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Análise financeira elaborada no contexto de Finanças Empresariais I
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UNIVERSIDADE DOS AÇORESDEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO
FINANÇAS EMPRESARIAIS I
ANÁLISE FINANCEIRA
EDA – ELECTRICIDADE DOS AÇORES, S.A.
Ponta Delgada, 19 de Novembro de 2012
DISCENTES:
Marina Medeiros – Aluno N.º 20112261
Marina Oliveira – Aluno N.º 20112639
Paula Alves – Aluno N.º 20112251
Paulo Amaral – Aluno N.º 20112215
DOCENTES:
Mestre Pedro Pimentel
Mestre Fernando Matos
UNIVERSIDADE DOS AÇORESDEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO
FINANÇAS EMPRESARIAIS I
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................2
2. Caraterização da Empresa........................................................................................................2
3. Caraterização do Setor.............................................................................................................3
4. Análise do Equilíbrio Financeiro.............................................................................................4
5. Análise do Desempenho Económico........................................................................................5
6. Análise de Rácios.....................................................................................................................6
7. Análise do Risco Operacional, Financeiro e Total.................................................................10
8. Análise do Efeito de Alavanca Financeira.............................................................................12
9. Análise do Desempenho Financeiro.......................................................................................12
10. Análise do Mercado Bolsista..............................................................................................13
11. Análise Comparativa da Empresa com o Setor..................................................................14
12. Análise da Qualidade dos Resultados.................................................................................15
13. Considerações Finais..........................................................................................................16
14. Bibliografia.........................................................................................................................17
15. Anexos................................................................................................................................19
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
1. Introdução
O presente trabalho surge do estudo da cadeira de Finanças Empresariais I no qual será
efetuada uma Análise Económico-Financeira à empresa regional EDA – Electricidade dos
Açores, S.A..
Entende-se como Análise Financeira, uma avaliação da viabilidade, estabilidade e
lucratividade de um respectivo negócio. Esta é uma análise dinâmica, abrangendo toda a
atividade da empresa no período de 2009 a 2011.
O trabalho apresentará uma estrutura sintetizada, iniciando com a caraterização da empresa e
do setor de atividade em que esta se insere, seguindo-se de uma análise minuciosa do Balanço
Funcional, Mapa de Tesouraria Líquida e Demonstração de Resultados Funcional, e respetivos
Rácios Financeiros, Económico-Financeiros e Funcionais, e conclusões acerca da rendibilidade,
risco e equilíbrio financeiro da empresa.
Depois de analisadas as políticas de investimento e financiamento, analisar-se-á o Mapa de
Fluxos de Caixa, o mercado bolsista através do desempenho das acções de uma empresa do
setor, uma vez que a empresa em estudo não se encontra cotada em bolsa, e uma comparação da
empresa com o setor, assim como a qualidade dos resultados obtidos com a análise.
Para terminar, serão identificadas as principais conclusões da análise financeira realizada e
perspetivas de tendência futura, de acordo com a sua evolução no período em estudo.
2. Caraterização da Empresa
A EDA – Electricidade dos Açores, S.A., surgiu com a necessidade de constituição de uma
empresa pública regional para produção, transporte e distribuição de eletricidade na região,
conforme publicado no Decreto Regional n.º 16/80/A, de 21 de Agosto de 1980.
Esta foi constituída a 18 de Julho de 1981, caracterizada, juridicamente, como uma sociedade
anónima e com um Capital Social de 70.000.000€.
Esta sociedade é constituída por quatro acionistas: Região Autónoma dos Açores (50,1%);
ESA – Energia e Serviços dos Açores, SGPS, S.A. (39,7%); EDP – Gestão da Produção de
Energia, S.A. (10,0%); e Pequenos Acionistas e Emigrantes (0,2%).
Sendo a produção a atividade principal da empresa, esta também desempenha as funções de
aquisição, armazenamento, transporte, distribuição e venda de energia elétrica.
A EDA – Electricidade dos Açores, S.A. produz energia elétrica com base em recursos não
renováveis, mas também, e cada vez em maior proporção, em recursos renováveis disponíveis
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em toda a região. Existem, actualmente, vinte e nove Centrais Elétricas em funcionamento na
região, sendo estas, nove Centrais Térmicas (fuelóleo e gasóleo), espalhadas por todas as ilhas do
arquipélago, doze Centrais Hídricas, espalhadas essencialmente pela ilha de São Miguel, mas
também, Terceira, Faial e Flores, sendo esta última uma Central Mista (Térmica e Hídrica), duas
Centrais Geotérmicas na ilha de São Miguel, e sete Parques Eólicos, espalhados pelas ilhas de
Santa Maria, Terceira, Pico, Faial, São Jorge, Graciosa e Flores.
A distribuição da eletricidade é efetuada por linhas de baixa, média e/ou alta tensão, que se
estendem por toda a Região Autónoma dos Açores.
Face à concorrência, inexistente, a EDA – Electricidade dos Açores, S.A. é considerada
monopolista, como tal, o seu posicionamento no mercado de eletricidade é, indiscutivelmente, o
de líder.
Atualmente, as energias renováveis são responsáveis por mais de metade da produção de
energia elétrica na ilha de São Miguel, “Podemos estar muito próximos dos 48 por cento só na
geotermia em São Miguel. Com a eólica e a hídrica, podemos estar numa zona muito próxima
dos 57 ou 58 por cento”1. Com a crescente preocupação sobre os efeitos adversos no ambiente,
nomeadamente, na produção através do fuelóleo e gasóleo, é expectável que, futuramente, e em
prol de manter a certificação do Sistema de Gestão Ambiental, os investimentos nas energias
renováveis cresça ainda mais, mantendo, assim, o seu posicionamento de líder de mercado.
3. Caraterização do Setor
O setor, em que a empresa se insere, tem como principal função a produção, transporte,
distribuição, comercialização e consumo de energia elétrica.
A EDA – Electricidade dos Açores, S.A. é a única entidade do sector na Região Autónoma
dos Açores, não apresentando, deste modo, nenhum concorrente.
A produção de energia elétrica em Portugal provém de origem térmica (carvão, barragens,
entre outras), contudo, o uso de energias renováveis (eólica, hídrica, geotérmica, solares
fotovoltaicos, entre outras.), apesar de inferior à térmica, tem apresentado um aumento
significativo. Estes aumentos podem estar relacionados com o aumento da “consciência” da
responsabilidade social perante os efeitos da poluição (emissões de CO2) na atmosfera, ou pelos
incentivos à produção de energia elétrica renovável a partir de fontes renováveis, no sentido de
diminuir os impactos ambientais do setor elétrico.
1 PONTE, Duarte in Expresso, 13 de Setembro de 2012
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O crescimento que se verifica no consumo de eletricidade em Portugal deveu-se,
principalmente, ao aumento da taxa de eletrificação e do rendimento disponível das famílias,
bem como, ao desenvolvimento do setor dos serviços. O território português está interligado com
a rede espanhola, havendo permissão de troca de eletricidade entre ambos. Deste modo, há um
fornecimento da energia elétrica, em termos económicos, promovendo a concorrência entre os
agentes produtores de ambos os países.
A capacidade instalada acumulada teve um aumento significativo a nível mundial, passando
de 23 GWe2 em 2009, para 69 GWe em 2011.
4. Análise do Equilíbrio Financeiro
O Equilíbrio Financeiro traduz a capacidade da empresa de cumprir, atempadamente, todas
as suas obrigações. Conseguindo uma vantagem competitiva entre a concorrência, ganhando
credibilidade perante as entidades com quem interagem no seu Ciclo Económico de Exploração.
Esta análise é realizada através do Balanço Funcional3 e do Mapa de Tesouraria Líquida4.
Os Capitais Permanentes (recursos determinados pela política de financiamento) apresentam
uma variação de 6,48% de 2009 para 2010, devido ao aumento, generalizado, de todas as
rubricas. De 2010 para 2011 houve uma diminuição de 2,05% nos Capitais Permanentes. Devido
à diminuição das rubricas “Resultado líquido atribuível a detentores de capital” e “Interesses não
controlados”, havendo um aumento nas restantes.
Pode-se constatar que houve um aumento do Ativo Fixo (resultante das aplicações de
investimentos, que variam em função das decisões de investimento) na ordem dos 3,74% de
2009 para 2010, tendo contribuído para este aumento, as rubricas do Ativo. De 2010 para 2011,
o Ativo Fixo sofreu uma redução de 2,83% devido à diminuição geral das rubricas, em particular
da rubrica “Clientes”. A rubrica “Ativos Intangíveis” foi exceção, apresentando um aumento.
Com estas variações do Capital Permanente e do Ativo Fixo, foi obtido o resultado do Fundo
de Maneio Funcional. Este traduz a margem de segurança, constituída pelo excedente do Capital
Permanente face ao Ativo para financiar o ciclo de exploração. O resultado de Fundo de Maneio
Funcional5 foi negativo de 2009 a 2011, no entanto, estes valores negativos têm vindo a crescer,
positivamente. Deste modo, conclui-se que a empresa, no período em análise, não apresenta
segurança financeira.
2 Gigawatt Elétrico3 Consultar Anexos 1 e 34 Consultar Anexo 45 Diferença entre Capital Permanente e Ativo Fixo
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As Necessidades de Fundo de Maneio6 revelam as necessidades de financiamento do ciclo de
exploração, ou seja, os pagamentos necessários a fazer (ex. fornecedores, pessoal e Estado e
Outros Entes Públicos) antes de se receber dos Clientes.
As Necessidades Cíclicas são as contas que estão relacionadas com o ciclo de exploração e
que implicam necessidades de financiamento. Apresentam um acréscimo de 2,25%, de 2009 para
2010, devido ao aumento geral das rubricas, salvo a rubrica “Estado e Outros Entes Públicos”,
que diminuiu. De 2010 para 2011, exibe um crescimento significativo de 59,77%,
correspondente a um aumento geral das rubricas, mas em particular da rubrica “Clientes”.
Os Recursos Cíclicos compreendem as contas relacionadas com operações do ciclo de
exploração, que implicam geração de recursos financeiros. Apresentam, de 2009 para 2010, um
decréscimo de 16,18%, devido a uma diminuição de ambas as rubricas, enquanto que de 2010
para 2011 o decréscimo foi de 34,14%, provenientes da diminuição da rubrica “Fornecedores” e
do aumento da rubrica “Estado e Outros Entes Públicos”.
As Necessidades de Fundo de Maneio apresentam um aumento ao longo dos três exercícios,
apesar de em 2009 e 2010 manter-se negativo e em 2011 estar positivo. Este aumento,
significativo, deve-se à diminuição da rubrica “Fornecedores” e ao aumento da rubrica
“Clientes”.
Visto ter-se registado um aumento nas Necessidades de Fundo de Maneio e apresentar o
Fundo de Maneio negativo, o resultado da Tesouraria Líquida7, nos três exercícios, constata-se
negativo, pois o Fundo de Maneio não é suficiente para financiar as Necessidades de Fundo de
Maneio.
Com este resultado, a empresa apresenta uma estrutura de financiamento arriscada, sendo o
Ativo Fixo financiado uma parte por Capitais Permanentes e a outra pela Tesouraria Passiva.
Conclui-se, desta forma, que a Tesouraria Ativa apresenta um valor mais baixo do que a
Tesouraria Passiva e que através da sua diferença, resulta numa Tesouraria Líquida negativa nos
três exercícios, exibindo um desequilíbrio financeiro.
5. Análise do Desempenho Económico
A Demonstração de Resultados8 apresenta um resumo dos resultados das operações
financeiras da empresa no período de 2009 a 2011, retratando o peso das várias rubricas sobre o
6 Diferença entre Necessidades Cíclicas e Recursos Cíclicos7 Diferença entre Fundo de Maneio e Necessidades de Fundo de Maneio8 Consultar Anexos 2 e 5
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Resultado Líquido, permitindo assim, avaliar o desempenho económico da empresa ao longo dos
anos em estudo.
Tendo a rubrica “Vendas e Prestação de Serviços” aumentado de ano para ano, o mesmo não
se pode afirmar relativamente ao Resultado Líquido, pois este apresentou um aumento de 2009
para 2010 na ordem dos 49%, que pode ser explicado por um decréscimo na rubrica “Encargos
Financeiros”. Por outro lado, de 2010 para 2011 o Resultado Líquido sofreu uma diminuição na
ordem dos 62%, que pode ser explicada pelo aumento em 158% ocorrido na rubrica “Encargos
Financeiros”, em que os custos financeiros aumentaram e os proveitos financeiros diminuíram.
Relativamente aos “Custos Variáveis”, estes variaram consoante o nível de “Vendas e Prestação
de Serviços”, como seria de esperar, deste modo, podemos concluir que estes não têm grande
impacto sobre o Resultado Líquido.
Quanto aos Resultados Extraordinários, estes estão, intrinsecamente, relacionados com o
valor do património. Pode-se constatar que a variação dos Resultados Extraordinários é afeta
apenas da reclassificação dos Ativos. A variação, de negativa para positiva, de 2009 para 2010,
faz com que haja um aumento do Resultado Líquido, enquanto que, de 2010 para 2011, os
Resultados Extraordinários apresentam uma variação significativa, de positiva para negativa,
fazendo assim, com que o Resultado Liquido diminua.
6. Análise de Rácios
Numa análise financeira, o uso do método dos rácios é o mais utilizado. Estes relacionam
grandezas sintetizando uma grande quantidade de informação financeira. Esta técnica de análise,
não nos dá respostas concretas, mas ajuda a colocar as perguntas adequadas, obtendo-se resposta
às mesmas nos dados qualitativos, da relação com os stakeholders, permitindo também, fazer
comparações em anonimato.
Deste modo procedeu-se ao cálculo dos rácios9 referentes à empresa em análise bem como à
interpretação dos mesmos.
Solidez Financeira
A Solvabilidade indica-nos a proporção do Passivo da empresa financiado por Capital
Próprio em relação ao Capital Alheio. Pode-se verificar um crescimento do rácio, que se reflete
num aumento de solidez financeira. Esse crescimento é resultado de um aumento em maior
9 Consultar Anexo 6
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proporção do Passivo, comparativamente, ao aumento do Capital Próprio. Por outro lado, é
possível concluir que o recurso a Capital Alheio tem vindo a diminuir.
Quanto à Autonomia Financeira, pode-se verificar que, no período de 2009 para 2010
ocorreu um aumento em maior proporção do Capital Próprio relativamente ao Ativo Líquido,
enquanto que, o aumento de 2010 para 2011, ocorreu na mesma dimensão. Esta variação deve-se
a um aumento significativo dos resultados acumulados.
Inversamente à Autonomia Financeira, o Grau de Endividamento é a proporção do Ativo
Líquido que é financiado por Capital Alheio. O decréscimo ocorrido resultou da diminuição
significativa da rubrica “Instrumentos Financeiros Derivados”.
O Rácio da Estrutura de Endividamento traduz-nos o prazo de exigibilidade dos
compromissos, dividindo-se em Curto e Médio/Longo Prazo, sendo que, quanto maior a
proporção referente a Médio/Longo Prazo, maior será o equilíbrio financeiro. Quanto a Curto
Prazo, o valor foi constante de 2009 para 2010 aumentando de 2010 para 2011. Inversamente, a
Médio/Longo Prazo diminuiu de 2010 para 2011. Como o rácio de 2011 é de 0,73
comprovamos que a Estrutura de Endividamento encontra-se, maioritariamente, a Longo Prazo
contribuindo para um desequilíbrio financeiro.
Estes rácios permitem a análise da solidez financeira da empresa que se carateriza pela
capacidade de solver os seus compromissos a cada momento do tempo. Tendo em mente esta
definição, e conscientes que o Fundo de Maneio Funcional é negativo, constata-se que, a
capacidade de solver os compromissos não está assegurada financeiramente.
Liquidez
A Liquidez fornece a capacidade do reembolso da dívida contraída por empréstimos do Curto
Prazo, sendo importante para a credibilidade junto às Instituições Financeiras. Foram analisados
os rácios de Liquidez Geral e Liquidez Reduzida.
No período em análise, o rácio da Liquidez Geral aumentou, de 2009 para 2010 devido à
diminuição da rubrica “Fornecedores”, enquanto que, de 2010 para 2011, essa variação deve-se
por um lado, ao aumento significativo do Ativo Corrente (aumento da rubrica “Clientes e Outras
Contas a Receber”). Por outro, ao aumento do Passivo do Curto Prazo (aumento da rubrica
“Empréstimos Obtidos”), em menor proporção.
No cálculo da Liquidez Reduzida, excluímos as Existências por não serem convertíveis,
rapidamente, em Cash Flow. Neste aspeto, o rácio cresceu 10% de ano para ano.
Tal como analisado anteriormente, a Tesouraria Liquida apresentou resultados negativos
confirmando por esses rácios que não ultrapassa a proporção de um, traduzindo assim, que a
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empresa apresenta uma insuficiência de ativos líquidos para cobrir as responsabilidades de curto
prazo e afetando a credibilidade junto das instituições financeiras.
Rendibilidade
A Rendibilidade do Capital Próprio (RCP) serve como um método de comparação das
taxas de rendibilidade do mercado de capitais e ao custo do financiamento. De 2009 para 2010
houve um aumento traduzido pelo crescimento do Resultado Líquido, que se deveu a um
aumento das “Vendas e dos Ganhos Extraordinários”. De 2010 para 2011 a empresa apresenta
“Perdas Extraordinárias” avultadas tendo um efeito negativo sobre o rácio.
A Rendibilidade do Ativo (ROA) avalia o desempenho dos Capitais Totais investidos na
empresa sem diferenciação à sua origem. Pode-se constatar que houve um aumento de 2009 para
2010, devido a um crescimento significativo dos “Ativos Intangíveis” e, consequentemente, do
Ativo Líquido, por outro lado, o Resultado Operacional também aumentou, devido às “Vendas”
e ao “Custo de Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas”.
Eficiência da Utilização de Ativos
A Rotação do Ativo permite ter uma percepção da eficiência da utilização dos mesmos por
parte da empresa, sendo que, quanto maior for a rotação, maior será o seu grau de eficiência.
Este rácio aumentou devido a um crescimento mais significativo das “Vendas” sobre o “Ativo
não Corrente”.
Quanto à Rotação de Inventários, este fornece o nível de rotação de Stock em armazém, ou
seja, o tempo médio que a empresa demora a vender os seus stocks. Nos primeiros dois anos em
análise este rácio diminui, sofrendo um crescimento no terceiro ano. No geral, o valor da
Rotação do Inventário é, relativamente, baixa (~25), o que nos indica uma elevada rotação de
stocks, traduzindo-se numa maior eficiência.
Funcionamento do Ciclo de Exploração
O Prazo Médio de Recebimentos fornece o tempo médio que os clientes demoram a pagar
as suas dívidas. Este aumentou nos períodos em análise, o que significa que os clientes têm
vindo a aumentar o seu período de incumprimento perante a empresa.
Quanto ao Prazo Médio de Pagamentos, este explica o tempo médio que a empresa demora
a pagar as suas dívidas aos fornecedores. No período em análise verificou-se que houve uma
diminuição significativa, sendo esta diferença mais de metade de 2011 em relação a 2009.
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Em relação ao Prazo Médio de Armazenamento, este traduz o tempo médio que a empresa
mantém as suas existências em armazém, tendo havido uma diminuição ao longo do período em
análise.
A empresa apresenta Necessidades de Fundo de Maneio negativas em 2009 e 2010, o que
demonstra excedentes financeiros do ciclo de exploração. Isto deve-se ao facto de a diferença
entre o Prazo Médio de Recebimentos e o Prazo Médio de Pagamentos ter uma amplitude muito
elevada, ou seja, estando em extremos, significativamente, distintos. Já no ano de 2011, ocorreu
uma situação inversa, onde as Necessidades de Fundo de Maneio são positivas, apresentando
uma necessidade de financiamento do ciclo de exploração, confirmado por sua vez, pelo
aumento do Prazo Médio de Recebimentos e pela diminuição do Prazo Médio de Pagamentos,
diminuindo a anterior amplitude mais favorável, as Necessidades de Fundo de Maneio. O Prazo
Médio de Armazenagem, por ter uma variação pouco acentuada, não reflecte grande impacto
sobre o saldo das Necessidades de Fundo de Maneio.
Análise Dupont Modificada10
A Análise Dupont Modificada é constituída por um conjunto de fatores que contribuem para
a determinação da rendibilidade dos Capitais Próprios, de forma a explicar a origem da
rendibilidade dos acionistas.
Esta análise será realizada através do Efeito de Investimento, Efeito de Financiamento, Efeito
Extraordinário e Efeito Fiscal.
O Efeito de Investimento é constituído pela multiplicação da Rendibilidade Operacional das
Vendas pela rotação do Activo, representando a rendibilidade dos Ativos (ROA). Esta rubrica
apresenta um crescimento de 2009 para 2010 devido ao aumento do Resultado Operacional. De
2010 para 2011, a Rendibilidade dos Ativos aumenta, como resultado de uma redução do
Resultado Operacional. Nos três exercícios, o Ativo foi aumentando, gradualmente, contribuindo
para as variações apresentadas.
O Efeito de Financiamento é composto pela multiplicação do Rácio de Endividamento pelo
Efeito do Encargos Financeiros, ou seja, o resultado será igual ao Efeito da Alavanca Financeira.
Ao longo dos três exercícios, confirma-se que existe o Efeito da Alavanca Financeira pelo fato
de este apresentar um valor superior a um, indicando que o endividamento melhora a
rendibilidade dos acionistas.
O Efeito Extraordinário exerce influência sobre o Resultado Antes do Imposto (RAI). Este
apresenta um resultado constante, não contribuindo, significativamente, para o Resultado Antes 10 Consultar Anexo 7
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do Imposto. Quanto à Rendibilidade do Capital Próprio (RCP), este aumenta de 2009 para 2010,
diminuindo de 2010 para 2011.
O Efeito Fiscal está ligado ao pagamento do IRC que por sua vez aumenta de 2009 para
2010 e diminui de 2010 para 2011. Como apresenta valores inferiores a um, contribuem assim,
para a diminuição dos Rendibilidade dos Capitais Próprios.
7. Análise do Risco Operacional, Financeiro e Total
Através da Demonstração de Resultados Funcional e da estrutura de gastos fixos e variáveis,
procedeu-se a uma análise através do Risco do Negócio, Risco Financeiro e Risco
Global/Combinado da Empresa11.
Referente ao Risco de Negócio, que inclui o Risco Operacional, é interpretado pelo Grau da
Alavanca Operacional, Ponto Crítico de Vendas e Margem de Segurança.
O Grau da Alavanca Operacional (GAO) mede a sensibilidade do Resultado Operacional
com as variações que ocorrem nas vendas. Este variou, negativamente, entre 2009 e 2010 de 2,78
para 2,50 e positivamente entre 2010 e 2011 de 2,50 para 3,77. A variação ocorrida de 2009 para
2010 deve-se ao aumento da rubrica “Vendas e Prestação de Serviços”, em consonância com um
aumento do Resultado Operacional devido a um acréscimo generalizado das suas rubricas de
Custos Fixos Operacionais. De 2010 para 2011 o GAO apresenta um acréscimo de 2,50 para
3,77, devido ao aumento da rubrica “Vendas e Prestação de Serviços” e diminuição de “Gastos
com o Pessoal”, fazendo com que a Margem Bruta aumentasse. Por outro lado, em combinação
com um aumento significativo da rubrica “Imparidades”, ocorreu uma diminuição acentuada do
Resultado Operacional.
O Ponto Crítico de Vendas (PCV) é o volume de vendas que é preciso obter para cobrir a
totalidade dos custos variáveis e custos fixos. Este aumentou de 2009 (113.822.831,56) para
2010 (119.649.308,27). De 2010 para 2011, apresenta um aumento para o valor de
157.148.977,55. Este acréscimo deve-se ao fato de a empresa apresentar necessidade de
aumentar vendas/prestação de serviços para garantir que o Resultado Operacional seja, no
mínimo, idêntico a zero. Quanto maior é o PCV, maior será o ponto crítico operacional,
havendo, deste modo, a necessidade de vender/prestar serviços, mais do que anteriormente.
A Margem de Segurança (MS) apresenta o valor percentual em que posso ver reduzidas as
vendas/prestação de serviços até entrar no PCV, quando o Resultado Operacional é igual a zero.
Esta cresceu de 36% (2009) para 40% e decresceu para 26% em 2011. Neste caso, não é
11 Consultar Anexo 8
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favorável para a empresa. Quanto maior a Margem de Segurança para a empresa, menor será o
risco operacional, não se verificando tal situação. Com esta redução, aumenta o risco
operacional, em relação aos anos anteriores.
O Risco Financeiro é calculado através do Grau da Alavanca Financeiro (GAF), que mede
a sensibilidade do Resultado Corrente a variações nos Resultados Operacionais. Este exibe um
decréscimo de 1,26 (2009) para 1,10 (2010) e aumentando para 1,54 em 2011. Em 2009, este
valor significa que sempre que os Resultados Operacionais variam 1%, os Resultados Correntes
variam 1,26 vezes mais. Em 2010, o valor significa que sempre que os Resultados Operacionais
variam 1%, os Resultados Correntes variam 1,10 vezes mais. Esta redução, de um exercício para
o outro, deduz-se pelo fato de o Resultado Operacional e o Resultado Corrente terem aumentado.
De 2010 para 2011, confirma-se o inverso da situação anterior. Existe um aumento de 1,10
(2010) para 1,54. Novamente, este valor significa que sempre que os Resultados Operacionais
variam 1%, os Resultados Correntes variam 1,54 vezes mais e este aumento acontece por ambos
os Resultados (Operacional e Corrente) diminuírem.
Em último, mas não menos importante, temos o Risco Global/Combinado analisado através
do Grau da Alavanca Combinada (GAC), que mede a sensibilidade do Resultado Corrente a
variações nas vendas. Para determinar qual o tipo de risco que a empresa está mais exposta,
compara-se o GAO com o GAF de cada exercício.
No exercício de 2009, a empresa apresentou um GAC de 3,49, tendo um GAO de 2,78 e
o GAF de 1,26. Estes valores indicam-nos que a EDA – Electricidade dos Açores, S.A. está
exposta a um Risco Operacional. Em 2010, exibe um GAF de 2,75, apresentando um GAO de
2,50 e um GAF de 1,10. Novamente, a empresa está exposta ao Risco Operacional. A redução de
um exercício para o outro, acontece devido ao aumento da Margem Bruta e do Resultado
Corrente. No exercício de 2011, demonstra um GAC de 5,82, tendo um GAO de 3,77 e um CAF
de 1,54. Confirma-se, mais uma vez, a exposição ao Risco Operacional em maior grau em
relação aos exercícios anteriores. Este aumento, significativo, constata-se por ser derivado do
aumento da Margem Bruta e da redução de 51,71% do Resultado Operacional (17.548.432€).
8. Análise do Efeito de Alavanca Financeira
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O Efeito da Alavanca Financeira12 mede o contributo de endividamento para a Rendibilidade
dos Capitais Próprios. Para tal existem dois métodos:
Comparar o ROA com o Kd
No caso de se querer analisar a rendibilidade separadamente das decisões financeiras,
calcula-se a Rendibilidade do Ativo (ROA), sendo que este avalia o desempenho dos Capitais
Totais investidos na empresa, sem diferenciação à sua origem.
No período em análise, podemos constatar que houve um aumento de 2009 para 2010,
devido a um crescimento do Ativo Líquido, que se deveu a um aumento significativo dos Ativos
Intangíveis, tendo o Resultado Operacional também aumentado devido às Vendas e ao Custo de
Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas.
O rácio Kd dá-nos o Custo da Dívida obtido pela proporção dos Resultados Financeiros
sobre o Passivo Total. De 2009 para 2010 deu-se uma diminuição do rácio, aumentando em
2011.
Rácio do Efeito da Alavanca Financeira
Em relação ao rácio Efeito da Alavanca Financeira (EAF), este proporciona um rácio entre
o Resultado Corrente sobre o Resultado Operacional multiplicado pelo Ativo sobre o Capital
Próprio. Houve um aumento de 2009 para 2010, sofrendo uma redução no ano seguinte.
Como ROA>Kd e EAF>1, então o EAF, ou seja, a Rendibilidade do Capital Próprio (RCP)
sofre um impacto positivo, traduzindo assim, que a contração de endividamento cria valor para
os acionistas.
Sumariando, como o EAF é, consideravelmente, superior a um nos três períodos, o retorno
do Ativo Total será, razoavelmente, maior que a remuneração paga pelo Capital Alheio.
9. Análise do Desempenho Financeiro
Os Fluxos de Caixa são um instrumento que permite avaliar o desempenho da empresa,
explicando a forma como foram gerados os meios financeiros e em que períodos ocorreram,
mostrando-nos desta forma, a evolução financeira e demonstrando os recebimentos e
pagamentos esperados.
Para a formação dos fluxos de caixa utilizamos o método direto que identifica os
recebimentos e os pagamentos de cada ciclo.
12 Consultar Anexo 6
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Os ciclos operacionais são geradores de recursos financeiros nos dois anos em estudo (2010,
2011) pois apresentam fluxos de caixa positivos, gerando assim Cash Flow. No entanto, há uma
diminuição dos meios libertos operacionais, devido a uma diminuição da rubrica “Recebimentos
de Clientes”. A rubrica “Outros recebimentos/pagamentos” contribui para essa diminuição
devido ao decréscimo significativo de 67,44% de 2010 para 2011
Quanto ao fluxo de investimento, este inclui todos os recebimentos e pagamentos em relação
a aquisições e alineações de imobilizados corpóreos e incorpóreos. Este Fluxo de Caixa é
negativo nos três exercícios em análise tendo vindo a diminuir ano após ano. Esta diminuição
deve-se essencialmente à diminuição de todas as rubricas em geral, destacando-se de 2009 para
2010 a diminuição significativa da rubrica “Aquisição de Interesses em Associadas” tendo esta
rubrica voltado para o mesmo valor em 2010.
Como este é negativo, a empresa não apresenta equilíbrio financeiro, pois não gera recursos
suficientes para solver a actividade de financiamento.
Em relação aos Fluxos de Financiamento estes são analisados a curto prazo e a médio/longo
prazo. Os fluxos de caixa das actividades de financiamento a Médio e Longo Prazo apresentam
um aumento 2010 para 2011. Este acréscimo deve-se aos pagamentos respeitantes ao
financiamento de Médio e Longo prazo ter diminuído, mantendo os financiamentos a Médio e
Longo Prazo por realizar pagamento. Os Fluxos de Caixa das Actividades de Financiamento a
Curto Prazo apresentam a mesma situação. Na rubrica “financiamentos obtidos” e “juros e gastos
similares” os resultados obtidos no mapa fluxos de caixa não coincidem com os resultados do
relatório e contas do ano 2010 e 2011 deste modo recorremos a uma proporção de 7%, para o
financiamento a curto prazo e 93% para médio/longo prazo.
10. Análise do Mercado Bolsista
Constatado o fato de a empresa em análise não ser cotada em bolsa, utilizou-se a EDP,
Energias de Portugal, S.A. para proceder à análise do mercado bolsista. Nesta escolha, o fato de
a EDP ser uma acionista da EDA, Electricidade dos Açores, S.A., teve um peso preponderante.
A análise foi realizada comparativamente aos dados do sector, obtidos através da Thomson
Reuters.
Em relação às ações, a retrospeção ao desempenho das mesmas no período de 2009 a 2011
permite observar13 que nos primeiros seis meses o desempenho da empresa em análise é
extremamente idêntico ao sector, começando a partir desse momento a não acompanhar a
13 Consultar Anexo 11
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
valorização ocorrida no sector em geral, sendo que o sector voltou a aproximar-se do
desempenho da empresa em análise por volta do fim do mês de julho de 2011. Por sua vez pode-
se considerar que, pelos dados presentes, a evolução, ao longo do período, da empresa em estudo
é muito mais constante que a indústria, demonstrando-nos que seus graus de variações são
menores no decorrer da sua atividade.
Referente à evolução do volume de títulos transaccionados a empresa em análise não
transaciona regularmente os seus títulos, no entanto as suas transações, salvo raras exceções nas
quais ocorrem picos que ultrapassam os cem milhões, são de volume constante, variando entre os
zero e vinte milhões. Através do gráfico14 constata-se que a evolução histórica da empresa
comporta-se muito constante revelando uma estabilidade capaz de transmitir segurança aos
investidores.
11. Análise Comparativa da Empresa com o Setor
Como forma de comparar a performance da empresa em análise com o sector, procedeu-se à
análise de alguns rácios de referência capazes de traduzir minimamente o desempenho face ao
restante sector.
Financeiramente, esta encontra-se abaixo do sector mas por uma margem bastante baixa,
tendo por outro lado uma estrutura de endividamento significativamente inferior à do sector.
A sua rendibilidade, a nível do ativo encontra-se abaixo do sector sendo essa variação
crescente durante o período, sendo que já a nível do capital próprio encontra-se acima do sector,
exceptuando no terceiro ano. Por sua vez, a nível do Capital Próprio, este apresenta valores
acima do sector, exceto no terceiro ano.
A nível das suas vendas, não nos é possível fazer uma comparação completa por falta de
dados relativos à taxa de variação do sector. No entanto, a rendibilidade das vendas encontra-se
acima do sector no segundo ano mas ficando abaixo, significativamente, no terceiro ano.
Relativamente ao PMR a variação é bastante significativa, sendo que a empresa em análise
carece de um período maior que o sector, ou seja, o PMR vai aumentando ao longo do período
na empresa mas não no sector. O PMP apesar de ter reduzido para mais de metade no fim do
período, continua a ser marginalmente superior ao sector que mantém um valor baixo e estável.
O PMA apesar de ter diminuído ao longo do período representa ainda assim uma distância
negativamente grande em relação ao sector.
14 Consultar Anexo 12
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Sumariamente, constata-se que apesar da EDA, Electricidade dos Açores, S.A. ser um
monopólio, esta posição de vantagem no mercado na qual se insere não se traduz em melhores
resultados face ao sector, muito pelo contrário. Tal situação pode dever-se ao facto de que,
apesar da empresa ser monopolista, o objetivo da sua criação passa por colmatar as necessidades
da população da Região Autónoma dos Açores, sendo que como tal, e sendo detida
maioritariamente pelo Governo, seja passível de não ser gerida com um enfoque meramente de
criação de valor e maximização dos lucros.
12. Análise da Qualidade dos Resultados
Os aspectos limitadores da análise dos rácios resultam da qualidade das informações por
parte da contabilidade. Por isso, o analista tem de ter sempre em conta a qualidade dos
resultados. A utilidade desta análise centra-se principalmente, na identificação dos sinais de
perigo sobre os resultados futuros.
Tomando como um fato que o código fiscal a nível nacional tem características muito
instáveis, ou seja, é alvo de alterações constantes, isto traduz-se num grau de incerteza sobre os
resultados líquidos da empresa retirando qualidade à análise. No entanto, a nível da qualidade e
fidedignidade dos valores contabilísticos, sendo os resultados da mesma, obtidos,
maioritariamente, constantes a nível da sua natureza (produção, armazenamento, distribuição e
comercialização de energia elétrica).
Recorrendo ao histórico da situação financeira, é possível constatar que sua evolução
demonstra um padrão minimamente constante de crescimento, refletindo-se num crescimento
médio sólido e sustentado, apesar de sua solidez financeira não se verificar. A nível transacional,
a empresa interage, maioritariamente, com seus clientes sendo a sua relação com os mesmos,
positiva e crescente, estando este acréscimo mais visível em 2011, pela iluminação dos troços
rodoviários construídos e novas construções.
Ainda a acrescentar, a qualidade dos resultados é corroborada pela existência de auditoria
externa efetuada pela PWC onde, na opinião do R.O.C. “as referidas demonstrações financeiras
apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todo os aspeto materialmente relevantes, a
posição financeira da EDA – Electricidade dos Açores, S.A.”15. No mesmo relatório de auditoria
encontra-se presente a informação de que não existem sinais de perigo, de fontes externas, que
possam afetar a qualidade dos resultados.
15 VITORINO, José Manuel Oliveira, R.O.C.
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A nível das fontes internas de perigo, ocorreram variações significativas no PMP, PMR, no
entanto não há indícios de mudanças de política que expliquem estas variações. Já na margem
bruta sua variação, ocorreu apenas em 2011 sendo no entanto insignificante (-0,04).
13. Considerações Finais
A empresa, em análise, apresenta um desequilíbrio financeiro nos três exercícios, tendo uma
Margem de Segurança negativa que não é suficiente para financiar as Necessidades de Fundo de
Maneio. Estes dados indicam-nos que a empresa apresenta uma estrutura de financiamento
arriscada visto o Ativo Fixo encontrar-se financiado pelos Capitais Permanentes, numa
percentagem menor, e numa proporção maior pela Tesouraria Passiva.
A nível da situação financeira constata-se que os resultados são negativos no entanto como se
trata de um monopólio é possível que estes prejuízos não afetem a permanência da empresa no
mercado, sendo assim admissível, a aplicação da politica de financiamento arriscada.
A empresa em questão é geradora de Cash Flow a partir dos Ciclos Operacionais, no entanto
deu-se uma diminuição dos meios libertos. Quanto aos Ciclos de Caixa de Investimento estes são
negativos o que resulta de uma ausência de equilíbrio financeiro devido à falta de formação de
recursos suficientes para solver compromissos da actividade de financiamento. De 2009 para
2010 deu-se uma diminuição das “Variações de caixa e seus equivalentes” resultante de uma
variação negativa das rubricas “Recebimentos provenientes de financiamentos obtidos” e “
Pagamentos provenientes de juros e gastos similares” tanto a longo prazo como a curto prazo.
Quanto ao desempenho económico, a empresa apresenta um Resultado Liquido Positivo nos
três anos em análise com oscilações bastante elevadas de um ano para o outro, resultantes de
variações nos “Encargos Financeiros”. Este resultado positivo deve-se ao facto da empresa ter
capacidade de cobrir todos os seus custos.
A empresa em estudo apresenta uma Margem de Segurança positiva mas reduzida no que se
traduz num resultado operacional elevado, estando assim, conforme mostra o GAC, exposta a
um alto risco operacional. Quanto ao risco financeiro este reduziu de 2009 para 2010 devido ao
aumento dos Resultados Operacionais e dos Resultados Correntes tendo ocorrido, de 2010 para
2011, uma situação inversa.
14. Bibliografia
DAS NEVES, João Carvalho. Análise Financeira: Técnicas Fundamentais. 1 ed. Lisboa: Texto
Editores, 2005
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
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CALDEIRA, Jorge, IAPMEI, Meios Libertos, 05 de Novembro de 2012,
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
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<http://www.google.com/finance?q=EDP.LS&ei=2hepUMHqG6jEwAOFoAE>
15. Anexos
Anexo 1: Mapa 1 – Balanço Contabilístico
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
2009 2010 2011
451.264.691 287.174.653 286.905.647
459.448 187.113.403 195.614.799
349.704 353.948 302.862
10.068.097 9.367.310 8.946.077
904.089 920.029 752.242
12.345 0 0
35.871.567 32.648.550 10816893
498.929.941 517.577.893 503.338.520
6.886.106 7.771.943 8.042.383
47.950.667 48.300.518 81.544.994
0 6.458 3.849.032
4.827.726 12.044.246 1.525.130
59.664.499 68.123.165 94.961.539
558.594.440 585.701.058 598.300.059
2009 2010 2011
70.000.000 70.000.000 70.000.000
3.609.510 4.399.808 5.807.350
38.253.118 54.124.686 78.111.884
21.339.576 29.862.199 14.636.126
133.202.204 158.386.693 168.555.360
3.812.024 4.067.768 784.308
137.014.228 162.454.461 169.339.668
2009 2010 2011
295.167.911 303.774.599 285.716.538
21.325.330 18.937.512 18.004.007
1.295.302 269.351 0
8.705.705 8.418.859 10.924.956
537.051 262.375 0
327.031.299 331.662.696 314.645.501
71.033.847 59.117.016 38.932.056
99.079 3.716.323 792.719
23.415.987 28.750.563 74.590.115
94.548.913 91.583.902 114.314.890
421.580.212 423.246.598 428.960.391
558.594.440 585.701.058 598.300.059TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
Total do Passivo
Fornecedores e outras contas a pagar
Imposto sobre o rendimento a pagar
Empréstimos obtidos
Total de passivos correntes
Total de passivos não correntes
PASSIVO CORRENTE
Empréstimos obtidos
Obrigações de Beneficios de reforma e outros
Instrumentos financeiros derivados
Passivos por impostos diferidos
Fornecedores e outras contas a pagar
Total do capital próprio
PASSIVO NÃO CORRENTE
Interesses não controlados
TOTAL ACTIVO
Total de activos não correntes
Total de activos correntes
Total
Capital social
Outras reservas
Resultados acumulados
Resultado líquido atribuível a detentores de capital
Clientes e outras contas a receber
ACTIVO
ACTIVOS CORRENTES
ACTIVOS NÃO CORRENTES
Imposto sobre o rendimento a receber
Caixa e equivalentes de caixa
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
Interesses em associadas
Activos por impostos diferidos
Activos financeiros disponíveis para venda
Instrumentos Financeiros derivados
Clientes e outras contas a receber
Inventários
Anexo 2: Mapa 2 – Demonstração de Resultados Contabilístico
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONTABILÍSTICO 2009 2010 2011
Vendas 151.510.518 170.035.150 188.936.889
Prestação de serviços 9.912.574 29.327.102 24.844.578
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 58.134.148 - 74.004.961 - 86.979.482 -
Fornecimentos e serviços externos 18.866.878 - 28.559.592 - 26.888.590 -
Gastos com o pessoal 30.473.241 - 33.441.245 - 32.217.598 -
Gastos / reversões de depreciação e de amortização 24.651.827 - 27.003.668 - 28.302.681 -
Imparidade de investimentos não depreciáveis - 14.976 - -
Imparidade de ativos depreciáveis / amortizáveis - 105.891 - 10.859.403 -
Imparidade inventários 37.200 - 72.916 - 78.808 -
Imparidade de contas a receber 154.596 - 314.944 - 3.620.858 -
Outros rendimentos e ganhos 6.163.535 5.936.146 4.223.075
Outros gastos e perdas 1.932.566 - 1.753.212 - 2.000.437 -
Resultados Operacional 33.336.171 40.026.993 27.056.685
Custos financeiros 7.074.682 - 4.965.817 - 9.847.424 -
Proveitos financeiros 510.278 1.277.977 339.171
Ganhos / (Perdas) de interesses em associadas 5.914 - 4.244 51.086 -
Resultado antes de impostos 26.765.853 36.343.396 17.497.346
Imposto sobre o Rendimento 5.311.327 - 6.182.059 - 5.998.388 -
Resultado Líquido do Exercício 21.454.526 30.161.337 11.498.958
Anexo 3: Mapa 3 – Balanço Funcional
2009 2010 2011 2009 2010 2011
Activos Fixos Tangíveis 451.264.691 287.174.653 286.905.647 Capital social 70.000.000 70.000.000 70.000.000
Activos Intangíveis 459.448 187.113.403 195.614.799 Outras reservas 3.609.510 4.399.808 5.807.350
Interesses em associadas 349.704 353.948 302.862 Resultados acumulados 38.253.117 54.124.686 78.111.884
Activos por impostos diferidos 10.068.097 9.367.310 8.946.077 Resultado líquido atríbuível a detendores de capital 21.339.576 29.862.199 14.636.126
Activos financeiros disponíveis para venda 904.089 920.029 752.242 Interesses não controlados 3.812.025 4.067.768 784.308Instrumentos financeiros derivados 12.345 0 0 Total 137.014.228 162.454.461 169.339.668
Clientes e outras contas a receber 35.871.567 32.648.550 10.816.893Total 498.929.941 517.577.893 503.338.520
Empréstimo obtidos 295.167.911 303.774.599 285.716.538
Inventários 6.886.106 7.771.943 8.042.383 Obrigações de beneficios de reforma e outros 21.325.330 18.937.512 18.004.007
Clientes 44.489.100 46.153.586 80.745.773 Instrumentos financeiros derivados 1.295.302 269.351 0
Estado e outros entes públicos 3.461.567 2.146.932 799.221 Passivos por impostos diferidos 8.705.705 8.418.859 10.924.956Total 54.836.773 56.072.461 89.587.377 Fornecedores e outras contas a pagar 537.051 262.374 0
Total 327.031.299 331.662.695 314.645.501
Imposto sobre o rendimento a receber 0 6.458 3.849.032
Caixa e equivalentes de caixa 4.827.726 12.044.246 1.525.130 Fornecedores 69.743.579 58.064.762 36.111.457Total 4.827.726 12.050.704 5.374.162 Estado e outros entes públicos 1.290.268 1.052.254 2.820.599
Total 71.033.847 59.117.016 38.932.056
Imposto sobre rendimento a pagar 0 3.716.323 792.719
Estado e outros entes públicos 99.079 0 0
Empréstimos obtidos 23.415.987 28.750.563 74.590.11523.515.066 32.466.886 75.382.834
Recursos Ciclícos
Tesouraria Passiva
Necessidades Ciclícas
Tesouraria Activa
BALANÇO FUNCIONAL
Activo Fixo Capital Próprio
Capital Alheio Estável
Anexo 4: Mapa 4 – Mapa de Tesouraria Líquida
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
MAPA TESOUSARIA LÍQUIDA 2009 2010 2011
Capital próprio 137.014.228 162.454.461 169.339.668
Capital Alheio Estável 327.031.299 331.662.695 314.645.501
Capital Permanente 464.045.527 494.117.156 483.985.169
Activo Fixo 498.929.941 517.577.893 503.338.520
Fundo Maneio Funcional 34.884.414 - 23.460.737 - 19.353.351 -
Clientes 44.489.100 46.153.586 80.745.773
Existências 6.886.106 7.771.943 8.042.383
Estado e outros entes públicos 3.461.567 2.146.932 799.221
Outros devedores de exploração - - -
Necessidades ciclícas 54.836.773 56.072.461 89.587.377
Fornecedores 69.743.579 58.064.762 36.111.457
Estado e outros entes públicos 1.290.268 1.052.254 2.820.599
Outros credores de exploração - - -
Recursos ciclícos 71.033.847 59.117.016 38.932.056
Necessidades de Fundo Maneio 16.197.074 - 3.044.555 - 50.655.321
TRL 18.687.340 - 20.416.182 - 70.008.672 -
Anexo 5: Mapa 5 – Demonstração de Resultados Funcional
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FUNCIONAL 2009 2010 2011
Vendas e Prestação de Serviços 177.885.041 199.362.251 213.781.467
CUSTOS VARIÁVEIS
(-)Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (CMVMC) 62.228.159 74.004.961 86.979.482
(-)Fornecimentos e Serviços Externos 29.816.396 28.559.592 26.888.590
(-)Gastos com o Pessoal (prémio de desempenho) 807.868 873.034 0
(+)Outros rendimentos e ganhos 6.163.535 5.936.146 4.223.075
(-)Outros gastos e perdas 1.976.345 1.753.212 2.000.437
(=)Margem Bruta 89.219.808 100.107.598 102.136.033
CUSTOS FIXOS OPERACIONAIS
(-)Gastos com o Pessoal 31.159.212 32.568.211 32.217.598
(-)Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 25.737.835 27.003.668 28.302.681
(-)Imparidades 191.796 508.727 14.559.069
Resultado Operacional 32.130.965 40.026.992 27.056.685
ENCARGOS FINANCEIROS
(-)Custos financeiros 7.074.682 4.965.817 9.847.424
(+)Proveitos financeiros 510.278 1.277.977 339.171
Resultado Financeiro -6.564.404 -3.687.840 -9.508.253
Resultado Corrente 25.566.561 36.339.152 17.548.432
Ganhos/(perdas) Extraordinários (Associadas) -5.914 4.244 -51.086
Resultado Extraordinário -5.914 4.244 -51.086
Resultado Antes de Impostos 25.560.647 36.343.396 17.497.346
(-)Imposto Sobre o Rendimento 5.296.022 6.182.059 5.998.388
Resultado Líquido 20.264.625 30.161.337 11.498.958
Anexo 6: Mapa 6 – Análise de Rácios
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
Análise da Situação Financeira, Económica, de Rendibilidade, de Funcionamento e de Mercado
2009 2010 2011
Solvabilidade =Capital Próprio
Passivo137.014 .228421.580 .212
=0,33162.454 .461423.246 .597
=0,38169.339.668428.960 .391
=0,39
Autonomia Financeira =Capital PróprioActivo Líquido
137.014 .228558.594 .440
=0,25162.454 .461585.701.058
=0,28169.339.668598.300.059
=0,28
Grau Endividamento =Passivo TotalAtivo Líquido
421.580 .212558.594 .440
=0,75423.246 .598582.701 .058
=0,72428.960 .391598.300 .059
=0,72
Estrut. Endiv. ML Prazo =Passivo não Corrente
Passivo Total327.031.299421.580 .212
=0,78331.662 .696423.246 .598
=0,78314.645 .501428.960 .391
=0,73
Estrut. Endiv. Curto Prazo =Passivo Corrente
Passivo Total94.548 .913
421.580 .212=0,22
91.583 .902423.246 .598
=0,22114.314.890428.960 .391
=0,27
Liquidez Geral =Ativo Corrente
Passivo C Prazo59.664 .49994.548 .913
=0,6368.123 .16591.583 .902
=0,7494.961.539
114.314.890=0,83
Liquidez Reduzida =AC−ExistênciasPassivo C Prazo
52.778 .39394.548 .913
=0,5660.351.22291.583 .222
=0,6686.919.156
114.314.890=0,76
RCP =R . Líquido
Capital Próprio20.264 .625
137.014 .228=0,15
30.161.337162.454 .461
=0,1911.498.958
169.339.668=0,07
ROA =R .OperacionaisActivo Líquido
32.130 .965558.594 .440
=0,0640.026 .992
585.701.058=0,07
27.056 .685598.300.059
=0,05
Kd =Resultados Financeiros
PassitoTotal6.564 .404
421.580 .212=0,02
3.687 .840423.246 .597
=0,017.058 .253
428.960 .391=0,02
EAF =
R . CorrenteR .Operacional
×Ativo L .
C .Pr ó prio
25.566 .56132.130.965
×558.594 .440137.014 .228
=3,1336.339 .15240.026 .992
×585.701 .058162.454 .461
=3,2717.548 .43227.056 .685
×598.300059169.339 .668
=2,29
Rotação do Ativo =Vendas
Ativo não Corrente177.885 .041498.929 .941
=0,36199.362.251517.577 .893
=0,39213.781.467503.338.520
=0,42
Rotação de Inventários =Vendas
Inventários177.885.0416.886 .106
=25,83199.362.2517.771 .943
=25,65213.781.467
8.042.383=26,58
Margem Bruta (%) =MB
Vendas89.219.808
177.885.041=0,50
100.107 .598199.362.251
=0,50102.136 .033213.781.467
=0,48
PM Recebimentos (dias) =Clientesméd .
Vendas×365
37.633.179177.885.041
×365=77,2248.125.593
199.362.251× 365=88,11
64.922.756213.781.467
×365=110,85
PM Pagamentos (dias) =Fornecedores méd .
Compras× 365
96.756 .39839.266 .963
× 365=899,3895.164 .83944.559 .532
× 365=779,5278.845.41859.820 .452
×365=481 ,
PM Armazenagem (dias) =Inventários méd
CMVMC6.885.953
62.228 .159=40,39
7.329.02574.004 .961
=36,157.907 .163
74.004 .961=33,18
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
PER e Market-to-Book: EDA, S.A. não é cotada em bolsa pelo que não é possível calcular o
rácio e proceder à sua análise.
Anexo 7: Mapa 7 – Análise Dupont Modificada
Análise Dupont Modificada 2009 2010 2011
Efeito Investimento =RO
Vendas×
VendasAtivo
32.130 .965177.885.041
×177.885 .041498.929 .941
=0,0640.026 .992
199.362.251×
199.362.251494.117.156
=0,0727.056 .685
213.781.467×
213.781 .467483.985 .169
=0,05
Efeito Financiamento =AtivoCP
×RCRO
498.929 .941137.014 .228
×25.566 .56132.130 .965
=4,08517.577 .893162.454 .461
×36.339 .15240.026 .992
=3,61503.338.520169.339.668
×17.548 .43227.056 .685
=3,53
Efeito Extraordinários =RAIRC
255.600.64725.566 .561
=1,0036.343.39636.339 .152
=1,0017.497 .34617.548 .432
=1,00
Efeito Fiscal =RL
RAI20.264 .62525.560 .647
=0,7930.161.33736.343.396
=0,8311.498.95817.497 .346
=0,66
RCP =R . Líquido
Capital Próprio20.264 .625
137.014 .228=0,15
30.161.337162.454 .461
=0,1911.498.958
169.339.668=0,07
Anexo 8: Mapa 8 – Risco Operacional e Financeiro
Análise do Risco Operacional e Financeiro
2009 2010 2011
GAO =MBRO
89.212.80832.130.965
=2,78100.107 .59840.026 .992
=2,5010213603327056685
=3,77
GAF =RORC
33.336 .17125.566 .561
=3,4940.026 .99236.339 .152
=1,1027.056 .68517.548 .432
=1,54
GAC =MBRC
89.219 .80825.566 .561
=3,49100.107 .59836.339 .152
=2,75102.136 .03317.548432
=5,82
PCV =
Custos FixosOperacionaisMargem Bruta
Vendas
57.088 .84389.219 .808
177.885 .041
=113.822.831,5660080606
100.107 .598199.362 .251
=119.649.308,2775.079 .348
102.136 .033213.781 .467
=157.148 .977,55
MS =Vendas−PCV
Vendas64.062.209
177.885.041=0,36
79.712.943199.362251
=0,4056.632.489
213.781.467=0,26
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
Anexo 9: Mapa 9 – Mapa de Fluxos de Caixa
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
2009 2010 2011
210.583.807 205.768.288 178.894.991
-126.794.439 -126.669.301 -122.649.246
-35.220.101 -35.334.198 -33.119.281
48.569.267 43.764.789 23.126.464
1.091.369 2.426.347 2.733.366
Outros recebimentos/pagamentos 619.560 2.111.405 -10.131.670
50.280.196 48.302.542 15.728.129
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
0 -35.000 0
-48.262.579 -46.211.448 -40.448.291
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangíveis 4.453 1.313 733.202
Ativos financeiros disponíveis para venda 0 0 107.004
Subsídios ao investimento 1.544.063 1.300.687 1.149.027
Dividendos de Ativos disponíveis para venda 124.913 154.356 25.519
-46.589.150 -44.790.091 -38.433.540
Fluxos de caixa das actividades de financiamento MLP
Recebimentos provenientes de:
158.661.991 35.121.158 31.021.481
Juros e gastos similares 627.714 612.611 618.672
-148.472.477 -27.161.099 -15.482.678
-8.539.184 -4.154.221 -6.286.500
-3.239.602 -3.630.375 -4.521.292
-961.558 788.074 5.349.682
Financiamentos obtidos (curto prazo) 23.414.106 20.680.987
Juros e gastos similares 408.407 412.448
0 0 0
-18.107.400 -10.321.786
-2.769.480 -4.191.000
2.729.488 7.246.158 -10.775.079
3.683.186 4.754.952 12.001.109
4.754.952 12.001.109 1.226.060
Ativos fixos tangíveis e intangíveis
Aquisição de interesse em Associadas
MAPA DE FLUXOS DE CAIXAFluxo de caixa das atividades operacionais - método directo
Caixa gerada pelas operações
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Financiamentos obtidos (médio e longo prazo)
Pagamentos respeitantes a:
Caixa e seus equivalentes no fim do período
Fluxos de caixa das actividades de financiamento curto prazo
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (curto prazo)
Juros e gastos similares
Variação de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do período
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos (médio e longo prazo)
Juros e gastos similares
Dividendos
Fluxos de caixa das actividades de financiamento mlp
Anexo 10: Mapa 10 – Análise Comparativa da Empresa com o Setor
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
Empresa Setor Δ Empresa Setor Δ Empresa Setor Δ
Taxa de variação das vendas e prestações de serviços % 9,50% N/D N/D 12,07% N/D N/D 0,072 N/D N/D
Rendibilidade dos capitais próprios % 15,00% 12,03% 2,97% 19,00% 16,81% 2,19% 7,00% 12,91% -5,91%
Rendibilidade operacional do ativo % 6,00% 7,74% -1,74% 7,00% 9,53% -2,53% 5,00% 8,61% -3,61%
Rendibilidade operacional das vendas % 19,00% N/D N/D 20,00% 19,76% 0,24% 0,13% 17,79% -17,66%
Efeito de alavanca financeira 3,13 N/D N/D 3,27 N/D N/D 2,29 N/D N/D
Efeito dos juros suportados 0,77 77,77 -77,003 0,91 70,55 -69,64 0,65 57,23 -56,58
Efeito do endividamento 4,08 N/D N/D 3,61 N/D N/D 3,53 N/D N/D
Liquidez geral % 63,00% 69,49% -6,49% 74,00% 78,22% -4,22% 83,00% 78,49% 4,51%
Liquidez reduzida % 56,00% 68% -12,00% 66,00% 76,38% -10,38% 76,00% 77,34% -1,34%
Autonomia financeira % 25,00% 27,73% -2,73% 28,00% 25,95% 2,05% 28,00% 24,78% 3,22%
Cobertura do imobilizado % 93,01% 89,01% 4,00% 95,47% 91,92% 3,55% 96,16% 90,94% 5,22%
Taxa de endividamento % 255,85% 360,68% -104,83% 224,14% 385,42% -161,28% 230,32% 403,58% -173,26%
Prazo médio de recebimentos (nº de dias) 77,22 44,39 32,83 88,11 33,26 54,85 110,85 40,06 70,79
Prazo médio de pagamentos (nº de dias) 899,38 24,27 875,11 779,52 40,98 738,54 481,08 43,79 437,29
Prazo médio de armazenamento (nº de dias) 40,39 7,44 32,95 36,15 8,95 27,2 33,18 N/D N/D
N/D - Não Disponível
Fonte: Banco de Portugal
ANÁLISE COMPARATIVA DA EMPRESA COM O SETOR 2009 2010 2011
Rendibilidade Operacional das Vendas = Resultado Operacional / Vendas
Taxa de variação das vendas e prestações de serviços = Variação Vendas e Prestações de Serviços / Vendas e Prestações de serviços do ano anterior
Cobertura do Imob = (Recursos Próprios + Alheio Estável) / Imobilizado
Taxa de Endividamento = (Recursos Alheios Estáveis + Tesouraria Passiva) / Recursos Próprios
Efeito dos juros suportados = Resultado Corrente / Resultado Operacional
Efeito do endividamento = Ativo Líquido / Capital Próprio
Cobertura do Imobilizado (%) = Capital Permanente / Imobilizado Bruto
Taxa de endividamento (%) = Passivo / Capital Total
Efetito alavanca financeira = Efeito Juros x Efeito Endividamento
Anexo 11: Evolução Histórica Bolsista da EDP – Energias de Portugal, S.A. vs. Setor
Anexo 12: Volume Bolsista da EDP – Energias de Portugal, S.A.
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FINANÇAS EMPRESARIAIS I
1/1/0
9
2/20/0
9
4/11/0
9
5/31/0
9
7/20/0
9
9/8/0
9
10/28/0
9
12/17/0
9
2/5/1
0
3/27/1
0
5/16/1
0
7/5/1
0
8/24/1
0
10/13/1
0
12/2/1
0
1/21/1
1
3/12/1
1
5/1/1
1
6/20/1
1
8/9/1
1
9/28/1
1
11/17/1
10
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
Volume
Volume
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