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R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O D E

I N T E G R A Ç Ã O À V I D A P R O F I S S I O N A L

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO

julho|2019

Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

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2

Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO 4º ANO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE INTEGRAÇÃO À VIDA

PROFISSIONAL

Sandra Olive ira Soares

Supervisores: Técnica Superior de Diagnóstico e Terapêutica do Centro Hospitalar São João- Verónica Coelho

Diretora Técnica da Farmácia Barreiros- Dr.ª Cláudia Barros

Orientador: Professor André Araújo

julho|2019

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3

AGRADECIMENTOS

Tenho a agradecer à equipa dos Serviços Farmacêuticos do Hospital São João e à equipa

da Farmácia Barreiros, por todo o apoio prestado, pela excelente integração e disponibilidade

de ensino.

Agradeço às minhas supervisoras de estágio, Dr.ª Verónica Coelho e Dr.ª Cláudia

Barros, por terem sido sempre alcançáveis comigo.

Agradeço ao meu orientador, Professor André Araújo, por ter estado sempre disponível

para esclarecer qualquer dúvida e também, aos restantes docentes que ao longo destes 4º anos

tiveram um papel fundamental na minha aprendizagem.

Agradeço a toda a minha família, amigos e namorado por toda a dedicação e apoio

incondicional.

Assim, agradeço a todas as pessoas que contribuíram para um bom decorrer de estágio.

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PENSAMENTO

“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.”

Confúcio

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LISTA DE SIGLAS

AO-Assistente Operacional

CHSJ-Centro Hospitalar de São João

CHSJ, EPE-Centro Hospitalar de São João, Entidade Publica Empresarial

CNP- Código Nacional do Produto

CTX- Citotóxicos

DC-Distribuição Clássica

DCI-Denominação Comum Internacional da substância ativa

DIDDU-Distribuição Individual Diária em Dose Unitária

DM-Dispositivo Médico

DRSN- Distribuição por Reposição de Stocks Nivelados

EPI- Equipamento de Proteção Individual

FEFO-First Expired, First Out

FHNM-Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos

HSJ-Hospital de São João

IPG-Instituto Politécnico da Guarda

NP-Nutrição Parentérica

PT/CTT - Portugal Telecom/Correios, Telégrafos e telefones

PV-Prazo de Validade

PVP-Preço de Venda ao Público

SAMS-Serviço de Assistência Médico-social dos Bancários

SAMS- Quadros-Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato Nacional dos Quadros e

Técnicos Bancários

SAVIDA-S. A/ Energias de Portugal

SC-Serviço Clínico

SF-Serviços Farmacêuticos Hospitalares

SNS-Serviço Nacional de Saúde

TF- Técnico de Farmácia

UC-Unidade Curricular

UCPC-Unidade Centralizada de Preparação de Citotóxicos

UFA-Unidade de Farmácia de Ambulatório

UMCM- Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos

UMCME-Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos Estéreis

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UMCMNE-Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos Não Estéreis

UR-Unidade de Reembalagem

ZIRS-Zona de Individualização e Reposição de Stocks

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela I- Serviços Hospitalares do CHSJ……………………………………………………12

Tabela II- Tipos de prescrições eletrónicas…………………………………………………..32

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura I- Farmapack®………………………………………………………………………...39

Figura II- Embalagem final com a medicação………………………………………………..39

Figura III- Medição da glicémia no rastreio da Escola Carolina Michaellis………………….43

Figura IV- Rastreio Solar no CCD……………………………………………………………43

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11

CAPÍTULO I – FARMÁCIA HOSPITALAR .................................................................................. 12

1. CARATERIZAÇÃO DO CENTRO HOSPITALAR SÃO JOÃO, E.P.E .................................. 12

2. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES ................................................................. 14

2.1 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS ............................. 14

2.2 SISTEMA INFORMÁTICO ........................................................................................................... 14

3. CIRCUITO DO MEDICAMENTO ............................................................................................... 16

3.1 APROVISIONAMENTO E GESTÃO DE STOCKS ..................................................................... 16

3.2 SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE ...... 16

3.3 RECEÇÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE ................................ 17

3.4 ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE.............. 17

3.5 REPOSIÇÃO DE STOCKS ............................................................................................................ 18

3.6 FARMACOTECNIA ...................................................................................................................... 19

3.6.1 Unidade De Manipulação Clínica De Medicamentos Não Estéreis ....................................... 20

3.6.2 Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos Estéreis ................................................. 20

3.6.3 Reembalagem .............................................................................................................................. 21

3.7 DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS, DISPOSITIVOS MÉDICOS E PRODUTOS

FARMACÊUTICOS ............................................................................................................................. 22

3.7.1 Distribuição por Reposição de Stocks Nivelados ..................................................................... 22

3.7.2 Distribuição Individual Diária em Dose Unitária ................................................................... 23

3.7.3 Distribuição Clássica .................................................................................................................. 24

3.7.4 Distribuição em Ambulatório .................................................................................................... 25

3.8 FARMACOVIGILÂNCIA.............................................................................................................. 25

CAPÍTULO II - FARMÁCIA COMUNITÁRIA ............................................................................. 26

1.CARATERIZAÇÃO DA FARMÁCIA BARREIROS ................................................................. 26

1.1 FARMÁCIA BARREIROS ............................................................................................................ 26

1.2 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................................. 26

1.3 ESPAÇO FÍSICO EXTERIOR ....................................................................................................... 26

1.4 ESPAÇO FÍSICO INTERIOR ........................................................................................................ 26

1.5 SISTEMA INFORMÁTICO ........................................................................................................... 27

2. GESTÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE ............................... 28

2.1 CONTROLO DOS PRAZOS DE VALIDADE .............................................................................. 28

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2.2 DEVOLUÇÕES AO FORNECEDOR ............................................................................................ 28

3. MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE ....................................................... 29

3.1 APROVISIONAMENTO E REALIZAÇÃO DE ENCOMENDAS ............................................... 29

3.2 RECEÇÃO DE ENCOMENDAS ................................................................................................... 30

3.3 ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE.............. 31

3.4 DISPENSA DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS DE SAÚDE ................................................ 32

3.4.1. Dispensa de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica .......................................................... 32

3.4.1.1 Regimes de comparticipação .................................................................................................. 34

3.4.2 Medicamentos Sujeitos a Receita Médica Especial ................................................................. 35

3.4.3 Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica ........................................................................ 36

3.4.5 Dispensa de Dispositivos Médicos ............................................................................................. 36

3.4.6 Dispensa de produtos e medicamentos de uso veterinário...................................................... 37

3.4.7 Dispensa de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal ...................................................... 37

3.4.8 Dispensa de Dietéticos e de Alimentação Especial .................................................................. 38

3.4.9 Dispensa de Outros Produtos Farmacêuticos .......................................................................... 38

4. DISPENSA INDIVIDUALIZADA DE MEDICAMENTOS (FARMAPACK®) ...................... 39

5. PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS ...................................................... 40

6. OUTROS CUIDADOS DE SAÚDE PRESTADOS ...................................................................... 41

6.1 MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL ........................................................................................ 41

7. VALORMED® ................................................................................................................................ 42

8. RASTREIOS .................................................................................................................................... 43

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 44

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 45

ANEXOS…………………………………………………………………………………..…48

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11

INTRODUÇÃO

O seguinte relatório foi realizado no âmbito da Unidade Curricular (UC) de Estágio de

Integração à Vida Profissional, inserido no Curso de Farmácia, 1º ciclo, relativo aos estágios

ocorridos ao longo do 4.º ano da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda

(IPG).

O estágio curricular foi constituído por dois períodos de estágio orientados pelo

docente André Araújo. O primeiro estágio, decorreu no Centro Hospitalar São João (CHSJ),

sob supervisão da Técnica de Farmácia (TF) Verónica Coelho, o qual começou a 5 de

novembro de 2018 e terminou a 25 de janeiro de 2019. A segunda experiência de estágio,

decorreu na Farmácia Barreiros desde 6 de março de 2019 a 31 de maio 2019, sob supervisão

da Diretora Técnica Cláudia Barros, sendo assim cumpridas as 840 horas definidas no plano

de estágio.

O objetivo geral deste estágio é integrar os estudantes do 4º ano do curso de Farmácia

na vida profissional, proporcionando-lhes experiência e aprendizagem na execução das tarefas

competentes aos TF a nível da Farmácia Hospitalar, Farmácia Comunitária, Indústria e

Investigação.

Em cada um dos estágios visa-se a integração e a autonomia no desempenho das

diferentes funções do TF, tendo como objetivos a integração das aprendizagens que vão sendo

desenvolvidas ao longo do curso e a preparação do discente para dar resposta às exigências da

sociedade, promovendo a socialização e integração profissional. No final dos estágios o

discente deve demonstrar competências, tais como revelar capacidade científica e técnica na

realização de atividades subjacentes à profissão; aplicar os princípios éticos e deontológicos;

demonstrar conhecimentos no âmbito do saber fazer e do saber ser, nas áreas de intervenção;

nomeadamente na programação e execução de procedimentos e técnicas; desenvolver

atividades com autonomia e rigor; desenvolver e avaliar planos de intervenção adequadamente

integrado numa equipa multidisciplinar e responder aos desafios profissionais com inovação,

criatividade e flexibilidade.[1]

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CAPÍTULO I – FARMÁCIA HOSPITALAR

1. CARATERIZAÇÃO DO CENTRO HOSPITALAR SÃO JOÃO, E.P.E

O Hospital de São João (HSJ) foi criado a 31 de julho de 1943 pelo Decreto-Lei n.º

22917, com a designação de Hospital Escolar do Porto, ligado à Faculdade de Medicina do

Porto. O projeto sofreu um atraso considerável, devido à II Guerra Mundial, pelo que a sua

inauguração ocorreu a 24 de junho de 1959.

Em abril de 2011, o HSJ fundiu-se com o Hospital Nossa Senhora da Conceição de

Valongo, tornando-se então no que conhecemos hoje por Centro Hospitalar de São João,

Entidade Pública Empresarial (CHSJ, EPE).

O Centro Hospitalar de São João (CHSJ) localiza-se na cidade do Porto e é o maior

centro hospitalar da região Norte, albergando diretamente a população das freguesias do

Bonfim, Paranhos, Aldoar e Campanhã, dentro do concelho do Porto, bem como os concelhos

da Maia e Valongo. Atua igualmente como centro de referência para todo o distrito do Porto,

Braga e Viana do Castelo. [2]

Em termos de instalações o hospital é constituído por onze pisos e dispõe de uma lotação

de 1.105 camas e 45 berços.

No edifício principal encontram-se localizados todos os serviços médicos, bem como os

Serviços Hoteleiros e a globalidade dos Serviços Administrativos e de Gestão. Nos edifícios

externos está localizado o Centro de Ambulatório, que inclui Hospitais de Dia, Consultas

Externas, Cirurgia de Ambulatório e a Unidade de Farmácia de Ambulatório.

O CHSJ é constituído por diversos serviços de prestação de cuidados (Tabela I) que

garantem as necessidades da população, sendo eles [2]:

. Anestesiologia

· Bloco Operatório Central

· Centro da Mama

· Cirurgia Cardiotorácica

· Cirurgia de Ambulatório

· Cirurgia Geral

· Cirurgia Maxilofacial

· Dermatologia

· Doenças Infeciosas

· Endocrinologia

· Gastrenterologia

· Genética Humana

· Hematologia Clínica

· Imunoalergologia

· Psiquiatria da Infância e

Adolescência

· Medicina Nuclear

· Neurorradiologia

· Radiologia

· Radioterapia

· Anatomia Patológica

Tabela I Serviços Hospitalares do CHSJ

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· Cirurgia Plástica e

Reconstrutiva

· Cirurgia Vascular

· Estomatologia

· Neurocirurgia

· Oftalmologia

· Ortopedia e

Traumatologia

· Otorrinolaringologia

· Urologia

· Cardiologia

· Cuidados Paliativos

· Medicina Física e de

Reabilitação

· Medicina Interna

· Nefrologia

· Neurologia

· Oncologia

· Pneumologia

· Reumatologia

· Urgência Polivalente

· Medicina Intensiva

· Psiquiatria

· Imunohemoterapia

· Patologia Clínica

· Pediatria Médica

· Cardiologia Pediátrica

· Cirurgia Pediátrica

· Urgência Pediátrica

· Medicina Intensiva

Pediátrica

· Neonatologia

· Ginecologia e Obstetrícia

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2. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES

Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares (SF) constituem uma parte essencial no

funcionamento de um hospital, pois pretendem dar apoio assistencial aos vários serviços de

ação médica, com a responsabilidade de assegurar a distribuição de medicamentos, garantindo

a segurança, eficácia e qualidade em todo o seu circuito, assim como, integrar as equipas de

cuidados de saúde promovendo ações de investigação científica e de ensino. [3]

Os Serviços Farmacêuticos do CHSJ dispõem de uma equipa técnica constituída por TF,

Farmacêuticos e Assistentes Operacionais (AO).

Atualmente, os SF estão distribuídos por quatro pisos:

✓ piso 02→ Armazém de grandes volumes, desinfetantes /antissépticos;

✓ piso 01 → Reembalagem, Distribuição Clássica (DC), Distribuição Individual Diária em

Dose Unitária (DIDDU) e Distribuição por Reposição de Stocks Nivelados (DRSN);

✓ piso 1→ Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos Estéreis (UMCME) e Não

Estéreis (UMCMNE);

✓ piso 2 → Unidade Centralizada de Preparação de Citotóxicos (UCPC);

A Unidade de Farmácia de Ambulatório (UFA) está situada num edifício exterior, à entrada

do CHSJ.

2.1 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

Os SF do CHSJ fazem um horário contínuo de 24 horas por dia, onde das 8h às 20h a

equipa faz o horário laboral normal e, das 20h às 8h do dia seguinte se encontram apenas um

TF e um farmacêutico.

No caso da UFA, o horário de funcionamento é das 9h às 17h, de segunda-feira a sexta-

feira. Quando os utentes apresentam dificuldades de acesso no horário estipulado, é autorizado

um serviço alternativo de dispensa aos utentes do ambulatório que funciona das 17h às 20h, de

segunda-feira a sexta-feira e, aos sábados entre as 8h e as 20h.

2.2 SISTEMA INFORMÁTICO

O programa informático usado no CHSJ é o CPCHealthSolutions® que possui várias

funções como, a gestão de stocks, interface entre a farmácia e os serviços clínicos ao nível da

prescrição, validação, execução e consulta de prescrições, conhecimento do histórico de

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consumos e de prescrição e execução de devoluções.

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16

3. CIRCUITO DO MEDICAMENTO

De acordo com o INFARMED, o medicamento de uso humano está sujeito a padrões de

qualidade, segurança e eficácia, alicerçados à atuação conjunta dos responsáveis pela sua

colocação no mercado e das autoridades competentes nacionais e comunitárias. Como o próprio

nome indica, circuito do medicamento, é o percurso que o medicamento faz do produtor até ao

consumidor final. [4]

3.1 APROVISIONAMENTO E GESTÃO DE STOCKS

O aprovisionamento é um conjunto de tarefas que permitem dispor de qualquer

medicamento que um determinado doente necessite, garantindo a qualidade do produto com o

menor custo possível.

A gestão de medicamentos é o conjunto de procedimentos realizados pelos Serviços

Farmacêuticos Hospitalares, que garantem o bom uso e dispensa dos medicamentos em

perfeitas condições aos doentes do hospital. A gestão de stocks dos produtos farmacêuticos,

nomeadamente dos medicamentos, deverá ser efetuada informaticamente, com atualização

automática de stocks. [3]

Pelo menos uma vez por ano deve ser feito nos SF um inventário para controlo das

existências dos produtos hospitalares.

3.2 SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

A seleção de medicamentos para o hospital deve ter por base o Formulário Hospitalar

Nacional de Medicamentos (FHNM) e as necessidades terapêuticas dos doentes do hospital. A

adenda ao FHNM do hospital deverá estar permanentemente disponível para consulta.

A seleção de medicamentos a incluir na adenda ao FHNM tem de ser feita pela

Comissão de Farmácia e Terapêutica, com base em critérios baseados nas necessidades

terapêuticas dos doentes, não contempladas no FHNM, na melhoria da qualidade de vida dos

doentes e em critérios fármaco-económicos. [3]

A aquisição dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos é da

responsabilidade dos SF em articulação com o Serviço de Aprovisionamento, que deve ser feita

tendo em conta os consumos médios de cada medicamento.

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3.3 RECEÇÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

A receção e verificação das encomendas é realizada no piso 02, no armazém de

injetáveis de grandes volumes.

Na receção de encomendas, o TF e o AO recebem as encomendas verificando a

rotulagem (Denominação Comum Internacional da substância ativa (DCI), dosagem, forma

farmacêutica, lote, prazo de validade (PV)), o acondicionamento, e a quantidade. Após

conferência, toda a medicação aguarda o seu transporte até ao destino, numa zona devidamente

identificada com cada setor dos SF (UFA, Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos

(UMCM), UCPC e Especialidades). O TF deve ainda priorizar os medicamentos termolábeis,

sendo estes devidamente identificados e armazenados no frigorífico até serem transportados.

Os medicamentos citotóxicos devem ser transportados em separado, corretamente identificados

e acompanhados de um kit de derrame. Os medicamentos estupefacientes e psicotrópicos são

enviados para o respetivo armazém (cofre) para serem validados pelo farmacêutico e TF. Ainda

nesta área são rececionados os medicamentos para ensaios clínicos onde são de imediato

enviados para a unidade de Ensaios Clínicos.

Os produtos rececionados são registados no sistema informático para atualização dos

níveis de stock, a guia de remessa é arquivada nos serviços administrativos dos SF e a fatura é

enviada ao serviço de contabilidade para se efetuar, posteriormente, o pagamento.

3.4 ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

O armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

deve ser feito de modo a garantir as condições necessárias de espaço, luz, temperatura,

humidade e segurança dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. [3]

Para que estes se encontrem em boas condições, a temperatura deve manter-se inferior

a 25ºC e a humidade inferior a 60%. No CHSJ, o controlo da temperatura e humidade é

realizado a partir de um sistema de monitorização.

Neste hospital, existe vários armazéns que facilitam a gestão de stocks sendo eles:

• Armazém 11: Armazém de especialidades, localizado na farmácia central;

• Armazém 12: Localizado na UMCM;

• Armazém 13: Armazém de receção de encomendas e armazenamento de grandes

volumes;

• Armazém 20: Localizado na UFA;

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• Armazém 21: Localizado na UCPC.

Os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos encontram-se

organizados nos diferentes armazéns por ordem alfabética de DCI, dosagem e PV seguindo o

método First Expired, First Out (FEFO).

Na sala de Distribuição Individualizada Diária em Dose Unitária (DIDDU), os

medicamentos estão organizados em gavetas, identificadas com o DCI e dosagem, por forma

farmacêutica, em dose unitária, de forma a proporcionar o acesso rápido ao medicamento e um

eficiente sistema de distribuição.

Os medicamentos estupefacientes, psicotrópicos e benzodiazepinas estão armazenados

num cofre em que apenas o TF responsável e o Farmacêutico têm acesso.

Quanto aos medicamentos termolábeis, estes são armazenados no Kardex® refrigerado

(sistema semiautomático de dispensa em dose unitária de produtos termolábeis), que apresenta

um sistema de controlo e registo de temperatura posicionado entre os 2º e os 8ºC. Caso haja

alguma alteração de temperatura o sistema de alarme é ativado de imediato.

Aquando da entrada nos SF de medicamentos e produtos farmacêuticos são registados

informaticamente os PV, o que permite que no final de cada mês sejam emitidas listagens com

os medicamentos e produtos cujo prazo de validade expire nos três meses seguintes,

possibilitando assim um controlo dos PV de todos os medicamentos e produtos existentes no

CHSJ.

3.5 REPOSIÇÃO DE STOCKS

Na Zona de Individualização e Reposição de Stocks (ZIRS), um TF é responsável pela

reposição de stocks e controlo dos prazos de validade nos SF. Este individualiza e identifica os

medicamentos em unidose e repõe os stocks da farmácia central e dos sistemas de Kardex®.

Deste modo, este setor tem como principais objetivos restabelecer e manter os stocks de apoio

aos setores de DIDDU, Pyxis® e Kardex®.

Diariamente, o TF responsável por este setor está encarregue de verificar todas as

gavetas na zona da DIDDU registando o DCI dos medicamentos em falta ou que estejam abaixo

do valor mínimo estabelecido para o medicamento. De seguida, procede à reposição, sendo

necessário efetuar o pedido aos AO para a individualização e rotulagem dos medicamentos em

unidose e à Unidade de Reembalagem (UR) quando os medicamentos são compatíveis com os

sistemas do FDS® ou da Griffols®. Na zona da ZIRS existe também um pequeno stock de

medicamentos de grande rotatividade que necessitam de ser individualizados várias vezes para

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serem repostos como, por exemplo, Diazepam 5mg/mL, injetável ou o Cetorolac 3mg/mL,

injetável. Este stock é verificado diariamente para que se proceda à sua reposição.

Quanto à reposição do Kardex®, o sistema informático emite uma lista de

medicamentos que se encontram abaixo do stock mínimo e estes são repostos antes da

preparação dos serviços de Kardex®. A reposição do Kardex® refrigerado é realizada

diariamente, não sendo necessário a impressão da lista de mínimos.

Durante o estágio, o TF responsável da ZIRS, entregou-me a tarefa de controlar os PVs

do armazém 11, onde se encontram medicamentos e dispositivos médicos. Seguindo a listagem,

conferi todos os produtos farmacêuticos e sinalizei aqueles que o PV esgotasse nos três meses

seguintes, sendo estes reencaminhados para as gavetas da DIDDU para serem escoados. Os

medicamentos e dispositivos médicos que possam deter PV expirado devem ser, de imediato,

retirados da prateleira.

3.6 FARMACOTECNIA

Atualmente, são poucos os medicamentos que se produzem nos hospitais, ao contrário

do que sucedia há uma década.

As preparações que se fazem atualmente, destinam-se essencialmente a:

• Doentes individuais e específicos (fórmulas pediátricas, por ex.);

• Reembalagem de doses unitárias sólidas;

• Preparações asséticas (soluções e diluições de desinfetantes);

• Preparações estéreis ou citotóxicas individualizadas.

Apesar da preparação de medicamentos se ter alterado, mantêm-se a exigência de

produzir preparações farmacêuticas seguras e eficazes.

Para que esse objetivo seja alcançado é necessário haver uma estrutura adequada e um

sistema de procedimentos que assegure um “Sistema de Qualidade na Preparação de

Formulações Farmacêuticas”.

Assim, a área destinada a este processo de produção e controlo terá de ter em conta o

tipo e o nível de exigência das preparações farmacêuticas e o local onde essa preparação será

feita. [3]

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3.6.1 Unidade De Manipulação Clínica De Medicamentos Não Estéreis

Nos SF as preparações não estéreis são realizadas no laboratório onde consta o

equipamento básico e materiais, tais como hotte, balanças analítica e semi-analítica, balões

volumétricos, pipetas graduadas e volumétricas, gobelés, entre outros.

As principais formas farmacêuticas preparadas são, essencialmente, suspensões,

soluções e pós acondicionados em papéis medicamentosos.

Para a preparação de cada medicamento manipulado é sempre necessária a elaboração

da Ficha Técnica de Preparação, que contém os procedimentos e material a utilizar, nome do

serviço para o qual o medicamento será distribuído, a identificação do produto preparado, a

data da preparação, informações sobre as matérias-primas (nome, quantidade, lote, laboratório,

PV) e assinatura do TF, responsável por preparar o medicamento, e do supervisor.

Antes da preparação de qualquer manipulado deve-se proceder à devida higienização

pessoal e da bancada de preparação de manipulados assim como à proteção individual. A

higienização da bancada deve ser desinfetada com álcool a 70º, antes e após a preparação do

manipulado, e deve ser utilizado um campo de preparação de manipulados. Quanto à proteção

individual, o TF deve vestir o fato de proteção individual, proteção de pés, luvas e máscara.

Após preparado o manipulado este deve ser devidamente acondicionado e rotulado.

Cada medicamento manipulado, após verificado pelo Farmacêutico, é colocado em sacos

apropriados e devidamente selados.

3.6.2 Unidade de Manipulação Clínica de Medicamentos Estéreis

Na UMCME prepara-se a Nutrição Parentérica (NP), Citotóxicos (CTX) e outras

formulações, como colírios e preparações para administração endovenosa.

Durante o estágio no CHSJ foi possível observar a preparação da nutrição parentérica.

Esta é preparada numa sala de pressão positiva, em câmara de fluxo laminar horizontal. Antes

da preparação das bolsas, o profissional de farmácia (com formação em NP) deve proceder à

lavagem assética das mãos e colocar o Equipamento de Proteção Individual (EPI). Na sala de

apoio, existe um TF encarregue de esterilizar todo o material ou fármacos necessários com

álcool a 70º. A preparação das bolsas é realizada com o auxílio de uma máquina de enchimento

automático - Exactamix®. Após a preparação, as bolsas são devidamente acondicionadas e

rotuladas para que sejam validadas pelo farmacêutico.

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3.6.3 Reembalagem

A reembalagem e rotulagem de medicamentos unidose deve ser efetuada de maneira a

assegurar a segurança e qualidade do medicamento. [3]

Esta área dos serviços farmacêuticos, quando devidamente equipada, consegue cumprir

os seus objetivos principais, que são [3]:

• Permitir aos Serviços Farmacêuticos disporem do medicamento, na dose prescrita, de

forma individualizada, reduzindo os riscos de contaminação do medicamento;

• Reduzir erros de administração;

• Garantir a identificação do medicamento reembalado (DCI, dosagem, lote, prazo de

validade).

A Unidade de reembalagem possui dois sistemas semi-automáticos de reembalagem

capazes de dar resposta às necessidades de todos os setores da Farmácia Hospitalar, o FDS®

(Fast Dispensing System), que reembala toda a medicação previamente parametrizada para tal

e a Grifols® (Auto-Print™ Unit Dose Packaging System for Oral Solids) que dá resposta às

insuficiências do reembalamento por FDS®, nomeadamente fármacos fotossensíveis. Neste

setor, consegue-se o acondicionamento individual de formas farmacêuticas orais sólidas que

não apresentem as condições necessárias para a sua correta distribuição e também, proporcionar

uma dose (prescrita) diferente à dose comercializada do medicamento, através do seu

fracionamento.

A maioria das reembalagens efetuadas no FDS® destinam-se à DIDDU, dizendo

respeito a medicamentos orais sólidos, não fotossensíveis e não termolábeis, que permitem uma

preparação mais rápida da medicação para cada SF. Cada invólucro proveniente da

reembalagem contém um único medicamento identificado com código de barras, identificação

do hospital, DCI, dosagem, prazo de validade e lote.

Todos os serviços preparados na DIDDU e que utilizam o FDS® como modo de

preparação do medicamento, são registados em Microsoft Excel assim como todas as não

conformidades ocorridas.

A Griffols® reembala formas orais sólidas em revestimento fotoprotetor. Tudo o que é

manipulado é registado numa folha de cálculo do Microsoft Excel para que seja permitida a

rastreabilidade do medicamento reembalado.

Caso a reembalagem seja de medicamentos que são retirados do invólucro original é

gerado um novo PV, segundo as recomendações das boas práticas. Assim, o novo PV será

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determinado após o cálculo de 25% do PV remanescente desde que não seja superior a 6 meses.

No caso dos medicamentos reembalados com o invólucro original, o PV mantém-se.

3.7 DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS, DISPOSITIVOS MÉDICOS E PRODUTOS

FARMACÊUTICOS

A distribuição de medicamentos é um sector muito relevante nos SF pois é a fase do

circuito do medicamento que permite efetivamente que o medicamento seja administrado ao

doente na dose correta, via de administração e momento pretendido, de forma a cumprir com o

máximo rigor a prescrição médica.

NO CHSJ, existem vários sistemas de distribuição:

• A distribuição a doentes em regime de internamento (DRSN, a DIDDU e a DC);

• A distribuição a doentes em regime de ambulatório;

• A dispensa de medicamentos sujeitos a legislação restritiva (estupefacientes,

psicotrópicos e hemoderivados)

3.7.1 Distribuição por Reposição de Stocks Nivelados

Através do sistema semiautomático Pyxis®, o setor da reposição de stocks nivelados,

destina-se a satisfazer os serviços de internamento em que a DIDDU é inadequada. Abrange

dezasseis serviços entre os quais a Unidade de Cuidados Intensivos de Urgência, a Unidade de

Cuidados Intensivos de Pediatria e o Bloco Operatório de Pediatria Cirúrgica.

O Pyxis® é constituído por uma consola central, presente nos SF, em que através do

sistema informático a informação dos doentes é enviada para esta consola e é criada uma

listagem com os medicamentos necessários a repor em cada estação (anexo A). Este sistema

automatiza a distribuição, permite a manutenção e controlo da medicação.

Em cada estação é possível retirar a medicação que se encontra prescrita para um

determinado doente, sendo o acesso restrito e controlado, uma vez que é necessário uma senha

ou a leitura da impressão digital. Isto implica a identificação dos utilizadores, ficando registadas

todas as operações realizadas pelos mesmos.

O TF é encarregue de preparar a medicação e de se dirigir aos serviços para efetuar a

reposição. À medida que se repõe os medicamentos o sistema abre as gavetas e pede a

confirmação das contagens iniciais e repostas. Existem três níveis de segurança nas gavetas do

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Pyxis®:

✓ alta – a gaveta só permite aceder ao produto prescrito na quantidade prescrita;

✓ média – permite o acesso à quantidade total de medicamento prescrito, mas não permite

à restante medicação na mesma gaveta devido às tampas de cada divisória;

✓ baixa - a gaveta permite o acesso a todos os medicamentos na sua quantidade total.

Se for necessária medicação que não está parametrizada no Pyxis®, origina-se um

pedido Extra Pyxis®, que é preparado por doente para 24h em sacos individualizados e

identificados para serem entregues no serviço aquando da reposição dos restantes

medicamentos.

O TF deve verificar sempre os PVs e respeitar a regra FEFO.

3.7.2 Distribuição Individual Diária em Dose Unitária

Permite a distribuição de medicamentos, segundo o perfil farmacoterapêutico do doente,

em dose individual unitária, para um período de 24 horas de segunda-feira a sexta-feira e aos

sábados e vésperas de feriados para um período de 48 horas.

Este setor é auxiliado pelos Sistemas Semiautomáticos de dispensa de medicamentos,

Kardex®, Kardex® de frio e FDS®. No Kardex® encontram-se maioritariamente os

medicamentos injetáveis e orais não parametrizados em FDS®. No Kardex® de frio estão

armazenados os medicamentos que exigem acondicionamento entre 2ºC a 8ºC.

Cada serviço tem um carro de medicação equipado com gavetas (anexo B), onde é

colocada toda a medicação por doente, com a devida identificação, número da cama e serviço

de internamento. O Farmacêutico gera o mapa de distribuição de medicamentos e o TF

processa-o informaticamente para os sistemas semiautomáticos. São emitidos os produtos

externos (medicamentos que não se encontram inseridos no Kardex®) e as incidências

(medicamentos que estão parametrizados em Kardex® mas que se encontram a zero). Quando

não é possível a preparação do medicamento através de um destes sistemas, é preparado

manualmente após impressão da listagem. A medicação de grandes volumes deve ser colocada

em sacos devidamente identificados, fora das gavetas.

Caso determinado doente necessite de algum medicamento de frio o TF deve recorrer

ao Kardex® de frio e acondicionar os medicamentos em malas térmicas devidamente

identificadas e, permanecer neste até ao momento de transporte para o serviço. Antes de fechar

o serviço o TF deve verificar se houve alterações e efetuá-las caso se verifiquem. De seguida,

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os AO transportam as malas até aos serviços e, no seu regresso, os TF retiram a medicação

devolvida do dia anterior ou dois dias antes, caso se trate de fim-de-semana, procedendo à sua

contagem e acerto de stock informaticamente.

3.7.3 Distribuição Clássica

O sistema de Distribuição Clássica de medicamentos foi o primeiro a ser implementado

nas Unidades Hospitalares portuguesas. Este sistema permite manter um stock de

medicamentos em cada Serviço Clínico (SC), os quais são da responsabilidade do Enfermeiro

Chefe de cada serviço. Este é também responsável pela requisição dos medicamentos através

da listagem de consumos pré-definida, preenchendo uma requisição específica para o efeito ou

através do sistema informático, contendo a informação da medicação pretendida e respetivas

quantidades. Relativamente às requisições específicas, estas são utilizadas para pequenos

pedidos, pedidos urgentes ou pedidos feitos fora dos horários de reposição.

No espaço destinado à distribuição clássica ou tradicional, as especialidades

farmacêuticas encontram-se armazenadas segundo a regra do FEFO e organizadas por ordem

alfabética de DCI, sendo que os antimicrobianos, os citotóxicos, as formas farmacêuticas

oftalmológicas e os medicamentos extra-formulário hospitalar, encontram-se armazenados em

armários independentes.

Após ser feito o pedido de reposição pelo serviço clínico, informaticamente, e validado

pelo farmacêutico, o TF prepara o pedido recorrendo ao “stock” existente no setor da DC. Caso

haja medicação termolábil, esta é retirada do Kardex® de frio, acondicionada numa mala

térmica com termoacumulador, identificada e novamente acondicionada no frio. Para que o AO

tenha conhecimento do pedido dos termolábeis, coloca-se uma etiqueta de “Conservar no Frio”

no duplicado da Guia. Quanto à requisição de medicamentos estupefacientes, psicotrópicos ou

benzodiazepinas apenas o TF responsável e os farmacêuticos têm acesso ao cofre de

armazenamento dos mesmos.

Os medicamentos são acondicionados numa caixa de transporte identificadas e

colocadas no ponto de recolha da central de distribuição para o AO proceder à distribuição ao

SC.

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3.7.4 Distribuição em Ambulatório

Este tipo de distribuição é realizado a doentes que, devido a diversas patologias, são

assistidos em qualquer estabelecimento de saúde hospitalar e que podem efetuar a medicação

no domicílio, não carecendo de internamento no hospital.

Na UFA, nos armários gerais de medicação, ao qual chamamos de Consis®, a

medicação encontra-se distribuída não só por ordem alfabética, mas também separada por

patologia, sendo que cada grupo de patologias tem uma cor correspondente. Possui quatro

frigoríficos, com um grande armazenamento de epoetinas e também uma estante apenas com

dietas entéricas.

Os TF, neste serviço, tem como principais funções o armazenamento no Consis®,

devendo este ser reposto ao longo do dia; a reposição da medicação em falta ou com pouco

stock das gavetas que se encontram nas secretárias dos farmacêuticos, responsáveis por

dispensar a medicação aos utentes; a receção da medicação e o controlo dos PVs.

3.8 FARMACOVIGILÂNCIA

A Farmacovigilância é a ciência e conjunto de atividades relacionados com a deteção,

avaliação, compreensão e prevenção de efeitos indesejáveis (ou reações adversas) ou qualquer

outro problema de segurança relacionado a medicamentos, visando melhorar a segurança dos

medicamentos, em defesa do utente e da Saúde Pública. [5]

Todos os profissionais de saúde e utentes integram a estrutura do Sistema Nacional de

Farmacovigilância. Devem enviar qualquer informação sobre reações adversas que ocorram

com o uso de medicamentos.

Deve haver recolha e registo adequado de qualquer ação adversa grave ou não esperada

a um medicamento e as notificações enviadas rapidamente para o Serviço Nacional de

Farmacovigilância. Durante o período de estágio no CHSJ, não foi notificada nenhuma reação

adversa que pudesse levar ao contacto com o Sistema Nacional de Farmacovigilância.

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CAPÍTULO II - FARMÁCIA COMUNITÁRIA

1.CARATERIZAÇÃO DA FARMÁCIA BARREIROS

1.1 FARMÁCIA BARREIROS

Fundada em 1934 pela Dr.ª Maria Vitória Faria Lapa Barreiros, a Farmácia Barreiros

fica localizada na Rua Serpa Pinto, nº12, na freguesia de Cedofeita, pertencente ao concelho do

Porto.

A farmácia Barreiros destaca-se pelos seus serviços especializados nas áreas de

ortopedia, manipulação de medicamentos, veterinária, nutrição, serviço farmacêutico ao

domicílio, preparação individualizada de medicação (Farmapack®) e determinação de

parâmetros fisiológicos e bioquímicos. Sendo uma farmácia tão completa e evoluída, esta

alberga uma equipa numerosa constituída por farmacêuticos, TF, ortopedistas, nutricionistas,

optometristas, técnicos de ótica ocular, administrativos e auxiliares.

1.2 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A Farmácia Barreiros encontra-se em funcionamento 24 horas por dia, 365 dias por ano.

O atendimento diurno é das 9h às 00h e o noturno das 00h às 9h em que neste, o contacto com

o utente é feito através de um postigo e o atendimento assegurado por apenas um farmacêutico

ou TF.

1.3 ESPAÇO FÍSICO EXTERIOR

A fachada do edifício é constituída por uma placa identificativa da farmácia e do seu

diretor técnico e, uma placa em forma de cruz, verde, luminosa durante a noite. Em frente ao

edifício existem lugares de estacionamento que facilitam o acesso dos utentes.

1.4 ESPAÇO FÍSICO INTERIOR

O edifício da Farmácia Barreiros é constituído por 4 pisos ligados por escadas e

elevador:

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• Piso -1: onde se localiza o armazém, área que se destina à receção e verificação das

encomendas entregues na farmácia e onde se encontram os produtos de maior stock.

Possui ainda, local de arquivo de notas de encomenda e faturas dos fornecedores e

laboratórios, dois vestuários (masculino e feminino) e uma zona destinada ao tratamento

dos assuntos relacionados com os serviços farmacêuticos prestados ao domicílio.

• Piso 0: neste piso encontramos a zona de atendimento ao público, composta por 8

balcões de atendimento; uma casa de banho destinada aos utentes; um gabinete de

atendimento personalizado para a determinação de parâmetros fisiológicos e

bioquímicos, administração de injetáveis, consultas de nutrição e outros serviços; o

gabinete da direção técnica e o backoffice. Neste piso, no exterior, existe também uma

cozinha para usufruto dos colaboradores da Farmácia Barreiros.

• Piso 1: neste piso podemos encontrar a área de preparação individualizada de

medicamentos, o FarmaPack®; o sistema de armazenamento de medicação (robot); a

área de manipulação de medicamentos constituída por 3 laboratórios e uma sala para

embalamento dos manipulados;

• Piso 2: neste piso situam-se alguns gabinetes e uma sala de formação onde se realizam

frequentemente formações para os funcionários da farmácia.

1.5 SISTEMA INFORMÁTICO

O Sifarma2000® é o sistema informático existente na Farmácia Barreiros para gerir os

seus stocks, emitir e rececionar encomendas e auxiliar no atendimento ao público. Permite que

durante o atendimento sejam acedidas diversas informações importantes sobre os produtos, mas

também sobre o utente (se este já possuir uma ficha de cliente), permitindo consultar os seus

dados biográficos, o historial de compras na farmácia, o registo de cedência de psicotrópicos e

regularizar vendas suspensas e a crédito.

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2. GESTÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

A gestão de stocks regula o circuito entre os produtos comprados e os vendidos,

garantindo o equilíbrio financeiro da farmácia.

Segundo as Boas Práticas para a Farmácia Comunitária, é necessário determinar os

stocks mínimos e máximos requeridos para atender às necessidades dos utentes, evitando tanto

uma possível rutura como um excesso de stock, que representa uma imobilização de capital, a

possibilidade de serem ultrapassados PV e uma maior necessidade de espaço para

armazenamento. [6]

2.1 CONTROLO DOS PRAZOS DE VALIDADE

A Farmácia Barreiros segue a regra do FEFO, pelo que os produtos que apresentam PVs

mais curtos devem ser os primeiros a ser escoados.

No início de cada mês, procede-se à listagem dos produtos com PV a expirar nos dois

meses seguintes ou que não possuam PV registado no Sifarma2000®, prevenindo assim

possíveis consequências no momento da dispensa.

Sempre que um produto apresente PV a expirar é enviado ao fornecedor, juntamente

com uma nota de devolução, impressa em triplicado.

2.2 DEVOLUÇÕES AO FORNECEDOR

Os produtos podem ser devolvidos ao fornecedor por várias razões como, a não

conformidade entre a encomenda e o produto rececionado, embalagem/produto danificado ou

incompleto, Preço de Venda ao Público (PVP) errado, PV a expirar ou mesmo expirado ou,

pela retirada de lote(s) de um produto do mercado.

Em caso de devolução de produtos ao fornecedor, esta deve fazer-se acompanhar de

uma nota de devolução (original e duplicado) na qual devem estar indicados o fornecedor, o

nome e código do produto, o número de embalagens a devolver, o motivo da devolução e o

número da fatura correspondente. O documento triplicado depois de assinado pelo

transportador é arquivado na farmácia. Quando o fornecedor aceita a devolução pode trocar o

produto por outro igual ou emitir uma nota de crédito. Quando os produtos não são aceites pelo

fornecedor, este deve justificar a reprovação e enviar os produtos de novo para a farmácia.

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3. MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

3.1 APROVISIONAMENTO E REALIZAÇÃO DE ENCOMENDAS

O aprovisionamento corresponde à fase do circuito do medicamento que consiste na

compra de medicamentos e outros produtos, necessários para os utentes e para a farmácia.

Os fornecedores preferenciais da Farmácia Barreiros são a Cooprofar, a Alliance

Healthcare e a Plural. As encomendas são realizadas a partir do sistema informático ou

telefonicamente.

Para a encomenda de produtos farmacêuticos existem encomendas diárias, diretas,

instantâneas e via-verde.

• Encomendas diárias: feitas aos distribuidores habituais da farmácia, Cooprofar, Alliance

Healthcare e Plural. Neste processo o Sifarma2000® é de extrema importância visto

que, está definido um stock mínimo para cada produto e este gera automaticamente

propostas de encomendas aos fornecedores. A nota de encomenda é posteriormente

avaliada e validada por um colaborador responsável pela aquisição de produtos e

enviada ao fornecedor pretendido através do sistema informático. Este tipo de

encomenda é realizado quando se tratam de produtos cuja saída é frequente e obedece a

um padrão regular. Este sistema tem a vantagem de economizar tempo aos

colaboradores da farmácia ao sugerir a encomenda de produtos. As encomendas são

entregues pelos distribuidores acima referidos ao final da manhã, final da tarde e durante

o turno da noite.

• Encomendas diretas: são feitas diretamente aos laboratórios. Diferem das encomendas

diárias, uma vez que apresentam uma diversidade menor de produtos, contudo em

quantidades maiores, reforçando os stocks da farmácia com base em previsões a

médio/longo prazo da sua rotatividade.

• Encomendas instantâneas: normalmente são feitas quando um determinado produto é

solicitado por um utente e não se encontra disponível no momento para dispensa. Podem

ser feitas através do sistema informático ou telefonicamente para os três fornecedores

habituais. Em caso de disponibilidade do produto por parte dos fornecedores, informa-

se o cliente do PVP e da data prevista de entrega do mesmo.

• Encomendas via-verde: este tipo de encomenda destina-se a ser usada quando um

produto está esgotado e o utente não pode suspender a sua toma. É necessário fazer um

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pedido direto ao laboratório, com o nome do doente e número da receita, e escolher um

fornecedor.

Atualmente os medicamentos abrangidos por este tipo de encomenda são:

✓ Symbicort 80/4,5µg/dose

✓ Symbicort 160/4,5µg/dose

✓ Symbicort 320/9µg/dose

✓ Atrovent Unidose

✓ Spiriva 18µg/dose

✓ Budenofalk 2mg/dose, espuma retal

✓ Budenofalk OD, 9mg, granulado

GR

✓ Salofalk, 1g/dose, espuma retal

✓ Salofalk enemas, 4g/60mL,

suspensão retal

✓ Risperdal Consta 25mg/2mL,

injetável

✓ Risperdal Consta 37,5mg/2mL,

injetável

✓ Risperdal Consta 50mg/2mL,

injetável

✓ Mysoline, 250 mg, comprimido

✓ Asacol 400mg, 60 comp. GR

✓ Asacol 800mg, 60 comp. GR

✓ Innohep 10.000 U.I. Anti-Xa/0,5mL

✓ Innohep 14.000 U.I. Anti-Xa/0,7mL

✓ Innohep 18.000 U.I. Anti-Xa/0,9mL

✓ Sandimmun Neoral 25mg, 50 cáps.

✓ Sandimmun Neoral 50mg, 30 cáps.

✓ Sandimmun Neoral 100mg, 50 cáps.

✓ Lovenox 20mg/0,2mL, 6 unidades,

injetável

✓ Lovenox 40mg/0,4mL, 6 unidades,

injetável

✓ Lovenox 60mg/0,6mL, 6 unidades,

injetável

✓ Lovenox 80mg/0,8mL, 6 unidades,

injetável

3.2 RECEÇÃO DE ENCOMENDAS

Ao longo do estágio na Farmácia Barreiros tive a oportunidade de estagiar no setor da

receção e armazenamento das encomendas, ou seja, no armazém. Aprendi a rececionar e

verificar todo o tipo de encomendas realizadas diariamente, os locais de armazenamento para

cada tipo de medicamento ou produto farmacêutico, entre outras tarefas diárias. O conjunto

destas atividades auxiliou a que tivesse uma maior perceção dos produtos existentes na

farmácia, a sua localização e quais os produtos que eram dispensados com maior regularidade.

Todas as encomendas que são entregues na farmácia são acompanhadas da respetiva

fatura em duplicado (anexo C) e uma guia de transportes que deve ser assinada e carimbada,

pelo TF responsável pela receção das encomendas, e entregue ao fornecedor. O TF, como

primeiro passo, deve avaliar a identificação dos contentores e verificar se corresponde aos da

Farmácia Barreiros.

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De seguida, todos os produtos devem ser rececionados, selecionando ou criando a

encomenda no sistema. Todos os produtos são inseridos a partir da leitura ótica do código de

barras. Durante este processo, deve ser observado e alterado, se necessário, os PVs e o preço de

custo. O PV apenas é alterado quando o produto recentemente rececionado tem PV inferior ao

produto já existente na farmácia.

Caso sejam rececionados novos produtos na farmácia é necessário criar uma ficha de

produto, inserindo o laboratório fornecedor, o PV e o PVP. Caso o produto não contenha um

Código Nacional do Produto (CNP), faz-se a atribuição de um código interno da farmácia.

Quando se tratam de encomendas que contêm medicamentos psicotrópicos,

estupefacientes ou benzodiazepinas, estas vêm acompanhadas de uma requisição especial em

duplicado (Requisição de substâncias e suas preparações compreendidas nas tabelas I, II, III e

IV, com exceção da II-A, de acordo com o Decreto-lei nº15/93 de 22 de janeiro, com retificação

a 20 de fevereiro). O duplicado é carimbado pelo diretor técnico ou farmacêutico responsável

e enviado para o fornecedor de modo a comprovar a sua receção, e o original é arquivado. Estes

documentos originais devem ser armazenados na farmácia por um período mínimo de 3 anos.[7]

Após toda a encomenda rececionada, verifica-se se coincide com a fatura o valor da

receção da encomenda e a quantidade de produtos rececionados.

No caso de algum dos produtos rececionados ser um pedido de reserva estes devem ser

colocados no setor das “Reservas”.

3.3 ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

Os medicamentos termolábeis são os que devem ser armazenados em primeiro lugar, no

frigorífico a temperaturas entre 2-8ºC e os restantes nas condições de temperatura (inferior a

25ºC), humidade (inferior a 60%), luminosidade e ventilação adequadas. A temperatura e a

humidade são controladas em dois locais distintos, no armazém e nos frigoríficos.

Visto que a Farmácia Barreiros possui um sistema de armazenamento automatizado, o

“Robot”, a maior parte dos medicamentos são armazenados no mesmo, excetuando, soluções,

xaropes, alguns cremes ou pomadas, materiais de penso, produtos de volumes maiores, entre

outros, que são armazenados no armazém ou no expositor situado atrás dos balcões de

atendimento, tendo sempre em atenção à regra do FEFO.

Os produtos cosméticos, produtos de higiene corporal, leites e produtos de puericultura

estão expostos de preferência em lineares próprios na zona de atendimento e ao alcance dos

utentes, tendo em conta critérios sazonais.

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3.4 DISPENSA DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS DE SAÚDE

A dispensa de medicamentos representa uma das principais atividades do TF. A

dispensa poderá ser feita mediante apresentação de receita médica (eletrónica ou manual),

indicação farmacêutica ou automedicação.

3.4.1. Dispensa de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica

Os Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM) são todos aqueles que a sua

dispensa está sujeita à apresentação da receita médica e que preencham uma das seguintes

condições: seja necessária vigilância médica durante o tratamento; possam constituir um risco

para a saúde, quando utilizados para fins diferentes daquele a que se destinam; contenham

substâncias, ou preparações à base dessas substâncias, cuja atividade ou reações adversas seja

necessário aprofundar; destinem-se a ser administrados por via parentérica [8].

Existem três modelos de prescrição: receitas desmaterializadas ou sem papel, receitas

materializadas e receitas manuais.

As prescrições eletrónicas podem ser disponibilizadas de duas formas (Tabela II):

Receita eletrónica desmaterializada ou receita sem papel – a prescrição é acessível em

formato digital e tem de ser validada e registada no sistema central de prescrições

aquando a prescrição; [9]

Receita eletrónica materializada – a prescrição é impressa. Existem três tipos:

✓ Receita médica não

renovável – destina-se a

tratamentos de curta ou

média duração e

apresentam um prazo de

validade de trinta dias

após a data da

prescrição. [9]

✓ Receita médica

renovável – destina-se a

determinadas doenças

ou tratamentos

prolongados; os

medicamentos podem

ser adquiridos mais do

que uma vez sem

✓ Receita médica especial

- destina-se a

estupefacientes,

psicotrópicos ou

substâncias que possam

dar origem a riscos

importantes de abuso de

medicamentos,

Tabela II Tipos de prescrições eletrónicas

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Em cada receita eletrónica, cada linha de prescrição apenas contém um medicamento

até ao máximo de:

• 2 embalagens, no caso de medicamentos destinados a tratamentos de curta ou média

duração, com uma validade de 60 dias seguidos, contada a partir da data da sua emissão.

• 6 embalagens, no caso de medicamentos destinados a tratamentos de longa duração com

uma validade de 6 meses, contada a partir da data da sua emissão.

No caso dos medicamentos prescritos se apresentarem sob a forma de embalagem

unitária podem ser prescritas até 4 embalagens do mesmo medicamento, ou até 12 embalagens

no caso de medicamentos de longa duração. [9]

As receitas médicas manuais são apenas permitidas em situações excecionais, devendo

o prescritor assinalar na receita o motivo da exceção que poderá ser por falência informática,

inadaptação fundamentada do prescritor, prescrição no domicílio e até quarenta receitas por

mês.

Uma receita médica manual é válida se incluir a identificação do utente, o regime

especial de comparticipação, se aplicável, a identificação do médico prescritor e a sua

assinatura, identificação do local de prescrição, data de prescrição da receita, validade da

receita, identificação do medicamento, forma farmacêutica, dosagem e constituição das

embalagens.

Após avaliação da receita, o profissional de farmácia deve recolher todos os

medicamentos e verificar se correspondem ao pedido. No momento da validação da receita,

seleciona-se o organismo comparticipante. Antes de proceder ao pagamento, o sistema

Sifarma2000® está automatizado para que o profissional de farmácia valide todos os códigos

dos medicamentos a dispensar, de forma a que seja dispensado o medicamento correto evitando

possíveis erros de administração.

Durante o atendimento, deve ser sempre questionado ao utente se tem preferência no

medicamento, ou seja, se de marca ou genérico, quando não há restrição por parte do médico;

se sabe qual o modo de toma do medicamento e se tem alguma dúvida.

No caso de receitas manuais, ao finalizar a venda são impressos dois documentos. É

necessidade de nova

receita médica. [9]

toxicodependência ou

ser usados para fins

ilegais. [9]

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impresso no verso da receita, o documento de faturação respetivo, onde consta, entre outras

informações, a declaração em como o utente recebeu os medicamentos, as informações

necessárias e o direito de opção do medicamento, o qual deve ser rubricado pelo utente. No

verso da receita, o responsável pela dispensa da mesma deve carimbar, rubricar e datar. O

segundo documento impresso é uma fatura/recibo, posteriormente carimbada e rubricada pelo

profissional de farmácia e entregue ao utente.

No caso das vendas suspensas ou a crédito, não é emitida uma fatura, mas sim um

documento comprovativo da venda. Nas vendas suspensas o cliente paga o valor do

medicamento na totalidade, mas posteriormente, apresenta a receita médica na farmácia,

efetuando os devidos acertos. Isto acontece apenas para utentes que possuam ficha de cliente

na farmácia. Uma venda suspensa a crédito ocorre quando, o utente leva a medicação, mas

efetua o pagamento posteriormente, ocorrendo exclusivamente para utentes habituais e com

ficha na farmácia.

3.4.1.1 Regimes de comparticipação

A grande parte dos medicamentos existentes nas farmácias são comparticipados,

contudo o grau de comparticipação é variável consoante a entidade que o comparticipa e o tipo

de medicamento em causa. Na receita deve estar sempre presente o organismo responsável pela

comparticipação e ser confirmado pelo profissional de farmácia mediante apresentação do

cartão de beneficiário do utente.

Existem dois regimes de comparticipação: regime geral e regime especial. O regime

geral abrange todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o especial é fixado de

acordo com os seguintes escalões:

✓ Escalão A- 90%

✓ Escalão B- 69%

✓ Escalão C- 37%

✓ Escalão D- 15%

✓ Manipulados- 50%

Além do regime geral, o SNS trabalha em complementaridade com outros sistemas de

comparticipação como, por exemplo, SAMS (Serviço de Assistência Médico-social dos

Bancários); SAMS Quadros (Serviço de Assistência Medico- Social do Sindicato Nacional dos

Quadros e Técnicos Bancários); SAVIDA (S.A/ Energias de Portugal) e PT/CTT (Portugal

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Telecom/Correios, Telégrafos e telefones), em que parte da comparticipação é paga pelo Estado

e outra é paga pelo sistema responsável pela complementaridade. No caso dos pensionistas, ou

quando rendimento anual do indivíduo não exceda catorze vezes o salário mínimo nacional, a

comparticipação do Estado é acrescida 5% ou 15%. Para que os utentes usufruam deste regime,

deve estar escrito um “R” no local de identificação do regime de comparticipação.

Os doentes diabéticos possuem um protocolo com o objetivo de proporcionar o acesso

aos produtos necessários para o controlo da doença. A comparticipação do Estado no custo de

aquisição das tiras-teste para diabéticos é de 85% do PVP para utentes do SNS. No que diz

respeito à aquisição de agulhas, lancetas, insulina é fixado a 100% sob o PVP.

3.4.2 Medicamentos Sujeitos a Receita Médica Especial

A dispensa de medicamentos psicotrópicos/estupefacientes apresenta algumas

particularidades devido às suas caraterísticas farmacológicas tendo assim uma legislação

própria, pois interferem com a atividade do sistema nervoso central, provocando alterações no

comportamento, humor e consciência. Assim podem induzir tolerância e/ou dependência física

e psíquica quando utilizados de forma indiscriminada, para além da possibilidade do seu uso

abusivo e para fins ílicitos.

Estes medicamentos são prescritos em receitas manuais com uma validade de 30 dias e,

em receitas eletrónicas com uma validade de 6 meses sendo que, o seu adquirente deve ter idade

igual ou superior a 18 anos. No momento da dispensa o farmacêutico deve proceder ao registo

da identificação do titular da receita, do médico prescritor e do adquirente: nome, número do

cartão de cidadão, morada e idade. O conjunto destas informações é impresso juntamente com

a fatura e anexado à fotocópia da receita, devendo ser arquivado na farmácia por um período

não superior a cinco anos.

O controlo e fiscalização do movimento de medicamentos estupefacientes e

psicotrópicos a nível nacional é efetuado pelo INFARMED, sendo que as farmácias são

responsáveis pelo envio trimestral dos registos informáticos correspondentes às entradas e

saídas destes medicamentos, devidamente assinados e carimbados. O registo informático de

cada ano é encerrado no dia 31 de dezembro, tendo de ser enviado até dia 31 de janeiro do ano

seguinte ao INFARMED.

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3.4.3 Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica

Os Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) são os medicamentos que

podem ser adquiridos sem a apresentação de uma receita médica. Todavia, estes medicamentos

têm de possuir indicações terapêuticas destinadas a situações de automedicação.

Dentro desta classe de medicamentos existem os Medicamentos Não Sujeitos a Receita

Médica de Dispensa Exclusiva em Farmácias (MNSRM-EF), que se tratam de medicamentos

que podem ser dispensados pelo farmacêutico sem prescrição médica mediante o cumprimento

de protocolos de dispensa. [10]

O profissional de saúde deve fornecer toda a informação necessária, nomeadamente

posologia, reações adversas, interações, duração do tratamento, aconselhar medidas não

farmacológicas que possam complementar a terapêutica estabelecida e referir que se o problema

persistir o utente deve consultar um médico.

Como exemplos de aconselhamentos que ocorrem comumente no inverno e com os

quais me deparei ao longo do estágio na Farmácia Barreiros temos, o Strepfen, pastilhas mel e

limão, 8,75 mg de flurbiprofeno, para as dores de garganta em estado inflamado; o Cêgripe para

a febre, dor de cabeça, pingo no nariz, espirros, dor de garganta e dores de corpo, em

comprimidos, 500 mg + 1 mg de clorofenamina + paracetamol e o Nasorhinathiol 0,5 mg/ml

gotas nasais, solução de cloridrato de oximetazolina para o descongestionamento nasal.

3.4.5 Dispensa de Dispositivos Médicos

De acordo com o Decreto-Lei n.º 145/2009, de 17 de junho define-se como Dispositivo

Médico (DM) qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material ou artigo

utilizado isoladamente ou em combinação a ser usado especificamente para fins de diagnóstico

ou terapêuticos e que seja necessário para o bom funcionamento do DM, cujo principal efeito

pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou

metabólicos, embora a sua função possa ser apoiada por esses meios, é destinado pelo fabricante

a ser utilizado em seres humanos para fins de [11]:

✓ Diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença;

✓ Diagnóstico, controlo, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou de uma

deficiência;

✓ Estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico;

✓ Controlo da conceção.

Os DM podem ainda classificar-se segundo a sua invasividade ao corpo humano como,

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dispositivos de baixo risco (classe I), dispositivos de médio risco (classe IIa e IIb) e dispositivos

de alto risco (classe III).

Na farmácia Barreiros podem ser encontrados diversos DM, com particular foco para produtos

de ortopedia: meias de compressão; material de penso; produtos de higiene e dispositivos

destinados a pediatria, administração parentérica e ostomizados. No sentido de oferecer um

atendimento mais personalizado aos utentes e aumentar a gama de DM disponíveis ao público,

o grupo da Farmácia Barreiros dispõe de uma loja de ortopedia, onde existe, inclusivamente,

uma oficina de ortoprotesia, para além de numerosos produtos de diferentes marcas comerciais.

3.4.6 Dispensa de produtos e medicamentos de uso veterinário

De acordo com o Decreto-Lei nº 148/2008, de 29 de julho os medicamentos veterinários

são todas as substâncias, ou associação de substâncias, apresentada como possuindo

propriedades curativas ou preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas, ou que

possa ser utilizada ou administrada no animal com vista a estabelecer um diagnóstico médico

veterinário ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar,

corrigir ou modificar funções fisiológicas. [12]

De forma semelhante aos medicamentos de uso humano, em certos casos só pode ser

feita a dispensa do medicamento na presença de receita média. Por vezes, são feitos pedidos de

manipulados para uso veterinário, ao laboratório da farmácia.

Na Farmácia Barreiros estes produtos encontram-se numa zona exclusiva e reservada,

separados dos medicamentos de uso humano, e nas suas embalagens está sempre presente a

indicação “Uso Veterinário”. Os produtos mais procurados na farmácia são os anticoncecionais

e os antiparasitários.

3.4.7 Dispensa de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal

Este tipo de produtos assume uma importância cada vez maior, uma vez que a sua

procura por parte da população tem vindo a aumentar. Estes produtos requerem muitas vezes

aconselhamento por parte do profissional de farmácia, o que implica que este esteja em

constante atualização nesta área, devendo participar nas formações que a farmácia proporciona

ao longo do ano.

A Farmácia Barreiros apresenta uma vasta gama destes produtos entre as quais Uriage®, La

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Roche Posay®, Filorga®, Sesderma®, Vichy®, Saugella®, Bioderma® e Lactacyd®.

3.4.8 Dispensa de Dietéticos e de Alimentação Especial

A farmácia possui uma grande diversidade de produtos dietéticos destinados à redução

e controlo do peso. Apresenta também uma gama alargada de produtos de alimentação especial

tais como, fórmulas lácteas e preparados para lactentes, produtos indicados para regimes

alimentares hipo e hipercalóricos, proteicos e glicídicos, produtos de nutrição entérica e

parentérica e produtos destinados a melhorar o rendimento desportivo.

3.4.9 Dispensa de Outros Produtos Farmacêuticos

A Farmácia Barreiros também dispensa outros produtos como suplementos alimentares

(ex. multivitamínico WinFit®), produtos de puericultura como, biberões, tetinas ou chupetas e

também medicamentos homeopáticos (Traumeel®).

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4. DISPENSA INDIVIDUALIZADA DE MEDICAMENTOS (FARMAPACK®)

O FarmaPack® consiste no recondicionamento individualizado da medicação, de uma

forma independente da quantidade de medicamentos, ou do número de tomas necessário. Desta

maneira possibilita que o esquema terapêutico indicado pelo médico seja feito da forma mais

correta, eliminando a possibilidade de certos erros de medicação como, erro no medicamento,

erro na dosagem ou erro de sobredosagem.

É efetuada a análise da prescrição médica e seguidamente são selecionadas e preparadas

as embalagens FarmaPack®, semanalmente ou quinzenalmente (figura I). Os medicamentos

são colocados em saquetas e embalagens individuais (figura II) e recondicionados para as

diferentes tomas (em jejum, pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e ceia), tudo de forma

rigorosa e seguindo a prescrição médica, garantindo sempre que é colocado o medicamento

certo, na dose certa, na hora certa, através da via de administração correta para o doente certo.

Figura I- Sala de preparação de Farmapack®

Figura II- Embalagem final com a

medicação

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5. PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS

De acordo com o Decreto-Lei nº 95/2004, de 22 de abril um Medicamento Manipulado

é qualquer fórmula magistral (o medicamento é preparado segundo receita médica) ou

preparado oficinal (o medicamento é preparado segundo indicações presentes na farmacopeia

ou no formulário) preparado e dispensado sob a responsabilidade de um Farmacêutico. [13]

Como já referido anteriormente, a Farmácia Barreiros possui três laboratórios de

manipulação de medicamentos. O laboratório 1 destina-se à preparação de medicamentos

homeopáticos (grânulos, gotas, florais), o laboratório 2 à preparação de soluções, suspensões,

óvulos, entre outros e o laboratório 3 à preparação de cápsulas. Antes de entrar na área de

preparação de medicamentos deve ser sempre colocado o EPI sendo ele, proteção de pés, luvas,

touca, máscara e vestuário adequado.

Ao longo do estágio na Farmácia Barreiros tive a possibilidade de trabalhar nos três

laboratórios, onde pude rever e aplicar todos os conhecimentos adquiridos durante o percurso

académico e também, adquirir novos conhecimentos e técnicas. Manuseei com vaselina e

preparei pomadas de Vaselina Salicilada a 5%; soluções de Minoxidil 50 mg/ mL; cápsulas de

emagrecimento de L-carnitina 1500 mg e grânulos homeopáticos de Gelsemium 30CH.

Antes da preparação de qualquer medicamento é elaborada uma ficha de preparação que

possui os procedimentos de manipulação, resultados dos ensaios de verificação das matérias-

primas, material de embalagem e respetivo processo de acondicionamento utlizado.

Todo o processo de preparação de manipulados é sempre feito em local assético.

Após preparado o manipulado, este é transportado para a sala de embalagens onde se

rotula, segundo regras da Farmácia Barreiros, e coloca-se o manipulado numa embalagem

identificada com o nome da farmácia e rotulada com o nome do medicamento, a sua

composição, PV e por vezes, com o respetivo código de barras.

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6. OUTROS CUIDADOS DE SAÚDE PRESTADOS

Os testes rápidos realizados permitem monitorizar situações já identificadas, ou detetar

precocemente desvios em alguns parâmetros fisiológicos e bioquímicos.

Na farmácia Barreiros são efetuadas avaliações de parâmetros como:

✓ medição da pressão arterial;

✓ determinação da glicémia;

✓ determinação do colesterol total e triglicerídeos;

✓ determinação do Índice de Massa Corporal (IMC) e análise corporal;

✓ testes de gravidez;

✓ consultas de nutrição e podologia;

✓ administração de injetáveis e vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação.

Durante o estágio apenas colaborei na medição da pressão arterial.

6.1 MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

A medição da pressão arterial deve ser realizada em silêncio e com o utente sentado e

relaxado. O TF ou farmacêutico deve certificar que a pessoa não fumou, não ingeriu café ou

outros estimulantes na hora antes da medição, pois irão influenciar os valores obtidos. Para

além disso, é importante que a braçadeira seja adequada ao braço, não sendo muito larga ou

apertada, e o braço deve estar apoiado e ao nível do coração.

Mediante o resultado obtido, podem ser aconselhadas medidas não farmacológicas

como a prática regular de exercício físico, a cessação tabágica ou a ida ao médico.

O valor padrão da pressão arterial sistólica é 140 mmHg e da pressão diastólica é 90

mmHg. [14]

Para o diagnóstico de Hipertensão Arterial é necessário que a pressão arterial se

mantenha elevada nas medições realizadas em, pelo menos, duas diferentes consultas, com um

intervalo mínimo entre elas de uma semana. [14]

A hipertensão arterial classifica-se em três graus, correspondendo o grau 1 a hipertensão

arterial ligeira, o grau 2 a hipertensão arterial moderada e o grau 3 a hipertensão arterial

grave.[14]

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7. VALORMED®

A Valormed®, criada em 1999, é uma sociedade sem fins lucrativos que tem a

responsabilidade da gestão dos resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso.

Resultou da colaboração entre a indústria farmacêutica, distribuidores e farmácias em face da

sua consciencialização para a especificidade do medicamento enquanto resíduo. [15]

Os medicamentos em desuso ou fora do prazo de validade, incluindo materiais de

acondicionamento (cartonagens, blisters) e materiais requeridos para administração de

medicação (bombas de inalação) são recolhidas em contentores de cartão específicos da

Valormed®.

Quando os contentores se encontram cheios são selados e pesados, é preenchida uma

ficha presente nesse mesmo contentor e entregue ao armazenista aquando do levantamento do

contentor.

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8. RASTREIOS

Durante o estágio na Farmácia Barreiros tive a oportunidade de participar em dois

rastreios, um na Escola Carolina Michaellis (figura III) e outro no campus do Centro Cultura

Desportivo (CCD) do Porto.

No primeiro, foi feito um rastreio cardiovascular com a medição da tensão arterial,

determinação dos valores de colesterol, triglicerídeos, glicémia e do IMC, aconselhando, caso

necessário, a ida ao médico ou medidas não farmacológicas. Todos estes testes foram feitos a

crianças, professores e auxiliares da Escola Carolina Michaellis.

No CCD tratou-se de rastreios cardiovascular e solar. O rastreio cardiovascular consistiu

no que já referido anteriormente e, o rastreio solar em alertar as pessoas para o uso de proteção

solar, testar vários protetores solares das gamas La Roche Posay®, Aveene® e Vichy® e

aconselhar qual o melhor protetor a usar, tendo em conta o seu fototipo (figura IV).

Figura III- Medição da glicémia no

rastreio da Escola Carolina Michaellis Figura IV- Rastreio Solar no CCD

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CONCLUSÃO

O presente relatório teve como objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante

o estágio curricular tanto em farmácia hospitalar como, em farmácia comunitária, que decorreu

ao longo do 4º ano, da Licenciatura em Farmácia. Os estágios representaram um ponto essencial

de aprendizagem e aquisição de conhecimentos práticos, sociais, deontológicos e humanos, que

permitiram complementar e consolidar o conhecimento teórico adquirido ao longo de todo o

percurso académico.

Com estas experiências pude ter uma noção da realidade profissional de um TF, a

oportunidade de contacto com o público e a integração numa equipa de trabalho.

Este relatório descreve de forma prática, acessível e completa as diferentes etapas do

circuito do medicamento realizadas, em que o TF assegura as condições ótimas do medicamento

de forma a zelar pelo bem-estar do doente e pela qualidade dos serviços prestados.

Os setores que eu considerei mais importantes ao longo do primeiro estágio na farmácia

do CHSJ e, que considero fundamentais são, a Farmacotecnia, a DIDUU e a DC porque sem

eles não seria possível que os doentes tivessem acesso a certos medicamentos, os manipulados,

e a possibilidade de erros na distribuição e administração seria superior. No segundo estágio,

em farmácia comunitária, sem dúvida que o atendimento ao público foi uma atividade

fundamental na minha aprendizagem, enquanto futura TF, mas nesta farmácia, o laboratório e

o Farmapack® também tiveram um papel fulcral, pois tive a oportunidade de manusear

medicamentos e acompanhar todo o seu processo de preparação.

Concluo assim que, os estágios realizados foram bastante enriquecedores para a minha

formação pessoal e profissional.

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BIBLIOGRAFIA

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Guarda: ESS.

[2] João, C. H. (s.d.). Serviço Nacional de Saúde. Obtido de portal-chsj.min-saude.pt/: portal-

chsj.min-saude.pt

[3] Infarmed. (2005). Manual de Farmácia Hospitalar. Infarmed.

[4]Infarmed. (s.d.). Medicamentos de uso humano. Obtido de Infarmed:

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicamentos-uso-humano

[5]Infarmed. (s.d.). Farmacovigilância. Obtido de Infarmed:

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicamentos-

usohumano/farmacovigilancia

[6] Farmacêuticos, O. d. (2009). Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária,

3º edição. Obtido de Ordem dos Farmacêuticos:

https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/documentos/boas_praticas_farmaceuticas_para_a_f

armacia_comunitaria_2009_20853220715ab14785a01e8.pdf

[7] Infarmed. (1991). Decreto-Lei No15/93, De 22 De Janeiro. Diário da República, 1.a série,

vol. 18.

Cordeiro, M. P. (junho de 2014). CIRCUITO DO MEDICAMENTO EM PORTUGAL: UMA

AÇÃO DO REGULADOR. Obtido de

https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/7468/1/DM-MAFC-2014.pdf

[8] “Estatuto do Medicamento”. (2006). Em “Estatuto do Medicamento” (pp. 1-250).

[9]Infarmed. (s.d.). Normas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde.

Obtido de Infarmed:

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1783/Normas_Prescri%C3%A7%C3%A3o/bcd0b3

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[10]Recordati, J. (s.d.). Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica. Obtido de Jaba

Recordati: https://www.jaba-recordati.pt/produtos-farmaceuticos/medicamentos-nao-sujeitos-

a-receita-medica

[11] Infarmed. (junho de 2009). Decreto-Lei n.º 145/2009, de 17 de Junho . Obtido de Infarmed:

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1076625/122-A_DL_145_2009_2ALT.pdf

[12] Alimentar, S. (29 de julho de 2008). Decreto-Lei n.º 148/2008, de 29 de Julho. Obtido de

Portal de Segurança Alimentar: http://www.segurancalimentar.com/leg_desc1.php?id=2071

[13] Infarmed. (2004). Decreto-Lei n.o 95/2004, de 22 de abril. 1-4.

[14] Saúde, D. G. (2018). Norma Hipertensão Arterial: definição e classificação. Direção Geral

de Saúde.

[15]Valormed. (10 de julho de 2018). Quem somos? Obtido de Valormed:

http://www.valormed.pt/paginas/2/quem-somos/

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ANEXOS

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Anexo A- Listagem para reposição do Pixys®

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Anexo B- Mala de medicação da DIDDU

Page 51: RELATÓRIO DE ESTÁGIO DEbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/4874/1/F EIP... · 2.1 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS Os SF do CHSJ fazem um horário contínuo

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Anexo C – Fatura da encomenda