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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO ADSON AISLAN NOVAES BALBINO ALBERTO FREDERICO SALUME COSTA PROJETO GEOMÉTRICO: ELEMENTOS HORIZONTAIS E VERTICAIS VITÓRIA JULHO, 2010.

Relatório do projeto geométrico

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Page 1: Relatório do projeto geométrico

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO

ADSON AISLAN NOVAES BALBINO ALBERTO FREDERICO SALUME COSTA

PROJETO GEOMÉTRICO: ELEMENTOS

HORIZONTAIS E VERTICAIS

VITÓRIA JULHO, 2010.

Page 2: Relatório do projeto geométrico

ADSON AISLAN NOVAES BALBINO ALBERTO FREDERICO SALUME COSTA

PROJETO GEOMÉTRICO: ELEMENTOS HORIZONTAIS E VERTICAIS

VITÓRIA JULHO, 2010.

Projeto geométrico de uma via, contendo seus elementos horizontais e verticais, a partir dos dados do estudo de tráfego feito anteriormente, apresentado ao professor Daniel Pereira Silva, da disciplina de Projeto de Vias e Terminais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES, para obtenção de pontos para aprovação parcial no sétimo semestre do Curso Técnico de Infra-Estrutura de Vias de Transportes e Estradas.

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SUMÁRIO

SUMÁRIO ........................................................................................................... I

LISTA DE FIGURAS................................... ....................................................... II

LISTA DE TABELAS ................................... ..................................................... III

1.0 - INTRODUÇÃO........................................................................................... 1

2.0 – ELEMENTOS HORIZONTAIS ........................ .......................................... 3

3.0 – ELEMENTOS VERTICAIS .......................... .............................................. 8

4.0 – CONCLUSÃO .................................... ..................................................... 13

REFERÊNCIAS................................................................................................ 14

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - CLASSIFICAÇÃO DA RODOVIA QUANTO ÀS CONDIÇÕES TÉCNICAS. ............. 1

FIGURA 2- CURVAS DE NÍVEL DA REGIÃO DA RODOVIA. ............................................. 3

FIGURA 3 - PRIMEIRA ALTERNATIVA DE TRAÇADO, EM AZUL. ...................................... 3

FIGURA 4 - SEGUNDA ALTERNATIVA DE TRAÇADO, EM PRETO. ................................... 4

FIGURA 5 - TERCEIRA ALTERNATIVA DE TRAÇADO, EM MAGENTA................................ 4

FIGURA 6 - QUARTA ALTERNATIVA DE TRAÇADO, EM VERMELHO. ............................... 4

FIGURA 7 - TRAÇADO FINAL DA RODOVIA. ................................................................ 5

FIGURA 8 - DETALHE DA CURVA DE TRANSIÇÃO........................................................ 6

FIGURA 9- DETALHE DA PRIMEIRA CURVA SIMPLES. .................................................. 7

FIGURA 10 - DETALHE DA SEGUNDA CURVA SIMPLES................................................ 7

FIGURA 11 - PERFIL DO TERRENO NATURAL............................................................. 8

FIGURA 12 - GREIDE INICIAL DA RODOVIA CONSIDERANDO-SE APENAS OS PIVS.......... 9

FIGURA 13 - DETALHE DA PRIMEIRA CURVA VERTICAL. ........................................... 10

FIGURA 14 - DETALHE DA SEGUNDA CURVA VERTICAL. ........................................... 11

FIGURA 15 - DETALHE DA TERCEIRA CURVA VERTICAL. ........................................... 11

FIGURA 16 - DETALHE DA QUARTA CURVA VERTICAL. ............................................. 12

FIGURA 17 - PERFIL LONGITUDINAL DO TERRENO (VERDE) E O GREIDE DA PISTA

(VERMELHO). ............................................................................................... 12

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1- DADOS DA CURVA DE TRANSIÇÃO. .......................................................... 6

TABELA 2 - QUADRO DE INCLINAÇÕES DAS QUATRO CURVAS VERTICAIS. .................... 9

TABELA 3 - CORDAS MÁXIMAS DAS CURVAS VERTICAIS. ............................................ 9

TABELA 4 - FLECHAS DA PRIMEIRA CURVA VERTICAL. ............................................. 10

TABELA 5 - FLECHAS DA SEGUNDA CURVA VERTICAL. ............................................. 11

TABELA 6 - FLECHAS DA TERCEIRA CURVA VERTICAL.............................................. 11

TABELA 7- FLECHAS DA QUARTA CURVA VERTICAL. ................................................ 12

Page 6: Relatório do projeto geométrico

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1.0 - Introdução

O projeto geométrico sucede os estudos preliminares de tráfego, traçado,

topográfico, hidrológico, geológico e ambiental. Ele define os elementos

horizontais, verticais e transversais da via a ser projetada.

Os elementos horizontais são o traçado e as curvas da faixa de rolamento,

sendo representados em planta. Os elementos verticais são o perfil do terreno

e o greide da pista, com as curvas verticais côncavas e convexas. Já os

elementos transversais são representados em seções e definem os volumes de

corte e aterro da terraplanagem.

Tendo em vista as limitações de tempo e de didática, fez-se o projeto

geométrico somente com os elementos horizontais e verticais. Isso só foi

possível após a realização do estudo de tráfego, apresentado anteriormente

num relatório à parte, que definiu a classe da rodovia a partir do cálculo do

volume médio diário anual (VMDa) de veículos para a pista projetada.

A rodovia idealizada que compõe este projeto se localiza numa região

qualquer, cujo relevo é tipicamente montanhoso. O horizonte de projeto é de 10

anos, contados a partir de 2012, que é o ano de abertura (inauguração) da

rodovia. Os autores preferiram, por conveniência didática, não criarem nomes

para as cidades de origem e destino da rodovia, tampouco nome da mesma.

Importa que ela parta de uma região A e vai até B. Como o ano de inauguração

da via é 2012, o horizonte de projeto é o ano de 2022.

Figura 1 - Classificação da rodovia quanto às condi ções técnicas.

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A partir da contagem volumétrica de veículos e das projeções estatísticas para

o horizonte de projeto, obteve-se um VMDa igual a 566 veículos. Para

classificar-se a rodovia estudada, consulta-se a tabela acima, expressa nas

normas técnicas do DNIT. De acordo com ela, esta rodovia pode ser

classificada como sendo da classe de projeto III, caracterizada por pista

simples, com VMD entre 300 e 700, como foi calculado.

Diante disso, apresenta-se a seguir o relatório do projeto geométrico. Em

anexo, encontram-se as pranchas de desenho em formato .dwg contendo a

planta, perfil do terreno e greide de cada estaca.

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2.0 – Elementos horizontais

Os elementos horizontais são aqueles representados em planta. Inicialmente,

recebeu-se o arquivo .dwg contendo as curvas de nível da região da rodovia,

cuja ilustração está abaixo.

Figura 2- Curvas de nível da região da rodovia.

A partir disso, devia-se estabelecer o melhor traçado para a via. Assim,

fizeram-se quatro alternativas de traçado, que são apresentadas a seguir.

Figura 3 - Primeira alternativa de traçado, em azul .

Page 9: Relatório do projeto geométrico

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Figura 4 - Segunda alternativa de traçado, em preto .

Figura 5 - Terceira alternativa de traçado, em rosa .

Figura 6 - Quarta alternativa de traçado, em vermel ho.

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A alternativa quatro foi adotada como traçado definitivo, já que possuía

menores ângulos de deflexão e, portanto, teria curvas com raios maiores, o que

aumenta o conforto e a segurança do tráfego. Também passa melhor entre as

curvas de nível, possuindo menores rampas, sendo o limite, para a classe III,

de 8,0% de rampa máxima, além de economizar os gastos com movimentação

de terra.

Com o traçado adotado, partiu-se para o estaqueamento. Após isso, fez-se

concordância das curvas. Para tanto, obrigatoriamente deveria haver uma

curva de transição ao menos, mesmo que não fosse preciso. Nota-se que as

curvas de transição devem ser adotadas quando o raio for menor que 600

metros. Também se demarcou a faixa de domínio, que dista 40 metros em

relação ao eixo, além da faixa de acostamento, que é de 1,50 metros. Assim,

gerou-se o desenho final, que está representado abaixo:

Figura 7 - Traçado final da rodovia.

A rodovia possui comprimento total de 3652,54 metros, saindo da estaca 0 até

a estaca 182 + 12,54. Foram projetadas três curvas, sendo duas circulares

simples e uma circular com transição em espiral. A primeira curva do traçado é

a com transição em espiral. Ela possui os seguintes pontos notáveis:

• TS � Estaca 53 + 19,01;

• SC � Estaca 55 + 19,10;

• CS � Estaca 75 + 2,81;

• ST � Estaca 77 + 2,90.

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Figura 8 - Detalhe da curva de transição.

Os demais elementos da curva de transição são apresentados na tabela a

seguir:

Tabela 1- Dados da curva de transição.

Ponto Valor Unidade

R 550 metros Lc 40 metros Sc 0,036 rad Xc 0,479956 metros Yc 39,99482 metros q 20,19909 metros p 0,123594 metro T 243,1213 metros

AC 0,77 rad D 423,5 metros

A segunda curva é circular simples e está ilustrada a seguir. Sua estaca de PC

é 80 + 19,66 e a de PT é 102 + 9,64.

Page 12: Relatório do projeto geométrico

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Figura 9- Detalhe da primeira curva simples.

Essa primeira curva simples possui raio de 800 metros, desenvolvimento de

429,28 metros e ângulo central igual a 30°47’42’’.

A terceira curva também é circular simples, com estacas de PC igual a 127 +

2,60 e de PT igual a 163 + 8,19. Possui raio de 800 metros, desenvolvimento

de 725,59 metros e ângulo central igual a 51°57’59’ ’.

Figura 10 - Detalhe da segunda curva simples.

Page 13: Relatório do projeto geométrico

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3.0 – Elementos verticais

O traçado do perfil longitudinal se faz a partir do traçado horizontal da estrada e

das curvas de nível. Antes de se fazer o perfil do greide da estrada, deve-se

fazer o perfil do terreno natural onde se quer fazer a rodovia. Tal perfil se faz

calculando a cota de cada estaca do projeto da rodovia, com base nas curvas

de nível.

Este cálculo foi feito, no caso deste trabalho, com o recurso do software Excel,

em uma simples planilha inteligente que calculava uma proporção básica

(“regra de três”) entre a diferença de nível (DN) entre duas curvas de nível

consecutivas (5m) e a distância entre elas e a distância entre as estacas (20m),

para se descobrir a diferença de nível entre as estacas, e assim obter a cota de

cada estaca da rodovia. Feito isso, foi possível obter as coordenadas do ponto

referente à cada estaca no terreno natural, sendo a coordenada “x” a distância

acumulada da estaca, em metros, e a estaca “y” a cota da estaca multiplicada

por 10, uma vez que a escala do eixo das ordenadas deve ser maior que a

escala do eixo das abscissas.

Após lançadas as coordenadas no AutoCAD, fez-se o perfil do terreno, cujo

resultado se encontra abaixo:

Figura 11 - Perfil do terreno natural.

Feito o perfil do terreno natural, traçou-se o greide da estrada, respeitando-se

as condições que a classe da rodovia impõe, nesse caso classe III, colocando-

se os PI’s em estacas inteiras para facilitar os cálculos. Tais condições são:

distância de visibilidade parada (45m) e a inclinação máxima (8%).

Page 14: Relatório do projeto geométrico

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Figura 12 - Greide inicial da rodovia considerando- se apenas os PIVs.

Também de acordo com a classe, o parâmetro k, para curva convexa, é igual a

5, e para curva côncava, igual a 7. Para calcular a corda máxima de cada uma

das quatro curvas, é necessário usar, além desses parâmetros, a diferença

entre as inclinações (j) em cada curva, com a fórmula que segue abaixo:

21 iiij −=∆=

Calculando as inclinações através da fórmula, os resultados obtidos foram:

Tabela 2 - Quadro de inclinações das quatro curvas verticais.

Rampa Variação de i (%)

j1 0,0509

j2 0,0608

j3 0,0643

j4 0,0244 Tendo-se o parâmetro k e a diferença entre as inclinações (j), foi possível

calcular a corda máxima (L) mínima, usando a fórmula abaixo:

kjLmín ⋅⋅= 100

Calculando a corda máxima mínima de cada curva através da fórmula, obteve-

se o seguinte resultado:

Tabela 3 - Cordas máximas das curvas verticais. Lmin

Obtido Adotado

Lmín1 35,63 40

Lmín2 30,4 40

Lmín3 45,01 50

Lmín4 12,2 40

Page 15: Relatório do projeto geométrico

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Como a corda máxima de cada curva deve ter no mínimo 40 metros, as cordas

que não tiveram esse resultado foram automaticamente adotadas como 40

metros.

Tendo o valor da corda máxima de cada curva, foram calculadas as flechas

máximas e flechas intermediárias de cada curva, utilizando as fórmulas abaixo:

Flecha máxima: 8

LjFmáx

⋅=

Flecha Intermediária: L

xjf

⋅⋅=

2

2

Sendo “x” a distância do PCV ou PTV (dependendo do ramo da curva) do

ponto que se quer calcular a flecha.

Com as equações acima, foi possível calcular as flechas das curvas e, assim,

traçar o greide final. Abaixo, segue o resultado das flechas e o traçado final do

greide de cada curva:

Para a primeira curva, sendo a flecha intermediária (F) igual a 2,55, tem-se:

Tabela 4 - Flechas da primeira curva vertical.

Do PCV Do PTV

f1 0, 16 f1 0,16

f2 0, 64 f2 0,64

f3 1,43 f3 1,43

Figura 13 - Detalhe da primeira curva vertical.

Page 16: Relatório do projeto geométrico

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Para a segunda curva, sendo a flecha intermediária (F) igual a 3,04, tem-se:

Tabela 5 - Flechas da segunda curva vertical.

Do PCV Do PTV

f1 0,19 f1 0,19

f2 0,76 f2 0,76

f3 1,71 f3 1,71

Figura 14 - Detalhe da segunda curva vertical.

Para a terceira curva, sendo a flecha intermediária (F) igual a 4,0188, tem-se:

Tabela 6 - Flechas da terceira curva vertical.

Do PCV Do PTV

f1 0,1608 f1 0,1608

f2 0,643 f2 0,643

f3 1,4468 f3 1,4468

f4 2,572 f4 2,572

Figura 15 - Detalhe da terceira curva vertical.

Page 17: Relatório do projeto geométrico

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Para a quarta curva, sendo a flecha intermediária (F) igual a 1,22, tem-se:

Tabela 7- Flechas da quarta curva vertical.

Do PCV Do PTV

f1 0,07625 f1 0,07625

f2 0,305 f2 0,305

f3 0,68625 f3 0,68625

Figura 16 - Detalhe da quarta curva vertical.

Desse modo, obteve-se o perfil longitudinal e o greide da pista ilustrados

abaixo, que também se encontram em anexo.

Figura 17 - Perfil longitudinal do terreno (verde) e o greide da pista (vermelho).

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4.0 – Conclusão

Os objetivos estabelecidos para este trabalho foram atingidos. O método

utilizado, descrito anteriormente, mostrou-se eficiente, tanto que, em anexo,

encontram-se as pranchas de desenho geradas aplicando-se tal método.

Diante das limitações impostas pelo tempo, não foi possível avançar e

completar o projeto geométrico com os elementos transversais. Porém, mesmo

com essa dificuldade, o resultado, que contempla os elementos horizontais e

verticais, foi suficiente.

Page 19: Relatório do projeto geométrico

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REFERÊNCIAS

1. SILVA, Daniel Pereira. Projeto de Vias e Terminais . Centro Federal de

Educação Tecnológica do Espírito Santo. Disponibilizado por correio

eletrônico em 22 de abril de 2010.