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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO VII Metodologia e Prática de Ensino de Química Araraquara 2013 ÍNDICE INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 2 1 APRESENTAÇÃO DA ESCOLA ..................................................................................... 4 2 ATIVIDADES REALIZADAS .......................................................................................... 6 CONCLUSÃO........................................................................................................................... 7 ANEXOS ................................................................................................................................... 8 APÊNDICES ........................................................................................................................... 11

Relatorio Estagio Vii

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Relatorio estagio VII- licenciatura - materia pedagogica

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO VII

Metodologia e Prática de Ensino de Química

Araraquara

2013

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 2

1 – APRESENTAÇÃO DA ESCOLA ..................................................................................... 4

2 – ATIVIDADES REALIZADAS .......................................................................................... 6

CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 7

ANEXOS ................................................................................................................................... 8

APÊNDICES ........................................................................................................................... 11

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INTRODUÇÃO

São muitos acontecimentos que influenciaram diretamente minhas escolhas nesses

últimos anos. Durante toda vida acadêmica estudei em escolas públicas, observei atentamente as

instituições de ensino e o comportamento dos profissionais em relação à capacidade de promover e

modificar o ensino, visando melhoras na qualidade da educação.

Analisando as escolas públicas atualmente, percebo que poucos itens mudaram, mas não

para melhor. As escolas são as mesmas, o perfil do público estudantil é o mesmo, o desinteresse

pelo conhecimento cedido pela escola atinge a maioria dos alunos e nestes, ainda vejo ausência de

boas perspectivas futuras. É evidente que o espaço físico das escolas continua precário e ainda sim,

a escola pública tem a obrigação de admitir uma quantidade de alunos que muitas vezes, limita o

espaço físico nas salas de aula e interfere na relação professor-aluno e na relação aluno-aluno.

O nível do ensino da escola pública nos últimos anos caiu acentuadamente, a cobrança

na escola pública com os alunos já não é mais a mesma comparada há alguns anos atrás, este fato

torna-se notório ao analisar o currículo do estado de São Paulo e o material de estudo cedido aos

professores e alunos pelo governo. O professor ainda é mal remunerado e o desestímulo junto a

todos os outros problemas e o descaso pelo governo, torna escassa a procura por esta profissão.

Apesar do esforço da direção das escolas em manter os alunos na sala de aula para que

possam adquirir novos conhecimentos, a realidade social não contribui para melhoras na educação.

Infelizmente existem inúmeras famílias desestruturadas, a inserção no ambiente social desfavorável

onde há níveis alarmantes de consumo de entorpecentes, na maioria das vezes torna inútil todo o

trabalho de conscientização e educação promovido no ambiente escolar e, o apoio familiar de que

os alunos tanto precisam, na maioria dos casos não existe.

Hoje, eu, como professora, posso perceber que a educação tomou este rumo e que a

culpa não é da instituição escolar e nem dos profissionais da educação, a própria sociedade

contribuiu para isso.

Ingressar no curso de Licenciatura em Química para mim não foi uma opção e sim, uma

escolha. Sempre admirei a profissão “Professor”, e sempre me espelhei em alguns deles devido à

conduta, seriedade no cumprimento dos deveres, valorização de seu trabalho mesmo diante de tanta

incerteza e contratempos. Muitos professores que foram minha inspiração no passado, hoje são

colegas de trabalho que me orientam e me mostram o melhor caminho para amenizar problemas que

surgem eventualmente no decorrer da profissão.

O ensino superior no curso de Licenciatura em Química mostrou que existem diversos

caminhos a serem seguidos tais como a pesquisa em química, atuar como professor e atuar na

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indústria. Decidi seguir a profissão, Professora, pois acredito que a educação está passando por um

processo de transformação, como também a valorização do professor.

Como profissional, aceito os desafios impostos pela escola pública e quero contribuir

com a melhoria da educação, acredito que somente com uma educação básica de boa qualidade será

possível mudar para melhor o rumo do nosso país.

Estagiar durante a graduação nas escolas públicas contribuiu muito para minha

formação e escolha profissional, pois o contado com o ambiente de trabalho, a interação

com professores experientes e alunos tornaram as práticas construtivas, também como,

promoveu a aproximação da realidade escolar. A busca pela inovação, motivação e

capacitação não pode ser efêmera nesta profissão, é um processo de reflexão, onde para os

docentes, dá a certeza de que o aprendizado é próspero e inacabado.

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1 – APRESENTAÇÃO DA ESCOLA

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA:

e atende a alunos pertencentes ao bairro localizado na periferia da cidade, lugar onde

predomina famílias de classe baixa e classe média baixa. A estrutura da escola comporta o número

atual de alunos do ensino médio, do ensino fundamental e na educação de jovens e adultos,

dispostos no período da manhã, tarde e noite, respectivamente. Mesmo esta possuindo carências

devido à insuficiência de verba pública, tais como, defeitos no telhado provocando goteiras

evidenciadas em épocas de chuva, quadra para atividade esportiva interditada, torneiras inexistentes

no banheiro masculino, dentre outras, a escola conta com uma direção assente que mantém a ordem,

disciplina e funcionamento da instituição da melhor maneira possível. De acordo com o censo

2011 e até o ano de 2013, a tabela abaixo relaciona os itens presentes e ausentes no ambiente

escolar:

Possui Não possui

Alimentação escolar para alunos Laboratório de ciências

Laboratório de informática Biblioteca

Acesso à internet Reciclagem de lixo

Internet banda larga Parque infantil

Cozinha Berçário

Sala de leitura Dependências adequadas a alunos com deficiência

Televisão Sanitário adequado a alunos com deficiência

DVD Sala para atendimento educacional especializado

Computadores

Impressoras

Quadra de esportes coberta

Água filtrada

Água em rede pública

Sala de diretoria

Sala de professores

Esgoto em rede pública

Energia em rede pública

Coleta de lixo periódica

Sanitário dentro do prédio

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CARACTERIZAÇÃO DOS PROFESSORES

O estágio intercorreu sob orientação da professora formada em Biologia no Centro

Universitário de Araraquara (UNIARA-SP), atua ministrando aulas de matemática e biologia para o

ensino fundamental e médio em duas escolas estaduais na cidade, com carga horária de 20 a 32

aulas semanais.

Existem muitas dificuldades vivenciadas pela professora no ato da profissão, tais como:

desinteresse da maioria dos alunos pela disciplina de matemática; contratempos causados pela

indisciplina de alunos dentro da sala de aula; impedimento diário no avanço do conteúdo devido à

desmedida dificuldade que os alunos apresentam quanto às operações básicas: adição, subtração,

multiplicação e divisão. Contudo, em nenhum momento a professora se mostrou impaciente e em

todas as vezes que surgiram dúvidas com relação às operações básicas, ela interrompeu o curso da

aula e explicou detalhadamente os cálculos na lousa e quando necessário, na carteira do aluno.

As complicações enfrentadas em sala de aula e o baixo salário provoca desestímulo na

docente pela profissão e, assim como todos os professores com quem conversei, nenhum deles está

na expectativa de que a educação na escola pública possa melhorar.

A Escola Estadual oferece oportunidade para os alunos do terceiro ano do ensino médio

conhecer as universidades em Araraquara participando das feiras de profissões oferecidas. Esta é

uma maneira de aproximar os alunos das instituições de ensino superior na tentativa de despertar o

interesse por alguma das profissões oferecidas, porém, acredito que a estratégia mais adequada para

esta finalidade seria motivar e mostrar aos alunos, a partir do 1ª ano do ensino médio, que é possível

alcançar seus objetivos e conquistar uma realidade social e financeira melhor.

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2 – ATIVIDADES REALIZADAS

Nos primeiros dias de estágio, as atividades realizadas basearam-se na observação das

aulas ministradas pela professora, que envolve a análise comportamental dos alunos, apreciação da

didática da docente, avaliação do conteúdo proposto nas aulas, análise do grau de dificuldade

apresentado pelos alunos, espaço físico e controle do tempo para execução das atividades e perfil da

escola.

Durante o estágio, também atuei como monitora auxiliando os alunos que apresentavam

mais dificuldade no entendimento do conteúdo. As aulas ministradas durante o estágio foram

preparadas de acordo com a orientação da professora responsável, os conteúdos envolvem: Área e

perímetro da circunferência, setor circular, noções de probabilidade e volume de cilindros.

Conteúdos presentes na Proposta Curricular do Estado de são Paulo, 4ª bimestre do 9° ano (8ª Série)

do ensino fundamental. A Fonte utilizada para o preparo das atividades avaliativas dispostas no

apêndice esta relacionada abaixo.

_ÁLVARO ANDRINI; MARIA JOSÉ VASCONCELOS. Praticando Matemática-

Manual do Professor. 3ª edição, São Paulo, 2012.

_ LUIZ ROBERTO DANTE. Matemática, Manual do professor. 1ª ed, São Paulo:

Ática, 2012.

_ÁLVARO ANDRINI; MARIA JOSÉ VASCONCELOS. Praticando Matemática,

Manual do professor, 7ª série, 3ª ed, São Paulo, 2012.

_Apostilas montadas pela professora Márcia Aberrachid, para uso em sala de aula.

A maior dificuldade que encontrei foi selecionar os exercícios avaliativos, pois, por se

tratar de alunos carentes em relação ao conteúdo da disciplina, a defasagem na aprendizagem em

matemática ao longo do ano de 2013 foi alarmante segundo a coordenação da escola, pois devido à

falta de professores gerou um rodízio destes para ministrar a disciplina. Os alunos apresentaram

grande dificuldade em resolver operações básicas da matemática, isto mostra que esse problema não

é recente e que até hoje não foi reparado.

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CONCLUSÃO

Apesar de todas as adversidades enfrentadas pelos educadores na profissão de professor

durante a atuação nas instituições de ensino público, acredito que estamos vivenciando uma fase de

transição da educação e esta, ainda pode ser melhorada. Os cursos de Licenciatura estão formando

profissionais mais conscientes e apesar da diminuta parcela de professores em formação que está

disposta a atuar no ensino, estou disposta a enfrentar os desafios futuramente impostos pela

profissão e dar minha contribuição desenvolvendo um trabalho inovador e motivador visando sanar

os problemas existentes, tais como evasão, retenção e má qualidade do ensino, e os que surgirão

durante o ato da profissão.

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ANEXOS

Nome: N°: Data: Série:

Atividade Avaliativa I

1) Na figura abaixo, sabendo que o segmento OA mede 9 cm e o segmento

OB mede 4 cm, calcule a área da coroa circular destacada. Utilize π=3,14

e A=πr2.

2) Calcule o valor aproximado da área de uma praça circular com 8 metros

de raio. Utilize π=3,14.

3) Sabendo que o diâmetro de uma bola de futebol oficial é

aproximadamente 22 cm, calcule o comprimento aproximado da

circunferência dessas bolas. Utilize π=3,14.

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APÊNDICES

1. Resumo do artigo:

TRANSITANDO DA TEORIA PARA A PRÁTICA: ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA

DIDÁTICA DE LICENCIANDOS EM QUÍMICA

Amadeu Moura Bego; Camila Silveira da Silva; Renato Eugênio da Silva Diniz; Luiz Antonio

Andrade de Oliveira.

Nas universidades brasileiras o modelo da racionalidade técnica ainda não foi totalmente

superado, já que disciplinas de conteúdo específico, de responsabilidade dos institutos básicos,

continuam, em muitos casos, precedendo as disciplinas de conteúdo pedagógico e articulando-se

pouco com elas, as quais, geralmente, ficam a cargo apenas das faculdades ou centros de educação.

Além disso, o contato com a realidade escolar continua acontecendo, com mais frequência, apenas

nos momentos finais dos cursos e de maneira pouco integrada com a formação teórica prévia.

Um modelo alternativo de formação de professores que vem conquistando um espaço cada

vez maior na literatura especializada é o chamado modelo da racionalidade prática. Nesse modelo, o

professor é considerado um profissional autônomo, que reflete, toma decisões e cria durante sua

ação pedagógica, a qual é entendida como um fenômeno complexo, singular, instável e carregado

de incertezas e conflitos de valores.

Assim, o conhecimento-base deve constituir-se a partir de vivências e análise de práticas concretas

que permitam constante dialética entre a prática profissional e a formação teórica e, ainda, entre a

experiência concreta nas salas de aula e a pesquisa, entre os professores e os formadores

universitários.

O curso de formação inicial em questão pode não estar contribuindo efetivamente para

formação profissional dos futuros professores de Química, ou até mesmo, desestimulando esses

graduandos a seguir a carreira docente na Educação Básica. O curso de Licenciatura do Instituto de

Química citado possui o caráter de uma licenciatura inspirada em um curso de bacharelado, em que

o ensino do conteúdo específico prevalece sobre o pedagógico e a formação prática assume, por sua

vez, um papel secundário. Segundo a pesquisa mostrada no artigo, os licenciandos apontaram

desinteresse dos professores formadores, falta de preparo, muita ênfase em teorias e pouca

orientação para a prática.

O modo com que as aulas das disciplinas pedagógicas foram e são conduzidas ao longo do

curso de graduação gerou e ainda gera certo desinteresse dos licenciandos pela futura atuação

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profissional como professor, pois grande parte da responsabilidade pela formação do professor é do

docente que ministra as aulas de disciplinas pedagógicas.

Precisamos de profissionais envolvidos e comprometidos com os cursos de Licenciatura no

Brasil, não só para o contato direito e a formação dos futuros docentes, como para a elaboração

curricular pautada nos princípios e concepções apresentados neste trabalho e em suas referências.

Para que as Licenciaturas possam, enfim, deixar de ser consideradas “o segundo plano” das

instituições superiores de ensino!

Questionamento

A pesquisa na área de educação necessita de um maior número de adeptos. Como atrair

estudantes do curso de Licenciatura em Química para atuar nesta área de pesquisa?

2. Resumo do artigo:

OS SABERES PROFISSIONAIS DOS PROFESSORES NA PERSPECTIVA DE

TARDIF E GAUHIER: CONRIBUIÇÕES PARA O CAMPO DE PESQUISA SOBRE OS

SABERES DOCENTES NO BRASIL

Aliana Anghinoni Cardoso - UFPEL

Mauro Augusto Burkert Del Pino - UFPEL

Caroline Lacerda Dorneles - UFRGS

O desenvolvimento no campo de pesquisa sobre os saberes docentes no Brasil iniciou nos

anos noventa, e hoje, há uma forte tendência das pesquisas brasileiras em defenderem a centralidade

da figura do professor e a importância de que se procure compreender a prática pedagógica a partir

de toda complexidade que a envolve, tanto no que diz respeito à própria atividade de ensinar quanto

ao fato de que os agentes dessa atividade são pessoas, com histórias, memórias, trajetórias,

expectativas e experiências singulares.

A partir de pesquisas realizadas com o propósito de compreender o que pensam os

professores sobre os seus saberes, Tardif destaca a existência de quatro tipos diferentes de saberes

implicados na atividade docente: os saberes da formação profissional (transmitido ao professor

durante o processo de formação); os saberes disciplinares (saberes reconhecidos e identificados

como pertencentes aos diferentes campos do conhecimento como: linguagem, ciências exatas,

ciências humanas, ciências biológicas, etc.); os saberes curriculares (programas escolares: objetivos,

conteúdos, métodos que os professores devem aprender e aplicar) e, por fim, os saberes

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experienciais (saberes que resultam do próprio exercício da atividade profissional dos professores.

Esses saberes são produzidos pelos docentes por meio da vivência). Os saberes profissionais, para

Tardif, têm, portanto, origens diversas e só podem ser compreendidos se considerados em todos os

seus aspectos.

A posição de Gauthier et al (2006) quando destacam a característica plural do saber docente,

não é a de um “ofício sem saberes” ou “saberes sem ofício” e sim, em direção a um “ofício feito de

saberes”.

Tardif e Lessard (2011) ressaltam uma condição ao analisarem a escola como lugar de

organização do trabalho docente e destacam que quanto mais complexa a escola foi se tornando, ao

longo do tempo, mais os professores se tornaram isolados e confinados ao espaço de suas salas de

aula.

A partir dos resultados e análises apresentadas por Tardif (2004) e Gauthier et al (2006)

pode-se afirmar que o processo que torna um professor o que ele é e que permite a aquisição e a

construção dos saberes necessários à sua prática profissional é complexo e marcado por diferentes

períodos, diferentes vivências e experiências.

É preciso não desconsiderar as perspectivas teóricas que abordam o ensino “pelo alto”, mas

complementá-las com perspectivas que analisem a escola, os professores e seu trabalho “por baixo”,

ou seja, a partir da aproximação entre o pesquisador e a escola, o pesquisador e os professores, que

são, de fato, os atores dos processos de ensino que atuam diariamente nas salas de aula de todo o

mundo.

Questionamento

É comum, porém anormal, graduandos do curso de licenciatura chegarem no

último ano do curso sem saber, como ser e o que é ser professor. Nesta fase, alguns professores em

formação passam a viver “saberes experienciais” e tomam um choque de realidade. Acredito que

essa situação seria amenizada se tivéssemos a nossa disposição uma equipe de professores (núcleo

ou departamento de educação), linhas de pesquisa na área de educação, estágios nas escolas sob

orientação de docentes capacitados que desse apoio aos professores em formação. TODOS

sabemos da importância disso.

Está no site do Instituto de Química

http://www.iq.unesp.br/#!/graduacao/curso-de-quimica/avaliacao-guia-do-estudante/

(Os cursos de Licenciatura em Química têm como foco principal à formação de professor de Química para

atuar no Ensino Médio, ou de Ciências no Ensino Fundamental).

Por que há tanta resistência da Unesp de Araraquara em implantar um núcleo de

apoio ou departamento de educação aqui no Instituto?

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3. Resumo do artigo:

O PLANEJAMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO:

ALGUMAS INDAGAÇÕES E TENTATIVAS DE RESPOSTAS

José Cerchi Fusari

O planejamento do ensino é essencial e quando elaborado de maneira crítica e reflexiva,

considera-se os problemas vivenciados no ambiente escolar e as dificuldades dos alunos. É um

processo inacabado pois a realidade da sala de aula envolve alunos com dificuldades e limitações

diferentes. Logo, o planejamento deve ser revisto e reestruturado de forma a adequar-se à realidade

vivenciada.

A ação consciente, competente e crítica do educador é que transforma a realidade, a partir

das reflexões vivenciadas no planejamento e, consequentemente, do que foi proposto no plano de

ensino.

O planejamento pedagógico deve superar as limitações estabelecidas pelo atual formulário e

enfatiza que os docentes não devem encarar a preparação do planejamento como apenas mais uma

tarefa burocrática a ser cumprida, mas devem conscientizar-se de que a elaboração do planejamento

constitui uma etapa importante na atuação destes no cotidiano de seu trabalho pedagógico e no

processo de ensino-aprendizagem.

Elaborar, executar e avaliar planos de ensino exige que o professor tenha clareza (crítica): da

função da educação escolar na sociedade brasileira; da função político-pedagógica dos educadores

escolares (diretor, professores, funcionários, conselho de escola); dos objetivos gerais da educação

escolar (em termos de país, estado, município, escola, áreas de estudo e disciplinas), efetivamente

comprometida com a formação da cidadania do homem brasileiro; do valor dos conteúdos como

meios para a formação do cidadão consciente, competente e crítico; das articulações entre

conteúdos, métodos, técnicas e meios de comunicação; e da avaliação no ensino-aprendizagem. Em

suma, a elaboração (coletiva/individual) dos planos de ensino depende da visão de mundo que

temos e do mundo que queremos da sociedade brasileira que temos e daquela que queremos da

escola que temos e daquela que queremos.