (INAG)  um  Contrato de  Delegação  de  

Competências no qual delegou neste Organismo Intermédio algumas das suas competências relacionadas com  

a  gestão  do  Domínio  de  Intervenção   “Ciclo  Urbano  da  Água”  do  Eixo  II  (após  reprogramação  técnica),  

designadamente  para  efeitos  da  verif icação  do  cumprimento   dos  requisitos   técnicos  de  admissão  e   da  

legislação  aplicável  no  domínio  do  ambiente,  análise  económico  –  f inanceira  dos  projetos  e  apreciação  do  

mérito  das  candidaturas  submetidas,  assim  como  o  acompanhamento  fís ico  das  operações,  no  respeita  aos  

aspetos técnicos da sua especialidade, enquanto Autoridade Nacional da  Água, que tem  por missão propor,  

acompanhar e  assegurar a sua gestão  sustentável, bem como  garantir a efetiva aplicação da Lei da Água. 

É de salientar que, através do  Despacho  nº  14/MAOT/2011, de 31 de Maio de 2011, do  Ministério do  Ambiente  

e Ordenamento  do  Território, foi extinta a Estrutura de Apoio  e Coordenação, que era coordenada pelo  INAG, e  

dispensada a apresentação  dos  Documentos  de Enquadramento Estratégico (DEE) pelos  beneficiários do antigo  

Eixo  II.  Esta medida  teve  como  objetivo  s implif icar  e  acelera r  o  processo  de  aprovação  e  a  execução   das  

operações  deste Domínio  de Intervenção, dada que a escassez de recursos  humanos, quer do INAG  quer das  

Administrações das Regiões Hidrográficas, IP, impediam a apreciação  em tempo útil daquele documento.  

Em  2011  foi  concluído  o  processo  de  análise  do  1º  aviso  de  Abertura,  sendo  que  as  3  candidaturas  que  se  

encontram por decidir, têm questões que se prendem com o fa to de serem da  responsabilidade de empresas  

privadas  concessionárias  dos  Municípios  e  por  esse  motivo,  ter  que  ser  fundamentado  e  demonstrado  o  

benefício público decorrente do cofinanciamento comunitá rio.  

No  que  respeita  às   candidaturas  que   entraram  ao   abrigo   do   2º  Aviso,  o   processo   de  análise  também   se  

encontrava  praticamente  concluído,  no  fina l  de  2011,  estando  apenas  2  candidaturas  em  análise.  

Relativamente  a  este  Aviso,  o OI  concluiu  a  apreciação  de  37  candida turas  durante  o  ano  2011,  o  que  foi  

bastante re levante. 

Ainda  durante  o   ano  de  2011,  o  INAG   participou  no  Grande  Evento  Anual  do  POVT,  realizado   no  dia  

05/12/2011 no LNEC, com  o tema “Contributo do POVT para o  PEAASAR II”. 

As medidas adotadas para  assegurar a  informação e  publicidade passam essencialmente pelo site criado  para o  

efeito (http://oi.inag.pt) e  interlocução  com os beneficiários. 

 

Comissão de Acompanhamento   

                                                                         11 Na sequência do processo de  reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território  (MAMAOT) e das entidades por ele tuteladas, o Instituto da Água foi integrado na nova Agência Portuguesa do Ambiente.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

151 

Durante o ano de 2011, foi  realizada a 6ª reunião da Comissão de Acompanhamento (CA) – a 22 de Junho em  

Lisboa, cujas deliberações, com  maior relevância, se indicam  de seguida:  

≈ Análise e aprovação da proposta de reprogramação técnica do POVT; 

≈ Apreciação e  aprovação do Relatório Anual de  Execução de 2010 do  Programa. 

 

Posteriormente, em 21 de  julho de 2011, foi  realizada uma consulta escrita à Comissão de Acompanhamento,  

onde  foi  aprovada  a  revisão  dos  indicadores  dos  Eixos  Prioritá rios  no  âmbito  da  reprog ramação  técnica  do  

POVT aprovada em Junho.  

Em 20 de  janeiro de 2012, foi dado conhecimento aos membros da Comissão de Acompanhamento da Decisão  

C  (2011)  9334,  de  9  de Dezembro,  através  da  qual  foi  aprovada  a  reprogramação  técnica  do  POVT  e  das  

questões colocadas pela CE  neste âmbito e  respostas dadas pela AG. 

 

Outras Parcerias  

Durante  o ano de 2011 e  na sequência das diversas parcerias que o POVT estabeleceu com outras entidades,  

considerando   por  um  lado,  a  complementa ridade  existente  entre  os  diversos   domínios  de  intervenção   da  

Agenda Temática Valorização  do  Território  e as intervenções financiadas, pelo POVT e pelo PRODER e  por outro  

lado,  a  diversidade  setorial  das  intervenções  financiadas  abrangendo  áreas  de  atuação  que  vão  desde  o  

ambiente  às  infraestruturas  sociais  e  de  ensino,  foram  desenvolvidas  as  atividades  que  seguidamente  se 

detalham: 

Autoridades Ambienta is12 

≈ Durante  o  ano  de  2011,  a  ERSAR  apoiou  o  POVT  e  o  INAG  na  confirmação  da manutenção  do  

equilíbrio  de   partida   das  concessões,  para   efeitos  de   decisão   pela   Autoridade   de  Gestão,  de  

financiamento  de  operações  de  iniciativa  de  entidades  privadas  (concessionárias  de  serviços  

públicos de  água e saneamento) no Domínio de Intervenção “Ciclo Urbano da Água”.  

≈ É  ainda  de  referir  a  estre ita  articulação  estabelecida  com  Organismos  com  competência s  

ambientais  a  nível  nacional  e   regional,  como  é   o  caso   das  CCDR,  das  ARH   e  do  Instituto  de  

Conservação  da Natureza  e  da  Biodiversidade  (ICNB)  aos  quais  se  tem  recorrido  no  sentido  de  

                                                                         12 Na sequência do processo de  reestruturação do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território  (MAMAOT) e das entidades por ele  tuteladas, o  Instituto da Água e as Administrações das Regiões Hidrográficas  (ARH) foram entretanto integrados na nova Agência Portuguesa do Ambiente.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

152 

acompanhar os aspetos do  licenciamento que, se demasiado  demorados, se podem tornar críticos  

na execução  das operações;  

≈ Neste âmbito  deve sublinhar‐se mais  uma vez o  papel  desempenhado  pelo  INAG  no apoio  que  

prestou ao POVT na verif icação e conf irmação destes aspetos durante a análise das candida turas e  

execução  das  infraestruturas,  ao  detetar  lacunas  e  confirmar  conteúdos  e  de  um modo  geral,  

conferindo segurança a um processo  que, no caso de operações de maior dimensão geográfica e  

com múltiplas  infraestruturas, se revela bastante complexo;  

≈ A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) tiveram  

uma  intervenção  direta  na  emissão  dos  pareceres  técnicos  nas  seis  operações  aprovadas  no  

âmbito  do Domínio  de  intervenção  “Recuperação  de  Passivos  Ambientais”:  duas  operações  são  

relativas a recuperação ambiental (APA) e quatro  relativas à recuperação de minas abandonadas  

(DGEG, entidade l icenciadora das mesmas). Estas entidades  também deram apoio  em matérias de  

especificidade técnica  relacionadas com  as suas áreas de  intervenção, nomeadamente  sobre  os  

normativos aplicáveis em matéria de  ambiente e l icenciamento  das operações. 

Outras entidades:  

≈ Instituto  do  Desporto   de  Portugal:  o  POVT  conta  com   o  apoio  técnico  deste  Instituto  para  a  

emissão  de  Pareceres   técnicos  sobre   as  candidaturas  do   domínio  do   “Desporto”  e   para  a  

confirmação  da   boa  execução  técnica   dos   projetos  aprovados.  Com   o  objetivo  de   verificar  a  

execução  dos  projetos  de  projetos  re lativos  ao  “Primeiro  Relvado”  tendo  em  vista  o  seu  

encerramento, este Instituto realizou  em 2011 a  projetos localizados nas Regiões do Norte, Centro  

e  Alentejo,  que  tiveram  como  objetivo  verifica r  as  condições  em  que  as  operações   foram  

executadas, tendo em vista o seu encerramento;  

≈ Direções Regionais de Educação: no âmbito da apreciação de reprogramações financeiras em alta  

de 14 escolas do ens ino  básico  (2º  e 3º  ciclo),  o POVT contou com a  colaboração  das Direções  

Regionais de Educação do Norte  e de Lisboa e Vale do Tejo, para a avaliação da pertinência das  

solicitações  de  reforço  de  financiamento,  nomeadamente   a  conf irmação  de  que   as  condições  

evocadas pelos beneficiá rios para a necessidade do reforço eram tecnicamente  justificáveis; 

≈ De  destacar  as  atividades  no  âmbito  dos  Grupos  de  Articulação  Temáticos  (GAT),  referidas  no  

ponto  2.6.1  Complementaridade  com  outros  Programas  deste  re latório  e  ainda  das  atividades  

desenvolvidas pelo INAG e pela Direção Geral  do Ordenamento do Território e Desenvolvimento  

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Relatório de Execução |  2011  

 

153 

Urbano   (DGOTDU)13   enquanto Organismos  Intermédios  do   POVT,  atividades  essas  já  referidas 

anteriormente  neste ponto. 

De destacar ainda, a atividade do  Comité de Investimento da  Iniciativa JESSICA em Portugal, no qual  participam  

a AG do POVT e dos POR e a Direção‐Geral do Tesouro e Finanças e que tem como  principal missão a decisão  

sobre a seleção dos Fundos de Desenvolvimento Urbano a apoiar no âmbito deste  ins trumento de engenharia  

financeira, e que é referida no  ponto 2.6.2. Instrumentos de Engenharia Financeira deste  Relatório. 

Ao nível da promoção da  igualdade e no âmbito do Plano para a Igualdade do Género do Ministério das Obras  

Públicas,  Transportes  e  Comunicações,  o  POVT  deu  sequência  à  meta  definida  naquele  plano  para  o  1º  

trimestre  de 2011, nomeadamente  através da  publicitação no site do  l ink para  o  Portal  da Comissão para a  

Igualdade de Género, alertando  para a  inclusão da dimensão  Igualdade de Género na  linguagem escrita e  visual  

dos Serviços do ex‐MOPTC, conferindo  igualmente a devida re levância à informação sobre  estas matérias. 

No 2º  trimestre,  implementou‐se uma medida relacionada com o  levantamento  de cerca de 100 modelos  de  

documentos  utilizados  pelos  seis  Serviços  que  integram  a  EIIGMOPTC  (Equipa  Interdepartamental  para  a  

Igualdade  do  Género   do  MOPTC),  entre   os  quais  o  POVT.  A  abordagem metodológica   adotada   relevou   a  

questão  identitária através da igualdade  de tratamento  dos sexos masculino e  feminino, o  que  implica tornar o  

sexo feminino visível na  linguagem, atualmente  invisível, na maioria dos casos. Pretende‐se promover o uso de  

formas masculinas para designar homens, de formas femininas para designar mulheres e das duas formas para 

designar homens e mulheres. Da documentação analisada, propôs‐se algumas alterações no sentido de tornar 

a respetiva linguagem mais inclusiva, em termos de Igualdade de Género.  

Em outubro de 2011, foi  lançado um Guia orientador para uma  linguagem promotora da Igualdade de Género, 

onde  são  propostas  algumas  normas  orientadoras,  simples  e  pragmáticas,  de  substituição  de  formas  

linguísticas por novas formas, que proporcionem  uma comunicação  mais  inclusiva, através de dois princípios  

fundamentais:  a  visibilidade  e   a  simetria  dos  géneros  feminino  e  masculino.  Este  guia  tem  também  como  

objetivo alertar para a  importância da a lteração  progressiva da  linguagem, de uma forma concertada em  todos  

os  Serviços  da  Adminis tração  Pública,  em  respeito  pelo  direito  de  homens  e  de mulheres  à  representação  

linguística da sua  identidade.  

Em novembro  de 2011, foi elaborado um  trabalho através de diapositivos sobre a promoção de uma  linguagem  

mais  inclusiva, visando um maior  impacto visual sobre esta temática, com o objetivo de sensibilizar os Serviços  

do ex‐MOPTC para  a necessária visibilidade do género feminino  na linguagem. 

                                                                         13 No âmbito do PREMAC, o  Decreto ‐Lei  n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento  do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território  (DGT). 

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Relatório de Execução |  2011  

 

154 

 

2.7.2 Avaliação 

O Plano de Avaliação do POVT, elaborado no seguimento dos trabalhos desenvolvidos no  âmbito da Rede  de  

Avaliação do QREN (2007‐2013) –  composta pelo Observatório  do  QREN, que a coordena, e por representantes  

dos  Centros  de  Raciona lidade  Temática  e  dos  Centros  de Observação  das Dinâmicas  Regionais,  do  IFDR,  do 

IGFSE  e  das  Autoridades  de Gestão  dos  Prog ramas Operacionais  –,  foi  submetido  à  Comissão Ministerial  de  

Coordenação deste Programa em 6 de Novembro de 2008 e  aprovado  por esta em 25  de Novembro  de 2008.   

Este  Plano,  que  se  inscreve  no  Plano Global  de  Avaliação  do QREN  (PGA),  foi  objeto  de  revisão,  em  2009  e 

2010, com o  intuito de  ajusta r o seu  cronograma de  realização ao  calendário  indicativo previsto para os dois  

exercícios de avaliação que  contempla:  

≈ Avaliação da operacionalização do POVT (2007‐2009)  no contexto da  estratégia  do QREN, com o  

objetivo geral de  avaliar o  modo  de  operacionalização do  POVT na prossecução  das prioridades  

estratégicas do QREN, a realizar até ao final do 2º trimestre  de 2010;  

≈ Avaliação Interca lar do POVT (2007‐2010), com o objetivo de avaliar a performance e o  impacte  

do POVT a meio do seu período de vigência, a realizar até  ao fina l de 2012. 

 

No final do ano  2011, o  Plano  de Avaliação  do  POVT sofreu  um ajustamento  no  calendário  de  realização  da  

Avaliação  Intercalar,  fazendo  avançar  o  lançamento   desta  avaliação,  antes  previsto   para  o  3º   trimestre  de  

2011, para 1º semestre de 2012 e a sua  conclusão para o f inal de 2012.  

Para este efeito, foi  já  iniciado em 2012 o  procedimento destinado à aquisição externa de serviços (concurso  

público) tendo sido solicitado ao Ministério das Finanças – o Observatório do QREN submeteu à consideração  

da tutela deste Ministério uma proposta no sentido  de ser aprovado um despacho dos membros do Governo  

responsáveis  pelas  áreas  das  Finanças  e  da  Adminis tração  Pública,  dando  um  parecer  genérico  favorável  à  

celebração  de  contratos  de  aquisição  de  serviços  no  âmbito  da  implementação  do  PGA  –  o  parecer  prévio  

vinculativo quer permitirá a abertura do concurso.   

No que respeita ao exercício de Avaliação da Operacionalização do POVT (2007‐2009),  importa agora fazer um  

follow‐up  rela tivo ao progresso realizado em 2011 na implementação das recomendações daquele exercício:  

Recomendação  (R.3)  Simplificação  de  procedimentos  no  que  respeita  a  exigências  formais  nas  candidaturas  em 

Tipologias onde a procura é muito acentuada, com  implicações na carga de  tarefas associadas à análise e  insistindo, 

sobretudo, nos elementos demonstrativos da qualidade das operações. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Para esta recomendação, nomeadamente no que concerne ao antigo Eixo II/atual Domínio de Intervenção “Ciclo Urbano da 

Água”,  contribuiu  a  isenção  de  elaboração  e  apresentação  do  Documento  de  Enquadramento  Estratégico  (DEE),  por  

despacho da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território de 11 de Maio de 2011 e na sequência das medidas 

previstas  no  2º Memorando de  entendimento  celebrado  entre  o  Governo  e  a  Associação  Nacional  de Municípios  em 

Fevereiro  de  2011,  considerando  que  seria  sempre  possível  confirmar,  com  base  nos  elementos  disponibilizados  nas 

candidaturas, a sustentabilidade técnica e económica dos investimentos. 

Este documento, dada a sua complexidade e necessidade de sucessivas  revisões, contribuía para o  relativamente elevado  

tempo médio de análise de candidaturas que se  registava naquele Eixo, e caso as operações viessem a ser aprovadas sem 

aquele  documento  estar  aprovado,  no  prazo  de  seis meses,  o  DEE  deveria  estar  aprovado,  ou  seriam   suspensos  os 

pagamentos ao beneficiário.  

 

Recomendação (R6) Revisão do corpo de  indicadores de  realização e  resultados, a partir de critérios  relacionados com a 

sua abrangência, proporcionalidade, metodologia de cálculo e adequação à natureza das operações e aos objetivos do 

Programa. 

No que  respeita a esta  recomendação, na sequência da  reprogramação  técnica do POVT, aprovada no  final de 2011,  foi 

feita uma  revisão dos  indicadores de Eixo Prioritário e Core  Indicators para os quais o Programa contribui, adequando a 

bateria de indicadores à natureza das operações aprovadas e que se espera v ir a  aprovar bem como as respetivas metas (a  

este propósito, ver os pontos 2.1.1 Realização Física do Programa Operacional e 3. Execução por Eixo Prioritário) 

 

Recomendação (R7) Reforço da capacidade de gestão, com redistribuição da equipa interna (após conclusão das tarefas 

de encerramento dos diversos PO do QCA III que estiveram a cargo da AG do POVT) e recurso a outsourcing nos casos do 

apoio jurídico e acompanhamento/auditoria de operações aprovadas 

Dados os constrangimentos sentidos pela Autoridade de Gestão ao nível da verificação da regularidade dos procedimentos 

de  contratação  pública,  condição  indispensável  à  validação  da  despesa  e  realização  de  pagamentos  aos  beneficiários, 

durante o ano 2010 e 2011 recorreu‐se à contratação externa de serviços jurídicos especializados, tendo em vista aumentar  

a capacidade de  resposta da AG do POVT  relativamente ao grande volume de procedimentos de adjudicação em  fase de 

verificação.  

Igualmente, e no que concerne ao  acompanhamento das operações aprovadas  (verificação no âmbito do artigo 13º do 

Regulamento (CE) nº 1086/2006), a autoridade de gestão optou por desencadear um procedimento de contratação externa  

para a  realização de 100 ações de verificação,  para  a realização do Plano de Acompanhamento de operações de 2010 e de 

2011, o que se irá concretizar até ao final de 2012 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Recomendação  (R11)  Promover  uma  Reprogramação do  POVT,  na  qual  deverão,  entre  outras,  ser  consideradas  as 

seguintes dimensões: 

(i)  Incorporação das alterações do contexto social, económico e político e da evolução das políticas que enquadram o 

POVT;  (ii)  Revisão,  em  função  dos aspetos  de  contexto  e  do  estado  de desenvolvimento  do  Programa, das metas  e 

objetivos  e  da  programação  financeira;  (iii)  Consideração  específica das decisões  políticas  recentes  em matéria  das 

grandes  infraestruturas de  transportes  (com  implicação no Eixo  I, mas  também Eixo VII), da adequação e  realismo das 

metas em  diversos Eixos / Domínios e da respetiva dotação financeira (Eixos II,  IV  e VIII) e da necessidade de atender às  

consequências do temporal de 20 Fevereiro 2010 na Madeira (Eixo V). 

A  reprogramação  técnica do POVT  foi aprovada em dezembro de 2011 e constituiu uma  resposta à atual situação de crise 

económica e financeira, visando reduzir os constrangimentos à execução resultantes da falta de contrapartida nacional.  

Para além da  reorganização dos Eixos Prioritários, concentrando no Eixo  I os  investimentos  relativos a  infraestruturas de 

transportes  (rodoviários,  ferroviários  e  infraestruturas  portuárias)  elegíveis  ao  Fundo  de  Coesão  e,  no  Eixo  II,  os  

investimentos  relativos a  Sistemas Ambientais,  foi  feito um   redimensionamento da programação  financeira  dos Eixos e 

procedeu‐se à otimização da utilização do Fundo de Coesão associada à elegibilidade de um maior  leque de  intervenções  

anteriormente  financiadas  pelo  POVT  (com  FEDER)  e pelos Programas  Regionais  do  Continente,  o que  passou  a  incluir 

operações a realizar nas regiões de Lisboa e do Algarve (por serem elegíveis ao Fundo de Coesão). 

Simultaneamente,  promoveu‐se  o  ajustamento  dos  montantes  financeiros  anteriormente  previstos  para  os  grandes 

projetos de  infraestruturas, nomeadamente na área dos  transportes, considerando um calendário mais  realista para a sua 

concretização e uma redefinição de prioridades de investimento consonante com a conjuntura nacional. 

Foram  também  adequados  os  indicadores  de  Eixo  Prioritário  e  as  respetivas metas,  considerando  a  reorganização  do 

Programa e o nível de evolução do mesmo.  

Foi  introduzida uma nova elegibilidade no atual Eixo  IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da  

Madeira,  relativa a  correções  torrenciais  (intervenções nas  ribeiras), que visaram   reforçar  as condições de prevenção  e 

gestão de riscos do território da Ilha da Madeira.  

 

Recomendação  (R13) Aceleração da  implementação do Sistema de  Informação do POVT  (SIPOVT),  transformando‐o até 

final de 2010 numa "ferramenta potenciada" com  incorporação das  funcionalidades de gestão documental e business 

intelligence 

A  plataforma   analítica   de  extração  de  dados  Business  Intelligence  entrou  em  exploração  no  final   do  ano  2011  e  a  

implementação  da  Gestão  Documental  ficou  concluída  também  naquele  ano,  tendo  decorrido  uma  ação  piloto  para  a 

entrada em produção daquela  ferramenta,  faltando apenas alguns ajustamentos decorrentes da  reprogramação, para que 

fique totalmente operacional.  

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Deve ainda ser referido, em matéria de avaliação, a participação do POVT nas duas reuniões da Rede de Avaliação do QREN,  

realizadas em f evereiro e em novembro de 2011. A primeira esteve centrada no ponto de situação do processo de folow‐up 

dos exercícios de avaliação  já concluídos –  incluindo a apresentação dos  resultados de algumas dessas avaliações – e da  

implementação do Plano Global de Avaliação (PGA) do QREN. Na segunda foi retomado o ponto de situação dos processos 

de  folow‐up, preparada a  implementação do ciclo de avaliações  intercalares previsto no PGA e discutida a  revisão  (anual) 

dos Planos de Avaliação Global e do PO. 

 

2.7.3. Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) 

2.7.3.1. A Monitorização Ambiental Estratégica  

No  âmbito  do  re latório  de  execução  relativo  a   2009  foi  apresentado  um  primeiro  balanço  dos  resultados  

obtidos pelo sistema de monitorização ambiental estratégica aplicado ao PO – e que envolve, na sua dimensão 

plena,  todas  as  Autoridades  de Gestão  dos  PO  financiados  pelo  FEDER  e/ou   Fundo  de   Coesão,  o  Instituto  

Financeiro para o Desenvolvimento Regiona l e o Observatório do QREN – e que se destina, de forma contínua,  

a  aferir  os  efeitos  significa tivos  sobre  o  ambiente  decorrentes  da  execução  do  POVT,  e,  simultaneamente  a 

avaliar em que  medida estão a ser consideradas as recomendações dirigidas ao POVT (inscritas  no  Relatório  

Ambiental da AAE14).  

Os  capítulos  apresentados  nos  Relatórios  de  Execução  de  2009  e  2010,  em  conjunto  com  os  Relatórios  de  

Avaliação  e  Controlo  dos  Efeitos  no  Ambiente  decorrentes  da  aplicação  do QREN,  concretizaram  o  reporte  

enquadrado nos  requisitos de continuidade inerentes ao regime de AAE15.  

No  quadro  das  exigências  estabelecidas  pelo  regime  nacional  da  avaliação  ambiental  estra tégica,  será  aqui  

apresentado  um  novo  balanço  dos  resultados  obtidos  pelo  sistema  de monitorização  ambiental  estra tégica  

aplicado  ao PO e  os seus  resultados serão  incorporados no Relatório  de Avaliação e  Controlo dos Efeitos no  

Ambiente decorrentes  da aplicação do QREN 2011, o qual será objeto de  divulgação pública. 

Deve ser aqui  destacado que no  âmbito  da reprogramação  técnica do QREN, aprovada no final de  2011, foi  

realizado  um  exercício  de  screening  (processo  de  verificação  independente)  relativamente  à  necessidade  de  

                                                                         14  A  AAE  das  intervenções  estruturais cofinanciadas  pelo  Fundo  Europeu  de  Desenvolvimento  Regional  (FEDER)  e  pelo Fundo  de  Coesão  (FdC),  foi  desenvolvida  em  2007  por  uma  equipa  independente  constituída  por  especialistas  em  ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e dela  resultou o Relatório Ambiental que constitui a base de referência para a monitorização ambiental estratégica.  

 

15 De acordo com o Decreto–Lei nº 232/20 07, as “Entidades responsáveis pela elaboração do “Programa” deverão avaliar e controlar os efeitos significativos no ambiente decorrentes da sua aplicação (…) e “Os resultados do controlo são divulgados pelas entidades referidas (…) através de meios eletrónicos e atualizados com uma periodicidade mínima anual”. O mesmo diploma define ainda que “Os resultados do controlo realizado (…) são remetidos à APA, cabendo a esta entidade, por sua vez, assegurar o intercâmbio dessa informação com a Comissão Europeia, bem como a sua disponibilização a todos os interessados ”.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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sujeitar as alterações aos Prog ramas Operacionais aprovados para 2007‐2013, previstas no âmbito da referida  

reprog ramação, a uma nova Avaliação Ambiental Estratégica. Aquele exercício foi realizado por uma entidade  

independente  e  as  conclusões  foram  suje itas  a  validação  pela  Agência  Portuguesa  do  Ambiente  (APA),  na  

sequência do solicitado pela Comissão Europeia.  

A necessidade da realização  deste exercício de screening é determinada pela nota  informativa subscrita pelas  

DG ENV e DG REGIO que  a Comissão  Europeia dirigiu às Autoridades de Gestão dos  Programas Operacionais  

Regionais em 30 de Setembro  de 2008, referindo  que as alterações  introduzidas nos Programas Operacionais  

devem  ser  avaliadas,  no  sentido  de  determinar  se   são  ou  não   suscetíveis  de   ter  efeitos  s ignifica tivos  no  

Ambiente. Sempre que sejam previsíveis efeitos significativos sobre o Ambiente, torna‐se necessário preceder 

as alterações de um exercício  de Avaliação Ambiental.  

A  determinação  da  probabilidade  de  ocorrerem  efe itos  signif icativos  sobre  o  ambiente  em  resultado  da  

alteração  de um  Programa sujeito a AAE é  feita, caso  a caso,  com  base nos  critérios  definidos  na  legis lação  

aplicável16. Estes critérios atendem quer às características dos programas quer às características dos  impactes  

e da área suscetível de ser afetada. 

A validação da APA sobre as conclusões do  exercício de screening realizados pela referida entidade, refere que: 

≈ A proposta de reprogramação dos Programas Operacionais mantem a matriz estratégica do QREN,  

configurando‐se como uma revisão de natureza técnica e de programação f inanceira, promovida  

na  sequência  de  alterações  socioeconómicas,  que  visa  antecipar  dif iculdades  de  execução  por 

força  de  restrições  orçamentais. São considerados ajustamentos financeiros e  transferências de  

verbas e redis tribuição de elegibilidades entre  programas e ins trumentos de apoio financeiro, com  

pequenas alterações no quadro  de elegibilidades; 

≈ As questões de natureza financeira e os aspetos organizacionais que tem que ver com o sistema  

de  governação  do QREN  e  dos  seus  PO  estão  excluídos  do  âmbito  de  aplicação  da  legislação  

nacional  e  comunitá ria  sobre  AAE.  À  luz  dos  critérios  definidos  no  Anexo  ao  Decreto‐Lei  

n°232/2007  o  que   interessa  determinar  e  se,  como   resultado   da  reprog ramação,  vão  ocorrer 

alterações  s ignifica tivas  nas  elegibilidades  aprovadas,  isto  e,  se,  re lativamente  a  s ituação  

previamente avaliada, há novas situações  a considerar, a nível nacional ou regional, que alterem a  

natureza dos impactes ou  a loca lização das áreas em que  se irão verificar. 

≈ As alterações previstas ao quadro de  elegibilidades não são re levantes e não parecem agravar a  

situação  inicial, numa perspetiva de avaliação de  impactes. De facto, a  inclusão de uma tipologia  

de  intervenção referente a projetos de mobilidade baseados em energias  limpas, são eliminadas  

                                                                         16 Anexo incluído na legislação nacional aplicável ‐ Decreto‐Lei n°232/2007, de 15 de Junho, alterado pelo Decreto‐Lei n°58/2011, de 4 de Maio e Anexo II da Diretiva 2011/42/CE, de 27 de Junho. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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as tipologias de  intervenção associadas ao novo Aeroporto  de Lisboa (trabalhos prepara tórios), e  

incluída  uma  nova  tipologia  de  intervenção  referente   a  hidráulica  torrencial,  no   âmbito  da  já  

prevista prevenção e gestão de riscos e assiste‐se a uma diminuição de elegibilidades no domínio  

dos transportes. 

≈ Não há transferências de  elegibilidade  entre os  PO regionais e, tendo em conta as  já exis tentes  

sobrepos ições  geográf icas  entre  os   PO  temáticos  e  os  regionais,  a  proposta   redistribuição  de  

elegibilidades  não  se  traduz  em  alterações  no  terreno,  pelo   que  se  mantem  a  situação  já  

globalmente avaliada para o QREN no seu conjunto. 

 

Deste modo, concluiu‐se  que  a reprogramação  técnica do  QREN não teria  que ser sujeita a  Avaliação Ambiental  

Estratégica, havendo no entanto uma recomendação da APA no sentido de existir uma atenção redobrada aos  

aspetos  de  monitorização,  a  fim  de  identificar  atempadamente  efeitos  negativos  imprevistos  e  aplicar  as  

medidas  de  correção  adequadas.  O  conjunto  de  indicadores  para  a  monitorização  estratégica  deve  ser 

otimizado,  numa perspetiva pragmática, de modo a facilita r um  acompanhamento  próximo  da execução dos  

programas por parte das autoridades ambientais  e do  público.  

Por  último,  de  referir  que  o  parecer  da  entidade  independente  recomenda  ao Observatório  do QREN  e  à  

Autoridade de Gestão  do POVT que acompanhem a tradução em projetos concretos dos dois novos domínios  

de elegibilidades (no âmbito  da mobilidade  territorial e  da prevenção e gestão de  riscos) por forma a avaliar, 

quando forem conhecidos elementos mais detalhados sobre a natureza dos projetos que estas  irão enquadrar,  

a necessidade  de  realizar uma AAE dedicada exclusivamente  a estes  domínios  de elegibilidades. Recomenda  

também  que  o  sistema  de  monitorização  ambiental  desenvolvido  pelas  Autoridades  de  Governação  e  de  

Gestão do QREN seja  revisto  no  sentido  de atualizar as responsabilidades  de cada  PO de monitorização dos  

domínios  de  elegibilidade  que  lhes  competem,  atendendo  à  transferência  de  elegibilidades  verificada  no  

âmbito da  reprogramação aprovada. 

 

2.7.3.2. Consolidação do Sistema  de Monitorização AAE  

A  criação  e  consolidação  do  sistema  de  avaliação  ambiental  estratégica  e  os  produtos  que  dele  derivam  

configuram‐se  como  exercícios  complexos,  em  progressivo  aperfeiçoamento,  tal  como  se  pode  inferir  do  

quadro  de responsabilidades  ilus trado  na figura seguinte.  

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Figura nº 4 – Quadro de responsabilidades na monitorização ambienta l estratég ica  

 

Fonte: Sistema de Monitorização do QREN 

 

Apesar  de  2010  já  ter  constituído  um  ano  em  que  foi  reforçada  a  recolha  de  informação  que  permite  

quantif icar alguns dos  indicadores de monitorização ambiental estratégica e, para a grande maioria,  já ter sido  

possível  a  apresentação  de  alguns  resultados,  em  2011  deu‐se  continuidade  a  esse  esforço,  nomeadamente  

através da revisão e  maior adequação dos indicadores  de E ixo  Prioritário e  Indicadores Comuns  Comunitários  à  

atualidade  do  POVT,  bem  como  da  recolha  de  informação  realizada  no  âmbito  dos  Relatórios  Anuais  de  

Execução das operações. 

No entanto, e pelos motivos explicitados no  relatório de execução do ano de 2010, continuam a existir alguns  

indicadores  que  não  são  quantificáveis  por  dificuldade   no   seu  apuramento,  requerendo  procedimentos  

específicos  de cálculo ou  estimação, cuja concretização se verifica rá apenas em futuros exercícios, beneficiando  

do recurso  a especialistas externos17.  

 

2.7.3.3. Mecanismos de Gestão e envolvimento das Autoridades  Ambientais  

Tal como  já era referido no Relatório  de Execução  do  POVT reportado  a 2010, a  Autoridade  de Gestão do POVT  

estabeleceu  com as Autoridades Ambientais  uma parceria  alargada, em particular  no que  respeita ao antigo  

eixo  prioritário  re lativo  à  “Rede  Estruturante  de  Abastecimento  de  Água  e  Saneamento”  (atual  domínio  de  

                                                                         17 Estão neste caso, por exemplo, os indicadores referentes a emissões GEE ou de consumos energéticos.  

Consolidação da bateria dos

i ndicadores e def inição da metodologia

Programas Operacionais

Obs ervatório do QREN

I FDR

Apuramento da in formação agregada

Informação das Autoridades Ambientais

Análise complementar de out ras fontes de

i nformação

Apuramento da in formação

Análise da in formação qualitativa dos i ndicadores e das

operações

E laboração dos Capítulos sobre AAE

E laboração do Relatório G lobal da

AAE

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Relatório de Execução |  2011  

 

161 

intervenção  “Ciclo Urbano da Água”), ao domínio  referente à “Recuperação do Passivo Ambiental”  do antigo  

eixo prioritário dedicado à “Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos naturais e Tecnológicos” e ao antigo  

eixo  relativo  às  “Infraestruturas  Nacionais  para  a  Valorização  de  Resíduos  Sólidos  Urbanos”,  todos  eles  

integrantes  do atual Eixo II. 

A  parceria  com  as  Autoridades  Ambientais  encontra‐se  ativa  desde  a  fase  de  elaboração  dos  Regulamentos  

Específicos  das Intervenções abrangidas pelos eixos  prioritários e domínios  referidos anteriormente. Salienta‐

se, a este respeito, a participação das Autoridades Ambientais na determinação das condições e requisitos de  

elegibilidade  e  dos  critérios  de  seleção  de  projetos,  inscritos  nos  Regulamentos  Específicos  na  fase  da  sua  

elaboração, e o  reforço  dessa parceira com as seguintes entidades e  nos seguintes moldes:  

≈ Instituto Nacional  da Água (INAG) – Delegação de  competências (enquanto Autoridade Naciona l  

da Água) referentes à apreciação da admiss ibilidade e  do mérito  das candidaturas apresentadas  

ao Eixo 2 – “Rede Estruturante de Abastecimento de Água e de Saneamento”, competindo ainda  

ao  INAG  a  apreciação  e  aprovação  dos  Documentos  de  Enquadramento  Estratégico  (DEE)  

elaborados  pelas entidades gestoras proponentes  de candidaturas 18  

≈ Agência Portuguesa do  Ambiente  (APA) ‐ Protocolo com  vista à prestação de  apoio técnico, por 

parte da Autoridade Ambienta l, na análise e acompanhamento das candidaturas, nomeadamente  

no  que  respeita  ao  enquadramento  nos  planos  sectoriais  e  a  apreciação  de  mérito  das  

candidaturas apresentadas no âmbito da  “Recuperação  do  Passivo ambiental” (designadamente  

aquelas  que  visam  a  reabilitação  de  solos  contaminados),  e  das  intervenções  referentes  às  

“Infraestruturas Nacionais para a Valorização  de Resíduos  Sólidos Urbanos”.  

≈ Direção Geral de  Energia e Geologia (DGEG) – Protocolo com vista ao apoio  técnico ao POVT no  

âmbito da análise e  acompanhamento das candidaturas apresentadas no  âmbito da “Recuperação  

do  Passivo  ambiental”,  designadamente  aquelas  que  visam  a  reabilitação  de  áreas  degradadas  

afetas à  indústria extrativa mineira, nomeadamente no que respeita ao  seu enquadramento  no  

documento enquadrador e  na sua apreciação  de mérito.  

Em  síntese,  as  Autoridades  Ambientais  mencionadas  anteriormente  assumiram,  através  da  delegação  de  

competências  e  protocolos  de  colaboração  promovidos  pela  Autoridade  de  Gestão  do  POVT,  particula res  

responsabilidades na gestão de uma parte significativa do valor total programado pelo POVT, sendo que o seu 

contributo  incide  não apenas na apreciação e no acompanhamento dos projetos apoiados, como também no  

cumprimento  do normativo ambiental – a Autoridade  de Gestão do POVT tem ainda beneficiado do apoio da  

                                                                         18 Esta última competência do INAG foi suspensa por despacho da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território de 31 de Maio de 2011, na sequência das iniciativas tendentes a acelerar a execução do QREN, previstas no 2º Memorando de entendimento, celebrado entre o Governo Português e a ANMP, que previram, nomeadamente a suspensão da neces sidade de apresentação do Documento de Enquadramento Estratégico.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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APA no acompanhamento dos processos  de AIA a que a generalidade dos projetos submetidos  para apoio ao  

POVT é necessariamente sujeita –  e no  cumprimento das metas e dos  objetivos ambientais dos  domínios  de  

intervenção  do POVT. 

Adicionalmente,  as  reuniões  da  Comissão   de  Acompanhamento   do  POVT  oferecem  também  uma  sede  de  

envolvimento de parceiros sociais com  responsabilidades no ambiente, atendendo a que as Organizações Não  

Governamentais de Ambiente têm assento  naquela  Comissão  de Acompanhamento como membro efetivo com  

direito de  voto, através da Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA). 

Estas  parcerias  reforçam  os mecanismos,  transversais,  implementados  pela  Autoridade  de Gestão  do  POVT  

com  o  objetivo  de  incorpora r,  em  diversas  fases  do  ciclo  da  vida  das  operações, medidas  que  garantem  o  

cumprimento  da  legislação  de  ca rácter  ambiental,  bem  como  medidas  que  elevam  o  nível  de  proteção  

ambiental das operações apoiadas, quer  no que respeita à fase de seleção  das operações –  incorporados em  

condições  de  acesso   estabelecidas  na  regulamentação  gera l  e  especifica,  incidentes  na  observância  das  

obrigações  dos  beneficiários  que  decorrem  das  normas  comunitárias  e  nacionais  em matéria  de  ambiente,  

sistematizadas  e  verificadas  com  base  num  check‐lis t  específ ico,  e  em  ponderadores  de  cariz  ambiental  

valorizados aquando  da apreciação  de mérito –  quer em fase  acompanhamento, nomeadamente através da  

monitorização  do cumprimento  das condicionantes que ha jam sido  estabelecidas em sede de  aprovação que  

respeitem  aos l icenciamentos  e outros requisitos  legais necessários à entrada em exploração. A este  propósito,  

remete‐se  para  o  que  já  foi  referido,  sobre  o  Cumprimento  das  regras  Ambientais,  no  ponto  2.2  deste  

Relatório.  

 

2.7.3.4.  Efeitos  resultantes  da  implementação  do  PO  com  base  nos  indicadores  de monitorização 

estratégica ambiental 

A análise que a seguir se apresenta pretende ref letir duas dimensões fundamentais do processo de follow‐up  

da  AAE:  a  aferição  do  desempenho  ambienta l  e  de  sustentabilidade  do  POVT  e  a  aferição  do  grau  de  

cumprimento  das recomendações da AAE nas qua is o POVT é implicado. 

Este exercício, na sua componente de aferição de  desempenho ambiental  e de sustentabilidade, pressupôs que  

fossem associados aos objetivos estratégicos definidos em AAE os regulamentos e as tipologias de  intervenção  

que  para   aqueles  contribuíam,  bem  como  uma  adequada   seleção  de  indicadores  (comuns   nacionais  e/ou  

comuns  comunitários)  para  a mensurabilidade  do  efeito  produzido  pelo  POVT  nos  mencionados  objetivos  

estratégicos.  

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Aferição do Desempenho Ambienta l e de Sustentabilidade do POVT   

O  desempenho  ambiental  e  de  sustentabilidade  do  POVT  são  aqui  aferidos  através  de  um  conjunto  de  

indicadores nacionais e comunitários com contributo direto para os objetivos estratégicos definidos no âmbito  

da AAE. À semelhança do Relatório de 2010, apresenta‐se, no Anexo XIV, a árvore de  imputação objetivos –  

Áreas de Intervenção  – Indicadores que constitui  a base lógica desta avaliação de  desempenho. 

De  seguida  apresentam‐se  os  resultados  mais  s ignificativos  ao  nível  do  contributo  da  implementação  e  

execução do POVT face a esses objetivos, sendo que os  indicadores adiante apresentados  poderão ser também  

consultados, de forma mais sis tematizada, no Anexo VII este Relatório.  

O contributo do POVT para o Objetivo Estratégico  “Garantir a Universalidade no acesso a  cuidados de saúde,  

valorizando  os cuidados de  saúde primários e  a resposta  aos grupos mais  vulneráveis”, deve ser avaliado tendo  

em conta  que esta não constitui uma área prioritá ria de  intervenção deste PO. Ainda  assim, e pese embora não  

haver, a 31 de Dezembro de 2011, qualquer candidatura com contrato de financiamento celebrado nesta área  

de  intervenção  do  domínio  dos  “Equipamentos  Estruturantes  do  Sistema  Urbano  Naciona l”,  o  indicador 

“população servida pelas unidades de  saúde apoiadas” manter‐se‐á sob monitorização do  Programa. 

A  prossecução  do Objetivo  Estratégico   “Garantir  a Universalidade   no   Acesso  e Melhora r  as  Condições  do  

Ensino”, constitui um dos  domínios de particular responsabilidade do  POVT, que com os seus apoios, contribuiu  

até  ao  final  de  2011  para  que  170.237  alunos  fossem  abrangidos  por  intervenções  de  requalificação  e  

modernização de 102 escolas com  ensino básico  (2 º e 3º ciclo) e ensino  secundário e  por 17  infraestruturas  

universitá rias  (estas  últimas  intervencionadas  no  âmbito  do  domínio  dos  “Equipamentos  Estruturantes  do  

Sistema  Urbano   Nacional”).  De  destaca r  que  69  destas  infraestruturas  se  encontram  concluídas,  

correspondendo a uma população  já beneficiada por estas intervenções  de cerca de 97.920 alunos.  

Ressalva‐se que na sequência da aprovação da reprogramação técnica do POVT, o contributo das escolas com  

ensino  básico  (2º  e  3º  ciclo)  para  este  objetivo  é  transferido  para  a  responsabilidade  dos  Programas  

Operacionais  Regionais do Norte e do Centro. No entanto, como  no  final  de  2011, as referidas  operações ainda  

se encontravam aprovadas no  âmbito do  POVT, o seu contributo  para este  Objetivo  ainda se mantem neste  

Programa. 

As mencionadas  intervenções e os resultados  produzidos contribuem  igualmente para a “Redução da Pobreza e  

Promoção  da Equidade, Igualdade de  Oportunidades e da  Coesão Social”, Objetivo Estratégico  para o  qual  é  

também relevante o apoio  concedido  pelo  POVT aos Equipamentos Desportivos, perfazendo um total de 203  

projetos.   

O Objetivo de “Promover a Mobilidade Urbana Sustentável” é prosseguido pelo POVT e aferido pelo  indicador 

“Acréscimo  de  população servida por  intervenções de  expansão  de  sistemas de  transporte  urbanos”, para  o  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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qual se apurou, à data deste  rela tório, no  âmbito das operações  rela tivas às Ações Inovadoras, um resultado de  

279.532 pessoas (este número ref lete um ajustamento  introduzido no contributo das operações anteriormente  

aprovadas, já que não existiu  aprovação de novas candida turas). Em 2012, e  por via da transição das operações  

da responsabilidade do Metro do Porto, SA do PO Norte para o POVT, no âmbito da reprogramação aprovada, 

este  indicador  conhecerá  um  novo  acréscimo  (na  ordem  das  161  mil  pessoas  servidas  por  aquela  rede  

metropolitana). 

Os objetivos estratégicos “Limitar o Crescimento das emissões de GEE”, “Diminuir a  intensidade energética do  

produto / aumentar a ef iciência energética” e  “Aumenta r a quota de  produção  de energia a partir  de fontes  

renováveis” são também visados pelo POVT, em especial num conjunto de  intervenções em  infraestruturas do  

sistema electroprodutor a partir de recursos renováveis, no âmbito das Redes e Equipamentos Estruturantes  na  

R.A. dos Açores. Não foram concretizadas até ao f inal de 2011, todavia, quaisquer candidaturas nestas áreas.  

Também  as  candidaturas  do  Eixo  I,  nomeadamente  as  que  se  enquadram  nas  tipologias  associadas  à 

mobilidade sustentável (operações  do  Metro  do  Porto), apresentarão, quando  transitarem  para  o POVT, um  

importante contributo, por parte deste Programa, para o  primeiro daqueles objetivos.  

O Eixo II do POVT, através dos Domínios de Intervenção relativos ao “Ciclo Urbano da Água” e “Valorização de  

Resíduos Urbanos”,  consubstanciam  um  financiamento muito  significativo  no  domínio  do  abastecimento  de  

água, saneamento de águas residuais e tratamento de resíduos sólidos urbanos, constituindo assim um motor 

crucia l  para  o  cumprimento  do  acervo  comunitário  e  nacional  nestas  matérias  e  igualmente  das  metas  

assumidas nos documentos estratégicos  nacionais PEAASAR II e PERSU II.  

“Servir 95% da população com sistemas públicos de abastecimento de água” constitui um objetivo estratégico  

do  PEAASAR  II  para  o   qual   a  intervenção   do   POVT  é  prioritária,  sendo   este   objetivo  avaliado   através  do  

indicador  do  nº  de  pessoas  servidas  por  sistemas  de  abastecimento  de  água  em  resultado  dos  projetos  

apoiados. Até ao final de 2011, as operações contratadas pelo POVT relativas a projetos de abastecimento de  

água permitirão um acréscimo de  114 mil pessoas na população servida. 

Em  linha com o  reportado em 2010, verifica‐se que o contributo do POVT para o objetivo estratégico “Servir 

90%  da  população  com  sis temas  públicos   de  drenagem  e  tratamento   de  águas  res iduais  urbanas”  é  mais  

significativo,  o  que  se  justifica  dado  o  esforço  acrescido  que  é  necessário  realizar  para  aumentar  o  nível  de  

atendimento da  população  relativamente a estes s istemas, e, por conseguinte, o  predomínio  desta tipologia  

nas  operações  aprovadas. Destaca‐se  o  acréscimo  de  1.265.736  pessoas  servidas  em  resultado  dos  projetos  

apoiados. 

O avanço ainda pouco expressivo na concretização das operações deste domínio  de  intervenção, revela‐se no  

(também) ainda pouco expressivo número  de pessoas efetivamente servido pelas intervenções  já concluídas. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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O “Cumprimento das Metas de  Redução da Deposição de Resíduos Urbanos  Biodegradáveis (RUB)  em Aterro”  é  

avaliado através dos   indicadores re lativos à  quantidade  total  de  RUB valorizada organicamente  nos  projetos  

apoiados e ao desvio de RUB de aterro. No que respeita ao primeiro e no âmbito da reprogramação do POVT, 

foi  introduzido um ajustamento apenas na designação (e não na metodologia de apuramento), na medida em  

que  o  indicador  reflete  a  capacidade  máxima  instalada  nas  infraestruturas  apoiadas  para  a  valorização  

energética e orgânica de RUB. Em 2011, e considerando os projetos contratados, os mesmos contribuirão com  

uma capacidade  de 496.462 toneladas/ano para a valorização  orgânica e  energética  de RUB, absolutamente  

relevantes para o cumprimento  das metas inscritas no  PERSU II. De destacar o efetivo contributo das operações  

já concluídas, que se cifra em 30.098 toneladas/ano para aquele objetivo. 

O POVT assumiu enquanto uma das suas áreas chave de  intervenção no domínio ambiental a Recuperação do  

Passivo Ambiental, indo  assim ao encontro  do  objetivo  estratégico “Controlar o Risco  de Contaminação do Solo  

e Recupera r os Passivos Ambientais”. Com as operações aprovadas até ao final de 2011, a área abrangida por 

ações de reabilitação e descontaminação ambiental  intervencionadas totalizava 5,2 Km2. 

A “Redução  do  Risco  de Erosão  Coste ira”  constitui, à semelhança da anterior área de   intervenção ambiental,  

uma prioridade para o  POVT, traduzida, no âmbito das  operações  já contra tadas até final  de 2010, em 54,98  

km de extensão total de costa intervencionada  para redução do  risco  associado  à dinâmica costeira e em  11,15  

km de extensão total de costa  intervencionada para contenção ou diminuição da ocupação antrópica em área  

de risco.  

Por  último,  no  âmbito  da  Prevenção,  Gestão  e  monitorização  de  Riscos  Naturais,  destaca‐se  também  o  

contributo  do  POVT  para  o  objetivo  estratégico  “Minimizar  os  Danos  Decorrentes  de  Eventos  Extremos  

Climáticos”, medido através do  indicador “População abrangida pelos planos de emergência de proteção civil”,  

o que nos  projetos apoiados pelo POVT – ver, a este propósito, o ponto 3.2.2. deste Relatório – se  traduz na  

totalidade dos res identes  em território  nacional. De  igual modo, também  o  contributo do POVT para  o objetivo  

estratégico  “Garantir a Cobertura do País  por Sistemas de  Proteção de Riscos” se traduz em 100  % de  cobertura  

do território por planos  de emergência. 

 

Aferição do grau de  cumprimento  das recomendações  da AAE  com  base nos  indicadores de monitorização 

das recomendações da AAE  

No  âmbito  da  Avaliação  Ambiental  Estratégica  foi  proposto  um  conjunto  de  recomendações,  as  quais 

mereceram um  aprofundado estudo  levado a cabo pela Faculdade de  Ciências e  Tecnologia da Universidade  

Nova de Lisboa, coordenado pelo Observatório  do  QREN, com o  objetivo de  identif icar um sistema  que permita  

avaliar o seu cumprimento, através de um conjunto de  indicadores que vertessem as preocupações constantes  

nas referidas recomendações.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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No que  respeita às recomendações de ca rácter geral que constam da Agenda da Valorização  do Território, a  

Autoridade  de  Gestão  do  POVT  demonstra  uma  atenção   particular  dada   a  esta matéria,  evidenciada  pela  

informação  recolhida no âmbito das candida turas apresentadas (quando aplicável) e das operações aprovadas  

e contratadas até f inal de dezembro de  2011. 

 

Recomendação  (R1): Deverão ser cons iderados critérios de natureza ambiental nos  processos de  avaliação da  

viabilidade de  financiamento dos projetos  

Os  aspetos  centrais  e  os  requisitos  legais  e  processuais  de  índole  ambiental   estão  presentes  em  todos  os  

Regulamentos  Específicos  do  POVT  enquanto  condições  de  acesso  ao  cofinanciamento  comunitário  através  

deste  Programa.  Com  efeito,  a  Autoridade  de  Gestão  do  POVT  leva  as  preocupações   ambienta is  além  do  

primeiro crivo de seleção de candidaturas,  incluindo  na grande maioria dos  Regulamentos e/ou em Avisos de  

Abertura  um  conjuntos   de  critérios,  subcritérios  e  parâmetros  de  seleção,  que  permitem   valoriza r  fatores  

ambientais em sede de avaliação do mérito  das candidaturas. 

Tendo em conta o acima referido, esta preocupação da  Autoridade  de Gestão fica claramente  evidenciada pelo  

indicador “Rácio de  integração de critérios ambientais na avaliação de candidaturas”, que no POVT regista um  

nível  de  100%,  uma  vez  constatada  a  utilização  de  critérios  ambientais  no   processo  de  decisão  de  

financiamento da totalidade de projetos contratados até  esta data.  

 

Recomendação   (R2):  Devem  privilegiar‐se  as  intervenções  de  natureza  imaterial  (e.g.  requalificação   e  

aproveitamento de  infraestruturas e equipamentos  existentes, sistemas de  informação, …)  em detrimento da  

construção de novas infraestruturas e equipamentos  

O POVT tem, por definição do seu conteúdo  programático, uma componente essencialmente  infraestrutural no  

investimento  colocado ao serviço da valorização dos  territórios. Ainda assim, alguns domínios de  intervenção  

do Prog rama – com especial destaque  para a Prevenção e Gestão de Riscos, Proteção Costeira e Recuperação  

de Passivos Ambientais (na vertente de estudos e projetos técnicos), enquadrados pelo atual Eixo II –  incluem  

um conjunto s ignificativo de ações de sensibilização, desenvolvimentos de planos de ação de âmbito nacional  

ou  estudos  e  projetos  de monitorização  ambiental,  que  representam  cerca  de  6%  do  número  de  operações  

contratadas e 1,6 %  do   investimento  total  contratado (o   investimento  que  lhes está  associado  é, em média,  

bastante inferior ao  investimento em  infraestruturas). 

 

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Recomendação  (R7):  Deve  ser  promovida  a  adoção  de  práticas  de  construção  sustentável  e  de  gestão  

ambiental na  construção e operação  das  infraestruturas  

A construção  sustentável e a gestão  ambienta l pressupõem  a adoção  de  práticas que  visam a  integração  de  

processos  como  a  incorporação  de materiais  reciclados,  preocupações  decorrentes  da melhoria  e  eficiência  

energética  ou da  proteção e  preservação de biodivers idade urbana. Por forma a aferir o  cumprimento  desta  

recomendação,  é  apurado   o  “Rácio   de  projetos  de   infraestruturas  contemplando  a  adoção   de  práticas  de  

conceção, construção e  gestão sustentável”, com enfoque apenas nas operações aprovadas que  respeitem a  

infraestruturas e cujo custo total seja superior 5 milhões de euros, e que até ao final de 2011  correspondia a  

78%  desse  universo  de  operações  contratadas,  evidenciando  cla ramente  o  esforço  (crescente,  considerando  

que  em  2010   o   valor  deste  rácio   era  de   55%)   desenvolvido   pelos   beneficiários  em   conjugar  as melhores  

práticas de construção sustentável e gestão  ambienta l com  as normas  legais aplicáveis. 

 

 

Águas do Ave ‐ Alargamento do Sistema de  Saneamento 

Custo Total: 123.576.347 €  

Financiamento Comunitário: 82.941.061€  

 

A  operação  do  Alargamento  do  Sistema  Multimunicipal  de  Abastecimento  de  Água  e  de 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Saneamento do Vale do Ave, na componente de Saneamento de Águas Residuais, abrange os  

municípios  de  Amarante,  Amares,  Cabeceiras  de   Basto,  Celorico  de  Basto,  Esposende, 

Felgueiras, Lousada, Mondim de Basto, Póvoa de  Varzim, Terras de Bouro, Vila do Conde  e Vila  

Verde,  e  compreende  o  intervenções  em  30  subsistemas  de  recolha  e  tratamento  de  águas 

residuais,  que  se   caracterizam  pela  construção/remodelação  de  26   ETAR,  assim  como  a  

construção de cerca de  422 Km  de Intercetores, cerca de  33,6 Km de condutas  elevatórias e 44  

estações  elevatórias  a  construir,  com  o  objetivo  de  servir  uma  população  (residente  + 

flutuante) de, aproximadamente, 521 mil  habitantes. 

Evidenciando  uma  clara  preocupação  com  questões  ambientais  exponenciadas  pela  

envergadura da  intervenção, e em estreito cumprimento  da  legislação aplicável, foi adotado  

um conjunto prá ticas de construção sustentável, das quais se salientam a adoção de materiais 

de construção de origem natural e  local, a opção por materiais reutilizáveis e menos tóxicos, a 

reutilização  de  solos  contaminados,  a  impermeabilização  de  áreas   de  solo,  a  separação  e  

reciclagem de resíduos  provenientes  da construção  a opção por materiais  de acabamento  com  

menor  toxicidade  associada,  o  conforto  térmico  (isolamento)  e  acústico  e  a  preservação  da 

biodivers idade através da elaboração de um  projeto f lorestal, tendo em vis ta a constituição  de  

novas  áreas  de  povoamento  de  sobreiros  ou  beneficiação  de  áreas  existentes,  bem  como  o 

ajardinamento com plantas/espécies locais e autóctones.  

Adicionalmente, no âmbito do Plano de Gestão Ambiental, está prevista a  implementação de  

um sistema de reutilização  de uma parte  do efluente tratado para usos compatíveis (água de 

serviço), como  por exemplo a  rega dos espaços verdes, água para  lavagem de pavimentos e  

equipamentos e diluição  de reagentes utilizados no  tratamento, nomeadamente em algumas  

das unidades  de  tratamento  de águas residuais de  maior dimensão, como  a ETAR do Ave, a 

ETAR de Cávado/Homem, a  ETAR de  Ponte da  Baia e  a ETAR do  Sousa, A execução desta etapa  

de tratamento  permite o  reaproveitamento  de parte do efluente  tratado que  seria  rejeitado  

no meio  recetor,  e  conduz  necessariamente  a  uma maior  economia  de  água  da  rede  (água 

para consumo humano).   

Nas  infraestruturas atrás referidas está,  igualmente, prevista a  implementação de um sistema  

de reaproveitamento da energia produzida no processo, nomeadamente a partir da queima  do  

biogás,  obtido  no  processo  da  digestão  anaeróbia  das  lamas  das  ETAR,  em  sistemas  de 

cogeração. A execução  desta etapa de  tratamento  permite  o aproveitamento  energético  do  

biogás, quer através da energia térmica utilizada no próprio  processo de digestão das  lamas, 

quer  através  da  energia  elétrica,  contribuindo  para  a  supressão  parcial  das  necessidades  

energéticas das ETAR. No  caso  da ETAR do Ave, produziram‐se cerca de  180.000 m3  de biogás, 

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Relatório de Execução |  2011  

 

169 

desde  a  sua  entrada  em  exploração  até  31/12/2011,  dos  quais  85%  são  canalizados  para  a 

produção de  energia.  

 

Recomendação  (R8):  As  ações  de  proteção  e  valorização  do  ambiente  devem  ser  acompanhadas  da  

promoção de ações de sensibilização da população para a poupança de recursos, nomeadamente consumos  

de água e energia, bem como para  a redução da produção de resíduos  e reciclagem  

Os dois  indicadores  que  sustentam esta recomendação visam quantificar, por um  lado, todas as operações que  

se  centram  na  implementação  de  ações  destinadas  à  divulgação,  comunicação   e  formação  ambiental  que  

foram apoiadas pelo Programa, e por outro  lado, a totalidade dos cidadãos  que beneficia ram das mesmas. A 

este nível, mantêm‐se  aprovadas as  duas operações   já  reportadas  no ano de  2010  que  corresponderem  em  

exclusivo a ações desta natureza, beneficiando  dessa ações cerca de 3,4 milhões de habitantes do continente.  

Note‐se  que, função  da sua tipologia, um número s ignifica tivo de  operações de natureza material  aprovadas  

pelo  POVT  incorporam,  também,  uma  (financeiramente  não  preponderante)  componente  de   divulgação   e  

sensibilização das populações abrangidas pelos  seus impactos. 

 

Recomendação  (R9): Devem ser privilegiadas  intervenções de natureza preventiva e proactiva na  resolução  

dos problemas ambientais, em detrimento  da  implementação de soluções de “fim‐de‐ linha”  ou de medidas  

de natureza exclusivamente curativa  

Sem  prejuízo  do  reconhecimento  da  importância  crescente   a  atribuir  a medidas  de   carácter  preventivo   e  

proactivo  na  resolução  (por  antecipação)  dos  problemas  ambientais,  que  se  encontra  espelhada  na  

programação do atual Eixo II, é também incontornável que um número  muito significativo de  intervenções com  

impacte  direto  no  ambiente  e  na  resolução  de  problemas  associados  aos  riscos  naturais  e  tecnológicos  

assumiram carácter  imperativo e mereceram, por  isso, especial atenção em fase de programação – em função  

dos diagnósticos realizados e  em articulação  direta com as orientações e  prioridades  definidas em  sede dos  

respetivos planos sectoriais – e  na execução do Programa.  

Neste  contexto,  sublinha‐se  que  as  operações  relativas  ao  Ciclo  Urbano  da  Água  –  que  são 

preponderantemente  associadas  a  intervenções  prioritárias  em  matéria  de  alargamento  da  rede  de  

saneamento  de  águas  residuais  –,  bem  como  as  intervenções  respeitantes  à  Recuperação  de  Passivos 

Ambientais  e,  ainda,  às  ações  proactivas  de  Proteção  Costeira,  assumem  maioritariamente  uma  natureza  

corretiva, pelo que o  número de  intervenções de  cariz  essencialmente preventivo, traduzidas num “Rácio  de  

projetos visando a  implementação de medidas preventivas e proactivas de proteção ambiental” corresponde a  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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6,6%  do  tota l  de  operações  contratadas  no  âmbito  da  proteção  e  valorização  do  ambiente  (apesar  do  

acréscimo   de  operações  contra tadas  nestes   domínios,  manteve‐se  o   peso   rela tivo  das  intervenções  de  

natureza preventiva, que em 2010 correspondia  também a 6,6%).  

 

Recomendação  (R10): Nas  intervenções de reforço do s istema  urbano, bem como nas redes, infraestruturas e  

equipamentos   para  a  coesão  territorial  e  social,  deve  privilegiar‐se  a  requalificação  de  construções  e  

infraestruturas em detrimento  de construções novas  

Nas intervenções  de reforço do s istema urbano  a executa r no âmbito do POVT, assumem particular destaque  a  

ações  de  requalificação  das  redes  de  Escolas  dos  2º  e   3º  ciclo  do  Ensino  Básico  e  de  Escolas  com  Ensino  

Secundário, das  infraestruturas universitárias e ainda de um conjunto de equipamentos desportivos e culturais  

estruturantes   do   sistema  urbano  nacional.  Este  esforço   de  investimento,  com   particular  incidência   nas  

infraestruturas de  ensino, tem sido  centrado  na requalificação desses equipamentos, mediante  intervenções  

(em  muitos  casos  profundas)  de  beneficiação/reabilitação/  reconversão  de  construções  exis tentes,  em  

detrimento de construções novas. Esta aposta vai ao encontro da recomendação da AAE e traduz‐se num rácio  

de  projetos  de  regeneração/requalificação  de  construções  e  infraestruturas  face  ao  total  de  projetos  

infraestruturais do sistema urbano na ordem  dos 62%. 

 

Indicadores de monitorização das  recomendações da AAE (aplicáveis ao POVT)  

De seguida apresentam‐se, sistematizados, os indicadores de monitorização das recomendações anteriormente  

explicitadas, reportado à execução do Programa até ao f inal de  2011 (por  comparação  com  os resultados  de  

2010): 

 

Quadro nº 18 ‐ Indicadores de  Monitorização das  recomendações da AAE  

 

Recomendação AAE 

Designação do indicador  Resultados a 31.12.10  

Resultado a 31.12.11  

R1 I1. Rácio de integração de critérios ambientais na 

avaliação de candidaturas 100%   100%  

R2  I2. Rácio de intervenções de natureza imaterial  6,7%   6,0%  

R2 I3. Rácio de investimento em intervenções de 

natureza imaterial 2,1%   1,5%  

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Relatório de Execução |  2011  

 

171 

R7 

I12. Rácio de projetos de infraestruturas 

contemplando a adoção  de práticas de conceção, 

construção e gestão sustentável 

55%   78%  

R8 I13. Operações de ações de divulgação, 

comuni cação e forma ção ambiental 5  5 

R8 I14. Pessoas beneficiadas por açõe s de divulgação, 

comuni cação e forma ção ambiental 3.345.949  3.345.949 

R9 

I15. Rácio de projetos que visam a implementação 

de medidas preventivas e/ou proactivas de 

proteção ambiental 

6,6%   6,6%  

R10 

I16. Rácio de projetos de 

regeneração/requalificação de construçõe s e 

infraestruturas 

59%   62%  

 

2.7.4 Controlo e Auditoria 

2.7.4.1 Ações de Controlo Interno 

Ações de  Controlo de  Supervisão aos Organismos  Intermédios  

No âmbito do Plano de Supervisão dos Organismos Intermédios, visando confirmar a correta  implementação e  

a  fiabilidade  dos  sistemas  de  gestão  e  controlo  adotados  pelos Organismos  Intermédios  (OI)  na  análise  das 

operações,  iniciou‐se, em 2009, o Inquérito ao Exercício de competências delegadas na Estrutura de Missão e  

Gestão de Fundos Comunitá rios (EMGFC), e no decurso do mesmo uma auditoria temática aos procedimentos  

de contratação  pública  verificados pela EMGFC, com o objetivo de  identificar o alcance do condicionamento de  

despesa  determinado  pela  Unidade  de  Certificação   do  IFDR  à  operação  POVT‐12‐0435‐FCOES‐000011‐  

“Constituição da  Reserva Nacional  de Emergência e  Equipamento  Operacional  de Proteção  Civil”, rela tiva ao  

eventual fracionamento dos procedimentos  de contratação pública detetado  aquando da realização  da ação de  

controlo  prévia à certificação  de despesa realizada.  

Na  sequência  das  ações  em  apreço  foram  detetadas  algumas  fragilidades  nos  beneficiários  ao  nível  dos  

procedimentos em matéria de  contra tação pública (risco de fracionamento e  referência  a marcas ou origens de  

produtos), inventariação  de bens e rigor no  preenchimento  dos  instrumentos de apoio  à análise da candidatura  

e pedidos  de pagamento, as quais não  obstaram à confirmação da segurança razoável subjacente ao s istema  

de controlo interno adotado  pela EMGFC. 

Neste quadro, foi iniciada em dezembro  de 2010  e prosseguida  em 2011  uma ação de follow‐up  no  seguimento  

da auditoria  temática aos procedimentos de  contratação  pública verificados pela  EMGFC, com o  objetivo  de  

confirmar  se  os  procedimentos  de  análise  de  contratação  pública  entretanto  instituídos  pela  EMFGC  são 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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suficientes para  a deteção do eventua l fracionamento do objeto de adjudicação  e deteção  de eventual menção  

a marcas  comerciais  e/ou  origem  de  produção,  na  sequência  do  que  se  concluiu  ter  existido  uma melhoria  

comparativa ao nível dos  procedimentos de análise deste OI. 

Ainda no presente contexto mas relativamente a outro Organismo Intermédio,  importa referir que o Inquérito  

ao exercício das competências de gestão e de controlo (SGC) delegadas na Direção Geral do Ordenamento do  

Território e  do Desenvolvimento Urbano (DGOTDU)19, enquanto Organismo Intermédio  do POVT, foi  iniciado 

no 4º trimestre de 2011, estando em curso  a preparação do respetivo relatório preliminar.   

Ações de  Controlo à Assistência Técnica dos Organismos Intermédios   

Relativamente ao acompanhamento e controlo  da utilização dos apoios  financeiros  concedidos  no âmbito do  

Eixo  VI  –  Assistência  Técnica,  deu‐se  continuidade   à  realização  de  auditorias  à  Assistência  Técnica  dos  

Organismos  Intermédios,  iniciada  em  2010,  com   a  verificação   da  operação  POVT‐16‐0173‐FEDER‐000006   –  

Assistência Técnica INAG, cujo relatório  final  foi emitido no 1º trimestre  de 2011.  

Assim, em 2011, paralelamente à ação de follow‐up  junto da EMGFC anteriormente mencionada, foi rea lizada  

uma auditoria no âmbito da operação POVT‐16‐0173‐FEDER‐000002‐ Assistência Técnica SG‐MAI/EMGFC, com 

o  objetivo  de  confirmar  a   realidade,  regula ridade   e  legalidade  da   mesma,  no  âmbito   do   que   está  

presentemente em curso  o acompanhamento das recomendações expressas. 

De assinalar que a auditoria à assistência técnica da DRPFE,  inicialmente pendente face à baixa execução das  

operações subjacentes, terá  início no 2º trimestre de 2012, tendo por base a verificação das operações POVT‐

16‐0173‐FCOES‐000013  e  POVT‐16‐0173‐FCOES‐000020  ‐  Assistência  Técnica  OI  Açores  2010  e  2011, 

respetivamente.  

Para  o  mesmo   período   está  igualmente  agendada  a  auditoria   à  Assistência  Técnica  do   Instituto  de  

Desenvolvimento  Regional  da  Região  Autónoma  da Madeira  (IDR),  no  âmbito   da  qual   serão  verif icadas  as  

operações  POVT‐16‐0173‐FEDER‐000007,  POVT‐16‐0173‐FEDER‐000008,  POVT‐16‐0173‐FEDER‐000012,  

Assistência Técnica POVT‐Eixo IV re lativa anos 2007/2008, 2009  e 2010, respetivamente.  

No  contexto  do  planeamento  definido  não  está  prevista  a  realização  de  qualquer  auditoria  à  Assistência  

Técnica da Direção Geral do Ordenamento do Território e  Desenvolvimento Urbano, na medida  em que  esta foi  

já  auditada  pela   Estrutura  de  Auditoria   Segregada  do  IFDR,  não   tendo  sido  detetadas  anomalias  e/ou  

irregula ridades  no âmbito  da despesa certificada objeto de auditoria.  

                                                                         19 No âmbito do PREMAC, o  Decreto ‐Lei  n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento  do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território  (DGT). 

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Relatório de Execução |  2011  

 

173 

 

Ações de  verificação no local, no âmbito do cumprimento do artigo 13º b) do Regulamento (CE)  1828/2006  

No âmbito da alínea b) do nº 2 do artigo 13º do Regulamento (CE) 1828/2006  relativo às verificações no  local  

de operações, foram realizadas, em 2011, 13 ações de acompanhamento a operações cofinanciadas pelo POVT.  

Destas  13  ações  de  acompanhamento,  5  foram  realizadas  por  iniciativa  da  Autoridade  de Gestão  do  POVT, 

através  de  recursos  internos  da Unidade  de  Auditoria  Interna  (UAI)  tendo  as  restantes  sido  realizadas  pelos  

Organismos Intermédios do POVT, EMGFC (5) e DRPFE (3), no  exercício das suas competências. 

   

Quadro nº 19 ‐ Ações de verificação no  loca l realizadas em 2011  

Código Operação  Designação Operação  Beneficiário 

Verificação 

efetuada 

por: 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018 Kit Tecnológico nas Escolas Secundárias 

GEPE ‐ Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação   AG ‐ UAI 

POVT‐15‐0439‐FEDER‐000001 Apetrechamento da Faculdade de Ciências da Saúde  Universidade da Beira Interior   AG ‐ UAI 

POVT‐15‐0353‐FEDER‐000015 Campo de Futebol Vilhena de Carvalho em Relva Sintética   Município de Almeida   AG ‐ UAI 

POVT‐15‐0142‐FEDER‐000026 OLA ‐ Operação de Desenvolvimento Urbano ‐ Lousã Acessível 

Câmara Municipal da Lousã  AG ‐ UAI 

POVT‐15‐0353‐FEDER‐000026 Recuperação e Readaptação do Estádio Municipal de Vinhais  Câmara Municipal de Vinhais  AG ‐ UAI 

POVT‐12‐0435‐FCOES‐000089 Aquisição de viaturas especiais para o GIPS/GNR 

DGIE ‐ Direcção‐Geral de Infraestruturas e Equipamentos  EMGFC 

POVT‐12‐0435‐FCOES‐000088  Equipamento proteção individual de proteção civil 

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete 

EMGFC 

POVT‐12‐0435‐FCOES‐000128 Ampliação do Quartel e Base de apoio logística de B.V.C.Branco 

Câmara Municipal de Castelo Branco  EMGFC 

POVT‐12‐0435‐FCOES‐000105 Construção de Quartel dos Bombeiros Municipais de Abrantes 

Câmara Municipal de Abrantes   EMGFC 

POVT‐12‐0435‐FCOES‐000051 Construção do Novo Quartel de Bombeiros Voluntários de Barrancos 

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Barrancos 

EMGFC 

POVT‐13‐0157‐FCOES‐000001 Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades 

SPRAçores ‐ Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, SA 

DRPFE 

POVT‐13‐0157‐FCOES‐000002 Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta  

Portos dos Açores, SA  DRPFE 

POVT‐13‐0157‐FCOES‐000004  Reordenamento do Porto da Madalena  

Portos dos Açores, SA  DRPFE 

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Relatório de Execução |  2011  

 

174 

 

As  principais  conclusões  no  âmbito  das  ações  de  acompanhamento  acima  identif icadas  referem‐se  à  

composição  e  organização  dos  dossiers   de  operação   criados  pelos  beneficiá rios  das  operações,  face  às  

orientações  descritas  no  manual  de  procedimentos  do  beneficiá rio,  assim  como  à  publicitação  do  

cofinanciamento  e à inventa riação dos equipamentos. 

De referir que, neste  âmbito, se encontram satisfeitas todas as recomendações expressas, com exceção para as  

seguintes situações:  

≈ A  ação  de  acompanhamento  realizada  no  âmbito  da  operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018  –  Kit 

Escolar  nas  Escolas  Secundárias,  decorre  da  ação  realizada  em  2010,  na  qual   tinha  sido  

identif icada  uma  descontinuidade  do  audit  trail  face  à  ausência  de  um  procedimento  de  

inventariação  dos  equipamentos  recebidos  e  de  uma  orientação  uniforme  por  parte  do GEPE  

junto  das  Direções  Regionais  de  Educação  (DRE)  visadas,  e  consequentemente  junto  dos  

diferentes estabelecimentos de ensino. Esta  limitação  inviabilizou a continuação dos trabalhos de  

verificação  neste  contexto,  tendo  à  data  sido  proposto  um  conjunto  de medidas  no  sentido  de  

assegurar a cons istência da pista de auditoria.   

≈ Deste modo,  em  2011,  esta  operação  foi  objeto  de  uma  ação  de  follow  up  para  verificação  do  

cumprimento  das recomendações e da  internalização das medidas propostas, no que se refere  à  

inventariação f ísica e à traçabilidade dos equipamentos adquiridos, bem como sobre as medidas  

de  publicitação  do  cofinanciamento,  tendo‐se  verif icado  a  criação  pelo  beneficiário  de  uma  

plataforma eletrónica de  inventa riação no sentido de garantir a vinculação dos estabelecimentos  

escolares  e  suportar  a  pista   de  auditoria,  subsis tindo  contudo  em  aberto  um  conjunto  de  

recomendações associadas à atualização da referida plataforma e à localização dos equipamentos,  

estando prevista para o segundo  trimestre de 2012 uma nova ação de acompanhamento para a  

verificação do cumprimento  das mesmas. 

≈ No  seguimento  das  ações  de  acompanhamento  às  operações  POVT‐15‐0353‐FEDER‐000015  ‐  

Campo  de  Futebol  Vilhena  de  Carvalho  em  Relva  Sintética  e  POVT‐12‐0435‐FCOES‐000051  ‐  

Construção  do Novo Quartel  de Bombeiros Voluntá rios  de Barrancos foram identificadas despesas  

irregula res  relativas  a  trabalhos, medidos  e  faturados,  não  realizados,  cuja  correção  financeira  

aguarda concretização.  

Seguidamente  apresentam‐se  alguns  indicadores  subjacentes  às  verificações  no  local  realizadas  até  

31.12.2011. De  referir  que,  para  o  cálculo  dos  indicadores,  foi  considerada  a  despesa  efetivamente  

verificada, no que respeita à sua traçabilidade, e a despesa não elegível ou  irregular detetada, na data 

em que se procedeu à sua verificação  física.  

Page 175: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

175 

Total despesa verificada % Despesa 

verificada/Certificada

 Despesa não elegível ou irregular (Fundo)

Montante corrigido (Fundo)

Montante recupe rado (Fundo )

149.932.819,13 11,67% 138.283,25 138.283,25 31.102,61

Verificações no local (Art.13º 2b) realizados até 31.12.2011

 

O  montante   total  de   despesas  não   elegíveis  ou   irregula res  apuradas  nas  verif icações  ao   local,  

realizadas em 2011, foram corrigidos no início de  2012. 

 

Adicionalmente  importa  referir  que   se  encontra  presentemente  em   execução  o   Plano  de   Ações  de  

Acompanhamento de 2010 e de 2011, o qual abrange um total de 100 operações, da quais 44 selecionadas no  

âmbito  do  plano  de  acompanhamento  de  2010  e  um  total  de  56  operações  relativas  ao  plano  de  2011.  As 

verificações serão realizadas por recursos externos, prevendo‐se a emissão dos respetivos relatórios durante o  

segundo semestre  do  2012. 

 

2.7.4.2 Ações de Controlo realizadas  por Entidades Externas  

Tribunal de Contas Europeu   

Na sequência da auditoria realizada  pelo Tribunal de Contas Europeu, no 3ºTrimestre  de 2010, no âmbito  da  

Declaração  de  Fiabilidade  re lativa  ao  exercício  de  2010  (DAS2010‐  Programa  Operacional  Nº  

2007PT16UPO001), procedeu‐se, em 2011, ao acompanhamento do processo  de  contraditório  conducente  à  

emissão  do  relatório  final,  o  qual  ocorreu  no  2º  semestre  do  ano,  estando  presentemente  em  curso  o  

acompanhamento  das recomendações expressas. 

A auditoria teve como objetivo verificar a  legalidade e regularidade das despesas decla radas e reembolsadas no  

Fundo  de  Coesão,  no  âmbito  de   uma  amostra  de  6  operações  do  POVT,  estando  as  principais  conclusões  

refletidas nos quadros seguintes: 

 

Quadro nº 20 ‐ Operações auditadas pelo TCE (DAS 2010) e Observações  Preliminares  

Código Operação  Designação  Beneficiário 

POVT‐12‐0146‐FCOES‐000010 Sistemas Integrados de Saneamento em Alta da SIMARSUL: Barreiro /Moita e Seixal   Simarsul SA  

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Relatório de Execução |  2011  

 

176 

POVT‐14‐0158‐FCOES‐000002  Infraestruturas do porto do Porto Santo  APRAM 

POVT‐12‐0146‐FCOES‐000006 Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Vale do Ave ‐Alargamento do Sistema de Saneamento. 

Águas do Ave SA  

POVT‐11‐0151‐FCOES‐000001  CRIL ‐ Buraca/Pontinha  EP ‐ Estradas de Portugal 

POVT‐11‐0151‐FCOES‐000002 Ligação Ferroviária Sines / Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase) 

REFER – Rede Ferroviária Nacional 

POVT‐13‐0157‐FCOES‐000001 Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades 

SPR Açores 

   

Observações prelim inares   SIMARSUL  APRAM ÁGUAS  DO AVE 

EP  REFER SPR  

Açores  

Análise Custo‐Benefício  (ACB)  ‐ a subvenção aprovada excede o défi ce de financiame nto 

x  x  x  

x  

Especificação de  critérios ilícitos de seleção/adjudicação: utilização da "experiência" como  critério de adjudicação  

x          

Insuficiên cia dos controlos da gestão   x  x  x  x  x  

O concurs o não cumpre integralmente as normas relacionadas com a publicidade e/ou transparência previstas nas diretivas europeias relativas aos contratos públicos (aspetos  formais): ausê ncia de publicação do anúncio de adjudicaçã o  

   x 

     

Especificação de  critérios ilícitos de selecção/adjudicação: utilização da "experiência" como  critério de adjudicação      

x      

O concurs o não cumpre integralmente as normas relacionadas com a publicidade e/ou transparência previstas nas diretivas europeias relativas aos contratos públicos (aspetos  formais): publicação tardia do anúncio de adjudicação  

     x  x 

 

O concurs o não cumpre integralmente as normas relacionadas com a publicidade e/ou transparência previstas nas diretivas europeias relativas aos contratos públicos (aspetos  formais):  falta de transparência do processo de adjudica ção  

       x 

 

Despesas não elegíveis            x 

 

De referir que  foram já rececionadas as conclusões preliminares do  acompanhamento  efetuado pela DG  REGIO  

aos resultados  da auditoria do Tribuna l de  Contas Europeu  no  âmbito da  sua declaração  de f iabilidade  para  

2010, em sede do qual foram encerradas todas as conclusões com exceção das relativas à operação POVT‐13‐

0157‐FCOES‐000001, requerendo as mesmas acompanhamento futuro, a par de uma recomendação dirigida à  

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Relatório de Execução |  2011  

 

177 

Autoridade  de  Gestão  no  sentido  de  verif icar  com  base  numa  amostra,  as  receitas  declaradas  pelos  

beneficiá rios  das  operações  “Subsistema  de  Saneamento   do  Barre iro/Moita  e  do  Seixal”,  “Alargamento  do  

Sistema de Saneamento” e  “Infraestruturas do  porto  do Porto Santo”. 

 

Direção Geral Política  Regional  

Ao  longo  do  ano  de  2011,  a  Direção  Geral  de  Política  Regional  (DGREGIO)  deu  continuidade  à  auditoria  

efetuada  sobre  o  trabalho  da  Autoridade  de  Auditoria,  iniciada  em  2010,  nos  termos  do  artigo  62º  do  

Regulamento (CE) nº 1083/2006,  incidindo na revisão da auditoria da IGF aos sistemas de gestão e controlo do  

POVT. 

A  mencionada  auditoria  teve  como  objetivo  principal  obter  uma  segurança  razoável  de  que  o  trabalho  

realizado pela Autoridade de  Auditoria está conforme com os  requisitos do Regulamento  (CE) Nº 1083/2006 do  

conselho e avaliar o grau de conf iança que os serviços da Comissão devem atribuir aos resultados do trabalho  

da Autoridade de Auditoria apresentados nos relatórios de controlo anuais e nas opiniões anuais transmitidas  

ao abrigo dos pontos (i)  e (ii)  da alínea (d) do artigo  62º do Regulamento  (CE) nº 1083/2006  do  Conselho, sendo  

constituída  por  missões  distintas  tendo  em  vista  a  repetição  das  auditorias  de  operações  efetuadas  pelo  

departamento de auditoria e controlo do IFDR e/ou  por auditores externos ao serviço desta entidade e sob a  

supervisão da Autoridade de  Auditoria. 

Neste contexto, o Rela tório Preliminar relativo à Missão 2009/PT/REGIO/J4/785/5, realizada em Novembro de  

2010, foi rececionado no 1º  trimestre  de 2011, incluindo verificações no âmbito da seguinte operação:  

 

Auditoria da DGREGIO ‐ 2010  

Missão DGREGIO  Operação 

2009/PT/REGIO/J4/785/5 POVT‐14‐0158‐FCOES‐000001 – Ligação em Via 

Expresso ao Porto do Funchal  

No quadro  das conclusões preliminares  identificadas, designadamente no que respeita  ao procedimento para a  

empreitada de “Construção da  l igação em Via Expresso ao Porto do Funchal”, adjudicado à Tecnovia Madeira, 

Sociedade  de   Empreitadas,  SA.,  pelo  valor  de  27.900.000,00€  (acrescido   de  IVA  à  taxa   legal  em   vigor),  a  

Comissão  Europeia  identif icou  a  utilização  de  um  critério  de  adjudicação  não  permitido  à  luz  das Diretivas  

sobre contratação pública, designadamente a consideração do preço  médio na avaliação das propostas. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

178 

A  resposta  da  Autoridade  de Gestão,  em  sede  de  contraditório,  foi  emitida  em  Junho  de  2011,  tendo  sido  

rececionado o re latório f inal de auditoria, em 10 de maio de  2012, estando  o mesmo  em análise.  

No âmbito da mesma auditoria, a DGREGIO realizou, no último trimestre de 2011, uma nova missão,  incluindo  

2 operações do  POVT. 

 

Auditoria da DGREGIO ‐ 2011  

Missão DGREGIO  Operação 

2009/PT/REGIO/J4/785/7 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000037 ‐ Lote 2AC5 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐ Região Norte, Lote 3  

 

O  relatório  preliminar  de  auditoria  foi  igualmente  recentemente  rececionado,  em  24  de  abril  de  2012,  não  

tendo s ido  levantadas questões de particular relevo, estando presentemente em fase de  contraditório.  

 

Autoridade de Auditoria  

No  decurso  do  ano  de  2011,  a  Inspeção  Geral  de  Finanças,  no  desempenho  das  suas  funções  enquanto  

Autoridade de Auditoria, rea lizou  3 ações no quadro  da atividade do  POVT: 

Auditoria aos Sistemas de Informação do  POVT 

 A presente auditoria consistiu na análise do modelo  conceptual e na avaliação da segurança dos Sistemas de  

Informação do  POVT, na sequência da qual  o Relatório  Final foi comunicado a esta Autoridade  de Gestão em 13  

de setembro de 2011, na qual foram  identif icadas as seguintes recomendações que se encontram em fase de  

implementação  pela Autoridade de Gestão.  

Cabe salientar que a decisão de extinção da entidade que presta apoio  informático à Autoridade de gestão do  

POVT – Secretaria‐Geral  do ex‐Ministério Obras Públicas, Transportes e Comunicações – e a concentração  de  

competências  na  nova  Secretaria‐Geral  do Ministério  da  Economia  e  Emprego  nos  levaram  a  equacionar  a  

implementação   de  algumas  das  recomendações  constantes  do  Plano  de  Continuidade  do  Negócio  e  do  

relatório de auditoria em referência após  a concretização desta a lteração  orgânica. 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Quadro nº 21 ‐ Auditoria aos Sistemas de Informação do POVT ‐ Recomendações  

Recomendação 

Preparar  e  iniciar  a  implementação  do  Plano  de  Segurança,  consciencializando  a  Direção  sobre  a  sua 

funcionalidade com: ‐ Introdução do conceito de segurança na visão estratégica  da organização; ‐Divulgação das 

regras básicas de segurança aos funcionários e restantes trabalhadores. 

Com base nos  relatórios da Análise dos Riscos Físicos e Ambientais, Maturidade  (Cobit) e  Impacto no Negócio 

(BIA),  proceder  à  implementação  das  respetivas  recomendações  e  das  melhores  soluções  de  proteção  e 

segurança da informação.  

Conceber e publicar as políticas, normas e procedimentos escritos para a segurança da informação, por exemplo, 

publicar a política de utilização dos ativos de informação (software e hardware) e de tudo o que se relacione com 

a segurança física. 

Nomear, formalmente, um responsável pela segurança dos sistemas de informação. 

Criar e formalizar a nomeação do Conselho de Segurança do Sistema de Informação.  

Implementar a primeira fase do plano global de segurança que inclui os objetivos de análise de risco, a estratégia  

a seguir e o plano de ação.  

Completar e iniciar a implementação de um Plano de Continuidade do Negócio. 

Após a aceitação  formalmente das normas e dos procedimentos escritos de segurança, devem ser promovidas 

ações de sensibilização para todos os trabalhadores da organização. 

Os  responsáveis  pela  segurança  devem  dispor  de  uma  ferramenta  de  gestão  de  risco  que  permita  planear,  

registar, analisar  e acompanhar o  tratamento dos  riscos ao nível da segurança de  informação, da continuidade 

do negócio e da gestão de serviços das tecnologias de informação. 

 

Auditoria de sistemas no domínio da  contratação pública – FEDER  

A Autoridade de  Auditoria realizou, no  2º trimestre do ano, uma auditoria específ ica com  o objetivo de verifica r 

o eficaz funcionamento  do s istema de gestão  e controlo  do POVT no domínio  dos procedimentos adotados pela  

Autoridade  de  Gestão,  ao   nível  das  verificações  no  domínio  da  contratação   pública,  de modo   a  dar  uma  

garantia razoável de que as declarações de despesas apresentadas à CE são corretas e, consequentemente, de  

que as transações subjacentes respeitam a legalidade  e a regularidade.  

Neste  contexto,  as  verificações  realizadas  incidiram  sobre  uma  amostra  final  constituída  por  10  operações,  

abrangendo 15  procedimentos de contratação: 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Quadro nº 22 Auditoria de Sistemas no domínio da Contratação Pública   

Projecto  Beneficiário  Designação do Contrato  Fornecedor  Valor da Adjudicação  

POVT‐11‐0151‐FCOES‐000004 

Rede Ferroviária Nacional ‐ REFER, EPE 

Empreitada de modernização da Estação da Raquete 

NEOPUL  5.991.163,00 

Empreitada com Elaboração de Projeto para a Linha de Sines – Remodelação de 

Sinalização da Estação da Raquete Dimetronic  4.623.621,12 

POVT‐12‐0146‐FCOES‐000070 

Águas de Trás‐os‐Montes e Alto Douro, SA 

Construção das Estações de Tratamento de Águas Residuais do Douro Sul ‐ Lote 2 

CHUPAS E MORRÃO  3.026.178,00 

Prestação de Serviços de Fiscalização, Gestão de Qualidade e Coordenação de Segurança em Obra das Empreitadas das PITAR do Alto Tâmega, Douro Norte e 2ª fase do saneamento do Douro Norte 

Cinclus ‐ Planeamento e Gestão de 

Projetos, S.A.  

538.796,00 

POVT‐12‐0146‐FCOES‐000105 

Instituto da Água 

Prestação de serviços de Investigação e Desenvolvimento do Dominio Agricola para a criação da primeira fase do sistema de 

Previsão e Gestão Secas  

Universidade de Évora   50.000,00 

Aquisição de serviços especializados de apoio à implementação do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água 

(PNUEA), nomeadamente nas operações “Escola Eficiente” e “Divulgação e 

Sensibilização 

Ganheficiência, Consultoria e 

Gestão Financeira e 

Energét ica, Lda.  

74.000,00 

POVT‐12‐0146‐FCOES‐000115 

Município do Pombal 

Empreitada de Construção da Conduta Adutora entre a Mata do Urso e Caxaria  

Oliveiras, S.A.   1.370.931,47 

POVT‐12‐0435‐FCOES‐000092 

Autoridade Nacional de Proteção Civil 

Assessoria Jurídica no processo de aquisição de 95 viaturas operacionais de 

proteção e socorro 

Sérvulo Correia e associados  60.000,00 

POVT‐13‐0157‐FCOES‐000002 

Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A.  

Serviços de planeamento, coordenação e fiscalização da empreitada de 

requalificação e reordenamento da frente marítima da cidade da Horta ‐ 1ª fase 

Norma Açores/Consul

mar Açores/Gabinet

e 118 

404.551,30 

POVT‐11‐0150‐FEDER‐000002 

APDL‐Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA  

Contrato 13/09 Colocação de Material Rochoso do Terminal Multiusos no Molhe 

Sul do Porto de Leixões ‐ Trabalhos complementares  

OBRECOL ‐ Obras e 

Construções, SA 95.524,38 

POVT‐12‐0659‐FEDER‐000001 

ERSUC ‐ Resíduos Sólidos do Centro, SA 

Conceção, construção e fornecimento de uma TMB  EDIFER, SA   70.716.035,00 

Coordenação, controlo e fiscalização da empreitada de construção das TMB 

Consórcio PROMAN, SA e PENGEST, SA  

643.870,00 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018 

Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação 

Aquisição dos bens e serviços necessários ao fornecimento, instalação, manutenção e help‐desk de computadores pessoais para as escolas públicas do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário 

Hewlett‐Packard 

Portugal, LDA 20.770.225,50 

POVT‐16‐0173‐FEDER‐000009 

AG (Assistência Técnica) 

Contrato de aquisição de serviços de consultoria e assistência técnica (PPP) 

Vitor Almeida & Associados, SROC, Lda 

72.500,00 

Contrato para prestação de serviços de higienização e limpeza às instalações do Programa Operacional Valorização do 

Território  

SGL ‐ Sociedade Geral de 

Limpezas, SA 56.314,56 

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Relatório de Execução |  2011  

 

181 

 

Na sequência da  auditoria, e no  que  respeita ao  funcionamento  do Sistema  de Gestão e  Controlo  do  POVT, 

concluiu‐se  que  o  mesmo  se  revela  adequado,  sendo  que  a  generalidade  das  recomendações  respeita  a  

ajustamentos   de melhoria  dos   procedimentos   de  controlo  interno,  encontrando‐se  já  prevista  a  respetiva  

implementação  por parte da Autoridade de Gestão.  

As principais observações de  auditoria respeitam aos aspetos que  seguidamente  se descrevem: 

 

Quadro nº 23 ‐ Auditoria de S istemas no domínio da Contratação Pública ‐  Conclusões  

Conclusões 

Apesar  da  Descrição dos  Sistemas  de  Gestão  e  Controlo  referir  que  todos  os  projetos  serão  objeto  de  uma 

verificação  no  local  durante  a  sua  execução,  observámos  que  o nível  de  tais  verificações  é muito  reduzido. 

Encontra‐se em curso na AG um processo de aquisição de serviços com vista a ultrapassar esta insuficiência. 

A  organização  documental  necessária  para  seguir  a   pista  de  auditoria  revelou  fragilidades,  decorrentes  da 

dispersão  dos  documentos,  bem  como  da  falta  de  identificação  da  sua  localização.  A  AG  referiu  que  este 

problema será solucionado a curto prazo mediante a  operacionalização no Sistema de Informação do módulo de 

gestão documental;   

O Sistema  de  Informação do Programa não obstante as melhorias implementadas quanto à informação ao nível  

dos contratos públicos de cada projeto, ainda não permite a extração direta dos dados sobre os procedimentos 

de contratação  registados, aspeto que a AG prevê  resolver em Outubro próximo, com a entrada em exploração 

do módulo Business Intelligence.  

Ao  nível  da  legalidade  e  regularidade  das  operações  auditadas,  apesar  de  não  terem  sido  detetadas 

irregularidades  de  montante  significativo,  a  AG  deverá  manter  procedimentos  que  assegurem  junto  dos 

beneficiários a aplicação de princípios de boa gestão  financeira,  tendentes a  limitar o  recurso a ajustes diretos 

por consulta a uma única entidade.  

Na  operação  POVT‐07‐0150‐FEDER‐000002  foi  detetada  uma  despesa  não  elegível,  no  valor  de  €13.240,80, 

relativa  a  trabalhos  a  mais,  que  correspondeu  a  uma  situação  pontual  decorrente  de  um  lapso  nos 

procedimentos de gestão. A AG já iniciou o processo para a correção da situação.   

 

Auditoria à Missão da DGREGIO (2009PTREGIOJ4785_3)  sobre  o  trabalho realizado nos  termos do artigo 62º do  

Regulamento (CE) nº 1083/2006, do Conselho. Revisão da auditoria da IGF ao sistema de gestão e controlo do  

POVT. (Parque Escolar‐  Lote3)    

No seguimento da Missão 2009/PT/REGIO/J4/785/3, realizada no 1º semestre de 2010, a DGREGIO solicitou à  

Inspeção Geral de Finanças (IGF), no desempenho das funções enquanto Autoridade de Auditoria, a análise de 

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Relatório de Execução |  2011  

 

182 

um procedimento de contratação por negociação sem publicação  prévia de anúncio, adotado no  contexto da  

operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 ‐ Modernização e  Requalificação  de Escolas com  Ensino  Secundário  ‐  

Região Norte, Lote 3, no  sentido de obter uma opinião sobre  a respetiva legalidade.  

Em resposta à recomendação da DGREGIO, a IGF procedeu a uma auditoria no âmbito da referida operação na  

sequência  da  qual  concluiu  pelo  incumprimento  de  alguns  princípios  fundamentais  que  regem  a matéria  da 

contratação  pública,  quer  a  nível  nacional,  quer  comunitário  (v.g.  princípios  da  publicidade,  transparência,  

concorrência e  igualdade de tratamento operadores económicos), determinando a aplicação de uma correção  

financeira de 25%  sobre o montante das despesas aceites no âmbito do contrato em apreço.  

De  referir  que  a  conclusão  identif icada  relativamente  ao  procedimento  de  contratação  por  negociação  sem  

publicação prévia de anúncio analisado  no contexto da  operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 é extensível a  

outros procedimentos desencadeados pelo  beneficiário (Parque Escolar, EPE), designadamente nas operações  

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐  Região do  

Alentejo,  Lote  1   e  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000002   ‐Modernização  e  Requalificação   de  Escolas  com   Ensino  

Secundário  ‐ Região  do  Alentejo, Lote  2, sendo que as respetivas correções financeiras foram  já efetuadas.  

Por último  importa referir que no cumprimento das funções que  lhe estão cometidas, enquanto Autoridade de  

Auditoria,  a  IGF  procedeu  à  elaboração  do  relatório  anual  de  controlo  e  à  emissão  de  parecer  (Anexo  XVII) 

quanto  a eficácia do  funcionamento dos sistemas de gestão e  controlo, nos termos do n.º1, alínea d), subalínea  

ii),  do  artigo  62º  do  regulamento  (CE)  n.º1083/2006  e  do  n.º2  do  artigo  18.º  do  regulamento  (CE)  nº  

1828/2006, no sentido de assegurar que as declarações de despesas apresentadas à Comissão são corretas e, 

consequentemente, de que as transações subjacentes respeitam a  legalidade e a  regularidade.  

No âmbito das conclusões retiradas a Autoridade de Auditoria declarou  que os  procedimentos desenvolvidos  

no âmbito do sistema comum 2 (POVT e PO Assistência Técnica) respeitam a descrição dos sistemas de gestão  

e  controlo  enviadas  oportunamente  à  CE,  pelo  que,  embora  carecendo  de  melhorias,  funcionam  e  

salvaguardam  o  cumprimento  dos  requisitos  aplicáveis,  estimando  um  erro  provável  na  ordem  dos  1,57%,  

abaixo do limiar da materialidade de 2% definido. 

 

Estrutura de  Auditoria Segregada (EAS)/IFDR  

No âmbito do estabelecido nos artigos 20º e 22º do DL nº312/2007 de 17 de Setembro republicado pelo DL nº  

74/2008 de 22 de Abril e alterado pelo DL nº 99/2009 de 28  de Abril, a Estrutura  de Auditoria Segregada do  

IFDR realizou, em  2011, uma Auditoria a  68 operações  cof inanciada  pelo  POVT para verificação  da regularidade  

e legalidade das despesas certificadas à Comissão  Europeia no período de 01‐01‐2010 a 31‐12‐2010.  

Page 183: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

183 

O relatório fina l de auditoria, remetido à Autoridade de Gestão em Fevereiro  de 2012, formulou as seguintes  

recomendações: 

Quadro nº 24 ‐ Principa is recomendações  da auditoria da Estrutura de auditoria  Segregada/IFDR 

PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES SOBRE AS OPERAÇÕES AUDITADAS  

O  montante  global  de  correções  financeiras,  relativo  às  operações  da  amostra  com  incidência  neste  PO,  

nomeadamente  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001;  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000002;  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003; 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000004; POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018, ascende a 18.597.214,79€ ao qual corresponde uma  

comparticipação FEDER de 15.807.413,65€. 

Importa destacar que, do montante global de correções financeiras apuradas na presente auditoria, foi já refletida,  

no pedido de certificação de despesa n.º 12/2011, de 15 de Novembro, a  regularização de 18.596.120,25€, nos 

termos acima explicitados.  

OBSERVAÇÕES COM INCIDÊNC IA NOS SISTEMAS DE GESTÃO E CONTROLO  

Nos casos relativos a adiantamentos contra‐fatura, as correspondentes regularizações (apresentação à Autoridade 

de  Gestão  dos  comprovativos  do  pagamento  integral  das  despesas  incluídas  nos  respetivos  adiantamentos), 

deverão processar‐se de acordo com as condições constantes dos contratos de  financiamento celebrados para o 

efeito em causa, desde que consentâneas ou mais  restritivas que as estabelecidas nos Regulamentos Específicos 

e/ou no Regulamento Geral FEDER e do Fundo de Coesão, aplicáveis nesse âmbito.  

Ainda  relativamente  às  condições  de  adiantamentos  contra‐fatura,  quando  não  se  verifiquem  as  situações 

acima  descritas,  deverá  ser  supletivamente  observado  o  disposto  mais  restritivo  inscrito  no  Regulamentos 

Específicos aplicável e/ou no Regulamento Geral FEDER e do Fundo de Coesão. 

Neste  contexto,  refere‐se  que,  no  âmbito  das  operações  POVT‐12‐0233‐FCOES‐000001,  POVT‐12‐0435‐FCOES‐

000001,  POVT‐12‐0435‐FCOES‐000089,  POVT‐15‐0245‐FEDER‐00018,  foram  detetadas  situações  em  que não  foi 

cumprido o prazo máximo para a apresentação à Autoridade de Gestão dos comprovativos do pagamento integral  

das  despesas  incluídas  nos  respetivos  adiantamentos,  fixado  nos  respetivos  contratos  de  financiamento 

celebrados.   

A  este  propósito,  relevando  as  alegações  sobre  esta  problemática,  proferidas  pela  Autoridade  de  Gestão,  no  

exercício do contraditório, em particular as referentes às operações POVT‐12‐0435‐FCOES‐000001, POVT‐12‐0435‐

FCOES‐000089  (vertidas nos  respetivos Anexo  I), consideramos que a Autoridade de Gestão deverá diligenciar no 

sentido dos procedimentos de análise refleti rem o acima exposto. 

 

Page 184: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

184 

De referir que a Autoridade de Gestão deste Programa e os beneficiá rios  das operações auditadas no âmbito  

da mencionada auditoria, têm procedido  à adoção das correções e  recomendações  propostas pela Estrutura de  

Auditoria Segregada do IFDR.  

No que respeita às correções financeiras propostas pela Estrutura de Auditoria Segregada às operações POVT‐

15‐0245‐FEDER‐000001;  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000002;  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003;  POVT‐15‐0245‐FEDER‐

000004  da  Parque  Escolar,EPE  e  à  operação  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018‐  Kit  Tecnológico  nas  Escolas  

Secundárias,  estas  foram  regula rizadas  já  em  2012,  encontrando‐se  por  recuperar  um montante  parcial  da  

dívida, 7.031,28€, correspondente à operação POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001, para o qual  já foram  iniciados os  

procedimentos de recuperação.  

 

Autoridade de Certificação   

Em  2011,  a  Autoridade  de  Certificação  não  realizou  qualquer  auditoria/verificação  na  AG  relativamente  ao  

envio das respetivas decla rações de  despesas apresentadas pelo  POVT e pedido de  pagamento Intermédio à  

Comissão Europeia.  

Contudo,  no   âmbito  do  processo  de   certif icação  de  despesas,  foram  considerados  pela  Autoridade  de  

Certif icação  os  resultados da Auditoria  da Estrutura de  Auditoria Segregada às operações cofinanciadas pelo  

POVT e os resultados das ações de acompanhamento realizadas pela Autoridade de Gestão.  

Assim,  não  foi  considerada,  para  efeitos  de  certif icação,  um  montante  total  de  despesa  FEDER  de  €  

60.178.302,30€, dos quais 48.602.134,79€ respeitam a operações a transitar para os Programas Operacionais  

Regionais, e um  montante  total  de despesa de Fundo de  Coesão  de 938.924,66€, conforme  discriminado no  

quadro  abaixo:  

 

Quadro nº 25 Despesa retirada pela  Autoridade de  Certificação como medida preventiva 

FEDER  

Controlo/Auditoria  Código Operação Medida 

Preventiva_AC  

IFDR/UC/NFFC  POVT‐15‐0598‐FEDER‐000001‐ Iniciativa JESSICA   5.324.034,06€ 

EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009 

POVT‐16‐0173‐FEDER‐000001‐ Assistência Técnica POVT 2007/2008 

5.254,50€ 

EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009 

POVT‐16‐0173‐FEDER‐000004‐ Assistência Técnica POVT 2009 

5.040,73€ 

EAS IFDR – Auditoria despesa  POVT‐15‐0245‐FEDER‐000001‐ Modernização e requalificação de escolas com ensino secundário ‐ 

24.364,09€ 

Page 185: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

185 

certificada 2010  região do Alentejo, Lote 1 

EAS IFDR – Auditoria despesa 

certificada 2010 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000003 ‐ Modernização e requalificação de escolas com ensino secundário ‐ 

Regiões Norte, lote 3  85.277,26€ 

EAS IFDR – Auditoria despesa 

certificada 2010 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000004 ‐ Modernização e Requalificação de Escolas com Ensino Secundário ‐ 

Região Norte e Centro ‐ Lote 4 1.266.012,57€ 

EAS IFDR – Auditoria despesa certificada 2010 

POVT‐15‐0245‐FEDER‐000018 ‐ Kit Tecnológico nas Escolas Secundárias  1094,54€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000001‐ Recuperação Geral das instalações da Escola básica de João de Meira 

4.865.089,76€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000002‐ Requalificação da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Nuno Alvares 

Pereira  

5.284.168,74€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000003 ‐ Substituição parcial das instalações da Escola Básica de Diogo Cão 

754.446,85€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000004 ‐ Recuperação geral das instalações da Escola Básica de Leça da Palmeira  

3.789.614,55€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000005‐ Recuperação geral das instalações da Escola Básica de Matosinhos 

4.150.504,40€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000007 ‐ Substituição parcial das instalações da Escola Básica de Soares dos Reis 

770.832,38€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000008‐ Construção de nova Escola Básica em S. João da Madeira  

5.344.158,87€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000009 ‐ Requalificação e Ampliação da Escola Básica de Paços de Brandão 

1.192.254,47€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000010 ‐ Requalificação Global da EB 2/3 e Secundária de S. Martinho do Porto 

122.518,92€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000011 ‐ Criação da Escola Básica de Freamunde 

3.243.656,98€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000012‐ Requalificação da Escola EB 2,3 D. Miguel de Almeida  

3.132.527,73€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000013 ‐ Recuperação parcial das Instalações da Escola Básica de Rosa Ramalho 

588.193,66€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000014 ‐ Ampliação da Escola Básica de Lanheses 

1.037.701,31€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000015 ‐ Substituição Integral da Escola Básica de S. Tomé de Negrelos 

3.972.653,00€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000016 ‐ Construção da Escola Básica de Nogueira  

4.099.935,68€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000020‐ Requalificação da Escola EB2,3 Dr. Chora Barroso 

14.091,56€ 

Operações a transitar para outros PO  POVT‐15‐0797‐FEDER‐000021 ‐ Substituição Integral  3.803.463,40€ 

Page 186: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

186 

no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

das Instalações da Escola Básica de Baltar 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000022 ‐ Substituição Integral das Instalações da Escola Básica de Cabeceiras de 

Basto 

3.972.858,51€ 

Operações a transitar para outros PO no âmbito da reprogramação do PO VT ‐ FEDER  

POVT‐15‐0797‐FEDER‐000023 – Escola Básica de Felgueiras 

3.328.553,78€ 

Total   60.168.007,07€ Fundo de Coesão 

Controlo/Auditoria  Código Operação  Medida Preventiva_AC  

EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009 

POVT‐12‐0146‐FCOES‐000008‐ Sistema Multi‐Municipal de Saneamento da Ria de Aveiro  

4.741,88€ 

EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009 

POVT‐12‐0233‐FCOES‐000001‐ Alimentação artificial das praias da Costa da Caparica de S.João da Caparica   2.994,90€ 

Ação de Acompanhamento 2009 POVT‐12‐0233‐FCOES‐000004‐ Defesa Aderente do 

Bairro de Silvade ‐ Espinho  88,15€ 

Ação de acompanhamento 2009 POVT‐12‐0233‐FCOES‐000005‐ Requalificação 

Ambiental da Praia de Melides Grândola  22.381,36€ 

EAS IFDR‐ Auditoria Despesa certificada 2009 

POVT‐14‐0158‐FCOES‐000002‐ Infra‐estruturas do Porto de Porto Santo  263.461,64 

Ação Acompanhamento EMGFC 2011 POVT‐12‐0435‐FCOES‐000051‐ Construção do novo quartel de bombeiros voluntários de Barrancos  645.256,73 

Total   938.924,66€ 

 

 

No que se refere  à suspensão de  despesas no âmbito  da auditoria da Estrutura de  Auditoria Segregada do  IFDR 

às  despesas  certif icadas  em  2009,  estas  decorrem  de  correções  financeiras  com  as  qua is  a  Autoridade  de  

Gestão  não  concorda  pelo  que  ainda  não  se  procedeu  à  sua  regularização. Neste  contexto,  foi  colocada  à  

consideração do  IFDR, o cabal escla recimento  destas situações de molde a se  proceder ao   levantamento  das  

mesmas, tendo sido  recentemente  agendada uma reunião  para encerramento  das questões. 

Quanto  às  despesas  suspensas  por  recomendações  de  ações  de  acompanhamento  do  POVT  de  2009,  estas 

serão regula rizadas aquando do encerramento das respetivas operações.  

Por último, no que se refere aos restantes controlos/auditorias, que originaram a suspensão de  despesas, estão  

em curso  os trabalhos de regularização. 

 

   

Page 187: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

187 

3. EXECUÇÃO POR EIXO PRIORITÁRIO  

Os Indicadores de Eixo apresentados neste ponto e nos pontos seguintes estão de acordo com  os Indicadores  

de eixo atualmente em vigor, de acordo com o texto do POVT, após a aprovação da reprogramação técnica do  

Programa pela Comissão Europeia, através da Decisão C (2011) 9334, de 09 de Dezembro, no âmbito da qual  

foram  revistos  os  indicadores  e  algumas metas,  adequando  ambos  às  alterações  introduzidas  no  âmbito  da  

reprog ramação e à fase de  evolução do Programa. 

Alguns  dos  indicadores  agora  introduzidos,  refletem  a  evolução  no  que  respeita  à  sua  realização  em  anos  

anteriores, dado  que  no  âmbito da  referida revisão dos  Indicadores  de eixo, apenas se  procedeu  à alteração  da  

sua designação. Essas situações estão devidamente assinaladas. 

Relativamente  às  alterações  introduz idas  nos  Core  Indicators,  já  foram  devidamente  explicitadas  no  ponto  

2.1.1. 

Do  formato  indicado  para  apresentação  das  tabelas  relativas  aos  indicadores,  optámos  por  retirar  a  coluna  

relativa ao ano 2007, que  não apresenta quaisquer valores  de realização  contratada ou executada e a coluna  

relativa ao “Total”, dado  que os valores apresentados reportados a 2011  são valores acumulados. 

Ainda de forma transversal ao Eixo e tal como  já havia sublinhado no Relatório de Execução de 2010, sendo a  

igualdade de oportunidades entre mulheres e homens uma prioridade horizontal a todos os Eixos Prioritários  

do  Programa,  esta  não  assume  a  mesma  expressão  em  todos  eles,  nem  poderia,  dada  a  natureza  das  

intervenções  financiadas  nos  diferentes  Eixos,  que  na maior  parte  dos  casos  apenas  permite  um  contributo  

indireto   para  esse  desígnio   ou,  dito  de  outra  forma,  apenas  permite  reforça r  as  condições  de   base  à  

implementação  de  políticas  ativas  de  promoção  da  igualdade  de  género,  nomeadamente  no  acesso  a  bens, 

serviços e equipamentos coletivos.  

 

   

Page 188: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

188 

3.1  Eixo  Prioritário  I  –  Rede  e  Equipamentos  Estruturantes Nacionais  de  Transportes  e  

Mobilidade Sustentável (FC) 

3.1.1 Cumprimento de metas e  análise de  progressos 

 

A  tabela  seguinte  apresenta,  com  base  no  conjunto  de  Indicadores  de  Eixo  e  ainda  de  Indicadores  Comuns  

Comunitários aplicáveis, os principais  resultados alcançados até ao f inal de  2011. 

 

Tabela 3.1.: Realização Física do Eixo Prioritário 1 

  Indicadores  2008  2009  2010  2011  2015 

Indicadores Eixo (alínea c)  do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 

1. Km de Ferrovia construída/beneficiada em  bitola europeia 

Realização Contratada           

Realização Executada           Meta          89 

Valor de Referência          

2. Tempo de percurso Lisboa‐Madrid ( ligação direta) 

Realização Contratada           Realização Executada           Metas          3:49 Valor de Referência / Situação de Partida           

3. Km de Ferrovia construida/beneficiada em  bitola ibérica  

Realização Contratada    29  37,28  111,28   Realização Executada        46,28   Metas      40    193 Valor de Referência / Situação de Partida           

4. Km de Ferrovia eletrif icada 

Realização Contratada  29  37,28  102,28 

Realização Executada  37,28 

Metas  75  105 Valor de Referência / Situação de Partida           

5. Km de Ferrovia construída/beneficiada relativa a transportes  urbanos limpos  

Realização Contratada          

Realização Executada          

Metas         8 

Valor de Referência / Situação de Partida           

6. Mercadorias Transportadas 

Realização Contratada    1.200.000  2.100.000  2.574.000   Realização Executada        185.250   Metas          4.300.000 Valor de Referência / Situação de Partida           

7. Km de Rede Viária construída/beneficiada/retif icada em  perfil auto‐estrada inserida nas RTE‐T 

Realização Contratada  4,42  4,42  4,42 

Realização Executada  3,65 

Metas  3  137 Valor de Referência / Situação de Partida           

Page 189: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

189 

8. Ganhos em tempo de percursos nos troços intervencionados do IP4 (em  minutos):   Porto‐Bragança Lisboa‐Bragança Guarda‐Bragança 

Realização Contratada           Realização Executada           

Meta         

50 35 45 

Valor de Referência          

9. Ganhos em tempo de percurso com  o fecho da CRIL (em  minutos):   Buraca‐Pontinha Algés‐Loures Ponte Vascoda Gama‐A5 Parque das Nações‐Centro 

Realização Contratada      

10 4 3 4 

 

Realização Executada      

10 4 3 4 

 

Meta        

10 4 3 4 

Valor de Referência          

10. Nº de Projetos apoiados que visam  o reforço das acessibilidades e a requalificação de Portos 

Realização Contratada  4  4  7 

Realização Executada  3 

Meta  2  6 

Valor de Referência           Indicadores Comuns Comunitários (core indicators) 

Transportes 13. Nº de Projectos (Transportes) 

Realização Contratada 

1  6  8  12  

Realização Executada        6   

Transportes  14. Nº de Km de  Novas Estradas 

Realização Contratada 

2,35  8,77  8,77  8,77  

Realização Executada       

3,65  

Transportes 15. Nº de Km de Novas Estradas nas RTE 

Realização Contratada    ‐  ‐  4,42   

Realização Executada       

3,65  

Transportes 16. Nº de Km de  Estradas Reconstruídas 

Realização Contratada 

‐  ‐  ‐  _  

Realização Executada       

‐  

Transportes  17. Nº de Km  de Novas Ferrovias 

Realização Contratada   

29  29  38  

Realização Executada        38   

Transportes 18. Nº de Km de Novas  Ferrovias nas RTE 

Realização Contratada   

29  29  38  

Realização Executada        38   

Transportes 19. Nº de Km de  Ferrovias reconstruídas 

Realização Contratada     

8,28  73,28  

Realização Executada        8,28   

Transportes  20. Valor (em euros/ano) dos 

Realização Contratada   

n.d  n.d  n.d  

Page 190: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

190 

ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projectos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros)  

Realização Executada           

Transportes 

21. Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projectos de construção e reconstrução de ferrovias (mercadorias e passageiros)  

Realização Contratada   

n.d  n.d  n.d  

Realização Executada       

‐  

Transportes 

22. Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos  

Realização Contratada       

‐  

Realização Executada         ‐   

Alterações Climáticas  

30. Redução de emissões de gases com efeito de estufa (CO2 equivalentes Kt) 

Realização Contratada 

   n.d  n.d  n.d  

Realização Executada            

Competitividade das Cidades 

40. Nº de projetos que visam estimular a atividade empresarial, o empreendedorismo e a utilização das novas tecnologias  

Realização Contratada 

   n.d.  n.d.  n.d.  

Realização Executada 

         

Nota: as realizações relativas aos anos 2009 e 2010 assinaladas a sombreado, resultam de correções efetuadas à informação reportada nos  

anos anteriores e justificadas no ponto 2.1.1 deste relatório. 

 

3.1.2 Análise qualitativa 

Por decisão da Comissão Diretiva de 22 de dezembro de 2011, baseada numa análise efetuada por operação,  

transita ram do (anterior) Eixo VII para o Eixo I todas as operações apresentadas e aprovadas naquele Eixo, nos  

termos  da reprogramação aprovado em  9 de  dezembro e  de acordo  como artigo  36º  do  Regulamento  Geral  

FEDER e Fundo de Coesão aprovado pela CMC do QREN em 21 de dezembro de  2011. Assim, a análise deste  

Eixo reflete a evolução verificada nos antigos Eixos I e VII. 

Durante o ano de 2011, para além do Aviso relativo ao período de apresentação de candidaturas em contínuo,  

ao abrigo do antigo Eixo 1 (tipologia relativa à Redes e Equipamentos Nacionais de Transportes), foi aberto em  

2011 um Aviso para apresentação de candidaturas relativas às Infraestruturas para a Conectividade Territorial  

(Aviso POVT‐50‐2011‐43). Ao abrigo deste Aviso, verificou‐se a apresentação  de uma candidatura na tipologia  

relativa  às  infraestruturas  portuárias  ‐  Melhoria  das  acessibilidades  marítimas  do  Porto  de  Aveiro:  

prolongamento em 200m do molhe norte, da responsabilidade da Adminis tração  do Porto  de Aveiro, SA, com 

um valor de  Fundo  de Coesão solicitado de  18 milhões de  euros. 

Page 191: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

191 

Para além desta  operação, foram  aprovadas em 2011 3  outras operações  que tinham s ido  apresentadas em  

2010: 2ª Fase de Ampliação do Molhe Leste do Porto de Sines, Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro  

e Ligação  Ferroviária Sines/Elvas  (Espanha) III: Modernização do  troço Bombel e Vidigal a  Évora. 

Assim, para o montante  total  de Fundo comprometido com projetos aprovados (663  milhões de euros), que  

representa cerca de 55,3% do total de Fundo de Coesão programado no novo Eixo I, foram aprovadas durante  

o ano de  2011 operações  que contribuíram  em cerca de 106  milhões de euros  para aquele valor.  

 

Quadro nº 26 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo I 

 

Considerando, no conjunto  dos  Avisos de Abertura acima  assinalados, um  nível de procura de  1.138 milhões de  

euros de  financiamento, os  valores de  aprovação  registados  no f inal de  2011 correspondiam a cerca de 58%  

daquele valor.  

Este  nível  de  compromisso  prende‐se  com  algumas  dificuldades  que  ainda  existiam  no  final  de  2011  

relativamente às condições de aprovação de algumas das candidaturas apresentadas, nomeadamente no que  

respeita  à  Ligação  Ferroviária  Convencional  Sines  /  Elvas  (Espanha)  IV:  Sub‐troço  Évora‐Caia,  incluída  no  

concurso público re lativo à PPP1 (em conjunto  do troço  Poceirão‐Caia da Alta Velocidade) e que aguardava o  

visto  do  Tribunal  de  Contas,  bem  como  as  candidaturas  relativas  à  Linha  do  Minho:  Variante  Trofa  e  a 

Autoestrada  Transmontana,  em  relação  às  quais  decorria  o  processo  de  revisão  dos  estudos  económico‐

financeiros e as ACB, não estando ainda em condições de aprovação. Estas 3 candidaturas envolvem um valor 

Fundo solicitado de  371 milhões de euros. 

Relativamente  ao   avanço  do  nível  de   execução  financeira  do   Eixo,  verifica‐se   uma  taxa  de   cerca   de  17%  

relativamente  ao Fundo programado  e uma taxa  de realização  de 31%, quando considerado  o montante Fundo  

das operações  aprovadas. 

Para  a  baixa  taxa  de  execução   financeira  do  Eixo   I  contribui  essencialmente  o  fato  da  operação  aprovada  

relativa  ao  troço  Poceirão‐Évora  da  Alta  Velocidade  não  ter  qualquer  execução,  em  resultado  da  opção  de  

adiamento da decisão quanto  à Alta  Velocidade para um  prazo  não  especif icado, que só  ficou clarificado  com  a  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-51-2007-05 21-Dez-07 1.552.965.525 9 867.721.498 6 595.176.877 186.557.941 188.630.498 38% 12% 31%

POVT-50-2007-02 21-Dez-07 270.000.000 12 252.850.667 7 49.624.902 19.998.142 19.864.506 18% 7% 40%

POVT-50-2011-43 06-Jun-11 26.000.000 1 18.279.901 1 18.279.901 0 0 70% 0% 0%

Total 22 1.138.852.066 14 663.081.680 206.556.083 208.495.004 31%

Aviso Eixo IDotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

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Relatório de Execução |  2011  

 

192 

não concessão de visto ao contrato  da PPP1  por parte do  Tribunal  de Contas, o que só veio  a acontecer em  

março de  2012.   

Na nível da execução fís ica, a evolução do E ixo I, conforme apresentado  na tabela 3.1, reflete para além dos  

efeitos  da  reprog ramação  técnica  do  POVT,  com  a  passagem  das  elegibilidades  do  antigo  Eixo  VII  ‐ 

Infraestruturas para a Conectividade Territorial para o Eixo I, os ajustamentos  introduz idos que decorreram da  

clarificação de alguns aspetos relacionados com os core  indicators e o seu conteúdo, e a consequente correção  

dos valores reportados re lativamente à realização  contratada  reportada em rela tórios anteriores, relativa aos  

anos  2008,  2009   e  2010.  Estes   ajustamentos  prendem ‐se  essencialmente  com  a   definição  das  estradas  e  

ferrovias apoiadas e a reflexão feita sobre as mesmas, em termos de  integração nas Redes Transeuropeias de  

Transportes (RTE). A avaliação desta questão foi efetuada no  âmbito  da transição de operações que  antes eram  

financiadas no Eixo VII, através do FEDER, para o Eixo I, Fundo de Coesão. A este propósito, ver o Ponto 2.1.1 – 

Realização  física deste  Relatório. 

Também os core indicators 17, 18 e  19, sofreram ajustamentos na  realização  contratada face  a 2010, dado que  

as  operações  Ramal   de  Ligação  Ferroviária   ao  Porto   de  Aveiro  (9  Km)  e  Ligação  Ferroviária  Sines  –  Elvas  

(Espanha) I – Variante de Alcácer (2ª  Fase (29 Km)), dizem  respeito  a nova ferrovia construída (indicadores 17  e  

18)  e  as  operações  Ligação  Ferroviária  Sines/Elvas  (Espanha)  II:  Estação  da  Raquete  em  Sines  (8,28  Km)  e  

Ligação Ferroviária  Sines/Elvas (Espanha) III: Modernização do troço Bombel e Vidigal a Évora (65 Km) dizem  

respeito a ferrovia reconstruída. 

O progresso do Eixo I durante o  ano 2011 é  realçado pela  realização executada dos  indicadores, expressa na  

Tabela 3.1. 

Deste modo, o contributo das operações Ligação Ferroviária Sines – Elvas (Espanha) I – Variante de Alcácer (2ª 

Fase), Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da  Raquete em Sines e Ramal  de Ligação Ferroviária  

ao porto de  Aveiro, contribuem decisivamente  para a  execução dos indicadores relativos à ferrovia, estando no  

final de  2011, cerca de  46 Km  de Ferrovia construída/beneficiada em bitola ibérica, dos qua is 38 km se  referem  

a via construída e 8Km a via ferroviária reconstruída ‐ Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) II: Estação da  

Raquete  em  Sines. Dos  46   km  de  linha   férrea  referidos   foram  eletrificados  37   km  nas  operações  Ligação  

Ferroviária Sines – Elvas (Espanha) I – Variante de Alcácer (2ª Fase e, Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha)  

II: Estação da Raquete em Sines).  

No que se refere ao  indicador “Mercadorias transportadas”, no  ano de 2011  foram atingidas 185.250 toneladas  

das  474.000  toneladas/ano  de mercadorias  que  é  expectável  vir  a  ser  transportado  com  origem/destino  no  

Porto  de  Aveiro  com  a  conclusão  desta  infraestrutura,  fundamental  para melhorar  a  atratividade  de  novos  

fluxos  de mercadorias por  parte  do  transporte ferroviá rio  e para  a sua  integração  em cadeias de  transporte  

intermodais. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

193 

No que  respeita  à Ligação  Ferroviária Sines‐E lvas, como ainda não  se encontram concluídos  todos  os troços  

previstos, não se considera que a  linha esteja operacional não existindo portanto condições para se atingirem  

os resultados previstos no que respeita ao  volume de  mercadorias transportadas. 

Relativamente  à  rodovia,  destaca‐se  neste  Eixo  o  reflexo  da  conclusão  da  ligação  Buraca/Pontinha  da  CRIL,  

inaugurada  em   Abril  de   2011  e   que   sendo   um  troço  relativamente   pequeno  (3,65  Km),  tem  um   impacte  

positivo muito  assinalável na circulação na Área Metropolitana  de Lisboa e que é  demonstrado  pelos ganhos  

em  tempo  de  percurso  com  o  fecho  da  CRIL  (indicador  9)  ref letidos  na  tabela  3.1. No  entanto,  apesar  da  

conclusão daquele troço, a operação ainda não se encontra totalmente concretizada, faltando o troço do IC 16 

entre  o  Nó  da  Pontinha  e  a  Rotunda  de  Benfica,  numa  extensão  de  cerca  de  770  metros.  A  realização  

contratada  do  indicador  7  do  Eixo  Prioritá rio  (Km  de  rede  viária  construída/beneficiada/retif icada  em  perfil  

autoestrada  inserido  nas RTE‐T20), traduz o  facto  de só  estar aprovada a CRIL e de ainda não  ter sido aprovada a 

candidatura re lativa à Autoestrada Transmontana (IP4). 

No que  respeita ao core  indicator 20, dado que a metodologia de cálculo ainda não se encontra estabilizada,  

está referenciado  como  n.d., tendo s ido  igualmente retificado  o reporte fe ito em  relação aos anos  2009 e 2010. 

O  impacte  do  investimento  em  operações  rela tivas  a  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  Nacionais  de  

Transportes e Mobilidade Sustentável (Fundo de Coesão)  reflete‐se de forma  indireta na questão da  igualdade  

de oportunidades entre  homens  e mulheres. 

As operações  incluídas no Eixo I são grandes empreitadas de  infraestruturas rodo e ferroviárias e empreitadas  

de  infraestruturas  incluídas em grandes  investimentos de melhorias  logísticas e abertura dos portos ao tráfego  

internaciona l.  Esta  área  de  atuação  é  tradicionalmente  masculina  e  a  participação  feminina  é  reduzida,  

sobretudo  ao  nível  da mão‐de‐obra  não  especializada.  A  nível  de  técnicos  superiores  a  situação  tem‐se,  no  

entanto, invertido verif icando‐se, cada vez mais, um maior número de  licenciadas em engenharias. 

No entanto, estes   investimentos em   infraestruturas com vista  ao transporte  de ca rga têm efeitos diretos no  

transporte  de passageiros. Uma  das consequências  imediatas é  a diminuição  dos  tempos  de deslocação com  

consequente aumento  da mobilidade. Uma vez que as mulheres são as  principais utilizadoras  do  transporte  

público são também as principais beneficiadas neste tipo de  investimento que dá um grande contributo para a  

conciliação entre  o trabalho e a vida familiar.  

 

                                                                         20 Contribui também para o indicador comum nacional VT‐ICN‐Tri‐009,  como se pode ver no anexo I a este relatório. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

194 

Neste Eixo e como exemplo de  Boas Práticas  na aplicação do f inanciamento  comunitário, no  

caso Fundo de Coesão, destacamos três operações:  

CRIL: Buraca/Pontinha  da responsabilidade  da Estradas de Portugal, SA  

Custo Total: 187.416.548€  

Financiamento Comunitário: 95.772.660€  

 

Um  ano  depois  da  sua  conclusão,  confirmam‐se  a  principais  previsões  no  que  respeita  aos  

benefícios que o funcionamento da CRIL, em toda a sua extensão, veio trazer à mobilidade na  

Grande Lisboa. O troço entre a  Buraca e a Pontinha  regista um  tráfego médio  da ordem  dos  

50.000  veículos   por  dia,  enquanto  os  troços  adjacentes,  previamente  existentes,  registam  

aumentos de  procura de cerca de 20.000 veículos por dia. Com o  fecho  deste anel distribuidor, 

verificou‐se  a absorção pela  CRIL das viagens que anteriormente  eram  realizadas em vias de  

circulação  com  maior  inserção  urbana,  como  a  2ª  Circula r  ou  o  Eixo  N/S.  Na  2.ª  circular 

verifica‐se uma redução de tráfego da ordem dos 40%, contribuindo signif icativamente para o  

seu descongestionamento. Em função dos dados recolhidos, a poupança associada às viagens 

realizadas na Grande Lisboa avalia‐se em 25  M€ por ano.  

Ao nível da requalif icação do espaço urbano são bem visíveis as melhorias, beneficiando toda  

a população dos concelhos da Amadora, Lisboa e Odivelas. Cerca de 1600 famílias vivem hoje 

em  habitações  condignas  graças  aos  processos  de  realojamento  efetuados.  Para  além  de 

Page 195: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

195 

famílias,  foram  também  realojadas  instituições  de  carácter  social,  como  os  escoteiros,  uma 

associação  de  moradores  e  um  infantá rio.  Foram  igualmente   efetuadas  intervenções  de  

carácter social em escolas  interferidas pela obra, como a construção de um campo desportivo  

e de uma horta pedagógica na  Escola de  Alfornelos  e a remodelação  da Escola EB1 nº 17  de Stª  

Cruz de Benfica. 

Ao  nível  do  património  arquitetónico  destaca‐se  a  preservação  das  Portas  de  Benfica,  dos  

Aquedutos  das  Águas  Livres  e  das  Francesas,  conseguida  através  de  medidas  de  elevada 

valência  técnica  ímpares  a  nível mundial,  no  que  se  refere  ao  engenho  e  complexidade  de  

implementação.  

A soma destes benefícios  traduz‐se dia riamente  num  dos principais  objetivos da Estradas de  

Portugal: a prestação de  um serviço público  de qualidade  e a melhoria da  qualidade de  vida da  

população.  

Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro, da responsabilidade da  REFER, EP 

Custo Total: 59.309.422€  

Financiamento Comunitário: 16.015.563€  

 

Este  projeto   permitiu   completar  a  ligação  por  ferrovia  do  Porto  de  Aveiro  ao  Terminal  

Intermodal   de  Cacia  (na   conf luência  com   a  l inha  do  Norte)  e   à  Rede  ferroviária  principal  

potenciando  a utilização  das plataformas logísticas e  da articulação multimodal. O processo  de  

Page 196: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

196 

candidatura do projeto ferroviário envolveu a articulação entre a REFER e a Administração do  

Porto  de  Aveiro  no  estabelecimento  de  cenários  de  tráfego  ferroviário  a  partir  da  

movimentação de mercadorias prevista para o Porto de Aveiro. 

Sistemas Operacionais de Supervisão e Segurança, da responsabilidade da Administração do 

Porto de Sines, SA 

Custo Total: 2.118.237,5 €  

Financiamento Comunitário: 783.747,88 €  

 

A  operação  “Sistemas Operacionais  de  Supervisão  e  Segurança”  permitiu  desenvolver  novas 

ferramentas  tecnológicas  de  suporte  às  diferentes  dimensões  da  gestão  do  Porto  de  Sines, 

quer ao nível operacional quer de segurança e proteção, contemplando também ferramentas  

de  integração  na  vertente  de  planeamento  e  desenvolvimento  futuro  do  porto.  Da 

implementação  desta  operação  resultou  um  conjunto  de  benefícios  concretos  que  têm  

contribuído  para manter  o Porto de  Sines a crescer a bom  ritmo  e a afirmar‐se no mercado  

internaciona l do  shipping como porto de referência em modernidade  e competitividade.   

Os  bons  resultados  da  aplicação  desta  operação  têm  sido  distinguidos  a  vários  níveis, 

destacando‐se  a  escolha  do  Porto   de  Sines  para  a  celebração  do  programa  Simplex  na  

aplicação  de  tecnologias  de  informação  na  adminis tração  pública,  a  receção  do  galardão  de 

projeto SIG do ano em  2011 e  a seleção  das soluções  implementadas no Porto de  Sines por 

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Relatório de Execução |  2011  

 

197 

outros países, nomeadamente na CPLP, para adoção nos seus portos. 

 

3.1.3. Problemas  significativos  encontrados  na  implementação do Eixo Priori tário e Medidas 

tomadas 

Durante  o processo de  instrução  do Grande Projeto Ligação Ferroviária Sines / Elvas (Espanha) I: Variante de  

Alcácer  (2ª   fase)  da  responsabilidade  da  REFER,  a  Comissão  Europeia  (CE)   levantou   algumas  questões  em  

relação  à  análise  custo‐benefício  (ACB),  sobretudo  quanto  à  necessidade  de  justif icar  e  fundamentar  os  

pressupostos  de  cálculo  utilizados.  A  resposta  a  estas  questões  implicou  esclarecimentos  adicionais  

sistemáticos  e morosos por parte  do beneficiário. 

É de salientar  que, não  obstante as  revisões efetuadas dos  Estudos Económico‐Financeiros, não  se encontra  

ainda  aprovado  pela  Comissão  Europeia  nenhum  dos Grandes  Projetos  da  linha  ferroviária  de mercadorias  

Sines‐Elvas, (Variante de Alcácer e Bombel‐Évora) pelo facto de não  ter ainda sido fe ita a  revisão dos estudos  e  

calendário  de  realização  do  Projeto  globa l  “Sines‐Elvas”,  à  luz  da  nova  solução  prevista  em  2011  para  o 

corredor ferroviário Lisboa‐Sines‐Elvas, tendo  a Comissão Europeia  comunicado à  AG a suspensão da análise  

desses Grandes  Projetos,  enquanto  ta l  revisão  não  for  efetuada.  Esta  condição  foi  transmitida  à  tutela  e  à  

REFER  –  a  AG  entendeu  então  solicitar  a  reformulação  das  ACB  para  as  outras  operações  em  análise,  

divulgando  junto do beneficiário o conjunto de preocupações da CE –, para resposta ao pedido da Comissão, o 

que se aguarda. 

Este  processo,  que  visou  antecipar  problemas,  teve  como  consequência  imediata  atrasos  na  aprovação  das  

candidaturas  de   operações  geradoras  de  receita   em  análise.  Prevê‐se  que   a  aprendizagem  decorrente   da  

experiência entretanto adquirida venha a tornar, no  futuro, os  processos de  decisão mais céleres. 

Em  relação  à  tipologia  “Construção/benef iciação  de  Itinerários  da  rede  rodoviá ria  principal  que  constituam  

prioridade  nacional  para  o  reforço  da  conectividade  e  que  revelem  elevado  contributo  para  o  aumento  da  

qualificação, ordenamento  e coesão do território”, a única candidatura admitida foi  apresentada em  Agosto de  

2009, pela Estradas de  Portugal, S.A. e diz respeito à conclusão do IP4 – Autoestrada Transmontana. 

A  instrução  desta  candidatura  apresentava  porém  um  grande  conjunto  de  insuficiências  nomeadamente  no  

que respeita à metodologia de Análise Custo‐Benefício apresentada bem como a fundamentação dos custos e  

proveitos  atribuídos ao  projeto. O processo  de reformulação e fundamentação da candidatura prolongou‐se,  

tendo  a candidatura sido admitida  em 01/12/2010. O respetivo  processo de análise e decisão não foi concluído  

até ao final de 2011. Tratando‐se de uma candida tura no âmbito do IP4, que  integra a Rede Transeuropeia de  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Transportes, a respetiva operação  passou a ser enquadrada no âmbito do Eixo I, no contexto  da reprogramação  

do POVT em Dezembro de 2011. 

 

   

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Relatório de Execução |  2011  

 

199 

3.2. Eixo Prioritário  II – Sistemas Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização  de  

Riscos 

3.2.1. Cumprimento de Metas e  análise de progressos 

A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e  

nos  Indicadores  Comuns  Comunitários  aplicáveis,  os  principais  resultados  alcançado  até  ao  final  de  2011  no 

âmbito do Eixo II – “Sistemas Ambientais e de  Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos”.  

Como  no  âmbito  da  reprog ramação  técnica  do  POVT,  uma  das  alterações   introduzidas  ao   nível   da  

reorganização dos Eixos Prioritários do Prog rama foi a concentração de todas as tipologias  incluídas nos vários  

Domínios de  Intervenção  rela tivos a Sis temas Ambientais elegíveis ao Fundo de  Coesão  no  Eixo II, a análise nos  

pontos  seguintes será fe ita  relativamente a cada  uma das áreas de  intervenção  que se  organizam  em torno  

deste Eixo. 

Cabe  referir  que,  por  decisão  da  Comissão  Diretiva  do  POVT  de  22  de  dezembro  baseada  numa  análise 

efetuada por operação, transitaram dos  Eixos  VI e VIII para o Eixo  II as operações  aprovadas naqueles Eixos que  

evidenciavam elegibilidade  inequívoca ao Fundo de Coesão  nos termos da reprog ramação do POVT aprovada  

em  9  de  dezembro  e  de  acordo  com  o  artigo  36º  do  Regulamento Geral  do  FEDER  e  do  Fundo  de  Coesão,  

aprovado pela CMC do QREN em 21 de dezembro de 2011. Salienta‐se que transitaram para o Eixo II todas as 

operações aprovadas no âmbito de antigo Eixo VIII e as operações aprovadas no antigo Eixo VI que constituem  

Grandes Projetos, por evidenciarem  inequivocamente a sua elegibilidade ao  Fundo  de Coesão, tendo as demais  

operações  aprovadas nesse  Eixo  sido mantidas no atual Eixo V (FEDER)  enquanto  não  é escla recida  cabalmente  

a sua elegibilidade ao  Fundo de Coesão, nos termos que foram solicitados à Comissão Europeia.  

Tabela 3.2.: Realização Física do Eixo Prioritário 2

  

Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015

Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006

11. Km de Rede de Abastecimento de Água (nova ou a reabilitar/intervencionar) nos sistemas em baixa e alta

Realização Contratada 488 1687 Realização Executada 223

Metas 760 Valor de Referência / Situação de Partida

12. Km de Coletores de drenagem de águas residuais (novos ou a reabilitar/intervencionar)

Realização Contratada 2.487 3259 Realização Executada 617

Meta 2660

Valor de Referência 13.Nº de Estações de Tratamento de Águas Residuais

Realização Contratada 138 178 359

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Relatório de Execução |  2011  

 

200 

construídas/remodeladas Realização Executada 158

Meta 250

Valor de Referência

14. População servida com sistemas públicos de abastecimento de água financiados pelo POVT

Realização Contratada 4.487 14.896 1.324.289 Realização Executada 4.644

Meta 200.000

Valor de Referência

15. População servida com sistemas públicos de saneamento de águas residuais urbanas financiados pelo POVT

Realização Contratada 1.579.090 1.910.782 3.357.989 Realização Executada 188.704

Meta 2.000.000

Valor de Referência

16. Km de extensão da costa onde as intervenções reduziram o risco associado á dinâmica costeira

Realização Contratada 22,76 43,85 54,98 Realização Executada 12,96

Meta 50 60

Valor de Referência

17. Km de extensão da costa intervencionada para contenção ou diminuição da ocupação antrópica em área de risco

Realização Contratada 9,75 9,75 11,15 Realização Executada 1,4

Metas 15 30 Valor de Referência / Situação de Partida

18. Nº de projetos de recuperação de áreas contaminadas

Realização Contratada 4 5 9 Realização Executada 2

Metas 4 8 Valor de Referência / Situação de Partida

19. Nº de projetos de reabilitação de áreas mineiras degradadas

Realização Contratada 4 5 12 Realização Executada 5

Metas 15 15 Valor de Referência / Situação de Partida

20. Nº de projetos de prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos na área da proteção civil apoiados

Realização Contratada 65 102 147 Realização Executada 30

Metas 180 Valor de Referência / Situação de Partida

21. Nº de Barragens da rede primária do EFMA construídas

Realização Contratada 2 2 2 Realização Executada 2

Metas 3 7 Valor de Referência / Situação de Partida

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Relatório de Execução |  2011  

 

201 

22. Km de extensão da rede primária do EFMA construída

Realização Contratada 44,13 44,13 44,13 Realização Executada 44,13

Metas 80 181 Valor de Referência / Situação de Partida

23. Acréscimo da população servida nos sistemas públicos de abastecimento de água financiados pelo POVT

Realização Contratada 68.559 68.559 68.559 Realização Executada 68.559

Metas 150.000 69.000 Valor de Referência / Situação de Partida

24. Capacidade instalada (1000 ton/ano) de valorização orgânica e energética de RUB no âmbito dos projetos financiados pelo POVT (1000 ton/ano)

Realização Contratada 174,10 219,10 340,10 Realização Executada 30,98

Metas 360,00 Valor de Referência / Situação de Partida

25. Nº de Projetos de Resíduos Sólidos

Realização Contratada 11 Realização Executada 3

Metas 11 Valor de Referência / Situação de Partida

Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)

Ambiente

25. Acréscimo de população servida nos sistemas de abastecimento de água intervencionados

Realização Contratada 70.393 73.601 91.507

Realização Executada 73.168

Ambiente

26. Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionadas

Realização Contratada 1.069.457 1.108.887 1.265.737

Realização Executada 185.602

Ambiente 27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos

Realização Contratada 2 4 7 11

Realização Executada 3

Ambiente

29. Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais (áreas degradadas e contaminadas)

Realização Contratada n.d 4 5,2

Realização Executada 4,21

Prevenção de Riscos

31. Nº de projetos (Prevenção de Riscos)

Realização Contratada 19 65 152 213

Realização Executada 45

Prevenção de Riscos

32. População que beneficia de medidas de proteção contra

Realização Contratada 889.535 1.025.099 1.363.922 1.722.740

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Relatório de Execução |  2011  

 

202 

cheias e inundações Realização Executada 931.535

Prevenção de Riscos

33. População que beneficia de medidas de proteção contra incêndios e outros riscos naturais e tecnológicos (excepto cheias e inundações)

Realização Contratada 1.466.587 5.667.495 7.319.015 7.338.732

Realização Executada 2.016.681

 

Nota: O  indicador de  Eixo Prioritário 14  está  relacionado  com o Objetivo  Estratégico do  Eixo  II que  se  refere a  “Redução das assimetrias 

regionais no  respeitante aos níveis de atendimento das populações  (água  e  saneamento)  e Melhoria do nível de atendimento  (águas  e 

saneamento) e qualidade do abastecimento de água”  e portanto só inclui o contributo das operações relativas ao domínio de intervenção  

do Ciclo Urbano da Água.  

O indicador 23 está relacionado com  o Objetivo Estratégico do Eixo II que se refere a “Garantir reservas de água para  consumo  humano e  

industrial,  reforçar  a  cobertura  no  abastecimento  de  água  à  população  abrangida  pelo  EFMA  e  contribuir  para  o  desenvolvimento 

sustentável da região e do País” e portanto só inclui o contributo das operações relativas ao domínio de intervenção do Empreendimento de 

Fins Múltiplos de Alqueva.  

Nos indicadores de eixo Prioritário 21, 22 e 23, apenas se encontra refletido o contributo das operações relativas ao Domínio de Intervenção 

“Empreendimento de  fins Múltiplos de Alqueva” do  Eixo  II.  Também para o  core  indicator 25, para além das operações do Domínio de 

Intervenção  “Ciclo Urbano da Água”,  contribuem  também as operações  relativas ao Domínio de  Intervenção  “Empreendimento de  Fins 

múltiplos de Alqueva”, 

 

3.1.2 Análise qualitativa 

As  intervenções apoiadas no Eixo  II agrupam‐se em torno de  diferentes domínios de  intervenção, pelo que a  

análise que adiante se apresenta  incide, de forma individual, sobre cada um deles. 

Ciclo Urbano da Água  

No domínio de  intervenção rela tivo ao “Ciclo Urbano  da Água” e por referência ao comportamento do antigo  

Eixo II – Rede Estruturante  de Abastecimento  de Água e Saneamento, verificou‐se uma evolução signif icativa  

face a 2010, quer  no que respeita ao processo de decisão de  candidaturas, quer no  que  respeita à execução  

financeira. 

Relativamente ao  processo  de decisão das  candidaturas entradas ao abrigo dos Avisos de 2008  (POVT‐46‐2008‐

13)  e  de  2009  (POVT‐46‐2009‐27),  verifica‐se  que  no  final  do  ano  de  2011  se  encontram  praticamente  

decididos (já existe um nível de decisão dos Avisos superior a 75%), tendo‐se registado um avanço significativo  

face a 2010. 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

203 

Quadro nº 27 ‐ Evolução na  decisão dos Avisos do Ciclo Urbano da Água  

Ano Candidaturas (acumulado) 

Em análise  Não Admitidas / Reprovadas / Desistidas 

Aprovadas  

Admissibilidade  Mérito 

2009  232  123  1  81  27 

2010  268  57  0  116  95 

2011  268  16  0  119  133 

Permanecem  apenas  ainda  em  análise  três  operações  do  primeiro   Aviso,  que  são  de  responsabilidade  de  

empresas  privadas  concessionárias  dos  Municípios  e  que  ainda  não  foi  possível  decidir  por  falta  de  

demonstração  do  benefício  público  decorrente  do  cofinanciamento  comunitário,  o  que  não  foi  poss ível  de  

concluir até ao f inal do ano  2011. 

Relativamente  ao   segundo   Aviso,  ainda  se  encontravam  por  decidir,  no  final  de   2011,  treze  operações,  a  

maioria  das  quais  essencialmente  por motivos  que  se  prendem   com  a  concretização   das  parcerias  Estado  

/Autarquias  subjacentes  ao  modelo  de   investimento  e  exploração  previsto  para  o  desenvolvimento   das  

infraestruturas em causa.  

 

Quadro nº 28 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo II ‐ Domínio de intervenção do Ciclo Urbano da Água  

 

O progresso assinalável deste  domínio  de  intervenção em 2011, ficou  também marcado  pelas determinações  

decorrentes  da assinatura  do 2º Memorando de  entendimento entre o  Governo e a  Associação  Nacional  de  

Municípios, tendo  em vista a aceleração da  execução do  QREN.   

No  âmbito  de  referido  Memorando,  foi  decidido  que  todas  as  operações  promovidas  por  Municípios,  

Associações  de  Municípios  e  outras  entidades  da  esfera  municipal  e  ainda  não  concluídas  física  e  

financeiramente seriam reprogramadas para uma taxa de  cofinanciamento de 80%  e as despesas apresentadas  

durante  o ano 2011 seriam majoradas com  5 p.p, ou se ja, pagas com uma taxa de  cof inanciamento  de 85%. Foi  

também  adotado  um  regime  de majoração  para  as  operações  promovidas  por  empresas  do Grupo  AdP  no  

âmbito da revisão  do  Regulamento Específico deste Domínio de Intervenção, que  previu  a majoração  para 85%  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-46-2008-13 1º Aviso:1-Abr-08

803.000.000 121 546.654.697 36 251.014.699 120.514.951 125.399.421 31% 15% 48%

POVT-46-2009-272º Aviso:1-Jul-09

520.000.000 147 1.580.993.301 97 582.669.225 29.085.301 26.235.545 112% 6% 5%

Total 268 2.127.647.998 133 833.683.924 149.600.252 151.634.966 18%

Eixo II - CUADotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

Aviso

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Relatório de Execução |  2011  

 

204 

dos pagamentos à  AdP desde o   início  da execução  das operações até  ao f inal  de 2011, mantendo  a taxa  de  

cofinanciamento  aprovada para cada operação. 

Assim,  em  virtude  desta  decisão,  exis tiu  um  reforço  no  montante  de  Fundo  de   Coesão  comprometido  no  

âmbito deste Eixo Prioritário  (para além  do  resultante  da aprovação de 38  operações) e  um avanço s ignifica tivo  

na execução  do mesmo, tal como se demonstra no  quadro seguinte: 

 

Quadro nº 29  ‐ Evolução nos  montantes de fundo comprometidos e executados  (2011/2010) no Ciclo Urbano 

da Água  

      unid: euros 

2010  2011 

Variação  2011/2010 

 

Eixo II ‐ Rede Estruturante de Abastecimento de Água e 

Saneamento 

Eixo II/DI Ciclo Urbano da Água 

Fundo comprometido  397.370.894  833.683.924  110 % 

Fundo executado  72.297.060  149.600.252  106 % 

 

Ou seja, o montante de Fundo comprometido e executado no final de 2011 mais que duplicou face à situação  

no final de 2010, comportamento este que resulta dos motivos explicitados anteriormente. No entanto, a taxa 

de  realização  dos  projetos  aprovados  no  domínio  de  intervenção mantem‐se  inalterada  face  a  2010  –  18%, 

dadas  as  dificuldades  que  os  beneficiários  continuam  a  sentir  no  que  respeita  a  assegurar  a  contrapartida  

nacional necessária para a absorção do financiamento comunitá rio bem como as  inerentes aos procedimentos  

de adjudicação que são desencadeados.  

No que concerne à evolução da realização física deste Domínio de  intervenção temos a realçar, apesar de não  

ter  ainda  uma  expressão  s ignifica tiva,  algum  grau  de  concretização  revelado   pelos  indicadores  de   eixo  

Prioritá rio e  Comuns Comunitários aplicáveis a esta área de  intervenção (tabela  3.2). 

Deste modo, é de destacar o  contributo  das operações em execução e as  já concluídas neste domínio  para a  

evidência  do   avanço  do  eixo  refletida  na  tabela  3.2,  no  que  respeita  ao  número   de  Km   de  Rede  de  

Abastecimento de Água (nova ou a reabilitar/intervencionar) nos sistemas em baixa e alta – concretizados 223  

dos  1687  previstos  nas  operações  contratadas  e  revelando  um  grau  de  execução  face  à meta  de  29%  e  ao 

número  de Km  Coletores de  drenagem de  águas residuais (novos  ou a  reabilitar/ intervencionar), em re lação  

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Relatório de Execução |  2011  

 

205 

aos  quais  estão  construídos/ reabilitados/intervencionados  617  km,  dos  3259  Km  previstos  nas  operações  

intervencionadas, revelando  um grau  de avanço relativo à meta de 2015 de  cerca de 23%  21. 

De  destacar  também  o  aumento  do  número  de  ETAR  construídas/reabilitadas  que  se  prevê  concretizar  no  

âmbito  das  operações  contratadas  (359)  face  aos  178  previstos  no  final  de  2010. Destas  158  encontram‐se  

concretizadas no fina l de 2011.  

No que respeita aos  indicadores  14 e 15  do  Eixo  Prioritário, continua  a ser  dominante o  número de  pessoas  

servidas  pelos  sistemas  públicos  de  saneamento  de  águas  residuais  –  aproximadamente  3,4  milhões  de  

pessoas,  das  quais  1,3  milhões  não  beneficiam  deste  serviço  antes  da  concretização  das  intervenções  a  

financiar.  No  caso  dos  sistemas  públicos  de  abastecimento   de  água  e   dados   os  níveis  de  atendimento  já  

existentes, a população que se prevê servir no âmbito das  intervenções a realizar é de cerca de 1,3 milhões de  

pessoas. 

A população efetivamente servida pelas  intervenções  já concluídas não é muito expressiva, como se constata  

pelo número de pessoas  já beneficiada pelos sistemas públicos de abastecimento de água e de tratamento de  

águas residuais  concluídos –  respetivamente 4.644  e 188.704 pessoas. A razão para este nível de concretização  

deve‐se ao fato  daqueles  sistemas abrangerem  aglomerados  populacionais  relativamente pequenos mas  em  

relação aos quais se deve garantir os níveis de atendimento adequados no que concerne ao abastecimento de  

água e do tratamento de águas residuais. A  informação reportada em relação à realização contratada em 2010 

tem  como  suporte  o  apuramento  realizado  naquele  ano  em  relação  aos  Indicadores  Comuns  Nacionais,  

apresentados com as referências VT‐ICN‐Tri‐011 e VT‐ICN‐Tri‐012. Em re lação aos valores reportados naquele  

ano, existiram ajustamentos que decorrem de um  incorreto apuramento, refletindo‐se agora na Tabela 3.2 os 

valores corretos que devem ser considerados na realização  contratada  daquele  ano. 

A tipologia de operações apoiadas – 104 operações dominantes na categoria de despesa “Tratamento de água 

(águas residuais) ” contra 28 dominantes na categoria de despesa “Gestão e Distribuição de Água (potável) ” é 

determinante  para  o  comportamento  dos  indicadores  relativos  à  população  servida  e   ao  acréscimo  de  

população  servida demonstrado anteriormente. 

No que concerne à questão da  igualdade de oportunidades, não pode medir‐se neste domínio pela tradicional  

dicotomia  homem/mulher  ou  integ ração  de  pessoas  com  deficiência  já  que,  pelo  serviço  prestado,  todas  as 

candidaturas aprovadas são por natureza  inclusivas, tendendo para a universalidade do acesso das populações  

a sistemas públicos de abastecimento de  água e saneamento de  águas residuais. Pode  por este  motivo  afirmar‐

se que as operações aprovadas neste domínio de intervenção promovem a  igualdade de oportunidades no que  

respeita ao  acesso e à qualidade  do serviço prestado por aqueles sistemas ambientais.  

                                                                         21 Indicadores de Eixo incluídos  com a Decisão C (2011) 9334 de 9 de Dezembro, que aprovou a reprogramação do POVT. Os mesmos valores são também contabilizados como Indi cadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências VT‐ICN‐Tri‐0 11 e VT‐ICN‐Tri‐012 no Anexo I a este relatório. 

Page 206: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

206 

A questão da  igualdade de  oportunidades  pode, neste  domínio ser discutida nos vetores público vs. privado,  

administração central vs administração  local,  litoral (muito populoso) vs  interior (desertificado). Pode contudo  

afirmar‐se  com  propriedade  que  as  candidaturas  aprovadas  neste  domínio  abrangeram,  sem  exceção,  todas 

estas realidades e a Autoridade de Gestão e o Organismo Intermédio  para este Domínio promoveram, desde  

logo com  a definição  das elegibilidades e condições de  acesso dos beneficiários e  das operações, o  caminho  

necessário para que  todas elas fossem acolhidas. 

Pode  por  este motivo  afirmar‐se  que  as  operações  aprovadas  neste  domínio  de  intervenção  promovem  a  

igualdade de oportunidades no acesso e  nos níveis de qualidade na prestação daqueles serviços. 

A Estratégia para  o Ciclo Urbano da Água, consagrada no PEAASAR 2007 – 2013, definiu como um  

dos  objetivos  principais  a  realização  de  investimentos  de  articulação  das  chamadas  vertentes  em  

“alta” e em “baixa”, com o objetivo de fechar a “malha” re lativamente ao abastecimento de água e 

ao saneamento de  águas residuais em algumas zonas do pa ís. 

A  matriz  desenhada  no  Regulamento  Específico  do  antigo  Eixo  II  –  Rede  Estruturante  de  

Abastecimento  de  Água  e  Saneamento,  acolheu  modelos  concetualmente  distintos  para  atingir 

aquele objetivo e pode dizer‐se  que  foram  adotados em duas regiões do país  – Aveiro e Algarve –  de  

forma igualmente bem sucedida e que  podem  constituir exemplos de Boas Práticas neste domínio. 

Na região de Aveiro, um  conjunto de municípios concordou em  celebrar uma parceria entre o estado  

e  as  autarquias,  nos  termos  revistos  pelo DL  nº  90/2009  de  9  de  Abril,  no  âmbito  da  qual  foram  

agregados  os  respetivos  sis temas  municipais  de  água  e  saneamento  e  na  qual   delegaram  as  

respetivas  competências  relativas  à  gestão  e  exploração  dos  serviços,  incluindo  a  transmissão  das 

posições que detinham nas entidades responsáveis pelo fornecimento de água em alta (Associação  

de Municípios do Carvoeiro‐Vouga) e pela recolha e tratamento de águas residuais (SIMRIA). Quatro 

das  candidaturas  aprovadas  no  âmbito  do  2º  Aviso  dão  corpo  aos  investimentos  necessários  para  

garantir os níveis de serviço preconizados no PEAASAR e a integração e  interligação “alta”/“baixa”. 

No Algarve as autarquias assumiram a responsabilidade de garantir o mesmo objetivo prosseguindo  

a  infraestruturação em “baixa” dos respetivos municípios de forma a aumentar os níveis de serviço, 

Designação da oper açãoInvest imen to 

total  Financiamen to comunitário 

ADRA  ‐ 1ª Fase  do Sistema de recolha de  Águas Residuais nos Concelhos de  Estarreja e  Murtosa   5.987.214,00 3.710.543,83ADRA  ‐ 1ª Fase  do Sistema de recolha de  Águas Residuais no Concelho de  Águeda  12.513.795,59 8.289.459,44ADRA ‐ 1ª Fase do Sistema de  recolha de  (AR) no Concelhos de Aveiro,Ílhavo,Albergaria,Sever do Vouga 9.717.026,00 5.611.386,18ADRA  ‐ 1ª fase  do Sistema  de Recolha de  AR nos Concelhos de Oliveira do Bairro, Vagos e  Ovar 17.908.731,25 12.119.117,37

46.126.766,84 29.730.506,82

Page 207: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

207 

melhora r  os  níveis  de  performance,  incluindo  em  alguns  casos  a  reconfiguração  dos  sistemas,  de 

forma  a  assegurar  a  ligação  alta  baixa  e  potenciar  a  utilização  e  consequente  rentabilização  e  

sustentabilidade dos investimentos efetuados na vertente em  “alta”. Oito candidaturas corporizaram  

esta  estratégia,  sendo  que  três  são  da  responsabilidade  de  municípios   do  interior  algarvio  

(Monchique  e  Castro  Marim)  nos  qua is  importa  também  assegurar  às  populações  residente  e  

flutuante níveis de conforto e  de qualidade de vida que reduzam as assimetrias com o l itoral. 

Urbanização do Poço dos Peixes, Azinhal, Castro Marim

Projeto  ‐  Infraestruturas de abastecimento de água e saneamento de águas  residuais do concelho de Castro 

Marim| Beneficiário ‐ Município de Castro Marim 

 

Proteção Costeira  

Designação da  operação Desi gnação do beneficiárioInvestimento 

total Financi amento c omunitário 

Remodelação e Ampl iação  das Rede s de Abaste cimento de Água e Saneamento de Monchique Municipio de Monchique 2.100.979,00 1.532.269,83Redes  Estru turantes  de  Abastecimen to de  Água e Sane amento no Município de  Loulé Município  de Lou lé 24.439.053,83 7.363.020,57

Infra‐estruturas  de  Abastecimen to de  Água e Sane amento de Águas Residuais do concelho de FaroFAGAR ‐ Faro,  Gestão de  Águas e Resíduos,  E.M.

15.747.592,24 11.565.009,97

Sistema de Abaste cimento de Água de Monchique  ‐ Constru ção,  remodelação e amp liação Municipio de Monchique 2.640.200,79 2.008.891,03Abast ecimento  de água no Concelho de  Alcoutim Município  de Alcoutim 490.116,14 392.092,91Saneamento de Águas Residuais no Conce lho de  Alcoutim Município  de Alcoutim 461.625,50 369.300,40Redes  de água e saneamento  em diversas  local idades  do concelho de Alcou tim Município  de Alcoutim 1.801.501,63 1.240.191,68Infra‐estruturas  de  abastecime nto de água e saneamento de águas re siduais do concelho de Castro Marim

Municipio de Castro Marim 24.759.458,40 15.303.985,18

72.440.527,53 39.774.761,57

Page 208: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

208 

No domínio da Proteção Costeira, durante o ano 2011 foram abertos 2  novos avisos, cada um deles  destinada a  

acolher uma  intervenção de emergência, tendo sido aberto nos termos do nº 1 do Artigo 12º do Regulamento  

Específico, que estipulava que “As candida turas deverão ser apresentadas em períodos  pré‐determinados, com  

exceção de   intervenções  de emergência por comprovada situação  de risco, nos  termos e condições a definir 

pela Autoridade  de Gestão e a divulgar adequadamente”.  

As  duas  candidaturas  apresentadas  dizem  respeito  a  Inte rvenção   de  emergência  para  proteção  do  Cordão  

Dunar  da  zona  Norte  da  Praia  de  Mira  e  Intervenção  de  Emergência  na  Praia  do  Furadouro‐Fase  3,  da 

responsabilidade  do INAG, IP, que acabou por desistir desta proposta de candidatura. 

No final  de 2011, todos  os Avisos de Abertura estavam decididos, tendo s ido apresentadas 58 candidaturas e  

aprovadas 46 operações, das quais  45 estavam contratadas.  

 

Quadro nº 30 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo II‐ Domínio de  intervenção da Proteção Costeira  

 

Destaca‐se neste Domínio de Intervenção as elevadas Taxas de Admissibilidade (84%) e de Aprovação (Bruta e  

Líquida) – 98%, evidenciadas no Anexo XII, dado que  as intervenções  apresentadas para cofinanciamento, quer 

da responsabilidade de organismos  tutelados pelo MAMAOT quer por Câmaras Municipais,  inscrevem‐se nas  

prioridades  definidas para esta área de  intervenção, que não tem  características concorrenciais. 

A 31 de Dezembro  de  2011, estavam comprometidos  neste domínio de   intervenção  cerca de 82 milhões  de  

euros de Fundo de Coesão e executados 37 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa de realização de  

45%.  

No que respeita ao contributo  desta área de  intervenção para os  indicadores de realização e de resultados do  

Eixo II, destacam‐se os  12,96 Km  e os  1,4 Km  de extensão  de costa  onde  as  intervenções  reduziram  o  risco  

associado  à  dinâmica  costeira  e  de  extensão  de  costa  intervencionada  para  contenção  ou  diminuição  da  

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-33-2007-04 1º Aviso:28-Dez-07

25.000.000 9 19.665.985 6 16.780.469 11.148.959 10.920.917 67% 45% 66%

POVT-33-2008-172º Aviso:16-Jun-08

60.000.000 13 30.565.890 11 23.419.904 11.930.930 11.502.009 39% 20% 51%

POVT-33-2009-253º Aviso:11-Mai-09

30.000.000 18 35.524.121 15 27.907.500 10.682.216 10.625.570 93% 36% 38%

POVT-33-2010-33 4º Aviso:17-Mai-10

35.000.000 15 26.586.651 12 12.883.807 3.282.617 3.130.787 37% 9% 25%

POVT-33-2010-34 5º Aviso:24-Mai-10

- 1 504.000 1 1.138.586 201.725 360.977 18%

POVT-33-2011-42 6º Aviso:30-Mai-11

- 1 720.000 0 0 0 0 0%

POVT-33-2011-457º Aviso:17-Out-11

- 1 266.695 1 266.695 0 0 0%

Total 58 113.833.342 46 82.396.961 37.246.447 36.540.260 45%

AvisoEixo II -

Prote ção Coste ir a

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

Page 209: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

209 

ocupação antrópica em  área de  risco, respetivamente já concretizados (indicadores de Eixo Prioritá rio 16 e 17  e  

Comuns Nacionais VT‐ICN‐AAE‐023 e VT‐ICN‐AAE‐024 que  constam do  Anexo I a este re latório).  

Estão concluídos 8  projetos  de combate à  erosão  e defesa do   litoral  (ver VT‐ICN‐Tri‐013_a  no  Anexo  I), que  

também contribuem para a realização alcançada pelo  core  indicator 31 ‐  Nº de projetos (Prevenção de  Riscos). 

 

 

Projeto ‐ Estabilização das Arribas das Praias da Nazaré, Consolação, Porto Novo, Formosa e Calada |  

Beneficiário ‐  Instituto da Água  

 

 

No que respeita  ao contributo  das operações  deste  domínio  de  intervenção para a  igualdade de oportunidades  

e não discriminação, destaca‐se que a criação  de emprego associado às ações  imateriais  – estudos, planos  e  

projetos  de  preparação   das  respetivas  intervenções  (empreitadas)  de   requalificação,  que  são   em  número  

bastante  relevante  nesta  área  (cerca  de  30%  das  operações  aprovadas),  são  promotoras  daquele  princípio  

fundamental dado o equilíbrio exis tente entre a criação de emprego, por género, durante a fase de realização  

das operações  por género. 

 

De destacar também  o contributo da operação Sistema de Informação para Apoio à  Reposição da Legalidade  

na Orla Coste ira” (SIARL), em que os  resultados da operação também  promovem o princípio  da  igualdade  de  

oportunidades,  uma  vez  que  o  output  do  projeto  foi  o  desenvolvimento  do  portal  do  SIARL,  com  recurso  a  

software  aberto  inteiramente  naciona l,  privilegiando  o  livre  acesso  à  informação,  por  forma  atribuir  aos  

serviços com  competências no l itoral e aos diversos  atores, maior ef icácia nas ações de reposição da  legalidade. 

 

Page 210: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

210 

Recuperação do Passivo Ambiental   

Neste  domínio  de  intervenção,  durante  o  ano  de  2011  não  foi  aberto  qualquer  Aviso  para  apresentação  de  

candidaturas, tendo s ido aprovadas as 6 candidaturas que estavam em análise de admissibilidade no  final  de  

2010, encontrando‐se  no f inal de 2011 todos os períodos de  candidatura decididos.  

 

Quadro nº 31  ‐ Ponto de  situação dos  Avisos do E ixo II ‐ Domínio de  intervenção da  Recuperação de  Pass ivos  

Ambientais  

 

Também  esta  área  de  intervenção  apresenta  uma  taxa  de  admissibilidade  e  de  aprovação  (bruta  e  líquida)  

bastante elevadas – respetivamente 91%, 91% e 100%, dado não se tratar de um domínio concorrencial e das  

intervenções  consideradas  prioritá rias  a  nível  nacional  e  por  isso  elegíveis  a  cofinanciamento,  estarem  

perfeitamente  identificadas num Documento Enquadrador, aprovado por Despacho datado de 07/04/2008 do  

Secretario  de Estado do  Ambiente. 

O  valor  total  comprometido,  no  conjunto  das  21  operações  aprovadas  é  de  cerca  de  55 milhões  de  euros,  

estando executado  um montante  de 12,5 milhões de  euros, revelando  uma taxa de  realização  relativamente  

baixa. 

No  que  respeita  ao  contributo  deste  Domínio  de  Intervenção  para  a  concretização  do  Eixo  Prioritário  II, 

destaca‐se a conclusão de 2 projetos de recuperação de áreas contaminadas e de 5 projetos de reabilitação de  

áreas mineiras degradadas, o  que  revela um  grau de concretização  face à meta dos  indicadores 18  e 19  do  Eixo  

Prioritá rio de 20% e  33%, respetivamente. 

Relativamente à Área reabilitada (em Km2) no âmbito de  intervenções de recuperação de passivos ambientais  

(áreas degradadas e contaminadas) (core Indicator 29), verifica‐se que no fina l de 2011, a mesma atingiu 4,21 

Km2, o que representa cerca de  81% da  área total associada às operações contratadas. 

Salienta‐se que dada a tipologia de projetos, não se verifica um forte contributo para a temática da Igualdade  

de Oportunidades, uma vez que  se tra tam ou de   intervenções  de requalificação ambiental de áreas mineiras  

abandonadas  ou  intervenções  em  solos  contaminados  com  resíduos  perigosos,  e  como  tal  as 

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-34-2008-10 1º Aviso:17-Mar-08

95.000.000 11 18.695.624 9 9.238.351 6.582.163 6.521.281 10% 7% 71,2%

POVT-34-2009-292º Aviso:5-Ago-09

78.000.000 9 45.177.456 9 43.668.838 5.940.343 5.488.370 56% 8% 13,6%

POVT-34-2010-393º Aviso:

23-Ago-1035.000.000 4 3.355.464 3 2.454.804 0 0 7%

Total 24 67.228.544 21 55.361.993 12.522.506 12.009.650 22,6%

AvisoEixo II - Pass ivo

Ambie ntal

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

Page 211: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

211 

qualificações/funções  exigidas  nem  sempre  contemplam  o  género  feminino,  apesar  de  que  nas  funções  de  

fiscalização,  realização  de  estudos  técnicos  e  acompanhamento  financeiro,  a  contribuição  dos  recursos  

humanos do sexo  feminino, com qualif icações superiores, são relevantes. 

Assim, neste domínio de   intervenção, destaca‐se  o contributo das operações  desenvolvidas pela EDM, SA na 

área da recuperação ambiental de minas degradadas, que  implicam a criação de postos de trabalho na fase de 

obra em diferentes locais do país, com  maior incidência nas áreas do  interior Centro e Alentejo, onde o  impacte  

com  a  criação  de  emprego  se  torna muito  relevante  em  áreas mais  desertif icadas  (Lousal,  Aljustrel,  Cunha  

Baixa, Rosmaneira, Barroco, Freixiosa, Bica, Senhora das Fontes, Urgeiriça).   

 

Recuperação Ambiental  na Área mineira  do Lousal da responsabilidade da  EDM ‐ Empresa  

de Desenvolvimento  Mineiro, S.A. 

Custo Total: 4.681.433,71€  

Financiamento Comunitário: 3.107.752,7€ 

 

A  operação   “Recuperação  Ambiental  na  Área  mineira  do   Lousal”  que   consistiu  na  

requalif icação  ambiental  da  antiga  área mineira  do  Lousal,  em Grândola,  distinguiu‐se  quer 

pelo cumprimento dos prazos de  execução, quer pela relevância da  intervenção  realizada  para  

a comunidade. Relativamente a este ultimo ponto, destaca‐se a  implementação  de conjunto  

de medidas  que  visam  promover  a  diminuição  dos  impactes  negativos  sentidos  na  zona  em 

intervenção  através  de  iniciativas  de  promoção  turística‐museológica‐cultura l  do  meio  

industrial mineiro que está ser desenvolvida  pela Fundação Fredric Velge.   

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Relatório de Execução |  2011  

 

212 

Destacam‐se nesta operação como boas praticas da aplicação do financiamento comunitário, a  

melhoria  da  paisagem,  a  redução  dos  riscos  de  segurança  e  a  redução  dos  caudais  que  

provocam  a  contaminação  da  ribe ira  e  ainda  a  visitação  do  percurso  intervencionado  pela  

construção  de  pavimentos  do  tipo  “Deck”  em  madeira  ao  longo  da  corta  que  permite  a 

utilização de cadeiras de rodas. 

 

Prevenção e Gestão de Riscos 

No  domínio  da  Prevenção  e Gestão  de  Riscos  –  para  o  qual,  recorde‐se,  estão  delegadas  competências  de  

análise, seleção e acompanhamento físico e financeiro das candida turas na Estrutura de Missão para a Gestão 

dos Fundos Comunitá rios (EMGFC) – em 2011 foi  lançado o 5º Aviso para a apresentação de candidaturas, ao  

abrigo do qual  foi  apresentada uma candidatura que  culminou na des istência do beneficiário. 

No conjunto dos 5 Avisos publicados, o número de  candida turas apresentadas elevou‐se para 261, sendo que  

para  uma  dotação  fundo  disponibilizada  a  concurso  de  175 milhões  de  euros  (dotação  indicativa  para  este  

domínio de  intervenção antes da aprovação da reprogramação do  POVT), a procura total aproximou‐se  dos 194  

milhões de euros. 

No f inal de 2011, encontravam‐se por decidir no âmbito  do  4º Aviso, dezassete  candidaturas  ‐ cinco  em análise  

de mérito e doze em fase de admissibilidade. Foram aprovadas cinquenta e uma candidaturas durante o ano de  

2011. 

No  final  do   ano,  encontravam‐se  aprovadas  161  operações,  revelando   uma  taxa  de  aprovação  face  às  

candidaturas apresentadas a concurso  de cerca de 70%, quando cons iderado o número  de candidaturas e de  

62%, quando considerado o fundo aprovado vs. fundo solicitado e um nível de  compromisso  de cerca de 119  

milhões de euros. 

O nível de rea lização financeira das operações  aprovadas situa‐se nos 38%, a qual duplicou  face a 2010  (19%). A  

execução de Fundo  passa de 20,8 milhões de euros em 2010  para 45,6 milhões  de euros no final de 2011.  

 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

213 

Quadro nº 32 ‐  Ponto  de situação dos Av isos do Eixo II‐ Domínio de  intervenção da  Prevenção e Gestão  de  

Riscos  

 

No que respeita ao  grau de concretização deste Domínio de  Intervenção  e o  seu contributo  para a  performance  

do Eixo II no final de  2011, temos a  destacar a conclusão  de 30 das 147 operações contratadas no f inal de 2011,  

que se ref lete  igualmente no core indicator 31  ‐ “nº de projetos  (Prevenção  de Riscos)”.  

No  que  respeita  à  “População  que  beneficia  de  medidas  de  proteção  contra  cheias  e  inundações”  e  da  

“População que  beneficia de  medidas de proteção  contra  incêndios e  outros  riscos naturais e  tecnológicos (…)”,  

core  indicators  32  e  33,  respetivamente,  existem  já,  no  âmbito  das  operações  concluídas,  cerca  de  932 mil  

pessoas  que  beneficiam  de  medidas  contra  cheias  e  inundações  e  cerca  de  2  milhões  de  pessoas  que  

beneficiam de medidas contra  incêndios e outros riscos  naturais e tecnológicos.   

 

Estudo  do  Risco  Sísmico  e  de  Tsunamis  do  Algarve  da  responsabilidade  da  Autoridade  

Nacional de Proteção Civ il (ANPC)  

Custo Total: 1.382.949,04€  

Financiamento Comunitário 1.038.787,07€  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-35-2008-141º Aviso:01-Abr-08

35.000.000 33 47.264.908 14 27.026.895 18.942.011 18.887.832 77% 54% 70%

POVT-35-2008-192º Aviso:16-Dez-08

40.000.000 71 45.006.197 51 40.333.406 21.725.694 23.657.151 101% 54% 54%

POVT-35-2009-28 3º Aviso:6-Jul-09

50.000.000 58 47.217.103 45 32.750.909 4.695.385 6.905.470 66% 9% 14%

POVT-35-2010-35 4º Aviso:14-Jun-10

30.000.000 98 38.087.074 51 18.625.464 206.567 206.567 62% 1% 1%

POVT-35-2011-415º Aviso:17-Jan-11

20.000.000 1 16.100.700 0 0 0 0 0% 0% 0%

Total 261 193.675.981 161 118.736.674 45.569.658 49.657.020 38%

AvisoEixo II -

Preve nção Ges tão Ris cos

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

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Relatório de Execução |  2011  

 

214 

 

Esta operação  tem como objetivo o Estudo  do  Risco Sísmico e de  Tsunamis do Algarve (ERSTA), 

de forma a dar cumprimento aos objetivos de prevenir e atenuar os  riscos coletivos e  limitar 

em caso de acidentes g raves ou catástrofes, nomeadamente  através do  desenvolvimento de  

um plano  especial  de emergência.   

Os  registos  históricos  demonstram  que  a  região  do  Algarve  tem  registado  as  maiores  

intensidades  sísmicas  em  Portugal  Continental,  sendo  esta  uma  região  de  características  

particulares, pois a lém da grande concentração  urbana  junto ao  l itoral, recebe sazona lmente  

um intenso fluxo  populacional, nacional e  internacional. 

Deste modo  foi  elaborado   pela   Autoridade  Nacional   de  Proteção  Civil,  o   Estudo  do   Risco  

Sísmico e de  Tsunamis do Algarve (ERSTA) que  visa o conhecimento  aprofundado  destes riscos, 

de forma a dar cumprimento aos objetivos de prevenir e atenuar os  riscos coletivos e  limitar 

em caso de acidentes g raves ou catástrofes, nomeadamente  através do  desenvolvimento de  

um plano  especial  de emergência.   

O ERSTA permitiu diversos avanços científ icos, nomeadamente:    

≈ Revisão  da  neotectónica  (estruturas  sísmicas  ativas)  do  Algarve,  com  a  definição  e 

caracterização das principais estruturas ativas e do zonamento sismogénico da região;   

≈ Caracterização dos parâmetros do movimento sísmico dos solos;   

≈ Identificação  detalhada  de  zonas  com  potencial  de  efe itos  locais  (liquefação  e 

amplificação)  na região  e de deslizamentos de vertentes;   

≈ Identificação   das  zonas  de   risco  de  inundação   por  tsunami   e  primeira  análise  de  

Page 215: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

215 

impactos;   

≈ Análise do comportamento das  infraestruturas face  ao risco s ísmico;   

≈ Estudo detalhado  da dinâmica diária, semanal e sazona l da população.  

≈ Os  resultados  do  ERSTA  vão  permitir  uma maior  sensibilização  da  sociedade  para  a 

necessidade de  desenvolvimento  de ações para minimização dos riscos associados a 

um  evento  sísmico  e  no  desenvolvimento  de  ações  que  reduzam  a  vulnerabilidade  

dos diferentes elementos em risco.  

Sistema de Informação  de Planeamento  de Emergência da responsabilidade  da Autoridade  

Nacional de Proteção Civ il 

Custo Total: 79.960,12€  

Financiamento Comunitário 67.966,1€  

 

O  Sistema  Nacional  de  Planeamento  de  Emergência  (SIPE)  é  uma  plataforma  informática, 

assente  numa  base  de  dados  associada  às  tecnologias  de  informação  e  comunicação,  onde  

estão alojados e disponíveis  todos os Planos de  Emergência  de Proteção  Civil  de 2ª geração, 

aprovados  pelas  autoridades  territorialmente  competentes.  Esta  plataforma  surge  na  

sequência da  Resolução 25/2008, de 18 de  Julho, a qual estipulou que as entidades gestoras  

dos  Planos  de  Emergência  devem  garantir  a  disponibilização  das  suas  componentes  não  

reservadas  em  plataformas  baseadas  nas  tecnologias  de  informação  e  comunicação, 

Page 216: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

216 

promovendo a interação  com o cidadão.   

O SIPE permite a  partilha  de informação, no  domínio  do  planeamento de  emergência, entre  os  

diferentes organismos relevantes  para a proteção  civil e  o público em geral, e contribui para  

aumento da eficiência, eficácia e qualidade da atuação dos serviços e agentes de proteção civil  

nos  cenários  em  que  a  ativação  de  planos  de  emergência  de  proteção  civil  é  essencial  para 

potenciar a resposta a acidentes graves e catástrofes, de modo a garantir o  objetivo final de  

redução  das perdas e danos  na população, bens e ambiente.   

A concretização do SIPE permite, assim, modernizar o Sistema de Proteção Civil, afigurando‐se  

como  estruturante  para  a  gestão  da  emergência  e  para  o  processamento  e  partilha  de  

informação  operacional. 

 

Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

O antigo Eixo VIII do POVT, Infraestruturas para a Valorização dos  Resíduos Sólidos Urbanos, passa, no âmbito  

da  reorganização  dos  Eixos  do  POVT,  a  constituir  um  Domínio  de  Intervenção  do  atual  Eixo  II,  com 

financiamento Fundo de Coesão.  

Os dois avisos abertos para a apresentação de candidaturas neste domínio, encontravam‐se decididos no final  

de  2011,  revelando  uma  taxa  de  admissibilidade  de  candidaturas  69%,  fruto  de   se  trata r  de  uma  área  de  

intervenção  concorrencial. 

 

Quadro nº 33 ‐ Ponto de situação dos Avisos do Eixo II ‐ Domínio de  intervenção da Valorização de Resíduos  

Sólidos Urbanos  

 

Em 2011, este Domínio de  intervenção  tinha uma taxa de  realização de 46,6%, fruto do  impulso dado por  um  

conjunto  de operações com um  estado  avançado de execução, nomeadamente as seguintes: 

 

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-59-2007-06 1º Aviso:28-Dez-07

120.000.000 8 148.907.106 4 99.247.952 57.778.497 57.249.694 83% 48% 58,2%

POVT-59-2009-262º Aviso:1-Jun-09

20.000.000 8 62.643.065 7 41.915.587 8.008.298 9.115.103 210% 40% 19,1%

Total 16 211.550.172 11 141.163.539 65.786.795 66.364.797 46,6%

Aviso

Eixo II - Resíduos Sólidos Urbanos

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

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Relatório de Execução |  2011  

 

217 

Quadro  nº  34  ‐ Operações  que  contribuíram  para  o  avanço  da   execução  do  domínio  de   intervenção  da  

Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

 

Designação da Operação Taxa de Execução 

Construção e exploração de uma unidade de tratamento mecânico e biológico por compostagem de resíduos 

99,32% 

Ampliação da Central de Valorização Orgânica ‐ Unidade de Compostagem na Valnor  97,43% 

Ampliação do Tratamento Biológico por Digestão Anaeróbia da Central Valorização Orgânica da Valnor   74,23% 

Enquadramento da Central de Valorização Orgânica da SULDOURO no QREN  62,53% 

Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal do Litoral Centro 

59,54% 

AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DA CENTRAL DE COMPOSTAGEM DA RESIESTRELA   59,00% 

Valorização de Resíduos Urbanos dos Sistemas Multimunicipais da Alta Estremadura e Oeste ‐ Ampliação  53,25% 

Unidade de tratamento mecânico e biológico por digestão anaeróbia   31,51% 

 

No  que  respeita  à  realização  física  ref letida  pelos  indicadores  de  Eixo  Prioritário  e  Core  Indicatores  para  os  

quais estas operações contribuem, destaca‐se a alteração na designação  do  indicador 24. Capacidade ins talada  

de  valorização  orgânica  e  energética  de  RUB  no  âmbito  dos  projetos  financiados  pelo  POVT,  no  âmbito  da  

reprog ramação, de forma a adequar aquela designação ao contributo que estava a ser retirado das operações  

que estavam a contribuir para aquele indicador.  

Ou seja, apesar da alteração da designação, o que estava a ser medido pelo Indicador  que tinha a designação  

“Quantidade de  RUB valorizada organicamente” era, na  realidade, a capacidade  ins talada das  infraestruturas  

apoiadas para valorizarem orgânica e  energeticamente os res íduos  urbanos biodegradáveis.   

Apesar de não terem sido aprovadas novas candidaturas em 2011, foram contratadas quatro, o que  reflete  o  

acréscimo na capacidade  instalada associada às operações contratadas. No que respeita à execução, a mesma 

reflete a capacidade máxima  instalada, considerando os três projetos concluídos – 30,98 mil toneladas/ano, o  

que representa um grau de concretização face à meta de cerca de 9%: Ampliação do Tratamento Biológico por 

Digestão Anaeróbia da  Central  de Valorização  Orgânica da  Valnor;  Construção e  exploração  de uma unidade de  

tratamento  mecânico  e  biológico  por  compostagem  de  resíduos,  da  Ambilital  e  Ampliação  da  Central  de  

Valorização Orgânica  ‐ Unidade de Compostagem na Valnor.  

A natureza das  infraestruturas apoiadas neste domínio ‐  instalação, remodelação ou ampliação de unidades de  

tratamento mecânico e biológico, e  infraestruturas complementares de TMB promove a  igualdade de género  

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Relatório de Execução |  2011  

 

218 

na criação de postos de trabalho em fase de exploração das  infraestruturas e com caráter permanente, dada a 

natureza das tarefas que  são desempenhadas nestas unidades.  

 

Construção  e   exploração  de   uma   unidade  de   tratamento  mecânico  e   biológico  por  

compostagem de  resíduos da responsabilidade da Ambilital ‐  Investimentos Ambientais  no 

Alentejo, EIM 

Custo Total: 5.166.566,68€  

Financiamento Comunitário: 3.588.230,76€ 

 

Como  exemplo  de  Boas  Práticas  nesta  área  de  intervenção,  podemos  destacar  o  projeto  da  

responsabilidade  da Ambilital, que  visa a construção de uma  unidade de  tratamento mecânico  

e biológico por compostagem de resíduos (UTMB), destacando‐se as atividades  realizadas na  

área  da  Sensibilização  Ambiental.  Esta  sensibilização  é  efetuada  através  dos  serviços 

educacionais das diversas escolas, aliados aos serviços de  sensibilização da Ambilital e  também  

através  das  iniciativas  de  comunicação  e  informação  promovidas  pela  empresa,  que 

permitiram  e  permitem  uma  articulação  efetiva  com  a  população  no  que  diz  à  

consciencialização  e alteração de  hábitos e procedimentos enraizados.   

Assim, deu‐se a conhecer à população a nova unidade de tratamento mecânico e biológico de  

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Relatório de Execução |  2011  

 

219 

resíduos  instalado com  o financiamento comunitá rio, os  tipos  de processos que a compõem, 

bem  como  os  resíduos  que  trata  e  valoriza,  nomeadamente  a  fração  orgânica  de  65  mil 

toneladas/ano de resíduos  indiferenciados, assim como uma parte das embalagens associadas 

aos  resíduos  indiferenciados. Dando  a  conhecer  que  os  resíduos  recicláveis  separados  terão  

como  destino  a  reciclagem  e  que  a matéria  orgânica  segue  para  compostagem,  o  que  irá  

permitir produzir cerca de 12 mil  toneladas/ano de composto de  qualidade. 

 

 

 

Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva  

Com a aprovação da  reprogramação  técnica do POVT em Dezembro  de 2011 e  no  âmbito  da reorganização dos  

Eixos  Prioritários,  o  antigo  Eixo  VI  passou  a  constituir  um  domínio  de  intervenção  do  Eixo  II  ‐  Sistemas 

Ambientais e de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos (Fundo de Coesão), prevendo‐se a manutenção  

no Eixo V ‐ Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano (FEDER)  

das operações  em que  possa não  se verificar a elegibilidade ao Fundo de Coesão.  

No âmbito do Eixo II, ficaram abrangidas as seguintes operações: Ligação Pisão‐Roxo e Adutor Brinches‐Enxoé,  

dado o seu contributo direto para o abastecimento de  água às populações  dos concelhos abrangidos, sendo  

por  isso mais  inequívoca  a  sua  elegibilidade  ao   Fundo   de  Coesão,  correspondendo   ambas  as  operações  a  

Grandes Projetos, cuja notif icação à Comissão Europeia deverá ser revista em função do novo Eixo e Fundo. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

220 

Apesar  do  carater  dicotómico   deste  Domínio  de  Intervenção,  a  análise  qualita tiva  será  feita  neste   ponto,  

nomeadamente  no  que  respeita  ao Aviso  de Abertura que  foi  encerrado a 22  de  Dezembro de  2011, sendo  

detalhado no ponto 3.5.2 o progresso  das operações que transita ram para o Eixo V.  

Em  Dezembro  de  2007,  procedeu‐se  à  abertura  de  um  período  de  candidaturas  em  contínuo,  com  um  

financiamento comunitário equivalente à dotação total do antigo Eixo VI, ou seja, 275 milhões de euros, tendo  

sido  apresentadas  até  ao  final  de  2011  doze  candidaturas,  uma  das  quais  em  2011,  correspondendo  às  

tipologias  de  investimento  previstas  no  antigo  Eixo  VI  e  aos  seus  objetivos,  e  que  corresponderam  a  um  

financiamento  solicitado  de  198  milhões  de  euros  –  72%  do  Fundo  disponibilizado  no  âmbito  do  Aviso. 

Contudo,  e  em  2009,  três  destas  doze  candidaturas,  a  pedido  da  entidade  executora  –  EDIA,  SA,  foram 

canceladas  e  os  respetivos  contratos  de  f inanciamento  rescindidos,  para  absorção  de  fundos  do QCAIII.  As 

referidas candidaturas totalizavam um montante de  fundo da ordem dos 30  milhões de euros.  

 

Quadro nº 35 ‐ Ponto de situação  dos Avisos  dos Eixos II e V ‐ Domínio de  intervenção do Empreendimento 

de Fins Múltiplos de Alqueva  

 

 

No decorrer do ano  de 2011, foram aprovadas três operações, duas das quais estavam em análise no final  de  

2010 e a terceira, a que foi apresentada em 2011.  

No  que  respeita  às  operações  que,  no  âmbito  da  reprogramação,  se  considerou  terem  condições  claras  de  

enquadramento no Eixo II, as mesmas envolvem um financiamento Fundo de  Coesão  de 69,4 milhões  de euros,  

estando executados no final de 2011, cerca de 58,1 milhões  de euros, ou  seja, 82%. 

O  contributo  das  operações  aprovadas  e  contratadas  para  a  concretização  dos  objetivos  do  Eixo  II  é  já 

significativo,  designadamente  ao  nível  da  “Extensão  da  Rede  Primária  Construída”  (indicador  de  Eixo  22  da  

tabela 3.2), com a concretização de 44,13 km de rede construída  no âmbito  das operações aprovadas e de duas  

barragens (indicador 21), o um grau de concretização face à meta de 2015 de 24% e 29%, respetivamente. No 

que respeita à realização  contratada dos anos  2009 e  2010 dos indicadores 21  e 22, a mesma foi ajustada à que  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-55-2007-01 21-Dez-07 275.000.000 2 75.499.251 2 69.400.659 57.102.249 58.096.629 25% 21% 82%

AvisoEixo II -

Alque va

Dotação de cada Avis o

(Fundo)*

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-55-2007-01 21-Dez-07 275.000.000 10 122.718.302 7 92.363.901 37.755.488 39.998.782 34% 14% 41%

Totais 12 198.217.552 9 161.764.560 94.857.737 98.095.411 59% 34% 59%

Eixo II - Alque va

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

Aviso

Page 221: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

221 

resulta  das  operações  que  contribuem  para  o  Eixo  II.O  indicador  “Acréscimo  de  População  Servida  com  

Sistemas Públicos de  Abastecimento de Água” (indicador de Eixo 23) apresenta  uma realização de  100% face  ao  

previsto,  com  68.559  habitantes  servidos  por  via  da  conclusão  das  infraestruturas  relativas  às  operações  

“Ligação Pisão‐Roxo” e “Adutor Brinches‐Enxoé”. 

 

Projeto ‐ Ligação Pisão‐Roxo | Beneficiário ‐ Edia ‐ Empresa de Desenvolvimento e Infra‐Estruturas do  

Alqueva, S.A. 

 

Projeto   ‐  Adutor  Brinches‐Enxoé   |  Beneficiário  ‐  Edia  ‐   Empresa  de  Desenvolvimento   e  Infra‐Estruturas  do  

Alqueva, S.A. 

 

Page 222: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

222 

Sendo  a  igualdade  de  oportunidades  entre  as mulheres  e  os  homens,  uma  prioridade  horizontal  a  todos  os  

Eixos  prioritá rios   do  POVT,  não  assume  a  mesma  expressão  em  todos   eles.  No   caso  específico  do  

Empreendimento  de  fins Múltiplos  de  Alqueva,  que  integra  uma  estrutura  de  operações  que  correspondem  

essencialmente a projetos de  infraestruturas e equipamentos pesados, a participação feminina é reduzida, em 

particular ao nível da mão‐de‐obra não especializada. 

Também neste domínio de  intervenção (à  semelhança do Domínio de  Intervenção  do Ciclo Urbano da Água), as  

operações financiadas contribuem para a promoção dos níveis da qualidade e da segurança no abastecimento  

de água para consumo  urbano e para as atividades económicas desenvolvidas  na região abrangida  por estas  

intervenções, não havendo qualquer tipo  de discriminação  e sendo  este acesso universal.  

 

3.2.3 Problemas significativos  encontrados  na  implementação do Eixo Priori tário e medidas  

tomadas 

 

Ciclo Urbano da Água  

Tal  como  demonstra  a  análise  efetuada  no  ponto  anterior,  no  ano  de  2011  foi  possível  ultrapassar  a maior 

parte  dos constrangimentos que  se colocavam à aprovação das  candida turas e  que  foram caracterizados no  

Relatório de Execução Anua l de 2010. 

Por  outro  lado  foi  poss ível  assegurar  uma  articulação  entre  o  POVT,  o Organismo  Intermédio,  as  empresas 

concessionárias  e  a  ERSAR  (entidade  reguladora  do  sector)  que  produziu  resultados  ao  nível  da  análise  do  

benefício público da contribuição do Fundo de Coesão e do respeito pelas regras de concorrência que facilitou  

a tomada de decisão da  Autoridade  de Gestão sobre este  tipo de candidaturas.  

A demonstração do cumprimento das disposições  legais em matéria de ambiente e ordenamento do território  

em  fase anterior  à  celebração  do  contrato  de  financiamento,  revelou‐se  um  sério  obstáculo  à  execução  das  

candidaturas mais  complexas e  com  maior número  de  infraestruturas pelo  que  a Autoridade de  Gestão decidiu  

deslocar  a  mesma  para  a  fase  de  execução.  Esta  opção  teve  imediato  impacto  no  número  de  contratos  

celebrados e beneficiou a execução,  já que deu às entidades beneficiárias, a garantia de que precisavam para  

impulsionarem a realização  dos  investimentos. 

Deve  contudo  sublinhar‐se  que  a  questão  licenciamento  ambiental  se  reveste  de  grande  complexidade  pelo  

número   de  candida turas  envolvido  e   pelo  número   e  dimensão  das  infraestruturas  abrangidas  (exis tem  

intercetores e adutoras com  muitos Km de  comprimento e  que  atravessam zonas geográficas de características  

Page 223: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

223 

diferentes em matéria de ordenamento do território,  incluindo  linhas de água). A Autoridade de Gestão  tem  

dado  atenção  a  estes  aspetos  e  procurado  a  colaboração  e  articulação  com  os  beneficiários  e  entidades  

licenciadoras.  

De  realçar  também  que  a  dispensa  de  elaboração  e  apresentação  do  Documento  de  Enquadramento  

Estratégico (DEE), na sequência do Despacho da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, de 11  

de Maio de 2011, considerando que seria sempre possível assegurar, com base nos elementos disponibilizados  

nas candidaturas, a sustentabilidade  técnica e económica  dos  investimentos, permitiu  resolver um  problema  

que se antevia na fase de execução das operações em relação às quais não existisse DEE aprovado no prazo de 

seis meses após a aprovação da operação, que seria a suspensão de  pagamentos. 

O  ano  de  2011  também  ficou marcado  pelo  facto  da  capacidade  de  execução  dos  beneficiários  ter  ficado  

fortemente  condicionada  pelo  enquadramento  macroeconómico  nacional  em  resultado  das  restrições  

impostas  ao  endividamento   e  da  reduzida  disponibilidade  da  banca  para  a  concessão  de  crédito.  Estas  

dificuldades  foram  em  certa medida mitigadas  pelas  alterações  introduz idas  ao  Regulamento  Específ ico  do  

antigo Eixo II – Rede  Estruturante de Abastecimento  de Água e Saneamento (ver a este respeito  o ponto 2.7.1 –  

Acompanhamento deste re latório)  

Proteção Costeira  

No decorrer do ano de 2011, a execução financeira do domínio de  intervenção Proteção Costeira, decorreu a  

um  ritmo  bastante  diminuto,  uma  vez  que  se  verificaram  fortes  l imitações  orçamentais,  ao  nível  dos  

beneficiá rios públicos com contrapartida nacional que provém do Orçamento de Estado, como sejam, Instituto  

da Água (INAG) e  Adminis tração  das  Regiões Hidrográficas  (ARH), que constituem  os principais  beneficiários  

neste domínio.   

Outro dos  principa is beneficiários do domínio da Proteção Costeira são as Sociedades  Polis  Litoral, em que as  

dificuldades de execução das respetivas operações  integradas de requalif icação do  litoral, maioritariamente de  

natureza  imaterial,  se  situam  ao  nível  da  implementação  dos  estudos,  planos  e  projetos  de  execução.  Estas 

dificuldades estão associadas à necessidade de se considerarem demolições de construções, expropriações, e  

relocalizações de  zonas  em risco, com  impacte  direto   junto  das populações  locais, envolvendo  processos  de  

consulta  pública,  e  à  complexidade  técnica  das  soluções  propostas,  que  dificultam  a  expedita  elaboração  e  

emissão  de  pareceres  pelas  diversas  entidades  envolvidas  na  gestão  do  território.  Esta  situação  justif ica  a  

dificuldade  de   conclusão  das  referidas  operações,  que  terão  de  dar  lugar  a  execução   das  empreitadas  no  

período de  vigência do  QREN.  

Prevenção e Gestão de Riscos 

Page 224: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

224 

Neste  domínio  de  intervenção,  é  de  referir  que  a  grande maioria  das  entidades  beneficiárias  ainda  não  se  

encontra  suficientemente  sensibilizada  no  domínio  das  obrigações  de   contratação  pública  e  todos  os  seus  

princípios  inerentes.  Contudo,  no  decorrer  do  ano  de  2011,  consta tou‐se  um  esforço,  por  parte  dos  

beneficiá rios, aquando da  instrução das candida turas, relativo à observância da regulamentação comunitária e  

nacional sobre  contratação  pública.  

Neste contexto, a EGMFC do  MAI tem vindo  a reforçar os seus  procedimentos de verif icação e  de sensibilização  

nesta matéria. A AG do POVT tem apoiado  o Organismo  Intermédio na sua capacitação para o efe ito.  

Outras  das  dificuldades  sentidas  neste  domínio,  prendem‐se  com  a  escassez  de  recursos  da  maioria  dos  

beneficiá rios para a contrapartida nacional, para cuja minimização  contribuiu o EQ‐BEI.  

Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos  

As dificuldades em termos de execução no domínio dos Resíduos Sólidos Urbanos apresenta ram‐se ao nível da 

garantia da contrapartida nacional, uma vez que a maioria  dos  beneficiários são empresas  intermunicipais, que  

por um  lado, dependem de financiamento bancário para a realização do  investimento e no contexto atual esse  

acesso  tem  tido  enormes  dificuldades.  Para  colmatar  essa  situação  em  2011,  as  entidades  recorreram  à  

utilização do empréstimo‐quadro contratado  com  o  Banco Europeu  de  Investimento  (BEI) destinado  a f inancia r 

uma  parte  da  contrapartida  nacional  necessária  para  acelera r  a  execução  financeira  do QREN, mas  algumas 

destas  entidades  tiveram  pareceres   de  f inanciamento  favoráveis  mas  condicionados   à  apresentação  de  

documentos  adicionais,  o  que  origina  um  adiamento  relativamente  à  decisão  final  e  à  concretização  do  

empréstimo.  

Por outro  lado, as receitas desta tipologia de entidades assenta essencialmente nos Municípios, e uma vez que 

os mesmos também apresentam graves dificuldades financeiras e nem sempre cumprem com os  pagamentos  

de  serviços  às  empresas  intermunicipais,  acrescem  dificuldades  de  tesouraria  pela  consequente  escassez  de 

liquidez  para  fazer  face  ao   elevado  volume  de  investimento  dos  projetos  candida tados  para  a  construção,  

remodelação  ou ampliação das infraestruturas. 

Empreendimento de fins Múltiplos de Alqueva  

No decorrer do ano de 2011  o ritmo de execução financeira do  domínio de  intervenção “Empreendimento de  

Fins Múltiplos  de  Alqueva”,  do  Eixo  II  continuou  a  ser  pressionado  pelas  dificuldades  de  tesouraria  sentidas  

pela EDIA e pela consequente escassez de  liquidez  para  fazer face  ao elevado volume  de  investimento que tem  

a seu cargo. Esta dificuldade tem vindo a ser atenuada pela concessão de adiantamentos de FEDER, baseados  

na apresentação  de faturas e autos de  medição.  

Page 225: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

225 

É ainda de referir a dificuldade sentida em  determinados aspetos específ icos da metodologia e validação dos  

pressupostos das Análise Custo‐Benefício  (ACB), aspetos estes que foram sendo objeto de clarificação ao  longo  

do tempo, mas obrigaram à revisão das ACB entretanto  apresentadas. 

 

   

Page 226: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

226 

3.3  Eixo  Prioritário  III  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  da  Região  Autónoma  dos  

Açores  

3.3.1 Cumprimento de Metas e  análise de progressos 

A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e  

nos  Indicadores  Comuns  Comunitários  aplicáveis,  os  principais  resultados  alcançado  até  ao  final  de  2011  no 

âmbito do Eixo III – “Redes e Equipamentos Estruturantes  na Região  Autónoma dos  Açores”.  

Tabela 3.3.: Realização Física do Eixo Prioritário 3 

  

Indicadores   2008  2009  2010  2011  2015 

Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE ) n.º 1083/2006  

26. Nº de projetos de reordenamento e requalificação de portos comerciais nos Açores  

Realização Contratada     1  1  2 

Realização Executada            ‐    

Meta  1  2 

Valor de Referência                

27. Movimentos beneficiados de mercadorias (carregadas+descarregadas) nos Portos da Região Autónoma dos Açores  

Realização Contratada     __  __  _    

Realização Executada            _    

Meta  95.000  290.000 

Valor de Referência                

28. Movimentos beneficiados de passageiros (embarcados +desembarcados ) nos Portos da Região Autónoma dos Açores  

Realização Contratada  400.000  400.000  400.000 

Realização Executada            ‐    

Meta  270.000  800.000 

Valor de Referência                

29. Qualidade das águas superficiais ‐estado eutrófico das lagoas na Região Autónoma dos Açores         

Realização Contratada     0‐10   0‐10   0‐10     

Realização Executada            ‐    

Meta  0‐10  

Valor de Referência                

30. Redução da emissão de CO2 ‐ Substituição da produção de eletricidade nas centrais térmicas por produção renovável  

Realização Contratada  __  __  _ 

Realização Executada            ‐    

Meta  20.000  70.000 

Valor de Referência                

31. Nº de Projetos de Resíduos Sólidos  

Realização Contratada           1    

Realização Executada            ‐    

Meta  3 

Valor de Referência                

Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)  

Transportes 13. Nº de Projetos (Transportes)  

Realização Contratada  1  2 

Realização Executada            ‐    

Page 227: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

227 

Energia 23. Nº de projetos (energias renováveis) 

Realização Contratada     __  __  ‐    

Realização Executada                 

Energia 

24. Capacidade suplementar de produção de energia a partir de fontes renováveis (em MWh) 

Realização Contratada     __  __  ‐    

Realização Executada                 

Ambiente  27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos  

Realização Contratada  __  __  1 

Realização Executada            ‐    

Ambiente 28. Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar 

Realização Contratada  __  __  ‐ 

Realização Executada            ‐    

Ambiente 

29. Área reabilitada (em Km2) no âmbito de intervenções de recuperação de passivos ambientais (áreas degradadas e contaminadas)  

Realização Contratada  __  __  ‐ 

Realização Executada  

         ‐    

Alterações climáticas 

30. Redução de emiss ões de gases com efeito de estufa (CO2 equivalentes Kt) 

Realização Contratada  __  __  n.d.  

Realização Executada  

        

n.d.    

 

3.3.2 Análise qualitativa 

Em  2011,  foram  apresentadas  no  âmbito  do  Eixo  III  do  POVT  duas  candidaturas,  uma  relativa  à  Central  de  

Tratamento   e  Valorização  de   Resíduos  da  i lha  Terceira,  promovida   pela  TERAMB  ‐  Empresa Municipal  de  

Gestão e Valorização Ambiental da  ilha Terceira, EEM e outra respeitante ao Projeto VALORISM ‐ ECOPARQUE 

DA ILHA DE SÃO MIGUEL, promovido pela Associação de Municípios da Ilha de São Miguel e que configura um  

Grande Projeto  encontrando‐se estas duas candidaturas em análise de admissibilidade no fina l do  ano. 

Também no final do  ano e em  virtude da reprogramação do POVT, este Aviso de Abertura foi  encerrado.  

 

Quadro  nº  36  ‐  Ponto  de  situação  do Av iso  do  Eixo  III  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  da  Região 

Autónoma dos Açores  

 

Foram aprovadas em 2011  as operações re lativas ao Reordenamento  do Porto da Madalena e  à Construção dos  

Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São Jorge, Pico e Faial e Selagem/remoção de  lixeiras,  

somando‐se  às  anteriormente  aprovadas,  Requalificação  Ambiental  das  Bacias Hidrog ráficas  das  Lagoas  das 

Furnas e Sete Cidades e Requalificação e  reordenamento da frente marítima da  Horta. 

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-57-2008-11 31-Mar-08 70.000.000 7 191.016.188 4 81.756.467 34.197.736 34.840.392 117% 49% 42%

Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

Aviso Eixo III - RAADotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as

Page 228: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

228 

A  31  de Dezembro  de  2011  o  nível  de  compromisso,  respeitante  às  quatro  candidaturas  aprovadas,  totaliza  

96,2 milhões de euros de despesa pública, a que corresponde um montante total de Fundo de 81,8 milhões de  

euros o  que representa uma taxa de compromisso  do E ixo de 74,3%.   

 

Quadro nº 37 ‐ Ponto de s ituação do E ixo III a 31 de dezembro de 2011  

Unidade: Euro 

Código da 

Operação   Entidade  Designação do Projecto  Localização  

Valores Aprovados 

Montante da 

Decisão   Contribuiçã o FC 

POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000001  

Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental SA 

Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas 

das Furnas e Sete Cidades S. Miguel  16.548.197,00   14.065.968,00  

POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000002  

Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A. 

Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da Cidade da 

Horta Faial  42.787.750,61   36.369.588,02  

POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000004  

Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A. 

Reordenamento do Porto da Madalena ‐ Construção de infraestruturas e obras para 

melhoramento das condições de abrigo 

Pico   13.050.630,32   11.093.035,77  

POVT‐13‐01 57‐FCOES‐000005  

Secretaria Regional do Ambiente e do Mar 

Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São 

Jorge, Pico e Faial Açores  23.797.500,00   20.227.875,00  

  96.184.077,93   81.756.466,79  

 

No que concerne à execução do Eixo, estavam executados no f inal do ano cerca de 34,2 milhões  de euros  de  

Fundo de Coesão, o que significa um acréscimo de mais de 100% face à execução registada em 2010, fixando a 

taxa de execução em 31,1%, acima da média da taxa do fundo de  Coesão e próximo da  taxa de execução do  

Programa. 

O  contributo  das  operações  aprovadas  e  contra tadas  para  os  objetivos  do  Programa,  consubstanciado  nos  

valores dos  indicadores  inscritos na tabela 3.3, tem uma evolução, face a 2010, em relação aos  indicadores de  

Eixo  Prioritá rio   26  e  o  novo  indicador  31   (que  também  tem  ref lexos  no  core  indicator  27),  resultante   da  

aprovação das duas novas operações referidas anteriormente. Dado que as operações aprovadas ainda não se 

encontram concluídas, não existe avanço no que  concerne  à realização executada. 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

229 

Requalificação Ambiental das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e Sete Cidades da  

responsabilidade da SPRAçores ‐ Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, SA  

Custo Total: 16.548.197 €  

Financiamento Comunitário: 14.065.968 €  

 

Destaca‐se  neste  Eixo  Prioritá rio  como  exemplo  de  Boas  Práticas  na  aplicação  dos   Fundos  

Comunitários, a operação Requalificação Ambiental  das  Bacias  Hidrográficas  das Lagoas das  

Furnas  e  Sete  Cidades.  Esta  operação  tem  como  objetivo  a  implementação  dos  Planos  de  

Ordenamento  das  Bacias  Hidrográf icas  das  referidas  Lagoas,  enquanto  ins trumentos  

determinantes de desenvolvimento sustentável, nomeadamente no que concerne à definição  

de regras e medidas de uso, ocupação e transformação do solo, capazes de gerir as áreas dos 

planos, numa perspetiva dinâmica e  integ rada. 

Este  projeto   prevê  a  requalif icação  de   áreas  específicas  dos   respetivos  planos, 

nomeadamente,  os  troços  l imítrofes  à  lagoa,  dotando‐os  de  infraestruturas  várias, 

equipamentos  lúdico‐recreativos  e  de  apoio  ao  plano  de  água,  bem  como  operações  de  

qualificação do  núcleo urbano.   

De uma forma geral estas intervenções  irão  potenciar um maior dinamismo da economia loca l, 

tendo em conta que a requalificação daquele espaço  irá atrair um maior número de visitantes  

e cria r novas atividades e  produtos. A aposta num projeto  inovador, dinâmico e sustentável  

pretende explorar os valores da região e produtos naturais  locais, estimulando a dispersão de  

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Relatório de Execução |  2011  

 

230 

atividades  de   lazer  e   respetivos  utilizadores  por  toda  a   bacia  hidrográfica,  de  uma  forma  

regrada, numa perspetiva de  que o sucesso  deste  projeto passa também  pelo  envolvimento da  

comunidade local, científica e  empresa rial. 

Esta ação de requalificação das margens das Lagoas das Furnas e Sete Cidades é uma aposta e 

um  investimento na valorização do ambiente, no aumento  da biodiversidade e  na criação de  

condições  para  um  desenvolvimento   sustentável,  procurando  iniciativas  e  ações  que  

incorporem  e  materializem  preocupações  ambientais,  de  modo  a  compatibilizá‐las  com  a 

nossa estratégia de  intervenção. Para este efeito, e no âmbito do projeto multidisciplinar que  

é, foram elaboradas diversas parcerias e estra tégias conjuntas de atuação.  

O  Fundo  de  Coesão  é,  deste modo,  fundamental  implementação  das  referidas  ações,  tendo 

em  conta  que   permitem,  de   uma  forma mais  rápida,  requalif icar,  proteger  e  valorizar  os  

ecossistemas de grande sensibilidade ambiental.  

 

3.3.3 Problemas significativos  encontrados  na  implementação do Eixo Priori tário e medidas  

tomadas 

No que concerne  à execução, tra tando‐se de uma componente do Programa que  é pré‐determinada em  âmbito  

e conteúdo  e também  em beneficiá rios de natureza exclusivamente  pública, as questões relativas à situação de  

crise económica e f inanceira tiveram naturalmente algum  impacte, mas não tão s ignifica tivo que  pusesse em  

causa  o  desenvolvimento  norma l  das  operações   enquadradas  neste  Eixo,  vincando‐se  mais  os   aspetos  de  

natureza  processual  e  administrativa  como  condicionantes  da  evolução  da  execução  mantendo‐se  como  

principal  dificuldade a  complexidade e  densidade dos  instrumentos de apoio e  os procedimentos associados.  

De forma  a ultrapassar estas dificuldades, a Direção  Regional do Planeamento  e Fundos Estruturais, Organismo  

Intermédio  com competências delegadas, realiza reuniões com os beneficiários  na tentativa de ultrapassar os  

principais constrangimentos sentidos, como por exemplo, as questões relativas à contra tação pública. 

Os  recursos  financeiros  adstritos  ao  Eixo,  face  às  candidaturas  aprovadas  e  já  submetidas,  afiguravam‐se 

insuficientes  pelo  que foi solicitado o  reforço  de 112,5 milhões de euros  de Fundo de  Coesão. No âmbito  da  

reprog ramação técnica do POVT, foi já aprovado o reforço no  montante de  40 milhões de euros. 

 

   

Page 231: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

231 

3.4  Eixo  Prioritário  IV   –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  da  Região  Autónoma  da  

Madeira  

 3.4.1 Cumprimento de  Metas  e análise de  progressos 

A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e  

nos  Indicadores  Comuns  Comunitários  aplicáveis,  os  principais  resultados  alcançado  até  ao  final  de  2011  no 

âmbito do Eixo IV – “Redes e Equipamentos Estruturantes na  Região Autónoma da Madeira”.  

Tabela 3.4.: Realização Física do Eixo Prioritário 4 

  

 Indicadores   2008  2009  2010  2011  2015 

Indicadores Eixo (alínea c)  do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE)  n.º 1083/2006  

32. Nº de Projetos de Infraestruturas ambientais intervencionadas  

Realização Contratada     _  _  1 

Realização Executada            ‐    

Meta  1  2 

Valor de Referência                

33. População servida por infraestruturas ambientais (águas e saneamento)  

Realização Contratada     __  __  _    

Realização Executada            ‐    

Meta  70%   78%  

Valor de Referência                

34. Nº de Terminais de Gás Natural instaladas (UAG) 

Realização Contratada  __  __  _ 

Realização Executada            ‐    

Meta  1  1 

Valor de Referência                

35. Nº de Infraestruturas de transporte intervencionadas  

Realização Contratada     2  2  2    

Realização Executada            1    

Meta  1  3 

Valor de Referência                

36. Capacidade de acolhimento de passageiros de cruzeiros 

Realização Contratada  __  __  13.000 

Realização Executada            ‐    

Meta  50.000  60.000 

Valor de Referência                

37. Redução do tempo de viagem, decorrente de projetos apoiados 

Realização Contratada     61%   61%   61%     

Realização Executada            61%     

Meta  61%   61%  

Valor de Referência                

38. Linhas de Água (ribeiras) intervencionadas 

Realização Contratada  __ 

Realização Executada            ‐    

Meta  28 

Page 232: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

232 

Valor de Referência                

Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)  

Transportes  13. Nº de Projetos Realização Contratada  2  2  2 

Realização Executada            1     

Transportes 14. Nº de Km de Novas Estradas 

Realização Contratada     1,5  1,5  1,5    

Realização Executada            1,5    

Transportes 15. Nº de Km de Novas Estradas nas RTE 

Realização Contratada     1,5  1,5  1,5    

Realização Executada            1,5    

Transportes 

20. Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projetos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros)  

Realização Contratada  ‐ 

Realização Executada  

        

‐ 

  

Ambiente 

25. Acréscimo de população servida nos sistemas de abastecimento de água intervencionados 

Realização Contratada    _  _  ‐    

Realização Executada  

         ‐    

Ambiente 

26. Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionadas  

Realização Contratada 

_  _  ‐ 

Realização Executada  

         ‐    

Ambiente 27. Nº de projetos de Resíduos Sólidos  

Realização Contratada        _  1    

Realização Executada            ‐    

Ambiente 28. Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar 

Realização Contratada     _  _  ‐    

Realização Executada           ‐    

 

3.4.2 Análise qualitativa 

No âmbito do Aviso para apresentação de candidaturas, que esteve aberto desde 31 de Março de 2008 até ter 

sido encerrado em  22  de Dezembro  de 2011, em  virtude  da aprovação da  reprogramação  técnica do  POVT, 

entrou uma nova candidatura em 2011, que foi aprovada no f inal desse ano  ‐ 3ª Fase do Ate rro sanitário da  

ETRS  da Meia  Serra,  com  um  financiamento  Fundo  de  Coesão  na  ordem  dos  5,9 milhões  de  Euros  para  um  

montante de investimento  elegível de 8,5 milhões  de Euros  

Tendo  sido  este  projeto,  o  primeiro  no  domínio  das  infraestruturas  ambientais,  aprovado  em Dezembro  de  

2011,  já não teve qualquer reflexo no  nível de execução do Eixo Prioritário, embora tenha contribuído para a  

taxa de compromisso registada de cerca de 46%.  

Page 233: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

233 

Deste modo,  os  dois  projetos  aprovados  desde  2008  e  2009,  respetivamente  a  Ligação  em  Via  Expresso  ao 

Porto  do  Funchal  e  as  Infraestruturas  do  porto  do  Porto  Santo, marcaram  o  ritmo  de  execução  deste  Eixo,  

sendo que  apenas este  último  teve um contributo efetivo dado que  o primeiro  se encontra financeiramente  

concluído  deste 2010. 

Quadro  nº  38  ‐  Ponto  de  situação  do Aviso  do  Eixo  IV  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  da  Região 

Autónoma da Madeira  

 

Aquele  contributo  efetivo  foi  na  realidade muito  baixo,  cerca  de  20 mil  euros,  o  que  leva  a  que  a  taxa  de 

execução  do Eixo se  tenha  mantido  inalterada rela tivamente a 2010 – 34,4%. Os motivos para esta situação  

serão explicitados no ponto  3.4.3. 

O  contributo  das  operações  aprovadas  e  contra tadas  para  os  objetivos  do  Programa,  consubstanciado  nos  

valores dos  indicadores  inscritos na tabela 3.4 evolui no  que respeita à realização  contratada do  indicador  de  

Eixo Prioritário 32. Nº de Projetos de Infraestruturas ambientais  intervencionadas, na sequência da aprovação  

da  operação  referida  anteriormente  ‐  3ª  Fase  do  Aterro  sanitário  da  ETRS  da  Meia  Serra,  contribuindo  

igualmente para o core indicator 27. Nº de  projetos de Resíduos Sólidos. 

 

Projeto ‐ Infra‐estruturas  do porto do Porto Santo | Beneficiário ‐ APRAM ‐ Administração dos Portos  

da Região  Autónoma  da Madeira, SA 

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromiss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POVT-58-2008-12 31-Mar-08 100.000.000 3 45.113.635 3 45.935.100 34.385.278 33.321.746 46% 34% 75%

Aviso Eixo IV - RAMDotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Apr ovações Exe cução Indicador es Financeiros

Page 234: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

234 

 

No que respeita a concretizações e com a conclusão em 2010 do projeto Ligação em Via Expresso ao Porto do  

Funchal,  os  indicadores  de  Eixo  Prioritário   35. Nº   de  Infraestruturas  de   transporte  intervencionadas   e  37.  

Redução do tempo de viagem, decorrente de projetos apoiados, apresentam uma rea lização executada de 1 e  

61%, respetivamente, sendo que no caso do último  indicador, o grau de concretização face à meta de 2015 é  

de 100%. 

No que concerne  aos core  indicators, a conclusão  daquela  intervenção contribui para a  realização  executada  

dos  indicadores 13. Nº de  Projetos de  transportes  (1) e  14. Nº  de Km  de Novas Estradas e 15. Nº  de Km  de  

Novas Estradas nas RTE  (1,5 Km). 

Não  exis tem  operações  aprovadas  com  contributo  para  o  indicador  38.  Linhas  de  Água  (ribeiras)  

intervencionadas,  introduz ido  na  sequência  da  reprogramação  do  POVT,  correspondente  às  novas 

elegibilidades ‐ correção torrencial e regularização  de ribeiras. 

 

3.4.3 Problemas significativos  encontrados  na  implementação do Eixo Priori tário e medidas  

tomadas 

No  que  respeita  à  operação  “Infraestruturas  do  Porto  do  Porto  Santo”,  aprovado  em  2009  e  com  data  de  

conclusão  prevista  para  30/09/2011,  as  razões  que  justificam  a  fraca  execução  f ísica  da  operação  

concretamente  da  componente  “Construção”  e  em  particular  das  empreitadas  de  construção  dos  “Edifícios  

Operacionais  e   Arruamentos”,  das  “Redes  de   Energia  e  Eletricidade”  e  da  “Ampliação  de  Terrapleno   e  

Construção de Cais e  Rampa de  Salvamento”, são as seguintes:   

≈ As  dificuldades  de   financiamento  resultantes  da  atual  conjuntura  económico‐financeira  e   que  

levaram a um exercício de reavaliação não só da componente mencionada mas também de todas  

as componentes do projeto, que estão  por rea lizar  o que conduziu à  preparação (em  curso) de  

uma proposta de  Reprogramação Temporal, Física e  Financeira. 

≈ A  complexidade  técnica  do  processo  de  reprogramação  motivada  pela  aprovação  do  projeto  

“Unidade  de  Captura  e  armazenamento  de  CO  2  para  valorização  energética”,  já  aprovado  no  

Programa Operacional da RAM: Intervir +, financiado pelo FEDER) em que a ocupação de parte da  

área  do  terrapleno,  exigirá   alteração  na  área  de  implantação  dos  edif ícios  operacionais,  

interferindo assim com  o que estava projetado pela APRAM na candidatura aprovada no âmbito  

do POVT.  

Page 235: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

235 

A entidade responsável pela operação está a trabalhar  no processo  de reprogramação, podendo‐se antecipa r 

que serão  devidamente   jus tificadas as alterações que vier a propor, salvaguardando  sempre  o cumprimento  

dos objetivos preconizados na candidatura. 

Quanto à apresentação da candidatura do Terminal  do Gás Natura l, o Instituto de Desenvolvimento  Regional  

continua a  trabalha r conjuntamente  com  a Empresa  de Eletricidade  da Madeira, SA na  ins trução da mesma,  

processo que se tem vindo a demonstrar complexo e moroso, essencialmente devido a questões relativas aos 

estudos económico‐financeiros. 

 

   

Page 236: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

236 

3.5. Eixo Prioritário V  ‐  Infraestruturas e Equipamentos  para a Valorização Territorial e  o 

Desenvolvimento Urbano (FEDER) 

3.5.1. Cumprimento de Metas e  análise de progressos 

A tabela seguinte apresenta, com base no conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio definidos no Programa e  

nos Indicadores Comuns  Comunitários aplicáveis, os principais resultados  alcançados  até ao f inal de  2011 no  

âmbito do Eixo V  – “Infraestruturas e  Equipamentos  para a Valorização  Territorial  e o  Desenvolvimento Urbano  

(FEDER)”.  A  este  Eixo  correspondem,  na  sequência  da  reprogramação  operada  no  final  de  2011,  todos  os  

domínios do anterior Eixo IX, acrescido das operações aprovadas no anterior Eixo VI e cuja elegibilidade não foi  

ainda enquadrada no Fundo  de Coesão (no âmbito da prog ramação do atual Eixo II).  

Tabela 3.5.: Realização Física do Eixo Prioritário 5 

     

   Indicadores   2008  2009  2010  2011  2015 

Indicadores Eixo (alínea c)  do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE)  n.º 1083/2006  

39. Nº de Escolas intervencionadas ao abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário financiadas pelo POVT  

Realização Contratada  16  71  82 

Realização Executada           58    

Meta  110  82 

Valor de Referência                

40. Alunos servidos por escolas intervencionadas ao abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário financiadas pelo POVT 

Realização Contratada     19.950  86.952  101.616    

Realização Executada           77.082    

Meta  90.000  100.000 

Valor de Referência                

41. Equipamentos Desportivos  

Realização Contratada  84 

Realização Executada           54    

Meta  85 

Valor de Referência                

42. População abrangida por equipamentos desportivos  

Realização Contratada           991.027    

Realização Executada           596.459    

Meta  1.055.577 

Valor de Referência                

43. Universidades construídas e/ou ampliadas/requalificadas  

Realização Contratada  17 Realização Executada           5    

Meta  17 

Valor de Referência                

44. Alunos servidos pelas Universidades intervencionadas 

Realização Contratada  49.202 

Page 237: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

237 

Realização Executada           15.750    

Meta  49.202 

Valor de Referência                

45. Equipamentos culturais 

Realização Contratada  9 Realização Executada           ‐    

Meta  10 

Valor de Referência                

46. Nº Projetos de soluções inovadoras  

Realização Contratada  20  15 

Realização Executada           ‐    

Meta  50  20 

Valor de Referência                

47. População diretamente abrangida pelos resultados dos projetos de soluções inovadoras 

Realização Contratada  1.875.201  3.575.201  1.978.421 Realização Executada           ‐    

Meta  1.000.000  3.580.000 

Valor de Referência                

48. Replicações por projeto de soluções inovadoras 

Realização Contratada  2  2,5  2,5 

Realização Executada           ‐    

Meta  2  2,5 

Valor de Referência                

49. Fundos de Desenvolvimento Urbano Criado no âmbito da iniciativa JESSICA 

Realização Contratada  _  _  1 

Realização Executada           1    

Meta  1 

Valor de Referência                

Indicadores Comuns Comunitários (core indicators)  

Transportes  

22. Acréscimo de população servida por intervenções de expansão de sistemas de transporte urbanos  

Realização Contratada   

240.182  240.182  279.532 

Realização Executada 

         ‐   

Energia 23. Nº de projetos (energias renováveis) 

Realização Contratada 

      ‐  ‐   

Realização Executada 

         ‐   

Ambiente 28. Nº de projetos visando a melhoria da qualidade do ar 

Realização Contratada   

5  6  4 

Realização Executada           ‐    

Educação  36. Nº de projetos (Educação )  

Realização Contratada 

16  51  108  119   

Realização Executada           69    

Educação  37. Nº de Alunos que beneficiam das intervenções  

Realização Contratada 

19.950  87.763  155.573  170.237 

Realização Executada 

         98.028   

Page 238: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

238 

Saúde 38. Nº de projetos (Saúde)  

Realização Contratada     ‐  ‐  ‐    Realização Executada 

         ‐   

Reabilitação urbana 

39. Nº de projetos que asseguram a sustentabilidade e melhoram a atratividade das cidades  

Realização Contratada 

44  135  223  218   

Realização Executada 

         123   

Competitividade das Cidades 

40. Nº de projetos que visam estimular a atividade empresarial, o empreendedorismo e a utilização das novas tecnologias  

Realização Contratada   

n.d  n.d  n.d 

Realização Executada 

           

  

Inclusão Social 

41. Nº de projetos dirigidos aos jovens e ás minorias, que visam promover a oferta de serviços para a igualdade de oportunidades e a inclusão social  

Realização Contratada 

44  111  193  203 

  

Realização Executada           123 

  

 

3.5.2. Análise qualitativa 

O Eixo V é  caracterizado pela heterogeneidade de   intervenções  que  contribuem para o  desenvolvimento do  

sistema urbano e para a valorização territorial em diversas dimensões, estando a sua programação atualmente  

definida para 6 áreas de  intervenção. Acresce, no âmbito deste relatório, a área de  intervenção “Escolas do 2º  

e 3º  Ciclo do Ens ino  Secundário”, mas  de forma apenas  trans itória até à  conclusão  da operacionalização  da  

reprog ramação  do  Programa,  passando  esta  área  de  intervenção  e  as  operações  já  aprovadas  para  a 

responsabilidade  dos  Programas Operacionais  Regionais  do  Norte  e  Centro.  A  análise  da  implementação  e  

execução  de  cada  uma  dessas áreas,  bem  como  dos  respetivos  resultados,  apresenta‐se,  por  isso,  de  forma 

individua lizada. 

No caso  específ ico  do  Eixo  Prioritário V, a  igualdade do género e  a  igualdade  de  oportunidades, em sentido  

mais  amplo,  sai  reforçada  pela  política  subjacente  aos  investimentos  apoiados.  Ao  nível  da  rede  de  

equipamentos de  educação, por exemplo, cujo objetivo é  aumenta r e melhorar as  condições  das escolas do  2º,  

3º Ciclo do Ensino  Básico, do Ensino Secundário e das Instituições de Ensino Superior e por essa via, favorecer 

as condições  de  igualdade no acesso e no  desenvolvimento socioeducativo dos  jovens e a conciliação da vida  

pessoal,  familiar  e  profissiona l  das  famílias  jovens;  ou,  da mesma  forma,  ao  nível  da  rede  de  equipamentos  

coletivos, cujo  reforço   infraestrutural  nas suas diversas vertentes  – social, recreativa, cultural –  opera  efeito  

idêntico. 

 

 

Page 239: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

239 

Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano 

No  domínio  das  “Ações  Inovadoras  para  o  Desenvolvimento  Urbano”  a  Autoridade  de Gestão  delegou  um  

conjunto  de  competências  na Direção Geral  do Ordenamento  do  Território  e  do Desenvolvimento  Urbano  

(DGOTDU)22   relativas  à  apreciação  técnica  e  acompanhamento  das  candidaturas,  sendo  aquela  entidade 

também responsável pelo  lançamento dos concursos. 

No  âmbito  do  primeiro  Aviso,  lançado  em  2008,  centrado  no  apoio  a  intervenções  enquadráveis  nas  áreas 

temáticas “Acessibilidade e  mobilidade  urbana”, “Segurança, prevenção  de riscos e combate  à criminalidade”  e  

“Gestão do espaço público e do edificado”, haviam sido aprovadas 13 operações, sendo entretanto desistidas  

e/ou  rescindidas  4  operações,  reduz indo  o  valor  do  financiamento  comunitário  atribuído  de  9,6 milhões  de  

euros para os 6,7 milhões  comprometidos no f inal do ano  de 2011, respeitantes a nove operações. Do processo  

de  seleção  havia  ainda  resultado  a  não  admissão  de  10  candidaturas,  por  falta  de  enquadramento  e  

incumprimento  das  condições  de  admissão  e  aceitação,  designadamente  a  ultrapassagem  dos  limites  de  

financiamento fixados no Aviso e a falta de  elegibilidade territoria l, e a exclusão, por falta de mérito (em função  

dos  critérios  de  seleção  definidos  no  Regulamento  Específ ico  e  parametrizados  em  sede  do  Aviso),  de  6 

candidaturas.  

O segundo procedimento concursal,  lançado  em Abril de 2009, alargou as áreas temáticas de  intervenção  ao  

“Ambiente  Urbano”   e  à  “Governação  Urbana  com  incremento   da  participação  dos  cidadãos   e  dos   atores  

económicos  e  sociais”,  tendo  sido  apresentadas  um  total  de  40  candidaturas. Destas,  foram  aprovadas,  em 

2010, 9 operações, acrescendo 7 milhões  de euros ao  montante  já comprometido  com  o primeiro concurso,  

das  quais  duas  tiveram  o  contrato  rescindido,  ficando  apenas  7  candidaturas  aprovadas.  Do  processo  de  

seleção  tinha  resultado  ainda  a  não  admissão  de  21  candidaturas,  por  falta  de  enquadramento  e  

incumprimento  das  condições  de  admissão  e  aceitação,  e  a  exclusão,  por  falta  de  mérito  (em  função  dos  

critérios  de  seleção  definidos  no  Regulamento  Específico   e  parametrizados  em  sede  do  Aviso)  de   7  

candidaturas, havendo entretanto  lugar a 3 desistências.  

Por  comparação  com  as  restantes  áreas  de   intervenção  do  Programa,  as  “Ações  Inovadoras  para  o  

Desenvolvimento Urbano” evidenciam, como fica claro no Anexo XII a este Relatório, quebras acentuadas ao  

longo do processo  de seleção de  candidaturas, quer no momento  da sua aceitação (onde partilha, com  as áreas  

de  intervenção de maior volume de candidaturas, as mais baixas taxas de admissibilidade), quer na análise de  

mérito, onde se destaca das demais área com uma taxa de aprovação  líquida claramente abaixo da média do  

Programa). 

                                                                         22 No âmbito do PREMAC, o  Decreto ‐Lei  n.º 7/2011, de 17 de Janeiro, aprovou a fusão da Direção‐Geral do Ordenamento  do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico Português, para dar lugar à Direção‐Geral do Território  (DGT). 

Page 240: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

240 

A maioria  das  operações  que  permaneciam  aprovadas  no   final   de  2011   tem  enquadramento   na  tipologia  

“Acessibilidade e mobilidade urbana”, representando 48% do financiamento atribuído, seguida da “Gestão do  

espaço público e do edif icado”, com 22% e do “Ambiente Urbano”, com 19%, repartindo‐se as demais entre a  

“Segurança,  prevenção  de  riscos  e  combate  à  criminalidade”  e  a  “Governação Urbana”.  As  operações  têm  

quase  sempre  como  beneficiários  os Municípios  ou   entidades  da  sua  esfera  de  intervenção  (Comunidades  

Urbanas e Comunidades Intermunicipais).  

 

Quadro nº 39  ‐ Ponto de s ituação dos  Avisos  do Eixo V‐ Domínio de  intervenção das Ações  inovadoras para o 

Desenvolvimento Urbano 

 

O facto de  haver, face ao  ano anterior, uma  redução do número  de  operações aprovadas neste  domínio  de  

intervenção –  por via da rescisão dos contratos de f inanciamento de alguns projetos – e, consequentemente,  

do  Fundo  comprometido  ajuda  a  explicar,  em  parte,  outro  aspeto  que  se  destaca  na  análise  aos valores  de 

execução acima apresentados: traduzem uma grande dificuldade de arranque da  implementação dos projetos  

e um ritmo de execução muito  abaixo  do que seria desejável.   

Os valores apresentados na  tabela 3.5  relativos aos  Indicadores de  Eixo e Indicadores Comuns Comunitários  

aplicáveis ao domínio  das “Ações Inovadoras para o desenvolvimento  urbano” espelham bem as dif iculdades  

antes referidas: o  “Nº de  projetos  de Soluções Inovadoras” (Indicador Eixo 46), e  a “População  diretamente  

abrangida  pelos  resultados  dos  projetos  de  soluções  inovadoras”  (Indicador  de  Eixo  47)  evidenciam  uma  

redução  face   aos  valores  que  estavam  contratados  no  final  do   ano  de  2011.  Ao  nível  dos  indicadores  

comunitários, mantem‐se  como   relevante  o  contributo  destas  operações  para  o  “Acréscimo   de  população  

servida  por  intervenções  de  expansão  de  sistemas  de  transportes  urbanos”  (indicador  Comunitário  22),  que  

reflete  a  predominância  entre  os  projetos  aprovados  daqueles  que  se  enquadram  na  área  temática  da  

“Acessibilidade  e mobilidade  urbana”.  Em  ambos  os  conjuntos  de  indicadores,  a  ausência  de  valores  para  a 

“realização executada” confirma, evidentemente, o grau de avanço  da realização f ísica e financeira de  que as  

taxas de execução.  

 

 

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Comprom iss o

Taxa Execução

Taxa Re alização

POV T-42-2008-08 1º Aviso:10-Mar-08

15.000.000 29 2 7.057.902 9 6.754.59 1 1.543.197 1.70 9.783 45% 10% 2 3%

POV T-42-2009-22 2º Aviso:24-Abr-09

25.000.000 40 2 9.998.853 7 5.251.93 3 30.406 2 1.889 21% 0% 1%

Total 69 5 7.056.755 16 12.006.52 4 1.573.603 1.73 1.672 13%

AvisoEixo V - Açõe s

Inovador as

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros

Page 241: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

241 

 “Eficiência Hídrica de edifícios e espaços públicos ‐ o caminho  para a gestão sustentável da  

água” da responsabilidade da Comunidade Intermunicipa l da  Região de  Aveiro ‐  Baixo Vouga  

Custo total: 744.093,76 €  

Financiamento comunitário: 520.865,63 €   

 

O  projeto  apresentado  pela  Comunidade  Intermunicipal  da  Região  de  Aveiro  ‐  Baixo  Vouga 

passa pelo desenvolvimento e  implementação a nível  nacional do  Modelo  de Certif icação da  

Eficiência Hídrica. A certif icação hídrica de  um espaço, para além da  real poupança  de água, 

permite  representar uma promoção  inovadora de espaços e edifícios públicos, na medida em 

que  estes  poderão  ser  “rotulados”,  relativamente  à  sua  eficiência,  tal  como  acontece  

atualmente para as questões de eficiência energética (Classe A, B, C, D). 

O resultado concreto e  imediato  que resultar  deste projeto será o estudo e desenvolvimento  

de  um Modelo  de  Certif icação Hídrica  de  Edifícios,  aplicado,  numa  fase  inicial,  aos  edifícios  

propostos nesta candidatura. A edição  de um Guia para  as Boas Práticas do Uso Sustentável da  

Água  será  efetuada  após  a  incorporação  das  conclusões  deste  processo  de  certificação  e 

auditorias efetuadas aos edifícios e espaços públicos. Este processo construtivo de partilha de  

conclusões e inicia tivas será uma ferramenta  importante para todos os munícipes.  

 

Page 242: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

242 

Rede de Escolas com Ensino Secundário 

No  decurso  do  ano  de  2011  foram  aprovadas  as  6  candidaturas  apresentadas  no  fina l  de  2010,  elevando  o 

número de  operações com decisão de financiamento favorável para 42 e o valor  do Fundo  comprometido no  

âmbito da “Requalif icação da Rede de Escolas com Ensino Secundário” para 777 milhões de euros (o segundo  

valor  mais  elevado  por  área  de  intervenção,  a  seguir  às  intervenções  relativas  à  “Rede  Estruturante  de  

Abastecimento   de  Água  e  Saneamento”).  Recorde‐se   que  estas  operações  visam  a  

construção/ampliação/requa lificação  de  escolas  com  ensino  secundário,  num  conjunto  de  intervenções  

enquadradas pelo “Prog rama de Modernização do Parque Escola r” e pelo “Plano Tecnológico da Educação”. A 

aprovação destas 6 candidaturas pelo  POVT apenas ocorreu em Dezembro de 2011, uma vez que as mesmas 

estavam  dependentes  da  aprovação  da  reprogramação  técnica  do  Programa  Operacional  Valorização  do  

Território pela Comissão Europeia, que contemplou o reforço de FEDER para este efeito.   

 

Quadro nº 40 ‐  Ponto de  situação dos  Avisos  do Eixo V ‐  Domínio de  intervenção da  Rede de  Escolas com  

Ensino Secundário 

 

 

O grande avanço registado em 2010 em termos de aprovações e execução financeira – no final desse ano  os  

compromissos elevavam‐se  já a 665 milhões de euros e a execução a cerca de 419 milhões de euros –, faz com 

que  os  acréscimos  de  2011  –  cerca  de  113 milhões  de  euros  e  199 milhões  de  euros,  respetivamente  –  se  

traduzam  numa  re lativa  desaceleração  face  ao  período  anterior,  com  reflexo  evidente  (e  já  sublinhado  em  

capítulos anteriores deste  rela tório) na  evolução dos indicadores f inanceiros do FEDER.   

Já  no  plano  da  relização  física,  os  niveis  de  concretização  das  intervenções,  possíveis  de  inferir  através    das 

taxas de realização apresentadas no  quadro anterior, encontram tradução  direta ao nível  dos  indicadores  de  

realização  física  e  de  resultados  apresentados  na  tabela  3.5. Das  82  escolas  previstas  intervencionar  nas  41  

operações  aprovadas  (A  operação  Kit  Tecnológico  nas  Escolas  Secundárias,  destinada  à  infraestruturação  

tecnológica e dotação  de equipamento  informático, beneficia também  249 escolas), 58 estavam já concluídas e  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Com prom iss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POV T-45-2008-071º Aviso:4-Jan-08

100 .000.000 5 104.499.54 5 4 77 .439.571 74.803.58 6 79 .733.550 77% 75% 97 %

POV T-45-2009-232º Aviso:4-Mai-09

240 .000.000 13 250.398.66 9 13 32 2.426.570 277.926.7 59 217 .094.031 1 34% 116% 86 %

POV T-45-2010-32 3º Aviso:4-Abr-1 0

17 .000.000 2 38.158.34 9 2 46 .297.181 41.812.78 9 33 .788.877 2 72% 246% 90 %

POV T-45-2010-374º Aviso:

1 6-Ago-10200 .000.000 17 201.955.28 2 17 20 1.890.317 175.386.7 93 121 .997.542 1 01% 88% 87 %

POV T-45-2010-405º Aviso:3-Nov-1 0

123 .000.000 6 129.504.90 7 6 12 9.504.907 47.537.60 8 0 1 05% 39% 37 %

Total 43 724.516.75 2 42 77 7.558.546 617.467.5 35 452 .614.000 79%

Aviso

Eixo V - Es colas Ens ino

Secundár io

Dotação de cada Aviso

(Fundo)

C andidaturas A pr ova çõe s Exe cução Indicador es Financeiros

Page 243: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

243 

(novamente) em funcionamento, beneficiando  mais de 77  mil  alunos. O  impacto destas operações no conjunto  

de intervenções apoiadas pelo POVT na área da educação  é preponderante, quer no número  total de projetos  –  

82 em 119 projetos (Indicador Comum  Comunitá rio  nº 36) –  quer em número  de alunos que  beneficiam das  

intervenções  –  quase  98  mil  em  170  mil  alunos  (Indicador  Comum  Comunitário  nº  37)  –  e  ainda  mais  

preponderante quando considerados os números das  intervenções  já concretizadas (o detalhe dos valores que  

contribuem  para  os Indicadores Comuns Comunitários antes citados  é apresentado  no  Anexo I a este  re latório,  

através do Indicador Comum  Nacional PH‐ICN‐Anual‐033). 

 

Projetos de  requalificação  da Rede de  Escolas com  Ensino Secundário, da responsabilidade  

da Parque Escolar, EPE  

Custo total: 958.237.039€ 

Financiamento Comunitário: 777.558.546 €  

As  intervenções  no  âmbito  da  “Requa lificação  da  Rede  de  Escolas  com  Ensino  Secundário”  

permitem  cria r  um  novo modelo  de  gestão  das  ins talações,  garantindo  uma  otimização  de  

recursos  instalados e uma correta gestão da conservação e manutenção  dos edif ícios após as 

intervenções, abrir a  Escola à  comunidade, criando condições  para uma maior articulação  com  

o  meio  envolvente,  associado  a  uma  correta  valorização  patrimonial  garantindo  o  

aproveitamento integral das potencialidades ins taladas na infraestrutura escolar.  

Estas  intervenções visam, no essencial, corrigir problemas construtivos, substituir as  redes e  

infraestruturas  exis tentes,  adequar  as  condições  de  conforto  e  dotar  a  escola  de  novos  

espaços, repondo a  eficácia física e funcional dos mesmos, numa perspetiva de  criar condições  

para a prática de um ens ino moderno, adaptado aos conteúdos programáticos, às didáticas e  

às  novas  tecnologias  de  informação  e  comunicação,  inclusivo  e  estimulante  para  toda  a 

comunidade  educativa.  Foi  com  estes   princípios  que  diversas  escolas  secundárias  foram  

intervencionadas, alicerçando em  infraestruturas de excelência o objetivo último de melhorar 

a acesso à educação  e a qualidade da  formação  disponível aos a lunos.    

 

Page 244: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

244 

 

Escola Secundária de Benavente –  antes da  inte rvenção  

 

Escola Secundária de Benavente –  depois da intervenção  

Adicionalmente, as  intervenções  promovidas pela Parque Escola r, EPE  incorporam, de  forma  

significativa,  preocupações  com  o  desenvolvimento  sustentável,  espelhadas  não  só  nas  suas 

inicia tivas  internas  de  desenvolvimento  dos  recursos  exis tentes,  mas  também  nas  suas 

preocupações ambientais e  de consolidação económico‐financeira. 

Page 245: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

245 

Com  impactos  ao  nível  construtivo,  colocaram‐se  diversas  questões  associadas  a  alterações  

significativas do  quadro  legal e regulamentar de várias atividades, que podem ser agregadas 

em seis grandes g rupos: ( i) elementos estruturais, (ii) reabilitação energética, (iii) segurança, 

(iv)  acústica,  (v)  sistemas  informáticos  e  (vi)  redes  elétricas  e  de  gás,  (vii)  redes  de  águas  e 

esgotos. 

Em relação aos  elementos estruturais  das escolas,  indo ao  encontro da   legislação  nacional e  

comunitária sobre este tema, foi tomada a decisão de  incorporar no plano das  intervenções a 

análise  sísmica   das  estruturas,  aproveitando‐se,  assim,  a  oportunidade   “histórica”   para  as  

realizar  que  o  Programa  representava,  por  se   tratar  de  um   conjunto  de  intervenções  em  

profundidade.  

Neste  âmbito,  verificou‐se  a  necessidade  de  operar  reforços  sísmicos  signif icativos  dos  

elementos  estruturais  dos  edifícios.  Saliente‐se  que  muitos  dos  edifícios  são  construções  

anteriores  a  1958  (23%),  ano  da  entrada  em  vigor  do  Regulamento  de  Segurança  das 

Construções  Contra  os  Sismos  (RSCC),  com  condições  críticas  ao  nível  de  resis tência  aos  

sismos. Mesmo as construções dos anos 70  e 80, representando  cerca de  metade  dos edifícios  

escolares,  apresentavam  condições  que,  em  alguns  casos,  revelaram  ser mais  económica  a 

demolição e  reconstrução do que  o próprio reforço, seja por terem s ido construídas antes da  

entrada em vigor  do Regulamento  de Segurança e Ações em Estruturas de Edifícios e Pontes  

(RSAEEP) de 1983, ou por terem sido  construídas de forma deficiente, como é comummente  

reconhecido.   

No  conjunto  das mais  de  200   escolas  das  Fases  0,  1,  2  e  3,  67  escolas  sofreram  reforços  

estruturais, essencialmente sísmicos.  

Quanto à  reabilitação  energética, em 4 de  Abril de  2006 foi  publicado  um pacote  legislativo  

(que só  entrou  em vigor em Dezembro  de  2006) relativo ao Sis tema de  Certificação Energética  

e  Qualidade  do  Ar  Interior  (SCE)  e   aos  sistemas  energéticos  de   climatização   (RSECE)  e  

comportamento  térmico dos edifícios (RCCTE). Pese embora a publicação desta  legislação, só  

com a publicação da Portaria n.º 461/2007, de 5 de Junho, ficou definida a calendarização da  

obrigatoriedade  de aplicação  do SCE, e só com o Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, foi  

aprovado o  normativo  que define  o Modelo do Certificado  de Desempenho  Energético  e da  

Qualidade  do  Ar  Interior,  pelo  que  só  com  estes  dois  atos  o  quadro  normativo  dos  

regulamentos  ficou completamente definido  e estabilizado.  

Tais  requisitos  legais,  que  transpõem  para  o  ordenamento  jurídico  nacional  a  Diretiva 

2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho  da Europa relativos ao conforto ambiental  

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Relatório de Execução |  2011  

 

246 

e  à  eficiência  energética,  bem  como  as  regras  práticas  de  concretização,  posteriormente  

validadas pela ADENE, deram origem às seguintes necessidades:  

≈ Instalação  sistemas  de   ventilação   forçada,  para  dar  cumprimento   às  elevadas 

renovações de ar obrigatórias;  

≈ Sistemas  de  arrefecimento  e  aquecimento,  de  modo  a  manter  as  temperaturas 

dentro dos  referenciais  aconselháveis ao longo  do ano (20 a  25 graus);  

≈ Alteração  completa  dos  sistemas  elétricos,  de  forma  a  melhorar  a  eficiência 

energética,  incorporando materiais  e  equipamentos  adequados,  desde  as  lâmpadas 

de baixo  consumo à Gestão Técnica Centralizada (GTC);  

≈ Reabilitação  quase  total  da  envolvente  construtiva,  nas  suas  várias  componentes  

(coberturas, paredes e vãos), para garantir a ef iciência energética dos sistemas;  

≈ Reforço  significa tivo  das  potências  elétricas,  com  construção  de  novos  Postos  de 

Transformação, de forma a garantir o funcionamento dos s istemas. 

Em  termos  de  segurança,  o  cumprimento   obrigatório  do  disposto  no  Decreto‐Lei  n.º  

220/2008, de 12 de Novembro (que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2009), na Portaria n.º 

1532/2008, de 29 Dezembro, e no  Despacho nº  2074/2009, de  15 de Janeiro, do Presidente da  

Autoridade Nacional  de  Proteção   Civil  (ANPC),  trouxe  alterações  ao  projeto  e   ao  processo  

construtivo.  Estas  alterações   legislativas  implica ram  ainda,  no  caso   da  segurança  contra  

incêndios,  a  introdução  de  envolventes  corta‐fogo  e  a  definição  de  vias  de  evacuação  com 

novos percursos horizontais  e verticais (escadas  interiores e  exteriores), o  que, por sua vez, 

acarretou a substituição de vãos por sis temas corta‐fogo e selagem de todas as aberturas até  

aí existentes, originando  um forte  incremento dos  sistemas de ventilação mecânica. 

Ao  nível  da  segurança  de  utilização  e  de  segurança  contra  intrusão,  tornou‐se  obrigatória  a 

utilização de vidros  laminados, guardas de  escada e corredores  com  dimensões e  resis tência  

adequadas à função, redimensionamento  e retif icação de traçado  de redes  técnicas, tais como  

a  de  gás  ou  de   ar  comprimido,  instalação  de  sistemas  de  segurança   contra  intrusão  e  

videovigilância. 

Paralelamente  ao  que  sucedeu  em  outras  componentes  construtivas,  as  exigências  legais 

recentes (2006 a 2009) estenderam‐se às condições acústicas dos edifícios, nomeadamente à  

Avaliação  e Gestão  de  Ruído  Ambiente,  ao  Regulamento Gera l  de  Ruído  e  a  alterações  ao  

Regulamento  dos  Requisitos  Acústicos  de  Edif ícios,  implicando  a  introdução   de  sistemas  

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Relatório de Execução |  2011  

 

247 

construtivos para correção acústica dos espaços  letivos e sociais.   

Ao  nível  das  redes  elétricas   e  de  gás  e  instalações  técnicas,  foram  necessá rias  alterações  

profundas  de  forma  a  colmatar  as  deficiências  globais  das  redes  exis tentes,  bem  como  

reforços  associados  às  novas  tecnologias,  novos  equipamentos  didáticos  e  oficinais   e, 

finalmente, as já referidas alterações ao  nível do AVAC. 

Do  mesmo  modo,  no  plano  da  redes  de  águas  e  esgotos,  as  intervenções  resultantes  da 

necessidade  de  substituição  de  tubagens  e  equipamentos  que  datam  da  construção  dos  

edifícios, encontrando‐se degradadas e  com roturas, muito para além da vida útil, constituíram  

um fator de  agravamento do  investimento. Neste  mesmo plano, deve ainda considerar‐se a  

necessidade de construir mais  ins talações sanitá rias, adequando‐as às reais  necessidades das  

escolas, colmatando deficiências de projeto  inicial, ou simplesmente repondo  instalações que  

tinham sido  transformadas noutros usos pelas Direções da Escolas, de forma a suprir outras  

necessidades mais  imperiosas.  

É, aliás, nesse contexto que a Parque Escolar tem colaborado de forma muito próxima com as 

entidades  públicas responsáveis pelo acompanhamento  da concretização  da nova  legislação, 

numa  postura  de  crítica  construtiva,  apresentando  várias  sugestões/estudos  tendentes  à  

correta definição de parâmetros e de metodologias de aplicação, no sentido de, mantendo as 

condições  de  conforto  reconhecidas  internacionalmente,  obter  economias  globais  

significativas. 

 

Infraestruturas e Equipamentos Desportivos 

No domínio das “Infraestruturas e Equipamentos  Desportivos”, e considerando  que  os 4 Avisos de  Abertura,  

lançados  em  2008  e  2009,  se  encontravam  já  decididos  no  final  de  2010,  o  avanço  durante  o  ano  de  2011  

traduziu‐se (quase) exclusivamente ao nível da realização f ísica e financeira das 84 operações aprovadas (este  

número  ref lete  uma  ligeira  diminuição  face  a  2010,  por  força  da  anulação/rescisão  de  3  operações  durante  

2011)  que,  recorde‐se,  assumem  duas  tipologias  distintas:  Equipamentos  de   Base;  e  equipamentos  que  se  

possam constituir como Centros de  Apoio ao Desporto de  Alto  Rendimento.  

Assim, destaca‐se pela positiva a duplicação do Fundo executado, que atingiu os 54 milhões de euros no final  

de 2011 (face aos 27 milhões de euros em 2010) e que se reflete nas taxas de realização adiante apresentadas  

(no  seu  conjunto  a  implementação   das  operações  aprovadas  aproxima‐se  já  dos  70%).  Para  estes  valores  

contribuiu  a  aprovação  da  alteração  da  taxa  de  cofinanciamento,  de  70%  para  85%,  das  operações  que  

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Relatório de Execução |  2011  

 

248 

respeitam a “Centros de Alto  Rendimento”  construídos ou beneficiados, que  absorvem uma comparticipação  

comunitária de 42,3 milhões de  euros (53%  do fundo  aprovado nesta área de intervenção) e representam cerca  

de 44% dos montantes  já executados, e que pela especial re levância que assumem no contexto desta área de  

intervenção, se  identificam de seguida:  

≈ Centro de A lto rendimento  de Sangalhos ‐  Velódromo Nacional [ já concluído];  

≈ Centro de A lto Rendimento  de Surf de Peniche;  

≈ Centro de Excelência e Alto Rendimento para o  Badminton  [já concluído]; 

≈ Centro de A lto Rendimento  de Surf da Nazaré; 

≈ Centro de A lto Rendimento  de Rio Maior ‐ Natação  

≈ Centro de A lto Rendimento  de Ga ia; 

≈ Centro de Alto Rendimento de Montemor‐o‐Velho ‐ Canoagem, Natação de Águas Livres, Remo e 

Triatlo;  

≈ Centro de A lto Rendimento  de Surf de Viana do Castelo;  

≈ Centro de A lto Rendimento  de Surf de Aveiro; 

≈ Centro de A lto Rendimento  do Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) –  Remo  

≈ Centro de A lto Rendimento  de Hipismo  da Golegã. 

 

Quadro  nº  41  ‐   Ponto  de   situação  dos  Avisos   do  Eixo V‐  Domínio  de  intervenção  das  Infraestruturas  e  

Equipamentos Desportivos  

 

Os  níveis  de  execução  financeira  acima  referidos  encontram,  natura lmente,  tradução  nos  indicadores  de  

realização fís ica e de  resultados apresentados na  tabela 3.5, muito em  particula r ao nível dos Indicadores  de  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Com prom iss o

Taxa Exe cução

Taxa Re alização

POV T-53-2008-09 1º Aviso:1 3-Mai-08

50 .000.000 68 47.916.01 3 44 25 .352.320 22.835.50 7 22 .757.644 51% 46% 90 %

POV T-53-2008-182º Aviso:

1 5-Set-0830 .000.000 31 53.838.21 3 20 31 .903.085 20.048.79 8 21 .658.144 1 06% 67% 63 %

POV T-53-2009-243º Aviso:4-Mai-09

15 .000.000 70 107.895.13 4 16 14 .354.475 10.864.11 0 10 .807.195 96% 72% 76 %

POV T-53-2009-31 4º Aviso:7-Set-09

6.000.000 8 25.600.30 9 4 8.262.957 638.60 5 636.918 1 38% 11% 8%

Total 177 235.249.66 9 84 79 .872.837 54.387.02 0 55 .859.901 68%

AvisoEixo V -

Equipam e ntos De s portivos

Dotação de cada Aviso

(Fundo)

C andidaturas A pr ova çõe s Exe cução Indicador es Financeiros

Page 249: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

249 

Eixo nº 41 e nº 4223  – que quantif icam respetivamente, o número  de equipamentos desportivos apoiados e a 

população  por  eles  servida  –,  aos  quais  estão  associados  níveis  de  concretização  (na  ordem  dos  64  e  57%, 

respetivamente.  

As  intervenções apoiadas  nesta área  de  intervenção  e o seus resultados  ficam  também patentes ao  nível do  

Indicador Comum  Comunitá rio  nº 41  “Nº  de projeto dirigidos aos  jovens e às minorias…” –  dos 203  projetos  

contabilizados  como  “rea lização  contra tadas”,  84  correspondem  a  infraestruturas  de  desporto,  sendo  os  

demais  resultantes  das  intervenções  apoiadas  na  área  da  Educação.  Retoma‐se,  a  este  propósito,  as  

observações  apresentadas  no  início  do  ponto  3.5.2  deste  relatório  sobre  o  papel  destas  intervenções  na  

promoção  da  igualdade  de  oportunidades  e,  de  uma  forma mais  alargada,  sobre  o  contributo  ao  nível  da  

coesão (e inclusão)  social  e territorial de  uma rede de equipamentos coletivos reforçada.  

 

Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional  

Nesta  área  de   intervenção  não  houve,  em  2011,  qualquer  novo   período   de  candidaturas,  uma  vez  que  o  

primeiro  (e   único)  período,  decidido  ainda  em   2009,  preencheu   uma  parte muito  s ignifica tiva  da  dotação  

disponível (quando observada ao nível do anterior Eixo IX, em conjugação com as dinâmicas de aprovação das  

demais áreas de intervenção desse Eixo).   

Por conseguinte, e à semelhança da análise  efetuada no ponto anterior, cabe aqui apenas realçar a evolução  da  

execução financeira desta área de  intervenção, assinalando‐se como (moderadamente) positivo o aumento da  

taxa de rea lização das operações aprovadas de 13% para 38%.  

Todavia, face ao volume de  investimento aprovado e financiamento comunitá rio atribuído (e considerando  o  

momento, ao  longo  de 2009, em que  a grande  maioria das operações obteve a decisão de  financiamento), este  

aumento traduz um baixo ritmo de execução (a taxa de realização de 38% fica claramente abaixo da média do  

Eixo  V,  que  se  situa  nos  68%).  Este  aspeto  é  particularmente  evidente  nas  operações  promovidas  por 

Autarquias Locais e Empresas Publicas (de âmbito  local e nacional) – mantêm‐se evidentes as dif iculdades na  

mobilização  dos recursos financeiros para  incrementar o  ritmo  de execução dos seus projetos –, uma vez que 

as operações  promovidas pelas Instituições de  Ensino Superior apresentam  índices de realização bastante  mais  

próximos da média do  Eixo (52%, contra os 12% das demais entidades beneficiárias desta área de  intervenção).  

 

                                                                         23  Indicadores de Eixo  incluídos com a Decisão C(2011) 9334 de 9 de Dezembro, que aprovou a  reprogramação do POVT. Os mesmos valores são também contabilizados como Indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências VT‐ICN‐Tri‐014 e VT‐ICN ‐ Anual‐032 no Anexo I a este relatório.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

250 

Quadro  nº  42  ‐  Ponto  de  s ituação  do  Aviso  do  Eixo  V   ‐  Domínio  de  intervenção  dos  Equipamentos  

Estruturantes  para o S istema Urbano Nacional 

 

Ainda assim, os resultados traduzidos ao  nível dos  indicadores  apresentados na tabela 3.5  permitem  identifica r 

alguns avanços na implementação  das operações, nomeadamente no que  respeita ao número de universidades  

construídas  e/ou  ampliadas/requalificadas  (Indicador  de  Eixo  nº  43)  e  ao  número  de  alunos  que  beneficiam  

dessas  intervenções24   (Indicador  de  Eixo  nº  43),  para  os  quais  estão  já  disponíveis  valores  de  realização 

executada, que refletem a conclusão  de 5  intervenções. 

Para as demais  intervenções, essencialmente dedicadas a equipamentos culturais (Indicador de Eixo nº 4525), e 

em resultado do  que acima foi dito a  propósito das dificuldades sentidas na sua execução, apenas é possível  

apresentar valores de “realização contratada”, uma vez que ainda nenhum projeto se encontrava concluído no  

final de 2011. 

 

Construção e  equipamento das novas instalações da Faculdade  de  Medicina da Universidade  

do  Porto  e  Construção  e  equipamento  das  novas  instalações  do  Instituto  Ciências  

Biomédicas Abel Salazar 

Beneficiário – Universidade do Porto 

Custo Total ‐  58.674.076,36 € 

Financiamento comunitário ‐ 38.635.178,14 €  

                                                                         24 Indicadores de Eixo incluídos com a Decisão C(2011) 9334 de 9 de Dezembro, que aprovou a reprogramação do POVT. Os  mesmos valores são  também contabilizados como  Indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as  referências PH‐ICN‐Tri‐015 e PH‐ICN‐Anual‐033 no Anexo I a este relatório.  

25 Ver também  os indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências ICN‐Tri‐014 e ICN‐Anual‐032 no Anexo I  a este relatório.  

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Comprom iss o

Taxa Execução

Taxa Re alização

POV T-39-2008-16 1º Aviso:12- Mai-08

225.000.000 114 45 7.902.138 29 179.897.10 7 68.408.361 72.02 2.779 80% 30% 3 8%

Total 114 45 7.902.138 29 179.897.10 7 68.408.361 72.02 2.779 38%

AvisoEixo V -

Equipam entos Estr utur ante s

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros

Page 251: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

251 

 

A Universidade do Porto tem em  curso duas operações, re lativas à Ampliação da Faculdade  de  

Medicina e às novas  instalações do Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade  

de Farmácia. No caso das novas  instalações destas duas faculdades, destaca‐se a estratégia de 

partilha  da  utilização   de  espaços  (para  além  da  biblioteca  e   do  salão  nobre,  praticamente  

todos  os   espaços  letivos  –  anfiteatros,  salas  de  aula,  salas  de  seminário,  etc.  –,  alguns 

laboratórios  de  ensino  graduado  e  pós‐g raduado,  a maioria  dos  espaços  sociais,  etc.),  que  

conduz  a que a  área dos  espaços  comuns  às duas faculdades seja  de cerca de  2 / 3  da área  

total.  

 

Iniciativa JESSICA 

A Iniciativa JESSICA foi concebida para promover os Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU),  instrumentos  

de engenharia  financeira de  apoio ao investimento no  desenvolvimento urbano  sustentável. 

A  20  de  Julho  de  2009  foi  celebrado  o  Funding  Agreement,  (onde  são  estabelecidos  os  termos  de  

funcionamento  da Iniciativa JESSICA em Portugal)  entre as Autoridades  de Gestão do Programa Operacional  

Temático  Valorização  do  Território  (POVT),  do  Programa  Operacional  Regional  do  Norte  (POR  Norte),  do  

Programa Operacional  Regional  do  Centro  (POR  Centro),  do  Programa Operacional  Regional  de  Lisboa  (POR 

Lisboa), do Programa Operacional  Regional  do Alentejo (POR Alentejo), do  Programa Operacional  Regional do  

Algarve  (POR  Algarve),  a Direcção‐Geral  do  Tesouro  e  Finanças  (DGTF)  e  o  Banco  Europeu  de  Investimento  

(BEI). 

Page 252: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

252 

Nos termos  do  artigo 6.1 do Funding Agreement as Autoridades de  Gestão dos Programas Operacionais  (POVT, 

POR Norte, POR Centro, POR Lisboa e Vale  do  Tejo, POR Alentejo e  POR Algarve) e  a Direcção‐Geral  do  Tesouro  

e Finanças devem contribuir  para o  JESSICA Holding Fund  com  um montante  total de  130 milhões  de euros,  

cabendo ao  POVT uma participação total de  30 milhões de euros. 

A 1ª transferência foi  efetuada  pelo  POVT a 1 de Setembro  de 2010  no  montante de  12,4 milhões de  euros  

(FEDER)  e  a  despesa  correspondente  à  2ª  transferência,  que  completa  o  valor  das  entregas  a  efetuar  pelo  

POVT, foi validada no final  do ano  de 2011, embora o  pagamento só se  tenha concretizado  já em Janeiro  de  

2012. Por essa razão, não se encontra ref lexo (ao  nível dos pagamentos)  no quadro que  se segue. 

 

Quadro nº 43 ‐ Ponto de s ituação do Aviso do Eixo V‐ Domínio de  intervenção da  Iniciativa JESSICA 

 

Com  a  reprogramação  do  POVT  foi  possível  incluir,  no  âmbito   do   Eixo  V,  um   indicador  que  traduz isse  a  

participação deste Programa neste  instrumento de  engenharia financeira, contabilizando, mais concretamente,  

o número de Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU)  criados no  âmbito da Inicia tiva. No caso do POVT, a 

participação está circunscrita a um FDU.  

 

Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva  

Como  já foi referido anteriormente (Ponto 3.2.2 – Eixo Prioritário 2 – Análise Qualitativa), com a aprovação da 

reprog ramação técnica do POVT em Dezembro de 2011 e no âmbito da reorganização dos Eixos Prioritá rios, o  

antigo Eixo VI passou a constituir um domínio de  intervenção partilhado pelos Eixos II ‐ Sistemas Ambientais e 

de Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos (Fundo de Coesão) e V ‐ Infraestruturas e Equipamentos para  

a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano (FEDER). 

No  âmbito  do  Eixo  II,  ficaram  abrangidas  as  operações  Ligação  Pisão‐Roxo  e  Adutor  Brinches‐Enxoé  (ambas  

correspondem  a Grandes  Projetos),  em  função  do  seu  enquadramento mais  evidente  nas  elegibilidades  do  

Fundo de Coesão. As demais candida turas apresentadas/aprovadas até ao final de  2011 passaram a  integrar,  

como acima referido, o novo Eixo V, e é em relação a estas que aqui se prossegue a análise. 

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Compromisso

Taxa Exe cução

Taxa Realização

16-Jul-09 30.000.000 1 30.000.000 1 30.000.000 30.000.000 12.422.746 100% 100% 100,0%

Tot al 1 30.000.000 1 30.000.000 30.000.000 12.422.746 100,0%

Eixo V - JESSICA

Dot ação de cada Aviso

( Fundo)

Candidat uras Aprovações Execução Indicado res Finance iros

Page 253: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

253 

Das  7  operações  deste  domínio  que,  no  final  de  2011,  trans itaram  para  o  Eixo  V,  3  obtiveram  decisão  de  

financiamento favorável  já neste  último  ano, elevando  o valor do Fundo aprovado acima  dos 92 milhões  de  

euros. Não  obstante as  dificuldades  crescentes  que  o beneficiá rio  único  desta área  de  intervenção, a EDIA ‐  

Empresa  de  Desenvolvimento  e  Infraestruturas  do  Alqueva,  S.A.,  (sociedade  anónima  de  capitais  

exclusivamente públicos) vem reportando à Autoridade de Gestão, a  implementação das operações aprovadas  

têm  conhecido  um  avanço  moderado,  atingindo  um  valor  próximo  dos   38 milhões  de  euros  de   execução  

validada (ou 40 milhões de euros, se considerado o volume de pagamentos associado a estas operações, que  

reflete  uma predominância  da moda lidade  de pedidos  de  pagamento “contra‐factura” –  o  que, por sua  vez, 

corrobora de certa forma as dificuldades de tesouraria aduzidas pelo  beneficiário).  

 

Quadro nº 44 ‐ Ponto de situação do Aviso do Eixo V ‐ Domínio de  intervenção do Empreendimento de Fins  

Múltiplos de  Alqueva  

 

 

Requalificação da Rede de Escolas do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico 

A partir de 09 de Dezembro de 2011, data de aprovação pela Comissão Europeia da  reprog ramação do POVT, 

as tipologias de operações previstas neste  domínio  de  intervenção passaram a  ser elegíveis exclusivamente nos  

Programas Operacionais Regiona is do Norte, Centro e Alentejo. No entanto, uma vez que a operacionalização  

da  transição  das  operações  não  ocorreu  antes  do  f inal  de  2011,  dá‐se  aqui  conta  sucinta  do  grau  de  

implementação  das  operações  aprovadas  e  dos  seus  reflexos  ao  nível  da  execução  física  e  financeira  do  

Programa. 

 

Quadro nº 45 ‐ Ponto de s ituação do Aviso do Eixo V ‐ Domínio de  intervenção da Requalificação de Escolas  

do 2º e 3º ciclo do ensino básico 

 

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Comprom iss o

Taxa Execução

Taxa Re alização

POVT-55-20 07-01 21-Dez-07 275.000.000 10 12 2.718.302 7 92.363.90 1 37.755.488 39.99 8.782 34% 14% 4 1%

AvisoEixo II -

Alque va

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Comprom iss o

Taxa Execução

Taxa Re alização

POV T-97-2009-20 1º Aviso:16-Fev-09

20.000.000 23 5 3.693.736 20 64.335.19 5 38.219.995 40.23 2.264 322% 191% 59 ,4%

Total 23 5 3.693.736 20 64.335.19 5 38.219.995 40.23 2.264 59 ,4%

AvisoEixo V -

Escolas 2º e 3º Ciclo

Dotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros

Page 254: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

254 

Em matéria de execução financeira, o avanço verificado nesta área de  intervenção ao  longo de 2011 pode ser 

classificado  como  positivo, cons iderando o  aumento da  taxa de  realização  de 24%  para 59%. Para este valor 

global no f inal de 2011 contribuíam 8  operações com execução financeira superior a 80% e 9 operações com  

valores  de  execução  entre  os  50%  e  os  80%,  sendo  que  em  apenas  3  operações  se  registavam  valores  de  

execução mais  baixos (entre os 0% e os  11%).   

Em  resultado  da  já  referida  reprogramação  do  POVT,  não  existe  atualmente  qualquer  Indicador  de  Eixo  

associado a estas operações. A sua  implementação está, por esse motivo, apenas expressa  na tabela 3.5  ao  

nível dos  indicadores  comuns comunitários  nº 36  e 37, contribuindo  com  20 projetos e beneficiando  mais de 19  

mil  alunos26.  Destes,  estão  concluídos  6  projeto,  ou  seja,  6  escolas  dos  2º  e  3º  ciclo  do  Ens ino  Básico 

construídas e/ou ampliadas/requalificadas, que servem uma população estudantil superior a 5 mil alunos. 

 

3.5.3 Problemas significativos  encontrados  na  implementação do Eixo Priori tário e medidas  

tomadas 

O ano de 2011 ficou marcado pelo contributo e esforço do Prog rama para a necessária superação da crise que  

caracterizou  (e  continua  a  caraterizar)  conjuntura macroeconómica. Num  quadro  previsível  de medidas  de  

austeridade,  o   desafio   assenta  fundamentalmente  no  seu   desempenho  na  urgente  melhoria   da  

competitividade  empresarial  e  nas  dificuldades  f inanceiras  que  perturbam  a  implementação  de  alguns  dos  

projetos, nomeadamente, nos projetos da responsabilidade dos Municípios. Acresce ainda a frágil capacidade  

de financiamento de a lguns dos  beneficiários  dos projetos que  não conseguem garantir os meios necessários  

para a boa execução dos mesmos, o que determina a prorrogação de algumas ações ou até mesmo a sua não 

execução.  

Outro dos constrangimentos à boa execução dos  projetos s ituam‐se nos exigentes e morosos procedimentos  

de  contratação   pública  a   incorporar  nos  projetos,  que  condicionam  o  seu  arranque  nas  datas  previstas  e  

atrasam significa tivamente a sua execução.   

 

   

                                                                         26 Ver também  os indicadores Comuns Nacionais, apresentados com as referências PH‐ICN‐Tri‐015 e PH‐ICN ‐ Anual‐033 no Anexo I a este relatório,.  

Page 255: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

255 

3.6. Eixo Prioritário VI – Assistência Técnica (FEDER) 

3.6.1. Cumprimento de Metas e  análise de progressos 

A tabela seguinte apresenta, com base no  conjunto de Indicadores de Eixo Prioritá rio  definidos no  Prog rama, 

os principais resultados  alcançado  até ao f inal de 2010 no âmbito da Assistência Técnica.  

Tabela 3.6.: Realização Física do Eixo Prioritário 6

  

   Indicadores 2008 2009 2010 2011 2015

Indicadores Eixo (alínea c) do n.º 1 do artigo 37.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006

50. Taxa de execução da Despesa Fundo (ano n-3)

Realização Contratada _ _ _

Realização Executada n.a

Meta 100%

Valor de Referência

51. Taxa de execução da Despesa Fundo (ano n-2)

Realização Contratada _ _ _

Realização Executada n.a

Meta 100%

Valor de Referência

52. Nível de desmaterialização de processos associados a fluxos financeiros

Realização Contratada 75% 100% 100%

Realização Executada 100%

Meta 100% 100%

Valor de Referência

53. Nível de desmaterialização de processos associados a programação e acompanhamento

Realização Contratada 50% 70% 70%

Realização Executada 70%

Meta 80% 100%

Valor de Referência  

3.6.2. Análise qualitativa 

O Eixo VI – Assistência Técnica do  POVT reveste‐se de especiais ca racterísticas, na medida em que se destina  ao  

financiamento da criação e do funcionamento das estruturas de apoio técnico da Autoridade de Gestão e dos  

Organismos Intermédios e o respetivo apoio  logístico.   

Em Dezembro de 2010 procedeu‐se à alteração do Regulamento Específico do Eixo,  introduzindo, entre outras  

alterações,  a  possibilidade  das  candidaturas  terem  carácter  e  abrangência  plurianual.  Não  obstante,  as  

candidaturas  apresentadas  no  âmbito   dos  5  Avisos  publicados  até   Agosto  de   2010  apresentavam  carácter 

anual, correspondendo aos exercícios orçamenta is da Autoridade de Gestão e dos Organismos Intermédios em  

cada ano de  implementação do Programa. 

Page 256: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

256 

Em agosto de  2011 foi aberto  novo  período  de candida turas, distinguindo  os casos da Autoridade de Gestão do  

POVT  –  que  poderia  apresentar  uma  candidatura  com  ca rácter  plurianual,  abrangendo   todo  o  período  de  

elegibilidade do QREN (2012  – 2015), de acordo com a  supra  referida a lteração  do  Regulamento  Específ ico  –, e  

dos Organismos Intermédios, cujas candida turas deveriam manter caráter anual, abrangendo apenas às ações  

a realizar em 2012. Em  dezembro de  2011  estavam já aprovadas 4 das 6  candidaturas recebidas naquele  ano, a  

que se somou a última candidatura do anterior Aviso que foi também decidida favoravelmente no ano de 2011. 

 

Quadro nº 46 ‐ Ponto de s ituação dos Avisos do Eixo VI  

 

A  taxa  de  realização média  global  das  candidaturas  de  Assistência  Técnica  referenciada  no Quadro  anterior 

(26%)  reflete  a  relação  entre  a  execução  acumulada  em  31‐12‐2011  e  o montante  aprovado  total  até  essa  

mesma data, contudo este último  inclui o valor das aprovações relativo às candidaturas no âmbito do 6º Aviso  

cuja execução respeita ao exercício orçamental do ano de 2012. Assim se não considerarmos as aprovações do  

referido Aviso a taxa de execução acumulada no f inal de  2011 atingiria os 46%.   

Em termos  acumulados 2007/2011, o  montante FEDER executado atingiu  cerca de 13,6 milhões  de euros tendo  

o  ano  de  2011  por  si  só   representado  cerca  de  4,1 milhões  de  euros,  ou  seja  33%  do  apoio  comunitário  

concedido.  

Por outro  lado, constata‐se  que a taxa de compromisso tem  vindo a evoluir ao  longo do período, registando  

nos últimos anos maior ajustamento entre as dotações dos Avisos e montantes das candidaturas apresentadas  

e aprovadas. A 31 de  dezembro de  2011, constata‐se que o  financiamento comunitário  aprovado para  o Eixo VI  

totaliza  52,4  milhões  de  euros  o  que  representa  uma  taxa  de  compromisso,  face  ao  valor  FEDER  total  

programado  para  o E ixo, da  ordem dos 76,5% (com  base no  valor reprogramado  para  o E ixo, no âmbito  da  

reprog ramação do  POVT aprovada pela CMC do QREN em 21 de dezembro  de 2011). 

 

 

unid: euros

nº Fundo nº Fundo EX PGTaxa

Comprom iss o

Taxa Execução

Taxa Re alização

POV T-73-2007-031º Aviso:21-Dez-07

20.000.000 2 5.080.147 2 4.965.32 6 1.412.652 1.41 2.652 25% 7% 2 8%

POV T-73-2008-152º Aviso:2-Mai-08

15.000.000 5 7.446.354 5 7.137.11 2 4.491.941 4.42 3.890 48% 30% 6 3%

POV T-73-2009-21 3º Aviso:16-Mar-09

500.000 1 167.806 1 167.36 7 118.661 118 .661 33% 24% 7 1%

POV T-73-2009-30 4º Aviso:7-Set-09

10.000.000 7 9.478.167 6 9.075.39 9 4.542.229 4.19 3.115 91% 45% 5 0%

POV T-73-2010-385º Aviso

18-0 8-201010.000.000 6 8.585.545 6 8.501.58 3 3.050.964 3.97 1.351 85% 31% 3 6%

POV T-73-2011-446º Aviso

22-0 8-201132.000.000 6 2 3.688.110 4 22.597.28 3 0 1.33 8.982 71% 0% 0%

Total 27 5 4.446.130 24 52.444.06 9 13.616.447 15.45 8.650 26%

Aviso Eixo XDotação de cada Avis o

(Fundo)

Candidatur as Aprovações Exe cução Indicador e s Financeiros

Page 257: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

257 

Quadro nº 47 – Ponto de s ituação do Eixo VI a 31 de dezembro de  2011  

(Unidade: Milhares de euros) 

 Total acumulado  31‐Dez‐2011 

Dotação FEDER programada   68 579 

Dotação FEDER comprometida com projetos aprovados ‐Avisos 1º ao 6º (*)   52 444 

Dotação FEDER comprometida com projetos aprovados ‐Avisos 1º ao 5º  29 847 

Total de pagamentos de FEDER efetuados aos beneficiários  15 539 

Despesa FEDER validada em 31‐Dez‐2011  13 616 

(*) O 6º Aviso de 18/08/2010 diz respeito à apresentação de candidatura para o exercício orçamental de 2012. 

O facto da candidatura da  Autoridade  de Gestão do POVT ter carácter plurianual  motiva, naturalmente, o forte  

aumento do financiamento aprovado neste Eixo, que totalizava no final de 2011 cerca de 52 milhões de euros  

(recorde‐se, do Anexo II a este  relatório, que o montante de f inanciamento  comunitário programado  para  o  

Eixo VI passou  a ser de 68.578.698 €). Por outro  lado, é  reforçado  o  peso relativo dos  encargos  com  a estrutura  

de gestão do  POVT no conjunto dos custos de gestão financiados pela Assis tência Técnica do POVT. 

 

Gráfico nº 12  ‐ Repartição do financiamento comunitário aprovado, por beneficiário 

 

 

No que respeita à  tipologia de  despesas  inerente aos encargos  com a Assistência Técnica, constata‐se que  a  

componente com maior peso foi “Despesas com remunerações e encargos sociais”  com 9,3 milhões de euros,  

que  representou  cerca  de  58,87%  da  despesa  pública  validada  no  período  entre  2007  e  2011,  enquanto  as  

despesas  com  “Aquisição  de  Bens  e  Serviços”  constituíram  cerca  de  19,32%  com  3  milhões  de  despesa  

executada, representando a componente “Encargos com  ins talações” apenas cerca de 6,67% correspondendo  

a uma execução  de 1 milhão  de euros.  

91,1%

3,4%

2,1%1,6%

1,5% 0,2%

SG MOPTC (AG POVT)

INAG

SG MAI / EMGFC

DGOTDU

IDR (MADEIRA)

DRPFE (AÇORES)

Page 258: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

258 

 

Gráfico Nº  13  –  Repartição  da  tipologia  de  despesas  inerentes  aos  encargos  com  a Assistência  Técnica  –  

2007/2011  

 

 

Ao nível dos  resultados, expressos  na tabela 3.6, destacam‐se a manutenção dos  níveis de desmaterialização  

de  processos  associados  aos  fluxos  financeiros  e  a  aproximação  à  meta  re lativa  a  desmaterialização  de  

processos  associados  à  programação  e  acompanhamento.  Esta  aproximação  à  meta  estabelecida  decorre  

essencialmente  do  desenvolvimento  evolutivo  do  Sistema  de  Informação  do  POVT  que  permite   uma  

flexibilização  e  simplificação  processual  e  organizacional  e  uma  mais  rápida,  eficiente  e  eficaz  gestão  de  

recursos (humanos, financeiros, materiais e de informação).  

A desmaterialização dos processos de decisão e autorização administrativa garante um significativo aumento  

da  transparência  e   previsibilidade  dos  atos  adminis trativos  e   a  redução  de   custos.  Por  outro   lado,  a  

otimização de processos organizativos por via da padronização de procedimentos e ferramentas de trabalho,  

a eliminação  de práticas e  serviços  redundantes,  resulta rá em enormes ganhos  de eficiência e melhoria da  

qualidade dos serviços prestados.  

 

3.6.3. Problemas  significativos  encontrados  na  implementação do Eixo Priori tário e medidas  

tomadas 

As  funções  de Organismos   intermédios  no  âmbito  do  POVT  são  desempenhadas  em  geral  por Órgãos  da  

Administração Pública que  afetam parcialmente recursos materiais  e humanos a  essas funções. Neste  contexto  

705.429

55.220

365.517

26.422

9.316.403

3.030.873

1.069.215

497

827.528

497.073

125.171

0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000

Aquisição de  Equipamentos

Assistência Técnica

Consultadoria técnica e  estudos

Custos Indirectos 

Despesas com remunerações e encargos sociais

Despesas correntes (aquisição de bens e  serviços)

Encargos com instalações

Encargos Gerais

Honorários planeamento/concepção

Outros

Publicidade

Page 259: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

259 

surge  frequentemente  a  necessidade  de  esclarecer  a  imputação  das  respetivas  despesas,  no  âmbito  dos  

pedidos de pagamento.  

Para regular esta matéria e no contexto das candidaturas aprovadas em 2011 a gestão procedeu à delimitação  

de  uma  bolsa  de  horas  atribuível  à  afetação  dos  recursos  humanos  referenciados  para  as  diferentes  

candidaturas  e  à  qual  corresponderia  um   limite máximo  de   valor  a  justificar  e  comparticipa r  em  sede  de  

execução f inanceira.   

 Ao  nível  da  execução  consta ta‐se  que  persiste  um  signif icativo  desfasamento  relativamente  aos montantes  

aprovados  que,  em  termos  acumulados  se  situa  nos  46%,  como  se  evidenciou  anteriormente.  Esta  situação  

justif ica  que  se  promova  já  em  2012  o  descomprometimento  dos  montantes  que  venham  a  revelar‐se  

desnecessários,  em  função  da  previsão  de  execução  final  das  operações,  através  de  processos  de  

reprog ramação em baixa. 

   

Page 260: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

260 

4. GRANDES PROJETOS E PROJETOS AMBIENTAIS 

4.1 Grandes Projetos  

A Agenda Temática Valorização do Território, na qua l o POVT se  insere, tem um forte  pendor  infraestrutural,  

sendo que em  domínios  como  o  reforço  da conectividade  internacional, a melhoria das acessibilidades e  da  

mobilidade territorial ou a proteção e valorização do ambiente, algumas das  intervenções revestem‐se de uma 

dimensão financeira bastante elevada, configurando, nos termos do Regulamento (CE) nº 1083/2006, alterado  

pelo Regulamento  (UE) nº 539/2010, de  16 de Junho, Grandes Projetos. 

Até ao final  do ano  de 2011, haviam sido apresentados ao POVT trinta e três Grandes Projetos, embora sete  

tivessem entretanto  apresentado desistência e cinco tenham sido não  admitidos  – em ambos os casos, tratava‐

se de projetos apresentados no  âmbito do Eixo II do  Programa. Existiu ainda uma operação  rela tiva ao Domínio  

de Intervenção  Requalificação da Rede de Escolas com  Ensino  Secundário, que tendo s ido  notificado à CE como  

Grande  Projeto,  foi  considerado  não  admissível  e  o  processo  de  aprovação  ficou  anulado,  dado  que  não  se  

trata  de  uma  operação  indivisível mas  sim  de  um  conjunto  de  vários  investimentos,  física  e  funcionalmente  

independentes e em  localizações várias.  

Dos restantes projetos, quatro (três rela tivos ao Eixo II e um relativo ao Eixo III) estavam ainda em análise de 

admissibilidade pela Autoridade de Gestão, enquanto  dois  já passado à aná lise de mérito  – no âmbito  do  Eixo I  

–  sendo  que  os  demais  treze  tinham  uma  decisão  de  financiamento  favorável  por  parte  da  Autoridade  de  

Gestão  (em  três  dos  casos)  ou  estavam  já  contratualizados  (nos  restantes  onze  casos). Dos  treze Grandes  

Projetos  com  decisão  favorável  de  f inanciamento,  nove  foram  notificados  à  Comissão  Europeia  até  31  de  

dezembro de 2011.  

O processo  de aprovação culmina, nestes casos, com a decisão da Comissão Europeia sobre  o f inanciamento de  

cada um dos projetos. Existem no momento três Grandes Projetos com Decisão da CE, que deverão ser objeto  

de decisões modifica tivas dado  que  existiram a lterações na  taxa  de cofinanciamento  do  Eixo e/ou  na  fundo  

financiador decorrentes da aprovação da reprogramação técnica aprovada no final do ano 2011. Apresenta‐se  

seguidamente  o   ponto  de  situação  relativamente   a  cada  um   dos   Grandes  Projetos  já   com  decisão   da  

Autoridade  de Gestão  do  POVT  em  31  de  dezembro  de  2011,  já  notificados  e,  nos  casos  aplicáveis,  já  com 

Decisão da CE. 

Dado que  já  existiu no corrente  ano  de 2012 algum  progresso na situação de cada um dos GP relativamente  ao  

final de 2011, optámos  por referenciar essa situação na coluna observações: 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

261 

Quadro nº 48 – Ponto de s ituação da Decisão dos Grandes Projetos  

Designação do Pro jeto  Data da Decisão Nacional  

Data de Notif icação 

à UE 

Decisão da UE 

Montante de Decisão Aprovado  

Observações  

CRIL ‐ Buraca/Pontinha   30‐10‐2008  20‐05‐2009  12‐10‐2009  

C(2010) 2040 

136.818.087  

A  rever e notificar de novo à no  âmbito da aprovação  da  reprogramação  ‐   alteração  da  taxa  de  cofinan ciamento  e  do  período  de  realização (reprogramação temporal).  

Ligação  Ferroviária Sines  /  Elvas (Espanha  I  Variante  de  Alcácer (2ª fase)  

30‐10‐2008  29‐09‐2009  07‐11‐2010    

92.633.032 

Devolvido  pela  CE  para  rever  em  função  das informações  fornecidas  pelas  Autoridades  Nacionais sobre  ligação  ferroviária  mista  passageiros  e mercadorias  Lisboa/Sines/Évora/  Elvas.  Aguarda‐se resposta da REFER.   

Rede  Ferroviária  de  Alta Velocidade  em  Portugal  –  Eixo Lisboa/Madrid:  Sub‐troço  Poceirão/Évora 

30‐11‐2009  12‐03‐2010  05‐11‐2010  

   502.168.912  

A   CE  devolveu  a  candidatura  para  esclarecimentos. Resposta  está  dependente  das  decis ões  nacionais  sobre  a  ligação  ferroviária  mista  de  passageiros  e  mercadorias  Lisboa/Évora/Elvas.  Decisão  de  financiamento  cancelada pela AG em Abril de 2012, a  comuni car à CE  

Águas  do  Ave  ‐  Alargamento  do Sistema de Saneamento  

30‐01‐2009   10‐07‐2009  07‐11‐2011  

   113.874.124  

Em  carta  de  05.12.11,  a  CE  comunicou  a  interrupção do  proces so  de   decisão,   solicitando  a  a daptação  do  processo  (formulário) face  à reprogramação do POVT. Formulário reenviado à CE em 02.05.2012 

SIMARSUL  –  Sub‐sistemas  de Saneamento  Barreiro/Moita  e Seixal 

31‐03‐2009  19‐10‐2009  07‐11‐2011     27.076.817 

Em  carta  de  24.11.11,  a  CE  comunicou  a  interrupção do  proces so  de   decisão,   solicitando  a  a daptação  do  processo  (formulário) face  à reprogramação do POVT. Formulário reenviado à CE em 24.04.2012.  

Águas  de  Trás‐os‐Montes  e  Alto Douro  –  Saneamento  do Douro  7.ª Fase 

20‐05‐2009  29‐03‐2010  02‐09‐2010  

   39.682.733 

Em  resposta  à  carta  de  10.02.2012  da  CE,  foi comuni cado  pela  AG  em  08.03.2012  o  pedido  de anulação  da  notificação  do  GP,  em  resultado  da  revisão  dos montantes  do  investimento  para  valores bastante  inferiores  ao  limiar  que  define  um  GP.  Comuni cação  enviada  ao  IFDR  em  24.04.2012  (para instrução do cancelamento da notifica ção).  

Ligação Pisão‐Roxo   19‐10‐2009  18‐12‐2009  23‐07‐2010  

C(2010) 7839 

57.174.861 

A   rever  no  âmbito  da  aprovação  da  reprogramação  ‐ alteração do Fundo,  da taxa de  co financiame nto e da  designação  do  Eixo.  Foi  solicitada  pelo  beneficiário  a reprogramação para inclusão do investimento elegível relativo  às  mini‐hídricas,  após  o  que  será  feita  a reinstrução do processo para envio à CE. 

Adutor Brinches‐Enxoé   19‐11‐2009  05‐02‐2010  27‐09‐2011  

   42.258.279 

Em carta da CE de 24.11.11,  o pro cesso de aprovação  do financiame nto deste GP   fica interrompido até que  sejam  remetidos  os  novos    elementos  ( formulário)  revistos em funçã o das alterações de  enquadramento  do  finan ciamento  decorrentes  da  reprogramação  do  POVT.  Foi  solicitada  pelo  beneficiário  a reprogramação para inclusão do investimento elegível relativo  às  mini‐hídricas,  após  o  que  será  feita  a reinstrução do processo para envio à CE. 

Projeto  de  Tratamento, Valorização  e Destino  Final  dos Resíduos  Sólidos  Urbanos  do  Sistema  Multimunicipal  do Litoral Centro 

04‐12‐2008  27‐01‐2009  29‐07‐2009  

C(2009) 9604 

114.643.813  A   rever  no  âmbito  da  aprovação  da  reprogramação  ‐ alteração do Fundo,  da taxa de  co financiame nto e da  designação do Eixo. Reenviado à CE a 14.05.2012 

 

A implementação da g rande maioria  dos Grandes Projetos aprovados pela  Autoridade  de Gestão conheceu, em  

2011, um significativo avanço, com reflexo também  na respetiva execução financeira, como se evidencia rá mais  

adiante. De seguida faz‐se um ponto de situação sobre os trabalhos realizados em cada um  desses projetos. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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CRIL – Buraca/Pontinha  

A operação refere‐se à conclusão da via circular à cidade de Lisboa, CRIL – Circular Regiona l Interior de Lisboa,  

materializada  pela  execução  do  troço  do  IC17  entre  o  Nó  da  Buraca  e  o  Nó  da  Pontinha,  numa  extensão  

aproximada  de 3650  metros e  do troço do IC16  entre o  Nó  da Pontinha e a  Rotunda  de Benfica, numa extensão  

de 770 metros.   

O  investimento nesta  infraestrutura, que constitui o último troço da Cintura Regional Interior de Lisboa (IC17), 

abrange ainda, para  além da  construção dos 4,42 Km  de plena via com perfil  de  autoestrada anteriormente  

identif icados, a construção de 18 Obras de Arte e de  7 Nós e articulação com a rede viária existente. 

O  projeto  encontrava‐se,  no  final  de  2011  pra ticamente  concluído,  não  estando  porém   ainda  executado  o  

troço  do  IC  16  entre  o Nó  da  Pontinha  e  a  Rotunda  de  Benfica,  numa  extensão  de  cerca  de  770 metros.  

Contudo,  o   troço  do  IC17,  que   constitui  a  parte  principal  do  projeto,   foi   inaugurado  e  aberto  à  utilização  

pública em Abril de  2011.   

 

Ligação Ferroviária Sines / Elvas  (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase)  

A operação referente à construção da Variante  de Alcácer – 2ª Fase  inclui‐se no  projeto de  ligação de Sines à  

fronte ira,  que  se  vai  desenvolver  numa  extensão  de  aproximadamente  315  km  de  via  única  eletrificada,  e  

insere‐se  no  objetivo  geral  de  modernização  da  rede  convencional  no  corredor  Sines  –  Elvas/Badajoz, 

concorrendo particularmente para a concretização  do objetivo específico  de melhoria da oferta de transporte  

ferroviário de  mercadorias para o  porto de Sines. 

A 2ª Fase da construção  da Variante  de Alcácer respeita aos seguintes trabalhos:  

≈ Trabalhos  de  via  (apenas  superstrutura),  instalação  de  tração  elétrica  (catenária),  com  uma  

extensão aproximada de 29km l igando o  lado  Sul da Estação de Pinheiro  ao km 94 da  linha  do Sul;  

≈ Construção  da ponte  sobre  o  rio Sado, totalizando uma  extensão de  cerca  de 2735 metros entre o  

PK  8+530  e  o  PK  11+265; Viadutos  de  acesso,  dos  lados Norte  e  Sul  com  desenvolvimentos  de  

1114,75 metros e  1140 metros, respetivamente;  

≈ Adaptação dos Sis temas de Sinalização, Telecomunicações, Convel e Rádio‐Solo Comboio.  

A  fase  de  construção  decorreu  entre  novembro  de  2007  e  agosto  de  2010,  sendo  a  nova  infraestrutura  

inaugurada no dia  19 de dezembro de 2010, mês em que a  Variante de Alcácer entrou em exploração.  

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

263 

Rede Ferroviária de Alta  Velocidade em Portugal – E ixo Lisboa  / Madrid: Sub‐troço Poceirão / Évora  

A  operação  consis te  no  desenvolvimento  da  infraestrutura  ferroviária  de  Alta  Velocidade  referente  ao  sub‐

troço Poceirão/Évora, parte  integrante do Eixo Ferroviário  de Alta Velocidade Lisboa/Madrid (Projeto Global),  

que está  inserido  no Projeto Prioritário nº 3 da Rede Transeuropeia de Transportes – Eixo Ferroviá rio de Alta  

Velocidade do Sudoeste Europeu.  

O sub‐troço Poceirão/Évora terá uma extensão total de cerca de 85 Km e a  infraestrutura ferroviária de Alta‐

Velocidade associada será  construída em via dupla, em bitola (distância entre carris) standard  europeia (UIC), e  

foi concebida de  modo  a permitir a circulação de  comboios  de passageiros (velocidade de projeto de 350Km/h)  

e de mercadorias (velocidade  mínima de 120Km/h). 

O Contrato de Concessão da PPP 1, que  inclui  os troços Poceirão  – Évora e Évora  – Caia, já assinado em Maio de  

2010,  foi  reformulado  na  sequência  da  f iscalização  prévia  do  Tribunal  de  Contas,  que  culminou  com  a  

assinatura a 9 de Fevereiro de 2011 de um aditamento ao contrato de concessão. Este Contrato de Concessão  

foi novamente submetido à fiscalização  prévia do Tribunal de  Contas, não tendo s ido proferido  despacho até  

final de 2011, impedindo  assim o  início das obras.  

 

Águas do Ave – Alargamento do Sistema de Saneamento  

A operação  diz respeito a um projeto  integrado que  constitui a fase de investimento  em infraestruturas relativa  

ao  alargamento  do  sistema multimunicipal  de  abastecimento  de  água  e  de  saneamento  do  Vale  do  Ave,  na 

componente de saneamento  de águas residuais. Tem por objetivo o aumento da cobertura do tratamento  de  

águas residuais, a construção de  infraestruturas de transporte de  l igação entre as redes em baixa e os pontos  

de recolha em  alta e  o a justamento da  eficiência do tratamento às  atuais exigências em  termos de preservação  

ambiental, servindo 12 municípios. 

Face  à  programação  física  e  financeira  constante  do  formulário  de  candidatura,  regista‐se  algum  atraso  na  

execução da operação, que se encontra, no final de 2011, em fase final de  lançamento dos concursos públicos  

e arranque da construção e  insta lação de máquinas. 

Com efeito, até à data a  que se  refere  o presente  relatório, haviam sido abertos 45 concursos públicos –  30  

referem‐se a empreitadas e 15 a prestações de serviços, a que correspondia um  investimento total na ordem  

dos  122 milhões  de  euros  (cerca  de  100%  do   investimento  previsto)  –   dos  quais  estavam  adjudicados  37  

contratos (19  empreitadas e 18  prestações de serviços), correspondentes a 83 milhões de euros.  

O atraso registado que aumentou para  cerca de 24 meses face  às previsões  iniciais, é essencialmente  motivado  

pelos seguintes fatores: 

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Relatório de Execução |  2011  

 

264 

≈ Adequação do  Plano  de Investimentos da Águas do Noroeste às  orientações  do Governo  para  o  

Sector Empresarial  do Estado;  

≈ Problemas na expropriação de terrenos; 

≈ Problemas na obtenção das autorizações de servidão pública e acordos  com os proprietá rios, no  

caso do sis tema intercetor.   

Face  aos  atrasos  verificados  o  beneficiário  submeteu  em Dezembro  de  2011  uma  reprogramação material,  

financeira e temporal.  

 

SIMARSUL: Subsistemas de Saneamento  do Barreiro/Moita e  do Seixal 

A operação é constituída por um conjunto de ações que visam dotar as áreas abrangidas pelos Subsistemas do 

Barreiro/Moita e do Seixal  das  infraestruturas  de saneamento (recolha “em Alta” e  tra tamento), permitindo  

garantir a descarga  das águas residuais urbanas em  conformidade  com a  qualidade necessária face  ao meio  

recetor (Estuário do Tejo), corrigindo a situação de  incumprimento da Diretiva nº 91/271/CEE, do Conselho, de 

21  de Maio  de  1991   relativa  às  águas  residuais,  transposta  pelo Decreto‐Lei  nº  152/97,  de  19  de  Junho,  

segundo  a  qual  os  aglomerados  populacionais  em  causa  deveriam  possuir  sistemas  de  recolha,  drenagem  e 

tratamento secundário até 31  de Dezembro de 2000.  

Em  termos   globais,  a  operação   inclui   a  construção  de   2  ETAR,  construção/reabilitação  de   17  estações  

elevatórias e implantação  de 35,3Km de emissários, intercetores e condutas elevatórias.   

Durante   o  ano  de   2011,  a  execução   física  da  operação   regis tou   alguns  atrasos,  decorrentes  de  

constrangimentos  surgidos, que  implicaram a lterações ao projeto  resultantes de  incompatibilidades verif icadas  

com  o  projeto   da  3ª  ponte   sobre   o  Tejo,  que  levaram  a  alterações  no   reposicionamento   de  estações  

elevatórias, entre  outros  ajustamentos.   

Não obstante, as vicissitudes  ocorridas não comprometeram os objetivos finais  do  projeto,  tendo  a ETAR do  

Barreiro  / Moita s ido  inaugurada  em Abril de 2011  e a ETAR do Seixal  em Maio de  2011. Durante  o ano  de 2011  

ambas  as  ETAR  entraram  em  fase  de  exploração,  assim  como  as  respetivas  infraestruturas  de  drenagem  e  

elevação do subsistema do Seixal  e parte das   infraestruturas  do subsistema  da Moita. A  taxa de execução  à  

data é de praticamente 100%. 

 

Águas e de Saneamento de Trás‐os‐Montes e Alto Douro ‐  Saneamento do Douro 7ª fase   

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Relatório de Execução |  2011  

 

265 

Esta  operação  constitui  a  7ª  fase  da  implementação  do  Subsistema  de  Abastecimento  de  Água  e  de 

Saneamento  de  Trás‐os‐Montes  e  Alto‐Douro,  prevendo  a  construção  e  remodelação  de  infraestruturas  de  

drenagem e tratamento de águas residuais na vertente “em alta” de 48 subsistemas de águas residuais (SAR),  

localizados  em 17 municípios.  

A operação  integra globalmente a construção/remodelação de 51 Estações de Tratamento de Águas Residuais  

(ETAR), 134 Km de emissá rios e  condutas elevatórias e 49  estações elevatórias.   

Registaram‐se ‐se alguns atrasos na execução  do projeto que  levaram à necessidade de alteração do prazo de  

conclusão  da  operação  para  31/12/2011  (inicialmente  previsto  para  31/03/2011),  de  modo  a  viabilizar  a  

apresentação de despesa em 2012 e o  correspondente pagamento  da contribuição do Fundo de Coesão.   

No final de 2011 a operação regista no beneficiá rio uma taxa de execução financeira de 77,04% face ao Custo  

Total aprovado, encontrando‐se adjudicado cerca de  87%  do  investimento. No  POVT a taxa de execução  em  

31/12/2011  é  de  66,69%,  encontrando‐se  em  análise  uma  reprogramação  da  operação  com  redução  do  

investimento  e alteração das  intervenções a realizar.  

 

Ligação Pisão  – Roxo  

Esta operação constitui uma das fases do projeto global subsis tema de Alqueva (SSA), um dos três subsistemas 

de rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). Corresponde a um dos troços  do SSA, que 

irá permitir a  ligação da albufeira do Pisão à albufeira do Roxo, no âmbito da rede primária de abastecimento  

de  água  do  EFMA.  A  operação  desenvolve‐se  no  distrito  de  Beja,  abrangendo  os  concelhos  de  Ferreira  do  

Alentejo, Beja e Aljustrel, integrando  essencialmente as seguintes infraestruturas:  

≈ Troço  de Ligação  Pisão‐Ferreira ‐  Responsável pelo  transporte de  água entre a derivação para  a  

barragem do Pisão e a derivação para o reservatório de Ferreira, assegurando a conexão ao canal  

Alvito‐Pisão, com  uma extensão total de 10,8 Km;   

≈ Troço  de  ligação Ferreira‐Penedrão, responsável pelo  transporte  de água entre  a derivação para o  

reservatório de  Ferreira e a barragem do  Penedrão, com uma extensão de 8,05Km;  

≈ Troço  de  Ligação  Penedrão‐Roxo  ‐  Responsável  pelo  transporte  de  água  entre  as  barragens  do  

Penedrão e  do Roxo, numa extensão de  cerca de 4,4 Km em  conduta g ravítica;   

≈ Construção da Barragem do Penedrão e da Central mini‐hídrica do  Roxo.  

Page 266: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

266 

Em  termos   de  execução,  as  infraestruturas,  incluídas  no  âmbito  desta  operação  encontram‐se  concluídas,  

estando em  fase de encerramento de  contas. A realização  efetiva da operação, no  final  de  2011, encontrava‐se 

a 93% dos trabalhos e componentes de  investimento prog ramadas. 

 

Adutor Brinches –  Enxoé  

A operação Adutor  Brinches‐ Enxoé, constitui uma fase do  projeto global subsistema do Ardila (SSArdila), um  

dos  três  subsistemas  de  rega  do  Empreendimento  de  Fins Múltiplos  de  Alqueva  (EFMA). Integra‐se  na  rede 

primária de abastecimento de água do EFMA, correspondendo à fase subsequente do  lançamento  da Estação  

Elevatória de  Pedrógão‐ME (EE Pedrógão) e do Adutor de Pedrógão, que liga esta Estação Elevatória à albufeira  

de Brinches, onde se  inicia esta operação.   

Constitui mais um troço do subsistema de rega do Ardila, que  irá permitir o transporte de água da albufeira de  

Brinches  a  três  outras  albufeiras  –  Albufeira  de  Serpa,  Albufeira  de  Lage  e  Albufeira  de  Enxoé,  integrando  

designadamente as infraestruturas ‐  Circuito hidráulico gravítico de alimentação das albufe iras de  Serpa, Lage e  

Enxoé; Estação elevatória de  Brinches e  respetiva Conduta elevatória; e  Reservatório de  Brinches‐Sul; central  

Hidroelétrica de  Serpa e Barragem de  Lage.   

A  execução  da  operação  encontrava‐se,  no  final  de  2011,  em  avançado  estado  de  progresso,  com  todas  as 

empreitadas concluídas e um  nível de realização física de 90% dos traba lhos e componentes de  investimento  

programadas.   

 

Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal 

do Litoral Centro 

A operação  em causa tem como objetivos  a construção de  duas Unidades  de Tratamento  Mecânico  e Biológico,  

em  Aveiro  e  em  Coimbra,  uma  estação  de  transferência  na  Figueira  da  Foz  e  aquisição  de  três  viaturas  

específicas  para  a  operacionalidade  da mesma  (transporte  entre  a  estação  de  transferência  e  a  unidade  de  

TMB  de  Coimbra),  incluindo  também  a  aquisição  dos  terrenos  necessários  à  construção  das  referidas  

infraestruturas. 

As unidades TMB terão como função o processamento de todos os resíduos  indiferenciados recolhidos na área 

de abrangência  do sis tema de gestão, de modo a maximizar o aproveitamento de  todas as suas frações com  

potencial de valorização. A capacidade de tratamento de cada unidade será de 190 000 toneladas/ano de RSU 

indiferenciados,  sendo  submetidas  ao  processo  de  tratamento  por  digestão  anaeróbia  cerca  de  123  000  

toneladas/ano de resíduos orgânicos. 

Page 267: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

267 

O baixo ritmo da execução desta operação, quer em termos físicos quer em termos financeiros, motivado pelo  

condicionamento ao avanço dos  trabalhos de construção civil  relativos e terraplenagens e movimentações de  

terras  imposto  pelo  rigor  do   Inverno  de  2009/2010,  bem  como  pelos  atrasos  dos  fornecedores  de  

equipamentos a  instalar nas unidades de TMB, originou um atraso significativo face ao calendário  inicial, o que  

motivou  a  aprovação,  em Outubro  de  2010,  de  uma  reprogramação  temporal  e  financeira  que  prolongou  o  

prazo de  execução da operação para maio  de 2012.   

No final do ano 2011, a execução decorria a bom ritmo  sendo  previsível que as unidades TMB possam entrar na  

fase de testes  no  segundo  semestre  de  2012. Rela tivamente à Estação de  transferência, os trabalhos inicia ram‐

se em Novembro de 2011. No  que concerne à aquisição  das viaturas de transporte, o  contrato foi celebrado  em  

Outubro  de 2011, sendo previsível que  as mesmas sejam adquiridas no  início de 2012.   

 

As realizações e progressos verificados ao nível da execução física das operações acima referidas traduzem‐se,  

naturalmente, em realização financeira das mesmas e cerificação da despesa executada, desde que  o Grande  

Projeto  já  tenha  sido  notif icado  à  Comissão  Europeia  e  ainda  antes  de  existir  uma  decisão  proferida  pela  

Comissão. 

 Por  conseguinte,  os  Grandes  Projetos  com  decisão  de  financiamento  favorável  da  Autoridade  de  Gestão  

registavam  já, no final do ano de 2011, um nível de execução financeira bastante elevado, como fica evidente  

no quadro seguinte.   

   

Quadro nº 49 ‐ Execução financeira dos Grandes Projetos 

         unidade: Euros 

     Custo Total Aprovado  

Fundo Aprovado  

Fundo Executado  

Taxa de Realização 

Eixo I  CRIL ‐ Buraca/Pontinha   187.416.548   95.772.660  84.722.672  88%  

Eixo I Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) I: Variante de Alcácer (2ª fase) 

112.172.764   64.843.122  58.911.246  91%  

Eixo I Rede Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal ‐ Eixo Lisboa/Madrid: Sub‐troço Poceirão/Évora 

632.840.000   351.518.238   0  0%  

Eixo II Ramal de Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro 

59.309.422  16.015.563  9.130.375  57%  

Eixo II Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha) III: Modernização do troço Bombel e Vidigal a Évora 

101.871.881   57.718.124  26.663.067  46%  

Page 268: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

268 

Eixo II Águas do Ave ‐ Alargamento do Sistema de Saneamento 

123.576.347   82.941.061  36.854.334  44%  

Eixo II SIMARSUL – Sub‐sistemas de Saneamento Barreiro/Moita e Seixal 

51.033.153  15.000.000  13.480.057  90%  

Eixo II Águas de Trás‐os‐Montes e Alto Douro – Saneamento do Douro 7.ª Fase 

40.252.117  27.777.913  22.264.410  80%  

Eixo II AGDA, Águas Públicas do Alentejo ‐ 1ª fase Sistema Público de Parceria Integrado de AA 

50.683.519  35.478.463  0  0%  

Eixo II Sistema Integrado de Distribuição de Água e Recolha de Efluentes dos Município s do Noroeste  ‐ 1ª Fase 

65.040.792  45.068.476  0  0%  

Eixo II  Ligação Pisão‐Roxo   65.181.330  40.022.402  34.227.830  86%  

Eixo II  Adutor Brinches‐Enxoé   47.640.901  29.378.257  22.874.419  78%  

Eixo II 

Projeto de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Multimunicipal do Litoral Centro 

114.643.813   80.250.669  47.782.895  60%  

 

Por último, em matéria de Grandes Projetos do POVT, cabe referir que a  lista  indicativa constante do texto do  

Programa foi ajustada no âmbito da reprogramação aprovada no final de 2011, estando  identif icados todos os  

Grandes Projetos que, à data de 31 de  dezembro de  2011, já foram notif icados e  os que se espera vir a  notifica r 

à CE. 

 

4.2 Projetos Ambientais com custo total entre 25 e 50 milhões de euros  

Na  sequência  da  entrada  em  vigor  do   Regulamento  (UE)  n.º  539/2010,  tendo   presente  o  disposto  no  seu  

considerando  terce iro,  os  projetos  ambientais  com  um  custo  total  entre   25  e  50 milhões   de  euros  foram  

excluídos  da  abrangência  do  conceito  de  g rande  projeto. Ou  seja,  não  carecem  de  notif icação  à  Comissão  

Europeia,  embora  se  encontrem   sujeitos  a   um  acompanhamento  específico,  designadamente   em  sede  de  

relatório anual de  execução, tal como previsto no ponto 5‐A do Anexo I do Regulamento (UE)  n.º 832/2010.   

No POVT, e no final de 2011, exis tiam nove operações aprovadas que configuravam Projetos Ambientais, nos  

termos referidos anteriormente – sete operações no domínio de  intervenção do Ciclo Urbano da Água do Eixo  

II,  uma  do  Eixo  III,  na  área  da  valorização  de  resíduos  sólidos  urbanos  e  duas  no  Eixo  V,  relativas  às 

Infraestruturas de  Fins Múltiplos de Alqueva. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

269 

No que respeita a estas operações, seis ainda não regis tavam execução financeira no final de 2011 sendo que  

uma  delas  ainda  não  tem  contrato  celebrado  ‐  Proje to  de  Abastecimento  de  Água  em  Alta  ao  concelho  da  

Covilhã. As restantes cinco são SMM Zêzere e Côa – Saneamento, AGDA, Águas Públicas do Alentejo 1ª fase do 

Sistema  Público  de  Parceria  Integrado  de  SAR,  Alargamento  ao Médio  Tejo  (Saneamento)  e Saneamento  de 

Castelo Branco, Ferreira do Zêzere e Proença‐a‐Nova, Estação de Tratamento de Águas Residuais de Viseu Sul e 

Emissários e Ampliação e extensão do  sistema regional do Carvoeiro  – SRC II. 

No  que   respeita  às  restantes  operações,  seguidamente  traça‐se  o  ponto  de  situação  do  progresso   das  

diferentes fases dos projetos  ambienta is aprovados: 

 

Eixo II – Domínio de Intervenção Ciclo Urbano da Água  

Projeto de Abastecimento de Água em  Alta ao Concelho da  Covilhã  

A operação em apreço prevê a construção, remodelação e ampliação de  infraestruturas de abastecimento  de  

água na designada vertente em “alta”, geridos pela ICOVI ‐ Infraestruturas e Concessões da Covilhã, EEM, que 

irá  permitir  abastecer  com   qualidade  e   quantidade   os  sis temas  de  abastecimento  de  água  exis tentes   em  

“baixa”, geridos pela ADC – Águas da Covilhã, EM, no concelho  da Covilhã. 

As intervenções previstas têm  como  objetivo  o aumento  da capacidade produtiva, com a garantia de qualidade  

exigida pela  legislação nacional e comunitária em vigor, o reforço do volume de  reserva disponível nos pontos  

de entrega, construção de  ligações aos novos pontos de entrega, o reforço da atual capacidade de transporte ‐  

com ins talação de uma nova conduta  ‐ nos  troços com capacidade  insuficiente.  

Para concretizar os objetivos acima  citados, a ICOVI ‐ Infraestruturas e  Concessões da  Covilhã, EEM prevê a  

construção e  a remodelação/ampliação  das seguintes infraestruturas: 

1) Construção da Barragem da Ribeira das Cortes/Penhas II; 

2) Construção da Estação  de Tra tamento de Água da Varanda dos Carqueijais; 

3)  Remodelação  da  conduta  adutora  entre  a  barragem  da  Cova  do  Viriato  e  a  ETA  da  Varanda  dos 

Carqueijais (3000  metros de extensão);  

4) Construção de 9  condutas adutoras com cerca de 26Km de extensão; 

5) Remodelação/beneficiação da Estação de Tratamento (ETA) de Água das Penhas da Saúde   

6) Construção de 6  Reservatórios, na vertente em  “alta”:  

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Relatório de Execução |  2011  

 

270 

7)  Expansão  do  sistema  de   Telegestão  ins talado  para  apoio  à  exploração  e  vigilância,  de  forma  a  

englobar todas as zonas e subsis temas de abastecimento de água existentes e a construir.   

A operação foi aprovada pela Comissão Diretiva do POVT em 28/07/2011, com um período de execução entre  

29/09/2010  e  31/12/2014,  tendo  a  celebração  do  contrato   de  f inanciamento   ficado  condicionada  à  

apresentação  dos  documentos  comprovativos  da  contrapartida  nacional  da  operação   e  à  aprovação  da  

prorrogação da DIA por parte  das autoridades ambientais, o que entretanto já  se verificou.  

De  acordo  com  a   informação   disponível,  a  componente   relativa  à  ETA  das  Penhas  da   Saúde  encontra‐se  

concluída e será possível celebrar em breve o contrato  de f inanciamento com o  POVT. 

 

SMM Zêzere e Côa – Saneamento  (Águas do  Zêzere e Côa S.A.) 

A operação em apreço prevê a construção e  remodelação de um  conjunto de  infraestruturas de saneamento  

de  águas  residuais,  visando  sobretudo  o  acréscimo  dos  níveis  de  cobertura  da  população  com  tratamento  

adequado  de  águas  residuais  e  o  aumento  da  fiabilidade,  da  qualidade  e  do  desempenho  operacional  dos  

sistemas de saneamento de águas residuais num conjunto de concelhos  integrados no Sistema Multimunicipal  

do  Alto  Zêzere  e   Côa:  Aguiar  da  Beira,  Almeida,  Belmonte,  Celorico  da  Beira,  Figueira  de  Castelo  Rodrigo,  

Fornos de  Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Meda, Oliveira do  Hospital, Pinhel e  Seia. 

Em  termos  globais,  a  operação  inclui  a  construção  de  24  ETAR,  a  remodelação  de  12  ETAR,  110  km  de 

emissários e condutas elevatórias e 75 Estações Elevatórias de Águas Residuais.   

Em  termos   de  execução  física,  a Operação   apresentava  no  final  de   2011  uma  taxa  de  execução  de   45%.  

Encontram‐se em execução  19 empreitadas que  envolvem uma despesa de  11 milhões  de euros  e está em  fase  

de  contratação  despesa  de  no  valor  de  7 milhões  de  euros  correspondentes  a  6  empreitadas. Os  restantes  

procedimentos de  adjudicação encontram‐se na fase inicial  e prevê‐se uma revisão em ba ixa do investimento  a  

realizar.  

 

1ª fase do Sistema Público  de Parceria Integrado de SAR  AGDA, Águas Públicas do Alentejo)  

Esta  operação  é  constituída  por  um  conjunto  de  investimentos  em  infraestruturas  de  saneamento  de  águas 

residuais  nos concelhos de Alcácer do Sal, Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Arraiolos, Barrancos, Beja, Castro  Verde,  

Cuba,  Ferreira  do   Alentejo, Grândola, Mértola, Montemor‐o‐Novo, Moura, Odemira, Ourique,  Santiago  do  

Cacém,  Serpa,  Vendas Novas,  Viana  do  Alentejo  e  Vidigueira,  abrangidos  pelo  Sistema  Público  de  Parceria  

Integrado da Águas do  Alentejo (SPPIAA). 

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Relatório de Execução |  2011  

 

271 

A  solução  técnica  adotada  no  estudo  de  conceção  geral  desenvolvido  com  os municípios  prevê  assegurar  a 

recolha e o  tratamento  das águas  residuais  urbanas da  designada vertente em  “alta”, de  aglomerados cujas  

projeções populacionais admitam mais de 300 habitantes res identes  em 2025.  

Em termos globais, a operação prevê a construção de 14 estações de tratamento de água residuais (ETAR), e a 

remodelação  de 10 ETAR, assim como a construção  de 6  estações elevatórias. 

A execução física deste projeto regis ta algum atraso, encontrando‐se realizado, no fina l do ano  de 2011, 15%  

do investimento previsto até ao  final do mesmo  período.  

 

 Alargamento ao Médio Tejo (Saneamento) e Saneamento  de Castelo Branco, Ferreira do Zêzere e Proença‐a‐

Nova 

A  presente  operação  diz  respeito  a  dois  grandes  níveis  de  intervenções,  designadamente  o  alargamento  ao  

Médio  Tejo,  na  componente  de  Saneamento  de  Águas  Residuais,  do  atual  Sistema  Multimunicipal  de  

Abastecimento  de  Água  e  Saneamento  da  de  Raia,  Zêzere  e  Nabão  aos  municípios  de  Mação,  Sardoal,  

Entroncamento  e  Vila Nova  da  Barquinha.  Contempla  ainda  intervenções  nos municípios  de  Castelo  Branco,  

Proença‐a‐Nova e Ferreira do Zêzere,  já  integrados  no Sistema, que  têm em vista  introduzir ajustamentos no  

serviço à legislação em vigor.   

Globalmente  as  intervenções  a  realiza r  destinam‐se  à  construção/remodelação  de  23  ETAR,  14  sstações  

elevatórias e cerca de  27 km de s istema intercetor.  

Está prevista a realização da operação entre  janeiro de 2009 e dezembro de 2012, embora neste momento as  

previsões  disponíveis  apontem   para  uma  revisão  do  investimento   em  baixa  e  um   atraso  de  dois  anos   na  

respetiva execução. 

 

Estação de Tratamento  de Águas Residuais  de Viseu Sul e  Emissários.  

A presente  operação  refere‐se à construção da ETAR de Viseu Sul  e de  um conjunto  de emissários gravíticos  

com  uma  extensão  total  de  cerca  de  17  km  que  permitirão  transportar  para  a  nova  ETAR  os  efluentes  

provenientes  das  freguesias  de  Abraveses,  Campo,  Coração  de  Jesus,  Faíl,  Fragosela,  Mundão,  Orgens, 

Ranhados, Repeses, Rio de Loba, S. Cipriano, S. José, S. Salvador, Santa Maria e Vila Chã de Sá e de parte  da  

freguesia de S. João de Lourosa do concelho de Viseu, cujo tratamento é assegurado atua lmente por 6 ETAR e  7  

fossas  sépticas  coletivas  que  serão  desativadas  na  sequência  da  presente  operação.  A  realização  dos  

investimentos  preconizados no âmbito  desta candidatura permitirá  resolver a s ituação  de  incumprimento do  

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Relatório de Execução |  2011  

 

272 

artigo  5º  da  Diretiva  91/271/CEE,  do  Conselho,  de  21  de  Maio,  que  se  regista  atualmente  ao  nível  da  

aglomeração  “Viseu”  e  que  deu  origem  a  um  processo  de  contencioso  a  decorrer  no  Tribunal  de  Justiça  da  

União Europeia. O  incumprimento  em causa  resulta do facto de  a ETAR de  São Salvador, que  descarrega na  

área de  influência da zona sensível  da albufeira da Aguieira, não dispor  das operações  necessárias à remoção  

de nutrientes. 

A opção pela construção  de uma  nova ETAR revelou‐se a solução  mais apropriada uma  vez que a  introdução de  

uma etapa de remoção de azoto na ETAR de São Salvador se revelou “inexequível e economicamente  inviável, 

do ponto  de vista  do aproveitamento adequado  das  infraestruturas  existentes”, segundo  estudos  realizados.  

Adicionalmente,  a  adoção  de  uma  solução  centralizada  para  o  tratamento  dos  efluentes  provenientes  das  

freguesias  urbanas  permite  gerar  um  efeito  de  escala  potenciador  de  diversas  mais‐valias  técnicas  e  

económicas.  

A operação foi aprovada pela Comissão Diretiva do POVT em 31/03/2011, com um período de execução entre  

01/10/2010 e 31/03/2013, tendo o  contrato de financiamento  sido  celebrado em  07/06/2011. 

Até ao final de  2011, a operação  não registava execução fís ica ou financeira e apenas se encontrava adjudicada  

a  empreitada  relativa  à  construção  do  acesso  à  nova  ETAR  (aguardando  o  visto  do  Tribunal  de  Contas).  AS 

restantes empreitadas encontram‐se em  fase de análise das propostas.  

 

Ampliação e  Extensão  do Sistema Regional do Carvoeiro –  SRC II 

A operação  tem como objetivo a construção, remodelação e ampliação de infraestruturas de  abastecimento de  

água na designada vertente em “alta”,  integradas no Sistema Regional do Carvoeiro (SRC), de forma a permitir 

abastecer com  qualidade e  quantidade os s istemas em “baixa” dos  municípios de Aveiro, Albergaria‐a‐Velha,  

Estarreja,  Ílhavo, Murtosa,  Águeda,  Vagos  e Oliveira  do  Bairro,  atualmente  geridos  pela  parceria  Águas  da  

Região de Aveiro (AdRA).  

A operação regista um atraso significativo, encontrando‐se nesta fase concluídos os projetos de execução que  

permitem  iniciar a  abertura dos procedimentos  de concurso para a execução das obras.   

A gestão dos s istemas de  baixa servidos pelo  SRC por uma única  entidade gestora, como  acima referido, que  se  

iniciou  em  pleno  em  2010,  originou  a  necessidade  de  conf irmar  e  otimizar/alterar  alguns  troços  do  sistema  

adutor face aos  investimentos da AdRA e à nova filosofia de gestão, o que  implicou atrasos na conclusão dos  

projetos técnicos e a reformulação de algumas componentes. Também contribuiu para o atraso que se verifica  

o moroso processo de  renegociação  do  Aditamento ao  Contrato de Concessão, com  necessidade de  parecer da  

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Relatório de Execução |  2011  

 

273 

ERSAR  e  a  aprovação  por  todos  os municípios  que  fazem  parte  da  Associação  de Municípios  do  Carvoeiro‐

Vouga. 

 

Eixo III – Rede de Equipamentos Estruturantes  da Região Autónoma dos Açores 

Centros de Processamento de Resíduos de Santa Maria, São Jorge, Pico e Faial e Selagem/remoção de lixeiras 

O  projeto  integra  uma  política  de  gestão  de  resíduos  assente  em  princípios  de  racionalidade,  eficácia  e  

sustentabilidade  financeira  associados  a  um   esforço  de   equidade  social  e  de   reconhecimento   das  

especificidades insulares. Além  disso, constitui  uma mais‐valia em  domínios  essenciais  para a  qualidade de  vida  

dos cidadãos e para a  competitividade  das atividades económicas, dando  cumprimento ao definido no Plano  

Estratégico  de  Gestão   de  Res íduos  da  Região  Autónoma  dos  Açores  —  PEGRA,  aprovado  pelo  Decreto  

Legislativo Regional n.º 10/2008/A, de 12 de Maio.  

Tem por objetivo a conceção  de estruturas fundamentais para gestão de res íduos para as Ilhas de S. Maria, S. 

Jorge,  Pico   e  Faial,  nomeadamente   com  a  construção   de  quatro  infraestruturas  compostas  por  Centro  de  

Processamento,  tipo  Ecocentro,  onde  serão  depositados  seletivamente  os  resíduos  recolhidos  na  ilha,  de  

Centro de  Valorização Orgânica  por Compostagem, para a transformação dos res íduos  orgânicos  produzidos  

localmente em composto, e a Estação de Transferência, para o encaminhamento para destino adequado após  

compactação  e   acondicionamento   em  contentores  estanques  apropriados   para  o   efeito.  Inclui  também  as  

componentes de revisão de preços das obras dos quatro centros, respetivas fiscalizações e assistência técnica  

dos projetistas. Foi igualmente prevista a aquisição de terrenos para a construção  do Centro na ilha de S. Jorge.  

O atraso regis tado na execução  da operação, quer em  termos  físicos quer em  termos  financeiros (apresenta  

uma taxa de realização de apenas 0,26% no final de 2011), resulta numa primeira fase na dilatação dos prazos  

de  execução  dos  concursos  públicos  internacionais,  nomeadamente  devido  aos  número  elevado  de  

concorrentes,  que  resultou  em  inúmeros  pedidos  de  esclarecimentos  e  de  propostas  a  analisar  pelo  júri  do  

concurso.   

Numa  segunda  fase,  o  ritmo  de  execução  abrandou,  pelo  condicionamento  ao  avanço  dos  trabalhos  de  

construção civil, relativo a atrasos dos transportes  inter‐ilhas com fornecimento de materiais, bem como pelos  

condicionamentos dos fornecedores de equipamentos a  instalar, situações que perspetivam o prolongamento  

do prazo de execução  da operação para agosto de 2013.  

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Eixo V – Domínio de Intervenção Empreendimento de Fins  Múltiplo de Alqueva  

Adutor Pisão‐Beja  

Esta  operação   constitui  mais  uma  das  fases  do   projeto  global  subsistema  de  Alqueva  (SSA),  um  dos  três  

subsistemas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). A operação desenvolve‐se no  distrito  

de  Beja,  concelho  de  Beja,  a montante  da  barragem  do   Pisão,  com  início  no   canal  Alvito‐Pisão  (no  nó  de  

Trigaches),  junto  à barragem de  Pisão, até  perto  do extremo Nordeste  da albufeira  do  Roxo, estabelecendo  

mais uma ligação/troço  da rede primária do EFMA.  

A operação  integra essencialmente as seguintes infraestruturas:  

≈ Condutas adutoras (gravíticas e elevatórias) num  comprimento total  de cerca de  11,94 km;  

≈  Estação Elevatória de Álamo  

≈ Dois reservatórios: Álamo e Beringel; 

≈ Construção da Barragem dos Cinco Reis. 

 

A  execução  da  operação  encontrava‐se,  no  final  de  2011,  a  um  bom  ritmo  de  execução,  com  um  nível  de  

realização fís ica de 70% dos trabalhos e  componentes  de investimento programadas.  

 

Circuito Hidráulico  de Pedrógão  ‐ Margem Direita  

Com  esta  operação,  integ rada  na  rede  primária  de  abastecimento  de  água  do  Empreendimento  de  Fins  

Múltiplos de Alqueva (EFMA),  inicia‐se a construção  das  infraestruturas primárias  de mais um subsistema  de  

abastecimento  de água deste  Empreendimento – o Subsis tema de Pedrógão.   

Corresponde assim ao  primeiro circuito hidráulico deste subs istema: Circuito  Hidráulico  de Pedrógão  ‐ Margem  

Direita,  e  que  irá  permitir  a  ligação,  no  âmbito  da  rede  primária  de  abastecimento   de  água  do  EFMA,  da 

margem direita da albufeira de Pedrógão à albufeira de São Pedro, que por sua vez que será a origem de água 

dos restantes circuitos hidráulicos a construir deste subsistema. A operação desenvolve‐se no distrito de Beja,  

abrangendo  os concelhos de  Beja  (freguesia  do  Baleizão) e  da Vidigueira ( freguesias de  Selmes e Pedrógão),  

integrando essencia lmente as seguintes infraestruturas:   

≈ Estação Elevatória Principal  de Pedrógão (Margem Direita); 

≈ Reservatório de  Pedrógão;  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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≈ Rede primária  ramificada de adutores com  cerca  de 27,94 km de extensão;   

≈ Barragem de S. Pedro. 

A  execução   da  operação   encontrava‐se,  no  fina l  de   2011,  a  um  nível  de   realização   fís ica  de   24,61%  dos  

trabalhos  e componentes de  investimento programadas.   

 

   

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Relatório de Execução |  2011  

 

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5. ASSISTÊNCIA TÉCNICA 

A dotação global de  FEDER prevista no E ixo VI do  POVT – Assistência  Técnica ascende a 68.578.698 e euros,  

correspondendo a 1,58 % do financiamento comunitá rio total do Prog rama (FEDER e Fundo de Coesão), a qual 

está dentro do  limite fixado na alínea a) do n.º 1 do Artigo 46.º do  Regulamento (CE) n.º 1083/2006, de 11 de  

Julho.  

No âmbito da  reprogramação técnica do POVT aprovada em dezembro de 2011, a dotação FEDER deste Eixo  

registou  uma  redução  de  31 milhões  de  euros,  em  resultado  da  avaliação  efetuada  às  necessidades  deste  

Programa até  ao seu encerramento, na perspetiva de ef iciência que norte ia a gestão deste Programa. A taxa de  

cofinanciamento  programada passou  de 85%  para  96,76% de modo  a reduzir o esforço com  a contrapartida  

nacional.  

Durante  o ano de 2011 foram aprovadas quatro candidaturas no âmbito do Eixo VI – Assistência Técnica do  

POVT,  perfazendo  um  total  de  vinte  e  quatro  candidaturas  aprovadas  em  31  de  dezembro  num montante  

FEDER de 52,4 milhões de euros.  

Quadro nº 50 – Operações aprovadas no âmbito do E ixo VI em 2011  

(Unidade: Euros)  

Operações  Designação  Entidades Beneficiárias Aprovado  

Elegível  FEDER 

POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000019 (*) 

Assistência Técnica da SG‐MAI/EMGFC ‐ 2011 

Secretaria‐Geral do Ministério da Administração Interna 

733.615,84  623.573,46 

POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000021 

Assistência Técnica OI Açores Direcção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais 

44.930,00  40.437,00 

POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000022 

Assistência Técnica às "Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano", E.P. IX do POVT ‐ 2012  

Direcção‐Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano 

125.000,00  106.250,00 

POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000023 

Assistência Técnica POVT ‐ Eixo V  2012  Instituto de Desenvolvimento Regional  200.512,63  180.461,37 

POVT‐16‐01 73‐FEDER ‐000024 

Assistência Técnica POVT (2012 ‐ 2015)  Secretaria‐Geral do ex‐Ministério das Obras Públicas Transportes e Comuni cações  

24.744.595,00   22.270.135,00  

Total  25.848.653,47   23.220.856,83  

(*)  Candidatura apresentada no 5º Aviso     

 

A situação da execução  financeira  do Eixo VI face ao programado  e aprovado, à data de 31  de dezembro  de  

2011, evidenciava uma taxa de compromisso  de 76,5% da  dotação  previs ta para o  Eixo.   

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Em termos  acumulados 2007/2011, o  montante FEDER executado atingiu  cerca de 13,6 milhões  de euros tendo  

o  ano  de  2011  por  si  só   representado  cerca  de  4,1 milhões  de  euros,  ou  seja  33%  do  apoio  comunitário  

executado.  

Ao  nível  da  execução  constata‐se  que  persiste  um  significativo  desfasamento  rela tivamente  aos montantes  

aprovados. Se tivermos em conta o  compromisso FEDER com  os projetos aprovados com execução  até o f im  

2011 (Avisos do 1º ao 5º) a taxa de execução acumulada em 31/12/2011 situa‐se nos 45,6%.   

Por  esta  razão  e  de  modo  a  colmatar  os  efeitos  desta  situação,  procedeu‐se  em  2012  à  reprogramação  

financeira  ‘em  baixa’  de  cada  uma  das  operações  de  modo  a  eliminar  os  compromissos  de  findos  sem  

execução, o que irá reduzir a taxa de compromisso do Eixo VI. 

No que respeita à  repartição das  despesas por tipologia e  beneficiários, esta  informação   já consta  do ponto  

3.6.2., assim como se encontram especif icados no ponto 3.6.3 os principais problemas e estrangulamentos na  

execução e  implementação da Assistência  Técnica.  

 

   

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Relatório de Execução |  2011  

 

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6. INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO 

 

Atualização da informação sobre o site  

Uma das primeiras  iniciativas da Autoridade  de Gestão deste Programa foi  a criação  de um  sítio na Internet 

para servir  de veículo  de comunicação do  Programa com todas as entidades que se  relacionam com  o POVT, 

desde os potenciais beneficiários  às entidades que colaboram com  o POVT na execução e no acompanhamento  

do  Programa  e   ao  público  em   geral.  Este   site,  criado   em meados   de Outubro  de  2007,  tem  vindo  a  ser 

completado  e  revisto  numa  base  regular,  de  forma  a  manter  uma  permanente  atualidade  e  frescura  de  

conteúdos.   

Em 2011 continuou a dar‐se grande relevância à atualização  do site no  que toca ao seu conteúdo, de forma a  

torná‐ lo  um  instrumento  de  verdadeira  ajuda  aos  beneficiários  e  público   em  geral. No  f inal  do   ano  o  site  

registou  um número  de visitantes na ordem dos 1.500.000. 

Um dos  principais objetivos do site é usá‐lo como  meio  privilegiado na publicitação  da publicação dos anúncios  

de  novos  avisos,  alterações  e  prorrogações  dos  prazos  dos mesmos,  informações  úteis  sobre   concursos   e  

orientações técnicas, apresentação de  novos conteúdos online e a apresentação de candidaturas online27. 

No decorrer do ano de  2011, foram  publicadas 38  notícias online, sendo que a maioria diz respeito à publicação  

de  inaugurações de projetos cof inanciados pelo POVT e a eventos em que o  POVT participou e  contribuiu  de  

forma direta.   

 

 

 

 

 

 

 

                                                                         27 http://si.povt.qren.pt/ 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Figura nº 5 ‐  Site do POVT com  exemplos de  notícias publicadas on line  

   

 

O site é e  continuará a ser o  veículo de  excelência  na divulgação junto  dos  potenciais  beneficiários e  do  público  

em geral para que constitua um dos meios privilegiados de divulgação do POVT e de  informação sobre os seus  

Eixos  Prioritários  e  Domínios  de  Intervenção,  Regulamentos  Específicos,  Legislação  Aplicável,  Avisos  de 

Abertura, Formulários e Instrução  de candidaturas e outros assuntos de  interesse. 

 

Informação sobre os avisos de abertura de concursos  

No  decorrer  do  ano  de  2011  foram  publicados  diversos  Avisos  relativos  à  Abertura  de  períodos  para  a  

apresentação  de candidaturas. Os suportes  para a divulgação dos Avisos foram escolhidos tendo em conta  o  

teor dos respetivos avisos e os potenciais beneficiários.   

O  ano  de  2011  foi  significativamente  menos  intenso  no  que  diz  respeito  a  abertura  para  a  receção  de  

candidaturas. No quadro seguinte apresentam‐se os Avisos publicados e os respetivos suportes de divulgação,  

promovidos pela Autoridade de Gestão  do POVT e pelos Organismos Intermédios:  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Quadro nº 51 ‐ Av isos de Abertura publicados  e suportes de divulgação 

Data  Eixos Prioritários/Domínios de Intervenção  Suporte 

17 de Janeiro de 

2011 

Domínio “Prevenção e Gestão de Riscos” do 

Eixo Prioritário III – Prevenção, Gestão e 

Monitorização de Riscos Naturais e 

Tecnológicos 

Site do POVT; 

6 de Junho de 

2011 

Eixo Prioritário VII –  Infraestruturas para a 

Conetividade Territorial  Site do POVT; 

22 de Agosto de 

2011 Eixo X – Assistência Técnica do POVT  Site do POVT; Oi’s.  

 

Em  regra,  os  Avisos  de  Abertura  para  Apresentação  de  Candida turas  contêm  as  seguintes  informações,  

consideradas relevantes para os  potenciais beneficiários: 

≈ Objetivos do  Domínio de Intervenção  

≈ Tipologia de Operações  

≈ Modo de Apresentação das candidaturas 

≈ Período para apresentação de candida turas  

≈ Dotação financeira  

≈ Âmbito Geográfico  

≈ Seleção das Operações  

≈ Apuramento  do Mérito  do Projeto  

≈ Data prevista para a Comunicação da Decisão ao Beneficiário  

≈ Documentos a apresentar com a candida tura  

≈ Linha de atendimento – Esta  linha telefónica de atendimento destina‐se a conferir um serviço de  

apoio  especializado  e   de  qualidade   ao  utente  para  efeitos  de   apresentação  de  candidaturas,  

centralizado  no  Secretariado  Técnico   do   POVT  ou  nos  Organismos  Intermédios   com  

responsabilidades delegadas, no que respeita a  informações a prestar no âmbito dos Domínios de  

Intervenção da sua responsabilidade. 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Figura nº 6 ‐  Site do POVT com  exemplos de  avisos de abertura 

 

 

Publicação da Lista de Beneficiários 

É feita com  periodicidade  trimestral  a publicação  da Lis ta de  Beneficiários do  POVT, seguindo as orientações  

previstas na alínea d) do artigo 7º do  Regulamento (CE)  nº 1828/2006.   

Esta publicação é fe ita no site do POVT, onde são  mencionados os seguintes elementos: 

≈ Beneficiário    

≈ Designação das Operações    

≈ Fundo  

≈ Data de aprovação 

≈ Financiamento  aprovado  – Investimento  elegível  

≈ Financiamento  aprovado  – Contribuição FEDER / Fundo de Coesão  

≈ NUT II, NUT III e Distritos   

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Figura nº 7 ‐  Lista de  beneficiários publicada no site do POVT  

 

 

Materiais publicitários produzidos  

No  âmbito   da  Sessão  Pública  de  Apresentação  de   Resultados   2010|2011  (assunto  que  é   desenvolvido  

seguidamente) o POVT apresentou dois trípticos produz idos  internamente para a apresentação dos principais  

resultados  do  POVT  em  2010  e  2011  e  um  outro  sobre  a  Reprogramação  POVT|2011  (ilustração  na  página  

seguinte). 

 

 

 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Figura nº 8 ‐  Trípticos  produzidos para a Sessão Pública de  Apresentação de Resultados  2010|2011  

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

285 

Ações de divulgação promovidas pelo POVT e com a colaboração deste Programa 

Decorreram, no dia 21 de Julho, as Jornadas Técnicas do Projeto de Conclusão da CRIL da responsabilidade da  

empresa Estradas de Portugal, S.A., com o objetivo de reunir durante um dia todos os  intervenientes na obra  

de conclusão  daquele  percurso, onde também  esteve presente  a Autoridade de  Gestão  do  POVT, representada  

pela sua Pres idente, Helena Pinheiro de  Azevedo. 

Na  sessão  que  decorreu  na  sede  da  Estradas  de  Portugal,  S.A., a  Presidente  da  Comissão Diretiva  do  POVT 

mencionou a relevância deste projeto, bem como da  iniciativa, referindo que o projeto de conclusão da CRIL é  

um  dos Grandes  Projetos  que  fazem  parte  do  Eixo  Prioritário  I  do  POVT,  destinado  a  financia r  as  Redes  e  

Equipamentos Estruturantes Nacionais de  Transportes, incluindo a conclusão da malha rodoviária  de itinerários  

principais na área metropolitana de Lisboa, enquanto elementos essenciais para garantir a coerência da rede  

rodoviária metropolitana e  a conectividade  da região  capital às redes de  ligação internacional.   

 

Grande evento anual do POVT  

A  Autoridade  de Gestão  do  POVT  promoveu  no  dia  5  de Dezembro,  no  Auditório  do  LNEC,  em  Lisboa,  uma 

sessão pública de apresentação dos resultados do  Programa referente aos anos de  2010 e 2011. 

Além do balanço  global  do  POVT nos  anos de  2010  e 2011, do contributo  deste  Programa para  a realização dos  

objetivos  e  estratégia  da União  Europeia  e  das  principais  alterações  introduz idas  com  a  reprogramação  do  

POVT,  o  evento  contou  ainda  com  apresentações  que  deram  conta  das  ações  realizadas  e  em  curso  e  dos  

respetivos resultados nos seguintes domínios de  intervenção do POVT: "Apresentação dos  principais resultados  

no  âmbito  do  Eixo  II  –  Rede  Estruturantes  de  Abastecimento  de  Água  e  Saneamento"  e  "Apresentação  dos  

principais  resultados  no  âmbito  da  modernização  dos  portos  naciona is  e  da  sua  integração  nas  cadeias  

logísticas e  de transportes".   

Esta sessão contou ainda com as apresentações  do Dr. Orlando Borges, Presidente do Instituto da Água, Eng. 

Martins  Soares,  então  Administrador  do  Grupo  Águas  de  Portugal,  Dra.  Lídia  Sequeira,  Presidente  da  

Administração do Porto de Sines, Eng. José Luis Cacho, Presidente da Administração do Porto de Aveiro, e Eng. 

Matos Fernandes, Presidente da Adminis tração  dos Portos do Douro e  Leixões. 

O  evento  contou  com  uma  intervenção  do  representante  da  Comissão  Europeia  ‐ DGRegio,  Engº.  Eduardo  

Barreto, e encerrou com  a  intervenção  do Secretário de Estado Adjunto da Economia e do  Desenvolvimento  

Regional, Dr. António Almeida Henriques. Esta  iniciativa contou com a presença de cerca de 190 pessoas. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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No  dia  5  de Dezembro  foi  publicada  ainda  a  participação  do  POVT  na  edição  da  Revista  “Pontos  de  Vista”  

encartada com o  Jornal “Público”, sob  o tema «QREN 2007‐2013 – QUE  PRIORIDADES PARA PORTUGAL?». A  

participação  do  POVT  contou  com  um  uma   entrevista  à Gestora   do   Programa,  bem  como  uma   presença  

publicitá ria com  anúncio ao  evento anua l do  POVT. 

 

Figura nº 9 ‐  Participação do POVT na edição da Revista “Pontos de  Vista” 

 

 

Decorreu  no  dia  22  de  Dezembro,  no   Auditório  do  Centro  de   Medicina  Desportiva  de   Lisboa  (Estádio  

Universitá rio), a assinatura de aditamentos aos protocolos celebrados entre o Instituto do Desporto (IDP) e os  

11 Municípios  com projetos  de Centros de Alto Rendimento  (CAR)  já aprovados pelo POVT. A cerimónia contou  

com a presença do Secretá rio de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Miguel Mestre, do Secretário de  

Estado  Adjunto  da  Economia  e Desenvolvimento  Regional,  António  Almeida Henriques  e   da  Pres idente   da  

Comissão Diretiva  do  POVT, Helena  Pinheiro  de  Azevedo,  bem  como  dos  presidentes  dos Municípios  e  dos  

presidentes das Federações Desportivas envolvidas nos CAR a nível  nacional. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

288 

 

Com as ações realizadas, o POVT investiu um  total de 13.185 euros do  seu orçamento, o que traduz um  nível de  

dispêndio inferior ao  previs to, como  pode  ser constatado no  quadro seguinte:  

 

Quadro nº 52 ‐ Investimento realizado nas  ações realizadas em 2011  

Ações físicas  Investimento Previsto Investimento 

Realizado 

Site Internet   5.000  0 

Brochura de Informação  5.000  4.520 

Anúncios Imprensa  50.000  900 

Candidaturas Site Internet   10.000  0 

Linha telefónica  5.000  0 

Direct mail  5.000  0 

Conferências / Colóquios  5.000   0 

Newsletter Elet rónica  5.000  0 

Reuniões da CA e Grande Ação Anual   20.000  7.765 

   110.000  13.185 

 

Na manutenção do site  atual do POVT não  é feito nenhum  investimento f inanceiro, dado que  os meios técnicos  

usados  pertencem  à  ex‐Secretaria‐gera l  do  Ministério  das  Obras  Públicas,  Planeamento,  Transportes  e  

Comunicações. O POVT é responsável pela atualização do  mesmo em back office. 

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Relatório de Execução |  2011  

 

289 

Também  não  foram  investidos  recursos  financeiros  na  realização  de  desdobráveis,  dado  que  a  dimensão  e  

dinâmica de abertura de avisos  receção  de candidaturas são  intensas e  iria  implicar uma grande  despesa em  

recursos não reutilizáveis. Assim, a aposta recaiu para a divulgação no site. 

 

Ações de divulgação promovidas pelos Organismos Intermédios 

Os Organismos Intermédios dispõem de áreas de  identif icação POVT e conteúdos relativos a  este Programa nos  

seus sítios  na Internet:  

≈ Instituto da Água, IP; 

≈ Direção Geral  do Ordenamento do  Território  e Desenvolvimento Urbano; 

≈ Instituto de Desenvolvimento  Regional; 

≈ Direção  Regional  de  Planeamento  e  Fundos  Estruturais  (DRPFE)  dos  Açores,  através  do  site  do  

PROConvergência; 

≈ Estrutura de Missão para a Gestão da Estrutura de Missão para a Gestão de Fundos Comunitá rios  

2007‐2013 (Minis tério da Administração Interna) através do site  http://fundoscomunitarios.mai‐

gov.info. 

 

Foram  também  realizadas  pelos   Organismos  Intermédios  a lgumas  sessões  de  escla recimento  relativas  à  

abertura à apresentação de  candidaturas dos seguintes Domínios de Intervenção:  

 

Eixo Prioritário II – Domínio de Intervenção Proteção e Gestão de Riscos 

Organização:  Organismo  I ntermédio  –  Estr utur a  de  Missão  par a  a  Gestão  de  Fundos  Comunitár ios 

2007 ‐2013  (M inistér io  da  Administr ação  I nter na) 

A  EMGFC  tem  vindo  a  assegurar  a  transmissão  de  orientações  aos  beneficiários  sobre  as  obrigações  

decorrentes do financiamento Comunitário, em matéria de  informação e publicidade. Para além da divulgação 

nos sites http://www.fundoscomunitários.mai.gov.pt e http://www.qren‐mai.info/index.html.   

Page 290: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

290 

Durante  o  ano  de  2011  foram  desenvolvidas  reuniões  parcelares  com  diversas  Associações Humanitárias  de  

Bombeiros, Municípios  e Governos  Civis  e  várias  reuniões  bilaterais,  com  ANPC  e DGIE,  para  informações  e  

esclarecimentos. 

 

As  ações  de  acompanhamento  aos  diversos  projetos  aprovados  permitem  verif icar  o  cumprimento   das  

obrigações por parte dos beneficiá rios, em matéria de  informação e publicidade de acordo com os normativos  

comunitários  e nacionais aplicáveis. 

 

Eixo Prioritário III – Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma dos Açores  

Organização:  Organismo  I ntermédio –  Direção  Regional do Planeamento  e Fundos  Estrutur ais 

No âmbito do Eixo III do POVT durante o ano de 2011 este Organismo Intermédio procedeu às seguintes ações  

de informação e comunicação:  

Divulgação via website  

No website  do  PO PROCONVERGENCIA AÇORES, na área reservada aos beneficiários/candidaturas, tem  um  link  

para o aviso de candidatura POVT Eixo IV e no portal Açores, na área da Direção Regional do  Planeamento e  

Fundos Estruturais, tem uma página dedicada ao POVT que contém  informação re lativa ao programa, projetos  

aprovados,  beneficiários,  montantes   e  link  para  o   website  POVT. 

(http://www.proconvergencia.azores.gov.pt/AR/beneficiarios.html  e  

http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/vp‐drpfe/ textoImagem/POVT.htm)  

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

291 

Figura nº 10 ‐  Página  dedicada  ao POVT no website do PROCONVERGENCIA AÇORES 

 

 

 

O OI providenciou  apoio  na elaboração dos painéis  de obra e na  instrução de  colocação, bem como, prestou  

esclarecimentos para garantir o cumprimento das  responsabilidades dos beneficiá rios relativamente a medidas  

de informação e publicidade. 

As evidências fotográficas de colocação do painel de obras dos quatro projetos aprovados, com a  identificação  

clara da marca QREN e  da imagem do POVT, estão disponíveis nos  respetivos re latórios anuais. 

 

Eixo Prioritário IV – Redes e Equipamentos Estruturantes na Região Autónoma da Madeira  

Organização:  Organismo  I ntermédio –  I nstituto de  Desenvolv imento Regional (IDR )   

O Instituto de Desenvolvimento Regional, como Organismo Intermédio do Programa Operacional Temático de  

Valorização  do  Território  (POVT)  no  âmbito  do  atual   Eixo  IV  assumiu  desde  sempre  a  responsabilidade  de  

assegurar  a  divulgação   quer  do  Programa/  Fundo   quer  do  Eixo,  utilizando  diversas  formas  e métodos  de  

comunicação.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

292 

 

Importa no  entanto  referir que  a  implementação  da estratégia  de comunicação  definida para o ano  2011 foi  

marcada  por  s ituações  alheias  ao  IDR  e  que  impediram  a  implementação  de  todas  as  ações  previstas,  em  

particular  a  aprovação  de  legislação  decorrente  da  aprovação  do Orçamento  de  Estado  para  2011  que  veio  

provocar g randes constrangimentos e atrasos na contratação  de bens e serviços por ajuste  direto e a própria  

Situação financeira do Estado Português e da Região Autónoma da Madeira, que  impossibilitou a execução de  

algumas  atividades  previstas  devido  aos  constrangimentos  orçamentais,  nomeadamente:  a  inserção  de  

anúncios  publicitários e a impressão do suplemento Espaço Global. 

Contudo, nas ações  desenvolvidas  pelo IDR, no ano em apreço, esteve sempre presente  o  dever de garantir 

uma  comunicação   eficaz,  tendo   por  base  os  valores   da  transparência,  do  rigor,  da  aproximação  e   da  

percetibilidade e eficácia.  

Destaca‐se então as seguintes ações  de informação e publicidade promovidas pelo IDR no ano  2011: 

Página do POVT  

Criada em 2009, mantém‐se esta Página no sítio Web do IDR onde é apresentada uma breve nota sobre o Eixo  

IV do Programa e um l ink ao sítio Web  do POVT.  

Figura nº 11 ‐  Página  dedicada  ao POVT no website do IDR e  link ao s ite  do POVT  

 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

293 

Sessões Informativas destinadas  à população mais jovem  

Deu‐se continuidade às Sessões Informativas  junto  das escolas, direcionadas em  particula r à população  mais  

jovem (9º ano de escolaridade (3º ciclo), secundário e o ensino  técnico‐profissional) que se traduziram em 10  

sessões informativas realizadas as quais abrangeram um total  de 337 a lunos  e 29 professores. 

 

Exposições  Empresariais da  RAM 

Nas  três  feiras  da  Região,  o  IDR manteve  a  sua  participação  com  um  stand  de  18m2   para  a  divulgação  das 

principais fontes de financiamento comunitário  onde  foi  também dado destaque ao POVT. 

≈ EXPOMADEIRA (de 8 a 17 de  julho de 2011), a maior feira realizada no Funchal ‐ com cerca de 80  

mil visitantes; 

≈ EXPO PORTO SANTO (de 26 de  agosto a 4  de setembro  de 2011), realizada na ilha do  Porto  Santo ‐  

com aproximadamente 41.600 visitantes; 

≈ FIC ‐ Feira da  Indústria e  da Construção  (de  14 a  18 de  setembro  de 2011), realizada pela  primeira  

vez, na placa central da Avenida Arriaga no Funchal. Aqui não foi possível  contabiliza r o número  

de  visitantes,  por  se  tratar  de  um  espaço  aberto. No  entanto,  tratou‐se  de  um  evento  com  a  

duração de cinco dias num  concelho  que possui  120 mil habitantes.  

 

Comemoração do Dia  da Europa  

≈ Hasteamento  da  bandeira  da União  Europeia  durante  uma  semana,  a  partir  de  9  de maio,  na  

fachada do edifício do IDR.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

294 

≈ Exposição   de  Rua  (de  9   a  13  de  maio)  organizada  pelo  IDR  onde   foram  divulgados  os  vários  

Programas  e  em   particular  o  POVT.  Tratou‐se  de   uma  ação  direcionada  ao  público   em  gera l  

(aproximadamente a 120  mil pessoas). 

 

Notícias na Comunicação Social 

Em 2011, a imprensa escrita da Região  publicitou 4 notícias, onde faz menção ao Fundo de Coesão/POVT. 

 

Revista “Espaço Global”   

A revista “Espaço Global” é cons iderada um veículo de excelência de  informação anual sobre os Programas de  

cofinanciamento  comunitá rio na Região  Autónoma da Madeira, tendo  em conta a  abrangência do  target. Nesta  

4.ª edição continuou‐se a dar grande destaque à execução do Eixo da Região Autónoma da Madeira do POVT, 

realçando‐se  o  artigo  escrito  pelo  convidado  especial,  o  Comissário  Europeu  da  Política  Regional,  Johannes  

Hahn, bem como os artigos dos Opinion  Leaders.  

Esta  edição,  por motivos   de  ordem   financeira,  não   foi   impressa,  e  por  força   dessa  circunstância,  não  foi  

distribuída em formato  papel. Está, no entanto, disponível online desde o mês de dezembro de 2011, no sítio  

web do IDR, tendo sido distribuída, em suporte  informático (via e‐mail) a 372 entidades regiona is, nacionais e  

comunitárias. 

Esta  publicação  está  igualmente  acessível  no  Website  do  IDR  ‐  http://www.idr.gov‐

madeira.pt/portal/Upload/Anexos/espaco_global_4.pdf (páginas nº 60 e  61). 

 

Figura nº 12 ‐  Página  dedicada  aos projetos financiados pelo POVT na revista  “Espaço Global” 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

295 

 

Eixo Prioritário V – Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional – Ações Inovadoras para 

o Desenvolvimento Urbano 

Organização:   Organismo   Intermédio   –   Dir ecção‐Geral  do   Ordenamento   do   Terr itór io   e 

Desenvolv imento  Urbano,  com  a par ticipação  da  Autor idade  de  Gestão  do  POVT 

Durante  2011 podem ser apontadas as seguintes ações, cujas atividades e objetivos se detalham de seguida:  

2º Seminário de  Acompanhamento 

Este seminário, da  iniciativa da  DGOTDU, decorreu  nas  instalações  deste  Organismo  no  dia 24  de  Março  de  

2011,  tendo   estado  presentes  representantes  da  AG‐POVT  e  das  entidades  beneficiá rias  de   operações  no  

domínio  das  “Ações  Inovadoras  para  o  Desenvolvimento  Urbano”  aprovadas  na  sequência  dos  2 

procedimentos concursais concluídos. 

O  seminário   teve  como  destinatários  os   responsáveis  e  técnicos  diretamente  envolvidos  na  execução   das  

operações  e pretendeu analisa r e esclarecer questões l igadas à execução material e  financeira das operações, e  

às alterações de procedimentos associadas com a  revisão do contrato de  delegação de competências entre a  

AG‐POVT e a DGOTDU. 

Em  paralelo  a  divulgação  dos  resultados  intermédios  das  operações  em  curso  suscitou  o  debate  de  aspetos  

técnicos de  interesse comum  e a troca e  disseminação de experiências.   

 

Atualização do Porta l dedicado à Política de Cidades  – Polis  XXI 

Este Portal, foi  disponibilizado  online em 2011, respeitando à Política de Cidades POLIS XXI e tentando abranger 

o  conjunto  de  programas,  medidas  e  instrumentos  de  atuação  que  concorrem  diretamente  para  a  

implementação  de uma  política  de desenvolvimento sustentável nas cidades portuguesas. 

No que diz  respeito  à informação  sobre os projetos, foi desenvolvida uma base de dados com  todos os  projetos  

já aprovados onde consta a f icha  individual para cada projeto. 

Na  ótica  da  Política  de  cidades,  foram  atualizados  conteúdos  gráficos  e  escritos,  e  publicadas  regularmente  

notícias rela tivas ao universo temático.  

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

296 

Avaliação dos resultados das medidas de informação e publicidade  

O Regulamento (CE) nº 1828/2006 da Comissão de 8 de Dezembro de 2006 menciona, no seu artigo 4º que  o  

“relatório  anual  de execução  para  o ano  de 2010  e o  re latório  final  de execução  devem conter um  capítulo  

dedicado  à  avaliação  dos  resultados  das medidas  de  informação  e  publicidade  em  termos  de  visibilidade  e  

notoriedade  dos prog ramas operacionais  e do  papel  desempenhado pela Comunidade, tal como disposto no nº  

2, alínea e) do  artigo  2º”.  

Em Março de 2011, a Comissão Diretiva do POVT desencadeou o procedimento de elaboração do Caderno de  

Encargos  para  a  consulta  a  3  entidades  no  sentido  de  fazer  cumprir  a  avaliação  das  ações  de  publicidade  e  

comunicação  no  sentido  de  integ rar  as  conclusões  no  Relatório  de  Execução  de  2010  do  POVT.  Contudo,  e  

considerando  as  limitações  impostas  pelo  atual  panorama  económico  para  a  execução  do  Orçamento  de  

Estado e controle das despesas dos organismos estatais, os procedimentos acima dos 5 mil euros passaram a  

ter um  circuito diferente, que obriga à aprovação prévia do  Ministério das Finanças. 

O  processo  relativo  à  solicitação  do  referido  parecer  prévio  do  Ministério  das  Finanças  e  o  desenrolar  do  

procedimento  de  adjudicação  (ajuste  direto  com  consulta  a  três  entidades),  levou  a  que  a  adjudicação   da  

Aquisição de Serviços para a Avaliação Intercalar das Ações do Plano Estratégico de Comunicação do Programa  

Operacional  Valorização  do  Território,  tivesse  ocorrido  a  20  de  Fevereiro  de  2012,  tendo  sido  selecionada  a 

empresa ImproveConsult. O contrato de aquis ição de  serviços foi celebrado no passado dia 14 de Março.  

Neste momento, e no âmbito dos  trabalhos que estão a ser desenvolvidos,  já foi disponibilizada a  informação  

documental solicitada pela equipa de  avaliação, estando  neste  momento em  apreciação  pela Autoridade  de  

Gestão o conjunto de questões  de avaliação a contemplar neste exercício.   

 

Articulação estabelecida no âmbito da Rede de Comunicação QREN 

Ao  nível  externo,  a  Rede  de  Comunicação QREN,  na  qual  o  POVT  é  representado  pela  técnica  Isabel  Costa, 

assegurou a representação de Portugal em diversas reuniões comunitárias, participando, sempre que possível,  

de  forma  ativa,  nomeadamente  através  da  divulgação  de  boas  práticas  de  comunicação  levadas  a  cabo  em 

Portugal.  

Em Maio e em Dezembro de 2011 realizaram‐se a 7ª e a 8ª reunião  da Rede Inform, em Sofia e em Bruxelas,  

respetivamente, tendo, na primeira, um  elemento da coordenação  da RIC QREN moderado um painel dedicado  

ao tema Working with  the media. De salientar que  a Rede  Inform,  coordenada  pela DG  REGIO da Comissão  

Europeia,  integra  responsáveis  pela  comunicação  dos  fundos  europeus  em  cada  Estado‐Membro  da União  

Europeia  e  reúne‐se  duas  vezes  por  ano  para  debater  temas  relacionados  com  a  comunicação,  para  troca r 

experiências e para definir linhas de ação  comuns a seguir.  

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Relatório de Execução |  2011  

 

297 

Ainda, em Setembro  de 2011, o Minis tério do  Desenvolvimento  Regional  da República Checa promoveu, em  

Praga, o seminário "Publicity Platform‐Keeping EU Funds  Attractive", onde  um elemento  da coordenação da RIC 

QREN, realizou uma apresentação sob o  tema “The Portuguese NSRF Communication Experience". 

 

Tendo  em  conta  as metas  fundamentais  que  o   Plano   de   Comunicação   do  QREN  se  propõe   concretizar  –  

Informar, Promover e  Massificar, criando  uma opinião  pública  esclarecida, interessada e que acredita no  QREN,  

nas suas  intervenções e nos seus resultados, destacando o papel que assume no desenvolvimento de Portugal  

– a RIC QREN desenvolveu, no ano de 2011, diversas atividades que contribuíram para a divulgação da marca  

QREN,  passando  a  comunicação  a  estar  centrada  na  demonstração  de  resultados,  isto  é,  na  divulgação  de  

projetos apoiados pelo QREN. Pretende‐se com esta abordagem não só assegurar a compreensão dos apoios,  

oportunidades e moda lidades de  acesso ao QREN, garantindo uma procura mais  informada e qualificada dos  

apoios, mas também  garantir níveis de  conhecimento elevados  dos  resultados alcançados  com  os apoios do  

QREN, por parte  do público  em geral, reforçando a transparência deste instrumento  financeiro.  

No âmbito  dos  produtos de  comunicação  de  largo  espectro é  de  destacar, durante o  ano  de 2011, a publicação  

de dois suplementos editoriais QREN OJE, um dedicado aos “Equipamentos e  infraestruturas de valorização do  

território”, publicado em  Fevereiro, e outro sobre o  tema da “Internacionalização”, editado em Setembro.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

298 

Figura  nº  13   ‐  Suplemento QREN OJE,  dedicado  aos  “Equipamentos   e  infraestruturas  de   valorização  do 

território” 

 

Estes  suplementos,  publicados  num   jornal   económico  diá rio,  foram  distribuídos  g ratuitamente  em   todo  o  

território  nacional (28 mil exemplares), em  empresas, e disponibilizados  no  sítio da Internet do OJE, bem  como  

nos sítios dos  organismos do  universo  QREN. Este é um  dos  instrumentos que  permite atingir  diretamente  o  

público  empresarial,  um  dos  alvos  preferenciais  da  comunicação  QREN,  uma  vez  que  se  constituem,  por 

excelência, como o  grupo dos  potenciais beneficiários destes apoios  comunitários. 

Ainda no  capítulo  das ações  de g rande alcance, e dando continuidade às iniciativas anteriores  de celebração do  

Dia da Europa ‐  9 de Maio, a RIC QREN voltou  a aproveitar esta ocasião para  associar o QREN à União Europeia,  

através de uma ação de promoção  junto do grande público, dando, simultaneamente, a conhecer algumas das 

suas áreas de intervenção.   

Para  o  efeito,  a  RIC  QREN  dinamizou  uma  campanha  de  divulgação  na  rede  nacional  do  multibanco,  

complementada por uma campanha de distribuição gratuita  de posta is em todo  o território. O mote  cria tivo  

assentou  no  papel  que  os  Fundos  desempenham  no  financiamento  de  projetos  em  diversas  áreas  de 

intervenção, como a educação, o apoio a empresas, à ciência e à  inovação, etc. A campanha na rede nacional  

do Multibanco  cons istiu  na divulgação de dois filmes, entre  os dias 2 e 15  de Maio, tendo gerado mais de  8  

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Relatório de Execução |  2011  

 

299 

milhões de contactos. A coleção de oito postais alusivos ao Dia da Europa foi gratuitamente distribuída entre 4  

e  27  de Maio,  na  rede  PostalFree,  implementada  em  todo  o  território  nacional,  em  universidades,  salas  de 

cinema,  restaurantes,  teatros,  cafés  e  bares. No  total  foram  distribuídos  200.000  postais,  que  abrangeram  

cerca de 600 mil pessoas em todo o pa ís. No período de vigência desta ação foram ainda divulgados banners,  

alusivos à campanha, nos  sítios do  QREN, dos PO e das autoridades  nacionais  de certificação e  coordenação  

dos Fundos.   

 

Figura nº 14‐ Coleção de oito postais  alus ivos ao Dia da Europa  

 

Esta  ação  consubstancia‐se  numa  boa  prática  de  comunicação  uma  vez  que   permitiu  atingir  uma  número  

substancial  da população portuguesa, através de um  meio  de  grande a lcance, como é  o multibanco, bem  como  

estabelecer contacto com públicos diferentes dos habitua lmente abrangidos pelo QREN, através de um canal e 

de um suporte alternativo, como a rede de distribuição gratuita de postais. A acrescer a estes fatores,  importa  

sublinhar a relação custo‐benefício muito  positiva obtida através desta ação.  

 

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Relatório de Execução |  2011  

 

300 

As medidas de  informação e publicidade  antes descritas, bem como aquelas desenvolvidas nos anos anteriores,  

podem ser resumidas em  função do conjunto  de  indicadores previstos  no  Plano  de  Comunicação  do  POVT, que  

se apresentam no quadro  seguinte.  

Quadro nº 53 – Evolução dos indicadores do Plano de Comunicação do POVT  

 

Destacam‐se, pela positiva, o número de ações de  divulgação e  informação do Programa, para as quais muito  

contribuem,  em  número,  as  múltiplas  ações  desenvolvidas  pelos  Organismos  Intermédios  junto  dos  seus  

públicos alvo e, em envergadura, os grandes eventos  promovidos pela Autoridade de  Gestão do POVT, assim 

como os níveis de satisfação dos beneficiá rio face à qua lidade da  informação prestada pelo POVT, em função  

do inquérito aos beneficiários desenvolvido nesse ano. 

   

Indicadores Meta 2015Resultados até 

2012

Número de acções de divulgação e informação do Programa 18 41

Número de publicações a editar com informação sobre o Programa 10 7

Número anual médio de visitas ao site do POVT na internet 70.000 n.d.

Número de edições  da Newsletter electrónica do Programa 15 3

Número de anúnc ios na imprensa com  informação sobre o POVT 70 20

Número de reuniões da Comissão de Acompanhamento 16 6

Número de ações de road show  no "roteiro das boas práticas" 4 ‐

Nível de participação das entidades mais representativas do público‐alvo nos seminários, workshops, acções temáticas e reuniões técnicas (N.º de participantes)

80% n.d.

Número de estudos de avaliação e monitorização do Plano de comunicação 6 1

Percentagem  de beneficiários  que cons ideraram adequada a qualidade da informação prestada pelo POVT (a apurar através de inquérito)

90% 95% (*)

(*) Valor  apurado c om  base  no inquérito aos benefic iários  realizado em  maio de  2010

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7. CONCLUSÕES E PREVISÕES PARA 2012  

7.1 Conclusões de 2011  

 

O ano de 2011 ficou  marcado  pela  concretização da  reprogramação  técnica do  POVT, a qual constituía  uma  

necessidade  já  identif icada anteriormente. Para esse efeito, a Comissão Minis terial  de Coordenação do QREN 

considerou  estarem  reunidas as condições  necessárias  para ser promovida  uma reprogramação  técnicas dos  

PO  do  QREN,  em  sintonia  com  o  entendimento  dá  Comissão  Europeia,  justificada  por  critérios  técnicos,  

constituindo uma resposta do QREN no seu  todo a  uma conjuntura de  crise económica  e financeira, promovida  

na  sequência  de  alterações  socio  económicas  significativas  e  para  antecipar  previsíveis  dificuldades  de  

execução, por força de  restrições orçamentais, sem esquecer a re levância da sua capacidade para estimular  o  

investimento  e a atividade económica, salvaguardando a  sua natureza de  instrumento estrutural.  

As principais  linhas de orientação definidas pela CMC do QREN para a reprogramação técnica, com re levância  

para o POVT, foram as seguintes: 

≈ Aumento generalizado da taxa média de cofinanciamento do  investimento público, nos PO FEDER 

e Fundo de  Coesão;  

≈ Ajustamento  dos montantes  financeiros  indicativos  previstos  para  os  grandes  projetos  de  infra  

estruturas,  em  resultado  do   calendário   previsional   da  sua  concretização,  com mobilização  de  

recursos financeiros para as prioridades estratégicas que permitam uma resposta robustecida do  

QREN à atual  conjuntura de crise económica e financeira;  

≈ Reforço da  dotação  de FEDER destinada ao  Programa  de Modernização  das Escolas  com Ens ino  

Secundário;  

≈ Simplificação  da  estrutura  dos  eixos  prioritários  e   da  programação,  com  cla rificação  e melhor 

delimitação entre PO FEDER e  FC; 

≈ Redução  da dotação  FEDER do  POVT em 316  milhões de  euros, para reforço  da dotação de FSE no  

POPH; 

≈ Alargamento do  âmbito das elegibilidades do Fundo  de Coesão no POVT para abranger: 

≈ Intervenções  inseridas no Empreendimento de Fins Múltiplos do A lqueva que sejam elegíveis ao  

FC; 

≈ Projetos  previstos  no  POVT  enquadráveis  no  âmbito  das  Redes  Transeuropeias  de  Transportes,  

com encerramento das elegibilidades em FEDER;  

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Relatório de Execução |  2011  

 

302 

≈ Operações  do  Ciclo  Urbano  da  Água  da  vertente  em  baixa  (modelo  não  verticalizado),  com  

encerramento da elegibilidade  nos POR (FEDER); 

≈ Ações materiais relativas à Prevenção e Gestão de Riscos, com encerramento da elegibilidade nos  

POR (FEDER); 

≈ Ações  relativas  à  gestão  de  resíduos  e melhoria  do  comportamento  ambiental,  reabilitação  e  

locais contaminados e zonas extrativas, otimização da gestão de res íduos, com encerramento da  

elegibilidade nos  POR (FEDER);  

≈ Projetos do Metro do  Porto, com  encerramento desta elegibilidade nos POR (FEDER); 

≈ Concentração nos POR dos seguintes  investimentos, com encerramento da elegibilidade  no POVT: 

≈ Escolas do Ensino Básio (até ao  3.º ciclo). Com transição das operações aprovadas no POVT para  

os POR; 

≈  Equipamentos desportivos. Sem transição  das operações aprovadas no  POVT para os POR;  

≈ Ações  Inovadoras  para  o Desenvolvimento Urbano.  Sem  transição  das  operações  aprovadas  no  

POVT para os POR. 

≈ Redução do montante programado para Assistência Técnica. 

 

A  proposta  de  reprog ramação  técnica  do  POVT,  elaborada  de   acordo  com  as  referidas  orientações,  foi  

aprovada  pela  CMC  do  POVT  em  6‐Jun‐2011,  tendo  sido  submetida  à  Comissão  de  Acompanhamento  deste  

Programa, que a apreciou favoravelmente na sua 6.ª reunião realizada em 22 de  junho de 2011. Esta proposta  

foi  posteriormente  apresentada  à  Comissão  Europeia  em  Julho  de  2011,  tendo  a  sua  negociação  com  a  CE  

ocorrido  ao  longo  do  2.º  semestre  de  2011,  no  âmbito  do  qual  foram  inseridos  alguns  aperfeiçoamentos,  

nomeadamente a revisão dos  indicadores, tendo finalmente sido aprovada pela Comissão Europeia, através da 

Decisão C (2011) 9334, de  9 de dezembro. 

A reprogramação do POVT constituía uma efetiva necessidade  já  identificada desde 2010, de modo a conferir 

maior  adequação  do  Programa  ao  contexto  socioeconómico  e  a  ultrapassar  dif iculdades  de  gestão  que  se  

faziam sentir e que  recomendavam a adoção de diversas medidas corretivas, designadamente o aumento das  

taxas de comparticipação prog ramadas, a criação de condições que permitam aumentar a execução do Fundo  

de Coesão e  a correção  do elevado overbooking verificado  no  antigo E ixo IX do POVT. 

 

É pois  de assina lar os benefícios que  a referida reprog ramação veio  trazer à operacionalização do POVT, alguns  

dos quais  já tiveram tradução na situação do Programa à data de 31 de dezembro de 2011, embora ainda com 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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um efeito bastante  l imitado, tendo em conta que a reprogramação só foi aprovada a escassos dias do final do  

ano. Efetivamente os  resultados  positivos da  reprogramação  no exercício  de 2011 apenas se  fizeram refletir 

num aumento de 278,5 milhões de euros do Fundo de  Coesão comprometido com projetos aprovados (fazendo  

aumentar  a  taxa  de  compromisso  em  9,1  p.p.)  e  num  acréscimo  de   140,3 milhões  de  euros  na  execução  

financeira deste Fundo (fazendo aumentar a taxa de execução do FC em 10,9 p.p.), em resultado da transição  

interna  de  projetos  anteriormente  aprovados  com  FEDER  nos  antigos  Eixos  VI  (parte),  VII  e  VIII  e  que 

transita ram para os novos Eixos I e II do POVT, financiados por Fundo de  Coesão.  

Foi ainda possível ref letir em 2011 o  acréscimo de  pagamentos  intermédios que  a Comissão Europeia efetuou  a  

Portugal  em  resultado  do  aumento  das  taxas  de  cof inanciamento  programadas  que  foi  aprovado  na  

reprog ramação e que teve reflexos em cada um dos Eixos do POVT (de 70% para 85% nos Eixos I a IV, de 70% 

para 84,42% no Eixo V e  de 85%  para  96,76% no  Eixo VI), a que acresceu a  majoração de  10 pontos percentuais  

relativos à despesa declarada por este Programa a partir de 24 de Maio de 2011. Estes dois efeitos permitiram  

o aumento do volume de fundos comunitários recebidos da Comissão Europeia na ordem dos 238 milhões de  

euros, o que foi muito positivo para a tesouraria dos fundos, em especia l do  FEDER. 

É de referir que não foi possível  refletir em 2011 outros aspetos muito  importantes da reprogramação, tendo  

em  conta  que  a mesma  foi  aprovada  em momento muito  próximo  do  fina l  do  ano,  não  tendo  permitido  a  

transição  dos  projetos  dos POR para o  POVT, da qual se prevê resultar  um acréscimo de  Fundo  de Coesão a  

comprometer  neste Programa na ordem dos 168 milhões de euros, nem a transição dos  projetos  das Escolas  

do Ensino Básico do POVT para os POR, não tendo permitido em 2011 a  libertação de 64 milhões de euros de  

FEDER.  Estes  efeitos  da  reprogramação,  bem  como   o  correspondente  aumento  da  execução  financeira  de  

Fundo de Coesão apenas vão ter reflexo no ano de 2012, à medida que forem concluídos os procedimentos de  

verificação prévios às transições e que se preveem concluir até ao  final  do mês  de Junho  de 2012.  

No domínio das transições das operações dos  POR para o  POVT, tem grande relevância a transição dos  projetos  

relativos ao  Metro  do  Porto  o que foi possível concretizar em abril  de 2012,  incluindo o  Grande Projeto  rela tivo  

à “Extensão  da Rede  do Metro entre  o Estádio do Dragão e Venda Nova” que com  a notificação à Comissão  

Europeia permitirá a certificação da despesa validada, o que terá grande  relevância no cumprimento da  regra  

N+3 no  que respeita ao Fundo de Coesão em 2012. 

 

No  que  respeita  ao  avanço  da  execução   do  POVT  em  2011,  podem  ser  retiradas  as  seguintes  grandes  

conclusões: 

Verificou‐se um avanço bastante positivo na conclusão da apreciação e decisão das candidaturas apresentadas  

ao  Programa,  grande  parte  das  quais  haviam  transitado  em  análise  do  final  de  2010,  tendo‐se  conseguido  

imprimir em  2011 uma maior  celeridade ao  processo de  análise e  decisão  das candidaturas apresentadas ao  

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Relatório de Execução |  2011  

 

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Programa,  tendo‐se  concluído  uma  grande  parte  dos  processos  de  candidatura.  Com  efeito,  foi  possível  em  

2011 decidir sobre 171  das 199 candidaturas que se encontravam em análise no fina l de 2010, recuperando  

assim um atraso significa tivo que é destacar  pelos efeitos positivos presentes e futuros no Programa. No final  

de 2011 apenas se encontravam em análise 42 candidaturas, cuja decisão transitou para 2012.  

Podemos  ver  no  quadro   seguinte   a  evolução   verificada   em  2011  ao   nível  do  número  de  candidaturas  

submetidas ao  POVT e decididas e comparação  com a atividade dos anos anteriores.  

 

Quadro nº 54 ‐ Evolução anual da atividade relativa à submissão e decisão de candidaturas 

 N.º candidaturas em análise início 

ano 

N.º candidaturas submetidas por ano 

N.º candidaturas decididas por ano 

N.º candidaturas em análise fim ano  

2008  ‐‐‐  438  182  256 

2009  256  465  399  322 

2010  322  208  331  199 

2011  199  14  171  42 

Totais   ‐‐‐  1.125  1.083  ‐‐‐ 

 

Os  Eixos  e Domínios  de  Intervenção  do  POVT  nos  quais  se  verificou  um maior  avanço  na  decisão  sobre  as  

candidaturas apresentadas foram os seguintes:  

≈ Eixo II – Domínio  “Ciclo Urbano da Água”, com um total de 40 candidaturas decididas, das quais  

38  foram  aprovadas,  com  um  financiamento   Fundo  de  Coesão  atribuído  de  436,3 milhões  de  

euros. É de salienta r a elevada expressão financeira das candidaturas aprovadas neste domínio,  

onde  teve  grande  expressão  o  universo   de  candidaturas  das  empresas  do  Grupo  AdP   que  

envolvem  um  volume  de  investimento  muito  significativo,  algumas  das  quais  respeitam  a  

Parcerias ente o  Estado e  os Municípios visando  a integração e a sustentabilidade dos s istemas; 

 

≈ Eixo II – Domínio “Prevenção e  Gestão  de Riscos”, com  um total  de 92 candidaturas decididas, das  

quais 59 foram aprovadas, o que envolve um financiamento Fundo de Coesão de 23,5 milhões de  

euros;  

≈ Eixo  II  –  Domínio  “Recuperação  de   Passivos  Ambientais”  com  um  total  de  7   candidaturas  

decididas,  das  quais  6  foram  aprovadas,  o  que  envolve  um  financiamento  Fundo  de  Coesão  de  

17,8 milhões de  euros; 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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≈ Eixo II – Domínio  “Proteção  Coste ira”  com um total de  9 candidaturas decididas, das quais 7  foram  

aprovadas, o que envolve um  financiamento  Fundo  de Coesão de 5,1 milhões  de euros;  

≈ Eixo  III  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  da  Região  Autónoma  dos  Açores,  com  2  

candidaturas  aprovadas,  sendo  uma  na  área  dos  transportes  e  outra  na  área  do  ambiente  

(tratamento de resíduos), com um financiamento Fundo  de Coesão atribuído  de 36,7 milhões de  

euros;  

≈ Eixo  IV  –  Redes  e  Equipamentos  Estruturantes  da  Região  Autónoma  da  Madeira,  com  1  

candidatura  aprovada  na  área  do   ambiente  (tratamento   de  resíduos),  com  um  f inanciamento  

Fundo de Coesão atribuído  de 5,9 milhões de euros; 

≈ Eixo V – Domínio “Requalificação da Rede de Escolas com Ensino Secundário” com 6 candidaturas  

aprovadas que envolvem um  financiamento  FEDER atribuído de 112,5 milhões de  euros; 

≈ Eixo V – Domínio “Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” com 3 candidaturas aprovadas  

que envolvem um f inanciamento FEDER atribuído de  66 milhões de  euros; 

≈ Eixo  VI  –  Assistência  Técnica,  com  5  candidaturas  aprovadas,  destinadas  ao  financiamento  das  

atividades  da  Autoridade  de  Gestão  do  POVT  no  período  entre  2012  e  2015  e  dos  seus 

Organismos Intermédios em 2012, com um  financiamento  FEDER de 22,9 milhões  de euros;  

 

Verificou‐se  também  um  avanço  muito  significativo  na  celebração  de  contratos  de  financiamento  das  

operações aprovadas, ultrapassando muitas das dificuldades sentidas em anos anteriores nesta matéria e que  

se  prendiam  com  a  falta  de  cumprimento  dos  requisitos  fixados  para  a  celebração  dos  contratos,  

nomeadamente  requisitos  ambientais  (licenças  e  pareceres  obrigatórios),  o  que  é  particularmente  re levante  

nos  projetos  do  Ciclo Urbano   da  Água.  Com   efeito,  durante  o  ano   de  2011  foram  celebrados   137  novos  

contratos  de  financiamento,  permanecendo  no  f inal  de  2011  um  universo  de  apenas  36  operações  por 

contratar.  

Durante o ano de 2011 a abertura do Programa à apresentação de novas candidaturas foi bastante  l imitada, o  

que se deveu em grande parte ao contexto associado à preparação e negociação da reprogramação técnica, o  

que aconselhava a que se  aguardasse pela sua aprovação antes da  preparação das alterações regulamentares  e  

das  novas  aberturas.  Com  efe ito,  durante  2011  apenas  foram  apresentadas  ao  POVT  um  total  e  14  novas  

candidaturas em domínios muito  limitados do Programa. 

A execução financeira do POVT teve um avanço positivo em 2011, tendo passado de 20% em 31 de dezembro  

de 2010 para 34,6% em 31 de dezembro de 2011, ficando todavia aquém do objetivo traçado para aquele ano  

por esta Autoridade de Gestão (37%) e evidenciando uma certa desaceleração face ao ano de 2010. O FEDER 

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Relatório de Execução |  2011  

 

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continuou  a regis tar a melhor performance neste  aspeto, tendo registado um acréscimo signif icativo na taxa de  

execução, que  passou de 39%  em 31 de dezembro de 2010  para 67% em 31  de dezembro  de 2011, apesar da  já  

referida  transição  de  projetos  de  FEDER  para  FdC. O  Fundo  de  Coesão  registou  uma  duplicação  da  taxa  de  

execução,  tendo  passado  de   10%  em  2010  para  21%  em   2011,  o  que  é   bastante   signif icativo,  apesar  de  

continuar a níveis bastante baixos. 

É  de  salientar  o   efeito  muito  positivo  que  a   reprogramação  aprovada  em  dezembro  de  2011  teve  ao  

proporcionar  um  maior  equilíbrio  entre  os  níveis  de  compromisso  e  de  execução  dos  dois  Fundos  que  

compõem o POVT, com um decréscimo  relativo do FEDER e um aumento do Fundo de  Coesão, melhoria esta  

que vai ser ainda mais evidente em 2012.  

Podemos ver no quadro e gráfico seguintes o avanço verificado no POVT em 2011 ao nível do compromisso de  

Fundos com operações aprovadas, quer em  termos globais quer em cada um  dos seus Eixos (considerando  o  

enquadramento  das operações que foram aprovadas em cada  um dos  anos anteriores  na nova estrutura  de  

Eixos Prioritá rios):  

 

Quadro nº 55 ‐ Evolução anual dos montantes  comprometidos por Fundo e por Eixo                                                                                               

(Unidade: euros )  

 

 

 

 

 

 

Eixos Prioritários  2008  2009  2010 Acumulado em  31‐Dez‐2010  

Avanço em  2011 

Acumulado em  31‐Dez‐2011  

Eixo I  12.268.311  546.288.867   11.479.563  570.036.740   93.044.940  663.081.680  

Eixo II  76.441.406  421.053.947   318.157.337   815.652.690   485.091.060   1.300.743.750  

Eixo III  0  45.068.622  0  45.068.622  36.687.845  81.756.467 

Eixo IV   21.373.933  18.638.849  0  40.012.782  5.922.317  45.935.100 

Eixo V  132.472.621   516.368.935   399.110.511   1.047.952.067   188.082.042   1.236.034.110  

Eixo VI  11.459.715  977.388  17.104.012  29.541.115  22.902.954  52.444.069 

Totais POVT  254.015.986   1.548.396.608   745.851.422   2.548.264.017   831.731.159   3.379.995.175  

Fundo Coesã o   110.083.650   1.031.050.285   329.636.899   1.470.770.834   620.746.162   2.091.516.997  

FEDER  143.932.336   517.346.323   416.214.523   1.077.493.182   210.984.996   1.288.478.179  

Page 307: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

307 

Gráfico nº 14  ‐ Evolução anual dos montantes comprometidos por Fundo e  por Eixo 

 

É ainda de salientar o efeito positivo no acréscimo dos níveis de compromisso do POVT em 2011 traduzido no  

quadro e  gráfico anteriores, os aumentos das taxas de comparticipação  comunitária que foram decididos em  

2011 em re lação a alguns domínios de  intervenção do POVT, conforme já referido.  

Continuou  a  verificar‐se  em  2011  o  efeito muito  positivo  na  taxa  de  compromisso  e  de  execução  do  POVT 

resultante dos Grandes Projetos com decisão favorável de financiamento da AG e confirmação da CMC (13 GP  

no total), dado  o elevado volume de Investimento e de Financiamento  Comunitá rio  que envolvem (32 % e  28%,  

respetivamente, do  total do  POVT), conforme  se evidencia no quadro seguinte: 

 

Quadro nº 56 ‐ Peso dos Grandes Projetos no POVT a 31 de  dezembro de 2011  

unidade: Euro s  

Eixos Custo Total Aprovado  

Fundo Aprovado  

Fundo Executado a 31‐dez ‐2011  

Taxa de Realização 

I  932.429.312   512.134.020   143.633.918   28%  

II  719.233.275   429.650.928   213.277.386   50%  

Totais dos GP   1.651.662.587   941.784.948   356.911.304   38%  

Totais POVT  5.163.318.344   3.379.995.175   1.504.395.452   45%  

Peso relativo dos GP   32%   28%   24%   

 

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Page 308: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

308 

Cabe  salientar  que  até  31  de  Dezembro  de  2011,  apenas  três  GP  tinham  sido  aprovados  pela  Comissão  

Europeia,  os  quais  envolvem  um  financiamento  comunitá rio  de  216  milhões  de  euros  e  uma  execução  

financeira  de  166,7 milhões  de  euros,  pelo  que  a  possibilidade  regulamentar  permitida  a  partir  de  2009  de  

considerar nos níveis de aprovação e de execução financeira do Programa os GP que ainda não se encontrem  

aprovados pela CE continuou  a ter uma re levância muito positiva no POVT. 

Com  efeito,  do  total  dos  nove Grandes  Projetos  que  à  data  de  31  de   dezembro  de  2011  tinham Decisão  

Favorável  de  Financiamento  (DFF)  da   Autoridade   de  Gestão,  apenas  três   se  encontravam  aprovados  pela  

Comissão Europeia, estando os  restantes seis Grandes Projetos em fase de apreciação  na Comissão Europeia  

ou em fase de resposta pelas Autoridades Nacionais  às questões colocadas pela CE. 

De uma maneira geral os nove Grandes  Projetos com  DFF em 31 de  Dezembro de  2011 registavam uma taxa de  

realização  bastante  elevada  e  superior  à média   do  POVT,  com  exceção   do maior GP  do  POVT,  relativo  à  

construção  da  Rede  de  Alta  Velocidade  Ferroviária  (Ligação  Lisboa  – Madrid,  sub‐troço  Poceirão  –  Évora),  o 

qual tem  um Financiamento comunitário previsto  de 351,5 M€ e  que a inda não regis tou  qualquer execução  

financeira até ao final do ano transato, o que provoca que a taxa média de realização financeira dos GP à data  

de 31 de dezembro de 2011 (38%) se ja inferior à taxa média de realização do  POVT àquela data (44,5%). 

Como  já  foi  referido,  um  dos  aspetos  mais  relevantes  do  ano  de  2011  consistiu  numa  evolução  

moderadamente  positiva da execução f inanceira do Programa, mas evidenciando uma certa desaceleração  face  

ao ano anterior. Esta evolução  traduz  naturalmente  o  ritmo  de  realização f inanceira dos  projetos  aprovados,  

que passou  de 37%  em 31  de dezembro  de 2010, correspondente a  um total  acumulado de  932 milhões  de  

euros  de  despesa  fundo  executada,  para  44,5%  em  31  de Dezembro  de  2011,  correspondente  a  um   total  

acumulado  de  1.504  milhões  de  euros  de  despesa  fundo  executada,  evidenciando  um  acréscimo  de  572  

milhões de euros de execução  no  ano de  2011, o que representa 38% do total acumulado  deste Programa.   

Poderá  visualizar‐se  no  quadro  e  gráfico  seguintes  a  evolução  dos montantes  globais  de  fundo  validado  por 

Eixo em 2011: 

 

Quadro nº 57 ‐ Evolução anual dos montantes  executados por Fundo e por Eixo 

(Unidade: euros )  

Eixos Prioritários 2008  2009  2010 

Acumulado em  31‐Dez‐2010  

Avanço em  2011 Acumulado em  31‐Dez‐2011  

Eixo I  0  104.176.050   63.154.275  167.330.325   39.225.758  206.556.083  

Eixo II  581.321  44.718.175  149.683.947   194.983.443   172.844.464   367.827.907  

Eixo III  0  5.204.839  9.977.075  15.181.914  19.015.822  34.197.736 

Eixo IV   2.922.340  25.862.130  5.580.439  34.364.909  20.368  34.385.278 

Page 309: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

309 

Eixo V  5.006.360  45.816.229  460.960.981   511.783.570   336.028.432   847.812.002  

Eixo VI  556.858  3.912.862  4.154.608  8.624.328  4.992.119  13.616.447 

Totais POVT  9.066.879   229.690.286   693.511.323   932.268.489   572.126.962   1.504.395.452  

Fundo Coesã o   3.503.661   179.961.195   228.395.735   411.860.591   231.106.412   642.967.002  

FEDER  5.563.218   49.729.092   465.115.588   520.407.898   341.020.551   861.428.449  

Total aprovado acumulado   254.015.986   1.802.412.594   2.548.264.017   2.548.264.017   3.379.995.175    3.379.995.175  

Taxa de realização  4%   13%   37%      45%     

 

Gráfico nº 15  ‐ Evolução anual dos montantes executados por Fundo e por Eixo 

 

 

Em resultado deste avanço, a taxa  de execução f inanceira global do POVT, que  registava 20,01% no f inal  de  

2010, passou para 34,64% em  31 de  dezembro de 2011. 

Esta evolução global positiva ao nível do POVT, não foi uniforme ao nível dos Fundos  nem dos diversos Eixos do  

Programa, tendo sido muito  influenciada pela elevada execução dos Eixos II (FdC) e V (FEDER), contribuindo os  

restantes de forma mais moderada.  

No caso do Eixo II, o acréscimo de execução financeira em 2011 ascendeu a 172,8 milhões de euros, sendo de  

assinalar o signif icativo contributo da execução dos projetos aprovados no  domínio “Ciclo Urbano da Água” e  

ainda  o  efeito  da  transição  para  este  Eixo  de  operações  dos  domínios  “Valorização  de  Resíduos  Sólidos  

Urbanos” e “Empreendimento  de Fins  Múltiplos de Alqueva”. 

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Page 310: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

310 

No caso do Eixo V, o acréscimo  de execução financeira em 2011 ascendeu  a 336 milhões de euros, sendo  de  

assinalar o  signif icativo contributo  da execução  dos  projetos aprovados no domínio “Requalificação  da Rede de  

Escolas com Ensino Secundário”, que ascendeu a 198,6 milhões de euros, assim como o contributo dos demais  

domínios  no  âmbito  deste  Eixo,  designadamente  os  “Equipamentos  Estruturantes  do  Sistema  Urbano  

Nacional”, as “Infraestruturas e  Equipamentos  Desportivos”  e a “Requalificação  da Rede de Escolas com  Ensino  

Secundário”. 

Cabe aqui salientar que o avanço verificado no nível de execução financeira do Prog rama em 2011 permitiu ao  

POVT aumentar o montante dos Pedidos de Pagamento Intermédios (PPI) apresentados à Comissão Europeia,  

conforme se apresenta no quadro e  gráfico  seguintes:  

 

Quadro nº 58 ‐ Fundo relativo aos  PPI apresentados anualmente à CE  

Unid: euros 

 Fundo Coesão  FEDER   Totais  

2009  66.968.013  8.825.942  75.793.955 

2010  236.489.848  527.071.112  763.560.960 

2011  178.357.046  246.505.910  424.862.956 

Totais acumulados em 31‐Dez‐2011  481.814.907  782.402.964  1.264.217.871 

 

 

 

 

Gráfico nº 16  ‐ Fundo relativo aos PPI apresentados anualmente à CE   

 

0

200

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600

800

1.000

1.200

1.400

Fundo Coesão FEDER Totais

Milhõe

s

2011

2010

2009

Page 311: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

311 

 

Verifica‐se que os montantes da despesa Fundo certif icada à Comissão Europeia foram bastante significa tivos  

em 2011, beneficiando já  do  aumento  das taxas de  cofinanciamento prog ramadas no  POVT que foi decidido  na  

reprog ramação técnica aprovada em 9 de dezembro de 2011. No entanto é de referir que não foi  incluída na  

despesa certif icada à Comissão Europeia em 2011 a execução financeira dos projetos que transitaram no final  

do ano  passado  de FEDER para Fundo  de Coesão, uma vez que a  trans ição destes projetos  dos  antigos  Eixos VI, 

VII e VIII do POVT para os novos Eixos I e II apenas foi decidida em 22 de dezembro de 2011. Esta situação veio 

limitar o volume  de fundo certificado em 2011  no âmbito do  POVT, situação que só foi poss ível colmata r em  

2012. 

Em  resultado  dos  aspetos  já  referidos,  nomeadamente  uma  certa  desaceleração  na  execução  f inanceira  

verificada  em  2011  e  as  limitações  de  certificação  referidas  no  parágrafo  anterior,  o  volume  de  fundos  

comunitários  (FEDER  e  FdC),  incluído  em  Pedidos  de  Pagamento  Intermédio  (PPI)  apresentados  à  Comissão  

Europeia, ficou em  2011 f icou  abaixo  da previsão que  foi  comunicada à CE re lativamente a cada um dos Fundos  

e ao seu total, como se pode verif icar no quadro  seguinte:  

Quadro nº 59 ‐ Grau de  execução das previsões face aos PPI apresentados à CE  

unid: euros  

   Fundo de Coesão   FEDER 

  Previsões  PPI apresentados à CE  Previsões 

PPI apresentados à CE 

2011  263.056.526   178.357.046   337.013.982   246.505.910  

Grau de execução das previsões  

68%   

73%     

Nota: cons iderando a atualização das previsões em Agosto de 2011  

A  título  de  conclusão,  podemos  referir  que  os  objetivos  fixados  para  2011,  constantes  do  Capítulo  7  do  

Relatório anual  de execução  do POVT de 2010 foram, de uma maneira geral, cumpridos sendo de destaca r os  

seguintes aspetos:  

1. Foi conferida grande  prioridade à execução financeira do Programa, não tendo no entanto sido poss ível  

atingir o nível de  execução f ixada como  meta para 31  de dezembro  de  2011 (37%), uma vez que a taxa de  

execução f inanceira apurada em 31  de dezembro de  2011 (34,6 %) f icou  um pouco  abaixo  (2,4 p.p.) da  

referida meta, em resultado essencialmente  das dificuldades de execução evidenciadas pela maioria dos  

beneficiá rios e  referidas ao  longo deste Relatório;  

2. Foi  apresentada  à  Comissão  Europeia  uma  proposta  de  reprogramação  de  natureza  técnica  que  

contemplou   a  resolução   das maiores  dificuldades  de  gestão   que  tinham  sido  identif icadas  em   2010,  

Page 312: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

312 

nomeadamente  o   reforço   da  dotação  FEDER  para  o  Prog rama  das  Escolas  com  Ensino  Secundário,  o  

aumento das taxas de  cof inanciamento prog ramadas nos diversos Eixos do POVT de  modo  a responder de  

forma mais satisfa tória às dif iculdades de mobilização da contrapartida nacional;  

3. Foi efetuada ao  longo do ano de 2011 a revisão de alguns Regulamentos Específicos do POVT destinados  

essencialmente a prever  o aumento  das taxas de comparticipação comunitá ria em áreas prioritárias. Por  

outro  lado, após a aprovação da reprogramação do POVT, foi desencadeada a revisão dos Regulamentos  

Específicos para contemplar as alterações decorrentes da reprog ramação, o que veio a ser aprovado pela 

CMC do POVT em 6 de fevereiro de  2012;  

 

4. Foi dado um grande avanço na apreciação e decisão das candidaturas que se encontravam em análise em 

31  de  dezembro  de  2010   (199),  tendo  sido  decidido  em   2011  um   total  de   171  candidaturas,  

correspondendo a 86% do total;  

 

5. No que respeita ao objetivo de proceder à abertura de novos Avisos para apresentação de candidaturas,  

tal abertura só foi feita ao  longo do ano em domínios muito específicos que se revelaram  indispensáveis  

(Assistência Técnica para  2012 e  intervenções de  emergência na área da  Proteção Coste ira e da Prevenção  

e  Gestão  de  Riscos).  Em  todos  os  demais  domínios  do  POVT  não  foram  abertos  Avisos  para  a  

apresentação  de   candidaturas  em  2011,  uma  vez  que  se  entendeu  que  a  aprovação  prévia  da  

reprog ramação e da subsequente alteração dos Regulamentos Específicos eram essenciais para assegurar 

condições de abertura, tendo em conta o elevado nível de compromisso que o Programa  já evidenciava e 

a  perspetiva  de  transição  de  164  operações  dos  POR  para  o  POVT,  envolvendo  um  financiamento  

comunitário  de 168 milhões de  euros, nos domínios cuja elegibilidade transitou para o POVT no âmbito da  

referida reprogramação. Assim sendo, considerou‐se que uma abertura mais generalizada de Avisos para  

a  presentação   de  candidaturas   deveria  aguardar  a  aprovação  da   reprogramação,  a  revisão  dos  

Regulamentos Específ icos e a transição das operações dos POR para o POVT, sendo que tais requisitos só  

foram concluídos em  2012;  

 

6. No  que  respeita  ao  incremento  do  acompanhamento  da  realização  fís ica  e  financeira  dos  projetos  

aprovados,  foi  possível melhora r  os mecanismos  de monitorização  periódica   dos  níveis  de  realização  

financeira de cada uma das operações e de comunicação com os beneficiários, tendo sido  intensif icada a  

comunicação  com  os  beneficiários.  Foram  criadas  condições  para  o  aumento  das  ações  de  verificação  

física  das  operações  no  local,  através  da  realização  de  um  procedimento  de  contratação  pública  para  

aquisição de serviços especializados para acompanhamento de 100  operações que fazem parte do Plano  

de Acompanhamento de 2010 e de 2011. Não foi todavia possível concluir o processo de adjudicação em  

2011 mas apenas no  início de 2012, pelo que, só  no corrente ano serão realizadas tais ações; 

 

Page 313: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2011

 

      

Relatório de Execução |  2011  

 

313 

7. Não foi poss ível realizar em  2011 o  estudo de  avaliação do  Plano de  Comunicação  do  POVT, tendo em  

conta  que  se  verificou  um   atraso  na  realização  do  respetivo  procedimento  contratual.  Procedeu‐se   à  

adjudicação deste  estudo em Março  de 2012, prevendo‐se a sua conclusão no corrente ano.   

No que  respeita ao  lançamento do  concurso para a realização  do estudo de avaliação  intercalar, tal não  

avançou em 2011 tendo  em conta que  estava a decorrer o processo de reprogramação técnica, tendo  sido  

aprovada no final de  2011 pela  CMC do  POVT a alteração  do ca lendário previsto  no Plano de  Avaliação  

deste Programa, prevendo agora o  lançamento  do  concurso  em 2012.  

Foi cumprido o objetivo de realização de  uma grande ação de divulgação dos  resultados do POVT, o que  

foi concretizado  em 5 de  Dezembro de 2011. 

 

8. Foram  largamente ultrapassadas as metas de realização financeira previstas para o f inal de 2011  no que  

respeita à despesa certificada à Comissão Europeia, como se evidencia no  quadro seguinte:  

Quadro nº 60 ‐ Cumprimento da Regra N+3 em 31/12/2011 de acordo com Regulamento nº 539/2010, de 16  

de Junho   

 

Para a performance do  POVT no que respeita ao cumprimento da Regra N+3, onde se  destaca a antecipação  em  

um ano do cumprimento daquela meta rela tivamente ao FEDER, contribui também pos itivamente a alteração  

da  forma  de  cálculo  que  foi  aprovada  pelo  Regulamento  (EU)  n.º  539/2010,  de  16  de  Junho,  que  passou  a  

considerar o efeito da programação Fundo de 2007 de forma diluída a acrescer a cada um dos anos de 2008 a 

2013 e a  inclusão do efe ito da aplicação da majoração de 10 p.p sobre  os PPI apresentados à CE, decorrentes  

da aplicação  do mecanismo “top‐up” à despesa certificada desde 24/05/2011.  

9. Foi dada grande relevância em 2010 ao desenvolvimento e adaptação do Sistema de Informação do  

Programa  (SIPOVT),  às  necessidades  crescentes  da  gestão  nos  diversos  domínios,  no  âmbito  da  

manutenção  evolutiva  e  corretiva.  Foi  ainda  dada  continuidade  em  2011  ao   desenvolvimento  do  

módulo  de  gestão  documental  e  do módulo  de  extração  de  dados  (business  inteligence)  visando  a  

melhoria  da  informação  de  gestão,  a  qual  se  revela  essencial  para  o  aumento  da  eficácia  e  da 

eficiência do Prog rama. 

Programação 2007 e 2009 (a)

Pré‐financiamentos (7,5%)

Regra N+3 em 31‐Dez‐2011

PPI apresentados à CE até 31‐Dez‐

2011 (b)% cumprimento 

Regra N+3

(1) (2) (3) = (1) – (2) (4) (5)  = (4)  /  (3)

Fundo  Coe sã o 496.830.992 229.497.414 258.936.898 495.147.978 191,22%

FEDER 259.553.068 119.893.402 135.273.096 789.123.586 583,36%

Total 743.600.810 349.390.816 394.209.994 839.354.915 212,92%

(a)  Calc ulado nos termos da alteração do Reg. 1083/2006, aprovada pelo Reg. (UE) n.º  539/2010, de  16 de Junho, tendo sido considerado apenas 2/6 do Fundo Programado para 2007, ao qual acresc e o Fundo programado para 2008 e  2009

(b) Incluindo os PPI apresentados relativos ao chamado mecanismo de  "Top‐Up" previsto no Regulamento (UE) nº  1311/2011, de 13 de Dezembro, que altera o artigo 77º  de Regulamento (CE) nº 1083/2006, de 11 de Julho

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Relatório de Execução | 2011  

 

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7.2 Previsões para 2012  

 

No  contexto  atua l  da  situação  do  Prog rama  e  das metas  a  cumprir  até  ao  final  da  sua  execução  e  tendo  

também presente as orientações da tutela do QREN, as grandes perspetivas que se colocam para o POVT em  

2012 centram‐se nos  seguintes aspetos:  

1. Concluir o processo  de operacionalização  da trans ição de  operações dos  POR para  o POVT e deste  

Programa  para   os  POR,  que  resultou  da  reprogramação  técnica  do  POVT  aprovada  em  9  de  

dezembro de 2011;  

2. Apresentar  à  Comissão  Europeia  de  uma  proposta  de  reprogramação,  cobrindo  as  opções  

estratégicas que não foram incluídas na reprogramação técnica  de 2011;  

3. Continuar  a  dar  prioridade  ao  aumento  da  execução  financeira  do  POVT,  com  especial  relevância 

para o Fundo de  Coesão, estando previsto atingir em 31  de dezembro  de 2012  uma taxa de execução  

financeira  global  do  Prog rama  na  ordem  dos  45 %,  de  acordo  com  as  previsões  de  execução  dos  

projetos para o ano  de 2012, a qual revela compatibilidade com  o cumprimento  da Regra N+3 em  

ambos os fundos;  

4. Proceder a um acompanhamento mais  intenso das operações aprovadas que não tenham execução  

ou  que  tenham  baixa  execução,  no  sentido  de  eliminar  compromissos  financeiros  do  Programa, 

quando  não  se  preveja  a  sua  execução,  libertando  fundos  para  outros  projetos,  iniciativa  esta 

designada por “Operação  Limpeza”;  

5. Alargar o âmbito de aplicação do aumento  das taxas de cofinanciamento do POVT e do mecanismo  

de  Top‐Up,  criando  condições mais  favoráveis  para  a  execução  dos  projetos  aprovados,  em  linha  

com as opções estratégicas da reprogramação referida no ponto 2;  

6. Promover a abertura do Programa à apresentação de novas candidaturas em áreas prioritárias; 

7. Incrementar  o  acompanhamento  da  realização  física  e  financeira  dos  projetos  aprovados,  quer 

através da monitorização periódica dos níveis de  realização  financeira, quer através da intensif icação  

das ações de acompanhamento físico e financeiro no  local, realizando a totalidade do Plano previsto  

2012; 

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8. Concluir o estudo de  avaliação do Plano de  Comunicação  do POVT e realiza r o grande evento anual de  

divulgação  do  Programa  em Novembro  de  2012.  Concluir  o  procedimento  de  adjudicação  e  inicia r  o  

estudo de Avaliação Intercalar do POVT. 

 

 

 

 

   

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ANEXOS