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RELATÓRIO INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA Fibria Unidades Operacionais Jacareí Aracruz Três Lagoas Florestal Industrial Logística Inventário de carbono 2013 - Ano base 2012

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RELATÓRIO

INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Fibria

Unidades Operacionais

Jacareí – Aracruz – Três Lagoas

Florestal – Industrial – Logística

Inventário de carbono 2013 - Ano base 2012

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Sumário Executivo

Inventários de gases de efeito estufa são ferramentas importantes tanto para quantificar

emissões quando para conscientizar sobre as mudanças climáticas. Para a Fibria, seu

inventário de Gases de Efeito Estufa é considerado uma Pegada de Carbono, visto que

trabalha com fronteiras amplas. O inventário inclui as principais atividades diretas e

indiretas relacionadas à produção de celulose. Devido à ausência de uma metodologia

universal, diferentes programas exigem diferentes fronteiras e formas de apresentação

dos dados. Conseqüentemente, afim de simplificar sua aplicação prática, os resultados

são apresentados com diferentes apresentações. A Fibria desenvolveu uma metodologia

de apresentação de seu inventário empregando macrofluxos dos processos, incluindo os

princípios básicos da ISO14064-1 (completude, transparência, relevância, consistência,

precisão) evidenciando as fronteiras organizacionais e operacionais utilizadas.

Adicionalmente, a partir de 2010, uma ferramenta para melhoria da gestão de emissões

foi implantada. Essa ferramenta gera um relatório mensal sobre as emissões de escopo

1 relativas a combustíveis fósseis. Em comparação com 2011, as emissões aumentaram

1,7%, proporcionais ao aumento da produção, mas revisões na metodologia e fatores de

emissão contribuíram com 2,1% de aumento, impactando na emissão específica (+2%).

Outra fonte de variação foi o fator do GRID brasileiro, que aumentou 248%, impactando

o escopo 2, apesar do consumo de energia da rede ter sido 41% menor. Como em anos

anteriores, a contribuição do seqüestro de CO2 de áreas de conservação é apresentada.

Como o método utilizado apresenta um considerável nível de incerteza, somente 50%

do resultado é utilizado no cálculo da pegada de carbono da celulose Fibria. A tabela

abaixo resume os resultados deste inventário. Os resultados foram impactados também

pelo aumento de áreas aguardando implantação. Pegada de Carbono ECF: 0,8

tCO2eq/ADT (Considerando 50% das áreas de conservação).

Fibria – Resumo (toneladas de dióxido de carbono equivalente)

Em

iss

õe

s

Emissões diretas 1.144.096 +6%

Emissões indiretas – consume de eletricidade 7.111 +29%

Emissões indiretas - rodoviário, ferroviário, marítimo 635.423 -0.2%

Total de Emissões 1.786.630 +3,8%

Se

qu

es

tro

Sequestro – Floresta Plantada 16.424.836

Sequestro – Áreas de Conservação 1.819.336

Sequestro Total (inc. 50% Areas de Conservação) 17.334.504

Celulose produzida (tonelada seca ao ar) 4.737.808 +1,7%

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Índice

Protocolos para estimativa e elaboração de relatórios das emissões de GEE ................. 5

Categorias de emissões de GEE ...................................................................................... 6

Fibria

Descrição das operações da Fibria .................................................................................. 7

Layout do fluxo florestal .................................................................................................... 8

Layout do fluxo industrial ................................................................................................ 10

Layouts dos fluxos logísticos .......................................................................................... 15

Fibria - Sinopse dos números (em toneladas de CO2e) ................................................. 17

Emissões Diretas ............................................................................................................ 18

Emissões Indiretas ......................................................................................................... 18

Atividades Industriais ...................................................................................................... 19

Emissões de equipamentos estacionários ...................................................................... 19

Emissões de Gestão de Resíduos.................................................................................. 19

Emissões de Fontes Móveis ........................................................................................... 20

Emissões do Consumo de Eletricidade .......................................................................... 20

Operações Florestais ...................................................................................................... 21

Emissões de fontes móveis ............................................................................................ 22

Emissões da correção do solo ........................................................................................ 22

Emissões da aplicação de fertilizantes químicos e orgânicos ........................................ 23

Emissões do consumo de eletricidade ........................................................................... 24

Remoções por sumidouros (Sequestro de CO2) ............................................................ 25

Análise gráfica dos números .......................................................................................... 26

Fontes de emissões diretas ............................................................................................ 26

Emissões por tipo de combustível ................................................................................. 26

Emissões da Área Industrial .......................................................................................... 27

Emissões de Sistema de Transporte .............................................................................. 27

Fontes de emissões nas atividades florestais ................................................................ 28

Análise de Performance ................................................................................................. 29

Índice dos gráficos

Gráfico 1 - Emissões diretas de CO2e ........................................................................... 26

Gráfico 2 - Emissões por tipo de combustível ................................................................ 26

Gráfico 3 - Emissões da Área Industrial ......................................................................... 27

Gráfico 4 - Emissões da por sistema de transporte ........................................................ 27

Gráfico 5 - Emissões das Atividades Florestais .............................................................. 28

Gráfico 6 - Emissões diretas por planta .......................................................................... 30

Gráfico 7 - Emissões indiretas por planta ....................................................................... 30

Gráfico 8 – Outras Emissões indiretas por planta .......................................................... 30

Gráfico 9 - Emissões Totais por planta ........................................................................... 30

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Índice de tabelas

Tabela 1 – Escopos de emissões de GEE ....................................................................... 5

Tabela 2 – Fontes de emissões na produção de celulose .............................................. 10

Tabela 3 – Emissões Diretas por Planta ......................................................................... 18

Tabela 4 – Emissões Indiretas por Planta ...................................................................... 18

Tabela 5 – Emissões de Combustíveis Fósseis na Florestal. ......................................... 22

Tabela 6 – Performance Fibria ....................................................................................... 29

Tabela 7 - Exigências mínimas para inclusão ................................................................ 31

Tabela 8 - Exemplos de fontes que não atendem aos critérios ...................................... 31

Índice dos anexos

Anexo 1 – Critérios de inclusão/exclusão de fontes ....................................................... 31

Anexo 2 – Dados de Emissão – Coleta Manual ............................................................. 32

Anexo 3a – Dados de emissões – Florestal (Aracruz) .................................................... 33

Anexo 3b – Dados de emissões – Floresta (Jacareí) ..................................................... 34

Anexo 3c – Dados de emissões – Florestal (Três Lagoas) ............................................ 35

Anexo 4a – Consumo de insumos em 2012 ................................................................... 36

Anexo 4b – Consumo de Combustível ........................................................................... 37

Anexo 4c – Transporte Terrestre .................................................................................... 38

Anexo 4d – Transporte Marítimo .................................................................................... 40

Anexo 4e – Eletricidade (Área Florestal) ........................................................................ 41

Anexo 5a – Dados Técnicos ........................................................................................... 42

Anexo 5b – Dados Técnicos ........................................................................................... 43

Anexo 5c – Razão Parte Aérea/Raiz .............................................................................. 45

Anexo 6 – Sinopse Florestal ........................................................................................... 46

Anexo 7 – Emissões da silvicultura – Fertilizantes e correção do solo ........................... 47

Anexo 8 – Emissões da silvicultura – Combustível e eletricidade .................................. 48

Anexo 9a – Remoções de CO2 por sumidouros (Aracruz) ............................................. 49

Anexo 9b – Remoções de CO2 por sumidouros (Jacareí) ............................................. 50

Anexo 9c – Remoções de CO2 por sumidouros (Três Lagoas) ..................................... 51

Anexo 10 – Emissões de CO2 da combustão em equipamentos estacionários ............. 52

Anexo 11 – Emissões de CH4 e N2O da combustão de biomassa ................................ 53

Anexo 12 – Emissões de CH4 do gerenciamento de resíduos ....................................... 54

Anexo 13 – Indireto – Importação de Energia da Rede .................................................. 55

Anexo 14 – Exportação de CO2 para a planta de PCC .................................................. 56

Anexo 15 – Resumo de emissões do transporte ............................................................ 57

Anexo 16 – Resumo das emissões industriais ............................................................... 58

Anexo 17 – Incertezas nas emissões e remoções.......................................................... 59

Anexo 18 – Dados de Acordo com Framework CEPI ..................................................... 60

Anexo 19 – Fibria Tabela Resumo ................................................................................. 61

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Protocolos para estimativa e elaboração de relatórios das emissões de GEE

Vários protocolos internacionais foram desenvolvidos para calcular as emissões de GEE, incluindo o do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, do inglês World Resources Institute)/Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, do inglês World Business Council for Sustainable Developmentt) - WRI/WBCSD.

O WRI (Instituto de Recursos Mundiais) é uma organização não-governamental que atua, juntamente com corporações, empresas e investidores, com o objetivo de acelerar as mudanças nas práticas de negócios e encontrar soluções que enfrentem com criatividade os desafios socioambientais.

O WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) é uma coligação de mais de 200 empresas multinacionais que compartilham um compromisso com o meio ambiente, com os princípios de crescimento econômico e com o desenvolvimento sustentável. Seus membros representam 34 países e mais de 20 setores industriais e compartilham conhecimento, através de suas redes, usando o conceito de eco-eficiência assim como trocando ideias com a comunidade internacional de negócios.

Este inventário foi feito com base nos documentos a seguir preparados pelo Instituto de Recursos Mundiais juntamente com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável.

“The Greenhouse Gas Protocol – a Corporate Accounting and Reporting Standard [O Protocolo de Gases de Efeito Estufa: Contabilidade Corporativa e Padrões para Elaboração de Relatório] – Edição revisada.”

“Ferramentas de cálculo para Estimativa de emissões de gases de efeito estufa das fábricas de celulose e papel”, do Grupo de Trabalho de Mudança de Clima do Conselho Internacional das Associações de Florestas e Papel (ICFPA, sigla em inglês de "International Council of Forest and Paper Associations"), versão 1.3;

“Calculation Tools for Estimating Greenhouse Gas Emissions from Mobile Combustion” [Ferramentas de cálculo para Estimativa de emissões de gases de efeito estufa da combustão móvel], versão 1.2.

CO2 Emissions from Business Travel [Emissões de CO2 de viagens de negócio]. Versão 2.0.

Programa Brasileiro GHGProtocol

Os documentos a seguir preparados pelo IPCC também foram usados:

“Diretrizes de 2006 do IPCC para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa.”

“Guia de boas práticas para uso da terra, mudança do uso da terra e floresta.”

Apesar de não haver uma definição padrão para Pegada de Carbono, geralmente é entendido como o resultado do cálculo líquido das emissões de gases de efeito estufa associados com um produto, em fronteiras amplas.

A jusante em nossa cadeia de valor, a aplicação dos padrões acima mencionados no desenvolvimento da Pegada de Carbono não é evidente, devido às características do setor. Para tratar isso, a CEPI (Confederação Européia de Indústrias de Papel)

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desenvolveu um protocolo para o desenvolvimento de pegada de carbono para produtos de papel e papel cartão.

Afim de promover nossa parceria estratégica com nossos stakeholders, os resultados de nossa Pegada de carbono também são apresentados de acordo com o protocolo da CEPI.

Categorias de emissões de GEE

Os protocolos WRI/WBCSD estabelecem categorias de emissões para definir limites operacionais para fins de contabilização. Estas categorias são explicadas a seguir em detalhes, pois o relatório foi elaborado com base nelas.

Escopo 1:

Emissões diretas de GEE

Fontes que são de propriedade da empresa ou controladas por ela.

Combustão estacionária (geração de vapor e eletricidade usando combustíveis fósseis)

Emissões geradas em processos específicos como tratamento de resíduos, fertilização e correção do solo

Combustão móvel (transporte de resíduos, colheita e transporte de madeira).

Escopo 2:

Emissões indiretas

Produção da eletricidade importada do GRID pela empresa

Escopo 3:

Outras emissões indiretas

Fontes que não são de propriedade nem controladas pela empresa.

Transporte terceirizado

Operações florestais terceirizadas (Silvicultura e Construção de Estradas0

Viagem aérea e Transporte de Funionários

Uso de produtos vendidos (eletricidade e vapor)

Tabela 1 – Escopos das emissões de GEE

A Fibria classificou os itens a seguir como emissões diretas:

Emissões de CO2 da combustão de combustíveis fósseis nos equipamentos estacionários (forno de cal, caldeiras de recuperação, caldeiras de força);

Emissões de CO2 da combustão nos equipamentos de transporte;

Emissões de CO2 nos equipamentos de colheita e transporte de madeira;

Emissões de CH4 nos aterros sanitários e tratamento de efluentes;

Emissões de CO2 e N2O da fertilização e da correção do solo;

Emissões de CH4 e N2O da combustão de biomassa;

A Fibria classificou os itens a seguir como emissões indiretas:

Emissões da eletricidade comprada;

Emissões de viagens aéreas e transporte de funcionários

Emissões de atividades florestais terceirizadas (silvicultura, transporte ferroviário de madeira, construção de estradas)

Emissões do transporte por caminhões, trens e transporte marítimo de celulose.

A Fibria também considerou o sequestro fornecido pelas plantações de eucalipto e áreas destinadas a conservação.

Dióxido de carbono equivalente (CO2e)

As emissões de CH4 e N2O estão expressas em CO2e em todo o inventário.

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Descrição das operações da Fibria

A Fibria é uma das maiores empresas de fabricação de celulose no mundo, e a principal produtora de celulose Kraft branqueada de eucalipto, a partir de florestas 100% plantadas. O processo contínuo de inventário de suas emissões de gases de efeito estufa reflete seu compromisso com produtos mais ambientalmente amigáveis.

A Fibria possui operações em sete estados (Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo), e três fábricas (Unidade Aracruz, Jacareí, Três Lagoas, e 50% de participação acionária na Veracel, uma joint venture com a StoraEnso na Bahia). As unidades fornecem celulose de alta qualidade ao mercado mundial, para todos os tipos de papel (papeis para imprimir e escrever, tissue, papelão, papeis especiais etc).

As informações deste documento apresentam um retrato transparente das operações controladas pela Fibria nos estados acima mencionados. Esse relatório detalha os resultados, atendendo múltiplos propósitos de divulgação de informações relacionadas a Gases de Efeito estufa. Em tempo, o seqüestro de áreas destinadas a conservação foram baseados em um cruzamento da classificação de fitofisionomias da Fibria com as do IPCC. Em seguida, fatores de crescimento de biomassa Tier 1 do IPCC foram utilizados para estimar crescimento, e consequentemente, seqüestro de carbono.

A cadeia produtiva foi organizada nos três seguintes principais layouts: florestal, industrial e logístico, nos quais foram mapeadas as principais emissões. Todas as fontes de emissões estão listadas e contabilizadas de acordo com a metodologia GHG Protocol, aplicando a abordagem com base em controle (unidades sob controle operacional) para consolidar os dados. As fontes consideradas foram determinadas pelos critérios de inclusão/exclusão1. Por meio desta metodologia asseguramos uma compreensão completa do limites do inventário e de suas considerações.

1 Os critérios de inclusão/exclusão estão delineados no Anexo I

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Layout do fluxo florestal

Estes diagramas representam um resumo das atividades florestais relativas às operações das fábricas de Aracruz, Jacareí e Três Lagoas. O processo é composto de quatro áreas principais: viveiros, silvicultura, colheita e transporte.

Com relação aos resíduos nos viveiros, o efluente é direcionado para os tanques de decantação ou sépticos. O acompanhamento periódico é feito depois do processo, antes do retorno dos efluentes ao seu ambiente original. Os resíduos sólidos são doados ou reutilizados para recomposição da paisagem; outras matérias orgânicas são dispostas no aterro sanitário. A quantidade de emissões nos dois casos é desprezível em relação à emissão total.

Jacareí

As operações florestais da Fábrica de Jacareí estão concentradas no Vale do Paraíba e em Capão Bonito. O processo inicia nos viveiros, onde as mudas são cultivadas. As fontes mapeadas (fertilizante sintético, energia elétrica, GLP e diesel) estão relacionadas à atividade de preparação das mudas para plantio.

O processo de plantio das mudas inicia no próximo estágio. Isso envolve o transporte dos viveiros até a floresta e também inclui a preparação do solo e as operações silvícolas usando máquinas e fertilizantes agrícolas. Depois do plantio da floresta, ela se torna a principal fonte de sequestro de dióxido de carbono. As quantidades sequestradas são proporcionais à idade da floresta.

Depois de aproximadamente 7 anos, a madeira é coletada com equipamentos especializados e preparada para o transporte até a unidade industrial. Nesse estágio, a principal fonte de emissões é o diesel. Durante a colheita todas as cascas, copas de árvores e outras fontes de biomassa permanecem na terra para preservar a fertilidade do solo.

Esse fluxo termina com o transporte da madeira preparada até as plantas em vários tipos de caminhões.

Aracruz

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As operações florestais da Aracruz estão distribuídas nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Essa operação é relativa a um viveiro de produção, onde são produzidas as mudas, e a dois armazéns de distribuição das mudas.

Cerca de 80% das cascas, copas de árvores e outras fontes de biomassa permanecem na terra para preservar a fertilidade do solo. A outra parte vai para a fábrica para ser queimada como combustível nas caldeiras a energia.

O processo continua de forma muito semelhante à operação de Jacareí, e termina com o transporte por um conjunto diversificado de atividades logísticas, incluindo caminhões, e também chatas e trens.

Três Lagoas A operação Florestal de Três lagoas compreende o viveiro, onde as mudas são produzidas, e operações silviculturais. Após sete anos, a colheita gera toras com casca e sem casca, em uma proporção de 60%/40%, onde a casca é destinada para queima na caldeira de biomassa. Finalmente, a madeira é transportada para a fábrica em caminhões. A fábrica de três lagoas é um greenfield, localizado próximo às florestas, reduzindo assim o consumo de diesel necessário para o transporte.

Layout do fluxo industrial

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O diagrama industrial representa o estágio em que a polpa é extraída da madeira, usando um processo conhecido como processo Kraft. Entre as inúmeras vantagens do ponto de vista ambiental, o processo Kraft é autossuficiente em energia elétrica, pois a biomassa é o principal insumo para produzi-la. (Para obter mais informações sobre o processo Kraft clique em: http://en.wikipedia.org/wiki/Kraft_process.)

O fluxo principal consiste em um processo de cozimento de madeira, em um estágio de branqueamento e em um estágio final de extração, no qual as emissões atmosféricas diretas vêm principalmente das válvulas de exaustão que emitem vapor. Em razão da natureza das reações que ocorrem durante esses processos, não existe evidência de que esses gases emitidos resultem em ocorrência significativa de gases de efeito estufa. Sempre que temos uma emissão significativa de gases de efeito estufa ou consumo de combustível, a fonte é mapeada e sua emissão é contabilizada no inventário.

Em termos de monitoramento, a Fibria atende às exigências da demanda ambiental de cada estado por meio do monitoramento do processo de cozimento de madeira, do estágio de branqueamento e do processo final de secagem. A tabela2 abaixo resume os principais gases presentes na produção de celulose.

Fontes de emissão

Compostos reduzidos de

enxofre

Dióxido de enxofre

Óxido de nitrogênio

Partículas

Cozimento S NS NS NS

Lavagem S NS NS NS

Evaporação S NS NS NS

Caldeira de recuperação

S S S S

Caustificação S NS NS S

Forno de cal S S S S

S = significativo; NS = não significativo

Tabela 2 – Fontes de emissões na produção de celulose

Durante o ciclo de recuperação que ocorre em paralelo com a produção principal, diversos processos auxiliares apresentam emissões significativas provenientes da combustão. Esses processos, que tornam o fluxo principal sustentável, recuperam 90% dos produtos químicos consumidos no processo de celulose. Além disso, eles produzem todo o vapor e energia elétrica usados ao longo do processo.

Esses processos podem ter diferentes configurações, mas suas emissões são provenientes principalmente de caldeiras de recuperação, caldeiras de força e fornos de cal. Nos fornos de cal, temos também emissões de CO2 biogêncio, devido a natureza do processo. A quantidade de CO2 biogênico emitido é estimado através da produção de óxido de cálcio (CaO).

As emissões provenientes de produtos químicos de terceiros não estão incluídas neste inventário, porque a Fibria está coletando os números das operações dos fornecedores.

Com relação aos resíduos, foram contabilizados tanto os resíduos orgânicos como os tratamentos de efluentes. A produção potencial de metano a partir dos efluentes

2 Disponível em: www.teclim.ufba.br/site/material_online/monografias/mono_fernandes_e_grande.pdf

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industriais foi baseada na demanda química de oxigênio (DQO), volume e tecnologia envolvida. Em condições aeróbicas, as emissões de CH4 são desprezíveis e o carbono nas emissões de CO2 é proveniente da biomassa, que já foi levado em consideração nos dados do aterro sanitário.

Jacareí

Na fábrica de Jacareí, o processo tem um pátio de madeira, um digestor, dois estágios de branqueamento e duas máquinas de secagem de celulose. No entanto, o local de utilidades é muito diversificado, apresentando diversos tipos de caldeiras auxiliares, que empregam: óleo combustível 3A, óleo combustível 7A, biomassa e gás natural.

Na planta de caustificação, o metanol produzido internamente é usado como combustível. Parte do CO2 produzido no forno de cal é desviado para uma planta de PCC, de propriedade de outra empresa.

O efluente é tratado via um sistema de lodo ativado, que é aeróbico e, consequentemente, a maior parte das emissões ocorre durante a degradação da biomassa. Com relação à disposição no aterro sanitário, somente o lodo biológico foi calculado como emissão. Outros resíduos, como dregs e grits, são de natureza inorgânica, gerando quantidades não significativas de emissões de metano. Em Jacareí nenhuma soldagem com CO2 é usada.

Aracruz

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Na Unidade Aracruz, o processo principal é composto de nove linhas de processo de madeira, cinco linhas de branqueamento e cinco máquinas de secagem de celulose, reagrupados internamente como três fábricas: A, B e C.

Os processos de recuperação e utilitários estão condensados. Por exemplo, os quatros processos de evaporação estão em uma caixa. Além disso, os dados empregados no relatório mostram valores consolidados.

Com relação aos resíduos da Aracruz, o tratamento é feito usando seis lagoas, quatro são aeradas e duas têm zonas anóxicas; com potencial de produção de metano. Este potencial foi considerado no modelo, e foi calculado com base na DQO tratada e no fluxo anual. Diferentemente de anos anteriores, quando o abatimento da DQO era dividido proporcionalmente entre as seis lagoas, através de análises laboratoriais, verificou-se que a maior parte da DQO (80%) é abatida nos quatro primeiros estágios. Logo, essa consideração é aplicada nos cálculos deste inventário.

Os resíduos da Aracruz são dispostos em aterro sanitário. No entanto, como não existe tratamento de lodo ativado, a maior parte de seus resíduos é inorgânica. Depois de tratado corretamente, ele retorna à floresta, como fertilizante e corretor de pH.

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Três Lagoas

Três Lagoas é um fábrica estado-da-arte, que inclui as melhores tecnologias disponíveis no processo Kraft. Isso reflete em um menor consumo de químicos e equipamentos mais eficientes em consumo de energia. Também foi projetado para consumir combustíveis menos intensivos em carbono, e priorizar a utilização de biomassa para a geração de energia. A planta de Três Lagoas é integrada, com uma máquina de papel, de propriedade da International Paper. As utilidades consumidas pela máquina de papel são produzidas e fornecidas pela Fibria, mas não são deduzidas do resultado.

Três Lagoas possui processo em linha única, com uma caldeira de força e uma caldeira de recuperação, ambos operando com biomassa (cascas,etc e licor negro respectivamente). O forno de cal, para a conversão de carbonato de cálcio em óxido de cálcio, opera com gás natural. Óleos combustíveis são empregados somente no processo de start-up. Somente água é empregada para manutenção das tubulações, visto que elas são feitas em aço inoxidável.

Os efluentes são tratados via lodo ativado, e os resíduos deste processo, assim como de outras partes da fábrica, vão para aterro.

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Layouts dos fluxos logísticos

Após as máquinas de secagem de celulose, inicia o processo de expedição de celulose. Existem diversas formas de transporte da celulose para os depósitos nos portos, de onde é exportada para o mundo inteiro.

Os principais destinos da celulose e respectivas distâncias até os portos operados pela Fibria na América do Norte, América Latina, Asia e Europa são apresentadas no macro-fluxo de logística.

As emissões relativas ao deslocamento dos funcionários para e do trabalho foram calculadas com base na distância predeterminada, quando não disponível informação sobre o consumo de diesel. A empresa fornece transporte aos funcionários em todas as três fábricas. Incluímos também viagens aéreas, com dados fornecidos pelas duas empresas de gestão de viagens que prestam serviço para a Fibria. A empresa implementou também um sistema para a gestão do consumo da frota alugada, sendo possível contabilizar o consumo por tipo de combustível.

Jacareí

Na Jacareí, empilhadeiras transportam os fardos de celulose até trens e caminhões a diesel. Esses trens e caminhões transportam a celulose até o porto marítimo de Santos, onde a celulose é estocada. Em média, cada composição possui 35 vagões. O processo de carregamento dos navios é feito por caminhões, que transportam a celulose até perto do navio e, em seguida, os fardos de celulose são carregados nos navios a diesel por guindastes. Os principais destinos são a Europa, Ásia, América do Norte e América Latina.

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Aracruz

A Aracruz ocupa uma posição estratégica, a dois quilômetros do porto de PORTOCEL. O embarque da celulose é feito por empilhadeiras a GLP. Caminhões a diesel transportam a celulose da fábrica para o depósito. Depois disso, a polpa é enviada para o mundo inteiro em navios a diesel.

Três Lagoas

A produção de Três Lagoas é enviada através do porto de Santos. O transporte da celulose é feito principalmente por trem, onde a composição tem em média 41 vagões. O processo termina com empilhadeiras a GLP e caminhões a diesel, para embarcar a celulose nos navios, antes de sua expedição para o mundo inteiro.

As contribuições de todas as fontes de emissões e as áreas florestais que sequestram emissões, com seu respectivo processo de coleta, referenciado no layout do respectivo fluxo, estão incluídas nas tabelas anexas e representam a base de dados deste inventário.

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Fibria - Sinopse dos números (em toneladas de CO2e)

Em

iss

õe

s

Emissões Diretas 1,144,096

Emissões Indiretas – consume eletricidade 7,111

Emissões Indiretas – caminhão, trem, barcaça e transporte marítimo 635,423

Total Emissions 1,786,630

Se

qu

es

tro

Sequestro – Floresta Plantada 16,424,836

Sequestro – Areas de Conservation 1,819,336

Sequestro Total (inc. 50% of Areas de Conservação) 17,334,504

Celulose Produzida (air dried tones) 4,737,808

Emissões de Biomassa (não calculado como emissões de GEE) 11,702,101

Este relatório apresenta os principais princípios de cálculo e os resultados do inventário de gases de efeito estufa (GEEs) para as unidades da Fibria.

O saldo da conta [seqüestro (floresta plantada + 50% de conservação) menos emissões totais de CO2] é 15.547.875 tCO2e.Considerando as emissões de biomassa, a redução líquida foi de 3.842.188 toneladas de CO2eq.

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Emissões Diretas

Todos os dados utilizados nesse inventário foram fornecidos pela Fibria nos arquivos

“Data 2012 - Fibria.xlsm”, que são apresentados nos anexos 2 até 5. Emissões diretas, sob o Escopo 1, inclui emissões de atividades industriais e florestais (colheita e frete).

Emissões Diretas Escopo 1

JAC (tCO2eq)

ARA (tCO2eq)

TLS (tCO2eq)

Fibria (tCO2eq)

Flo

res

tal Operações Florestais 82,497 172,082 40,524 295,103

Fertilizantes 5,415 14,079 3,668 23,162

Subtotal 87,912 186,161 44,192 318,265

Ind

us

tria

l

Combustão Direta 345,822 304,886 150,533 801,241

Gestão de Resíduos 2,494 37,027 4,865 44,386 Transporte Interno 2,229 2,654 1,724 6,607

PCC – CO2 Exportado -6,893 0 -19,510 -26,403 Subtotal 343,652 344,567 137,612 825,831 Total 431,564 530,728 181,804 1,144,096

Tabela 3 – Emissões Diretas, por fábrica.

Emissões Indiretas

Emissões Indiretas JAC

(tCO2eq) ARA

(tCO2eq) TLS

(tCO2eq) Fibria

(tCO2eq)

Es

co

po

2 Florestal 92 218 104 414

Industrial 4,897 1,433 367 6,697

Subtotal 4,989 1,651 471 7,111

Es

co

po

3

Ferroviário 3,456 0 23,463 24,018

Rodoviário 10,597 911 51,635 56,337

Maritimo 93,786 288,475 136,620 518,881

Viagens Aéreas 368 1,333 186 1,887

Florestal 6,875 7,756 8,262 21,038 Transporte de Funcionários

153 0 1,547 1,842

Subtotal 115,235 298,475 221,713 635,423

Total 120,224 300,126 222,184 642,534 Tabela 4 – Emissões Indiretas, por fábrica.

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Atividades Industriais

Emissões de equipamentos estacionários

Os cálculos das emissões de equipamentos estacionários são apresentados na planilha “Planilhas de Cálculo Industrial - Fibria 2012.xlsm” na página “Diretas – Combustão de combustível” (Consulte o Anexo 4b, 10). As emissões de CH4 e N2O da combustão estacionária foram calculadas na página auxiliar “Diretas – Biomassa (aux.)” (Consulte o Anexo 10). A quantidade de emissões diretas, é apresentada na página “Tabela Resumo” (consulte também o Anexo 16). Esse total geral inclui a exportação de CO2 para a planta de PCC. (Veja o Anexo 14).

Sinopse

Combustão Direta, tCO2eq 2012

Emissões Totais de Caldeiras de Recuperação 86.776

Emissões Totais de Caldeiras de Força 282.322

Emissões Totais de Forno de Cal 432.143

Total 801.241

Exportação CO2 para planta PCC 26.403

Emissões Diretas – Combustão Estacionária 774.838

Emissões de Gestão de Resíduos

Os cálculos de Emissões pela Gestão de Resíduos são apresentados na “Planilha de Cálculo Industrial – Fibria 2012.xlsm” na página “Waste Management” (Consulte Anexo 12). O total de emissões diretas devido a emissão de metano proveniente de aterros e tratamento anaeróbico de água foi de 44,386 tCO2eq, apresentado na página “Summary Tabela.” (Consulte também Anexo 16). Conforme mencionado anteriormente, o tratamento de efluentes da unidade Aracruz é feito através de lagoas aeradas. No entanto, uma zona anóxica pode se formar nos dois últimos estágios desse tratamento, nas lagoas de polimento. Essa zona anóxica é tratada como um processo anaeróbico, e a equação padrão do IPCC descrita em “May 2000 Good Practices” é utilizado no cálculo dessa estimativa de emissões. Através de analises laboratoriais, concluiu-se que somente 20% da matéria orgânica é abatidas nos últimos estágios. Conseqüentemente, somente 20% da carga total de DQO foi considerada no cálculo.

BEFOCykgCH )/(4 Equação 1

Where:

OC = DBO ou DQO do Sistema anaeróbico, em kg/ano

EF = fator de emissão, valores padrão = 0.25 kg CH4 / kg DQO abatida

B = metano capturado ou queimado, em kg CH4 /ano

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Sinopse

Emissões de Equipamentos Móveis

As emissões da combustão nos sistemas de transporte industrial e de carga são apresentadas na página “Mobile & Transportation” (Consulte também o Anexo 15), inclusive transporte de transporte de funcionários e viagem aérea. Cálculos foram feitos empregado o consumo de combustível e distâncias. Sob o escopo 1, incluindo sistemas industriais de transportes, incluímos: transporte de resíduos, empilhadeiras e frota alugada. Como não havíamos controle do consumo das empilhadeiras no porto de Santos, o consumo informado de Três Lagoas e Jacareí foram dobrados, como aproximação. Sob o escopo 3, para viagens aéreas, distância total de viagens foi fornecida pelas duas agências de turismo que prestam serviço para a Fibria, Alatur e Citur. Referente a transporte de empregados, foram fornecidas informações de consumo de combustível ou distâncias pelas empresas prestadoras dos serviços de transporte de funcionários. Na fábrica de Aracruz, o combustível é fornecido pela Fibria, e já está contemplado no consumo de total de diesel. O resultado final do Escopo 1, 6.607 tCO2eq

e apresentado na página “Summary Tabela” (Consulte o anexo 16).

Sinopse

Emissões do consumo de eletricidade

As emissões de CO2 do consumo de eletricidade da rede podem ser estimadas multiplicando o consumo de eletricidade pelo fator médio de emissão do Sistema Interligado Nacional, mensalmente. O fator de emissão de 2012 foi publicado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia em http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/74694.html. É importante notar que o fator de emissão do GRID foi 248% maior que em 2011, o que explica o aumento nos resultados do Escopo 2. Na realidade, o consumo de energia importada foi 41% menor que em 2011. Consulte também o Anexo 13.

Sinopse

Plant Electricidade 2012

(MWh) Emissões de

Carbono (tCO2eq)

Jacareí 81,617 4,897

Aracruz 18,564 1,433

Três Lagoas 7,728 367

Total 6,697

Gestão de Resíduos, tCO2eq

Emissões Totais de Aterros 7.359

Emissões Totais de tratamento anaeróbico 37.027

Total 44.386

Fontes Móveis, tCO2eq

Emissões Totais de Transporte Interno 6.607

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A maior parte da eletricidade consumida pela Fibria é produzida internamente usando biomassa e combustíveis fósseis (em menor grau). Parte dessa eletricidade é vendida para a rede e fornecedores localizados nas plantas industriais; no entanto, o inventário, de forma conservadora, não deduz essas emissões.

Atividades Florestais

Sinopse

Emissões Diretas, tCO2

Emissões totais de combustíveis (Escopo 1) 295.103

Emissões totais de fertilizantes e correção do solo 23.162

Total 318.265

Emissões Indiretas, tCO2

Emissões Totais da Eletricidade 414

Emissões totais Combustíveis Fósseis (Escopo 3) 22.893

Emissões Biomassa, tCO2

Biocombustível 12.932

Sequestro, tCO2

Total Remoções - Eucalyptus 16.424.836

Total Remoções – Áreas de Conservação 1.819.336

Total (inc. 50% de Áreas de Conservação) 17.334.504

São mostrados a seguir os princípios de cálculo e os resultados do inventário de gases de efeito estufa (GEEs) da Fibria desenvolvidos para o ano base de 2012 para suas atividades florestais. O inventário de emissões e remoções por sumidouros foi feito com base nos documentos a seguir: “The Greenhouse Gas Protocol – a Corporate Accounting and Reporting Standard” [Protocolo de Gases de Efeito Estufa: Contabilidade Corporativa e Padrões para Elaboração de Relatório] – Edição revisada, do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, do inglês World Resources Institute) e “Calculation Tools for Estimating Greenhouse Gas Emissions from Mobile Combustion” [Ferramentas de Cálculo para Estimativa das Emissões de Gases de Efeito Estufa da Combustão Móvel] e “Calculation Tools for Estimating Greenhouse Gas Emissions from Stationary Combustion” [Ferramentas de Cálculo para Estimativa das Emissões de Gases de Efeito Estufa da Combustão Estacionária]; “Diretrizes de 2006 do IPCC para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa” e “Guia de Boas Práticas para Uso da Terra, Mudanças no Uso da Terra e Florestas” do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

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Emissões de fontes móveis

Na área florestal, as emissões de combustíveis fósseis são provenientes principalmente de fontes móveis. A maior parte do combustível é fornecida pela Fibria, e reportado no Anexo 4b. A tabela abaixo resume as emissões de combustível de fornecedores que compram seu próprio combustível. As emissões de CO2 do consumo de combustíveis fósseis são estimadas multiplicando o consumo relatado pelo fator de emissão para o tipo de combustível usado, como descrito na tabela a seguir. A Fibria utiliza diesel B5, ou seja, com 5% de biodiesel. Como para o cálculo do frete ferroviário de madeira o cálculo é feito de forma indireta, pelo total de ton.km percorrido, não foi calculada emissão biogênica.

Atividades UN Tipo de

Combustível t CO2eq/ano

t CO2eq/ano (biogenico)

SILVICULTURA

JACAREÍ Diesel 1,559 979

TRÊS LAGOAS Diesel 5,475 3,434

Subtotal 7,034 4,413

FRETE ARACRUZ Diesel - Rail 2,279

CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS

ARACRUZ Diesel 5,476 3,436

JACAREÍ Diesel 5,317 3,335

TRÊS LAGOAS Diesel 2,787 1,748

Subtotal 13,580 8,519

Total tCO2eq 22,893 12,932 Tabela 5 – Emissões de Escopo 3 – Combustíveis Fósseis utilizados na área Florestal

Emissões da correção do solo

As Diretrizes do IPCC incluem a aplicação de carbonatos contendo cal [como carbonato de cálcio (CaCO3) ou dolomita (CaMg(CO3)2] em terras silvícolas como uma fonte de emissões de CO2. As emissões de CO2 são contabilizadas com base na quantidade total de cal aplicada ao longo do ano usando a equação abaixo.

DolomiteDolomiteLimestoneLimestoneCC EFMEFMCLime

** Equação 2

Onde:

LimeCCC = emissões anuais de C da aplicação de cal na silvicultura, tC/ano. Para converter tC

em tCO2: multiplicar o resultado por 44/12.

M = quantidade anual de carbonato de cálcio (CaCO3) ou dolomita (CaMg(CO3)2), tC/ano

EF = fator de emissão, tC (t de cal ou dolomita)-1. O fator de emissão é equivalente ao conteúdo de carbono desses materiais (12% CaCO3 e 13% (CaMg(CO3)2)).

A Fibria relatou um consumo de calcário em 2012 de 2.097 toneladas para suas atividades silvícolas. Portanto, usando a fórmula acima, este consumo resultou em emissões de 923 tCO2e.

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Emissões da aplicação de fertilizantes químicos e orgânicos

A aplicação de fertilizantes nitrogenados a terras silvícolas causa emissões de N2O, um dos principais gases de efeito estufa, que tem um potencial de aquecimento global estimado 310 vezes maior que o CO2. As emissões de N2O são estimadas em toneladas equivalentes de CO2 (tCO2e) usando a equação a seguir.

310*28/44**2 EFFFFON CRONSNNDIRECT fert

Equação 3

Onde:

fertNDIRECTON 2= emissões diretas de N2O resultantes da aplicação de fertilizantes contendo

nitrogênio, tCO2e/ano.

SNF = quantidade usada de fertilizante sintético, tN/ano

ONF = quantidade usada de fertilizante orgânico, tN/ano

EF = fator de emissão para emissões resultantes da adição de N, sem dimensão.

44/28 = conversão de N2O-N em N2O

310 = Potencial de Aquecimento Global do N2O para converter em tCO2e

Os fertilizantes químicos, assim como seu conteúdo de N, usados nas florestas da Fibria, estão detalhados na “Data 2012 - Fibria.xlsx”. (Consulte o Anexo 4a). O consumo de fertilizante orgânico não foi fornecido e não está incluído neste inventário.

Deve ser observado que a eficiência da uso de N é reconhecidamente menor que a de outros fertilizantes, tendo em vista que o N tende a se transformar rapidamente em nitrato no solo. E se não for absorvido pelas plantas ou utilizado pelos microrganismos, pode ser perdido por por lixiviação ou desnitrificação. Esse processo pode se minimizado controlando os níveis de pH do solo (a perda é maior em solos com pH maior que 5,5) e utilizando técnicas como o plantio direto (SPD)3.

De acordo com FINCK, citado por ISHERWOOD4, as porcentagens médias de nutrientes do fertilizante absorvida pelas culturas na estação de crescimento estão entre 50 e 70% para nitrogênio. De acordo com PEOPLES et al, citado pelo mesmo autor, a importância relativa da volatização de NH3 e da desnitrificação varia consideravelmente. No entanto, depende do agroecossistema, forma de fertilizante nitrogenado utilizado, manejo imposto à cultura e das condições ambientais prevalecentes.

Considerando as práticas adotadas pela Fibria, incluindo o plantio em solo que é bem aerado, não compactado, e a fertilização localizada, a perda estimada de N por causa da desnitrificação seria 30%, resultando em 6,238 tCO2e de emissões do uso de fertilizantes nitrogenados. No entanto, uma estimativa conservadora de todas as emissões com base

na quantidade de N usada será incluída neste inventário para fins de contabilização. Portanto, as emissões resultantes da aplicação dos fertilizantes acima mencionados correspondem a 20.772 tCO2e. 3 GUILHERME, L.R.G. Depoimento sobre o uso de fertilizantes nitrogenados. Em: Meio ambiente e aquecimento:

O agronegócio é culpado ou inocente. DBO Agrotecnologia. Disponível em <http://www.anda.org.br/artigos/capa_II_baixa.pdf> acessado em 30 de setembro de 2008.

4 Isherwood, K.F. O Uso de Fertilizantes Minerais e o Meio ambiente. Trad. ANDA – Associação Nacional para Difusão dos Adubos. IFA - International Fertilizer Industry Association (Associação Internacional de Indústrias de Fertilizantes): Paris, fevereiro de 2000. Disponível em <http://www.anda.org.br/boletins/fertilizantes_meio_ambiente.pdf> acessado em 30 de setembro de 2008.

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Além das emissões de CO2 associadas à aplicação de fertilizantes contendo nitrogênio, também têm que ser consideradas as emissões relacionadas à aplicação de ureia durante a fertilização. Das Diretrizes de 2006 do IPCC: “a adição de ureia aos solos durante a fertilização resulta em perda de CO2 que era fixo no processo de produção industrial. A ureia (CO(NH2)2) é convertida em amônio (NH4+), íons hidroxila (OH-) e bicarbonato (HCO3-), na presença de água e de enzimas urease.” Este processo é semelhante ao que ocorre quando cal é usada para correção do solo.

Essa fonte de emissão é calculada usando a seguinte fórmula:

12/44**2 EFMCCO Emission Equação 4

Onde:

CO2-CEmission= emissões anuais de C da aplicação de ureia, toneladas C ano-1;

M = quantidade anual de fertilização de ureia, toneladas de ureia ano-1;

EF = fator de emissão, tonelada de C (tonelada de ureia)-1. Um valor padrão de 0,20 foi usado, que é equivalente ao conteúdo de carbono na ureia com base no peso atômico;

44/12 = fator usado para converter emissões de CO2–C em CO2

Como relatado pela Fibria, durante 2012 um total de 275 toneladas de ureia foi usado que resultou em uma emissão anual de 1,467 tCO2e.

Emissões do consumo de eletricidade

O cálculo das emissões de CO2 resultantes do consumo de eletricidade aplica o mesmo método usado para calcular esta fonte de emissões nas atividades industriais descritas anteriormente neste relatório. Porém, como o consumo é muito inferior, o fator médio anual é empregado. Além disso, como na área florestal não existe um contrato de energia, somente informação do custo está disponível. Para estimar o consumo em MWh, os custos totais são divididos pelo preço médio do MWh por região, fornecido pela ANEEL, Agência Brasileira de Energia (http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=550). O consumo de eletricidade registrado em 2012, assim como as emissões de CO2, é apresentado na tabela a seguir (Consulte Anexo 8).

BU Consumption

(MWh)

Emission Factor

(tCO2/MWh)

Emissions (tCO2eq)

ARACRUZ 3,183 0.0686 218

JACAREÍ 1,343 0.0686 92

TRÊS LAGOAS 1,516 0.0686 104

Total 414

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ji

jijTOTALijiG CFGAC,

,,,

Remoções por sumidouros (Sequestro de CO2)

Remoções de CO2 por fontes de sumidouros ou sequestro de CO2 foram consideradas para uso nas fórmulas a seguir. Essa fórmula considera o CO2 seqüestrado em um ano, convertendo o crescimento em volume. Para áreas de eucalipto, medidas reais e estimativas de modelos foram empregadas para estimar volume.

Para áreas de conservação, fatores de crescimento de biomassa Tier 1 do IPCC foram empregados (V4_04_Ch4_Forest_Land) para estimar o seqüestro nessas áreas. Isso foi possível devido a um trabalho de reclassificação, referenciando a base do IPCC com a classificação das fitofisionomias da Fibria, empregando imagem de satélite. Em 2012, a classificação nas áreas de conservação de Três Lagoas foi revisada, bem como a metodologia para contabilidade das áreas plantadas, explicando a diferença em relação aos resultados de 2011. Como esse método pode oferecer certo nível de incerteza, a Fibria, de forma conservadora, considera somente 50% do seqüestro proveniente dessa área. Projetos em andamento pretendem melhorar a qualidade da classificação das áreas de conservação, reduzindo a incerteza em um futuro próximo.

Equation 5 (IPCC V4_CH4_Annex II_eq.2.9)

Equação 4

RGG WTOTAL 1 Equation 6(IPCC V4_CH4_Annex

II_eq.2.10) Equação 5

Onde:

GC = incremento anual no estoque de biomassa, tC/ano

jiA , = área, ha

jTOTALiG , = incremento médio anual, t ms/ha/ano

jiCF , = fração de carbono no material seco, tC/t ms (0,47)

WG = incremento médio anual da biomassa aérea t ms/ha/ano

R = razão raiz/broto, t ms biomassa subterrânea / t ms de biomassa aérea.

Com base nos dados fornecidos, o sequestro de CO2 foi estimado como 16.424.836 tCO2e para os plantios de eucalipto e 1.819.336 tCO2eq para áreas de conservação. De forma a considerar áreas com plantios menores que seis meses de idade, um quarto dessas áreas foram consideradas nos dados do primeiro ano, pois eles apresentam cerca de 25% da biomassa de primeiro ano (Consulte Anexos 3a, 3b, 3c, 6, 9a, 9b, 9c).

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Análise gráfica dos números

Fontes de emissões diretas

O Gráfico 1 mostra que as emissões diretas das fontes industriais representam mais de 70% do total, seguido pelas operações florestais, gestão de resíduos e transporte interno.

Gráfico 1 - Emissões diretas de CO2e

Emissões por tipo de combustível nas unidade industriais

O Gráfico 2 mostra as emissões dos equipamentos estacionários por tipo de combustível, e demonstra a possibilidade da substituição de óleo combustível por gás natural. O óleo combustível tem maior impacto na produção de GEE por unidade de energia gerada do que o gás natural.

Gráfico 2 - Emissões industriais por tipo de combustível

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Emissões da área Industrial

Gráfico 3 - Emissões da área Industrial

Como esperado, fornos de cal são as fontes com maior emissão, visto que ainda não há combustíveis renováveis substitutos. A utilização de gás natural em substituição do óleo combustível tem sido a opção para reduzir as emissões.

Emissões por sistema de transporte

O transporte marítimo é responsável por 85% de todas as emissões.

Gráfico 4 - Emissões por sistema de transporte

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Fontes de emissões de atividades florestais

As emissões do consumo de combustível são responsáveis por 93% das emissões totais na área florestal.

Gráfico 5 - Emissões das operações florestais

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29

Performance Analysis

Comparado a 2011, houve um aumento nas emissões totais (1,7%), acompanhando o aumento na produção, se desconsideramos as mudanças nos fatores de emissão. Na nova base, as emissões aumentaram 3,79%. Houve um aumento no consumo de gás natural (8%) acompanhado por uma redução no consumo de óleo combustível (-10%) e diesel (-12%), e um aumento no consumo de biomassa (4%). Essas variações são naturais em um processo industrial, pois as condições operacionais podem se modificar ano a ano. Por exemplo, quando o raio médio da área florestal diminui, devido a florestas mais próximas da fábrica, o consumo de diesel reduz. Apesar disso, não é possível, apesar de nossos esforços, de continuamente reduzir o raio médio. Como mencionado anteriormente, houve uma redução de 41% na importação de energia da rede. Apesar disso, houve um aumento (248%) no fator de emissão da rede, impactando o resultado de nosso escopo 2 (+29%) . Como esperado, a maior contribuição às nossas emissões é a planta de Aracruz, que possui maior capacidade nominal. Em relação a indicadores de intensidade, houve um aumento de 2% em comparação com 2011 ( 0,377 vs 0,370 tCo2eq/adt), para as emissões totais, e uma redução no seqüestro liquido, devido principalmente a postergação de plantio e a revisão na metodologia de contabilização de áreas, reduzindo o seqüestro.

Tabela 6 – Fibria Performance

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30

Gráfico 6 – Emissões Diretas, por planta

Gráfico 7 – Emissões Indiretas, por planta

Gráfico 8 – Outras Emissões Indiretas, por planta

Gráfico 9 – Emissões Totais, por planta

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31

Anexos

Anexo 1 – Critério de Inclusão/Exclusão

Para estabelecer as fronteiras desse trabalho, um critério de inclusão/exclusão foi definido para inclusão de fontes de emissão, baseados em um consumo mínimo, bem como uma fonte confiável de registro. De acordo com o IPCC, pode ser considerado 10% como fator de corte. Fibria conservativamente adotou um valor mínimo de 1.000 tCO2eq; convertido em algumas entradas comuns, podemos estabelecer alguns valores mínimos. Apesar disso, algumas pequenas fontes de emissão, mas com registro confiável foram contabilizados no inventário.

Fonte Limite Mínimo

Diesel/Gasolina 180,000 Km/ano

Diesel – fontes estacionárias 180,000 litros/ano

Diesel – fontes móveis 180,000 litros/ano

Eletricidade 2,000 MWh/ano

GLP 18,000 Kg/ano

Tabela 7 – Critérios Mínimos de Inclusão

Abaixo algumas fontes que foram excluídas:

Fonte Valor

GLP / Restaurante – ARA 7,200 Kg

Diesel / Viveiro – TLS 2,776 Litros

Biomassa / Viveiro – JAC 275 tons

Tabela 8 - Exemplos de fontes que não atingiram o critério

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Anexo 2 – Dados de Emissão

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Anexo 3a – Sequestro Florestal (Aracruz)

Os dados relacionados a área foram extraídos do Banco de Dados da Fibria, resultando nos valores apresentados na tabela abaixo. O crescimento corrente anual foi obtido através da diferença entre medidas de duas parcelas. A contribuição da floresta nativa foi estimada aplicando fatores de seqüestro do IPCC Tier 1, disponível em: IPCC Volume 4, Chapter 4, page 63.

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Anexo 3b – Sequestro Florestal (Jacareí)

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Anexo 3c – Sequestro Florestal (Três Lagoas)

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Anexo 4a – Consumo de Insumos em 2012

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Anexo 4b – Consumo de Combustível (FUEL (ZIC_CO3_006))

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Anexo 4c – Transporte Terrestre

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Anexo 4c – Transporte Terrestre (cont.)

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Anexo 4d – Transporte Marítimo

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Anexo 4e – Eletricidade (Área Florestal)

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Anexo 5a – Dados Técnicos

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Anexo 5b – Dados Técnicos

Fonte: IPCC Volume 4, Chapter 4, Page 63

Parametro Unidade Projeto

Valor Comercial Ativo Areas

Efetivas: S Parceria Leasing Próprio

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Anexo 5c – Razão parte Aérea Raiz

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Anexo 6 – Sinopse Florestal

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Anexo 7 – Emissões Florestais – Fertilizantes e Correção do Solo

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Anexo 8 – Emissões Indiretas Florestais – Combustível e Eletricidade

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Anexo 9a – CO2 Remoções por Sumidouros

Aracruz

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Anexo 9b – CO2 Remoções por Sumidouros

Jacareí

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Anexo 9c – CO2 Remoções por Sumidouros

Três Lagoas

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Anexo 10 – CO2 Emissões Diretas – Combustão Estacionária e Queima Biomassa

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Anexo 11 – Emissões Biogênicas de Biomassa

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Anexo 12 – Emissões de CH4 da Gestão de Resíduos

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Anexo 13 – Indireto – Importação de Energia ( Compra de Energia da Rede)

M01 Janeiro

M02 Fevereiro

M03 Março

M04 Abril

M05 Mioy

M06 Junho

M07 Julho

M08 Agosto

M09 Setembro

M010 Outubro

M011 Novembro

M012 Dezembro

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Anexo 14 – Exportação de CO2 para Planta de PCC

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Anexo 15 – Sinopse – Fontes Móveis

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Anexo 16 – Sinopse Emissões Industriais

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Anexo 17 – Incertezas Relativas a Emissões e Remoções

De acordo com o "GHG Protocol Short Guidance for Calculating Measurement and Estimation Uncertainty for GHG Emissions" (Breve orientação sobre o protocolo GEE para cálculo da medição e estimativa da incerteza nas emissões de GEE), “um elemento do gerenciamento da qualidade dos dados de emissões de GEE envolve a análise quantitativa e qualitativa da incerteza. A incerteza da estimativa surge sempre que as emissões de gases de efeito estufa são quantificadas. Portanto, todas as estimativas de emissão ou remoção estão associadas à incerteza da estimativa”. Quase todas as estimativas quantitativas abrangentes de incerteza para inventários de gases de efeito estufa são limitadas e imperfeitas por causa da insuficiência de dados para uma análise estatística complexa. Em outras palavras, apesar de todos os esforços, as próprias estimativas da incerteza para inventários de gases de efeito estufa devem ser consideradas incertas. A análise qualitativa, no entanto, pode demonstrar a preocupação com os dados coletados, e também as oportunidades para melhoria da qualidade dos dados. De acordo com o IPCC, as causas prováveis da incerteza na medição direta estão normalmente relacionadas às técnicas de medição usadas. No caso da medição indireta, as incertezas estão relacionadas aos dados das atividades, e ao fator de emissão. Com relação às emissões de CO2 da queima de combustível fóssil em processos industriais e da produção de eletricidade, a incerteza do fator de emissão é de cerca de 9%. A exatidão do dados das atividades da Fibria são relatadas como sendo 5%, pois a maioria é obtida no sistema ERP. Portanto, a incerteza global é 10% [técnica da raiz quadrada da soma dos quadrados, "GHG Protocol Short Guidance for Calculating Measurement and Estimation Uncertainty for GHG Emissions" (Breve orientação sobre o protocolo GEE para cálculo da medição e estimativa da incerteza nas emissões de GEE)]. Para biomassa, as emissões de CH4 e N2O têm um grau mais alto de incerteza, principalmente porque as emissões inerentes dependem das condições do processo, da temperatura e da tecnologia empregada. Por conservadorismo, este inventário foi feito com base nos dados padrão do IPCC. As hipóteses foram feitas comparando o poder calorífico inferior do processo real com os dados padrão do IPCC. Entretanto, essas emissões representam menos de 5% do total. No setor florestal, a estimativa de incertezas é ainda mais difícil, por causa da falta de estudos detalhados. Ainda de forma conservadora, as recomendações e os fatores de emissão padrão do IPCC foram usados. Para aplicação de calcário e ureia, os valores padrão consideram que todo carbono adicionado ao solo é emitido como CO2. Para emissões de N2O de solos manejados, também são usados os valores padrão do IPCC. Entretanto, essas emissões representam menos de 7% do total de emissões diretas. Para sequestro de CO2, a incerteza é estimada em cerca de 15%, e está relacionada a três fatores: (i) estimativa do volume em florestas com menos de dois anos; (ii) razão raiz/broto, que foi calculada com base na bibliografia; (iii) estimativa do volume, pois é feita com base no cálculo da densidade básica média e nos dados amostrados do inventário florestal, medidos em parcelas circulares de 400 metros quadrados, cada 10 ha.

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Anexo 18 – Dados de Acordo com o Framework CEPI

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Anexo 19 – Fibria - Tabela Resumo