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0 Universidade Federal do Maranhão Colégio Universitário Curso Técnico de Meio Ambiente Disciplina: Tópicos de Topografia e Geoprocessamento Atividade Avaliativa: Relatório de Aprendizagem apresentado ao Curso Técnico de Meio Ambiente do Colégio Universitário - COLUN, como requisito para a avaliação da Disciplina: Tópicos de Topografias e Geoprocessamento ata obtenção e atribuição de nota da Atividade Avaliativa. Lente: Ulisses Denache Aprendizes: Roosevelt Ferreira Abrantes Tatiana Vianna Elis Raquel 0

Relatorio de geoprocessamento(01)

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Page 1: Relatorio de geoprocessamento(01)

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Universidade Federal do Maranhão

Colégio Universitário

Curso Técnico de Meio Ambiente

Disciplina: Tópicos de Topografia e Geoprocessamento

Atividade Avaliativa: Relatório de Aprendizagem apresentado ao Curso Técnico de Meio Ambientedo Colégio Universitário - COLUN, como requisito para a avaliação da Disciplina: Tópicos de Topografias e Geoprocessamento ata obtenção e atribuição de nota da Atividade Avaliativa.

Lente: Ulisses Denache

Aprendizes: Roosevelt Ferreira Abrantes

Tatiana Vianna

Elis Raquel

William Cordeiro

São Luis – Ma

20110

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ANALISE DOS PROCESSOS DE EROSÃO COSTEIRA E DOS IMPACTOS

SÓCIO–AMBIENTAIS OCORRIDOS NA PRAIA DA PONTA D’AREIA NA CIDADE

DE SÃO LUIS DO MARANHÃO.

ABRANTES, Roosevelt F. / São Luis – Ma 2012

INTRODUÇÃO

O conhecimento do espaço geográfico sempre foi fundamental no desenvolvimento das atividades humanas, a intrínseca relação entre sociedade e a natureza, cominou em uma substituição graduada do meio natural por um espaço cada vez mais artificial, transformando definitivamente o lugar onde vivemos.

O mundo moderno e instrumentalizado estuda como a intervenção humana afetou o sistema dinâmico do planeta, e como esse desequilíbrio alterou as funções bio-sistematica deste grande organismo vivo. A tarefa de equilibra habitats com tantas diferenças vem mobilizando estudiosos engajados neste empenho, especialmente nas áreas da engenharia, geografia, economia, administração, sociologia, saúde, segurança e meio ambiente. Neste caminho muitos esforços buscam desenvolver e disponibiliza praticas, meios e soluções sustentáveis que estabilize um convívio mais harmônico entre o meio artificial e o natural.

A zona costeira possui uma das feições mais dinâmicas do planeta e a sua posição varia em inúmeras escalas temporais, afetadas por um grande número de fatores de origem naturais interligadas, dentre outros fatores, provocados por intervenções humanas em suas proximidades, como dragagens, portos, represas, entre outras ações antrópicas. A zona costeira e a faixa litorânea correspondem à zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa, dinâmica, mutável e sujeita a vários processos geológicos. As ações mecânicas das ondas, das correntes e das marés são importantes fatores modeladores das zonas costeiras, cujos resultados promovem formas de erosão ou deposição bastante intensificada. As formas de erosão resultam do desgaste provocado pelo impacto do movimento das ondas sobre a costa – a abrasão marinha, sendo mais notórias nas arribas. As variações do nível do mar, alterações no regime de ondas e marés, agentes climáticos e a constante interferência humana são as principais causas dos processos de alteração da paisagem.

A abordagem feita neste estudo, prioriza como foco os aspectos sócio-ambientais da costa maranhense, o mesmo tem como finalidade, ajudar grupos acadêmicos e técnicos à compreender melhor como os eventos adversos acontecem nestas áreas e como a extensão deste problema pode atingir um determinado local, redesenhando definitivamente o seu relevo.

A intensa migração populacional em direção às regiões litorâneas vem aumentando em todo o mundo, na América Latina assim como no Brasil estes índices cresceram de forma caótica e desordenada, e em um curto espaço de tempo, tornado cada vez mais numerosas, as cidades que possuem seus limites fronteiriços localizados sobre a zona costeira de seus paises, todas estas nações sofrem com o intenso e massificam-te desenvolvimento e crescimento urbanístico. Correlacionado estes fatores, as potencialidades do turismo, influencias mobiliares e aos investimentos comerciais vigentes, que trazem consigo sérias conseqüências ao meio, como a destruição dos manguezais, da fauna, da flora e de ambientes hídricos. A presença de poluição química, residual domestica e de atividades

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extrativistas, vem acelerando ainda mais os processos de degradação ambiental nestes ambientes.

Em relação às praias, constata-se um maior volume de informações concentrado nas regiões Sul e Sudeste, diminuindo progressivamente em direção aos estados do Norte e Nordeste do país (MMA, 2002). A região Norte do país apresenta relevo suave, onde se desenvolvem extensas planícies de maré lamosa e arenolamosas dominadas por manguezais de grande envergadura. A ocorrência de cordões litorâneos arenosos sugere a ação eventual de grandes tempestades que erodem e retrabalham a parte mais interna dessas planícies, constituindo praias arenosas recobertas por deposição lamosa (AMARAL, 2004). Uma peculiaridade das praias da região Norte é a forte influência que a maré exerce nesse ecossistema. De doze em doze horas há uma variação significativa no nível do mar, fazendo com que na maré baixa, a água recue centenas de metros formando muitas lagoas naturais (TADAIESKY 2008). Analisando a costa do estado do Maranhão como um todo, percebe-se a predominância de manguezais, planícies lamosas e planícies de maré nos ecossistemas locais, restando poucas praias “verdadeiras” (AMARAL, 2004).

Tratando-se do Maranhão, São Luis ocupa uma área de 828,01 km2 e têm 640 km de litoral, possui um ecossistema de riqueza significativa em recursos naturais e ambientais, e o segundo maior litoral do país, atrás apenas da Bahia com 932 km, está localizado no Nordeste do Brasil e a segunda ao Sul da linha do Equador, está a 24m acima da linha do mar, possui 32 km de praias de águas turvas devido às descargas dos rios da cidade que deságuam no mar e também do mangue. Este Estado concentra cerca de 50% dos manguezais do país. As praias são cobertas de dunas de areia, formação rochosa densa e cercada em sua grande maioria por palmeirais, apesar de sua grande extensão, são escassos os dados publicados a respeito da biodiversidade de suas praias, mangues e dunas.

A ponta da areia vem passando por um forte processo erosivo natural e antrópico, expostas pela ação das ondas e marés no processo de retificação da linha de costa, formando superfícies de abrasão, que são intensificadas, pela ocupação desordenada urbana, hoteleira, comercial e empresarial. Sujeitas às mesmas problemáticas estão os perímetros dos sistemas hídricos próximos aos rios Anil e Bacanga, bem como adjacências vinculadas a Laguna da Jansen e a do recém construído espigão costeiro, estas ultimas, ambas construídas, com o propósito de amenizar estes importantes impactos sócio-ambientais. A ponta D’ areia por possuí seus sistemas biológicos interligados a estes acima citados, compartilha da constante degradação ambiental que as consomem, conseqüentemente as influencias negativas promovidas sobre a dinâmica de seus ecossistemas, inevitavelmente danificaram e expusera seus elos a uma vulnerabilidade, visto que deságuam seus afluentes no estuário desta praia. Os principais problemas resultantes encontrados são: perda de área natural, da fauna e da flora, mudanças geotopograficas, escurecimento acentuado de suas águas, provavelmente devido à poluição residual, oriunda de despejos e de esgotamentos sanitários, processo erosivo continuado, intensa urbanização, muitas sobre forte influencias imobiliárias, turísticas e comerciais, modificação na dinâmica natural do sistema, principalmente no decrescente ritmo dos ventos, chuvas, umidade, temperatura e da biodiversidade e entre outras.

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OBJETIVOS DESTA PESQUISA

Analisar os processos de erosão costeira e os impactos sócios – ambientais

na Praia da Ponta D’areia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar o processo de erosão ocorrente na Praia da Ponta D’ Areia;

Identificar os fatores que influenciam os eventos adversos no que tange a

erosão nas proximidades da Praia da Ponta d´areia;

Analisar as influências físicas e biológicas, acerca da problemática ambiental

sofridas também por outros ecossistemas (Laguna da Jansen, Rio Anil e o

Rio Bacanga);

Observar de forma intensificada os processos erosivos, de poluição e de

degradação da Praia da ponta d´areia;

Identificar as mudanças geo-topográficas, nas dinâmicas naturais atuantes,

que passiveis de modificação no decorrer dos processos antropicos, durante

o período de urbanização, potencializadas pelo turismo, influências

imobiliárias e investimentos comerciais;

Analisar de forma sistemática a construção do espigão costeiro na costa

maranhense.

MÉTODOS E MATERIAIS

MÉTODOS APLICADOS

Para a realização de estudo foi utilizado uma pesquisa de campo, com observação direta focalizada nas fontes primárias. Para fundamentação do mesmo também foi possível usar os seguintes meios:

Registro fotográfico; Marcação de pontos com GPS (Etrex da Garmin); Levantamentos fenomenológico e topográfico, baseados na fundamentação dos

processos; Levantamento de dados relativos à temperatura e umidade relativa do ar,

utilizando o termo-higrômetro analógico;

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Registro da velocidade do vento, usando o anemômetro; Conferencia de temperatura do solo, usando termômetros de solos; Verificação da qualidade da água através do Phmetro.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a implementação da metodologia adotou-se o procedimento de passo a passo, conforme abaixo:

1. Demarcação da área de estudo;2. Coleta de dados com a utilização do GPS;3. Conferencia da temperatura do solo;4. Registro da velocidade do vento, 5. Levantamento da temperatura e unidade relativa do ar;6. Verificação da qualidade da água,7. Registro da área por meio de fotografia.

MATERIAIS UTILIZADOS

Materiais Físicos Unidade Modelo/Marca Especificação

Materiais e Documentos

Formulários de cadastramento de pontos 02 unid

SimplesTabular ponto

Croqui 02 unid Manual

Mapas topográficos 02 unid Google Google Maps

Trena métrica 01 unid Unilasc 2 metros

Programas e Equipamentos Eletrônicos

Programa Track Maker

Programa Maps Google Brasil

Google Earth

Câmera Fotográfica 01 unid Samsung 14 pirex

GPS Extrex da Garmim 02 unid Garmim 12 canais

Equipamentos Geodésicos

Termômetro de solo 02 unid INCOTERM

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Anemômetro Analógico

Portátil

01 unid OGAWA-OSK 15058 sistema BIRAN

Higrômetro Analógico

Portátil

01 unid SALCAS

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM CAMPO

GPS Etrex da Garmin Termometro de Solo

12 canais de entrada da INCONTERM

Anemômetro Analógico Termo-Higrômetro

OGAWA-OSK 15058 Analógico da SALCAS

Sistema BIRAN

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CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA DA PRAIA PONTA D`AREIA

Remanescentes da Fortaleza de Santo Antônio

Construído próximo à barra do porto São Luís, na Ponta D'areia, o Forte Santo Antonio é uma obra de arquitetura militar datada supostamente no século XVII, que foi construída pelos franceses, e que teve por finalidade na época proteger a ilha contra ataques militares externos. O Forte é uma obra de planta aproximadamente circular constituída de uma muralha construída de pedra lavada e a plataforma de cantaria (Fig.1).

No seu interior, há duas construções edificadas pouco distantes uma da outra, que se destinavam a residência do comandante e do destacamento, além de armazém de objetos pertencentes à artilharia, construções essas parcialmente arruinadas pelo tempo. O que ainda pode ser notado, com certa nitidez, são as possantes paredes de cal e pedra, telhado terminado em beiral e uma perfeita noção de distribuição interna dos compartimentos (Fig. 2 e 3).

Fig.01: Forte de Santo AntonioFonte: GBMar

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O paiol de pólvora é outra obra pertencente ao Forte, construído a pouca distância da casa, em abóbodas de berço, onde tinha 22 canhões, mas atualmente só existem 13. Nele foi instalado um farol denominado Farol da Ponta d’Areia, a fim de auxiliar na navegação (Fig. 4). A princípio o Forte de São Luís era de caráter temporário, passando depois, a ser permanente, cuja construção presumiu-se não ter sido totalmente concluída. Em 1681, o Governo do Maranhão deu inicio a construção com bastante dificuldade em virtude da carência da mão de obra, pessoas capacitadas e materiais adequados. 

Em 1975, mais precisamente no dia 06 de agosto, o Forte foi inscrito no Livro do Tombo do IPHAN, por se tratar de uma obra militar de grande valor pertencente à União. Durante muito tempo o Forte ficou abandonado, e só em 1984 as obras de restauração foram iniciadas, visando à instalação de um Museu Militar, onde seria registrada toda a história militar da cidade, mas esse fato não foi concretizado. As obras ficaram paralisadas por um ano devido à falta de recursos financeiros. E só no ano de 1991 que o Forte foi inaugurado e no ano seguinte passou a sediar o Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (Fig. 5 e 6), que, anos depois, passou a se chamar Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) que vem realizando um excelente trabalho para a população de  São Luís e do Maranhão.

Fig: 02 – Farol da Ponta da AreiaFonte: GBMar

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As ruínas do forte de São Antonio, alem de abrigar muitas historias do passado de nossa cidade, aloja hoje as dependências do Corpo de Bombeiros do Maranhão, sua função estratégica é manter segura os perímetros próximos as praias, bem como guardar a zona marítima de orlas praial adjacentes.

Fig:05 – Corpo de Bombeiros Fonte: GBMar

CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Características Físicas: A praia da Ponta da areia é representada por depósitos fluviomarinhos compostos por cascalhos, areias, siltes, argilas, argilitos e rochas metamórficas os quais podem ser de origem fluvial, marinha ou fluviomarinha. Em alguns pontos existem amostragens horizontais do solo, notando-se ainda a presença de um solo pedregoso composto principalmente por limonitas.

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Figura 06: imagem da ponta d´areia em 1975 Fonte: GBMar

Clima e vegetação:Clima: A região do litoral maranhense e de clima tropical úmido (DENACHE 2010), está associada às temperaturas elevadas que predominam durante o ano todo, e variam com  máximas em torno de 6°C. Este padrão térmico apresenta um contraste com a variabilidade espacial e temporal das chuvas, cuja precipitação anual supera 1.600mm no litoral. O comportamento anual da pluviosidade, em termos de sua distribuição, identificou dois períodos bem definidos: um chuvoso com os registros máximos que oscilam entre os meses de março, abril e maio, onde encontra-se as freqüências mais altas; e outro seco, onde identificou-se as menores médias pluviométricas mensais entre os meses de setembro, outubro e novembro, períodos secos agravadas nestes dois últimos. O período chuvoso é caracterizado por elevados valores de umidade relativa (em torno de 80%), baixa insolação (cerca de 150h/mês), maior grau de nebulosidade (aproximadamente 7 décimos), o que contribuiu para a redução das taxas de evaporação. Destaca-se que a velocidade do vento aumenta com a proximidade do litoral, devido ao efeito de brisa acentuado. Na primavera e no início do verão, a velocidade do vento aumenta satisfatoriamente, em função da influência dos ventos alísios, que passam a soprar mais sobre a região tropical, as medições feitas no litoral norte da Ilha de São Luís indicam velocidades entre 6 a 31 km/h. (Bittencourt et al - 1990)

Vegetação: É diversificada e, em sua maior parte, litorânea. Com grande número de coqueiros a cidade conta com uma quantidade considerável de manguezais, o estado possui 50% da extensão de manguezais do país. Somente no Maranhão, existem sete espécies distintas de mangues (MOCHEL, 2007). As áreas de mangue possuem características bem definidas, como: solo lamoso pobre em oxigênio, mas

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muito rico em nutrientes; predomínio de vegetais halófilos e presença de grande biodiversidade. Além disso, é considerado um dos ecossistemas mais férteis do planeta. Esse ecossistema consegue proteger a costa de problemas como: a erosão, assoreamento, enchentes e ação de ventos, mas estes fatores são potencializados somente se houver a manutenção da densidade de espécies, uma extensa e preservada faixa de manguezal e hidrografia continuamente conservada. Esta evidencia além de evitar que o excesso de água avance para o continente, mantém a cadeia alimentar deste perímetro abastecida.

Figura 07: imagem da ponta da areia em 1994

Fonte: GBMar

Solo e Hidrografia:

Relevo: A plataforma continental interna representa a fonte imediata dos sedimentos costeiros. A planície marinha é formada em três unidades geomorfológicas: planície aluvial, planície estuarina, planície costeira. O planalto costeiro é conhecido como tabuleiro ou baixo planalto sedimentar costeiro, caracterizado por apresentar relevo suave e de baixa altitude. As características das rochas e do solo influenciam o grau de meteorização, agindo como variável determinante da aceleração ou retardamento dos processos, embora não sejam capazes de obter e transportar sedimentos pode comandar a oferta desse material e a intensidade dos processos (Fig.5). A interação das ondas, correntes e marés, com demais elementos do meio ambiente, em escala local, resultam as diferenciações morfo-sedimentares das praias, mangues e vasas. Arenoso, apresentando alguns afloramentos rochosos, que na verdade, são superfícies basais expostas pela ação das ondas e marés no processo de retificação da linha da costa, formando superfícies de abrasão

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apresentando extensa área de estirância, (alcançando em alguns pontos, até 400 metros), banhadas por marés semi - diurnas que podem chegar a atingir pouco mais de 7 metros em período de sizígias em lua nova próxima à precessão de equinócios (Fig. 6).

Fig.05- Processo de LitificaçãoFonte: Registro de Pesquisa

Fig.06- Processo de LitificaçãoFonte: Registro de Pesquisa

Hidrografia: Formada por alguns igarapés, com a maior parte da extensão sendo invadido pelas marés, caracterizando costas de rios como rio Anil, rio Tibiri, rio Paciência, rio Antônio Esteves, rio Batatã, rio Maracanã e os outros comprometidos com a ação antrópica. Os maiores são o Bacanga e o Anil (Fig. 07).

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Fig.07 – Encontro de águas, Laguna da Jansen e praia da ponta da D’ areia.Fonte: Panoramio

FATORES ANTRÓPICOS

A ação humana interfere na dinâmica natural do sistema ambiental aumentando os riscos dos eventos adversos, também acelera a velocidade de mudança da condição natural do meio ambiente. Com isso a degradação acelerada nas praias é um indicativo de mau uso e manejo, conduzido assim ao comprometimento à sua manutenção, além do potencial das mesmas para usos futuros. O processo de uso e ocupação tem crescido de forma exorbitante, e junto a tudo isso logo se nota os impactos ambientais. É possível destacar o lançamento de esgotos provenientes dos muitos prédios localizados na área.

Um dos problemas críticos na Península da Ponta d’Areia são as bocas de esgoto, que despejam diariamente grande quantidade de detritos na areia da praia, contaminando dunas e a vegetação.

É pertinente que se faça um resgate na história, pois na segunda metade do século XIX, ocorreu um grande surto de crescimento econômico em São Luis, dentre vários empreendimentos, a construção de vários prédios na orla marítima e conseqüentemente houve a falta de planejamento para com o saneamento básico, onde o resultado foi o despejo de lixo e esgoto de grande parte da população residente, lançado in natura no mar da ilha de São Luis, comprometendo a qualidade de suas águas (Fig.8 e Fig.9).

Essas atividades contribuem a cada dia para a aceleração dos processos de erosão, somando-se aos demais tipos de intervenção humanas na degradação ambiental. De acordo com o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, a presença de despejos ou resíduos sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários e outras substâncias, são capazes de oferecer riscos eminentes a saúde, além de

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tornar o ambiente impróprio para balneabilidade, já que o banho nesses locais pode expor os banhistas aos microrganismos.

OCUPAÇÃO DE FAIXA LITORAL

Uma das maiores causas de impacto ambiental existente na orla marítima é, sem dúvida, a sua ocupação desordenada (AGENDA 21, 1995). Os intensos processos de pressão populacional destas regiões são resultado do parcelamento urbano para fins de moradia, lazer, atividades turísticas, portuárias e industriais, refletindo diretamente em uma contínua destruição do meio ambiente e da paisagem, através de desmatamento e da destruição de manguezais, e dos estuários, os principalmente fatores de contaminação destes espaços é oriunda do lançamento de esgotos, provenientes das dezenas de prédios e estabelecimentos comerciais localizados na área.

Com efeito, existem perigos e riscos inerentes, para quem vive no litoral, como por exemplo, o desmonte de arribas pela ação das ondas que podem acarretar o desmoronamento parcial ou total de casas, de estradas ou de outros edificados, localizados demasiadamente próximo da franja litoral, as inundações tsunamigénicas ou a passagem de furacões. Em São Luis a praia da Ponta D’areia também tem sua dinâmica ambiental fortemente perturbada pela ocupação antrópica. Os campos de dunas são ocupados por prédios residenciais e comerciais, a vegetação pioneira é totalmente devastada, a margem da praia é ocupada, e a poluição do solo e dos recursos hídricos é uma constante neste novo ambiente litorâneo, onde não existe respeito ao sistema praial físico, o que vem aumentando os relatos críticos de destruição.

AS CONSEQÜÊNCIAS DA OCUPAÇÃO

O cenário atual dessa superpopulação que vem produzindo grandes centros urbanos localizados à beira mar, cada vez mais edificam enormes cidades com fortes densidades demográficas, dotadas de um metabolismo próprio e devorador: consomem água, alimento e energia. E produzem uma infinidade de dejetos como lixo e esgoto que são responsáveis por transformações do espaço geográfico característico das cidades e suas novas estruturas

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Na Península da Ponta D’areia, por exemplo, todo o esgotamento domestico da região são lançados diretamente na praia, contaminando diariamente dunas e a vegetação (Figura 12 e 13). Mesmo com esse grande impacto ambiental, muitos freqüentadores ainda se arriscam a banhar no local, que em aspectos físicos e biológicos, encontra-se imprópria para balneabilidade em função dos elevados índices de coliformes termotolerantes encontrados acima do permitido pelas autoridades sanitárias (Resolução CONAMA Nº 74/00), fator que compromete a saúde publica. Esse tipo de impacto infelizmente é comum nas praias de São Luis que sofrem com problemas de planejamento e mau uso do solo e de seus recursos hídricos e naturais (SOUZA, 2009). A região da praia da ponta da areia apesar dos muitos problemas que enfrenta, ainda é um forte atrativo turístico, caracterizado pela presença de vários quiosques, bares e restaurantes em quase toda a sua extensão, a capital maranhense possui níveis baixos de degradação de seu ambiente natural, mas ainda se encontra ameaçada devido a grandes danos de poluição existentes.

Fig.12 Fig.13Fonte: pesquisa de registro Fonte: pesquisa de registro

RISCOS NATURAIS

Os riscos ambientais naturais na zona costeira estão ligados principalmente a fatores geológicos, climáticos e à dinâmica costeira. As problemáticas geológicas encontradas estão associadas em primeiro lugar aos terremotos, causadas pelas falhas geológicas ou à acomodação das camadas ou placas tectônicas, ou ainda por deslizamento de terreno que podem modificar a configuração do litoral.

Os riscos devidos a fatores climáticos estão associados a eventos de curta ou de longa duração. Por exemplo as tempestades, furacões, tormentas e ressacas são de curta duração, com efeitos devastadores em função da potência de sua força geradora. Essas variações são responsáveis pelas feições atuais da zona costeira.

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Atualmente estamos em um período de transgressão marinha, com elevação média do nível do mar da ordem de 30 cm, registrados no último século. Sem esquecer que nesse caso, mesmo se tratando de um fenômeno de grande magnitude em que os processos de ocorrência não estão bem explicados pela ciência, temos cada vez mais a convicção de que os fatores antrópicos estão contribuindo para acelerar a velocidade de elevação do nível médio dos oceanos no globo terrestre.

Os riscos associados à dinâmica costeira se fazem sentir pelo modelamento do litoral em função da ação das correntes, ondas, marés e pela atuação dos ventos que constroem ou destroem ambientes litorâneos, como praias, dunas e falésias.

As correntes de deriva litorânea são responsáveis pela manutenção do equilíbrio dinâmico das praias; verdadeiros rios de areia se locomovem suavemente na planície costeira. Os ventos são naturalmente impulsionadores de sedimentos para edificação de dunas, utilizando estoques sedimentares das zonas de estirâncio e de berma das praias. As ondas associadas às variações de marés são responsáveis pelo trabalhamento das formas litorâneas notadamente das falésias, ambientes em processo natural de recuo pela erosão.

EROSÃO LITORÂNEA

Dentre todos os ecossistemas costeiros, as praias oceânicas são os mais dinâmicos e sensíveis, pois resultam da interação entre diversos processos marinhos e continentais, que atuam em ampla variação de escala temporal, entre curtas flutuações (diárias, semanais e mensais) até flutuações de longo período (até milhares de anos) (Souza, 2001). Desde a pré-história, as praias oceânicas vêm desempenhando múltiplas funções sócio-ecológicas, destacando-se: proteção costeira natural para os ecossistemas adjacentes ou mesmo os equipamentos urbanos, contra o ataque de ondas e marés de tempestade; habitat para várias espécies animais e vegetais; recreação e lazer; esportes; turismo; e atividades econômicas diretas e indiretas (Souza et al., 2005; Souza, 2009a).

Fig.10 Erosão Fonte: www. imirante.com

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Um dos principais problemas ambientais da zona costeira mundial, na atualidade, é a erosão costeira ou praial. Em 1985, Bird publicou um estudo da International Geographical Union´s Commission on the Coastal Environment, dados relativos que mostravam que, já naquela época, cerca de 70% das praias arenosas do planeta estavam em erosão, 20% em deposição e apenas 10% se encontravam em relativa estabilidade (Bird, 1999). As razões para essa predominância de erosão ou retrogradação da linha de costa no mundo foram atribuídas a causas naturais e antrópicas. Entretanto, a maioria dos autores acreditava e ainda acredita que a principal causa esteja relacionada à elevação do nível relativo do mar (NM) durante o último século (Fig.10).

Embora a erosão costeira seja essencialmente produto de um balanço sedimentar negativo no sistema praial, essa situação é decorrente de diversos processos e fenômenos que podem ser atribuídos a fatores naturais e fatores antrópicos. Em geral, ambos interagem entre si o tempo todo no condicionamento da erosão costeira, sendo freqüentemente difícil identificar quais são aqueles mais ativos, ou mesmo individualizar a atuação de cada um. Uma síntese das causas naturais e antrópicas de erosão costeira, ocorridas na ponta D`areia são apresentadas nos tópicos seguintes.

Fig. 11 ErosãoFonte: www.imirante.com

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UMA SÍNTESE DOS PROCESSOS DE CAUSAS NATURAIS E IMPACTOS

SÓCIOS - AMBIENTAIS OCORRIDOS NA PRAIA PONTA D’AREIA

Setor Econômico

Destruição do patrimônio público

Prejuízo econômico dos imóveis privados

Prejuízos para atividades turísticas

Investimentos elevados em obras de controle da erosão

Fig.14 Fonte: pesquisa de trabalho

Setor Social

Perda de espaços públicos de lazer

Insegurança decorrente de vulnerabilidade

Interrupção locomotora de pessoas e veiculos

Fig.15Fonte: Portal Imirante.com

Setor Ambiental:

Desequilíbrio ecológico

Destruição do patrimônio ambiental

Redução do ambiente praial e

perda da paisagem

Fig:16Fonte: Portal Imirante.com

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PRINCIPAIS DANOS PROVOCADOS PELA EROSÃO

A evolução dos processos erosivos atinge o ponto de maior gravidade quando surgem sulcos, ravinas e boçorocas, que são capazes de mobilizar grandes quantidades de solo e destruir áreas urbanas e obras civis. A erosão hídrica, conforme El-Swaify (citado por Weill & Pires Neto, 2007) é responsável por aproximadamente 55% dos quase dois bilhões de hectares de solos degradados no mundo. Além da perda de solos, os processos erosivos causam outras consequências, como por exemplo: limitação da expansão urbana (Fig. 11 e 13), interrupção do tráfego, transporte de substâncias poluentes agregadas aos sedimentos, desenvolvimento de focos de doenças e assoreamento das drenagens.

Fig. 11 Interrupção de trafego Fonte: Registro de pesquisa

PROCESSOS SEDIMENTARES

Os processos sedimentares (erosão, deposição e transporte) que ocorrem em uma praia, são produtos de fatores meteorológicos/climáticos, que também podem ser observados nos fenômenos oceanográficos/hidrológicos, geológicos e antrópicos (Souza, 1997). Os fatores meteorológicos/climáticos têm maior influência nas variações do NM (de curto e longo períodos) e na atuação dos ventos, agindo no comportamento do clima de ondas e conseqüentemente, interferindo nas características das correntes costeiras. Os fatores oceanográficos/hidrológicos envolvem a ação de ondas e marés, e as correntes geradas por esses agentes. Dentre os diversos fatores geológicos atuantes no litoral, os de maior importância para as praias são os processos sedimentares que determina o seu balanço sedimentar. Os fatores antrópicos compreendem as interferências do homem nos ecossistemas costeiros, modificando os fatores naturais.

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O balanço sedimentar de uma praia é a relação entre perdas/saídas e ganhos/entradas de sedimentos no local. Essas trocas podem ocorrer entre a praia e o continente, a plataforma continental é a própria praia. O homem pode também tornar-se um agente direto dessas trocas, através da retirada/mineração de areia das praias e da realização de projetos de alimentação ou engordamento artificial de praias. Assim, quando o balanço sedimentar na praia for negativo, ou seja, quando a saída/perda de sedimentos é maior do que a entrada/ganho de sedimentos, haverá um déficit sedimentar, predominando a erosão da praia, com diminuição paulatina de sua largura e a retração da linha de costa. Se o saldo for positivo, a praia tenderá a crescer em largura pela deposição predominante de sedimentos, e a linha de costa progradará. No balanço igual a zero haverá o equilíbrio do sistema praial.

Fig. 11 Expansão Urbana Fonte: Registro de pesquisa

A erosão em uma praia se torna problemática quando passa a ser um processo severo e permanente ao longo de toda essa praia ou em trechos dela, ameaçando áreas de interesse ecológico e sócio-econômico (Souza et al., 2005). Nessas condições passa a ser denominada de erosão praial, quando se refere somente às praias, ou erosão costeira, quando além delas, também atinge toda a linha de costa, incluindo promontórios, costões rochosos, falésias e depósitos sedimentares antigos, bem como estruturas construídas pelo homem.

O fenômeno evasão de maré deve merecer atenção, pois a costa está com balanço sedimentar negativo e, portanto, em risco. No entanto é certo de que nas próximas décadas a erosão costeira deverá se intensificar em todo o mundo, e poderá provocar o desaparecimento de vastas áreas costeiras e até de países inteiros (os chamados países-ilha).

Na praia ponta d´areia, foi observada que o processo erosivo aumentou consideravelmente, mediante este fato, deve-se tomar medidas emergenciais como forma de contenção, uma das medidas tomadas foi a construção do espigão costeiro (quebra-mar ou talha-mar) como é conhecido, para conter o avanço do mar.

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E INFLUÊNCIAS EMITIDAS SOBRE O

ECOSSISTEMA DA PRAIA DA PONTA DA AREIA

CARACTERÍSTICA E INFLUENCIA DO PROJETO ESPIGÃO COSTEIRO

O espigão costeiro é uma construção de contenção que se constituem como um dos principais e mais relevantes projetos de minimização de problemas da zona costeira, dimensionado para corrigir um problema local, sendo assim esta obra colaborar para a navegabilidade e evitar a evasão marítima, além de contribui decididamente para acabar com a erosão que esta acontecendo na Praia da ponta da areia.

Projeto Estrutural da Construção do Espigão Costeiro:

DADOS ESPECIFICOS

Valor do investimento: R$ 12.038.277,56

Fonte dos recursos: Governo do Estado

Local: Península da Ponta d’Areia

Comprimento: 572m

Largura (início): 7m de crista

Largura (intermediária): 9,94m

Largura (final): 13,36m

Altura: 8m

Altura acima da preamar máxima: 1,4m

A fim de que vários desses problemas evoluam ou até mesmos novos venham surgir, com a construção do mesmo essa área costeira irá ter grandes influências não só na contenção do avanço do mar, na melhora significativa na navegação, mais também para movimentar o setor turístico, comercial e hoteleiro do Estado, além de aumentar a faixa praial.

Visto que a construção do espigão costeiro tenha pontos positivos, não se pode deixar de salientar os pontos negativos após a conclusão do mesmo, pois estima-se que em pelo menos 10 anos todos os efeitos esperados da construção do espigão tenha atingido o seu ápice, algumas mudanças poderão ser percebidas na área como: impactos ecológicos aferidos a este sistema, terá proporções no mínimo danosas a vários outros ecossistemas localizados próximos e adjacentes ao espigão, mudanças no dinamismo das marés, dos ventos e danos irreversíveis nos elos ecológicos, a ruptura ou quebra destes habitats agredirão de forma perceptiva a cadeia alimentar de muitas espécies marítimas, sendo assim os efeitos danosos ou benéficos desta obra, só poderão ser confirmados de fato à aproximadamente daqui a 10 (dez) ou 15 ( quinze) anos.

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Fonte: www. imirante.com

Fig: Espigão costeiro de São Luis - Ma

Fonte: www.imirante.com

De acordo com o estudo o acúmulo de areia acarretou à modificação da

corrente marítima na área da Ponta d’areia, aumentando a intensidade da erosão.

Dados do projeto que serviu de base para a realização da obra apontam que a

construção da barragem e do aterro do Bacanga modificou a velocidade de vazão

dos rios Bacanga e Anil influenciando no “transporte” de areia pela maré rio adentro.

Fig: Fase de acomodação de rochas

Fonte: www.imirante.com

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Fig: Processo de expansão de trecho do espigão costeiro

Fonte: www.imirante.com

O intenso avanço do mar em direção a zona costeira da praia da ponta

d’areia, motivou o governo do estado do maranhão, em construir um talha mar de

100 metros, com objetivos específicos, conter principalmente a destruição da orla.

Fig: processo de sobreposição de rochas

Fonte: www. Imirante.com

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VANTAGENS DA NAVEGABILIDADE COM A CONSTRUÇÃO DO ESPIGÃO

COSTEIRO PARA A CIDADE DE SÃO LUIS - MA

A fim de desenvolver medida de contenção e também o assoreamento do

canal existente o espigão costeiro serve como barreira para minimizar a destruição

da orla marítima, provocada pela erosão que tem se agravado devido à força das

marés ameaçando os bares e prédios localizados a beira da praia, o que vinha

prejudicando e muito o tráfego de barcos naquela faixa. A construção do “espigão”

contribuirá para o desassoreamento do canal e vai facilitar a navegação na Ponta

D’areia e no Terminal Hidroviário.

Fig: Processo de emersão marítima

Fonte: www.imirante.com

RESULTADOS PREVISTOS PARA O ESPIGÃO COSTEIRO

Segundo o secretário de Infra-Estrutura do Estado Max Barros o espigão já mostra alguns resultandos visuais como: Aumento de 3 metros da área; Recuo do mar de aproximadamente de 300 metros da faixa praial; Melhoria no meio ambiente costeiro; melhoria na navegabilidade, além de turismo e lazer na capital. Segundo os estudos feitos no projeto, o espigão impedirá que os sedimentos da Ponta d'Areia

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seja carregado pela correnteza até o canal, voltando a se acumular na faixa da praia e ao longo do espigão.

A coordenação técnico-científica do projeto informou que os dados levantados até o momento cerca de 50% do escopo do projeto, encontram-se em análise pelos pesquisadores. As informações técnicas só poderão ser disponibilizadas após a conclusão do relatório final previsto para agosto do corrente ano.

Fig: Processo de conclusão do espigão

Fonte: www.imirante.com

O objetivo do projeto é disponibilizar informações técnicas que viabilizem medidas de recuperação e prevenção do avanço do mar. O que já foi feito depois do levantamento dessas informações?

Não obstante, cabe ressaltar que tendo em vista os locais diagnosticados como pontos críticos, onde se constata condição de risco provocada pela situação emergencial de erosão marinha – exemplo: alguns trechos próximos aos rio anil, rio bacanga, Laguna da Janse, de como praias de são marcos, olho d’água e a ponta d’areia, ambas localizadas no município do São Luis – Ma, foram elaborados, pela equipe de pesquisadores e consultores científicos do projeto, relatórios circunstanciados, subsidiados por vistorias técnicas de campo, onde foram recomendadas várias diretrizes, obras e critérios técnicos para contenção do avanço do mar e da erosão nestes locais. Ao que se depreende até o momento, o governo do estado não levou a cabo tais recomendações.

Como esta recuperação e a prevenção da erosão e do avanço do mar no litoral do estado é algo lento e de perceptividade gradual, a erosão marinha acaba por se torna um problema que está associado principalmente à ocupação irregular do ambiente praial; aterros realizados ao longo dos mangues; planejamento e

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controle urbano deficiente e, em escala mundial, com as mudanças climáticas e, conseqüentemente, a elevação do nível do mar e intensificação dos ventos.

Nos últimos anos, o avanço do mar vem preocupando a população que reside na zona costeira, a comunidade científica e os órgãos públicos envolvidos nesta temática. Em geral, as ações de contenção restringem-se a obras de engenharia pontuais, como a construção de espigões e quebra-mares, que, quando planejadas e executadas dessa forma, visando apenas o ponto onde está ocorrendo o problema, podem provocar ou agravar a erosão marinha nas áreas adjacentes a esse local, gerando o chamado “efeito dominó”.

Fig: Processo de adequação do avanço de maré e de sedimentos

Fonte: www.imirante.com

Conforme se observa ao longo do litoral maranhense, as obras de contenção não têm resolvido, de forma satisfatória, o problema da erosão marinha. Constata-se que os problemas vêm paulatinamente, sendo transferindo para outras áreas e, inclusive, para outros trechos da orla praial, comprometendo o potencial turístico e ambiental desse litoral. Neste contexto e no sentido de buscar soluções técnicas que viabilizem a recomposição das praias de forma regionalizada, o projeto de Monitoramento Ambiental Integrado da Erosão Marinha da RMR deverá subsidiar o planejamento e a implementação de ações estratégicas para a gestão ambiental e para a integração de políticas públicas - visando a tomada de decisão pelos gestores municipais - tendo em vistas tais problemas incidentes na Zona Costeira Maranhense.

PARECER FAVORÁVEL

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Considera-se que todas as etapas legais da obra do espigão foram

cumpridas, logo o parecer é favorável segundo os órgãos competentes do Estado

(Capitania dos Portos do Maranhão, Secretarias do Patrimônio da União, Secretaria

Estadual de Meio Ambiente, Governo do estado e Prefeitura de São Luís).

Sendo assim a Capitania dos Portos deverá fazer o acompanhamento

periódico da obra, haja vista que existem algumas exigências de sinalização durante

o decorrer das obras e após a finalização da mesma. O acompanhamento e

monitoramento será apenas para efeito de sinalização náutica para que sejam

evitados acidentes com qualquer embarcação que navegue nesta área.

SIMULAÇÃO PROJETADA

As previsões é que assim como o espigão do município de são Jose de

Ribamar no estado do maranhão, este espigão da ponta d’areia faça o mesmo

trabalho de contenção das marés e de retenção de areia, inviabilizando processo de

degradação e o desaparecimento da praia.

CARACTERÍSTICA E INFLUENCIA DA LAGUNA DA JANSEN

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A Laguna da Jansen foi criada em 23 de junho de 1988 pelo decreto-lei n° 4.878, passando a ser denominada Parque Ecológico da Lagoa da Jansen, visando à preservação de áreas de mangue (MARANHÃO, 1993). As modificações da paisagem foram iniciadas com a ocupação desordenada das áreas de mangues do bairro da Ilhinha, continuadas com a construção da Avenida Maestro João Nunes e dos conjuntos residenciais Renascença I e II e Ponta do Farol. Os benefícios da construção desta obra, são de viabiliza a manutenção do mangue na Laguna da Jansen, com a retomada do fluxo da maré, a troca de água entre a lagoa e o mar, tornando seu fluxo de águas ainda maiores, o que facilitará a oxigenação do mangue. O risco pode ser definido como a "possibilidade de ocorrência de um acidente” (CERRI; AMARAL, 1998). A definição de risco é associada a uma "situação de perigo oudano, ao homem e a suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processogeológico, induzido ou não" (ZUQUETTE; NAKAZAWA, 1998). A categoria risco natural está objetivamente relacionada a processos e eventos deorigem natural ou induzida por atividades humanas. A natureza destes processos é bastante diversa nas escalas temporal e espacial; por isso o risco natural pode apresentar-se com diferentes graus de perdas em função da intensidade, da abrangência espacial e do tempo de atividade dos processos considerados. Durante as ações de urbanização da Laguna da Jansen (aterros, implantação de rodovia, indução da ocupação, etc) os espaços permeáveis, inclusive áreas de manguezais, foram convertidos para locais de superfície impermeáveis resultando no aumento do volume de escoamento superficial e da carga de poluentes, o que concorreu para a emergência de alterações nas características físicas, químicas e biológicas as quais ocasionaram aumento no volume de escoamento superficial e subseqüentes cargas de erosão e sedimentos às águas superficiais (ARAÚJO, 2007; RIO BRANCO, 1997). Na maioria das vezes a questão ambiental é trabalhada de forma alarmista, o que também ocorre em relação aos riscos ambientais e/ ou urbanos vinculados à ausência ou deficiência em termos de planejamento e ao pouco cumprimento das normas ambientais e urbanísticas. Na área da Laguna da Jansen a construção de conjuntos habitacionais em seu em torno, aliada à criação da unidade de conservação, aos projetos de saneamento ambiental e de urbanização concorreram para sua revalorização em termos de usos residenciais, comerciais e turísticos, revelando os contrastes de uma sociedade desigual uma vez que ocupações desordenadas permaneceram. As ações em termos de mitigações, por isso, tiveram resultados aquém do divulgado pelo poder de gestão estadual haja vista que o odor derivado das águas da laguna continua e se de um lado afugenta o turista, de outro compromete a qualidade de vida do morador de suas imediações. As relações sociais, com efeito, foram afetadas pela dinamização econômica das ações induzidas pelo Estado e se expressam pela introdução de novos usos e valores em que serve como exemplo a especulação de incorporadoras que almejam à apropriação do espaço geográfico enfatizado.

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Fig: Laguna da Janse em São Luis - MaFonte: ZEE – MA 1999

A maioria dos impactos provocados na área está relacionada à ocupação desordenada já existente e/ ou incrementada, aliada à ineficácia de planejamento que concorrem para os mais variados tipos de degradação, inclusive a estética e a paisagística que culmina tanto em prejuízos aos usuários da laguna que são impedidos de fazer usufruto da pesca por causa do aumento da mortandade dos peixes quanto para as atividades turísticas e comerciais. Essas alterações na dinâmica da paisagem da Laguna da Jansen tornaram-na uma área de risco tanto para moradia quanto para o desenvolvimento de novos empreendimentos, pois aumentaram a freqüência dos alagamentos em regiões circunvizinhas, demonstrando os contrastes sócio-ambientais onde edifícios modernos e sofisticados voltados para a classe média alta e o turismo se deparam com casebres humildes os quais sofrem intensamente com os impactos ambientais vigentes, incluindo a sujeição ao odor oriundo da própria laguna. As influencias destes impactos são todos perceptivos e afetam diretamente a praia da ponta da areia.

CARACTERÍSTICA E INFLUENCIAS DO RIO ANIL

A bacia hidrográfica do Rio Anil possui 33 km2 de área e 31 km de perímetro. Sendo que o mesmo é de 4º ordem de acordo com a classificação de Strahler (1952). A sua altimetria varia de 5 a 60 m de altitude. Sendo que os seus rios de primeira ordem possuem 21.73 km, os de segunda ordem 8.18 km, a bacia hidrográfica do Rio anil possui 40 segmentos de primeira ordem, 12 de segunda, 3

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de terceira e 1 de primeira ordem. Sendo que os de primeira ordem possuem um comprimento médio da ordem de 543 metros, os de segunda 682, os de terceira 2.467, e os de quarta ordem 10.836 metros. A bacia hidrográfica do Rio Anil possui 12,12 km de comprimento, com o rio principal medindo 12 km, sendo a sua forma aproximadamente circular, com uma densidade de drenagem da ordem de 1,47 km/km2 e com um coeficiente de manutenção da ordem de 680,27 km/km2, como pode ser vista na tabela 2. A bacia do Rio Anil vem sofrendo com o grande adensamento populacional, com a conseqüente ocupação das áreas mais baixas, onde estão localizados os manguezais e a várzea. A urbanização na bacia do rio Anil pode ter seguido o seguinte modelo: Em uma península, a ocupação urbana se dá no sentido das maiores cotas para as menores cotas, ocupadas respectivamente pelos bolsões da riqueza e de pobreza. Esta lógica pode ser comprovada acompanhando-se a evolução da cidade desde sua fundação até os dias atuais, na qual os primeiros núcleos urbanos se localizam nas partes mais altas da península, se estendendo para as partes mais baixas, comprometendo os manguezais, que são aterrados para comportar a população que cresce desordenadamente. Este padrão pode ser visualizado por todo centro da cidade e mais próximos dos bairros antigos. O Platô: (é o mesmo que planalto, pequena extensão de terreno plano situada numa ligeira elevação) A tendência da ocupação em um platô se dá onde a topografia é homogênea, ou seja, sem variações de declividade, o que propicia o espalhamento fácil da urbanização por estas regiões. A lógica do platô está na ocupação por casas de conjuntos (ou conjuntos habitacionais), incentivada pela proximidade das vias de acesso (corredores), o que ao mesmo tempo não gera adensamento populacional, já que ainda há muita área para expansão. Este padrão pode ser observado na bacia do Anil, nas regiões do Cohatrac, Cohab e distrito São Cristóvão, que se constituem como grandes conjuntos habitacionais dentro da bacia. A bacia do Anil apresenta ainda um modelo de transição entre a ocupação de penínsulas e dos platôs; as áreas de várzeas e talvegues - onde estão localizadas as nascentes do rio. A impermeabilização do solo, trazida pela expansão urbana, faz com que as cheias urbanas se agravem. A questão das cheias nada mais é do que a ocupação irregular do espaço. O rio, na época das chuvas, dispõe de mais água e necessita pra tanto, de espaço para transportá-la, e se a cidade ocupa esse espaço, o rio utilizará qualquer forma e invadirá as áreas urbanizadas. Esta situação pode ser bem visualizada hoje em bairros como o João de Deus e a Vila Izabel, que continuam a se expandir em direção às várzeas do rio.

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Fig: Rio AnilFonte: LaboHidro 2003 Terra firme: São áreas acima da cota 4 sem encharcamento ou hidroperíodo. Na bacia do Anil, os ambientes de terra firme podem ser representadas por capoeiras. A capoeira corresponde a uma vegetação de 5 a 10 m de altura, densas, representadas por cerca de 150 a 200 sp, de porte médio e arbustivo. A capoeira representa apenas uma parcela dos 50% de vegetação que ainda existe na bacia, já que já está com 95% da área totalmente urbanizada. O processo de urbanização em desenvolvimento na bacia do Anil alcança atualmente um recobrimento da ordem de 65,2% de toda a superfície dos solos disponíveis. A análise da sua distribuição espacial mostra este processo de urbanização que se estende lateralmente por todo o espaço disponível pela margem esquerda (correspondendo aos terrenos que compreendem desde o bairro da Praia Grande até o do Anil), além do setor extremo a noroeste pela margem direita (incluindo a faixa de terras entre a Ponta da Areia e o Renascença). Continua pela margem direita, avançando para sudeste acompanhando o traçado dos eixos viários principais, apresentando-se de forma contínua, alterando-se com espaços (ainda não ocupados), nos quais são encontradas feições da vegetação em diferentes estágios de degradação. Merecendo registro, o gradual acréscimo de áreas da planície flúvio-marinha (terrenos dos mangues), incorporadas por processos de aterro mecânico, que se distribuem pela área.

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CARACTERÍSTICAS E INFLUENCIA DO RIO BACANGA

Fig: Rio Bacanga Fonte: Lima Shigeaki Leite.

O Rio Bacanga é um rio que possui uma extrema importância para as bacias adjancentes. A construção da barragem do Bacanga teve suas obras iniciadas e concluídas entre as décadas de 60 e 70, consiste de um projeto de barramento do Rio Bacanga e foi esquematizada no intuito de diminuir as distancias e servir de ligação entre São Luís e o Porto do Itaqui pela BR-315, reduzindo a distancia de 36km para apenas 9km, além de propiciando um significativo crescimento urbano em direção ao Porto, e com intuito de gerar energia elétrica com a construção de uma usina maré-motriz e para formação do lago artificial para auxiliar no processo de urbanização e de saneamento da cidade. O projeto executivo foi elaborado no período de novembro de 1966 a junho de 1967 atendendo a solicitações de se prever uma eclusa junto ao vertedor, bem como o alargamento do coroamento da obra que era inicialmente de 10m para 20m; feitas pelo Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis (Portobrás), e o DER-MA. A introdução de uma eclusa tinha o objetivo de manter o trecho mar/reservatório navegável, porém esta obra não foi realizada.

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Fig: Barragem do BacangaFonte: Lima Shigeaki Leite. et al.

A área apresenta uma rica biodiversidade associada ao manguezal, porém, sofre com os problemas ambientais oriundos da intensa urbanização tais como: assoreamento, inundação, urbanização do mangue (aterramento), lançamento de lixo, desmatamentos, queimadas, contaminação das águas por esgoto lançado in natura e eutrofização das águas da Barragem do Bacanga. (PEREIRA, 2006). O assoreamento pode causar problemas de perda de volume de reservatório, redução da água para abastecimento, redução da profundidade de canais, perda de eficiência de obras hidráulicas, produção de cheias, alteração na qualidade da água, perda da biodiversidade aquática e prejuízo ao lazer (OLIVEIRA, 1995 apud PEREIRA, 2006). No entanto, devido ao Barramento do Rio Bacanga a lâmina d’água permanente cria um ambiente infra-litoral com áreas não expostas ás marés diminuindo a taxa de renovação da água, denotando-se que a bacia e muito menos o lago artificial estão em consonância com os parâmetros da Agenda 21 do Brasil, devido a falhas e falta de planejamento do projeto inicial da Barragem. As alterações no fluxo da água salgada e a urbanização da margem direita da bacia do Bacanga ocasionado pela construção da Avenida Médice, acabam causando restrições de renovação do volume armazenando, o esgoto in natura que é lançado pelas casas e condomínios no entorno, acaba por descaracterizar a localidade de manguezais reduzindo a qualidade ambiental além de transformar a área em um ambiente anóxico pela elevação do teor de matéria orgânica deflagrada, a qual, associada ao acréscimo dos resíduos sólidos, atrelados as modificações antrópicas na bacia de drenagem produziram a aceleração da colmatação, reduzindo a profundidade do canal. Todos estes impactos ambientais que são provocados na área estão relacionados à ocupação desordenada e a falta de planejamento que proporcionam os mais variados tipos de degradação inclusive a degradação estética e paisagística que trás prejuízos aos usuários, pois são impedidos de fazer usufruto da pesca, de atividades turísticas e comerciais, além de outros impactos identificados: como as Mudanças na Hidrologia da Bacia Hidrográfica do Bacanga; Aumento das doenças

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de vinculação hídrica; Alteração no comportamento do lençol freático da região; Problemas sanitários, resultantes do uso das terras marginais; Rompimento do balanço natural dos sedimentos fluviais; Alteração nos processos de erosão, transporte e deposição ao longo dos corpos d’água. A recuperação e revitalização do ambiente aquático onde a Barragem do Bacanga está inserido deve ser antecedido de um programa de manejo e gestão da Bacia do Rio Bacanga, pois este encontra-se muito impactado pelas atividades humanas tanto no uso e ocupação, quanto nos derivados dessa ocupação, ou seja, despejo in natura de esgoto doméstico e industrial.

RESULTADOS E DISCURSÕES

Resultados:

O foco de estudo deste trabalho foi a analise da zona litorânea da ponta da areia, localizada na cidade de São Luis, no estado do Maranhão situada no Brasil, a praia tem cerca de 2,5 Km de extensão. É banhada pela Baia de São Marcos no interior do Golfão Maranhense no Oceano Atlântico. Esta a uma distância de 4 Km do centro urbano de São Luis, esta cidade possui uma população de 1.014.837 habitantes (IBGE 2010). A praia esta localizada próxima a laguna da Jansen e as duas fazem parte do parque estadual da laguna da Jansen por causa da ecologia da região (WIKIPEDIA 2011). A praia da ponta da areia é densamente urbanizada, possui muitos bares, clubes de reggae, condomínios, e prédios de rede hoteleira, que se estende por toda a orla da praia, o que a torna bastante movimenta, principalmente nos finais de semana, esta região e muito procurada pela população da ilha de São Luis e por turistas de todo o mundo.

Atualmente a praia da ponta da areia encontra-se em toda a sua extensão, ocupada praticamente com placas de avisos, que indicam altíssimos índices de coliformes façais, acima do permitido. Esses resultados foram dados pela secretaria de estado de meio ambiente do maranhão (SEMA) que realizou pesquisas com todas as praias de São Luis. Este nome ponta D´areia é devido a sua localização e formato. Esta praia fica exatamente próxima a foz do rio anil que forma uma ponta onde começa a praia, e por isso esta praia é chamada de Ponta D´areia.

A Praia Ponta D’ areia embora seja um importante ponto turístico de São Luis enfrenta grandes problemas relacionados a estrutura. O problema mais serio é o lançamento de esgotos sem nenhum tratamento sanitário na praia. Este esgotamento é produzindo pelos prédios que a cercam, outro problema é que os rios anil e bacanga já deságuam poluídos na praia, o que aumenta a quantidade de coliformes fecais na água. Coletas recentes realizadas por alunos do Curso Técnico de Meio Ambiente do Colégio Universitário – COLUN da UFMA em São Luis do maranhão, orientados e ministrado pelo professor de Química Experimental e Ambiental, José Alberto Pestana Chaves, mostraram que o pH da água desta zona

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litorânea apresentou níveis altíssimos de contaminação, os níveis de acidez variaram entre 7.4 e 8.2 pHmetros, que são considerados taxas relativamente preocupantes, o que confirma a intervenção destes poluentes no ecossistema aquático desse local (Colégio Universitário – COLUN – UFMA). Embora todas as recomendações do SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), em alerta as pessoas que freqüentam a praia do imenso perigo que correm, banhistas afirmam que esta se encontra limpa. Esta confirmação vem principalmente de comerciantes e ambulantes que vendem seus produtos ao longo do trecho da praia. Um fator preponderante esta relacionado ao extrativismo, populações locais e de áreas adjacentes, alimentam suas famílias com pescados e mariscos contaminados e de

maneira predatória ainda comprometem a reprodução de muitas espécies nativas da região, o que implica dois fatores agravantes, o primeiro é em relação a saúde publica do estado, como por exemplo: ocorrência de problemas de pele, diarréias, e outras doenças que acometem principalmente as crianças, o segundo é a intensificada destruição das áreas de mangue adjacentes a praia, berçário de inúmeras espécies, que fornecem alimento na base da cadeia alimentar aos demais ecossistemas aquáticos interligados, sejam eles marítimos, de rios ou lagos.

Outro exemplo negativo, e a ação antropica que cresce desordenada e sem planejamento estrutural, inúmeros domicílios, comércios, rede hoteleira e outros investimentos financeiros, que discriminadamente vêm desrespeitando limites ambientais protegidos por lei, um bom exemplo de eventos negativos em decorrência da destruição de espaços ambientais são os recentes fatos que estão destruindo as orlas de praias de Recife, especialmente as praias de Boa Viagem e de Piedade em Pernambuco. O mangue de Suape, em Recife-PE, que antes abrigava um enorme berçário natural de milhares de espécies, atualmente sobre ele encontram-se construídas e instaladas as zonas portuárias do porto de Suape. Este mangue representava no passado uma extrema importância na reprodução de

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muitas espécies, algumas endêmicas, entre elas, muitos peixes, mariscos, algas e corais de variadas espécies, dentre muitos outros animais aquáticos e terrestres que viviam e alimentavam-se próximo a esta região, também inserido ao elo e ameaçado de desaparecer do planeta estão, o tubarão de cabeça chata e a tartaruga de peito amarelo, ambas espécimes surpreendentes e que possui um papel importantíssimo dentro do elo ecológico de arrecifes.

O que a ocupação irregular deste mangue, contrasta com os antigos inquilinos, é simples explicar, todos estes animais retiravam seus alimentos de maneira direta e especialmente deste local, a ausência de alguns animais já é percebida, em contra partida o aparecimento de outras espécies vem causando transtornos e medo a pela população, assim afirma um morador de recife em entrevista a esta pesquisa: “enquanto pescadores da região lutam com dificuldades para manter as suas redes cheias, admitem que logo após a construção deste porto, as barreiras para pescar só aumentaram, fato que os obrigam a navegarem até dez vezes mais mar adentro, ou seja muito mais longe da praia e da arrebentação do que era de costume fazer antes, alem disso, ataques de tubarões da espécie cabeça chata é algo que se tornou comum no litoral Pernambucano - PE, apesar de termos poucas ocorrências freqüente nos últimos 02 anos, surfistas e banhistas desavisados ou mesmo quem sabe dos riscos e aventura-se a banhar ou praticar o surf nestas águas corre risco de morte eminente, não por que estes animais atacam por serem agressivos, mais precisamente por virem em buscar de alimento nas praias, visto que a escassez de alimento no mar só aumentou nos últimos anos, atraídos pela imensa movimentação de banhistas, ou por restos de alimento despejados no mar, oriundos de esgotamento publico, domésticos, rede hoteleira, condomínios, bares e quiosques”.

Os tubarões, tartarugas, corais, caranguejos, pintunuá (peixe endêmico da região) e outros peixes, águas vivas, linquens (tipos de algas densamente volumosas, que escurecem as águas dos arrecifes de Pernambuco) e outras espécies animais nativas, estão desaparecendo da orla de Recife, estudiosos afirmam que isso seja reflexo do aterro do mangue de suape, onde hoje encontra-se estalado o grande parque portuário de Suape.(projeto de Monitoramento Ambiental Integrado da Erosão Marinha da RMR de Pernanbuco)

O fato ocorrido em Recife é um forte índice do que pode ocorrer com a zona costeira do maranhão, que também teve obras de engenharia que modificaram sua paisagem, como a barragem do rio bacanga e o aterramento de parte de seu leito, obras como o espigão costeiro também possui um papel relevante na modificação da dinâmica natural, a ação antropica sobre as margens e afluentes dos rios anil e bacanga apenas acentuam ainda o descaso com que manipulamos os nossos recursos hídricos. Esta quebra em sistemas ecológicos são perceptivas, e resultantes na qualidade da água, no ritmo desigual dos ventos, no brusco aumento da temperatura, na diminuição pluviométrica, e em muitas outras variantes identificadas nas mudanças de regiões, especialmente em zonas e perímetros

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costeiros, que passaram por uma forte modificação de seu relevo, alem dos outros fatores mencionados, São Luis apesar de recentemente apresentar estas e outras problemáticas co-relacionadas, pode aumentar ainda mais o grau de seu processo de degradação ambiental se nada for feito para desenfreá-lo .

Neste contexto o que mais preocupam, pesquisadores e estudiosos do mundo inteiro, é exatamente, de que forma será construída a relação de convivência entre o meio físico e o meio natural para as gerações futuras. O emprego desarmônico atual entre a natureza e o homem, provocaram experiências desastrosas, a substituição gradual e frenética dos espaços naturais, colidiu indiferentemente com a ordem e os anseios dos sistemas financeiros, a exemplos desta troca de farpas estão os ativistas, as ong’s, instituições filantrópicas, agentes ambientalistas e vários outros grupos e setores ligados e espalhados pelo mundo por esta causa, mobilizando inúmeras ações sócias e políticas contra o desenvolvimento e crescimento desenfreado das industrias e economistas.

É preciso saber que destino será dado aos espaços e meios naturais que ainda existem, que tipo de habitats será deixado como legado. Sabe-se que é presenciado nestes últimos anos, e em muitas localidades dentro e fora de nossa reservas protegidas, sejam elas ainda que preservadas ou conservadas, reportam-se substancialmente de um sofrimento caótico e complicado com o sistema de ocupação de suas áreas (construção civil), desamparadas e vulneráveis pelas frágeis leis ambientais de nosso país, estes loteamento alem de não passarem por um planejamento ambiental sustentável, não recebem do estatuto das cidades, a organização estrutural e de saneamento básico aos quais deveriam se submeter.

Discussões:

Em visita técnica ao local do levantamento de dados, a equipe de trabalho identificou primeiramente as problemáticas referida a erosão causada pelo evento adverso nesta área, seja ele por ação do homem ou da natureza. A utilização do equipamento GPS facilitou a demarcação de dois pontos específicos, da analise e caracterização da cartografia e do espaço de estudo, fator que delimitou o foco desta pesquisa, que englobou, desde os términos limites territoriais da ponta da areia, passando por toda orla litorânea praial, circundando a Laguna da Jansen, Espigão Costeiro e indo até a ponta que margeia o seu fim, esta caracterização incluiu um estudo de extensão e de caracterização dos espaços geográficos dos rios Bacanga, e Anil, o ecossistema da Laguna da Janse também foi passível de investigação, dados considerados relevantes devido as fortes influencias diretas que estes sistemas promovem no ecossistema desta praia, visto que deságuam em seu estuário. Algumas dúvidas sugiram no manuseio de alguns instrumentos, principalmente no uso do anemômetro e do termo- higrômetro, decorrentes de analises que geraram duplas interpretações e possíveis falhas na captação de dados, riscos que foram sanados posteriormente com ajuda de pesquisas,

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anotações e informações que garantiram uma observação mas precisa e imprescindível para que tudo ocorresse de forma legível e coesa.

AQUISIÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES

Dados Coletados com Equipamentos em Loco:

COLETA DE CAMPO

PONTOS GPS ANEMÔMETROTERMO –

HIGRÔMETRO

TERMÔMETRO

DE SOLO

011 N: 29º41’03,1”

H: 60°48’33.1”

0,36 m/s 35,5º c *********

012 S: 2º29’58.6”

H: 044°18’44.1”

0,07 m/s 35,5º c *********

Fonte: coleta de pesquisa

Dados Coletados com GPS: Ponto n° 01:

AQUISIÇÃO DO PONTO 011

Elevação 13 m

Hora 10 : 40

Coordenadas N : 29° 41’ 03.1”

Coordenadas H : 60° 48’ 33.1”

Ventos 0,36 m/s

Umidade 59%

Temperatura Relativa do Ar 35.5°C

Norte Cent. de Atend. ao Banhista

Sul Espigão e Ilha do Meio

Leste Quiosques

Oeste Mar

Fonte: coleta de pesquisa

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Dados Coletados com GPS: Ponto n° 02:

AQUISIÇAO DE PONTO 012

Elevação 33 m

Hora 13;05

Coordenadas S: 02° 29’ 58.6”

Coordenadas H: 044° 18’ 44.1”

Ventos 0,07 m/s

Umidade 35%

Temperatura Relativa do Ar 59° C

Norte Hotel Praia Mar

Sul Espigão e Ilha do Meio

Leste Cond. Trindade

Oeste Mar

Fonte: coleta de pesquisa

DADOS COLETADOS COM O USO DE UM GPS

Visualização do Ponto n° 01 – 011

Orientação: Norte Orientação:Sul

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Orientação: Leste Orientação: Oeste

Visualização do Ponto n° 02 – 012

Orientação: Norte Orientação: Sul

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Orientação: Leste Orientação: Oeste

Levantamento do PH da Água da Praia Ponta D’areia:

VERIFICAÇÃO DO PH DA ÁGUA

PONTA D’AREIA

1º PONTO 09:24 7.4/8.2 Próximo ao Restaurante kitaro

2º PONTO 09:36 7.4/8.2 Próximo a Laguna da jansen

3º PONTO 09:45 7.6/8.6 Próximo a central do banhista

Fonte: coleta de trabalho

Dados Meteorológicos:

Região nordeste – 17/10/2011 – sol e poucas nuvens com possibilidades de pancadas de chuvas durante o dia.

Fonte: www.jornaldotempo.uol.com.br

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Representação gráfica do pH da água na praia da ponta da areia:

Fonte: Coleta de trabalho

Dados meteorológicos de São Luis :

DADOS METEOROLÓGICOS DE SÃO LUIS

Hora 14:00 13:00 12:00 11:00

Temperatura 31,4° C 31,5° C 31,1° C 30,6° C

Pressão 1001.6hpa 1002.6hPa 1003.6hpa 1004.5hpa

Umidade 65% 63% 66% 68%

Sensação Termica 31° C 31° C 31° C 30° C

Visibilidade 9989 9999 9999 9988

Direção do Vento13km/h

NE

13km/h

ENE13km/h ENE 10km/h NE

Indice UV1%

minimo

1%

minimo

1%

minimo1% minimo

Intensidade do Vento 28 nós 29 nós 29 nós 30 nós

CondiçõesNuvens

Esparsas

Nuvens

Esparsas

Nuvens

Esparsas

Nuvens

Esparsas

Fonte: www.santa_isabel.tripod.com – as 16:31 hs – data: 09/11/2011

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Dados Meteorológicos da Ponta D’ areia:

DADOS METEOROLÓGICOS DA PONTA D’ AREIA

Temperatura Relativa do Ar Minima de 24° C Maxima de 33° C

Temperatura da água Minima de 18° C Maxima de 27 ° C

Onda 4 metros Sentido NNE

Velocidade do Vento 22 km/L Sentido ENE

IUV 12 /12

Fonte: www.jornaldotempo.com – as 16: 56 – data: 09/11/2011

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VISUALIZAÇÃO FOTOGRAFICA DOS PONTOS MARCADOS POR GPS NA

REGIAO DA PONTA D’ AREIA

Fonte: google Earth

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VISUALIZAÇÃO DO MAPA CARTOGRAFICO DA REGIÃO DA PONTA D’ AREIA

Fonte: google maps

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CONSIDERACOES FINAIS

O estuda do espaço geográfico, é de suma importância nas representações do espaço físico, embora seja difícil de analisá-lo dentro de seu porte real. Esta função é destinada à cartografia, a qual tem por objetivo retratar a realidade em que o homem vive utilizando-se dos mapas enquanto instrumento de representação. Assim, a cartografia, enquanto meio de análise, pode contribuir de modo aprofundado para pesquisas ambientais, buscando refletir sobre esta temática e auxiliar na formação de visões e ações cada vez mais críticas entre a relação sociedade - espaço. Sendo assim, apresentam-se experiências e considerações sobre a importância da cartografia e sua aplicação em análises ambientais, abordando aspectos relacionados às contribuições que esta ciência proporciona. Diante deste enfoque e das observações gerais, verificam-se perspectivas de análises específicas para fins determinados, pois são consideradas que a cartografia proporciona possibilidades múltiplas na representação do planeta.

Diante do trabalho realizado, pode-se afirmar que a coleta de pontos para a cartografia pode e deve ser utilizada em muitas pesquisas, bem como nas análises ambientais, como para um processamento de dados mais exatos e coesos, limitado a margem de erros a quase zero, o geoprocessamento de dados é uma ferramenta sistemática que usa programas de computador para coleta informações, interpretar dados e tomar decisões, fato este que enriquece e amplia o conhecimento de áreas específicas, sejam elas para fins diversos, com objetivos múltiplos, como exemplo podemos citar o seu uso, no sensoriamento remoto de uma área em deterioração ou na ação ou prevenção de um desequilíbrio ecológico, nas navegações marítimas, aéreas e terrestres, monitoramento de áreas selvagem, agricultura de precisão, avaliação de recursos naturais, entre outras. Portanto o sistema de geoprocessamento de dados, facilitar a pesquisa, a analise, a vivencia de situações e tentar resolvê-las requer ferramentas que facilitem o trabalho e uma delas é a cartografia.

Em suma o crescente desenvolvimento comercial, hoteleiro e residencial na área da ponta da areia, promoveu a transformação do paisagismo e do relevo da mesma, logo a interferência na dinâmica natural trás consigo a degradação, fragilizando ainda mais o ecossistema praial. Dessa forma é necessário investir cada vez mais em políticas publicas de uso e ocupação racional do solo em relação às áreas de ecossistemas frágeis do estuário e o meio costeiro deste local, para que o processo de degradação da praia não seja acelerado. Em síntese cabe aos especialistas ambientais, gestores públicos e privados, promover o equilíbrio entre os investimentos financeiros e os ecológicos, para assim desenvolver nos mesmos competência resilientes e mitigatorias, buscando ainda a conservação, proteção e preservação ambiental em áreas que necessitam de cuidados constantes.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DILLENBURG, S.R;

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C.R. de G;

Souza et al. (eds.). Quaternário do Brasil. Holos, Editora, Ribeirão Preto (SP). p.

130-152.

SOUZA, C.R. de G., HIRUMA, S.T., SALLUN, A.E.M., RIBEIRO, R.R. & AZEVEDO

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CLAUDINO-SALES, V. Sistemas e Análise ambiental: Abordagem Crítica. Revista GEOUSP – Espaço e Tempo. 16: 125-141, São Paulo: 2004.

DANTAS, E. W. C. Cidades Litorâneas Marítimas Tropicais: Construção da Segunda Metade do Século XX, Fato no Século XXI. In: SILVA,J.B.; LIMA, L.C.

DANTAS, E.W.C. Panorama da Geografia Brasileira II. São Paulo: Annablume, 2006 FEITOSA, A.C. e CHRISTOFOLETTI, A. A caracterização geomorfológica das praias do litoral norte do município de São Luís-MA. In: Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 5. São Paulo, 1993.p231/236.

FEITOSA, A.C. Evolução morfogenética do litoral norte da ilha do Maranhão. Rio Claro, Unesp. 1989.

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SANTOS, J.H.S. dos. Levantamento preliminar dos problemas ambientais de uma zona litorânea de São Luís-MA, 1993.

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