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UENP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ CCHE - Centro de Ciências Humanas e da Educação Nome: Giovany Pereira Valle Data:18/06/2013 Professor: Jean Carlos Moreno Disciplina: Didática do Ensino de História Relatórios das apresentações Tema: Movimento Hip-Hop No dia 21 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Rafael, Larissa, Júlia, Jéssica, Nayara e Kétlen, apresentaram trabalho sobre o tema: “Movimento Hip- Hop”. A acadêmica Jéssica apresentou a seguinte frase ao dar início a exposição do trabalho realizado: “ entre o sucesso e a ‘lama’ ”. Rafael falou sobre o nascimento do Hip-Hop e sobre as características desse movimento. Disse também que o Hip-Hop é uma forma de expressão artística e crítica política. Também ressaltou sobre as “posses” e suas características, que se diferem das “gangues”. Além disso falou sobre o movimento Hip-Hop nas grandes metrópoles e sua expansão pelas rádios, programas de televisão, entre outros veículos midiáticos. Disse ainda sobre a importância sobre de promoção de palestras nas escolas sobre as “posses”, para que se discuta sobre o assunto e suas produções artísticas. Jéssica apresentou os dados sobre a pesquisa em uma escola com alunos do 9º ano sobre a cultura hip-hop.

Relatórios Sobre o Tema Identidades

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Este relatório foi apresentado à disciplina de Didática da História, abordando a respeito da questão das identidades de grupo construídas historicamente ao longo do tempo.

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Page 1: Relatórios Sobre o Tema Identidades

UENP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

CCHE - Centro de Ciências Humanas e da Educação

Nome: Giovany Pereira Valle Data:18/06/2013Professor: Jean Carlos Moreno Disciplina: Didática do Ensino de História

Relatórios das apresentações

Tema: Movimento Hip-Hop

No dia 21 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Rafael,

Larissa, Júlia, Jéssica, Nayara e Kétlen, apresentaram trabalho sobre o tema:

“Movimento Hip-Hop”.

A acadêmica Jéssica apresentou a seguinte frase ao dar início a exposição do

trabalho realizado: “ entre o sucesso e a ‘lama’ ”.

Rafael falou sobre o nascimento do Hip-Hop e sobre as características desse

movimento. Disse também que o Hip-Hop é uma forma de expressão artística e crítica

política. Também ressaltou sobre as “posses” e suas características, que se diferem das

“gangues”. Além disso falou sobre o movimento Hip-Hop nas grandes metrópoles e sua

expansão pelas rádios, programas de televisão, entre outros veículos midiáticos. Disse

ainda sobre a importância sobre de promoção de palestras nas escolas sobre as “posses”,

para que se discuta sobre o assunto e suas produções artísticas.

Jéssica apresentou os dados sobre a pesquisa em uma escola com alunos do 9º

ano sobre a cultura hip-hop. Apontou que os alunos entrevistados vêem esse movimento

apenas como um tipo de dança, e que identificam alguém pertencente ao grupo pelas

roupas utilizadas.

Larissa falou sobre a influência do Hip-Hop estadunidense no Brasil. Ela disse

que o Hip-Hop atrai muito jovens, principalmente na periferia dos grandes centros

urbanos por meio da indústria fonográfica. Ela abordou que o Hip-Hop estadunidense

antes apresentava em suas letras a crítica social, porém mais tardiamente esse

movimento se banaliza, se tornando mero mercado, o que trouxe muitas críticas a

respeito. Apresentou também alguns representantes de grupos Hip-Hop que se

destacam. Ela traz também que o movimento Hip-Hop apresenta letras politizadas, que

não diferenciam brancos de negros, e que buscam tratar sobre a vida na periferia. No

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Brasil o Hip-Hop ganhou alguns traços do samba, e também influenciou algumas

bandas de rock. Trouxe também a questão sobre a utilização do grafite no Brasil, onde

as cores são mais vibrantes, coloridas, já nos Estados Unidos as escuras dos grafitados

eram mais escuras. Falou também sobre as centrais de Hip-Hop no Brasil.

Nayara abordou sobre a questão da identidade, utilizando uma dissertação de

mestrado de Juliana Dutra, que trata sobre movimentos que visam coletividade, que

buscam algo em comum. Ela apresentou também que não se deve negar o que o jovem é

hoje e pensar somente o que ele pode ser, não se pode negar o seu presente. Ela falou

que o movimento Hip-Hop é uma maneira do jovem se sentir pertencente a um grupo.

Falou também da importância das escolas trazerem esses elementos do Hip-Hop para

esse ambiente, podendo-se derrubar preconceitos, e quebrar a idéia do periférico como

um bandido. Ela apresentou também sobre o estudo de Paulo Freire em sua obra

“Pedagogia do Oprimido”, onde é dito que precisamos conhecer o mundo, não conhecer

somente um lado das coisas, é importante conhecer o lado do opressor e o lado do

oprimido. Falou da necessidade de se colocar no mesmo patamar os grupos vistos como

opressores e os oprimidos.

Kétlen apresentou que no final do século XIX em São Paulo, as pessoas são

vistas como indesejáveis. Falou também que muitos dos feitos dos negros foram

deixados no esquecimento pelos brancos. Disse ainda que os hip-hopers se

autodenominam pretos. Falou também sobre as musicalidades, que serviam para mostrar

o seu movimento, se sentir pertencente a um grupo. Falou ainda que a mídia não dá

muita atenção sobre esse estilo de música. O movimento foi se expandindo e ganhando

mais espaço no decorrer dos anos. Disse que na década de 90 a música trazia o ideal do

movimento Hip-Hop. Apresentou uma música do grupo Racionais MC’s.

Júlia falou sobre a construção da identidade do grupo Hip-Hop pelas suas

práticas, linguagens, vestimentas, etc. Apresentou também que a vestimenta desses

grupos é feita com intenção de criar distinção das pessoas mais ricas. Falou também

sobre a utilização de colares falsos, apresentou alguns grupos do movimento, falou

sobre o vestuário dos grupos. Disse que em 1980 se teve a moda do relógio grande, e

que isso tinha um significado, uma crítica subliminar. Ela falou que é preciso mostrar

esses ideais, esses significados aos alunos. Apresentou alguns artistas que caracterizam

o movimento. Disse que o que eles faziam era o reflexo do seu cotidiano, e com forte

crítica a sociedade capitalista. Falou sobre a formação desses grupos terem o propósito

de não se sentirem excluídos da sociedade. Apresentou representantes do negros nos

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Estados Unidos: Malcon X e Martin Luther King.Falou também sobre o partido “The

Black Panthers”, que deixa claro aos brancos que eles também podiam ter um partido só

deles, com seus próprios ideais. Ela também falou sobre o conceito de DJs, sobre as

adaptações que eles fazem, sobre o conhecimento das músicas que eles vão tocar.

Mostrou um vídeo do seriado “Todo mundo odeia o Chris” onde se tem a figura do DJ.

Apresentou também sobre os MCs (mestre de cerimônia), falando sobre como

eles retratam o que está acontecendo na sociedade e como são excluídos da sociedade

por meio de suas letras de músicas, onde utiliza as gírias próprias de seus grupos.

Falou ainda sobre o Breaking Dance, explicando que o passo do breaking

reproduzia as hélices dos helicópteros utilizados na guerra do Vietnã e apontando que a

dança segue movimentos mesclado de outras práticas, e que a partir deles constituíram o

seu próprio. Apresentou sobre o grafite e sua forma de demarcar o território nas

comunidades negras de Nova Iorque, sendo a própria expressão artístico-visual do Hip-

Hop. Falou que o grafite transpassou os guetos e foi para os espaços públicos, lugares

de expressão de identidades políticas. Mostrou algumas imagens grafitadas, em seguida

apresentou algumas imagens e frases sobre a temática do trabalho realizado, e também a

música “Outra proposta” (SNJ).

Tema: Democracia, participação política dos jovens

No dia 28 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Laís Regina,

Caroline, Adolfo, Marcos e Paula, apresentaram trabalho sobre o tema: “Democracia,

participação política dos jovens”.

Paula iniciou a apresentação definindo a palavra democracia como “governo do

povo”. Ela falou sobre o surgimento da democracia, onde o governo era exercido pelo

povo, que se reunia em praça pública para discutir os assuntos e problemas pertinentes,

sendo uma democracia direta. Falou também sobre a democracia representativa, onde

pessoas são escolhidas pelo povo para lhes representar. Ela apontou que Aristóteles

acha injusta a democracia e justa a República. Ela trouxe a visão dos comunistas sobre a

democracia, e que falam sobre ela não ser democrática, falando sobre uma elitização no

poder, controle da mídia. Apresentou sobre algumas características da democracia

como: liberdade individual; igualdade perante a lei independente de raça, crença e sexo;

direito a voto; educação; direito de exercer qualquer profissão. Falou também sobre

como o jovem exerce a democracia na vida dele e como funciona a democracia na

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escola. Abordou sobre os conselhos de classes serem um ato democrático onde se

discutem problemas e colocam suas idéias em busca de melhorar a vida na escola,

envolvendo a comunidade escolar ( pais, funcionários, alunos e professores). Ela

questionou: Que tipo de indivíduos queremos formar? Falou que se deve formar um

sujeito que pense no bem comum, tendo consciência sobre sua atuação na sociedade.

Apontou que é necessário desenvolver a consciência política do aluno. Passou um

pequeno vídeo sobre o assunto. Disse que é preciso mostrar ao aluno as mudanças

propostas nos conselhos de classe, mostrar que nada é imposto, para que o aluno tenha

uma consciência, pensando no coletivo.

Adolfo falou sobre um artigo onde se discute a democracia na educação. Falou

sobre a ação democrática na escola. Apresentou também sobre a personalidade moral e

sua constituição: consciência de si mesmo e autônoma; inteligência moral;

autoconhecimento e conhecimento. Falou sobre a canção “ Another brick in the wall” da

banda Pink Floyd, que traz uma crítica ao modelo educacional inglês da época em que a

música foi produzida. Apresentou o clipe da música.

Marcos apresentou a definição clássica do termo política. Falou que quando

pensamos em política, que vem a nossa cabeça são os governantes (prefeitos,

vereadores, deputados, governadores, etc). Falou ainda que muitas vezes a política é

vista como algo desagradável que gera conflitos. Apresentou o pensamento de a

Aristóteles com relação a política e como ela é vista pelos jovens. Disse também que a

política está ligada ao poder, poder que o homem exerce sobre outro homem. Falou

sobre os tipos de poder: poder econômico; poder ideológico e poder político. Também

apresentou a idéia de manipulação que os políticos fazem sobre as massas.

Caroline falou sobre a participação política dos jovens, e que a década de 60 foi

um marco histórico da participação política dos jovens, que teve o apoio do operariado.

Falou também sobre o movimento estudantil na França em 1968. Apresentou também

sobre a movimentação dos jovens no período do regime militar brasileiro, onde os

jovens saiam nas ruas para protestar, reivindicando questões políticas e econômicas.

Mostrou um cartaz do movimento “Diretas Já”. Apontou sobre a participação dos

jovens pela música, quando surgem bandas como Legião Urbana, entres outras, que

colocam em suas letras seus descontentamentos. Passou um vídeo sobre uma

movimentação dos jovens. Falou que na escola também se pode haver participação

política dos jovens. Colocou também que o professor deve situar os alunos, para que

estes percebam que os direitos e deveres não surgiram agora, devendo mostrar que isso

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foi feito por meio de transformações históricas. Falou ainda que a escola é um lugar

onde se promove socialização. Disse também que o Grêmio Estudantil é um espaço de

formação política dos jovens. Apresentou as idéias de um artigo sobre o movimento

estudantil nas escolas, onde os alunos não tem interesses sobre questões que envolvam

os interesses comuns. Tornou a falar que o Grêmio Estudantil deve garantir um espaço

democrático para os alunos debaterem sobre questões pertinentes. Ela falou que a escola

deve promover ao aluno uma capacidade de ler a realidade, de forma a compreendê-la

na sua totalidade. Disse ainda, que os meios de comunicação, são meios que

possibilitam os alunos a pesquisarem sobre o tema “política”, se tornando sujeitos ativos

na sociedade, colocando as suas idéias.

Laís Regina falou sobre a pesquisa feita em sala de aula com alunos do 3ª ano

do Ensino Médio, apresentou e comentou sobre as questões que foram aplicadas com os

alunos da escola, assim como a dificuldade dos mesmos em se relacionarem com o tema

“democracia”. Apresentou as frases e imagens sobre a temática do trabalho, e a música

“Política Voz” da banda Barão Vermelho.

Tema: Tempo é dinheiro

No dia 29 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Wellita, Laís,

Amanda Camargo e Tálita, apresentaram trabalho sobre o tema: “Tempo é dinheiro”.

Wellita falou sobre a definição de tempo. Falou que o tempo sempre muda,

também sobre a cronologia (tempo em anos), e do tempo atmosférico.

Amanda apresentou a idéia de que com a Revolução Industrial trouxe uma nova

concepção de tempo. Falou sobre a distinção entre jornada de trabalho e tempo livre.

Falou também sobre o tempo das fábricas. Apresentou as idéias de Adam Smith sobre o

livro “A riqueza das nações”. Falou também da polarização do papel das ciências e das

artes e sobre as teorias anticapitalistas (utópicas do século XIX). Ainda colocou sobre o

controle do tempo exercido pelas maquinas e pelo relógio. Apontou sobre a resistência a

esse padrão de sociedade da modernidade, onde fala sobre a “utopia”, da volta da

capacidade de ouvir, olhar, amar. Falou que segundo Marcuse, o progresso técnico

deveria ampliar o tempo livre. Abordou sobre a transição da manufatura para a

industrialização. Colocou que segundo John Plumb o lazer virou uma indústria. Falou

que Thompson aborda o consumo do lazer, a arte, a cultura, esportes. Falou sobre o ócio

substituído pela prece e a oração: Protestantismo. Falou ainda sobre as permanências de

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alguns elementos no século XIX e XX. Colocou sobre as reivindicações feitas pelos

trabalhadores como a luta por redução e regulamentação da jornada de trabalho. Falou

que foram conseguidos alguns direitos por conta do medo que os empregadores tinham

de que a produção fosse prejudicada. Colocou também que a automação gera tempo de

lazer.

Tálita falou sobre o humano e a relação do passado, presente e futuro. Disse que

para o ser humano o tempo deve ter sentido, a consciência de tempo depende do nosso

interesse: o tempo passa rápido no tempo de lazer, já no tempo de trabalho ou aquele

não nos agrada, acaba por se tornar mais longo. Apontou também que quando se fica

mais velho, o tempo parece passar mais rápido. Ela citou um exemplo de relação que

estabelecemos com o tempo em uma situação vivida por ela. Falou também que a nossa

consciência de tempo não surge quando nós nascemos, isso vem com a experiência

vivida. Abordou sobre o desejo de espera ser uma forma de percebermos o tempo.

Colocou que a criança até 1 ano e 6 meses só pensa no presente, já com 2 anos e 6

meses, a criança começa a pronunciar palavras relacionadas ao futuro, por exemplo, a

palavra “logo”. Citou um exemplo pessoal do seu sobrinho, relacionando a percepção de

tempo que a criança possui. Falou também que é difícil para a criança compreender a

noção de tempo. Elas usam as expressões relacionadas ao tempo como “amanha,

ontem” de forma errada, confundindo os tempos às vezes. Colocou também que a

criança começa a lembrar de experiências que ela viveu, tanto as boas, como as ruins.

Aos 8 anos a criança passa a ter a noção de duração, do antes e do depois.

Laís falou sobre a coleta de dados com alunos do 8º ano. Falou também do

objetivo da coleta de dados, verificando o que os alunos entendem por tempo, onde

estes o entendem pelo “tempo do relógio”. Colocou que os alunos não percebem que

eles fazem parte desse tempo, que eles não pensam no futuro, só no presente.

Wellita apresentou algumas imagens e frases sobre a temática abordada e a

música “Tempo perdido” da banda Legião Urbana.

Tema: A influência cultural africana na sociedade brasileira

No dia 11 de junho de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Amanda,

Mayara, Daisy, Andressa e Carlos, apresentaram trabalho sobre o tema: “Influência

cultural africana na sociedade brasileira”.

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Amanda apontou a importância em buscar uma compreensão sobre os aspectos

culturais brasileiros de origem africana. Falou também sobre o conceito de

miscigenação para realizar este estudo e sobre a formação de uma cultura afro-

brasileira. Para isso foram utilizadas as obras de Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro para

estudar sobre o tema.

Mayara falou sobre um artigo que leu a respeito da temática proposta no

trabalho. Falou também sobre a leva de escravos trazidos para o Brasil, pois este era um

elemento importante para o campo da economia açucareira. Colocou sobre os povos

Bantos e Sudaneses e suas respectivas influências na cultura brasileira, os Bantos com

influência na língua e na religião, onde neste último houve uma junção das práticas

próprias da religião desses povos com o Cristianismo, e os Sudaneses contribuindo na

culinária e na religião, neste último caracteriza-se o Candomblé. Apontou ainda que os

Bantos e os Sudaneses se misturaram, resultando em cruzamentos biológicos, culturais e

religiosos. Falou também sobre os escritos de Gilberto Freyre sobre a influência

africana na America Portuguesa. Colocou sobre a influência do negro na vida sexual da

família brasileira, através de crenças e praticas de magias sexuais. Falou que a função da

escrava ia desde a mesa até a cama. Falou ainda que a linguagem infantil se modificou

por meio da adocicação das palavras, uma herança dos africanos. Apontou sobre a

influência dos africanos na contribuição da formação de uma identidade afro-brasileira.

Amanda falou sobre o livro “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freyre,

apontando o objetivo do livro, onde é realizado uma analise sobre o período colonial

estudando o cotidiano, buscando entender o que é ser brasileiro. Colocou que a uma

separação entre herança cultural e herança ética. Falou sobre a Antropologia Cultural e

que a cultura é um meio de adaptação há ambientes desconhecidos, que é um processo

acumulativo através do tempo e gerações que passam. Aponta também sobre um

espiralização cultural. Falou que os negros vieram de áreas da África que já possuíam

uma cultura, e que colocaram sua cultura nos ambientes que lhe eram estranhos.

Colocou que segundo Gilberto Freyre o povo brasileiro não é inferior a outros povos

por ser fruto da miscigenação.

Daisy falou do livro “O povo brasileiro” de Darcy Ribeiro, onde aborda que a

cultura brasileira foi influenciada pelos africanos e indígenas, verificando a importância

da miscigenação para a formação dessa cultura. Apontou que a contribuição do negro

para o Brasil foi cultural, pois depois da abolição dos escravos os nefros continuaram

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sendo uma força de trabalho barata. Colocou também que os portugueses cometeram

etnocídio, matando a cultura africana e indígena.

Andressa falou sobre como o negro se vê na sociedade brasileira regida por

valores predominantemente brancos, para isso baseou-se no Livro “Tornar-se negro” de

Neuza Souza Santos. Colocou sobre a criação do discurso onde o negro é inferior ao

branco, e ainda, apontou que muitas vezes negro e pobreza eram vistos como sinônimos,

sendo fortemente reforçados nesse discurso. Falou sobre o “Mito Negro”, onde o negro

passa a se sentir inferior ao branco, esquecendo seus valores, sua cultura. Aponta ainda

sobre os negros possuírem um sentimentos de frustração e inferioridade diante dos

brancos. Falou sobre um entrevista que a autora realizou com pessoas negras, onde estas

desprezam a própria beleza negra, se vendo inferiores aos brancos, e ainda, tentando ser

os melhores em tudo, para que não falem que as falhas ocorridas sejam em decorrência

da inferioridade. Colocou que segunda a autora o negro não nasce negro, ele “torna-se

negro”.

Carlos falou sobre a “mestiçagem na identidade nacional”, para isso utilizou-se

da obra “Rediscutindo a mestiçagem no Brasil” de Kabengele Munanga. Descreveu o

currículo do autor. Passou a definição do que é mestiçagem e falou sobre esse processo

no decorrer da história da humanidade. Apontou ainda sobre a mestiçagem biológica e a

mestiçagem ideológica. Falou sobre a mestiçagem na antiguidade e exemplificou alguns

casos. Colocou sobre o uso do termo “mulato” como algo de sentido pejorativo.

Explicou sobre a mestiçagem no pensamento brasileiro. Apontou sobre o pensamento da

elite pensante do século XIX, que via a miscigenação como uma forma de estragar a boa

raça (branca). Falou sobre a inserção do negro na formação da identidade brasileira,

sendo um sujeito inferior. Apontou como alguns autores analisam a mestiçagem no

Brasil. Colocou sobre a mistura física e cultural das três raças que compõe o brasileiro.

Falou sobre a criação do mito da “democracia racial” no Brasil, onde todos vivem em

plena harmonia, o que não é verdade. Apontou sobre a luta dos movimentos negros em

busca da sua identidade.

Apresentou a pesquisa realizada em sala de aula com alunos do 3º ano do Ensino

Médio , onde se teve um baixo índice de alunos que responderam, também apresentou

frases e imagens relacionadas a temática do trabalho, e por fim a música “O Brasil é

isso ai” de Arlindo Cruz.

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Tema: Identidades Femininas: a mulher ideal e a mulher real

No dia 12 de junho de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Aline,

Elisangela, João Paulo, Jonathan e Tays, apresentaram trabalho sobre o tema:

“Identidades Femininas: a mulher ideal e a mulher real”.

Tays falou que a mulher vem se transformando, realizando várias atividades,

como se embelezar, trabalhar fora de casa, trabalho doméstico, cuidar dos filhos, etc.

Aponta também a influência da mídia para a construção de um modelo ideal de mulher.

João Paulo falou sobre quando a historiografia passou a mostrar a mulher e seu

papel na história, realizando estudos reflexivos sobre o tema. Apontou que não existia

tanto estudo sobre essa temática. Ele apresentou a idéia de revanche da subjetividade.

Colocou que estudando a mulher busca-se o íntimo de cada indivíduo, não só o da

mulher. Falou também sobre a subjetividade plural, onde se olha o íntimo do homem e

da mulher. Apresentou a idéia sobre a masculinidade hegemônica, que traziam aspectos

positivos, status, etc, falando sobre o seu íntimo e da subjetividade do homem.

Jonathan abordou sobre a relação dos homens e mulheres nos anos 1960/70.

Falou que a imprensa dava espaço para o homem poder se expressar. Trouxe também a

visão onde o homem é tido com o chefe da casa e da mulher como a dona de casa, que

cuida dos filhos e dos afazeres domésticos. Colocou também sobre as questões

referentes ao aborto e ao controle de natalidade. Apontou sobre os novos

comportamentos adotados pelos jovens e pelas mulheres. Falou sobre a maternidade

fora do casamento ser vista com maus olhos. Colocou sobre a mulher adúltera, que era

vista quase como uma prostituta, e mesmo no caso do marido ser adúltero, se a mulher

se separasse era vista como adúltera.

Aline falou que antigamente as mulheres se preocupavam em salvar a alma,

rezando, e hoje a mulher se preocupa em a parte física. Colocou que a jornada de

trabalho da mulher era dupla no século XX. Falou sobre a mulher se questionar sobre ter

que se casar, porém ainda se tem mulheres em busca do “príncipe encantado” do século

XIX. Apontou que a visibilidade da mulher vem a tona na passagem do século XIX para

o XX, onde ela passa a se preocupar com a beleza, roupas, acessórios. Disse que com as

várias conquistas, a mulher deixa de ser submissa ao homem. Falou sobre o movimento

feminista. Colocou também a respeito da homossexualidade da mulher e sobre o sexo

antes do casamento, uma liberdade sexual.

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Elisangela falou sobre o “corpo tecnológico”, onde se cuida das várias partes do

corpo, como se fosse algo repartido, onde se preserva a imagem. Colocou que os

padrões de beleza foram mudando com o tempo. Falou também que o gênero só existe

quando ele se materializa. Aponta a existência do “mercado da mulher”, o salão de

beleza, e o “mercado do homem”, o bar. Constatou sobre a influência da mídia nos

padrões de beleza e sobre o modismo. Colocou que o sistema dualizou a mulher entre a

“santa” e a “pecadora”, aqueles que são para casar e as outras. Falou sobre a mulher

ideal e fez críticas a respeito dessa questão. Apontou que a sexualidade não se expressa

somente pela face. Falou sobre como as revistas distribuem os assuntos que elas acham

pertinentes às mulheres: receitas, decoração, corpo. Colocou também sobre a grande

quantidade de material que é utilizado para se chegar ao dito corpo ideal. Constatou

sobre o medo do tempo, preocupação com a aparência. Apresentou alguns anúncios e

títulos de revistas feministas. Falou que o homem se sente castrado quando a mulher

assume o controle. Falou também sobre a Maria da Penha.

Apresentou imagens e frases relacionados a temática do trabalho. Falou sobre os

dados recolhidos na pesquisa com alunos do 8º ano.

Tays falou sobre as imagens e como os homens vêem a mulher ideal.