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2017
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
DAS ATIVIDADES
RELATÓRIO DE
AVALIAÇÃO
DAS ATIVIDADES
ÍNDICE
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 5
Índice
Considerações prévias ........................................................................................................................................................... 11
Sumário executivo ................................................................................................................................................................... 13
Parte I – Modelo Organizacional para a Prestação de Cuidados de Saúde .......................................... 15
1. Caracterização da Unidade ................................................................................................................................. 16
2. Informação Socio Demográfica e Económica ............................................................................................. 17
3. Indicadores do Concelho de Aveiro ............................................... Erro! Marcador não definido.19
4. Recursos Humanos ................................................................................................................................................ 21
Parte II – Actividades Realizadas no Ãmbito dos Projetos ........................................................................... 22
1. Equipa de Cuidados Continuados Integrados ............................................................................................ 23
2. Saúde Escolar ........................................................................................................................................................... 24
3. Comissão de Proteção de Crianças e Jovens .............................................................................................. 25
4. Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância .......................................................................... 25
5. Projeto Saudavelmente ....................................................................................................................................... 26
6. Projeto Minutos Zen na Comunidade ............................................................................................................ 26
7. Projeto Construir Pontes ..................................................................................................................................... 27
8. Projeto da Parentalidade..................................................................................................................................... 29
9. Rede Social ................................................................................................................................................................. 29
10. Projeto “Inclusão com Saúde” ........................................................................................................................... 30
11. Projeto Reabilitar Dinâmico .............................................................................................................................. 30
12. Programa de Desenvolvimento Profissional .............................................................................................. 31
13. Centro de Aconselhamento e Deteção .......................................................................................................... 32
Parte III – Outras Atividades .......................................................................................................................................... 33
1. Análise SWOT ........................................................................................................................................................... 34
2. Protocolos Celebrado com a Unidade ............................................................................................................ 35
3. Avaliação da Satisfação dos Utentes .............................................................................................................. 35
4. Trabalhos de Investigação .................................................................................................................................. 35
ÍNDICE DE QUADROS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 7
Índice de Quadros
Quadro 1. Distribuição da População Residente no Concelho de Aveiro no Ano 2001 e 2011............. 17
Quadro 2. Distribuição da População Inscrita no Centro de Saúde de Aveiro por Unidade de Saúde
Funcional no Ano 2017 ......................................................................................................................................................... 18
Quadro 3. Indicadores Demográficos no Concelho de Aveiro em 2001 e 2011 ........................................... 19
Quadro 4. Distribuição da População da População Residente e da Densidade Populacional no
Concelho de Aveiro em 2001 e 2011……………………………………………………………………………………………19
Quadro 5. Representação da Taxa de Desemprego na Região Centro e no Concelho de Aveiro em
2001 e 2011................................................................................................................................................................................ 20
Quadro 6. Representação da Taxa de Analfabetismo em Portugal e no Concelho de Aveiro em 2001 e
2011 ............................................................................................................................................................................................... 20
Quadro 7. Constituição da Equipa .................................................................................................................................... 21
ÍNDICE DE FIGURAS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 9
Índice de Figuras
Figura 1. Mapa da Tipologia das Freguesias Concelho de Aveiro……………………………….…………………16
Figura 2. Pirâmide Etária da População Inscrita no Centro de Saúde Aveiro………….……………………..18
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 11
Considerações Prévias
Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de Aveiro é, pois, constituída por uma equipa
empenhada e motivada a continuar na persecução do cumprimento dos objetivos mencionados no
Despacho nº. 10143/2009, de 16 de abril e para os quais tem vindo a trabalhar com dedicação,
empenho e profissionalismo de forma a contribuir para colmatar as necessidades da nossa
comunidade.
Presta cuidados de saúde, apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário, bem como comunitário,
aos utentes, famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência física e
funcional ou ainda, de doença que necessite acompanhamento próximo. Atua na educação para a
saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de
intervenção.
Compete à UCC a constituição de equipas domiciliárias destinadas a pessoas em situação de
dependência funcional transitória ou prolongada, cujo critério de referenciação assenta na
fragilidade e limitação funcional, que reúnam condições no domicílio que permitam a prestação de
cuidados continuados integrados, previstos no Decreto-Lei nº 24 de 2 de fevereiro (Ministério da
Saúde, 2017).
A
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 13
Sumário Executivo
UCC presta cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário,
especialmente aos utentes, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou
dependência física e funcional, bem como a doença que requeira acompanhamento próximo e, atua,
ainda, na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de
unidades móveis de intervenção.
Compete também à UCC, a constituição de equipas domiciliárias destinadas a pessoas em situação de
dependência funcional transitória ou prolongada, cujo critério de referenciação assenta na
fragilidade, limitação funcional integrados que reúnam condições no domicílio que permitam a
prestação de cuidados continuados integrados, previstos no Decreto-Lei nº 24 de 2 de fevereiro
(Ministério da Saúde, 2017).
A
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 15
RELATORIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017
Unidade de Cuidados na Comunidade
Parte I
Modelo Organizacional para a Prestação de
Cuidados de Saúde
A Unidade de Cuidados na Comunidade de Aveiro é uma unidade funcional que integra
o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Baixo Vouga, estando regulamentada no
Despacho nº. 10143/2009, de 16 de abril. No Artigo nº. 3, pode ler-se que a UCC tem
por missão contribuir para a melhoria do estado de saúde da população da sua área
geográfica de intervenção, visando a obtenção de ganhos em saúde (Ministério da
Saúde, 2009).
PARTE I – MODELO ORGANIZACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
16
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
1. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE
O concelho de Aveiro está distribuído por 10 freguesias, nomeadamente: União de freguesias Glória
e Vera Cruz, Aradas, Cacia, Esgueira, Oliveirinha, Santa Joana, São Bernardo, Eixo e Eirol, Requeixo,
Nossa Senhora de Fátima, Nariz, e São Jacinto. O Concelho de Aveiro pertence ao distrito com a
mesma designação, situa-se numa região denominada de Baixo Vouga a qual abrange uma área
geográfica de 197,58 Km2 e tem 78 450 residentes. Este confronta com os Concelhos de Ílhavo,
Murtosa, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Águeda, Oliveira do Bairro, Vagos.
O Concelho de Aveiro integra 10 freguesias, as quais foram classificadas segundo o tipo de
urbanidade: urbanas (União das freguesias Glória e Vera Cruz); periurbanas (Aradas, Cacia, Esgueira,
Oliveirinha, Santa Joana, São Bernardo); Rurais (Eixo e Eirol, Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e
Nariz, e São Jacinto) (Ministério da Saúde/ARS Centro, 2010).
Figura 1 – Mapa da Tipologia das Freguesias Concelho de Aveiro
Fonte: Universidade de Aveiro/ Secção Autónoma de Ciências da Saúde/ Observatório Permanente
de Desenvolvimento Social.
PARTE I – MODELO ORGANIZACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 17
2. INFORMAÇÃO SOCIO DEMOGRÁFICA E ECONÓMICA
De acordo com os Censos de 2011, a população do Concelho de Aveiro apresentava 78 450
habitantes, comparativamente com 2001, em que existiam 73 335 habitantes (Quadro 1).
Quadro 1 – Distribuição da População Residente no Concelho de Aveiro nos Anos 2001 e 2011
Freguesias 2001 2011
Aveiro 73335 78450
Aradas 7628 9157
Cacia 7006 7354
Eirol 781 753
Eixo 5253 5571
Esgueira 12262 13431
Glória 9917 9099
Nariz 1467 1418
N.ª Sr.ª Fátima 1870 1924
Oliveirinha 4780 4817
Requeixo 1198 1222
Santa Joana 7426 8094
S. Bernardo 4079 4715
S. Jacinto 1016 993
Vera Cruz 8652 9657
Fonte: Instituto Nacional de Estatística 2001 e 2011
PARTE I – MODELO ORGANIZACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
18
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
No Quadro 2, observa-se que o número de utentes inscritos no Centro de Saúde de Aveiro no ano de
2017, a 31 de dezembro, era de 85 031 utentes.
Quadro 2 – Distribuição da População Inscrita no Centro de Saúde de Aveiro por Unidade de Saúde
Funcional no Ano 2017
Unidade de Saúde Funcional Inscritos
Centro de Saúde Aveiro, Sede 1 514
UCSP Aveiro I 994
UCSP Aveiro II 6 043
USF Moliceiro 14 372
USF Santa Joana 11 779
USF Salinas 7 004
USF Flor de Sal 13 617
USF Aveiro Aradas 13 122
USF Esgueira Mais 8 222
USF Viva Saúde 8 364
Total 85 031
Fonte: SINUS, 31 dezembro 2017
Na pirâmide etária, representada pela Figura 2, podemos observar que no Concelho de Aveiro o
maior número de utentes inscritos tem idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos.
Figura 2 – Pirâmide Etária da População Inscrita no Centro de Saúde Aveiro
Fonte: Registo Nacional de Utente (fevereiro 2018)
PARTE I – MODELO ORGANIZACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 19
3. INDICADORES DO CONCELHO DE AVEIRO
Pode-se constatar que a população no Concelho de Aveiro tem uma tendência para o envelhecimento,
com uma diminuição das Taxas de Natalidade e de Fecundidade. Observa-se um aumento do Índice
de Dependência Total, apesar do Índice de Dependência dos Jovens ter diminuído (Quadro 3).
Quadro 3 – Indicadores Demográficos no Concelho de Aveiro em 2001 e 2011
Indicadores (%o) 2001 2011
Taxa de Natalidade 11,3 9,1
Taxa de Mortalidade Geral 8,7 8,9
Taxa de Fecundidade 42,4 34,2
Taxa de Divórcio 2,8 2,1
Índice de Envelhecimento 89,5 116,10
Índice de dependência de Jovens 23,77 21,30
Índice de Dependência de Idosos 21,3 25,2
Índice de Dependência Total 44,9 46
Fonte: Instituto Nacional de Estatística 2001 e 2011
Quanto à População Residente e Densidade Populacional observa-se um franco aumento em 2011
comparativamente com 2001 (Quadro 4).
Quadro 4 – Distribuição da População da População Residente e da Densidade Populacional no Concelho
de Aveiro em 2001 e 2011
Variáveis 2001 2011
População Residente - Aveiro 73 335 78 450
Densidade Populacional - Aveiro 366,89 397,10
Fonte: Instituto Nacional de Estatística 2001 e 2011
PARTE I – MODELO ORGANIZACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
20
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
Quanto à Taxa de Desemprego na Região Centro e no Concelho de Aveiro em 2011, constata-se um
franco aumento em ambos os géneros comparativamente com 2001(Quadro 5).
Quadro 5 – Representação da Taxa de Desemprego na Região Centro e no Concelho de Aveiro em
2011 e 2011
Região 2001 2011
HM H M HM H M
Centro 5,8 3,9 8,1 10,98 9,9 12,08
Aveiro 5,4 4,4 6,4 10,73 10,37 11,10
Fonte: Instituto Nacional de Estatística 2001 e 2011
Pela análise do Quadro 6 pode-se constatar que a nível nacional, bem como no Concelho de Aveiro,
tem havido uma diminuição bastante significativa da Taxa de Analfabetismo.
Quadro 6 – Representação da Taxa de Analfabetismo em Portugal e no Concelho de Aveiro em 2001
e 2011
Período de Referência dos Dados Local de Residência
Portugal Aveiro
2001 9,03% 5,01%
2011 5,2% 2,93%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística 2001 e 2011
PARTE I – MODELO ORGANIZACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 21
4. RECURSOS HUMANOS
Em janeiro de 2017, um elemento da equipa integrou a tempo integral a carreira académica e, em
setembro, um segundo elemento que desenvolvia horário de meia jornada, mudou de residência,
ficando a Unidade com menos dois Enfermeiros (Quadro 7).
Quadro 7 – Constituição da Equipa
* Desvinculou se da equipa a 07.09.2017
Profissional Área Profissional Unidade Funcional Nº de Horas Semanais
Maria José da Cunha Ferreira Especialista em Enfermagem
Comunitária UCC 35
Maria da Fé Tavares Carapichoso Especialista em Saúde Mental e
Psiquiátrica UCC 35
Paulo Alexandre Jesus Gomes Especialista em Saúde Mental e
Psiquiátrica UCC 35
Isabel Celina Machado Garcez Moreira
Especialista em Enfermagem de Reabilitação
UCC 35
Filomena Vieira Peralta Oliveira* Enfermagem UCC 17,5
Carlos Miguel Magalhães Vítor Especialista em Enfermagem
Comunitária UCC 35
Vitor Manuel Fontes Ferreira Fisioterapeuta URAP 7
Maria Rosário Marçal Fontes Psicóloga URAP 3
Aldina Francisca Delgadinho Pacheco
TSSS URAP 7
Fernando Noronha de Matos Médico CDP 4
Patricia Isabel Albuquerque Martins Fonseca
Nutricionista URAP 2h/mês
Mário Guilherme Valdez Higienista Oral Saúde Pública 2h/mês
Coordenadora: Maria José da Cunha Ferreira Email da Unidade: [email protected]
22
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATORIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017
Unidade de Cuidados na Comunidade
Parte II
Atividades Realizadas no Âmbito dos
Projetos
O Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NACJR) continua a ser desenvolvido
no âmbito da Unidade de Saúde Pública do Centro de Saúde de Aveiro, no entanto a
UCC mantém intervenção em termos de referenciação e identificação de crianças e
jovens em risco no âmbito de outros projetos, nomeadamente de Saúde Escolar, RSI,
Rede Social e CPCJ.
Relativamente ao Projeto da Parentalidade foi desenvolvido até meados de 2017 por
uma equipa multidisciplinar de várias Unidades Funcionais do ACeS Baixo Vouga. A
partir dessa data, a UCC colaborou em termos de referenciação das senhoras grávidas
para os Cursos de Preparação para o Parto que eram desenvolvidos noutros Centros
de Saúde do Aces Baixo Vouga.
O Projeto Saúde Juvenil não foi implementado pela UCC em 2017, pois aguarda ainda
a assinatura, por parte dos nossos serviços, do protocolo de colaboração entre o ACeS
Baixo Vouga e a Universidade de Aveiro para implementação desta consulta. Quanto
ao Projeto Minutos Zen também não foi também implementado por limitação de
recursos humanos.
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 23
1. Equipa de Cuidados
Continuados Integrados
A Equipa de Cuidados Continuados Integrados
(ECCI) assume-se como uma equipa
multidisciplinar que presta cuidados
domiciliários decorrentes da avaliação
integral, de cuidados médicos, de
enfermagem, de reabilitação e de apoio social,
centrados na reabilitação, readaptação,
manutenção e conforto, a pessoas em situação
de dependência, doença terminal, ou em
processo de convalescença, cuja situação não
requer internamento, mas que não podem
deslocar-se de forma autónoma (Dec. Lei nº
24/2017).
Em termos de recursos esta apoia-se nos
recursos locais (humanos e outros)
disponíveis, no âmbito de cada centro de
saúde em articulação com o serviço local da
Segurança Social e outros serviços
comunitários existentes.
No que se refere à avaliação dos indicadores
de prestação de cuidados no âmbito da ECCI
foram avaliados treze indicadores, de forma a
medir o nível de assistência prestada aos
utentes integrados na ECCI. Assim, de seguida
apresenta-se os valores conseguidos em cada
um dos indicadores de forma a espelhar o
desempenho assistencial durante o ano de
2017:
Proporção de visitas domiciliárias de
Enfermagem efetuadas no período de
fim-de-semana ou em dias de feriado =
14,641%;
Proporção de utentes com contacto pela
equipa multiprofissional nas primeiras
48 horas = 88,889%;
Número médio de visitas domiciliárias
por qualquer elemento da equipa, por
utente, por mês de internamento =
11,733 domicílios/utente/mês de
integração;
Proporção de utentes com alta da ECCI
com objetivos atingidos = 41,667%;
Taxa de efetividade na prevenção de
úlceras de pressão = 89,286%;
Taxa de resolução (cicatrização) de
úlceras de pressão = 21,053%;
Taxa de incidência de úlcera de pressão
durante a integração em ECCI =
13,889%;
Taxa de resolução da
ineficácia/compromisso na Gestão de
Regime Terapêutico (GRT) = 57,143%;
Proporção de utentes com ganhos
expressos no controlo da intensidade da
dor = 52,778%;
Proporção de utentes com melhoria no
nível de “dependência no autocuidado” =
41,667%;
Proporção de utentes com internamento
hospitalar durante a integração na ECCI
= 22,222%;
Taxa de ocupação da ECCI = 85,09%;
Tempo médio de permanência em ECCI =
89,921 dias.
Apesar de não existir valor de referência em
termos de contratualização dos indicadores
analisados para o ano 2017, é de destacar uma
melhoria significativa relativamente aos
resultados obtidos no ano de 2016, quer na
organização e articulação do trabalho em
equipa, com uma variação positiva de 43,89%
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
24 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
no indicador proporção de utentes com
avaliação da equipa multidisciplinar nas
primeiras 48 horas; bem como dos resultados
em áreas sensíveis a ganhos em saúde para o
utente como: taxa de resolução (cicatrização)
de úlceras de pressão com uma variação
positiva de 17,05%, taxa de incidência de
úlcera de pressão durante a integração em
ECCI com uma diminuição de 1,11%, taxa de
resolução da ineficácia/compromisso na
Gestão de Regime Terapêutico com uma
variação positiva de 50,24% e ainda a
proporção de utentes com ganhos expressos
no controlo da intensidade da dor com uma
variação positiva de 29,25%. É também de
destacar o aumento da taxa de ocupação da
ECCI de 70,87% para 85,09%.
2. Saúde Escolar
A Saúde Escolar representa um grande
potencial para responder aos desafios que se
colocam à saúde da comunidade educativa e é
cada vez mais uma alavanca para a melhoria
do nível de literacia em saúde dos jovens,
facilitando e incentivando a tomada de
decisões responsáveis.
A Equipa de Saúde Escolar (ESE) é a interface
entre a escola e os serviços de saúde, sendo os
seus profissionais capazes de apoiar, não
apenas o desenvolvimento do processo de
promoção da saúde da comunidade educativa,
como também, da comunidade envolvente.
Esta equipa é constituída por três enfermeiras
da Unidade de Saúde Pública e um enfermeiro
da UCC Aveiro, estando estes elementos
distribuídos pela comunidade escolar do
Concelho de Aveiro, designadamente: sete
agrupamentos escola, quatro escolas não
agrupadas e duas escolas profissionais. Ainda
integram o parque escolar do Concelho de
Aveiro, um colégio privado e os jardins-de-
infância das Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS), os quais não têm
sido alvo de intervenção da ESE por esta não
ter capacidade de resposta em termos de
recursos humanos.
No âmbito da Saúde Escolar, este documento
de avaliação reporta-se ao ano letivo
2016/2017 e às atividades desenvolvidas pelo
elemento da UCC nas escolas que lhe estão
afetas em termos de intervenção,
nomeadamente:
(i) Agrupamento de Escolas Rio Novo do
Príncipe em Cacia, com um total de 689
alunos;
(ii) Agrupamento de Escolas Mário
Sacramento, em que o elemento da UCC
Aveiro deu cobertura apenas à Escola
Secundária cujo total de alunos foi de 1025. As
restantes escolas do agrupamento foram da
responsabilidade da ESE da USP;
(iii) Escola não agrupada, Colégio D. José I com
um total de 624 alunos.
Os projetos desenvolvidos no âmbito da Saúde
Escolar tiveram como suporte teórico as áreas
de intervenção prioritárias preconizadas no
Programa Nacional de Saúde Escolar 2015
(PNSE), que incluíram a saúde individual e
coletiva, a inclusão escolar, o ambiente e
saúde, bem como a promoção da saúde e da
literacia em saúde (Ministério da Saúde,
2006).
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 25
O indicador definido para avaliação deste
projeto foi o da “Proporção de turmas
abrangidas pelo PNSE”:
Percentagem de turmas do parque
escolar na área de abrangência da UCC
Aveiro que foram abrangidas pelo PNSE
= 100%
3. Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens
As Comissões de Proteção de Crianças e
Jovens (CPCJ) são instituições oficiais não
judiciárias, com autonomia funcional,
exercendo as suas atribuições em
conformidade com a lei, em que deliberam
com imparcialidade e independência.
O Centro de Saúde de Aveiro é uma das
instituições que integra a CPCJ de âmbito
restrito, por um elemento da UCC e tem como
intervenção a promoção dos direitos e
proteção da criança e do jovem em risco,
quando os pais, o representante legal ou quem
tenha a guarda de facto, ponham em perigo a
sua segurança, saúde, formação, educação ou
desenvolvimento (Comissão Nacional de
Proteção de Crianças e Jovens em Risco,
2015).
O número de casos sinalizados, no ano de
2017, na CPCJ foi 247, sendo que 186 foram
instaurados, 54 reabertos e 7 recebidos de
outras CPCJ. Relativamente à percentagem de
processos participados no âmbito da UCC, a
meta alcançada foi de 12,955 %.
Relativamente às Visitas Domiciliárias (VD)
efetuadas, dos 32 casos sinalizados no âmbito
da UCC, efetuaram-se 38 Visitas Domiciliárias.
A proporção de VD realizadas no âmbito da
UCC = 118,75%
As reuniões da Comissão Alargada realizadas
foram 11, nas quais estivemos presentes em 9.
Nas reuniões da Comissão restrita estivemos
presentes em 20 num total de 24. A Comissão
Restrita reuniu durante o ano de 2017, 10
vezes extraordinariamente, estando o
elemento da UCC presente em 6 dessas
reuniões.
A proporção de reuniões na comissão restrita
/alargada =82.857%.
4. Sistema Nacional de Intervenção
Precoce na Infância
O Sistema Nacional da Intervenção Precoce na
Infância (SNIPI), entendendo-se como um
conjunto de medidas de apoio integrado e
centrado na criança, até aos 6 anos de idade, e
na família, tem a missão de garantir a
Intervenção Precoce na Infância, através de
ações de natureza preventiva e reabilitativa,
no âmbito da educação, da saúde e da ação
social.
Pretende-se que sejam identificadas as
competências e necessidades das crianças e
famílias assegurando o encaminhamento e
integração nas estruturas regulares da
comunidade, nomeadamente na escola. É
também objetivo da equipa facilitar as
condições para o desenvolvimento global da
criança favorecendo a sua integração de forma
continua e articulada.
As equipas locais de Intervenção são
pluridisciplinares, envolvendo vários
profissionais: quatro Educadoras de Infância,
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
26 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
uma Terapeuta da Fala, uma Fisioterapeuta,
uma Psicóloga, uma Assistente Social e uma
Enfermeira da UCC.
Esta equipa é desenvolvida com base em
parcerias institucionais. Reúne-se
quinzenalmente e a cada criança/família é
garantido um plano individualizado de
intervenção de acordo com o legalmente
estipulado.
A população alvo da Unidade de Cuidados na
Comunidade são as crianças entre os 0 e os 6
anos de idade, e respetivas famílias, do
concelho de Aveiro.
No ano letivo 2016/2017 a UCC esteve
presente em 12 das 25 reuniões,
correspondendo a 48%.
Das 103 crianças acompanhadas, todas
tiveram um plano individual de intervenção
precoce, correspondendo a 100%.
O SNIPI, no âmbito da sua intervenção,
encaminhou para outros recursos da
comunidade 70 crianças/famílias,
correspondendo a 67%.
5. Projeto SaudavelMente
O Programa Nacional de Saúde Mental tem
como missão promover a descentralização
dos serviços de saúde mental, de modo a
permitir a prestação de cuidados mais
próximos das pessoas e a facilitar uma maior
participação das comunidades, dos utentes e
das suas famílias (DGS, 2016).
De forma a darmos o nosso contributo, a UCC
Aveiro desenvolve o projeto SaudavelMente
que consiste numa consulta de enfermagem,
que decorre no espaço da União das Juntas de
Freguesia Glória e Vera Cruz (Casa da
Comunidade Sustentável), de acordo com o
protocolo estabelecido com esta Unidade.
Esta consulta destina-se à monitorização da
adesão terapêutica do utente do foro mental
na comunidade, mediante uma filosofia de
participação do utente e família, de forma a
permitir a prestação de cuidados, a promoção
da cidadania pela deteção de necessidade e
ainda pelo planeamento de medidas e
avaliação das mesmas, pois sabemos que
adesão terapêutica é um fator determinante
no êxito ou fracasso do prognóstico do doente,
com consequências adversas na qualidade dos
cuidados de saúde.
No ano de 2017 foram agendadas 115
consultas de enfermagem no âmbito deste
projeto, sendo que destas realizaram-se 75
consultas presenciais.
Foram desenvolvidos 111 contactos
telefónicos, 12 visitas domiciliárias e 4
reuniões com parceiros da comunidade.
6. Projeto Minutos Zen na
Comunidade
O Programa Nacional para a Saúde Mental,
aprovado pela Resolução do Conselho de
Ministros n.º 49/2008, a 6 de março preconiza
na sua alínea b) a Implementação de
programas de promoção e bem-estar na saúde
mental da população.
Em Portugal, o burnout dos profissionais de
saúde tem sido particularmente estudado na
última década. Marôco et al (2016) inquiriram
um total de 1262 enfermeiros e 466 médicos
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 27
em Portugal, entre 2011 e 2013 e
encontraram níveis de burnout em 47,8% dos
médicos e enfermeiros inquiridos. Destes,
21,6% apresentavam sintomas moderados
desta síndrome que combina a exaustão física
e emocional, a perda de realização
profissional e a despersonalização
(incapacidade de empatia, cinismo). Este
estudo, bem como outros semelhantes,
revelam a necessidade de se mudarem
comportamentos e práticas nos locais de
trabalho, com vista a uma melhor saúde
mental destes profissionais.
Goodman MJ, Schorling JB, (2012), realizaram
estudos em técnicos de saúde durante 6 anos.
A cada grupo foi oferecido um curso de MBSR
(Mindfulness Based Stress Reduction) de 2,5
horas semanais durante 8 semanas mais um
retiro de 7 horas. Foi utilizada a escala de
Maslach Burnout Inventory e o SF12v2 para
perceção do bem-estar físico e mental. Este
estudo apresentou resultados de melhoria
significativa comparativamente com os
resultados do inicio do curso, quer para o MBI
quer para a perceção do estado mental do
SF12v2. A evidência sugere que este tipo de
práticas é efetivo na melhoria de parâmetros
de burnout.
A existência de um espaço para a prática
diária de atividades de
meditação/mindfulness promovidas pela UCC
de Aveiro poderá ser uma mais-valia para
funcionários e utentes do Centro de Saúde de
Aveiro. O projeto deverá numa fase seguinte
englobar as seguintes áreas da saúde
comunitária: Gravidez e Pós-Parto; Saúde
Mental e Psiquiátrica; Saúde Infanto-Juvenil;
Saúde Ocupacional.
Decorre um protocolo com a Associação
Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão
Deficiente Mental de Aveiro (APPACDM) para
a realização de sessões de
mindfulness/meditação a utentes de forma
bimensal sendo que ocasionalmente são
envolvidos os funcionários daquela
instituição. Foram realizadas nove sessões a
grupos de 15 a 60 pessoas. Várias instituições
solicitaram por email à UCC Aveiro a
realização de protocolos semelhantes. No
entanto, por escassez de recursos humanos
não foi possível dar parecer positivo a estes
pedidos.
O indicador definido para avaliação deste
projeto foi o da “Percentagem das sessões
efetuadas”:
Percentagem de sessões efetuadas
relativamente ao número de sessões
programadas (9) = 100%.
7. Projeto Construir Pontes
Entende-se Literacia em Saúde como a
capacidade para tomar decisões informadas
sobre a saúde, assumindo as instituições de
Saúde um papel fundamental na promoção do
processo educativo, proporcionando
capacidades indispensáveis para o
autocuidado. Assim, o Projeto Construir
Pontes enquadra-se no âmbito do Programa
de “Literacia em Saúde e integração de
cuidados” que assume como principal
finalidade contribuir para a melhoria da
educação para a saúde, literacia e
autocuidados da população, promovendo
desta forma a cidadania em saúde, tornando
as pessoas mais autónomas e responsáveis em
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
28 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
relação à sua saúde, bem como à saúde dos
que delas dependem (DGS, 2016).
Do mesmo modo, intervir sobre os
Determinantes de Saúde revela-se como uma
estratégia primordial, ao favorecer uma
abordagem sistémica e holística, fundamental
para a obtenção de mudanças positivas nos
estilos de vida da população. O presente
Projeto vai igualmente ao encontro dos
objetivos do Programa Nacional de
Intervenção Integrada sobre Determinantes
da Saúde Relacionados com os Estilos de Vida
que assume como finalidade “contribuir para
a obtenção de ganhos em saúde e qualidade de
vida” através da cooperação e envolvimento
de outros sectores, e do próprio cidadão, de
modo a criar ambientes saudáveis na
prevenção da doença e na promoção da saúde
(Direção Geral de Saúde, 2016).
Visto que a UCC Aveiro é uma Unidade
Funcional do ACeS Baixo Vouga, em que um
dos objetivos da sua intervenção visa a
capacitação de indivíduos e grupos da
comunidade, considera-se que o Projeto
Construir Pontes poderá contribuir para
respostas integradas no que concerne à saúde
e bem-estar dos utentes apoiados pelas IPSS’s
do Concelho de Aveiro com resposta na área
da Saúde. Nesse sentido, as necessidades
identificadas na comunidade vão ao encontro
do âmbito de atuação da UCC Aveiro que,
através de respostas integradas de educação
para a saúde em parceria com as mais diversas
entidades da comunidade, desenvolveu este
projeto como forma de chegar junto dos que
dele poderão beneficiar.
Ao longo do ano de 2017, várias foram as
atividades desenvolvidas na consecução deste
mesmo projeto, tendo sido desenvolvidas no
total 12 sessões de educação para a saúde
dirigidas a um total de 158 participantes,
entre utentes, cuidadores informais e
cuidadores formais. Toda esta envolvência e
desempenho tem suscitado o interesse de
outras instituições que têm participado em
algumas sessões e, através de abordagens
informais, manifestam o interesse em fazer
parte do projeto. Pelo que, em colaboração e
articulação com a Rede Social de Aveiro,
continua a proceder-se ao alargamento do
projeto a todas as IPSS’s do concelho, com
resposta na área da Saúde, que mostrem essa
intenção junto da unidade.
No que se refere à avaliação dos indicadores
definidos: no primeiro indicador,
Percentagem de Instituições alvo da
intervenção do Projeto Construir Pontes, o
resultado conseguido foi uma taxa de 78% de
resposta às instituições do concelho de Aveiro
que solicitaram intervenção da UCC.
Conseguiu-se atingir claramente o objetivo
proposto em Plano de Ação, não se verificando
uma maior taxa de intervenção por não ter
havido resposta, em termos de participação,
por parte de uma instituição, e por outra
instituição não ter conseguido agenda
disponível para a realização da intervenção
que solicitou, por motivos inerentes ao seu
funcionamento e à organização das atividades
já programadas e em desenvolvimento;
quanto ao segundo indicador, Percentagem de
ações de educação para a saúde desenvolvidas
no âmbito do Projeto Construir Pontes,
verificou-se uma taxa de 75% das ações de
educação efetivamente desenvolvidas junto
das instituições, não se tendo conseguido uma
taxa maior por motivos de indisponibilidade
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 29
das instituições para a realização das sessões.
Todas as sessões não realizadas ao longo do
presente ano, foram reagendadas para o
próximo ano. De salientar que entre os meses
de julho e outubro não foi possível o
agendamento de ações de educação para a
saúde por carência de recursos humanos na
UCC Aveiro.
O trabalho desenvolvido no âmbito do
presente projeto junto das instituições do
concelho de Aveiro tem-se revelado bastante
gratificante e estimulante para ambas as
partes, proporcionando uma evolução
bastante positiva na manutenção e otimização
das parcerias comunitárias com enfoque e
resultados direcionados para a saúde dos
utentes a quem se presta cuidados, tal como
tem dignificado e difundido a imagem e o
trabalho desenvolvido pela UCC Aveiro junto
da comunidade.
8. Projeto da Parentalidade
O Projeto da Parentalidade foi desenvolvido
no Centro de Saúde de Aveiro até meados de
2017 por uma equipa multidisciplinar de
várias Unidades Funcionais do ACeS Baixo
Vouga. A UCC colaborou com esta equipa na
articulação em termos de referenciação e
identificação de situações no âmbito de outros
projetos, especialmente, no de Saúde Escolar
(ex. grávidas adolescentes), RSI, Rede Social e
CPCJ.
A partir de meados de 2017, a UCC colaborou
em termos de receção e referenciação das
senhoras grávidas para os Cursos de
Preparação para o Parto que estavam a ser
desenvolvidos noutros Centros de Saúde do
ACeS Baixo Vouga, bem como no Centro
Hospitalar Baixo Vouga.
9. Rede Social
A Rede Social, conjunto das diferentes formas
de entreajuda das entidades particulares sem
fins lucrativos e organismos públicos que
trabalham no domínio da ação social,
articulam entre si e com o governo, com o
desígnio de atenuação ou erradicação da
pobreza e exclusão social, bem como da
promoção do desenvolvimento social.
Compete ao Conselho Local de Ação Social de
Aveiro (CLASA), o desenvolvimento e
implementação de ferramentas de
planeamento estratégico que conduzam à
criação de melhores condições para a
prestação de serviço à comunidade com o
intuito de melhorar a qualidade de vida dos
seus habitantes.
No ano 2017 a UCC Aveiro participou em dois
plenários da Rede Social que decorreram na
sede da Assembleia Municipal. As
intervenções desta Unidade foram realizadas
de forma transversal a outros projetos da UCC,
nomeadamente o Projeto Construir Pontes e
Rendimento Social de Inserção (RSI).
No âmbito deste projeto, foram desenvolvidas
várias reuniões com as IPSS inseridas no
Conselho Local de Ação Social de Aveiro.
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
30 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
10. Projeto “Inclusão com Saúde”
Este Projeto é destinado a indivíduos e
famílias mais pobres, beneficiários de uma
prestação mensal em dinheiro para a
satisfação das suas necessidades básicas, com
vista à sua integração social. Na situação em
que o agregado familiar reúna as condições de
atribuição do Rendimento Social de Inserção,
o pagamento da prestação só se verifica
depois da assinatura do contrato de inserção,
onde ficam mencionados os direitos e deveres
do cidadão.
A UCC Aveiro tem sido um parceiro do Núcleo
de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de
Aveiro (NPISA), relativamente aos utentes
sem abrigo, na articulação com as equipas de
saúde do Centro de Saúde de Aveiro, conforme
as necessidades destes utentes em termos de
agendamento de consultas médicas.
A UCC Aveiro promove ainda sessões de
educação para a saúde direcionado a
indivíduos e grupos vulneráveis da
comunidade, em parceria com Instituições
locais.
11. Projeto Reabilitar Dinâmico
A osteoartrose é a principal causa de
incapacidade da pessoa idosa e está associada,
neste grupo etário, a outras doenças também
incapacitantes, afetando articulações
importantes para a funcionalidade, como as
das mãos, joelhos, ancas, coluna vertebral e
pés (Direção Geral de Saúde, 2004).
Com internamentos cada vez de menor
duração considera-se fundamental a
continuidade dos cuidados de enfermagem de
reabilitação no domicílio, nomeadamente
direcionados às pessoas submetidas a Prótese
Total da Anca (PTA) e Prótese Total do Joelho
(PTJ), visando o treino das atividades de vida
diária.
Desta forma, torna-se imprescindível assistir
estes utentes a permanecerem autónomos e
ativos, prevenindo complicações e promovendo
a sua independência.
No ano de 2017, foram referenciados pelo
Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV),
Serviço de Ortopedia, 45 utentes que foram
submetidas a cirurgia do foro orto-
traumatológico. Destes 45 utentes, 16 foram
submetidos a cirurgia de PTJ e 29 a cirurgia de
PTA. Dos 45 utentes referenciados, 33 utentes
tiveram cuidados de enfermagem de
reabilitação no domicílio. Dos doze que não
tiveram cuidados de enfermagem de
reabilitação, três foram por impossibilidade
de contacto, dois por recusa, dois por já terem
iniciado fisioterapia no convencionado, um
por diagnóstico de osteocondroma, dois por
não estarem inscritos no Centro de Saúde de
Aveiro, e dois utentes não residiam no
concelho de Aveiro.
Relativamente a avaliação dos indicadores
foram avaliados quatro indicadores;
Percentagem de utentes submetidos a
cirurgia a PTA que aceitam a VD de
Reabilitação = 75,86%;
Percentagem de utentes submetidos a
cirurgia a PTJ que aceitam a VD de
Reabilitação =68,75%;
Percentagem de utentes com VD’s
efetuadas pela equipa da UCC até às 72
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 31
horas após referenciação pelo Serviço de
Ortopedia do CHBV =63,63%;
Percentagem de utentes com avaliação
do risco de quedas =90,90%.
Durante os doze meses do ano de 2017, aos
utentes referenciados, foi-lhes reforçada a
importância de continuar a fazer os exercícios
que lhes foram ensinados, de continuar a
andar com canadianas ou andarilho, no
sentido de melhorarem a marcha. Foram
esclarecidas dúvidas aos utentes/ família, de
forma a identificar as suas limitações e
capacidades, envolvendo-os no planeamento
e implementação dos cuidados.
12. Programa de Desenvolvimento
Profissional
A UCC considera de extrema importância a
aquisição de saberes ao longo da carreira
profissional, trazendo desta forma novos
conhecimentos e atualizando conteúdos
existentes.
Para que este processo formativo seja
dinâmico, os contextos devem garantir
condições de interação, bem como conceber
dispositivos para que os profissionais
transformem as suas práticas, através de uma
atitude de permanente reflexão e consequente
melhoria das suas práticas clínicas.
No ano de 2017 no programa de
desenvolvimento profissional foram
contempladas iniciativas de natureza
formativa pré-graduada e pós-graduada, bem
como, a formação contínua dos profissionais
da UCC Aveiro.
FORMAÇÃO INICIAL E PÓS-GRADUADA
Foram realizados na UCC Aveiro quatro
ensinos clínicos do 4º ano do Curso de
Licenciatura em Enfermagem da Escola
Superior de Saúde da Universidade de Aveiro,
da unidade curricular Ensino Clínico IV.
Estes alunos tiveram a oportunidade de
conhecer a dinâmica de uma Unidade de
Cuidados na Comunidade, dos projetos que a
mesma desenvolve e das múltiplas atividades
inseridas na comunidade. Por seu lado, a UCC,
também foi enriquecida com a presença
destes alunos, pois é sempre uma partilha de
saberes e de experiências.
Relativamente à formação pós-graduada em
2017 foram desenvolvidos dois ensinos
clínicos do Curso de Pós-Licenciatura em
Enfermagem de Reabilitação da Escola
Superior de Saúde de Coimbra.
FORMAÇÃO CONTÍNUA
A UCC dinamizou, no âmbito do Plano de
Formação do ACeS, formação em serviço
direcionada a médicos e enfermeiros das
Unidades de Saúde Familiares (USF) do ACeS
Baixo Vouga, um Curso sobre Demências e a
Doença de Alzheimer, em parceria com a
Associação Alzheimer Portugal, delegação do
Centro e a Santa Casa da Misericórdia de
Aveiro. Ocorreu na sala de formação na Sede
do ACeS Baixo Vouga no dia 20 de outubro,
com uma carga horária de sete horas.
O objetivo geral era sensibilizar os
profissionais de saúde para esta temática e a
complexidade inerente à mesma, numa
PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS NO ÂMBITO DOS PROJETOS
32 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
abordagem multidisciplinar, e ainda divulgar
o núcleo Aveiro Alzheimer Portugal e os
serviços disponíveis, com vista à
disseminação junto da população alvo: doente
e seus cuidadores.
Foi ainda dinamizado, com estes dois
parceiros, bem como, a Universidade Sénior
de Aveiro, Academia dos Saberes, a
comemoração do dia mundial da pessoa com
doença de Alzheimer, a 21 de setembro. Este
evento, que decorreu no espaço da União das
Juntas de Freguesia Glória/Vera Cruz, foi
dirigido aos utentes e cuidadores informais, e
iniciou com um momento musical promovido
pela Academia. O objetivo geral foi
sensibilizar/informar os utentes e seus
cuidadores sobre a demência, bem como
promover um contexto de alivio para o
cuidador informal.
Ainda no âmbito da formação externa os
enfermeiros da UCC tiveram a oportunidade
de frequentar ações sobre: Programa Nacional
de Saúde Escolar, Medicina de Viagens,
Segurança Infantil, Úlceras Venosas e Terapia
Compressiva, Projeto Mais Contigo, Literacia
em Saúde e ainda Suicídio e Comportamentos
Autolesivos.
Quanto à formação interna da UCC, as
temáticas abordadas foram: ECCI e Cuidados
Paliativos, SClínico, Ajudas Técnicas para a
Prevenção de Úlceras por Pressão e ainda
Orientações Técnicas da Comissão Nacional
da Rede Nacional de Cuidados Continuados
Integrados.
13. Centro de Aconselhamento e
Deteção (CAD)
De acordo com o Programa Nacional para a
Infeção VIH, SIDA E TUBERCULOSE | 2017, a
infeção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV) ainda é um importante
problema de Saúde Pública em Portugal e
Europa. O diagnóstico precoce, a correta e
atempada referenciação dos utentes
diagnosticadas são, uma prioridade neste
programa.
Desta forma, a proximidade dos cuidados de
enfermagem nos Centros de Saúde contribui
significativamente para a melhoria dos
cuidados de saúde prestados à população.
Assim, o CAD no Centro de Saúde em Aveiro
tem uma carga horaria semanal de 11h, tendo
a UCC Aveiro alocada uma carga horária
semanal de 3,5h para a realização destas
consultas, ficando o restante tempo com a
colaboração da Unidade de Saúde Pública.
No ano 2017 não ocorreram resultados
positivos na realização de testes no CAD de
Aveiro. Dos 44 utentes que procuraram este
serviço, 12 eram do género feminino e 32 do
género masculino.
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 33
RELATORIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017
Unidade de Cuidados na Comunidade
Parte III
Outras Atividades
Na Unidade foram desenvolvidas várias atividades de sensibilização à população, bem
como, iniciativas relativas à divulgação de informação e boas práticas alusivas a dias
comemorativos da saúde, em associação com parceiros da comunidade, que
consideramos pertinente revelar dada a sua relevância e o consumo de recursos.
PARTE III – OUTRAS ATIVIDADES
34 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
1. Análise SWOT
Forças
Boa imagem da Unidade; Qualidade dos Serviços; Serviços sem custos para o utente; Equipa Multidisciplinar; Rápida resposta após internamento na ECCI (nas primeiras 24h); Profissionais especializados; Boa articulação com a Rede Social e parceiros comunitários; Horário adequado às necessidades dos utentes com cobertura semanal.
Fraquezas
Insuficientes recursos físicos (espaços; gabinetes); Insuficiente equipamento audiovisual e informático (computadores, software
digital/design; projetor multimédia para formação; câmara digital, microfone, colunas de som);
Dificuldades operacionais (inadequada proposta de acesso a telemóvel de serviço; ausência de equipamentos de proteção de chuva/frio);
Custos elevados de transportes que limitam a mobilidade dos profissionais e condicionam os agendamentos;
Formação insuficiente em áreas específicas (ex.: paliativos; cuidados continuados; suicídios; bullying);
Frequente solicitação de documentação institucional; Sem meios próprios de financiamento.
Oportunidades
Áreas de intervenção não abrangidas por outras Unidades de Saúde; Necessidades formativas elevadas das instituições sociais do concelho, com
excelente procura dos nossos serviços; Protocolos de cooperação com várias entidades do concelho; Colaboração tecnológica com a Universidade de Aveiro para uma presença
online forte da marca “UCC Aveiro”; Contacto privilegiado com a Rede Social; Unidade registada pela Entidade Reguladora da Saúde.
Ameaças
Sistemas informáticos e plataformas com atualização e mudanças frequentes, que originam frequentemente perda de informação;
Alguma limitação na aquisição de material de consumo clínico/farmácia, dado apenas ser possível o que consta em cada cabaz da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC);
Burocracia nos processos de transferência dos utentes em ECCI para outras tipologias da RNCCI;
Ausência de migração de dados entre as várias plataformas de registo.
PARTE III – OUTRAS ATIVIDADES
UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 35
2. Protocolos Celebrados com a
Unidade
A UCC mantém o protocolo de colaboração
entre o ACeS Baixo Vouga e a União de
freguesias da Glória e Vera Cruz para o
desenvolvimento do Projeto SaudavelMente
onde, semanalmente, todos os utentes do CSA
diagnosticados com doença mental e
prescrição de Neurolépticos de Ação
Prolongada (NAP), acompanhados na
consulta externa do CHBV, são vigiados pela
Enfermeira Especialista em Saúde Mental e
Psiquiátrica.
Mantem-se ainda o protocolo de colaboração
entre o ACeS Baixo Vouga e a Associação
Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão
Deficiente Mental de Aveiro (APPACDM), com
atividades de Meditação - Mindfulness no
âmbito do Projeto Minutos Zen Comunidade, a
serem desenvolvidas, quinzenalmente,
também por Enfermeiro Especialista em
Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.
Quanto ao protocolo de colaboração entre o
ACeS Baixo Vouga e a Universidade de Aveiro
para implementação da consulta de saúde
juvenil direcionada para alunos que
frequentam o ensino superior, a Unidade
continua a aguardar assinatura por parte dos
nossos serviços.
3. Avaliação da Satisfação dos
Utentes
A Unidade dispõe de Inquérito de Satisfação
dos Utentes da UCC de Aveiro, que é
disponibilizado aos utentes no final da nossa
intervenção no âmbito dos projetos incluídos
no Plano de Ação.
Relativamente aos utentes integrados na
ECCI, na preparação da alta, os
utentes/cuidadores tiveram a oportunidade
de responder ao questionário. No entanto
apenas 25% dos utentes integrados em 2017
responderam ao mesmo. A média de idades foi
de 68,9 anos, sendo que 62,5% eram do
género feminino e 37,5% do género
masculino. A satisfação global da prestação de
cuidados foi de “muito bom”.
O Projeto Construir Pontes dispõe de um
questionário de avaliação das sessões de
educação para a saúde, constituído por uma
escala de Likert de 1 a 4 valores, em que o
resultado para oito sessões, e um n=84, foram
níveis de satisfação junto dos participantes
nas diversas dimensões com uma média
global de 3,58. Destacam-se o “interesse”
(3,86) e “compreensão da temática” (3,91), a
“utilidade dos conhecimentos para a prática”
(3,86), bem como a “confiança do profissional
na transmissão dos conhecimentos” (3,88) e a
“clareza” (3,87).
4. Trabalhos de Investigação
No ano 2017 no âmbito do projeto
SaudavelMente, a UCC realizou um póster
para ser apresentado no XVI Simpósio da
Sociedade Portuguesa de Suicidologia,
subordinado ao tema “Suicídio e
Comportamentos Autolesivos, da
Comunidade ao Cuidar”, que decorreu nos
dias 31 de março e 1 de abril na Reitoria da
Universidade de Aveiro.
PARTE III – OUTRAS ATIVIDADES
36 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 2017 UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
Este estudo pretendeu monitorizar a adesão
terapêutica dos utentes de psiquiatria no
domicílio e investigar se houve redução do
número de internamentos e de consultas no
Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) por
abandono de Neurolépticos de Ação
Prolongada (NAP). O estudo desenvolveu-se
entre fevereiro de 2016 a janeiro de 2017.
Os objetivos foram descrever as
características sociodemográficas dos utentes
inscritos na consulta de Enfermagem e
identificar a efetividade da intervenção no
recurso aos serviços de urgência e
internamento psiquiátrico do CHBV. Teve
como metodologia um estudo retrospetivo,
quantitativo, analítico e descritivo.
A amostra foi composta por 55 utentes,
inscritos no Centro de Saúde de Aveiro, com
doença psiquiátrica, com prescrição de NAP e
seguidos no Departamento de Saúde Mental
do CHBV. Os dados foram recolhidos através
do SClínico e de um guia estruturado de
colheita de dados. O tratamento de dados foi
realizado recorrendo ao programa
informático SPSS versão 22.
Observou-se como principais resultados que
69,09% dos utentes são do género masculino
e a média de idade é 46,95 anos. O diagnóstico
principal é a Psicose Esquizofrénica (81,8%),
34,5% da população tem o 1º ciclo e 52,7%
estão reformados. Relacionando o ano 2015
com o ano 2016, o número de recorrências à
urgência (duas ou mais vezes) diminuiu 3,6%,
assim como, diminuiu 3,7% o número de
utentes internados (duas ou mais vezes).
Conclui-se, pois, que os apoios a nível da
Saúde Mental na comunidade continuam a ser
escassos. O projeto SaudavelMente traz
benefícios aos utentes, permitindo-lhes o
apoio e suporte na comunidade, verificando-
se uma visível diminuição no recurso à
urgência e consequente internamento.