Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Relatório Gestão|2016
2 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
ÍNDICE
1. CONVOCATÓRIA .................................................................................................................................... 3
2. SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................................................ 4
3. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ............................................................................................... 6
3.1 ECONOMIA INTERNACIONAL ........................................................................................................ 6
3.2 ECONOMIA NACIONAL .................................................................................................................. 8
3.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL ................................................................................................. 9
3.4 MERCADOS FINANCEIROS ......................................................................................................... 11
4. FACTOS RELEVANTES | CCAM DE VAGOS E CRÉDITO AGRÍCOLA ...................................................... 14
5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................................ 16
5.1 BALANÇO (VALORES EXPRESSOS EM EUROS).......................................................................... 16
5.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (VALORES EXPRESSOS EM EUROS) ................................. 18
6. ANÁLISE AOS INDICADORES DE GESTÃO............................................................................................ 19
6.1 ACTIVO LÍQUIDO ......................................................................................................................... 19
6.2 ESTRUTURA DE APLICAÇÕES .................................................................................................... 19
6.3 CRÉDITO A CLIENTES ................................................................................................................ 19
6.4 CRÉDITO VENCIDO ..................................................................................................................... 19
6.5 RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS ............................................................... 19
6.6 PRODUTO BANCÁRIO ................................................................................................................. 20
6.7 CUSTOS DE FUNCIONAMENTO .................................................................................................. 20
6.8 COST TO INCOME ....................................................................................................................... 20
6.9 CAPITAL E SOLVABILIDADE ........................................................................................................ 20
6.10 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ........................................................................................ 21
7. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ..................................................................................... 21
8. PARECER DO CONSELHO FISCAL........................................................................................................ 22
9. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ................................................................................................... 24
10. ESTRUTURA E GOVERNO SOCIETÁRIO ............................................................................................... 31
11. DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES ............................................................................... 32
12. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO ........................................................................................ 36
Documento redigido ao abrigo do anterior Acordo Ortográfico.
3 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
1. CONVOCATÓRIA
Nos termos da alínea c) do art.º 23º dos Estatutos, convocam-se todos os associados da Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Vagos, C.R.L., Pessoa Colectiva n.º 501443380, com sede na Rua Padre Vicente Maria da Rocha, na vila,
freguesia e concelho de Vagos, para se reunirem em Assembleia Geral, a realizar no dia 30 de Março de 2017 pelas
19:30 horas, no Auditório do NEVA – Núcleo Empresarial de Vagos, situado no Centro Social e Administrativo da Zona
Industrial de Vagos, Lote 141, na vila, freguesia e concelho de Vagos, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto Número Um: Discussão e votação do Relatório de Gestão da Caixa Agrícola, relativo ao exercício de 2016 e do relatório anual do Conselho Fiscal;
Ponto Número Dois: Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;
Ponto Número Três: Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola;
Ponto Número Quatro: Apresentação e apreciação de relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;
Ponto Número Cinco: Deliberação sobre a proposta de utilização de Reservas Livres por transferência para Resultados Transitados;
Ponto Número Seis: Deliberação sobre a proposta de rectificação da deliberação tomada no ponto número dois, da Assembleia-Geral realizada em 30 de Março de 2015;
Ponto Número Sete: Exoneração de associados;
Ponto Número Oito: Discussão de outros assuntos de interesse para a Caixa Agrícola.
Nos termos do n.º 2, do artigo 25º dos Estatutos, se à hora marcada para a reunião, não estiver presente número
suficiente de associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, trinta minutos depois.
A Assembleia funcionará fora da sede social da Caixa Agrícola devido à inexistência de sala com condições para a
realização da mesma.
Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, por força do disposto no nº 1 do Artigo
42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.
Vagos, 13 de Março de 2017
4 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
2. SUMÁRIO EXECUTIVO
Prezados Associados,
A actividade da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de
Vagos, C.R.L. manteve-se condicionada pelas
fragilidades e fraco crescimento do investimento
público e privado na economia. Vivemos, em 2016, um
clima económico ainda inconsistente e sem tendência
definida.
O movimento de exportações que determina a
evolução e dinamismo do sector empresarial nacional,
viu-se contraído afectando, em demasia, a formação
bruta de capital fixo que apresentou decréscimos
homólogos.
Em contraciclo com esta tendência de abrandamento,
continuou o sector do turismo que, ao apresentar bons
indicadores de crescimento, contribuiu também para
reduzir a taxa de desemprego em Portugal.
Os contextos económicos, externo e interno,
contribuíram para uma quase inalterada taxa de
inflação, sintomática de uma recuperação económica
ainda por se afirmar.
Também a instabilidade do sector bancário, em
particular nos principais bancos nacionais, marcou a
agenda de 2016 em todos os operadores. Mudanças de
gestão, alteração de estruturas accionistas e planos de
capitalização coloriram a imprensa nacional e
internacional sobre um sector ainda fragilizado e com
necessidades de se equilibrar.
Num cenário político pouco propenso ao investimento
empresarial, o sector bancário registou um
abrandamento geral do crédito na ordem dos 3,20%.
No caso do Crédito a Empresas, o decréscimo
registado e 2016 fixou-se nos 5,50%.
Por seu turno, a Caixa de Vagos aumentou a sua
carteira de crédito em 5,46%, embora tenha registado
ainda dificuldades em afirmar este vector de negócio
que continua a braços a escassez de operações.
O clima de confiança que os nossos clientes encontram
na nossa instituição fez aumentar volume total de
recursos de clientes em 4,11%, também aqui, acima da
média do sector que se estabeleceu nos 2,30%. Sem
dúvida um grande indicador, mas que se torna num
exigente exercício de gestão, quando a procura por
crédito ainda é incipiente e as restantes oportunidades
de rentabilização são diminutas.
Face a 2015, a Caixa de Vagos viu crescer o seu Activo
Líquido em 6,96%, tendo alcançado um Rácio de
Solvabilidade de 20,60%, confortavelmente, acima do
mínimo requerido pelas entidades de supervisão (8%).
Em resultado do processo de reforma antecipada de
duas colaboradoras, a Caixa foi obrigada a reforçar a
dotação do fundo de pensões em cerca de € 640.000.
Daqui derivou um crescimento de 41% dos Custos com
Pessoal, afectando, determinantemente, o rácio de
eficiência que ultrapassou os 107%.
Constrangimentos do quadro de pessoal, - motivados
por baixas médicas e reformas antecipadas -,
obrigaram a Caixa de Vagos a promover alterações no
funcionamento interno, de que também resultou o
ajuste de horário de atendimento de algumas agências.
Foram alterações que se impuseram para defesa e
protecção dos indicadores de gestão e da estabilidade
da Caixa de Vagos sem, dentro do possível, alterar o
nível de serviço a que habituámos os nossos clientes.
Outros factos relevantes supervenientes, conhecidos
após final do ano, levaram, também, a que fosse
efectuado um ajustamento nas Provisões constituídas,
no valor de cerca de € 490.000, o que se encontra
devidamente reportado no Anexo às Demonstrações
Financeiras.
Mantendo a proximidade local que, naturalmente,
caracteriza a Caixa de Vagos, promovemos a
instalação de duas novas ATM, em Santo António de
Vagos e na Praia da Vagueira, reforçando assim a
nossa presença junto das localidades e no apoio ao
comércio local.
Renovámos o nosso apoio ao associativismo local
apostando nas iniciativas e eventos que fazem afirmar
os nossos valores e a marca Crédito Agrícola, de que
destacamos a Gala Vaga D’Ouro enquanto evento de
afirmação do que melhor se faz no nosso Concelho.
5 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Concluímos esta nota introdutória dirigindo uma
palavra de agradecimento aos nossos associados e
clientes pela confiança que vêm consignando à nossa
instituição. Aos nossos colaboradores, por toda a
incansável abnegação, dedicamos um voto de especial
reconhecimento.
Vagos, 1 de Março de 2017
6 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
3. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
3.1 ECONOMIA INTERNACIONAL
A estimativa mais recente aponta para que se tenha
verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em
2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A
confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de
crescimento económico mais fraco desde o ano da
recessão mundial de 2009.
Antes da crise financeira (2008), as economias
emergentes vinham apresentando ritmos de
crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais
recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em
torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI
antecipa um crescimento no conjunto dos países
emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados
1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de
endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em
em 2015. Parte deste abrandamento, perspectivado
para a economia global em 2016, é explicado pela
evolução da segunda maior economia do mundo – a
China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB
deste ano, regista o mais baixo crescimento desde
1990 (3,9%).
Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de
crescimento dos países desenvolvidos, que se estima
ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para
1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA,
cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para
1,6% em 2016, encontra explicação na componente
das exportações (que foram prejudicadas, entre outros,
pelo fortalecimento do dólar americano) e na
componente do investimento (condicionado pelo
comportamento dos preços do petróleo que durante o
ano de 2016 se mantiveram baixos).
A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no
final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se
perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015
(2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de
posições entre os responsáveis monetários quanto ao
fim dos estímulos na região da moeda única.
Os ataques terroristas tiveram um forte impacto
negativo no desempenho do sector do turismo da
França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro
lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços
registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2%
em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia
continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do
PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento
económico na Zona Euro são legados da crise recente1,
o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia,
potenciais disrupções ao comércio internacional e um
aperto mais forte da política monetária nos Estados
Unidos que poderá ter consequências negativas nas
economias emergentes (algumas das quais com fortes
relações comerciais com a Europa).
curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
7 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo
paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de
2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo
desde 2011 e que compara com os 11,0% registados
no final de 2015. Não obstante a redução do nível de
desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em
níveis historicamente elevados.
Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de
trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos
4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos
registados em 2007. No que toca à remuneração média
por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de
2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.
Em termos agregados da Zona Euro, a inflação
perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com
os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda
assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0%
definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos
aumentos no preço da energia e uma modesta
recuperação económica.
A autoridade monetária europeia estendeu até final do
ano o plano de compra de activos no sector público
como forma de dar força à inflação através de
incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a
encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o
BCE considera adequado para assegurar a
estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam
a hipótese de antecipar o fim do programa de
quantitative easing.
Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de
2016, principalmente na segunda metade do ano,
estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1%
registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo
fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando
que o sector energético deixasse de ter uma
contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a
contribuir positivamente para o aumento dos preços ao
consumidor.
O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de
diversos eventos políticos de consequências
potencialmente muito disruptivas.
Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente
marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento
que poderá condicionar a situação económica e a
evolução dos mercados em função dos recuos e
avanços que se venham a verificar no desenrolar do
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
8 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
processo negocial de saída do Reino Unido da União
Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico,
prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de
2017, pelo que esta questão será um tema importante
no debate político associado à realização de eleições
em França e na Alemanha e condicionará o futuro da
União Europeia nos próximos anos.
Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições
presidenciais constituindo uma incógnita o rumo
esperado da política americana, sendo certo que o
actual discurso político é marcadamente proteccionista
(limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de
confronto com a política convencional (ruptura com o
status quo).
3.2 ECONOMIA NACIONAL
A economia portuguesa, penalizada por um
crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao
nível das exportações, no primeiro semestre de 2016,
manteve a tendência de desaceleração iniciada no
último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9%
em termos homólogos. A aceleração registada no
segundo semestre de 2016, muito por conta da
evolução da actividade turística e do consumo privado,
permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3%
em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado
em 2015 (1,6%).
O comportamento das exportações nacionais foi
condicionado pela ocorrência de diversos factores, de
entre os quais se destacam a persistente precariedade
da situação económica em Angola (em termos
homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de
bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada
2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as
estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia
pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma
refinaria ter estado temporariamente parada no início
do ano (o que fez com que as exportações de
combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro).
Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um
crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.
O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p.
abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o
investimento interrompeu em 2016 uma tendência de
recuperação gradual, mas constante, iniciada no final
de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda
assim decréscimos homólogos sucessivamente
menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -
1,5%). Os factores que mais contribuíram para este
cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos
mercados no início do ano e incertezas políticas) e
incertezas internas (viabilidade da solução política e
problemas na banca portuguesa) que afastaram os
investidores. Para além disso, observou-se também
uma descida do investimento público para níveis
historicamente baixos (até Setembro registou-se uma
quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por
parte das administrações públicas).
No mercado laboral, depois de um período entre Junho
de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de
desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º
trimestres de 2016 mostraram uma tendência de
melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre
cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).
Indicadores macroeconómicos (2014-2016)
2014 2015 2016
Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0
EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18
Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0
Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3
Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1
Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0
Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7
Exportações tav 3,4 6,1 3,7
Importações tav 6,2 8,2 3,5
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8
Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0
Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0
Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2
Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00
Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
Fonte: Bloomberg, Janeiro 201
9 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de
2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de
desemprego de 11,0%.
Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-
se praticamente uma manutenção do nível registado no
ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá
rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5%
registados em 2015.
Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil
M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€ face a
2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as
emissões líquidas de títulos, com destaque para as
emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo
instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de
aplicações das famílias) e para as emissões de
certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€).
Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com
o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€
concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de
Assistência Económica e Financeira.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO)
estima que a dívida pública tenha subido para 130,2%
do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a
confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor
registado no final do terceiro trimestre de 2016, de
133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento
em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o
final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do
Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este
desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da
administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015
para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no
OE2017 uma estabilização.
A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e.
excluindo os depósitos da administração central)
poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que
representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A
Comissão Europeia, nas previsões económicas de
Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na
óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB
em 2016.
A Comissão Europeia, nas previsões económicas de
Inverno, estima ainda que o défice orçamental
português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016,
ficando abaixo da meta definida para o fim do processo
de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade
das finanças públicas nacionais. A arrecadação de
receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse
efeito sido parcialmente compensado por receitas
adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do
Programa Especial de Redução do Endividamento ao
Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se
que, sem as medidas extraordinárias, o défice
orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.
3.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL
O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por
uma reestruturação significativa dos principais bancos
portugueses e, em alguns casos, com mudanças na
gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em
termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a
nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD
(o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de
um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o
pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo
obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a
totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição
lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital
do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de
84,52% (participação que compara com os anteriores
45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de
nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em
processo de liquidação e o reforço das negociações
entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os
candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone
Star) para conclusão deste processo.
Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017
10 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
i. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE
DEPÓSITOS (DEZEMBRO 2011 – DEZEMBRO 2016)
Segundo a informação mais recente disponibilizada
pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016,
o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro
de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para essa
evolução contribuíram o acentuado crescimento dos
depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em
2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de
particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).
ii. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE CRÉDITO
(DEZEMBRO 2011 – DEZEMBRO 2016)
Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes
registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de
2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais
significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%),
mas também foi assinalada uma redução no crédito a
particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de
Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total
reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais
expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas
nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do
Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a
empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica
mais de 55% da quebra registada no país.
Analisando detalhadamente o crédito a particulares,
verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente
à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em
Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015)
que representa 80,8% do total do crédito a particulares.
Relativamente ao crédito vencido de clientes
particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado,
principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda
assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5%
deveu-se principalmente à redução do crédito a
empresas do sector da construção, actividades
imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos
sectores da agricultura e pescas, alojamento e
restauração, saúde e apoio social e indústrias
extractivas foi possível verificar um aumento do crédito
concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%,
respectivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este
situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior
incumprimento continuam a ser o da construção, do
comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias
extractivas, que mantêm elevada representatividade no
total do crédito a empresas.
Valores em milhares de euros
Evolução do crédito total por região - Dez.2016
Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total
Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%
Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%
Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%
Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%
Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%
Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%
Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%
Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%
Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%
Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%
Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%
Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%
Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%
Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%
Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%
Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%
Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%
Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%
Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%
Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%
Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%
Fonte: Banco de Portugal
Crédito Peso total
%
Var. Homóloga
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %
Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%
Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%
Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%
Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal
11 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
3.4 MERCADOS FINANCEIROS
Mercados accionistas
No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento
global de aversão ao risco perdeu força. O BCE
reforçou a sua política monetária acomodatícia. A
China apresentou uma nova série de medidas de
estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA
divulgaram dados económicos prometedores e a
Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma
subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os
índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos
principais índices accionistas registou perdas
superiores a 10%, particularmente relevantes nos
mercados asiáticos. Com desvalorizações desta
magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano
para as bolsas desde 2008.
A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do
referendo realizado no Reino Unido retirou um valor
recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas
dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices
accionistas. Em contraposição, as perspectivas de
políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de
Trump nas eleições americanas, a recuperação dos
preços do petróleo e uma actividade económica
resiliente levaram os índices americanos a atingirem
novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow
Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações
anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.
Os factores que foram afectando a Europa ao longo do
ano, combinados com os dados económicos pouco
surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas
da Europa a terem um desempenho mais contido. Em
termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%,
mas o DAX alemão teve uma evolução bastante
positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais
vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o
PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem
perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em
Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).
Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de
juro de referência
Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face
ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que
não acontecia desde finais de 2001. Num período
marcado pela disparidade entre as políticas monetárias
do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539
USD no final do ano, tendo chegado a negociar em
mínimos de Dezembro de 2002.
O resultado do Brexit afectou significativamente a libra
esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos
em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD.
Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a
representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016,
o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e
com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.
Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em
relação ao índice de referência das principais moedas
mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em
Dezembro, valor que não era registado desde final de
Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%
Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%
Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%
Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%
Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%
Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%
Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%
Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%
Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%
Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%
Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%
Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%
Total -5,5% 77.037 100% 15,7%
Fonte: Banco de Portugal
Valores em milhões de euros
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016
0,62
0,95
1,28
1,781,66
1,87
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Índices Accionistas (base 2010)
PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
12 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota
verde”).
No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro,
verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva
descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa
Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano
apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas
LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao
longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no
final do ano de 2016.
Matérias-primas
Os primeiros seis meses do ano foram marcados por
uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados
das matérias-primas (commodities) que reacenderam o
interesse dos investidores. O ouro, em particular,
liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros
6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de
US$39 por barril no final de Março para quase US$50
por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas,
como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também
apresentaram ganhos no segundo trimestre.
Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução
mais moderada dos preços das matérias-primas. O
Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados
do mundo, tendo os investidores convergido para o
ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma
valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação.
Após as eleições presidenciais americanas o ouro
acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado
o ano a valorizar 9,33% em 2016.
No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção
de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017,
conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O
Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos
12 meses do ano, fechando com uma cotação de
US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate
observou um rendimento anual de 45%, encerrando o
ano a US$53,72 por barril.
Mercado obrigacionista
A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos
na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a
dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%.
A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada,
exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face
à dívida alemã, referência na Zona Euro.
As obrigações italianas sofreram também uma subida
anual das suas yields, a primeira desde a crise da
dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana
italiana subiu de 1,592% no início do ano para os
1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário
da dívida espanhola que, para a mesma maturidade,
registou uma descida de 1,766% no início do ano para
os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).
A dívida alemã foi um dos activos com melhor
desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10
anos, os títulos começaram o ano com uma yield de
0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%,
-0,32
0,00
0,75
0,25
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxas de referência nos Mercados Monetários
Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
13 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio
do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo
em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a
atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico,
nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana
americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de
2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos
base).
14 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
4. FACTOS RELEVANTES | CCAM DE VAGOS E
CRÉDITO AGRÍCOLA
Em articulação com a Caixa Central, a Caixa de Vagos
não deixou de adoptar as melhores práticas para
reconhecimento e activação da marca CA. Em 2016,
por parte do grande público, o Crédito Agrícola foi
distinguido com os prémios “Melhor Banco no Serviço
de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais
Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”.O
facto do SICAM se encontrar entre as instituições
menos reclamadas no sistema bancário não deixou de
se constituir como uma forte afirmação da credibilidade
e confiança que é depositada no GCA.
Este reconhecimento não se restringe ao negócio
bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora
de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA
Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora
Não Vida do seu segmento de dimensão”. Por seu lado,
a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande
Seguradora do Ramo Vida”. A CA Vida ainda os
rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas
classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação
do Cliente do ECSI Portugal 2016.
A nível local, a Caixa de Vagos manteve uma grande
proximidade com as iniciativas do associativismo local,
como instrumento de divulgação da nossa marca. Entre
as principais destacamos a Gala Vaga D’Ouro/Crédito
Agrícola de Vagos que se tem traduzido no maior
evento de expressão local.
Para afirmação e consolidação de um serviço de
qualidade, a Caixa de Vagos manteve em vigor o
Sistema de Gestão da Qualidade, certificado pela
APCER.
No processo de afirmação da qualidade de serviços, a
Caixa de Vagos manteve, mesmo com limitações no
quadro de pessoal, uma aposta permanente na
qualificação dos seus colaboradores e órgãos sociais,
tendo ministrado aos seus quadros um total de 831
horas de formação.
Pese o abrandamento geral do negócio bancário, a
Caixa de Vagos viu reforçada a sua quota de mercado
em crédito e depósitos para 23,4% e 29,1%,
respectivamente
Em 2016, a Caixa de Vagos efectuou, ainda um
investimento na instalação de duas ATM externas,
localizadas em Santo António de Vagos e na Praia da
Vagueira.
Além de parcerias locais estabelecidas pela Caixa de
Vagos para activação de marca e reforço dos
rendimentos da actividade comercial, também a Caixa
Central celebrou protocolos e parcerias comerciais e de
colaboração, tendo sido concretizados acordos e
realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades
privadas e institucionais, entre as quais se destacam:
ANDC - Associação Nacional Direito ao
Crédito;
ENERGIE – Energia solar termodinâmica;
CPPME - Confederação Portuguesa das
Micro, Pequenas e Médias Empresas;
ARAN - Associação Nacional do Ramo
Automóvel;
Minha Terra - Federação Portuguesa de
Associações de Desenvolvimento Local;
ACBM - Associação de Criadores de Bovinos
Mertolengos;
AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e
Telemédia – Para destaque na Loja CA para
vinhos, azeites e outros produtos de
Associado.
Mercado CCAM Mercado CCAM
Crédito Bruto 187.000 41.719 188.000 43.995
Variação Homóloga 2,2 % -0,8 % 0,5 % 5,5 %
Quota de Mercado 100,0 % 22,3 % 100,0 % 23,4 %
Depósitos 339.000 98.466 357.000 103.947
Variação Homóloga 13,4 % 8,1 % 5,3 % 5,6 %
Quota de Mercado 100,0 % 29,0 % 100,0 % 29,1 %
Crédito Bruto
/DepósitosRácio de transformação 55,2 % 42,4 % 52,7 % 42,3 %
Depósitos
2015
Crédito
Quota Mercado
CCAM VagosIndicadores
2016
15 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e
dinamização de campanhas, com o objectivo de
contribuir para um crescente envolvimento de todos os
colaboradores com funções comerciais na
comercialização de produtos estratégicos e dirigidos
aos segmentos alvo.
Com a utilização das redes sociais “facebook” e
“instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a
sua presença junto de um público mais jovem, tendo
atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de
2016.
Decorridos 7 anos de transmissão do programa de
actualidade financeira, constatámos que este
patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000
telespectadores por ano, alavancando assim a
notoriedade da marca CA.
16 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
5.1 BALANÇO (VALORES EXPRESSOS EM EUROS)
2015
Provisões,
Activo imparidade e Activo Activo
ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 686.678 686.678 703.439
Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 2.254.978 2.254.978 1.395.614
Activos financeiros detidos para negociação 7 - -
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - -
Activos financeiros disponíveis para venda 9 2.006.251 2.006.251 1.086.905
Aplicações em instituições de crédito 10 58.683.848 58.683.848 55.693.308
Crédito a clientes 11 43.995.358 1.719.497 42.275.861 39.281.563
Investimentos detidos até à maturidade 12 186.457 186.457 -
Activos com acordo de recompra 13 - -
Derivados de cobertura 14 - -
Activos não correntes detidos para venda 15 5.919.801 1.012.594 4.907.207 5.120.262
Propriedades de investimento 16 - -
Outros activos tangíveis 17 2.982.002 1.676.742 1.305.259 1.361.630
Activos intangíveis 18 181.945 181.945 - -
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 3.441.470 32 3.441.438 3.441.438
Activos por impostos correntes 20 6.061 6.061 174.603
Activos por impostos diferidos 20 923.266 923.266 887.963
Outros activos 21 744.610 209.567 535.043 440.183
Total do Activo 122.012.724 4.800.377 117.212.347 109.586.908
2016
17 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
PASSIVO E CAPITAL Notas 2016 2015
Recursos de bancos centrais 22 -
Passivos financeiros detidos para negociação 23 -
Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 -
Recursos de outras instituições de crédito 25 3.227.224 1.299.858
Recursos de clientes e outros empréstimos 26 103.947.022 98.465.923
Responsabilidades representadas por títulos 27
Passivos financeiros associados a activos transferidos 28
Derivados de cobertura 14
Passivos não correntes detidos para venda 29
Provisões 30 339.859 320.610
Passivos por impostos correntes 20
Passivos por impostos diferidos 20
Instrumentos representativos de capital 31
Outros passivos subordinados 32
Outros passivos 33 768.597 722.914
Total do Passivo 108.282.703 100.809.305
Capital 36 5.135.440 5.173.850
Prémios de emissão 36
Outros instrumentos de capital 36
Reservas de reavaliação 36 307 74.256
Outras reservas e resultados transitados 36 3.609.349 3.250.113
Resultado do exercício 36 184.548 279.384
Dividendos antecipados
Total do Capital 8.929.644 8.777.604
Total do Passivo e do Capital 117.212.347 109.586.908
18 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
5.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (VALORES EXPRESSOS EM EUROS)
RUBRICA Notas 2016 2015
Juros e rendimentos similares 37 1.945.066 2.665.240
Juros e encargos similares 38 (273.931) (821.732)
Margem financeira 1.671.135 1.843.508
Rendimentos de instrumentos de capital 39 15 3.754
Rendimentos de serviços e comissões 40 795.358 765.688
Encargos com serviços e comissões 41 (97.055) (86.555)
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43
Resultados de reavaliação cambial 44 5.613 3.728
Resultados de alienação de outros activos 45 1.374 4.000
Outros resultados de exploração 46 195.932 603.453
Produto bancário 2.572.371 3.137.575
Custos com pessoal 47 (1.756.838) (1.245.500)
Gastos gerais administrativos 48 (934.731) (964.657)
Amortizações do exercício 17 e 18 (66.662) (70.333)
Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (19.249) 995
Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 514.742 (335.299)
de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 (10.942)
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (55.764) (32.243)
Resultado antes de impostos 242.928 490.537
Impostos
correntes 20 (693) (578)
diferidos 20 (57.686) (210.575)
Resultado líquido do exercício 184.548 279.384
19 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
6. ANÁLISE AOS INDICADORES DE GESTÃO
6.1 ACTIVO LÍQUIDO
Em 2016, o Activo Líquido da Caixa de Vagos ficou
registado nos € 117.212.347 que, face ao ano anterior,
evidencia um crescimento de 6,96%.
6.2 ESTRUTURA DE APLICAÇÕES
A confiança depositada na Caixa de Vagos veio
reforçar o seu volume de disponibilidades e liquidez que
esta mantém junto da Caixa Central.
Em 2016, o montante de disponibilidades e aplicações
aportou-se nos € 61.625.503.
6.3 CRÉDITO A CLIENTES
O saldo de Crédito Líquido a Clientes cresceu entre
exercícios 7,62%, tendo, em 2016, ficado estabelecido
nos € 42.275.861. O Crédito Bruto a Clientes,
relativamente a 2015, cresceu 5,46%, tendo-se fixado
nos € 43.955.358.
6.4 CRÉDITO VENCIDO
O contexto de adversidade em que operam os nossos
clientes fez subir o rácio de Crédito Vencido
Líquido/Crédito Total Líquido para 2,08% sem,
contudo, ultrapassar o limite de referência estabelecido
em 3%.
6.5 RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS
EMPRÉSTIMOS
A carteira de depósitos de clientes cresceu, em 2016,
5,57% face ao ano anterior. Considerando toda a
carteira de recursos sob gestão, incluindo os produtos
de extra-balanço, o crescimento alcançado foi de
4,11%. O montante global de recursos estabeleceu-se
em € 119.412.893.
20 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
6.6 PRODUTO BANCÁRIO
Os efeitos do abrandamento do negócio bancário e
segurador, conjugados com a manutenção em baixa
das taxas de juro de referência, motivaram a queda
generalizada dos indicadores de exploração.
Não obstante a evolução favorável da Margem
Complementar, que cresceu 2,82% comparativamente
com 2015, tanto a Margem Financeira como o Produto
Bancário registaram contracções de 9,35% e 18,01%,
respectivamente.
6.7 CUSTOS DE FUNCIONAMENTO
Em resultado da necessidade de reconhecimento, no
exercício de 2016, dos encargos inerentes aos
processos de reforma antecipada de duas
colaboradoras, cujo reforço da dotação para o fundo de
pensões se cifrou em cerca de € 640.000, a rúbrica de
Custos com Pessoal foi onerada com um crescimento
na ordem dos 41% face a 2015.
Os Custos de Funcionamento ficaram estabelecidos
nos € 2.691.569, que significaram um crescimento
significativo de 21,78%.
6.8 COST TO INCOME
Em resultado do abrandamento dos indicadores de
exploração, combinados, com a estrutura de gastos
gerais administractivos, a Caixa de Vagos apurou um
rácio de eficiência anormal que se fixou em 107,23%.
6.9 CAPITAL E SOLVABILIDADE
A situação líquida da Caixa de Vagos permanece
robusta e equilibrada, cumprindo os indicadores de
solvabilidade com grande margem de segurança. Em
2016, o Rácio de Solvabilidade estabeleceu-se nos
20,60%. A situação líquida da Caixa ascendeu aos €
8.929.644.
21 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
6.10 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
O Resultado Líquido do Exercício, em 2016, ficou
apurado em € 184.548. Pelo quinto ano consecutivo a
Caixa de Vagos obteve resultados positivos o que não
deixa de ser relevante perante o enquadramento em
que nos encontramos a operar.
7. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE
RESULTADOS
Nos termos da sua competência estatutária e demais
legislação em vigor, o Conselho de Administração
propõe à distinta Assembleia-Geral que o Resultado
Líquido do Exercício apurado em 2016, no montante de
€ 184.548 (cento e oitenta e quatro mil quinhentos e
quarenta e oito euros) seja aplicado, integralmente, em
resultados transitados.
Vagos, 1 de Março de 2017
22 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
8. PARECER DO CONSELHO FISCAL
Nos termos das disposições legais aplicáveis e dos estatutos, vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Vagos CRL, apresentar o seu parecer ao relatório e contas apresentados pelo Conselho de Administração da
CCAM de Vagos, relativo ao exercício de dois mil e dezasseis, o que faz nos seguintes termos;
Durante o exercício em análise, o Conselho Fiscal realizou acompanhamento da actividade da CCAM de Vagos,
apoiando-se na documentação financeira disponibilizada pelos colaboradores, bem como na realização de reuniões
com o Conselho de Administração e o Revisor Oficial de Contas e ainda nos relatórios intercalares de auditoria e no
relatório adicional emitido pelo Revisor Oficial de Contas.
Deixamos aqui expresso o necessário agradecimento pela disponibilidade e colaboração, manifestada por todos os
administradores, órgãos e colaboradores da CCAM de Vagos, na obtenção dos esclarecimentos solicitados,
facilitadores e indispensáveis para a apreciação do trabalho que culminou no relatório e contas ora apresentado.
O relatório e contas, bem assim como as demonstrações financeiras que o acompanham, foram elaborados de acordo
com as normas de contabilidade em vigor (NCA – Aviso 1/2005 do Banco de Portugal), beneficiando do regime de
transição previsto no nº 3 do Aviso 5/2015 do Banco de Portugal, respeitando os normativos legais e reflectindo, com
rigor, a real situação patrimonial da Caixa de Vagos.
Do relatório e contas apresentado pela administração da CCAM de Vagos, relativo ao exercício de 2016,
designadamente da demonstração de resultados, ressalta que:
Existe uma diminuição da margem financeira de €1.843.508 para €1.671.135 resultante da diminuição dos rendimentos
obtidos com a concessão de crédito.
Os custos com pessoal aumentaram de €1.245.500, para €1.756,838, sendo que tal facto se ficou a dever à
obrigatoriedade de dotar, excepcionalmente, o fundo de pensões por força da reforma antecipada de duas
colaboradoras.
Verificou-se um abaixamento, ainda que ligeiro, dos gastos administrativos gerais que se fixaram em €934.731,00 em
vez dos €964.657 do ano de 2015.
Conforme resulta da nota 2.1 do anexo à demonstração de resultados, a evolução positiva da rubrica de provisões
(€514.742) deveu-se fundamentalmente aos factos constantes nessa nota.
Os demais rendimentos e gastos constantes na demonstração de resultados estão em linha com o histórico e reflectem
o nível de actividade da CCAM de Vagos.
Relativamente ao balaço é de realçar o incremento do activo líquido em 6,96%, o aumento das disponibilidades e
aplicações.
Realça-se o facto de a CCAM de Vagos continuar a apresentar um resultado positivo que no ano em análise foi de
€184.548.
O rácio de solvabilidade fixou-se nos 20,60%, o que é demonstrativo da situação financeira, saudável, que a CCAM de
Vagos apresenta.
Os capitais próprios da CCAM de vagos aumentaram no ano de 2016, fixando-se em €8.929.644.
23 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Em face do exposto, o Conselho Fiscal é de parecer de que está em condições de merecer a aprovação dos senhores
associados o relatório e contas apresentado, pelo Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de
Vagos, nos exatos termos em que foi apresentado.
Finalmente, o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos não pode deixar de manifestar,
publicamente e de viva voz, que o trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração, ao longo deste mandato que
terminou no exercício em análise, reforçou a solidez financeira e a confiança na instituição de associados e clientes,
propondo um público louvor à administração e aos colaboradores, pela forma como conduziram, acertada e
empenhadamente, os destinos da Caixa.
Vagos, 01 de Março de 2017
.
24 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
9. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
25 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
26 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
27 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
28 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
29 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
30 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
31 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
10. ESTRUTURA E GOVERNO SOCIETÁRIO
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos, CRL
adopta o modelo de governação vulgarmente
conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo
Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor
Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da
Assembleia-Geral são eleitos pela Assembleia-Geral,
para um mandato de três anos.
Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola
Assembleia-Geral
A Mesa da Assembleia-Geral foi constituída por um
Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.
A) Composição da Mesa da Assembleia-Geral
Presidente: Maria Helena Marques dos Santos
Vice-Presidente: Carlos Manuel Simões das Neves
Secretário: Paulo Jorge de Abreu Pimentel
B) Competência da Assembleia-Geral
A Assembleia-Geral delibera sobre todos os assuntos
para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam
competências, em especial:
Eleger, suspender e destituir os titulares dos
cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;
Votar a proposta do plano de actividades e
orçamento da Caixa Agrícola para o exercício
seguinte;
Votar o relatório, o balanço e as contas do
exercício anterior;
Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa
Agrícola;
Aprovar a associação e a exoneração da Caixa
Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos
cooperactivos de grau superior;
Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos
sociais da Caixa Agrícola;
Decidir do exercício do direito de acção cível ou
penal contra o revisor oficial de contas,
administradores, gerentes, outros mandatários ou
membros do Conselho Fiscal e da Mesa da
Assembleia-Geral;
Decidir da alteração dos Estatutos.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração é composto por um
número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três
e de um suplente.
O Conselho de Administração foi composto por três
membros, com mandato no triénio 2016/2018.
A) Composição do Conselho de Administração
Presidente: César da Silva Ferreira
Vogal: Nelson Vilar Teles
Vogal: António Miguel Carvalhais Simões Cordeiro
Vogal Suplente: Helder Tiago da Rocha Reigota
B) Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração
decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de
acordo com os Estatutos:
Administrar e representar a Caixa Agrícola;
Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral,
uma proposta de plano de actividades e de
orçamento para o exercício seguinte;
Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, o
relatório e as contas relactivos ao exercício
anterior;
Adoptar as medidas necessárias à garantia da
solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
ASSEMBLEIA-GERAL
CONSELHO
FISCAL
CF
REVISOR OFICIAL
DE CONTAS
ROC
32 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Decidir das operações de crédito da Caixa
Agrícola.
Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
Promover a cobrança coerciva dos créditos da
Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;
Organizar, dirigir e disciplinar os serviços;
Alienar bens móveis ou imóveis, recebidos como
dação em pagamento ou que tenham sido
adjudicados à Caixa Agrícola em processo de
execução.
C) Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração, em 2016, realizou 55
reuniões ordinárias.
D) Distribuição de Pelouros pelos Membros do
Conselho de Administração
Inexistem pelouros distribuídos expressamente a cada
um dos administradores, sendo a administração
exercida, conjuntamente, por todos eles.
Órgãos de Fiscalização
A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a
um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas
ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
As competências dos órgãos de fiscalização são as que
decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho
Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer
sobre a proposta de plano de actividades e de
orçamento.
A) Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal foi composto por três membros
efectivos e, pelo menos, um suplente.
B) Composição do Conselho Fiscal
Presidente: Paulo Guilherme da Rocha Martins
Vogal: José Carlos da Rocha Oliveira
Vogal: Serafim Jorge Conceição Marques
1.º Vogal Suplente: Ana Maria da Silva Vasconcelos e
Cruz
C) Reuniões do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vezes por
trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de 4
reuniões ordinárias e 6 extraordinárias.
D) Revisor Oficial de Contas
No mandato de 2016/2018 do Revisor Oficial de
Contas, encontram-se designados para o cargo:
Efectivo: Ribeiro, Rigueira, Marques, Roseiro &
Associados, SROC, Lda.
Representada por: Dra. Maria Filomena Neves
Marques
Suplente: Dr. Luís Alexandre Cantante Botelho Roseiro
11. DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE
REMUNERAÇÕES
Em 28 de Dezembro de 2015, a Assembleia-Geral
Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de
Vagos, C.R.L., apreciou e aprovou a Declaração sobre
a Política de Remunerações dos Órgãos de
Administração e Fiscalização da Instituição para o ano
de 2016, em cumprimento do disposto na Lei n.º
28/2009, de 19 de Junho e do Aviso n.º 10/2011, do
Banco de Portugal.
Face à alteração legislativa entretanto verificada e nos
termos do n.º 4 do Art. 115º - C do RGICSF, aprovado
pelo Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, na
redacção que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º
157/2014, de 24 de Outubro, aqui fica reproduzida a
referida declaração nos termos em que foi aprovada na
referida Assembleia-Geral.
A) Política de Remuneração de Órgãos de
Administração e Fiscalização
A política de remuneração dos Membros dos Órgãos de
Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA
no ano de 2016 seguiram os seguintes princípios
orientadores:
Em cumprimento das disposições legais e
regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração
33 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
dos Membros dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de
Vagos, C.R.L. foi definida e elaborada de modo a
reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a
organização interna e a natureza da Instituição, o
âmbito e a complexidade da actividade por si
desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos
assumidos e a assumir e o grau de centralização e
delegação de poderes estabelecido no seio da mesma
Instituição.
A Política de Remuneração reflecte, em particular, a
natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela
decorrente ausência de fins lucractivos, a imposição de
restrições de natureza geográfica à actuação da dita
Instituição e também o carácter acessório e
complementar de outras actividades económicas de
que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de
funções nos seus Órgãos de Administração e de
Fiscalização.
Nesta perspectiva, para além de se terem que
considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Vagos, CRL todas as disposições da Lei nº
28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº
10/2011 que pressuponham que as entidades às
mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de
sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação
de muitas das demais normas, sempre por referência
ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do
Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no art.
3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.
Considerações Gerais
Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso
nº 10/2011, declara-se que:
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de
Administração e de Fiscalização é definida pela
Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer
consultores externos, cabendo à mesma revê-la
periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede
da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do
RGICSF;
b) A presente política não contempla a atribuição de
remunerações variáveis;
c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a
inexistência de remunerações variáveis, o valor das
remunerações pagas aos Membros dos respectivos
Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto
de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima,
lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a
forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do
art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento
de qualquer parte da remuneração;
d) A Política de Remuneração é propícia ao
alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de
Administração com os interesses de longo prazo da
Instituição e é igualmente consentânea com o
desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na
medida em que preconiza a atribuição de uma
remuneração de valor moderado, compatível com as
tradições e com a natureza específica do Crédito
Agrícola;
e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA
AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de
Administração e de Fiscalização é, em primeira linha,
avaliado pelos Associados em sede de Assembleia
Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho
económico da Instituição, mas também outros critérios
directamente relacionados com a sobredita natureza
cooperativa, incluindo a qualidade da relação
estabelecida entre Administração e Cooperadores e da
informação prestada aos membros sobre o andamento
dos negócios sociais.
Remuneração do Conselho Fiscal
A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal,
tendo em consideração a natureza da composição
desse Órgão Social, consiste numa remuneração fixa
mensal nos termos da deliberação da Assembleia-
Geral de 30.12.2009.
Acresce a esta remuneração o pagamento de
despesas de representação ou outras incorridas no
exercício das funções de Membro do Órgão de
Fiscalização.
Remuneração do Conselho de Administração
A remuneração dos Membros do Conselho de
Administração consiste numa remuneração fixa mensal
34 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
nos termos da deliberação da Assembleia-Geral de
30.12.2009.
Acresce a esta remuneração:
i) O pagamento de despesas de representação
ou outras incorridas no exercício das funções
de Membro do Órgão de Administração;
ii) Atribuição de telemóvel de serviço;
iii) Regalias sociais constantes no ACT aplicável
às Instituições de Crédito Agrícola.
Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F
do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011,
mais se declara que:
a) O órgão competente para a avaliação do
desempenho individual dos Administradores é o
Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da
competência da Assembleia-Geral, nos termos
acima descritos;
b) A remuneração dos Administradores não inclui
uma componente variável, pelo que são
inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e
as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art.
16º do Aviso nº 10/2011.
c) Conforme referido acima, a remuneração dos
Administradores não inclui uma componente
variável, pelo que são inaplicáveis as regras
constantes do RGICSF quanto à aquisição do
direito à mesma e aos mecanismos de redução
(“malus”) ou reversão (“clawback”).
d) No exercício de 2016 não foram pagas nem se
mostraram devidas compensações e
indemnizações a Membros do Órgão de
Administração devido à cessação das suas
funções;
e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu
Órgão de Administração qualquer contrato que
lhes confira direito a compensações ou
indemnizações em caso de destituição, incluindo
pagamentos relacionados com a duração de um
período de pré-aviso ou cláusula de não
concorrência, pelo que o direito a tais
compensações ou indemnizações se rege
exclusivamente pelas normas legais aplicáveis,
sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a
que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual
modo, não vigora na Instituição qualquer regime
especial relativo a pagamentos relacionados com
a cessação antecipada de funções, pelo que é
igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do
RGICSF;
f) Os Membros do Órgão de Administração da
Instituição não auferiram quaisquer remunerações
pagas por sociedades em relação de domínio ou
de grupo com a Instituição;
g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes
complementares de pensões ou de reforma
antecipada, nem são concedidos benefícios
discricionários de pensão;
h) Inexistem outros benefícios não pecuniários
relevantes que possam ser considerados como
remuneração.
i) Os Membros do Órgão de Administração não
utilizam quaisquer seguros de remuneração ou
responsabilidade, ou quaisquer outros
mecanismos de cobertura de risco tendentes a
atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco
inerentes às suas modalidades de remuneração.
j) Caso seja atribuída qualquer remuneração a
Administrador eleito para o seu primeiro mandato
que vise compensá-lo pela cessação de funções
anteriores, esta terá em consideração os
interesses de longo prazo da Instituição e será
sujeita às regras que em cada momento vigorem
quanto a desempenho, indisponibilidade mediante
retenção pela Instituição, diferimento e reversão,
sem prejuízo de, conforme referido, não ser
actualmente diferido o pagamento de qualquer
parte da remuneração.
Revisor Oficial de Contas
A remuneração do Revisor Oficial de Contas é
estabelecida com base nas práticas de mercado e
definida no âmbito de contrato de prestação de serviços
de revisão de contas.
35 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Remunerações Pagas
B) Política de Remuneração dos Colaboradores
Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º
do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada
a seguinte informação, atinente à política de
remuneração de colaboradores:
1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º
do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem
uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de
acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito
Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento
remunerativo mensal fixo, estabelecido
contratualmente ou na sequência de reajustamento
remunerativo casuístico.
2. Também se atribuem até 2 horas de isenção de
horário de trabalho às funções cujo nível de
responsabilidade e exigência de disponibilidade assim
o justifique.
3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração
variável, definida com base num processo de avaliação
de um conjunto de competências críticas para a função,
a qual corresponde apenas a um prémio de
desempenho.
4. A metodologia e critérios de avaliação de
desempenho, aprovados pelo órgão de administração,
são divulgados internamente, aprovados e aplicados de
forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores
da instituição. O órgão de administração valida os
resultados finais da avaliação de desempenho
efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.
5. Para os colaboradores em apreço a componente
variável da remuneração tem tido como limite máximo
10 % da remuneração total anual (excluindo a
majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do
Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde
a cerca de 7% salários brutos por empregado. O limite
e as orientações de atribuição são revistos anualmente
pelo Conselho de Administração.
6. A componente variável é assim atribuída
anualmente, considerando o resultados da avaliação
de competências específicas e transversais, que
permitem verificar o respeito pelas regras e
procedimentos aplicáveis à actividade,
designadamente as regras de controlo interno e as que
são relativas às relações com clientes e investidores.
Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade
da instituição e a criação de valor a longo prazo.
7.A remuneração variável quando atribuída é sempre
paga em numerário tendo por base o desempenho do
ano transacto.
8. Não é diferida qualquer parte da componente
variável da remuneração, porquanto o valor desta não
tem expressividade para que o seu pagamento
imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja
qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria
prosseguir.
9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do
Banco de Portugal nº 10/2011, em 2015 os
colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do
mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:
36 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
12. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO
37 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Vagos) é uma
instituição de crédito constituída em 06 de Janeiro de 1984 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade
limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade
bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.
A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central
de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas.
Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do
Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.
Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Padre Vicente Maria da Rocha,
em Vagos e através de uma rede de 5 balcões situados nos concelhos de Vagos.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS
CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,
com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas
de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº
23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme
adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17
de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber)
– os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias
e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata
temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período
superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;
ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações
subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente,
periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea
anterior;
38 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis
mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as
alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco
de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades
representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo
possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como
excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que
as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto
contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de
Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de
Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação
de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da
parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a
cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de
2011.
Importa ainda referir que o Aviso 5/2015 do Banco de Portugal, determina que, a partir de 1 de Janeiro de
2016, as entidades sujeitas à sua supervisão elaborem as demonstrações financeiras, em base individual,
de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada momento,
por Regulamento da União Europeia. No entanto, a Caixa beneficiou do regime de transição, previsto no
artigo 3.º do mesmo Aviso, o qual alargou o prazo para adopção das NIC por mais um ano. Assim, em 2016,
a Caixa deve ainda apresentar contas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como
definido no Aviso 1/2005 do Banco de Portugal.
De acordo com a alínea e) e f) do n.º 2 do Aviso 1/2005 (NCA), as provisões para crédito de clientes devem
ser objecto de correcção, de acordo critérios de rigor e prudência, para que reflictam o seu valor realizável.
Acresce que esta correcção não poderá ser inferior ao quadro mínimo de referência para a constituição de
provisões, estabelecido pelo Banco de Portugal. Estas disposições estão resumidas na alínea iii) acima.
Em 2016 a Caixa apresenta as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da
introdução destas normas apresentado na Nota 3, excepto quanto ao referido na alínea iii), dado que as
provisões ficaram abaixo do quadro mínimo regulamentar em € 490.000, devido a uma reposição neste
montante que, por sua vez, decorre da recuperação parcial de um crédito, derrogando assim as disposições
referidas no parágrafo acima.
39 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Esta derrogação deriva de um facto relevante superveniente que teve a sua eficácia jurídica por decisão do
Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro – Juízo de Execução de Águeda, de 14-02-2017; Com base na
decisão do Tribunal, a CCAM Vagos irá ficar com o imóvel do executado.
Sendo este facto do conhecimento do Conselho de Administração antes da aprovação de contas, entendeu-
se, por bem, desmobilizar as provisões afectas à operação, por se considerarem desnecessárias.
Este facto extraordinário provocou um acréscimo ao resultado no montante de cerca de € 490.000.
2.2. Comparabilidade da informação
Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de
crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações
financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.
2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram
as seguintes:
a) Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das
rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são
gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
b) Transacções em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing"
da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são
convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que
ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas
na posição cambial.
c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As
empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o
controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta)
superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da
entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de
perdas por imparidade.
40 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários
valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme
previsto no IAS 21.
d) Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o
Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação
contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando
obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de
operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que
aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos
activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência
dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos
termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos
exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das
operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas
extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados
em resultados ao longo da vida das operações.
Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de
crédito.
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas
subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições
emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações
vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos
dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data
de incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que
apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que
tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de
cobrança duvidosa, os seguintes:
41 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,
relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das
seguintes condições:
. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;
. Estarem em incumprimento há mais de:
. Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;
. Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior
a dez anos;
. Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição
de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas
operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima
definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem
25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados
com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para risco país
Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais
sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o
instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:
- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda
desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;
- Das participações financeiras;
- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco,
desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso
nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as
condições definidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em
Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios
segundo grupos de risco.
iv) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de
cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.
42 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do
crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja
finalidade não possa ser determinada;
- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação
financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do
mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para
riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de
ser aceites fiscalmente como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que
sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos
termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda
a dívida.
Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das
provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é
reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
e) Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e
IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos
financeiros detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável
transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto
prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor
positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de
negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos
financeiros detidos para negociação.
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo
transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor
através de resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor
através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas
decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor
nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e
reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
43 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os
dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua
distribuição.
O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados
activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não
estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização,
que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são
estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à
taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de
avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no
montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando
as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.
ii) Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não
sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de
resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos
e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de
instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser
mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas
relactivos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital
próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por
imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais
de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de
aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa
efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que
são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são
registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
iii) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com
taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do
interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os
juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de
aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa
44 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
iv) Empréstimos e contas a receber
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas
os valores a receber de outras instituições de crédito.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo
e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.
No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais
comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente
atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo
amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo
amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que,
sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento
financeiro na data do reconhecimento inicial.
Operações de venda com acordo de recompra
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente
registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do
passivo, sendo periodificados os respectivos juros.
v) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de
clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à
contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao
custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do
Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de
Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por
forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na
Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar
acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à
defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
vi) Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de
crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por
imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
45 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de
desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não
cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos
fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por
imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de
ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido
directamente na demonstração de resultados.
No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade,
resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades
financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida
do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos
de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração
positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da
imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser
revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas
por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável
para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são
sempre reconhecidas em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda
potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.
f) Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.
Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor.
O justo valor é apurado:
Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros
transaccionados em mercados organizados);
Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado,
incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do
contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente
relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e
46 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com
as variações no justo valor reflectidas em resultados.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco
inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito
de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras
definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que
inclui os seguintes aspectos:
Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura,
de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;
Descrição do(s) risco(s) coberto(s);
Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;
Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da
comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela
atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo
com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente,
são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura
da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente
reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa
reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível
ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e
passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada
uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa
ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros
e encargos similares”, da demonstração de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo,
respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas
rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.
47 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não
estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo
valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de
cobertura;
Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao
abrigo da Norma IAS 39;
Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente
reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos
avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas
nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo
valor através de resultados”, respectivamente.
g) Propriedades de investimento
Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do
arrendamento e/ou da sua valorização.
As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em
avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são
sujeitos a amortizações.
h) Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados para o desenvolvimento da actividade são contabilisticamente relevados
pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas
de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis,
são efectuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando
necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado
entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com
base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da
alienação do activo no final da vida útil definida.
48 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de
realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na demonstração dos resultados,
no período em que se realizem.
Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para
uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são
registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil
estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
i) Activos tangíveis disponíveis para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para
venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da
venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja
classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:
A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a
classificação do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor,
deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em
avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.
j) Provisões
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a processos judiciais e outros
a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).
k) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que
os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência.
No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da
Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos
face aos níveis previstos no ACTV.
49 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito
Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez
e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são
calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de
reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii)
o número total de anos de serviço à data de reforma.
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de
Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando
a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A..
De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos
benefícios descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes
datas:
Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a
data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data
de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do
Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de
admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos
tempos de serviço passado e total;
Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de
admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do
tempo de serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma
vez que esta corresponde à da admissão na Banca.
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e
sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência
imediata.
O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados,
admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante
este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de
remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.
50 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela
Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A. para cada entidade contribuinte em função do
número de trabalhadores inscrito.
O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos
fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de
financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto,
estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de
responsabilidades decorrente da adopção do
IAS 19.
l) Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os
impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado
contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não
relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros
resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e
passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias
tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja
provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes
diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos
nas seguintes situações:
Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em
transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e
associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e
seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor
à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou
substancialmente aprovadas na data de balanço.
51 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício,
excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas
de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda).
Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio,
não afectando o resultado do exercício.
m) Locação financeira
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo
este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos.
Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.
3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS
A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras, no ano de 2016, teve um
impacto negativo nos capitais próprios da Caixa no montante de 13.138,00€.
Valor Impacto Valor
Bruto Fiscal Líquido
Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2015 8.777.604
Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39:
Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 -
Activos intangíveis IAS 38 -
Responsabilidades com pensões IAS 19 -408 (408)
Prémio de antiguidade IAS 19 -
SAMS IAS 19 -12.730 (12.730)
Encargos com saúde IAS 19 -
Impostos diferidos IAS 12 -
Provisões IAS 37 -
Activos detidos para venda IFRS 5 -
(…)
Aplicação do IAS 32 e do IAS 39
Títulos de capital -
Diferimento de comissões associadas a operações de crédito -
Reavaliação de instrumentos financeiros derivados -
De cobertura -
De negociação -
Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura -
Mais valias potenciais -
Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizadoIAS 39 -
(…) -
- - (13.138)
Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2016 de acordo com as NCA 8.764.466
52 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1
de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à
constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de
incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se
situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um
coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à
média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
31-12-2016 31-12-2015
Caixa:
Moedas nacionais 686.678 703.439
Moedas estrangeiras - -
686.678 703.439
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Juros a receber - -
686.678 703.439
53 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:
Depósitos à ordem 1.730.110 1.100.192
Cheques a cobrar 524.851 295.347
Outras disponibilidades - -
2.254.961 1.395.538
Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:
Organismos financeiros internacionais
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Sucursais de outras instituições de créditos nacionais
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Outras instituições de crédito
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Juros a Receber 17 76
2.254.978 1.395.614
31-12-2016 31-12-2015
Títulos
Emitidos por residentes
Instrumentos de dívida 2.006.184 1.086.905
Instrumentos de capital 68 -
2.006.252 1.086.905
54 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Aplicações em Instituições de Crédito no País:
No Banco de Portugal:
Mercado monetário interbancário - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Outras aplicações - -
- -
Em outras instituições de crédito:
Mercado monetário interbancário - -
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos 58.525.000 55.425.000
Empréstimos - -
Operações de compra de acordo com revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
58.525.000 55.425.000
Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:
Bancos Centrais:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Outras aplicações - -
- -
Organismos financeiros internacionais:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
- -
Sede e sucursais da própria instituição:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
- -
55 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de
crédito apresentavam a seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
- -
Em outras instituições de crédito:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
- -
Correcções de valor de activos que sejam
objecto de operações de cobertura - -
58.525.000 55.425.000
Juros a Receber 158.848 268.308
158.848 268.308
Provisões - -
58.683.848 55.693.308
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 3.900.000 4.600.000
Entre três meses e um ano 54.510.000 50.710.000
Entre um ano e três anos - -
Entre três e cinco anos - -
Mais de cinco anos 115.000 115.000
58.525.000 55.425.000
Juros a receber 158.848 268.308
58.683.848 55.693.308
56 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
11. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Crédito interno
Médio e longo prazos
Empréstimos à habitação bonificado 1.057.700 1.207.936
Empréstimos à habitação regime geral 18.228.185 16.678.807
Empréstimos com garantia real 13.271.911 12.760.025
Empréstimos sem garantia real 5.469.518 4.997.225
Contratos de locação financeira
Clientes - -
CCAM - -
Empresas do grupo - -
Empréstimos subordinados (CA Seguros) - -
Curto prazo
Outros créditos
Dívida não subordinada 1.000.000 1.000.000
Cartão crédito - -
Outros créditos 180.836 226.164
Créditos em conta corrente
Clientes 1.692.017 1.773.899
Empresas do grupo - -
Descobertos em depósitos à ordem
Empresas do grupo - -
Outros residentes - -
40.900.166 38.644.055
Crédito ao exterior
Médio e longo prazo
Empréstimos 623.216 371.413
Curto prazo
Outros créditos
Descobertos dep.ordem - não residentes 1 -
Outros créditos a clientes 42.849 31.997
666.066 403.410
Juros a receber 72.816 72.867
Comissões associadas ao custo amortizado:
Despesas com encargo diferido - -
Receitas com rendimento diferido (161.258) (132.991)
(161.258) (132.991)
Correcções de valor dos activos
que sejam objecto de cobertura - -
Total crédito não vencido 41.477.790 38.987.341
Crédito e juros vencidos
Crédito vencido 2.511.732 2.724.024
Juros vencidos 5.836 7.666
Total crédito e juros vencidos 2.517.568 2.731.690
43.995.358 41.719.031
Provisões
Para crédito e juros vencidos (1.643.080) (2.359.612)
Para crédito de cobrança duvidosa (76.417) (77.857)
(1.719.497) (2.437.469)
42.275.861 39.281.563
57 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ A MATURIDADE
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016
31-12-2015
Títulos detidos até à maturidade
Instrumentos de dívida
De dívida pública portuguesa
186.000
-
186.000
-
Juros de investimentos detidos até à maturidade
Títulos de dívida emitidos por residentes
457
-
457
-
186.457
-
58 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016
31-12-2015
Activos não correntes detidos para venda:
Imóveis
5.919.801
6.136.633
Equipamento
-
-
Outros
-
-
5.919.801
6.136.633
Outros activos não correntes detidos para venda:
Filiais
-
-
Associadas
-
-
Outros activos não correntes detidos para venda -
-
-
-
5.919.801
6.136.633
Imparidade:
Imóveis
(1.012.594)
(1.016.371)
Equipamento
-
-
Outros
-
-
4.907.207
5.120.262
59 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
O movimento desta rubrica a 31-12-2015 e 31-12-2016 pode ser apresentado da seguinte forma:
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor
bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para venda
Imóveis 6.136.632 (1.016.370) 189.034 (405.865) - (219.643) 223.420 5.919.801 (1.012.593) 4.907.207
Equipamento - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
6.136.632 (1.016.370) 189.034 (405.865) - (219.643) 223.420 5.919.801 (1.012.593) 4.907.207
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor
bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para venda
Imóveis 5.808.643 (1.000.255) 389.240 (61.250) - (21.365) 5.250 6.136.632 (1.016.370) 5.120.262
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
5.808.643 (1.000.255) 389.240 (61.250) - (21.365) 5.250 6.136.632 (1.016.370) 5.120.262
31-12-2015 31-12-2016
31-12-2014 31-12-2015
60 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” a 31-12-2015 e 31-12-2016 foi o seguinte:
31-12-2016
Descrição
Imóveis:
De serviço próprio :
Terrenos 245.133 - - - - - - - - 245.133
Edificios 1.209.889 (410.369) - - - (23.405) (11.801) - - 764.314
Obras em imóveis arrendados 436.440 (164.346) - - - (9.220) - - - 262.874
Outros imóveis 3.513 (3.513) - - - - - - - -
1.894.975 (578.228) - - - (32.625) (11.801) - - 1.272.321
Equipamento:
M obiliário e material 273.660 (254.892) - 2.615 - (8.420) - - - 12.963
M áquinas e ferramentas 87.526 (76.949) - 4.502 - (3.581) - - 11.499
Equipamento informático 301.636 (301.636) - 1.042 - (958) - - - 84
M aterial de transporte - - - - - - - - - -
Equipamento de segurança 194.222 (183.502) - - - (6.440) - - - 4.280
Outro equipamento 204.149 (202.823) - 13.933 - (14.638) - - - 622
1.061.194 (1.019.802) - 22.092 - (34.037) - - - 29.447
Equipamento em locação financeira:
Imóveis - - - - - - - - - -
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - -
Outros activos tangíveis:
(…) 3.741 (249) - - - - - - - 3.492
Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -
2.959.909 (1.598.279) - 22.092 - (66.662) (11.801) - - 1.305.259
31-12-2015
Descrição
Imóveis:
De serviço próprio :
Terrenos 245.133 - - - - - - - - 245.133
Edificios 1.209.889 (386.964) - - - (23.405) - - - 799.520
Obras em imóveis arrendados 436.440 (155.126) - - - (9.220) - - - 272.094
Outros imóveis 3.513 (3.513) - - - - - - - -
1.894.975 (545.603) - - - (32.625) - - - 1.316.747
Equipamento:
M obiliário e material 273.660 (241.230) - - - (13.662) - - - 18.768
M áquinas e ferramentas 87.526 (71.557) - - - (5.392) - - - 10.578
Equipamento informático 301.636 (301.636) - - - - - - - -
M aterial de transporte - - - - - - - - - -
Equipamento de segurança 194.222 (176.865) - - - (6.637) - - - 10.721
Outro equipamento 192.975 (190.805) - 11.174 - (12.018) - - - 1.326
1.050.020 (982.093) - 11.174 - (37.709) - - - 41.392
Equipamento em locação financeira:
Imóveis - - - - - - - - - -
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - -
Outros activos tangíveis:
(…) 3.741 (249) - - - - - - - 3.492
Activos tangíveis em curso 52.427 - - - - - - (52.427) - -
3.001.162 (1.527.946) - 11.174 - (70.333) - (52.427) - 1.361.630
RegularizaçõesAlienações
e abates
Valor
líquido
31-12-2015
31-12-2014
Valor
bruto
Amortizações
acumuladasImparidade Aquisições
Amortizações
Valor
bruto
Amortizações
acumuladasImparidade Aquisições Transferências do exercício
Transferênciasdo
exercícioImparidade
Imparidade RegularizaçõesAlienações
e abates
Valor
líquido
Amortizações
61 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
18. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” a 31-12-2015 e 31-12-2016 foi o seguinte:
19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Em 31-12-2016 e 31-12-2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:
Participação
Valor de
Valor de
Sector de
actividade
efectiva (%)
balanço
balanço
Empresa
Sede
31-12-2016
31-12-2016
31-12-2015
CA Informática
Outros
PRT
<10%
15.339
15.339
Fenacam FCRL
Outros
PRT
<10%
25
25
CA Vida
SG
PRT
<10%
62
62
CCCAM
IC
PRT
<10%
3.020.360
3.020.360
CA Seguros
SG
PRT
<10%
27
27
Crédito Agrícola - Seguros e Pensões SGPS SA
405.625
405.625
3.441.438
3.441.438
31-12-2016
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regulariz. e abates líquido
Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
181.945 (181.945) - - - - - - - -
31-12-2015
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regulariz. e abates líquido
Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
181.945 (181.945) - - - - - - - -
Sistema de tratamento automático de
dados (software)
Sistema de tratamento automático de
dados (software)
181.945 (181.945)
181.945 (181.945)
31-12-2015
31-12-2014
-
-- -
- - -
-
- - -
- - - -
-
62 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Em 31-12-2016, os dados financeiros mais significactivos retirados das demonstrações financeiras destas
empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
(em euros)
Activo LiquidoSituação
Liquida
Resultado
Liquido
Caixa Central 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580
CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152
CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836
CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365
CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720
Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639
Nota: Dados provisórios em fase de auditoria, podendo ainda ser alterados
63 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31-12-2016 e 31-12-2015 eram os seguintes:
31-12-2016
31-12-2015
Activos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias
923.266
887.963
Por prejuízos fiscais reportáveis
-
-
923.266
887.963
Passivos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias
-
-
923.266
887.963
Activos por impostos correntes
Pagamentos por conta
-
-
Outros
-
-
Imposto sobre o rendimento a recuperar
6.061
174.603
6.061
174.603
Passivos por impostos correntes
Imposto sobre o rendimento a pagar
-
-
6.061
174.603
64 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação
entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados
como se segue:
31-12-2016 31-12-2015
Impostos correntes (693) (578)
Impostos diferidos (57.686) (210.575)
Total de impostos reconhecidos em resultados 58.379 211.153
Lucro antes de impostos 242.927 490.537
Carga fiscal 24,03% 43,05%
65 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2016 foi o seguinte:
Adicionalmente, a Caixa de Vagos é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola
Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta,
sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis
realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos
anos de 2012 a 2015, poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, e a matéria colectável a eventuais correcções.
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2015 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2016
. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. Prémio de antiguidade 31.936 - (20.877) - - 11.059
. Encargos com saúde 36 - (4.228) - - (4.192)
. Provisões não aceites f iscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa 63.950 - (318) - - 63.631
Provisões para crédito vencido 792.041 - (355.058) - - 436.983
Provisões para riscos gerais de crédito - - 26.015 - - 26.015
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para imóveis - - 2.626 - - 2.626
Provisões para outras aplicações - - - - - -
Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -
. Pensões
Reformas antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
(…)
. Reavaliação de imobilizado não aceite f iscalmente - - - - - -
. Reavaliação de instrumentos f inanceiros derivados - - - - - -
. Valias f iscais - - - - - -
. Prejuízos f iscais reportáveis - - 387.144 - - 387.144
. Comissões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -
(…) -
887.962 - 35.304 - - 923.266
2016
66 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com
impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto em 31-12-2016, pode ser demonstrada como
segue:
2016 2015
Taxa de Taxa de
imposto Montante imposto Montante
Resultado antes de impostos 242.927 490.537
Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 22,25% 54.051 22,25% 109.145
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos
Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites
legais
-
143,45% (348.467) -42,15% (206.749)
Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% -
Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% -
Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% -
(…) 130,04% 315.910
Diferenças permanentes
Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -
Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -
Correcções relativas a exercícios anteriores 1,41% 3.430 1,00% 4.924
Variações patrimoniais negativas (5,20%) (12.625) (0,60%) (2.923)
Lucro tributável imputado por sociedades transparentes ACE 0,43% 1.046 0,00% -
Donactivos não previstos 0,00% - 0,00% -
Multas 0,00% - 0,00% 13
Despesas de caracter confidencial 0,00% - 0,00% -
67 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Outras diferenças permanentes (11,32%) (27.508) (1,70%) (8.346)
Prejuízo fiscal imputado por sociedades transparentes ACE 0,00% - 0,00% -
Deduções á colecta 0,00% - 0,00% -
Tributações autónomas 0,29% 693 0,12% 578
(…) (1,33%) (3.220) (0,05%) (221)
Imposto diferido activo sobre prejuízos fiscais não reconhecido 0,00% 20,04% 98.305
Diferença de taxas 7,16% 17.385 1,19% 5.852
Imposto corrente sobre o lucro do exercício 693 578
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 23,75% 57.686 42,93% 210.575
Custo com imposto do exercício 24,03% 58.380 43,05% 211.153
Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores - -
Impostos correntes sobre os lucros 58.380 211.153
68 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
21. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Outros activos
Outros metais preciosos 8.082 10.493
Devedores por operações sobre futuros
Sector Público Administrativo
IVA a recuperar
(…)
Despesas a debitar a clientes
Bonificações a receber 742 1.045
Outros devedores diversos 299.383 285.181
Rendimentos a receber 244 317
308.450 297.034
Despesas com encargo diferido
Fundo de Pensões - 13.138
Seguros
(…) - 2.482
Outras 3.666 3.666
3.666 19.286
Valores a regularizar
Operações cambiais a liquidar - -
Operações activas a regularizar 432.452 333.430
(…) 42
Outras - -
Responsabilidades com Pensões e outros - -
432.494 333.430
Imparidade – Outros activos
Outros devedores diversos (209.567) (209.567)
(…) - -
(209.567) (209.567)
535.044 440.183
69 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Recursos de instituições de crédito no país
Depósitos 3.224.953 1.299.575
Empréstimos - -
3.224.953 1.299.575
Juros a pagar 2.271 283
3.227.224 1.299.858
26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Depósitos
À ordem 26.481.013 22.513.213
A prazo 59.528.658 59.423.438
De poupança 17.842.318 16.262.308
Outros recursos de clientes
Cheques e ordens a pagar 10.401 10.401
Outros - -
70 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Juros a pagar 84.632 256.563
103.947.022 98.465.923
Em 31-12-2016 e 31-12-2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam
a seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 57.794.087 53.017.256
Entre três meses e um ano 44.965.791 43.887.376
Entre um ano e três anos 742.720 1.128.202
Entre três e cinco anos 162.346 60.771
Mais de cinco anos 197.446 115.754
Juros a pagar 84.632 256.563
103.947.022 98.465.923
71 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
30. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa em 31-12-2015 e 31-12-2016 foi o seguinte:
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 anulações 31-12-2016
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 77.857 12.871 (14.310) - - 76.417- Crédito e juros vencidos 2.359.612 613.255 (1.115.615) - (214.171) 1.643.080- Risco-país - - - - - -
2.437.468 626.125 (1.129.925) - (214.171) 1.719.498Provisões: - Riscos gerais de crédito 320.609 76.960 (57.710) - - 339.858 - Outros riscos e encargos - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -
320.609 76.960 (57.710) - - 339.858
Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros 32 - - - - 32- Imparidade de outros activos: - - - - - -
Activos não correntes detidos para venda 1.016.371 219.643 (175.681) (47.739) - 1.012.595Outros activos tangíveis - 11.801 - - - 11.801Outros activos 209.567 - - - 209.567
1.225.970 231.444 (175.681) (47.739) - 1.233.995
3.984.047 934.530 (1.363.317) (47.739) (214.171) 3.293.350
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 anulações 31-12-2015
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 80.130 9.525 (11.799) - - 77.857- Crédito e juros vencidos 2.024.845 892.441 (554.869) (2.805) - 2.359.612- Risco-país -
2.104.974 901.966 (566.667) (2.805) - 2.437.468Provisões: - Riscos gerais de crédito 321.603 66.770 (67.765) - - 320.609 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais -
321.603 66.770 (67.765) - - 320.609
Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros 32 - - - 32- Imparidade de outros activos: - - - -
Activos não correntes detidos para venda 1.000.256 21.365 (2.022) (3.228) - 1.016.371Outros activos tangíveis - - - - -Outros activos 196.667 17.000 (4.100) - - 209.567
1.196.955 38.365 (6.122) (3.228) - 1.225.970
3.623.533 1.007.101 (640.554) (6.033) - 3.984.047
TransferênciasUtilizaçõesReforços
TransferênciasUtilizaçõesReforços
72 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
33. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Credores e outros recursos
Credores por operações sobre futuros - -
Recursos diversos - conta caução 13.688 12.984
Outros recursos 6.968 5.561
Sector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte 36.558 47.690
Contribuições para a Segurança Social 20.127 21.644
Imposto sobre o Valor Acrescentado - 2.173
Cobranças por conta de terceiros 1.721 1.755
Contribuições para outros sistemas de saúde 4.214 4.261
Credores diversos
Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -
Outros credores
Credores diversos 96.658 81.188
Empresas do grupo 42.501 34.862
Fornecimento de bens 13.912 13.291
Encargos a pagar
Por capitais próprios e equiparados - -
Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -
Por gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de férias e Natal 161.770 158.281
Prémio de antiguidade 137.748 143.531
73 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Subsídio de morte - -
Remunerações variáveis - -
Outros - -
Por gastos gerais administractivos - -
Outros - 2.482
Receitas com rendimento diferido
Comissões sobre garantias prestadas 5.359 5.430
Comissões sobre outros compromissos irrevogáveis 1.721 1.750
Outras
Juro antecipado - -
Comissões a diferir - -
Valores a regularizar
Posição cambial - -
Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -
Outras operações a regularizar 210.800 184.848
Responsabilidades com pensões e outros benefícios
Outros 14.853 1.182
768.597 722.914
74 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas
extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
31-12-2016 31-12-2015
Garantias prestadas e outros passivos eventuais
Garantias e avales prestados 658.916 668.085
Aceites e endossos - -
Créditos documentários abertos - -
Outros passivos eventuais - -
Compromissos perante terceiros
Contratos a prazo de depósitos - -
Por linhas de crédito - -
Compromissos irrevogáveis 2.654.762 2.408.902
Compromissos revogáveis 443.165 574.658
Por subscrição de títulos - -
Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -
Responsabilidades por prestação de serviços
Depósito e guarda de valores 34.894 66.727
Valores recebidos para cobrança 37.596 53.659
Valores administrados pela instituição - -
Outras - -
3.829.332 3.772.031
75 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
36. CAPITAL, RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E LUCRO DO EXERCÍCIO
Em 31-12-2016 e 31-12-2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Capital 5.135.440 5.173.850
Reservas de reavaliação:
Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
De activos financeiros disponíveis para venda - -
De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -
(…) - -
Reservas de reavaliação do imobilizado - -
Reservas por impostos diferidos - -
De activos financeiros disponíveis para venda - -
Fundo de Pensões 307 74.256
307 74.256
Outros instrumentos de capital:
Reserva legal 1.834.586 1.834.586
Outras reservas 2.344.247 2.344.247
Resultados transitados -569.483 -928.719
3.609.349 3.250.113
Lucro do exercício 184.548 279.384
8.929.644 8.777.604
76 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,
nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de
acções próprias.
Em 31 de Dezembro de 2016 o Capital Social era de 5.135.440 €, representado por 1.027.088 títulos de capital
de valor nominal 5 € cada e encontra-se integralmente realizado
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº
201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório
das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para
esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.
77 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Juros de disponibilidades em bancos centrais
Depósitos à ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -
Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito
Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.558 3.190
Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de outras disponibilidades - -
Juros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país 473.365 931.773
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de crédito a clientes
Crédito não representado por valores mobiliários
Crédito interno
Empresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 3.828 4.652
Empréstimos 452.280 512.380
Créditos em conta corrente 113.966 129.739
Descobertos em depósitos à ordem 13.271 16.140
Créditos tomados - factoring - -
Operações de locação financeira - -
Mobiliária - -
Imobiliária - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
78 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Outros créditos 773 465
Particulares
Habitação
Operações de locação financeira - -
Outros créditos 217.852 230.247
Consumo
Operações de locação financeira - -
Outros créditos 138.248 120.221
Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.523 1.301
Empréstimos 257.155 295.075
Créditos em conta corrente
21.623
34.918
Descobertos em depósitos à ordem 17.899 25.214
Operações de locação financeira - -
Outros créditos - -
A Transportar 1.713.342 2.305.311
79 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
31-12-2016 31-12-2015
Crédito externo
Empresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -
Empréstimos - -
Créditos em conta corrente - -
Descobertos em depósitos à ordem
Créditos tomados - factoring - -
Operações de locação financeira
Mobiliária - -
Imobiliária - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Outros créditos - -
Particulares
Habitação
Operações de locação financeira - -
Outros créditos 6.582 3.870
Consumo
Operações de locação financeira - -
Outros créditos 4.094 2.645
Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -
Empréstimos 8.546 1.022
Créditos em conta corrente - 347
Descobertos em depósitos à ordem 40 66
Operações de locação financeira - -
Outros créditos
Outros créditos e valores a receber (titulados)
80 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Emitidos por residentes 29.934 32.020
Emitidos por não residentes - -
Juros de activos titularizados não desreconhecidos
Crédito a clientes - titularizado
Crédito interno - -
Crédito ao exterior - -
Outros créditos e valores a receber - titularizados - -
Juros de activos com acordo de recompra - -
Juros de investimentos detidos até à maturidade
Títulos de dívida emitidos por residentes - -
Títulos de dívida emitidos por não residentes - -
Outros investimentos detidos até à maturidade - -
Outros juros e rendimentos similares 33.477 905
Juros Crédito vencido
149.051
319.054
1.945.066 2.665.240
81 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Juros de recursos de outras instituições de crédito
no país 6.736 3.077
no estrangeiro - -
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 266.486 818.654
Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivados - -
Juros de derivados de cobertura - -
Juros de passivos subordinados - -
Outras comissões pagas:
operações de crédito - -
Outros juros e encargos similares 710 -
273.932 821.732
82 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Activos financeiros disponíveis para venda
Emitidos por residentes - -
Emitidos por não residentes - -
- -
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No país
Investimentos em filiais
Investimentos em associadas 15 3.754
Investimentos empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiro
Investimentos em filiais - -
Investimentos em associadas - -
Investimentos empreendimentos conjuntos - -
15 3.754
Outros instrumentos de capital - -
15 3.754
83 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Por garantias prestadas
Garantias e avales 25.725 27.754
Fianças e indemnizações (contragarantias) - -
Créditos documentários abertos - -
Outras garantias prestadas - -
25.725 27.754
Por compromissos assumidos perante terceiros
Compromissos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis 53.216 55.836
Subscrição de títulos - -
Outros compromissos irrevogáveis 3.558 3.549
Compromissos revogáveis - -
56.774 59.385
Por operações sobre instrumentos financeiros
Operações de crédito - -
Outras operações sobre instrumentos financeiros - -
- -
Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores - -
Cobrança de valores 3.814 3.929
Administração de valores
Organismos de investimento colectivo em valores
mobiliários
Comissão de gestão
84 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Comissão de emissão de unidades de participação
Comissão de resgate de unidades de participação
Transferência de valores 7.133 7.115
Gestão de cartões 110 140
Anuidades 59.688 45.410
Montagem de operações
Operações de crédito
Por operações de factoring - -
Outras operações de crédito 154.484 143.100
Outros serviços prestados
Comissões - Registos e Distrates 575 2.250
Comissões - Desloc conservatória - -
Cartões 159.116 140.984
Outras comissões interbancárias - -
Comissões Intermediação 13.858 18.442
Colocação e Comercialização 137.377 129.704
Outros 5.216 9.696
A Transportar 541.370 500.769
85 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
31-12-2016 31-12-2015
Por operações realizadas por conta de terceiros
Sobre títulos
Em operações de Bolsa - -
Em operações fora de Bolsa - -
Outras operações realizadas por conta de terceiros
- -
Outras comissões recebidas
Gestão Conta D/O 61.363 55.668
Cheques 56.287 63.851
Extractos e 2ªs vias 400 375
Mora ou contencioso 34.677 39.966
Moeda Estrangeira 2.966 2.800
Emissão caderneta 80 132
Outras comissões 15.717 14.987
OIC
Clientes
171.490 177.779
795.358 765.688
86 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Por garantias recebidas - -
Por compromissos assumidos por terceiros - -
Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores 692 951
Operações de crédito - -
Cobrança de valores 2.409 2.187
Administração de valores - -
Outros
Cartões 47.388 46.814
Outros Serv. Bancários 22.732 22.072
Com. Interbancárias 23.833 14.531
Por operações realizadas por terceiros - -
Outras comissões pagas
Caixa Central - -
CCAM - -
Outros - -
97.055 86.555
87 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016
31-12-2015
Operações cambiais à vista
5.613
3.728
Operações cambiais a prazo
-
-
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Resultados em activos não financeiros
Outros activos tangíveis - -
Activos não correntes detidos para venda 1.374 4.000
(…) - -
Resultados em investimentos em filiais, associadas e
empreendimentos conjuntos - -
1.374 4.000
88 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No país
Investimentos em filiais
0
312.039
Investimentos em associadas
-
-
Investimentos em empreendimentos conjuntos
-
-
No estrangeiro
Investimentos em filiais
-
-
Investimentos em associadas
-
-
Investimentos em empreendimentos conjuntos
-
-
0
312.039
Ganhos em activos não financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Ganhos realizados
-
-
Ganhos não realizados
-
-
Propriedades de investimento
Propriedades de investimento em locação financeira
-
-
Propriedades de investimento em locação operacional
-
-
Outras propriedades de investimento
Ganhos realizados
-
-
Ganhos não realizados
-
-
Outros activos tangíveis
Locação financeira
-
-
Locação operacional
-
-
89 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Outros activos tangíveis
Ganhos realizados
-
Ganhos não realizados (reversão de menos valias)
-
-
Outros activos não financeiros
-
-
-
-
Outros rendimentos de exploração
Rendas de locação operacional
-
-
Ganhos em operações descontinuadas
-
-
Reembolso de despesas
26.872
29.589
Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis
103.039
284.106
Recuperação de juros e despesas de crédito vencido
21.150
52.049
Rendimentos da prestação de serviços diversos
50.336
13.441
Outros
48.791
30.002
250.188
409.187
Outros encargos de exploração
Quotizações e donactivos
(11.005)
(19.963)
Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo
(9.537)
(18.195)
Outros encargos e gastos operacionais
(10.575)
(61.971)
Perdas em activos não financeiros
-
-
(31.117)
(100.128)
Outros impostos
(23.139)
(17.645)
195.932
603.453
90 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
47. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016
31-12-2015
Salários e vencimentos
Órgãos de Gestão e Fiscalização
175.031
174.435
Empregados
786.032
808.948
Encargos sociais obrigatórios
Fundos de Pensões (Nota 18)
-
-
Encargos relactivos a remunerações:
Caixa de Abono de Família
-
-
Segurança Social
191.334
196.303
SAMS
45.525
46.174
Fundo Pensões
542.229
976
Outros
-
-
Outros encargos sociais obrigatórios:
Subsídio por morte
-
-
Outros
12.680
13.803
Outros
-
-
Encargos sociais facultactivos
-
-
Outros custos com pessoal:
Indemnizações contratuais
-
-
Outros
4.007
4.862
1.756.838
1.245.500
91 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
O número médio de colaboradores da Caixa em 31-12-2016 e 31-12-2015 apresenta a seguinte composição:
2016
2015
Conselho de Administração
3
3
Chefias e gerência
10
10
Quadros técnicos
1
1
Administractivos
18
19
Outros
1
1
33
34
O montante anual das remunerações ilíquidas, auferido pelos membros dos órgãos de administração e de
fiscalização no exercício de 2016 é conforme segue:
Remunerações
Presidente 54.600,00
Vogal 40.040,00
Vogal 40.040,00
134.680,00
Conselho de Administração
Remunerações
Presidente 19.110,00
Vogal 10.010,00
Vogal 10.010,00
39.130,00
Conselho Fiscal
No que concerne a remuneração dos membros da Mesa da Assembleia-Geral, os mesmos recebem, conforme a
sua participação nas Assembleias, senhas de presença conforme se segue:
Senhas de
Presença
Presidente 325,00
Vice-Presidente 238,50
Secretário 238,50
802,00
Mesa da Assembleia-Geral
92 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores
abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:
N.º de
Colaboradores
Remuneração
Fixa Anual
Remuneração
Variável Anual
Compliance a Auditoria Interna 2 31.951,38 0,00
Gestão de Risco 1 9.750,27 0,00
Comissão Executiva 2 98.455,73 0,00
93 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016
31-12-2015
Com fornecimentos:
Água energia e combustíveis
35.711
38.069
Material de consumo corrente
15.074
17.791
Publicações
95
96
Material de higiene e limpeza
524
882
Outros fornecimentos de terceiros
8.434
20.436
59.838
77.275
Com serviços:
Rendas e alugueres
30.132
30.132
Comunicações
81.487
66.374
Deslocações, estadas e representação
25.990
22.447
Publicidade e edição de publicações
46.747
48.206
Conservação e reparação
17.316
16.536
Transportes
19.921
21.057
Formação de pessoal
5.809
5.158
Seguros
20.431
20.160
Diversos
-
-
Serviços especializados:
Avenças e honorários
22.140
22.140
Judiciais contencioso e notariado
64.358
47.489
Informática
319.084
320.464
Segurança e vigilância
737
2.583
Limpeza
25.705
27.933
94 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
Informações
1.346
1.273
Recrutamento de pessoal
-
-
Bancos de dados
117
133
Mão de obra eventual
-
-
Outros serviços especializados:
Estudos e consultas
-
-
Consultores e auditores externos
18.354
15.177
Tratamento de valores
-
-
Avaliadores externos
21.496
19.213
SIBS
56.415
45.643
Outros serviços de terceiros
97.308
155.265
874.893
887.382
934.731
964.657
95 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
49. ENTIDADES RELACIONADAS
Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.
Em 31-12-2016 e 31-12-2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções
com entidades relacionadas:
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas
respectivas datas.
Associadas Coligadas
Outras
empresas
do Grupo
Total Associadas Coligadas
Outras
empresas
do Grupo
Total
A ctivo s:
Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.730.127 1.730.127 - - 1.100.268 1.100.268
Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda - 2.006.251 - 2.006.251 - 1.086.905 - 1.086.905
Aplicações em instituições de crédito - - 58.683.848 58.683.848 - - 55.693.308 55.693.308
Crédito a clientes - - - - - - - -
Outros activos - 82.862 1.300 84.162 - 74.570 534 75.104
P assivo s:
Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Recursos de outras instituições de crédito - - 3.227.224 3.227.224 - - 1.299.858 1.299.858
Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -
Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -
Passivos subordinados - - - - - - - -
Outros passivos - 40.598 1.904 42.501 - 26.923 7.939 34.862
C usto s:
Juros e encargos similares - - - - - - - -
Encargos com serviços e comissões - - 87.020 87.020 - - 72.247 72.247
Resultados de activos e passivos avaliados
ao justo valor através de resultados - - - - - - - -
Gastos gerais administrativos - 521.142 12.049 533.192 - 523.517 10.184 533.701
Outros - 2.500 - 2.500 - 8.463 - 8.463
P ro veito s:
Juros e rendimentos similares - - 474.923 474.923 - - 934.962 934.962
Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -
Rendimentos de serviços e comissões - 137.377 13.858 151.235 - 129.704 22.674 152.378
Outros resultados de exploração - 15 - 15 - 3.754 - 3.754
Extrapatrimo niais:
Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -
Garantias recebidas - - - - - - - -
Compromissos perante terceiros - - - - - - - -
Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -
20152016
96 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
50. PENSÕES DE REFORMA
Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos
já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros Crédito Agricola Vida, S.A. .
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM VAGOS com
referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:
Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de
complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS),
com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à
CCAM VAGOS, é o seguinte:
31-12-2016
F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 988.258
F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 340.096
F.2 Com licenças sem vencimento 0
F.3 Com pré-reformados 0
F.4 Com pensões em pagamento 648.161
97 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-emprego
referente à CCAM VAGOS é o que a seguir se apresenta:
G.1 + Custo do serviço corrente
17.869
G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 264
G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 74.553
G.4.1.Ano Relactivos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados 13.839
G.4.2.Ano Relactivos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições
dos planos 60.715
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 536.854
G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 629.540
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM VAGOS foi o seguinte:
A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 369.724
H.1 (+) Contribuições efectuadas 615.265
H.1.1 Pela CCAM VAGOS 602.507
H.1.2 Pelos empregados 12.758
H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0
H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 10.304
H.4 (-) Prémios de seguro pagos 16.496
H.9 (+) Participação de resultados no seguro 17.100
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 18.819
H.5.1 Por reformas antecipadas 17.143
H.5.2 Outros 1.676
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.674
H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 973.405
H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016
(H.7.2016 – A.4.2015) 603.680
98 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços
passados foi o seguinte:
F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2015 370.907
G.1 (+) Custo do serviço corrente 17.869
G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 5.111
H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 12.758
G.2 (+) Custo dos juros 9.660
G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 75.461
G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 536.854
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 18.819
H.5.1 Por reformas antecipadas 17.143
H.5.2 Outros 1.676
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.674
F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 988.258
K. Variação nas responsabilidades em 2015 (F.2015 – F.2014) 617.351
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco
de Portugal, era o seguinte:
F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 988.258
I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* 0
I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 971.253
I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 100
*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios
actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do
rendimento integral “reservas de reavaliação”.
99 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento
integral”, foi o seguinte:
RI.2015 Desvios actuariais em 31-12-2015 74.256
RI.ano Desvios actuariais gerados em 2016 – Ganhos e perdas actuariais -73.948
RI.2016 Desvios actuariais em 31-12-2016 307
Prémios de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com
trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:
Prémio de Antiguidade 31-12-2015
N.1.2015 Com trabalhadores no activo 143.530
N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0
N.2015 Total 143.530
Prémio de Antiguidade 31-12-2016
N.1.2016 Com trabalhadores no activo 137.747
N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0
N.2016 Total 137.747
Prémio de Antiguidade Variação
O.1. Com trabalhadores no activo -5.783
O.2. Com licenças sem vencimento 0
O. Total -5.783
100 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Vagos está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a),
subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em
exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros –
Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros
para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se
dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões
a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações
de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe
remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão
definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de
Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas
Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica
de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação
que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas
Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos
últimos 3 anos (valores em euros):
Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem
2016
Ramos Não Vida CA
Seguros
68.691,87 90.220,88 80.411,77 58,4%
Ramo Vida CA Vida 66.938,83 39.890,22 57.053,36 41,4%
Fundos de
Pensões
CA Vida 200,12 192,10 327,14 0,2%
Total 135.830,82 130.303,20 137.792,27 100,0%
A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de
quaisquer tipos de fundos relactivos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo,
rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.
101 | P á g i n a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS | CCAM DE VAGOS
52. FUNDOS PRÓPRIOS
No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios
prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº
575/2013. Assim, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2016, obteve-se os seguintes rácios do reporte de
solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Vagos
Em euros 2012 2013 2014 2015 2016
Fundos Próprios totais 5.867.595 5.891.371 8.065.544 8.710.393 8.644.492
Common equity tier 1* --- --- 7.883.467 8.494.384 8.644.492
Tier 1* 6.109.049 6.132.879 7.883.467 8.494.384 8.644.492
Tier 2 --- --- 182.077 216.009 0
Posição em risco de activos e equivalentes 107.889.140 99.406.568 102.132.464 110.569.792 118.161.901
Requisitos de fundos próprios 49.549.698 42.226.595 42.585.029 41.146.680 41.977.151
Crédito 41.748.396 34.425.146 35.378.994 35.024.056 36.156.405
Operacional 7.801.303 7.801.449 7.206.035 6.122.625 5.820.746
CVA --- --- --- 0 0 ---
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* --- --- 18,5% 20,6% 20,6% -0,1 P.P
Tier 1 * 12,3% 14,5% 18,5% 20,6% 20,6% -0,1 P.P
Tier 2 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% -0,5 P.P
Total* 12,3% 14,5% 18,5% 21,2% 20,6% -0,6 P.P
* Incorporando o resultado líquido do exercício.
(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras
CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.
-100,0%
6,9%
2,0%
3,2%
-4,9%
Δ 15/16
-0,8%
1,8%
1,8%