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Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas RELATÓRIO MENSAL DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO ESTADO DE ALAGOAS Diretoria de Meteorologia / Sala de Alerta Setembro/2016

RELATÓRIO MENSAL DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS … · equatorial central e leste, ou seja, sua temperatura atual é inferior à sua média histórica. ... do Rio Grande do Norte

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Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas

RELATÓRIO MENSAL DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO

ESTADO DE ALAGOAS

Diretoria de Meteorologia / Sala de Alerta

Setembro/2016

Conteúdo

1. APRESENTAÇÃO 3

2. CONDIÇÕES OCEÂNICAS E ATMOSFÉRICAS DO MÊS DE SETEMBRO DE 2016. 3

3. MONITOR DA SECA DO NORDESTE 6

4. PREVISÕES METEOROLÓGICAS DISPONIBILIZADAS PELA DMET 10

5. DADOS PLUVIOMÉTRICOS DO ESTADO DE ALAGOAS NO MÊS DE SETEMBRO DE 2016. 11

1. Apresentação

DIRETORIA DE METEOROLOGIA - DMET

Histórico da Diretoria de Meteorologia

A Diretoria de Meteorologia – DMET, da Secretária de Estado do Meio Ambiente

e dos Recursos Hídricos – SEMARH, é oriunda de um programa desenvolvido pelo Governo Federal através do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, com a finalidade de implantação, nas diversas unidades federadas, particularmente no Nordeste do país, de Núcleos Estaduais de Meteorologia e Recursos Hídricos, com Treinamentos para Meteorologistas e Hidrólogos, dentro do Sistema de Informações Gerenciais do Tempo, Clima e Recursos Hídricos para o Nordeste - SIGTEC/NE (Programa Nordeste), em São José dos Campos - SP, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, e em Fortaleza - CE, na Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME. O programa foi implantado em Alagoas em janeiro de 1992, como Núcleo de Meteorologia e Recursos Hídricos de Alagoas – NMRH/AL, na Secretaria de Planejamento, dentro da Coordenação de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CDCT, onde funcionou até o ano 2000. Ao longo deste tempo, o NMRH/AL prestou expressivos serviços à sociedade como um todo, através da previsão do tempo, previsão climática, análise da precipitação, elaboração do balanço hídrico para o Estado, elaboração e desenvolvimento de projetos, Atendimento ao público em geral, etc.

A partir de 2000, o NMRH/AL foi transferido para a Secretaria de Estado de Recursos Hídricos e Irrigação – SERHI, secretaria mais compatível com os produtos desenvolvidos, sob a designação de Diretoria de Hidrometeorologia – DHM, e posteriormente Diretoria de Meteorologia – DMET, na Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH.

2. Condições Oceânicas e Atmosféricas do mês de Setembro de 2016.

DIMINUEM PERSPECTIVAS DE ESTABELECIMENTO DO

FENÔMENO LA NIÑA NO PACÍFICO EQUATORIAL

A análise dos campos oceânicos e atmosféricos para a região do Pacífico Equatorial mostrou diminuição da área de resfriamento anômalo das águas superficiais, bem como o relaxamento dos ventos nesta mesma área, no decorrer de agosto de 2016. Com este padrão oceânico e atmosférico, o fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) permanece numa situação de neutralidade, diminuindo as chances de estabelecimento da condição de La Niña. No Atlântico Tropical, as anomalias positivas de temperatura das águas superficiais ao norte do equador contribuíram para a atuação da Zona de Convergência Intertropical em torno de sua posição climatológica.

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES OCEÂNICAS e ATMOSFÉRICAS GLOBAIS.

O campo de anomalia (diferença entre o dado observado e a sua média histórica) da temperatura da superfície do mar (TSM) apresenta anomalias negativas no Pacífico equatorial central e leste, ou seja, sua temperatura atual é inferior à sua média histórica. As regiões tropicais do Pacífico, tanto norte quanto no sul, possuem anomalias positivas. Os padrões do Pacífico Norte e do Atlântico Norte chamam atenção devido aos fortes valores positivos da anomalia de TSM. O Oceano Atlântico mostra anomalias fracas de TSM na região tropical. Analisando a região subtropical do Atlântico Sul notam-se anomalias negativas em torno de 60°S e positivas ao redor de 45°S. O Oceano Índico mostra fracas anomalias positivas de TSM em quase toda a sua extensão, com exceção da parte oeste desse oceano, próximo à costa do continente africano. A análise das regiões polares, mostram fortes anomalias positivas de TSM próximo ao polo norte, enquanto próximo ao polo sul elas são próximas de zero.

Figura 1: Anomalia de Temperatura da Superfície do mar na semana de 18/09/2016 a 24/09/2016.

PREVISÃO DAS CHUVAS PARA O TRIMESTE OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2016

Para o trimestre OND/2016, a previsão climática por consenso continua indicando maior probabilidade do total trimestral de chuva ocorrer na categoria abaixo da faixa normal climatológica do norte da Região Norte ao norte do Maranhão, com a seguinte distribuição: 25%, 35% e 40% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente, com possibilidade de grande variabilidade espaço-temporal. Considerando a previsão da maioria dos modelos acoplados oceano-

atmosfera, em associação com a ausência clara da atuação de um fenômeno de grande escala, as demais áreas do País (área cinza do mapa) apresentam baixa previsibilidade climática sazonal. Esta situação reflete em todo estado de Alagoas. Ressalta-se, no decorrer do referido trimestre, o estabelecimento do período mais chuvoso na grande área central do Brasil: sul da Região Norte, Regiões Sudeste e Centro-Oeste e sul e oeste da Região Nordeste. Nestas áreas, o trimestre OND é marcado pela formação de episódios de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Nesta grande área central do Brasil, os índices que determinam o início da estação chuvosa indicam maior probabilidade de chuvas mais regulares entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de novembro de 2016.

Previsão de Chuva: A previsão indica igual probabilidade para as três categorias. Climatologicamente, outubro é um mês de poucas chuvas no leste da Região Nordeste. Portanto, há pouca possibilidade de reversão do atual cenário de déficit pluviométrico. No mês de outubro é normal à ocorrência de ressacas no litoral leste, devido à intensificação dos ventos de nordeste no Hemisfério Sul. Temperatura: Normal a acima da normal climatológica para toda a Região.

Climatologia: A estação caracteriza-se pelo aumento da chuva, a partir de novembro, no sul dos estados do Maranhão e Piauí, no sul, sudoeste, oeste, e noroeste da Bahia. No semiárido, as primeiras chuvas ocorrem no início do mês de dezembro. Entre o leste do Rio Grande do Norte e Sergipe, ocorre o período mais seco do ano. Em outubro, os valores máximos oscilam entre 120 e 180 mm no sul do Maranhão, sudoeste do Piauí e no oeste e litoral da Bahia. Valores inferiores a 10 mm

ocorrem no Ceará, Rio Grande do Norte, norte do Maranhão e norte e nordeste do Piauí, centro e oeste dos estados da Paraíba e Pernambuco, nordeste da Bahia, oeste dos Estados de Alagoas e de Sergipe. Em novembro, os valores máximos de chuva oscilam entre 120 e 240 mm no sul do Maranhão e do Piauí e grande parte da Bahia; valores inferiores a 10 mm ocorrem no Rio Grande do Norte, norte do Maranhão e do Piauí, em grande parte do Ceará, centro e oeste dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Em dezembro os valores máximos oscilam entre 240e 360 mm no sul do Maranhão, oeste e sudoeste da Bahia; valores inferiores a 10 mm ocorrem no Rio Grande do Norte, nordeste e centro leste do Ceará, litoral do Piauí, noroeste de Sergipe e em grande parte dos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Temperatura: A estação caracteriza-se pelo aumento gradativo das temperaturas em toda Região. Em outubro e novembro os valores máximos, superiores a 36ºC, ocorrem no centro e leste do Maranhão, centro e norte do Piauí, nordeste da Bahia, grande parte do Ceará, oeste dos estados do Rio Grande do Norte, da Paraíba e Pernambuco. Em dezembro, os valores máximos superiores a 36ºC ocorrem no centro-leste do Piauí, nordeste da Bahia, centro e oeste do Ceará, oeste do Rio Grande do Norte, da Paraíba e Pernambuco. Durante a estação, os valores mínimos entre 15ºC e 18ºC, ocorrem nas regiões serranas dos estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia.

3. Monitor da Seca do Nordeste

NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE AGOSTO DE 2016

Condições Meteorológicas do Mês de Agosto de 2016

A Figura 1 mostra a espacialização da precipitação do Nordeste brasileiro: (a) registrada no mês de agosto de 2016, (b) média histórica (ou climatologia) do mês de agosto e (c) o desvio (ou anomalia) da precipitação registrada neste mês, em relação à média histórica.

Historicamente, no mês de agosto os maiores volumes de chuvas no Nordeste brasileiro (Figura 1.b), normalmente, são registrados numa extensa faixa, que vai desde o litoral leste da Paraíba até o extremo sul da Bahia. Nessa faixa, também conhecida como Zona da Mata e Agreste, os acumulados variam entre 75 mm e 200 mm. No noroeste do Maranhão e extremo leste do Rio Grande do Norte esses acumulados oscilam entre 25 mm e 75 mm. Nas demais áreas dessa Região, a precipitação média histórica fica abaixo dos 25 mm. É importante frisar que, o mês de agosto está inserido no período de estiagem em, praticamente, todo o Nordeste brasileiro.

No mês de agosto de 2016, os volumes de chuvas mais expressivos (com acumulados acima de 100 mm) se concentraram na faixa da Zona da Mata dos estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, além das regiões do Recôncavo, Sul, Chapada Diamantina e Nordeste da Bahia (Figura 1.a). Em pontos isolados do litoral da Paraíba, leste do Rio Grande do Norte e extremo noroeste do Maranhão, os acumulados mais

significativos variaram entre 50 mm e 100 mm. Nas demais áreas da Região Nordeste, os volumes de chuvas desse mês ficaram abaixo dos 50 mm.

O reflexo das chuvas que ocorreram nesse mês de agosto, principalmente, nas áreas onde são esperados volumes elevados, é mostrado no mapa de anomalias de precipitação na Figura 1.c. verificou-se que os maiores déficits (com anomalias acima de 100 mm) ocorreram na maior parte dos estados de Alagoas e Sergipe, além do noroeste do Maranhão e na faixa da Zona da Mata dos estados da Paraíba e Pernambuco. Na Bahia, apenas em pontos isolados das regiões Nordeste e Sul é que foram verificadas anomalias negativas de precipitação. Ainda assim, eventos de chuvas mais intensos contribuíram para reduzir essa deficiência em algumas áreas, a exemplo do Recôncavo baiano e em pontos isolados das regiões Sul e Chapada Diamantina. Nessas áreas, as precipitações de agosto ficaram até 100 mm acima do normal. Nas demais áreas do Nordeste brasileiro, as precipitações ficaram em torno da normalidade.

Figura 1. Espacialização da precipitação (mm) mensal no mês de Agosto na região Nordeste do Brasil: (a) precipitação acumulada; (b) climatologia; (c) anomalia de precipitação. Página de procedência

da figura: http://proclima.cptec.inpe.br/~rproclima/Moni_NE/precobsclim08.gif

Síntese do Traçado do Monitor das Secas de Agosto de 2016

Em uma pré-análise, foram considerados os índices SPI e SPEI para 3, 4, 6, 12, 18 e 24 meses, com maior detalhamento para os estados do Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB) e Pernambuco (PE), em virtude de uma quantidade maior de pontos e informações que esses estados da região Nordeste do Brasil (NEB) apresentaram. No intuito de compensar o déficit de informações, tanto para esses estados quanto para as demais áreas do Nordeste brasileiro, foram utilizadas, de forma ampla, os seguintes produtos de apoio: climatologia da precipitação mensal, precipitação observada, anomalia de precipitação do mês de julho (e dos meses anteriores), bem como, o índice de saúde da vegetação (VHI), temperaturas máximas e médias (climatologia, observada e anomalias) do último mês (agosto de 2016) e do trimestre (junho a agosto de 2016), além do indicador de estresse da vegetação (ESI). Com isso, áreas doNEB, onde há

(a) (b) (c)

poucos pontos de informações, foi analisada, além de complementar as áreas onde a densidade de informações é maior.

É necessário ressaltar que, para o traçado deste mapa, foi considerada a seca física, levando-se em conta, principalmente, os índices SPI e SPEI, de curto e longo prazo, bem como, a colaboração dos validadores dos Estados do Nordeste brasileiro.

Ao comparar o mapa validado no mês de julho de 2016, na Figura 2 (a), com o mapa do mês de agosto de 2016, na Figura 2 (b), verificaram-se algumas mudanças no traçado geral, tais como:

Figura 2. Mapas do Monitor de Secas do Nordeste em 2016: (a) Julho e (b) Agosto.

No Maranhão, as poucas chuvas registradas no mês de agosto contribuíram, significativamente, para ampliar a área de seca extrema (S3), que avançou para os setores central e sul do Estado, resultando, assim, na redução da área de seca grave (S2). Mesmo assim, houve uma expansão para noroeste dessa área S2, onde, também ocasionou na redução da área S1 (seca moderada). Quanto aos impactos, estes foram classificados como sendo de curto e longo prazo (CL).

No estado do Piauí, praticamente, não houve mudanças na intensidade da seca de agosto, quando comparada com a seca do mês de julho, ou seja, manteve um predomínio da área S3 (com seca extrema). No extremo norte do Estado, onde as chuvas de agosto também foram escassas, a intensidade da seca se manteve em moderada e grave (S1 e S2). Quando a área S4 (seca excepcional), localizada na divisa com o estado de Pernambuco, verificou-se uma pequena ampliação. Em todo o estado do Piauí os impactos causados pela seca também foram de curto e longo prazo (CL).

(a)

No Ceará, as poucas chuvas que ocorreram nesse mês de agosto também contribuíram para intensificar a seca na maior parte do Estado, com destaque para ampliação das áreas S3 (seca extrema) e S4 (seca excepcional), consequentemente, houve uma redução na área de seca com intensidade grave (S2). Quanto aos impactos, estes se mantiveram de curto e longo prazo (CL).

No Rio Grande do Norte, as poucas chuvas de agosto também contribuíram para o agravamento da seca em algumas áreas, a exemplo da expansão para leste da área S3 (seca extrema), bem como, da área S4 (seca excepcional) para oeste, na divisa com o estado do Ceará. Com isso, houve uma redução nas áreas de secas moderada (S1) e grave (S2). A pequena área de seca fraca (S0), identificada no mês anterior, no litoral sul do Estado, nesse mês de agosto foi substituída por uma seca moderada. Em relação aos impactos, estes também foram de curto e longo prazo (CL).

Na Paraíba, a redução no volume das chuvas no mês de agosto também contribuiu para intensificar a severidade da seca no Estado, a exemplo da expansão da área S3 (seca extrema) para leste e da área S4 (seca excepcional) para norte. Na faixa da zona da mata e agreste paraibano foi verificado uma pequena ampliação na área S1 (seca moderada), resultando, assim, na redução das áreas S2 (seca grave) e S0 (seca fraca). Além disso, as poucas chuvas registradas nos últimos meses contribuíram para reduzir a área de impactos de curto prazo (C) na faixa da zona da mata. No restante do Estado, os impactos se mantiveram de curto e longo prazo (CL).

Em Pernambuco as poucas chuvas que ocorreram no mês de agosto colaboraram para o agravamento da seca no Estado. No entanto, a mudança mais significativa ficou com a expansão da área com seca excepcional (S4) nas mesorregiões do Sertão e Agreste. Mesmo assim, o predomínio continuou sendo de seca com intensidade extrema (S3) no Estado. Quanto às áreas com secas fraca (S0), moderada (S1) e grave (S2) na faixa das mesorregiões da Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife tiveram poucas mudanças expressivas. Em relação aos impactos da seca, estes permaneceram de curto e longo prazo (CL) em todo Sertão e Agreste, mas também tiveram um pequeno avanço pela Zona da Mata. Apenas numa estreita faixa ao longo litoral pernambucano, abrangendo a mesorregião Metropolita do Recife e parte da Zona da Mata, os impactos permaneceram de curto prazo (C).

No estado de Alagoas as poucas chuvas que ocorreram no mês de agosto não foram suficientes para diminuir o grau de severidade da seca no Estado. Pelo contrário, houve uma pequena expansão, em direção ao litoral, nas áreas de secas moderada (S1), grave (S2) e seca extrema (S3). Ainda assim, a área de seca fraca (S0) se manteve em todo o litoral alagoano. Quanto aos impactos da seca, estes se mantiveram de curto e longo prazo (CL) na maior parte do Estado, com exceção de parte do litoral, onde os impactos permaneceram de curto prazo (C).

Em Sergipe, a redução das chuvas no mês de agosto também contribuiu de forma significativa no agravamento da seca no Estado, ou seja, houve uma expansão nas áreas de secas grave (S2) e extrema (S3) em direção ao litoral sergipano. Com isso a pequena área de seca moderada (S1), identificada no mês anterior (julho), deixou de existir, sendo substituída por seca de intensidade grave (S2). Em relação aos impactos, estes permaneceram como sendo de curto e longo prazo (CL) em todo o Estado.

Na Bahia, as chuvas que ocorreram no mês de agosto se concentraram nas localidades mais próximas ao litoral, o que contribuíram para uma pequena melhora na intensidade da seca nessa região, sobretudo, no sul do Estado, onde os volumes no mês de agosto foram maiores. Mesmo sendo de fraca intensidade, nos últimos quatro meses (maio a agosto) as chuvas no litoral sul da Bahia têm ocorrido com mais frequência, o que favoreceu a redução da intensidade de seca extrema (S3) para seca grave (S2). É importante mencionar que, os impactos da seca causados por essa melhora serão de curto prazo (C), ou seja, os problemas causados pela longa estiagem ainda se mantêm na região. Nas demais regiões do Estado, onde as chuvas foram mais escassas ou não houve registro em agosto, o resultado foi a expansão da área de seca extrema (S3) em direção a leste, substituindo grande parte da área com seca grave (S2). Com exceção do litoral sul, os impactos da seca no restante do Estado se mantiveram de curto e longo prazo.

Para o traçado do mapa R2 do mês de agosto de 2016 foram utilizadas as considerações feitas na reunião dos autores com os representantes da APAC-PE, ANA-DF, INEMA-BA, FUNCEME-CE e ARESTech, além das contribuições dos validadores da SEMAR-PI, EMPARN/EMATER-RN, AESA-PB, SEMARH-AL e LABMET/NUGEO/UEMA-MA.

4. Previsões Meteorológicas disponibilizadas pela DMET

A previsão do tempo no estado de Alagoas é feita pela Diretoria de Meteorologia da SEMARH. Diariamente são enviados boletins, com a previsão meteorológica do dia e a tendência para 72 horas posteriores, com previsões específicas para cada região ambiental do estado. Para isto, diversas ferramentas de auxílio à equipe de Meteorologistas são utilizadas, como modelos computacionais de previsão atmosféricas, imagens de satélite, dados da rede hidrometeorológica do estado, entre outros.

Quando existe a possibilidade de ocorrência de chuvas intensas, a Sala de Alerta, é responsável pelo monitoramento Hidrológico e Meteorológico, além de emissão de avisos junto aos Órgãos de Proteção e Defesa Civil.

Durante o mês de agosto, não ocorreram eventos com a necessidade de aviso ou alerta meteorológico no estado de Alagoas.

5. Dados Pluviométricos do estado de Alagoas no mês de Setembro de 2016.

Abaixo, segue a planilha com os dados observados da rede hidrometeorológica do estado de Alagoas em Setembro de 2016.

Posto Chuva acumulada

Arapiraca (INMET) 2,4

Anadia (ANA) 35,4

Atalaia (ANA) 33,2

Água Branca (INMET) 8,6

Barra de São Miguel (CEMADEN) 25,7

Cajueiro (CEMADEN) 29,2

Campestre (CEMADEN) 28,0

Capela (CEMADEN) 93,1

Coruripe (INMET) 38,4

Flexeiras (ANA) 23,0

Girau do Ponciano (CEMADEN) 19,2

Inhapi (CEMADEN) 1,6

Limoeiro de Anadia (ANA) 19,6

Maceió – Tabuleiro dos Martins (CEMADEN) 40,7

Maceió – Farol (CEMADEN) 19,5

Maceió – Trapiche da Barra (CEMADEN) 26,6

Maceió – Benedito Bentes (CEMADEN) 56,1

Maceió – Antares (CEMADEN) 42,2

Maceió – Ipioca (CEMADEN) 23,6

Maceió – Cruz das Almas (CEMADEN) 19,1

Maceió – Usina de proc. de Asfalto (CEMADEN) 30,4

Maceió – Cidade Universitária (CEMADEN) 33,2

Maceió – Chã da Jaqueira (CEMADEN) 25,4

Maceió – Cambona (CEMADEN) 23,8

Major Isidoro (CEMADEN) 16,4

Matriz de Camaragibe (CEMADEN) 30,4

Murici (CEMADEN) 18,4

Palmeira dos Índios (INMET) 8,4

Pão de Açúcar (INMET) 4,2

Paripueira (CEMADEN) 20,8

Paulo Jacinto (CEMADEN) 34,3

Porto Calvo (ANA) 27,2

Porto de Pedras (INMET) 14,8

Quebrangulo (ANA) 32,8

Rio Largo (ANA) 39,0

Santana do Mundaú (CEMADEN) 22,1

São José da Laje (CEMADEN) 22,4

São Luiz do Quitunde (INMET) 23,2

Satuba (CEMADEN) 60,3

União dos Palmares (ANA) 10,2

Vinicius Nunes Pinho

Msc. em Meteorologia – CREA 021374021-4

Consultor – Sala de Alerta/SEMARH-AL