Relatorio Lingua Portuguesa I

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Relatório de Lingua Portuguesa I

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOUNIDADE ACADMICA DE SERRA TALHADA

RELATRIO FINAL

ESTGIO SUPERVISIONADO EM LNGUA PORTUGUESA IADRIANO DA SILVA MONTEIROSerra Talhada, 2015.

SUMRIO

Apresentao

1. Descrio do campo de estgio --------------------------------- 032. Descrio do professor supervisor----------------------------- 043. Descrio da(s) turma(s) observadas-------------------------- 044. Discusso terica----------------------------------------------------- 055. Descrio das aulas observadas-------------------------------- 09Consideraes Finais

Referncias

AnexosApresentao

O presente relatrio tem como finalidade apresentar consideraes e reflexes levantadas acerca a metodologia e comportamento do profissional da educao de lngua portuguesa, observados por meio do estgio supervisionado de Lingua Portuguesa I, realizado na Escola Monsenhor Luiz Sampaio, Municpio de Triunfo - PE; no perodo que compreende o dia 08 de outubro a 10 de dezembro de 2014. Tal trabalho exigido como pr-requisitos obteno de grau de licenciado em Letras Portugus / Ingls Pela Unidade Acadmica de Serra Talhada - UAST, Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE.

Na primeira seo, faremos uma sucinta descrio dos aspectos fsicos e humanos do campo de observao. Na segunda etapa do trabalho, sero levantas consideraes em relao ao professor observado e sua experincia docente. Na terceira seo, trataremos da discusso terica que nos embasar na seo posterior considera a descrio das aulas observadas. Ao fim, uma sucinta concluso.1. Descrio do campo de estgioEsta seo objetiva trazer de maneira sucinta uma descrio simplificada da infraestrutura da escola observada e dos recursos oferecidos esfera discente. Foram assistidas a um total de 20 h /aula de Lngua Portuguesa, na Escola Estadual Monsenhor Luiz Sampaio.A instituio observada, segundo dados do censo 2012 e a pesquisa realizada, constituda de 15 salas de aulas, onde nove dessas so utilizadas para lecionar, alm dessas a entidade escolar dispe de Sala de diretoria, Sala de professores, Laboratrio de informtica, Laboratrio de cincias, Cozinha, Biblioteca, Banheiro fora do prdio, Banheiro dentro do prdio, Dependncias e vias adequadas a alunos com deficincia ou mobilidade reduzida, Sala de coordenao, almoxarifado, auditrio, ptio e uma recepo.Quanto aos aspectos humanos, a Escola Monsenhor Luiz Sampaio dispe de uma equipe de 24 educadores, dos quais seis so professores de lngua Portuguesa, Nove so de Matemtica, Oito de Histria e Geografia e uma profissional de educao fsica. A equipe Tcnico Administrativo composta por uma diretora, um diretor adjunto, uma secretria, uma educadora de apoio, um profissional tcnico educacional e um assistente administrativo.No que se diz respeito a equipamentos a escola possuidora de aparelhos de TV, DVD, Antena parablica, copiadora, retroprojetores e impressoras; todo esse material de suporte destinado ao auxilio e como recursos s turmas de Educao de Jovens e Adultos, Ensino Mdio Supletivo, Ensino Fundamental e Ensino Mdio regular.Aps a exposio da entidade escolar, trataremos da descrio do docente observado.

2. Descrio do Professor

O docente observado, Adrcio Bezerra do Nascimento detentor de mais de dez anos de experincia como educador na Escola Monsenhor, onde iniciou sua carreira profissional e permanece at hoje; O professor graduado em Licenciatura em Letras pela Faculdade de Formao de Professores de Serra Talhada FAFOPST e tambm Ps Graduado em Programao de Ensino de Lngua Portuguesa pela Faculdade de Formao de Petrolina FFPP. 3. Descrio das turmasAs observaes foram efetuadas em cinco turmas distintas das quais quatro destas so do ensino mdio (3EM B, 3EM A, 3EM C e 1EM C); e uma do ensino fundamental (9 ANO). Tal escolha se deu pela curiosidade de como o mesmo professor se comporta em turmas to diferentes e de faixa etria desigual, bem como a dificuldade de execuo do estgio devido aos meus horrios apertados devido minhas atividades profissionais. A Turma do 3 Ensino Mdio B constituda de mais ou menos 27 alunos, de faixa etria diversificada e seus trabalhos so realizados no turno da tarde. A sala do 3 Ensino Mdio A composta de 50 alunos, onde pelo menos 07 destes jovens so crianas especiais, portadoras de deficincia auditiva, sendo necessria a presena de uma interprete para esses adolescentes, suas atividades so exercidas no perodo da manh. 34 discentes constituem a turma do 3 Ensino Mdio C no perodo da tarde. A turma do 1 Ano do Ensino Mdio C, tambm no perodo vespertino formada de mais ou menos 27 alunos; por fim a sala do 9 ano do ensino fundamental, tambm no perodo da manh, constituda de mais ou menos 35 discentes.A partir de agora, seguiremos com a discusso terica.4. Discusso tericaO educador tem por funo mediar / facilitar a seu alunado uma edificao de conhecimento, por meio de uma prtica de ensino essencialmente atrativa e construtiva; entretanto, no basicamente o que notamos nas quatro paredes da sala de aula. Atualmente, no que se diz respeito o lecionar da lngua portuguesa, notamos ainda claramente um ensino predominantemente tradicionalista (no que diz respeito a valorizao do parmetros gramaticais), isto , os professores encontram-se quase que totalmente impregnados do modelo da prtica pedaggica voltada aos parmetros pregados pela gramtica normativa. Segundo Possenti (1996), quando se discute ensino de lngua e se sugere que as aulas de gramtica sejam abolidas, ou abolidas nas sries iniciais, ou pelo menos, que no sejam as nicas aulas existentes na escola, logo se levantam objees baseadas nos vestibulares e outros testes, como concursos pblicos, nos quais seria impossvel ser aprovado sem saber gramtica. Como notado nos escritos do pesquisador excluir, bem como, dosar as aulas voltadas a esta vertente no seria a soluo cabvel para essa problemtica, mas sim, a maneira que esta gramtica ser aplicada em sala de aula.Nessa seo, para o aprofundamento da discusso, abordaremos o conhecimento das concepes de gramtica, lngua / linguagem / letramento e como essas vertentes podem ser aplicadas no mbito escolar com vistas construo / edificao do conhecimento na sala de aula. Para isso, no abandonando as vises pregadas por Kalantzis e Cope (2000, apud OCEM, 2006) os quais defendem a importncia do prvio conhecimento em unio com o contexto social na busca de um novo conhecimento. Segundo os pesquisadores, o conhecimento sempre social e culturalmente situado, os novos conhecimentos introduzidos em determinada prtica sociocultural ou determinada comunidade de prtica entraro numa inter-relao como os conhecimentos j existentes (In OCEM, 2006, pg. 109). Desta forma, deve-se dar as concepes de lngua / linguagem a sua devida importncia, no que se diz respeito s reflexes sobre a funo educacional do ensino de lngua portuguesa. Para melhor compreenso importante conceituarmos, primeiramente, as concepes de linguagem. Segundo Geraldi (2011, p.41)Fundamentalmente, Trs concepes podem ser apontadas:

A linguagem a expresso do pensamento que corresponde a basicamente aos estudos tradicionais; a linguagem instrumento de comunicao est ligada teoria da comunicao e v a lngua como cdigo capaz de transmitir ao receptor certa mensagem. Em livros didticos, a concepo confessada nas instrues ao professor, nas introdues, nos ttulos, embora em geral seja abandonada nos exerccios gramaticais; a linguagem uma forma de interao a linguagem vista como um lugar de interao humana. Com ela o falante age sobre o ouvinte, constituindo compromissos e vnculos que no preexistiam fala.A partir da discusso acima, entendemos como essencialmente o professor se posiciona ao lecionar e desenvolver sua didtica em sala de aula, para isso, o professor no sustentar, nem aplicar apenas uma concepo de linguagem por vez, esse educador indiretamente, no ato da funcionalidade da lngua e sua aplicao, abordar uma comunicao onde integrar as trs concepes levantadas. Ainda segundo Geraldi (2011), essas trs concepes correspondem a trs grandes correntes de estudos: a gramatica tradicional; o estruturalismo / transformacionalismo e a lingustica da enunciao. Dado esses apontamentos do pesquisador supracitado, correlacionamos essas afirmaes com o que notado nas quatro paredes da sala de aula e como ainda os profissionais da educao esto presos corrente tradicional e que vai em desacordo com o que pregado pelos parmetros curriculares nacionais atuais que tendem terceira corrente de estudo mencionada pelo pesquisador. fato que para o ensino de lngua e construo desta linguagem, o professor deve ser possuidor de uma grande bagagem didtica e terica. Sendo assim, fundamentalmente importante para esse educador conhecer e entender as concepes de linguagem / lngua, bem como de que maneira pesquisadores conceituam a gramtica e sua aplicabilidade no mbito escolar. Entretanto, de grande valia estarmos cientes do posicionamento de um grande pesquisador em relao ao papel da escola x lngua padro; para Possenti (1996) o objetivo da escola ensinar o portugus padro, ou, talvez mais exatamente, o de criar condies para que ele seja aprendido (p.17). Ainda para o estudioso falar contra a gramatiquice no significa propor que a escola s seja prtica, no reflita sobre questes de lngua. Seria contraditrio propor esta atitude, principalmente porque se sabe que refletir sobre lngua uma das atividades usuais dos falantes e no h razo para reprimi-la na escola. Trata-se apenas de reorganizar a discusso, de alterar prioridades, alm do mais, se se quiser analisar fatos de lngua, j h condies de faz-lo segundo critrios bem melhores do que muitos dos utilizados atualmente pelas gramticas e manuais indicados nas escolas. Para entendermos tal finalidade importante entendermos as delimitaes de gramtica, que segundo Possenti (1996, pg. 63)

Significa conjunto de regras (...) assim, tal expresso pode ser entendida como: 1- Conjunto de regras que devem ser seguidas;

2- Conjunto de regras que so seguidas;

3- Conjunto de regras que o falante da lngua domina.Ainda para o pesquisador uma delimitao mais especfica deste conjunto de regras extremamente pertinente s questes de ensino. A primeira a gramtica como conjunto de regras que devem ser seguidas a mais conhecida do professor de nvel fundamental e mdio pela razo de ser adotada nas gramticas pedaggicas com objetivo de fazer que seus leitores aprendam a falar e escrever corretamente; e que se estas regras forem dominadas podero produzir como efeito o emprego da variedade padro. O segundo conjunto de regras conjunto de regras que so seguidas basicamente a gramtica que norteia as pesquisas dos linguistas, enfocado em explicar as lnguas como elas so faladas. Por fim, o conjunto de regras que o falante da lngua domina, refere-se a hipteses de como o ser falante adquire e se expressa por meio da linguagem. Pensando-se na aplicao e insero destas gramticas na escola, Possenti prope que a aplicao dessas trs seja efetuada de maneira inversa a sua apresentao enumerada anteriormente, ou seja, primeiramente dever-se-ia trabalhar a gramtica internalizada, com posterior desenvolvimento da gramtica descritiva e ao fim com os trabalhos embasados na gramtica normativa.Sendo assim, cabe ao professor uma avaliao / reflexo de como eles podem contribuir para uma gradual melhoria do ensino de lngua portuguesa em nossas escolas. Conhecer tais conceitos levantados nessa seo o primeiro passo para tal fim.Posteriormente, sero descritas as aulas observadas por mim, embasadas nos escritos levantados nesta seo. 5. Descrio das aulas Neste ponto, objetivo descrever um pouco do que foi observado e absorvido, como mais importante nas salas de aulas as quais nos propusemos a analisar, sendo esta etapa muito importante e utilizada j como experincia no meio docente.Na aula do dia 10/11, na turma do 9 ano do Ensino fundamental, o professor Adrcio Bezerra faz uso de trs aulas com o objetivo de revisar suas Atividades desenvolvidas no ano letivo visando preparao de seus discentes para a prova do SAEPE. Para tanto, o educador teve como ferramenta auxiliar um programa disponibilizado pela secretaria de educao do estado de Pernambuco, chamado Educandus. Entretanto, o professor tem imensa dificuldade em acalmar os nimos da turma para iniciar efetivamente sua aula, sendo obrigado a se alterar e fazer alguns apelos mais altos.

Logo aps conseguir a ateno da sala, o educador faz uma breve introduo aos conceitos de ambiguidade e a aplicao dos sinais de pontuao; posteriormente, o docente abre inmeras atividades disponveis no educandus e solicita que seus alunos as resolvam para posterior correo, ao fim da aula Adricio, ainda com o educandus, abre alguns textos e vai exercitando algumas perguntas de interpretao de texto com seus discentes.Na turma do 1 Ano do Ensino Mdio C dia 11/11 - o professor inicia suas aulas discriminando os assuntos que cairo na verificao de aprendizagem marcada para os prximos dias todos os discentes copiam e fazem bastante barulho e questionamentos em relao a insero dos assuntos selecionados; aps entrarem num consenso, o profissional da educao aplica uma atividade de reviso a qual tambm contar como pontos extras para a prova; aps um momento considervel para execuo do trabalho proposto, o professor Adrcio faz a correo desta atividade com inmeras interrupes e brincadeiras de alguns alunos e antes do trmino do horrio, o docente prope uma atividade para casa.Em outra aula no dia 12/11, nesta mesma turma do 1 E.M.C, o educador solicita que seus alunos abram seu livros didticos onde encontra-se o texto A moa e a Febre, posteriormente o professor requere que seus alunos o leiam silenciosamente com objetivo de usa-lo como discusso e resoluo da atividade proposta ainda no livro ao decorrer da atividade o professor vai perguntando o que os alunos entenderam do texto e de que se tratava, o autor, onde foi publicado e o ano, pouco do meio contextual foi utilizado o professor se prendia apenas o cotexto.Assim como Levantado por Possenti, 1996, p.17, na discusso terica deste documento, O objetivo da escola ensinar o portugus padro, ou talvez mais exatamente o de criar condies para que ele seja aprendido, e isso que o professor observado prope levantar e executar, a utilizao do educandus no 9 ano, como suporte de grande valia. Os parmetros gramaticais abordados, mesmo que descontextualizados, entretanto, organizados e aplicados corretamente (no caso, da situao observada) foi bastante construtivo.Assim como observado na turma do 9 ano do ensino fundamental a sala do 1 E.M. C tambm realiza atividades sem um contexto aplicado apenas frases soltas, enfocadas na normativa. Para tanto, levantamos questionamentos por qual motivo o professor age assim? Para tal exclamativa, Possenti reflete que: quando se discute ensino de lngua e se sugere que as aulas de gramtica sejam abolidas, ou abolidas nas sries iniciais, ou pelo menos, que no sejam as nicas aulas existentes na escola, logo se levantam objees baseadas nos vestibulares e outros testes, como concursos pblicos, nos quais seria impossvel ser aprovado sem saber gramtica. Considerando as palavras do pesquisador, com o contexto escolar observado, conclumos que o docente Adricio Bezerra, trabalha de tal maneira com intuito de preparar seus alunos no caso do 9 ano para a prova do SAEPE e os discentes do Ensino Mdio para vestibulares e concursos.Chegamos aqui as consideraes finais, encerrando as reflexes levantadas na descrio das aulas.Consideraes Finais

Este trabalho buscou descrever um pouco do que pode ser observado diariamente em nossas salas de aula, desde as dificuldades at os prazeres no exerccio desta profisso de importncia inimaginvel. A partir dos dados expostos oriundos do estagio supervisionado de Lingua Portuguesa I, ficou claro que um dos grandes desafios no ensino em nossas escolas se d basicamente a falta de comprometimento dos discentes, no sabemos se consequente de aulas pouco atrativas e cansativas ou mesmo de falta de perspectiva dos jovens. Portanto, buscamos observar como o professor se comporta e aplica suas aulas, buscando o mximo de excelncia na aplicao e desenvolvimento do saber em seus discentes, quais instrumentos auxiliares utilizam e o que a entidade escolar oferece em sua estrutura fsica e de pessoal.

Referncias

GERALDI, Wanderely. O texto na sala de aula. So Paulo: tica, 2011.

Linguagens, cdigos e suas tecnologias / Secretaria de Educao Bsica. Braslia : Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2006. 239 p. (Orientaes curriculares para o ensino mdio ; volume 1)

POSSENTI, Srio. Por que no ensinar gramtica na escola. So Paulo: Mercado das Letras.

Anexos

Ficha de Frequncia

Declarao de Trmino de Estgio Supervisionado

Apostilas e Atividades realizadas em sala Fotografias das salas observadas

1 ANO DO ENSINO MDIO C

3 ANO DO ENSINO MDIO B

9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL