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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2013 PORTO ALEGRE/RS Relatório FPP nº 05/13 FEVEREIRO/2014 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR · apresentação das demonstrações contábeis da Entidade para planejar os ... A Fundação Projeto Pescar promove

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2013

PORTO ALEGRE/RS Relatório FPP nº 05/13

FEVEREIRO/2014

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR

FPP 05/13

Rua André Puente, 238 – 90035-150 – Porto Alegre/RS – Brasil

Fone: 55 51 3311.8555 – Fax: 55 51 3311.4804 – www.juenemann.com.br 2

S U M Á R I O

1 - RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES ........................................................ 3

2 - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em Reais) .......... 6

3 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 ............................................................................................................................................ 7

4 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 ..................................................................................................... 7

5 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 ....................................................................................................................................................... 8

6 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 .................................................................................................................. 9

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1 - RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Ilmos. Srs. Diretores da

FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR

Examinamos as demonstrações contábeis da FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR, que compreendem o

balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado do

período, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data,

assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração pelas demonstrações contábeis

A Administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas

demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles

internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis

livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base

em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas

normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e

executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres

de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a

respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos

selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção

relevante das demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa

avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada

apresentação das demonstrações contábeis da Entidade para planejar os procedimentos de auditoria

que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia

desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das

práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem

como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

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Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa

opinião de auditoria.

Opinião dos Auditores

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos

os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR em 31

de dezembro de 2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício

findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Outros Assuntos

As demonstrações do exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foram por nós auditadas, com

emissão de relatório dos auditores independentes sem ressalva, datado em 08 de fevereiro de 2013.

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2014.

Juenemann & Associados Paulo Rogério Martinez Nunes Auditores e Consultores Contador CRC/RS 052469/O-2

CRC/RS nº 1.979 Sócio Responsável

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

EM 31/12/2013

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FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR 2 - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em Reais) ATIVO 2.013 2.012 Circulante Disponibilidades 10.773 101.518 Aplicações Financeiras (nota 4) 305.365 388.691 Contribuições a Receber (nota 5) 227.458 114.868 Contas a Receber - 4.031 Adiantamentos 25.155 11.768 Impostos a Recuperar 20 Despesas Antecipadas 2.273 2.041 Total do Ativo Circulante 571.044 622.917 Ativo não Circulante Aplicações Financeiras (nota 4) 3.097.852 2.871.101 Investimentos (nota 6) 981.362 981.362 Imobilizado (nota 7) 108.237 143.745 Intangível 20.153 31.650 Total do Ativo Não Circulante 4.207.604 4.027.858 Total do Ativo 4.778.648 4.650.775

PASSIVO 2.013 2.012 Circulante Prestadores de Serviços a Pagar 1.725 10.185 Obrigações Trabalhistas e Sociais (nota 8) 37.225 31.490 Obrigações Tributárias (nota 9) 16.770 19.555 Provisão de Férias e Encargos 144.737 69.373 Contas a Pagar 2.709 1.300 Total do Passivo Circulante 203.166 131.903 Passivo não Circulante Fundo de Sustentabilidade (nota 11) 3.101.788 2.875.101 Total do Passivo Não Circulante 3.101.788 2.875.101 Patrimônio Líquido (nota 12) Patrimônio Social 1.631.572 1.631.572 Superávit/(Déficit) Acumulados (157.878) 12.199 Total do Patrimônio Social 1.473.694 1.643.771 Total do Passivo 4.778.648 4.650.775

(As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis)

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FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR 3 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em Reais)

2.013 2.012 Receitas de Doações (nota 13.a) Doações de Mantenedores Institucionais 763.429 684.203 Doações de Mantenedores da Rede Pescar 1.486.674 1.449.973 Outras Doações 118.788 114.952 Doações de Trabalho Voluntário 45.169 - Receita Operacional da Atividade 2.414.060,00 2.249.128 Trabalho Voluntário – Fundação Projeto Pescar (45.169) - Unidade Pescar – Funcriança (93.901) (36.408) Despesas com Pessoal (nota 14.a) (2.032.163) (1.860.189) Despesas com Funcionamento (nota 14.b) (808.753) (811.891) Despesa Operacional da Atividade (2.979.986) (2.708.488) Despesas Financeiras

(7.578)

(19.487)

Receitas Financeiras 33.287 40.681 Resultado Financeiro 25.709 21.194 Outras Receitas e Despesas Operacionais (nota 15) 370.141 450.365 Outras Receitas e Despesas Operacionais 370.141 450.365 Superávit/(Déficit) do Exercício (170.076) 12.199 4 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em Reais)

Patrimônio Social

Fundo Patrimonial

Superávit/(Déficit) Acumulados Total

Saldos em 31/12/11 3.702.623 14.525 568.050 4.285.198 Transferências (2.071.051) (14.525) (568.050) (2.653.626) Superávit do Exercício - - 12.199 12.199 Saldos em 31/12/12 1.631.572 - 12.199 1.643.771

(Déficit) do Exercício - - (170.076) (170.076) Saldos em 31/12/13 1.631.572 - (157.878) 1.473.695

(As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis)

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FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR

5 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Em Reais)

2.013 2.012 Atividades Operacionais Resultado do Exercício (170.076) 12.199 Ajustes para Conciliação com Caixa Depreciação e amortização 78.376 88.438 Reversão de Depreciação de Imobilizado Baixado - (27.243) (91.700) 73.394 (Aumento) Redução do Ativo Contribuições a Receber (112.590) 21.812 Contas a Receber de Venda de Imobilizado 4.031 (4.031) Adiantamentos (13.387) 4.018 Impostos a Recuperar (20) 15 Despesas Antecipadas (232) (2.041) (122.198) 19.773 Aumento (Redução) de Passivo Fornecedores (8.460) 5.625 Obrigações Trabalhistas e Sociais 5.735 (10.379) Obrigações Tributárias (2.785) 19.392 Provisão para Férias e Encargos 75.364 (2.649) Contas a Pagar 1.408 (18.004) Fundo de Sustentabilidade (65) 4.000 71.198 (2.015) Caixa Gerado nas Operações (142.700) 91.152 Atividades de Investimentos Aquisições de Imobilizado (29.371) (17.139) Baixas de Imobilizado 40.060 Aquisições de Intangível (2.000) (808) Caixa Aplicado nas Atividades de Investimentos (31.371) 22.113 Aumento (Redução) de Caixa ou Equivalentes de Caixa (174.071) 113.265 Caixa ou Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 490.209 376.944 Caixa ou Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 316.138 490.209

(As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis)

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FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR 6 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A “FUNDAÇÃO PROJETO PESCAR” é uma entidade de assistência social, sem fins lucrativos, que sob a inspiração de GERALDO TOLLENS LINCK, foi instituída pela LINCK S.A. - EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS E INDUSTRIAIS, adiante designada Fundadora, através de Escritura Pública lavrada pelo 6º Tabelionato da Comarca de Porto Alegre - RS, aos 02 (dois) dias do mês de agosto de 1995, de acordo com o artigo 24 e seguintes do Código Civil Brasileiro, regendo-se pelo presente estatuto e pela legislação pertinente. A Entidade foi declarada de Utilidade Pública Municipal pela Lei n.º 10.052, de 22 de setembro de 2006, Utilidade Pública Estadual pela Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Estado do Rio Grande do Sul, através do título de n.º 002198 e certidão de registro n.º 311538 e de Utilidade Pública Federal, conforme Portaria nº 1522 de 08/11/2002, publicado no D.O.U. de 11 de novembro de 2002. Tem como finalidade participar do cumprimento da função social inerente à empresa, seja da fundadora, seja das sociedades que vierem a aderir ao Projeto Pescar, a qual consiste no oferecimento de oportunidade em trabalhos educativos, visando assegurar aos adolescentes que dele participem condições de capacitação para o exercício de atividade profissional remunerada, competindo-lhe:

a) Colaborar com o processo de resgate de cidadania dos adolescentes que se encontrem, por sua origem sócia econômica, em situação de risco pessoal ou social, mediante a criação de instituições ou órgãos de trabalho educativo, voltados à integração ao mercado de trabalho;

b) Disseminar o Projeto Pescar, fomentando a criação e o aperfeiçoamento de outras entidades ligadas ao empresariado nacional com a mesma finalidade, prestando-lhes apoio e assessoramento;

c) Desenvolver ações que visem à promoção da integração ao mercado de trabalho de jovens em situação de vulnerabilidade social, ao mercado de trabalho;

d) Promover projetos sociais e culturais voltados a comunidades de baixa renda e pessoas em situação de vulnerabilidade social, ao mercado de trabalho.

A Fundação Projeto Pescar promove a integração de Jovens em situação de vulnerabilidade social ao mundo do trabalho, de conformidade com a LOAS e a Política Nacional de Assistência Social, visando a inserção, manutenção e ascensão do adolescente e jovem ao mundo do trabalho. Todos os cursos socioprofissionalizantes são gratuitos, garantindo qualificação técnica e conhecimentos específicos, habilidades e atitudes, para adolescentes com idades entre 16 e 19 anos, em situação de risco ou vulnerabilidade social e com baixa escolaridade.

No exercício de 2013 a Fundação Projeto Pescar atendeu, gratuitamente, 2.852 adolescentes e jovens, conforme gráfico abaixo. Este atendimento fortaleceu o protagonismo juvenil,

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despertando e aprimorando as competências básicas para o trabalho, através de conteúdos como ética, família, saúde, meio ambiente, empreendedorismo, relações humanas, educação financeira, comunicação e novas tecnologias. Com este tipo de ação a Fundação colabora no despertar dos jovens para o mundo do trabalho, demonstrando que é possível progredir para uma realidade diferente da que eles vivenciam em suas comunidades, impulsionando-os a uma postura diferenciada frente à vida. A partir dos cursos de capacitação, passam a exercer um papel ativo no próprio desenvolvimento, conquistando um perfil comportamental mais fortalecido para melhorarem a sua trajetória profissional.

CURSOS SOCIOPROFISSIONALIZANTES - 2013

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis da Entidade foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a legislação societária, os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e com as disposições aplicáveis às entidades sem finalidade de lucros, em especial a Resolução CFC 1.409/12. A Entidade implementou os documentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - órgão responsável por emitir os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações de convergência com as normas internacionais de contabilidade. Assim, as políticas contábeis da Entidade, estão de acordo com as normas vigentes, especialmente em relação ao Pronunciamento Técnico CPC PME – Pequenas e Médias Empresas.

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3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações contábeis estão abaixo detalhadas. Essas políticas vêm sendo aplicadas de forma consistente em todos os exercícios apresentados. 3.1 Base de Preparação das demonstrações contábeis A elaboração das demonstrações contábeis requer a utilização de estimativas para o reconhecimento de certos ativos, passivos e outras transações e também o exercício de julgamento por parte da administração da Entidade no processo de aplicação das políticas contábeis. As demonstrações contábeis da Entidade incluem, portanto, estimativas que foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. Itens significativos sujeitos às estimativas incluem: a provisão para créditos de liquidação duvidosa, estimativas referentes à seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de análise de realização de ativos e a mensuração do valor justo de instrumentos financeiros, provisões necessárias para passivos contingentes e outras similares. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações contábeis devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. As informações sobre julgamentos críticos referentes às políticas adotadas que apresentam efeitos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações contábeis, bem como as estimativas e premissas utilizadas que apresentam probabilidade de causar algum ajuste nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social estão incluídas na Nota 5 – Contribuições a receber – e Nota 10 – Provisão para contingências.

a) Ativos Financeiros Os instrumentos financeiros mantidos pela Entidade, representados pelas disponibilidades e aplicações financeiras estão classificadas como investimentos mantidos até o vencimento e registrados pelo valor de custo acrescido dos rendimentos incorridos, que não é superior ao valor de mercado.

b) Ativos Circulantes e Não Circulantes Os ativos circulantes e não circulantes, são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, as variações monetárias auferidas, não excedendo seus correspondentes valores de realização.

c) Investimentos

O investimento registrado é demonstrado ao custo da doação recebida, em conformidades com a certidão do Sétimo Cartório de Família e Sucessões, homologada em 15 de março de 2006, de acordo com o mencionado na nota explicativa nº 6.

d) Imobilizado

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É demonstrado ao custo histórico de aquisição, menos a depreciação acumulada. A depreciação é calculada pelo método linear com base em taxas anuais de depreciação, mencionadas na nota explicativa nº 7. A Administração analisou as taxas de depreciação em uso e entendeu que as mesmas estão apropriadas em relação aos níveis de utilização dos ativos.

e) Intangível Sob este título estão registrados os bens relativos a aquisições de softwares, demonstrados pelo custo incorrido na aquisição, deduzidos do saldo da respectiva conta de amortização.

f) Passivos Circulantes e Não Circulantes São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas até a data do balanço, considerando a segregação entre curto e longo prazo, com base nos prazos dos vencimentos das respectivas obrigações.

g) Apuração do Resultado O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios, sendo observado o princípio da realização da receita e de confrontação das despesas.

h) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Por ser constituída e desenvolver suas atividades como entidade de direito privado sem fins lucrativos, prestando exclusivamente os serviços para os quais foi instituída, a Entidade possui isenção do Imposto de Renda e do recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro, conforme artigo nº 174 do decreto nº 3.000/99 e artigo nº 15 da Lei nº 9.532/97.

i) Demonstrações dos Fluxos de Caixa

A demonstração dos fluxos de caixa foi preparada e está sendo apresentada de acordo com o pronunciamento contábil CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

j) Demonstração do Resultado Abrangente

A demonstração do resultado abrangente não está sendo apresentada, uma vez que não existem itens que devessem ser tratados nesta demonstração.

4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS

2.013 2.012 Banrisul 882.265 690.527 Banco do Brasil 898.855 834.982 Caixa Federal 967.369 896.601

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HSBC 654.728 837.682 3.403.217 3.259.792

As aplicações financeiras estão compostas por aplicações em CDB – Certificado de Depósito Bancário, lastreados em CDI, com remuneração pós-fixada, no montante e em fundos de renda fixa com perfil conservador. São classificados como investimentos mantidos até o vencimento, uma vez que a Entidade tem intenção e capacidade de mantê-los até o vencimento. Desse montante, R$ 305.365 estão classificados no Ativo Circulante, enquanto que R$ 3.097.852 estão registrado no Passivo não Circulante, haja vista tratar-se da aplicação do Fundo de Sustentabilidade da entidade, que tem como finalidade a manutenção da mesma ao longo dos anos conforme mencionada na nota nº11.

5. CONTRIBUIÇÕES A RECEBER

O saldo de contribuições a receber é formado por valores a receber de doações efetuadas em dinheiro por mantenedores. As receitas de mantenedores institucionais são doações recebidas para o pagamento das despesas fixas do projeto e para a expansão de novas unidades da Entidade. As receitas de mantenedores Rede Pescar são doações recebidas para o pagamento de despesas pós-implantação do projeto nas empresas, o pagamento se dá por boleto bancário na forma de anuidade, dividida em parcelas mensais.

6. INVESTIMENTOS Em 15 de março de 2006, conforme certidão do Sétimo Cartório de Família e Sucessões foi homologada o auto de partilha do legado deixado em testamento pelo fundador da Entidade Sr. Geraldo Tollens Linck. A partilha correspondente à Entidade deu-se em 959.997 ações ordinárias, equivalentes a 8% das ações da sociedade Barlavento S/A. Em 31 de dezembro de 2013 as ações permanecem contabilizadas pelo valor declarado para fins do inventário, no montante de R$ 981.362.

7. IMOBILIZADO

2.012 Movimentação 2.013

Taxa de Depreciação

% ano Valor

Original Adições Baixas Transferências Valor

Original Máquinas e Equipamentos 10 22.804 0 0 0 22.804 Móveis e Utensílios 10 29.302 7.021 0 0 36.323 Veículos 25 53.669 0 0 0 53.669 Computadores e Periféricos 20 96.961 20.451 0 0 117.411 Equipamentos Eletrônicos 20 22.685 1.899 0 0 24.584

Computadores e Periféricos – Comodato 20 204.512 0 0 0 204.512 Depreciação Acumulada (286.188) (64.878) 0 0 (351.066) TOTAL 143.745 108.237

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8. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E SOCIAIS 2.013 2.012 Banco de Horas a Pagar 16.452 5.931 INSS a Recolher 7.178 8.330 FGTS a Recolher 11.733 17.173 Contribuição Sindical a Pagar 1.594 56 Saldo Salários a Pagar 268 37.225 31.490

9. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 2.013 2.012 IRRF a Recolher sobre Salários 16.532 19.373 IRRF Retido de Terceiros 208 167 ISSQN Retido a Recolher de Terceiros 30 15

16.770 19.555

10. CONTINGÊNCIAS A Entidade obteve êxito no processo que moveu relativo ao PIS – folha de pagamento, conforme Ação Ordinária nº 2008.71.00.028239-2/RS, ficando isenta do tributo em questão, através de decisão da Justiça Federal da 4ª região, em 28 de abril de 2009. Nas questões trabalhistas existe um processo de reclamação em andamento, que conforme análise do departamento jurídico da entidade tem pequenas chances de êxito da reclamante. Frente ao cancelamento, pelo MDS, do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS, este concedido pelo processo nº 440006.002752/2002-59, para o período de 27-09-2004 a 26-09-2007, a Fundação Projeto Pescar promoveu ação judicial nº 5008077-81.2012.4.04.7100 e recurso administrativo perante o MDS. A Receita Federal do Brasil, sem aguardar o desfecho judicial e do recurso administrativo, operou o lançamento de crédito tributário através do processo nº 11080.728623/2013 -47, exigindo o recolhimento da contribuição previdenciária patronal e relativo aos terceiros envolvendo o período de 01/01/2009 a 31/12/2012 no montante de R$ 2.014.749,34. A tais lançamentos a Fundação apresentou impugnações, as quais tramitam na Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Porto Alegre.

11. FUNDO DE SUSTENTABILIDADE Com base no que preconiza a Resolução CFC 1.409 de 21/09/2012 a Entidade tem registrado em seu Passivo não Circulante a importância de R$ 3.101.788 referente ao Fundo de Sustentabilidade da mesma, que servirá como lastro para a manutenção das atividades dela ao longo dos anos, estando a utilização desses, vinculado a critérios específicos e a prévia autorização do Conselho Curador. Em função dessa sistemática todo o rendimento financeiro das aplicações que lastreiam essa reserva deixa de ser registrado como receita financeira e passa a fazer parte do Fundo de Sustentabilidade.

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12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO O patrimônio líquido da Entidade está compreendido pelo patrimônio social e os resultados produzidos. Em caso de extinção da Entidade, seu patrimônio deverá ser revertido para uma entidade congênere no País, qualificada como organização de sociedade civil de interesse público, nos termos da Lei 9.790/99.

13. RECEITA OPERACIONAL DA ATIVIDADE As informações relacionadas ao cumprimento dos requisitos das isenções das contribuições sociais, conforme previsto nos decretos números 2.536 de 06 de abril de 1998 e 3.048 de 06 de maio de 1999 são as seguintes: a. Doações:

As doações em dinheiro e bens recebidas pela Entidade em 2013, de pessoas físicas e jurídicas, correspondem a R$ 2.387.055 (R$ 2.249.128 em 2012).

b. Trabalho Voluntário: Conforme determina a Resolução 1.409 do CFC que aprovou a ITG 2002 a entidade passou a reconhecer como receita o trabalho voluntário pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro, tendo esse valor totalizado em 2013 a importância de R$ 45.169,00.

c. Projetos de subvenções: A Entidade recebeu em projetos de subvenções em 2013 a importância de R$ 96.181,74, referente ao Funcriança, sendo os mesmos registrados inicialmente no passivo, e somente transferidos para receita, quando da realização das despesas previstas pelo convênio. Em 31/12/2013 todos os recursos recebidos já haviam sido utilizados e as prestações de contas entregues. Portanto, não havendo, nenhum saldo remanescente a devolver ou a realizar.

d. Apresentação dos Gastos para o Desenvolvimento da Atividade Assistencial Base para Apuração de % de Aplicação de Recursos 2.013 2.012 Receitas Totais 2.817.488 2.740.174 Despesas Totais com Atividade Assistencial (*) (2.987.564) (2.727.975) Percentual de Despesas em Relação à Receita 106,04% 99,55%

(*) As Despesas Totais com Atividade Assistencial da Entidade estão assim compostas:

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2.013 2.012 Trabalho Voluntário – Fundação Projeto Pescar (45.169) - Unidade Pescar – Funcriança (93.901) (36.408) Despesas com Pessoal (nota 14a) (2.032.162) (1.860.189) Despesas com Funcionamento (nota 14b) (808.753) (811.891) Despesas Financeiras (7.579) (19.487) (2.987.564) (2.727.975)

14. DESPESAS DAS ATIVIDADES

a. Despesas com Pessoal 2.013 2.012 Pessoal (1.132.406) (1.018.424) Férias e 13o Salário (247.797) (220.675) Assistência Médica (80.710) (62.997) Encargo Trabalhista (FGTS) (110.271) (91.238) Contribuição Previdenciária (354.573) (332.222) Outras Despesas com Pessoal (106.405) (134.633)

(2.032.162) (1.860.189)

b. Despesas com Funcionamento 2.013 2.012 Serviços de Terceiros, Consultorias e Assessorias (91.161) (95.002) Viagens e Deslocamento (221.978) (234.822) Materiais de Manutenção (34.071) (6.427) Comunicação e Publicidade (176.670) (125.709) Conservação e Manutenção (10.250) (6.903) Depreciação e Amortização (78.376) (88.438) Locações Diversas (58.035) (41.975) Alimentação (37.124) (134.497) Outras Despesas com Funcionamento (101.088) (78.118) (808.753) (811.891)

15 OUTRAS RECEITAS E (DESPESAS) OPERACIONAIS 2.013 2.012 Dividendos Recebidos 15.520 99.246 Isenções de INSS 354.573 332.222 Venda de Ativo Imobilizado - 1.500 Rec. Indenização – seguro - 30.214 Custo baixa do imobilizado - (12.817) Outras receitas 48 -

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370.141 450.365 A Entidade passou a reconhecer o encargo com INSS como despesa operacional da atividade, como demonstrado na nota 14 – A e que, em razão da isenção obtida, demonstra a contrapartida como outras receitas operacionais.

16. SEGUROS CONTRATADOS Os valores segurados são determinados e contratados com bases técnicas e são considerados suficientes para a cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros com bens do ativo permanente. As coberturas contratadas estão demonstradas a seguir:

Cobertura Prédios, Móveis e Utensílios, Equipamentos e Periféricos

Incêndio, Raio e Explosão (Básica) 658.562, Vendaval, Granizo, Impacto de Veículos 57.953 Danos Elétricos, Roubo, Furto Qualificado entre Outros 42.148 Responsabilidade Civil – Operações 63.222 Coberturas de 6 Meses em Decorrência da Básica - Aluguel 52.685 Vidro, anúncio luminosos 8.430 Despesa Fixas decorrentes da básica 79.028 Roubo/Furto 52.685 Equipamentos Eletrônicos 10.537 Valor Total das Coberturas Contratadas Individualmente 1.025.250

Cobertura Veículos Cobertura do casco 110% Tabela FIPE Danos materiais e terceiros 1.000.000 Danos corporais e terceiros 2.000.000 APP – Morte por passageiro 100.000 APP – Invalidez por passageiro 100.000 Valor Total das Coberturas Contratadas Individualmente 3.200.000

17. REMUNERAÇÃO DO PESSOAL-CHAVE DA ADMINISTRAÇÃO O pessoal-chave da administração engloba os conselheiros fiscais, diretores e membros do Conselho Curador da Entidade. Os membros do Conselho Fiscal e Conselho Curador realizam seu trabalho de forma voluntária e gratuita. A remuneração paga ou a pagar aos gestores, por serviços de empregados, está apresentada a seguir:

2.013 2.012 Salários e outros benefícios de curto prazo, a empregados 394.531 367.701