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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação Social - FAMECOS Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda I Rosane Palacci Alice Tessler, Carolina Marcinkowski, Giovanna Darcie, Laura Parraga, Luiza Valenti, Nathália Ferreira, Paula Oliveira, Paula Silva e Victória Venturella Porto Alegre, 2013/1

Relatório Grupo Focal - SUBWAY

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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação Social - FAMECOS

Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda I Rosane Palacci

Alice Tessler, Carolina Marcinkowski, Giovanna Darcie, Laura Parraga, Luiza Valenti, Nathália Ferreira, Paula Oliveira, Paula Silva e Victória Venturella

Porto Alegre, 2013/1

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Tema/Área: Setor Alimentício Cliente:Subway

1. CONTEXTO O Subway PUCRS está inserido em um cenário universitário que contempla

inúmeros bares e restaurantes. Inaugurado em maio do ano de 2012, localiza-se no andar térreo do prédio 40 (área externa) do campus da faculdade, em um ambiente arborizado, com diversos recursos paisagísticos, oferecendo um agradável espaço para integração. Rodeado por outros prédios da PUCRS, como os prédios 41, 7, 8, 9, 10, 11 e 12, o restaurante está em um meio movimentado e de constante interação de pessoas.

Os principais indivíduos que passam pelo campus e, consequentemente, pelo Subway, são: alunos da PUCRS e do Colégio Marista Champagnat, funcionários da PUCRS e do Colégio, professores de ambas as instituições, pacientes do Hospital São Lucas da PUCRS, visitantes, moradores e trabalhadores da região.

Surgindo nos Estados Unidos em 1966, a rede Subway chegou ao Brasil em 1993 e hoje conta com 1101 restaurantes no país, sendo 17 deles em Porto Alegre. Seu cardápio universal é constituído por sanduíches, cookies e saladas, proporcionando uma boa opção para quem procura uma refeição rápida e saudável. No restaurante Subway, o próprio consumidor pode montar o seu sanduíche, escolhendo os ingredientes que quiser. Por conta disso, os preços variam de R$ 5,95 a R$ 16,90. Além disso, seu ambiente proporciona uma sensação agradável e de conforto a seus clientes, através da iluminação, climatização, decoração e móveis. Portanto, a marca já possuía grande e conhecido histórico antes de inaugurar a nova sede na PUCRS.

A nova sede inaugurada recentemente no campus da PUCRS possui capacidade de 60 pessoas (15 mesas de 4 lugares ) e seu horário de maior movimento é durante à noite, das 21h às 22h. Ao todo, o restaurante vende em torno de 750 sanduíches por dia.

Tendo em vista todas as características que definem a rede de restaurantes Subway, é de extrema importância que se tenha conhecimento de como foi a aceitação dos alunos da PUCRS perante a abertura da nova sede do Subway na universidade. A partir dessa questão, realizamos o processo de pesquisa junto às informações citadas acima, através de entrevistas aprofundadas, para enfim obter justificativas para as respostas encontradas. Objetivos: 1. Conhecer os clientes que costumam frequentar o restaurante; 2. Conhecer os concorrentes presentes na PUCRS; 3. Identificar a popularidade do Subway da PUCRS; 4. Identificar a opinião geral das pessoas sobre a marca Subway; 5. Identificar a percepção das pessoas em relação ao atendimento do Subway

PUCRS;

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6. Identificar as necessidades e preferências das pessoas que se alimentam na PUCRS;

7. Conhecer a opinião do público sobre os preços do Subway em relação aos concorrentes;

8. Conhecer os motivos pelos quais as pessoas optam pelo Subway, ou pelos outros restaurantes.

Questão-problema: Como foi a aceitação dos alunos perante a abertura da nova sede do Subway na PUCRS?

2. METODOLOGIA • Metodologia: qualitativa

Visto que nossa questão problema era verificar a aceitação do Subway na PUCRS, trabalhamos e investigamos a percepção que os alunos da universidade possuem a respeito da nova sede. Para tanto, a utilização de uma metodologia qualitativa no processo de pesquisa foi o método considerado ideal e utilizado para o caso. Tendo como objetivo obter uma visão clara e profunda sobre opiniões, experiências pessoais e pensamentos do grupo pesquisado, a metodologia qualitativa permitiu esse nível de aprofundamento de dados, apontando os “porquês” que desejávamos desvendar.

• Técnica: Grupo Focal

A partir do grupo focal, a pesquisa fluiu de uma forma mais natural, pois deixou os entrevistados mais à vontade, de modo confortável. Estando mais tranquilos, eles acabaram por demonstrar exatamente aquilo que sentem e o que pensam através de seus gestos, expressões e falas. Como a pesquisa em questão buscava a exploração desses fatores, o grupo focal facilitou a obtenção das percepções sobre o tema (a aceitação da nova sede do Subway na PUCRS)

3. UNIVERSO E AMOSTRA

Universo O universo desta pesquisa constituiu-se de alunos da Graduação, Pós-

Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Dentro desse universo, fizeram parte da amostra os alunos que almoçam com frequência nos restaurantes da PUCRS e os alunos que almoçam esporadicamente nos restaurantes da universidade.

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Tabela Amostral

Praça/perfil

Gênero/Classe Social

Faixa etária

TOTAL

POA

Misto/ AB

17 a 21 anos

1 GF

4. RESULTADOS

4.1. Perfil dos participantes: • Bruna: 18 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda na PUCRS, não

trabalha, passa o dia na internet e, raramente almoça fora de casa. Foi preciso chamá-la para que interagisse com o resto do grupo, algumas vezes. Não frequenta muito o Subway.

• Gabriella: 18 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda na PUCRS, não trabalha, passa o dia no computador, almoça na Universidade quando é necessário. Quieta, foi preciso chamá-la muitas vezes à conversa para que interagisse com o resto do grupo. Não frequenta muito o Subway.

• Helena: 18 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda na PUCRS e de Ciências Jurídicas na UFRGS, pratica exercícios como, pilates e ioga, gosta de ir em parques e não fica muito no computador. Falou pouco sobre o Subway, mas foi pontual em suas colocações. Interagiu bem com o grupo.

• Jader: 21 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda na PUCRS, trabalha na Universidade, portanto, costuma fazer as suas refeições no campus. Falou e interagiu em grande parte da conversa. Deu seu parecer sobre o Subway.

• Julia: 21 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda, gosta bastante de ler e de jogar no computador, trabalha à tarde na faculdade, tendo que almoçar na Universidade por morar longe (Cachoeirinha). Opiniões particulares e pontuais, falou com propriedade. Posicionou-se em relação ao Subway e seu serviço. Foi bem participativa com o grupo inteiro.

• Marina: 18 anos. Estuda Publicidade e Propaganda na PUCRS, trabalha e possui bolsa na faculdade, tendo que passar o dia no campus. Polêmica, conduziu a conversa em muitas partes do Grupo Focal, sempre quis dar sua opinião. Participou de conversas paralelas, porém que não tiraram o foco do restante do grupo. Expressou sua opinião sobre o Subway.

• Neemias: 20 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda na PUCRS, possui o hábito de ficar na Universidade. Foi coerente em suas observações, trouxe

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muitos relatos sobre o cliente Subway, agregando informações ao Grupo Focal.

• Renata: 18 anos. Estuda Publicidade e Propaganda na PUCRS, possui bolsa à tarde na faculdade então, passa o dia dentro da Universidade. Apesar de participar de algumas conversas paralelas, favoreceu o bom andamento da conversa. Também interagiu bastante com o resto do grupo. Teve muito para falar sobre o Subway.

• Valentina: 18 anos. Estuda Publicidade e Propaganda na PUCRS, possui dias corridos, acaba almoçando na Universidade por praticidade. Falou bastante, dando relatos pessoais e, às vezes, dispersivos. Colocou sua opinião sobre o Subway, já que o frequenta regularmente. Esperava “sua vez” para falar, por isso, algumas vezes, ficava calada e depois discursava.

• Vinícius: 22 anos. Estudante de Publicidade e Propaganda, trabalha à tarde e almoçar fora é a melhor saída. Expressou-se bastante, trouxe pontos relevantes à conversa e interagiu com o resto do grupo. Foi agradável com todos no grupo, sempre simpático.

4.2. Descrição dos resultados Orientados pela moderadora do grupo de pesquisa DotResearch, os participantes do grupo focal relataram suas experiências e percepções sobre o restaurante Subway e todo seu entorno (vida cotidiana, saúde e alimentação). No decorrer da discussão, alguns participantes comentaram que não são assíduos frequentadores do Subway, porque, apesar de este ser um pouco mais saudável, não satisfaz a fome inteiramente. Além disso, alguns acreditam que existe melhores possibilidades de alimentação saudável do que o Subway, uma vez que esse pode, também, ser visto como um restaurante de "fastfood". Apesar disso, os participantes afirmam gostar do Subway pela possibilidade de personalização da refeição, dispondo de uma variedade de ingredientes incluindo saladas “fresquinhas”, segundo eles.

Outra qualidade do Subway destacada pelo grupo foi o ótimo atendimento. Segundo eles, os funcionários realizam seu serviço de forma prestativa, rápida e eficiente. Na medida em que grande parte dos participantes possuem um período curto destinado para o almoço, o tempo de atendimento torna-se algo relevante. Foi comentando, também, que os atendentes conhecem os clientes, já sabem suas preferências e seus gostos, fortalecendo a relação de fidelidade e lealdade entre eles e o Subway. Além disso, para os participantes, a localização do Subway na PUCRS é um ponto positivo por estar situado em um local de bastante circulação de estudantes. O ambiente do Subway também foi elogiado. Os participantes comentaram sobre o conforto proporcionado pelos sofás que, mesmo em pouca quantidade, já proporcionam um pouco mais de atratividade ao restaurante. As janelas grandes foram criticadas por apenas uma pessoa, por expor os consumidores enquanto fazem suas refeições. Porém, a opinião do resto do grupo foi a de que as janelas propiciam um passatempo para pessoas que fazem suas refeições sozinhas, por exemplo. No momento de caracterizar o restaurante através de palavras dadas em cartões, as mais utilizadas foram: variedade, promoção, localização, conforto e atendimento.

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Posteriormente, foi pedido que escolhessem qual dos restaurantes da PUCRS ali apresentados os caracterizava melhor, e o Subway foi escolhido por duas pessoas. A respeito do preço dos produtos do Subway, muitos indivíduos do grupo afirmaram ficarem confusos com as promoções, por variarem diariamente. Houve defesas relatando que o restaurante possui uma boa comunicação visual com os consumidores, esclarecendo as promoções. Além disso, a promoção “Barato do dia” foi elogiada pelos participantes, que a consideram um bom mecanismo promocional encontrado pelo Subway. Quando a moderadora pediu aos participantes que personificassem o Subway, muitos o descreveram como uma pessoa gorda e idosa, que está disposta a ouvir o cliente, como uma “mãezona”. Ao final do grupo focal, o Subway foi dito como um restaurante que aparenta ser saudável, mas que, na realidade, não é. Os participantes comentaram sobre os molhos, os refrigerantes e o pão, dizendo que são muitos alimentos não saudáveis e que estão presentes no Subway. Além disso, reclamaram dos alimentos industriais (carnes, queijo e refrigerante) presentes no restaurante. 4.3. Análise dos resultados

• Preferência entre lanchar ou fazer refeições completas: Todos concordaram que a preferência é por refeições completas, as caseiras

principalmente, porém, às vezes, a necessidade obriga a comer o lanche rápido. Todos apontaram a pressa, a falta de tempo como o maior causador desse tipo de refeição. Muitos disseram não gostar de fast-food, porém entre as opções o Subway é o mais votado. Ou seja, o Subway cumpre seu papel em ser uma opção rápida e preferível aos outros fast-foods.

• Atendimento: O atendimento do Subway ficou em segundo lugar entre os locais da PUCRS (em

1º está o Bar da Famecos e a tão queria “Tia do Bar”), sempre tendo seus funcionários lembrados pela simpatia e prestatividade. Também falaram sobre a rapidez do atendimento, sem perder a qualidade. Aqui, o Subway cumpre o seu objetivo, em ter qualidade no atendimento juntamente com a eficiência e rapidez.

• Preço: Alguns disseram ter dúvidas quanto à tabela de preço do Subway, informando que

não sabem o valor exato dos sanduíches. Outros elogiaram os preços, dizendo que são justos, principalmente o Baratíssimo e os sabores do dia. O preço da salada foi considerado elevado. Quando perguntado se a confusão com o preço se dava por não ser explicado ou não estar explícito no restaurante foi negado, e ainda teve a identidade visual elogiada por um dos participantes que disse que o restaurante possui seus cardápios espalhados pelo local.

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• Cardápio: Muitos apontaram o Subway como um restaurante com variedade de opções, por

poder escolher o que colocar dentro do sanduíche e poder fazer inúmeras combinações, apontaram também a presença de salada no menu do Subway. Porém, a falta de “almôndegas” nas opções de recheio do Subway PUCRS foi lamentada.

• Acomodações: A localização do restaurante foi elogiada, por estar dentro da PUCRS e “no centro

de tudo”. O ambiente também foi elogiado, remetendo um lugar confortável e acolhedor, os seus “sofazinhos” foram o motivo apontado para esse sentimento. Relato de Valentina: “eu acho o ambiente legal, às vezes, até quando eu tenho tempo, eu sento ali e fico no computador um pouco e depois vou embora.” Já, para a Julia, o ambiente é desconfortável, pois as grandes janelas, que dão para a rua da PUCRS são intimidadoras, segundo ela: “Eu me sinto mal, porque tem o sofá ali do lado e uma janela enorme onde ficam transitando pessoas. Aí tu fica ali comendo, cheia de pão na boca, aí tu olha pra janela e tem um professor da PUC passando que te olha...” Neemias defende, dizendo que é melhor do que se fosse tudo fechado. Quanto ao tamanho do estabelecimento, foi considerado pequeno, porém não foi visto com total aversão essa característica.

• Promoção: Palavra muito associada ao restaurante pelos participantes. Justificando pelos

sanduíches promocionais “Baratíssimo” e os sabores do dia, e, também, por ser um dos restaurantes mais divulgados dentro da PUCRS.

• Sabores: Os favoritos apontados foram o Frango com Creamcheese, Frango Teriakki e o de

presunto com peito de peru. O de almondêgas também foi citado, porém não consta no cardápio do Subway da PUCRS. Os molhos foram muito elogiados, a eles foi atribuído o “sabor principal do sanduíche”. Os cookies também foram elogiados e estão presentes nos pedidos dos participantes.

• Saudável: A maioria concordou em dizer que o Subway não é uma opção 100% saudável,

pois, apesar de ter muita opção de saladas, há também o pão, as carnes e queijos industrializados, os molhos, os refrigerantes e os cookies, que transformam a refeição em algo calórico e “gordo”. Esses últimos ingredientes foram definidos como os “vilões” do Subway, e, para que o restaurante se tornasse saudável, eles teriam que ser banidos do cardápio.

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4.4. Resposta da questão-problema: Como foi a aceitação dos alunos perante a abertura da nova sede do Subway na PUCRS?

De acordo com a amostra pesquisada, a aceitação dos alunos da PUCRS em relação ao Subway dentro da Universidade foi, em sua maioria, positiva. O público vê o restaurante como uma ótima opção tanto para uma refeição, por ser rápido e prático, como também um lanche. Os motivos de escolha que levam os alunos ao restaurante são seu preço e praticidade, principalmente. O restaurante também é visto como local de lazer pelos estudantes, proporcionando assim uma experiência positiva aos seus clientes. A qualidade de atendimento e o conforto são as qualidades que mais representam o Subway na visão dos alunos. O estabelecimento também agrada quanto à variedade de sanduíches oferecida. Por mais que a maioria tenha sido positiva à entrada do Subway no campus da PUCRS, há quem prefira refeições mais completas, ou saudáveis.

5. INDICATIVOS DE AÇÃO PARA O CLIENTE: • Tornar o cardápio mais natural, mantendo carnes e vegetais frescos e adicionando

molhos e sobremesas como opções mais saudáveis; • Criar promoções de fidelidade, a ponto de tornar os consumidores leais à marca

(ex: “Compre 4 vezes e na 5ª ganhe 50% de desconto”); • Ampliar o espaço e o número de mesas e tornando o ambiente mais confortável; • Atualizar sempre o cardápio, de forma que esse esteja sempre completo,

facilitando a escolha dos consumidores; • Fazer ações interativas com os alunos da PUCRS (como ações que promovam a

cultura, ex.: shows, feiras... No centro de eventos da PUCRS, ao lado do restaurante), atraindo cada vez mais clientes e os mantendo fiéis ao restaurante. 6. APÊNDICE

6.1. Roteiro utilizado no grupo focal

Aquecimento • Apresentação dos participantes (nome, idade, curso e um hobby); • Como é o cotidiano de cada participante (turno da faculdade, trabalho,

lazer); • Qual é o nível de satisfação com qualidade de vida de vocês; • Como são os hábitos alimentares; • Qual é o nível de satisfação com estrutura da universidade; • Onde optam por almoçar/jantar quando fazem isso fora de casa durante a

semana • Companhia de almoço na PUCRS;

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Aproximação • Qual é a prioridade na hora de optar um lugar para realizar refeições

durante a semana; • Como escolhem os tipos de refeições (fastfood, comida cadeira, etc); • Grau de satisfação em relação aos restaurantes da PUCRS; • O que acham dos bares que também oferecem almoço e janta além de

lanches; • Dentro das opções de restaurantes da PUCRS, qual mais se aproxima do

restaurante ideal. Ápice

• Identificação e troca de experiências nos restaurantes mostrados nos cartãozinho (com logos);

• Associar duas palavras a cada restaurante e mostrar os motivos; • Escolher com qual marca apresentada o participante mais se identifica e

por que. • Como seria o restaurante ideal? • Discutir aspectos do espaço físico, o tipo de comida e os preços das

marcas apresentadas; • Criar a refeição ideal em um desses restaurantes. Ø Técnica projetiva: • Personificação: se a marca Subway fosse uma pessoa como/ quem seria?

Desaquecimento

• Avaliar e dar sugestões para o Subway da PUCRS 6.2. Transcrição do grupo focal

TRANSCRIÇÃO GRUPO FOCAL

− Olá, bom dia. Como vocês estão? Tudo bem? Eu gostaria que vocês começassem se apresentando, dizendo uma coisa sobre o curso de vocês, o que vocês gostam de fazer, como é o dia-a-dia de vocês.

− Eu me chamo Helena, eu gosto bastante do meu curso, mas não sei se é isso que eu quero. Eu faço outra faculdade também, eu faço direito e no meu dia-a-dia eu faço exercício, pilates, ioga e gosto de ir em parques. Não gosto de ficar muito tempo no computador.

− Oi, eu sou a Julia. O que era pra responder mesmo? Ah, eu adoro o meu curso. Eu troquei de curso antes de vir pra cá que eu não gostava então to gostando bastante desse. Eu gosto bastante de ler e de jogar joguinho no computador. Eu acho que é isso.

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− Oi, meu nome é Neemias. Eu to curtindo bastante o meu curso. Gostaria de ter mais tempo pra dormir, infelizmente né?! Eu gosto de ficar na internet, jogar, sair, acho que é isso.

− Meu nome é Valentina e eu gosto de algumas partes do meu curso e outras não. Meu dia é bem corrido, de manhã eu tenho aula, de tarde eu tenho aula, então eu fico cansada na maioria do dia. O que eu faço pra me divertir é ficar um pouco no computador ou assistir algum programa na televisão.

− Vocês podem comer, tá? − Meu nome é Bruna, eu gosto do meu curso tirando algumas cadeiras chatas e

eu durmo, fico na internet e é isso. − Gabriela, eu também gosto de algumas coisas no meu curso e outras não. E

também gosto de ficar no computador. − Bom, eu sou o Carlos Vinícius. Eu gosto bastante do curso, já fiz outro curso,

eu fiz química antes de entrar aqui. Então agora é um mundo que eu to gostando bastante. Quanto ao meu tempo eu trabalho a tarde e estudo de manhã, não tenho muito tempo pra aproveitar. Mas, quando rola algum tempinho eu gosto de sair com a família, sair com os amigos, assistir tv, ficar na internet... Mais ou menos isso.

− Eu sou a Renata, eu gosto bastante do meu curso. De maneira geral eu acho que não tem nenhuma cadeira que eu desgoste tanto, tirando Sociologia. Eu estudo de manhã, tenho bolsa aqui a tarde e eu não tenho muito tempo pras coisas fora a PUC, só mais no final de semana, então as atividades que eu faço é mais procurar sair de casa, porque eu fico o dia inteiro em um lugar fechado.

− Eu sou a Marina, eu gosto de Publicidade, acho. Eu trabalho, tenho bolsa aqui e trabalho. Eu também tenho nada de tempo pra fazer outras coisas além da faculdade e do trabalho, então... Eu assisto filmes, mas é pra bolsa, então não é muito como entretenimento.

− Eu sou o Jader, eu to muito feliz no curso levando em conta que no ano retrasado eu tinha que fazer uma viagem até o vale todo o dia pra chegar no meu curso que era biologia, então eu to muito feliz aqui. EU trabalho no Espaço Experiência né, então tenho pouco tempo pra fazer qualquer coisa da minha vida quando eu chego em casa, levando em conta que eu moro praticamente sozinho. Mas, eu sou feliz.

− Moderadora: Todos vocês trabalham? Quem não trabalho? E vocês que trabalham, como vocês lidam com o tempo de vocês? Vocês tem algum tempo pra si, pra fazer algum esporte, alguma coisa?

− Antes de, na verdade, quando eu entrei pra PUC eu parei, antes eu fazia dança de salão, só que principalmente agora na bolsa é impossível. Eu não tenho tempo e quando eu tenho algum tempo em casa é mais pra fazer os trabalhos que eu não faço de tarde porque eu to trabalhando. Então não tem como fazer outra atividade.

− Eu consigo algum tempo, pra tentar ir na academia, dar uma corrida. Só que naquele período, muito tarde, eu chego tarde, cansado do trabalho.

− Moderadora: E vocês ficam pensando nisso, tipo “ai, não consigo fazer academia”, vocês pensam nisso?

− Nesse semestre eu até pensei em fazer menos cadeiras pra ter mais tempo livre, mas eu não consegui.

− Moderadora: E esse negócio de tempo corrido, todo mundo tem tempo corrido, mesmo não trabalhando, é isso?

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− Todos: É isso. − Moderadora: Como vocês lidam, assim, o tempo em casa, almoço com a

família, ou vocês almoçam fora? − Eu almoço no RU, infelizmente, quase todos os dias. − Eu levo quentinha, é a vida. − Eu, nesse semestre, to sempre almoçando aqui na faculdade, todos os dias. − Eu almoço fora de casa onde dá, porque as vezes a aula acaba tarde, outros

dias a aula acaba mais cedo, então depende. Se acaba mais cedo, eu acabo comendo uma coisa melhor, se acaba tarde eu como o que dá correndo porque eu já tenho que ir pro trabalho. E na noite eu janto com a família, então geralmente o tempo que eu não tenho livre pra almoçar que é mais corrido é só na manhã mesmo.

− Eu janto com a família sempre, só o almoço eu sempre como aqui. Eu trago a minha comida, eu almoço na copa do prédio 15 que é onde eu trabalho. E eu almoço sempre sozinha, isso é triste e geralmente vão os colegas almoçar e fica todo mundo conversando e quando eu fico sozinha na minha mesa comento, o melhor dia pra almoçar é quarta feira que tem a sobremesa musical que daí eu ouço a orquestra.

− Bem legal mesmo, aquelas bem sozinhas né. − Se tu levar comida pra mim eu almoço contigo. − E eu vou deixar a comida onde? − Na geladeira! − Onde tem geladeira? Esse é o problema. − No 15. − Mas eu não trabalho no 15. − Todos: Mas não tem problema. − Ah, é verdade, ali é o 15.Eu almoço quase sempre aqui na PUC, porque

sempre tem coisa pra fazer. E quando eu chego em casa eu janto porcaria, já que não tem ninguém pra cozinhar, eu chego em casa tarde e não vou cozinhar. Então eu como sopinhas e coisas assim.

− Eu cozinho. Fica horrível, mas eu cozinho. E de vez enquando eu como aqui no RU, também não é muito melhor, mas né.

− Moderadora: Então vocês, mais ou menos, ficam aqui o dia inteiro na PUC e vocês estão satisfeitos com a estrutura da PUC, da faculdade, das aulas, desse negócio mais dos restaurantes.

− Sim. − Poderia ter uma geladeira para guardar as coisas, pelo menos. − Poderia ter mais variedade de restaurantes, é isso. − E ser mais barato. − Também − Realmente − Moderadora: Então vocês trazem comida ou vão no RU, porque vocês

almoçam aqui todos os dias. Vocês acham, então, muito caro o custo de vida aqui dentro?

− Pra mim, pelo menos, é impossível pagar pra almoçar porque se eu for pagar pra almoçar eu vou gastar em almoço tudo o que eu to ganhando na bolsa.

− É complicado, na verdade, ganhar um valor e gastar tudo em almoço. − Não só almoço, mas os bares são caros.

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− Moderadora: Bom, então vocês priorizam mais a qualidade da refeição em si ou o dinheiro?

− Todos: O dinheiro − Moderadora: Vocês acabam abrindo mão dos hábitos saudáveis por causa do

custo. − Todos: Sim − Eu prefiro não comer na rua, eu não gosto de comer na rua na verdade. Porque

na maioria dos lugares é buffet, daí é massa, massa, massa, massa, arroz e polenta. Daí não vale a pena sabe, prefiro comer em casa ou se eu to na rua, como no RU da outra faculdade eu como. Na verdade eu comi duas vezes, é horrível e eu prefiro não comer. Ou eu levo uma coisa de casa ou chego em casa e como.

− É, eu não abro mão dos hábitos saudáveis né, procuro sempre uma coisa que seja barata mas ainda assim tenha tudo que eu preciso numa refeição, todos os nutriente necessários. Poucas vezes eu como Subway assim sabe, e ainda assim eu tento equilibrar de uma forma que não esteja faltando nada.

− É que acho que na real pra tu pagar barato e depois ficar com fome durante a tarde né, a gente vai ficar aqui até às seis horas. Aí tipo, eu já almocei no Subway e chegas às 15h e eu to morrendo de fome já. Então eu tento ir no RU quase todo dia, dependendo se tiver uma coisa muito absurda assim pra comer eu troco.

− Pra mim depende muito do dia, tem dias que eu consigo almoçar aqui no 8 por exemplo, eu vou ali e como uma ala minuta, tem vezes que o tempo ta complicado, eu pego um salgado e de tarde eu levo alguma coisa e como lá no trabalho mesmo. E tem dias que tipo, ta eu sei que não é muito saudável, mas como eu tenho que ir pro centro eu como ali no Mc, não é barato, mas é uma coisa que tipo é rápida então eu vou comendo o mais rápido que eu posso e vou correndo pro trabalho sempre. Então depende, são essas três coisas basicamente.

− Fora daqui eu como coisas mais saudáveis assim, tem no centro uma temakeria que eu como lá ou coisas com salada, daí é mais saudável, mas aqui é difícil achar um lugar que não seja tão caro e que tenha comida rápida assim, que não tem que ficar uma hora comendo.

− Antes da bolsa eu fazia monitoria então muitas vezes eu tinha que ficar aqui para fazer a monitoria e o meu almoço era um salgado porque a gente ganha 5 reais por hora na PRAC, então é menos que a comida do RU. To aproveitando pra reclamar mesmo, isso é muito ruim na estrutura da PUC, tu ganha menos por uma hora do que tu paga no RU, então a gente não tem como trabalhar o dia inteiro e gastar no restaurante do onze ali. Então eu comprava pra mim, o almoço era um salgado.

− É, no meu também eu fiz uma cota pra mim mesma de 10 reais por almoço, cada dia. Então fica 50 reais na semana, então normalmente o meu almoço se tornou o Subway, porque é algo prático, eu posso ir andando e comendo e indo pra onde tenho que ir depois. Então, claro que no meio da tarde eu fico com um pouco de fome, então eu sempre levo um Nutry dentro da minha bolsa para comer depois de tarde. Mas é isso, é esse o meu dia inteiro. Levo uma barrinha de cereal.

− Como é que tu consegue fazer isso?

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− Ah, eu quase sempre como em casa, quando eu chego tarde ou cedo e as vezes eu como um Mc Donalds também ou vou em um restaurante quando posso.

− É, eu só como aqui quando tem várias coisas para fazer, mas não sou de ficar mesmo. mas eu prefiro... depende, mas as vezes, muito raramente eu como as vezes tipo em um restaurante

− Mediadora: e vocês, diferente da Renata que almoça sozinha, vocês combinam de almoçar junto com os amigos e os colegas?

− Todos: sim. − É, só que não da pra chamar o Jader por que tu fica meia hora esperando ele e

tu saí e almoça correndo. − Todos: risos. − É, mas quando eu não almoço sozinha eu vou com o Jader. − E tu não traz a tua comida e almoça aqui na Puc mesmo? − É, mas daí vou esquentar a comida no micro ondas e vou ficar andando com o

meu potinho − É que a gente sempre almoça aqui e ela prefere comer a comidinha dela... − Não, mas é que... (risos) tipo, é que eu vou ter tipo uma hora as vezes meia

hora pra almoçar. Nao tem tempo de eu pegar a minha comida, esquentar no micro ondas e sentar em outro lugar pra comer e voltar e ainda lavar minha louça né, por que não vou sair sem deixar meu pote sujo.

− Todos: risos. − Mediadora: Bom, então quanto ao fast food, vocês falaram do Mc, do

Subway... O que vocês preferem comer? Refeições ou fast food, lanche? − Refeições. − Depende da fome. − eu prefiro comer refeição, mas eu como mais fast food, por que é mais rápido. − É, mas ninguém gosta de ter que comer isso. Tipo, fazer uma refeição ao invés

de almoçar arroz, feijão e carne, tem que comer um cachorro-quente... É triste. − Quando eu posso eu almoço mesmo, então tipo, de noite eu não tenho o

costume de jantar, acabo sempre fazendo um lanche, então sempre que da, eu pretendo almoçar bem.

− Eu nem gostava de fast food até pouco tempo atrás. − Outra proposta mesmo assim que eu acho que não tem gosto de plástico

mesmo assim é o Subway, por que tu pode escolher do teu jeito − Subway é um dos poucos que tem escolha. − É, e é o mais perto do saldável em termos assim de fast food. − É, e é uma coisa que tu vê que é fresquinho. − eles escrevem naqueles cardápios que tem coisas que tem mais sódio e tal

dentro das coisas que eles tem. − Eles colocam bastante variedades de salada também. − Eu pulo a salada. − Eu acho que ele é muito mais um lanche, pra quem fala “ah to com fome de

tarde, vou comprar um fast food”, mas pra almoço, eu não conheço ninguém que goste de almoçar assim.

− Só quem tem muita pressa. − É, mas dai é diferente de gostar né. − É diferente de gostar.

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− A única situação que eu como Mc é de quando tu ta voltando de uma festa, dai ta com fome e passa na frente do Mc. Dai a gente passa no drive e dai eu como. Mas quando eu chego em casa eu penso “putz”

− eu acho fast food uma refeição boa. Quando meus pais se separaram quando eu era pequena, minha mãe não cozinhava, então todo fim de semana eu comia em fast food.

− É, quando eu era pequena também. Todo domingo era dia de Mc Donalds, mas agora tá parado. Mas realmente eu tinha aquela necessidade de comer algo rápido, mas sempre vai ser uma refeição feita em casa, se for pra escolher.

− Eu acho que preferir todo mundo prefere né, comer alguma coisa em casa, mas é mais na necessidade. Eu vou pro centro, chego tarde e tenho que comer em 10, 15 minutos.

− E da pra comer caminhando. Temos que comer caminhando. − É, eu vou... pra sair da PUCRS e chegar até o estágio então é complicado.

Tem que ser isso sabe, se eu almoço uma refeição aqui na PUCRS, como eu falei, eu chego no trabalho uns 15, 20 minutos atrasado. Então tem que ser uma coisa rápida e infelizmente, o pessoal até pega no meu pé que eu como demais, mas é o que dá sabe, é o que dá. Ano passado eu comi o que: 4 vezes no Mc e 1 no Subway, todo dia assim, e foi por questão de tempo, então pra mim é por praticidade mesmo. Não é uma coisa que eu goste. Eu gosto, mas não é “eu vou lá por que eu quero”, é o tempo.

− Mediadora: E alguém faz por que gosta? − Eu gosto da rapidez. − Eu também. − Pela pressa. − Por mais da rapidez, Mc Donalds é muito bom. − Eu concordo com você, é muito bom. − Qualquer lugar que eu for pra comer ... − Todos: começam a falar ao mesmo tempo e rir. − Mediadora: Então vocês gostam, mas ao mesmo tempo tem que dar um tempo

né. − Sim, mas tem dias que tu ta com pressa e come uma pizza e deu. É rápido

também e já é uma coisa diferente. − Fast food também tem sempre o mesmo gosto. Se tu come todo o dia, vai ter

sempre o mesmo gosto. Comida é diferente. Comida tem um tempero diferente.

− Todos: concordam e riem. − Mediadora: E quanto aos restaurantes aqui da PUCRS, vocês estão satisfeitos

com eles? Do RU ou... − Do RU pelo preço. − Mediadora: E pela qualidade não? − Como tudo menos a alface. − Mas nem tem alface, é só os cabinhos, nem tem folha. − Se eles lavassem o alface eu ia ficar mais feliz. − É que eu acho que eles pegam os restos do restaurante de baixo que é deles

também e colocam no RU. Com certeza.

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− Mas acho que assim, tem uma variedade bem grande. O da UFRGS tinha uma carne e uma sobremesa. Aqui tu pode escolher ainda, pode pegar outra coisa, outro prato.

− Quem pode reclamar da comida pagando 1 e pouco. − É só uma carne mesmo? − E quem não come carne então? − Lá tu pode servir muito arroz e feijão dai quando for a carne, a mulher coloca

um negócio em cima do arroz e feijão. Dai tu pensa “ta falando sério?”. − Todos: risos. − Tu pode olhar no Twitter ver o que vai ter de almoço. − Sim. Mas eu olhei uma vez e dizia que era batata noisette e quando cheguei lá

era umas polentas velhas. − Falam que vão fazer crocante, mas nunca fica crocante. − Mas tem umas comidas que não é tão ruim assim, aqui vale os 5,80 por que eu

acho que tu não ta com o espirito de que... − 5,90. − Tá, 5,90. Mas tu nao ta com o espirito de que é um Restaurante Universitárioe

não tem dinheiro pra pagar a comida dos outros... − Com 5,90 eu como qualquer outra coisa. − Mas mesmo assim tu vai comer um buffet, tu paga no mínimo 10 reais e por

isso o RU é um pouco... quase metade disso. − Ah, mas tu tem que ver... Eu e a Marina quando a gente almoçava no Bar do

Silvio, era aqui na PUCRS. Saindo da PUCRS, ali na Bento, era o Bar do Silvio. A gente comia uma ala minuta, a gente comia muita coisa. Era nós duas e as vezes sobrava e olha que a Marina come.

− E muito. − Então tem muita coisa que a gente pagava e era 9,50 a ala minuta, e a gente

dividia. − Do ano passado pra cá mudou muita coisa. − Mas a gente comeu esse ano. − A casa é gostosa, a comida é gostosa. − O feijão é muito bom. Ou seja, tem uma comida muito boa e a gente até paga

menos que o RU. − E as pessoas que costumam comer o RU, quando acabam comendo outra

coisa, claro que vai achar muito ruim. E a gente vai no 8 ali, tem o prato do dia que é 9,50 com refri e mudou pra suco e agora é 11. O prato continua igual só que a diferença é que eles tão tirando algumas coisas e botando mais arroz. E tu saí fedendo a fritura.

− Mediadora: Vocês já foram, gurias? (Bruna e Gabriela) − Sim, algumas vezes. − Prefiro comer em casa. − No primeiro semestre, que tinha as aulas da nossa professora de Português de

tarde, tinha que passar a tarde inteira aqui e eu comia no Ru. Odiava. Dai chegou o segundo semestre, não cheguei nem perto do RU e eu to aqui todos os dias e me recuso a ir no RU. Me recuso a pagar o RU. Então eu escolhi ir no Subway. É que realmente o RU não tem gosto, não tem nenhum dia que eu fui no RU que eu disse “bá, essa comida ta boa, essa comida ta legal”. E os únicos restaurantes daqui que eu já fui é o RU e do prédio 11. O do prédio 11

Page 16: Relatório Grupo Focal - SUBWAY

eu acho muito bom. Durante o primeiro semestre eu ia também todas as quartas feiras. O 11 é muito bom. É por peso e muitas vezes eu pagava quase a mesma coisa que o RU e comia muito melhor. Então era só isso que eu queria... e o Subway. O Panorama nunca fui.

− Mas o 11 não é mais por peso, agora só a comida. − E quanto tá agora? − Não me lembro... (pergunta para Marina), quanto tava quando a gente foi

aquele dia? − Não me lembro. − É, eu só fui lá no primeiro semestre. − Tem o do prédio 50 também. − Mas eu me lembro que era 11,50 também. Foi o que me falaram, sabe. − Sim. − Mediadora: De todos esses bares que aparecem, as refeições são boas, como

de almoço quanto de janta? Vocês costumam almoçar fora, no 10, no 11? − Eu almoço no 30, o atendimento é muito bom. É bem gostoso e não é muito

cheio e não é muito caro. É muito bom. − E o maior problema... Eu gosto muito do 11, só que por que eu eu vou

comprar um buffet livre se eu como muito pouco? Eu almoço pouco sabe, pra mim não vale a pena pagar 12 reais por uma que eu não vou estar comendo 12 reais. Eu sei que eu não vou estar comendo.

− Mas no Panorama, a maioria das coisas são caras, só que um prato é tipo 10 reais e da pra comer em duas pessoas. Vem uma massa assim ó, um prato inteiro cheio de massa e duas carnes. Da pra comer em duas pessoas tranquilo. Só que pra comer qualquer coisa lá é muito cara, tem torta de 20 reais e o almoço é 10, tipo...

− Mas é muito cheio, demora demais. − Ah, eu comia só de vez em quando. Antes de ir pra aula eu passava lá e comia. − Tem dois restaurantes aqui na PUCRS por exemplo que eu evito. Que é o RU,

eu já tenho experiência da UFRGS, então não gosto. − Todos: risos. − É, falar em RU eu já não gosto (riso). Comi muito no primeiro semestre e

agora eu evito. E tem um que é atrás do RU, no andar de baixo. Ali eu também evito muito, por que é caro, tem pouca comida e além disso tem que pagar a carne separada. E a carne é bem cara, tipo uns... dependendo da carne que tu pega aumenta muito o valor, eu paguei quase 20 reais e não comi nada.

− Mas embaixo do RU é bom. Porque tu paga 14 pila e come demais. − Mas são as mesmas pessoas que fazem o RU, né? − Sim, mas a comida é melhor. − Tá, mas pensa, se as pessoas que fazem o RU têm aquele tipo de qualidade na

comida e aquele tipo de higiene, o que será que eles não fazem ali embaixo? Tu acha que eles limpam o alface ali embaixo?

− Todos: risos − Ah, a diferença do de cima pro debaixo, é que o de baixo tem um ambiente

mais legal e que tem mais variedade, mas, pra mim, é o mesmo arroz, o mesmo feijão,...

− Mas pra ser bem sincera, pra mim tanto faz. Eu não como salada, então tanto faz se o alface tá limpo ou não. (risos)

− Mas tu nunca come nenhuma salada?

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− como tomate, como brócolis,... − O tomate tá caro. (risos) − Mas não é só o alface. Se eles não lavam o alface, pensa em o que eles não

lavam também. Eles não são higiênicos, esse é o ponto. − Mas eu como Mc Donalds, o que que tem no Mc Donalds? − Mas em nenhum lugar é higiênico se tu vai pensar. − É, exatamente. Comparando com a UFRGS, eu já achei uma larva no alface. − Na UFRGS não teve um surto de tênia esses tempos por causa da carne, ou

alguma coisa assim? − Hmm, não ouvi falar. − Eu me lembro, Jader, do dia que tu encontrou um plástico dentro de uma

calabresa. − Ah, sim, eu mordi aquilo e senti uma coisa meio dura assim.. um plástico!

(risos) Mas um plástico daqueles industriais assim, não foi uma coisa muito boa...

− Moderadora: E quanto ao atendimento desses lugares que vocês costumam frequentar, vocês estão satisfeitos?

− Depende dos lugares. − Moderadora: De quais vocês gostam mais, assim − Eu não gostei muito lá no panorama, porque anteontem “saudades garçom”

pra atender. Eu tive que chamar o (?) pra nos atender. E mesmo assim ele demorou, pra trazer um suco que já é pronto. Daí, realmente é meio chato.

− Ah, como o panorama é bom. − Ah, o panorama é sempre bom, mas é muito caro, então eu não me dou ao

direito de comer sempre. − Na PUC, é o melhor restaurante que tem. Mas tu vai pagar 26 reais todos os

dias pra comer, tu fale. − É, tem que ser uma vez por mês, no máximo. − Uma vez por trimestre. − Atendimento bom ou ruim? Ruim? − Moderadora: Tu escolhe. − Ruim: Mc Donalds. − Moderadora: Mas e da PUCRS? − Ah, da PUC eu acho que em geral não tem um atendimento ruim, eu gosto do

atendimento do pessoal da Subway, são bem flexíveis, sabem passar as pessoas bem rapidinho. Uma vez quando a gente foi comer na Subway, o cara perguntou pra mim: “Tu quer média pimenta ou pouca?”, e eu falei “pouca”. O cara entupiu de pimenta. (risos) Daí ele: “Quer mais alguma coisa?” e eu, “não”, daí ele fechou. Mas bem simpático, bem legal. (risos). Eles são simpáticos.

− Moderadora: Mas tava boa a comida? − Tava bom. − Viu, então ele tava te fazendo um favor. − Comigo, no Subaway, por exemplo, eles sempre foram bem simpáticos, já que

eu não boto salada, eu boto...Não me olha assim, Julia! (risos).. eu boto o recheio, passo direto pros molhos e aí, já que não vai salada, ele capricha.

− Tá, no Subway eu como salada. Eu como alface no Subway, mas só no Subway. E picles e tomate. É o que vai no meu.

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− Picles, quem é que come picles? − Todos: é bom picles. − Mas ali no Subway, como eu tava falando, eles acabam guardando as pessoas.

Tipo, eu vou muito lá com a Camila. Quando a gente vai lá, eu sempre brinco com ela: “Ah, vai pular a salada, vai pular a salada...”. E tem um ali que já sabe que eu vou pular a salada e já vai direto pro molho, sabe.

− Eu gosto do atendimento da tia do bar daqui. − Todos: é verdade, os dois são muito legais. − Quando tu não pega ela de TPM é bom, né. − Ela é sempre supersimpática comigo. Mas realmente, é bar que é muito legal,

eu vejo as pessoas do resto da PUCRS dizendo que gostam de vir pro bar daqui.

− É que é o mais barato do que a maioria e eles te atendem muito bem, são muito queridos. Se tu não tem dinheiro, eles oferecem pra tu pagar outro dia.

− Hmm, verdade! − É, aqui é barato. − Não, o de Letras é mais barato. − Mas no da Letras tem que ouvir o cara dar discurso. Toda a vez que a gente

vai lá ele fica dando discurso. − Quem? − O tio do caixa do 8, ele fica conversando contigo, falando sobre tudo de como

é feito as vendas do bar dele. − E também sobre tudo que ele tem que pagar, que é caro. Café tem que pagar

isso, aquilo,... − Mas o atendimento do 30 também. Demora um pouco, às vezes, porque... − Tem muita gente. − Não tem tanta gente, na real, mas é que como tu pede prato, às vezes demora

um pouco mais. E o risoto costumava ser mais bonito, agora ele tá muito pálido. (risos) Mas é bom, assim, às vezes demora um pouquinho, as é bem boa a comida, e eles sempre te atendem bem. Mas aqui eles te atendem melhor.

− Aqui, com o “tiozinho”, acontece o que acontece no Subway com o Vini: eu sempre guardo a notinha que eu tenho que bater no posto e sempre sabe que eu tenho que guardar, então ele já separa pra mim. Ele conhece as pessoas, sabe, e isso que é legal, ele conhece todos os clientes.

− Moderadora: Valentina? − Olha, pra mim fica normal, porque já que eu vou todos os dias no Subway, pra

mim tá normal. Eles falam rápido, tudo rápido, tá tudo ali e deu, acabou. E é isso.. Também tem o bar da Famecos, que também eu acho a mulher do bar da Famecos muito legal, assim. Ela sempre fala animada, ela já fez um monte de coisa assim pra mim.. Uma vez eu tava sem.. ahn.. tinha uma conta que eu acho que tinha dado 5 reais e acho que dei 4, e ela disse: “Tudo bem, tu me paga outro dia”, e deu mesmo assim. Então, tipo, eu acho que dos lugares que eu vou, o atendimento pra mim tá normal, sabe, eu não tenho do que reclamar. É isso.

− Moderadora: E qual é o restaurante que vocês mais gostam? Qual seria o ideal pra vocês? O que vocês gostariam de comer todos os dias?

− Todos: Panorama. (risos) − Só que pagando 10 reais.

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− Ah, eu não sei como é o panorama, então... − Paraíso. − Eu só não acho o sushi muito bom. − Moderadora: E, seguindo esse pensamento, eu vou distribuir pra vocês uns

envelopes, e dentro deles, a gente têm alguns dos restaurantes que vocês falaram. Eu queria que vocês olhassem os logos. E tem umas palavras aí dentro também, que são as qualidades. Vocês já falaram bastante deles, né, como do panorama, do RU, mas agora eu queria que vocês escolhessem duas palavras por marca.

− Mas são essas aqui ou qualquer palavra? − Moderadora: Não, vocês podem usar essas aí de modelo e se quiserem usar

algumas que vierem à cabeça, podem falar. − Tá, a localização é indiferente, né? Porque é tudo na PUC. − Eu botei a localização no Subway pelo fato de ser um Subway dentro da PUC,

entendeu? − Hm, entendi. − (não é possível a compreensão dos sussurros) − Moderadora: Eu quero começar então pelo Jader. Jader, pode começar? − Tá.. Eu botei no Panorama “qualidade” e “ambiente”, principalmente por ser

um lugar que é bom pra comer e é bom para ir. Quando eu peguei aqui o “ambiente”, eu pensei direto que não iria botar no RU, até porque esses dias eu tava lá e tava olhando em volta, observando as pessoas comendo lá, e todo mundo tava muito triste, cabisbaixo. Parecia que eles tavam em um funeral, sabe. (risos)

− As pessoas vão tristes pro RU. − É, eles estavam todos triste, sabe. Bá, é bem diferente da vibe lá do RU da

UFRGS, que as pessoas cantavam parabéns e todo mundo cantava junto. − Ah, mas na UFRGS tá todo mundo sempre chapado. (risos) − Não, mentira, não é! − Ah, mas na UFRGS é R$ 1, 30, qualquer pessoa fica feliz por R$ 1,30. (risos) − Ainda mais chapado. − Bom, mas continuando, daí eu botei “ambiente” e “qualidade” no Panorama.

Qualidade não tem porque dizer, porque lá tem tudo o que tu quer, tirando o sushi, que não é dos melhores. Ahn.. RU, eu botei “preço”, óbvio, e “variedades”, mas é porque eu fiz uma comparação aqui, mas não tem muita variedade não. No Subway, eu botei “promoção” e “localização”. “Localização” pelo mesmo motivo da Helena, e “promoção” porque, dos lugares daqui, é o que é mais difundido nas ruas, e todo mundo conhece. E no bar da Famecos, eu botei “atendimento”. Não cheguei a pensar em uma segunda palavra, mas.. “proximidade”, também.

− Marina? − No Panorama, eu coloquei “variedade” e “qualidade”. No Subway,

“conforto” e “promoção”. E no bar da Famecos, “preço” e “atendimento”. No RU, eu não coloquei nada. Se tivesse uma palavra ruim, eu tinha colocado. (risos).

− Moderadora: Renata? − Eu coloquei no RU, “preço”, e uma segunda palavra pro RU seria “segunda

opção”, porque, pra mim, é realmente uma segunda opção. Não que eu goste... No Subway, eu coloquei “promoção” e “variedade”. No bar da

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Famecos, eu coloquei “ambiente” e “atendimento”, porque como a gente já tinha falado, eles são muito legais. E Panorama, que eu nunca fui, eu coloquei “conforto” e “qualidade” porque é a imagem que o Panorama passa. Independente de tu nunca ter ido no Panorama, tu sabe o que é isso. É isso. Vinicius, fala que tu nunca foi no Panorama também. (risos)

− Tá, pra começar então, eu nunca fui no Panorama, mas eu coloquei “qualidade” e “conforto” porque é o que as pessoas vem falando, as pessoas gostam de lá, a comida é boa, o lugar é legal, então, “conforto” e “qualidade”. O RU, eu botei “preço” e “promoção”, porque é barato comparado aos outros, mas nada ali pra mim me chama a atenção, então eu não vou dar qualidade boa pra ele. No Subway, eu botei “ambiente” e “variedade”. Eu fiquei em dúvida em “variedade”, mas eu botei no Subway, porque tem muita variedade de comida, mas, pra mim, o barda Famecos também. Mas eu tive que escolher entre “variedade” e “atendimento”, então eu botei “atendimento” pro bar da Famecos, porque eu gosto muito do pessoal daqui, da tia do bar. Ela me chama de “gatão” (risos). E “localização” porque, pô, é aqui embaixo, né. E eu acho que é isso.

− Eu botei no Panorama “qualidade” e “variedade”, mas por mim eubotava “ambiente”, “conforto” e “localização”. Mas eu botei no Subway, “atendimento” e “conforto”, porque eu acho que é um lugar muito confortável...

− O Bar da Famecos eu coloquei ambiente e localização e o RU o preço e promoção. Eu coloquei o Bar da Famecos atendimento e variedade. Não tem tanta variedade assim, mas tem variedade, entendeu? Eu nunca fui nesse Subway da PUC, mas nos outros que eu comi que no caso eu não gosto muito, eu coloquei o conforto e aqui sim, a localização, que eu acho bem boa porque é bem no centro de tudo. No Panorama eu coloquei ambiente, qualidade, eu colocaria todas as palavras mesmo. E o RU eu não gosto, mas eu vou só porque é barato e é a última opção da vida.

− É, eu no Panorama também nunca fui, então eu não sei como que é. Mas eu botei que é qualidade e variedade pelo que as pessoas falam. Dizem que é muito bom e tem bastante coisa pra comer. No bar da Famecos eu botei localização porque é aqui bem perto e o atendimento por causa da tia. No Subway eu botei a promoção e o ambiente. A promoção por causa do “baratíssimo” que é tipo 6 reais o sanduíche e tudo mais e sempre tem todo dia um diferente. E o ambiente porque eu acho o ambiente legal, às vezes até quando eu tenho tempo eu sento ali e fico no computador um pouco e depois vou embora. E no RU somente botei o preço mesmo, que é por ser mais barato, mas até agora o RU ta tipo 5, 90 e o sanduíche é 5,95 então ta ficando o mesmo preço. Conforto eu deixei de fora porque eu não tenho tempo de ficar parada aqui pra comer, sabe. Eu tenho que fazer tudo correndo.

− RU eu coloquei preço, ja sabem porque. Bar da Famecos, atendimento e localização, já sabem porque. Panorama eu botei qualidade e variedade, lá é muito bom.. Vocês que não comeram, vão comer lá! E Subway, conforto e promoção. Eu gosto do Subway daqui, apesar de ser pequeno. E os valores deles são bem legais, são baratíssimos e o barato do dia. E o ambiente eu deixei de fora porque só me restringiram à dois né, fazer o que.

− O problema é que aqui não tem as almondegas. − Eles não tem porque aqui não tem “espaço” pra ter almôndegas. − Almôndega ocupa muito espaço! (risos)

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− Eu coloquei atendimento e qualidade no Panorama porque eu acho que o atendimento é bem bom, tu não fica esperando muito tempo pra perguntarem o que tu quer beber e tal. Eu coloquei no Subway promoção porque eu não acho confortável e não acho um ambiente bom. Eu acho horrível ter que comprar aquele pão de 30 centímetros e ficar comendo na frente de todo mundo porque fica escorrendo molho e pulando tomate, então eu prefiro comprar e sair e comer bem longe. O RU eu botei preço e localização porque não tinha muito o que botar pra ele. E pro Bar da Famecos eu botei conforto, ambiente e variedade porque é o bar que mais tem opções pra tu comer ali. E eu botei conforto e ambiente por que, sei lá, ele é pequeno e quentinho, não sei, eu me sinto bem ali.

− Eu botei preço e promoção no RU, acho que já é um consenso. Botei no Subway localização e conforto porque eu acho um ambiente bem confortável assim, lá dentro tem aqueles sofazinhos que eu adoro. No Bar da Famecos eu botei o ambiente porque eu me sinto muito bem ali, tipo me sinto em casa e atendimento porque são uns amores todos, as mulheres que atendem e os tiozinhos do caixa. No Panorama, eu coloquei qualidade porque tem todos os tipos de comida que tu imaginar, tem sushi, italiano, e por aí.

− Moderadora: E qual dessas marcas vocês acham que mais representa vocês? − Subway − Bar da Famecos − Subway − Bar da Famecos − Moderadora: E se vocês tivessem que montar o restaurante ideal, como ele

seria? − Eu não faria um lugar com muita variedade, ou o lugar vai ser muito caro e dai

tudo vai ser bom, como o Panorama. Então tem que fazer um lugar com um tipo específico de comida, que a comida seja boa, tipo o Subway, por exemplo, é só sanduíche, mas quem quer sanduíche vai sair satisfeito porque é um sanduíche bom.

− Moderadora: Montar um cardápio ideal − A la minuta, risoto, sushi, a comida do RU bem feita − Moderadora: E quanto ao atendimento, qual seria o ideal? − Prestativos, alegres, pacientes, exemplo Bar da Famecos, fidelizam os clientes

que já precisam vim aqui todos os dias. − Eu acho que o atendimento daqui é ótimo, principalmente pra um tipo de lugar

que tu vai todo o dia. Aqui na PUC, se tivesse um restaurante ideal, eu iria todo o dia lá. Então são clientes fiéis, assim. Não é que nem no centro, que são vários clientes diferentes. São clientes que tão sempre ali, que trabalham e que estudam ali. Então, conhecer eu acho que é importante.

− A pessoa tem que ter interesse em te atender, né. − Mas também tem que tratar bem que vai te atender, porque não adianta um

atendimento bom se as pessoas não tem respeito, entendeu?Eu acho que o pessoal tem que ter um pouco de bom senso.

− Mas eu sou uma pessoa muito simpática sempre e tô até hoje chateada com o Mc, eu nunca mais fui no Mc, porque, a última vez que eu fui, eu vi a mulher fazendo o hambúrguer e vi que ela pegou o pão e jogou o pão na caixinha e

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jogou o bife em cima do pão. Ela só jogou as coisas em cima do meu pão. (risos) Eles não tratam com carinho o teu pão, sabe? Eu não to dizendo que é pra amar o pão, mas é só colocar com mais amor.

− Tinha um restaurante lá no Bourbon, “Guris” era o nome do restaurante, que eu fui ver e tipo, os caras faziam na tua frente. Eu vi o cara deixando cair o meu pão no chão e botando de volta em cima, e eu vi que era o meu pão. Quando ele chegou, tava aquela coisa preta, e eu falei pra mulher: “eu não vou comer isso”, e ela “por que?”, e eu “porque ela caiu no chão”, e ela “não caiu não”, e eu falei “não, eu vi”, e ela ficou com uma cara de braba. E realmente, eles deixam a maionese em cima do pão com pontinhos pretos. Não é do pão isso. (risos)

− Mas quando tu vai no Mc Donalds, por exemplo, se tu reclama, é óbvio que eles cospem no teu pão, então...

− Mas Mc Donalds, tipo... Cuspe é o de menos. (risos) − Eu não sei, até hoje eu como lá, né, mas... − Ah, em qualquer lugar, se tu reclama, as pessoas podem cuspir na tua comida,

né. − Justamente já é bom tu ir tratando bem eles pra saber que eles não vão cuspir

na tua comida. É uma questão de autoproteção, assim... (risos) − Uma coisa da qual eu e a minha mãe sempre reclamamos é que na maioria dos

restaurantes que a gente vai, não tem ninguém nos atendendo, e a gente olha pro lado e estão ali dois garçons ou garçonetes conversando e rindo. Isso eu acho que é uma coisa horrível, e em muitos restaurantes acontece, é que os garçons ficam parados, esperando para serem chamados, ou às vezes nem prestam atenção. A gente tá lá esperando pra nos atenderem, e ninguém atende. Uma coisa que eu acho que seria legal, é que os garçons que não estiverem fazendo nada não ficarem parados conversando, mas rodando por ali, perguntando se tá tudo bem, se querem mais alguma coisa,... Eu acho que isso seria um melhor atendimento: é perguntar se tá todo mundo ali bem, e não ficar parado, conversando, rindo e discutindo a vida lá, enquanto a gente espera eles nos atenderem.

− Pra mim, eles não precisam ficar nem circulando, mas quando eu chamar, eles não ficarem “só um pouquinho que eu to aqui conversando com a minha mãe e já te atendo”... (risos)

− Mas eu acho que o que detona o restaurante é tu chegar, as mesas estarem sujas e eles demorarem um tempão pra limpar.

− É, isso é uma coisa bem ruim. − É, tem que estar limpo. (todos concordam) − Eu acho que quando alguém sai, já tem que ter alguém ali pra limpar, passar e

já sair, porque tem que saber que tem alguém que já vai vir querer sentar. − Mas eu acho que às vezes eles até limpam rápido, mas não limpam bem

também... Porque o cara tira as coisas com a bandeja, mas fica ali alface e tal, e o cara não tá nem aí.

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− Isso não acontece aqui na PUC. Eles não limpam as mesas. Principalmente no RU, né.

− Ah, mas o RU não tem a mínima capacidade pra isso. É um ambiente menos escuro assim... (risos)

− É, mas até tendo a bandejinha, se tu não a tira, eles também não tiram. E na Famecos também, tem sempre um copinho e tal, até porque eles não têm quem limpe, porque tem só pessoas atrás do balcão.

− Quem limpa o RU é nós , né... levando a bandeja e tal. − Eu acho que isso é o principal mesmo: a limpeza, porque o ambiente em si eu

acho que, pode ser um ambiente legal, favorece se tu gostar de estar lá, mas eu acho que o principal é a limpeza, porque tu vai comer ali. Só de o lugar estar limpo, já influencia, e o resto- iluminação, cadeira, qualquer coisa- é muito menor ao “estar limpo”, ao “mostrar que é um ambiente limpo”.

− Até porque, se tu ver que tá limpo ali, tu imagina que esteja limpa a cozinha. − Uma vez eu fui crucificado quando eu estudava na UFRGS porque eu fui

pegar o talher, eu escolhia o talher, e me xingaram porque eu tava escolhendo pra pegar o mais limpo. Mas, pô, tu vê que tu entrega a bandeja pro cara, ele só passa uma água e “já ta limpo”, sabe? Então, eu não vou pegar um talher sujo... E aí, eu fui muitas vezes crucificado por isso. Então, pra mim, além do local que tu come, o prato e tudo tem que tá limpo também. Eu não consigo comer se eu vejo uma sujeirinha ali. Eu já tô trocando o prato. Eu sou muito crítico com isso.

− Eu também faço isso. − Eu acho que, além da limpeza, também, uma coisa que atrai no ambiente é o

lugar em si. Se o lugar é bonito e tal, bem organizado, é uma das coisas que faz tu querer ir a um lugar que tu não conhece. Tanto que eu tava conversando sobre o Starbucks... Eu não conheço o Starbucks e eu nunca vi alguém falar sobre o café em si, mas todo mundo fala do lugar do Starbucks, do ambiente da Starbucks. Eu queria conhecer por isso. Com certeza, se eu for lá, eu vou tomar um café, mas eu quero mesmo é saber como é o ambiente, sabe.

− No Bourbon Wallig eu fui agora, e eu pedi uma torta e um café e estavam horríveis. Só que o lugar era muito bom. Tem um monte de gente que leva sua torta lá, ou vai estudar lá. Tudo é muito confortável, tu consegue ver a rua,... É um lugar onde eu iria de novo, pegando um café ou uma água só pra ficar lá.

− É, eu até vi um site esses dias que eles, tanto tem essa coisa do ambiente, do bar e tal, que os caras criaram um efeito de ambiência do bar, sabe. Tu clica em um botão e dá o barulho de as pessoas conversando e tal. Achei interessante isso.

− Tipo, o café da Starbucks tu nem gosta tanto assim. − Eu gosto, e minha madrasta gosta tanto que até comprou o pó do café da

Starbucks pela internet pra tomar em casa. Ela gosta muito. − Moderadora: E além de falar do ambiente do Subway ali, que ela gosta do

“sofazinho” e tal... como é que vocês se sentem lá?

Page 24: Relatório Grupo Focal - SUBWAY

− É bom... − Eu me sinto mal, porque tem o sofá ali do lado e uma janela enorme onde

ficam transitando pessoas. Aí tu fica ali comendo, cheia de pão na boca, aí tu olha pra janela e tem um professor da PUC passando que te olha... (risos) No meu caso foi o Juan, ele ficou “assim” pra mim. (risos). Não é confortável!

− Claro que é! Esses dias a gente foi, e uma menina tava ocupando sozinha aqueles dois sofás, bem sozinha, bem solitária. Ela sentou ali e ficou olhando pra janela, tipo... É legal! (risos)Aquela janela é legal! Tu vai ficar olhando pra PUC, é interessante. Imagina se fosse tudo fechado ali...

− Agora, exatamente, isso aí é um saco... As pessoas pegam os sofás sozinhas e aí os outros ficam comprimidos naquelas mesas minúsculas ali do lado.

− Sim, a gente tava em 5 pessoas ali em uma mesa que era pequena, e ela olhando pra gente, vendo que a gente queria sentar ali – tava todo mundo comprimido-, e ela mexendo no celular. Aí, quando a gente terminou de comer, ela levantou e foi embora junto...

− Também é falta de educação quando tem gente esperando pra comer e a pessoa já acabou e fica ali. Sabe? Muito idiota...

− No Subway eu acho muito bom o fato de o lugar ser um pouco menor porque eu acho que fica melhor, porque não tem tanta conversa. Óbvio que tem os horários de pico, mas já que não tem lugar pra sentar, eles vão embora, então não fica muita gente sentada. Mas uma coisa da qual eu gostei uma vez, lá no Subway, é que uma vez eu fui com um amigo meu lá, e foi um dos únicos dias que me sentei pra poder comer alguma coisa, e tinha um cara na nossa frente... A gente tava numa dessas mesinhas pequenas, e tinha ali um cara sentado sozinho. Quando um outro foi pegar um sanduíche, pegou uma bandeja e ficou procurando um lugar pra sentar, e não tinha lugar pra sentar. Então ele só chegou pro cara ali e perguntou se podia sentar com ele. Sentaram ali os dois, comendo suas coisas, nem deram bola um pro outro e saíram. Então, eu acho que, realmente, quando tem uma pessoa sentada ali e tu quer sentar em outro lugar, a pessoa só pega ali e senta, né. Só pegar e sentar mesmo, nem se importam.

− E no bar do Antônio, que tem umas mesas grandes assim e tu pode sentar nas mesas redondas. Uma vez eu fui sentar em uma mesa pra almoçar sozinha, e tinha uma mesa com 4 pessoas, e eu sentei. Aí chegou uma mulher com um guri e perguntou “a gente pode sentar contigo?” e eu “sim”, daí sentaram. Aí chegou um cara que ia almoçar com eles e achou que eu tava junto. E aí ele “oi, tudo bom?”, sentou e começou a conversar. Ele olhava pra mim as vezes achando que eu tava junto... (risos) E uma hora ele “então eu vou indo”, e a mulher “ela não tá com a gente, tá?”, e ele ficou com uma cara muito engraçada. Acontece, sabe. Mas tem vezes que ninguém fala nada.

− Tipo as velhas que senta do lado do ônibus e começam a contar a história da vida delas. (risos)

− Ou começa a reclamar e olhar pra ti, tipo “reclama também!”. (risos)

Page 25: Relatório Grupo Focal - SUBWAY

− Moderadora: E aí vocês dividiriam mesmo a mesa com as pessoas, sem nenhum problema?

− Todos: Sim, sem problemas. − Ah, se a pessoa for pedir direito também, né. E não só sentar ali sem falar

nada. − Tem que ser, isso já é natural. Em vários lugares acontece assim. Só que aqui

não é muito comum, não é da nossa cultura. Mas eu acho que, com o tempo, vai melhorando. Eu acho bem normal, bem saudável, porque é lugar sobrando com uma mesa e uma cadeira. Por que tu não vai deixar a pessoa sentar ali?

− Ainda mais que o lugar é pequeno. − E é uma sacanagem de quem tá sozinho pegar uma mesa pra três. Por que que

ela tem que comer lá dentro? − Ah, mas não é assim. Ela tem todo o direito de comer lá dentro como qualquer

pessoa. Se tem aquela mesa ali, o que ela vai fazer? − “Ah, eu não vou comer dentro, porque tem uma mesa só e eu sou muito

legal...” (risos) − Moderadora: E quanto às pessoas que frequentam o Subway? Como vocês

veem elas? − Ah, não sei... − Eu não presto atenção nas pessoas. Eu presto atenção na minha comida. − É, eu nunca parei assim pra prestar atenção. − Eu vejo gente como a gente. Pessoas da cidade, universitários. Tu não vê

pessoas de fora que vem só pra comer aqui. Ou, se vem, tu não percebe. − Tem muito aluno. − Mas eu acho que os terceiros anos e o ensino médio não poderiam entrar na

PUC. − Falando desse negócio dos maristas, eu tava dizendo que sempre tem excursão

ou algo de algum colégio ali no museu, e, não sei porque, mas todo mundo para na Famecos, daí. Ontem eu tava com meus amigos da aeronáutica, que eles param aqui. A gente tava conversando e tinham esses grupos de crianças, eles tavam comendo, tavam bebendo refrigerante e chegou um momento que eu não sei o que aconteceu mas eles começaram a se puxar, e o refrigerante caiu no chão, sujaram tudo, começaram a chutar latinha, brigar com latinha, era comida pra cá, comida pra lá, tudo aqui na parte do começo da Famecos, sujando toda aquela parte ali. Eu e meus amigos começamos a procurar os professores deles e não tinha professor ali com eles, pra gente poder avisar ou poder pedir pra eles pararem, não tinha nenhum professor lá.

− Não é só isso, mas também os professores sempre criticam o fato de que as cadeiras ali de baixo tão sempre destruídas né, tanto que eles tiravam, mas são as crianças mesmo que destroem.

− E como Famecos é mais aberta e tem mais área verde, eles falam pras crianças virem pra cá.

− É porque ninguém manda as crianças irem pro prédio do direito né (risos).

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− Bom mas eu já fiz excursão pra cá pelo meu colégio, porque eu não morava em Porto Alegre quando eu era criança, e a gente foi lá no Subway família. A gente não veio pra cá, eu não conhecia a Famecos até entrar na Famecos.

− Que bom que teu colégio era legal. − No meu colégio quando a gente foi no museu, a gente comeu lá dentro do

museu mesmo. − Tu é da onde? − Ah, isso não é assunto pra agora (risos). − Moderadora: Bom, voltando então ao relato do Subway (risos) − Gente o assunto é Subway, vamos falar do Subway − Moderadora: Quanto ao preço e a comida, uns falaram que gostam da

variedade, outros falaram que “ah, é só sanduíche”, como vocês gostam? − Se tem salada é comigo. − A Marina vai pra salada. − Quanto é a salada lá? − Depende do tipo. Você paga o preço dependendo do sanduíche, você escolhe

um sanduíche, aí ao invés de vir o pão vem bastante salada. − Mas você pede o sanduíche? − Sim. , ta vendo esse pote aqui? É nesse pote, vem bastante salada, tomate. − Um prato de salada? Mas é o valor do sanduíche? − Não, é um pouquinho mais. − Pela salada? (risos) − É, sei lá, por salada. (risos) − Cada qual com suas escolhas né. (risos) − Ah, pão não é tão caro né. − Nem salada. − É, salada é barato, não vale a pena. − Tomate não, o tomate é bem caro. (risos) − É que agora tipo, tem que ser saudável. Dai tu ta na rua, vai na rua e compra

uma salada, sei lá, de vinte reais. Tipo, jura, sabe? Em casa eu faço por cinco, por que eu vou pagar vinte? (risos)

− Tem aquelas coisas de salada, saladeira, né? Que é bem caro. − É − Tá gente, vamos voltar à pergunta da Victória. Só pra responder a pergunta da

Victória então.. A Victória aqui! (risos) Então, eu não comeria todo dia no Subway, por que comer sanduíche todo dia...

− Não faz isso, não faz isso. Eu como todo dia no Subway e chega uma hora que eu, sei lá...

− É, tem uma hora que já deu. − É. Daí vai ter sempre o mesmo gosto aquele pão. − O último Subway que eu comi eu não consegui terminar − Mas eu gosto do Subway, assim. Comer uma vez por mês é sempre bom.

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− Eu acho que a sacada deles é tu poder montar teu sanduíche. − É. Mas o TK faz isso também né. − Ah, mas não é a mesma coisa. − Não to dizendo que é a mesma coisa, to dizendo que nos dois dá pra montar. − Mas o problema no Subway... É que no Subway não tem muita lógica, por que

cada dia eu pago um preço, pegando o mesmo sanduíche. − É verdade. − Cada dia, um dia é treze, outro dia é dezoito outro dia é dezesseis.. Eu to

comendo a mesma coisa, todo dia, porque, podem me criticar de novo (risos) eu vou no Subway pra comer pão, presunto e peito de peru. Eu vou pra comer isso, eu gosto. E cada dia eu to pagando um preço caro, sabe? Tipo, ontem eu paguei treze, semana passada eu paguei dezoito, não faz sentido.

− Quase vinte reais num Subway. − Exatamente! − Tu tem que cuidar que tem o barato do dia sempre. − (rindo) Mas eu não quero mudar, eu gosto disso, vocês não tão entendendo. − Uma hora você vai ter que mudar, uma hora vai. (risos) − Bom, eu, por acaso, tenho o cardápio do dia decorado na minha cabeça. (risos) − Eu só sei o de segunda feira que é o frango Teryakki. − Quando é o frango Teryakki? − É segunda − Mas pra mim o cream cheese é melhor. − Tem cream cheese no barato do dia? Quando? − Tem, é terça. Mas quando eu peguei não veio quase nada. (risos). − Terça é dia de temaki no Panorama. − Ah, eu não vou no panorama (risos). Meu salário prefere o Subway. − O único problema do Subway é que a carne é muito, sei lá, insossa. Não tem

gosto de carne. − Mas qual carne? − Todas elas. − Todas. − Tanto o frango quanto a carne... − Não, não... (risos). − Não, tipo, a gente sabe que aquilo ali mão é aquilo ali, aquelas mistura, tipo, a

gente sabe que não é carne, sabe? E no Subway, pra mim, tinha que ser carne, porque é pra ser saudável. E na verdade é só aquela mistura.

− Não, o frango é bom, mas a carne... − A carne também! A do barato. − A carne eles deixam muito tempo esquentando. − A carne, a última vez que eu peguei, dentro ainda tava congelada. − Eu detesto quando eu pego o pão e ta gelado. − Uma reclama que é quente outra frio. (risos)

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− E por outro lado as bolinhas de carne deles são muito quentes. − Almôndega! − É. Mas não tem bolinha de carne aqui. − Quem é que come sanduíche de almôndega? − Ah, eu comi e achei bom, é gostoso. − Marina, tu come salada no Subway, tu não conta. − Mas salada é bom. − Os amigos meus que eu tenho eles não comem no Subway porque eles dizem

que Subway é pão com “coisinha”, e pão com “ coisinha” tu come em casa. E eles não pagam pra comer isso aí.

− (ri) Pão com “coisinha” é bom.. − Moderadora: O Vinícius tava falando ali do preço do Subway. Vocês acham

que é justo? − Eu acho que ta bom até. − Depende do sanduíche. − é mas eu reparei que depende muito do dia. Tipo, eu fui poucas vezes na

verdade, e normalmente eu vou pra comprar cookies (risos), mas, tipo, o preço é uma coisa muito aleatória pra mim. Tipo, tá, o baratíssimo é cinco reais, só que às vezes eu não quero o baratíssimo, daí eu vou comprar outro e é cinquenta reais, daí eu pego o baratíssimo. (risos)

− É que não é um preço fixo, digamos, tu vai no Mac, tu sabe quanto é o hambúrguer, sei lá, o Big Mac é tal preço, o Mc Cheddar é outro, e no Subway não. Eu vou toda quarta feira, como eu disse, e toda quarta o preço é diferente.

− Tá, vocês comem o de trinta ou o de quinze? − Eu pego o de quinze. − É que depende muito se bota alguma coisa, se tu pega o combo, se tu pega

refrigerante. − Eu acabei de falar que eu pego a mesma coisa. − Mas as vezes tu pode pegar o dobro. − Não, sério, é sempre igual. − Mas o dobro não vai dar diferença de treze pra dezoito. − É, eu boto sempre a mesma coisa, toda quarta feira eu pego sempre a mesma

coisa. − Tem alguma coisa errada aí. − É, acho que tu pega mais uns três biscoitos e uma coca junto. − Na real Subway é aquele lugar que tu tem que ir e não pode passar reto a

salada, porque é o que tem, tipo, tu tem que encher com tudo que tem, porque tu vai pagar quinze “pila”, então bota tudo que tem.

− Eu acho que não, não é bem assim. − Ao menos cebola, alface e tomate, sim.

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− Isso aí é a mesma coisa que gente que vai em buffet que diz que tem que servir tudo o que tem, porque se “ah, eu to pagando, então vou botar tudo que tem”. Tipo , eu não vou num buffet livre e pego tudo o que tem só porque eu paguei.

− Mas no buffet tu paga doze reais e pode comer tudo por doze reais. − Mas no Subway é diferente, ora. − É, é diferente, pro Vini vale a pena comprar um sanduíche de presunto. Por

catorze reais. − Ou ele pode comprar pão na padaria (risos), presunto... − Eu já sou bem chinela. Se eu quero comer pão com presunto eu vou no super

compro pão e presunto. − Ah não, mas eu também. Mas é que o Subway, por mais que seja um

sanduíche de presunto, tem um gosto diferente. Não é o mesmo gosto de casa. − Tem o gosto das toxinas. − Tem o molho... − Não, mas tipo, se tu pegar todas essas coisas e botar, fica igual. Eu acho que o

que muda é o molho, eu acho que é isso. − Tem aquele molho de mostarda é mel né? É muito bom aquele molho! − Tem o “barbecue”. − Mas tirando essa reclamação que o Vini fez, do preço que muda, que eu não

sei que tanto que ele fez pro preço mudar tanto, eu acho muito boa essa ideia do Subway de ter o barato do dia.

− Mas eu nunca gosto do barato do dia. − Eu gosto também do baratíssimo. Mas eu gostaria que pelo menos uma vez na

semana eles mudassem o baratíssimo. Porque tem sempre a mesma carne, sempre.

− Mas é que tem o barato do dia, pra que as pessoas variem, e tem o baratíssimo, pra ter uma promoção. Se eles variarem também o baratíssimo, daí é outro barato do dia, e daí não faz sentido.

− Tipo, o baratíssimo varia, mas depois de alguns meses né. − É... − Ah, são duas coisas diferentes? − Sim, o barato do dia varia e o baratíssimo é pra sempre. − E o barato do dia é barato, e o baratíssimo é baratíssimo. − Mas o barato do dia é melhor que o baratíssimo. − Moderadora: E quando vocês comem no Subway vocês perguntam essas

dúvidas que vocês tem? Tipo, vocês chegam no caixa e perguntam? − Eu já perguntei, mas eu não entendi nada, então eu só peço. (risos) − Sempre que eu pergunto... Tipo, ontem eu tava lá no bar do Antônio, e daí eu

perguntei quanto era alguma coisa, e disse “ai que absurdo”, e dai minha amiga foi pro lado e disse que o cara do caixa ficou me imitando “ai que absurdo”. (risos). Tipo, era um pão de queijo podre e vazio por dentro, por quatro reais, é um absurdo mesmo, vai se catar né.

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− Toda vez que eu comento do preço a pessoa me olha com cara de nojo. − Sim! É um absurdo... − Mas eu acho, tipo nada a ver, mas eu acho que o Subway tem um investimento

visual muito grande, sabe? Não tem como tu chegar no Subway e não saber qual é o barato do dia, não, tu chega e ta ali estampado na tua cara.

− Comprando de trinta e dividindo com outra pessoa não fica mais barato? − Dá a mesma coisa. − Dá a mesma coisa. Porque, tipo, como o de trinta não é o dobro do de quinze,

sai mais barato. − Não mas é o preço, de tamanho é sim. (risos) − É acaba valendo mais a pena porque como o valor não é o dobro, tu compra

dois de quinze em um só por menos. Mas daí é difícil tu achar alguém que queira a mesma coisa que tu.

− Nunca querem o mesmo recheio − Mas o baratíssimo não entra no 30 né? − Entra! − Entra, tem o baratíssimo de 30 − Mas o do dia não. − Tem sim, eles te perguntam se tu quer de 15 ou de 30. − Tu come o 30 inteiro? − Sim. − (Exclamação de surpresa) − Eu não consigo imaginar eu comer... é enorme, eu como o de 15. − Nunca tentei − É que, é que, sei lá, Subway... − Quanto mais fininho o recheio mais fácil. Tipo o teu de presunto lá, de boa

mas o de almôndega não iria. − Aqueles cookies do Subway são muito bons, eu sempre pego aqueles cookies. − Mediadora: e se vocês pudessem personificar o Subway, como ele seria,

assim, uma pessoa? − Saudável! − Não − Um gordo que quer emagrecer. − Todos concordam − Um gordo que anda de bicicleta − Ele usaria boné − É, ele usaria boné.. − Seria velhinho andando de bicicleta − Eu imagino alguém andando de skate, talvez um velhinho

(risos) − É, bem velhinho − Não, acho que ele não andaria de skate, ele anda de bicicleta

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− Com uma sestinha com alface, alfaces limpas − É, limpas! − Um velhinho gordo querido − Moderadora: ta, então cada um fala o seu − Um velhinho gordo de verde, andando de bicicleta, com alfaces em uma

sestinha, simpático, sempre sorrindo. − Moderadora: Julia. − Eu imaginaria alguém tipo o Carlos Vinicius

(risos) − Que bota presunto. − A cara do Subway, de óculos − Ah, eu sou a cara do Subway, sou o garoto propaganda do Subway. − Mediadora: e porque tu acha isso? − Não sei, quando tu falou como seria o Subway, eu pensei nele na hora. Ah, sei

lá, uma pessoa alta, assim talvez meio loira, um boné verde escuro, com a mão no bolso. Sei lá, não sei por que, mas quando tu falou, foi a primeira coisa que eu pensei. Olhei pra ele, ele é igual.

− Ele é igual (risos) − Mediadora: Neemias − Eu gostei da ideia do velhinho, mas aqueles velhinhos bem... bem sabe (risos) − Sei, (risos) − Bem tatuado, anda de skate, de sestinha, gostei da sestinha também, alface,

mas aquele velhinho bem sorridente. − É, tu gostou do skate, tu ainda apontou pra mim e disse, não, é skate e não

bicicleta, tu falou bem assim pra mim. − É, eu acho legal − Mediadora: por que da bicicleta e do skate? − Sei lá − Eu acho que a bicicleta combina mais − Neemias: skate também, eu quero skate, eu estou imaginando o skate

(risos) − O Subway passa essa ideia de ser uma coisa mais, ao mesmo tempo jovem,

aquela coisa saudável e... Sei lá, eu imagino em velhinho − Essa coisa jovem, um velhinho − E, ao mesmo, tempo jovem com essa sestinha com alface, próximo! (risos) − Tá, se fosse pra personificar, seria uma pessoa mais ou menos, tem que ser um

cara alto, meio magro, seria bem diferente que o Vinícius, sabe que usa aquele óculos.

− Que usa óculos e é loiro, né − Aqueles estilo hippster, sabe? Aquele estilo de guri hippister, que, tu olha pra

ele, tu sabe que ele é magro, mas tu sabe que Le não é saudável. − Sou eu! (risos)

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− ÁH!! − O Vini é o garoto Subway. − Mediadora: mas por que não saudável? − Por que na verdade o Subway, ele não é assim digamos saudável, ainda mais

os molhos. Os molhos é a parte que tu mais... Tipo tu acha que ta comendo uma coisa saudável mas tu bota, sei lá, um molho de...

− Barbecue? − Eu gostava do molho de... Daquele queijo, como é?? − Mediadora: parmesão? − Parmesão, eu botava, só que daí eu descobri que aquele queijo parmesão é a

gordura do Subway, então eu troquei pelo molho de mostarda que é menos gordo. Então tipo, parece que é saudável, mas na verdade não é saudável.

− Mediadora: entendi, Bruna? − Bom, eu não como muito, mas pelo que falaram é o Vinícius mesmo, e não

sendo saudável, por que é que nem a Marina falou, é um gordo que pensa que ta emagrecendo quando come, mas no caso ele não seria gordo, ele acha que come uma coisa saudável, pode até ser saudável, mas bota um monte de salada.

− É um gordo em fase de transição, tipo estou emagrecendo sabe? Eu realmente não vejo o Subway como uma coisa saudável, e eu não imagino o Viní, não sei por que.

− Obrigado. (risos) Ah, sei lá, eu não consigo imaginar uma pessoas assim, pra falar.

− Mediadora: mas pensa nas características assim. − Ah, eu penso, como todas as pessoas falaram eu também não acho o Subway

saudável, a minha visão é que a pessoa vai lá, enche o sanduíche de salada, mas vai lá, come um cookie e toma um coca cola, pra mim isso não é saudável. Eu veria como uma pessoa de academia, sei lá, mais fortinho, que quer sair da academia e diz, ah vou lá comer um Subway, eu vejo mais ou menos assim.

− Mediadora: Renata? − Áh, eu vejo, um tiozinho assim, com um calção amarelo, um bonezinho verde

e um moletom verde assim, andando de bicicleta e meio gordinho, não muito gordinho, gordinho em transição. E não é o Vini.(risos)

− Sabe aquelas motinhos, vocês já viram alguma vez meu malvado favorito? − Não − Tem um velhinho que anda com uma daquelas motinhos sabe de velho, aquilo

que tem uma sestinha na frente, eu imagino um gordo (risos)

− Com uns baguetes. − É tipo um gordo... velho sujo de katchup na calça, e ele quer emagrecer e vai

no Subway para emagrecer. − Um gordo sujo de katchup, tipo acabou com o Subway.

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− É (risos) naquela motinho que vai super lenta sabe − Eu vou contrario a todo mundo, eu vou dizer que é uma mulher, uma mulher

mais sorridente e receptiva, ela se abre pra perguntar.... tipo uma mãezona assim que ta ali pra te escutar sabe, por que o fato de tu poder escolher o que vai no Subway já é uma...

− Mediadora: aquela mãe que faz uma comida especial assim? − Não, minha mãe nunca fez comida pra mim!

(risos) − Mas eu só digo por que só de eles abrirem o cardápio pra gente escolher já é

mais, eles estão te escutando. − Mediadora: sim, e muitos falaram aqui que o Subway não é tão saudável

assim, como ele passa pras pessoas, o que vocês acham que o Subway poderia fazer para passar ser mais saudável?

− Ter carne, por que é difícil ter carne sendo um fast food − Mais saudável? − É que eu acho que uma coisa que tem pão é fast food, daí tem pão, tem refri,

tem tudo, tem queijo, tem molho. Molho é uma coisa que engorda muito, pão engorda,queijo engorda e refri é podre.

− Tá, daí tu vai por o que no pão? − Então, um fast food com pão não tem como ser saudável. É que nem tem

muita gente que acha que, vou parar de comer besteira, vou comer só sanduíche natural, ta comendo pão igual sabe?

− É mais ou menos o que a Valentina falou, que lá eu comia o molho de queijo parmesão, mas é pura gordura daí ela mudou para o de mostrada. É a mesma coisa sabe, a gente acha que vai mudar, mas não vai.

− Engordar e ser saudável são coisas diferentes! − É, são coisas diferentes − Pão é carboidrato e tu precisa de carboidrato, tu quer emagrecer tu não come

pão, mas tu quer ser saudável.. − Mas aquele pão ali do Subway não é pão... − Eu sei, eu sei − E o queijo é tudo processado − O queijo é muito ruim, é um queijo amargo − É um queijo processado, não é um queijo da colônia que tu coloca ali na mesa − O que faria o Subway ser saudável seria ele não ser o Subway, se eu fosse

comer o Subway em casa ele seria saudável. − O bom é o queijo suíço − Tem o pão integral.. − Mas continua sendo o pão do Subway, feito cheio de conservantes, continua

sendo uma coisa totalmente industrial − Helena: não tem como uma coisa industrial ser saudável, e tem refrigerante

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− É que nem tem no Mc, pedir salada em vez da batata, tu vai no Mc tu já vai engordar, não importa d=se tu for pegar a salada ou não, não vai ser saudável a salada

− É a opção das pessoas o refrigerante, ao mesmo tempo, que num lugar que é realmente saudável não vai ter refrigerante. Se tu vai ali no Wallig tem ali o DNA Natural, tem um monte de sanduíches, sanduíches que tu vê que é bem mais natural e saudável que Subway e eles não tem refrigerante nenhum, tem o suco que tu quiser do mundo mas não tem refrigerante.

− Se tu quer fazer um conceito de lugar saudável, tem que mudar muita coisa, por que a pessoas tem que ver que é tudo fresquinho, a carne não pode ser industrial. O queijo é muito industrial, igual o queijo do Mc, tudo cortadinho, tu já vê que tem que mudar totalmente. Um restaurante pra ser saudável tem que ter esse negócio do prato do dia tudo fresquinho.

− Não pode ser, comer rápido também − É, tem um monte de molho, BA molho pra mim não combina com coisas

saudáveis, tipo, temperos já é uma coisa mais saudável assim. Tem que mudar muito assim pra ser saudável.

− As pessoas também não tão procurando uma coisa saudável também eu acho, tu te engana assim, tipo, ai como eu estou comendo salada no meu pão, como eu não estou comendo batatinha no Mc, as pessoas se enganam muito, mas tu sabe que é mentira. A gente ta falando mal do Subway, mas a gente sabe que chegou aqui e viu o Subway e disse, “ááá tem Subway”

− A gente não ta falando mal do Subway, a gente vai lá pra comer só, aquele molho lá é muito nojento

− Pra tu comer com alguém no Subway, tem que ser alguém bem íntimo − Tu gosta de sushi, temaki é tão mais pior − É, temaki é hiper calórico, hiper − É, mas temaki é mais caro.. − É verdade, ele tem razão − Temaki é 6 reais − Ah, mas é no Japesca − 5,50 − Mas a proposta dele é ser povão, tu vai lá pra comer olhando pra parede − Antigamente era melhor, não era tão apertado, era do lado da peixaria, era

pequenininho, agora fizeram um negocio enorme e aumentaram 2 reais, então já virou uma coisa chique pra mim (risos)

− Era 4,50, sei lá − Mediadora: então ta, é isso − Era isso − Era isso(risos) − Mediadora: obrigada pela participação de todos.