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RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO 2014 CCAM ZONA DO PINHAL

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RELATÓRIO E CONTAS

EXERCÍCIO

2014

CCAM

ZONA DO PINHAL

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CCAM

ZONA DO PINHAL

RELATÓRIO E CONTAS

EXERCÍCIO

2014

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ÍNDICE

I - Enquadramento Macroeconómico 6

II - Evolução do Mercado Bancário 13

III - Crédito Agrícola – Evolução Recente 16

IV - Caixa da Zona do Pinhal – Relatório e Contas 20

Proposta de Distribuição de Resultados 26

V - Estrutura e Práticas de Governo Societário 27

Politica de Remuneração os Órgãos Gestão e Fisc. 31

Relatório de Avaliação da Politica de Remuneração 37

VI - Relatório do Conselho Geral e de Supervisão 40

VII - Relatório da Comissão para as Matérias Financeiras 45

VIII - Demonstrações Financeiras 49

Anexo às Demonstrações Financeiras 55

Certificação Legal das Contas 86

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RELATÓRIO E CONTAS

EXERCÍCIO

2014

O Conselho de Administração

Executivo da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo da Zona do Pinhal, CRL,

contribuinte 501292748, com sede na

Praça da República, n.º 31 na Vila da

Sertã, no cumprimento da obrigação de

informar as autoridades, os seus

associados e clientes e o público em geral,

vem nos termos dos estatutos e legislação

aplicável, apresentar o seu Relatório e

Contas referente ao exercício de 2014.

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I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1. ECONOMIA MUNDIAL

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no update

do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial em 2014

manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.

As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas tenha

crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona Euro

registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.

Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento face

aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram revistos em

baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a

materialização de vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias

emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas. Nas

economias mais avançadas, a recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos, no

forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma da zona Euro.

O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo,

mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das fracas

expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias emergentes e

desenvolvidas.

Variação anual do PIB (em percentagem)

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%

Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%

Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%

Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%

Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%

Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%

China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%

Brasi l 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%

Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

Evolução Económica Mundial

A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro e

do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as

expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política

monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros e nas taxas de juro), na política

fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 7

Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente

influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações, entre a

Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento

ou refinanciamento da dívida contraída junto do BCE e do FMI.

A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração

nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o

consumo em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção,

significa que a elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente

financiada, sendo de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as

vulnerabilidades geradas pelo rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais

na Ásia emergente.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a anexação

da Crimeia) têm afectado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e têm levado à

depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de crescimento das

economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da Europa.

1,8%1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

-0,5%

1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%

1,4%0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram registar

um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego via criação

líquida de empregos que, conjugados com os factos observados noutras regiões do globo,

conduziram a uma apreciação do dólar. As projecções para 2015 e 2016 apontam para

crescimentos anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada na redução dos custos

energéticos, no ajustamento fiscal mais moderado, sendo expectável, no entanto, um

aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano pela Fed.

Nos mercados financeiros internacionais são perspectivados riscos de alteração do clima de

investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de alteração dos fluxos

de capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a actividade das maiores economias e

a suspender ou alterar o percurso expectável de normalização da política monetária

americana.

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2. ECONOMIA PORTUGUESA

Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014, as

projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual iniciada em

2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e

perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz numa

expectativa de evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro.

A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento

das exportações e pela recuperação da procura interna que, a concretizarem-se, permitirão

manter os excedentes da balança corrente e de capital. Muito embora tenha vindo a ser

efectuada uma afectação de recursos aos sectores transaccionáveis e produtivos, a redução da

alavancagem dos sectores público e privado, a evolução demográfica no país aliada aos

movimentos de emigração de mão-de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade

por trabalhador e o reduzido dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g.

França) e nos PALOP (e.g. Angola) continuarão a condicionar o crescimento da economia

portuguesa no futuro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para abrandamento

do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a Rússia.

Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores

próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica

abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha.

Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política

monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida

soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em

dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso

dos países não europeus nos seus mercados exportadores.

-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB

Fonte: Boletim Económico BdP

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola e a

imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do

impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de proteccionismo à

produção local.

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Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem

recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3

normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro

de 2014.

O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013,

registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de

consolidação orçamental.

O crescimento das importações reflectiu a evolução das rubricas da procura global com maior

conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e bens

de equipamento e o consumo de bens duradouros.

Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de

reorientação para os sectores transaccionáveis, incluindo investimento em bens com elevado

conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e no investimento empresarial

cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da actividade,

dada a necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de redução ou de menor

manutenção dos bens de capital sujeitos a depreciação.

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de 6,3%,

o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em 2013,

resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os

bens energéticos, os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014.

As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo contributos semelhantes entre a

componente de bens e a de serviços e reflectindo um menor contributo para o crescimento do

PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projecções para as exportações

de bens e serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de

inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço do

petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi

generalizado às principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor

(IHPC), excepto os bens energéticos.

De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do PIB

nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes, entre

outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi

de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no período homólogo de 2013,

igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do aumento

de capital no Banif.

Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de

3,3%, reflectindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada

pelo aumento dos impostos directos). A despesa também registou um aumento, embora

bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das despesas

com pessoal e com prestações sociais.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 10

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou 2,1%

no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no conjunto do

ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma consistente com

a evolução da actividade económica, complementado com o acréscimo de volume de emprego

gerado por políticas activas de emprego, donde se destacam os estágios profissionais

comparticipados pelo Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios

profissionais no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o crescimento

homólogo do emprego privado por conta de outrem, registado no 3º trimestre de 2014.

É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de

empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora estes

valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius

(Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial

português está, na sua maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de 2014,

foram criadas 32.257 empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas

constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com

uma redução homóloga de 22%).

3. MERCADOS FINANCEIROS

Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por um

prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá conduzir

mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objectivo de assegurar o

cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objectivo de assegurar a manutenção de

um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos últimos meses a

tomar medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado

direccionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim de Agosto

do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com condições

atractivas durante um período de até quatro anos a todos os bancos que cumpram

determinados referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à economia

real”;

• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada (Asset-

Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de permitir a

flexibilização do balanço das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de

referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito para

os -0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de activos em grande escala para emissões de

dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e instituições

europeias (medida lançada em 2015).

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 11

O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento à

economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de emprego

e inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos activos financeiros (acções e

obrigações).

A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de activos

que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por mês, foi vista

como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os níveis assumidos

pelo mandato do BCE.

Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos

práticos da adopção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma alteração

da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo crescimento e

menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.

Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos países

da zona Euro apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido atingidos sucessivos níveis

mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do

centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance dos países periféricos –

Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“spread”) existente

entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do

sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na zona

Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em muitos

países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido, divergências políticas internas na

zona Euro ou confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza, partido que se

apresenta como de esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o

primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram saturados com a presente situação da

União Europeia e que não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto

entre visões antagónicas de organização e condução da política comum europeia.

Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas,

adoptada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que as

taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A

manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições financeiras

que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte significativa da sua carteira de crédito

indexada a este indexante (situação particularmente relevante no caso do crédito à habitação

contratado antes do início da crise financeira).

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 12

A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20,

consequências negativas directas – BES, ESFG e PT – e consequências indirectas, associadas a

um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro teria

sobre a economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a situação

financeira dos credores afectados e a perda de confiança dos mercados internacionais

relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das

principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está directamente relacionada com as

expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da

economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a

adoptar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas

extraordinárias de combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona

Euro, o Euro (€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina,

tendo-se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês. A

tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões

deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.

As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse é

também, embora não expresso, um dos objectivos da política europeia de modo a permitir

importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a

dinamizar as exportações.

No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio atingido

um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida pública

soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na Grécia.

Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo

Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio mínimo de

1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço face

ao Euro.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 13

No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projecções económicas que

indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a

International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de

petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de 2013

o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A

tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando o

barril a ser transaccionado por apenas 45 USD.

Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que a

Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que

inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em aproximadamente

1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na zona Euro assim como

do escalar das pressões políticas extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro

iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%, para

em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do governo dos

Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global e para o

aumento do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de

soja, negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em

2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens

agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas perspectivas

de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o

Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma valorização

significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

II. EVOLUÇÃO DO MERCADO BANCÁRIO

A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com

destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos

investimentos e activos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a

necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efectivas e

potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido pelo Estado

português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos em situações de

maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam reforçar os seus

capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No final do 3º trimestre de 2014

(excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o activo total situou-se em 7,6%,

aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior.

Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições de

liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 14

mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda

que em condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas contas de

exploração e nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção das taxas

directoras em níveis historicamente baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito

vencido difíceis de recuperar e à ainda reduzida actividade e procura no mercado imobiliário a

impossibilitar a redução das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse directa ou

indirecta dos bancos.

Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela

envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de

endividamento da economia portuguesa, que afecta de forma transversal todos os agentes

económicos e que provoca uma significativa contracção do negócio bancário.

A qualidade do crédito continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do

aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros activos) e do

consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades

para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto

que compara com os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de

incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%. No que se refere ao crédito vencido de

empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os

sectores de actividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as actividades

imobiliárias a registarem volumes de crédito vencido persistentes.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8

Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8

Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas

também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal

com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento actuais com

os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do

Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais

do que duplicou.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 15

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0

Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2

Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9

Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0

Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4

Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e

equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de

2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte

das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a

remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.

No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram variações

divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a

reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre seguida de

uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61

Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96

Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43

Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17

Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 16

III. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por

um lado, uma elevada retracção da procura de crédito por parte das famílias e das empresas

com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as necessidades do serviço

da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a

generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos.

O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à generalidade

dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros

face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à

continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o

objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM, através

de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar

determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e

consequentemente para os resultados líquidos apresentados.

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros

em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. quebra registada na concessão de crédito; 2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor); 3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e 4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das taxas

de remuneração dos depósitos. Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de

investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM

reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do crédito (gerador

de um volume significativo de comissões).

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo

estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos

gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões de

euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do

esforço de contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar,

porém, que algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que

terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante

em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 17

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014,

aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período

homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em

2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários

negativos no futuro.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do

SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em

2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de outros activos, dada a

incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%),

contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de

imparidades do exercício (+20%).

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito líquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se

reduziu de 80,1% para 76,7%, está actualmente situado num nível bastante baixo quando

comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo o Novo

Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma

adequada remuneração dos fundos próprios.

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de

recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

OUTROS FACTOS RELEVANTES

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem

vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem realizada

pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã,

com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos portugueses, veio

confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os

portugueses mais confiam.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 18

A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem vindo a ser

regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e

seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista

Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas

em Portugal.

A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em

2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos, oferece diversos

fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os

montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em 2014.

O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236

balcões em funcionamento.

Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução

positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de

mercado. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014,

atingindo os 79 milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções mensais por

equipamento).

Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões activas nas

empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as

adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%.

O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito Agrícola,

o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de visitantes únicos que

totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional através

da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e

projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de protecção e, no

decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do mercado imobiliário,

demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e solvabilidade) ímpares.

Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas,

suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a

competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante

proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano

transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com referência à

situação financeira de 2013.

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I

Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de todas as

regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se 175

produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a concurso. As provas cegas e

a atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das

Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram

revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura,

José Diogo Albuquerque.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 19

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o SISAB,

AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal Agro

(vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um

espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direccionada de produtos

e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo Crédito

Agrícola reforça o seu papel activo no desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua

cultura e das suas tradições.

Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens

Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e de

agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando

em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g. ADRAL,

Energie).

No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente

soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não

residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles) dedicados a empresas e famílias,

soluções de tesouraria para empresas e empresários, soluções de micro-crédito com garantia

do Fundo Europeu de Investimento, entre outros.

No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias

iniciativas do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura de

inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo,

incentivando e premiando projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que

contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram seleccionados 12 projectos

finalistas; e

• a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro Comunitário,

de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano, cobriram todas as

regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e contaram com a

presença de centenas de empresários, agricultores e entidades do sector primário e

agro-industrial.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 20

IV. CAIXA DA ZONA DO PINHAL – RELATÓRIOS E CONTAS

Enquadramento da evolução

A evolução da actividade da Caixa da Zona do Pinhal, como é normal, foi também condicionada

pelos principais factores de constrangimento referidos nos primeiros capítulos,

nomeadamente, no enquadramento macroeconómico e evolução do mercado bancário.

A CCAM, no exercício de 2014, também manteve o desenvolvimento da sua actividade, de um

modo geral, alinhado com a evolução do Grupo Crédito Agrícola (SICAM) caracterizada no

capítulo anterior, tanto nos aspectos de constrangimento e de influência negativa, como nas

situações destacadas como positivas.

Movimento Associativo

No ano de 2014 foi invertida a tendência na evolução do registo no número de Associados,

onde os últimos 8 anos as evoluções, sempre negativas, registaram uma variação de (-238)

7.230 em 31/12/2005 para 6.992 em 31/12/2013.

O movimento do número de Associados no ano de 2014, foi o seguinte: - Sócios admitidos

durante o ano 211; - Sócios demitidos a seu pedido 68. Fixando-se o número total de Sócios,

em 31/12/2014, em 7.135.

Todos os pedidos de demissão foram aceites pelo Conselho de Administração Executivo e

reembolsados os respectivos títulos de capital pelo seu valor nominal. Por sua vez, o mesmo

número de títulos que foram reembolsados aos sócios demissionários, foi subscrito pela

própria CCAM, com recurso à Reserva Especial, nos termos da deliberação da Assembleia

Geral, na reunião de 27 de Março de 2008, não tendo, assim, existido qualquer variação

negativa no capital social, durante o ano.

Evolução do Activo

O Activo Liquido, em 31 de Dezembro de 2014, no total de 178 milhões de euros, que compara

com 184 milhões de euros em 31/12/2013 regista uma redução de 6 milhões de euros (-3,4%),

principalmente afectada pela redução do crédito a clientes e das aplicações na Caixa Central.

Por sua vez a redução verificada na rúbrica de activos financeiros disponíveis para venda,

referente ao reembolso antecipado de títulos de investimento da Caixa Central, no valor de €

1.520.500,00, foi o mesmo valor utilizado na subscrição de títulos de capital da Caixa Central,

nos termos da solução encontrada e proposta às CCAM para o Reforço de Capital da Caixa

Central.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 21

Valor % Valor %

Caixas e Disponibilidades em Bancos Centrais 1.262.427 1.329.199 1.136.743 66.772 5,3% -192.456 -14,5%

Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.442.197 2.209.116 1.602.916 -233.081 -9,5% -606.201 -27,4%

Activos financeiros disponiveis para venda 1.590.196 1.543.321 -46.875 -2,9% -1.543.321 -100,0%

Aplicações em Instituições de Crédito 66.958.950 73.757.260 71.701.612 6.798.310 10,2% -2.055.648 -2,8%

Crédito a clientes 97.775.167 91.425.483 88.442.069 -6.349.684 -6,5% -2.983.414 -3,3%

Investimentos detidos até à maturidade 3.002.315 3.011.626 3.020.589 9.311 0,3% 8.963 0,3%

Activos não correntes detidos para venda 1.067.736 1.350.274 1.394.164 282.538 26,5% 43.890 3,3%

Outros activos tangíveis 3.523.527 3.450.382 3.355.486 -73.145 -2,1% -94.895 -2,8%

Invest.em filiais, associadas e empreend.conj. 3.429.737 3.429.796 4.950.296 59 0,0% 1.520.500 44,3%

Activos por impostos correntes 285.906 285.906 -285.906 100,0%

Activos por impostos diferidos 1.546.918 1.369.904 1.354.170 -177.014 -11,4% -15.734 -1,1%

Outros activos 974.907 890.429 996.312 -84.478 -8,7% 105.884 11,9%

TOTAL 183.574.077 184.052.695 177.954.357 478.618 0,3% -6.098.338 -3,4%

ACTIVO dez-12 dez-13 dez-14

Variação

Dez.2013/Dez.2012

Variação

Dez.2013/Dez.2014

O activo líquido apresenta uma composição conforme o gráfico seguinte, onde a estrutura

compara com a verificada em 31/12/2013, à exceção das estruturas de imobilizado que subiu

de 4% para 5%, resultante do aumento do imobilizado financeiro, pela já referida subscrição

de capital social na Caixa Central e consequentemente as disponibilidades que sofreram uma

redução de 3% para 2%, também pelo motivo referido.

49%

40% 5%

2%

2%

2%

Crédito a Clientes

Aplic. Na C.Central

Imobilizado

Disponibilidades

Out.Activos

Invest.até Mat.

O crédito total a clientes sofreu uma redução de 1,7 milhões de euros, a que corresponde a variação negativa de - 1,8%, no ano de 2014, repartida em -761 mil euros no crédito vivo e em -961 mil euros no crédito vencido. Mas, considerando que houve um aumento das provisões na ordem de 1,3 milhões de euros, o crédito liquido sobre clientes teve uma variação de –3 milhões de euros (-3,3%) comparativo a 31/12/2013.

O rácio de crédito vencido de 5,45% sobre o crédito total em 31 de Dezembro de 2014, que compara com 6,4% em Dezembro de 2013, reflete a concretização dos resultados obtidos pela intensificação das medidas de acompanhamento e negociação de alguns processos de revitalização de empresas.

Contudo, apesar de em resultado das reestruturações das dívidas desses processos o crédito ter sido reclassificado do estado de vencido para o estado de normal, foram mantidas as provisões que se encontravam constituídas e que resultaram num acréscimo das provisões extraordinárias, de 1,4 milhões de euros, em 31/12/2013, para 2,3 milhões de euros, em 31/12/2014.

Com este reforço das provisões extraordinárias, o rácio de cobertura das provisões para crédito vencido e para crédito de cobrança duvidosa sobre o total do crédito vencido, registou uma melhoria significativa, elevando-se dos 84% em Dezembro de 2013 para 125,7% em Dezembro de 2014.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 22

CRÉDITO A CLIENTES

Empresas e Administrações Publicas 38.817.508 38.225.207 -592.301 -1,5%

Particulares 48.900.204 48.697.274 -202.930 -0,4%

Habitação 35.514.840 34.386.475 -1.128.365 -3,2%

Consumo 3.230.420 5.136.698 1.906.278 59,0%

Outras Finalidades 10.154.944 9.174.101 -980.844 -9,7%

Crédito ao exterior 831.443 886.606 55.163 6,6%

Juros de Crédito a Clientes 200.898 184.103 -16.795 -8,4%

Outras Receitas com Rendimento Diferido -213.107 -217.653 -4.546 2,1%

Papel Comercial 2.000.000 2.000.000 0 100,0%

(1) 90.536.946 89.775.537 -761.409 -0,8%

CRÉDITO VENCIDO

Empresas e administrações públicas 3.626.164 2.908.876 -717.287 -19,8%

Particulares 2.436.313 2.206.624 -229.689 -9,4%

Habitação 497.715 670.602 172.887 34,7%

Consumo 62.291 159.293 97.001 155,7%

Outras Finalidades 1.876.307 1.376.729 -499.577 -26,6%

Devedores e outras aplicações 0 0 0 0,0%

Crédito ao exterior 0 0 0 0,0%

Juros vencidos a regularizar e despesas de crédito 65.383 50.744 -14.639 -22,4%

(2) 6.127.860 5.166.244 -961.616 -15,7%

PROVISÕES

Provisões para cobrança duvidosa -336.438 -2.361.193 -2.024.756 601,8%

Provisão-Créd.cobrança duvidosa-Créd.interno-Av.3/95 -93.096 -141.047 -47.950 51,5%

Provisão-Créd.cobrança duvidosa-Créd.interno-Extraodinário -243.341 -2.220.147 -1.976.806 812,4%

Provisões para crédito vencido -4.902.886 -4.138.518 764.368 -15,6%

Provisões-Crédito interno vencido-Aviso 3/95 -3.705.990 -4.004.589 -298.599 8,1%

Provisões-Crédito interno vencido-Extraodinário -1.183.940 -113.140 1.070.800 -90,4%

Provisões-Crédito interno vencido-Juros vencidos -440 -267 173 -39,3%

Devedores e outras aplicações -12.515 -20.522 -8.007 -100,0%

(3) -5.239.323 -6.499.711 -1.260.388 24,1%

Total (1+2+3) 91.425.483 88.442.069 -2.983.414 -3,3%

Crédito Sobre Clientes

Descrição dez-13 dez-14 Var. (valor) Var. (%)

No valor dos Activos não Correntes Detidos para Venda, correspondente ao valor de aquisição

dos imóveis obtidos através de processos de recuperação de crédito, no exercício de 2014,

registaram-se novas entradas de imóveis, no valor total de 699.750 euros, e saídas no valor de

674.943 euros, reflectindo uma variação de +1,5% (+24.807 euros) em comparação com o

valor detido em 31/12/2013.

Relativamente às imparidades constituídas para estes activos foram reconhecidas novas

imparidades no valor de 94.250 euros e foi anulado e ou revertido o valor de 113.333 euros

relativo a imóveis desreconhecidos nesta rúbrica do balanço.

Dezembro Dezembro

2013 2014

Imóveis 1.634.687 1.659.494 24.807 1,5%

Imóveis por recuperação de crédito - Detidos para venda 1.634.687 1.659.494 24.807 1,5%

Imparidade -284.414 -265.331 19.083 -6,7%

Imóveis - por recuperação crédito - Prov. por imp. acumulada -284.414 -265.331 19.083 -6,7%

Total 1.350.274 1.394.164 43.890 3,3%

Activos não correntes detidos para venda

Descrição Var. (Valor) Var. (%)

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 23

A rúbrica de Outros Activos Tangíveis (Imobilizado Corpóreo), no exercício de 2014, registou

um decréscimo de -2,8%, verificado pela diferença entre o valor das amortizações do exercício,

de 163 mil euros e o valor da variação nas aquisições de equipamentos de 68 mil euros. No

valor das novas aquisições de imobilizado, pesa sobretudo o investimento realizado com a

mudança de instalações da Agência de Cabaços.

Os Activos Intangíveis (Imobilizado Incorpóreo) não registaram qualquer movimento no

exercício e o seu valor líquido das amortizações é nulo.

A rúbrica de Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos (Imobilizado

Financeiro), regista o aumento da participação no capital social da Caixa Central que, como

acima já referimos, resultou da conversão do valor detido em títulos de investimento

subordinado da Caixa Central para capital social.

Dezembro Dezembro Var. (valor) Var. (%)

2013 2014

Outros Activos Tangíveis 6.592.826 6.660.553 67.727 1,0%

Imovéis 4.279.261 4.303.389 24.128 0,6%

Equipamentos 2.313.565 2.357.163 43.598 1,9%

Amortizações Corpóreas - Activos Tangiveis 3.142.444 3.305.066 162.622 5,2%

Imovéis 1.093.550 1.164.476 70.926 6,5%

Equipamentos 2.048.894 2.140.590 91.696 4,5%

Total 3.450.382 3.355.486 -94.895 -2,8%

Outros Activos Tangíveis

Descrição

Dezembro Dezembro Var. (Valor) Var. (%)

2013 2014

Acções 16.331 16.331

CA- Informática 16.272 16.272

CA - seguros 59 59

Outras Participações 3.413.465 4.933.965 1.520.500 44,5%

Fenacam 50 50

CCCAM 3.413.415 4.933.915 1.520.500 44,5%

Total 3.429.795,97 4.950.295,97 1.520.500,00 44,3%

Investimentos em Filiais e Empreendimentos Conjuntos

Descrição

Dezembro Dezembro

2013 2014

Títulos de investimentos subordinados 1.543.321 -1.543.321 -100,0%

Total 1.543.321 -1.543.321 -100,0%

Activos financeiros disponíveis para venda

Descrição Var. (Valor) Var. (%)

No que respeita às restantes rubricas do Activo não existem factos dignos de menção especial,

pelo que remetemos para as correspondentes notas do anexo às demonstrações financeiras,

onde está expressa informação detalhada e a evolução de cada rubrica.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 24

Evolução do Passivo

O total do Passivo, em 31/12/2014, no montante de 157,5 milhões de euros, comparado com

o montante de 164,4 milhões de euros em 31/12/2013, reflecte uma variação de -4,2%,

justificada pela liquidação, de 9 milhões de euros, de recursos de outras instituições de

crédito, designadamente de direitos adicionais de crédito, titulados na Caixa Central,

compensada pelo aumento de 1,8 milhões de euros registado nos recursos de clientes.

O Passivo é essencialmente constituído pelos recursos de clientes que representam 98,3% do

total, seguindo-se outros passivos com 0,75% e as provisões para riscos gerais de crédito que

representam 0,6%.

Os recursos de clientes, constituídos pela carteira de depósitos, atingiram o montante de 154,9

milhões no final deste ano de 2014 que comparado com os 153,1 milhões de euros em 2013,

registam um aumento de 1,8 milhões de euros (+1,2%).

A estrutura da carteira de depósitos, em 31/12/2014, é composta por 75% em depósitos a

prazo e de poupanças e 25% em depósitos à ordem.

Valor % Valor %

Recursos de outras instituições de crédito 5.551.256 9.383.198 313.306 3.831.941 69,0% -9.069.891 -96,7%

Recursos de clientes e outros empréstimos 156.404.938 153.130.281 154.913.636 -3.274.657 -2,1% 1.783.355 1,2%

Provisões 874.734 817.656 813.850 -57.079 -6,5% -3.806 -0,5%

Passivos por impostos correntes 314.620 315.944 -314.620 -100,0% 315.944

Passivos por impostos diferidos 1.739 1.683 1.382 -56 -3,2% -302 -17,9%

Outros passivos 1.323.764 1.150.618 1.176.292 -173.146 -13,1% 25.674 2,2%

TOTAL DO PASSIVO 164.471.052 164.483.436 157.534.411 12.384 0,0% -6.949.025 -4,2%

Variação

Dez.2013/Dez.2014PASSIVO dez-12 dez-13 dez-14

Variação

Dez.2013/Dez.2012

A rubrica de Outros Passivos é decomposta em 31 de Dezembro de 2014 de acordo com os

valores apresentados no quadro seguinte:

Dezembro Dezembro

2013 2014

Responsabilidades com pensões e outros benefícios 23.587 -23.587 -100,0%

Recursos diversos 102.137 139.468 37.331 36,6%

Sector público administrativo 125.170 120.097 -5.072 -4,1%

Cobranças por conta de terceiros 2.473 2.546 73 2,9%

Credores diversos 174.812 102.801 -72.011 -41,2%

Contribuições para outros sistemas de saúde 6.337 6.812 475 7,5%

Outros encargos a pagar 490.018 531.360 41.343 8,4%

De garantias prestadas e outros passivos eventuais 9.308 7.849 -1.459 -15,7%

De compromissos irrevogáveis assumidos perante terc 3.442 3.481 39 1,1%

Outras contas de regularização 213.336 261.879 48.543 22,8%

Total 1.150.618 1.176.292 25.674 2,2%

Outros passivos

Descrição Var. (Valor) Var. (%)

Capitais Próprios

O valor dos capitais próprios em 31 de Dezembro de 2014 é de 20,4 milhões de euros,

conforme detalhe no quadro seguinte:

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 25

Valor % Valor %

Capital 12.026.910 12.075.105 12.215.150 48.195 0,4% 140.045 1,2%

Prémios Emissão

Outros instrumentos de capital

Reservas de reavaliação 16.409 225.614 353.313 209.204 1274,9% 127.699 56,6%

Outras reservas e resultados transitados 5.916.579 6.853.092 7.210.707 936.513 15,8% 357.615 5,2%

Lucro do execício 1.143.127 415.449 640.777 -727.678 -63,7% 225.328 54,2%

Dividendos antecipados

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 19.103.025 19.569.259 20.419.947 466.234 2,4% 850.688 4,3%

CAPITAL PRÓPRIO dez-12 dez-13 dez-14

Variação

Dez.2013/Dez.2012

Variação

Dez.2013/Dez.2014

O reforço dos capitais próprios de 850.688 euros, em 2014, foi obtido principalmente pelo

resultado líquido do exercício de 640.776 euros e pela emissão de 28.009 novos títulos de

capital, subscritos e realizados pelos associados, no valor de 140.045 euros.

A variação registada na rubrica de reservas de reavaliação respeita essencialmente às

alterações decorrentes da IAS 19.

Resultado do Exercício

Para o resultado líquido do exercício positivo de 640.777 euros, obtido no exercício de 2014,

mais 225.328 euros (+54,2%) em relação ao resultado do ano de 2013, apesar de uma ligeira

quebra no produto bancário -1,1%, ao que se associou ainda um pequeno agravamento dos

custos de funcionamento +3,4%, contribuiu em primeira linha a menor necessidade na

constituição de provisões para crédito vencido que em 2013 foi de 1,7 milhões de euros e em

2014 de 1,1 milhões de euros, a que corresponde a redução de 35,2%.

Valor %

Juros e rendimentos similares 6.672.971 6.003.458 -669.513 -10,0%

Juros e encargos similares -2.356.176 -1.837.327 518.849 -22,0%

Margem financeira 4.316.795 4.166.131 -150.663 -3,5%

Rendimentos de instrumentos de capital 0 2 2

Rendimentos de serviços e comissões 1.719.751 1.633.999 -85.751 -5,0%

Encargos com serviços e comissões -187.555 -179.948 7.606 -4,1%

Resultados de reavaliação cambial 1.578 2.136 558 35,4%

Resultados de alienação de outros activos -10.370 -17.407 -7.037 67,9%

Outros resultados de exploração -20.613 149.705 170.317 -826,3%

Produto bancário 5.819.586 5.754.619 -64.968 -1,1%

Custos com o pessoal -1.884.674 -1.949.648 -64.973 3,4%

Gastos gerais administrativos -1.366.135 -1.412.572 -46.437 3,4%

Amortizações do exercício -168.643 -162.622 6.020 -3,6%

Provisões líquidas de reposições e anulações 57.079 3.806 -53.273 -93,3%

Correc. valores associadas ao crédito a clientes e valores -1.766.362 -1.143.748 622.615 -35,2%

a receber de outros devedores (líq. reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financ. líq. revers. e recuper. -12.515 -8.007 4.508 -36,0%

Imparidade de outros activos líq. revers. e recuper. -156.390 -75.307 81.083 -51,8%

Resultado antes de imposto 521.945 1.006.521 484.576 92,8%

Impostos

Correntes -58.075 -350.312 -292.238 503,2%

Diferidos - Activos 46.208 50.725 4.516 9,8%

Diferidos - Passivos -94.630 -66.157 28.474 -30,1%

Resultado líquido do exercício 415.449 640.777 225.328 54,2%

Variação

Dez.2013/Dez.2014DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS dez-13 dez-14

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 26

O Conselho de Administração Executivo da CCAM Zona do Pinhal procurou, através deste

relatório, elaborado nos termos dos estatutos e legislação aplicável, transmitir aos seus

Associados, Clientes, Entidades Monetárias e de Supervisão, e ainda, ao público em geral, toda

a informação que considera relevante sobre a gestão e consequentes resultados referentes ao

exercício de 2014, expressando os nossos sinceros agradecimentos e apresentando a proposta

para distribuição dos resultados.

Proposta de Distribuição de Resultados

Para o resultado líquido apurado no exercício, no valor de € 640.776,59, propõe-se, nos termos

dos Artigos 36.º e 37.º dos Estatutos, a seguinte afectação:

� Reserva Legal € 128.500,00

� Reserva Especial € 472.958,43

� Reserva p/Educação e Formação Cooperativa € 2.500,00

� Reserva para Mutualismo € 2.500,00

� Resultados transitados € 34.318,16

Com a aprovação das contas e desta proposta de distribuição, a estrutura dos Capitais Próprios

da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, apresentará a seguinte composição:

� CAPITAL SOCIAL 12.215.150,00

� RESERVA LEGAL 7.073.500,00

� RESERVA ESPECIAL 685.591,13

� RESERVA PARA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO COOP. 51.990,87

� RESERVA PARA MUTUALISMO 38.930,77

� RESERVAS DE REAVALIAÇÃO e Outras 354.783,90

TOTAL DOS CAPITAIS PRÓPRIOS 20.419.946,67

Sertã, 02 de Março de 2015

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, CRL

O Conselho de Administração Executivo

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 27

Assembleia Geral

Conselho de Administração Executivo

Conselho Geral e de Supervisão

Revisor Oficial de Contas

Comissão para as Matérias Financeiras

V. ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE

CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, CRL

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Zona do Pinhal, CRL adopta o modelo de governação, previsto no nº 1, alínea c), do artigo 278º do Código das Sociedades Comerciais, constituído por Conselho de Administração Executivo, Conselho Geral e de Supervisão e Revisor Oficial de Contas.

No Conselho Geral e de Supervisão existe uma Comissão para as Matérias Financeiras, nomeada por este Órgão, conforme previsto no nº 4 do mesmo artigo 278º.

Os membros dos órgãos sociais, designadamente, os membros da Mesa da Assembleia Geral e os membros do Conselho Geral e de Supervisão, são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Geral e de Supervisão.

Os membros do Conselho de Administração Executivo são designados pelo Conselho Geral e de Supervisão, por um período de três anos.

2. Organograma da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal

3. Assembleia Geral

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário, assim composta:

Presidente: - José Lopes Ferreira

Vice-Presidente: - João Manuel Gomas Marques

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 28

Secretário: - António Fernandes Nunes

3.2. Competência da Mesa da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais referidos no artigo 19º destes estatutos;

Eleger, sob proposta do Conselho Geral e de Supervisão, o Revisor Oficial de Contas;

Votar a proposta do plano de actividades e do orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central e de organismos cooperativos de grau superior;

Decidir das remuneração dos titulares dos cargos sociais da sua competência;

Decidir do exercício de direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários, membros do Conselho Geral e de Supervisão e da Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração de Estatutos.

4. Conselho Geral e de Supervisão

4.1. Composição do Conselho Geral e de Supervisão

O Conselho Geral e de Supervisão é composto por um número de cinco membros efectivos, actualmente com a seguinte composição:

Presidente: - José Augusto Lopes

Vogais: - António José Ferreira Lopes

- Artur Fernando Garcia Trabulo

- Álvaro Clemente Pinto Simões

- José da Silva Gomes

4.2. Competência do Conselho Geral e de Supervisão

Compete ao Conselho Geral e de Supervisão:

Designar, suspender e destituir os administradores, incluindo o administrador que servirá de Presidente do Conselho de Administração Executivo;

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 29

Representar a Caixa Agrícola na relação com os administradores;

Fiscalizar as actividades do Conselho de Administração Executivo, vigiar pela observância da lei e dos estatutos e verificar a regularidade dos registos contabilísticos, documentos de suporte, políticas e critérios valorimétricos que conduzam a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

Dar consentimento prévio ao Conselho de Administração Executivo para aquisição, alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da Caixa Agrícola e de participações em empresas do grupo Crédito Agrícola ou outras entidades permitidas por lei;

Dar parecer sobre a proposta de plano de actividades e orçamento da Caixa Agrícola;

Elaborar anualmente um relatório sobre a sua actividade e dar parecer sobre o relatório de gestão e contas da Caixa Agrícola, apresentado pelo Conselho de Administração Executivo;

Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno, do sistema de auditoria interna e do processo de preparação e divulgação de informação financeira;

Propor à Assembleia Geral a nomeação do Revisor Oficial de Contas;

Fiscalizar a revisão de contas e a independência do Revisor Oficial de Contas;

Contratar, quando o julgue conveniente, a prestação de serviços de peritos que coadjuvem um ou vários dos seus membros no exercício das suas funções;

Convocar a Assembleia geral, quando entenda conveniente;

Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas por lei ou pelos estatutos.

4.3. Reuniões do Conselho Geral e de Supervisão

O Conselho Geral e de Supervisão reúne em plenário, pelo menos, uma vez por trimestre, ou sempre que seja convocado pelo seu presidente, por sua iniciativa, ou a solicitação de dois dos seus membros ou do Conselho de Administração Executivo, tendo realizado um total de catorze reuniões no ano de 2014

O Conselho Geral e de Supervisão nomeou, de entre os seus membros, uma Comissão para as Matérias Financeiras, composta pelos membros: - José Augusto Lopes e António José Ferreira Lopes, esta Comissão reúne normalmente uma vez por mês, tendo realizado um total de doze reuniões no ano de 2014.

5. Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Geral e de Supervisão.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 30

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designado para o cargo: - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, J. Camilo & Associados, SROC, representada por Joaquim Pereira da Silva Camilo.

6. Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo da Caixa Agrícola é composto por três membros, sendo um presidente e dois vogais, designados pelo Conselho Geral e de Supervisão, para o triénio de 2013 a 2015.

6.1. Composição do Conselho de Administração Executivo

Presidente: - Luís Miguel Ventura Barata (*)

Vogal: - Nélia Maria Henriques Alves

Vogal: - Magda Cristina Batista Antunes Santolini

(*) Cessou funções em 31/10/2014

6.2. Competências do Conselho de Administração Executivo

As competências do Conselho de Administração Executivo decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola em juízo e fora dele, activa e passivamente, podendo contrair obrigações, propor e seguir pleitos, desistir ou transigir em processos, comprometer-se em árbitros, assinar termos de responsabilidade e, em geral, resolver acerca de todos os assuntos que não caibam na competência de outros órgãos;

Constituir mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos;

Adquirir, alienar ou onerar quaisquer bens ou direitos, designadamente imóveis obtidos em processos de dação em cumprimento ou de outras formas de recuperação de créditos;

Com o consentimento prévio do Conselho Geral e de Supervisão, decidir sobre a emissão de obrigações, aquisição, alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da Caixa Agrícola e de participações;

Elaborar, para apreciação do Conselho Geral e de Supervisão e votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para apreciação do Conselho Geral e de Supervisão e votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativas ao exercício anterior;

Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola;

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 31

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

6.3. Reuniões do Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo reúne pelo menos uma vez por mês e sempre que qualquer um dos seus membros o solicitar para discutir e deliberar sobre qualquer assunto do seu pelouro, para deliberação do crédito, admissão e exoneração de sócios, bem como de outros assuntos de gestão da Instituição que pela sua natureza, complexidade, importância e imposição legal, devem ser tratados e decididos colegialmente, tendo realizado um total de trinta e duas reuniões durante o ano de 2014.

6.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma:

Presidente, Luís Miguel Ventura Barata:

- Departamento Comercial; - Gabinete de Auditoria e Controlo Interno;

- Gabinete de Riscos.

Vogal, Magda Cristina Batista Antunes Santolini:

- Departamento Financeiro e Administrativo;

- Gabinete de Função Compliance.

Vogal, Nélia Maria Henriques Alves:

- Departamento de Crédito;

- Gabinete de Jurídico e Contencioso.

7. Política de remuneração

7.1. Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

Em 19 de Dezembro de 2013 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, para o ano de 2014, em cumprimento do disposto na Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 32

Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

“DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

DA ZONA DO PINHAL, CRL

Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº 104/2007, de 3 de Abril, na

redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 88/2011, de 20 de Julho, e do Aviso n.º 10/2011

do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração Executivo da CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua

declaração sobre a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2014.

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2014 siga os seguintes princípios orientadores:

1. PRINCÍPIOS GERAIS

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de

Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, CRL foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e

proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a

complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos

assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio

da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflecte, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da

Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de

natureza geográfica à actuação da dita Instituição e também o carácter acessório e

complementar de outras actividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o

exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, factores que

determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão

simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por

conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são

auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, CRL todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei

nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas

revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de

muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no

corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº

10/2011.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 33

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma

revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a

compõem, quando exista, consta das secções seguintes da presente Declaração; vistas a

natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos

respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição

uma sociedade anónima, é-lhe impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções

ou de opções, decidiu-se não diferir o pagamento de qualquer parte da mesma remuneração;

c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão

de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea

com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a

atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a

natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração

acrescida aos Administradores executivos, tem em atenção o carácter economicamente

acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste habitualmente

o exercício de funções nos Órgãos de Administração e de Fiscalização;

d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio

cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em primeira

linha avaliado pelo Conselho Geral e de Supervisão, não podendo estes manter-se em funções

contra a vontade expressa do Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais

e estatutárias, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas

também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa,

incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da

informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

3. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

A remuneração dos Membros do Conselho Geral e de Supervisão, tendo em consideração a

natureza da composição desse Órgão Social, consiste em senhas de presença, atribuídas a cada

membro, nas reuniões do Órgão, compreendendo um valor fixo, por presença, conforme

deliberação da Assembleia-Geral.

Não acresce a esta remuneração quaisquer outras prestações que sejam abrangidas pelos

deveres emergentes da Lei n.º 28/2009 e respectiva regulamentação complementar.

4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração Executivo consiste em

remuneração de montante fixo mensal, percebida por cada titular do Órgão, 14 vezes por ano.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 34

Verificando-se que os titulares efectivos faziam parte do quadro de trabalhadores da Caixa

Agrícola e que nos termos da legislação em vigor foram obrigados a suspender o seu contrato

de trabalho com a CCAM da Zona do Pinhal, enquanto exercerem tais funções, mantêm-se um

estatuto de antiguidade, descontos, e encargos patronais, idêntico ao que detinham enquanto

trabalhadores, nos termos do (ACTV) Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito

Agrícola.

Acresce a esta remuneração: I) Atribuição de viatura de serviço para uso no exercício das

funções de Membro do Órgão de Administração; II) Atribuição de telemóvel para uso no

exercício das mesmas funções; III) Facilidades de reembolso das despesas com deslocações e

de representação, devidamente documentadas e ocorridas no exercício das mesmas funções,

contra entrega das respectivas facturas; IV) possibilidade de acesso a financiamento de

carácter ou finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os

pressupostos legal, regulamentar ou convencionalmente exigíveis.

Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos é o Conselho geral e de Supervisão;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo

que são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº

10/2011;

c) O limite máximo da remuneração – fixa – percebida por cada membro do Conselho de

Administração Executivo é definido pelo Conselho Geral e de Supervisão;

d) No Exercício de 2013 não foram pagas nem se mostram devidas compensações ou

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer

contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição,

incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de

não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege

exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos

a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011;

f) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferem quaisquer

remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada;

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como

remuneração.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 35

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar

os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

5. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado

e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.”

7.1.1. Remunerações Pagas

No exercício de 2014, o montante anual das remunerações auferidas pelos Órgãos de Administração e de Fiscalização, de forma agregada e individualizada, foi o seguinte:

Fixa Variável Total

Conselho Geral e de Supervisão 22.500 0 22.500

José Augusto Lopes 8.250 0 8.250

Álvaro Clemente Pinto Simões 2.000 0 2.000

António José Ferreira Lopes 6.250 0 6.250

Artur Fernando Garcia Trabulo 3.000 0 3.000

José da Silva Gomes 3.000 0 3.000

Conselho de Administração Executivo 139.977 0 139.977

Luis Miguel Ventura Barata 47.333 0 47.333

Nélia Maria Henriques Alves 52.700 0 52.700

Magda Cristina Batista Antunes Santolini 39.944 0 39.944

Revisor Oficial de Contas 9.594 0 9.594

J.Camilo & Associados, SROC 9.594 0 9.594 (inclui IVA à taxa de 23%)

Remuneração em Euros

Montante e tipos de remuneração variável, pecuniária e outros tipos - inaplicável.

Remuneração diferida, montantes ainda não pagos - inaplicável.

Montantes da remuneração diferida que sejam devidos, que tenham sido pagos ou que tenham sido reduzidos devido a ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos respectivos titulares - inaplicável.

Número de novas contratações efectuadas em 2014 - inaplicável.

Montante dos pagamentos que tenham sido efectuados ou sejam devidos anualmente em virtude da cessação antecipada de funções -inaplicável.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 36

7.2. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

a) - Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

b) - Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

c) – Não existe nenhuma política de remuneração variável, nem foram pagos, nem são devidos quaisquer montantes a título de componente variável de remuneração.

d) - Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

- Auditoria Interna e Compliance, remuneração fixa anual -um beneficiário, 23.652 Euros;

- Montantes e tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária e outros tipos – inaplicável;

- Montante da remuneração diferida não paga, de forma agregada – inaplicável;

- Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares – inaplicável;

- Número de novas contratações efectuadas no ano a que a informação respeita - inaplicável;

- Montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual - inaplicável;

- Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade (ou seja, montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada área de actividade e abrangidos pelos deveres do Aviso nº 10/2011) – inaplicável

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 37

Relatório de Avaliação da Politica de Remunerações 2014

CARACTERIZAÇÃO DA CCAM

CÓDIGO DA CCAM: 4110

DESIGNAÇÃO DA CCAM: CCAM DA ZONA DO PINHAL, CRL

UNIDADES PARTICIPANTES NA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO E RESPECTIVAS FUNÇÕES:

Nome do Colaborador

FUNÇÃO AUDITORIA INTERNA: Luís Miguel Ventura Barata

FUNÇÃO COMPLIANCE:

COORDENADOR DA AVALIAÇÃO: LUÍS MIGUEL VENTURA BARATA

FUNÇÃO: AUDITOR INTERNO E COMPLIANCE MONITOR

A. Enquadramento

A política de remunerações da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, CRL,

segue o disposto na Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, e do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, tendo sido aprovada em Assembleia Geral, na data de 19 de Dezembro de 2013, a

Politica de Remunerações referente a 2014. Assim, o período de referência deste relatório é

o que decorre de 01-01-2014 a 31-12-2014.

O presente relatório enquadra-se nas obrigações legais e regulamentares, designadamente o

nº 6 do artigo 115º-C do RGICSF (DL 157/2014, de 24 de Outubro), e artigo 14º do Aviso nº

10/2011, que ditam a necessidade de submeter anualmente a política de remunerações a

uma avaliação independente, executada pelas funções de controlo da Instituição, em

articulação entre si.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 38

A avaliação efectuada pressupõe a análise da Politica de Remunerações e a sua

implementação, em especial sobre o respectivo efeito na gestão de riscos, de capital e de

liquidez da Instituição.

B. Intervenientes

Neste sentido, em concordância com as disposições legais e devido à inexistência de uma

Comissão de Remunerações, o Conselho de Administração Executivo designou para a

execução da Avaliação da Política de Remunerações o colaborador Luís Miguel Ventura

Barata, que assume as funções de Auditor Interno e de Compliance Monitor na CCAM.

C. Politica de Remuneração de Órgaos Sociais e

Colaboradores em vigor no ano de 2014.

A Politica de Remunerações aprovada em Assembleia-Geral para o ano de 2014 é a que

consta do anexo ao presente relatório.

D. Descrição do Processo de elaboração do Relatório

O processo de avaliação da Politica de Remunerações consistiu, numa primeira

instância, à análise do respectivo documento aprovado em Assembleia Geral, no

sentido de identificar se o mesmo inclui informação que sustente de forma suficiente e

adequada a correspondente proposta, designadamente tendo em consideração os

objectivos, a estrutura e dimensão da Instituição, e a natureza das funções, bem como

as práticas do mercado.

No contexto da aplicação da Politica de Remunerações, foram considerados os

procedimentos correspondentes ao processo de aprovação, registo e processamento

das remunerações dos Órgãos Sociais, colaboradores e outros destinatários, quanto à

existência de rigor e cumprimento da política de remuneração, bem como eventuais

desvios e respectiva justificação.

O processamento das remunerações, encontra-se assente numa aplicação informática

(CAMRH) gerida centralmente, o qual apresenta um conjunto de mecanismos que

garantem um adequado controlo das tarefas associadas ao processo.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 39

A avaliação teve ainda em consideração, o despiste de eventuais desvios ou

insuficiências no processo de execução da Politica de Remunerações, designadamente

com efeito na gestão global de riscos da Instituição.

E. Conclusões

As políticas de remuneração aprovadas e em vigor no período a que se reporta este

relatório, não são susceptíveis de induzir distorções ao nível dos diferentes tipos de

risco e consideram-se adequadas à prossecução de objectivos relacionados com a boa

gestão de riscos.

A estrutura de remunerações não incentiva a assunção excessiva e imprudente de

riscos e é compatível com os interesses a longo prazo da instituição.

Não se identificaram insuficiências ao nível da política e práticas de remuneração

implementadas pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal.

Não se observaram deficiências estruturais e/ou organizacionais que possam traduzir

risco para a CCAM, quer ao nível financeiro, quer no âmbito das normas, legislação e

regulamentação em vigor.

Sertã, 02 de Março de 2015

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 40

VI. RELATÓRIO DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 41

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 42

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 43

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 44

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 45

VII – RELATÓRIO DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 46

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 47

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 48

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 49

VIII - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – ANEXO ÀS CONTAS – CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

31-12-2013Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-12-2014 31-12-2013

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 1.136.743 1.136.743 1.329.199 Recursos de bancos centrais - - -Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 1.602.916 1.602.916 2.209.116 Passivos financeiros detidos para negociação - - -Activos financeiros detidos para negociação - - - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - -Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - Recursos de outras instituições de crédito 16 313.306 9.383.198Activos financeiros disponíveis para venda 6 - - 1.543.321 Recursos de clientes e outros empréstimos 17 154.913.636 153.130.281Aplicações em instituições de crédito 7 71.701.612 71.701.612 73.757.260 Responsabilidades representadas por títulos - - -Crédito a clientes 8 94.941.781 (6.499.711) 88.442.069 91.425.483 Passivos financeiros associados a activos transferidos - - -Investimentos detidos até à maturidade 9 3.020.589 3.020.589 3.011.626 Derivados de cobertura - - -Activos com acordo de recompra - - - - Passivos não correntes detidos para venda - - -Derivados de cobertura - - - - Provisões 18 813.850 817.656Activos não correntes detidos para venda 10 1.659.494 (265.331) 1.394.164 1.350.274 Passivos por impostos correntes 14 315.944 -Propriedades de investimento - - - - Passivos por impostos diferidos 14 1.382 1.683Outros activos tangíveis 11 6.660.553 (3.305.066) 3.355.486 3.450.382 Instrumentos representativos de capital - - -Activos intangíveis 12 206.122 (206.122) - - Outros passivos subordinados - - -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 13 4.950.296 4.950.296 3.429.796 Outros passivos 19 1.176.292 1.150.618Activos por impostos correntes 14 - - 285.906 Total do Passivo 157.534.411 164.483.436Activos por impostos diferidos 14 1.354.170 1.354.170 1.369.904Outros activos 15 1.019.562 (23.250) 996.312 890.429 Capital 21 12.215.150 12.075.105

Prémios de emissão - - -Outros instrumentos de capital - - -Reservas de reavaliação 22 353.313 225.614Outras reservas e resultados transitados 22 7.210.707 6.853.092Lucro do exercício 22 640.777 415.449Dividendos antecipados Total do Capital 20.419.947 19.569.259

Total do Activo 188.253.838 (10.299.480) 177.954.357 184.052.695 Total do Passivo e do Capital 177.954.357 184.052.695

O Anexo é parte integrante destas demonstrações financeiras.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVOMagda Cristina Batista Antunes Santolini Nélia Maria Henriques Alves(TOC nº 87186) Magda Cristina Batista Antunes Santolini

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014

CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, CRL

BALANÇO 31 DE DEZEMBRO DE 2014

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 51

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 12.026.910 16.409 5.950.896 (34.318) 5.916.578 1.143.127 19.103.024

Amortização anual do impacto de transição das pensões - - - 34.318 34.318 - 34.318Aplicação do resultado do exercício de 2012:

Transferência para resultados transitados - - - (162.854) (162.854) (34.318) (197.172)Constituição de reservas - - 1.108.809 - 1.108.809 (1.108.809) -Distribuição de dividendos - - - - - - -Reservas reavaliação de activos tangíveis - (529) - - - (529)

Aumento de capital - 209.733 - - - 209.733Reembolso de capital 92.300 - - - - - 92.300Alterações de justo valor líquidas de imposto (44.105) - (43.760) - (43.760) (87.865)Resultado liquido do exercício de 2013 - - - - - 415.449 415.449

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 12.075.105 225.614 7.015.945 (162.854) 6.853.091 415.449 19.569.258

Amortização anual do impacto de transição das pensões - - - (34.847) (34.847) - (34.847)Aplicação do resultado do exercício de 2013:

Transferência para resultados transitados - - - 162.854 162.854 (162.854) -Constituição de reservas - - 252.595 - 252.595 (252.595) -Distribuição de dividendos - - - - - - -Reservas reavaliação de activos tangíveis - (529) - 529 529 - -Outras Reservas Reavaliação - Fundo de Pensões IAS 19 - 128.228 - - - - 128.228

Aumento de capital 163.560 - - - - - 163.560Reembolso de capital (23.515) - (23.515) - (23.515) - (47.030)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2014 - - - - - 640.777 640.777

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 12.215.150 353.313 7.245.024 (34.318) 7.210.706 640.777 20.419.946

O Anexo é parte integrante destas demonstrações financeiras.

Outras Reservas e resultados transitados

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

Magda Cristina Batista Antunes Santolini(TOC nº 87186)

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Nélia Maria Henriques AlvesMagda Cristina Batista Antunes Santolini

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014 31-12-2013

Resultado individual 640.777 415.449Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reservas reavaliação de activos tangíveis Impacto fiscal 529 529

Transferência para resultados por alienaçãoImpacto fiscal

Pensões - regime transitório (34.847) (34.847)Outros movimentos Total Outro rendimento integral do exercício (34.318) (34.318)Rendimento integral individual 606.459 381.131

O Anexo é parte integrante destas demonstrações f inanceiras.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, C.R.L.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 53

31-12-2014 31-12-2013

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 7.637.458 8.392.722Pagamentos de juros e comissões (2.017.275) (2.543.731)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (3.344.511) (3.204.798)Contribuições para o fundo de pensões (17.708) (46.011)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (365.744) (106.497)Resultados cambiais e outros resultados operacionaisRecuperação de créditos incobráveisOutros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 151.840 (19.034)

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais2.044.060 2.472.650

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação - -Activos financeiros disponíveis para venda (1.535.314) (34.360)Aplicações em instituições de crédito (2.055.648) 6.798.310Créditos a clientes (1.839.666) (4.583.322)Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 164.317 416.610Outros activos (214.506) 66.413

(5.480.817) 2.663.651Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação - -Recursos de instituições de crédito (9.069.891) 3.831.942Recursos de clientes e outros empréstimos 1.783.355 (3.274.657)Derivados de cobertura - -Passivos não correntes detidos para venda - -Outros passivos 341.316 (487.822)

(6.945.220) 69.463

Caixa líquida das actividades operacionais 579.657 (121.538)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 67.727 95.497Aquisição de activos disponíveis para venda - -Alienação de activos disponíveis para venda - -Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda (2) -Aquisições de activos tangíveis e intangíveis - -Vendas de activos tangíveis e intangíveis - -Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 1.520.500 59

Caixa líquida das actividades de investimento 1.588.225 95.556

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 140.045 48.195Dividendos pagos - -Emissão de dívida titulada e subordinada - -Variação de passivos subordinados - -Variação de reservas e resultados transitados 69.866 2.591

Caixa líquida das actividades de financiamento 209.911 50.786

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (798.657) (166.308)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.538.316 3.704.624Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.739.659 3.538.316

Magda Cristina Batista Antunes Santolini

(TOC nº 87186)

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Nélia Maria Henriques Alves

Magda Cristina Batista Antunes Santolini

O Anexo é parte integrante destas demonstrações f inanceiras.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ZONA DO PINHAL, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 54

RUBRICA Notas 31-12-2014 31-12-2013

Juros e rendimentos similares 23 6.003.458 6.672.971Juros e encargos similares 24 1.837.327 2.356.176

Margem financeira 4.166.131 4.316.795

Rendimentos de instrumentos de capital 25 2 -Rendimentos de serviços e comissões 26 1.633.999 1.719.751Encargos com serviços e comissões 27 179.948 187.555Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados- - -Resultados de activos financeiros disponíveis para venda - - -Resultados de reavaliação cambial 28 2.136 1.578Resultados de alienação de outros activos 29 (17.407) (10.370)Outros resultados de exploração 30 149.705 (20.613)

Produto bancário 5.754.619 5.819.586

Custos com pessoal 31 1.949.648 1.884.674Gastos gerais administrativos 32 1.412.572 1.366.135Amortizações do exercício 11 e 12 162.622 168.643Provisões líquidas de reposições e anulações 18 (3.806) (57.079)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 1.143.748 1.766.362

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações18 8.007 12.515Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 18 75.307 156.390

Resultado antes de impostos 1.006.521 521.945

Impostoscorrentes 14 350.312 58.075diferidos 14 15.432 48.422

Resultado líquido do exercício 640.777 415.449

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

Magda Cristina Batista Antunes Santolini

(TOC nº 87186)

Nélia Maria Henriques Alves

Magda Cristina Batista Antunes Santolini

O Anexo é parte integrante destas demonstrações financeiras.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 55

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA ZONA DO PINHAL, CRL ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE

2014 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Zona do Pinhal, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Zona do Pinhal) é uma instituição de crédito constituída em 20 de Março de 1981 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa opera através da sua sede, situada na Praça da Republica n.º 31, em Sertã e através de uma rede de 16 balcões situados nos concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova, Mação, Vila de Rei, Pampilhosa da Serra, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Pedrógão Grande, Ferreira do Zêzere e Castanheira de Pêra.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade

das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e

contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo

definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 56

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefício aos empregados, através do estabelecimento de um período para

diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2014.

Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de

acordo com as NCA. 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem

como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de

acordo com as NCA. 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros

ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a

prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 57

influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e

riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as

alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a

créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 58

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco

anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a

dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para

efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a

classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e

extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e

pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país

considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do

artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que

cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das

percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer

face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas

à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 59

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos

reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de

resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento

variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos

financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de

aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo

com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados

em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros

futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 60

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças

entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em

resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 61

fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de

crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo

de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com

excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos

financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa

situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das

perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade.

As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 62

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nacional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no

que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao

justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da

operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de

cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua

realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 63

exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos

registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem

coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 64

com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 65

número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões,

assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é

anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição anteriormente identificados, por um período adicional de 3 anos face ao período estipulado inicialmente.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 66

Foi decisão da Caixa prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 67

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa:Moedas nacionais 1.080.886 1.314.370

Moedas estrangeiras 55.857 14.829

1.136.743 1.329.199

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - Caixa Central 735.805 1.443.079

Cheques a cobrar 867.111 766.037

1.602.916 2.209.116

6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida - 1.543.321

- 1.543.321

7. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Em outras instituições de crédito:

Depósitos-Caixa Central 71.701.612 73.757.260

71.701.612 73.757.260

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 10.050.000 14.385.000Entre três meses e um ano 26.521.813 36.113.307Entre um ano e três anos 30.012.000 20.095.996Entre três e cinco anos 4.276.975 945.675Mais de cinco anos - 1.276.950

70.860.788 72.816.928Juros a receber 840.824 940.332

71.701.612 73.757.260

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 68

8. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Crédito internoMédio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 627.064 702.010Empréstimos à habitação regime geral 35.305.314 35.938.394

Outros Créditos MLP 41.045.205 43.152.858

Curto prazoOutros créditos

Cartão crédito 222.452 209.919

Outros créditos 5.342.567 3.286.459

Créditos em conta correnteClientes 4.187.750 4.506.000

Descobertos em depósitos à ordem 1.078.734 753.515

Outros créditos e valores a receber (titulados)Dívida não subordinada

Papel comercial a desconto - empresas residentes 2.000.000 2.000.000

89.809.087 90.549.155

Juros a receber 184.103 200.898

Comissões associadas ao custo amortizado:Receitas com rendimento diferido (217.653) (213.107)

(217.653) (213.107)

- -Total crédito não vencido 89.775.537 90.536.946

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 5.115.500 6.062.477

Juros vencidos e Despesas de Crédito Vencido 50.744 65.383Total crédito e juros vencidos 5.166.244 6.127.860

94.941.781 96.664.806

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (4.138.518) (4.902.886)Para crédito de cobrança duvidosa (2.361.193) (336.438)

(6.499.711) (5.239.323)

88.442.069 91.425.482

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 813.849,83 euros e 817.655,57 euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 18). Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 5.451.243 6.503.125Entre três meses e um ano 1.058.283 785.249Entre um ano e cinco anos 11.536.479 11.547.219Mais de cinco anos 68.400.550 70.921.285Duração indeterminada 8.495.226 6.907.928

94.941.781 96.664.806

9. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica tem a seguinte composição:

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 69

31-12-2014 31-12-2013

Títulos detidos até à maturidadeInstrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa 3.020.589 3.011.626

3.020.589 3.011.626

10. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.659.494 1.634.687

1.659.494 1.634.687

Imparidade:Imóveis (265.331) (284.414)

1.394.164 1.350.274

O movimento desta rubrica, entre 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014, pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidadede imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.634.687 (284.414) 699.750 674.943 113.140 (94.250) 193 1.659.494 (265.331) 1.394.164Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.634.687 (284.414) 699.750 674.943 113.140 (94.250) 193 1.659.494 (265.331) 1.394.164

31-12-2013 31-12-2014

11. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros Activos Tangíveis” entre 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 624.122 0 0 0 0 0 0 0 0 624.122

Edificios 3.347.542 963.485 0 0 0 66.609 0 0 0 2.317.449

Outros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Obras em imóveis arrendados 275.345 122.917 0 24.128 0 3.672 0 0 0 172.885

Outros imóveis 32.251 7.149 0 0 0 645 0 0 0 24.457

4.279.261 1.093.550 0 24.128 0 70.926 0 0 0 3.138.913

Equipamento:

Mobiliário e material 312.245 301.746 0 12.279 0 4.797 0 0 0 17.982

Máquinas e ferramentas 255.374 214.733 0 2.060 0 11.028 0 0 0 31.673

Equipamento informático 473.017 425.476 0 3.658 0 16.404 0 0 0 34.795

Instalações interiores 257.801 255.129 0 3.666 0 1.320 0 0 0 5.017

Material de transporte 306.165 219.712 0 0 0 31.288 0 0 0 55.165

Equipamento de segurança 292.961 264.238 0 0 0 12.564 0 0 0 16.158

Outro equipamento 416.002 367.860 0 21.936 0 14.295 0 0 0 55.782

2.313.565 2.048.894 0 43.598 0 91.696 0 0 0 216.573

Equipamento em locação financeira:

Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos em loc. financeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis:

(…) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Activos tangíveis em curso 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6.592.826 3.142.444 0 67.727 0 162.622 0 0 0 3.355.486

31-12-2013

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 70

12. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Não ocorreu qualquer movimento nas rubricas de “Activos Intangíveis” durante o exercício de 2014, que apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema tratamento automático dados (software) 199.702 199.702 - - - - - - - -

Outros activos intangíveis 6.420 6.420 - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

206.122 206.122 - - - - - - - -

31-12-2013

13. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013

Caixa Central Crédito Agrícola Financeiro Lisboa 1,63% 4.933.915 3.413.415

Fenacam Serviços Lisboa 0,01% 50 50

CA Informática Serviços Lisboa 0,24% 16.272 16.272

CA Seguros Seguros Lisboa 0,00% 59 59

4.950.296 3.429.796

Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros* mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Caixa Central Crédito Agrícola 6.000.506.067 8.127.857 36.610.035Fenacam 7.690.521 5.279.851 91.220CA Informática 21.697.337 6.621.974 314.140CA Seguros 191.845.453 42.341.431 3.394.131

* Todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas. 14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram os seguintes:

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 71

31-12-2014 31-12-2013

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.354.170 1.369.904

Regularização -

1.354.170 1.369.904

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.382 1.683

1.352.788 1.368.220

Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 285.906

- 285.906

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 315.944 -

315.944 - O movimento ocorrido nos impostos diferidos entre 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte:

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em em em Resultados em em

31-12-2013 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Activos tangíveis e im paridade - - - - -

. Activos intangíveis - - - - -

. Prém io de antiguidade 64.650 (5.802) - - 58.848

. Encargos com saúde (569) 569 - - -

. Provisões não aceites fiscalm ente:

Provisões para cobrança duvidosa 392.228 137.385 - - 529.612

Provisões para crédito vencido 817.057 (162.588) - - 654.468

Provisões para riscos gerais de crédito 54.543 (8.233) - - 46.310

Provisões para riscos bancários gerais - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - -

Provisões para im óveis 41.995 22.936 - - 64.931

Provisões para outras aplicações - - - - -

Provisões para outros riscos e encargos - - - - -

. Pensões

Reform as antecipadas - - - - -

Desvios actuariais - - - - -

Contribuição efectuada - - - - -

. Reavaliação de im obilizado não aceite fiscalm ente (1.683) 301 - - (1.382)

. Reavaliação de instrum entos financeiros derivados - - - - -

. Valias fiscais - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - -

. Com issões - - - - -

. Correcções no justo valor dos elem entos cobertos - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à m aturidade - - - - -

. Regularização - - - - -

1.368.220 (15.432) - - 1.352.788

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 72

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

15. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros activosOutros metais preciosos 3.533 3.533Outros devedores diversos 345.672 256.866

349.206 260.399Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 47.025 81.872Seguros 12.854 12.149Outras 10.655 7.473

70.534 101.494Valores a regularizarOperações activas a regularizar 599.822 570.536Outras - -

599.822 570.536Imparidade - Outros activosOutros devedores diversos (23.250) (42.000)

(23.250) (42.000)

996.312 890.429

16. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Recursos de instituições de crédito no paísEmpréstimos 311.408 9.379.000

311.408 9.379.000

Juros a pagar 1.898 4.198

313.306 9.383.198

17. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Impostos correntes 350.312 58.075

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 15.432 48.422Prejuízos fiscais reportáveis - -

15.432 48.422

Total de impostos reconhecidos em resultados 365.744 106.497

Resultado antes de impostos 1.006.521 521.945

Carga fiscal 36,34% 20,40%

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 73

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 27.938.708 34.922.735Entre três meses e um ano 61.254.395 61.702.386Entre um ano e três anos 25.861.398 15.497.604Entre três e cinco anos 63.696 51.752Duração indeterminada 39.795.439 40.955.804

154.913.636 153.130.281

18. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade entre 31 de Dezembro de 2013 e 31 de

Dezembro de 2014 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 336.438 3.389.819 (1.384.633) - 19.569 2.361.193- Crédito e juros vencidos 4.902.886 2.882.547 (3.735.979) (4.507) 93.571 4.138.518- Risco-país - - - - - -

5.239.324 6.272.366 (5.120.612) (4.507) 113.140 6.499.711Provisões: - Riscos gerais de crédito 817.655 240.114 (243.919) - - 813.850 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

817.655 240.114 (243.919) - - 813.850

Imparidade

- Imparidade de outros activos:Activos não correntes detidos para venda 284.414 94.250 (193) - (113.140) 265.331Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 42.000 - (18.750) - - 23.250

326.414 94.250 (18.943) - (113.140) 288.581

6.383.393 6.606.730 (5.383.474) (4.507) - 7.602.142

31-12-2014 31-12-2013Depósitos

À ordem 38.928.754 40.045.946A prazo 92.116.543 87.305.531De poupança 23.051.155 24.868.945

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 1.014 1.014Outros 4.285 3.535

Juros a pagar 811.886 905.310154.913.636 153.130.281

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 74

19. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Credores e outros recursosRecursos Diversos 139.467,64 102.136,57Sector Público Administrativo

Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.696 597Retenção de impostos na fonte 84.576 92.825Contribuições para a Segurança Social 33.825 31.748

Cobranças por conta de terceiros 2.546 2.473Contribuições para outros sistemas de saúde 6.812 6.337Credores diversos

Credores por fornecimento de bens 68.757 114.742Outros credores 34.044 60.070

371.724 410.928 Encargos a pagarOutros 313.707 300.497 Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 7.849 9.308De compromissos irrevogáveis 3.481 3.442Outras - associadas a operações de crédito 217.653 213.107

228.982 225.857 Valores a regularizarOutras operações a regularizar 261.879 213.336

1.176.292 1.150.618

20. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 2.439.159 2.697.916

Outros passivos eventuais 313.356 313.356

Direitos adicionais de crédito - 46.485.497

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 16.440.597 18.351.266

Compromissos revogáveis 1.617.298 1.646.962

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 91.342 581.977

Valores recebidos para cobrança 279.117 98.707

21.180.868 70.175.680

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 75

21. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

N º de N º deTítulos Capital Montante Títulos Capital Montante

Associados:7.135 Associados 317.917 1.589.585 294.611 1.473.055Títulos de capital da própria instituição 2.125.113 10.625.565 2.120.410 10.602.050

2.443.030 12.215.150 2.415.021 12.075.105

31-12-201331-12-2014

Em 31 de Dezembro de 2014, o capital encontra-se repartido por 7.135 associados, sendo que

não existem entidades que detenham participação igual ou superior a 1% no capital da Caixa. Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

22. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Outros instrumentos de capitalReserva reavaliação 353.313 225.614Reserva legal 6.945.000 6.700.000Outras reservas 300.026 315.946Resultados transitados (34.318) (162.854) 7.564.020 7.078.706Resultado do exercício 640.777 415.449 8.204.797 7.494.154

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar

o capital. 23. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 76

31-12-2014 31-12-2013

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 2.351 2.315

Juros de aplicações em instituições de créditoAplicações em instituições de crédito no país 2.029.282 2.558.887

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 22.575 40.303Empréstimos 1.505.745 1.577.995Créditos em conta corrente 265.110 341.542Descobertos em depósitos à ordem 98.170 101.298Operações de locação financeira

Imobiliária 7.272 -Outros Créditos 239 -

ParticularesHabitação 680.888 687.122Consumo 333.301 312.722Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 4.306 6.606Empréstimos 472.520 471.577Créditos em conta corrente 53.033 102.818Descobertos em depósitos à ordem 49.371 50.559

Crédito ao exteriorParticulares

Habitação 17.586 14.922Consumo 6.028 4.517Outras finalidades

Empréstimos 403 301Descobertos em depósitos à ordem 30 40

Outros créditos e valores a receber (titulados)Juros - papel comercial 68.683 35.375

Juros de crédito vencido 268.901 224.407

Juros e rendimentos similares de outros activos financeiros Juros de activos financeiros disponiveis para venda 7.163 29.165 Juros de investimentos detidos até à maturidade 110.500 110.500

Outros juros e rendimentos similares 1 -6.003.458 6.672.971

24. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de recursos de outras instituições de créditoCaixa Central 7.889 50.757

Juros de recursos de clientes 1.829.438 2.305.419

1.837.327 2.356.176

25. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 77

31-12-2014 31-12-2013Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Investimentos em filiais 2 -2 -

26. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Por garantias prestadas

Garantias e avales 57.806 53.97157.806 53.971

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 126.149 155.101Outros compromissos irrevogáveis 7.097 -

133.247 155.101Por serviços prestados

Cobrança de valores 8.942 10.623Transferência de valores 30.886 45.762Gestão de cartões 540 280Anuidades 87.063 89.112Operações de crédito 370.744 371.456Outros serviços prestados 537.834 555.509

1.036.008 1.072.742

Outras comissões recebidas 406.939 437.937

1.633.999 1.719.751

27. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias recebidas 160 130Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 7.060 8.125Cobrança de valores 6.901 8.212Operações de crédito 406 -Outros

Transferência de Valores 35.421 27.212Cartões 107.596 121.932Comissões interbancárias - outras 89 67Comissões de intermediação - outras 22.048 21.876

Outras comissões pagas 267 -179.948 187.555

28. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Operações cambiais à vista 2.136 1.578

2.136 1.578

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 78

29. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Resultados em operações financeirasInvestimentos detidos até à maturidade 8.963 9.311

Resultados em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda (26.370) (19.681)

(17.407) (10.370)

30. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros rendimentos de exploraçãoReembolso de despesas 24.527 366Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 66.140 44.238Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 193.203 105.712

Rendimentos da prestação de serviços diversos 16.911 17.167Outros 29.198 24.469

329.978 191.952

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (17.375) (16.907)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (64.890) (94.375)Outros encargos e gastos operacionais (71.141) (90.085)

(153.406) (201.367)

Outros impostos (26.868) (11.197)

149.705 (20.612)

31. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 156.577 152.193Empregados 1.369.696 1.306.486

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões 17.708 46.011Encargos relativos a remunerações

Segurança Social 311.971 292.370SAMS 67.287 63.761

Outros encargos sociais obrigatórios 16.282 14.747

Encargos sociais facultativosOutros custos com pessoal 10.126 9.106

1.949.648 1.884.674

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 79

O número médio de colaboradores da Caixa apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Administração 2 3Chefias Intermédias 17 17Funções Técnicas 8 7Funções Administrativas 18 18Funções Comerciais 12 12Funções Auxiliares 2 2

59 59

32. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Com fornecimentos:

Água, energia e combustíveis 86.490 93.742

Material de consumo corrente 26.230 18.844

Material de higiene e limpeza 3.188 3.039

Outros fornecimentos de terceiros 44.555 48.812

160.463 164.436

Com serviços:

Rendas e alugueres 27.775 24.690

Comunicações 165.192 176.775

Deslocações, estadas e representação 1.850 1.401

Publicidade e edição de publicações 34.021 37.597

Conservação e reparação 63.435 47.818

Transportes 16.261 17.068

Formação de pessoal 3.231 3.854

Seguros 36.559 35.024

Serviços especializados:

Avenças e honorários 55.769 40.069

Judiciais, contencioso e notariado 22.608 11.722

Informática 537.120 539.627

Segurança e vigilância 3.240 3.196

Limpeza 64.661 67.801

Bancos de dados 2.031 1.779

Outros serviços especializados:

Estudos e consultas 492 -

Consultores e auditores externos 6.940 6.515

SIBS 86.212 85.387

Avaliadores externos 389 1.669

Outros serviços de terceiros 124.323 99.707

1.252.108 1.201.699

1.412.572 1.366.135

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 80

33. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 13), a Caixa consolida com as Caixas

de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições crédito - - 1.602.916 1.602.916 - - 2.209.116 2.209.116

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - 1.543.321 1.543.321

Aplicações em instituições de crédito - - 71.701.612 71.701.612 - - 73.757.260 73.757.260

Outros activos - 206.420 1.006 207.426 - 186.729 1.637 188.366

Passivos:

Recursos de outras instituições de crédito - 313.306 313.306 - - 9.383.198 9.383.198

Outros passivos - 42.622 4.026 46.648 - 87.937 660 88.598

Custos:

Juros e encargos similares - - 7.889 7.889 - - 50.757 50.757

Encargos com serviços e comissões - - 85.363 85.363 - - 81.402 81.402

Gastos gerais administrativos - 757.093 8.027 765.120 - 826.166 9.492 835.658

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 2.029.282 2.029.282 - - 2.561.202 2.561.202

Rendimentos de serviços e comissões - 271.528 24.576 296.104 - 275.783 21.680 297.463

Outros resultados de exploração - 23.817 - 23.817 - 497 273 770

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais - - 187.853 187.853 - - 187.853 187.853

31-12-2014 31-12-2013

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

34. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados são efectuados anualmente estudos actuariais pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A., o último dos quais referente a 31 de Dezembro 2014. Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM da Zona do Pinhal foram os seguintes:

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 81

31/12/2014 31/12/2013Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade de reforma (**) 65Método de avaliação “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013 As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte em 31 de Dezembro de 2014, assim como a respectiva cobertura, assumindo os pressupostos para NCA, apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 485.223 548.858 . Licenças sem vencimento 16.172 12.908 . Pensões em pagamento 25.812 24.631

527.207 586.397

Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo,

fornecido pela entidade gestora 634.243 562.809

Valor não financiado - 23.588

O valor não financiado corresponde ao aumento das responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade, da adopção de novos pressupostos financeiros, do reconhecimento das responsabilidades com cuidados de saúde e subsídio por morte na reforma.

O valor não financiado resultante da adopção das IAS, poderá ser financiado ao longo de oito

anos, com início em 2007, com excepção das responsabilidades com cuidados de saúde e alterações de tábua que poderão ser financiadas ao longo de dez anos, conforme disposto pelo Banco de Portugal.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 82

Anos a

01-01-06 diferir 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade 6.642 10 949 633 633 633 633 633 633 633 633 633 . Alteração de pressupostos f inanceiros 102.593 8 20.519 11.725 11.725 11.725 11.725 11.725 11.725 11.725 - -

109.235 21.468 12.358 12.358 12.358 12.358 12.358 12.358 12.358 633 633

Benefícios de assistência médica (SAMS) 240.244 10 34.321 22.880 22.880 22.880 22.880 22.880 22.880 22.880 22.880 22.880Subsídio por morte 3.420 8 (684) (391) (391) (391) (391) (391) (391) (391) - -

352.899 55.105 34.847 34.847 34.847 34.847 34.847 34.847 34.847 23.513 23.513

De acordo com o Aviso nº 4/2005, o reconhecimento em resultados transitados é efectuado de forma faseada, consoante seja relativo à alteração de tábua de mortalidade, à alteração de outros pressupostos relativos a responsabilidades com pensões e a cuidados médicos pós emprego.

31-12-2014 31-12-2013

Responsabilidade a reconhecer em resultados transitadosValor não financiado 34.847 34.847Valor reflectido no activo 34.847 34.847

Os custos com os benefícios pós-emprego dos trabalhadores foram reflectidos nas seguintes

rubricas da demonstração de resultados: 31-12-2014 31-12-2013

Custos com o pessoal - Prémio de antiguidade 17.584 7.904Custos com o pessoal - Fundo de pensões 17.708 46.011

35.292 53.915

O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 586.397

. Custo do serviço corrente 24.873

. Custo dos juros 19.150

. Ganhos/Perdas actuariais nas responsabilidades (101.590)

. Pensões pagas pelo fundo de pensões -

. Contribuições pagas ao SAMS (1.623)

Responsabilidades totais em 31 de Dezembro de 2014 527.207

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o número de participantes do Fundo tinha a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Empregados no activo 56 56

Reformados e pensionistas 3 3

59 59

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 83

35. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco de Crédito O risco de crédito corresponde ao risco de perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros. Em 31 de Dezembro de 2014, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

Tipo de Valor Valor instrumento financeiro bruto Imparidade líquido

Patrimoniais:

Crédito a clientes 94.941.781 (6.499.711) 88.442.069Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.602.916 - 1.602.916Aplicações em instituições de crédito 71.701.612 - 71.701.612Investimentos detidos até à maturidade 3.020.589 - 3.020.589

168.246.308 (6.499.711) 161.746.597

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 2.758.515 (27.585) -Compromissos irrevogáveis 16.440.597 (164.406) -

19.199.112 (191.991) - Risco de Liquidez Prazos residuais Em 31 de Dezembro de 2014, os prazos contratuais residuais relativos aos activos e passivos

financeiros apresentam a seguinte composição:

"on demand" até 3 mesesde 3 meses a 1

anode 1 ano a 5 anos mais de 5 anos Indeterm. Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 1.136.743 - - - - - 1.136.743Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.602.916 - - - - - 1.602.916Aplicações em instituições de crédito - 10.050.000 26.521.813 30.012.000 4.276.975 840.824 71.701.612Crédito a clientes 1.078.734 5.451.243 1.058.283 11.536.479 68.400.550 7.416.492 94.941.781Derivados de cobertura - - - - - - -

3.818.393 15.501.243 27.580.096 41.548.479 72.677.525 8.257.316 169.383.052

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito - 311.408 - - - 1.898 313.306Recursos de clientes e outros empréstimos 38.928.754 27.938.708 61.254.395 25.925.094 - 866.685 154.913.636Derivados de cobertura - - - - - - -Outros passivos subordinados - - - - - - -

38.928.754 28.250.116 61.254.395 25.925.094 - 868.583 155.226.942

Risco de mercado Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos

instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo: - Risco cambial; - Risco de taxa de juro;

- Outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 84

36. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Zona do Pinhal está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem 2014 Ramos Não Vida CA Seguros 101.840,11 97.392,47 116.643,85 43,0% Ramo Vida CA Vida 131.586,23 177.892,88 154.319,23 56,8% Fundos de Pensões

CA Vida 287,37 402,80 564,70 0,2%

Total 233.713,71 275.688,15 271.527,78 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

37. FUNDOS PRÓPRIOS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 do Banco de Portugal foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes COREP, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

Até 31 de Dezembro de 2013, apresentam-se os valores dos fundos próprios da Caixa de acordo com os requisitos do reporte da referida Instrução 23/2007, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação.

CCAM da Zona do Pinhal - RELATÓRIO E CONTAS – Exercício de 2014 85

Atendendo ao anteriormente exposto, os rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa a 31 de Dezembro de 2014 são os seguintes:

Em euros 2011 2012 2013 2014 Δ 13/14

Fundos Próprios totais 13.827.597 15.317.634 16.561.701 19.791.455 19,5%

Common equity tier 1* --- --- --- 19.144.926 ---

Tier 1* 13.915.704 15.504.983 16.790.876 19.144.926 14,0%

Tier 2 0 0 0 646.530 ---

Posição em risco de activos e equivalentes 184.966.016 189.685.550 190.659.519 187.792.392 -1,5%

Requisitos de fundos próprios 88.411.345 85.854.342 83.691.377 83.959.036 0,3%

Crédito 77.363.620 73.647.192 71.046.477 71.894.086 1,2%

Operacional 11.047.725 12.207.150 12.644.900 12.064.950 -4,6%

CVA --- --- --- 0 ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- --- --- 23,0% ---

Tier 1 * 15,7% 18,1% 20,1% 23,0% 2,9 P.P

Tier 2 0,0% 0,0% 0,0% 0,8% 0,8 P.P

Total* 15,7% 18,1% 20,1% 24,0% 3,9 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Magda Cristina Batista Antunes Santolini Nélia Maria Henriques Alves (TOC nº 87186) Magda Cristina Batista Antunes Santolini

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