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Este relatório foi apresentado à disciplina de Didática da História, abordando a respeito da questão das identidades de grupo construídas historicamente ao longo do tempo.
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UENP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CCHE - Centro de Ciências Humanas e da Educação
Nome: Giovany Pereira Valle Data:18/06/2013Professor: Jean Carlos Moreno Disciplina: Didática do Ensino de História
Relatórios das apresentações
Tema: Movimento Hip-Hop
No dia 21 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Rafael,
Larissa, Júlia, Jéssica, Nayara e Kétlen, apresentaram trabalho sobre o tema:
“Movimento Hip-Hop”.
A acadêmica Jéssica apresentou a seguinte frase ao dar início a exposição do
trabalho realizado: “ entre o sucesso e a ‘lama’ ”.
Rafael falou sobre o nascimento do Hip-Hop e sobre as características desse
movimento. Disse também que o Hip-Hop é uma forma de expressão artística e crítica
política. Também ressaltou sobre as “posses” e suas características, que se diferem das
“gangues”. Além disso falou sobre o movimento Hip-Hop nas grandes metrópoles e sua
expansão pelas rádios, programas de televisão, entre outros veículos midiáticos. Disse
ainda sobre a importância sobre de promoção de palestras nas escolas sobre as “posses”,
para que se discuta sobre o assunto e suas produções artísticas.
Jéssica apresentou os dados sobre a pesquisa em uma escola com alunos do 9º
ano sobre a cultura hip-hop. Apontou que os alunos entrevistados vêem esse movimento
apenas como um tipo de dança, e que identificam alguém pertencente ao grupo pelas
roupas utilizadas.
Larissa falou sobre a influência do Hip-Hop estadunidense no Brasil. Ela disse
que o Hip-Hop atrai muito jovens, principalmente na periferia dos grandes centros
urbanos por meio da indústria fonográfica. Ela abordou que o Hip-Hop estadunidense
antes apresentava em suas letras a crítica social, porém mais tardiamente esse
movimento se banaliza, se tornando mero mercado, o que trouxe muitas críticas a
respeito. Apresentou também alguns representantes de grupos Hip-Hop que se
destacam. Ela traz também que o movimento Hip-Hop apresenta letras politizadas, que
não diferenciam brancos de negros, e que buscam tratar sobre a vida na periferia. No
Brasil o Hip-Hop ganhou alguns traços do samba, e também influenciou algumas
bandas de rock. Trouxe também a questão sobre a utilização do grafite no Brasil, onde
as cores são mais vibrantes, coloridas, já nos Estados Unidos as escuras dos grafitados
eram mais escuras. Falou também sobre as centrais de Hip-Hop no Brasil.
Nayara abordou sobre a questão da identidade, utilizando uma dissertação de
mestrado de Juliana Dutra, que trata sobre movimentos que visam coletividade, que
buscam algo em comum. Ela apresentou também que não se deve negar o que o jovem é
hoje e pensar somente o que ele pode ser, não se pode negar o seu presente. Ela falou
que o movimento Hip-Hop é uma maneira do jovem se sentir pertencente a um grupo.
Falou também da importância das escolas trazerem esses elementos do Hip-Hop para
esse ambiente, podendo-se derrubar preconceitos, e quebrar a idéia do periférico como
um bandido. Ela apresentou também sobre o estudo de Paulo Freire em sua obra
“Pedagogia do Oprimido”, onde é dito que precisamos conhecer o mundo, não conhecer
somente um lado das coisas, é importante conhecer o lado do opressor e o lado do
oprimido. Falou da necessidade de se colocar no mesmo patamar os grupos vistos como
opressores e os oprimidos.
Kétlen apresentou que no final do século XIX em São Paulo, as pessoas são
vistas como indesejáveis. Falou também que muitos dos feitos dos negros foram
deixados no esquecimento pelos brancos. Disse ainda que os hip-hopers se
autodenominam pretos. Falou também sobre as musicalidades, que serviam para mostrar
o seu movimento, se sentir pertencente a um grupo. Falou ainda que a mídia não dá
muita atenção sobre esse estilo de música. O movimento foi se expandindo e ganhando
mais espaço no decorrer dos anos. Disse que na década de 90 a música trazia o ideal do
movimento Hip-Hop. Apresentou uma música do grupo Racionais MC’s.
Júlia falou sobre a construção da identidade do grupo Hip-Hop pelas suas
práticas, linguagens, vestimentas, etc. Apresentou também que a vestimenta desses
grupos é feita com intenção de criar distinção das pessoas mais ricas. Falou também
sobre a utilização de colares falsos, apresentou alguns grupos do movimento, falou
sobre o vestuário dos grupos. Disse que em 1980 se teve a moda do relógio grande, e
que isso tinha um significado, uma crítica subliminar. Ela falou que é preciso mostrar
esses ideais, esses significados aos alunos. Apresentou alguns artistas que caracterizam
o movimento. Disse que o que eles faziam era o reflexo do seu cotidiano, e com forte
crítica a sociedade capitalista. Falou sobre a formação desses grupos terem o propósito
de não se sentirem excluídos da sociedade. Apresentou representantes do negros nos
Estados Unidos: Malcon X e Martin Luther King.Falou também sobre o partido “The
Black Panthers”, que deixa claro aos brancos que eles também podiam ter um partido só
deles, com seus próprios ideais. Ela também falou sobre o conceito de DJs, sobre as
adaptações que eles fazem, sobre o conhecimento das músicas que eles vão tocar.
Mostrou um vídeo do seriado “Todo mundo odeia o Chris” onde se tem a figura do DJ.
Apresentou também sobre os MCs (mestre de cerimônia), falando sobre como
eles retratam o que está acontecendo na sociedade e como são excluídos da sociedade
por meio de suas letras de músicas, onde utiliza as gírias próprias de seus grupos.
Falou ainda sobre o Breaking Dance, explicando que o passo do breaking
reproduzia as hélices dos helicópteros utilizados na guerra do Vietnã e apontando que a
dança segue movimentos mesclado de outras práticas, e que a partir deles constituíram o
seu próprio. Apresentou sobre o grafite e sua forma de demarcar o território nas
comunidades negras de Nova Iorque, sendo a própria expressão artístico-visual do Hip-
Hop. Falou que o grafite transpassou os guetos e foi para os espaços públicos, lugares
de expressão de identidades políticas. Mostrou algumas imagens grafitadas, em seguida
apresentou algumas imagens e frases sobre a temática do trabalho realizado, e também a
música “Outra proposta” (SNJ).
Tema: Democracia, participação política dos jovens
No dia 28 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Laís Regina,
Caroline, Adolfo, Marcos e Paula, apresentaram trabalho sobre o tema: “Democracia,
participação política dos jovens”.
Paula iniciou a apresentação definindo a palavra democracia como “governo do
povo”. Ela falou sobre o surgimento da democracia, onde o governo era exercido pelo
povo, que se reunia em praça pública para discutir os assuntos e problemas pertinentes,
sendo uma democracia direta. Falou também sobre a democracia representativa, onde
pessoas são escolhidas pelo povo para lhes representar. Ela apontou que Aristóteles
acha injusta a democracia e justa a República. Ela trouxe a visão dos comunistas sobre a
democracia, e que falam sobre ela não ser democrática, falando sobre uma elitização no
poder, controle da mídia. Apresentou sobre algumas características da democracia
como: liberdade individual; igualdade perante a lei independente de raça, crença e sexo;
direito a voto; educação; direito de exercer qualquer profissão. Falou também sobre
como o jovem exerce a democracia na vida dele e como funciona a democracia na
escola. Abordou sobre os conselhos de classes serem um ato democrático onde se
discutem problemas e colocam suas idéias em busca de melhorar a vida na escola,
envolvendo a comunidade escolar ( pais, funcionários, alunos e professores). Ela
questionou: Que tipo de indivíduos queremos formar? Falou que se deve formar um
sujeito que pense no bem comum, tendo consciência sobre sua atuação na sociedade.
Apontou que é necessário desenvolver a consciência política do aluno. Passou um
pequeno vídeo sobre o assunto. Disse que é preciso mostrar ao aluno as mudanças
propostas nos conselhos de classe, mostrar que nada é imposto, para que o aluno tenha
uma consciência, pensando no coletivo.
Adolfo falou sobre um artigo onde se discute a democracia na educação. Falou
sobre a ação democrática na escola. Apresentou também sobre a personalidade moral e
sua constituição: consciência de si mesmo e autônoma; inteligência moral;
autoconhecimento e conhecimento. Falou sobre a canção “ Another brick in the wall” da
banda Pink Floyd, que traz uma crítica ao modelo educacional inglês da época em que a
música foi produzida. Apresentou o clipe da música.
Marcos apresentou a definição clássica do termo política. Falou que quando
pensamos em política, que vem a nossa cabeça são os governantes (prefeitos,
vereadores, deputados, governadores, etc). Falou ainda que muitas vezes a política é
vista como algo desagradável que gera conflitos. Apresentou o pensamento de a
Aristóteles com relação a política e como ela é vista pelos jovens. Disse também que a
política está ligada ao poder, poder que o homem exerce sobre outro homem. Falou
sobre os tipos de poder: poder econômico; poder ideológico e poder político. Também
apresentou a idéia de manipulação que os políticos fazem sobre as massas.
Caroline falou sobre a participação política dos jovens, e que a década de 60 foi
um marco histórico da participação política dos jovens, que teve o apoio do operariado.
Falou também sobre o movimento estudantil na França em 1968. Apresentou também
sobre a movimentação dos jovens no período do regime militar brasileiro, onde os
jovens saiam nas ruas para protestar, reivindicando questões políticas e econômicas.
Mostrou um cartaz do movimento “Diretas Já”. Apontou sobre a participação dos
jovens pela música, quando surgem bandas como Legião Urbana, entres outras, que
colocam em suas letras seus descontentamentos. Passou um vídeo sobre uma
movimentação dos jovens. Falou que na escola também se pode haver participação
política dos jovens. Colocou também que o professor deve situar os alunos, para que
estes percebam que os direitos e deveres não surgiram agora, devendo mostrar que isso
foi feito por meio de transformações históricas. Falou ainda que a escola é um lugar
onde se promove socialização. Disse também que o Grêmio Estudantil é um espaço de
formação política dos jovens. Apresentou as idéias de um artigo sobre o movimento
estudantil nas escolas, onde os alunos não tem interesses sobre questões que envolvam
os interesses comuns. Tornou a falar que o Grêmio Estudantil deve garantir um espaço
democrático para os alunos debaterem sobre questões pertinentes. Ela falou que a escola
deve promover ao aluno uma capacidade de ler a realidade, de forma a compreendê-la
na sua totalidade. Disse ainda, que os meios de comunicação, são meios que
possibilitam os alunos a pesquisarem sobre o tema “política”, se tornando sujeitos ativos
na sociedade, colocando as suas idéias.
Laís Regina falou sobre a pesquisa feita em sala de aula com alunos do 3ª ano
do Ensino Médio, apresentou e comentou sobre as questões que foram aplicadas com os
alunos da escola, assim como a dificuldade dos mesmos em se relacionarem com o tema
“democracia”. Apresentou as frases e imagens sobre a temática do trabalho, e a música
“Política Voz” da banda Barão Vermelho.
Tema: Tempo é dinheiro
No dia 29 de maio de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Wellita, Laís,
Amanda Camargo e Tálita, apresentaram trabalho sobre o tema: “Tempo é dinheiro”.
Wellita falou sobre a definição de tempo. Falou que o tempo sempre muda,
também sobre a cronologia (tempo em anos), e do tempo atmosférico.
Amanda apresentou a idéia de que com a Revolução Industrial trouxe uma nova
concepção de tempo. Falou sobre a distinção entre jornada de trabalho e tempo livre.
Falou também sobre o tempo das fábricas. Apresentou as idéias de Adam Smith sobre o
livro “A riqueza das nações”. Falou também da polarização do papel das ciências e das
artes e sobre as teorias anticapitalistas (utópicas do século XIX). Ainda colocou sobre o
controle do tempo exercido pelas maquinas e pelo relógio. Apontou sobre a resistência a
esse padrão de sociedade da modernidade, onde fala sobre a “utopia”, da volta da
capacidade de ouvir, olhar, amar. Falou que segundo Marcuse, o progresso técnico
deveria ampliar o tempo livre. Abordou sobre a transição da manufatura para a
industrialização. Colocou que segundo John Plumb o lazer virou uma indústria. Falou
que Thompson aborda o consumo do lazer, a arte, a cultura, esportes. Falou sobre o ócio
substituído pela prece e a oração: Protestantismo. Falou ainda sobre as permanências de
alguns elementos no século XIX e XX. Colocou sobre as reivindicações feitas pelos
trabalhadores como a luta por redução e regulamentação da jornada de trabalho. Falou
que foram conseguidos alguns direitos por conta do medo que os empregadores tinham
de que a produção fosse prejudicada. Colocou também que a automação gera tempo de
lazer.
Tálita falou sobre o humano e a relação do passado, presente e futuro. Disse que
para o ser humano o tempo deve ter sentido, a consciência de tempo depende do nosso
interesse: o tempo passa rápido no tempo de lazer, já no tempo de trabalho ou aquele
não nos agrada, acaba por se tornar mais longo. Apontou também que quando se fica
mais velho, o tempo parece passar mais rápido. Ela citou um exemplo de relação que
estabelecemos com o tempo em uma situação vivida por ela. Falou também que a nossa
consciência de tempo não surge quando nós nascemos, isso vem com a experiência
vivida. Abordou sobre o desejo de espera ser uma forma de percebermos o tempo.
Colocou que a criança até 1 ano e 6 meses só pensa no presente, já com 2 anos e 6
meses, a criança começa a pronunciar palavras relacionadas ao futuro, por exemplo, a
palavra “logo”. Citou um exemplo pessoal do seu sobrinho, relacionando a percepção de
tempo que a criança possui. Falou também que é difícil para a criança compreender a
noção de tempo. Elas usam as expressões relacionadas ao tempo como “amanha,
ontem” de forma errada, confundindo os tempos às vezes. Colocou também que a
criança começa a lembrar de experiências que ela viveu, tanto as boas, como as ruins.
Aos 8 anos a criança passa a ter a noção de duração, do antes e do depois.
Laís falou sobre a coleta de dados com alunos do 8º ano. Falou também do
objetivo da coleta de dados, verificando o que os alunos entendem por tempo, onde
estes o entendem pelo “tempo do relógio”. Colocou que os alunos não percebem que
eles fazem parte desse tempo, que eles não pensam no futuro, só no presente.
Wellita apresentou algumas imagens e frases sobre a temática abordada e a
música “Tempo perdido” da banda Legião Urbana.
Tema: A influência cultural africana na sociedade brasileira
No dia 11 de junho de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Amanda,
Mayara, Daisy, Andressa e Carlos, apresentaram trabalho sobre o tema: “Influência
cultural africana na sociedade brasileira”.
Amanda apontou a importância em buscar uma compreensão sobre os aspectos
culturais brasileiros de origem africana. Falou também sobre o conceito de
miscigenação para realizar este estudo e sobre a formação de uma cultura afro-
brasileira. Para isso foram utilizadas as obras de Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro para
estudar sobre o tema.
Mayara falou sobre um artigo que leu a respeito da temática proposta no
trabalho. Falou também sobre a leva de escravos trazidos para o Brasil, pois este era um
elemento importante para o campo da economia açucareira. Colocou sobre os povos
Bantos e Sudaneses e suas respectivas influências na cultura brasileira, os Bantos com
influência na língua e na religião, onde neste último houve uma junção das práticas
próprias da religião desses povos com o Cristianismo, e os Sudaneses contribuindo na
culinária e na religião, neste último caracteriza-se o Candomblé. Apontou ainda que os
Bantos e os Sudaneses se misturaram, resultando em cruzamentos biológicos, culturais e
religiosos. Falou também sobre os escritos de Gilberto Freyre sobre a influência
africana na America Portuguesa. Colocou sobre a influência do negro na vida sexual da
família brasileira, através de crenças e praticas de magias sexuais. Falou que a função da
escrava ia desde a mesa até a cama. Falou ainda que a linguagem infantil se modificou
por meio da adocicação das palavras, uma herança dos africanos. Apontou sobre a
influência dos africanos na contribuição da formação de uma identidade afro-brasileira.
Amanda falou sobre o livro “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freyre,
apontando o objetivo do livro, onde é realizado uma analise sobre o período colonial
estudando o cotidiano, buscando entender o que é ser brasileiro. Colocou que a uma
separação entre herança cultural e herança ética. Falou sobre a Antropologia Cultural e
que a cultura é um meio de adaptação há ambientes desconhecidos, que é um processo
acumulativo através do tempo e gerações que passam. Aponta também sobre um
espiralização cultural. Falou que os negros vieram de áreas da África que já possuíam
uma cultura, e que colocaram sua cultura nos ambientes que lhe eram estranhos.
Colocou que segundo Gilberto Freyre o povo brasileiro não é inferior a outros povos
por ser fruto da miscigenação.
Daisy falou do livro “O povo brasileiro” de Darcy Ribeiro, onde aborda que a
cultura brasileira foi influenciada pelos africanos e indígenas, verificando a importância
da miscigenação para a formação dessa cultura. Apontou que a contribuição do negro
para o Brasil foi cultural, pois depois da abolição dos escravos os nefros continuaram
sendo uma força de trabalho barata. Colocou também que os portugueses cometeram
etnocídio, matando a cultura africana e indígena.
Andressa falou sobre como o negro se vê na sociedade brasileira regida por
valores predominantemente brancos, para isso baseou-se no Livro “Tornar-se negro” de
Neuza Souza Santos. Colocou sobre a criação do discurso onde o negro é inferior ao
branco, e ainda, apontou que muitas vezes negro e pobreza eram vistos como sinônimos,
sendo fortemente reforçados nesse discurso. Falou sobre o “Mito Negro”, onde o negro
passa a se sentir inferior ao branco, esquecendo seus valores, sua cultura. Aponta ainda
sobre os negros possuírem um sentimentos de frustração e inferioridade diante dos
brancos. Falou sobre um entrevista que a autora realizou com pessoas negras, onde estas
desprezam a própria beleza negra, se vendo inferiores aos brancos, e ainda, tentando ser
os melhores em tudo, para que não falem que as falhas ocorridas sejam em decorrência
da inferioridade. Colocou que segunda a autora o negro não nasce negro, ele “torna-se
negro”.
Carlos falou sobre a “mestiçagem na identidade nacional”, para isso utilizou-se
da obra “Rediscutindo a mestiçagem no Brasil” de Kabengele Munanga. Descreveu o
currículo do autor. Passou a definição do que é mestiçagem e falou sobre esse processo
no decorrer da história da humanidade. Apontou ainda sobre a mestiçagem biológica e a
mestiçagem ideológica. Falou sobre a mestiçagem na antiguidade e exemplificou alguns
casos. Colocou sobre o uso do termo “mulato” como algo de sentido pejorativo.
Explicou sobre a mestiçagem no pensamento brasileiro. Apontou sobre o pensamento da
elite pensante do século XIX, que via a miscigenação como uma forma de estragar a boa
raça (branca). Falou sobre a inserção do negro na formação da identidade brasileira,
sendo um sujeito inferior. Apontou como alguns autores analisam a mestiçagem no
Brasil. Colocou sobre a mistura física e cultural das três raças que compõe o brasileiro.
Falou sobre a criação do mito da “democracia racial” no Brasil, onde todos vivem em
plena harmonia, o que não é verdade. Apontou sobre a luta dos movimentos negros em
busca da sua identidade.
Apresentou a pesquisa realizada em sala de aula com alunos do 3º ano do Ensino
Médio , onde se teve um baixo índice de alunos que responderam, também apresentou
frases e imagens relacionadas a temática do trabalho, e por fim a música “O Brasil é
isso ai” de Arlindo Cruz.
Tema: Identidades Femininas: a mulher ideal e a mulher real
No dia 12 de junho de 2013, o grupo composto pelos acadêmicos: Aline,
Elisangela, João Paulo, Jonathan e Tays, apresentaram trabalho sobre o tema:
“Identidades Femininas: a mulher ideal e a mulher real”.
Tays falou que a mulher vem se transformando, realizando várias atividades,
como se embelezar, trabalhar fora de casa, trabalho doméstico, cuidar dos filhos, etc.
Aponta também a influência da mídia para a construção de um modelo ideal de mulher.
João Paulo falou sobre quando a historiografia passou a mostrar a mulher e seu
papel na história, realizando estudos reflexivos sobre o tema. Apontou que não existia
tanto estudo sobre essa temática. Ele apresentou a idéia de revanche da subjetividade.
Colocou que estudando a mulher busca-se o íntimo de cada indivíduo, não só o da
mulher. Falou também sobre a subjetividade plural, onde se olha o íntimo do homem e
da mulher. Apresentou a idéia sobre a masculinidade hegemônica, que traziam aspectos
positivos, status, etc, falando sobre o seu íntimo e da subjetividade do homem.
Jonathan abordou sobre a relação dos homens e mulheres nos anos 1960/70.
Falou que a imprensa dava espaço para o homem poder se expressar. Trouxe também a
visão onde o homem é tido com o chefe da casa e da mulher como a dona de casa, que
cuida dos filhos e dos afazeres domésticos. Colocou também sobre as questões
referentes ao aborto e ao controle de natalidade. Apontou sobre os novos
comportamentos adotados pelos jovens e pelas mulheres. Falou sobre a maternidade
fora do casamento ser vista com maus olhos. Colocou sobre a mulher adúltera, que era
vista quase como uma prostituta, e mesmo no caso do marido ser adúltero, se a mulher
se separasse era vista como adúltera.
Aline falou que antigamente as mulheres se preocupavam em salvar a alma,
rezando, e hoje a mulher se preocupa em a parte física. Colocou que a jornada de
trabalho da mulher era dupla no século XX. Falou sobre a mulher se questionar sobre ter
que se casar, porém ainda se tem mulheres em busca do “príncipe encantado” do século
XIX. Apontou que a visibilidade da mulher vem a tona na passagem do século XIX para
o XX, onde ela passa a se preocupar com a beleza, roupas, acessórios. Disse que com as
várias conquistas, a mulher deixa de ser submissa ao homem. Falou sobre o movimento
feminista. Colocou também a respeito da homossexualidade da mulher e sobre o sexo
antes do casamento, uma liberdade sexual.
Elisangela falou sobre o “corpo tecnológico”, onde se cuida das várias partes do
corpo, como se fosse algo repartido, onde se preserva a imagem. Colocou que os
padrões de beleza foram mudando com o tempo. Falou também que o gênero só existe
quando ele se materializa. Aponta a existência do “mercado da mulher”, o salão de
beleza, e o “mercado do homem”, o bar. Constatou sobre a influência da mídia nos
padrões de beleza e sobre o modismo. Colocou que o sistema dualizou a mulher entre a
“santa” e a “pecadora”, aqueles que são para casar e as outras. Falou sobre a mulher
ideal e fez críticas a respeito dessa questão. Apontou que a sexualidade não se expressa
somente pela face. Falou sobre como as revistas distribuem os assuntos que elas acham
pertinentes às mulheres: receitas, decoração, corpo. Colocou também sobre a grande
quantidade de material que é utilizado para se chegar ao dito corpo ideal. Constatou
sobre o medo do tempo, preocupação com a aparência. Apresentou alguns anúncios e
títulos de revistas feministas. Falou que o homem se sente castrado quando a mulher
assume o controle. Falou também sobre a Maria da Penha.
Apresentou imagens e frases relacionados a temática do trabalho. Falou sobre os
dados recolhidos na pesquisa com alunos do 8º ano.
Tays falou sobre as imagens e como os homens vêem a mulher ideal.